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Luxação

Entorse e
Fraturas

Orientadora: Carla Rodrigues Batista


LUXAÇÃO

A luxação acontece quando os ossos que formam uma


articulação saem da sua posição natural devido a uma pancada
forte, por exemplo, causando dor forte no local, inchaço e
dificuldade para mexer a articulação.
Os casos de luxação As luxações são muito frequentes
ocorrem geralmente nas crianças e podem acontecer
devido a traumatismos, em qualquer local,
por golpes indiretos ou especialmente no ombro,
movimentos articulares cotovelo, dedo, joelho, tornozelo
violentos, mas, às vezes e pé.
uma contração muscular é
suficiente para causar a
luxação.
SINAIS E SINTOMAS DA LUXAÇÃO
Para identificar uma luxação deve-se observar as seguintes
características:

• Dor intensa no local afetado (a dor é muito maior que na


entorse), geralmente afetando todo o membro cuja
articulação foi atingida.

• Edema.

• Impotência funcional.

• Deformidade visível na articulação. Podendo apresentar um


encurtamento ou alongamento do membro afetado.
PRIMEIROS SOCORROS - LUXAÇÃO
1. Não force o membro afetado, nem tente movimentá-lo;

2. Faça uma tipoia para impedir a articulação de mexer,


utilizando tecido, uma faixa ou um cinto, por exemplo;

3. Aplique uma compressa gelada na articulação afetada;

4. Chame uma ambulância, ligando para o 192, ou vá no


pronto-socorro.
5. Nunca se deve tentar colocá-la de volta no lugar, pois se for
mal realizado pode causar lesões graves no sistema nervoso
periférico, causando ainda mais dor e incapacidade.
PRIMEIROS SOCORROS - LUXAÇÃO
• A imobilização e enfaixamento das partes afetadas por
luxação devem ser feitas da mesma forma que se faz
para os casos de entorse.

• O acidentado deverá ser mantida em repouso, na


posição que lhe for mais confortável até a chegada de
socorro especializado ou até que possa ser realizado o
transporte adequado para atendimento médico.
ENTORSE

 São lesões dos ligamentos das articulações, onde estes esticam além de sua
amplitude normal rompendo-se.
 Uma entorse geralmente é conhecida por torcedura ou mau jeito.

 Os locais onde ocorre mais comumente são as articulações do tornozelo, ombro,


joelho, punho e dedos.

 Após sofrer uma entorse, o indivíduo sente dor intensa ao redor da articulação
atingida, dificuldade de movimentação, que poderá ser maior ou menor conforme
a contração muscular ao redor da lesão.

 Os movimentos articulares cujo exagero provoca a entorse são extremamente


dolorosos e esta dor aumentará em qualquer tentativa de se movimentar a
articulação afetada.
ENTORSE
PRIMEIROS SOCORROS - ENTORSE

Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas.


Após este tempo aplicar compressas mornas.

Imobilizar o local como nas fraturas. A imobilização deverá ser


feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.
PRIMEIROS SOCORROS - ENTORSE

Antes de enfaixar uma entorse ou distensão, aplicar bolsa de


gelo ou compressa de água gelada na região afetada para
diminuir o edema e a dor. Caso haja ferida no local da
entorse, cobrir com curativo seco e limpo, antes de
imobilizar e enfaixar
FRATURAS
É uma interrupção na continuidade do osso. Constituem uma emergência
traumato-ortopédica que requer boa orientação de atendimento, calma e
tranquilidade por parte de quem for socorrer e transporte adequado.
Apresentam aparência geralmente deformante devido ao grau de
deformação que podem impor à região afetada.

A fratura ocorre quando existe não solução de continuidade de um osso.


Ocorre geralmente devido à queda, impacto ou movimento violento com
esforço maior que o osso pode suportar.
FRATURAS
O envelhecimento e determinadas doenças ósseas (osteoporose)
aumentam o risco de fraturas, que podem ocorrer mesmo após
traumatismos banais. Estas lesões são chamadas fraturas patológicas.
Suspeita-se de fratura ou lesões articulares quando houver:

• Dor intensa no local e que aumente ao menor movimento.

