Você está na página 1de 242

1

2
Qual é a proposta da prótese? É restaurar o paciente o dente, como um todo, dependendo da situação que ele
apresenta.

O rosto é dividido em três terços:


 Base do nariz até o mento.
 Base do nariz até a linha orbicular.
 Linha orbicular até a linha do cabelo.

Quem determina o terço inferior da face? É a oclusão dos dentes.

Prótese superior: Usamos todo o palato, área maior e essa área é importante para reter.

Prótese inferior: Não da para usar todo o assoalho.

PRÓTESE TOTAL

CONCEITO: A prótese total mucossuportada é o ramo da prótese dental que se propõe a restaurar de maneira total o
paciente desprovido de dentes.

FINALIDADES da Prótese Total:


1. Restaurar a função mastigatória;
2. Restaurar as medidas e contornos da face segundo a estética;
3. Corrigir os defeitos da fonética, devido a perda dos dentes;
4. Restaurar não produzindo lesões ao paciente  Iatrogenia.

PLANEJAMENTO DO PACIENTE:
 Exame Clinico
 Exame Radiográfico
 Modelos de estudo  em prótese total é chamado de modelo anatômico.

EXAME CLÍNICO:
 Anamnese
 Extra-Oral
 Intra-Oral

ESTADO DE SAÚDE GERAL - ANAMNESE


 Queixa Principal  para saber o que o paciente procura, qual estimulo que ele tem para usar a prótese, caso ao
contrário ele não vai usar;
 Estado de saúde geral  se o paciente tem alguma enfermidade – SALIVA;
 Medicamentos Utilizados  existem alguns medicamentos e doenças que interferem no fluxo salivar, porque se
for baixo fluxo salivar ou ausência de saliva como a síndrome de jhogren ou outras doenças, essa prótese não vai
ter uma boa estabilidade ela não vai fixar direito, totalmente ligado a adesão da prótese, sendo necessário utilizar

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
3
saliva artificial, pedir para o paciente se hidratar mais, tipos de alimentos, tudo isso por causa da prótese –
SALIVA;
 Idade;
 Hábitos de higiene oral;
 Nutrição  excluindo alimentos duros, por exemplo;
 Hábitos Tensionais  bruxismo;
 Expectativas do paciente

EXAME EXTRA-ORAL
 Harmonia Facial
 Linha do Sorriso
 Posicionamento dos dentes
 Palpação dos músculos

Sintomas da DTM: Dor de ouvido, cabeça, zumbido, dor articular, dor na face, dor na cervical.

EXAME INTRA-ORAL
 Visual (olhar toda a situação da boca);
 Tátil (vai ver a resiliência e tonicidade dos tecidos, principalmente nos rebordos)

Reabsorções do rebordo residual: Formato que assume os alvéolos após as extrações. Essa remodelação é responsável pelos
três maiores desafios da reabilitação protética:
1. Diminuição dos rebordos;
2. Eventual falta de tecido ósseo para confecção de implantes;
3. A necessidade estética de recompor os suportes dos tecidos moles do terço inferior da face.
OBS: Patologias associadas ao Uso de Prótese:
1. Candidíase eritematosa ou candidíase atrófica crônica: A relação é estabelecida com base na teoria em que a prótese
pode levar ao desequilíbrio da microbiota presente na mucosa oral devido à presença da própria prótese que diminui a
ação antimicrobiana de saliva na mucosa sob a base da mesma; má higienização e uso continuo de prótese
principalmente à noite quando a produção de saliva diminui.
2. Hiperplasia fibrosa inflamatória ou e epulide fissura: Quando a irritação crônica e a mucosa responde ha permanência
dessa irritação. O tratamento consiste na retirada da irritação ou remoção cirúrgica nos casos mais graves.

A MUCOSA: PROPRIEDADES DA FIBROMUCOSA:


1. Resiliência – Devolução de esforços (capacidade de retornar a forma original após deformação elástica, o ideal é
o rebordo com resiliência média).
2. Tonicidade – Textura, resistência aos deslocamentos.

OBS: quando há presença de torus, ele tem que ser retirado para continuar o tratamento. Pois ele não tem a resiliência
do rebordo “nromal”, é feito de osso e tecido epitelial e com as forças mastigatórias, a prótese não suporta e fica
esbarrando no tórus.

O TECIDO ÓSSEO

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
4
REABSORÇÃO: É a eliminação dos componentes inorgânicos do osso por circulação sanguínea e linfática.

CAUSAS DA REABSORÇÃO
1. Senilidade: envelhecer com saúde
2. Perda de função
3. Causas mecânicas: “A compreensão dos tecidos determina uma hiperatividade circulatória em determinados
pontos de ossso, com a consequente mobilização do cálcio, acompanhado de uma rarefação óssea”. Lei de
Leriche – Policarde. Entao quando você comprimi o tecido, aumenta a reabsorção.

A cada ano que passa fica mais desapitada.

#PROVA: Porque trocar a prótese: Reabsorção; Desgaste dos dentes artificiais.

4. Estados patológicos:
a) Gerais: - insuficiência endócrina  pode levar a perda acelerada do osso
- dieta desbalanceada
b) Locais – abcessos, edemas  causados por doenças periodontais.

O implante mantém a estrutura do osso, não desgasta a estrutura. O implante não tem ligamento periodontal, o
que não distribui as tensões como um dente. Por isso ele não é listo, é todo espiralado, se não a absorção seria dada
num ponto só.

EXAME RADIOGRÁFICO
 Periapicais;
 Panorâmicas  ideal;
 Oclusais;
 ETC.

MEIOS DE RETENÇÃO EM PRÓTESE TOTAL

RETENÇÃO é a resistência oposta pela prótese ao desprendimento de sua base.

ESTABILIDADE da prótese é a qualidade de permanecer firme em sua posição quando forças lhe são aplicadas.

GRAVIDADE: Esse fator físico é positivo para a prótese mandibular e negativo para a maxilar.
Modelos de estudo (modelo anatômico): FUNDAMENTAL!!

1º moldar o paciente - Moldeira tem que ser: Rasa, não tem dentes; Flexível, fechar e
abrir de acordo com o tamanho da boca do paciente; Perfurada, feita com alginato.

Modelo anatômico – constituir uma moldeira individualizada de resina acrílica,


precisamente igual a boca daquele determinado paciente.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
5
FATORES QUE INFLUEM NA RETENÇÃO DA PROTESE TOTAL

FÍSICOS
 Adesão
o É a atração física de moléculas diferentes entre si. Quando há intimo contato entre a a base da prótese e a
mucosa, interposta de uma película de saliva; mais intensa é a adesão.
o LEIS QUE REGEM A ADESÃO: A adesão é proporcional a área de contato. A adesão é proporcional ao
números de pontos de contatos, em uma mesma área aquela que tiver mais pontos de contatos terá maior
força de adesão.
 Coesão
o É a atração física de moléculas iguais de uma mesma substância. Força que mantem a unidade da
substancia como um corpo. As forças de coesão é que são responsáveis pela tensão superficial nos líquidos.
 Fratura coesiva da mucosa;
 Fratura coesiva da saliva.
 Adesão Superficial
o Capacidade desse liquido molhar a superfície – saliva muito espessa é terrível porque ele não espalha.
Quanto menos a tensão superficial do liquido maior a adesão da prótese e melhor a coesão.
 O íntimo contato entre a base da prótese a mucosa com uma película de saliva entre as duas. Saliva é
grande responsável pela estabilidade e retenção da prótese.
 Pressão Atmosférica
o PA externa deve ser maior que a interna para que a prótese fique bem aderida na mucosa;
o PA externa = PA interna = desprendimento da prótese;
o Para evitar que o ar entre deve-se ter um bom vedamento periférico, o vedamento periférico é moldar com a
máxima precisão a borda onde a prótese vai ficar.

FISIOLÓGICOS
 Grau de tonicidade dos tecidos;
 Anatomia do rebordo alveolar  se o rebordo é grande, pequeno, se é resiliênte se tem tonicidade;
 Controle neuromuscular;
 Qualidade e quantidade de saliva se a saliva é espeça, fluida, freio lingual, labial;

PSIQUICOS
 Compreensão;
 Cooperação;
 Pessimismo.

MECANICOS
 Oclusão

CIRURGICOS
 Aumento cirúrgico da área chapeável
 Implante

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
6
MOLDAGEM ANATOMICA

OBS: Área chapeável: Onde a base da prótese vai esta apoiada. Objetivo da moldagem anatômica é confeccionar a
moldeira individual.

OBS: Molde (negativo) / Moldagem (ato – procedimento) / Modelo (é quando tenho a moldagem no molde).

OBJETIVO: Contribuir para o resultado final da PT, reproduzindo com total fidelidade os tecidos de suporte e
características anatomofisiologicas. Gerando um modelo sobre o qual será confeccionado a moldeira individual. (com
essa moldagem vou ter outra moldagem que vai ter um outro modelo individual que é uma imagem mais fiel e assim
fazer a prótese.)

 Modelo de estudo é feita com moldeira n° 1,2,3 ou pequena, média, grande.

CUIDADOS:
 Mínima deformação de tecidos de suporte  alginato não deforma a mucosa, tenho que ter um material adequado
não pode ser denso;
 Técnica correta  desde a escolha do material, tamanho da moldeira...;
 Material de baixa compressão;
 Moldeiras adequadas para edentulo total e material de moldagem
 Muitas maneiras
 Não de qualquer maneira

MATERIAIS UTILIZADOS
 Alginato  ↑ Custo x Benefício – melhor;
 Godiva  ↓ Custo X Benefício – a relação custo benefício não é bom / ↑ deformidade/ Ruim de trabalho – densa,
difícil moldagem, porque é um material que fica rígido, quebradiço porque não tem elasticidade;
 Silicone pesada  ↑ Custo – mais densa do que o alginato, tem um custo mais alto, é boa também mas se usa
para segunda moldagem.

MOLDAGEM – ALGINATO (geleificação – 3 a 5 minutos)


 Hidrocoloide Irreversivel (alginato);
 Colóides;
o Solúveis em agua;
o Ação química;
o Recuperação elástica (ou memória elástica - se estica para sair da boca e depois volta ao normal).

MATERIAIS UTILIZADOS - ALGINATO


 Fácil manipulação;
 Menores deformações teciduais  devido ao bom escoamento;
 Boa fidelidade de copia;
 Baixo custo;
 Conforto para o paciente;
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Prótese I
7
 Boa fluidez;
 Bom escoamento;

MOLDAGEM - ALGINATO
 Seleção da moldeira (tamanho/forma);
o Rasa  porque o osso alveolar foi retraído, e só tem rebordo residual;
o Perfurada  para criar a retenção ao assentar o alginato – o alginato fica liso e escorrega, se fosse liso não
daria a retenção;
o Flexível  pois o tamanho já são pré-estabelecidas e eventualmente, o paciente pode ser menor ou maior –
por isso é de alumínio porque permite que a gente deforme.

SELEÇÃO DA MOLDEIRA
 Começar pela Média  tem que ter o ir ao limite posterior e pegar também todo o rebordo.

INDIVIDUALIZAÇÃO DA MOLDEIRA
 Cera periférica  objetivo de dar suporte ao alginato no espaço relativo ao fundo de vestíbulo, diminuindo a
ocorrência de bolhas e mantendo o material em posição ate a pressão final – individualiza a moldeira;
 Colocar cera periférica ou cera utilit.;
 Copiar fundo de vestíbulo  ao limite posterior, jogar material – tem como objetivo moldar melhor.

POSIÇÃO ERGONOMICA DO PACIENTE DURANTE A MOLDAGEM


 Nem deitar, nem jogar a cabeça pra frente;
 Cabeça em 90º para boa respiração e melhor conforto.

POSIÇÃO ERGONOMICA DO OPERADOR DURANTE A MOLDAGEM DA MAXILA:


 Introduzir de frente e vai para trás para assentar a moldeira (Posição 11h ou 12h) e colocar o lábio superior por
cima da moldeira, para que pegue o freio e os acidentes anatômicos;
 Afasta a bochecha com a própria moldeira;
 Atrás do paciente;
 Lábio em cima da moldeira;
 O alginato leva 3min para endurecer.

POSIÇÃO ERGONOMICA DO OPERADOR PARA MOLDAGEM DA MANDIBULA:


 Pela frente, ao lado (posição de 8h), aqui precisa fixar por mais tempo devido a língua e os demais acidentes que
facilitam que a moldeira se mexa;
 Afasta a bochecha com o dedo;
 Fazer movimento de pinça  garra é feita no queixo do paciente;
 Paciente em posição de 90º;
 Língua, assoalho – ficar segurando porque se não pode ter distorção;
 3min para endurecimento do alginato;
MANIPULAÇÃO DO ALGINATO (45 SEG.)
 Proporção pó/liquido  medidor - 1:1 – 1pó:1líquido;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
8
 Densidade  denso;
 Tempo de geleificação  2-3 min imóvel;
 Colocar o líquido na cuba com o alginato e espatular pressionando a mistura contra as paredes da cuba;
 Pegar com o dedo na cuba e passar no fundo de vestíbulo (região fácil de se da bolha) e rebordo;
 Tem que haver a correta seleção da moldeira;
 Moldeira para endêntulo total tem formato de V (moldeira rasa, flexível, perfurada) – Área retentiva – dedão com
alginato vai ate na área depois com alginato.

DESINFECÇÃO
 Necessário para evitar infecção cruzada – após a moldagem no molde perfeito;
 Hipoclorito de sódio a 1% (10 min) – espirra, e não interfere no gesso nem na elasticidade, molha com papel
toalha e deixa lavar e secar;
 O alginato sofre sinérese e embebição  O alginato sofre sinérese e embebição, por isso só borrifamos o
hipoclorito, se mergulhar ele sobre embebição. Para não sofrer sinérese tem que colocarem câmara úmida.
Esperar ate 30 minutos para verter o gesso;
 Manter o mesmo na câmara de humidade (a câmara de umidade evita a sinérese e embebição).

Depois de moldar, temos o molde (negativo) e temos que interpretá-lo →verter o gesso (obs: antes disso, fazer a
desinfecção com hipoclorito de sódio 1% por 10 minutos). – evita a infecção cruzada

MOLDAGEM - ALGINATO
 Vazamento imediato - estabilidade dimensional
o Sinérese e embebição
o Máximo de 7min para manipulação do molde, logo após ele sofrera alteração de tamanho

TIPOS DE GESSO
 Gesso paris  não se usa em prótese – orto – comum;
 Gesso pedra  ou tipo 3 – prótese – moldagem anatômica, o que usamos em prótese total devido ter boa
resistência mecânica;
 Gesso pedra melhorado  tipo 4 - ↑custo →modelos de trabalho – 3 e 4.

MODELO DE GESSO TIPO III


 Base do moldelo 2 cm;
 Presa final  40-60minutos / esfria, esquenta e esfria de novo;
 Deve estar na câmara de umidade.

VAZAMENTO IMEDIATO
 Proporção imediata: com balança e seringa
 Vazar pequenas porções sob vibrações
 Fazer câmara úmida para o alginato não puxar a agua do gesso e ele ficar ressecado. Presa final 40 a 60 min.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
9
DELIMITAÇÃO DA ÁREA CHAPEÁVEL

DELIMITAÇÃO DINÂMICA REBORDO SUPERIOR


1. Espaço coronomaxilar  zona principal de retenção – não sofre interferência de musculatura;
a. Posterior: sulco hamular ate o inicio do fundo do vestibulo bucal
2. Fundo de vestíbulo bucal  sofre todas as alterações possíveis;
3. Fundo de vestíbulo labial  se sorrir e soltar tem interferência aqui – também sofre todas as
alterações possíveis;
4. Freio labial  fez biquinho e soltou, tem interferência aqui;
5. Limite palato duro – palato mole  limite Post Damming.

DELIMITAÇÃO DINÂMICA REBORDO INFERIOR


1. Chanfradura do masseter  inserção do masseter – deve ter essa anatomia papila retromolar. 2/3 da papila
piriforme;
2. Fundo do vestíbulo lingual;
3. Fundo do vestíbulo labial;
4. Fossa retromolar  É uma área de alivio na hora da moldagem, depressão perto da papilar
retromolar;
5. Flange lingual;
6. Freio lingual.

ALÍVIOS: São feitos em lâmina ou cera 7 em áreas de retenção e compreensão (planifica) e irregularidades.

 Zona de alivio: São regiões da área chapeável que devem ser aliviadas na moldagem e confecção da prótese
total, para que o paciente não se machuque que quando do uso da prótese, evitando-se assim, problemas
posteriores. Serão feitos em: Áreas de compressão e retenção ou irregularidades (com cera 7).
o Rugosidade Palatina;
o Rafe palatina proeminente ou com fissuras;
o Fossa retromolar  por ser uma depressão – sempre alivia;
o Prega palatina;
o Sulco hamular;
o Crista do rebordo.

Papila Piriforme – Zona principal de retenção.


Área anterior e rafe sofrem influencia de oclusão.

MOLDEIRAS INDIVIDUAIS
 Molhar o gesso para o acrílico não aderir;
 Feita com resina acrílica e com 2 stops esticamos ela.

ISOLAMENTO: Com vaselina ou com isolante próprio.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
10
FASES DA MOLDAGEM COM RESINA ACRILICA
 O recorte da moldeira individual é 2mm a quem do vestíbulo com a finalidade de caber o material de moldagem na
hora do vedamento periférico;
 A única área que não terá os 2mm a quem será a parte posterior.

 RESINA ACRÍLICA  TEMPO DE TRABALHO


o Biocompatibilidade; o Plástica
o Propriedades Físicas; o Liberação de calor
o Propriedades Estéticas;
o Características de manipulação;  MANIPULAÇÃO
o Econômicas. o Pote com tampa
o Liquido-pó
 ESTÁGIOS o Saturação
o Arenoso o Mistura
o Fibrilar o Tampar – fase plástica.
o Plastico
o Borrachoide
o Denso

RECORTE DA MOLDEIRA INDIVIDUAL


 Limite posterior
 Através da técnica da tatuagem: Delimita-se a área entre o palato mole e duro com o lápis copia e logo após
coloca-se o molde e então sairá a marca do limite a ser recortado.

MOLDAGEM FISIOLÓGICA
Moldagem fisiológica é dividida em duas fases distintas e que se complementam:
 Vedamento periférico
 Moldagem funcional (propriamente dita)

Ela é realizada utilizando uma moldeira individual, a qual o principal objetivo é determinar os limites da área chapeável
de acordo com a fisiologia dos elementos anatômicos aí presentes. Dessa forma, obtém-se um vedamento em toda a
periferia da base da prótese, que promove o confinamento de uma película de saliva, gerando a retenção da prótese a
mucosa oração das forças de coesão, adesão e pressão atmosférica.

Bom vedamento também garante diminuição do fluxo de alimentos que possam vir a ficar interposto.

VEDAMENTO
 Moldar inserções periféricas
 Borda da prótese x fundo vestíbulo
o Contato;
o Zona de compressão  contar 2mm a quem do fundo do vestíbulo para bom vedamento;
o Vedamento periférico.
 Materiais e técnicas

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
11
o Elastômero (propriedade de recuperação estática) - massa densa;
o Godiva.

Elastômero  silicone de condensação – base pesada Godiva


 Rebordo Retentivo  da para fazer pois tem  Estabilidade dimensional  termo plasticável –
recuperação elástica; sofre varias alterações;
 Adesão com borda da moldeira – adesivo  ele  Adesão com borda da moldeira;
não tem, é necessário que se faça recortando a  Moldagem em etapas (7ou 8+/-);
base e passando adesivo de borracha;  Aceita correções;
 Moldagem em 3 tempos  direito, esquerdo e limite  Cuidados com temperatura  equalizar a
posterior; temperatura antes de coloca-la na boca.
 Não aceita correções.

MOLDAGEM FISIOLÓGICA  ou moldagem funcional


 Moldagem dinâmica  simular todos os movimentos fisiológicos;
 Precisão de moldagem  moldeira individualizada para cada paciente;
 Indicação de materiais;
o Elastômero;
o Pasta zinquenolica  associada à godiva.

Elastomeros  silicone de condicionamento de base Pasta zinquenolica


leve  Sem Adesivo  ela já adere por si só;
 Siliconas, Poliester e Polissulfeto  poliéster e  Boa Estabilidade Dimensional;
polissulfeto são mais caros;  Sem Elasticidade;
 Adesivo de Moldeira  como no vedamento;  Sensibilidade Tecnica  tem que ter domínio do
 Precisao de Moldagem; material o tempo todo;
 Rebordo Retentivo;  Custo Relativo  custo mais baixo quando
 Custo Elevado. comparado aos elastômeros;

APERFEIÇOAMENTO DA MOLDAGEM (com base leve)

Na hora em que é feito a moldagem temos que segurar a moldeira e ao mesmo tempo ficar mexendo a boca do
paciente e não é possível dar atenção para este limite posterior (post-damming - área nobre da prótese.

Limite posterior, principalmente o superior (palato duro - palato mole), temos que fazer com compreensão, apertando
muito.

Então quando a gente faz o aperfeiçoamento, colocamos um pouco de silicona leve desde do espaço coronomaxilar de
um lado, até o espaço coronomaxilar de outro lado, por cima da moldagem. Leva de novo na boca do paciente e por
trás ele comprime (ali não há problema em comprimir tecido pois tem osso basal, o palato).

Com o aperfeiçoamento eu consigo melhorar adesão e consequentemente a estabilidade da prótese

 Porção posterior - post damming


 Zona de compressão
 Adesão e estabilidade da PT

# Após a moldeira pronta – verter o gesso Pedra melhorado (tipo 4)


Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Prótese I
12
OCLUSÃO
Oclusão é a relação estática (abrir e fechar) e dinâmica (movimentos laterais e protrusivos) entre as superfícies
oclusais dos dentes, que devem estar harmônico com as demais estruturas do sistema estomagnatico.

Patologias relacionadas a uma oclusão desfavorável são muitas, dentre


elas:
 Abfração
 Tórus
 DTM

Sintomas da DTM: cefaleia e dor de ouvido.

DIMENSÃO VERTICAL: Espaço inter-maxilar em um indivíduo, para determinada posição da mandíbula , segundo o
plano vertical  a mandíbula que é móvel, ela que vai dá dimensão verticalmente.

Nossa face é dividida em três terços:


 Terço Superior: Linha orbicular – linha do cabelo
 Terço Médio: Linha orbicular – base do nariz
 Terço Inferior: Base do nariz – queixo

Harmonia da face (1/3 inferior): quando o sistema está relaxado.

 Espaço Funcional Livre (EFL)


 Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) DVR = DVO + EFL

 Dimensão Vertical de Repouso (DVR)

OBS: Classe I – relação normal


Classe II – arcada superior mais para frente/overbite acentuado
Classe III – arcada inferior está a vestibular em relação a superior

Ovejet – espaço horizontal dos incisivos


Overbite – espaço vertical dos incisivos

Então o individuo classe I o EFL varia de 3 a 5, no classe II de 4 a 7 e no classe III de 0 a 2 mm. Em PT vamos sempre
buscar a DVO a partir da DVR. Determinamos a DVR e subtraímos o EFL para encontrar a DVO.

Métodos de obtenção da DVO


Dvo : medida do terço inferior da face
Quem dá altura é a mandíbula, pois ela é móvel.
DVR é quando conta com o espaço livre funcional no meio.

Pra fechar o plano inferior precisamos no sentindo vertical a DVO e o recorte superior, e no sentido horizontal
precisamos da ROC ( RELAÇÃO DE OCLUSÃO CÊNTRICA) e recorte do superior.
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Prótese I
13

Dimensão vertical de oclusão seria quando os dentes estão se tocando, mesmo sem dente (pacientes edêntulos) eu
consigo reproduzir essa medida.

Perda DVO (Relacionada a perda de estrutura dental)


 Nariz aproxima do mento (perfil de bruxa ou polichinelo)
 Hipotonia muscular
 Sulco naso-geniano aprofundado
 Sem suporte labial
 Lesão na comissura labial (queilite angular)
 Sorriso invertido
(causada pela perda dos dentes, desgaste na prótese, muito tempo usando a mesma prótese ou seja pode acontecer
fisiologicamente)

Se não tiver em RCO o que pode acontecer? O mento pode ficar muito pra frente ou muito para trás .

COMPASSO DE WYLLIS fazemos a medida da dimensão vertical, esse compasso tem um apoio no mento e outro no
nariz.

Aumento da DVO (Iatrogenia do dentista)


 Paciente começa a falar como se tivesse um ovo na boca (invasão do espaço funcional livre, sem espaço para
língua.)
 Paciente fala como se estivesse soprando
 Compromete estética (xuxa) (forma de esticar o pescoço)
 Observar harmonia facial, pode-se notar sulco naso-geniano esticado
 Na maioria das vezes vai apresentar sintomatologia dolorosa.
 Lábios quase não se tocam
 Pode desencandear pericementite ou modificar sua ATM

Em prótese nos iremos buscar classe I, mesmo que o paciente seja ósseo classe III. Nos temos a possibilidade de
refazer toda a oclusão.

RELAÇÕES ELÁSTICAS  relação horizontal de abrir e fechar


 Relação cêntrica – RC
 Máxima intercuspidação Habitual – MH
 Oclusao de relação Centrica – ORC

RELAÇÃO CENTRICA - RC ou posição retrusiva de mandíbula é a situação dos condilos nas cavidades glenóides,
quando eles ocupam a posição mais superior e posterior. Dai o condilo parte para todos os movimentos possíveis.
 Relação óssea (condilo – cavidade glenóide)
 Posição fisiológica segura
 Posição musculo-esqueletal estável

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
14
Pact com RC esta com a DVR em equilíbrio

OCLUSÃO DE RC - É a posição mandibular onde concide a MIH e a RC; há uma harmonia do sistema mastigatório.
Ocorre na menoria da população.
 RC = MIH
 1 a 2 % população – dentes naturais
 Reabilitação protética / ortodôntica
 Reabilitação com PT

MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL - É uma posição de acomodamento da mandíbula, pois a presença dessa
posição deve-se a impossibilidade de os condilos assumirem seu posicionamento em RC, procurando evitar contato
prematuro; os condilos são levados para baixo, ocorrendo máximo contato dentário.
 Relação Dentária
 Contatos dos dentes superior/inferior
 Côndilos fora da posição de RC
 Posição variável

MOVIMENTOS EXCÊNTRICOS
 Lado de trabalho  quando se faz o movimento extrusivo da mandíbula e os dentes se toca;
 Lado de balanceio  parte que o dente não toca no movimento da mandíbula;
 Excursões Laterais  ocorre só em pacientes dentados;
o Guia de canino  chega pro lado direito da mandíbula, toca canino com canino e o restante não toca;
o Função em grupo;
 Protrusivo;
 PT – Bilateral balanceado.

MOVIMENTOS PROTRUSIVOS - Durante a mastigação a mandíbula vai pra frente.


 Contato dos dentes anteriores  o máximo de contato que se tem é os dois incisivos centrais superiores tocando
todos os incisivos inferiores, e os dentes posteriores deve se desocluir;
 Dissipar e suportar forças horizontais;
 Desocluir dentes posteriores.

PLANOS DE ORIENTAÇÃO
Têm duas finalidades:
 Orientar a montagem e escolha dos dentes artificiais
 Estabelecer as relações maxilo-mandibulares (Horizontais: ROC / Verticais: DVO). Deve ser ajustado de acordo
com a boca do paciente.

Ajustes: Suporte labial; Corretor bucal (espaço da bochecha com o dente).

A forma de montagem leva em consideração a estética (anterior) e funcional (posterior).

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
15
Fazer base de prova – Resina acrílica é para o rolete de cera ficar estável. No plano de cera superior (deve estar
vestibularizado) a porção interna do plano de cera que deve coincidir com a crista do rebordo. No plano de cera
inferior o meio do plano de cera que deve coincidir com a crista do rebordo

PLANO DE CERA É a referência para o protético montar os dentes.

RECORTE SUPERIOR – altura que a mandíbula vai fechar.

Recorte (ajuste) da porção anterior do plano superior (canino a canino ou comissura labial a comissura labial)
– altura incisal

Recorta em relação ao lábio relaxado, a nível do tubérculo do lábio superior (idoso) ou até 2 mm abaixo/aquém do
tubérculo do lábio relaxado

O que define esse recorte é a idade do paciente (quanto mais idoso mais a nível do tubérculo do lábio tem que
deixar, devido ao desgaste fisiológico, dos dentes). Sexo as mulheres tendem a ter a incisal aparecendo um pouco
mais que os homens. É importante reparar na prótese antiga que o paciente utiliza se essa prótese estiver
desgastada tem que deixar a nível do lábio, se deixar aparecendo ele pode não acostumar com a prótese.

Dependendo do caso coloca ou retira cera e nivela. O plano de cera que dá apoio ao lábio.

Recorte da porção posterior do plano de cera superior – É utilizada a régua de fox (responsável pela parte
funcional da prótese) , vai dentro da boca, colocando o plano oclusal paralelo ao plano de camper (linha trágus asa
do nariz) (dependendo do caso coloca ou retira cera até ficar paralelo) , pois o plano oclusal não é paralelo ao solo.

A régua de Fox determina o plano oclusal para a confecção da PT, ela é utilizada para o recorte posterior, que
acompanha o plano de Camper: Trágus-asa-do-nariz. Réguas não paralelas: Divergindo para a distal, tem muita cera
para a distal, caso ela esteja fechando teria pouca cera para distal, fazer de forma que tire e coloque cera e fique
paralelas. Depois irá analisar o corredor bucal, que é olhando o paciente de frente, ele irá sorrir e iremos ajustar o
plano para que ele tenha o espaço entre o plano e a bochecha para que não fique aberto.

PLANO DE CERA SUPERIOR ANTERIOR: recortamos a parte estética de canino a canino, recortamos a oclusão
posterior paralela ao plano de camper, recortamos vestibular, suporte labial e corredor bucal.

RECORTE (AJUSTE) DO PLANO DE CERA INFERIOR – Tem que recortar até todo plano inferior tocar totalmente no
superior na porção oclusal de acordo com a relação maxilo mandibular no sentido horizontal (ROC) e de acordo com a
relação vertical (DVO)

“A Dvo já tem que estar definida, para achar a DVO agente primeira chega na dvr e retirando 3 a 4 mm (EFL) da
medida da dvr, chegamos na dvo. Então leva o paciente a uma mordida que seja em ROC, pede que o paciente
coloque a língua o mais atrás possível no ceu da boca e feche até os planos se tocarem, depois pega a régua e mede,
colocando ou tirando cera até chegar na DVO desejada”

Feito os recortes devemos fazer a união dos planos os estabilizando, prendendo um ao outro com grampos em ambos
os lados

PLANO DE CERA INFERIOR: No sentido vertical preciso de DVO (PQ? Plano de cera é a referência para o protético
montar os dentes) + PLANO DE CERA SUPERIOR RECORTADO (é a altura que a mandíbula vai fechar)

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
16
No sentido horizontal precisa saber como que coloca em ROC (relação de oclusal cêntrica) e o plano de cera recortado
(corredor bucal e suporte labial)

MÉTODO PARA O PACIENTE CHEGAR EM ROC: Quando tentamos manipular a mandíbula do paciente com a mão,
ele fica travado e não te deixa levar a mandíbula em posição. Pede pro paciente: ‘’coloca a língua bem lá atrás no céu
da boca”. A hora que ele coloca se assemelha muito a ROC, ele consegue retrair a mandíbula e fechar em ROC.

Com o plano de cera superior e inferior recortados vamos uni-los, com a espátula não dá pra esquentando para
plastificar a cera porque queimaria o paciente, visando não queimar usamos grampos de grampeador para realizar a
união desses planos de cera. Na hora da retirada da boca do paciente não pode mexer nem 1 mm. Tem que ser
retirado juntinho. Vamos assentar nos modelos de trabalho e montar no articulador, pois o mesmo reproduz a DVO.

LINHAS DE REFERÊNCIA OU LINHAS GUIAS


Marcar as linhas de referência ou linhas guias, elas têm duas finalidades: 1º determinar o tamanho e o modelo dos
dentes que vai ser usado; 2º determinar onde serão montados os dentes.

LINHA MEDIA – É traçada através da linha média do paciente, e determina onde vai ficará a mesial dos incisivos
centrais (a partir dela montará todos os dentes da PT). É a linha que divide a face em duas partes iguais. Algumas
pessoas fazem com referência no freio labial, mas nem sempre ele está na linha média, então não é recomendado usar
como parâmetro. Como que fazemos? Pega o fio dental e segura no meio da face e tenha outra pessoa de frente
olhando para poder marcar a linha mediana mostra para o protético onde ele tem que montar a mesial dos incisivos
centrais. Única coisa que da uma referência muito boa de linha média é a rafe palatina, ela invariavelmente está na
linha média, mas não tem como vê-la, pegar a partir dela. Marca com o lecron riscando o plano de cera, essa linha
pode ser marcada somente no plano superior e o inferior segue o superior depois. Se chegar na linha do canino e
der errado? Escolheu o dente errado.

LINHA HORIZONTAL – É a linha que une os dois planos, (superior com o inferior), ela indica a posição do incisivo
central e onde ficará a oclusal dos molares. Determinando a incisal dos incisivos centrais.

LINHA ALTA DO SORRISO – essa linha é obtida pedindo para o paciente sorrir forçado, determina onde vai ficar a
cervical dos dentes anteriores (na verdade é a cervical dos incisivos centrais). A distância entre a linha alta do
sorriso e a linha horizontal vai determinar a altura do incisivo central, o fabricante dá a tabela, e nessa tabela tem essa
medida, é a linha do sorriso para o paciente não ficar com sorriso gengival. Tem duas funções: Referência para a
cervical dos incisivos centrais; (montagem de dentes). Auxilia na altura dos incisivos centrais junto com a linha
horizontal; que é a linha que une o plano superior com o plano inferior. Marcada a linha alta do sorriso + linha horizontal
tenho a altura dos incisivos centrais. (seleção de tamanho de dente)

A LINHA DE CANINO do lado direito e do lado esquerdo – é dada por uma bissetriz entre o sulco nasogeniano e uma
linha paralela da asa do nariz. Na maioria dos casos coincide com a comissura labial com o lábio em repouso. Essa
linha vai coincidir com a distal do canino. Com isso encontra a largura dos seis dentes anteriores (vai de distal a
distal de canino), servindo para selecionar a largura de toda bateria anterior de canino a canino de acordo com a
tabela.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
17
MODELO DOS DENTES: Então com essa linha tem o tamanho dos seis dentes anteriores que junto com a linha alta
do sorriso e linha horizontal escolhe o modelo do dente que vai utilizar, associado junto a outros parâmetros, sexo
masculino tende a ter dentes mais retos, não tem tanta curva, feminino é mais arredondado na distal. Rosto triangular:
homem atlético e mais alto; rosto retangular: homem e mulher mais altos; rosto oval: pessoa mais baixa. Homem:
dentes com ângulos mais retos e mulher: dentes com cantos mais arredondados.

ESTABELECER A DVO. Quando o paciente já tem sintomatologia de DTM, deve-se restabelecer a DVO de uma só
vez, mas se ele não tem sintomatologia e já perdeu a dimensão, deve-se restabelecer aos poucos. - Estabelecer de
uma só vez: usar resina acrílica na região de pré-molares para trás. Para cada 1 mm aumentado em molar, abre-se 3
mm na região anterior. Deve-se fazer uma pista plana, sobre a prótese antiga, para que o paciente não tenha nenhuma
oclusão. Deixá-lo por uma semana com essa prótese, e a cada vez que ele volta ao consultório, deve-se checar a
oclusão com carbono e dá uma desgastada onde o dentes estão tocando, fazendo isso o paciente fisiologicamente
chega em sua relação de oclusão cêntrica de 4 a 8 semanas, chegará em uma estabilidade. Depois disso deixa o
paciente 3 meses com essa prótese para que isso se estabeleça. Isso tudo deve ser feito antes de trocar a prótese.
Para confeccionar prótese para paciente que oclui em classe III, deve-se vestibularizar os dentes superiores o máximo
que puder, no plano de cera, e depois vestibulariza os inferiores. Deve-se escolher os dentes na tabela, escolhendo os
6 dentes anteriores, sendo que, eles devem ser maiores do que normalmente seriam porque eles estão
vestibularizados e ocupam um espaço maior.

DIMENSÃO VERTICAL

Espaço inter-maxilar em um indivíduo, para determinada posição da mandíbula, segundo o plano vertical. A mandíbula
que é móvel, ela que vai dá dimensão verticalmente.
 ESPAÇO FUNCIONAL LIVRO (EFL) – um espaço para que possa exercer as funções (mastigação e fonação),
não pode invadir porque se não o espaço estará aumentado.
DVR = DVO+EFL
 DVO
 DVR (paciente nunca perde)

CARACTERÍSTICA DE DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO ALTERADA


 Diminuída
 Aumentada

Espaço funcional livre em paciente edêntulo total: 3 a 4 mm


DVR = DVO + EFL
DVO = DVR – EFL

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA DIMENSÃO VERTICAL


 Aspectos estéticos
 Conforto fonético (sem dificuldade para falar)
 Capacidade funcional da PT (capacidade de mastigação)
 Conservação do osso de sustentação (impedimento de reabsorção óssea mais acelerada)
 Integridade da ATM (mais em dimensão aumentada)

Temos 2 grupo para determinar Dimensão vertical de Oclusão

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
18
1º grupo: determinação da DVO diretamente
2º grupo: determinação da DVO a partir da DVR

1º GRUPO: Determinação da DVO diretamente: Método de Monson, fisiológico ou da deglutição.


“Toma um gole de água e segura, quando sai da deglutição ele sai de repouso“. Mede com o compasso de wyllis, e no
momento que o paciente está engolindo. Nunca faz um método só.

2º GRUPO: Determinação da DVO a partir da DVR - achamos a DVR para depois achar a DVO.
 MÉTODO DE WILLIS – métrico (“Distância mento – asa do nariz = distância comissura labial – rima do olho’’; essa
medida induz a erro.
 HARMONIA FACIAL (equilíbrio muscular e esquelético)
 MÉTODO DE SILVERMAN OU FONÉTICA (pede para o paciente falar palavras sibilantes – ex.: Mississipi,
assassino,sisisisi...
 MÉTODO DE GERSON MARTINS OU DO REPOUSO MUSCULAR (pede pro paciente respirar fundo pelo nariz e
soltar pela boca mas sem abrir a boca).

Pra dá certo tem que ser método funcional, métrico não dá certo.

Por exemplo: Nesses métodos deu 58 de DVR – 4 mm de EFL = 54 DE DVO. Anotar sempre esse valor na ficha,
quem começou a medir tem que terminar, pq depende da referência, se está sendo tecido mole ou osso. Isso depende
de quem está com o compasso.

DIMENSÃO VERTICAL - União dos planos de cera:


- DVO (vertical) - ROC (horizontal

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
19
REVISÃO PRÓTESE TOTAL

Não há nada de novo na aula de hoje. A aula de hoje são casos que acontecem muito em clínica de prótese total,
muito comum acontecer e se não tiver uma saída, vai fazer a prótese ou trocar a prótese e dará tudo errado.

Relembrando:
Quando vai fazer uma prótese total, recorta primeiro o plano de cera superior.

CASO: O paciente quer trocar a prótese, se faz o ajuste dos planos. Molda o paciente no início, fez-se a moldagem
anatômica, tem-se o primeiro modelo, que é o modelo de estudo ou o modelo anatômico que construiu a moldeira
individual, em que se faz o ajuste da moldeira e recorta aquém das inserções musculares (freios, bridas), faz-se o
vedamento periférico e a moldagem fisiológico ou funcional e obtém-se o modelo de trabalho (em gesso tipo IV). E
monta o plano de orientação, que tem duas finalidades:

 Registro maxilomandibular do paciente;


 Orientar a escolha e montagem dos dentes artificiais.

O recorte sempre começa pelo superior, região anterior do plano, bateria labial ou bateria anterior. Então, vai recortar o
plano com o lábio relaxado, a porção anterior dele, 2 mm abaixo do nível do tubérculo do lábio relaxado ou até a linha
do tubérculo relaxado, nunca fica aquém desse tubérculo do lábio, porque se não, não terá apoio labial, o inferior vai
começar a invadir região de superior e a prótese começa a "desandar" a partir desse momento. Aqui já está
determinando a linha horizontal do plano de cera, seja onde ela ficar, quanto mais aparecendo a porção incisal do
dente mais jovem é o paciente. Como em prótese total, em via de regra está lidando com pessoas acima de 60 anos,
essa linha incisal deve estar mais escondida, porque harmônica e fisiologicamente os dentes vão se desgastando com
o tempo, então essa linha horizontal vai ficando mais alta, a nível do lábio. Se você subir essa linha, acertou a DVO
(dimensão vertical de oclusão), pegou o plano de cera inferior colocou na boca, você está aumentando ou subindo os
dentes inferiores, ou seja, o dente inferior começa a invadir o espaço que deveria ser do dente superior. Além de ficar
feio, não ficar harmônico, não vai ter o lábio e vai ter problema na hora da desoclusão dessa prótese.

RECORTE SUPERIOR: Essa é a fase mais difícil da prótese total, em que se deve tomar mais cuidado.
 Altura incisal: Feito os ajustes, a gente determinou a linha horizontal onde ficará a incisal dos incisivos.
 Posterior: Nessa hora pode-se ver se o lábio está apoiado, se a pessoa está com o dente muito pra fora ou pra
dentro, é a hora que vai olhar o paciente de perfil, feito isso vai partir para a região posterior bilateral. É o momento
de usar a régua de fox, não tem como fazer prótese total sem ela, porque é ela que vai dar o paralelismo ou a
posição da oclusal dos dentes posteriores, molares e pré-molares. A partir de onde você montou e recortou o plano.
Então essa parte oclusal dos dentes posteriores tem que ser paralelo ao plano de camper, que é uma linha que vai
de tragus á asa do nariz.

Exemplo: O plano de cera não tem paralelismo, está divergindo para a distal, isso quer dizer que há muita cera na
região posterior, precisa tirar cera para que venha para posição que fique paralelo ao plano de camper. Esse plano tem
uma ascendência para distal, então após tirar cera ele está nivelado e está na hora de partir para primeira função do
plano de cera, que é registrar a relação maxilomandibular, coloca o plano inferior na boca do paciente. Antes disso já
verificou-se a DVO do paciente, já pegou a medida, fisiologicamente fez os testes fonéticos e chegou a DVR (dimensão

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
20
vertical de repouso), em repouso, a que todo mundo tem, a DVO o paciente perdeu, já que ele não tem dente, achou a
DVR tirou o EFL (espaço funcional livre), pode fazer sempre com 4 mm que não vai dar errado, e vai registrar a medida
como DVO. É uma medida, tem X mm, pega o compasso de WILLIS, vou marcar o mm que quer, coloca o plano de
cera na boca do paciente e vai fechar até os planos se tocarem.

Como ele vai fechar? Que posição é essa? Ele está de boca aberta, com dois planos na boca, vai estar em RC e vai
fechar até que os planos se toquem sem desvio de centro, isso se chama ROC ou ORC. Feito isso, os planos se tocam
e mede a DV, a medida precisa bater.

Exemplo: Está muito aberto, a medida que se tem é 50 mm, na hora de medir deu 53 mm.

O que tem que fazer? Pega o plano inferior, porque o superior já está recortado, tira a cera desse plano, coloca na
boca do paciente, faz ele fechar em RC, tocou os planos sem desvio de centro, ROC, mede de novo.

Deu 51 mm? Abre a boca do paciente, tira e vai cortar um pouco mais. Isso é tentativa e erro, até acertar, não tem
outro jeito.

Deu 48 mm? Você tira da boca do paciente, coloca mais cera, mede.

Quando bater 50 mm, o que fazer? Quando bateu 50 mm, o plano está todo tocando, o paciente está em ROC, o
sistema está em equilíbrio, então prende esses planos, traça as linhas, escolhe os dentes e manda para o técnico fazer
a montagem ou, se você for habilidoso, pode montar os dentes. Logo, planos unidos em ROC.

AJUSTES
 Labial
Verificar: Corredor bucal; Marcar linhas referências; Suporte labial.
É a hora de checar, ver se tem harmonia, já que o paciente está com a prótese na boca.

Exemplo: Paciente não tem harmonia, porque o dentista errou no plano de cera.

Exemplo: Paciente quer trocar a prótese, porque está com dor, mas já consultou com médico e disse que não tem
nada e falou que são os dentes.

Pode ser os dentes? Pode. Há um grande desvio, está desviando para a direita, e o paciente relata que usa a prótese
25-30 anos. Será feito o orçamento, vai tirar a dor do paciente, ficará ótimo, vai seguir todos aqueles passos,
moldagem anatômica, plano de cera, registrar o paciente em RC e ROC.

