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Impresso por 6 periodo, CPF 740.878.002-53 para uso pessoal e privado.

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pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 18/05/2020 20:51:59

CLINICA INTEGRADA ODONTOLOGICA I

Cuidados Especiais com Pacientes:

Doenças auto-i munes - Lupus eritematoso: O a tendimento odontológico desses pacientes deve
atentar para consequências da terapia imunossupressora, doença renal, aumento do risco cardíaco,
e das anormalidades hematológicas mucocutâ neas e mucoesqueléticas. Se houver
comprometimento renal, deve-se avaliar a dosagem mínima necessária de qualquer medicamento,
inclusive anestésicos locais.

Hepatite: Minimizar o uso de medi camentos metabolizados pelo fígado e se houver dúvidas quanto
a possível hemorragia, verificar exames relativos ao tempo de protrombina e tempo de
sangramento no pré-operatório desses pacientes.

Diabétic os: Pc diabéticos podem ter hipossalivação, infecções e comprometimento periodonta l e


podem ter alteração na cicatri zação.
Diabetes melito – Tipo 1 (10%) - deficiência total de insulina. Por esse motivo, os diabéticos do Tipo
1 são chamados de insulinodependentes.
Diabetes melito – Tipo 2 - não insulino dependentes

Critério Glicemia em j ejum Glicemia 2h após 75g Glicemia


diagnóstico (mínimo de 8 h) de glicose

Glicemia normal 70-99 < 140 < 200

Intolerância à 100-125 ≥ 140 e < 200 *


glicose

Diabetes melito ≥ 126* ≥ 200 ≥ 200 (com


s intomas )

Sedação Mínima: Segura em diabéticos


Anestésicos locais: Prilocaína com Felipressina
Analgésico: Paracetamol (1° opção). AINEs: Somente após conversar com o médico
Corticóide: Dexametasona ou betametasona – Seguro em pacientes controlados.
Antibiótico: Compensado: tratar como paciente normal
Descompensado:Antibioticoterapia

Para prova: “se colocarem que está compensado tratar normal, se nada for relatado sem pre
considera r descompensado.”

Asma Alérgicos a sulfito – conservante presente no tubete dos anestésicos com adrenalina. Usar
prilocaína com felipressina. Verificar se é a lérgico ao látex, AAS, metilmetacrilato.

Anêmic os Pode ter problemas na cicatri zação. Verificar a necessidade de a lteração na medicação.

Risco de Endocardite infecciosa: Após procedimento odontológico invasivo, se não forem tomados
só cuidados necessários, pode-se suspeitar de endocardite infecciosa quando há febre (>38º C) sem
motivo aparente, fadiga e cansaço. Encaminhados para o cardiologista.
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Profilaxia antibiótica: Antes de procedimentos invasivos que envolvam a manipula ção de tecido
gengival, periapical ou perfuração da mucosa. Inclue remoção de sutura, bandas ortodônticas.
● 4g amoxicilina
● 600 mg Clindami cina
Pacientes de alto risco à endocardite:
Pac com válvula cardíaca protética
Endocardite infecciosa prévia
Doença Cardía ca congestiva (DCC) DCC cianótico congênito
Transplantados cardíacos com valvulopatia

Recomendar atenção no cuidado com a saúde bucal.

Portadores de doenças cardiovasculares:


Os fios de retração gengival im pregnados com epinefrina não devem ser empregados em pacientes
com risco cardiovascular.
Anestésico – Prilocaína com felipressina, ou Anestésico sem vaso. Se usar adrenérgico, máximo 2
tubetes (tabela a cima).
Grupo: Doença cardíaca isquêmi ca, Insuficiência cardíaca congestiva, Arritmias cardíacas,
Anormalidades das valvas cardíacas.

Gestantes e Lactantes Profilaxias e selamentos de cavidades, devem ser rea lizados no pré-natal.
Melhor períod o de tratamento: 2° trimestre (4°,5°,6° mês) Evitar posição supina nos últimos
meses de gestação.
Radiografias - seguindo o protocolo. Evitar sempre que possível. Sedação mínima - Risco para o feto
no 1° e 2° trimestre. Sem risco em odontologia durante a lactação.
Anestésico local – Usar no máximo 2 tubetes Lidocaína 2% com epinefrina – indi cada para Gestação
normal, grávidas com história de anemia, diabéticas ou com hipertensão arteria l controlada.
Grávidas com hipertensão não controlada e história de an emia Mepivacaína 3% sem
vasoconstritor.
Analgésicos e Antiinflamatórios - Quando houver necessidade da prescrição de um analgésico, o
paracetamol (risco B) é o fárma co de escolha para qua lquer período da gestação. As doses
recomendadas são de 500mg, a cada 6 h, respeitando o limite máximo de três doses diárias, por
tempo restrito.

