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Nomenclatura e classificação das cavidades - Ângulo cavo-superficial: é formado pela junção

das paredes da cavidade com a superfície externa do


Tipos de cavidades dente. É utilizado para indicar a forma que se deve
dar a esse ângulo em determinada porção do esmalte.
 Etiológica: áreas dos dentes suscetíveis à Ex: ângulo cavo-superficial sem bisel para
cárie (difícil higienização), ex: sulcos, amálgama.
fóssulas e fissuras.

 Artificial: áreas que eu confeccionei (preparo


cavitário), ex: para retirar tecido cariado; ter
maior retenção dos materiais restauradores;
Muito comum no preparo para amálgama.

Nomenclaturas

Envolvimento da quantidade de faces

 Simples: envolvimento de apenas uma face,


ex: mesial, vestibular...
 Composta: envolvimento de duas faces, Classificação artificial de Black (1908)
ex: mesial e oclusal (MO)
 Complexa: envolvimento de três ou mais - De acordo com a localização
faces, ex: mesial, oclusal e vestibular (MOV)

Nomenclatura das partes constituintes da


cavidade

- parede circundante: paredes laterais da cavidade


que recebem o nome de acordo com o lado da face
que está.
CLASSE I
- parede de fundo: corresponde ao assoalho da - Envolvimento apenas da face oclusal de dentes
cavidade e podem ser chamadas de axial (paralela ao posteriores (molares e pré-molares).
longo eixo do dente) e, pulpar (perpendicular ao - Preparadas em regiões de má coalescência de
longo eixo do dente). esmalte, de cicatrículas, fóssulas e fissuras.
- Extensão para palatina de dentes superiores (2/3) e
- Ângulos diedros: são formados pela união de duas vestibular de dentes inferiores (2/3), ou na face
paredes e recebem o nome de acordo com a palatina (região de cíngulo) de caninos e incisivos.
combinação de seus respectivos nomes. Segundo
Black, os ângulos diedros podem ser: CLASSE II
 Do primeiro grupo: formado pela - Envolvimento de faces proximais (M e D) de dentes
combinação das paredes circundantes. Ex: posteriores ou ainda oclusal + proximal (MO e DO).
vestíbulo-mesial, disto-lingual etc. (se estiver afetando face proximal consequentemente
 Do segundo grupo: formado pela é classe II).
combinação das paredes circundantes com as
paredes de fundo. Ex: linguo-pulpar, axio- CLASSE III
vestibular etc. - Envolvimento de faces proximais (M e D), sem
 De terceiro grupo: formado pela combinação envolvimento da borda incisal de dentes anteriores.
das paredes de fundo. Ex: axio-axial e axio- (muito comum em fraturas de dentes)
pulpar.
CLASSE IV
- Ângulos triedos: formados pelo encontro de três - Envolvimento de interproximal e ângulo da borda
paredes e recebem o nome de acordo com as incisal de dentes anteriores.
combinações. Ex: vestíbulo-axio-pulpar, linguo-
mésio-pulpar e etc.
 Tipo túnel: pré-molares e molares –
CLASSE V quando apenas a face proximal é
- Envolvimento da região cervical/gengival envolvida, preservando a crista marginal.
(vestibular ou lingual/ palatina) de todos os dentes.
(onde o acesso vai ser através da face
- (muito comum em lesões cervicais não-cariosas).
oclusal).
Classe I e II = DENTES POSTERIORES
Mount e Hume (1998)
Classe III, IV = DENTES ANTERIORES
CLASSE V todos os dentes - Classificações que se importa com a localização,
extensão e complexidade da cavidade.
Classificações complementares
QUANTO A LOCALIZAÇÃO
CLASSE VI - Howard e Simom
- CLASSE I: presente em sulcos, fóssulas e fissuras
de dentes anteriores (cíngulo) e posteriores (face
oclusal).

- CLASSE II: superfície interproximal de qualquer


dente (anterior, posterior), iniciadas imediatamente
- Lesões de cárie/ cavidades localizadas nas bordas
incisais de dentes anteriores, sem envolvimento do abaixo das áreas de contato com o dente vizinho.
ângulo incisal e/ou pontas de cúspides de dentes
- CLASSE III: terço cervical da coroa ou raiz
posteriores, sem envolvimento das cicatrículas e
fissuras. exposta (envolvimento de recessão gengival).

QUANTO A PROFUNDIDADE E EXTENSÃO


Sockwell
DA LESÃO CARIOSA
- Considera como cavidade de CLASSE I aquelas
- NÍVEL 1 (MINÍMA): envolvimento minímo de
preparadas em cicatrículas e fissuras incipientes (de
ponto), na face vestibular de dentes anteriores. dentina sem possibilidade de tratamento por
remineralização.
- ainda classificava , dizendo que classe I, pode ser:
- NÍVEL 2 (MODERADO): envolvimento
 Tipo ponto – pré-molares e molares: quando moderado de dentina. Após o preparo cavitário o
apenas um ponto do sulco principal foi remanescente de esmalte está suportado por dentina e
atingido pela cárie. provavelmente não se fraturará sob força oclusal
 Tipo risco- pré-molares e molares: quando normal, ou seja, a estrutura dentária remanescente é
apenas o sulco principal foi atingido pela suficientemente resistente para suportar e proteger a
cárie. restauração.
 Tipo olho de cobra- pré-molares e molares - NÍVEL 3 (GRANDE): cavidade é ampla, acima do
inferiores: quando a lesão não atingiu as envolvimento moderado. A estrutura remanescente
estruturas de reforço do esmalte, como ponte está enfraquecida, com possibilidade de fratura de
de esmalte e cristas marginais. cúspide ou ângulo incisal ou poderá se romper
 Tipo Shot Gun- Tiro de espingarda- quando deixada exposta ao carregamento oclusal ou
molares inferiores: minicavidades nas incisal.
superfícies oclusais dos molares.
- NÍVEL 4 (MUITO GRANDE): cárie extensa, com
- Esse autor também classificava a CLASSE II grande perda de estrutura dentária.
 “SLOT” vertical de Makley: pré-molares Galen et al. (1981)
superiores e inferiores – quando apenas a
face proximal cariada é incluída na - Fratura de ângulos nos dentes anteriores.
preparação, sem nenhum envolvimento da - Classe IV= resultado de uma lesão por cárie
superfície oclusal. com envolvimento do ângulo incisal.
- Classificação dividida em 6 tipos.
- Baseada na extensão da lesão.
 TIPO I: ocorre de forma oblíqua na área
incisal, com envolvimento somente de 1/3 no
sentido mésio-distal e inciso-cervical.

 TIPO II: ocorre de forma oblíqua na área


incisal, com envolvimento 2/3 no sentido
mésio-distal e 1/3 no sentido inciso-cervical.

 TIPO III: ocorre de forma oblíqua na área


incisal, com envolvimento de mais de 2/3 no
sentido mésio-distal sem atingir ângulo incisal
e 1/3 no sentido inciso-cervical.

 TIPO IV: ocorre de forma oblíqua na área


incisal, com envolvimento somente de 2/3 ou
mais no sentido mésio-distal e 1/3 no sentido
inciso-cervical. (atinge ângulo incisal).

 TIPO V: ocorre de forma horizonrtal,


paralela à borda incisal, atingindo totalmente
o terço incisal nos sentidos mésio-distal e
inciso-cervical.