Consegue registrar? O problema é que houve o desgasta da prótese, perdeu DVO, a oclusal não tem como pegar
alimentar. Se você aceitar esse caso, você estará casando com o paciente, porque ele retornará frequentemente ao
consultório porque a chance de errar é de 99,9%.

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
21
Por que? Por que ela desviou para direita? Por causa do desgaste, buscou um apoio para mastigar e 20 anos
fazendo isso fez com que a ATM saísse do lugar, que é uma das articulações mais complexas do corpo humano, se
não for a mais complexa, se você "arrebenta" de um lado o outro lado da ATM também é prejudicado.

Como colocar no lugar? Terá que fazer todo um trabalho com o paciente para que ela volte ao lugar, porque ela
levou 20-30 anos para ficar assim, então se trocar essa prótese de imediato não irá conseguir usar, nunca se deve
fazer isso.

Exemplo: Paciente nunca usou prótese, se adaptou a superior mas não usava a inferior, agora está com DTM, muita
dor e precisa usar ou quer usar porque arrumou um namorado (a) no baile da terceira idade, o que é muito comum na
vida social deles e agora tem um estímulo para usar.

Ele não tem a prótese inferior, o que deve-se fazer? Confeccionar a prótese inferior? Pode até fazer uma nova
prótese superior, mas a inferior é melhor fazer uma prótese plana, faz ascendente, com resina incolor e coloca dentes
de canino a canino, onde toque em uma pista plana, tem uma resina toda para ele tocar, fazendo ajustes até
estabilizar.

Quando tempo demora? Depende muito de paciente para paciente. Depois que o paciente estabiliza, a dor para, ele
vai ao consultório várias vezes, os toques do carbono não mudam mais, estão estáveis, tem que deixar o mínimo de
três meses para ele poder estabilizar. Se trocar antes vai registrar errado. Então, esse desvio para direita não volta
para o local correto ao colocar um rolete de cera na hora de levantar isso, de jeito nenhum. O paciente vai ficar com a
mordida daquela forma, faz a prótese nova com a DV certa e tudo certo, mas ele começa a reposicionar. Vai notar os
dentes de forma correta, vai descruzar a mordida, mas começa a cruzar do outro lado, porque antes os dentes dela
eram lisos e agora eles possuem cúspides, logo, em pouco tempo não vai usar mais essa prótese. O paciente vai tirar,
vai machucar, vai ajustar, mas não há ajuste que faça ele usar, quando registrou o plano está correto mas a mandíbula
dele está para o lado, no momento em que a mandíbula chegar para o lado correto consegue utilizar a prótese. A
mordida, o sistema está errado.

O que deve-se fazer no caso de não ter a prótese inferior? Faz uma prótese nova superior e uma pista plana
inferior. E depois só troca a inferior depois de 6 meses, 1 ano ou quando estiver estável.

O que deve-se fazer no caso que utiliza a prótese há 20-30 anos? Em cima da prótese antiga ajustar a oclusão,
porque essa já é utilizada há 20 anos e não machuca, vai passar a machucar um pouco porque vai jogar o toque pra
trás, vai tirar o toque da frente e aos poucos vai ajustando. Quando estiver equilibrado, vai sumir o desvio. Nesse caso
o paciente desviou para o lado, para a direita, mas há pacientes, na grande maioria das vezes, que desviam para
frente, conseguem contato anterior, ou seja, protruem.

Como restabelece a DV neste caso? Resina acrílica, irá fazer uma pista plana na superior ou inferior, vai analisar e
ver qual é a melhor opção.

Levanto de uma vez ou não? Vai depender.

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
22
O que aconteceu com essa paciente? Qual é o primeiro passo que temos que fazer? A paciente ocluir e medir a
DV.

A DVO dela está quanto? Do mento até a base do nariz, vamos supor que é 40 mm. Então, pede para abrir a boca e
fechar até os lábios tocarem, sem os dentes tocarem. Obteve uma medida, 50 mm. Pede para engolir a saliva e cospe
e deu 49 mm, pede para ela soprar e deu 49 mm, pede para falar mississipi, sessenta e seis, esticar o "M", vai reparar
que vai começar a bater numa medida 48-49 mm. Então, a DVR dela é isso, entre 48-49 mm, pode até ficar em uma
DVR inicial com dúvida, sempre fica, entre 48-50 mm, pega 49 como referência tira 4 mm (EFL), resulta em 45 mm, ela
tinha 40 mm, logo, tem que aumentar 5 mm em dente anterior.

Quando corresponde 5 mm em dente anterior no dente posterior (molar)? O parâmetro é o aumento de 1 mm em


molar aumenta 3 mm em dente anterior. Logo, tem que aumentar 1,5-1,7 mm no segundo molar para que abra o 5 mm
que precisa.

Como faz isso? Aumenta de uma vez ou aumenta aos poucos? Depende. Se a paciente tem dor, tem
sintomatologia de DTM, pode levantar de uma vez só, em 24 horas ela está sem dor e vira o herói dela. Pode
machucar, mudar a mastigação que ela vai usar. Se ela não tem sintomatologia e chegou a conclusão pelo desgaste
que precisa aumentar 5 mm, tem que ser aos poucos, normalmente 1-1,5mm por semana até chegar na medida.
Porque se aumentar de uma vez, ela nunca sentiu nada, não sente nada e coloca de uma vez, a vida da pessoa muda
"da água para o vinho", porque ela só mastigava na frente, ela terá que aprender a mastigar atrás, ás vezes precisa
passar pelo o fonoaudiólogo para aprender a deglutir e a falar, a fonação. Muda a vida da pessoa drasticamente, a
prótese dela não tinha esforço nenhum atrás, começa a ter, aquilo que não trabalhava vai ter que começar a funcionar,
começa a machucar essa prótese.

Resumindo: A dor quando some, ela faz tudo. Agora se não tiver dor, vai aos poucos, ajustando até chegar na altura
certa, espera o tempo que for necessário para ajustar.

CARACTERÍSTICAS DE PACIENTE QUE PERDEU DIMENSÃO VERTICAL


 Hipotonia labial: lábio superior quase não existe
 Perfil de bruxa
 Queilite angular: deixa sem cura, é fungo, utiliza antifúngico sistêmico para curar, mas não restabelecer a DV ela
vai voltar
 Épulide fissurada ou hiperplasia gengival traumática: prótese mal adaptada associada à uma oclusão errada leva a
essa situação, causado por trauma (prótese mal adaptada) associado à oclusão, um só não leva á épulide, tem
caso que é cirúrgico e outros que resolve só de restabelecer a oclusão correta, só de colocar uma resina na base da
prótese e vai chegar ela no limite certo.

Exemplo: Caso de épulide fissurada que resolveu sem cirurgia, apesar de ser bem grande. Tem casos que não tem
jeito, tem que corrigir a prótese e fazer a cirurgia. É uma cirurgia que sangra muito, ás vezes é melhor usar a prótese
melhorar um a condição do tecido e depois fazer a cirurgia.

Como faz passo a passo? É muito comum em clínica de prótese total. Colocou a resina na prótese. Abriu os 5 mm,
de acordo com o exemplo dado, nos dentes anteriores do paciente.

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
23
PISTA PLANA
1. Pega cera 7 (Chama 7 porque tem 0,7 mm)
Se você quer aumentar posterior 1,5mm, dobra 3x.
2. Dobra a quantidade que você quer
3. Corta um pedaço dela do tamanho dos dentes
4. Pega a prótese superior, se você vai fazer superior, e passa vaselina
5. Coloca de um lado essa cera
6. Se quer levantar 1,5mm dobra ela 3x, vai dar 2,1mm
7. Passa na água quente
8. Coloca a prótese e prende
9. Leva na boca do paciente e vai ocluir essa prótese, vai fechar
10. Régua: bate a medida que quer
11. Bateu a medida, ele para, vai deixar a cera voltar a temperatura
12. Ele vai tocar desse lado na cera, o outro lado vai ficar aberto
13. Vaselina o outro lado, coloca a resina (mistura pó e líquido, deixa na fase plástica) em cima e leva
14. Na hora que ele tocar os dois lados, vai tocar na resina
15. A resina está macia e vai ficar na altura que você quer
16. Deixa tomar presa
17. Tira a cera do outro lado
18. Esse lado já tomou presa, vai marcar a altura desse
19. Restabelece a nova DV sem problema nenhum
20. Feito isso, os dentes estão marcados e vai cortar e deixar a resina plana, que não é como se fosse igual uma mesa,
é de uma forma que o paciente toque e fique livre, possa se movimentar e ele buscar essa posição, não adiantar
travar o paciente.

A cera normalmente coloca-se incolor, para poder visualizar a diferença do dente para cera e o paciente vai ocluir em
cima disso agora, vai ficar uma pista plana. Chegou na DV que se quer. Vai marcar com carbono e terá que sentir que
ambos os lados irão tocar igual.

Por que escolheu fazer a pista plana na inferior? Normalmente a inferior é mais fácil, a superior tem mais
complicação. Só quando a superior está muito ruim e que a inferior está mais plana, que se faz superior. A inferior é
mais fácil do paciente se acostumar. Na maioria das vezes, se quer abrir a porção interior, deixar sem toque, porque o
paciente busca o contato anterior para mastigar, se tirar o toque anterior ele vai ter que mastigar atrás, mais rápida
será a recuperação dele. Mesmo o paciente reclamando ás vezes, diz que está feio, depois até corrigi isso se quiser,
coloca uma resina acrílica, troca o dente, arruma a estética. A princípio, até estabilizar a oclusão dele é legal deixar a
mordida aberta.

Exemplo: Restabeleceu a oclusão, colocou uma resina na base da prótese toda, para acertar a adaptação da prótese
da melhor forma possível, leva a boca do paciente, acerta o posicionamento da prótese. Deixa bem polido, o paciente
reclama mas não tem jeito, porque queima um pouco, esse líquido da resina acrílica, coloca na fase plástica, passa na
água quente para ela tomar uma presa mais rápida, coloca na boca do paciente, tira rapidinho, volta na água, coloca
na boca do paciente novamente. É desconfortável, mas nada que vai doer ou levar á um malefício. Existe alguns
reembasadores soft mas para Épulide Fissurada o que funciona é resina acrílica. Vai dar acabamento, vai deixar polido

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
24
e liso. O paciente vai usar. O importante é dar polimento na resina com aquelas borrachas, dar polimento na pista
plana, marcar o carbono e o paciente vai embora, irá atendê-lo uma vez por semana, no máximo a cada 10 dias. Irá
notar que na primeira semana, ele sai do consultório com o carbono marcando igual em ambos os lados, quando volta
irá ver que apenas um lado está tocando, os toques mudam todos e é isso que se quer. Ele começa a mudar a posição
da oclusão, vai marcar com o carbono, tirar os contatos que não se quer. Ás vezes é tão violenta que tem que
reembasar novamente, ás vezes só desgastando não chega a tocar toda novamente e coloca uma camadinha de
resina de novo, ele morde. É uma coisa de bastante cuidado e que varia de paciente para paciente. Tem paciente que
3-4 semanas está normal, tem paciente que demora 8-10 semanas para adaptar. Vai ajustar de novo por causa da
Épulide, vai acompanhar esse paciente até ele estabilizar.
Como vai saber que o paciente estabilizou? Os contatos que marcam no carbono começam a ser os mesmos. Não
há mais alteração, passa a tocar os dois lados. Então, deixa 3-4 meses estável e fará toda a sequência que foi dita no
começo da aula e trocará a prótese do paciente.

Exemplo: Caso do núcleo da dor, na clínica integrada, em 4 de 2013, após 4 meses a épulide fissurada continua mas
melhorou bastante, em uma determinada época trocou a prótese, confeccionou uma nova prótese, seguiu toda
sequência, a prova dos dentes. Em 2006, a paciente foi procurando e regrediu bastante, zerou a épulide dela, foi um
caso não-cirúrgico e de um TCC.

Exemplo: Caso da especialização, paciente classe III, perda de DV, foi feito a mesma sequência, pista plana por 4
meses, estabilizou, trocou a prótese, tem um rebordo bom, prótese anteriorizada com várias falhas foi trocada, deve ter
demorado 1 ano, mais ou menos, paciente entrou no início na especialização e o caso terminou quase no final e a
especialização era 18 meses nessa época. Se essa paciente fosse dentada, a solução seria cirúrgica, precisa cortar
um pedaço da mandíbula, protruir e fechar. Em prótese total, vestibulariza o plano de cera o máximo que consegue
sem deformar o paciente, o técnico monta os dentes superiores vestibularizados e os inferiores um pouco linguizados,
se ele olha na tabela um determinado modelo de dente, ele coloca um modelo maior e fecha essa mordida. Conseguiu-
se um overjet e consegue corrigir essa mordida cruzada. Em prótese total, mordida cruzada é instabilidade e
consegue-se inverter essa situação. O dela invertou, possui Tomas Gomes, ficou um prótese bem legal.

OVERBITE (TRESPASSE VERTICAL): diz respeito ao espaço existente entre a superfície incisal do incisivo superior e
a incisal do incisivo inferior, em oclusão. Para casos práticos de dentaduras não deve exceder um milímetro e, em
muitos casos será reduzido além deste limite. No entanto este trespasse vai depender da altura das cúspides dos
dentes posteriores que durante a movimentação protrusiva separa mais ou menos os dentes anteriores. Os dentes
anteriores (superiores e inferiores) nunca devem estar em contato quando as dentaduras estão na boca, em oclusão
central. É preferível articulá-los de modo que somente haja contato em lateralidade
e protrusão.

OVERJET (TRESPASSE HORIZONTAL): diz respeito à relação horizontal que


existe entre os dentes superiores e inferiores ou seja, a distância entre a superfície
palatina do incisivo superior e a vestibular do inferior. Varia consideravelmente
conforme a relação horizontal dos rebordos (Figura 17).

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
25
DENTES ARTIFICIAIS - SELEÇÃO E ASPECTOS ESTÉTICOS
Para seleção de dentes artificiais deve-se levar em consideração a dinâmica de reabsorção dos ossos alveolares, o
envelhecimento da pele, a fisiologia muscular, gênero, idade, tipo de rosto, etc.

1. TIPOS DE DENTES ARTIFICIAIS: maior preocupação é em relação ao tempo em que se pode prever que a prótese
permaneça em função, e ela geralmente recai sobre a resistência dos dentes artificiais ao desgaste. Os fabricantes
desenvolvem essa característica para contrapô-la aos fatores que podem levar ao desgaste, sendo eles: a frequência
mastigatória, a força de mordida, o tipo de dieta, a presença de hábitos parafuncionais e a ação de agentes de limpeza
das próteses.

1.1. Dentes de Porcelana  estão sendo cada vez menos utilizados, devido ao custo, e desvantagens como o
frequente deslocamento da prótese, a baixa resistência ao impacto e a dificuldade para realização de
procedimentos de desgaste e caracterização na fase de montagem dos dentes.

1.2. Dentes de Resina  possuem vantagens como união química entre os dentes e a base da prótese, resistência
a rachadura, sensação de contato dental agradável e menos trauma ao rebordo residual, facilidade em serem
desgastados, etc. Entretanto, possuem também desvantagens como baixa tolerância ao meio bucal, suscetibilidade
a absorção de líquidos, não possuir estabilidade de cor, entre outros, que vem sendo corrigidos a fim de tornar
melhor sua utilização. Podem ser classificados em dentes convencionais e dentes de alta resistência.

2. SELEÇÃO DOS DENTES ARTIFICIAIS: Os dentes artificiais devem apresentar harmonia com as características
biotipológicas do paciente.

2.1. Seleção dos Dentes Anteriores Superiores: Utilizar os parâmetros maxilo-mandibulares e as linhas de
referência para seleção e montagem dos dentes no plano de cera. Além disso, utiliza-se também a tabela de
referências.

Linhas de Referência
 Linha Alta do Sorriso
 Linha Média
 Linha Horizontal
 Linha de Canino

Para iniciar a seleção de dentes através das medidas é preciso uma régua flexível. A primeira referência utilizada é a
linha de canino, que tem em média 45mm (mas se pode utilizar 2mm para cima ou para baixo de acordo com o
paciente, além disso, ajustes e desgastes podem ser realizados para melhor adaptação). A altura dos Incisivos
Centrais se dá pela diferença entre a linha alta do sorriso e a linha horizontal, sendo em torno de 10mm (mas se pode
utilizar 2mm para cima ou para baixo de acordo com o paciente, além disso, ajustes e desgastes podem ser realizados
para melhor adaptação). Essas medidas são de acordo com as tabelas de fabricantes de dentes artificiais.

 Altura dos Incisivos Centrais  da linha alta do sorriso até a linha horizontal - 10mm;
 Largura da bateria anterior (de canino a canino)  linha de canino de um lado até o outro - 45mm;
 Largura dos Incisivos Centrais  apesar de estar presente na tabela, a largura dos Incisivos Centrais não importa
em PT. Ela é importante quando se faz prótese unitária (PPR).
Fernanda Teixeira – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Prótese I
26
PARÂMETROS UTILIZADOS PARA SELEÇÃO DE DENTES:

 Tamanho - Altura  através das linhas de referência - linha alta do sorriso até a linha horizontal (10mm; podendo
utilizar 2mm para cima ou para baixo de acordo com o paciente);

 Largura - da bateria anterior  linha de canino de um lado até o outro (45mm; podendo utilizar 2mm para cima ou
para baixo de acordo com o paciente);

 Forma  a forma dos dentes é escolhido através do formato do rosto do paciente e do sexo.
o Formato do Rosto  é avaliado em observação frontal, baseando-se na proporcionalidade da largura de três
linhas: linha do cabelo, linha bizigomática e linha bigoniana (dos ângulos da mandíbula). Caso a linha do cabelo
seja a mais longa, o rosto será classificado como triangular; caso a linha bizigomática seja a mais longa, o rosto
será oval; e caso as três linhas sejam equivalentes em comprimento, o rosto será considerado quadrado.

o Sexo  as formas de dentes femininos geralmente são suaves, com ângulos arredondados e a vestibular é mais
convexa; as formas dos dentes masculinos geralmente são vigorosas, com ângulos mais vivos e a vestibular é
plana.

 Cor  definida pela idade do paciente, ou seja, um paciente jovem tem dentes mais claros, com mais brilho,
podendo haver translucidez incisal; um paciente idoso tem dentes mais escurecidos, com menos brilho, não há
presença de translucidez incisal devido ao desgaste, etc. A raça também pode ajudar na seleção de cor, já que
pacientes negros têm dentes mais escuros e pacientes brancos tem dentes mais claros.

o Dentes Remanescentes  quando o paciente apresenta dentes remanescentes pode-se utilizá-los como
referência para determinação da cor.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
27
 Marca de Dentes  com o tempo se sabe a marcas e características de cada uma delas. Existem dentes mais
baratos e mais caros, monocromáticos e policromáticos, anatomia rica e anatomia pobre, etc.

 Tomar cuidado com pacientes idosos no momento da escolha dos dentes, pois um paciente assim possui desgastes
fisiológicos, menos brilho (dente opaco), não tem tanta riqueza de anatomia (é mais liso), não tem translucidez
incisal, não tem dentes tão claros (mais escuros, mineralizados), etc. É importante recolher dados para
individualizar a escolha.

 Essas informações são importantes para o protético, pois ele não tem contato com o paciente. Então, o tamanho,
formato, cor, etc, devem ser enviados para que ele possa montar a prótese.

2.2. Seleção dos Dentes Anteriores Inferiores e Dentes Posteriores: Depois de selecionar tamanho, formato e
cor dos dentes anteriores superiores, é preciso selecionar os anteriores inferiores e todos os posteriores. Para isso,
as cartas-molde possuem uma tabela de articulação, que permite relacionar o modelo de dente anterior superior
com os anteriores inferiores e posteriores que combinam entre si. Então basta dizer para o protético: “os dentes são
de tal marca, e o modelo O13”, a tabela direciona a escolha dos outros dentes. A montagem seguindo as
referências escolhidas pela tabela de articulação nem sempre é exata, pois no momento da montagem deve-se
fazer chave de canino e chave de molar. Por isso, inicia-se a montagem pela bateria anterior, depois os molares são
montados e por último os pré-molares, porque se não houver muito espaço, os pré-molares podem ser desgastados
ou levemente girovertidos e não precisam fazer chave. Pode-se também desgastar a lateral de incisivos laterais e
caninos. A oclusão de pacientes dentados é diferente da oclusão dos edêntulos totais.

3. CARACTERIZAÇÃO DA GENGIVA - SISTEMA TOMAZ GOMES (STG): O STG busca facilitar a caracterização de
cor, manchas, formas, texturas e até mesmo de vasos periféricos da resina que irá compor a gengiva dos pacientes
que utilizarão uma PT, deixando mais próxima das características biotipológicas do mesmo. Ela possui 10 escalas e
um molde para novas composições.. As resinas são de diversas cores e os vasos periféricos são feitos com pequenos
fios de lã. Além disso, realiza-se também a ceroplastia, ou seja, o ato de dar forma a gengiva, com seus aspectos
característicos de forma e textura da gengiva saudável. Um paciente negro, por exemplo, possui manchas de melanina,
que podem ser caracterizadas com o STG.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
28
MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS
Recapitulando: Para se chegar no plano de cera e aos dentes, temos que recortar o plano de cera, fazer uma parte
estética anterior superior, tendo o recorte no nível do tubérculo do lábio para se fazer a bateria anterior, posterior é
paralelo ao plano de camper e então fixamos a relação maxilo-mandibular vertical conforme a DVO e horizontal
conforme a ROC. Em seguida vamos para o articulador que terá que ser feito as linhas de referencia que seria os
parâmetros estéticos. O primordial na montagem dos dentes é a chave de canino e a chave de molar, mas é primordial
também que a linha mediana esteja na posição adequada. Quando formos unir o modelo inferior dentado com o plano
de cera superior não pode ficar muito vestibularizado ou muito pra dentro, em relação ao inferior. Então temos que
saber o quanto o plano de cera superior vai avançar vestibularmente o inferior, e o quanto ele vai avançar no sentido
vertical.

Para se fazer a montagem dos dentes artificiais superiores anteriores temos que realizar duas etapas:

1. Remoção da cera (abrir espaço pros dentes)  Esse espaço é feito através das linhas de referencia (linha alta
do sorriso, linha mediana e linha de canino), com o auxilio do lecron vamos fazer um bisel e manteremos a cera na
palatina (para se fazer o encaixe do dente e ele se aderir na cera), abrindo uma janela apenas na porção vestibular,
fazendo sempre um lado depois o outro.

2. Remoção da cera da linha mediana a linha de canino  Agora temos apenas que nos preocupar em abrir
espaço para posicionar o dente e posicionar o dente no longe eixo correto do dente (longo eixo é quando ele está
fazendo a emergência do dente pensando em raiz e coroa, então temos dentes que podem estar mesializado,
distalizado, ou reto).

MONTAGEM DOS DENTES SUPERIORES ANTERIORES

11 e 21 - Tangencia a Linha Mediana  Tangenciar  Incisal ligeiramente maior do plano de cera


significa colocar a parte mais expulsiva da mesial do inferior  ele fica acima do plano de cero
dente na LM, para o outro incisivo central o tocar e fazer  Longo eixo inclinado para distal  sutilmente
o ponto de contato, caso não deixe ele tangenciado irá distalizado
ter mudança no longo eixo do incisivo central, sendo que
o mesmo é reto, perpendicular no longo eixo. 13 e 23 - Tangencia a distal dos laterais  fazer
 Cervical – Linha alta do sorriso apenas pontos de contato
 Incisal – Toca no plano inferior  Incisal toca no plano inferior por vestibular  a
 Vestibular – Recorte do plano de cera pontinha do canino passa um pouco do plano inferior
 Longo eixo inclinado para distal  inclina mais do
12 e 22 - Tangencia a distal dos centrais  fazer que a dos laterais
apenas pontos de contato

MONTAGEM DOS DENTES INFERIORES ANTERIORES

31 e 41 – Linha Mediana
 Incisal com trepasse vertical (1mm)  A referencia dos inferiores são os superiores, e fazemos a mesma coisa,
abrimos o espaço da linha mediana a linha de canino em bisel, deixo cera pela lingual para apoiar o dente e

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
29
começamos a montar, linha mediana inferior com a linha mediana superior, a única coisa que devemos nos
preocupar é com a altura quando se faz o trepasse verticalmente e o trepasse horizontalmente, em seguida vamos
fazer a mesma sequencia lateral tangenciando central e canino tangenciando o lateral.

33 e 43 – Incisal com trepasse vertical (1mm)


 Incisal com trepasse horizontal (1mm)

Trepasse horizontal – a distancia do vestibular inferior para palatina superior (ou overjet); Overjet quando esta muito
grande é aquele paciente de mordida aberta e em prótese total será sempre raso (1mm).

Trepasse vertical – quando a incisal superior passa no sentido vertical a incisal inferior, e seria o espaço vertical (ou
overbit).

O trespasse vertical e horizontal em prótese total para mandíbula sair e fazer o movimento é mínimo é de 1 mm apenas
(quase topo a topo). Então o trepasse vertical horizontal em prótese total é raso em dentes anteriores para se tocar
todos os dentes.
A montagem do inferior é sempre seguindo o superior fazendo chave de canino e depois no posterior chave de molar
dando trespasse vertical e trespasse horizontal.

Chave de canino- a incisal do canino é igual a um triangulo, este triangulo vai entrar justamente no ângulo distal do
lateral e a vertente mesial de canino superior, ou seja, o canino inferior a vertente mesial encaixa no ângulo distal
lateral e a vertente distal se encaixa na vertente mesial superior.

Padrão de montagem - um dente dois dente, um dente toca em dois, com exceção do incisivo central inferior, que se
toca em um dente só. Isso é importante para se fazer a chave de canino e depois a chave de molar.

MONTAGEM DOS DENTES POSTERIORES SUPERIORES

Temos em guia de mastigação em pacientes com dentes a guia canino e guia anterior, que seriam a protrusão (lado de
trabalho – contato dos dentes anteriores com a mandíbula protruindo para frente, toque topo a topo com os anteriores;
lado de balanceio – desoclusão dos dois lados posteriores) e lateralidade (lado de trabalho – toca só os caninos; lado
de balanceio – desoclusão). Os anteriores aguentam carga somente na horizontal, os posteriores aguentam carga
somente na vertical, então se der uma carga diferente pode causar danos no periodonto.

Caso tenha um paciente que utiliza prótese total dupla e esse for fazer lateralidade de canino a prótese se soltará,
porque aquele canino vai servir como ponto de fulcro, um apoio para se fazer uma alavanca do lado posterior, então se
o paciente faz uma protrusão e tenha uma prótese dupla (topo a topo de incisivo) irá também soltar lá trás, porque ela
fica sem apoio, então como seria a oclusão em prótese total? Ele deve tocar tudo sempre. Por isso o trepasse vertical e
horizontal são de 1mm, pois a oclusão tem que ter liberdade de movimento.

OCLUSÃO BILATERAL BALANCEADO


Oclusão bilateral balanceado – É o padrão de oclusão em prótese total e significa que quando se toca de um lado se
deve tocar o outro para se ter estabilidade. Não se tendo a guia de desoclusão igual se tem em pacientes com dentes.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
30
 Em lateralidade todos os dentes se tocam  toca canino em lado de trabalho mais também irá tocar dentes
posteriores de lado de trabalho e no lado de balanceio vai tocar pelo menos dois dentes, fazendo um polígono de
um dente mais a frente e um dente mais atrás, para que a prótese não saia do lugar e isso se dá a estabilidade da
prótese.
 Em protrusiva todos os dentes se tocam  toca os anteriores e os posteriores também, pelo menos dois de cada
lado para se dá um apoio e a prótese não saia do lugar.

Então qual é a primeira coisa que devemos fazer em prótese total? Trepasse vertical e horizontal 1mm; Em seguida
chave de canino e pulamos para chave de molar. Para se montar uma PT dupla primeiro íamos realizar a montagem
dos dentes anteriores superiores e inferiores dando chave de canino. A montagem do inferior é sempre seguindo o
superior fazendo chave de canino e depois no posterior chave de molar dando trespasse vertical e trespasse horizontal

Chave de molar: A cúspide mesio vestibular do molar superior encaixa entre a cúspide mesio vestibular do primeiro
molar inferior e a médio vestibular do primeiro molar inferior (as cúspides mesio vestibular do primeiro molar inferior vai
contactar na crista marginal do segundo pré molar superior e a cúspide disto vestibular vai contactar na fossa central
do primeiro molar superior).

Na bateria posterior os dentes continuam tangenciando o que montou anteriormente. A oclusal dos dentes posteriores
tem que seguir Curva ascendente posterior (que é paralelo ao plano de camper) e latero lateral.

14 e 24 – Tangenciam 13 e 23  fazer apenas ponto de contato com o dente anterior.


 Cúspide vestibular toca o plano inferior
 Cúspide palatina não toca

15 e 25 – Tangenciam o 14 e 24
 Cúspide vestibular e palatina toca no plano inferior
16 e 26 – Tangenciam o 15 e 25
 Todas as cúspides tocam no plano inferior

17 e 27 – Tangenciam o 16 e 26
 Somente a cúspide mesio vestibular toca no plano inferior  para fazer a ascendente posterior –esse jogo de
cúspide é para fazer a curva ascendente posterior.

Na montagem de dente tem duas curvas: Curva antero posterior (paralela ao plano de camper) Curva latero lateral
(curva de Wilson), curva de vestibular e palatina.

 É importante a chave de canino e a chave de molar para dar estabilidade na oclusão.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
31
CEROPLASTIA

O que seria a ceroplastia? Fazer a escultura da parte gengival, do contorno do dente imitando a gengiva marginal
livre, as ameias, às bossas, o osso alveolar com bossa canina, textura gengival. Tudo isso tem que se fazer na hora da
montagem porque depois da montagem a base de prótese com o acrílico montado em plano de cera que vão para o
consultório e provar no paciente para poder ver se a parte estética e funcional está boa e assim enviar para acrilizar.
Na acrilização, segue com fidelidade tudo que foi feito na montagem e ceroplastia, então a ceroplastia tem que estar
perfeita porque a prótese finalizada terá o formato dessa ceroplastia, lembrando que precisa ter os instrumentais
adequados (espátula 7, lecron, hollemback, espátula 36 e 31) para ficar tudo perfeito. Acabou a montagem e
verificaram como foi o padrão de montagem que seria 1 dente 2 dentes, tendo que ter uma oclusão certinha superior
com o inferior. E o padrão de oclusão que é a oclusão bilateral balanceada, todos com movimentos excursivos e tocar
todos os dentes para não ter o fulcro e fazer o braço de alavanca. Certificado que a montagem dos dentes está correta,
começa a ceroplastia, que nada mais é que a escultura gengival.

 O que tem que fazer?


 Selecionar o corredor bucal, imaginá-lo, a cera pode colocar com o excesso e depois começar a escultura
sendo mais fácil assim do que faltar.
 Cera cobrir todas as cervicais e não ficar amostra nada da base em acrílico, cobre todo o acrílico até a borda
do fundo do vestíbulo, isso por vestibular, já em palatina tirar toda a muralha de cera, ela tem que terminar
em zero com o palato, ou seja, o palato ficará com o acrílico aparecendo.
 Alisar a cera com o lecron e hollemback

Vai fazendo todo o processo simulando os dentes homólogos, o 11 tem quer ser igual o 21, o 12 igual o 22, o 13 igual o
23 e assim por diante, os dentes homólogos tem que ter a gengiva bem parecida. Fazer a linha do zênite, lembrando
que o zênite faz parte da estética em tudo na odontologia, a estética branca e a estética vermelha, então os dentes não
seguiu a linha alta do sorriso (LAS) para não ficar com o sorriso gengival, a incisal vai seguir a linha horizontal que é
marcada a 2mm abaixo do tubérculo do lábio no máximo, tendo isso como padrão de estética branca, já a estética
vermelha seria, tem os incisivos centrais em uma altura, os laterais um pouco abaixo do central e o canino na altura ou
ligeiramente acima do central e isso precisa estar igual nos dentes homólogos, não pode ter por exemplo, o central
com um contorno mais baixo que o outro, chamando isso de zênite, o padrão central com lateral um pouco abaixo e
canino um pouco acima, não esquecendo o eixo de cada dente, o centra será perpendicular a linha do solo, lateral e
canino um pouco inclinado para a distal, portanto na hora do contorno gengival tem que fazer isso. As ameias tem que
fazer sem deixar um buraquinho preto, chamado de black space, pois ele traz uma sensação de desarmonia no sorriso.
Tem que preocupar tanto com a parte de dente quanto com a parte de gengiva.

GENGIVOVECTOMIA: Feita quando o paciente vem para reabilitação e não tem o padrão do zênite, feito o contorno
cirurgicamente. Gengivoplastia, faz uma plástica na gengiva, podendo tirar em volume também realizando peeling
gengival. Deixando uma harmonia, os homólogos semelhantes, simétricos.

Então, apesar de ter alisado a cera ainda possui excesso com isso começa com o lecron e a hollemback fazer o
contorno do zênite e as ameias. A cera começa com uma textura, lembrando que a textura de uma gengiva saudável é
casca de laranja, ou seja, simular isso na cera com um escova de dente porque ao bater na cera fica um pontilhado
devido a cerda da escova, e para tirar o excesso da cera usar meia calça, pois a seda da meia calça limpa e tira todo o

Juliane Vieira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
32
pozinho de cera. A ondulação principalmente no canino, imita o osso alveolar, bossa canina, se fizer em todos os
dentes fica muito artificial, muito enfeitada, muito caracterizada, então procura fazer só em canino, e como faz isso?
Faz um “V” invertido com a lecron e vai escavando a cera, sendo bom fazer isso para simular o osso alveolar.

RUGOSIDADE PALATINA: a cera pode reproduzi-las, mas tem paciente que gosta e outros odeiam, por exemplo,
paciente que vem de prótese a uma longa data e a dele tem o palato lisinho se colocar seria ótimo, pois estimula a
língua porque a pior coisa do paciente que usa a prótese total é o acrílico no palato visto que no começo dificulta a
fonação, tira um pouco do paladar, e as rugosidades palatinas é o tempo todo um estímulo para a língua. Então o
paciente que tá fazendo a primeira prótese total é legal deixar.

CEROPLASTIA DA PALATINA, usa pouca cera, ela termina em zero sem degrau nenhum, liberando toda a face
palatina dos anteriores e posteriores. Libera cíngulo, libera tudo e faz contorno de gengiva marginal livre.

Na parte INFERIOR é a mesma coisa, reproduz toda a parte da gengiva marginal, deixa tudo em zero sem degrau
nenhum porque depois a forma que estamos deixando no plano de cera é que seguirá para a prótese definitiva.

ETAPAS LABORATORIAS: Essa parte é preciso saber também porque tem que cobrar várias coisas do protético,
mas se faz na faculdade porque dependeria de forno, micro-ondas, fogão e não tem como fazer a demonstração, mas
mesmo assim tem que saber como fazer e conhecer todo o ciclo de polimerização e porque esse ciclo tem que ser
completo. Existem dois tipos de resina que podem ser feita essa polimerização, a resina que usou para fazer a base de
prova é a resina quimicamente ativada ou autopolimerizada. A resina acrílica que usa para fazer a prótese é a
termoativada/termoplastificada/termopolimerizada. Ela apresenta:
 Resistência mecânica melhor que a autopolimerizada
 Resistência a flexão melhor
 Resistência a tração

Enfim apresenta uma resistência melhor que a outra. Ela é mais resistente e obedece as propriedade que o fabricante
diz que ela tem desde que seja cumprido o ciclo de polimerização dessa resina, dentro dessas termoativadas tem 2
tipo:
 Termoativada convencional
 Termoativada de micro-ondas

Estudos revelam que não tem diferença entre propriedades mecânicas nem da convencional nem da de micro-ondas
das resinas, a diferença entre elas é o tempo de laboratório, pois como disse a resistência existe se obedecidas as
etapas do fabricante, ou seja, o ciclo de polimerização.

MICRO-ONDAS:
 Não tem como não cumprir o que o fabricante manda
 Ela é colocada em um material refratário submersa em água
 O ciclo o fabricante que faz, deixa em tal potência por tantos minutos
 Só endurece se o ciclo for cumprido

Juliane Vieira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
33
CONVENCIONAL:
 Faz cozimento em água, em fogo numa panela
 O ciclo de polimerização dela é de 9 horas, só que se deixar meia hora, 1h, 2h ela já está endurecida e no
laboratório não tem como saber se o protético cumpriu ou não o ciclo de 9h. Logo confiar na idoneidade do
laboratório para saber se o ciclo foi cumprido ou não, confiar no protético

Então é preferível pesquisar um laboratório que faça a de micro-ondas porque dificilmente um laboratório deixa às 9h
do cozimento. Agora é imaginar como o processo vai acontecer, como o conjunto modelo, base de prova e acrílico,
cera e dente vão transformar em prótese total.

1) Pegar a mufla (mostrou ela fechada e aberta), divida em 3 partes:


a. Inteiro: é a parte de baixo, onde fixará o modelo
b. Muralha: usada par poder fechar junto com a tampa
c. Tampa

2) Fixar o modelo na parte inteira com o gesso, depois essa mufla será reutilizada, então tem que ter facilidade para
remover todo o gesso então antes de colocar o gesso tem que vaselinar, as 3 partes, já que vai gesso em tudo e é
preciso remover com facilidade

3) Preencher toda a parte de baixo da mufla com gesso comum devido a toda demuflagem do gesso, mas pode
fazer no gesso tipo III também

OBS: Previamente o modelo tem que estar hidratado para poder aderir ao gesso da mufla, pode fazer ranhura no
gesso para ter uma melhor retenção. É importante que na hora de mergulhar o gesso na mufla não cobrir a base de
prova, o gesso pode ir até o modelo, mas não cobrir a base de prova, é somente para a fixação do modelo.

4) Esperar o gesso cerca de 40minutos a 1hora que é o tempo de presa, de cristalização do gesso

5) Copiar a parte de dente, que é onde será preenchido por acrílico que é a parte que ficou para fora. Então fará o
preenchimento também com gesso por cima só que se colocar direto vai reter no gesso de cima, para isso
vaselinar o gesso. Passa vaselina em todo ele e começa a copia da parte de cima. Se derrame o gesso direto,
coloca a segunda parte da mufla aqui, a muralha, parafusa ela nessa parte, então dá para colocar o gesso, essa
muralha é para reter o gesso. Se jogar o gesso direto ele vai entrar nas ameias e será difícil abrir a mufla porque o
gesso entrará nas retenções então precisa proteger a parte de dente antes de jogar o gesso na parte de cima,
fazendo a MURALHA DE SILICONE: lembra a base pesada, todavia é mais densa, é uma silicona de
condensação laboratorial, essa muralha serve para proteger os dentes, toda parte vestibular e palatina. Ela ajuda
na demuflagem porque esse conjunto tem que ser aberto, sua função é somente para facilitar a demuflagem, ou
seja, abertura da mufla e deixando os dentes em posição.Se colocar a muralha de silicone na palatina, na
vestibular e na oclusal, a silicona como tem certa resiliência pode fazer o dente movimentar, e o gesso é rígido,
com isso deixa a ponta da incisal para fora pro gesso vir por cima e segurar o dente em posição, porque na hora
que are a mufla o dente fica para um lado e o resto para outro lado. Vai esvaziar perder toda a cera que fez, a
silicona está copiando toda a gengiva que fez na ceroplastia e está fixando todo o dente em posição. Silicoana:

Juliane Vieira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
34
Copiando gengiva na porção vestibular e na palatina. Deixa a incisal dos dentes para fora. Coloca a segunda
parte da mufla, a paredinha e coloca o gesso por cima da muralha de silicone.

6) Coloca em excesso e esperar o gesso tomar presa e ter certeza que tá preenchendo tudo. Vibração para não dar
bolha, reduzir as bolhas

7) Fecha a terceira parte da mufla, a tampa. Como colocou gesso em excesso é para ter certeza que preencheu
todos os espaços e o excesso tem que escoar.

8) Coloca numa prensa, o superior e o inferior, a prensa serve porque o gesso sofre expansão, então fica nela
durante uma hora até a presa final do gesso. Na prensa não deforma, tem estabilidade.

9) Gesso tomou presa, pega o conjunto da mufla e enfia em água quente, água fervendo, a TÉCNICA DA CERA
PERDIDA, toda aquela cera que está dentro da mufla que fez a escultura gengiva, copiando o dente ela está
copiada pela silicona, então tem que perder a cera para dar espaço para o acrílico. Coloca em água fervendo
para a cera derreter. As duas partes da mufla estão encaixadas, mas tem espaço entre o gesso e dá para ver ela
na água, mas toda parte da cera só sairá quando abrir, ela estará derretida e continua a jogar água quente e
derrete o resto. Só que o formato dela está copiado pela silicona e pelo o gesso, depois coloca acrílico no lugar da
cera.

10) Abertura da mufla, cera derretida, o dente está de ponta a cabeça e a incisal e oclusal está em baixo, e o acrílico
joga fora, que é a base de prova, o acrílico auto tem propriedades ruins então ele só serviu para base de prova
para provar no paciente. Então derreteu a cera joga a base de prova fora, o superior e o inferior. Dentes
mantidos em posição, o que foi colocado por último, a parte de gesso, a silicona que esta preenchendo a
vestibular e a palatina e o dente está de ponta cabeça. O dente está preso no silicone, quando abre está ao
contrário, é a outra parte, o modelo de um lado e os dentes de outro lado porque perdeu a base de prova.

11) Continua jogando água fervente no modelo para limpar toda a cera.

12) Processo de caracterização, de preencher com resina acrílica termoativada.

13) O dente é feito de acrílico, existe uma reação química de adesão entre o acrílico termo ativado e o dente, uma
reação química, resina com resina, mas para melhorar essa retenção é fazendo uma retenção mecânica. Faz
uns orifícios no dente para poder melhorar a rentenção, para além da adesão química tenha uma adesão por
embricamento mecânico com o orifício.

14) Sistema da clássico para poder fazer toda a caracterização.


a. Isolante de resina para a resina não aderir no modelo, é um isolante próprio para gesso e resina acrílica
(celac)
b. Passou o isolante e fez a retenção
c. Tem o rosa claro, rosa médio, vermelho, roxo, marrom e preto
d. Pêlos (lã) para imitar os vasos periféricos

Juliane Vieira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
35
e. Fundo de vestíbulo transparente e o palato incolor, mas a caracterização é feito igual escultura. Primeiro
pode fazer bossa canina, o osso alveolar quando é mais proeminente ele é mais isquêmico, usando rosa
mais claro, gengiva inserida.

15) Preenche com incolor depois da caracterização

16) Fecha a mufla para limitar o espaço da cera

17) Volta para a prensa

18) Faz o cozimento dela por 9h, completa o ciclo de polimerização. OBS: Se for para o micro-ondas tem essas
etapas, mas é uma mufla refratária.

19) Abre a mufla, como fez a muralha de silicone ela abre com facilidade entre os dentes Prótese praticamente
pronta, faltando somente o acabamento e o polimento, pois está sem brilho e vida ainda.

20) Tira tudo do conjunto para remover a prótese

21) Acabamento e Polimento, pois ela ainda está com rebarba, excesso do acrílico. Protético vai usar as fresas, as
brocas mais adequadas, max e mini cute, as pastas de polimento. O acabamento tira todo o excesso, toda borda
da prótese tem que estar arredondada para não cortar o paciente. Fazer o polimento, o torno com disco de feltro,
a pedra-pomes, o branco de espanha, pasta de polimento para dar o brilho. Segredo do torno é o movimento
intermitente e leve, passa rápido e tira, só tangenciando que aí dá o brilho que se quer. Pasta abrasiva e dá o
brilho que se quer.

Juliane Vieira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
36
ENTREGA DA PROTESE E CUIDADOS POSTERIORES
90% dos pacientes que usam PT são idosos, e por isso temos um fator muito importante que é a característica de um
paciente idoso, sendo muito difícil acrescentar novos hábitos principalmente àqueles que acreditam em próteses
antigas de mais de cinco anos, ou que as mesmas devem machucar ou que essa PT tem que “calejar”. E a PT é assim,
pois o primeiro sinal do organismo que diz que tem algo errado é a dor, que com o tempo pode aparecer uma ulcera
traumática. A primeira intensão quando se instala uma PT é uma nova extensão da área chapeável, propondo uma
nova conclusão.