Opióides – Devem ser evitados


AINEs – Devem ser evitados
Corticoides – Não apresenta risco na dose recomendada

Antibióticos: Amoxicilina – Não apresenta risco Eritromicina – Opção à alérgicas Horário de


atendimento: fina l da manhã (hi peremese=vômito excessivo).

● Caso Clínico 1:

Paciente R.J.M 35 anos, leucoderma e na anamnese relatou ser diabético compensado, insulino
dependente e realizar hemodiálise 3 vezes por semana. Apresenta dor na região inferior direita com
edema na região vestibular dos dentes 45, 46 e 47.

O Exame clínico revelou o seguinte:

-Dente 46 com coroa totalmente destruída com imagem ra diográfica de lesão periapical difusa.
-Dente 47 coroa parcialm ente destruída com comunica ção com a câmara pulpar e massa
avermelhada emergindo da cavidade.
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-Dente 45 apresenta-se com cárie profunda e teste de vitalidade a frio positivo com declínio
relativamente rápido.

Pergunta-se:
a) Faça se necessário a terapêu tica medicamentosa para essa paciente.
R: Antibioticoterapia, fazer Profilaxia Antibiótica o paci ente por realizar hemodiá lise 3x por
semana encontra-se imunossuprimido, prescrever Amoxici lina 500 mg, 4 cps (total de 2g) e pedir ao
paciente para tomar de 1h a 30 minutos antes do procedimento, e realizar as doses de manutenção
de amoxici lina 500mg de 8 em 8 horas por 7 dias.
Analgésicos - Dipirona sódi ca 500 mg 4 em 4h ou Paracetamol 750mg de 6 em 6 h.
Anestésico: Lidocaína com adrena lina 1:100.000 nas doses habituais.

b) De o diagnóstico do caso clínico e planejamento.


R:
Urgência no dente 46.
Diagnóstico: Abscesso Fênix.
Tratamento: Endodôntico - Penetração desinfetante - drenagem via canal se possível - medicação
intracanal com hipoclorito - restauração temporária c/ ionômero de vidro, cotosol etc...

Adequa ção de meio bucal:


47: Pulpite hiperplásica - Pulpotomia - ou pulpectomia.
45: Dente cariado - escariação - e restauração temporária.
46: Obturação e restauração temporária.

Fase restauradora:
47- Restauração permanente com resina composta ou amá lgama.
45- Restauração permanente com resina composta ou amá lgama.
46- Coroa metalocerâmi ca + núcleo fundido (Prótese fixa)

Fase de manutenção:
Aqui será realizado o controle periódico da higiene bucal, reforço da motivação, a companhamento
clínico e radiográfico dos trabalhos executados, reava liação dos procedimentos reabilitadores,
reforço e/ou reaplicação das medidas preventivas responsáveis pela manutenção do estado de
saúde bucal e geral do paciente.

OBS:
→ O Abscesso Fênix radiograficam ente pode apresentar uma imagem radiolúcida apical
(RAREFAÇÃO ÓSSEA PERIAPICAL) e já o abscesso apical agudo radiograficamente pode apresentar
aumento do espaço perirradicular e/ou rom pimento da lâmina dura ou imagem apical de
esfumaçamento.

● Caso Clínico 2:

Paciente 25 anos, diabética tipo I, procurou a clínica da Uninove onde apresenta cárie profunda no
dente 24 e relata dor espontânea muito intensa aliviada por estímulo frio e ocorreu pequena
exposição pulpar antes da completa remoção da cárie.

No exame intra oral:


- Cálculo na região do 33 até o 43;
- Cárie profunda nos dentes 36 e 46, teste de vitalidade positivo no 36 e negativo no 46 com
imagem de lesão periapical difusa.
- Fratura classe IV no dente 22.
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- Presença de fratura subgengival no dente 25 com invasão do espaço biológico e presença de


cálculo.
- Raiz residual do dente 16 e 26.

R:
Tratamento de Urgência:
- Dente 24: Pulpite Irreversível.
Tratamento: Pulpectomia, MIC – Hidróxido de cálcio (Ca llen) e Restauração temporária.
Terapêutica:
Anestesia Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000
Medicação Pós-Operatória: Dipirona sódica 500mg de 4 em 4h por 24h, ou, Paracetamol 750mg, de
6 em 6 h por 24 h.

Não há necessidade de terapia antibiótica devido ao estado atual da doença se encontrar


controlada e não há presença de disseminação local ou sistêmica da infecção.
Ex: linfadenopatia, febre, trismo etc...