• Edema local.

• Crepitação ao movimentar (som parecido com o amassar de papel).

• Hematoma (rompimento de vasos, com acúmulo de sangue no local) ou


equimose (mancha de coloração azulada na pele e que aparece horas
após a fratura).

• Paralisia (lesão de nervos).


CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS:
FRATURA FECHADA OU INTERNA

São as fraturas nas quais os ossos quebrados


permanecem no interior do membro sem perfurar a pele.
Poderá, entretanto romper um vaso sanguíneo ou cortar
um nervo.
FRATURA ABERTA OU EXPOSTA
São as fraturas em que os ossos quebrados saem do lugar,
rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes,
que pode ser produzida pelos próprios fragmentos ósseos
ou por objetos penetrantes. Este tipo de fratura pode
causar infecções.
FRATURA EM FISSURA

São aquelas em que as bordas ósseas ainda estão muito


próximas, como se fosse uma rachadura ou fenda.
FRATURA EM GALHO VERDE
É a fratura incompleta que atravessa apenas uma parte do
osso. São fraturas geralmente com pequeno desvio e que
não exigem redução; quando exigem, é feita com o
alinhamento do eixo dos ossos. Sua ocorrência mais comum
é em crianças e nos antebraços (punho).
FRATURA COMPLETA

É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade total.


FRATURA COMINUTIVA

É a fratura que ocorre com a quebra do osso em três ou


mais fragmentos.
FRATURA ESPIRAL

É quando o traço de fratura encontra-se ao redor e através


do osso. Estas fraturas são decorrentes de lesões que
ocorrem com uma torção.
FRATURA OBLÍQUA

É quando o traço de fratura lesa o osso diagonalmente.


FRATURA TRANSVERSA

É quando o traço de fratura atravessa o osso numa linha


mais ou menos reta.
PRIMEIROS SOCORROS - FRATURAS

• Observar o estado geral do acidentado, procurando lesões mais


graves com ferimento e hemorragia.

• Acalmar o acidentado, pois ele fica apreensivo e entra em


pânico.

• Ficar atento para prevenir o choque hipovolêmico.

• Controlar eventual hemorragia e cuidar de qualquer ferimento,


com curativo, antes de proceder a imobilização do membro
afetado.
PRIMEIROS SOCORROS - FRATURAS

• Imobilizar o membro, procurando colocá-lo na posição que for


menos dolorosa para o acidentado, o mais naturalmente
possível. É importante salientar que imobilizar significa tirar os
movimentos das juntas acima e abaixo da lesão.

• Trabalhar com muita delicadeza e cuidado. Toda atenção é


pouca; os menores erros podem gerar sequelas irreversíveis.

• Usar talas, caso seja necessário. As talas irão auxiliar na


sustentação do membro atingido.
PRIMEIROS SOCORROS - FRATURAS

• Providenciar o atendimento especializado o mais rápido


possível.
• Fraturas expostas requerem cuidados extra.

• Ficar atento para o controle de hemorragia arterial.

• Não tentar jamais recolocar o osso exposto de volta para o


seu lugar. Limpar o ferimento provocado pela exposição do
osso.
• Colocar um curativo seco e fixá-lo com bandagens. Não
tocar no osso exposto.
PRIMEIROS SOCORROS - FRATURAS

• As talas têm que ser de tamanho suficiente para ultrapassar as


articulações acima e abaixo da fratura.

• Para improvisar uma tala pode-se usar qualquer material rígido ou


semi-rígido como: tábua, madeira, papelão, revista enrolada ou
jornal grosso dobrado.

• O membro atingido deve ser acolchoado com panos limpos,


camadas de algodão ou gaze, procurando sempre localizar os
pontos de pressão e desconforto.
PRIMEIROS SOCORROS – FRATURAS MMSS

• Colocar algodão ou pedaços de pano para acolchoar


debaixo da axila, em seguida usar talas dos lados externo
e interno do braço, com comprimento suficiente para ir
até o cotovelo.