Na hora da entrega e instalação da PT precisamos analisar, ajustar e orientar o paciente:

1. BORDAS (se ela estiver sobre estendida é só desgastar, agora se ela estiver aquém é um erro porque ela está alta,
não sendo ideal, o ideal seria reigazar com termo e fizesse tudo novamente, mas ainda tem como ser contornado
colocando uma resina alta, ou seja, é preferível excesso do que faltar pois será desgastado). Na borda da prótese
temos que avaliar todo o tecido que circunda a borda da prótese, ou seja, a relação com tecidos circunjacentes em:

 Abertura de boca - Quando se coloca a prótese temos que testar se terá dinâmica. ou estática para vê se ela se
soltará, caso ela estiver parada em estática e tiver alguma interferência na estática sabemos que esse tem
interferência de freio, brida ou musculo. Então temos que simular a abertura e fechamento da boca do paciente. Na
hora que o paciente abre a boca, em abertura máxima, principalmente no ligamento pterigomaxilar que se localiza
na região de sulco hamular se a PT estiver invadindo na hora que ele abrir a boca, esse ligamento vai esticar e vai
soltar a PT, então terei de fazer um alívio nessa região do ligamento pterigomaxilar, um “V”, desgastando aonde tem
a interferência.

# Não é necessário retirar a PT para dormir, pois ela mantem todo o equilíbrio musculo-esqueletal, assim como o
estimulo do osso de sustentação. Mas se for retirada pra dormir o ideal é que seja colocada na agua para estar sempre
hidratada, lembrando que se deve dizer ao paciente sobre a coesão e adesão de uma fina película de saliva, e mostrar
a ele que quando você coloca a PT não tem esses fatores e disser para colocar um pouco de saliva na prótese para ter
esse firmamento.

 Deglutição - Interferência na musculatura ou limite posterior, indo para palato mole, ela não pode se movimentar
porque se não o paciente no momento da deglutição vai sentir ânsia de vômito.

 Movimentos da língua – prótese inferior: Para se ter o movimento funcional da língua a língua tem que ficar dentro
da boca. Não existe movimento funcional com a língua para fora da boca. Então o movimento da língua é
TUBERCULO DO LÁBIO – COMISSURA – COMISSURA. Se ele coloca a língua pra fora ela pode se soltar.

 Tração de lábios e bochecha - A PT inferior não tem retenção e sim estabilidade, ficando em uma zona neutra
entre língua e bochecha. E a PT superior de lábio e bochecha deve ficar conforme a relação estática, se
movimentar é alguma interferência e se deve desgastar e conforme se desgasta arredonda a borda e vai polindo.

 Tração anterior – Movimentos que se faz com lábio e bochecha, sendo tração anterior superior e inferior.

 Tração buco-vestibular – Movimentos que se faz com lábio e bochecha, então estica a bochecha para fora.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
37
 Pressão lateral – Principalmente em PT superior posterior, pois a anterior não se realiza muito devido a resiliência
muito grande nessa região e se for realizado uma pressão ira se soltar atrás de qualquer maneira, então quando a
PT está em estática e já foi verificado todos os movimentos, vamos verificar se tem vedamento periférico no espaço
coronomaxilar e com o polegar apertar do lado direito e não pode soltar o lado esquerdo (vice-versa). Se soltar? Ou
está com uma sobre extensão (retira então material) ou está faltando material (que terá que ou refazer ou realizar
uma resina alta, não vedou = não chegou ao limite da área chapeável).

2. RELAÇÕES MAXILO-MANDIBULARES (sentido vertical: DVO; sentido horizontal: ROC).


 Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) – Com o compasso de wyllis vai conferir a DVO e a ROC (Pede pro
paciente colocar a língua lá no palato e fechar), para está correta e não ter nenhum erro.
 Relação Central

# Se for uma DVO – aumentada ou diminuída ou uma ROC – começar refazer tudo novamente.

 AJUSTES OCLUSAIS EM POSIÇÃO CENTRICA E EXCÊNTRICA


 Abertura e Fechamento – Com o carbono vai ser verificado a relação cêntrica e excêntrica. Geralmente o
contato deve ser cúspide e fossa, ou tripoidismo (tocando três partes), mas não se pode tocar primeiro o lado
direito e escorregar para o lado esquerdo, sinal que aquele toque é uma interferência, sendo desgastado
sempre em vertente e nunca em ponta de cúspide.
 Lateralidade direita e esquerda – Realizado com o carbono e verifica se tocou o canino no lado de trabalho
e pelo menos mais um dente posterior. No lado de balanceio tem que tocar dois dentes, um mais anterior e
outro mais posterior. Sendo a oclusão bilateral balanceada para dar estabilidade para prótese.
 Protrusão – Realiza o toque anterior e deve tocar pelo menos dois pontos posteriores, para ter estabilidade
da prótese.

# Porque a oclusão tem que ser rasa? Se o paciente tivesse um trespasse vertical grande, teria de abrir muito pra fazer
guia anterior e como resultado a desoclusão, por isso faço uma oclusão rasa, para que as guias de desoclusão anterior
e canino não tenham desoclusão nenhuma nem fulcro e sim estabilidade, a oclusão em PT é rasa e as cúspides quase
planas em 20°.

3. HIGIENIZAÇÃO
o Remoção e higienização após refeições – todas e sempre.
o Massagear e higienizar a gengiva língua palato
o Escovas apropriadas – escova dura para escovação da prótese (escova de lavar instrumental) e escova
macia para dentes remanescentes. Jamais escovar no banho pois se cair pode ter o risco de quebrar.
o Substâncias químicas – corega tabs → hipoclorito de sódio solução de Milton; não pode ser usado em PPR
por ser metal, só usa em acrílico. Clorexidina deixa manchas marrons na prótese.
o Sabão neutro – de glicerina. Não usar dentifrícios (abrasão).
o Frequência – tanto de alimentação quanto a higienização sendo proporcional ao dente, então todas as vezes
que se alimentar higienizar a prótese.
o Motivação – Se baseia na conscientização e uso de prótese como a consulta periódica (avisando sobre o
uso de prótese de 20 anos que favorece a reabsorção óssea contínua, mostrando que a necessidade dessa
prótese é de 5 anos).

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Prótese I
38
39
DENTES INCLUSOS
São elementos dentários que mesmo completamente desenvolvidos não fizeram sua erupção, permanecendo total ou
parcialmente no interior do tecido ósseo (os dentes inclusos são geralmente cobertos apenas por tecido mole ou por
uma fina camada de osso).

ETIOLOGIA:
 Alimentação moderna com deficiente estimulo mastigatório.
 Eficiência da odontologia preventiva.

FATORES ETIOLÓGICOS LOCAIS:


 Falta de espaço nas arcadas;
 Dentes volumosos;
 Resistência óssea (onde faz-se cirurgia no osso para que o dente se rompa – enólise: barreira que o organismo
forma) ou fibromucosa.
 Resistência mecânica impactação
 Dentes supranumerários (por resistência mecânica um elemento dentário não rompe, tendo como solução a
remoção do dente);
 Anquilose decídua  todo dente c/ infra-oclusão é anquilosado - O cemento do dente decíduo, por força
mastigatória, gruda no osso impedindo que o dente permanente se rompa. Quando remove-se o decíduo por meio
cirúrgico, já que está grudado no osso, deve-se manter o espaço através de ortodontia para que o permanente se
rompa – todo dente tratado endodonticamente =anquilose.

ETIOPATOGENIA:
 Fatores Sistêmicos:
o Hereditariedade;
o Afecções distróficas (sífilis, tuberculose) – onde o osso se torna mais compacto;
o Síndromes congênitas;
o Distúrbios metabolismo do Ca  Raquitismo - Mineralização inadequada do osso;
o Distúrbios endócrinos: Disostose Cleidocraniana.
Os terceiros molares são os mais frequente impactados porque são os últimos dentes a erupcionar, portanto, existe
maior probabilidade de haver espaço inadequado para erupção.

INCIDÊNCIA DAS INCLUSÕES:


1. 3° molares inf. – últimos dentes a nascerem 38 e 48;
2. 3° molares sup. – 18 e 28 (osso compacto)
3. Caninos sup. – 13 e 23
4. Incisivos centrais sup. (ocorre muito nos elementos 51 e 61 de crianças, já que devido a trauma na fase de
aprendizagem de andar, o dente gruda no osso impedindo que o permanente se rompa); Dentes
Supranumerários.
5. Caninos inf. – 33 e 43; Pré molares inf. – 34, 35, 44 e 45; Incisivos lat. Inf. – 32 e 42;
6. Pré molares sup. – 14, 15, 24, 25; 2° molares inf – 37 e 47.
7. Incisivos inf. – 31, 41, 32 e 42;
8. 1° molares. – nascem atrás dos decíduos
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
40
MANIFESTAÇÕES LOCAIS:
 Distúrbio oclusal;
 Comprometimento adjacente: cárie  quando um 3º molar esta total ou parcialmente impactado, a face distal do
2º molar, assim como o terceiro molar, podem ficar expostas as bactérias causadoras da carie;
 Comprometimento adjacente: reabsorção externa;
 Comprometimento adjacente: reabsorção interna;
 Predisposição a fraturas;
 Processos patológicos inflamatórios  pericoronarite;
 Processos patológicos degenerativos  cisto dentígero;
 Processo patológico neoplásico  tumor maligno.

MANIFESTAÇÕES À DISTÂNCIA:
 Distúrbios ATM;
 Manifestações neurológicas
 Distúrbios visuais e auditivos
 Estresse

CLASSIFICAÇÃO:
1. Quanto a Localização:
 Semi-incluso  parte erupcionada e outra não;
 Inclusão submucosa  parte dele na mucosa, já rompeu a barreira óssea mas não é observada na cavidade;
 Inclusão intra-óssea  totalmente no osso;

2. Quanto a Posição:
 Vertical;
 Horizontal;
 Vetibularizado;
 Lingualizado.;
 Apical ou invertido;
 Ectópico  fora do arco dental.

CONTRA INDICAÇÃO: Extremos de idade: em pacientes mais velhos sem sinais de doença e que tem uma cobertura
óssea detectável radiograficamente.

DIAGNOSTICO:
Sinais: são visíveis clinicamente (ausência clinica do permanente, semi-oclusão, retenção decídua, abaulamento
ósseo, apinhamento dentário).
Sintomas: O paciente sente (desconforto, sensação de pressão e dor; podendo também apresentar algias, neuragias,
dores reflexas, dentes sinálgicos (dentes sensíveis), enfartamento ganglionar).

PLANEJAMENTO CIRÚRGICO: Avaliação pré-operatória = estudo radiográfico (imagem de baixa qualidade podendo
comprometer seu planejamento e prejudicar profissionalmente); exame de sangue (leucócitos-hemácia; plaqueta baixa
pode ocorrer hemorragia), parecer; consulta pré-anestésica.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
41
TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR X CIRÚRGICO RADICAL

TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR: é o aproveitamento de dentes inclusos na arcada, através dos:

 ULECTOMIAS: São procedimentos realizados em dentes inclusos submucosos, com posicionamento favorável de
erupção e que estejam dentro da cronologia de erupção, ou seja, tenham ainda força eruptiva.
 Ápice aberto em radiografia está em erupção.
 Dente dentro da mucosa.

O procedimento consiste em expor (no mínimo) o terço incisal ou oclusal, removendo para isto tecidos moles
(deslocando a gengiva) e duros que receberam com uma incisão em U, H, X ou V

A ulectomia, é uma incisão em H, tem que fazer a incisão e descolar o dente da mucosa, tem que abir, expor a coroa
porque se não deslocar apenas fazer a incisão uma mucosa com a outra acaba cicatrizando, depois disso abrimos a
aba da mucosa tanto V quanto P na V é mais fácil porque tem menos tecido ósseo, alguns casos temos que realizar
pontos de hemostasia em U ou X, são exemplos. A profundidade do corte e na exposição da coroa é de +/- até o terço
incisal. Quando tem muito sangramento é ponto continuo simples. As causas são trauma; perda de dentes decíduos
precoce. No entanto as ulectomias as incisões podem ser em V ou em cunha ou H, X.

Incisão em H | V | - | P | faz-se dois traços contínuos, expondo o terço incisal do elemento que estava submucoso. O
desenvolvimento do ápice faz com que haja erupção do dente, onde o mesmo desce e ocupa o espaço no arco. Há
também a incisão em V e em T.

Para que seja feita uma ULECTOMIA é necessário que o dente esteja submucoso, com posicionamento favorável de
erupção e que o mesmo esteja dentro da cronologia de erupção. (PROVA)

 CIRURGIA PARA TRAÇÃO ORTODÔNTICA: Procedimento cirúrgico realizado em dentes inclusos fora da força da
cronologia de erupção, ou seja, sem força eruptiva, com posicionamento favorável ou não, com objetivo de tracioná-lo
mecanicamente até seu lugar fisiológico.
- Dentes sem força de erupção.
- Espaço de erupção disponível.

TRAÇÃO ORTODÔNTICA - CLASSIFICAÇÃO


1) Colagem - Colagem de dispositivo para tração ortodôntica: O procedimento consiste no acesso cirúrgico ao dente
incluso, e na colagem de um acessório ortodôntico para se fazer o tracionamento mecânico até o seu lugar
fisiológico. (brackett com tela e fio de aço; brackett com/ fio de aço). Feita com RC fotopolimerizáveis, não é fácil,
pois a RC não adere no molhado. Sempre da à preferencia pra este, pois não é invasivo.

2) Laçagem: Passa o fio no colo dentário – acesso um pouco alto.

3) Transfixação: Consiste na perfuração da coroa do dente incluso com uma broca esférica de baixo calibre, o
problema é que tem que se restaurar depois.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
42
TRATAMENTO CIRÚRGICO RADICAL: Consiste na remoção do dente incluso que não poderá ser aproveitados nos
arcos dentais.

TÉCNICA OPERATÓRIA:
Anestesia; Acesso cirúrgico: - Osteotoma;
- Impacto X rotatório.

Baixa imunidade = infecção. (cândida, stafilococcus, infecção urinária, aparecem não só na boca como no corpo todo).
Um tubete é o suficiente para fazer um bloqueio de 3 a 4 horas; Infiltração do anestésico; Incisão, a incisão sobre o
nervo pode trazer um problema permanente ou não; Desinserção (deslocamento); Deslocamento do periósteo mais
sem causar a lesão porque deve voltar; Retirar o elemento dentário; Lavar aonde estava o dente; Remover a cápsula
pericoronária, deixando uma cavidade limpa, apenas com coagulo sanguíneo para que daqui uns 2 meses os
osteoblastos trabalhem e formem osso nessa cavidade. Em osteotomia existe duas técnicas: Impacto; Rotatório
(evoluiu muito nos últimos anos).

OSTEOTOMIA: Abertura óssea apara remoção do elemento dentário. Impacto com utilização do martelo e Rotatório
com utilização do motor. Quando o diâmetro é mésio distal a osteotomia deve ser maior do dente.

 Impacto:
Vantagem: Cadeia séptica (seguro) com poucos itens - só cinzel e martelo estéril.
Desvantagem: O paciente sente o eco e recoa na cavidade do paciente sendo bastante desagradável e trauma.
Apoio: Cinzel posicionado a 90º - osteotomia a 45º.

 Rotatório:
Vantagem: Não tem um barulho pra ficar se fazendo na cabeça do paciente mais lisa, mais linear.
Baixa Rotação: Utilizado perto de dentes vitais que serão aproveitados no arco, porque se encostar na raiz ou no
esmalte não irá desgastar. Ponta reta (broca n°8 para peça de mão).
Alta Rotação: Mais rápida, deve haver grande domínio da equipe para que não corte demais brocas cirúrgicas, cuidado
para não encostar no dente vizinho intacto ou cortar mais osso que o necessário (tronco cônica dentiada, 8,
multilaminada).
Desvantagem: Tudo estéril - Cadeia séptica em muitos instrumentos.

ODONTOSECÇÃO: Consiste na segmentação do elemento dental com objetivo de não realizar força excessiva e
restringir a cavidade de acesso.

FRENECTOMIA
CONCEITO: É o procedimento cirúrgico que corrige as hipertrofias fisiológicas dos freios anatômicos da cavidade
bucal. (Eventualmente esses freios podem sofrer alterações e no caso teram que ser retirados. Ex: Diastema em
criança causado pelo freio labial superior e tem a hipertrofia do freio labial superior; hipertrofia do freio lingual – língua
presa)

A saber:
 Freio labial superior;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
43
 Freio labial inferior;
 Freio lingual.

FRENECTOMIA é a remoção cirúrgica do freio lingual ou labial. Esse procedimento é realizado quando o freio causa
retração gengival, diastemas, dificuldades de higienização e problemas periodontais (ou oclusais).

FREIO LABIAL SUPERIOR


CONCEITO: É uma estrutura anatômica de constituição fibrosa, que limita fisiologicamente os movimentos labiais.
Insere-se na mucosa labial anteriormente na papila palatina posteriormente. (Os incisivos não conseguem ficar juntos,
ocorrendo diastema).

INDICAÇÃO CIRÚRGICA:
 Diastema mediano superior; (é crescente, diastema antero-superior tem formato de “V”)
 Limitação excessiva do lábio superior;
 Interferência na estabilidade da prótese superior.

OPORTUNIDADE CIRÚRGICA: Antes ou durante a troca dos incisivos centrais superiores, ou seja, por volta dos seis
anos. (depois dessa fase, terá que ser realizado por ortodontia, no entanto junção mecânica do freio com aparelho trará
inflamação, perda óssea e com o tempo irá inflamar novamente).

DIAGNÓSTICO: Freio labial superior em formato de leque ao tracionarmos o lábio antero-posteriormente.

PROCEDIMENTO CIRÚRGICO: Promovem-se incisões nos limites do freio, em formato de losango alongado, desde
seu limite anterior até a papila. Realiza-se a sua remoção, e então se promove a síntese da ferida cirúrgica. (O lábio
promove a limpeza fisiológica e com o freio terá uma probabilidade de acumulo de placa bacteriana, temos cicatrização
por primeira e segunda intensão, não se sutura a área posterior (papila) para não ocorrer a reinserção com a anterior, e
na vestibular se sutura para cicatrizar mais rápido assim o freio não volta.)

TEMPOS OPERATÓRIOS:
 Anestesia (por bloqueio, 2 forames infraorbitário bilateral + forame palatino; fazer a anestesia infiltrativa enche de
forma que não dá para visualizar a hipertrofia, mas é possível).
 Incisão (formato de lozangolo)
 Descolamento
 Exérese
 Divulsão (separação do tec. e do tec. glandular)
 Sutura - ponto duplo em “U” na papila incisiva – 1º ponto
 Hemostasia (papila incisiva)

 Sutura – depois do 1º ponto no meio da área, dar ponto no meio da área superior para servir de referência.
 Depois da exérese, fazer descolamento da mucosa vestibular com a tesoura (colocar a ponta fechada dentro
da mucosa e abri-la para depois suturá-la).

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
44
FREIO LABIAL INFERIOR
CONCEITO: É da mesma forma que o superior, um tecido fibroso que limita a mobilidade do lábio inferior. Insere-se na
mucosa labial anteriormente, e na linha média inferior a nível do periósteo, posteriormente. (não se insere na lingual.)

INDICAÇÃO CIRÚRGICA:
 Frenestração periodontal;
 Interferência na estabilidade da prótese inferior. (hipertrofia do freio)

OPORTUNIDADE CIRÚRGICA: A qualquer idade, o mais precocemente possível. (Para evitar retração gengival.)

TÉCNICA OPERATÓRIA: Semelhante à anterior, atentando para a remoção total até o nível do terço médio da
mandíbula.

 Se ficar alguma glândula na área de sutura, deve-se remover para evitar formação de mucocele.
 Suturar na área do lábio, no terço médio cimento cirúrgico.
 Como na superior, deve-se iniciar a cirurgia com a apreensão do freio com a pinça e recortá-lo, ir até o
periósteo.

FREIO LINGUAL
CONCEITO: É constituído por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas e elásticas, células adiposas, fibras
musculares e vasos sanguíneos, tudo revestido por epitélio pavimentoso estratificado.

INSERÇÃO: Insere-se na porção central do ventre lingual e no assoalho bucal.

DIAGNÓSTICO: A projeção do órgão lingual externamente ou ao palato, observam-se: Impossibilidade funcional


(impossibilidade de levantar a língua até o palato ou projeção da língua) e formato bífido.

INDICAÇÃO CIRÚRGICA:
 Anquiloglossia;
 Distúrbio da fala.

OPORTUNIDADE CIRÚRGICA: Antes do início da fala, ou seja, antes dos dois anos de idade.
 Usar duas pinças: uma colocada na inserção posterior do assoalho e outra na anterior da língua.
 Cortar até onde iniciar sangramento (freio é isquêmico).
 Fazer dois pontos em “U”, um em cada inserção, se necessário, um ponto simples no meio.
 Anestesiar os dois nervos linguais, podendo ser por infiltrativa só que a desvantagem é que ele pode se
deformar, ou por bloqueio abaixo do 2º e 3º molar.
 Tomar cuidado para não pegar o ducto excretor da língua durante a sutura.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
45
Fernanda dos Santos Lacerda UNIFOA
Fernanda dos Santos Lacerda UNIFOA
CRO: 201410232
CRO: 201410232
DECLARAÇÃO
ATESTADO
Nome: José da Silva
Atesto para fins trabalhistas/escolares, que o Sr. José da
Silva, submeteu a tratamento cirúrgico oral (ou exodontias), Declaro que o paciente acima esteve sob os meus cuidados
devido permanecer afastado de suas atividades por 3 (três) profissionais nesta data no período de 19:00 as 22:00.
dias a partir desta data.

Volta Redonda, 22 de março de 2016 Volta Redonda, 22 de março de 2016

Assinatura
Assinatura
____________________
Dr. Fernanda dos Santos Lacerda ____________________
CRO: 201410232 Dr. Fernanda dos Santos Lacerda
CRO: 201410232

Fernanda dos Santos Lacerda UNIFOA Fernanda dos Santos Lacerda UNIFOA
CRO: 201410232 CRO: 201410232
DECLARAÇÃO RECEITUÁRIO
José da Silva
Nome: José da Silva
Uso Oral:
Declaro que o paciente submeteu-se a procedimento
cirúrgico oral, estando impossibilitado de exercer atividades - Amoxicilina (500 mg) ------------- 21 comprimidos ou 1 caixa
físicas por 15 (quinze) dias a partir desta data. Tomar 1 comprimido em 8/8 horas por 7 dias.

- Diclofenaco de Sódio (50 mg) --------------------------- 1 caixa.


Volta Redonda, 22 de março de 2016 Tomar 1 comprimido de 8/8 horas por 3 dias.

Assinatura - Dipirona Sódica (500 mg) ---------------------- 8 comprimidos.


____________________ Tomar 1 comprimido de 6/6 horas por 2 dias, ou em caso de
Dr. Fernanda dos Santos Lacerda dor.
CRO: 201410232
OBS: Ao invés de se dá dipirona podemos optar pela Volta Redonda, 22 de março de 2016
novalgina, e ao invés de comprimido podemos optar pelo
gotas, sendo que 40 gotas é referente a 1 comprimido. Assinatura

- Novalgina (500 mg) ---------------- 1 frasco. ____________________

Tomar 40 gotas de 6/6 horas, diluída em meio copo de água Dr. Fernanda dos Santos Lacerda
CRO: 201410232
filtrada.
Fernanda dos Santos Lacerda UNIFOA
CRO: 201410232
ENCAMINHAMENTO AS CLÍNICAS
José da Silva
À cardiologia,
Encaminho o Sr. José da Silva, com história de hipertensão, solicitando avaliação e parecer, pois o paciente necessita
submeter-se à cirurgia oral sob anestesia locoregional.
Atenciosamente.
Volta Redonda, 22 de março de 2016
Assinatura
____________________
Dr. Fernanda dos Santos Lacerda
CRO: 201410232

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
46
TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS LESÕES PERIAPICAIS
CONCEITO: Pericopatias - são processos infecciosos localizados na região periapical dos elementos dentários, que
proliferam e promovem osteolise na zona periapical.

A zona periapical é a zona de maior drenagem sanguínea, Se não tratar o canal vai crescendo no ápice uma lesão
cística até formar por exemplo uma fístula. O correto então é fazer a endo (tratamento do canal). O processo então
vai regredindo até que seja reabsorvido, porém o dente sem a polpa torna se mais friável, mais fácil de quebrar. Faz
o tratamento endodôntico e acompanha a lesão de 3 a 6 meses para ver se realmente regrediu. Mas, tem casos que
esses tratamentos endodônticos podem ser feitos de forma errada, ou possui bactérias resistentes, e esses
processos não pegam e as bactérias permanecem e se proliferam, crescendo e invadindo o tecido ósseo e forma a
lesão periapical interferindo nos elementos vizinhos comprometendo a vitalidade dos dentes vizinhos e do osso.
Então devemos fazer a incisão, levanta a gengiva, abrir o osso, curetar o processo (raspando a infecção), amputar o
1
ápice que está contaminado (mais de /3 fragiliza o dente – retirar o segmento infectado ao nível da lesão), abrir a
cavidade e fazer obturação retrógrada preenchendo com material restaurador. Se não der certo faz Exodontia.

DIAGNOSTICO:
 Sinais Clinicos: Alteração de cor; Presença de fístula de drenagem; Abscesso.
 Comprovação Radiográfica

TRATAMENTO:
 Cirúrgico Conservador  endodontia - raspar, curetar, tira um pedaço do organismo preenche com o tempo, veda;
 Cirúrgico Radical  exodontias.

INDICAÇÕES AO TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR:


 Retenção protética superdimensionada;
 Curvaturas acentuadas de raízes;
 Perfuração acidental de raízes durante manipulação endodôntica;
 Extravasamento de material obturador;
 Impossibilidade de conduta clinica conservadora;
 Como complementação ao tratamento clínico

CONTRA INDICAÇÕES AO TRATAMENTO CIRÚRGICO:


 Periodontopatias
 Raízes curtas
 Dificuldade acesso anatômico  visão
 Comprometimento sistêmico

# A raiz tem que ser pelo menos do mesmo tamanho do que a coroa.

FASE PRELIMINAR: Preparo do dente - endodontia  bem tratado, desinfetado, tudo certinho

TEMPOS OPERATÓRIOS:
 Curetagem periapical
 Apicectomia
 Obturação retrograda
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
47
FASE CIRÚRGICA - Planejamento da incisão:
 Newman: Indicado para pacientes jovens e que não tenham problema periodontal (reabsorção,
retração periodontal, coroas protéticas); Realiza duas incisões obliquas recorrendo as papilas
interdentais.
 Wassmund: Indicado para paciente idoso, portadores de problemas periodontais, portador de coroa
protética; Feito acima da gengiva inserida.
 Partsch: Incisão semilunar, não é muito usada; Descolamento a nível do periodonto sem promover
dilaceração.

1. Descolamento e rebatimento do retalho


2. Osteotomia de acesso baixa rotação, ponta reta porque se encostar na raiz do dente vizinho não tem problema
3. Curetagem  até ficar todo limpo, removendo todo o processo infeccioso
4. Apicectomia  usar alta rotação, a baixa rotação trepida podendo comprometer o dente, sendo de forma rápida,
vou amputar o ápice que está contaminado, ao nível da lesão.
5. Obturação retrograda  vou fazer uma obturação sempre em direção do conduto, de cima para baixo com
material retro-obturador, obliteração do conduto radicular por uma retro obturação após a apicectomia e
curetagem, usa o CIV ou outro material que se tenha um bom vedamento do conduto endodôntico por via cirúrgica
apical com material biocompativel e reabsorvível.
6. Sutura  ponto simples isolados

# Preenche com gaze ao redor do ápice senão cai material restaurador na cavidade dando ao RX aspecto de céu
estrelado.

PÓS OPERATÓRIO: Fazer controle imediato (até 10 dias), mediato (até dois anos proservação); Controle radiográfico
(10, 20, 30, 60, 180 dias)

TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS CISTO E PSEUDOCISTO


CONCEITO: Cisto - é um saco fechado composto por uma membrana fibroepitelial e por liquido interno rico em cristais
de colesterol. Pseudocistos - lesão patológica que simula aspectos clínicos e imaginologicos dos cistos, sem
apresentar membrana e cristais de colesterol (falso cisto).

# Como o cisto se forma? Nós temos um grupo de células que vivem em equilíbrio em nosso organismo recebendo
todos os nutrientes e estímulos da periferia, no entanto em algum momento ele acabou sofrendo estimulo físico
químico ou biológico, e devido a isso vão se proliferando e crescendo mediante aquela região, e as células centrais
devido à proliferação não terão nutrientes necessários porque recebem esses nutrientes de fora para dentro, e se
essas células centrais tem um déficit de nutrientes ou não recebem nutrientes elas morrem e quando essas células
morrem obtém um produto que é por líquido (água – inorgânica) e cristais de colesterol (produto orgânico), então
quanto mais células periféricas cresce mais centrais morrem e interferem nas estruturas moles e o organismo identifica
e envia fibroblastos para que aja alguma resistência, só que eles não conseguem porque a pressão osmótica é maior
dentro do que fora, então pede ajuda aos osteócitos para tentar segurar o crescimento dessa lesão, interferindo no
processo patológico então o cisto apresenta um raio x de área bem delimitada com alo radiopaco (esse RO é os
osteócitos). Líquido com cristais de colesterol/Epitélio/Fribroblasto/Osteócitos.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
48
CLASSIFICAÇÃO: Cistos Ósseos ou Tecidos Duros
Foliculares Radiculares Diversos
- Primordial - Periapical - Nasopalatino
- Dentígero - Lateral - Palatino Mediano
- Multilocular - Residual - Globulo – Maxilar
- Mandibular - Mediano

CLASSIFICAÇÃO: Cistos Tegumentares ou Tecidos Moles


Embrionários Adquiridos
- Nasoalveolar ou Nasolabial - Sebáceos
- Tireoglosso

CLASSIFICAÇÃO: Pseudocistos
Ósseos ou Tecido Duro Tegumentares ou Tecido Mole
- Hemorrágico, traumático ou solitário do osso - Mucocele
- Aneurismático - Rânula

TRATAMENTO:
 Enucleação: É a remoção total dos componentes císticos ou pseudocisticos. (99% dos casos do tratamento do
cisto. Faz uma incisão e depois remove toda a lesão e encaminha para o estudo histopatológico).
 Marsupialização: Consiste na descompressão e aproveitamento do assoalho da lesão (cápsula fibroeptelial –
descomprime pra depois fazer a enucleação). Obs.: se faz quando há lesão muito extensa onde há risco de
remoção de tecidos nobres pela cirurgia. Deixamos aberto tendo uma cicatrização por 2º intensão, feita ao redor
de toda extensão com ponto simples individualmente.

TÉCNICA CIRÚRGICA:
 Aspiração positiva;
 Incisão;
 Descolamento do retalho;
 Trepanação óssea;
 Abertura do cisto, seccionamento da membrana cística, coleta de material para a biópsia;
 Sutura da cápsula cística na mucosa gengival (pontos simples).

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
49
COLEÇÕES PURULENTAS
CONCEITO: São produtos produzidos por lesões infecciosas e seus produtos de degradação contidos nos tecidos,
comunicando ou não com o meio externo através de processos fistulosos.

O microorganismo invade o organismo, o organismo por sua vez manda defesa e entra “numa verdadeira guerra” M.O
e o tecido de defesa, quando eles se degradam, batem um no outro, destroem uns aos outros produzem toxinas e os
produtos de degradação, os cadáveres. Produzindo toxinas vão destruir as células e os tecidos adjacentes, sejam eles
conjuntivos, epiteliais, musculares, ossos, enfim essa guerra produz uma coleção que ficará confinada no tecido e ele,
assim como o rio procurará encontrar o mar, essa coleção procurará o mar, podendo sair pelo rompimento da mucosa
e sair pela boca ou pode sair rompendo o epitélio, a pele e sair pela face por um lugar de menor resistência. E essa
saída seja na pele ou mucosa, denominamos de FÍSTULA, que é onde sai, onde drena esses tecidos de degradação.

PATOGÊNESE: A partir de lesão primária principalmente odontogênica, a infecção alcança espaços teciduais. Podem
ser localizada (margens bem definidas, somos capazes de delimitar a sua extensão) ou difusa (margens não definidas,
ou seja, infiltram, impregnam no tecido e não somos capazes de ver onde termina ou inicia o processo infeccioso). 80%
de origem odontogênica (origem do órgão dental e seus derivados, e a infecção alcança os espaços teciduais).

MANIFESTAÇÕES: São diferentes de indivíduo para indivíduo, então uma reação que uma pessoa tem a um
determinado tipo de infecção é diferente da outra. Existem três fatores fundamentais que irá determinar o grau de
agressividade da infecção, visto que a infecção pode ser branda e, ás vezes, o próprio organismo consegue eliminar ou
ela pode estar de tamanha forma agredida e o indivíduo precisa ser medicado e intervir cirurgicamente ou até mesmo
hospitalizar o paciente. Dependem:

1. MICRORGANISMO – Virulência (poder de agressividade → quanto mais agressivo e destrutivo mais virulento) do
m.o.
 Quanto mais virulento, mais agressivo e mais destrutivo.
 Estafilococos e demais anaeróbicos. (Os m.o de um modo geral precisam de oxigênio no seu metabolismo,
quando eles aprofundam no tecido ficando mais intimamente nas entranhas do tecido, diminui a quantidade de
oxigênio ficando menos virulento, ou seja, menos forte, menos agressivo. Devido os estafilococos e demais
anaeróbicos não precisarem de O2 para sua metabolização, eles ficarão altamente destrutivo, pois poderá
atingir os pontos mais profundos, mais íntimos e não morrerá, não enfraquecerá continuando destruindo sem
parar e cada vez mais, tendo um poder mais destrutivo no aparelho estomatognático).

# Muitos dos tratamentos, das lesões periodontais e infecções estomatológicas e etc., eram/são tratadas e limpas com
água oxigenadas para o tratamento da sepse, porque os m.o são anaeróbicos e quando coloca a água oxigenada terá
uma hiperoxigenação e irá destruir os Estafilococos e demais anaeróbicos.

# O vírus geralmente agride mais rapidamente e de forma destrutiva, por isso denomina-se de virulento.

2. ESTADO GERAL DO PACIENTE – Resistência ou Debilidade (porque se ele for um paciente sadio a reação
será diferente de um paciente de idade que tem debilidades físicas ou sistêmicas).
 Nutrição  o paciente tem que estar bem nutrido, é muito frequente olhar pessoas aparentemente sadias e as
infecções agirem de uma forma extremamente agressiva porque, muita das vezes, as pessoas estão
DD

Juliane Vieira / Rebecca Marcelino– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
50
preocupadas em fazer dietas e manter a forma, nisso quando selecionam o tipo de alimentação estão
mantendo a forma sim, mas estão diminuindo o poder de reação a infecção.
 Processo Patológico Sistêmico  praticamente a metade da população brasileira, tem diabetes, principalmente
obesos, sedentário, fumante e etc., pacientes diabéticos além de terem prejuízo natural nas reações, às
agressividades também passam a ser um nicho ideal para a proliferação microbiana, pois as células estarão
cheias de glicose e a glicose são altamente nutrientes, energéticas, com isso, esses pacientes além de ter
dificuldade no combate do m.o também viabiliza que o m.o se energize contra ele mesmo. Assim como outras
afecções imunológicas, como AIDS, tuberculose.
 Higiene  o m.o. não gosta de limpeza, não se proliferando bem, priorizando um lugar sujo, então os
indivíduos que não se higienizam corretamente são mais propensas às proliferações e ações microbianas.

3. LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA – Estruturas e espaços anatômicos (se tiver com infecção nas estruturas ósseas
o próprio corpo irá fazer com que haja uma limitação na expansão da lesão, porém se ele tiver num espaço, por
exemplo, o glosso-supra-hióide, ele vai se expandir com uma rapidez enorme visto que não terá nenhum tipo de
resistência anatômica, então a manifestação depende do potencial de resistência do órgão ou a localização
anatômica vai oferecer).
 Ossos  muito mineralizados, logo vai oferecer uma maior resistência.
 Músculos  são fortes e resistentes.
 Conjuntivos  muito pouco resistente, então o m.o se proliferar bem.
 Espaços Naturais  extremamente agressivas, pois os espaços não oferecem resistência contra a proliferação
microbiana então elas crescem com muita facilidade e rapidez.

FLORA ETIOLÓGICA: Quando em contato com exsudato, pela fístula, punção ou drenagem, observam-se as
características de:

1. COLORAÇÃO
 Branco-Amarelado = Estreptococos  origem óssea
 Amarelo Forte = Estafilicoccos no conjuntivo  pois o conjuntivo é rico em gordura e ela é amarela, então ira
pigmentar a secreção
 Esverdeado = Estrepto ou Estafilo associada a piócitos  não sai muito de secreção de fístulas, mas podem
sair de secreção brônquio-pulmonar, por exemplo, quando associada a estreptococos e piócitos, como catarro
 Marrom escuro e sanguinolento = infecção de alta virulência  marrom escuro e sanguinolenta é presença de
sangue anterior ou atual, porque se o sangue já esteve presente e se degradou fica escuro, tende a ser
enegrecido, ou fios de sangue vivo mostrando que a lesão tem alta virulência, alta agressividade, um estágio
muito agudo e grave.

# Através da cor pode ter ideia se é Estreptococos, Estafilococos, se está associado a alguma coisa e o grau de
agressividade do m.o.

2. CONSISTÊNCIA
 Consistência Fluída = intraóssea  teve pouco acesso à gordura, pouco acesso às células conjuntivas, então
presume que teve origem óssea, falando de aparelho estomatognático.

DD

Juliane Vieira / Rebecca Marcelino– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
51
 Consistência Densa = tecidos moles  possui muito tecido conjuntivo, muita gordura agregado à exsudação,
o produto degradação e, com isso, fica mais encorpado, tendo consistência mais dura – leite condensado.
 Consistência Viscosa = mucosa ou serosa  Quando tem origem da mucosa ou serosa, que tem as
glândulas exógenas, intervindo vem com a viscosidade, sendo importante para saber a origem, onde esta
consistência se parece com óleo lubrificante de carro ou de cozinha.

3. SABOR
 Amargos = Origem intestinal (escherichia coli e proteus)  isso vem do aparelho digestivo, acontece no
intestino e infecções intestinais são ocasionadas por ele, mas a boca é o primeiro órgão do aparelho
digestivo, sendo assim, podendo ter também;
 Doces = Origem estafilocócica.

# O paciente irá relatar quando for drenado ou fistulado para a boca o gosto, muita das vezes o paciente vai deglutir
esse material podendo ter problemas adversos, como gastroenterite, gastrite, ou seja, uma série de problemas
coadjuvantes por causa disso.

4. ODOR
 Odor Fecálico = Origem intestinal (Escherichia coli e Proteus).
 Odor Putrescente: Origem Estreptocócica  cheiro de animal morto→ origem dentária.
 Inodoros: Flora Anaeróbica  não sente nada, pois Estafilococos puro não tem odor. Apesar do estafilococos
ser de origem respiratória, ele pode ocasionar um abscesso, pois sofre migração.

# Tem que conhecer o m.o que está causando a afecção para poder combatê-lo diretamente de uma forma mais eficaz
de uma forma menos agressiva e mais resolutiva em termo de custos, operacionalidades, logística e etc.
# Para fazer uma cultura, ela não pode ser feita exsudação da fístula ou drenagem, porque a bactéria/fungo/vírus está
morta, tendo que apanhar a bactéria viva, ou seja, mais próximo do fator causal.

# Através dessas características (coloração, consistência, sabor e odor) que dá ideia do agente causal, podendo
passar um antimicrobiano mais específico para o paciente, sendo mais certeiro.

CLASSIFICAÇÃO

1. TECIDOS MOLES
 Abscesso (localizado):
o Periapical
o Periodontal
o Tegumentar
 Associados a lesão tegumentar (acne, ferida, etc).
 Evolução rápida
 Altamente dolorida

# A coleção purulenta pode ter 3 tipos de tratamento diferentes:

DD

Juliane Vieira / Rebecca Marcelino– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
52
1. Tratamento Clínico - antibioticoterapia.
a. Como prescrever o antibiótico? Tendo noção através da cor, sabor, odor e consistência, com isso tendo noção do que
causou sabe o que prescrever.
2. Tratamento Cirúrgico – drena e acaba com a manifestação.
3. Tratamento Clínico Cirúrgico - faz a prescrição e a intervenção, é o ideal, pois o m.o que não somos capazes de ver pode nos
destruir, como, também, no meio da exsudação pode ter toxinas no meio, causada pelo produto de degradação do próprio m.o,
quando a coleção purulenta começa a se formar, o organismo começa a se defender, então há uma detecção (detecção que foi
vista em processo inflamatório) e existe um agente causal, o organismo através do S.N.C manda as células de defesa, lógico
que já tem a corrente linfática e os polimorfonucleados da corrente circulatória que agem primeiro, mas não é o suficiente eles
vão mandar outros e começar a fabricar linfócitos, os quais tem características próprias para enfrentar, então já sabe o tipo de
m.o e os linfócitos são produzidos, quando são produzidos para ajudar na defesa acontece uma outra coisa que é um sinal que
se tem. Ex: unha encravada e aparecem nódulos na virilha, famosas ínguas, ou seja, são linfáticos específicos para combater,
então terá as linfoadenites, que são os gânglios, ínguas dolorosas e incomodam muito, ajudam saber de onde eles vêm. Eles
vão para lá e tentam impedir a divulgação, expansão daquele tecido, mas outra toxina ou bactéria irá penetrar na corrente
circulatória e, de repente, o paciente já passa a ter umas reações sistêmicas, como febre, sudorese, calafrios, mal estar geral,
porque existe na corrente circulatória a presença de m.o e suas toxinas, naturalmente o organismo passa a querer se defender
também, de forma local ele já estava se defendendo e de uma forma sistêmica passa a querer se defender também. Os m.o
geralmente, alguns, são muito sensíveis a temperatura, por isso o organismo coloca 40-42º de febre para poder tentar destruir o
m.o. A presença de toxinas ou bactérias na corrente circulatória tem um nome, que irá causar mal-estar geral, sudorese,
calafrios e febre, chama-se bacteremia. E se por acaso essas bactérias da corrente circulatória começarem a se proliferar,
começar a se dividir, sofrer mitose, tem m.o produzindo, ampliando na corrente circulatória, recebe o nome de sepsemia,
chamada de infecção generalizada. A bacteremia não mata, pode ser controlada pelo próprio organismo, a sepsemia mata,
tendo que fazer antibioticoterapia injetada no paciente hospitalizado se não ele vai morrer.

# Se tem um paciente com trauma não precisa operar na hora, posso pedir umas radiografias, aguardar até 15 dias
para tratar, mas se chega um paciente com uma celulite ou um fleimão tem que tratar na hora, pois se deixar para
tratar depois pode ser tarde (antibioticoterapia e drenagem por via de acesso).

# O tecido conjuntivo fibroso tem a função de “fazer um escudo” não invisível, um escudo propriamente dito para que
esses m.o. não penetrem na corrente circulatória, para não virar uma bacteremia, nem uma sepsemia, então ele vai
impedir através de várias células unidas, principalmente de tecido conjuntivo fibrosa, mais outras células e irão fazer
uma verdadeira “muralha”, para que os m.o. não entrem na corrente circulatória. A mesma barreira de tecido conjuntivo
e celular que impede que os m.o. entrem na corrente circulatória, também impede que os agentes antimicrobianos
entrem na corrente sanguínea.

# O produto da degradação é ácido, o agente anestésico local é ácido → ácido + ácido não reage então caso anestesia
por cima não vai adiantar, pelo contrário, se anestesiar na coleção purulenta, vai introduzir agente anestésico dentro,
que está encapsulado, logo, está aumentando a pressão, aumentando a quantidade e naturalmente ele vai romper esta
barreira visível, ao romper, as bactérias vão para a corrente circulatória, sendo que os anestésicos locais são altamente
absorvíveis pelo organismo, logo, levam todas as bactérias então, a probabilidade de bacteremia e de sepsemia é
extremamente grande.

 Periocoronarites  95% dos casos apresentam em dentes posteriores)


 Celulite ou Fleimão  difuso, penetra nos tecidos e é mais agressivo)

DD

Juliane Vieira / Rebecca Marcelino– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
53
 Angina de “Ludwing”  celulite de assoalho de boca, é muito grave porque a coleção purulenta chegou num
espaço chamado, espaço glosso-supra-hióide, é um espaço que tem entre o milo hióide e o platisma, então o milo
hioide, que sai do assoalho de boca e vem até o hióide, nisso tem o platisma que vem por cima, no meio dele tem
o espaço onde está alojada a glândula sub-mandibular, aqui é chamado espaço glosso-supra-hióide, porque está
da língua até o espaço/linha supra-hióde, aqui não tem resistência e se prolifera, sai do lado esquerdo e vai até o
lado direito porque o tecido se abre. Quando o tecido se exterioriza, aumenta de tamanho, comprime tudo,
inclusive a traqueia e a laringe, e o paciente terá asfixia e este paciente de acordo com a virulência, de acordo
com a mobilidade dele, a resistência anatômica dele, pode vir a óbito de 42 a 72h. Quando ele atinge um tamanho
muito grande, ele não é mais controlado. Porque não pode entubar, porque desenvolve por fora e dentro, não
consegue fazer traqueostomia porque está fechado.