Preparo de Boca – Adequação de meio bucal


Orientação de Higiene Bucal
Dentes 33 ao 43 (cálculo): Tto periodontal – Raspagem e alisamento supragengival, rasp.
Subgengival;
Dente 36 ( cárie profunda): Escariaçã o – Capeam ento pulpar indireto com Hidróxido de cálcio P.A e
pasta pasta – restauração temporária;
Raízes residuais 16 e 26: Exodontia;
46 (cárie profunda + lesão apical) – Periodontite Apical crônica – Escariação + Penetração
desinfetante, MIC hipoclorito e restauração temporária.
(Dúvida: Em que fase é feito a obturação)
25 Não tenho a mínima idéia.

Reabilitação
36 -> Restauração definitiva com amálgama ou resina composta.
46 -> Prótese Fixa – Núcleo + Coroa (enfra quecimento das cúspides)
25-> Não tenho a mínima idéia.
22 -> Restauração definitiva , Sistema Adesivo + Resina Composta.

Manutenção:
Reavaliar o paciente para verifi car se houve para lisação da atividade cariogênica, controle do
biofilme e sucesso da terapia pulpar, bem como a saúde bucal em geral.

QUESTÕES ALTERNATIVAS.

1- Paciente jovem com 12 anos de idade, queixa-se de dor provoca da ao frio e doce, na região dos
molares superiores. Clinicamente, verifica-se no dente 16 a presença de grande quantidade de
dentina cariada sem exposição pulpar e com resposta positiva aos testes de sensibilidade.
Radiograficamente, a cárie é profunda, próxima à polpa e sem a presença de lesão periapical.
Nesse caso deve-se realizar:

A- Biopulpectomia
B- Tratamento expectante
C- Pulpotomia
D- Remoção de todo o tecido cariado e restauração
E- Proteção pulpar direta
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obs: Tratamento expectante = tratamento de espera. ex: ca peamento indireto com hidróxido de
cálcio pasta pasta (Hydcal)

2- Dente com lesão cariosa extensa, dor intensa à mudança de tempera tura, em particular ao
quente e persistente, mesmo depois de removido o estímulo. Tal situação sugere diagnóstico de:

A- Pulpite reversível
B- Pulpite hiperplásica
C- Pulpite crônica
D- Pulpite aguda
E- Necrose pulpar

3- Na radiografia periapical do dente 13, observa-se canal radicular não tratado e presença de
imagem radiolúcida circunscrita no ápice, sugestiva de g ranuloma. Clinicamente este dente não
responde aos testes de sensibilidade pulpar. A etiologia desta lesão está ligada a fatores que
levaram a:

A- Decomposição ou necrose da polpa dental, atuando com baixa intensidade sobre os tecidos
periapicais e o tratamento consiste na limpeza e obturação do canal radicular e observação
radiográfica periódica.

B- Decomposição ou necrose da polpa dental, atuando com alta intensidade sobre os tecidos
periapicais e o tratamento consiste na limpeza e obturação do canal radicular e observação
radiográfica periódica.

C- Necrose parcial da polpa dental, atuando rápida e intensamente sobre os tecidos periapi cais e o
tratamento é a cirurgia paraendodôntica com apicectomia e obturação retrógrada.

D- Necrose da po lpa denta l, atuando lenta e concomitantemente sobre os tecidos periapicais e o


tratamento é a extração do órgão dental.

E- Necrose parcial da polpa dental, atuando rápida e intensamente sobre os tecidos periapicais e o
tratamento consiste na cirurgia paraendodôntica e obturação do canal.

4- Em casos de exposição pulpar, o capeamento pulpar direto pode ser usado como um
procedimento para a recuperação pulpar. Seu sucesso depende:

A- Pequenas exposições acidentais só em molares.


B- Paciente j ovem e pouca contaminação da exposição pela saliva.
C- De ser uma exposição pulpar pequena e aci dental e dente jovem.
D- Qualquer exposição em dente jovem.
E- As alternativas "a" e "b" estão corretas.

5- O articulador é um instrumento indispensável para o planejamento e trata mento de


reabilitações orais. A respeito desse tema analise as afirmaç ões abaixo:

I- É possível determinar a dimensão vertical de oclusão a partir da dimensão vertical de repouso,


tanto pa ra pacientes dentados como edentados, uma vez que essa técnica i ndepende de presença
de dentes.
II- Para montar o modelo superior de um caso que a presenta de canino a canino é necessário
confeccionar uma base de prova e plano de registro da área dentada com godiva ou silicona pesada.
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III- Os modelos de estudo montados em articulador são utilizados para avaliar critérios de oclusão
ideais, identificar dentes extruídos, analisar o plano oclusa l dentre outras funções.
É correto apenas o que se afirma em:

A- I, II e III.
B- I e II.
C- apenas II.
D- apenas III.

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