 TIPO VI: ocorre de forma horizonrtal,


paralela à borda incisal, envolvendo o terço
médio no sentido inciso-cervical.
 Brocas: corte
PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS  Ponta diamantada: desgaste
APLICADOS AO PREPARO CAVITÁRIO
ETAPAS DO PREPARO CAVITÁRIO
- O que é o preparo cavitário? É o tratamento
biomecânico da cárie e de outras lesões dos tecidos 1. Forma de contorno
duros do dente, afim de que as estruturas 2. Forma de resistência
remanescentes possam receber uma restauração que 3. Forma de retenção
4. Forma de conveniência
as proteja, seja resistente e previna a reincidência de
5. Remoção de dentina cariada
cárie, devolvendo a FORMA, FUNÇÃO e 6. Acabamento das paredes de esmalte
ESTÉTICA. 7. Limpeza da cavidade
- Cavidade patológica (com a lesão cariosa) — FORMA DE CONTORNO
cavidade terapêutica (sem a lesão cariosa)
É uma etapa que visa delimitar/definir a área da
REGRAS DO PREPARO CAVITÁRIO superfície do dente que deverá ser incluída no
preparo cavitário.
1- Remover totalmente o tecido cariado
infectado; - A forma de contorno deve englobar todo o tecido
2- Deixar as paredes da cavidade suportadas por cariado e/ou a restauração deficiente a ser substituída.
dentina sadia ou por material com igual
função; - A forma de contorno varia de acordo com: a
3- Conservar maior quantidade de tecido dental anatomia do dente, extensão da lesão, oclusão com o
sadio; dente antagonista, risco de cárie do paciente, tipo de
material restaurador.
4- Paredes cavitárias planas e lisas;
5- Preparo cavitário limpo e seco; - Todo esmalte sem apoio/suporte de dentina deve ser
removido.
Princípios atuais do preparo cavitário
- observar as diferenças de procedimentos para
 Bom senso
regiões de fissuras e cicatrículas para as de superfície
 Preparo conservadores (máxima conservação lisas.
de estrutura dental sádia)
 Procedimentos minimamente invasivos  Superfícies de cicatrículas e fissuras: nos
 Conhecimento dos fatores etiológicos da cárie preparos clássicos- ¼ ou 1/3 da distância
intercuspídea. A profundidade é de 0,5 mm
 Priorização do controle e do tratamento da
além do limite amelocementário(ou seja,
doença cárie envolver dentina)= cavidade profúnda e
 Nem toda cavidade precisa ser estreita.
RESTAURADA, como por exemplo,
fechamento de diastema, fraturas CLASSE - é necessário avaliar a extensão da cárie,
IV, lesões cervicais não cariosas. considerando-se que ela se propaga como 2
cones superpostos pela base <>.
 O tipo de material restaurador determina o
tipo de preparo - Para Black: a forma de contorno deveria englobar
todas as cicatrículas e fissuras e sulcos muito
ABERTURA CAVITÁRIA
profundos e próximos de lesão de cárie para evitar a
recidiva deste processo carioso e permitir um bom
- Remoção de esmalte sem apoio de dentina
acabamento das margens de restauração
- Exposição da lesão cárie
(FILOSOFIA DE EXTENSÃO PREVENTIVA).
- Melhor visualização
- Permite a instrumentação subsequente
- Atualmente: a forma de contorno da cavidade
- É realizada com instrumentos rotários em alta
limita-se a englobar apenas os tecidos
velocidade com diferentes tamanhos, que variam de
comprometidos, sem a necessidade de extensão
acordo com: tipo de dente, tamanho da lesão, tipo de
preventiva, devendo-se respeitar as estruturas de
material restaurador.
reforço dos dentes, tais como, pontes de esmalte,
vertentes e cúspides. (FILOSOFIA FORMA DE RETENÇÃO
CONSERVADORA).
É a etapa que tem por finalidade de reter a
- Duas ou mais cavidades distintas encontram-se restauração e evitar o deslocamento da restauração,
separadas por uma estrutura sadia menor que 1mm, sob a ação dos esforços mastigatórios, alterações
elas devem ser unidas em um único preparo, caso dimensionais térmicas e tração de alimentos
contrário, elas devem ser mantidas, preparando-se pegajosos.
duas cavidades distintas.
- Essa retenção acontece através do embricamento
 Superfícies lisas: mecânico (união) entre o material restaurador e as
- A cárie, que nesses casos se propaga como dois paredes cavitárias.
cones superpostos, ápice contra base >>. Onde se - O embricamento varia conforme o tipo de material
propaga mais em extensão do que em restaurador utilizado.
profundidade. Deve ser totalmente incluída no
preparo. Retenção para amálgama
- O ângulo cavo-superficial da cavidade deve ser
estendido até que seja encontrada uma estrutura Cavidade simples:
dental sadia e o preparo possibilite um bom - Princípio proposto por Black: P>L (profundidade
acabamento da margem da restauração. maior que a largura vestíbulo-lingual), assim a
- O esmalte remanescente deve estar idealmente cavidade já é autorrentiva.
suportado por dentina sã. - paredes V e L convergentes para a oclusal.
- Ou ainda, quando a L>P (Largura vestíbulo-lingual
FORMA DE RESISTÊNCIA for maior que a profundidade), deve-se fazer
retenções mecânicas adicionais em dentina, nas
É a etapa que consiste em dar forma à cavidade para cúspides, para que esse material tenha maior retenção
que a estrutura dental e material restaurador possam na cavidade.
resistir aos:
Cavidade compostas e complexas: além das
- esforços mastigatórios; próprias características da caixa, outros mecanismos
- variação volumétrica dos materiais restauradores; devem ser adotados, com intuito de melhorar a
- diferenças no coeficiente térmico do dente e de estabilidade da restauração.
material restaurador;
 Retenção de cauda de andorinha: auxilia a
retenção de restaurações de cavidade
 Todo esmalte deverá estar suportado por próximo-oclusais, no entanto no ponto de
dentina sadia, ou seja, deve-se remover todo o vista biológico e de resistência da estrutura
esmalte sem suporte dentinário. dentária, não é vantajosa.
 Paredes circundantes planas e paralelas entre
si e perpendiculares à parede pulpar.  Retenção em sulco ou canaleta: confecção
 Parede gengival plana e paralela à parede de sulcos proximais V e L aumenta 10x a
pulpar (parede de fundo) e, ambas retenção sendo, assim, mais recomendável.
perpendiculares ao longo eixo do dente. Tendo como objetivo de se evitar o
 Parede axial (parede de fundo) plana e deslocamento lateral da restauração quando
paralela ao longo eixo do dente. da incidência de uma carga oclusal.
 Paredes circundantes paralelas ao longo eixo
do dente ou convergentes para oclusal,  Retenção através de pinos em dentina: feita
possibilitando assim, maior adequação ao em cavidades muito extensas, tanto para
material restaurador. amálgama como para restauração metálica
 Ângulo áxio-pulpar arredondado, para fundida.
diminuir a concentração de esforços capazes
de provocar a fratura do material restaurador, Retenção para resina
como, por exemplo, o caso de amálgama em - Retenção micromecânica com a aplicação de ácido
cavidade de classe II. fosfórico em esmalte e dentina.
 Ângulo cavo-superficial:
- Resina: ângulo agudo. Função do ácido fosfórico:
- Amálgama: ângulo reto Dentina: expor os túbulos dentinários (15s)
Esmalte: expor os prismas de esmalte (30s)
FORMA DE CONVENIÊNCIA  Brocas pontas diamantadas fina e ultrafina (F
e FF);
É a etapa que consiste em se dar ao preparo cavitário  Instrumentos cortantes manuais (enxadas,
características a fim de facilitar o acesso, a recortadores);
conformação e a instrumentação da cavidade.  Pontas de discos.

- Fazer uso de alguns instrumentos/ técnicas que LIMPEZA DA CAVIDADE


facilite o procedimento, como matrizes de poliéster/
metálicas, isolamento absoluto. É a etapa que consiste em remover os resíduos do
- realizar acessos sem comprometer pontos de preparo cavitário antes da inserção do material
reforço, estético etc. protetor e/ou restaurador através de diferentes
agentes considerados de limpeza dentinária.
REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA
- Influencia diretamente no sucesso da restauração;
É a etapa que consiste na remoção de toda dentina - É indispensável para um melhor vedamento
que encontra-se desmineralizada e infectada, pela marginal e redução da infiltração marginal;
lesão de cárie, de modo irreversível.
- NENHUM DENTE DEVE SER RESTAURADO
- Pode ocorrer simultanemante a determinação da SEM ESTAR DEVIDAMENTE LIMPO E SECO.
forma de contorno.
- O objetivo da limpeza é remover a SMEAR
- dentina infectada (deve se remover, pois não é LAYER, que é a lama dentinária, com sangue,
passível de remineralização) x dentina afetada (deve
microorganismos, saliva, óleo da caneta...
se deixar, pois é passível de remineralização).
AGENTES NÃO-DESMINERALIZANTES
ZONAS DA LESÃO DE CÁRIE
 Germicidas (produtos à base de clorexidina,
1ª zona - EXTERNA: dentina muito infectada e
água oxigenada).
desorganizada (liquefeita, consistência amolecida).
2ª zona - INTERMEDIÁRIA: dentina infectada e  Detersivos (produtos detergentes) ex:
desmineralizada. tergensol, tergentol.
3ª zona - INTERNA: dentina desmineralizada não-  Alcalinizantes (produtos à base de hidróxido
infectada, passível de remineralização. de cálcio)