# Qual a diferença de abscesso e celulite? O abscesso é localizado, posicionado, limitado, pode-se marginá-lo, mas a
celulite não, ela é muito agressiva e somos incapazes de limitar, difuso, penetra nos tecidos sendo muito mais
agressivo e perigoso.

2. TECIDOS DUROS
 Osteíte
 Periostite
 Osteomielite (pega o osso e o trabeculado ósseo)

VIA DE ACESSO:
 Deve ser o mais próximo possível do ponto de flutuação, quando este existir (A coleção purulenta procura uma
superfície para “desaguar”, o que se é denominado de ponto de flutuação, é um meio amolecido e é neste local
que será feito a drenagem)
 Deve-se respeitar a anatomia regional (nervos, vasos e músculos)
 Deve-se respeitar as linhas de Langherans (cortar a favor das pregas)
 Deve-se obedecer à força gravitacional (deve-se fazer uma incisão de forma que a gravidade ajude a drenar -
exemplo: tem-se um abscesso na região geniana, faz-se uma drenagem no ponto de junção palpebral-geniano,
não vai conseguir drenar, porque a coleção purulenta não vai subir, logo, deve-se fazer para baixo e, sempre que
possível, dentro da boca, para que a força da gravidade ajude a evacuar).

1. TERÇO MÉDIO DA FACE


 Comprometimento no terço médio facial pode possibilitar acesso bucal
 A incisão pode ser pela vestibular ou pela palatina (por onde estiver mais próximo)
 O comprometimento orbitário exige drenagem facial

2. TERÇO INFERIOR DA FACE (BUCAL)


 Comprometimento no terço inferior facial pode possibilitar acesso bucal ou determinar acesso facial
 O acesso deve ser bucal quando a infecção for acima das linhas: bucinadora (vestibular) e milioidea (lingual)

3. TERÇO INFERIOR DA FACE (FACIAL)


 O acesso deve ser abaixo das linhas bucinadoras e milioides.

CONDUTA CIRÚRGICA NOS PROCESSOS INFECCIOSOS:

DD

Juliane Vieira / Rebecca Marcelino– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
54
1. DRENAGEM INTRA-BUCAL
 Anestesia superficial ou à distância
 Incisão – praticamente puntiforme para atingir o centro da infecção  sempre que a infecção dessa coleção
purulenta está na forma de esfera, apoio o bisturi e aperta até chegar no centro imaginariamente, quando
penetrar, já vai estar no ponto de flutuação ela já vai expelir, evacuar e começa o alívio do paciente.
 Divulsão  deve-se divulsionar os tecidos, porque ele está com uma barreira de defesa e tem que ser rompida,
depois será feita a drenagem, a evacuação, que é a compressão, vai comprimir lateralmente, crânio-
caudalmente, vai fazendo compressões e tirando.
 Drenagem – compressão  a drenagem será feita evacuando, medial e distalmente, crânio-caudal trazendo
para linha mediana, esse passo o paciente vai sentir dor.
 Colocação do dreno  se o dreno não for colocado, a incisão feita vai cicatrizar e não vai drenar mais. Por
isso, deve-se pegar um dreno de borracha e este vai ficar em intimidade com os tecidos, tudo que for produzido
vai bater nele e ser jogado fora, porque o organismo quer encontrar uma área de saída – parte mais
importante.
2. DRENAGEM FACIAL – Ex: Celulite Facial:
 Anestesia superficial ou à distância
 Incisão – bisturi 11 ou 15
 Drenagem – evacuação do líquido ou semi líquido (através da compreensão)
 Colocação do dreno  lumbrificar o dreno com vaselina ou com uma pomada hidratante qualquer, porque se
não o sangue vai estar em volta, o fibrinogênio vai virar fibrina e vai colar, como se estivesse cicatrizando.
 Curativo  deve ser trocado diariamente, porque há uma infecção e ela é ácida, se deixar a gaze ácida na
pele, ela vai queimar, necrosar, usando clorexidina a 2%, o álcool 70% desidrata os tecidos, como se trata de
uma área doente e frágil, isso pode agravar o problema) Há dois tipos de curativos: curativo compressivo (usa
no pós-operatório para comprimir os enxertos da cirurgia, impedir deslocamento) e curativo de proteção (só
coloca esparadrapo em cima e embaixo, no meio fica frouxo, porque se fizer compressão, comprimir a ferida,
não vai deixar que drene.
# O tempo do dreno é indeterminado, enquanto estiver expulsando coleção purulenta não pode tirar.
PRESCRIÇÃO E ORIENTAÇÃO:
Exceto Angina de Ludwig
 Prescrição:
o Antibiótico (mais específico)
o Anti-inflamatório (enzimático)  vai diminuir a resistência orgânica do paciente, o anti-inflamatório não
corticoide e não enzimático não vai adiantar de nada, pois há enzimas proteolíticas, que tem como objetivo
destruir a cápsula que o organismo fez, porque se não ele não entra, vai funcionar para impedir a bacterimia
e a sepsemia, mas na intimidade da lesão ele não entra por isso a escolha obrigatoriamente, com a
destruição da barreira de defesa os m.o. vão entrar na corrente circulatória, porém, já vai haver uma dose de
antibiótico que vão fagocitá-las.
o Analgésicos (leve ou moderado)
 Orientação:
o Bochechos quentes: Indução a fistulização bucal

ANGINA DE LUDWIG PÓS-OPERATÓRIOS:


 Via de Regra: não possui flutuação  Curativos diários: remoção diária de segmentos

DD

Juliane Vieira / Rebecca Marcelino– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Cirurgia II
55
56

TÉCNICAS RADIOGRAFICAS INTERPROXIMAIS E OCLUSAL

Existem três técnicas intra-orais, ou seja, no momento da tomada radiográfica os filme está dentro da cavidade oral.
São elas: PERIAPICAL, INTERPROXIMAL E OCLUSAL. São as três técnicas mais empregadas pelos dentistas, pois
podemos realizar as três técnicas com esse aparelho normal de raio x. As técnicas extra-orais, geralmente, têm que
ter um aparelho mais potente com maior quilovoltagem e miliamperagem para que possa ser regulado, então por isso
já tem que possuir um proteção pensando em um aparelho de porte maior. Logo geralmente os dentistas não tem
aparelho de técnicas extra-orais em seus consultórios. Existe a radiografia panorâmica que é empregada em varias
especialidades.

Hoje em dia os dentistas não se limitam as radiografias, podem ser utilizadas as radiografias intra-orais, extra-orais,
tomografia computadorizada, ultra-sonografia de glândula salivar. Podem ser pedidas caso o CD não queria realizar,
porem é imprescindível que saibamos a indicação de cada uma. Então temos a anamnese, exame clinico e de
acordo com alguma situação que queiramos esclarecer solicitamos radiografias, ressonância magnética, sitiografia....
então de todos os exames citadas, tirando os exames intra-orais e extra-orais a tomografia é muito empregada
atualmente. Ela nos apresenta uma imagem mais realista e sofisticada, porem isso não quer dizer que ela seja
indicação para todos os casos.

Se queremos ver se o paciente tem carie nas faces interproximais, ou restaurações muito grandes, devemos solicitar
ou fazer uma radiografia interproximal nesse paciente. Onde iremos observar as faces interproximais. Então não é pq
o exame é super sofisticado e possui imagens dos três planos que ele será melhor, não existe exame melhor do que
o outro, existe a melhor indicação. Então se no paciente quisermos observar as adaptações das restaurações das
faces proximais, a indicação não é uma tomografia é uma radiografia interproximal.

Tomografia podemos indicar quando o paciente apresentar um canino incluso e queremos ver se está havendo
reabsorção da raiz do incisivo lateral ou um terceiro molar inferior incluso para ver em relação ao canal mandibular.
Então não existe técnica melhor do que a outra e sim a mais indicada para cada situação.

TÉCNICA RADIOGRÁFICA INTRABUCAL INTERPROXIMAL

INTRODUÇÃO - A técnica interproximal também é conhecida como BITEWING (ASA DE MORDIDA), é utilizado
um filme do tamanho normal, o mesmo usado na periapical porem com uma “asa de mordida”, por isso o nome. Foi
criada por Howard Rapper em 1925, essa técnica é uma técnica interproximal para dentes posteriores. O filme 3x4
com uma asa de mordida no centro do filme, logo o paciente irá morder sobre essa asa de mordida, então a metade
do filme fica por lingual nos dentes inferiores e a outra metade por lingual dos dentes superiores, e o paciente morde
sobre a asa. Ou seja, iremos ver coroa dos dentes superiores e inferiores em um mesmo filme. Existe um filme
apropriado em que ele já vem com a asa de mordida, mas também podemos adaptar o filme com fita crep.

IMAGEM -> A indicação principal dessa técnica é fazer uma avaliação das faces interproximais. Para que
possamos ver adaptação das restaurações ou a presença de imagem sugestiva de carie. E a avaliação das
cristas ósseas.

Então se chega um paciente com restaurações muito extensas que envolve a face proximal, as vezes clinicamente é
difícil de observar se apresenta carie incidente, observar a adaptação dessa restauração. Pacientes com caries
incipientes na proximal, principalmente de dentes posteriores, pois dentes anteriores as faces proximais são mais
finas e na região anterior é muito mais fácil a detecção do que nos dentes posteriores.Certas imagens sugestivas de
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
57

carie, como caries incipientes (pequena/inicio), não seriam detectadas clinicamente, somente com o auxilio da
radiografia. Se eu estou com um paciente no consultório, é mais difícil um paciente detectar carie na face
interproximal de dentes anteriores ou posteriores? Dentes posteriores, porque de dente anterior a proximal é mais
estreita, a face proximal é retangular, então se tem uma carie incipiente, você facilmente ira observar.

Avaliação das cristas ósseas, devido a visão muito boa nas radiografias interproximais. A crista interproximal é
continuação da lamina dura, cortical óssea, então vem a lamina dura que no espaço interproximal apresenta aquela
linha, normalmente, radiopaca porem se observarmos radiolucidez nela será uma imagem sugestiva de doença
periodontal. A doença periodontal apresentam suas primeiras alterações radiográficas aqui, ou seja, a destruição da
crista óssea, onde deveríamos ter uma linha radiopaca, porem apresenta raduilucidez, indicação de que está
acontecendo reabsorção óssea.

Então a crista óssea pode ter a forma de: crista, mesa ou bisel, mas é radiopaca. Logo não importa a forma dela se
observarmos radiolucidez na linha radiopaca é indícios de inicio de uma doença periodontal. Se o paciente que chega
no consultório já tem destruição dessa crista, ele provavelmente, ira apresentar tártaro, calculo, higienização
deficiente, pois a doença periodontal começa com uma gengivite, ou seja, gengiva inflamada, avermelhada,
sangrando. Então quando ocorre perda da crista óssea quer dizer que a gengivite já evoluiu para uma periodontite,
ou seja, havendo comprometimento das estruturas de sustentação.

INDICAÇÕES
 Exames das faces interproximais dos dentes posteriores (cáries e adaptações de restaurações)  Essa técnica
interproximal criada por Rapper, ela é interproximal para dentes posteriores, pq existe a técnica de “Lauett” que
é interproximal para dentes anteriores, mas essa para os dentes posteriores é muito mais utilizada em função da
dificuldade de clinicamente observar as faces interproximais dos dentes posteriores. Em dentes anteriores,
clinicamente, conseguimos detectar mais facilmente.
 Exame da crista óssea alveolar (reabsorção – doença periodontal)  Ou seja, a crista em vez de estar
radiopaca estará RL, indicando inicio de uma doença periodontal, já comprometendo o periodonto de
sustentação. O paciente já pode ter tido uma reabsorção naquela crista e realizou um tratamento periodontal,
então as vezes vemos uma crista com a forma de bisel, por ex, mas está um pouco mais baixa, mas com o
controle de higienização e do periodontista já observamos uma imagem radiopaca.

REGIÕES: Então a técnica de Rapper, compreende 4 regiões, ou seja, 4 radiografias interproximais:


1. Molares Direito  Observamos molares superiores e inferiores direito
2. Molares Esquerdo  Observamos molares superiores e inferiores esquerdo
3. Pré Molares Direito  Observamos pré molares superiores e inferiores direito
4. Pré Molares Esquerdo  Observamos pré molares superiores e inferiores esquerdo

A asa de mordida fica no plano oclusal, o paciente apreende o filme mordendo naquela asa de mordida. Onde uma
metade do filme se apresenta por lingual do dente superior e a outra metade por lingual do dente inferior. Claro que
então a região apical e cortada. Então se temos suspeita de cisto ou abscesso, ou seja, de uma periapicopatia,
naquele paciente, a técnica interproximal não é indicada, pois corta o ápice, então temos que fazer uso de uma
periapical. Não é uma indicação avaliar região apical com uma radiografia interproximal.

CONTRA INDICAÇÕES

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
58

 Suspeita de leões periapicais  Temos que realizar a técnica periapical, pois a interproximal corta o ápice das
raízes.
 Áreas edêntulas  Se a indicação da técnica interproximal é avaliação das faces interproximais e crista óssea,
em região sem dente não apresenta indicação nenhuma. Porem podemos pensar que em áreas edentulas não
temos nada a radiografar, porem podemos ter suspeita de um cisto residual ou de lesões extra periapicais, como
odontoma, oesteoma, então iremos avaliar o osso e não a estrutura dentária. Fazendo assim a radiografia
periapical.

FILME: Existe o filme que já compramos com a asa de mordida, ou então também podemos adaptar um filme
convencional que seria o convencional adaptado. Onde colocamos com fita crep a asa, e ela tem que estar
exatamente no meio do filme, a asa não pode estar torta e nem fora do meio, pois se não irá aparecer mais dente
superior ou inferior.

Toda técnica radiográfica que iremos realizar, seja ela intra-oral ou extra-oral, o posicionamento do paciente, mas
especificamente, da cabeça do paciente é muito importante pra que tenhamos uma radiografia dentro dos padrões
adequados.

POSIÇÃO DA CABEÇA
 Plano Sagital Mediano  perpendicular ao plano Horizontal, ou seja, o paciente não pode estar com a cabeça
inclinada lateralmente.
 Plano de Camper  é igual ao da técnica periapical de mandíbula, ou seja, Tragus – Comissura Labial paralelo
ao plano horizontal, ou seja, temos que inclinar um pouco a cabeça do paciente para trás.

ÂNGULO VERTICAL O filme fica praticamente paralelo ao longo eixo dos dentes. Então por isso o ângulo vertical se
apresenta pequeno. +8° a +10°, inclinando apenas um pouco o cabeçote, só para compensar a leve curvatura do
palato. Então o ângulo de +8° a +10° o feixe central incidindo no plano oclusal da região de MOLAR ou de PRÉ-
MOLAR. Erro no ângulo vertical é o alongamento e encurtamento.

ÂNGULO HORIZONTAL  Apresenta-se igual ao ângulo horizontal da técnica periapical, ou seja, um feixe central
deve incidir paralelo aos espaços interproximais. Se o feixe não fica paralelo aos espaços interproximais irá
ocorrer a sobreposição das coroas. Como na técnica interproximal o objetivo é observar os espaços interproximais,
se acontecer à sobreposição de coroa a radiografia tem que ser jogada fora. Na periapical podemos avaliar se
apresenta carie, porém tem varias outras finalidades de observação como região apical, o dente. O cuidado com o
ângulo horizontal tem que ser muito grande. Pois nosso objetivo principal é a observação das faces interproximais.

A técnica interproximal faz uso de um ângulo vertical muito pequeno, então a possibilidade de distorção da imagem
quase que não existe. Muito menos que na periapical, conseguindo assim observar a região interproximal melhor que
na periapical. Na periapical se erramos o ângulo vertical apresenta distorção, ou seja, se aumentarmos muito haverá
o encurtamento das estruturas se diminuímos o ângulo vertical alongamos as estruturas podendo até cortar os
ápices. Então a possibilidade de distorção da periapical é muito grande, já na interproximal como trabalhamos com
um ângulo vertical pequeno, o filme fica praticamente paralelo ao longo eixo dos dentes, conseguimos visualizar
melhor do que na periapical.

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
59

Uma mais uma vantagem é que com uma única radiografia conseguimos observar tanto os dentes superiores como
os inferiores.

AMARRAÇÃO  Se for região de PM temos que colocar os PM centralizados. Se for molares, os molares dever ser
centralizados. Se o meu paciente não apresenta 3 molar ou ela está incluso, teoricamente devemos centralizar os 4
molares (2 sup e 2 inf), se ele apresenta 6 molares temos que colocar os 6 no filme, pode acontecer de não
conseguirmos pegar a distal do 3° molar, porem se realmente for necessário podemos realizar duas radiografias da
região de molares. Mas teoricamente devemos centralizar os elementos da região que já foram erupcionados. No
momento da tomada radiográfica colocamos o filme primeiro na arcada inferior, a asa de mordida sobre a face
olcusal, pedimos para o paciente morder para que possa prender o filme na área desejada. Tomar cuidado para que
quando o paciente ocluir o filme não inclinar, principalmente na região de PM.

LEMBRANDO: Na técnica interproximal estamos utilizando um filme que apresenta picote também, mas como
teremos estruturas para arcada superior e para arcada inferior não nos preocupamos com o picote, pois de qualquer
forma ele vai estar voltado para as regiões das raízes.

TÉCNICA RADIOGRÁFICA INTERPROXIMAL – PROTOCOLO DE RAPPER:


Posição do longo Angulação Angulação Direção do RX
Região Posição da cabeça Amarração do filme
eixo do filme horizontal vertical central
-PSM perpendicular ao
Molares centralizados Linha de
PH horizontal Paralelo aos
e asa de mordida oclusão na
Molar - Plano de Camper Perpendicular ao PSM espaços +8° a + 10°
sobre a face oclusal região dos
(tragus comissura interproximais
dos molares molares
labial paralelo ao PH
PM centralizados e Linha de
PM Idem Idem asa de mordida sobre Idem Idem oclusão na
a face oclusal dos PM região dos PM
 4 radiografias para avaliar dentes posteriores (molar e pre molar)

TÉCNICA DE LOWET É a técnica interproximal para dentes anteriores, 6 exames anteriores: 3 filmes – 2 canino e 1
incisivo, divide o filme ao meio para fazer superior e inferior, cobrindo sempre um lado que não precisa de tomar a
radiação com a lamina de chumbo.
 Exame das coroas dos dentes anteriores superior/inferior.
 Filmes 3x4 cm (lâmina de chumbo para cobrir)

Incisivos Superiores: Ângulo Vertical: + 35º


Direção do feixe Central  Colo dos dentes.
Incisivos Inferiores: Ângulo Vertical: -15º
Direção do feixe Central  Colo dos dentes.
Canino Superior: Ângulo Vertical: + 35º
Direção do feixe Central  Colo dos dentes.
Canino Inferior: Ângulo Vertical: -15º
Direção do feixe Central  Colo dos dentes.
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
60

Porque não posso colocar a asa de mordida em dentes anteriores, empregando a mesma forma da técnica de
Haward Rapper? Pela inclinação dos incisivos centrais em cima dos incisivos inferiores para vestibular, não dando
pra visualizar.
TECNICA RADIOGRAFICA INTRABUCAL OCLUSAL
INTRODUÇÃO: É uma técnica mais antiga, é de uma época em que se utilizavam filmes maiores. Idealizada por
Simpson em 1916. Essa técnica nos permite a visualização de áreas mais extensas da maxila e mandíbula. Por ser
um filme maior podemos visualizar uma área maior, comparada com a técnica periapical. Permite uma área de
exame maior quando comparada a técnica periapical.

INCIDÊNCIA: Só que a incidência é diferente, então tanto a periapical quanto a interproximal a incidência da
radiação x é de vestibular para lingual, a técnica oclusal não é assim, por exemplo, de MAXILA é de superior para
inferior, é como se pegássemos a maxila e observássemos de cima para baixo. A mesma coisa a mandíbula, de
baixo para cima. A incidência, ou seja, a direção do feixe é diferente, então é importante nos costumarmos a
identificar as estruturas nas diversas incidências. Pois dependendo da incidência as estruturas podem apresentar-se
de maneiras diferentes.
MAXILA = Superior para inferior – Incidência na GLABELA
MANDIBULA = Inferior para superior
A área de incidência do feixe centra é no centro do assoalho bucal, no centro da base da mandíbula.

FILME: A dimensão do filme é 5,7 x 7,5 cm. Todo filme, a face lisa é a sensível, logo esse filme tem as mesmas
camadas do filme periapical. Só que a embalagem do filme oclusal é um papel, em vez de ser aquela embalagem
plástica igual ao filme periapical. Apresenta o papel opaco preto dos dois lados, película propriamente dita (base,
emulsão, camada adesiva, camada protetora) e de um lado apresenta a lamina de chumbo.
LEMBRANDO: Aqui devemos nos preocupar com o picote.

INDICAÇÕES: Após a tomada radiográfica periapical detectamos uma área radioluscente envolvendo a região
periapical de um determinado elemento, ou uma alteração do osso naquela região e não conseguimos visualizar toda
a extensão daquela alteração na radiografia periapical, podemos lançar Mao das radiografias extra-orais ou então
podemos solicitar, dependendo da região, uma radiografia oclusal. Pode vir depois de uma alteração que foi
detectada em uma radiografia periapical.

As técnicas intra-orais, pelos tipos de aparelho e técnica empregados, temos uma melhor definição das estruturas, do
que em uma panorâmica, conseguimos ver mais esses limites daquela lesão do que em uma panorâmica, por
exemplo, que da uma visão geral porem não tão detalhada quanto uma periapical ou oclusal. As técnicas intra-orais,
ate pelo tipo de aparelho, QUANTO MENOR A ÁREA FOCAL MENOR A PENUMBRA E MAIOR NITIDEZ DA
RADIOGRAFIA.
 Localização e delimitação de áreas patológicas
 Complementar outras técnicas
 Visualizar extensas áreas anatômicas
 Áreas edêntulas

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
61

Quando o paciente usa prótese total há muito tempo e a mesma passa a não adaptar, perder a adaptação. Então
com a oclusal conseguimos visualizar se tem resto radicular ou algum dente incluso, supranumerário, e que com o
contato da prótese total, com o passar do tempo aquele elemento começa a erupcionar devido ao estimulo do atrito
com o tecido gengival provoca o rompimento do dente. Então com um único filme podemos visualizar toda maxila ou
toda a mandíbula, em áreas edentulas alguma situação dessas. Então eu fiz uma periapical e vi que tem um cisto, só
que na periapical eu não consigo vê toda a extensão do cisto, então posso solicitar outra técnica, alguma técnica
extra-oral, ou eu posso solicitar outra técnica oclusal, para complementar outras técnicas.
 Fraturas dos maxilares
 Estudo de Fendas palatinas – extensão da fenda.
 Pesquisa de sialolitos (Cálculos Salivares)
Nas estruturas anatômicas da mandíbula tem a fóvea onde temos a glândula submandibular, é a glândula que ocorre
a maior prevalência de calculo, pois o conduto q leva a saliva da glândula para a cavidade oral tem um trajeto
ascendente, ou seja, contra a gravidade e ele é sinuoso, então gera muito a formação desses cálculos, e quando
fazer a radiografia oclusal vemos a imagem da mandíbula e internamente a imagem radiopaca dos sialólitos.
 Ortodontia
 Pesquisas de raízes residuais
 Dentes inclusos
 Localização de estrutura no sentido vestíbulo-lingual.
Se tem um dente supranumerário ou um dente mal posicionado pra você vê se ele esta pra vestibular ou lingual de
todos os dentes, na arcada inferior eu posso usar a oclusal total de mandíbula, e não posso usar na maxila a oclusal
pra localizar essa estrutura se está pra vestibular ou lingual porque? Na mandíbula é um osso que não tem uma
forma piramidal, então se eu faço na mandíbula da pra vê se o dente está pra vestibular ou lingual ou os dois, na
maxila ela tem a forma piramidal, a maxila não é igual mandíbula que abre, exemplo canino incluso quero vê se está
pra vestibular ou lingual igual todos os dentes pra poder fazer o posicionamento daquele dente, com oclusal ele pode
está pra vestibular, só que na hora que se faz a oclusal a imagem que você fez não é certa, em função da forma da
maxila, ex. incisivo lateral e canino, se o canino esta do lado e se você colocou tudo no mesmo plano não da pra
localizar a vestibular da lingual, na arcada superior hoje em dia usa outras técnicas como tomografia entre outros que
localizam e vê a coroa, raiz a relação do dente incluso dos outros dentes, se tem reabsorção. Mas se eu quero fazer
a localização da raiz não da só se faz oclusal para outras indicações. Essa é a técnica de Clark.
* Existe um método de localização radiográfica, chamado de “MÉTODO DE MILLER WINTER”, que fazemos uma
radiografia periapical normal, para localizar estrutura, e um pegamos um filme periapical e fazemos incidência de
como se fosse uma filme oclusal, ou seja, fazemos duas tomadas radiográficas sendo: periapical normal e a outra
pega o filme 3x4 e coloca na oclusal e faz a incidência de superior pra inferior no casa de maxila ou inferior para
superior em caso de mandíbula, para conseguirmos localizar aquela estrutura e saber se estiver por vestibular ou
lingual, ou se aquela região apresenta dente incluso.

TÉCNICA DE CLARK
Para identificar se o elemento esta por vestibular ou lingual, na maxila temos que realizar a “TÉCNICA DE CLARKE”
é quando temos 2 elementos dentários, temos o elemento normal e o incluso. Se fizermos a periapical teremos a
imagem de um dente sobre o outro dente, e na técnica periapical não sabemos se o dente estiver por lingual ou
vestibular. Com a utilização da técnica de Clarke fazemos uma radiografia com a incidência normal e depois fazemos
uma segunda e até terceira radiografia modificando o ângulo horizontal. Olhando de frente o dente da frente cobre o
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
62

de trás, mas se mudarmos um pouco o ângulo horizontal (mexer para o lado –


esquerda / direita) conseguimos a visualização dos dois elementos. Muitos
livros explicam essa técnica com você utilizando dois dedos. Fazendo a técnica
normal, um dedo fica sobre o outro, se chegar pra distal o dente que
acompanhou o movimento é o dente que esta por palatina ou lingual, o dente
que está mais próximo do filme ele se desloca, a imagem radiográfica dele se
desloca na mesma direção do deslocamento do ângulo horizontal. Se
quisermos ter certeza absoluta depois de deslocarmos para distal fazemos outra radiografia deslocando para mesial,
e o elemento incluso irá acompanhar a mudança do ângulo.
Então a técnica de Clark, podemos fazer duas ou três tomadas radiográficas. Fazemos à primeira periapical normal e
a segunda modificamos o ângulo horizontal, e o dente que acompanha a direção do movimento é o dente que esta
por lingual ou palatina. Podemos fazer duas ou três, pois podemos fazer uma radiografia com deslocamento para
mesial ou uma com deslocamento para distal ou ate mesmo as duas para obter mais certeza.

Se formos fazer a extração desse dente incluso, logo temos que ver a direção do acesso, não podemos abrir por
vestibular e “descobrir” que o dente esta por platina. Para ter certeza então podemos realizar além da periapical
normal mais duas radiografias com deslocamento para mesial e para distal, pois ai se o dente esta por palatina ele
vai projetar uma imagem mais para mesial. Fazemos uma agora deslocando para distal, se aquele dente incluso que
estamos pesquisando, se a imagem dele esta mais para distal após o deslocamento para tal o dente estará por
palatina. Então o dente ou a raiz que esta por palatina acompanha a direção para qual fizemos o deslocamento para
o ângulo horizontal.

Ela consegue fazer a localização de dentes inclusos, às vezes um odontoma, que muitas das vezes ocorre em
regiões que impede a erupção dos dentes permanentes, e ai com a técnica de Clark conseguimos ver se aquele
odontoma esta mais para vestibular ou lingual, mas é lógico que a tomografia seria perfeita.

Mais duas indicações para a técnica de Clark:


 Quando fazemos uma radiografia periapical de região de pré-molares e fica aquela imagem do forame mentual
na região do ápice do pré molar, não sabemos se é uma lesão, porem ser for uma periapicopatia teremos o
rompimento da lamina dura na região apical. Se apresentar lamina dura integra então aquela imagem é o forame
mentual. Duas tomadas radiográficas são suficiente, após a periapical normal, se ainda tivermos duvidas
fazemos outra tomada se for o forâmen mentual ele não esta preso ao ápice, logo na segunda radiografia vemos
o forame de um lado e o dente para o outro.
 Tratamento endodontico de 1° pré molar superior, onde temos uma raiz para vestibular e uma para
palatina. Fazemos a imagem radiográfica normal vemos uma raiz sobre a outra, tendo assim que fazer a técnica
de Clark, por ex, desviamos o ângulo horizontal para distal a raiz que esta por palatina ira acompanhar o
movimento, conseguindo assim avaliar os dois condutos separadamente. Na mandíbula podemos utilizar a
técnica de Clark ou a técnica olcusal.
Na radiografia Oclusal só na arcada inferior, na arcada superior é só com a Técnica de Clark, portanto na arcada
inferior posso também usar a Técnica de Clark.

COLOCAÇÃO DO FILME: Podemos realizar a técnica oclusal, TOTAL ou PARCIAL, tanto para maxila quanto pra
mandíbula.
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
63

 TOTAL = Longo eixo do filme perpendicular ao PSM  Com o picote para fora da cavidade oral).
Nós preocupamos com o picote, devido a hora do processo radiográfico onde sabemos que ali, no picote, não
iremos fazer injúria nenhuma estrutura. Assim como na periapical.
 PARCIAL = Longo eixo do filme paralelo ao PSM  Picote sempre para fora)

POSICIONAMENTO DO PACIENTE
 OCLUSAL DA MAXILA  É igual da periapical de maxila. Ou seja: PSM perpendicular ao plano
horizontal; Plano de camper: tragus- asa do nariz paralelo ao plano horizontal.
 OCLUSAL DA MANDÍBULA  Cabeça do paciente deve estar bem voltada para trás. PSM perpendicular
ao plano horizontal e Plano de Camper: trágus-comissura labial a 45° com o plano horizontal, pois
precisamos que o feixe incida a -90°, ou seja, um ângulo bem perpendicularmente sobre o filme.

FIXAÇÃO DO FILME
 DENTADO
o Oclusão
 EDÊNTULO
o Maxila (polegar)
o Mandíbula (indicador)

OCLUSAL DE MAXILA
A oclusal da maxila ela pode ser total ou parcial, a mais empregada é a total, mais tem algumas situações
que vamos precisar de verificar alguma área especifica da oclusal parcial.
1. Oclusal TOTAL
2. Oclusal PARCIAL DIREITA/ESQUERDA:
a. Região de Incisivos
b. Região de Caninos
c. Região de PM e molares
d. Região do assoalho do seio maxilar
e. Região da Tuberosidade (tuber)

OCLUSÃO TOTAL DE MAXILA


 ÁREA DE INCIDÊNCIA DO FEIXE CENTRAL: Glabela
 ÂNGULO VERTICAL: +65°
 ÂNGULO HORIZONTAL: 0°

Geralmente damos uma afastada no cilindro por ser um filme maior, para que não ocorra a meia lua, pois a chance
de dar aqui em alguma região com estrutura óssea é maior. Face ativa voltada para os dentes da arcada superior.

O que diferencia é a direção do raio central, o filme vai ficar da mesma forma. Se já tivermos feito uma periapical e
detectamos uma alteração na região de molares vamos fazer a incidência para visualizarmos principalmente a região
de molares, como a periapical tem os dentes da região, vemos os dentes vizinhos.

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
64

OCLUSÃO PARCIAL PARA REGIÃO DE INCISIVOS


 POSIÇÃO DO LONGO EIXO DO FILME: Perpendicular ao PSM
 ÁREA DE INCIDÊNCIA DO FEIXE CENTRAL: Metade do dorso do nariz
 AMARRAÇÃO DO FILME: Face ativa voltada para face oclusal dos dentes superiores.
 ÂNGULO VERTICAL: +65°
 ÂNGULO HORIZONTAL: 0°

OCLUSÃO PARCIAL PARA REGIÃO DE CANINOS


 POSIÇÃO DO LONGO EIXO DO FILME: Paralelo ao PSM
 ÁREA DE INCIDÊNCIA DO FEIXE CENTRAL: Forame infraorbitário
 ÂNGULO VERTICAL: +65°
 ÂNGULO HORIZONTAL: +45°

OCLUSÃO PARCIAL PARA REGIÃO DE PM E MOLAR


 POSIÇÃO DO LONGO EIXO DO FILME: Paralelo ao PSM
 ÁREA DE INCIDÊNCIA DO FEIXE CENTRAL: Forame infraorbitário
 ÂNGULO VERTICAL: +65°
 ÂNGULO HORIZONTAL: +90°

OCLUSÃO PARCIAL PARA REGIÃO DE ASSOALHO DO SEIO MAXILAR


 POSIÇÃO DO LONGO EIXO DO FILME: Paralelo ao PSM
 ÁREA DE INCIDÊNCIA DO FEIXE CENTRAL: Forame infraorbitário
 ÂNGULO VERTICAL: +80°
 ÂNGULO HORIZONTAL: +0°

OCLUSÃO PARCIAL PARA REGIÃO DA TUBEROSIDADE


 POSIÇÃO DO LONGO EIXO DO FILME: Paralelo ao PSM
 ÁREA DE INCIDÊNCIA DO FEIXE CENTRAL: 3 cm atrás do canto externo do olho
 ÂNGULO VERTICAL: +45°
 ÂNGULO HORIZONTAL: +45° ou +135º

OCLUSAL DE MANDIBULA
1. TOTAL
2. PARCIAL DIREITA/ESQUERDA
3. PARA REGIÃO DE SÍNFISE  Conseguimos introduzir o filme ate mais posteriormente.

OCLUSAL TOTAL DA MANDÍBULA


 ÁREA DE INCIDÊNCIA: Porção mediana do assoalho bucal
 POSIÇÃO DO LONGO EIXO DO FILME: Perpendicular ao PSM
 ÂNGULO VERTICAL: -90°
 ÂNGULO HORIZONTAL: 0°

DD
 AMARRAÇÃO DO FILME: Face ativa voltada para face oclusal dos dentes inferiores.
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
65

Porque não podemos colocar o feixe incidindo perpendicularmente sobre o filme na maxila também? Se o
feixe incide perpendicular ao filme, teremos sobreposição dessas estruturas do crânio sobre a maxila, que são ossos
compactos. Diferente da mandíbula que não apresenta nenhuma estrutura que possa ocorrer a sobreposição.

OCLUSAL PARCIAL DIREITO/ESQUERDO


 ÁREA DE INCIDÊNCIA: Porção mediana do assoalho bucal (deslocado para direita ou esquerda)
 POSIÇÃO DO LONGO EIXO DO FILME: Paralelo ao PSM
 ÂNGULO VERTICAL: -90°
 ÂNGULO HORIZONTAL: 0°

OCLUSAL PARA REGIÃO DE SINFISE MANDIBULAR


Como diminuímos a angulação conseguimos observar todo o osso.
 ÁREA DE INCIDÊNCIA: Sínfise Mandibular
 POSIÇÃO DO LONGO EIXO DO FILME: Paralelo ao PSM
 ÂNGULO VERTICAL: -55°
 ÂNGULO HORIZONTAL: 0°

PROCESSOS PATOLOGICOS  Às vezes chega um paciente, dependendo da idade com um dente decíduo,
fazemos uma periapical e com a oclusal vamos conseguir localizar e ver o posicionamento daquele dente.

Fizemos uma periapical e não vimos toda a extensão daquela imagem radiolúcida, já com a oclusal conseguimos ver
a lesão em sua totalidade.

Osteomielite de garré = um trauma crônico de baixa intensidade por um período de tempo longo, ocorrendo
inflamação de camadas de periósteo. Aspecto casca de cebola, observada na radiografia oclusal.

Se passar de 3 a 5 mm já colocamos como cisto dentigero.


SIALOLITO = glândula submandibular, não tem nada haver com a estrutura óssea, é uma calcificação no conduto
que leva a saliva da glândula para a cavidade oral.

O ortodontista pode usar o “disjuntor” que faz a expansão rápida da maxila, em paciente mais jovem, ficam
cimentado em molares e pré molares, e vai sendo feita a ativação direto na boca. A maxila na verdade são dois
processos, vai ocorrendo através da ativação a abertura da sutura palatina, ai tem ganho de diâmetro, e ai o
ortodontista espera a formação óssea nessa região das suturas, em media 4 meses e ai ocorre a formação óssea.
Dentes Supranumerários Osteomielite de garré Edêntulos
Dentes inclusos (maior que 5cm já se considera cisto dentígero)
Edêntulos Sialolitos Ortodontia Fenda Palatina

Interproximal: 0,8 s Oclusal: Maxila: 1 s // Mandíbula: 1,2 s

LESÕES DENTO-MAXILO-MANDIBULARES E ANOMALIAS


Como dar origem a essas anomalias as várias estruturas da face que vão crescendo durante a formação da criança e
vão crescer e vão passando por períodos lentos outros rápidos e de uma forma ordenada, vocês vão ver aqui até
quando a gente falar de fendas orofaciais existe um processos que é como se fosse dividido em partes dos
processos que vão crescendo e vão se unindo e algum problema na União desses processos vai ter anomalias que
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
66

nós temos Então esse crescimento das estruturas da face são seguidas de acordo com os fatores genéticos e
ambientais. Então alterações tanto genéticas, quanto ambientais podem gerar alterações na formação da estrutura
de dentes e maxilares podendo gerar essas anomalias de desenvolvimento. Então essas anomalias essas alterações
do desenvolvimento e na formação de dentes buco maxilares podem ser causadas por origem genética ou ambiental.

FATORES ETIOLÓGICOS
 Genéticos
o Hereditários  já tem uma alteração no código genético, que herdou do pai ou da mãe, ou seja, já tem o
código genético com alguma alteração;
o Congênitos  durante o período da gestação alguma alteração com a mãe que gerou, inicialmente com a
mãe que estava programada não tinha aquela alteração genética, e durante a gestação alguma alteração
naquele período da gestação fez com que ela ouvesse a formação de alguma anomalias, como sífilis ou teve
sífilis antes, ou uso de alguns medicamentos durante a gestação, ou se a mae fuma, bebe, podendo a
criança apresentar fenda orofacial, fenda labial, fenda palatina.

 Ambientais
o Locais  trauma no dente decíduo, gerando uma hipoplasia no dente permanente, ou uma doença
periapical, como um cisto no dente decíduo, e o dente permanete ele acaba tendo possibilidades de ter uma
hipoplasia de esmalte, a hipoplasia de tuner ou dente de tuner;
o Sistêmicos  carência de vitamina A, vitamina C, durante o período da formação de dentes;

E várias anomalias vocês vão perceber que são só detectadas radiograficamente algumas clinicamente e outras só
com radiografias tomografia.

ANOMALIAS DENTAIS
 Anomalias de Forma
 Anomalias de Número
 Anomalias de Erupção

ANOMALIAS MAXILO-MANDIBULARES
 Fenda Orofaciais
 Exostose
 Defeito de Stafne

ANOMALIAS DE FORMA

MACRODONTIA - Originaria de gigantismo hipofisário  É o elemento com a dimensão maior do que os padrões da
normalidade, ou seja, o tamanho dele é maior do que aquele elemento normal seria, pode devolver só coroa e pode
também envolver a coroa raiz podendo ser generalizado. Ou seja, todos os dentes com macrodontia, e ai quando tem
todos os dentes com macrodontia estamos falando de um problema na hipófise então ele não vai ter esse aumento
só em dentes e sim um gigantismo hipofisário, então ele tem alteração em função de sua estatura, em todas as
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
67

estruturas sendo generalizado associado ao gigantismo hipofisario, sendo raro. O que é mais comum é a
macrodontia de um ou outro elemento os mais comuns são incisivos centrais ou terceiros molares podendo envolver
a coroa ou coroa e raiz.

MICRODONTIA – Originaria de nanismo hipofisario Então são elementos anatômicos aquém dos padrões de
normalidade daquele elemento, também pode ser de forma generalizada ou até mesmo que está associado a
alteração da hipófise, sendo que neste caso também não é só dentes e sim um todo, ou seja, ele vai apresentar o
nanismo hipofisário, estatura e todas as estruturas com proporções menores. O mais comum a microdontia localizada
são os elementos terceiros molares e incisivos laterais superiores, os ILSup pode ter o tamanho menor que é
microdontia, mas ele pode ter uma alteração na também na forma, que é o que a gente fala de dentes conóides,
sendo que além do tamanho pequeno ele fica com uma forma alterada ficando de uma forma cônica

Então o que é mais comum a macrodontia ou microdontia localizada, clinicamente conseguimos detectar tanto um
quanto o outro. O tratamento para esse paciente seria mais por questões estéticas um dente com a macrodontia
podemos fazer um desgaste interproximais com lixas discos diminuir ele um pouco porque de repente na região que
aquela tem aquela macrodontia, pode ter um apinhamento, para se fazer o desgaste temos que ter até um certo
nível, que você pode fazer até atingir a dentina, nas distais tem mais quantidade de dentina do que na mesial, então
quando for fazer um desgaste nas proximais, fazer um pouco mais na distal do que na mesial, então da uma
desgastada pra vê se consigo diminuir, a camada de esmalte então geralmente é mais espessa nas distais do que
nas mesiais, tendo sempre um cuidado com o contato na interproximal, pra não deixar uma superfície muito reta e
acabar perdendo aquela borda. A microdontia é mais comum do que a macrodontia localizada, então vemos muito
mais IL com microdontia ou conoide ou elementos com macrodontia, ou terceiros molares com microdontia do que
macrodontia. Tratamento para microdontia se temos um IL conóide pode se fazer aumento com resina, pode ser feito
coroa, então o tratamento é mais em função da estética.

Qual a diferença de fusão para geminação? Geminação é a tentativa daquele órgão dentário tentar se dividir só que
fica um elemento geralmente com uma raiz só e a coroa tenta se dividir ficando uma coroa bipartida. Podemos até se
confundir achando que é uma macrodontia, porque geralmente fica um dente com uma forma maior, a fusão já é o
contrário inicialmente dois dentes estavam separados e eles se uniram tendo raízes separadas. Clinicamente como
eu consigo identificar se tem fusão ou geminação? Vamos contar o número de dentes e depois pedir o raio-x, que vai
confirmar que ali terá uma raiz ou duas raízes.

GEMINAÇÃO - Divisão do órgão dental durante a evolução, com apenas um conduto.

FUSÃO - União de órgão dental, com dois condutos  Inicialmente eram dentes que estavam separados, e durante
a odontogênese, por algum fator etiológico genético hereditário ou genético congênito uniu, para se separar será
utilizados brocas, discos finos e geralmente tem que ser feito o tratamento endodôntico, porque irá cortar então a
dentina acaba misturando, é como se pegasse o dente e cortasse ao meio mesmo.

CONCRESCÊNCIA - Formação construtiva pelo cemento  União de dois elementos pelo cemento ocorre mais na
região de 2º e 3º porque pra estar uma raiz muito próxima à outra, precisa de um dente incluso ou mal posicionado
no que acaba acontecendo nessa região. A concrescência pode ser também Verdadeira (durante a odontogênese
ocorre à formação e na formação ficam próximas) ou Adquirida (ocorre depois do processo inflamatório quando a
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
68

câmara pulpar não está fechada acaba ocorrendo uma cicatrização e tendo a deposição de cemento naquela região,
mais comum também na região de 3º molar). Radiograficamente não dá para se detectar, apenas na tomografia.

DENS IN DENTE - Invaginação: Anteriores - na coroa; Posteriores - na região cervical e nas raízes  Mais comum
nos incisivos laterais. Dente dentro do outro. Pode ser leve (não chega próximo da câmara pulpar), moderada (chega
mais próximo na câmara pulpar) ou mais acentuada (ocorre em todo o dente e lateralmente na câmara pulpar deis da
coroa a raiz). Só detecta radiograficamente, geralmente nessas condições na entrada dessa invaginação colocar uma
resina para cobrir evitando que tenha carie.