• Fixar com tiras de pano ou atadura

• Fazer uma tipóia para imobilizar o braço com o antebraço


flexionado em ângulo reto, e fixá-la junto ao tórax.
PRIMEIROS SOCORROS - FRATURAS

• Prender as talas com ataduras ou tiras de pano, apertá-las o


suficiente para imobilizar a área, com o devido cuidado para não
provocar insuficiência circulatória. Fixar em pelo menos quatro
pontos: acima e abaixo das articulações e acima e abaixo da
fratura.
EXERCÍCIO EM SALA

1) QUAL A DIFERENÇA DE CONTUSÃO, ENTORSE,


LUXAÇÃO E FRATURA ?
Crise Convulsiva/Conversiva,
Desmaio/Vertigens

Orientadora: Carla Rodrigues Batista


CONVULSÃO: CAUSAS

• hemorragia;

• intoxicação por produtos químicos;

• falta de oxigenação no cérebro;

• efeitos colaterais provocados por medicamentos;

• doenças como epilepsia, tétano, meningite e tumores cerebrais.


CONVULSÃO: SINTOMAS

• espasmos incontroláveis;

• lábios azulados;

• olhos virados para cima;

• inconsciência;

• salivação abundante.
PRIMEIROS SOCORROS: CONVULSÃO

• coloque a pessoa deitada, com a CABEÇA voltada


para a lateral, em lugar confortável, retirando de
perto objetos com que ela possa se machucar, como
pulseiras, relógios, óculos;

• levante o queixo para facilitar a passagem de ar;

• afrouxe as roupas;
PRIMEIROS SOCORROS: CONVULSÃO
• caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça
voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria
saliva;

• quando a crise passar, deixe a pessoa descansar;

• verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica


de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;

• nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se);

• não dê tapas;

• não jogue água sobre ela.


PRIMEIROS SOCORROS: CONVULSÃO
PRIMEIROS SOCORROS: CONVULSÃO
No caso de crianças, se houver febre alta, dê um banho morno de
imersão, por mais ou menos dez minutos. Deite a criança envolta na
toalha e chame imediatamente um médico.
EPILEPSIA
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do
cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios
metabólicos.

Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite


sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-
se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem
os dois hemisférios cerebrais, generalizada.

Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos


evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha
menos importância se a crise for menos aparente.
CRISES EPILEPTICAS

Quando um paciente tem uma crise de epilepsia, é normal desmaiar


e ter convulsões, que são contrações violentas e involuntárias dos
músculos, o que pode levar o indivíduo a ficar se debatendo e
salivando e mordendo a língua e, geralmente, as crises duram, em
média, entre 2 a 3 minutos.
CRISES EPILEPTICAS: PRIMEIROS SOCORROS

Colocar a vítima de lado com a cabeça para baixo, que é conhecida


por posição lateral de segurança, como mostra a imagem 1, para
respirar melhor e evitar se engasgar com a saliva ou vômito;

Colocar um apoio em baixo da cabeça, como um travesseiro ou


casaco dobrado, para prevenir que o indivíduo bata a cabeça no
chão e cause algum traumatismo;
CRISES EPILEPTICAS: PRIMEIROS SOCORROS

•Desapertar roupas muito apertadas, como cintos, gravatas ou


camisas, como mostra a figura 2;

•Não segurar os braços ou pernas, para evitar roturas musculares ou


fraturas nem se machucar devido aos movimentos descontrolados;

•Retirar objetos que estejam próximos e possam cair em cima do


paciente;
CRISES EPILEPTICAS: PRIMEIROS SOCORROS

•Não colocar as mãos nem qualquer objeto na boca do paciente,


pois pode morder os dedos ou se engasgar;

•Não dar de beber nem comer pois o individuo pode asfixiar;

•Contar o tempo que dura a crise de epilepsia.