Como distinguir o tecido cariado infectado do MAIS UTILIZADOS ATUALMENTE


afetado? - flúor gel neutro 2% para limpeza de cavidade de
Existe uma diferença tátil, 1-2 zona (infectada) mais amálgama (4min)
liquída, fácil de remoção. Ao passo que a afetada é - clorexidina 2% - (1min)
mais endurecida, sai em lasca.
AGENTES DESMINERALIZANTES
- Esmalte: alta rotação.  Ácidos fortes
- ácido fosfórico a 37%
- Dentina: baixa rotação e/ou colher de dentina. - ácido cítrico a 50%

ACABAMENTO DAS PAREDES DO ESMALTE  Ácidos fracos


- EDTA a 15%
- Melhorar a adaptação do material restaurador às - Ácido poliacrílico a 25%
paredes cavitárias.
- A finalidade do acabamento das paredes e margens
de esmalte é promover a remoção das suas
irregularidades e prismas de esmalte sem suporte,
friáveis e fragilizados deixados pela instrumentação
inicial, de modo a propiciar:
- Melhorar o vedamento marginal.
- Diminuir a infiltração marginal.
- Aumentar a longevidade da restauração.
Como deixar as paredes mais lisas?
 Brocas multilaminadas em baixa rotação;
ISOLAMENTO DO CAMPO OPERATÓRIO  Lubrificante ou vaselina, caneta
esferográfica, fio dental
É a etapa responsável pela obtenção e manutenção de
 Tesoura pequena reta
um campo limpo, seco e com adequado acesso.

- isolamento absoluto: com o uso do dique de


borracha.

- isolamento relativo: sem o uso do dique de


borracha. Dispõe do uso de roletes de algodão,
sugador, pinça clínica etc.

ISOLAMENTO ABSOLUTO

Benefícios

- Permite o controle da contaminação e umidade.


- Melhor visibilidade e acesso do campo operatório, GRAMPOS
mais precisão.
- Protege o paciente frente à deglutição e à aspiração - Responsável por manter o lençol de borracha em
acidental de objetos e resíduos. posição estável junto aos dentes, afastando o tecido
- Previne lesões acidentais aos tecidos moles e gengival.
promove retração. - Com diferentes tamanhos e formatos;
- Proteção do operador contra possíveis infecções. COM ASAS LATERAIS
- Ganho de tempo devido campo limpo. - 200 a 205 (molares)
- 206 a 209 (pré-molares)
Indicações - 210 e 211(incisivos e caninos - dentes anteriores)

- Restaurações, remoção de tecido cariado, pacientes SEM ASAS LATERAIS


com necessidades especiais, procedimentos que - W8A, 26, 29 (isolamento de dentes posteriores,
envolvam amálgama etc; especialmente quando apresentam coroas curtas e/ou
expulsivas) – molares com pouca retenção;
Contra indicações/ Difilcudades de aplicações - 212 (retrair os tecidos gengivais ou ainda retração
simultânea de dois dentes contíguos)
- Pacientes com asma ou dificuldade respiratória - 22 e 27 (pré-molares)
- Pacientes com alergia a látex
- Em dentes com erupção incompleta, o que dificulta ETAPAS DO ISOLAMENTO ABSOLUTO
ou torna impossível a invaginação correta da
borracha.  Anestesia do dente que vai ficar com o
- Dentes mal posicionados grampo.
- terceiros molares  Escolhe o grampo que melhor se adapte a
cervical do dente a ser isolado,
Instrumentos e materiais necessários para  Deve-se evitar a adaptação do grampo
execução do isolamento absoluto diretamente sobre o dente que será restaurado,
opta-se por colocar em um dente antes do que
 Lençol de borracha vai ser trabalhado.
- De preferência o de cor azul, de gramatura  Inicialmente, divida o dique de borracha em
0,20mm quatro quadrantes correspondendo aos quatro
 Perfurador de lençol (Ainsworth) hemiarco da cavidade oral.
 Marque 5 cm para superior, 4 cm pra inferior
 Pinça Palmer
e 3 cm para os lados = arco do paciente.
 Arco de Young (para dentística) ou arco de  Em seguida, o dique de borracha deve se
Ostby (para endo) adaptado abaixo do arco de Young, sendo
 Grampos retratores levemente esticado, até que fique preso às
garras existente ao longo do arco.
 Após isso, leve o conjunto arco/lençol até a automaticamente assumem sua posição sobre
cavidade oral e posicione o dique e pressione cada um dos dentes, desde que a marcação
para ir de encontro aos dentes que serão das perfurações tenha sido conduzida com
isolados até que seus contornos sejam cuidado. Basta, então tensionar levemente o
facilmente percebidos através da borracha. lençol de borracha, de modo a permitir sua
passagem pelos pontos de contatos
Regra básica: interproximais.
- dentes posteriores: incluir no mínimo dois  Após a passagem do dique de borracha pelos
dentes a distal daquele que vai ser tratado e o pontos de contato, é importante que ele seja
restante para mesial, até o canino do lado invaginado adequadamente na região do sulco
oposto. gengival, a fim de melhorar o vedamento.
- dentes anteriores: incluir extensão de pré- Para isso, é interessante a utilização conjunta
molar de um hemiarco ao pré-molar do lado do fio dental e de uma espátula com ponta
oposto. romba.
 Com uma caneta esferográfica com ponta  A remoção do isolamento absoluto é iniciada
úmida, faça uma marcação sobre cada um dos pela remoção do grampo, seguida da retirada
dentes que se planeja isolar (é a partir dessa do arco de Young e corte do lençol de
marcação que o dique de borracha será borracha com tesoura.
perfurado) – o ideal é iniciar as marcações
pelo último dente do hemiarco (de acordo ISOLAMENTO ABSOLUTO COM
com os dentes que forem isolados) e seguir BARREIRA GENGIVAL
em direção até à linha média. FOTOPOLIMERIZÁVEL
 Realize extensão do isolamento até o
hemiarco oposto, pois facilita muito o acesso - Uso do topp Dan (barreira gengival)
e visualização. - pode complementar o isolamento absoluto
 Após a marcação do dique de borracha, este
deve ser perfurado – um orifício por dente. ISOLAMENTO RELATIVO
 Antes de inserir o lençol, os contatos
proximais devem ser conferidos com um fio Instrumentos necessários para o isolamento
dental e, caso necessário, devem ser ajustados relativo
com uma tira de lixa.
 A seguir realiza a colocação na cavidade oral - sonda
do paciente (varia conforme o operador) - espelho
- técnica de ingraham: coloca-se o grampo - pinça clínica
sem asas e a seguir o lençol de borracha/arco. - afastador
Obs: só os grampos sem asa, pois com asa - rolete de algodão
pode rasgar o dique de borracha. - gaze
- conjunto arco/borracha e em seguida o - sugador
grampo.
- todo o conjunto arco/borracha/grampo Técnica
 Grampo dever ser encaixado o mais próximo  Determinar a área a ser isolada
possível a cervical do dente.  Secagem da mucosa com jato de ar
 Fazer amarrias de fio dental no grampo para
evitar a deglutição por parte do paciente e
para que o lençol invagine para dentro do
sulco gengival.
 A superfície interna do lençol de borracha, na
região dos orifícios, deve ser levemente
lubrificada com um agente hidrossolúvel.
 O próximo passo é a estabilização do dente
mais anterior do isolamento, para isso, utiliza-
se o fio dental, entre o dente e o lençol.
(sempre deslizar o fio dental através da
superfície oclusal para a superfície proximal,
para evitar rasgamento do lençol).
 Diante disso, têm-se ambos os extremos
estabilizados, assim os orifícios
INSTRUMENTOS PARA O PREPARO DAS dentes anteriores, sulcos de retenção e biséis, são
CAVIDADES mais bem executados nessa velocidade. Também
pode ser utilizada em áreas onde a visão é limitada e
Instrumentos cortantes manuais: deve ser guiada pelo senso tátil.