HIPOPLASIA DE ESMALTE: Fatores locais sistêmicos e hereditários, quando falamos em hipoplasia de esmalte
temos uma quantidade menor esmalte, a dureza do esmalte é a mesma, mas, a quantidade é menor naquele dente,
que pode ser provocado por fatores sistêmicos por carência de alguma vitamina (A-C). Os ameloblastos, que formam
o esmalte, essas células durante a formação do esmalte são muito sensíveis a estímulos externos, então às vezes a
criança que tenha qualquer doença infantil pode ter alteração no esmalte podendo trazer uma hipoplasia, crianças
que tem amigdalite as doenças infantis pode acabar gerando uma alteração de esmalte daquele dente, daquela
época, que está sendo formado naquele momento. Essas alterações são irreversíveis e uma vez formadas o esmalte
com alteração ela não se regenera, ficará com aquela modificação para resto da vida. Podemos utilizar à estética,
mas é algo que não vai melhorar com tempo, ficará com aquele aspecto de anormalidade para sempre. No entanto,
tudo dependerá se for fator sistêmico (carência de vitamina), temos que levar em consideração o grau de severidade,
da quantidade de carência, o tempo de duração daquela carência, e temos também as doenças infantis, e com isso
temos que verificar aquelas que são mais graves por um período maior, as que são mais leves, doenças que têm
uma maior possibilidade de ter algum problema no dente, mas como já dito pode acometer um ou mais elementos,
justamente aqueles elementos que estão na formação.

DENTE DE TURNER - Hipoplasia por infecção local ou trauma na época da formação  Os fatores locais são
aqueles que geram a hipoplasia de Turner ou dentes de Turner, vamos conseguir detectar clinicamente, verificando a
espessura menor do esmalte, mas como já dito pode acometer um ou mais elementos, justamente aqueles
elementos que estão na formação, sendo muito comum em dentes posteriores.

Amelogênese imperfeita ou dentinogênese imperfeita são alterações genéticas hereditárias, e geralmente acometem
toda a dentição decídua e toda dentição permanente.

AMELOGÊNESE IMPERFEITA  É uma alteração na formação do esmalte dentário e de acordo com a etapa
atingida a amelogênese poderá ser: Hipoplasica (quantidade menor de esmalte), hipocalcificação (coloração com
manchas brancas – floco de neve) ou hipomaturação. Genética hereditária. Dente com pigmentação amarronzada.
O esmalte para se formar passa por três etapas a primeira etapa, então o distúrbio que ocorre em uma das fases de
formação de esmalte que pode ser:

1° Formação  formação da matriz orgânica;


2° Calcificação  matriz orgânica vai calcificar com cálcio;
3° Maturação  maturação que aumenta a quantidade de hidroxiapatita.

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
69

O paciente, não tem nenhuma outra alteração sistêmica só apenas essa característica da amelogênese imperfeita,
essa alteração se da na formação da estrutura esmalte de uma forma generalizada. Causas: sensibilidade, cárie,
alteração de cor. Tratamento: resina composta em vários elementos, coroas, são pacientes que devem ter um
controle constante com o dentista.

DENTINOGÊNESE IMPERFEITA - Conhecida como dentina opalescente hereditária  onde a coroa não tem
câmara pulpar. A amelogênese imperfeita e a dentinogênse imperfeita são muito parecidas clinicamente, então o
diagnostico diferencial será feito pelo exame radiográfico, porque em uma radiografia periapical será observado a
obliteração dos canais. Então a dentinogênese imperfeita é uma formação na dentina de forma generalizada, tendo
fator etiológico genético hereditário. Terá uma alteração na formação da dentina e ela será formada de forma
exagerada excessiva, só que é uma dentina com uma maior quantidade de água então a adesão dela com esmalte é
ruim, então casos de dentinogese imperfeita terá perda de esmalte, e tem também a obliteração da câmara pulpar e
dos canais.

DENTE DE HUTCHINSON - Hipoplasia dos incisivos  O terço incisal é menor que o terço médio aspecto de chave
de fenda. Sugestão de sífilis congênita, e molares em amora. Alguns pacientes não apresentam sífilis. A sífilis é uma
doença causada pelo treponema pallidum e pelo contato sexual, a sífilis primaria na região do contato terá o cancro,
e ela é indolor, podendo se passar despercebido e com o passar de 1 mês aproximadamente ela some, e com o
passar de mais um tempo terá a sífilis secundaria com a manchas escuras na palma da mão e do pé e com o tempo
também melhora sozinho, ficando em período latente 10-15 anos e ai tem a sífilis terciaria que acomete coração,
sistema nervoso central, pulmão e vários órgãos levando a morte. Por isso é importante o pré natal pra mulher pra
não trazer alterações pro bebe, tem também a tríade de Hudchinson então a criança pode ter surdez, problemas
mental, entre outras.

DILACERAÇÃO - Angulação anormal da raiz. Causa idiopática  no entanto existem hipóteses, uma delas é
durante a formação da odontogênese, quando está sendo formada a coroa raiz devido um trauma e ouve um
deslocamento e acabou se formando com posição diferente, outra hipótese é em relação a tumores, odontoma
composto e cistos levando a dilaceração de dentes próximos a esses tumores ou cistos, dificultando a extração, no
tratamento endodontico, ortodôntico (acaba sendo dentes mais sujeitos a reabsorção da raiz durante a
movimentação), prótese (longevidade da prótese desconhecida, no entanto, não é bom colocar esse dente como pilar
apoio de uma prótese fixa). Qualquer dente que tem uma angulação tem uma possibilidade maior de reabsorção
radicular. Só detecta radiograficamente.

TAURODONTIA - Anomalias que envolvem os molares  São anomalias que acontecem no assoalho da câmara
pulpar com a região apical. Ficando com imagem de uma câmara pulpar grande. Pode está associada a alguma
síndrome. Dificuldades: tratamento endodôntico (a região mais próximo da câmara é a oclusal então abri pela oclusal
remove o teto da câmara pulpar e visualiza os canais e com a lima vou ter que introduzir, mas se esse assoalho da
câmara ta muito embaixo eu posso ter dificuldades de localizar esses canais).

PÉROLAS DE ESMALTE: Também chamado de Anemeloma. A pérola de esmalte será detectada só em


radiografia, é um crescimento de esmalte podendo conter só esmalte, mas também pode conter esmalte, dentina e
polpa. Dificulta extração e tratamento periodontal.

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
70

ANOMALIAS DE NÚMERO

HIPODONTIA: Números de dentes menores que o padrão de normalidade. Oligodontia (6 ou mais dentes ausentes)
– Anodontia ou agenesia (ausência de dente naquela região, ex: anodontia do elemento 15).

DISPLASIA ECTODERMICA - Distúrbio hereditário do ectoderma, dente em forma cônica, número reduzido de
glândulas sudoríparas, pelos raros, pele seca, hipertermia por não transpirar  É um exemplo de oligodontia, porque
faltam vários dentes, mais seis dentes. É uma alteração na formação do ectoderma, geralmente se detecta na
infância, devido a quantidade menor de glândulas sudoríparas.

HIPERDONTIA - Dentes supra numerários, ou extra super numerários. Número de dentes além dos padrões de
normalidade. Pode ter a forma da região ou pode ter uma forma anomola, quando ele fica na região da linha média é
chamado de mesiodente, quando é na região do 4º molar pode ser distomolar ou paramolar.

DENTES NATAIS OU NEONATAIS - Dentição pré-decídua  Dentes que percedem os decíduos, estruturas com
capuz de esmalte ou dentina que se localizam no tecido mole. Dentes natais são aqueles que a criança nasce com
aquele dente, e dentes neonatais são aqueles que rompem no primeiro mês de vida. E a dificuldade que terá será
com relação da amamentação e ai terá que ser avaliado os cistos gengivais e a criança pode aspirar, pode ocorrer
lesões na língua, amamentação.

DENTIÇÃO PÓS-PERMANENTE - Elementos dentários retidos ou erupção de elementos supra-numerarios sob as


próteses  Quando faz prótese deve ser feito exame radiográfico, porque na verdade esses dentes pós permanente
são dentes que ficaram esquecidos, podendo ser dentes inclusos, restos radiculares ou também aquela pessoa que
sempre usou prótese e nunca fez uma radiografia.

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
71

RAÍZES SUPLEMENTARES - Anomalias de número de raízes. Dificultam na extração do elemento e no tratamento


endodontico  Ex: molar inferior possui duas raiz e ele vai possuir três raízes.

ANOMALIAS DE ERUPÇÃO

DENTES IMPACTADOS - Possui uma barreira física para ele romper ou falta de espaço  Não rompe devido a
barreira óssea ou dentária. Ele pode ser dente incluso que está lá dentro do tecido ósseo ou semi-incluso.
Geralmente a erupção está desfavorável, ou quando tem uma perda precoce dos dentes decíduos e acabou
ocorrendo a angulação dos dentes.

ERUPÇÃO RETARDADA - Fora da cronologia fisiológica  Os dentes começam a se romper por volta de dois terço
quando a raiz está formada, a melhor forma de se comparar um atraso ou avanço do crescimento de um dente é
comparando um lado com o outro.

SUPRA-ERUPÇÃO - Na ausência de antagonista, o elemento ultrapassa a linha de oclusão  Quando não tenho o
48 o 18 passa da linha de oclusão, simplesmente por não ter o contato e ele vai descendo até tocar a mucosa
inferior.

GIROVERSAO - O dente girado no seu longo eixo.

MIGRAÇÃO/INCLINAÇÃO - Quando perde um dente, normalmente migra para a mesial. Ex: perde o 35 e o 36
inclina, tenta achar apoio no dente na interproximal.

TRANSPOSIÇÃO - Dente troca de posição com o outro  É a mudança do dente, canino no lugar de PM e PM no
lugar do canino.

ESCLERODERMA OU ESCLEROSE SISTÊMICA - Aumento do espaço do ligamento periodontal  Aumento da


espessura e radiopacidade da lamina dura. Grande disposição de colágeno, falta de falanges distais, reabsorção
ósseo mandibular, e devido essa grande quantidade de colágeno faz com que a pessoa tenha dificuldade de abrir a
boca, ficando com uma pele rígida e esse contato com o tecido ósseo provoca reabsorção do ramo, do côndilo.
Doença grave, rara, podendo apresentar anomalia de erupção.

HIPERPARATIREOIDISMO - Diminuição da radiopacidade da lâmina dura  pode ser por aumento de tecido ósseo
no palato, ou um tumor . A hiperparatireoide é responsável por manter os níveis de cálcio no sangue, então se tem
hiperparatireoidismo, pode ser em função de um tumor na paratireoide ou uma insuficiência renal, falta de vitamina D.
O hiperparatireoidismo secundário é quando tem alteração nas glândulas. Pode ser por displasia fibrosa. Quase não
da pra ver a lamina dura. Os sintomas semelhantes é fraqueza, magreza.

ANOMALIAS MAXILO-MANDIBULARES

FENDAS OROFACIAIS – FENDA LABIAL E FENDA PALATINA - Falta de fusão dos dois processos: processo
palatino e processo fronto - nasal. Congênito. Ocorre no fumo/cigarro, álcool, medicamentos (ácido fosfórico,

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
72

anticonvulsivantes)  Não dói porque o palato é aberto, único problema é mais a deglutição. Pode ser genético
congênito ou genético hereditário aumento a possibilidade da criança vir com a fenda.

MACROGNATIA - Crescimento grande da mandíbula  Tratamento: cirurgia ortognática.

MICROGNATIA - Crescimento pequeno da mandíbula  Tratamento: cirurgia ortognática.

EXOSTOSE – TÓRUS - Protuberância óssea localizada na cortical óssea. Assintomático. Palatino ou mandibular 
Tratamento: Remoção, portanto a possibilidade de recidiva é muito grande, se interferir ou lesionar ai tira.

DEFEITO DE STAFE OU PSEUDOCISTO DE STAFNE - Tecidos de glândulas salivares imagem RL com aro RO na
região de molar abaixo do canal mandibular  ou seja, não tem nada haver com alteração dentária. Tratamento: não
tem, porque na verdade é uma variação anatômica.

TÉCNICAS EXTRA ORAIS OU EXTRA BUCAIS


São técnicas que de maneira geral com exceção da radiografia panorâmica, precisam ter indicações precisas, já a
panorâmica dá pra se fazer uma avaliação inicial no paciente, porque assim você terá uma visão panorâmica do
paciente. No entanto, existem técnicas específicas que serão solicitadas para cada alteração já visualizada na
panorâmica ou periapical, verificando qual a incidência e a técnica de melhor de escolha, para um melhor
diagnostico.

Equipamento Filme Posição do Paciente

Técnica Extra Bucal

Em relação ao filme integrado, ao equipamento e as condições do paciente nas técnicas extra bucais, o que difere
das técnicas intra orais? O equipamento que empregamos nas técnicas intra orais tem uma miliamperagem e uma
quilovoltagem fixas, para que as diversas regiões da cavidade oral, exemplo, região de incisivos inferiores, possui
espessura menor e as raízes com diâmetro menor, comparado com a região de molar por exemplo que é uma região
com um rebordo mais espesso, raízes tanto pra vestibular quanto lingual, então modificando o tempo de exposição já
é o suficiente para obter radiografias em diversas regiões da cavidade oral, variando o tempo de exposição,
automaticamente aumentando a quantidade de radiação X. As técnicas extra-orais, geralmente são para radiografar
regiões do crânio, regiões maxilares, então radiografando essas regiões só aumentando o tempo de exposição não é
o suficiente para obter a radiografia, então temos que aumentar a miliamperagem (quantidade de radiação X),
aumentar a kilovoltagem (poder de penetração), tendo um aparelho mais potente para regular essas especificações.

O écran transforma a radiação X em luz, a luz que sensibiliza a película então essa película em filmes extra orais são
mais sensíveis a luz do que a radiação X, e empregamos esse filme porque podemos abaixar muito a quantidade de
radiação X.

A posição do paciente, nas técnicas intra orais, o paciente geralmente fica sentado, já nas técnicas extra orais
geralmente ele fica em pé, e em algumas técnicas fica sentado e poucas deitado.
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
73

Os aparelhos extra orais, possuem o cefalostato, que imobiliza e posiciona a cabeça do paciente, na posição correta.

TAMANHOS DOS FILMES:


13x18 cm  radiografia para mão e punho.
24x30 cm  teleradiografias laterais, horizontais.
18x24 cm  teleradiografias laterais, horizontais.
15x30 cm  panorâmica.

INDICAÇÕES:
 Coadjuvantes (auxilio) das radiografias intra bucais  Ex: Feito uma periapical e não conseguiu observar toda a
extensão da lesão, pegando como auxilio a técnica extra bucal para observar o cisto ou tumor em toda a sua
extensão,
 Localizar fratura  Durante a anamnese, paciente relata, e então fará uma técnica de melhor escolha para
melhor avaliação e um diagnostico fiel daquela fratura.
 Delimitar grandes áreas patológicas  Caso o paciente apresente um sialolito, se for feito a periapical ficará
aquela imagem radiopaca no corpo da mandíbula, na região da glândula submandibular e por lingual, e
podemos achar que está grande ou não, pode aparecer uma condensação óssea ou um osteoma, por isso é
importante tanto a anamnese quanto o exame clinico, e dependendo da incidência eu não consigo observar
bem, por isso lançamos mão das radiografias extra orais.
 Exames com contraste para glândulas salivares  A glândula mais acometida por calculo ou tumor, é a
submandibular, então no ducto excretor é injetado um contraste a base de iodo e ai faz a tomada radiográfica
com contraste. Esse contraste tem reação alérgica muito grande, por isso hoje em dia se opta mais para a
ressonância e ultrassonagrafia, sendo estes exames menos invasivos, mas se tem que injetar contraste porque
a glândula é tecido mole e não se vê na radiografia e o iodo se da uma imagem RO.
 Avaliação em ortodontia e cirurgia ortognática  Que são as telerradiografias.
 Outras  Às vezes existem pacientes com trismo, pacientes especiais, paciente com dificuldade para
posicionamento do filme na cavidade extra oral.

PRINCÍPIOS BÁSICOS
 Conhecer as incidências  direção que a radiação x incidiu com o tecido;
 Selecionar a técnica  cada direção tem varias técnicas;
 Conhecer a anatomia radiográfica  em cada técnica e incidência.

CLASSIFICAÇÃO DAS INCIDÊNCIAS:


 Laterais  a incidência vem de um lado ao outro; latero-lateral;
 Frontais/Coronal  a incidência vem de anterior para posterior, ou vice-versa;
 Axiais  a incidência vem de superior para inferior ou vice-versa;
 Oblíqua  a radiação x vai incidir com a forma minada, do crânio ou da face;

INCIDÊNCIAS LATERAIS
 Perfil de face (ou perfil duro de crânio)  Você só vê tecido ósseo, não se vê tecido mole.
 Perfil de face pouco penetrado  Emprego pouca radiação X.
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
74

 Cefalométrica de perfil (ou telerradiografia em norma lateral);

PERFIL DE FACE
 Paciente com PSM paralelo ao filme;
 Raio central perpendicular ao arco zigomático, incidindo no crânio
 Não utiliza filtro pra tecido mole.

Indicação: Avaliar calota craniana, base do crânio, terço médio, terço inferior e terço superior da face, vou observar
alterações, cistos, tumores, imagens RL ligadas a metástases.

PERFIL DE FACE POUCO PENETRADO - O posicionamento do filme é o mesmo, então PSM paralelo ao filme.
 Exame de tecido mole, ossos nasais e lábios  Essas regiões são muito finas, e teoricamente, dizemos pouco
penetrado mais temos que diminuir bastante a quantidade de radiação x, ou seja, a metade da quantidade de
radiação x, e não a kilovoltagem, porque assim não terá a quantidade o suficiente para passar e penetrar no
crânio, e só o suficiente para tecidos moles e ossos delgados que é o que buscamos para essa técnica.
Indicação: Suspeita de fratura em ossos nasais, acidentes com pedaço de vidro em lábios, tecidos moles e com
aquele edema pode ter duvidas, de que contem algo ali na região, e assim com essa técnica conseguimos uma
imagem visível.

CEFALOMÉTRICA DE PERFIL
 Utilização do cefalostato (olivas - vai no ouvido e apoio frontal - vai na glabela);
 Distância foco-objeto de 1,52  Feito nessa distância para que tenha uma imagem mais fiel, obtendo um
tamanho das estruturas mais fidedigno com o do paciente, nem ampliando, nem diminuindo as estruturas.
 Filtro para tecidos moles;
 PSM paralelo ao filme;
 Plano Horizontal de Frankfurt (semelhante ao plano de camper) paralelo ao solo;
 Paciente em oclusão  Dentes em contato, e o ideal é que os lábios também se toquem.
Vê todo o tecido mole, e a partir dessa radiografia ou o profissional pede analise computadorizada ou se faz
manualmente, definindo se o paciente tem a face longa ou curta, se está com a mandíbula de um tamanho
aumentado em relação a maxila, posicionamento dos dentes e então o ortodontista se faz o planejamento sendo
até casos de cirurgias orotognáticas, e isso tudo é feito por um parâmetro.

INCIDÊNCIAS FRONTAIS (PA)


 PA (póstero-anterior) de mandíbula;
 PA de seio frontal e etmoidal (fronto-naso);
 PA de sérios maxilares (mento-naso);
 Telerradiografia em norma frontal;

PA DE MANDÍBULA - Paciente de frente para o filme, radiação do filme de posterior para anterior, tem como objetivo
observar a mandíbula principalmente. Então, o paciente pode ter cistos, tumores, você quer observar se tem
expansão da mandíbula, ou na região do ramo, ou na região do corpo, ou uma lesão cística, tumoral, fraturas, você
quer verificar se tem expansão em ramo, corpo e fraturas em toda a mandíbula.

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
75

PA FRONTO NASO
 Técnica de Caldwell;
 Paciente com a testa e nariz apoiado no filme  Radiação vindo de posterior para anterior, paciente de frente
pro filme.
 Exame do seio frontal e etmoidal  No entanto, conseguimos avaliar outras regiões da calota craniana também.
O seio maxilar é uma imagem RL e se a imagem está RO significa que contém secreção na região, que são os
tipos de sinusites do seio maxilares, seios frontais, seios etmoidal. Caso fique em duvidas comparamos a
radiolucidez da orbita, porque geralmente é da mesma cor. Mas também conseguimos avaliar a parte da orbita
em casos de fraturas.

PA MENTO NASO
 Técnica de Waters;
 Paciente com o mento e nariz apoiados no filme  Radiação vindo de posterior para anterior.
 Exame dos seios maxilares  Mas é bem mais amplo que isso, porque nela conseguimos avaliar o seio frontal,
região inferior da orbita, conseguimos visualizar toda a região do terço médio da face.

TELERRADIOGRAFIA EM NORMA FRONTAL


 Utilização do cefalostato (olivas e apoio frontal);
 Distância foco-objeto de 1,52 m  Tendo uma dimensão na radiografia de 1:1, ou seja, fiel às estruturas
anatômicas do paciente.
 PSM perpendicular ao filme  Paciente de frente para o filme.
 Plano Horizontal de Frankfut paralelo ao solo  Posição da cabeça do paciente. É que o plano de Frankfut na
verdade ele é estrutura óssea, mas no paciente você não vê estrutura óssea, no entanto é bem semelhante ao
plano de camper;
 Paciente em oclusão;
 Análise de assimetria facial (análise de ricketts)  Medir um lado e outro e comparar se a assimetria do paciente
se é realmente óssea ou não.
Indicado para tratamento ortodôntico, ou cirurgias ortognáticas.

INCIDÊNCIA AXIAL  No crânio a radiação X vem de inferior para superior ou de superior para inferior.
 Hirtz (submento-vértice)  a radiação X vem da região do submento em direção ao vértice do crânio, de inferior
para superior;
 Hirtz Invertida (vértice-submento)  a radiação X vem do vértice do crânio para região inferior; ou seja, encosta
o topo do crânio no filme e dependendo da idade do paciente ele não consegue ficar muito tempo nessa
posição;
 Hirtz Pouco Penetrada.

HIRTZ (SUBMENTO-VÉRTICE)
 Vértice do crânio apoiado ao chassi;
 Exames do seio esfenoidal, região do palato, base do crânio;

HIRTZ INVERTIDA (VÉRTICE-SUBMENTO)  Decúbito ventral, deitado a mesa e apoia o queixo no filme e a
radiação x vem de superior para inferior ou seja do vértice do topo do crânio para o submento.

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
76

HIRTZ POUCO PENETRADA


 Exames dos arcos zigomáticos (principalmente fraturas do arco zigomático)  Quantidade de radiação X bem
pequena, nesta verifica algum tumor, lesão expansiva, na região do palato. Só consegue ultrapassar estrutura
delgadas, pouco espessa, então é a metade ou um terço da radiação X que se usaria, dando pra observar o
arco zigomático.

PA DE MANDÍBULA X TELERRADIOGRAFIA DE NORMA FRONTAL: A PA de mandíbula não tem cefalostato (RO),


vê bem mais nítido tecido mole na telerradiografia.

INCIDÊNCIA OBLIQUA Radiação incide de uma forma inclinada na face ou no crânio.


 Lateral obliqua de mandíbula (bellot)
 Transcraniana (schuller)

BELLOT (LATERAL OBLIQUA DE MANDÍBULA)  Paciente fica com a mandíbula de forma inclinada, podemos
fazer de duas formas, quero observar uma imagem sugestiva de um cisto dentígero em terceiro molar do lado
esquerdo, e nas radiografias de perfil sobrepõem de um lado sobre o outro, mas eu quero olhar de um lado só e não
os dois do lado direito sobre o lado esquerdo, eu quero vê até aonde tem aquele cisto, então pra isso temos que tirar
esse lado não tendo sobreposição, então ou inclinamos o cabeçote para não pegar o lado direito da mandíbula sobre
o lado esquerdo, ou então eu deixo a fonte paralela ao plano horizontal e inclino a cabeça do paciente, o que importa
é que a radiação X não fique sobreposto um lado sobre o outro.
 Filme encostado à face do paciente;
 Raio central incidindo obliquamente a mandíbula  Podemos observar o côndilo e o ramo da mandíbula sem
sobreposição de um lado sobre o outro;
 Exame do corpo e ramo da mandíbula.

SCHULLER (TRANSCRANIANA)  Radiografia específica para observar a articulação têmporo mandibular.


 ATM (oclusão-repouso-aberta);
 Posicionadores auriculares;
 Exame do espaço articular e relação fossa mandibular e cabeça da mandíbula  Vejo só tecido ósseo,
verificando assim a integridade das estruturas ósseas.
Faz radiografia do lado direito e outra do lado esquerdo e ainda se faz três tomadas radiográficas de cada lado,
existe um outro nome dado a técnica que á Seliografia da ATM, porque se faz a tomada radiográfica em
paciente em oclusão, em repouso e de boca aberta. Então, existem os posicionadores orbiculares para
posicionar o paciente na posição correta. Não se pode sobrepor um lado sobre o outro então a incidência fica 5
cm acima do conduto externo e 1cm atrás. Paciente de boca aberta o ideal é que a cabeça da mandíbula não
passe da direção da eminencia, se tem uma hipermobilidade, ou seja, essa cabeça da mandíbula esta na frente
do local certo que ela deveria estar, esta tendo uma hipermobilidade dessa mandíbula, uma avanço muito
grande dela, e qual o rico que pode ter? Luxação, podendo travar de boca aberta. Então nessa radiografia
vamos verificar se tem osteófitos, processos proliferativos na cabeça da mandíbula.

RADIOGRAFIA DE MÃO E PUNHO  Usados mais em ortodontia e cirurgias ortognáticas. Ex: Ortodontista acha
que a maxila cresceu muito tendo uma classe II, e então vou colocar um aparelho pra restringir esse crescimento da
maxila, só que dependendo da idade do paciente eu tenho que avaliar se ele ainda tem crescimento. Geralmente é
DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
77

feito com a mão que o paciente não escreve só por precaução. Então ele coloca a mão sobre o filme e área de
incidência 1% da mão do paciente. As falanges como no radio e na ulna, são ossos longos, durante o período de
crescimento ele tem o que falamos de diáfise e epífise, quando a pessoa está em crescimento de acordo com a idade
primeiro a epífise é pequena depois vai aumentando ficando da mesma altura que a diáfise e depois elas começam a
se unir no meio até se unir totalmente, isso acontece no rádio, na ulna e em todas as falanges. Então essa é uma
sequencia que pode ser usada para vê se a criança ou jovem já teve o grau de maturidade óssea. Quando a epífise e
a diáfise e o radio se uniu não se tem mais crescimento. Todas as pessoas possuem surto de crescimento pubertal
muito grande durante uns dois anos, ou seja, em torno de 10 a 17 anos tem um crescimento muito grande da
estrutura da face e da altura também, e o ortodontista utiliza esse período para se alguma região precisa de um
crescimento ósseo tem um resultado muito melhor, e as vezes ele faz a radiografia de mão e punho e já passou esse
período, então ele não pode esperar grandes resultados se o objetivo era maior de algum osso maxila ou mandíbula
 Padrão da maturidade esquelética;
 Vê a idade óssea, idade da maturidade óssea do paciente.

DD

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
78

RADIOGRAFIA PANORÂMICA
São técnicas empregadas para tomadas radiográficas com o filme colocado fora da cavidade bucal.

A tomografia foi descoberta em 1921 – BOCAGE; radiografar em partes Tomos (cortes) sem superposição de
tecidos.

1948 – OTT em Berna havia utilizado um tubo oral objetivando um exame com todas as partes (completo) abandonou
pq produzia queimaduras.

INDICAÇÕES:
 Diagnóstico precoce, exame de triagem;
 Avaliação da dentição decídua/permanente;
 Processos patológicos extensos;
 Fraturas dos maxilares;
 Avaliação forma e contorno ATM;
 Avaliação inicial para implante, periodontia;
 Avaliação para tratamentos ortodônticos;

Osso hióide aparece duplicado, fazendo um borrão branco perto do ângulo da


mandíbula, que confunde com estrutura óssea ou até mesmo lembra dente incluso.
Em crianças, por ser difícil a tomada radiográfica periapical, faz-se a panorâmica e em
seguida a periapical nas áreas onde for preciso.

PRINCÍPIO DAS PANTOMOGRAFIAS


 Procedimentos estáticos  chegava a provocar queimaduras;
 Procedimentos Dinâmicos (evoluiu): Princípio Concêntrico, Princípio Excêntrico, Princípio Concêntrico e
Excêntrico e Princípio da Elipsopantomografia.

PROCEDIMENTO ESTÁTICO: fonte de RX dentro da boca sem movimentos. Provoca queimaduras na boca do
paciente. E não era boa na visualização das estruturas (alta distorção), eram 2 tomadas separadas.

PRINCIPIO DA ELIPSOPANGRAFIA: ocorre o movimento do filme e da fonte de RX (Pamex, Panelipse) vai


acompanhamento a curvatura da arcada. Múltiplos centros.

PRINCÍPIO CONCÊNTRICO: o filme gira para um lado e a cadeira para o outro e a fonte de RX fica estática, ou seja,
o paciente. e o filme que se movimentam (Rotograph)

PRINCÍPIO EXCÊNTRICO: (Panorex) Paciente fica parado, o filme gira pela frente e a fonte de RX gira para trás.
Desvantagem: ocorre imagem duplicada na região anterior - 2 centros de rotação.

OBS.: principio concêntrico e excêntrico tem 3 centros de rotação  Quanto mais centros melhor a radiografia – bom
diagnóstico.

Fernanda Valle– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
79

PREPARAÇÃO TÉCNICA - Posicionamento do paciente:


 Retirar todo material metálico (brincos, cordões, etc)
 Colocar o mento sobre o apoio;
 Posicionar na testeira;
 Juntar os pés (para que a coluna fique ereta);
 Colocar a língua sobre o palato;
 Usa-se um stop para que os dentes não fiquem em oclusão.

USO DAS RADIOGRAFIAS NA CLÍNICA GERAL:


 Visão geral de mandíbula e maxila;
 Planejamento;
 Pré e pós tratamento

VANTAGENS DAS RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS:


 Facilidade da técnica;
 Baixa dosagem de radiação;
 Exame dos arcos dentários em uma única tomada radiográfica.

DESVANTAGENS:
 Ampliação e distorção;
 Sobreposição
 Perda de detalhes.

OBS: Achados em panorâmicas: temos que nos atentar e correlacionar com as síndromes existentes. Ex: Em um
caso clínico foi visto a presença de supranumerários , odontomas e osteomas, logo temos que associar com a
Síndrome de Gardner.

Fernanda Valle– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
80

RADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITAL X CONVENCIONAL  Tem como objetivo melhorar a imagem, diminuir a quantidade de
radiação X em relação ao paciente (Uma radiografia periapical, por exemplo, que normalmente utilizamos 0,5 – 0,8
segundos, já no digital usamos 0,05 – 0,08, sendo uma menor quantidade de radiação X), menor a agressão com o
meio ambiente (por não ter o processamento radiográfico). Na odontologia legal temos que guardar por 10 anos o
prontuário com a fixa do paciente deis da ultima consulta, só que é muita coisa para apenas um paciente então o
ideal é que digitalize esse documento e fique armazenado de forma digital, e o restante do documento é entregue ao
paciente.

Na radiografia convencional ou analógico, nós utilizamos os filmes radiográficos, processamentos químicos e já na


radiografia digital o filme radiográfico é substituído por um sensor eletrônico podendo ser acomplado (CCD), ou então
pode ser um outro sensor que é semelhante ao filme radiográfico em termo de espessura acoplado por uma
embalagem e esses dois tipos de sensores não precisam de processamento químico.

Os sensores são mais sensíveis a radiação X que os filmes radiográfico, por isso a dose de radiação X é menor do
que com os filmes radiográficos.

DESCARTE DOS EFLUENTES DO PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO


 Revelador  Nele contém Elon, Hidroquinona e esse material quando troca por não esta fixando mais a
imagem, temos que colocar em galões para empresas apropriadas fazer a coleta, além de ser alcalino, não
podendo ser descartado na rede de esgoto, porque precisa ter um pH neutro.
 Fixador  Possui um pH ácido e contém prata sendo tóxico. Pois ele remove os cristais de prata que foram
sensibilizados. Sendo necessário armazenar em galões para empresas especializadas recolherem e removerem
esses cristais de prata e fazer a prata de utensílios, objetos, bijuterias.
 Água de lavagem
 Películas, embalagem e lâmina de chumbo  A película contém prata, a embalagem também é contaminado
com a prata, a lâmina de chumbo por ser um material sólido, todos esses componentes agridem o meio por esse
motivo o digital entra sobre vantagem de melhor escolha.

RADIOGRAFIA CONVENCIONAL OU ANALÓGICA  Nós temos a radiação X que passa para o objeto (região
que está sendo radiografada), sensibiliza o filme, criando a imagem latente e na câmara escura realizo o
processamento químico e assim tenho a minha imagem, minha radiografia.

RADIOGRAFIA DIGITAL DIRETA  Então eu tenho o aparelho de raio X, que passa para o objeto (região que
estou radiografando), sensibiliza o sensor, como é radiografia digital direta fez a tomada radiográfica e a imagem já
aparece no monitor do computador, podendo imprimir ou não. Lembrando que a imagem digital possui mais
detalhe, ou seja, melhor do que a imagem impressa.

O 1º SENSOR DIGITAL - 1986 – Dr. Francis Moyen desenvolveu o primeiro sistema de radiografia digital intra-oral.

A técnica por radiografia digital pode ser usada para qualquer técnica intra-oral ou extra-
oral, pois já temos tanto aparelhos quanto sensores para qualquer opção.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
81

AQUISIÇÃO DA IMAGEM DIGITAL


 Direta  faz a tomada radiográfica e diretamente aparece a imagem no monitor.
o Sensor CCD

 Indireta  faz a tomada radiográfica, temos que pegar o sensor e colocar no scanner para se fazer a leitura, não
aparece diretamente no monitor.
o Placa de fósforo (PSP)

 Radiografia Digitalizada  pegamos uma radiografia convencional e passa ela para o monitor seja por máquina
digital ou scanner, então ela foi adquirida de forma convencional.
o Scanner
o Máquina Digital

RADIOLOGIA DIGITAL DIRETA – Sensor tipo CCD (Charge Coupled Device – Dispositivo de carga acoplado)  É
um tipo de sensor que fica acoplado, tem um cabo ligado no computador. Esse sensor comparado com o filme extra-
oral é mais espesso podendo ter um certo de desconforto e utiliza fio, mas tem outros que não tem fio mas
dependendo da região pode ter interferência para a passagem de imagem. Sendo que ele é bem prático
principalmente para endodontista. Vantagem é que ele vai está aparecendo diretamente no monitor. Como ele
funciona:

TECNOLOGIA - RX são convertidos em luminosidade e direcionados pela fibra ótica  A porção do sensor
eletrônico é do tipo silício, mas esses sensores podem só ter o tipo silício mais normalmente ele tem uma camada de
fibra ótica e um sentilador. Então a radiação X passa, e o sentilador converte a radiação x em luz passando pela
camada de fibra ótica e chega no silício sensibilizando o sensor.

RADIOLOGIA DIGITAL INDIRETA – Placa de fósforo (PSP)  Pego o sensor coloco ele dentro da embalagem
descartável faço a tomada radiográfica e no sensor ficou a imagem latente, depois coloco no scanner e consigo
observar a imagem radiográfica. Para usar novamente esses sensores, existe scanner que limpam os sensores ou
podemos usar uma placa apagadora que coloca no sensor, que limpa também a imagem podendo ser usado para
uma nova tomada radiográfica, ou também podemos ligar o estetoscópio que sensibilizará o filme inteiro apagando a
imagem. Sempre usando esses sensores em embalagens descartáveis.

RADIOGRAFIA DIGITALIZADA – Scanner; Câmara Digital  Faz a radiografia de forma convencional, e depois
escolhe se fotografa ou se scanneia. No entanto, a radiografia em forma digital é melhor que a digitalizada tendo um
contraste melhor, mais tons de cinza.

IMAGEM DIGITAL  A imagem digital é uma imagem partida, que você irá arquivar no computador.
 A imagem é constituída por Pixeis (Picture elements)
 256 tons de cinza
 A cada pixel é designado um tom de cinza dependendo da quantidade de radiação que atinge o sensor.

O pixel é a menor parte da imagem digital, e cada pixel tem um valor numérico e tem um tom de cinza. Então a
imagem digital é arquivada de forma numérico. Então no computador é como se fosse cada pixel representasse um
número e cada número um diferente tom de cinza. Obtendo assim um maior tom de cinza do que em radiografias
convencionais, possuindo então um contraste muito melhor.
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
82

Quanto maior o tamanho do pixel menor quantidade de pixel vai compor aquela imagem, tendo uma imagem ruim.

Quanto menor o tamanho do pixel maior quantidade de pixel vão formar aquela imagem, tendo uma imagem boa.

QUALIDADE DA IMAGEM  Então uma imagem boa é aquela que tenho grande número de o pixel, ou seja,
pequenos e que tenho mais contraste, que está relacionado aos tons de cinza.
 Resolução espacial: Tamanho do pixel.
 Resolução de contraste: Tons de cinza que formam a imagem.

RECURSOS DE MANIPULAÇÃO DA IMAGEM  Esses recursos ajudam a investigar hipóteses diagnósticas.


 Maior brilho
 Maior contraste
 Modificar cores

RADIOGRAFIA DIGITAL - PRINCIPAIS VANTAGENS


 Redução da dose de radiação;
 Dispensa processamento químico  Não tendo lixo gerado, e nem possibilidades de repetir a radiografia por
conta do processamento;
 Permite ajustar densidade, contraste e brilho;
 Permite empregar recursos do software;
 Facilidade de arquivamento  Não tem a questão de problemas de locais úmidos, se não da fungo, nem a
radiografia, por conta do tempo;
 Facilita a comunicação.

RADIOGRAFIA DIGITAL - PRINCIPAIS DESVANTAGENS


 Custo alto  Inicial, para adquirir o equipamento, mas temos que pensar que em longo prazo não estaremos
comprando fixador, revelador, filme;
 Perde qualidade ao imprimir;
 Validade Legal  existe medida provisória para validação jurídica de documentos digitais.

LEGALIDADE DAS IMAGENS DIGITAIS


 Medida provisória 2200-2 de 24 de agosto de 2001.
 Instituição de Chaves Públicas – Brasil (ICP – Brasil)
 Validação jurídica de documentos digitais.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
83

FILOSOFIA DA INTERPRETAÇÃO
Interpretar  é juntar dados objetivos e subjetivos e discernir cientificamente.

Decálogo:
1- Dar ao diagnóstico o conceito de pesquisa.
2- Conceber a importância dos sinais e sintomas.
- Sinais: tudo que faz lembrar ou represente alguma coisa.
- Sintomas: fenômeno relacionado com a função – natureza ou sede de uma enfermidade.
3- Fundamentar as observações em conhecimentos científicos – conhecer – portanto – anatomia – fisiologia –
patologia e semiologia.
4- Não emitir conceito pessoais sem que possa comprovar cientificamente. (não pode chegar e dizer as coisas
“achismo” baseado em que ?).
5- Fundamentar-se em exames complementares confiáveis.
6- Dar extrema importância aos achados do exame.
7- Discernir entre os sinais – sintomas e obeservações visuais correlacionado para definir corretamente.
8- Atentar para os fatos ou imagens que possam mascarar o processo – sejam eles locais ou sistemáticos.
9- Ter sempre em mente a síndrome de Celsus (dor, calor, rubor e edema) e o enunciado de Galêno.
10- Lembrar-se que a clinica é soberana. Todavia o ser examinador é humano.

PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA


 Identificação da região: anatomia.
 Identificação do picote

CUIDADOS TÉCNICOS
 Na tomada das radiografias
 Na câmara escura

Devemos obter radiográficas que exibam todos os limites de uma área suspeita, incluindo o osso nasal que fica além
da mesma.

CONHECIMENTOS E DANOS DE VARIAS TÉCNICAS


 Intra bucal
 Extra bucal

ORIENTAÇÃO PARA UMA SEQUENCIA A SER SEGUIDA NUMA INTERPRETAÇÃO


 Exame de coroa dentária
 Câmara pulpar
 Canal radicular
 Espaço pericementário
 Cortical alveolar
 Região periapical
 Crista óssea alveolar

Corina Gomes– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
84

CLASSIFICAÇÃO DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS


Diagnóstico:
 Anamnese (parte subjetiva)
 Exame Clínico (parte objetiva)
 Exames por Imagem
 Biópsia por Aspiração (porque os cistos contem liquido em seu interior)

Lembrar que cada parte do dente e da boca tem suas doenças mais comuns, que podem ser vistas na
radiografia:
 Coroa  radiolucidez = cárie (+ comum)
 Raiz  radiopacidade = nódulos / radiolucidez = reabsorção
 Ápice periapicopatia
 Periodonto  perda da continuidade da crista óssea e lâmina dura.

1. CISTOS INFLAMATÓRIOS
1.1. Cisto Radicular Apical e Lateral
Cisto Periapical
 Características Clínicas  não apresentam sintomas. Com o crescimento do cisto podem ocorrer
mobilidade e deslocamento do dente adjacente.
 Características Radiográficas  imagem radiolúcida arredondada circunda o ápice do dente acometido,
com perda da lâmina dura ao longo da raiz adjacente. Presença de reabsorção radicular.
 Diagnóstico Diferencial  Granuloma Periapical.
Cisto Radicular Lateral
 Características Radiográficas  imagem radiolúcida discreta ao longo da porção lateral da raiz.
 Diagnóstico Diferencial  Cisto Periodontal Lateral.

1.2. Cisto Radicular Residual


 Características Radiográficas  imagem radiolúcida de forma circular, localizada na região alveolar de
um dente removido. O cisto ocorre quando o dente é removido e a curetagem não é bem feita.

1.3. Cisto Paradentário (Cisto de Craig)


 Características Clínicas  associado a terceiros molares semi-inclusos com história de pericoronarite
prévia.
 Características Radiográficas  imagem radiolúcida bem delimitada localizada na distal de terceiros
molares semi-inclusos.
 Diagnóstico Diferencial  Cisto Radicular Lateral e Cisto Dentígero.

2. CISTOS DE DESENVOLVIMENTO ODONTOGÊNICOS


2.1. Cisto Gengival do Recém-nascido (Cisto da Lâmina Dentária; Pérolas de Epstein; Nódulos de Bohn)
 Características Clínicas  pequenas pápulas com conteúdo de ceratina, múltiplas, no rebordo superior
de recém-nascidos. São comuns e involuem espontaneamente com a ruptura das pápulas.

 Pérolas de Epstein  encontrados na linha média palatina.


 Nódulos de Bohn  lateralmente nos palatos duro e mole.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
85

2.2. Ceratocisto Odontogênico


 Características Clínicas  sexo masculino, mandíbula, região posterior. Quando possui grandes
dimensões apresentam dor e edema. É muito agressivo e recidivante.
 Características Radiográficas lesão radiolúcida multiloculada, com margens escleróticas bem
definidas.
 Diagnóstico Diferencial  Cisto Dentígero, Cisto Radicular.

2.3. Cisto Dentígero (Cisto Folicular)


 É o mais comum  1ª hipótese diagnóstica.
 Características Clínicas  o cisto envolve a coroa de um dente não irrompido e se conecta a ele pela
junção amelocementária.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida, unilocular, delimitada por halo radiopaco. Três
variações:
o Central  quando a imagem radiolúcida envolver simetricamente a coroa do dente;
o Lateral  quando a imagem radiolúcida se desenvolve ao longo de uma das superfícies
radiculares;
o Circunferencial  quando a imagem radiolúcida parece estar envolvendo o dente como um todo.
 Diagnóstico Diferencial  Ameloblastoma Unicístico, Tumor Odontogênico Calcificante.

2.4. Cisto de Erupção (Hematoma de Erupção)


 Características Clínicas  Análogo do Cisto Dentígero em tecidos moles. Aumento de volume, de
consistência mole, coloração arroxeada, na mucosa gengival, que recobre a coroa de um decíduo ou
permanente em erupção.

2.5. Cisto Periodontal Lateral (Cisto Odontogênico Botrióide)


 Características Clínicas  lesão assintomática. Ocorre ao longo da superfície radicular lateral de um
dente.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida lateralmente a raiz de dentes com vitalidade.
 Diagnóstico Diferencial  Ceratocisto Odontogênico, Cisto Radicular Lateral.

 Cisto Odontogênico Botrióide  variante do Cisto Periodontal Lateral com aspecto policístico. Aspecto
de cachos de uva. Com frequência mostra aspecto radiográfico multilocular.

2.6. Cisto Gengival do Adulto


 Características Clínicas  contraparte do Cisto Periodontal Lateral em tecidos moles. Nódulo indolor,
em forma de cúpula na gengiva ou mucosa alveolar.

2.7. Cisto Odontogênico Calcificante (Cisto de Gorlin; Tumor Odontogênico de Células Fantasmas)
 Características Clínicas  lesão intra-óssea.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida, unilocular, bem delimitada. Estruturas radiopacas
dentro da lesão são comuns (calcificações).