EVITAR CRISES DE EPILEPSIA

•Mudanças súbitas de intensidade luminosa, como luzes


piscando;
•Ficar muitas horas sem dormir ou descansar;
•Consumo exagerado de bebidas alcoólicas;
•Febre alta por longos períodos;
•Ansiedade excessiva;
•Cansaço excessivo;
•Consumo de drogas ilícitas;
•Hipoglicemia ou hiperglicemia;
•Tomar somente os medicamentos receitados pelo médico.
DESMAIO

 O desmaio, também conhecido como síncope, é definido como a perda temporário dos
sentidos.

 Normalmente, é resultado da diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro, e pode ser


desencadeado por diferentes problemas de saúde, desde os mais simples (como jejum
prolongado), até os mais complexos (como problemas cardiovasculares).

 Os primeiros sintomas do desmaio envolvem súbita fraqueza, tontura e vertigem. Quando


falamos de síncopes provocadas por problemas mais graves, os sinais envolvem dor no
peito e falta de ar.
PRIMEIROS SOCORROS DESMAIO

 O primeiro passo diante dessa situação é verificar se a pessoa está respirando e se tem pulso. Caso ela
não esteja, chame uma ambulância particular imediatamente. No entanto, se ela apresentar pulsação e
respiração, siga esses passos:

 Deite a pessoa no chão, de barriga para cima, e eleve as pernas dela em relação ao corpo e a cabeça;

 Coloque a cabeça da vítima de lado, para assim, facilitar a respiração e evitar asfixia devido ao risco de
vômito;

 Afrouxe as roupas e abra os botões/zíperes para facilitar a respiração da pessoa;

 Comunique-se com as pessoas, mesmo que ela não responda;

 Cheque se há possíveis lesões causadas pela queda e, em caso de sangramento, faça o máximo possível
para estancar a hemorragia;
VERTIGENS
 Vertigem é um distúrbio do equilíbrio. É o tipo mais frequente de tontura e também pode ser chamada de
zonzeira.

 Pessoas que apresentam vertigem têm sintomas, como “visão dupla”, olhos embaçados e fraqueza.

 Na vertigem, há uma ilusão de que o corpo e/ou o ambiente estão em movimento, principalmente em
sentido rotatório, ou seja, girando. Frequentemente, essas sensações estão associadas a sintomas, como
náusea, vômito, suor, palidez e sensação de desmaio.
VERTIGENS
PRIMEIROS SOCORROS: VERTIGENS

Sentar a vítima com a cabeça abaixada, colocar as mãos


sobre sua nuca, pedindo que ela force a cabeça para cima
enquanto você a força para baixo é a principal medida que
você deve realizar diante de uma vítima com vertigem.
REFERÊNCIAS
TRATAMENTOSD E EMERGÊNCIAS. IMOBILIZAÇÃO. Disponível:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/168841/mod_resource/content/1/imobiliza%C3%A7%C3%A3o.pdf

WIKI GLOBAL PÉDIA. Luxação: sintomas, causas e tratamentos, 2014. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=HygXB6Aonbo&feature=emb_logo

BRASIL SIKANA. Entorse: Primeiros socorros, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bln4sH5ECSE&feature=emb_logo

BRASIL SIKANA. Fratura de membro superior: Primeiros socorros, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h7Wh-U7yInA

BRASIL SIKANA. Fratura de membro inferior: Primeiros socorros, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VWJwSfOxZdE

NASCIMENTO, S. A. e-Tec Brasil, Vertigens, desmaios e crises convulsivas. Disponível em:


http://www.proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/588/Aula_09-
COLOR.pdf?sequence=9&isAllowed=y#:~:text=Sentar%20a%20v%C3%ADtima%20com%20a,de%20uma%20v%C3%ADtima%20com%20vertigem

BRASIL. Ministério da Saúde. Convulsão, 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2050-convulsao


Carla Rodrigues Batista
Instrutora de Formação Profissional
alf10389@mg.senac.br

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