- tem como função cortar, clivar e planificar a - Os procedimentos que empregam a alta velocidade
estrutura dentária ou complementar a ação dos (acima de 100.000 rpm) relacionam-se com a
instrumentos rotatórios, podem ser simples ou remoção de restaurações antigas, obtenção da forma
duplos. de contorno (interna e externa), redução de cúspides
e desgastes axiais para coroas totais.
- ENXADAS: são usadas para alisar as paredes
cavitárias, principalmente da classe V. Instrumentos rotatórios:

- MACHADOS: São usados para clivar, aplainar Por corte: representados pelas brocas.
esmalte e planificar as paredes vestibular e lingual Por desgaste: representados pelas pontas
das caixas proximais de cavidades de classe II. diamantadas, pedras montadas de carborundum e
outros abrasivos.
- RECORTADORES DE MARGEM
GENGIVAL: são usados especialmente para CORTE:
planificação do ângulo cavossuperficial gengival, - São utilizados diversos materiais para a fabricação
arredondamento do ângulo axiopulpar e das brocas, a saber:
determinação de retenção na parede gengival/cervical
de cavidade de classe II. As lâminas dos recortadores  Aço (liga ferro-carbono): mais empregado
de margem gengival são curvas e anguladas para em brocas para os procedimentos de remoção
aplicações dos lados direito e esquerdo, tanto nas de dentina cariada e acabamento das
superfícies mesial como distal, do dente cavidades com baixa rotação.

- FORMADORES DE ÂNGULOS: apresentam a  Carbide (carboneto de tungstênio): mais


extremidade da lâmina em ângulo agudo com o eixo resistente que o aço, constitui a base das
longitudinal, em vez de ângulo reto como a maioria brocas que são utilizadas para o preparo de
dos instrumentos manuais de corte. São usados para cavidades, tanto em baixa quanto em alta
acentuar ângulos diedros e triedros e determinar rotação.
forma de retenção, principalmente em cavidades de
classes III e V. - formas básicas de ponta ativa das brocas:

- COLHERES DE DENTINA: remover tecido  Esféricas: utilizadas principalmente para a


cariado. remoção de tecido cariado, confecção de
retenções e acesso em cavidades de dentes
- Afiação: manual (pedra de Arkansas) ou mecânica anteriores.
(uso de motores elétricos).

Classificação das rotações:

Baixa: menos de 40.000 rpm  Cilíndricas: utilizadas para confeccionar


Média: 40.000 a 200.000 rpm paredes circundantes paralelas e avivar
Alta: mais de 200.000 rpm ângulos diedros; a maioria dessas brocas tem
corte na extremidade e nas partes laterais da
- O emprego da baixa velocidade (menos de 6.000 ponta ativa.
rpm) é indicado para procedimentos de profilaxia
dentária, remoção de cárie, acabamento da cavidade e
polimento. Nessa velocidade, a percepção tátil é
maior e há menos geração de calor.

-A média velocidade (40.000 a 200.000 rpm) pode  Tronco-cônicas: utilizadas para dar forma e
ser utilizada para o preparo cavitário, embora não contorno em cavidades com paredes
seja tão efetiva e eficiente como a alta. Os circundantes expulsivas e para determinar
procedimentos, como preparos de cavidades em sulcos ou canaletas em cavidades para
restaurações metálicas fundidas; são indicadas - Além das pontas diamantadas convencionais,
também para determinar retenções nas caixas encontram-se no comércio pontas diamantadas
proximais, em cavidades para amálgama. para acabamento superficial em resinas
compostas, que apresentam diamantes de
granulação fina (45 µm) e ultrafina (15 µm).

- Os demais instrumentos abrasivos são


empregados para dar acabamento às paredes
cavitárias ou para remover excessos mais
grosseiros das restaurações. São apresentados em
 Cone invertido: utilizadas especialmente
várias formas e tamanhos, diversos graus de
para determinar retenções adicionais,
abrasividade e em diferentes materiais
planificar paredes pulpares e, eventualmente,
(carborundum e óxido de alumínio).
avivar ângulos diedros.
INSTRUMENTOS ABRASIVOS DE
REVESTIMENTO

- Os instrumentos abrasivos de revestimento,


representados pelos discos, têm uma camada fina de
abrasivos cimentados em base flexível.
 Roda: utilizada para determinar retenções, - São utilizados para dar refinamento ao preparo
especialmente em cavidades de classe V. cavitário ou à restauração.
- Apresentam diferentes abrasividades, com
granulação grossa, média e fina.
- Esses discos são encontrados em vários diâmetros, a
saber; 1/2, 5/8, 3/4 e 7/8”, e com diferentes sistemas
de encaixes nos mandris.

DESGASTE:
Podem ser divididos em dois grupos distintos,
segundo o método de colocação do abrasivo na ponta
ativa:
 Instrumentos abrasivos aglutinados:
confeccionados de pequenas partículas
abrasivas fixadas com uma substância
aglutinante à haste metálica.
 Instrumentos abrasivos de revestimento:
confeccionados com uma fina camada de
abrasivo cimentado em base flexível.

INSTRUMENTOS ABRASIVOS
AGLUTINADOS
- Os instrumentos aglutinados são representados
pelas pontas diamantadas, pedras e pontas de
carborundum, de óxido de alumínio, de carboneto
de silício ou de abrasivo impregnado com
borracha.

- As pontas diamantadas são indicadas para


reduzir a estrutura dentária, tanto de esmalte
como de dentina, e devem ser utilizadas com
refrigeração aquosa para eliminar os detritos que
se depositam entre os grãos abrasivos, cuja
consequência é a redução da eficiência de
desgaste e maior produção de calor friccional. PREPAROS – AMÁLGAMA
Objetivos gerais: PREPARO CLASSE II
 Biológicos: acesso à lesão e remoção do
tecido cariado. FORMA DE CONTORNO
 Mecânicos: proporcionar resistência ao
remanescente dental e ao material restaurador, - Caixa oclusal: forma de contorno semelhante às
e retenção do material restaurador à cavidade, cavidades classe I, com características semelhantes e
visto que o amálgama não apresenta máxima preservação de estrutura dentária.
características adesivas. - Broca a ser utilizada 245 ou 556.
- profundidade do preparo: ½ da ponta ativa da broca.
PREPARO CLASSE I - abertura de ¼ da distância intercuspídea (V e L).
- do centro para os lados com envolvimento dos
FORMA DE CONTORNO sulcos principais e secundários.
- para o preparo proximal: proteção do dente
- Caixa oclusal: forma de contorno englobando a vizinho com matriz estabilizada em cunha
área atingida pela lesão cariosa e máxima interdental.
preservação de estrutura dentária. - extensão do preparo oclusal para o proximal, sem
- Broca a ser utilizada é cilíndrica (245 ou 556); envolvimento da crista marginal (Deixar crista
PARALELA AO LONGO EIXO DO DENTE. marginal fina 0,25 mm-0,5 mm).
- abertura de ¼ da distância intercuspídea. - delimitação da caixa proximal com movimentos
- profundidade do preparo: ½ da ponta ativa da broca. pendulares da broca no sentido V-L – túnel de
- iniciar o preparo pelo centro em direção as penetração (ponta ativa da broca inteira).
proximais. - rompimento da crista marginal com instrumento
- Após fazer a caixa, realiza os contornos das fossetas manual, a fim de reduzir o risco de atingir o dente
mesiais e distal, com máxima preservação das cristas com instrumentos rotatórios - colher de dentina).
marginais. E realiza também o contorno dos sulcos - acabamentos das paredes V, L e A.
principais V e L. - arredondamento do ângulo áxio-pulpar com
(recortador de margem gengival).
FORMA DE RESISTÊNCIA - arredondamento das paredes vestibular e lingual
com (machado).
- parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo - ângulo cavosuperficial nítido e sem bisel.
do dente.
- paredes circundantes convergentes ou paralelas para FORMA DE RESISTÊNCIA E RETENÇÃO
oclusal.
CAIXA OCLUSAL:
ACABAMENTO - parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo
do dente.
- Enxada monoangulada para alisar as paredes - paredes circundantes convergentes ou paralelas para
circundantes e de fundo da caixa oclusal. a oclusal.