2.8. Cisto Odontogênico Glandular (Cisto Sialodontogênico)


 Características Clínicas  tipo raro que apresenta comportamento agressivo. Acomete a região anterior
dos ossos gnáticos, principalmente na mandíbula. Pequena lesão até grandes lesões destrutivas.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
86

Podem ser assintomáticos se pequenos, ou causar expansão associada a dor e parestesia, em grandes
cistos.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida uni ou multilocular com margens bem definidas.

3. CISTOS DE DESENVOLVIMENTO NÃO ODONTOGÊNICOS - CISTOS FISSURAIS


3.1. Cisto do Ducto Nasopalatino (Cisto do Canal Incisivo)
 Características Clínicas  os sinais e sintomas mais comuns são tumefação da região anterior do
palato, drenagem e dor. Algumas lesões podem ser assintomáticas, sendo identificadas na radiografia
de rotina.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida bem delimitada, próxima a linha média, na região
anterior da maxila, entre os ápices dos incisivos centrais. Formato ovalado de pera invertida, quando o
cisto empurra os incisivos centrais; ou de coração quando há projeção do septo nasal ou da espinha
nasal. Ambos com bordos escleróticos.

3.2. Cisto Nasolabial (Cisto Nasoalveolar)


 Características Clínicas  aumento de volume do lábio superior, lateral a linha média, resultando na
elevação da asa do nariz. Causa o apagamento do fundo de vestíbulo.
 Características Radiográficas  na maioria dos casos não há alterações radiográficas, mas pode
ocorrer a reabsorção do osso subjacente pela pressão causada pelo cisto.

4. PSEUDOCISTOS
4.1. Cisto de Stafne (Defeito de Stafne)
 Características Clínicas  concavidade focal no osso cortical da superfície lingual. É unilateral, podendo
ser clinicamente palpável, quando o defeito interromper a margem inferior da mandíbula. É
assintomático e não há modificação de tamanho.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida bem definida, assintomática, abaixo do canal
mandibular, na região posterior da mandíbula.
 Diagnóstico Diferencial  Ameloblastoma, Displasia Fibrosa.

4.2. Cisto Ósseo Traumático (Cisto Hemorrágico)


 Características Clínicas  cavidade benigna vazia, encontrada na mandíbula. Assintomática.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida, bem delimitada, unicística. Os dentes envolvidos são
vitais. Há festonação das raízes.
 Diagnóstico Diferencial  Ameloblastoma Unicístico, Cisto Residual.

4.3. Cisto Ósseo Aneurismático


 Características Clínicas  acúmulo intra-ósseo de espaços preenchidos com sangue. Causa aumento
de volume e dor.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida uni ou multilocular, associada com expansão
acentuada da cortical. Festonação de dentes envolvidos e contorno irregular.
 Diagnóstico Diferencial  Displasia Fibrosa, Hemangioma Intra-ósseo.

5. TUMOR ODONTOGÊNICO
5.1. Ameloblastoma  Três tipos:

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
87

1. Ameloblastoma Intra-ósseo Sólido Convencional ou Multicístico (86%)


 Características Clínicas  30 aos 70 anos, sem predileção por sexo. Ocorrem em mandíbula, na
região posterior. Tumefação indolor, de crescimento lento, e localmente invasivo. Pode causar
mobilidade dentária e apinhamento.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida multilocular. Quando as loculações são grandes
é descrita como em “bolhas de sabão”; quando as loculações são pequenas é descrita como “em
favos de mel”. Dente incluso está associado a lesão. Pode causar reabsorção das raízes ou não
(aspecto festonado).
 Diagnóstico Diferencial  Cisto Aneurismático, Ceratocisto Odontogênico, Mixoma.
 Tratamento  cirúrgico: com margem de segurança é mais comum; conservador tem risco de
recidiva. Crioterapia para evitar recidiva.
 Subtipos Histológicos  folicular (40%), plexiforme (30%), acatomatoso (11%), de células
granulares, basalóide, desmoplástico ou desmoplásico.

2. Ameloblastoma Unicístico (13%)


 Características Clínicas  ocorrem em mandíbula, na região posterior. A lesão é assintomática.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida, unilocular, bem definida. Pode ou não envolver
dente incluso.
 Diagnóstico Diferencial  Cisto Dentígero, Ceratocisto Odontogênico.
 Diagnóstico biópsia e punção.
 Tratamento  Enucleação com curetagem, pois não há evidência de expansão da lesão.

3. Ameloblastoma Periférico (Extra-ósseo) (1%)


 Características Clínicas  ocorre em mucosa gengival ou alveolar. Lesão indolor, não-ulcerada.
 Diagnóstico Diferencial  Fibroma, Granuloma Piogênico.

TRATAMENTO
 Enucleação  quando a doença cística é pequena; remover toda lesão, por biópsia excisional, e mandar para
análise;
 Marsupialização  remover parte da lesão, por biópsia incisional, e mandar para análise;
 Marsupialização seguida de Enucleação 
 Enucleação com curetagem  remover toda lesão e realizar curetagem do tecido ósseo e mole.

PUNÇÃO
 Amarelo Citrino  Cistos Inflamatórios (possui brilho por causa dos cristais de colesterol)
 Amarelo sem Cristais de Colesterol  Cisto Gengival do Adulto, Cisto Periodontal Lateral
 Sangue  Cisto Aneurismático ou Hemangioma Intra-ósseo
 Branco leitoso  Ceratocisto Odontogênico
 Ar  Cisto Traumático
 Exsudato  lesão com infecção
 Caramelo  Ameloblastoma

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
88

INTRODUÇÃO A ENDODONTIA
O exame radiográfico é um exame complementar, ou seja, não pode ser deixado de lado, pois complementa o todo.

1. RAIOS X INICIAL - DEVE-SE OBSERVAR:


 Tamanho aproximado do dente  odontometria: medição do elemento dental; a medida correta é essencial para
o correto tratamento endodôntico, ou seja, para o material não ficar nem além, nem aquém; não se pode iniciar o
tratamento sem a medição correta; se o dente tem coroa/condutometria: utilizado antigamente;
 Calcificações pulpares e radiculares  podem atrapalhar a manipulação mecânica do tratamento, produzindo
desvios e trepanações;
 Nódulos pulpares  assim como as calcificações, podem causar desvios e trepanações;
 Pérolas de esmalte;
 Localização da entrada do canal  é fundamental se forem dentes bi e triradiculares;
 Número de raízes e canais  pode haver variações anatômicas, por exemplo, um canino com duas raízes; se o
dois condutos não forem corretamente tratados o paciente vai sentir sensibilidade após o tratamento;
 Inclinação das raízes  dilaceração - caso o profissional se atente pode ocorrer rompimento (canal cirúrgico),
levando microrganismos para corrente sanguínea do paciente; deve-se ter cuidado para introduzir o instrumental
de forma adequada;
 Fraturas radiculares  é importante o instrumento passar no conduto por completo, mas isso não ocorre devido
ao deslocamento (degrau) gerado pela fratura, sendo necessária intervenção cirúrgica;
 Presença de material obturador  o elemento já foi manipulado e há material dentro do conduto;
 Presença de instrumental fraturado  o elemento já foi manipulado e o instrumento fraturou dentro do conduto;
 Curvatura das raízes  importante para evitar o rompimento/perfuração da raiz;
 Avaliação do forame apical  atentar-se a formações patológicas construtivas, supranumerários, etc, que
podem atrapalhar a introdução do instrumento do conduto, assim como sua preparação;
 Reabsorções internas e externas  a Reabsorção Interna modifica o perfil do conduto. Nesse tipo de
reabsorção há história prévia de problemas na coroa ou problemas periapicais, não sendo idiopáticos como a
literatura diz; A Reabsorção Externa modifica o perfil da raiz.

2. ESTRUTURAS ANATÔMICAS DE INTERESSE AO ENDODONTISTA


 Mandíbula
o Forame Mentoniano  entre Pré-molares, sendo uma região sensível. Deverá ser corretamente distinguido
de outras estruturas, podendo-se utilizar a técnica de Clark;
o Fóveas Submandibular e Sublingual
o Apófise Geni e Foramina Lingual  próximo aos ápices dos Incisivos inferiores;
o Canais Nutritivos  cuidado para não colocar material nesses condutos, pois sempre haverá resposta
inflamatória.
 Maxila
o Forame Palatino Anterior  cuidado para não colocar material no interior desse acidente;
o Sutura Mediana (Sutura Intermaxilar)  cuidado para não confundir com fratura entre os Incisivos Centrais
Superiores e acabar tratando os elementos dentários endodonticamente;

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
89

o Estruturas Sinusais (Assoalho do Seio Maxilar)  cuidado com a proximidade de Pré-molares e Molares com
o Assoalho do Seio Maxilar, evitando o extravasamento de material para o interior do seio, que pode
ocasionar uma sinusite ao paciente;
o Osso e Arco Zigomático
o Canais nutritivos  cuidado para não colocar material nesses condutos, pois sempre haverá resposta
inflamatória.

3. RAIOS X COMO AUXILIAR PARA DIAGNÓSTICO DO DENTE ENDODONTICAMENTE ENVOLVIDO


 Cáries profundas  há dificuldade em identificar se a cárie comprometeu o sistema vásculo-nervoso do dente.
É fato que a cárie é sempre mais profunda do que a sombra mostrada na radiografia, sendo necessária extrema
atenção para tomar a conduta correta: restaurar ou fazer tratamento endodôntico;
 Presença ou não de material de forramento  às vezes, mesmo com material de forramento, adequado para
proteção devido a proximidade do preparo com a polpa, é possível que a mesma seja infectada e há
necessidade de tratamento endodôntico. Os materiais de forramento antigamente eram capazes de causar a
mortificação da polpa;
 Presença ou não de lesões periapicais  observar o aspecto periodontal, a sustentação, desgastes e presença
de processos periapicais, como abcessos, granulomas, ou cistos, que podem atrapalhar o tratamento
endodôntico. Os cistos são de difícil diagnóstico dependendo do seu tamanho, ou seja, se for muito pequeno,
não pode ser identificado, e futuramente causará o insucesso do tratamento endodôntico;
 Outras alterações patológicas  alterações construtivas, como cementomas, osteomas, etc.

4. LESÕES APICAIS DE INTERESSE


 Aumento do espaço pericementário  um dos fatores mais importantes para diagnóstico de um dente vitalizado
ou não está ligado ao espaço pericementário em relação ao dente e ao osso.
 Rarefação óssea difusa (amorfa)  Abcesso

 Rarefação óssea circunscrita  Granuloma

 Rarefação óssea circunscrita com halo radiopaco  Cisto


 Osteíte Condensante  prevalência de calcificação. Neville - Áreas localizadas de esclerose óssea associadas
a ápices de dentes com pulpite (provenientes de grandes lesões cariosas ou restaurações coronárias profundas)
ou necrose pulpar. A associação de uma área de inflamação é de grande importância, pois estas lesões podem
assemelhar-se a vários outros processos intraósseos. A alteração clássica consiste em uma zona localizada e
geralmente uniforme de radiopacidade aumentada adjacente ao ápice de um dente que exibe um aumento do
espaço do ligamento periodontal ou uma lesão inflamatória apical. Após a extração ou tratamento endodôntico
apropriado do dente envolvido, cerca de 85% dos casos de osteíte condensante regredirão, quer parcial, quer
totalmente.
 Esclerose Óssea  tecido fibrosado
 Anquilose  fusão do cemento ou dentina com o osso alveolar.

 Para fazer um tratamento endodôntico há necessidade da Técnica do Paralelismo. Além dos posicionadores,
pode-se também utilizar um rolo de algodão entre o filme e o dente, deixando o mesmo paralelo ao elemento.
Isso gera uma imagem mais precisa, sendo mais próximo do tamanho do dente.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
90

 Em elementos multiradiculares, o não tratamento de um conduto gera dor e sensibilidade ao paciente.

 Quando o material é pasta o organismo pode até suportar, mas quando é cone, é necessário retirar.

ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
1. TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATOIDE
 Neoplasia benigna de aspecto cístico
 Classificação  Folicular - quando a lesão envolve um dente incluso; e Extrafolicular - quando a lesão está
entre as raízes de dentes erupcionados.
 Características Clínicas  pacientes jovens, sexo feminino, entre 10 e 19 anos. Regiões anteriores dos
ossos gnáticos, maior prevalência em maxila. São tumores pequenos, assintomáticos.
 Características Radiográficas
o Folicular - lesão radiolúcida, circunscrita, unilocular, que envolve a coroa de um dente não
erupcionado, geralmente o canino. A imagem radiolúcida as vezes se estende apicalmente ao
longo da raiz, passando da junção amelocementária.
o Extrafolicular - lesão radiolúcida, unilocular, bem definida entre as raízes de dentes erupcionados.
 As lesões podem se mostrar completamente radiolúcidas, mas geralmente contem calcificações
delicadas em seu interior, denominadas “em flocos de neve”.
 Não há reabsorção das raízes, mas há apinhamento dentário.
 Diagnóstico Diferencial  Folicular - Cisto Dentígero; Extrafolicular - Cisto Periodontal Lateral.
 Punção  sem líquido, apresentando resistência, pela presença de tecido fibroso.
 Diagnóstico  apenas por exame histopatológico.
 Tratamento  enucleação.

2. FIBROMA ODONTOGÊNICO
 Classificação  Central e Periférico.

 FIBROMA ODONTOGÊNICO CENTRAL


 Características Clínicas  aumentos de volume fibrosos sólidos. Predileção pelo sexo feminino. Na
maxila, afetam a região anterior ao primeiro molar; na mandíbula, afetam a região posterior ao primeiro
molar.
 Características Radiográficas  lesões menores são radiolúcidas bem definidas, uniloculares,
associadas a região periradicular de dentes erupcionado. Lesões maiores tem a apresentar imagem
multilocular. A reabsorção ou divergência das raízes é comum.
 Diagnóstico Diferencial  Fibroma, Fibroma Odontogênico Periférico.
 Punção  sem líquido, apresentando resistência, pela presença de tecido fibroso.
 Diagnóstico  apenas por exame histopatológico.
 Tratamento  enucleação e curetagem vigorosa.

 FIBROMA ODONTOGÊNICO PERIFÉRICO


 É incomum, sendo considerado a contraparte nos tecidos moles do Fibroma Odontogênico Central
(intraósseo).
Fernanda Teixeira – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
91

 Características Clínicas  aumento de volume gengival firme, de crescimento lento, recoberto por
mucosa de aparência normal. É encontrada na gengiva vestibular da mandíbula.
 Diagnóstico Diferencial  Fibroma Odontogênico Central.
 Tratamento  excisão cirúrgica.

3. MIXOMA
 Características Clínicas  adultos jovens, entre 25 e 30 anos, sem predileção por gênero. Acometem
mais a mandíbula. São lesões assintomáticas, mas que podem causar expansão da cortical óssea.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida, uni ou multilocular, com margens irregulares. Pode
causar reabsorção, deslocamento ou festonação das raízes envolvidas.
Vários Aspectos Radiográficos - reticular (em teia de aranha), degrau de escada, em favos de mel, em
bolhas de sabão.
 Diagnóstico Diferencial  Hemangioma Intraósseo, Cisto Aneurismático, Ceratocisto Odontogênico,
Ameloblastoma.
 Punção  sem líquido, apresentando resistência, pela presença de tecido fibroso.
 Diagnóstico  apenas por exame histopatológico.
 Tratamento  depende do tamanho da lesão. Se for pequeno será a curetagem, se for grande ressecções
extensas são necessárias.
 Apresenta mais recidivas do que o Ceratocisto e o Ameloblastoma.

4. LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES (TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES, GRANULOMA


REPARATIVO DE CÉLULAS GIGANTES, GRANULOMA CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES, LESÃO
PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES)
 Características Clínicas  predileção pelo sexo feminino, antes dos 30 anos, na região anterior da
mandíbula. São assintomáticas.
 Características Radiográficas  lesões radiolúcidas uni ou multiloculares, bem delimitada, com septos
internos finos ou em feixes. A Lesão Central de Células Gigantes geralmente é única, quando o paciente
não tem associação com doenças como hiperparatireoidismo e querubismo.
 Diagnóstico Diferencial Tumor Marrom do Hiperparatireoidismo, Querubismo.
 Punção  sem líquido, apresentando resistência, pela presença de tecido fibroso.
 Diagnóstico 
 Tratamento  por ter alta taxa de recidiva, sugere-se enucleação e curetagem + crioterapia + osteotomia.
 O periférico é exostósico e o central é endostósico.

5. QUERUBISMO (DOENÇA MULTILOCULAR FAMILIAR)


 Descrição  doença herdada como traço autossômico dominante. As crianças são mais afetadas. A face
de querubim ocorre devido ao envolvimento bilateral da região posterior da mandíbula, que produz
bochechas rechonchudas angelicais. Há a aparência de “olhos voltados para o céu” devido a retração das
pálpebras e o aspecto da esclerótica. Linfadenopatia cervical bilateral.
 Características Clínicas  ocorre entre as idades de 2 a 5 anos e progridem até a puberdade, e então se
estabilizam e regridem lentamente. As lesões mandibulares aparecem como uma expansão bilateral indolor

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
92

da região posterior envolvendo ângulos e ramos, sendo uma expansão simétrica. As lesões maxilares
ocorrem nas áreas das tuberosidades.
Envolvimentos extensos causam aumento e distorções das cristas alveolares, podendo ocasionar
deslocamento dentário ou falha na erupção, interferência na mastigação e dificuldades na fala.
 Características Radiográficas  lesões radiolúcidas, multiloculares, com margens bem definidas,
causando expansão das corticais, bilateralmente.
Três tipos:
o Tipo I - ambos ramos envolvidos;
o Tipo II - envolvimento de ramos e tuberosidades;
o Tipo III - maciço maxila e mandíbula, sem o comprometimento do côndilo.
 Diagnóstico Diferencial  Lesão Central de Células Gigantes.
 Punção  sem líquido, apresentando resistência, pela presença de tecido fibroso.
 Diagnóstico 
 Tratamento  é uma doença autolimitante, ou seja, ela regride (14 anos).

6. MIELOMA MÚLTIPLO
 Classificação  tumor maligno.
 Características Clínicas  predileção pelo sexo masculino, entre 60 e 70 anos. É sintomático, podendo
causar dor, tumefação, fadiga.
 Características Radiográficas  múltiplas lesões radiolúcidas bem definidas ou irregulares. No crânio,
caracterizam-se lesões radiolúcidas com aspecto de solo lunar ou geográfico.
 Diagnóstico  achados histopatológicos + exames radiográficos.
 Tratamento  Quimioterapia e/ou radioterapia.

ASPECTOS RADIOGRÁFICOS II
1. FIBROMA OSSIFICANTE (FIBROMA CEMENTO-OSSIFICANTE, FIBROMA CEMENTIFICANTE, FIBROMA
AGRESSIVO)
 Definição  neoplasia benigna verdadeira de osso. Etiologia desconhecida.
 Características Clínicas lesão fibro-óssea rara, com predileção pelo gênero feminino, entre 30 e 40
anos, na mandíbula, mais frequente na região de Pré-molares e Molares. Lesões pequenas não causam
sintomas; lesões maiores causam um aumento de volume, sem sintomatologia de dor e assimetria facial.
Crescimento lento e assintomático.
 Características Radiográficas  lesão radiolúcida/radiopaca, unilocular e bem definida. É expansivo,
causando apinhamento dentário; a reabsorção dos elementos envolvidos não é comum. Há vitalidade
pulpar. Áreas de radiolucência e radiopacidade, bem circunscrita e solitária. Apresenta neoplasma
encapsulado do tecido conjuntivo com inúmeros fibroblastos e fibras colágenas ativas e proliferantes,
formando muitos focos pequenos de trabeculado ósseo irregular.
o Fase Inicial
 Radiotransparência unilocular abaixo das raízes;
 Limites bem definidos;
 Circundada ou não por halo radiopaco.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
93

o Fase Final
 Aumento da Radiopacidade;
 Contornos irregulares;
 Circundada por fino halo radiotransparente.
 Diagnóstico Diferencial
 Punção  negativa - apresenta resistência.
 Diagnóstico
 Tratamento  conservador - enucleação + curetagem; a recidiva é rara.

 Associado a Síndrome do Hiperparatireoidismo e Tumores Maxilomandibulares, que é caracterizada por


carcinoma da paratireoide, fibromas ossificantes dos ossos gnáticos, cistos renais e tumores de Wilms.

2. DOENÇA DE PAGET (OSTEÍTE DEFORMANTE)


 Definição  doença sistêmica com reflexos na cavidade oral – desordem esquelética crônica de causa
desconhecida. Condição caracterizada pela excessiva reabsorção óssea, seguida de um aumento
exagerado na produção óssea, originando um tecido ósseo estruturalmente desorganizado. Resulta em
distorção e enfraquecimento dos ossos afetados.
 Características Clínicas  afeta homens idosos. É doença poliostótica, envolvendo as vértebras
lombares, pelve, crânio e fêmur.
A Doença de Paget afetando o crânio leva ao aumento progressivo da circunferência da cabeça. A doença
maxilar é mais comum e resulta no aumento do terço médio da face, causando deformidade facial
semelhante a leão (leontíase óssea). Há dor, surdez, cegueira e cefaleia pelo estreitamento dos forames
cranianos. Além disso, pode ocorrer obstrução nasal, cornetos aumentados, seios obliterados e desvio de
septo. As cristas alveolares tendem a permanecer simétricas, mas tornam-se grosseiramente alargadas e
com crescimento vertical. Se o paciente for dentado, então o aumento causará o espaçamento dos dentes.
Pacientes edêntulos podem se queixar de que suas próteses não se adaptam mais devido ao tamanho
alveolar aumentado. A maxila vai ter um crescimento simétrico.
 Características Radiográficas  alterações iniciais radiolúcidas, seguidas de radiopacidade devido a
proliferação óssea. Apresenta aspecto de “vidro despolido” e “flocos de algodão”. Há hipercementose e
perda da lâmina dura, com ligamento periodontal aumentado. Na cortical craniana apresenta aspecto de
“fios de cabelos ralos”, quando é realizada radiografia de perfil.
 Diagnóstico  pacientes com Doença de Paget mostram grandes elevações nos níveis de fosfatase
alcalina sérica, mas geralmente tem níveis normais de cálcio e fósforo. Mas, embora a fosfatase alcalina
sérica específica do osso seja considerada o marcador mais sensível de formação óssea, ela não é
amplamente disponível. Por isso, são necessários outros exames laboratoriais. As características clínicas e
radiográficas, combinadas com achados laboratoriais são suficientes para o diagnóstico.
 Tratamento  a terapia é sintomática (vitaminas, hormônios e radioterapia).

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
94

3. OSTEOSARCOMA (SARCOMA OSTEOGÊNICO)


 Definição  lesão maligna que tem a capacidade de produzir osso imaturo ou osteoide. Muito comum está
ligado a doença de Paget. Etiologia desconhecida.
 Características Clínicas  predileção pelo sexo masculino, entre 30 e 40 anos. Mandíbula é mais afetada.
Na maxila as lesões acometem a porção inferior (crista alveolar, soalho do seio e palato); na mandíbula as
lesões acometem no corpo posterior e ramo horizontal. São sintomáticos, causando aumento de volume,
dor, perda dos dentes, parestesia e obstrução nasal. Mestástase para os pulmões é comum.
 Características Radiográficas  radiopacidade de crescimento rápido com reação perióstica (aspecto de
raios de sol - espículas ósseas perpendiculares a superfície da lesão). Aparência misturada de rarefações
com radiopacidade. Margens infiltrativas mal definidas. O canal mandibular pode se apresentar aumentado
de tamanho. Aumento do espaço pericementário (periodontopia – se tiver vazamento é por culpa desse
defeito na raiz) simétrico.
 Punção  negativa - resistência.
 Tratamento  tratamento cirúrgico + quimioterapia e radioterapia.

4. OSTEOPETROSE (DOENÇA DE MÁRMORE, DOENÇA DE ALBERS-SCHONBERG)


 Definição  doença hereditária incomum do osso, caracteriza-se por aumento acentuado na densidade
óssea (tendo uma fragilidade maior) resultante de defeito de remodelamento causado por falha na função
normal dos osteoclastos. Devido a falha dos osteoclastos o osso não é reabsorvido, resultando em
espessamento da cortical óssea e esclerose do osso esponjoso.
 Classificação  Osteopetrose Infantil (agressiva) e Osteopetrose Adulta.
 Características Clínicas  Afeta ambos os maxilares. O paciente pode apresentar infecção, anemia,
cegueira e surdez. O paciente apresenta dificuldade de cicatrização.
 Características Radiográficas  ossos densos e pesados, com radiopacidade difusa, homogênea e
simétrica (aspecto de mármore). A base do crânio e da órbita ficam mais radiopacas. Há perda do espaço
medular, retenção prolongada dos dentes, erupção atrasada e os osso tem tendência a fratura patológica.
O Rx tem aspecto de osso dentro do osso.
 Tratamento  não há tratamento eficaz. Deve-se controlar para evitar a osteomielite.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
95

SIALOGRAFIA: PROCESSOS PATOLÓGICOS DAS GLÂNDULAS SALIVARES

1. Objetivo  dar ao clínico o maior número de informações possíveis, para melhor indicar os exames necessários
ao paciente durante a vida profissional.

2. Glândulas Salivares possíveis de serem sialografadas


 Parótidas;
 Submandibulares;
 Sublinguais (é mais difícil se fazer uma sialografia dessas glândulas)

3. Origem das glândulas salivares


 Da invaginação do epitélio bucal quando da sua formação;
 O parênquima glandular constitui-se dos ácinos e ductos
 Formam-se os ductos em primeiro lugar, durante a formação uterina e os ácinos se diferenciam a partir do
revestimento dos ductos. O revestimento dos ductos e ácinos tem importância fundamental em relação a
acometimento patológico das glândulas salivares, pois as células dos ductos mantêm a potencialidade
renovadora por toda vida e são por isto a suposta causa das possíveis má formações.

4. Função
 Manter úmidos  língua, lábios, gengiva, assoalho, etc. A mucosa bucal como um todo;
 Participar da formação do bolo alimentar - primeira fase da digestão;
 Ação imunológica  bactericida (tem propriedade de destruir as bactérias) e bacteriostática (apenas detêm
a capacidade de crescimento das bactérias, mas não as destrói, elas apenas não crescem em número);

5. Ectoscopia  são os exames subjetivo (anamnese) e objetivo (exame físico). Por exemplo, o paciente pode
apresentar tumefação na região da glândula salivar, sugerindo um processo inflamatório, ou pode relatar dor
quando se alimenta, devido a presença de sialolito comprimindo o ducto, o mesmo ainda pode tornar-se um
abcesso e ocorrer a fistulização. Ao exame físico pode-se palpar o processo inflamatório ou tumoral, além e
comprimir os ductos das glândulas envolvidas para verificação de processo purulento na desembocadura.

6. Como conduzir o tratamento


 Tratamento Conservador  idade (acomete crianças e pacientes jovens) e tipo de processo (conjuntivo,
epitelial). A recidiva é comum;
 Tratamento Radical  remoção da glândula, sendo uma cirurgia complexa, devendo ser realizada por
profissionais especializados.

7. Conceito da OMS
 Sialoadenites  processo inflamatório;
 Sialolitíases  formação de cálculos;
 Sialotumores  tumores conjuntivos ou epiteliais;
 Sialofístula  drenagem;
 Sialodenoses  manifestações orais de doenças sistêmicas, como Hepatite, HIV, Sífilis, etc.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
96

8. Processos
 Infecciosos  há envolvimento de microrganismos;
 Inflamatórios  reação de irritação provocará uma reação inflamatória, como ocorre na formação de
cálculos;
 Traumáticos  uma queda, um acidente, projetil de arma de fogo, etc;
 Distróficos  processos degenerativos - pacientes com idades avançadas e relacionados a doenças
sistêmicas;
 Neoplásicos  tumorais.

9. Glândulas Salivares - dois grupos:


 Glândulas Salivares Maiores  Parótidas, Submandibulares e Sublinguais;
 Glândulas Salivares Menores mais de 450 na cavidade oral.

10. Glândulas Salivares Maiores


 Tipo serozimogênio (no ducto existe uma película e quando por irritação entra em atividade produz
fermentação) ou misto seromucoso (no ducto existe um película proteica chamada mucoproteína que
determina a eliminação de acidez);
 Três pares  Parótidas, Submandibulares e Sublinguais.

11. Glândulas Salivares Menores


 Predominantemente mucosas, ou seja, liberam mucina. Localizadas em região geniana, lábios, língua,
laringe e região retromolar.

12. Anomalias
 Agenesia  ausência;
 Localização Ectópica  fora da localização comum;
 Ductos Múltiplos  podendo ter mais de um;
 Variação da desembocadura;
 Atresia  estreitamento do ducto.

13. Traumatismo
 Não obedecem a esquema terapêutico rígido;
 As indicações operatórias são necessárias quando ocorrem: hemorragia de origem arterial, lesão do nervo
facial, lesão dos canais de Stensen e Wharton

14. Sequelas dos Traumatismos


 Fístulas  o ato da cirurgia da glândula salivar deve ser radical, pois se apenas uma parte for retirada,
haverá a formação de abcesso e fistuização;
 Parestesias  podem ocorrer se os nervos envolvidos forem afetados;
 Paralisias  podem ocorrer se os nervos envolvidos forem lesados.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
97

15. Sialografia
 Anamnese  coletar dados detalhadamente e encaminhar para o cirurgião;
 Instruções ao paciente  não pode comer alimentos sólidos, apenas um café na noite anterior; deve estar
em jejum no dia do exame; pode tomar água para ajudar na salivação;
 Instrumentos  carpule, agulhas para carpule sem bisel (rombas), instrumentos dilatadores (lacrimais
utilizados por oftalmologistas), cateter epidural
 Soluções.

16. Tipos de Soluções


 Aquosa.
 Oleosa  hidrossolúvel viscosa e oleosa não hidrossolúvel;

17. Características Físico-químicas (tabela)


 Lipiodol Ultra-Fluido 380.

18. Descrição da Sialografia


 Cateterização dos ductos  passar o cateter pelo ducto da glândula envolvida;
 Injeção de substâncias  Lipidiol UF 380 (meio de contraste na glândula);
 Descrição do exame radiográfico;
 Posição do paciente para radiografia  depende do tipo de radiografia escolhida;
 Resultados.

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
1. DEFINIÇÃO  técnica radiográfica que realiza cortes seccionais, nos três planos ortogonais (3D - altura, largura
e profundidade), de uma região anatômica. Do grego: tomos= secção, cortes; grafia= escrita. As fatias podem ter
tamanhos variados, como: 2mm, 1mm, 0,5 mm, de acordo com a necessidade do exame.
Tomografia é um termo genérico, pois a ressonância e a ultrassonografia também são tipos tomografias, pois
são exames que geram imagens em fatias.
Foi desenvolvida em 1970, por Hounsfield, destinada a realizar TC na área médica (46 anos). A TC é mais um
recurso utilizado para realizar exames complementares, entretanto, possui suas indicações específicas. A TC é
um exame que emprega o uso de radiação X, devendo ter critérios para ser solicitada, já que haverá
exposição do paciente, gerando efeitos biológicos. Não se pode sair solicitando aleatoriamente, deve-se
ter a indicação correta e tomar todos os cuidados necessários.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
98

Raios X - Tecidos Receptores - IMAGEM


Tomógrafo Computador

• O tomógrafo • Os raios X •São captados •Dessa forma,


emite radiação atravessam os por por as informações
X. tecidos. receptores que são
codificam a transformadas
informação e a em imagens
enviam para o digitais*.
computador
interligado.

*A TC gera imagens digitais, que quando impressas em papel fotográfico ou filme radiográfico perdem qualidade. A
imagem na tela do computador é melhor.

Nas Tomografias Computadorizadas a unidade utilizada é o voxel, sendo ele a menor unidade da imagem. Uma vez
que a imagem é tridimensional, o voxel pode ser considerado um cubo, sendo que o Pixel seria o lado do cubo.

2. OBTENÇÃO DAS IMAGENS


 Cortes Coronais  anterior para posterior;
 Cortes Axiais  de inferior para superior;

 Cortes Sagitais  latero-lateral.

3. NOMENCLATURA
 Radiopacas  hiperdenso;
 Radiolúcido  hipodenso.

4. TIPOS DE TC
 Tomografia Fan Beam (Espiral, Multislice)  mais utilizada na área médica. Os dados são adquiridos
através de um feixe em forma de leque estreito e os raios X transmitidos através do paciente. O paciente é
fotografado fatia por fatia e a interpretação das imagens é alcançada pelo empilhamento das fatias para
obter múltiplas representações. Em resumo: a TCFB produz imagens em fatias e os cortes são

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
99

posteriormente reunidos na ordem e orientação corretas para a construção do volume. A trajetória do feixe
de raios X é em espiral. A fan bean é para qualquer parte do corpo, obtendo imagens de tecido mole
também. Mas, se o objetivo é ver tecido mole é preferível pedir uma ressonância magnética.

 Tomografia Cone Beam (Tomografia com Feixe Cônico)  mais utilizada na área odontológica. A
técnica cone beam faz uma varredura, com uma única rotação de uma fonte de raios X. Em uma exposição
única com o uso de um feixe em forma de cone, rotacionando em 360 graus, obtém-se uma imagem
tridimensional do paciente na tela do computador, imagem que pode ser trabalhada, segmentada e
analisada em qualquer plano ou incidência. No momento do exame, o volume já é captado. A face possui
estruturas com diversos graus de calcificação, que não estão presentes em outras partes do corpo, como o
esmalte, a dentina, o cemento, etc. Dessa forma, o tomógrafo cone beam foi idealizado pensando na
necessidade de obter imagens na Odontologia. A visualização de tecidos moles na cone beam não é boa,
pois o objetivo é visualizar tecidos calcificados.

CONE BEAM FAN BEAM


Volume Em fatias
Adquire primeiramente volume e depois o Adquire primeiramente fatias e depois o
Aquisição da Imagem
programa faz o fatiamento da imagem. programa une as imagens, formando o
volume.
Menor Maior
Dose de Radiação Equivalente a 3 ou 4 panorâmicas, ou a Equivalente a 100 panorâmicas.
exame periapical completo.
Proporção 1:1 Proporção 1:1
Podem-se realizar medidas, pois a Podem-se realizar medidas, pois a imagem
Realização de Medidas
imagem é real, não há distorção ou é real, não há distorção ou sobreposição.
sobreposição.
Contraste Estrutura Maior Menor
Dentária Tomógrafo idealizado para Odontologia.
Artefato* Menor Maior
Sim
O programa informa o grau da densidade
Estudo e análise da óssea de determinada região. Isso auxilia na
-
densidade hipótese diagnóstica. Se tem sangue ou ar
no interior o valor será menor; se tem tecido
ósseo o valor será maior.
Sim
Janelas para estudo -
Janela para tecido mole e janela para osso.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
100

*Artefato  quando o paciente possui restaurações metálicas, núcleo no interior dos canais, braquets etc. Todos os
materiais que possuem número atômico alto, gerando faixas brancas, que são defeitos na imagem. Dificultam a
visualização dos elementos próximos a ele. A movimentação do paciente durante o exame também pode gerar
artefato. Os implantes geram menos artefato.

Tomógrafo para fins Odontológicos - i-CAT  são aparelhos menores, que empregam menor quantidade de
radiação X, mas requerem os mesmos cuidados em relação a proteção radiológica, como o uso de avental de
chumbo, a distância do profissional da máquina, etc. O paciente encontra-se sentado, com a cabeça apoiada e existe
um laser para auxiliar no posicionamento. É mais utilizado em odontologia, mas especialidades médicas como a
otorrinolaringologia também podem solicitar exames. Atualmente, existem aparelhos em que o paciente pode fazer os
três exames: a panorâmica, a telerradiografia e a tomografia. O posicionamento é diferente, pois o paciente deve
estar de pé e com as mãos apoiadas, assim como a cabeça. O profissional com auxílio do programa deve selecionar
a região da tomografia, ou seja, se será na maxila, na mandíbula, em ambas, etc. Existe também a possibilidade de
realizar o exame somente na área de interesse, por exemplo, o paciente tem uma patologia na mandíbula, então a
incidência será somente sobre ela, diminuindo a área de exposição.

Uma tomografia é acompanhada de uma reconstrução panorâmica que possui a referência dos cortes (régua), e
cada corte abaixo apresenta uma numeração referente região da panorâmica. O exame vem no formato Dicom e vem
com o nome do paciente, quantidade de radiação X empregada, data de realização, etc. Isso evita alterações do
exame, gerando mais segurança.

ESCALA DE HOUNSFIELD  Representação quantitativa de radiodensidade óssea. É dada em UH -Unidades


Hounsfield. De acordo com o grau de densidade da estrutura tem-se um diferente valor. Ex.: osso compacto =
+500UH.

5. JANELAS PARA ESTUDO


 Janela para osso;
 Janela para tecido mole.
O profissional que realiza o exame vai escolher a janela de acordo com a indicação. Se existe uma lesão que está
presente em osso que possa envolver tecido mole a fan beam é indicada. Na verdade, as janelas são faixas de tons
de cinza, que englobam osso e tecido mole.

6. APLICAÇÕES DA TC NA ODONTOLOGIA

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
101

Implantes
Planejamen
to Virtual Assimetria
(Dental s Faciais
Slice)

Biomodel
ATM
os TC
VOLUMÉTRI
CA

Localizaçã
Prototipage
m
o de 3º
Molares

Alteraçõe
s dos
Patologia
Seios
Faciais

A TC é cada vez mais empregada em várias especialidades odontológicas: Implantodontia, pois fornece com
precisão e sem nenhum grau de ampliação medidas nos três planos do espaço; Ortodontia, para traçado
cefalométrico em duas dimensões e três dimensões; Periodontia, para verificar fenestração óssea, altura de crista
alveolar e lesão de furca; Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, para avaliar fraturas, dentes inclusos com
estruturas nobres, tumores, localização e delimitação de áreas patológicas na cabeça e pescoço; Endodontia,
para verificar canais acessórios, fraturas radiculares, perfuração de canais.

 Prototipagem  A prototipagem é o processo de construção de modelos físicos da anatomia humana por


técnicas de prototipagem rápida. Estes modelos são baseados nas tomografias computadorizadas do paciente,
desta forma, os protótipos são individualizados e representam com fidelidade a estrutura anatômica. São
confeccionado em material biocompatível.

 Implantes  no caso dos implantes, o exame serve para apontar os leitos para a implantação, além da forma e
altura, a tomografia ajuda na localização correta dos canais mandibular e incisivo, do assoalho da cavidade
nasal e do seio maxilar.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
102

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR


É um exame que não se utiliza a radiação x, nem uma radiação eletromagnética, não causando efeito biológico, igual
à ultrassonografia, sendo utilizada principalmente para tecidos moles (glândulas salivares, disco articular – o melhor
exame para articulação no corpo é a RM), sendo ideais tecidos que possuem hidrogênio (que contenham água).

HISTÓRICO
 1952 – Bloch e Purcell recebem o prêmio Nobel em física.
 1985 – Primeiro equipamento no Brasil e América Latina (Hospital Israelita Albert Einstein).

BOBINAS DE SUPERFÍCIE – Chama-se assim, porque fica sobre a região que é examinada, então de acordo com a
região do corpo que será feito o exame ela vê a forma, e fica o mais próximo possível da região e no momento do
exame ele emite ondas de radiofrequência e essas ondas de radiofrequência, junto com o campo magnético vai
interagir com os prótons e átomos de hidrogênio, então é o átomo de hidrogênio que faz esse fenômeno da RM e é
ele que emite o sinal, mais especificamente o próton de átomo de hidrogênio, sendo que o próton está dentro do
núcleo e por isso é RMN, e esses prótons giram e os giros desses prótons dentro do núcleo vão interagir com o
campo magnético com as ondas de radio frequência emitindo um sinal sendo captado pelo aparelho, obtendo uma
imagem.

RX – Espessura, densidade e o número atômico dos tecidos determinam a imagem: radiopacidade ou


radiodensidade  Então quando faço exame que usa radiação X (Radiografias e Tomografias); o que vai
proporcionar a imagem é de acordo com a variação da composição daquele tecido, sendo que na radiação X (RO,
RL) na tomografia (hipotensa, hiperdensa). Determinando assim o grau de radiopacidade e radiodensidade.

RMN – As imagens são formadas pela interação de átomos de hidrogênio corporais, campo magnético possante e
ondas de radiofrequência: hipersinal/hiposinal  As ondas são emitidas pelas bubinas e os tecidos que possuem
mais hidrogênio (mais água) – tecidos moles, eles emitem um sinal maior. O osso possui cálcio, fósforo então o sinal
emitido é menor sendo um hiposinal e na RMN, a imagem do osso é escura (ao contrario da radiografia, ou seja,
hiposinal – RL/hipersinal – RO, sendo que ao invés do RL ser tecido mole são os tecidos duros na RMN), obtendo
assim um sinal maior em tecidos com alto teor de hidrogênio (tecidos moles principalmente).
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
103

HIDROGÊNIO
 Abundante no corpo humano
 Único próton com campo magnético

Prótons se alinham na direção do Campo Magnético

# O hidrogênio possui número atômico 1, 1 próton e 1 elétron nas orbitas então o giro dos prótons que é chamado
também de spin, produz uma ação como se fosse um imã e esse campo magnético do próton se interage com o
campo magnético do aparelho, e esse giro acontece de uma forma pra eles se organizarem, então a hora que o
paciente é colocado dentro do aparelho ocorre um alinhamento dos prótons, sendo essa a primeira coisa que
acontece, e então as bobinas de superfície emitem e geram energia pro tecido que são as ondas de radiofrequência
e os tecidos vão emitir energia tendo o sinal (hiposinal/hipersinal).

# A tomografia é muito mais empregada na odontologia do que a RMN, porque é mais pra tecidos moles e glandulas
salivares, visando sempre qual técnica e indicação é melhor pra cada paciente.

PRINCIPAIS COMPONENTES DO EQUIPAMENTO DE RM


 Magneto
 Bobinas de Radiofrequência (joelhos, ombros, pulsos, cabeça, ATM,...)  essas ficam sobre a superfície
examinada, tendo a forma ideal para cada localização.
 Computador  a menor unidade da imagem é o Voxel (como na tomografia), sendo lido em varios programas,
podendo também realizar a prototipagem.

TIPOS DE EQUIPAMENTOS
 Campo Fechado  esse é mais fechado, o campo magnético é maior e então vai gerar exames com imagens
melhores.
 Campo Aberto  usado mais em crianças, ou pessoas com claustrofobias e que não podem ser sedadas e por
ser aberto o campo magnético gerado é mais baixo, tendo uma força menor e consequentemente tendo uma
imagem pior comparada com o campo fechado.
 Extremidades  é a mesma comparação que o campo aberto, pelo fato de ser todo gerando imagem pior.

Campo Fechado Campo Aberto RM Extremidades


# As imagens geradas na RMN podem ser imagens podem ser em T1, T2 ou em DP. Na hora que os prótons emitem
sinal da imagem, no momento que eles emitem podem ser coletadas imagens em momentos diferentes.
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
104

T1 – Estudo da anatomia, podendo-se associar intensificação por contraste (gadolínio)  Sendo que tecidos moles
será imagens mais claras (hipersinal) e os tecidos duros irá gerar imagens mais escuras (hiposinal); O contraste
utilizado (gadolínio) não é a base de iodo e ele aumenta o sinal emitido pelo tecido a ser examinado, melhorando a
imagem para ser visualizada tendo uma melhor avaliação.
T2 – Observação de processos inflamatórios  Vai ter mais tecidos líquidos na região.
DP (Densidade de Prótons) – Observação do disco articular.

INDICAÇÃO
 Avaliação de músculos, nervos, veias e mapeamento de lesões em tecidos moles  Sendo contra indicados em
tecidos ósseos devido a falta de hidrogênio.
 Odontologia: Avaliação da ATM (disco articular) e glândulas salivares.

CONTRA INDICAÇÃO
 Portadores de marcapasso  porque a peça pode se movimentar ou dá interferência na imagem, sendo
necessário pesar o custo e beneficio desse paciente, e se caso necessário o paciente deve estar acompanhado
pelo médico e ciente das consequências de forma clara;
 Válvulas cardíacas metálicas
 Clips cerebrais, valvulares
 Implantes auditivos, oculares, metálicos
 Corpos estranhos metálicos  aparelhos ortodônticos → não tem risco do braquete se movimentar devido estar
colado, mas vai interferir na imagem;
 Gestantes com menos de 12 semanas  porque com o decorrer do exame a mulher pode apresentar o
aumento da temperatura do corpo;
 Claustrofobia  porque o paciente fica deitado no interior do aparelho, podendo muitas das vezes não
conseguir realizar o procedimento, as vezes esses pacientes fazem com aparelho fechado mas com sedação.