CARACTERÍSTICAS DA CAVIDADE CLASSE I CAIXA PROXIMAL:


- paredes vestibular e lingual convergentes para a
Broca 245 Broca 556 oclusal.
Parede circundantes Parede circundantes - paredes vestibular e lingual formam ângulo reto
convergentes para oclusal paralelas para oclusal com a superfície externa do dente (curva reversa de
Parede pulpar plana e Parede pulpar plana e Hollemback) = é uma manobra operatória executada
perpendicular ao longo perpendicular ao longo principalmente na parede vestibular da caixa
eixo do dente eixo do dente proximal— no intuito de garantir um ângulo de
Largura de ¼ da distância Largura de ¼ da distância aproximadamente 90° entre o amálgama e a
intercuspídea intercuspídea
superfície externa do dente.
Ângulos internos Ângulos internos
arredondados definidos
Ângulo cavosuperficial Ângulo cavosuperficial
nítido, bem definido, nítido, bem definido,
reto e sem bisel reto e sem bisel

- parede gengival plana e perpendicular ao longo eixo


do dente.
FORMA DE CONVENIÊNCIA marginal e dissimular o limite de transição da resina
- ângulos áxio-pulpar arredondados, pois diminui a composta e estrutura dentária, isto é, conseguir uma
concentração de tensões nessa região do preparo e, correta aparência estética da restauração por meio de
assim, evita fraturas. Além de melhorar a adaptação mudança gradual da cor do dente para a resina
do material restaurador. composta.
- Matriz metálica e cunha nas proximais. - O bisel marginal de preferência, com forma
- Ângulo cavossuperficial nítido, sem bisel, e prismas ligeiramente côncava (largura de 2-3 mm), poderá ser
fragilizados. determinado com pontas diamantadas em forma de
chama ou ponta de lápis (de granulação extrafina),
OBSERVAÇÃO: cujo diâmetro dependerá de extenção do contorno
cavitário.
- Machado nº 9, 14 e 15 = usado para arredondamento das
faces V e L da caixa oclusal. FORMA DE RETENÇÃO
- Recortador de margem gengival nº 28 e 29= usado para - Para resinas compostas, a forma de retenção é
arredondamento do ângulo áxio-pulpar e margens da
obtida pelo ataque ácido ao esmalte biselado nas
parede da caixa proximal.
margens.
PREPARO CLASSE III
PREPARO CLASSE IV
Face vestibular e face palatina/lingual
- segue o mesmo guia, a única diferença é a face que FORMA DE CONTORNO
será envolvida o preparo. - A cavidade deve envolver a lesão cariosa e
possibilitar o contorno estético da restauração,
FORMA DE CONTORNO portanto, a forma de contorno varia de acordo com a
- Delimita-se com lápis o contorno vestibular da extensão da lesão de cárie ou do tipo de fratura.
cavidade. Este deve ser estabelecido ligeiramente - Remoção de tecido cariado com broca esférica.
abaixo do ponto de contato e ligeiramente aquém (±
1,0 mm) da “gengiva marginal”. FORMA DE RESISTÊNCIA
- Uso de broca esférica, colocada inicialmente no - Pode-se empregar um recortador de margem
centro da área delimitada, ligeiramente inclinada para gengival, a fim de planificar as paredes gengival,
mesial, executando-se assim a penetração inicial, que vestibular e lingual, de modo a regularizá-las, ou
corresponde aproximadamente a duas vezes o então conseguir isso com instrumento rotatório,
tamanho da ponta ativa da broca. simultaneamente à fase de acabamento das margens
- A seguir, com pequenos movimentos pendulares, a de esmalte.
cavidade é estendida para incisal e gengival. É
necessária grande atenção no sentido de preservar o ACABAMENTO DAS MARGENS DE
maior volume possível do ângulo incisal e manter a ESMALTE
área de contato.
- Deve-se também tomar cuidado para não - bisel côncavo, tanto por vestibular quanto por
enfraquecer a parede lingual durante o preparo, lingual.
principalmente no seu terço médio, onde as forças - uso de pontas diamantadas em forma de chama ou
mastigatórias podem incidir diretamente. ponta de lápis.

FORMA DE RESISTÊNCIA FORMA DE RETENÇÃO


- As paredes circundantes da cavidade devem ser - Emprego ou não de retenções adicionais internas
perpendiculares à superfície externa e acompanhar a em forma de canaletas e orifícios ou de pino(s)
conformação das faces às quais pertencem. metálico(s) rosqueado(s), friccionado(s) ou
- Os ângulos diedros do primeiro e segundo grupos cimentado(s) em dentina como retenções adicionais.
devem ser arredondados.
- A parede axial é paralela ao eixo do dente. PREPARO CLASSE V
- Para o aplainamento das paredes circundantes dessa
cavidade, são utilizados os recortadores de margem FORMA DE CONTORNO
gengival. - contorno cavitário com forma geométrica estética
acompanhando o perfil e a silhueta das paredes
ACABAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE homônimas, isto é, realizando a prevenção da
extensão, e não a extensão preventiva.
- Para resinas compostas, o ângulo cavo-superficial - A delimitação da forma de contorno é feita a lápis,
deve ser biselado, a fim de aperfeiçoar o vedamento de maneira que as futuras paredes incisal e gengival
acompanhem a curvatura da “gengiva marginal” e as
futuras paredes mesial e distal sejam paralelas às
respectivas faces.
- A delimitação da parede gengival deverá ser
efetuada cerca de 1,5mm aquém da gengiva marginal
livre, para possibilitar a posterior confecção do bisel
gengival.
- uso de broca esférica, com profundidade ½ da ponta
ativa, colocada em ângulo de 45° com a superfície
vestibular do dente.
- À medida que vai se aproximando das paredes
proximais, sua angulação é modificada, de modo que
fique perpendicular a superfície do dente.

FORMA DE RESISTÊNCIA
- A forma de resistência não é muito crítica para essa
cavidade, pois a área gengival do dente não está
diretamente exposta aos esforços mastigatórios.
- Paredes circundantes perpendiculares à superfície
externa do dente.
- Parede axial convexa em todos os sentidos.

ACABAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE


- Bisel concâvo (broca em ponta diamantada em
forma de chama ou ponta de lápis ou ainda com os
discos abrasivos)
sempre que possível, apresente diâmetro maior do
RESTAURAÇÃO EM AMÁLGAMA que a abertura vestibulopalatal/lingual do preparo.
- a brunidura é a movimentação do brunidor nos
Indicações sentidos mesiodistal e vestíbulopalatal/lingual.
- longevidade, baixo custo, biocompatibilidade e resistência*
- classe I e classe II
Escultura
Instrumental: Discoide cleoide, hollemback
Vantagens - iniciada quando o amálgama apresentar uma leve
resistência ao corte pelos instrumentos manuais.
 Longevidade - apoiar a ponta ativa do instrumental em tecido
 Custo dental, com as lâminas paralelas às vertentes
 Microinfiltração marginal triturantes das cúspides. Possibilitando, assim, que o
 Resistência ao desgaste
remanescente dental sirva de guia para definir a
 Insolubilidade ao meio bucal
posição dos sulcos e angulação das vertentes,
Desvantagens evitando a superescavação.
- contornos da restauração devem ser comparados
 Não-estético com o contorno que a cavidade já apresentava antes
 Ausência de união à estrutura dentaria de seu preenchimento.
 Fratura marginal - reduzir a profundidade dos sulcos o mínimo
possível para não diminuir a espessura de amálgama
TÉCNICA
na região das bordas, o que tornaria as restaurações
 Trituração menos vulneráveis.
 Inserção
 Condensação Brunidura pós-escultura:
 Brunidura Pré-escultura - tem como objetivos: reduzir a porosidade
 Escultura superficial; diminuir o conteúdo de mercúrio
 Brunidura pós-escultura residual, em especial nas regiões de borda; propiciar
uma superfície mais lisa e fácil de polir e melhorar a
Trituração: cápsula pré-dosada
adaptação marginal e o selamento da restauração.
O tempo ideal de trituração é o mínimo requerido
- realizada com brunidores com pontas arredondadas,
para a formação de uma massa prateada e brilhante,
com pressão suave do centro da restauração para a
de máxima plasticidade numa dada proporção
superfície dental.
liga/mercúrio.
Acabamento: 24-48hs após a inserção do amálgama,
Inserção:
tempo necessário para uma melhor cristalização do
O amálgama é inserido em pequenas porções com o
material.
auxílio do porta-almágama.
ACABAMENTO EM AMÁLGAMA
Condensação:
- de trituração ao final da condensação varia de 3-4
- ACABAMENTO: remoção de excessos e o
min.
refinamento de características anatômicas da
Instrumental: Condensador de ward (de diferentes
superfície oclusal com brocas multilaminadas. O
tamanhos) – iniciar do menor diâmetro ao maior
acabamento das faces livres pode ser feito com discos
diâmetro.
abrasivos.
- pressão e área.
- POLIMENTO: quando a restauração apresenta-se
- a condensação visa o preenchimento da cavidade e
sem excessos e com anatomia adequada, iniciam-se
à adaptação perfeita do amálgama às paredes e aos
os procedimentos de pré-polimento e polimento. Essa
ângulos internos do preparo, além de possibilitar a
etapa é realizada com pontas de borrachas abrasivas,
compactação do material, produzindo, assim, uma
específicas para amálgama, disponibilizadas em
restauração sem poros.
forma ogival (DENTE POSTERIOR, face oclusal,
- recomenda-se condensar com excesso para
vertente triturante e sulcos) e de taça (DENTE
subsequente escultura anatômica.
ANTERIOR, vertentes lisas, cristas marginais e
ameias gengivais)
Brunidura pré-escultura:
Instrumental: brunidor n° 29 e 33
- O amálgama que foi condensado em excesso deve
ser firmemente pressionado em direção às margens
da cavidade, com brunidor em formato ovoide e que,
Pré-polimento intermediário polimento final
O uso sequencial vai gradativamente aumentando a
lisura superficial.
As borrachas devem ser usadas de modo intermitente,
sob pressão moderada e com baixa velocidade de
rotação.
- última fase de polimento: lisura e alto brilho
superficial à restauração; utilização de pasta de
polimento e escova de Robson ou produtos
comercializados para este fim.