ANATOMIA

# O disco articular é um tecido conjuntivo denso fibroso, não é vascularizado e o sinal que ele emite é um hipossinal.

ATM
 Boca Fechada  Boca Aberta

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
105

ULTRA SONOGRAFIA
Conhecida também como ecografia. Na medicina é muito empregada para visualizar órgãos e suas alterações.
Comparado com a ressonância é mais barato, não provocando nenhum efeito.

MECANISMO DE AÇÃO

CORRENTE
ELÉTRICA IMAGEM

TRANSDUTORES

ULTRA SOM ECO

TECIDOS

# O exame é ligado na corrente elétrica, e no momento do exame passa um “gel” que é o transdutor e esse gel é um
lubrificante só pro transdutor correr e o transdutor vai emitir ondas sonoras de alta frequência que é o ultra som e
chega nos tecidos, e os tecidos de acordo com sua espessura e tipo vai emitir um eco e o transdutor vai receber esse
eco emitido pelo tecido e transforma em imagem. Função do transdutor: emitir a onda e receber o eco.

INDICAÇÃO
 Diagnosticar alterações nas glândulas salivares maiores  Presença de algum cálculo, tumor, qualquer
alteração nas glândulas salivares maiores, lembrando que são apenas exames complementares.

VANTAGEM
 Fácil aquisição de imagem;
 Não utiliza radiação ionizante;
 Não é invasivo;
 Custo baixo  quando comparado com a RMN ou Tomografia.

DESVANTAGEM
 Escassez de profissional qualificado  só medico realiza esse tipo de exame;

 Resolução geralmente é ruim  quando impresso, sendo necessário o profissional avaliar as alterações no
momento que realiza o exame.

ECOTEXTURA/ECOGENICIDADE – De acordo com a textura do tecido, sendo essa denominação parecida com as
radiografias:
 ANECOICO: Ausência de eco no tecido (corresponde a imagem RL)
 HIPOECÓICO: Produzem eco moderado (níveis de cinza)  tecido mole.
 HIPERECÓICO: Reflexão forte (corresponde a imagem RO)  tecido ósseo.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
106

CINTILOGRAFIAS
Radiofármacos é um medicamento associado ao elemento radioisótopo que emite a radiação gama, porque em
movimento de onda ele tem um movimento de onda pequeno tendo o poder de penetração maior que a radiação X,
o, tendo um tendo a radiação, mas com uma quantidade bem pequena. Quando é realizado um a radiografia tem o
aparelho radiográfico, e o aparelho emite a radiação X, passa pelo tecido e sensibiliza o filme, quando se realiza uma
cintilografia, primeiro é injetado no paciente o radiofármaco (substância associado ao radioisótopo), e essa
substância tem afinidade com parte do corpo que ira fazer o exame. O radioisótopo são elementos que emitem
naturalmente a radiação gama. Então o paciente chega e o profissional depositada o fármaco que libera a radiação
gama, aguarda uns 30 minutos e então o paciente emite a radiação gama (a que foi injetada nele) e o aparelho
detecta essa emissão, codifica e transforma em imagem.

Cristais de
Cristais de iodeto de
Cintilação sódio e tálio

# Em uma radiografia para conseguir detectar precisa ter perco 30% de mineral, a cintilografia se perder apenas 5%
já consegue detectar alterações.

RADIOFÁRMACOS
 Radiofármacos marcados, radiotraçador
 Medicamento + Radioisótopo (raio gama-Tecnécio, Tálio, Gálio, outros)  emitindo a radiação gama.

 Afinidade química pelo órgão  Usa o medicamento certo para cada tipo de órgão, pois cada radioisótopo tem
sua afinidade para cada órgão examinado, levando assim o radioisótopo para o órgão que está examinando. Ex:
coração → usa o gálio.
 Injeção venosa, inalado ou ingerido  sendo que o próprio organismo elimina esse radiofármaco e a
possibilidade de reação alérgica é muito difícil, mas quando apresenta geralmente é um rubor superficial devido
a quantidade ser muito pequena.

Aparelho de Cintilografia ou Gama- Câmara

APLICAÇÃO DE CINTILOGRAFIA
 Coração
 Tireoide
 Fígado
 Baço
 Pulmão
 Rim

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
107

 Cérebro
 Sistema Esquelético  mais empregado, detectando precocemente qualquer alteração.

CINTILOGRAFIA ÓSSEA
 Pesquisa de metástases
 Infecções e inflamação dos ossos
 Osteonecrose
 Doenças Osteometabólicas  Paget (porque essa patologia pode afetar um osso ou vários e realizando uma
varredura do corpo inteiro com a cintilografia conseguimos detectar tais alterações precocemente), Displasias;

VANTAGENS
 Imagens funcionais  porque de acordo com a alteração daquele tecido, ele detecta de forma funcional
(precocemente) aquela alteração;
 Método indolor;
 Ausência de reação alérgica;
 Menor exposição à radiação;
 Permite avaliar todo sistema esquelético  em um único exame.

DESVANTAGENS
 Baixa resolução  imagem ruim;
 Disponibilidade de certos radiotraçadores  dependendo da região que será feita o exame, esses radiofármacos
possuem dificuldades de ter acesso ao órgão;
 Exames podem ser demorados  alguns, porque tem que injetar o radiofármaco e esperar o medicamento
chegar ao órgão para ser examinado, podendo demorar;
 Contraindicado em gestantes ou em amamentação  porque como qualquer alteração no metabolismo é
detectada a gestante possui alteração no metabolismo.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Imaginologia II
108
109

PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR

BIOCOMPATIBILIDADE E TÉCNICA  Para começarmos, temos que lembrar das estruturas do dente, então temos o
esmalte que é a estrutura mais rígida, que é composta de 88% de hidroxihapatita e 12% de água e outros compostos
orgânicos, e qual a importância disso? Por mais que o esmalte seja a estrutura mais dura do nosso corpo, ele é
também a estrutura mais friável, e o que é uma estrutura friável? De tão dura que ela é ela não resiste aos esforços
muito intensos e acaba fraturando, diferente da dentina, que possui fibra e mais água, formando uma estrutura
resiliênte. O que é uma estrutura com resiliência? É aquela que consegue absorver impactos sem deformar e sem
fraturar, sendo muito importante para suportar os esforços que o esmalte recebe, pois o esmalte recebe o impacto
inicial e a dentina amortece esse impacto, para que não tenha fratura. Isso acontece quando morde errado, se a força
não for distribuída adequadamente tem risco do dente fraturar, mesmo não tendo cárie ou nenhum fator igual.

ESMALTE/DENTINA - O conjunto esmalte/dentina é a estrutura responsável pela proteção biológica da polpa. Ao


mesmo tempo estes tecidos se protegem mutualmente.

ESMALTE é um tecido duro. DENTINA é um tecido


 Resistente ao desgaste;  Possui resiliência;
 Impermeável;  Permeável;
 Bom isolamento térmico.  Pouco resistente ao desgaste
- 12% de água + composto orgânico  Boa condutora de eletricidade
- 88% de hidróxidohapatita -> Extremamente friável - 25% de água - 30% de fibras
- 45% de hidroxihapatita

DENTINA  Nós temos quatro tipos de dentina, primeiro temos a dentina primária que é a dentina que vai se
formando antes dos dentes terminarem a formação completa do ápice, dentina nata. Depois temos a dentina
secundária, que é pelo estimulo fisiológico, por conta da mastigação que esta ali recebendo forças pode ser também
por mudanças de temperatura em relação a agua gelada sorvete, então estimula a formação de dentina secundária e
temos também a formação de odontoblastos formando dentina. E temos a dentina terciária que se forma de forma
rápida ou lenta, a forma rápida formamos a dentina reparadora, que é aquela que ta tentando reparar alguma coisa que
está acontecendo e a forma lenta formamos a dentina reacional, qual a diferença dessa? Quando agt tem um estimulo
muito rápido por exemplo, uma lesão de cárie ativa nos temos a produção rápida, o organismo esta lutando contra
aquilo, se agt tem uma cárie plana ai formamos a dentina reacional que é mais escura.

Quando formos falar dos tratamentos a seguir, provavelmente o nosso corpo vai formar essa dentina reparadora,
porque vamos esta lidando na maioria das vezes com processo de cárie aguda, e vamos então precisar dessa dentina
reparadora, se não o tratamento não da certo, e ai conforme esses tipos de dentina vão se modificando agt vai tendo
uma mudança nos túbulos dentinários, então na dentina primária elas tem os túbulos muito bem organizados, bem
certinhos como se fossem todos enfileirados, quando agt já passa pra secundária já temos esses túbulos um pouco
mais tortuosos com calibres um pouco mais diferenciados e isso vai piorando, já na terciaria ela pode ser reparadora
ou reacional, normalmente os túbulos são bem desorganizados no entanto eles tem uma permeabilidade muito grande,
sendo uma dentina mais porosa, sendo uma dentina boa, porque ela é porosa e se ela é porosa ela tem penetração do
adesivo, e ai agt consegue uma camada hibrida, então não precisa de muitos prolongamentos pra fazer os tags
resinos, pegar a adesão na dentina, vai ter uma adesão um pouco melhor já.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
110

A reacional é uma lesão de baixa intensidade (calor de uma caneta, pressão) e a reparadora é uma lesão de alta
intensidade (cárie). Existe uma diferença visual de uma para a outra. A reparadora tem essa característica vítrea, é
uma dentina brilhosa, é escurecida mas é brilhosa, então nós conseguimos diferenciar uma da outra por conta disso.

PRIMÁRIA
 Mais superficial
 Produzida por odontoblasto primários antes da apicogênese
 Túbulos:
 Bem organizados
 Regulares
 Paralelos entre sim
 Bem permeável

SECUNDÁRIA
 Produzida por odontoblastos primários após a apicogênese; Durante toda vida útil do dente; Responsável pela
diminuição da câmera pulpar.
 Túbulos:
o Mais tortuosos que a primária
o Densidade por área é menor que a primária.
 Estímulo Fisiológico: alimentação; mudanças de temperatura e etc.

TERCIÁRIA
 Estímulo patológicos
 Produzida por odontoblastos secundários
o Só se produz diante de uma agressão
 Reparadora (rápida)
 Reacional (lenta)
 É menos mineralizada e extremamente porosa
 Pode apresentar células e vasos incluídos em sua matriz
 Túbulos:
o Poucos;
o Mais tortuosos;
o Mais desorganizados
o Densidade por área bem maior que na dentina secundária.

No entanto vamos ter a dentina esclerosada, que falamos que é a dentina velha, e essa nos encontramos em pacientes
mais idosos, onde o corpo vai produzindo ao longo do tempo, essa dentina é a mais bonita pelo aspecto vítreo,
brilhosa, acinzentada, no entanto a adesão é muito ruim com RC, porque ela tem os túbulos muito obliterados, então
quando a gente vai envelhecendo a polpa vai diminuindo de tamanho por conta dessa deposição de dentina e a
dentina esclerosada possui túbulos muito fechados, e em uma cavidade rasa ou média agt nem tem abertura de
túbulos em cima, vai ter essa abertura muito próxima da polpa principalmente. Então se agt for trabalhar com RC
diretamente nessa dentina agt vai se da mal, porque se não tem túbulo não tem penetração de adesivo e não vai ter a

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
111

adesão e muitas vezes agt tem classe V e restauramos e cai a restauração, principalmente no idoso, isso é muito
comum, classe V não cariosa, que é por conta de abrasão, abfração. E muitas vezes o profissional não sabe porque
não está dando certo, mais não esta dando certo porque o material não é adequado para aquele tipo de dentina, então
a dentina esclerosada ela precisa de uma base de ionômero de vidro, porque o ionômero vai ter uma troca perfeita com
a quantidade de cálcio que tem essa dentina, tendo uma adesão legal e com a RC não, então sempre vamos ter que
fazer a técnica de sanduiche.

ESCLEROSADA
 Associada ao envelhecimento
 Deposição peritubular -> Vedamento dos túbulos dentinários, diminuindo a luz do túbulo.
 Proteção natural da polpa
o Alto teor de mineral
o Menos permeável
 Ocorre lesão e degeneração dos processos odontoblásticos

Porque realizar a proteção pulpar? Para não agredir a polpa.


DiCal (estimula a produção de dentina terciária e protege a polpa)

DENTINA: TEORIA HIDRODINÂMICA: – Movimentação do fluido dentinario pressiona as terminações nervosas


causando a sensação dolorosa.

TECIDO PULPAR  É um tecido super vascularizado, muito irrigado, e é responsável pela irrigação do dente,
captação de nutrientes para dentina e também ele é o principal órgão de repassar estímulos pra nós, então o que a
poupa faz? Bebi algo gelado, doeu! O sinal veio da polpa, então nós temos aqueles receptores neurológicos e que vão
mandar mensagem se vai doer ou se vai parar, então a polpa é responsável por isso.

Quando temos uma injúria menor que é uma agua gelada ou um cafezinho, vamos ter a formação de dentina reacional,
no entanto quando temos uma injúria muito grande, como broca sem corte e sem refrigeração, então se a broca não
tem corte a pressão que faço sobre o dente é muito grande, porque preciso remover aquele tecido, e se não tem corte
eu pressiono para ela cortar, e se não tem refrigeração ela aquece também, então tenho duas situações que aquecem
o dente, esse pressão que tem que ser intermitente, ela não pode ser direta, e também não pode jogar o peso do corpo
em cima da caneta, alta ou baixa rotação, tem que ser movimentos leves, o corte da broca tem que ser intenso, então
se eu tenho essa injuria enorme, aquecimento sobre aquecimento, uma pressão muito grande a polpa vai reagir como?
Como uma resposta inflamatória, e ai vamos ter a famosa pulpite, que é a inflamação da polpa, essa pulpite pode ser
reversível ou irreversível quando ela é reversível é quando agt tem algum estímulo um frio um quente, que dói e
quando esse estimulo é removido o dente para de doer e quando essa pulpite é irreversível o estímulo pode ser
removido, que a dor não cessa, não para, é uma dor que fica latejando e ai se der a pulpite irreversível o único
tratamento que tem pra esse dente é o canal.

Então na dentistica agt vai trabalhar com pacientes que tem pulpite reversível que ta no inicio da inflamação , pode ser
revertida e casos que ainda não tem nenhuma inflamação, que veremos que é possível, as vezes o paciente não tem
sintomas nenhum então mesmo quando o paciente come, bebe alguma coisa ele não sente nada mais ele tem uma
lesão cariosa muito próxima a polpa. Sempre que for na reação inflamatória irreversível o dente vai precisar de canal.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
112

TECIDO CONJUNTIVO:
 Diferenciado
 Ricamente inervado
 Vascularizado
 Responsável pela vitalidade do dente.

Características:
 Produção e nutrição de dentina
 Alertar qualquer injuria ao elemento dentário

Reação Defensiva:
 Injúria Menor: Formação de dentina reacional
 Injúria Maior: Reação inflamatória

PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO PULPAR - Sempre que um dente tenha necessidade de ser restaurado é
necessário que a vitalidade pulpar seja preservada por meio de adequada proteção e cuidados relativos aos
procedimentos clínicos  Então vamos vê os cuidados, os tipos de materiais que agt deve utilizar e as técnicas que
vamos utilizar hoje. Todas as técnicas que será dadas serão minimamente invasivas, vamos fazer pra evitar o
tratamento de canal, então lesões muito profundas de cárie, muito perto da polpa, que agt vai ve o tipo de cavidade,
rasa, media, profunda, temos que ir com cautela se esse paciente antes de chegar na gnt for direto pro endodontista e
tiver uma pequena exposição pulpar ele vai abrir o canal e fazer o canal, pra nós existe algumas técnicas que são
conservadoras e que tentamos prorroga o canal ou as vezes o tratamento vai da certo pra sempre e nunca mais vai
precisar fazer canal.

ASPECTOS IMPORTANTES  Então agt vai vê alguns aspectos importantes, pra gnt indicar esse tipo de tratamento,
todos esses tipos de tratamento depende da reação da polpa então agt tem que pensar o seguinte, a polpa jovem ela
tem uma capacidade de regeneração muito alta, então ela tem produção de odontoblasto, odontoclasto e ela vai gerar
dentina reparadora, no paciente idoso essa polpa já não tem essa condição reparadora então esses tratamentos
conservadores que agt precisa de formação de dentina não vao da certo, esses tratamentos são indicados para
pessoas jovens. Então esses tratamentos vao depender a condição de regeneração da polpa – idade do paciente,
então pacientes idosos estão excluídos do nosso tratamento.

1. Idade do paciente  Então a primeira coisa é a capacidade de regeneração e a segunda é o tamanho da polpa,
uma polpa jovem é grande e uma idosa ela é pequena então as vezes clinicamente agt acha que a cavidade ta mt
extensa, mais quando agt radiografa vê que a polpa ta bem “magrela” e ai agt vê que a lesão de cárie ta bem
próxima a polpa, porque essa polpa esta muito retraída. Caso clinico, paciente possui câmara pulpar pequena,
então a espessura de dentina é bem grande, porque teve a deposição de dentina no longo dos anos e o canal é
muito mais fino, porque além de ter deposição de dentina na câmara pulpar também tem na raiz, são as paredes
nas raízes. Então agt manda o paciente pro endodontista mais idoso e devido essa deposição toda o canal acaba
obstruindo de não conseguir passar a lima de tão fino.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
113

2. Condição Pulpar;

3. Volume da Câmara Pulpar;

4. Profundidade da Cavidade  Quando temos uma cavidade super superficial, ela nem chegou ainda na junção
esmalte-dentina (JED), só esta em esmalte. Nunca cavidade rasa ela tem aproximadamente 0,5mm a 1mm
ultrapassando essa JED. Na cavidade média até 2mm, na cavidade profunda eu tenho cerca de 0,5 mm de
dentina remanescente, e o que é uma dentina remanescente? Acabei de remover o tecido cariado todo, olhei as
vezes consigo vê a poupa por transparência, ou na radiografia eu consigo vê que tem um filetinho muito fininho de
dentina até chegar na polpa, então tem algo muito escuro, muito opaco que é o tecido cariado, então eu sei que
vai sobrar 0,5mm de dentina aproximadamente, logico que não é milimetricamente medido, e a bastante profunda
agt vai ter menos de 0,5mm de polpa, então os nossos tratamentos vão ficar basicamente na profunda e bastante
profunda., que são os tratamentos minimamente invasivos, existem então alguns tratamentos que tem exposição
de polpa e alguns não e ai agt vai diferenciar os tratamentos diretos que seriam em cima da polpa uma polpa
exposta, e os tratamentos indiretos, que seriam como remanescentes de dentina.
 Superficial – JED;
 Rasa – 0,5mm a 1mm de JED;
 Média – 1 a 2mm de JED;
 Profunda – 0,5mm de dentina remanescente;
 Bastante Profunda - < 0,5mm de polpa.

5. Dentina Secundária e Esclerótica;

6. Diâmetro dos Túbulos  Quanto mais perto do esmalte menor são os túbulos, são mais apertados a entrada
deles, quanto mais perto da polpa maior o túbulo, eles vão aumentando de tamanho. O que isso significa pra
polpa? Uma cavidade profunda ou muito profunda que esta perto da polpa e eu faço ácido fosfórico direto o que
acontece? Vou ter uma agressão a polpa, uma agressão química, uma injuria química porque o ácido fosfórico,
como os túbulos são super grandes aquela área é super permeável então vai passar do túbulo diretamente pra
polpa porque esta muito pertinho, então não podemos fazer um ataque ácido de ácido poliacrilico nem de acido
fosfórico quando se tem uma cavidade muito profunda ou profunda, porque temos uma espessura de dentina
muito fina, a não ser que seja uma dentina esclerosada, nesses casos agt precisa fazer o uso de materiais de
proteção, e forramento de acordo com a cavidade.

7. Características/Sintomatologia  Agora vamos falar sobre CONDIÇÃO PULPAR e SINTOMATOLOGIA, então o


paciente que tem a pulpite reversível ele recebe estimulo na hora que tira o estimulo a dor para, e a pulpite

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
114

reversível ele recebe estimulo e a dor não para, só vai parar na hora que o dente necrosar, no caso da irreversível
canal, da reversível temos os tratamentos.
 Tipo e intensidade da dor  Então saber o tipo de dor se ela é provocada (reversível) ou espontânea
(irreversível); Intensidade de dor, a dor que não para, então um tipo de dor que ela é latejante ou pulsátil (dor
que fica e continua) ou ela é pontada (dor que vem e desaparece).
 Presença de fístula, abcessos ou mobilidade  Esses são os sinais que aparecem, então dos sinais clínicos
podemos ter algum edema na área, alguma fístula, então a fistula junto com o exame radiográfico,
conseguimos constatar que tem uma lesão periapical naquele dente. O que que é uma fistula? É um ponto de
drenagem, uma lesão que está ao redor do dente, no periápice ou em outra área, muitas vezes o paciente tem
abcesso agudo, ele vai ter apenas a fístula, a fístula é pus no mesmo jeito que no abcesso agudo só que o
organismo conseguiu traçar um caminho e nesse osso ele consegue drenar essa fistula, então as vezes o
paciente fala pra você assim, “olha dr, já tem dois anos que estou com essa bolinha na gengiva e ela enche ela
esvazia ela some e é isso que acontece com a fístula, ela enche de pus ai drena o pus na boca do paciente
mesmo, enche, desaparece e assim vai. Se tem sinal de alguma infecção periapical o que acontece com essa
polpa? Ela necrosa, porque sinal de doença periapical é sinal de necrose. Então lesão periapical recorrente de
cárie é sinal de necrose pulpar. Sinal clínico de necrose pulpar? Edema, fístula, perda óssea, retração gengival
intensa, modificação da posição de raíz. Então precisamos fazer exame radiográfico minucioso, no paciente,
então temos o protocolo na clínica, nós olhamos, examina o paciente primeiro e vê áreas de possíveis
infecções, então fazemos a periapical, a não to vendo desconfiança nenhuma de tecido minucioso, lesão
periapical então se faz apenas bait wing, para ve a interproximal e a melhor radiografia pra se vê profundidade
de cárie é a bait wing porque, a angulação da bait wing é quase zero, então deixando o filme paralelo da pra vê
se a cárie esta muito perto da polpa ou não, então na lingual ela está mais profunda da vestibular ela esta
menos e tem um erro de 25%, portanto o único problema da radiografia é essa a imagem bidimensional, mas
como ela projeta na película basicamente como se ela fosse um espelho temos mais a realidade do dente, de
profundidade de cárie, quando é uma radiografia periapical agt tem muita diferença de angulação, então agt
aumenta mt o dente diminui, dando muita diferença pra vê profundidade de carie. Quando temos uma carie
muito extensa, e o paciente não sente dor, eu vou fazer uma radiografia periapical vê se tem alguma lesão,
caso não tenha nada, partiríamos para um teste térmico que é o teste de vitalidade do dente, então temos todo
um protocolo pra seguir, então quando agt vai fazer percussão do paciente (horizontal – lateral) exame clinico
total de boca, espelho com sonda OMS (quando temos um caso de mancha branca e usamos uma sonda
normal, na hora que formos fazer a pressão podemos cavitar o dente). Então se o paciente não estiver
sentindo nada faz o teste de vitalidade, mais não é um teste 100% porque muita das vezes o dente não da
sinal de vitalidade mas está vivo, então se não tem nenhum sinal radiográfico de necrose pulpar, não tem lesão
não tem quebra de lamina dura, tentamos até fazer um tratamento conservador, e fazemos o teste de
vitalidade depois, e se responder acompanhamos por um tempo se tem lesão e acompanha pra endo. Então
temos o teste térmico na faculdade usamos o FRIO, que é uma necrose de tecido com sprayzinho, ou
podemos usar o quente também, mais esse quase não se usa, a técnica do frio e do quente são iguais, o
tempo é o mesmo só muda a temperatura, então como fazemos? Seca o dente, isolamento relativo, pega um
gelo pega o spray gel seco espirra ou em um cotonete, ou com uma bolinha de algodão e coloca na boca do
paciente, na hora que sentir a dor, ele levanta a mão, na hora que ele abaixar a mao é quando ele parar de
sentir a dor, então assim que sentir dor tiramos o algodão, qual é o tempo adequado para ele sentir essa dor?
Até 5 segundos, assim que passar de 5 seg. esse dente já entrou em processo inflamatório, pode ser
reversivel? Pode ser, mas se fizermos um teste e não deu retorno em 5 segundos, já era, é canal, porque já

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
115

não é um processo reversível mais, então temos que vê se a intensidade da dor dele é suave (+), moderada
(++) ou severa (+++), no entanto essa tabela é complicado de se utilizar, porque tem pacientes que são muito
sensíveis e tem pacientes que praticamente não sentem nada, e isso também vai depender de pacientes mais
jovens que tem a polpa maior do que em relação a pacientes mais idosos, que as vezes vai demorar uns 4 a 5
segundos pro paciente começar a sentir alguma coisa.

8. Tipo de Injúria - Fatores Etiológicos e Fisiológicos das alterações de acordo com Estula e Figueiredo:

Bacteriano Toxinas e enzimas associada a cárie – toxinas produzidas pelas bactérias. (CARIE)

Mecânicos – Traumas, fraturas, iatrogênias (preparo de cavidade, superaquecimento).


Patológica – fricção, erosão, abrasão.
Físico Calor decorrente dos preparos e materiais restauradores, ex: ác fosfórico numa cavidade
muito profunda por conta de permeabilidade porque o túbulo é grande e, no entanto a polpa
será agredida, podendo necrosar ou entrar em um processo inflamatório.
Materiais oriundos de restaurações de resina composta. As RC liberam compômeros que são
Químico
tóxicos pra polpa então se não protege-la começara a liberar e agredir a polpa
Alterações dimensionais na cavidade pulpar diante dos túbulos esclerose dentinária e traços
mortos, então nas alterações dimensionais a RC na cavidade profunda tem poder de
Fisiológico
contração então se não for feito a técnica incremental correta a incrementação tem que ser
muito grande, ocorrendo uma tensão na parede, puxando ela para dentro.

Envelhecimento Alterações da polpa, das células, das fibras, inervações.

Vamos ter que analisar a espessura da dentina remanescente (até para sabermos que tipo de material vamos usar
naquela cavidade).
Como saber a quantidade de dentina que eu ainda tenho? Radiografia (vemos a profundidade de cárie, tem que ser a
bitwing) outra coisa é que quando estamos muito próximos da polpa conseguimos vê-la com transparência, fica
rosadinho, conseguimos enxergar, sinal que a espessura da dentina está muito fina.

 Calor, pressão, desidratação (protocolo adesivo incorreto, secagem sem colocar a bolinha de algodão úmida
na dentina)
 Vibração da caneta, broca não pode estar cega, se não vou ter que fazer mais pressão, mais força se não vou
causar mais pressão naquele dente.

Quanto maior a espessura, menor a resposta inflamatória daquele dente, se tenho uma espessura muito fina de
dentina vou ter uma resposta inflamatória muito maior naquela polpa, tendo então a formação de dentina esclerótica. O
ideal é ter no mínimo 2mm de dentina remanescente.
Quanto maior o calor, mais movimentos intermitentes eu tenho que fazer (faço e paro). Eu não posso fazer um
movimento continuo naquele dente.
Solução para os fatores de risco:

 Desidratação = secagem correta e protocolo adesivo correto. Se tenho desidratação tenho movimentação de
fluidos ali dentro. Odontoblastos começam a subir pelos túbulos.
 Refrigeração = a água tem que sair direcionada da ponta ativa da broca até o elemento dentário.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
116

Quando causamos injurias, temos esses fluidos subindo em direção ao meu preparo e vou começar a ter o
deslocamento dos odontoblastos.
O que acontece se invadirmos o espaço biológico e não fazer o aumento de coroa clinica? Se caso não respeitar esse
espaço de 3mm terá um acumulo de RC, começa retração, ter perda óssea na região, por isso sempre deve ser
respeitado, no final da restauração ate o inicio da crista óssea tem que ter sempre 3mm; Exemplo se for na mesial
radiografamos com a bitwing e vemos onde tem a lesão, ai quando é V e L tem que abrir mesmo pra vê ate onde esta
indo.

INJÚRIA PULPAR – TRAUMAS


 Extensão da fratura
 Tipo de tecido envolvido

Na primeira imagem é uma fratura de esmalte. Se o paciente chega e só tem uma fratura de esmalte, preciso tirar
radiografia e fazer acompanhamento radiográfico, pois hoje pode ser só uma fratura e depois começa a necrosar.
Costumamos ver pacientes com o dente escurecido, que ocorre por 3 motivos: hemorragia que vai causar na hora da
batida, necrose pulpar e obliteração pulpar (conduto vai diminuindo até sumir), tratamento endodôntico realizado
incorretamente.

Espaço biológico: tenho que ter 3mm entre a crista óssea e o final do sulco gengival, e eu não posso invadir esse
espaço. Para resolver isso, faço um aumento de coroa clinica. Encaminhamos para um periodontista (rebate a gengiva,
remove um pouco de osso com a broca esférica e sutura)

Caso clínico: Acharam que o espaço biológico estava invadido mas na radiografia não conseguimos ver. Foi isolado,
restaurado e abriram para ver se estava invadido ou não. Quando ele rebate a gengiva ele vai pegar uma sonda
milimetrada de periodontia e vai medir essa milimetragem para ver se está invadindo ou não. Resina composta: é
perigoso para cavidade profunda. Se fazemos técnica de inserção incorreta, tem ausência de polimerização, não
conseguimos liberar a resina e tenho inflamação pulpar por conta dos monômeros resinosos residuais. Ácido
poliacrílico: friccionando tempo de 15 segundos (na clinica usamos o Maxion. Não precisamos pedir o ácido poliacrílico.
O líquido do Maxion é ácido. Pingamos uma gota do líquido na laje de vidro. Pegamos o microbrush, passamos na gota
e friccionamos durante 15s); Agentes Hipermineralizantes: Ácidos - Poliacrilico e fosfórico; Agentes Não
desmineralizantes: Clorexidina e alcalinizantes( água de dical)

RELATIVO AOS PROCEDIMENTO CLÍNICOS


 Preparo Cavitário
o Condicionamento ácido e secagem
o Qualidade das brocas – Superfície de brocas confeccionadas por dois sistemas distintos; brocas desgastadas
após o uso.
o Refrigeração das turbinas
o Vibração
 Limpeza Cavitária  É essencial para retirar a lama dentinária, porque as vezes esta com resto de broca, uma
quantidade enorme de bactéria. Então quais os tipos de materiais que podemos usar na limpeza cavitária? Ácido
fosfórico, ácido poliacrílico, mais usamos mais pra limpeza especificadamente a clorexidina, a solução de
hidróxido de cálcio também da pra ser utilizada por ele é antibactericida e até o flúor também é um material de
limpeza

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
117

 Secagem da Cavidade – Bolinha de algodão ou curtos jato de ar, o uso de ar por 10s ou mais causam
desorganização da camada odontoblástica.
RELATIVO AOS AGENTES CAVITÁRIOS
AGENTES DE LIMPEZA CAVITÁRIA
 Aplicado após preparo cavitário
 Reduz numero de bactérias na dentina
 Promove adequadamente limpeza do preparo cavitario
Agentes Desmineralizantes
 Ácido fosfórico
 Ácido poliacrílico e EDTA
Agente não Desmineralizantes
 Clorexidina a 2%
 Solução de Hidróxido de Cálcio (PA) + Água destilada
 Flúor fosfato acidulado

REQUISITOS PARA OS MATERIAIS DE PROTEÇÃO


 Um material protetor ideal tem que ter as seguintes características:
o Ser um bom isolante térmico e elétrico  protege;
o Ser bactericida e bacteriostático;
o Ter adesão à estrutura dentária;  e liberar flúor, não precisa necessariamente porque o CIV é um material
que já libera flúor no entanto o hidróxido de cálcio não libera, mas ele é ótimo para proteção;
o Estimular a formação de dentina reparadora  também não é prioridade porque podemos formar o oxido de
zinco e eugenol, ou um CIV, ou fosfato de zinco, mais o OZE não pode ser usado com RC porque impede a
polimerização da RC;
o Inibir a penetração de íons da dentina;
o Evitar a infiltração de microorganismo;
o Biocompativel.

INDICAÇÃO DOS AGENTES PROTETORES - Dependerá de três fatores:


 Idade do paciente
 Profundidade da cavidade
 Diagnóstico Pulpar

Profundidade da cavidade – Uso mais em cavidades muito profundas. Pode ser: Superficial, Rasa, Média,
Profunda e Bastante profunda. Na prova, ler direitinho se está profunda ou muito profunda, que é o que vai
determinar a dentina remanescente que eu vou ter e vai determinar o tratamento que eu vou realizar.

Diagnóstico Pulpar
 Anamnese
 Exame Clínico e Radiográfico
 Teste Térmico e Elétrico
 Tipo de Dor

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
118

Ex: Paciente pode relatar que a cinco noites doeu muito, se eu pressionar essa polpa e tampo esse dente, eu vou ter produção de
gases, podendo causar um abcesso agudo nesse paciente. Só posso fazer o tratamento planejado quando essa polpa está
saudável. Sabemos isso quando o paciente relata e só sabemos por estimulo. Então se dói sem comer nada, do nada, é
característica de um pulpite irreversível então encaminhamos para endo. Se dói quando bebe água ou faz pressão, então é uma
resposta positiva da minha polpa, tiro estimulo a dor passa. Então podemos realizar o tratamento. Só que dentro do diagnóstico
pulpar, na radiografia temos que observar se vai ter que ir direto para endo, que é quando a cárie já está na polpa ou quando tem
uma lesão periapical que é característica de que a polpa está necrosada. Para fazer o diagnóstico pulpar desse paciente, eu tenho
que fazer anamnese, para saber se sente dor, exame clínico radiográfico, teste termicoelétrico e o tipo de dor (lancinante, pulsátil,
calor, por estimulo, frio ou doce). Exemplificando, temos uma polpa jovem e uma polpa idosa. Tamanhos são bem diferentes, a do
idoso é bem retraída. Fazemos um teste térmico com endofrost que é um gelo seco. Fazemos isolamento relativo, secamos o
dente, pegamos uma bolinha de algodão ou cotonete e joga o spray de gelo seco nele e colocamos no elemento dentário. Para que
serve isso? Para estimular a polpa para saber se está viva ou inflamada. Sempre realizamos em mais de um dente, então se fizer
no 11, geralmente fazemos no 11, 12, 21 e 22. Por que? Pode ser que os outros três tenham uma resposta diferente do 11,
caracterizando uma inflamação. Depois de colocarmos a bolinha de algodão orientamos o paciente a levantar o braço se sentir
algo. Contamos de 1001 a 1004 geralmente quando chega no 1004 é a hora da dor. Ai removemos e contamos quanto tempo vai
demorar para ele abaixar a mão que vai ser quando vai parar de doer. O mesmo faz com o quente. Aquecemos o bastão e
colocamos no dente. Caso clinico: Fiz uma restauração e o paciente falou na outra semana que o dente estava muito dolorido ai
radiografamos e vemos que o dente está com excesso, com contato prematuro. Na radiografia observamos também o
espessamento da lamina, no caso o ligamento periodontal. Paciente que tem sensibilidade muito grande colocamos o OZE para
alivio da inflamação e consequentemente a dor.

QUAL RADIOGRAFIA É INDICADA? Profundidade de cárie – Bitwing (só dentes posteriores); Investigações de lesões
periapicais – Periapical.

MATERIAIS DE PROTEÇÃO
Agentes conservadores
Agentes de base
 Produtos a base de Hidróxido de Cálcio
 CIV
 Adesivos dentinários.

OBS: Em uma cavidade rasa ou média que não preciso de colocar um material intermediário o meu agente de proteção
vai ser o adesivo, porque ele vai vedar os túbulos.

AGENTES PROTETORES
 Vernizes
 Cimento de Hidróxido de cálcio
 Cimento de Ionômero de Vidro
 Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
 Flúor Fosfato Acidulado
 Adesivos Dentinários

VERNIZES CAVITÁRIOS
 São compostos a base de resina dissolvida em clorofórmio, éter ou acetona;

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
119

 O solvente evapora-se rapidamente, deixando uma película forradora que veda com eficiência a superfície
dentinária;
 Inibem a penetração de íons metálicos;
 Evitam a infiltração marginal;
 Hidroxiapatita sintética.
 Indicação: Restauração com AG. Ex: Verniz Caulk (Dentsply)

PRODUTOS A BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO


 Bastante difundidos e muito utilizados.
 Possui pH alcalino, solúvel, biocompatível e bacteriostático.
 Neutraliza os ácidos – migram para a polpa
 Induz a formação de dentina reparador

Indicação:
 Área de exposição pulpar (Hidróxido de Cálcio – PA {Pró Analise});
 Usado muito próximo à polpa - Hidróxido de Cálcio – Pasta esta pró analise é mais pura e pra fazer a pasta usa
o pó mais a agua destilada, promovendo uma regeneração pulpar mais rápida, pra lavar vai ser lavado com agua
destilada com a utilização de seringa;

Apresentação:
 Solução: limpeza e hemostasia
 Suspensão: forramento
 Pó: Capeamento direto
 Cimento: Capeamento indireto

CIMENTOS DENTÁRIOS
 Possuem as mais diferentes composições e comportamentos físicos e biológicos; #Os mais utilizados em
forramento e proteção são:

ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL (OZE)


 Apresenta efeitos terapêuticos sobre a polpa;
 Baixa Resistencia mecânica  não pode ser colocado nas paredes circundades só nas paredes de fundo, porque
é um material super solúvel e se deixar nas paredes ele vai solubilizar, sumindo e infiltrando naquela área;
 Péssima adesividade a estrutura dental além de não ter flúor tendo essas como suas desvantagens;
 Inibe a polimerização das RC e adesivos dentinários.

IONÔMERO DE VIDRO (CIV)


 Promove a remineralização pela liberação de flúor
 CETL próximo ao da dentina
 Biocompativel
 Excelente resistência como protetor e/ou forrador.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
120

RELAÇÃO: Hidróxido de Cálcio: Solúvel;


Aplicação somente no ponto mais fundo da cavidade.
CIV: Protege a Hid. De Cálcio;
Adesão a estrutura dental na parede pulpar e circundante.

PERGUNTA: Supondo que vou fazer uma resina composta e coloquei oxido de
zinco e eugenol como base, tudo bem? Não. Porque o oxido de zinco e eugenol
não é compatível com a resina. Ele atrapalha a polimerização da resina. Então
se eu for usar o oxido de zinco e eugenol e for restaurar com resina depois, eu
tenho que colocar algo entre os dois para não ter contato como o CIV.

Caso Clínico: Fiz uma classe II muito baixa e resolvo colocar o dical, na hora de colocar o dical eu coloquei na parede
gengival também, o que está ERRADO, pois só pode ser colocado na parede de fundo. Em parede circundante não
pode pois solubiliza ele ai vai ter penetração de bactérias e infiltração. PERGUNTA: CIV tem uma adesividade ótima
em dentina, liberação de flúor (como funciona? Coloquei o ionômero em cima restaurei com resina, vai ficar liberando
flúor ali para sempre? n Vai. O civ tem um efeito chamado de efeito esponja que ele perde os ions flúor e ganha os ions
flúor. Então para ele ganhar ele tem que estar exposto, se ele não está exposto ele não ganha. Então na hora de
liberar a quantidade de flúor que está na formula dele depois de por a resina por cima, ele não libera mais. Ele tem uma
ótima biocompatibilidade e o mais importante que é o Coeficiente de expansão térmica, o que a resina não tem.
Quando as cavidades são muito profundas e profundas e tenho um amalgama ou uma resina, provavelmente vou ter
alguma coisa naquele dente porque o material não vai se expandir nem se contrair da maneira que eu quero, já o
ionômero consegue fazer isso, então o paciente não tem sensibilidade. Ainda temos, alto peso molecular do ácido
poliacrílico, união ao cálcio dental, diminuição das moléculas em direção a polpa, o que é muito importante, pois tenho
menos injúria, menos agressão pulpar. Nos adesivos dentinários, nós temos obliteração e selador de superfície. Então
por exemplo, em uma cavidade média eu quero selar, posso usar o sistema adesivo? Posso. Feito ácido, adesivo e
resina.

PROFUNDIDADE DAS CAVIDADES


 Cavidade Rasa: Cavidade em esmalte ou ultrapassando 0,5 a 1,0 mm da junção amelodentinária;
 Cavidades Média: Cavidade com 1mm ou mias de dentina remanescente entre o assoalho e a polpa;
 Cavidade Profundas: Cavidade com até 0,5 mm de dentina remanescente entre o assoalho e a polpa;
 Cavidade Muito Profunda: Cavidade com até 0,5 mm ou menos de dentina remanescente entre o assoalho e a
polpa.

TIPOS DE PROTEÇÃO PULPAR


 Tratamento Expectante - escavação gradativa
 Proteção Pulpar Indireta - capeamento indireto

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
121

 Proteção Pulpar Direta - capeamento direto; curetagem pulpar e a pulpotomia.


Nas duas primeiras técnicas não tem exposição pulpar, porque são tratamentos indiretos, e os diretos tem exposição
pulpar, material direto na polpa. Quando olhamos a figura, observamos que a cárie está muito próxima da polpa, então
eu vou fazer o tratamento expectante ou minha proteção pulpar indireta? para que? Se eu remover a cárie toda eu
corro risco de remover aquela polpa, então não vou remover a cárie toda. Nas proteções pulpares diretas eu já tenho
exposição pulpar, então minha proteção vai ser diretamente em cima da polpa.

1. TRATAMENTO EXPECTANTE – ESCAVAÇÃO GRADATIVA


1.1. Objetivo:
 Lesão cariosa muito profunda ativa de dentina
 Objetivo: Interromper circulo metabólico, bloquear infiltração marginal e inativar bactérias;
 Remoção parcial de dentina cariada;
 Estimular dentina terciária;
 2 sessões;
 Dúvida do diagnostico pulpar  Quando não sei se o dente ta vital ou necrosado, sem sinal de necrose
mais não responde ao teste térmico.

Remove dentina superficial; Deixar dentina infectada nas paredes circundantes; Pasta de Hidróxido de Cálcio:
Hidróxido de Cálcio (PA) + Pasta de OZE; Após 45 dias realizar teste de vitalidade pulpar; Remoção total do tecido
cariado; Restaurar como cavidade muito profunda.

Ex: Lesão cariosa profunda ou muito profunda, faz a periapical e não tem lesão periapical nenhuma, no entanto esse
dente não responde ao teste térmico, então nós ficamos na duvida se está vital ou se esta necrosado, mas não tem
sinal clinico, sem nenhuma doença, e não respondeu o teste térmico então vamos fazer o que? Capeamento indireto?
Não, vamos tentar salvar ainda, removo parcialmente o tecido cariado espero 45 dias a 60 dias, e o paciente retorna e
então removo o restante da cárie, não posso remover tudo, removo parcialmente e coloco a medicação que vai ser o
dical+oze+civ e essa dentina vai reparar, produzindo dentina reparadora e a distância entre a polpa e a cárie vai
aumentar e quando eu for remover o resto a câmara pulpar já vai esta menor tendo uma distancia maior da cárie e
polpa, então removo essa cárie sem fazer exposição pulpar. Então essa técnica é usada para lesões cariosas muito
profundas ativas em dentina, estimular a formação de dentina reparadora, manipulo meu paciente e não terá exposição
pulpar. Para isso temos que saber também diferenciar dentina infectada de dentina afetada. A dentina infectada é
aquela dentina amolecida, amarelada que fica junto com biofilme e removemos facilmente. A dentina afetada é aquela
que começa saindo em raspas, tem mais consistência é mais dura, coloração mais marrom, mais escura. A Infectada é
mais esbranquiçada. Então em um tratamento expectante eu vou remover praticamente tudo da parede circundante,
mas a parede de fundo eu vou manter a afetada e um pouco da infectada. Pois se eu remover a infectada um pouco eu
corro o risco de exposição pulpar. Se o dente doer durante a noite é sinal de pulpite irreversível porque quando agt
deita a circulação da cabeça aumenta e a do dente aumenta também.
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
122

PERGUNTA: Paciente nessa técnica não vai ser anestesiado, vai ser feito com isolamento relativo, por quê? Pois eu
quero saber se esse dente está vivo ou não, então eu quero que o paciente me relate se está tendo alguma
sensibilidade na hora que eu entro em contato. Lembrar sempre para o paciente que isso é uma tentativa para ajudar o
dente dele a não dar canal. A dentina infectada não é passível de remineralização então se o dente tem uma dentina
infectada ela vai continuar amolecida e depois eu posso ter fratura do material. Agora a minha dentina afetada é
passível de remineralização, por isso mantemos ela. Faço a técnica do tratamento expectante em duas sessões, pois
vou ter que abrir o dente novamente.