Observação:
- Em restaurações CLASSE II, a inserção e
condensação são sempre iniciadas pelas caixas
proximais.
resina/material restaurador, caso contrário, a
restauração pode vir fraturar.

RESTAURAÇÃO EM RESINA
Classe III
Passos
- (Acesso por proximal, vestibular ou palatina): a
1. profilaxia (pedra pomes e água) técnica é a mesma.
2. seleção de cor - Isolamento absoluto.
3. checagem do contato oclusal - A superfície da cavidade deve ser limpa
4. isolamento do campo operatório (absoluto ou cuidadosamente com pedra pomes e água.
relativo) - em seguida, o dente vizinho é protegido com uma
5. remoção de cárie e preparo cavitário fita de matriz poliéster e cunha de madeira.
6. limpeza - a cavidade é limpa com ácido fosfórico (30s em
7. proteção do complexo dentino-pulpar (quando esmalte e 15s em dentina) com extensão de
necessário) aproximadamente 2 mm da margem. Em seguida
8. aplicação do ácido fosfórico a 37% realiza-se a lavagem e secagem da cavidade com a
9. lavagem e secagem seringa tríplice por cima.
10. aplicação do adesivo e fotopolimerização - em seguida, realiza-se a aplicação do sistema
11. incrementos de resina e fotopolimerização adesivo (autocondicionante ou convencional).
12. acabamento e polimento - após a aplicação FOTOPOLIMERIZA.
- na sequência, um incremento de resina composta,
Estratégias restauradoras da cor escolhida antes do isolamento absoluto, é
levado à cavidade com espátulas apropriadas. Pincéis
Observação: são auxiliares úteis na acomodação da resina
Em classes que tem bisel, restaurar além do bisel, composta e remoção de excessos.
para mascarar a interface dente-restauração. - com a cavidade preenchida, realiza-se a
fotoativação.
Técnica incremental - Ainda com o auxílio do espaço obtido pelo
afastamento mediato com tiras de poliéster e cunha
Classe I e II de madeira, os procedimentos de acabamento e
polimento são realizados.
- incrementos de 2 mm --- divide em 4 partes com - ACABAMENTO: discos de lixa flexíveis em
espátula granulação decrescente são bastante indicados para
- (medir a cavidade e o incremento com sonda regularizar a superfície restaurada.
milimetrada) - POLIMENTO: discos de feltro apresentam-se
- Incremento + fotopolimerização como uma solução ótima para obtenção de brilho e
- incrementos de forma oblíqua lisura superficial final.
- sempre acompanhando a anatomia do dente
Observação:
Fator C= Fator de configuração cavitária - Sempre que eu tiver o envolvimento de proximais, a
 O Fator C é compreendido pelo número de minha incrementação vai começar pelas proximais.
superfícies aderidas pelo número de - no entanto, quando eu tenho o envolvimento de
superfícies livres existente em uma cavidade. parede palatina e vestibular, ex: classe III, começo
Ex = classe I (5 paredes- mesial, distal, fazendo incrementos na palatina para criar o alicerce-
palatina, vestibular e pulpar) palatina, proximais, centro e depois vestibular.
Logo, 5:1
 A adição de pequenos incrementos de resina Classe IV
diminui o Fator C, pois ocorre a contração de
incrementos que pode ser compensada pelo - Técnica reconstrução mão livre
incremento seguinte. - A superfície é limpa e são realizados os
procedimentos adesivos.
- Atenção: se for necessário o uso de CIV forrador e - inicialmente os dentes adjacentes são protegidos
Cimento/Pasta de CaOH, os mesmos devem ter uma com tira de poliéster.
fina película, pois o objetivo principal é a
- após o condicionamento ácido, lavagem, remoção - ao final, realiza as etapas de acabamento e
de excessos de umidade, aplicação do sistema polimento.
adesivo e fotopolimerização, uma nova tira de
poliéster é adaptada e estabilizada com uma cunha de
madeira.
- essa matriz de poliéster servirá como base para
delimitação dos contornos da restauração e para a
conformação da face palatal.
- a pressão digital é indicada para melhorar a
adaptação da matriz ao longo da margem de esmalte
palatal e, ainda, para conferir à matriz uma curvatura
côncava, característica dos terços médio e incisal da
face palatal.
Passos:
1. camada translúcida (esmalte palatal)
2. camada interproximal
3. camada de dentina profunda (+ cromática)
4. camada de dentina superficial (- cromática)
5. camada de esmalte cobrindo o bisel
6. Após isso, realiza-se o preenchimento do bisel
(além do bisel) – resina de esmalte.
- na mesma sessão em que a restauração é realizada,
são executados os procedimentos de acabamento
inicial.
- em uma sessão subsequente, finaliza-se o
acabamento e executa-se o polimento da restauração.

Observação:
- Resina de esmalte: translúcida
- Resina de dentina: opaca

Escolha de cor
Resina de esmalte: teste da parte média para incisal
Resina de Dentina: teste na parte cervical
*fotopolimeriza, pois depois de fotopolimerizada a
resina muda de cor.

Classe V

- com as margens da cavidade completamente


expostas, graças a ação do fio retrator, inicia-se a
técnica restauradora.
- aplicação do ácido em esmalte. Em seguida, é
lavado e removido o excesso. Após a lavagem aplica
ao menos duas camadas do sistema adesivo
intercalados com leve jato de ar. Feito isso, o adesivo
é fotoativado.
- nessas circunstâncias, prioriza-se o uso da técnica
adesiva autocondicionante, uma vez que ela é menos
agressiva.
- em cavidades rasas, utiliza compósito tipo esmalte.
Em cavidades mais profundas, utiliza compósito tipo
dentina.
- pequenos incrementos de resina são adcionados.
Primeiro a resina é adaptada na região cervical com o
auxílio de espátulas e pincéis em seguida
fotopolimeriza e depois adapta resina na margem
oclusal da cavidade e fotopolimeriza.
- pasta de polimento com disco de feltro ou taças de
borrachas, escovas de Robson
- granulação de forma decrescente (grossa-fina)

Acabamento e Polimento em restaurações


estéticas Kit acabamento

- Acabamento: contorno e ajuste


- Polimeto: lisa e brilhante

Acabamento

- acabamento inicial, acabamento intermediário e


polimento final
Molar: formato de barril
Acabamento inicial
Formato de chama: pré-molar
- realizado imediatamente após o término da
Ponta de lápis: dente anterior
restauração.
- tem como objetivo definir a anatomia primária do
Kit polimento
dente.
- o acabamento inicial começa pela remoção de
excessos na região cervical e incisal, que pode
acometer algum tipo de injuria gengival. Pode ser
realizado por meio de tiras de lixa abrasivas ou
lâmina de bisturi de nº 12.
- realiza a correção do contorno da restauração.

Acabamento intermediário
- é iniciado com discos de lixa abrasivos flexíveis
que tem como objetivos:
Granulação maior – menor
 Refinar a relação altura-largura
 Definir a localização dos contatos proximais
 Ajustar os planos de inclinação vestibular
 Esculpir a forma ideal das ameias gengivais
 Delimitação da área de sombra e área de
reflexão da luz

Definir a anatomia secundária:

- texturização vertical e horizontal


- Evidenciar os lóbulos de desenvolvimento e
periquimácias, por meio de brocas tronco-cônicas
extrafina (movimentos suaves de 2-3x)

Polimento
Materiais:
- escovas de carbeto de silício
- borrachas abrasivas
- discos de granulação fina
- pontas siliconizadas

- Para suavização do acabamento :


realiza movimento em forma de X

Polimento final
Adesão aos tecidos dentais - Ou seja, o líquido deve apresentar BAIXA tensão
(SISTEMA ADESIVOS) superficial e a estrutura dentária ALTA energia
superficial.
- Os sistemas adesivos atuam como agentes - Viscosidade: o material deverá ter viscosidade
intermediários entre os tecidos dentais e o material capaz de se espalhar fácil e rapidamente sobre o
restaurador. substrato. Quanto mais fluído melhor vai penetrar no
- O mecanismo básico de união com esmalte e sólido. Ex: quem tem uma melhor viscosidade o mel
dentina é essencialmente a reposição dos minerais ou água? A água.
removidos de tecido duro por monômeros, os quais, - ou seja, quanto menos viscoso, melhor.
após polimerizados, tornam-se micromecanicamente
travados nas porosidades criadas. Resumindo:
- Substrato limpo
FATORES QUE FACILITAM A ADESÃO - alta energia de superfície
DENTÁRIA - líquido com baixa tensão superficial
- baixo ângulo de contato
- ótimo molhamento
1. Contato entre as partes
- é necessário que as partes se contatem intimamente Constituição do Esmalte e Dentina
2. Superfícies limpas
Características Esmalte Dentina
- a presença de contaminantes dificulta o
(homogêneo) (heterogêneo)
estabelecimento de adesão, visto que eles impedem o Porção orgânica 1% 20%
contato direto do adesivo com o substrato dental. Porção inorgânica 96% 70%
- assim, os contaminantes dificultam a capacidade de Fosfato de cálcio Fosfato de cálcio
molhamento do adesivo sobre o substrato dental. Água 2% 10%
- quanto melhor a capacidade de molhamento,
melhor o potencial para o estabelecimento de boas Constituição e função dos sistemas adesivos
interações adesivas.
- Molhamento: caracteriza-se como sendo a ÁCIDO:
capacidade que o material tem de se espalhar sobre a
superfície e penetrar em quaisquer irregularidades. - ácidos de 30-40%.
- o molhamento depende, ainda, do ângulo de - mais utilizado (ácido fosfórico a 37%)
contato entre o sólido e o líquido (superfície dental e - Em esmalte: é responsável por promover a
o adesivo) – quanto menor o ângulo de contato entre desmineralização e a, consequente, criação de
o sólido e líquido melhor a capacidade de microporosidades, além da exposição dos prismas de
molhamento e, consequentemente, maior o potencial esmalte. Posteriormente, estas são preenchidas pelos
para uma boa adesão. monômeros resinosos hidrofóbicos contidos no
adesivo.
3. Rugosidade superficial do substrato dental - Em dentina: a adesão é mais complexa. Esta
- rugosidades aumentam a capacidade de difusão dificuldade se deve à sua composição mais orgânica e
micromecânica, ou seja, quando se tem uma dentina à umidade contida nos túbulos dentinários. Além
lisa à força de adesão vai ser menor comparada com disso, observa- se a presença da smear layer, esta
uma dentina rugosa, mediante a aplicação de ácido camada de detritos reduz consideravelmente a
fosfórico a 37%. permeabilidade da dentina, diminuindo o fluxo de
fluido dentinário. O condicionamento da dentina com
4. Energia de superfície do substrato dental ácido fosfórico envolve a remoção completa da
- relacionada à sua capacidade de reagir, ser molhada, smear layer e a desmineralização deste substrato com
impregnada pelos líquidos. consequente exposição das fibras colágenas que,
- Energia superficial: superfícies sólidas (estrutura posteriormente, serão infiltradas pelos monômeros
dentária) com alta energia superficial têm melhor resinosos para formação da camada híbrida.
molhabilidade e, consequentemente, são mais
favoráveis ao estabelecimento de adesão. O que é a camada hibrida?
- é a estrutura formada pelos tecidos dentais duros
5. Características do líquido (adesivo) (esmalte, dentina e cemento) através da
- Tensão superficial: o líquido (adesivo) deve desmineralização da superfície e subsuperfície
apresentar uma tensão superficial baixa o que seguida de infiltração de monômeros e, subsequente,
favorece uma melhor penetrabilidade. polimerização.
- nesse tipo de técnica, a camada da lama
PRIMER: dentinária não é removida, mas sim modificada e
incorporada à camada híbrida.
- Constituído por monômeros hidrofílicos, moléculas - não condiciona, não lava, nem seca (Técnica
que possuem afinidade com água, dissolvidos em um seca).
solvente orgânico, portanto, são capazes de infiltrar - indicado para classe V, haja vista a sensibilidade
na dentina úmida e envolver as fibrilas colágenas que este tipo de preparo pode propiciar.
expostas pela desmineralização promovida pelo
condicionamento ácido, facilitando a penetração do  Passo único:
adesivo (Bond). - técnica: o ácido, primer e adesivo são aplicados
- O primer tem como função primordial aumentar a simultaneamente sobre os tecidos dentais, volatiza de
energia de superfície livre da dentina, facilitando, longe, aplica uma segunda camada e depois realiza a
assim, a adesão. Por isso, é desnecessário o uso de fotoativação.
primer em esmalte.  Dois passos
- composto por primer acídico e adesivo.
ADESIVO: - o primer ácido é o responsável pela modificação dos substratos
dentais, a fim de torná-los aptos a interagir com o agente
Atua como agente de união entre os substratos adesivo. Para isso, é importante que o primer apresente pH
baixo, o suficiente para desmineralizar os cristais de
dentários (esmalte e dentina) e diversos materiais hidroxiapatita do esmalte e dentina.
restauradores odontológicos. - o primer acídico, ao contrário da técnica
- No esmalte: preenche irregularidades e porosidades convencional, não deve ser lavado após o seu período
oriundas do condicionamento ácido, proporcionado de atuação.
uma excelente adesão. - técnica: aplica o primer-ácido, após isso aplica o
- Na dentina condicionada e com primer: irá se adesivo, volatiza de longe, aplica uma segunda
infiltrar pela rede de fibras colágenas e preencher os camada e fotoativa.
túbulos dentinários, formando a camada híbrida, com
prolongamentos resinosos chamados de TAGS; Adesivos convencionais/condicionamento ácido
prévio
A camada híbrida é responsável por reduzir a
sensibilidade, infiltrações marginais e melhorar o - Técnica mais sensível (+ agressiva)
vedamento, garantindo, assim, o sucesso da - caracterizam-se pela aplicação prévia e isolada de
restauração e longevidade. um ácido forte, o ácido fosfórico a 37% sobre as
estruturas dentárias.
Classificação do Sistema adesivo - Está disponível para o uso em dois passos ou três
passos.
- nesse tipo de técnica ocorre a remoção completa
da Smear Layer e desmineralização da estrutura
dentária com exposição dos prismas de esmalte e
fibras colágenas.
- Condiciona, lava e não seca (técnica úmida).

 Dois passos
- composto pelo ácido e primer+adesivo.
- Autocondicionante - técnica: Aplica o ácido 15s em dentina e 30s em
- Convencional (com aplicação de ácido fosfórico esmalte, lava e seca, após isso aplica o
prévio) primer+adesivo em dentina, em seguida volatiza de
- Universal longe, aplica uma segunda camada e fotoativa.
 Três passos
Adesivos autocondicionante - composto por ácido, primer e adesivo em frascos
distintos.
- técnica menos sensível (- agressiva) - Técnica: aplica o ácido em esmalte e dentina (30s e
- disponível em dois passos ou um passo único 15s respectivamente), em seguida, lava pelo mesmo
- dispensa o uso de ácido prévio, uma vez que o tempo ou dobro do tempo de condicionamento, após
primer já é acídico, composto essencialmente por isso, Aplica o primer com auxílio de microbrush na
monômeros funcionais de baixo pH, que atuam dentina (friccionando) espera de 10-20s e dá um leve
simultaneamente como condicionador e primer. jato de ar para solubilizar o solvente. Em seguida
- geralmente possuem maior proporção de água, aplica a camada de adesivo, dá um leve jato de ar
solvente e monômeros hidrofílicos.
(volatização), aplica uma segunda camada e, em
seguida, fotoativa.

Observação: Com relação à secagem

- No esmalte: secagem com leve jato de ar para


verificar a aparência branco-opaco do esmalte.
- Na dentina: deve-se ter o controle da umidade para
manter a rede de colágeno hidratada. Com isso, deve-
se retirar o excesso de água com papel absorvente ou
bolinha de algodão, deixando a superfície com um
aspecto brilhoso.
**Obs: Importância da água na permeação dos
adesivos: Não pode retirar água demais para não
ocasionar o ressecamento e compactação dessas
fibras impedindo a penetração do material resinoso e
a não perfeita união. Também não pode deixar
excesso de água, pois pode ocorrer à dissolução do
adesivo. Ex: macarrão.
Cimento Ionômero de Vidro (CIV) policarboxilato de cálcio e somente na segunda etapa
se forma a matriz de policarboxilato de alumínio.
Ion: liberação de íons - a transformação de ácido poliacrílico em polissais
Omero: ácido poliacrílico (ácido monomérico) promove um pequeno aumento no pH.
Vidro: partículas de vidro
Formação de policarboxilato de cálcio:
- Basicamente é um pó de vidro misturado com ácido - o aumento da concentração de cálcio e sódio
alquenóico (mais utilizado é o ácido poliacrílico). promove a precipitação iônica, essa precipitação do
cálcio origina o policarboxilato de cálcio, que reduz a
Composição mobilidade das cadeias e aumenta a viscosidade,
deixando o cimento com aspecto borrachóide.
Pó - essa fase dura cerca de 4 min e clinicamente pode
- sílica ser reconhecida pela perda de brilho, que ocorre no
- alumina cimento.
- Fluoreto de cálcio - durante esses 4 min, o ionômero de vidro é sensível
- Fluoreto de sódio-alumínio à embebição, ou seja, ao ganho de água.

Líquido Formação de policarboxilato de alumínio:


- água + ácido poliacrílico - a partir de 4 min, inicia-se a precipitação da matriz
- copolímeros: ácido itacônico e ácido tartárico de policarboxilato de alumínio.
(auxiliam nas características de trabalho e presa do - E somente depois de 7-8 min do início da mistura o
trabalho) material irá adquirir alguma propriedade mecânica
para suportar, por exemplo, a contração de
Como ocorre a reação de presa? polimerização da resina.
- entre 4-8 mins, o material é muito sensível à
REAÇÃO DE GELEIFICAÇÃO sinérese, ou seja, a perda de água para o meio bucal.

- a reação de presa desse material é exotérmica. Fase 3: Formação do gel de sílica e presa final:
- se inicia a partir da aglutinação (mistura) do pó com
o líquido. - após os 8 min, a matriz de policarboxilato de cálcio
- é uma reação entre um ácido e uma base para e alumínio continuam se formando, porém a presa
formar um sal. inicial do material se dá pela precipitação da matriz
- é dividida didaticamente em 3 fases: de gel de sílica ao redor das partículas de vidro que
1. Deslocamento de íons e ionização do ácido não reagiram.
poliacrílico - a parte da partícula que é preferencialmente atacada
2. Formação da matriz de polissais é o fluoreto de cálcio, seguida pela de alumina e só
3. Formação do gel de sílica e presa final em um terceiro momento é que ocorre o ataque à
sílica, formando um complexo chamado de gel de
Fase 1: Deslocamento de íons e ionização do ácido sílica.
poliacrílico - durante as primeiras 48 hs, ocorre a maior parte do
processo de geleificação, portanto, o material só
- após a aglutinação, o ácido poliacrílico é ionizado adquira propriedades mecânicas após esse tempo.
na presença de água. Isso significa que íons H+ são - a reação de presa final depende do contato com a
liberados dos grupamentos poliacrílicos e passam a água.
“atacar” a superfície das partículas do pó. Isso - após os primeiros 8 minutos a superfície do material
promoverá a dissolução superficial de vidro e a deve ser protegida com vernizes ou sistemas adesivos
liberação de íons Na+, Ca+2, Al+3 e F-. ou até mesmo com esmalte cosmético, a fim de evitar
- no entanto, como há maior quantidade de pó em seu contato com a água.
relação ao líquido, nem todas as partículas do pó são - a estrutura final do material é composta por
atacadas. partículas não-reagidas e outras circundadas por gel
- as partículas não atacadas são as responsáveis pela de sílica unidas quimicamente em uma matriz de
maior parte de resistência do cimento. polissais.

Fase 2: Formação da matriz de polissais Obs: o flúor é liberado praticamente durante todo o
período da reação.
- a formação da matriz de polissais ocorre em duas
etapas. Na primeira, ocorre a formação de Mecanismo de adesão
- união química
- ocorre mediante a quelação entre os grupos - apresenta baixa resistência à compressão e à flexão
carboxílicos dos poliácidos com o cálcio presente na reduzida, microdureza e menor módulo de
hidroxiapatita do esmalte e dentina. elasticidade.
- a adesão do CIV está diretamente ligada à
quantidade de cálcio presente nos substratos dentais, Manipulação e inserção na cavidade
sendo assim, a adesão em esmalte é maior do que a
em dentina devido à maior quantidade de conteúdo Manipulação
inorgânico em esmalte.
- proporção de 1:1 (líquido e pó)
Classificação - divide o pó em 2 porções
- 1 gota na placa perpendicular
Indicações - leva a 1ª porção ao líquido – aglutina por 30s (até
Tipo I Tipo II Tipo III homogeinizar)
Cimentação Restauração Forramento - em seguida, leva a 2ª porção – aglutina por mais 30s
Artefatos ART Regiões de (até homogeinizar)
ortodônticos Odontopediatria fóssulas e fissuras ** manipulação de 45s - 1min
Artefatos Dentes decíduos - Massa final homogênea e com aspecto brilhante
protéticos

Cuidados necessários
- como o material é sensível à umidade, os frascos
Contra-indicações
devem sempre ficar fechados, e especialmente o
- Regiões que recebe um grande esforço mastigatório (dentes
anteriores e Classe IV) líquido não deve ser mantido em geladeira, pois
- Classe II com envolvimento de crista marginal poderá ocorrer geleificação com a baixa temperatura.
- Áreas de cúspides
Cuidados prévios ao proporcionamento do pó e
Características líquido
- agite o pó antes de fazer a dosagem. Isso permite
Liberação de flúor (+) homogeneizar os diferentes componentes.
- a liberação de flúor é mais alta nas primeiras 24- - utilizar o dosador disponibilizado pelo fabricante.
48hs e permanece constante durante longos períodos. - dosar primeiro pó depois líquido, pois poderá
- o flúor é incorporado aos tecidos mineralizados dos ocorrer ganho ou perda de água do líquido.
dentes, tornando-os mais resistentes aos ciclos de - pode-se utilizar placa de vidro ou bloco de papel.
des-remineralizaçao. - empregar o uso de espátula plástica.

Biocompatibilidade (+)
- é considerado biocompatível com os tecidos
dentários bucais, devido à: mínima reação exotérmica
durante a reação de presa, a rápida neutralização dos
ácidos durante a presa, substancias liberadas pelo
cimento geralmente serem benéficas aos tecidos e
ausência de componentes ácidos remanescentes.

Propriedades térmicas (+)


- coeficiente de expansão térmica do material
semelhante ao da estrutura dentária.

Propriedades estéticas (-)


- não é considerado um material estético, devido as
suas características intrínsecas, tais como, sua falta
de translucidez, maior rugosidade superficial, grande
porosidade interna e dificuldade de polimento.

Propriedades mecânicas (-)


- são considerados fracos mecanicamente quando
comparados com as resinas compostas, isso se dá
devido à fraca ligação entre as partículas de vidro e a
matriz de poliácidos.

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