1.2. Primeira Sessão:


 Isolamento Relativo
 Não anestesiar
 Remoção da dentina infectada  TODA? Consigo ou não remover tudo se não conseguir eu mantenho, só
com colher de dentina;
 Sensibilidade
 Lavagem da cavidade com solução de hidróxido de cálcio (Ca(OH) 2)  misturamos esse dical com água
destilada e vai lavar a cavidade com uma seringa. Fazemos isso para alcalinizar aquela cavidade.
 Secar  com bolinha de algodão a dentina e esmalte com jato de ar;
 Pasta de Ca(OH)2 + Cimento de Ca(OH)2 + CIV + proteção – verniz ou adesivo  pego o dical (pó) e
misturo com pouca água destilada formando um pastinha, por cima da pasta coloco o cimento hidróxido de
cálcio;
 Aguardo 90 dias.

1.3. Segunda Sessão  Depois desses 90 dias, radiografo meu paciente e na radiografia tenho que observar
formação da dentina reparadora naquela área. Então eu vou aumentar minha distancia da polpa para a cárie.
Tenho que observar também se não vou ter lesão periapical que pode ter necrosado, meu espaço do ligamento
periodontal para ver se não tem espessamento e a dentina reparadora.
 Diagnóstico da dentina cariada (Teste de vitalidade (quente e frio) e radiografia);
 Anestesia e isolamento absoluto;
 Remoção do tecido cariado remanescente;
 Lavagem da cavidade com clorexidina a 2% ou solução de Hidróxido de Cálcio;
 Secar;
 Aplicação Ca(OH)2 PA e cimento Ca(OH)2;
 Ácido poliacrílico, lavagem e secagem
 Protocolo adesivo e restauração
 PROSERVAÇÃO E ACOMPANHAMENTO RADIOGRÁFICO  Porque é um tratamento conservador que
pode ou não da certo, mas se deve sempre informar isso ao paciente, tentativa de não fazer canal no dente,
por isso é conservador.

Para o capeamento indireto que é a próxima técnica, nós fazemos em uma sessão só, com a resina no mesmo dia,
para termos um bom vedamento e mais sucesso. Tanto no tratamento expectante e no capeamento indireto a idade vai
influenciar. Uma polpa jovem tem uma capacidade de se regenerar muito grande então se eu tenho um paciente idoso

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
123

e eu vou fazer um tratamento expectante, é complicado de dar certo. Até fazemos em um paciente idoso, mas a
chance de sucesso é muito menor.
Caso clínico: Temos o elemento 16 com uma super cárie. E foi feito o tratamento expectante, no qual foi removido
praticamente a cárie toda. Ai nós vemos a profundidade da lesão. Se isso chega no perio, ele vai e faz canal. Colocada
a pasta de hidróxido de cálcio e civ. Na segunda sessão abriu, acabou de remover a cárie e foi feita a restauração de
resina composta. Com dycal + ionômero de base + resina. A cárie tem que estar até onde o paciente não sentir dor.
Usamos a baixa rotação. Temos que ter broca de baixa rotação esférica 2,4,6 e 8.

2. PROTEÇÃO PULPAR INDIRETO – CAPEAMENTO INDIRETO  A diferença do capeamento pulpar indireto pro
tratamento expectante, é que no segundo eu não tenho certeza se o dente está vivo, e o no capeamento indireto
eu sei que ele está vivo, respondendo ao teste térmico de vitalidade. Então na proteção pulpar indireto, o paciente
pode se queixar de dor naquele dente ou não terá sensibilidade a precursão, quando existe sensibilidade a
precursão o que pode está acontecendo com aquele dente? Pra verificar se tem alguma inflamação periodontal, ou
uma inflamação pulpar, podendo ser causado por um contato prematuro por exemplo.
Quando fazemos o tratamento expectante ou a proteção pulpar indireto temos a formação de dentina, então
removemos parcialmente o tecido cariado, colocamos o material de forramento o dycal, depois colocamos o CIV e
a polpa vai produzir dentina, e a carie vai estar distante da polpa depois disso, aumentamos essa distancia, e
quando eu reabro pra retirar toda a carie ela fica distante da polpa.
Será muito parecida com a expectante, porem a diferença de uma pra outra é que o capeamento indireto será feito
em apenas uma sessão, só será duas sessões se deixar só pra fazer a resina na outra sessão. Mas toda a parte
de limpeza, tecido cariado, será tudo feito em sessão única.
 Dor provocada à mastigação
 Ausência de sensibilidade a percussão horizontal
 Ausência de alterações radiográficas periapicais
 Estimular a formação de dentina reparadora

2.1. Técnica
 Diagnóstico da dentina cariada verificar se está vivo;
 Anestesia e Isolamento Absoluto;
 Remoção parcial do tecido cariado - deixando apenas a dentina afetada na parede de fundo  a
circundante não pode porque atrapalha a adesão da resina depois;
 Lavagem da cavidade com clorexidina ou solução de Hidróxido de Cálcio e Secar;
 Hidróxido de cálcio PA (opcional) + Dycal (obrigatório);
 Ac Poliacrílico + CIV;
o Câmara úmida (sessão única – se for fazer a resina no mesmo dia)  Quando agente quer restaurar
no mesmo dia com o CIV convencional, temos que acelerar a presa do CIV se não ficamos um bom
tempo para ele tomar presa, então o que fazemos? Pegamos uma bolinha de algodão úmido coloca
em cima do CIV e em 5-6 minutos ele já toma a presa, ou seja, obteve o processo de geleificação,
então ai já podemos fazer o ataque ácido com o ácido fosfórico, adesivo e resina. Então a câmara
úmida é pra acelerar o processo de geleificação.
o Proteção com verniz - duas sessões  Faremos o CIV, o veniz cavitário para proteger e semana que
vem rebaixo e coloco só a resina composta;
 Protocolo adesivo + restauração
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
124

 PROSERVAÇÃO E ACOMPANHAMENTO RADIOGRÁFICO

Remoção de cárie só é feita com broca de baixa rotação, e porque não pode ser feita com a broca de alta diamantada?
Porque ela escorrega e quando da essa escorregada podemos fazer uma exposição pulpar. Então remoção de tecido
cariado somente broca de baixa rotação esférica 2,4,6,8.

IMPORTANTE em prova: se for descrever a técnica, coloca lá tratamento expectante descreva o tratamento
expectante. Que você não vai remover a cárie toda, que você não vai anestesiar. Porque se confundir uma técnica
coma outra zera a questão. Se for em um capeamento indireto e deixar cárie tem que dizer que foi deixada apenas a
dentina afetada na parede de fundo que é passível de remineralização.

Caso clinico: Amálgama estimula formação de dentina esclerosada, tendo túbulos bem fechados então se resolver
fazer alguma troca de amálgama na clinica, o dente está escurecido então, nós mascaramos com resina opaca. Às
vezes só o CIV já mascara também. Tirou amálgama que provavelmente estava infiltrado, fez o forramento com o CIV
e depois resina.

3. PROTEÇÃO PULPAR DIRETA – CAPEAMENTO DIRETO  Nós precisamos avaliar 4 itens quando tem trauma,
idade do paciente, tamanho da exposição pulpar, posição bucal do paciente e o tempo de exposição o tempo de
exposição para o trauma tem que ser de até 2 horas, pois terá uma pequena lesão e o que seria isso? Até 1mm,
1mm e meio. Caso ao contrario só endo. Quais seriam as limitações? Pequenas exposições acidentais e o
acidente do trauma. Por exemplo, acidental é quando expõem a polpa quando estou preparando o dente, estou
removendo a cárie e expus a polpa é acidental (até 2horas), quando expõem por carie acidentalmente ai corre pro
tratamento,

3.1. Objetivo
 Pequenas exposições acidentais;
 Trauma dentário  menos de 2 horas, pequena exposição e a polpa tem que está com aspecto sadio que é
vermelho vivo, não pode estar com sangramento atenuante e nem estar com aspecto amarronzado;
 Ausência de lesão periapical;
 Ausência de sensibilidade à percussão horizontal;
 Proteger a polpa de irritações posteriores;
 Dor provocada  não pode ser sentida.

Depois que o paciente voltar de 60 a 90 dias, na radiografia, tem que observar a ponte de dentina. Se não houve
formação dessa ponte então não vai ter sucesso.

3.2. Prognóstico  Um prognóstico principal favorável é a idade do paciente e tamanho e condição da exposição,
pois se for maior que 1mm não dá.
 Idade  jovem;
 Tamanho, tempo (principalmente se for por trauma) e condição da exposição (se for trauma tem que
avaliar a condição bucal do paciente e se for no consultório saber se o paciente estará isolado porque se
não contamina tudo).

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
125

3.3. Controle
 Dor – tipo e duração
 Reação aos estímulos externos  teste vitalidade ok;
 Formação de barreira dentinária  o que chamamos de ponte de dentina, porque a polpa esta exposta,
então precisamos dessa ponte ligando uma dentina a outra, para polpa não ficar exposta;
 Integridade da lâmina dura  no Periápice.

Caso clinico: Tenho um trauma, uma pequena exposição, se foi em menos de duas horas posso fazer. Então foi feito.
Colocada a pastinha de dycal, dycal por cima, CIV e resina composta. Aqui foi feita uma colagem, tenho que fazer
alivia no meu fragmento com broca esférica e vou escavar para conseguir encaixar. Faço ataque ácido nos dois e
posso colar com a resina flow ou cimento resinoso. Em dente posterior: remoção da carie toda e ajeitando o preparo
ocorreu a exposição. As vezes podemos fazer a hemostasia com bolinha de algodão estéril e coloca em cima da polpa
para parar de sangrar. Coloco a pasta de hidróxido de cálcio, hidróxido de cálcio + civ + restauração. Em dentes
anteriores pulamos o CIV por questão de estética. Paciente chega com trauma, dependerá daquelas condições tempo
e exposição.

3.4. Técnica
 Anestesia + Isolamento absoluto + antissepsia;
 Remoção total do tecido cariado;
 Lavagem com soro fisiológico  não pode ser com clorexidina porque está na polpa;
 Hemostasia com bolinha de algodão estéril;
 Lavagem com solução de hidróxido de cálcio;
 Apliação Ca(OH)2 PA e Cimento Ca(OH)2;
 CIV (ácido poliacrilico 30 segundos esmalte, 15 dentina, lavagem por 15 segundos, secagem com bolinha
de algodão) + restauração (ácido fosfórico 30 segundos esmalte 15 dentina, lavo, seco bolinha de algodão
na dentina, esmalte branco opaco, clorexidina 30 segundos) + ajuste de oclusão;
 Exame radiográfico + proservação  depois de 90 dias, radiografamos o paciente e temos que observar
formação de ponde de dentina e não pode ter nenhuma alteração periapical ou óssea.

PROVA: se cair um caso clinico falando que um cirurgião dentista após remoção de cárie provocou uma exposição
acidental da polpa de onde eu começo a descrever minha técnica? Começo da água com solução de dycal pois já está
anestesiado e isolado.

4. PROTEÇÃO PULPAR DIRETA - CURETAGEM PULPAR

4.1. Objetivo
 Exposições pequenas (acidentais, cárie ou trauma)
 Ausência de reações periapical
 Ausência de sensibilidade a percussão horizontal
 Proteger a polpa de irritações posteriores
 Dor provocada
 Remoção da camada superficial da polpa
 Contaminação superficial da polpa
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
126

Não é realizado mais, mas tem nos livros então passamos para vocês. É igual ao capeamento direto, a única diferença
é que nós vamos curetar a polpa. Vou pegar uma colher de dentina muito afiada estéril e vou remover a parte
superficial da polpa e é feita quando tenho uma exposição muito maior do que a indicada para o capeamento indireto.
Vou realizar quando: ocorre exposição acidental, por cárie ou trauma. Então se eu tenho uma pequena exposição por
cárie eu posso fazer a curetagem. Vou curetar aquela polpa ali contaminada. Ausência de reação periapical, remoção
da camada superficial da polpa, contaminação superficial da polpa. Se o paciente está com tudo muito contaminado, o
melhor é fazer canal. Se for por trauma começamos na anestesia se for acidental começamos na remoção da parte
infectada da polpa.

4.2. Técnica
 Anestesia + Isolamento Absoluto + Antissepsia
 Remoção total do tecido cariado
 Remoção da parte infectada da polpa com colher de dentina afiada
 Lavagem com soro fisiológico
 Hemostasia com bolinha de algodão estéril
 Lavagem com solução de hidróxido de cálcio
 Aplicação Ca(OH)2 PA e cimento de Ca(OH)2
 CIV + restauração + ajuste de oclusão
 Exame radiográfico + preservação

Existe também o MTA que é muito usado em endodontia, tem um vedamento muito bom que pode ser substituído no
lugar do dycal. Ele é muito mais caro.

5. PROTEÇÃO PULPAR DIRETA - PULPOTOMIA


 Ricogênese incompleta  é quando o ápice está aberto. Preciso terminar o fechamento desse ápice para
fazer o canal. Mantenho a polpa radicular e removo apenas à coronária. A radicular está cheia de células;
 Pacientes Jovens  crianças e adolescentes;
 Exposição ampla da polpa  por carie ou por trauma;
 Remoção da polpa coronária  deixando só a polpa radicular, porque não podemos fazer o canal? Porque
o ápice está aberto, e se removo que célula vai fechar o ápice? Nenhuma. Então preciso da polpa que ta
produzindo odontoblastos pra fazer o fechamento do ápice, qual o intuito da pulpotomia? Terminar o
fechamento do ápice;
 Ausência de sensibilidade à percussão horizontal
 Proteger a polpa de irritações posteriores
 Dor provocada
 Ausência de reação periapical

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
127

Aspectos clínicos fundamentais para a indicação da pulpotomia (Holland e Souza)


SINAIS FATORES FAVORÁVEIS FATORES DESFAVORÁVEIS
Sangramento Normal após o corte do tecido pulpar Ausente
Muito escuro  podendo ser sinal de
Sangue de cor vermelho vivo necrose
Muito claro (amarelado)  podendo ser
sinal de infecção
Remanescente pulpar Polpa consistente/corpo (resistência Polpa sem consistência que degrada
à ação da cureta ao corte) facilmente  se estiver molenga ta com
Aspecto pastoso/liquefeito sinal de inflamação
Coroa dentária Quase integra ou com paredes Grande destruição coronária necessitando
espessas e resistentes de colocação de núcleo intracanal

5.1. Técnica
 Anestesia + Isolamento Absoluto
 Remoção total de tecido cariado
 Abertura coronária (acesso) + remoção da polpa coronária com colher de dentina estéril + Irrigação com
soro fisiológico e solução de hidróxido de cálcio
 Hemostasia com bolinha de algodão estéril
 Aplicação do Ca(OH)2 PA e Cimento de Ca(OH)2
 CIV + restauração + ajuste da oclusão
 Exame radiográfico + proservação
 Observação radiográfica da formação de tecido duro na entrada dos condutos.

O que vai acontecer? Onde colocamos hidróxido de cálcio não tem a formação de dentina? Então se eu colocar na
entrada do conduto o que vai acontecer? Vai fechar o conduto tendo a formação de tecido duro e não consegue entrar
com a lima então se esse dente necrosar com o tempo que é bem provável de acontecer, vai da muito trabalho pro
dentista, mas como o dente não tem o ápice fechado ainda, porque vamos fazer o fechamento artificial? Porque as
paredes não vão engrossar, será basicamente a mesma coisa o dente ficara mais frágil.

O Hidróxido de cálcio PA estimula mais a formação de dentina por ser mais puro.

Sinal clinico de que essa polpa está inflamada? Sangramento abundante. Se não conseguimos conter o sangramento,
essa polpa está com sangramento inflamatório irreversível. Temos então que mandar para o endo fazer canal. No
exame radiográfico tenho que notar a formação de ponte e integridade periapical, de lamina dura.

Caso clinico: Ápice aberto, removo o teto da câmara pulpar e a polpa coronária, hemostasia com bolinha de algodão,
pastinha de hidróxido de cálcio, cimento de hidróxido de cálcio, civ (necessário, por conta do vedamento) e resina.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
128

TÉCNICAS ANESTÉSICAS VOLTADAS PARA DENTÍSTICA


Como saber se o dente está anestesiado? Se o dentista perguntar ao paciente e ele relatar que não está sentindo
nada, não quer dizer que o dente foi anestesiado, já que a ação do anestésico atinge primeiramente os tecidos moles.
Para ter certeza pode ser feita a percussão com o cabo do espelho ou da pinça, a sensação que se tem de quando o
dente está anestesiado é de que o dente está preso em um “isopor” como se estivesse solto. Quando a técnica
anestésica foi bem feita e mesmo assim o paciente sente dor, podem ter ocorrido 2 hipóteses: anastomose do nervo
alveolar superior ou do nervo palatino, sendo necessário anestesiar o outro lado da arcada.

Anestésico tópico- p/ aplicar, o local tem q estar seco, usar sugador, pode friccionar p/ melhor absorção.

1. ANESTÉSICOS LOCAIS INTRODUÇÃO


 Considerar aspectos psicológicos do paciente (próprios e do meio);
 Necessidade de conhecimento técnico e teórico.

2. PROCEDIMENTO ANESTÉSICO
 Bochecho  clorexidina 02 %;
 Desinfecção do local  Pode ser com a própria clorexidina;
 Anestesia tópica  Com controle de saliva – 2minutos – enrugada;
 Preparação da carpule;
 Remoção do anestésico tópico;
 Execução da técnica escolhida.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE ANESTESIAS (CUIDADOS TÉCNICOS)


 Deixar o anestésico na temperatura do corpo  Quanto mais aquecido melhor, se aplicar gelado vai doer
mais. O anestésico tópico tem que estar em temperatura ambiente, caso contrário o paciente pode reclamar de
dor e não se esquecer de estirar (esticar) a mucosa para facilitar a entrada da agulha;
 Estirar a mucosa para facilitar a entrada da agulha;
 Verificar história médica - anamnese cuidadosa;
 Bisel voltado para o osso  Para aplicar o anestésico o bisel da agulha sempre deve estar voltado para o
osso, é feita deste modo para que a penetração da agulha seja mais fácil, se estiver de outra maneira pode
lesionar a região ou causar algum problema posterior;
 Realizar a aspiração - detectar vaso sanguíneo  Realizar a aspiração para saber se não acertou o vaso
sanguíneo, mas atualmente os carpules novos já vêm com essa tecnologia, se for encontrada alguma pressão
no vaso, o tubete vai apresentar sangue nele, é sinal de que acertou um vaso sanguíneo, se isso acontecer, o
tubete é descartado e outro é colocado em seu lugar, caso o carpule não tenha este sistema não se sabe se o
vaso foi atingido ou não;
 Administrar lentamente o anestésico  Administrar o anestésico lentamente primeiro para não causar dor e
depois porque pode causar ao paciente um mal-estar, ventilar demais, ter falta de oxigenação, daí tem que
parar conversar, tranqüilizá-lo, explicar o procedimento para ele, depois da melhora do paciente a consulta é
desmarcada e marcada para outro dia porque o paciente já está estressado;
 Respeitar dosagem máxima  Na Unifoa o máximo de tubetes usados são 2;

 Aplicar lentamente  Aplica a anestesia aos poucos;


Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
129

 Nunca introduzir a agulha toda  Deixar 1/3 da agulha fora da mucosa que é o paspatur, corre o risco de
quebrar, por isso sempre deixar um pedaço para fora para ser removida caso isso ocorra;
 Remover a agulha da boca do paciente e tampá-la  Tampar a agulha com auxílio de uma pinça para não se
furar;
 Descartar a agulha em recipiente adequado  Descartar em descarpac. - Passar o carpule por baixo do
queixo do paciente para que o mesmo não veja a agulha e não lhe cause pânico;

4. CUIDADOS ANTES DA ANESTESIA - Postura do profissional, mesa clínica já preparada, medicamentos, o que o
medicamento pode causar ao organismo? Efeito colateral (alergia), então pacientes que tem alergia a produtos
enlatados não se usa anestesia no tubo de plástico só o de vidro, só se pode no de vidro, anamnese para verificar
a historia médica, anti-sepsia, o correto posicionamento do carpule, forma correta de passar o instrumental, deixar
o anestésico na temperatura do corpo, se deixar o anestésico na geladeira temos que aquecer, dosagem do
anestésico (quanto anestésico usar), escolha do anestésico.

5. CUIDADOS DURANTE A ANESTESIA - Bochecho com a clorexidina, aplicar corretamente, secar a mucosa para
a aplicação do anestésico tópico, esperar o tempo correto de ação do anestésico, para a anestesia papilar verificar
se a mucosa ficou isquêmica durante o procedimento anestésico, se o bisel da agulha está voltado para o tecido
ósseo, não introduzir a agulha toda, introdução lenta do anestésico, conversar com o paciente observando os
sinais vitais se ele ta nervoso ou não, verificar a quantidade introduzida e a posição do paciente.

6. CUIDADOS APÓS A ANESTESIA - Fazer o teste de percussão para comprovar a eficácia do anestésico, orientar
o paciente para não morder no local onde foi realizada a anestesia, pois não haverá sensibilidade, caso tenha
dado uma parestesia ligar para o dentista, se causar um hematoma, fazer utilização de gelo na área para evitar
que se expanda e piore receitar um analgésico se houver muita dor, tampar e descartar corretamente a agulha,
evitar mastigar quando anestesiado.

Fazer um bochecho para promover uma desinfecção local que é feito com clorexidina a 02%, a clorexidina também pode ser
usada para limpar a cavidade, feita depois do ataque ácido para a limpeza de bactérias desse local, comprovadamente reduz
em 70% o número de colônias de bactérias. Sabe-se que quando se aplica o ácido fosfórico produz uma enzima chamada
metaloproteinato e a clorexidina impede a produção da enzima que causa a abertura da interface adesiva dentina/sistema
adesivo. Porque a clorexidina deve ser aplicada após o ataque ácido? Por causa da smear layer que se forma depois do
preparo, o ácido remove a smear, se a clorexidina fosse colocada antes do ácido não seria tão eficaz. Para o bochecho com
clorexidina se pega um copinho com a solução, já para limpar a cavidade é levado o Pote Dappen para que sejam
dispensadas duas gotinhas. Depois de desinfetada a boca é feita a anestesia tópica com uma bolinha de algodão ou com o
dedo, não é aconselhado a fazer com a luva para que a mesma se mantenha o mais limpa possível. Primeiramente secar a
região com seringa tríplice, pois o anestésico é à base de óleo e se a mucosa não estiver seca a saliva (água) presente
naquela região impede que o anestésico passe livremente pela membrana celular do tecido (óleo e água não se misturam).
Então se esfrega a bolinha no anestésico tópico e passa na região onde se pretende anestesiar, é esfregada pressionada na
mucosa, depois conta 2 minutos, durante esse tempo colocar o sugador na região, pois de maneira alguma o saliva poderá
entrar em contato com o anestésico tópico, caso contrário, o local não será anestesiado. Na arcada superior não precisa de
sugador porque não tem produção de saliva. Daí retira-se o algodão e a mucosa está pronta para anestesiar.

7. TÉCNICA ANESTÉSICA

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
130

ANESTESIA INFILTRATIVA LOCAL (feita no longo eixo do dente/ o líquido deve escoar
facilmente). Anestesia por bloqueio locorregional - Na anestesia papilar a certeza de que
foi anestesiada a papila é que a região deve ficar isquêmica (entorno de 1/8 do tubete, se
não vazar) e durante o procedimento é preciso que ao injetar o líquido seja encontrada
uma pressão, caso o líquido escoe com facilidade será um indicativo de que a técnica não
foi bem realizada. Não precisa perguntar ao paciente porque ação da anestesia é
imediata, o paciente não sente diferença a não ser que derrame um pouco de anestésico
na boca e ele sinta um gosto amargo. A duração desse tipo de anestesia é de no máximo
30 minutos. Pacientes adultos não costumam sentir dor ao colocar o grampo, já a criança
sente muita dor e necessita da anestesia papilar para colocação do mesmo. Se for feita
uma anestesia troncular do lado esquerdo o carpule vai passar do lado direito na direção dos pré- molares que é a
técnica direta, se paciente deglute a língua dele vai ficar empurrando a agulha, por isso é dobrada a 45° para alcançar
o nervo alveolar inferior, além do que não corre o risco de quebrar.

ANESTESIA PAPILAR – Arco Superior ou Inferior: Vou anestesiar, depois de colocar o grampo, vou fazer a
anestesia papilar, introduzindo perpendicularmente ao longo eixo, de vestibular para palatina, a papila vai ficar branca
isquêmica, anestesiar a papila ao redor do dente. A primeira técnica anestésica é a anestesia papilar. Usada tanto no
arco inferior como no superior, a nossa gengiva tem que ficar bem branquinha. Temos que sentir uma pressão no
embolo enquanto fazemos a anestesia papilar, se você não sentir pressão, quer dizer que o anestésico está vazando.
É utilizada quando não precisa fazer anestesia do feixe vasculo nervoso. É só anestesiar a borda gengival para botar o
grampo. Se um paciente tiver o canal tratado e tiver retração gengival, ai não precisa fazer anestesia nele. O grampo
pega bem a linha do colo, não precisando anestesiar. Primeiro secamos a mucosa, na arcada inferior eu coloco
algodão, auxiliar fica com o sugador do lado, afastamos o algodão, coloco anestésico tópico e deixo durante 2 minutos.
Vemos que o anestésico tópico ficou bem incorporado na mucosa quando a área fica ‘enrugada’. Benzocaina é o
anestésico tópico usado. Sempre fazer anestesia tópica antes! Depois de 2 minutos com a mucosa seca, começo a
anestesia papilar. Na região do anestésico tópico, coloco um pouquinho da agulha, bem devagar, dai o tecido vai
começar a ficar hisquemico, essa hisquemia vai expandir, coloco a agulha mais frente a
medida que vai expandido. Na distal eu vou em direção vestíbulo-lingual ai vai anestesiar a
margem lingual. Depois eu coloco o grampo, faço profilaxia. Eu uso essa anestesia quando
eu não vou precisar fazer anestesia do dente, e vou precisar fazer um isolamento absoluto, e
1
o grampo vai machucar o paciente. Quantidade de Anestésico: ¼ ou /5. Qual o parâmetro
que me diz que a área está anestesiada? Isquemia da gengiva.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
131

ANESTESIA NA MAXILA

Incisivos

Pré Molares

Na região de central, lateral e canino é anestesiado o nervo alveolar superior anterior, através da infiltrativa que é feita
no longo eixo deles. Se for dar uma infiltrativa no incisivo central superior é dado na direção do longo eixo do dente e é
gasto normalmente um tubete.

Como saber se foi anestesiado? Deve ser feita uma percussão ou o paciente morder dente com dente e se ele sentir
que um lado está diferente do outro é sinal de que o dente já está adormecendo. Entretanto se ele relatar que já está
tudo dormente, na verdade o que já está anestesiado é todo o tecido mole, que pega a asa do nariz, a mucosa, toda
vestibular e a pálpebra. No caso do incisivo central superior (anestesia o nervo alveolar superior anterior) se o paciente
sente dormência depois de anestesiado e quando começa o preparo ele relata dor é aplicado mais meio tubete, se não
parar a dor aplica também do lado oposto, próximo a linha mediana porque pode ter uma anastomose nessa região e a
inervação do outro lado pode estar interferindo na sensibilidade, quando isso não funcionar será preciso fazer por
palatina também. Para anestesiar a palatina anestesia-se o nervo nasopalatino, que se faz delimitando-se a linha que
divide os dois palatos que é denominada rafe palatina, entre as faces mesiais dos incisivos centrais superiores,
coincidindo com o ápice do canino, a anestesia é aplicada em torno de ¼ do tubete. Nessa região não pode ficar
isquêmica porque é um indicativo de que foi colocado muito anestésico, podendo causar necrose do tecido. É esperado
no máximo 10 minutos, se não pegar deve ser refeita a técnica ou parar o atendimento. Essa técnica é um
complemento de uma anestesia infiltrativa para dentes anteriores superiores e anestesia também a palatina de canino
a incisivo central.

Como saber se foi anestesiado o dente na maxila? Através da percussão, sempre começar da região que não foi
anestesiada para o dente supostamente anestesiado, é feito com leves batidinhas com o cabo do espelho e
perguntando ao paciente se ele está sentindo as batidas, se ele relatar dor nos dentes não anestesiados é porque o
dentista está batendo o dente com muita força, mas nunca ter como referência a mucosa, pois o tecido mole é
anestesiado instantaneamente. O tempo de duração de duração da anestesia vai de 2 a 4 horas ou até mais. Se
lesionar o tronco, a bainha o tecido ou um hematoma na região que está comprimindo pode causar uma parestesia
durar até uma semana, um dia todo, daí tem que ser feito layer ou algum outro tipo de procedimento para melhor o
estado do paciente.

Por que não se dá uma anestesia papilar antes da infiltrativa? Porque quando é feita a anestesia infiltrativa é
anestesiada toda a mucosa vestibular, inclusive gengiva alveolar e gengiva inserida, daí quando for injetada a papilar a
gengiva já vai se encontrar anestesiada e como causa secundária o tempo de duração da anestesia papilar que é de
30 minutos, então até dar a anestesia infiltrativa, isolar a anestesia papilar já pode ter acabado.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
132

ANESTESIA DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR


 Localização do processo zigomático alveolar;
 Em vista frontal, a agulha num ângulo de 45° em relação ao PSM do paciente  dificuldade
paciente com abertura de boca pequena;
 Em vista lateral, agulha 90° em relação ao plano oclusal dos molares superiores.

ANESTESIA NASOPALATINA  muito pouco usada na dentística


 Indicações: Intervenções da fibromucosa palatina e com complemento de anestesias
infiltrativas para dentes anteriores  Quando o dente está demorando a adormecer pode
ser aplicada a nasopalatina, a agulha vai dentro do forame e a região anestesiada vai até
pré-molar, o problema é que ela é dolorida demais porque vai direto ao feixe
vasculonervoso.

ANESTESIA PALATINA POSTERIOR  muito pouco usada na dentística


 Indicações: Intervenções na fibromucosa palatina na região de pré-molares e molares e como anestesia
complementar  A papilar é a mais utilizada. Utilizada mais em cirurgia, quando o paciente se queixa de dor após
a aplicação da anestesia do nervo alveolar superior posterior como complementar. Obs. Não é preciso remover o
isolamento para dar a complementar, remove algumas partes do lençol ou afasta para conseguir visualizar a
região. Se a pretensão é anestesiar todo o tecido mole é só anestesiar o nervo palatino posterior e o nervo
nasopalatino e se anestesiar o infra-orbitário vai anestesiar toda a região de pré-molares.

ANESTESIA DO NERVO INFRA-ORBITÁRIO


 Indicação: Intervenções dos incisivos, caninos e pré-molares, processos patológicos que contra indique anestesia
infiltrativa: intervenções em tecidos moles  A localização do forame infra-orbitário deve ser feito por palpação.
Cerca de 1,5 a 2,0 cm abaixo do bordo inferior da órbita, em linha a partir do centro da pupila. É feita com uma
agulha longa.

Linhas do canto Centro pupilar/ Linha incisiva/ápice do canino


interno do olho/ longo eixo do 2º
fundo de saco pré-molar
vestibular

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
133

ANESTESIA NA TUBEROSIDADE (FOSSA PTERIGOPALATINA)  A área de abrangência dessa anestesia é o


tronco todo, normalmente na maxila só é usada a infiltrativa, caso seja necessário se faz uso deste tipo de anestesia, é
feita com uma agulha grande.

 Arco superior para região de molares qual técnica deve ser utilizada.
o 2ª, 3ª molar  Alveolar Sup. Post. (raíz disto-vestibular do 1ª molar a distal do 3ª molar) e Palatina (cuidado
para não necrosar) + papilar.
o 1ª molar superior  Alveolar Sup. Post. + Superior Médio (raiz mésio vestibular do 1ª molar superior atinge a
raiz dos pré-molares) + palatina (p ñ sentir dor com o grampo).
 Arco superior anterior
o Caninos e Incisivos  Alveolar Sup. Ant. (mucosa vestibular de caninos e incisivos) + Papilar (anestesia a
palatina, é uma complementar).

Se eu for fazer nos incisivos, vou fazer uma técnica infiltrativa no longo eixo, que eu colocar exatamente a ponta da
agulha no ápice da raiz. Porque eu posso fazer uma anestesia com a ponta da agulha em direção a ponta da raiz
e a anestesia vai fazer efeito? Porque vai pegar o nervo. Se eu estou com a agulha encostada no osso, ele vai
dissipar quando é o osso da maxila, pois tem porosidade óssea. Em função dessa porosidade óssea conseguimos
anestesiar a área. Encolho o braço e apoio no paciente para não termos problemas musculares e a mão não ficar
tremula. Em uma anestesia dos incisivos a agulha tem que ser da metade para mais, vai depender do tamanho do
dente e do rebordo. Toda anestesia infiltrativa, pelo menos 1 tubete. Posso colocar quase um tubete na infiltrativa e o
restante eu dou a papilar. É economia para não gastar dois tubetes e para o paciente não receber muito anestésico.
Sei que está anestesiado pela percussão. Fossa Canina é a área clivoide dos pré molares. Vou com a agulha no longo
eixo do dente.

Caso Clínico: Vou fazer uma restauração classe II MOD no elemento 15. Qual a técnica anestésica que eu vou ter que
executar? Secar a região com algodão, anestésico tópico por 2 minutos, primeiro a anestesia infiltrativa pois é menos
dolorida, papilar incomoda um pouco mais (de vestibular para palatina), isolamento absoluto (isolar o 16,15 e 14.
Grampo vai no 16) – infiltrativa no 15 e papilar no 16. Ficamos na posição de nove a meio dia. Se é maxila o paciente
tem que ficar na horizontal do chão e vai inclinar a cabeça para traz e vamos ter uma boa visualização. Supondo que
eu tenho o 25, vou esticar bastante a região e vou com a anestesia. Essa anestesia pode durar durante 2 a 4 minutos,
não precisamos injetar tudo de uma vez. Devemos ir com calma e cuidado.
Objetivo da anestesia palatina em dentística: Somente p/ colocação do grampo.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
134

ANESTESIA DA MANDÍBULA
ANESTESIA DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR  Constitui uma técnica infiltrativa que abrange os incisivos
inferiores, feita no longo eixo do dente.

ANESTESIA PTERIGOMANDIBULAR
Técnica direta
 A cabeça do paciente com o plano oclusal de dentes molares paralelo ao solo;
 Ponto de punção (onde a agulha penetra): depressão formada pela linha oblíqua externa e pelo ligamento
pterigomandibular e aproximadamente 1 cm do plano oclusal dos molares inferiores;
 Ponto de apoio do carpule: pré-molares do lado aposto.

#PROVA: Anestesia do nervo troncular inferior (pterigomandibular) - Na prática, com o dedão é palpada a linha oblíqua
externa e vai em direção ao pterigóideo, quando se sente que acabou o ramo da mandíbula e ficou uma depressão ,
será neste local a aplicação, 1 cm acima da oclusal dos dentes, é preferível ficar um pouco mais acima do que para
baixo. Posiciona o carpule na direção do 1° e 2° pré-molar do lado oposto, e no lado onde se pretende anestesiar é
introduzida lentamente a agulha até atingir o forame onde está o tronco dentário inferior. Neste tipo de anestesia como
todas as outras, colocar 1 ou 2mm da agulha e voltar um pouco para dispensar o líquido, visto que o líquido é o que
mais causa dor na aplicação do anestésico, já que ele vai se o responsável por romper o tecido no local, quando se faz
essa manobra, no espaço gerado pelo retrocesso da agulha, a entrada do líquido (em gotas) é facilitada e não causa
ardência, além do que se o paciente no momento apresentar alguma alteração ou alergia, se atingir algum vaso o
paciente também vai começar a apresentar uma aceleração ou uma hipotimia. Depois de aplicado o anestésico espera-
se mais ou menos 10 segundos, aprofunda mais um pouco a agulha e volta, só então aplica mais um pouco do líquido,
o processo normalmente demora em torno de um minuto até que a agulha entre quase que completamente. Neste
trajeto de inserir agulha e voltar deve ser gasto em torno de 1/8 a 1/9 do tubete, depois que a agulha foi aprofundada o
suficiente é que se dispensa o resto do líquido do tubete.

Técnica indireta
 Ponta de dedo do vértice do trígono e o dedo sobre a superfície oclusal dos molares;
 Cabeça do paciente com o plano oclusal de dentes molares paralelo ao solo;
 O conjunto seringa/agulha é posicionado ao longo eixo do dedo e o ponto de punção será feito 1 cm adiante
em um plano imaginário que passa pela medial das unha do operador.

Pode ser usada também a técnica indireta onde se coloca a ponta do dedo no vértice do trígono e o dedo sobre a
superfície oclusal dos molares, com essa técnica é possível obter o 1 cm desejado, porque o dedo vai estar em cima
da oclusão do dente (constitui um ponto de referência), então a agulha vai ter que ser inserida por cima do dedo. Uma
anestesia eficaz na região troncular anestesia o nervo alveolar inferior e, portanto sensibilizará todos os dentes do
hemiarco (de incisivo central até o 3° molar inferior) e o lábio inferior, só depois do paciente relatar dormência no lábio

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
135

inferior é que se tem certeza de que os dentes foram anestesiados, caso contrário deve ser refeita a anestesia
troncular.
#PROVA Portanto, se não adormecer o lábio inferior não adianta fazer uma complementar. Caso o paciente sinta dor
ao colocar o grampo deve ser anestesiado o nervo bucal, às vezes o nervo bucal é anestesiado como complementar
de uma anestesia para se trabalhar num dente. Se a troncular atingir o nervo bucal toda vestibular vai ficar
anestesiada, toda a gengiva de molares, pré-molares e incisivos. Quase sempre a troncular anestesia o nervo lingual
que por sua vez anestesia toda à mucosa lingual, 2/3 da língua (o paciente relata que a ponta língua está dormente),
deste modo pode ser confirmada a eficácia do anestésico nessa região.

TÉCNICAS ANESTÉSICAS DE BLOQUEIO

ANESTESIA DO NERVO BUCAL


 Indicações: Como complementar da pterigomandibular e para intervenções em tecidos
moles da região de molares  A anestesia é aplicada na altura do último molar (meio da
coroa do último molar), na linha oblíqua externa, na região do fundo do vestíbulo. No caso
dos pré-molares não precisa, pois o nervo alveolar inferior consegue anestesiar está área de
pré, caninos e incisivos.

ANESTESIA DO NERVO MENTONIANO  muito utilizada


 Indicações: Intervenções nos tecidos moles da região, intervenções em primeiro pré-molar, caninos e incisivos
inferiores.
 Técnica: A agulha deverá penetrar em ângulo de 45º em relação ao corpo da mandíbula, no fundo de saco
vestibular, na altura da raiz mesial do 1º molar inferior

Qual a desvantagem da técnica do nervo mentoniano em relação à troncular inferior? É que não vai ser
anestesiado o nervo lingual, sendo necessárias mais picadas no paciente e também é um pouco mais dolorida porque
é um local que apresenta menos tecido, sendo mais duro.
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
136

Qual a vantagem da técnica mentoniano? O paciente não vai ter a sensação de língua dormente por muito tempo.
Se for aplicada uma troncular para trabalhar num canino ou incisivo e paciente continua sentindo dor pode ser aplicada
uma mentoniana como complementar, porque neste caso a mentoniana é mais próxima e vai atingir essa região.

ANESTESIA DOS INCISIVOS


 Arco Inferior: Troncular que é no ptérigo-mandibular
(nervo alveolar inferior), pegando todos os dentes do
emi-arco se pegar o nervo lingual não precisa de papilar.
Pré-molar, canino e incisivo, mucosa vestibular, tem que
fazer papilar p colocar o grampo. Molares têm que dar o bucal, às vezes na troncular o bucal é anestesiado.
Anestesias que podemos fazer na mandíbula: troncular, infiltrativa de incisivos, bucal (linha oblíqua externa),
mentoniano (bloqueio: região de pré-molares caninos e incisivos).

ANESTESIAS INFILTRATIVAS LOCAIS


Fatores a serem considerados quando da seleção de uma técnica anestésica:
 Área a ser anestesiada;
 Profundidade e duração;
 Idade (características anatômicas)  paciente idoso tem o osso mais compacto, talvez o anestésico tenha
dificuldade para pegar;
 Hemostasia

OBS: Nos incisivos arco inferior, posso fazer uma infiltrativa local, porque nesta área o osso é mais poroso. Na maxila
o osso é mais poroso nos incisivos, caninos e região de tuberosidade. No palato tem pouco tecido, se eu injetar muito
anestésico pode ocasionar isquemia e necrose.

ANESTESIA INFILTRATIVA INTRA-SEPTAL - Indicações: usada na região de papilas


interdentais, por V, P ou L. Técnica: penetrar com a agulha pela papila gengival de modo que sua
ponta penetre no septo do ósseo entre dois dentes. Obs.: mais utilizadas p/ extrações dentarias.

ANESTESIA TERMINAL INFILTRATIVA INTRA-ÓSSEA - Indicações: cirurgias maiores e


cirurgias de dentes inclusos. Técnica: inicialmente com uma broca penetra-se no osso até atingir
sua parte central. Em seguida ejeta-se o anestésico

ANESTESIA INFILTRATIVA INTRA-LIGAMENTAR - Indicações: exodontias, pulpotomias, em


pulpctomias, e preparos cavitários. Técnica: introduz-se a agulha entre o osso alveolar e raiz
dentária de modo que a mesma penetre no ligamento. Obs.: se for preservar o dente não pode
dar intra-ligamentar pois vai dilacerar o ligamento periodontal.

ANESTESIA INFILTRATIVA INTRAPULPAR - Indicações: principalmente em endodontia, em


caso de polpa viva. Técnica: introduz-se a ponta da agulha dentro da polpa exposta.
Obs.:manobra feita com pressão (avisar o paciente que vai incomodar).

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
137

ANESTÉSICOS LOCAIS

A Lidocaína, Nepvacaína e Procaína são utilizadas na clínica da Unifoa.


2g passa para mg 100ml 2% concentração de sal
2000mg 100ml
20mg 1ml tubete 1,8ml = 36mg de sal no tubete
36mg paciente com 60Kg usa-se até 300mg
Um tubete tem 36 mg /paciente com 60 Kg (300mg)
36 1 36x=300
300 x X=300/36 X= 8 Tubetes.

Uma anestesia com vasoconstritor evita a absorção rápida do anestésico, de modo que vai durar mais tempo.
(vantagem). Existem dois grupos de anestésicos: Amida e Ésteres. Existem os anestésicos com vasoconstritor e sem
vasoconstritor. Num tubete há o sal propriamente dito e pode ter ou não um vasoconstritor, pode ainda apresentar um
bacteriostático conservante. Os vasoconstritores utilizados são a Epinefrina ou Noradrenalina. Do grupo de anestésicos
o que mais é utilizada na Unifoa é o grupo da amida, dentro deste grupo os mais utilizados são a Lidocaína, a Procaína
e a Mepivacaína.

Procaína com vaso (Felipressina): tem um custo menor e por isso é amplamente utilizada nos consultórios e
inclusive na Unifoa, porém os efeitos adversos são maiores porque o tubete de plástico e por isso tem que conter mais
substâncias para conter o liquido estéril, o plástico permite invasão daquele meio, já o vidro é hermético. Essas
substâncias são as responsáveis por causar alergia, por isso é perguntado ao paciente se ele tem alergia a
condimentos, conservante e corante que podem ter a mesma composição química das substâncias no anestésico. O
outro problema é a Feniprecina (vasoconstritor) causa mais problema do que a Adrenalina porque a Adrenalina contrai
os vasos e a absorção vai ser mais lenta.

Lidocaína com vaso (Epinefrina): como a Adrenalina é um vasoconstritor que existe no nosso organismo, então o
efeito adverso é menor, a duração sem vaso é de 5 minutos, por isso é usado com vaso. Por que se fala nisso? R.
Porque se for pedido um parecer médico, o médico vai aconselhar a usar Lidocaína sem vaso, se o paciente é
cardiopata, gestante, hipertenso, criança a cada 5 minutos vai ter que dar outra dose de anestésico. Se tiver que usar
um anestésico sem vaso o de eleição é a Mepivacaína porque o tempo de duração é de 30 a 40 minutos. O anestésico
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
138

com vaso dura de 2 a 3 horas. O paciente gestante, com problema cardíaco, que toma alguma medicação e criança
será usado a Lidocaína com vaso.

Qual o problema da gestante? É o anestésico passar pela barreira placentária e é o que acontece. O anestésico que
causa menos efeito é a Lidocaína com vaso. Sendo bom também para crianças. Em gestantes são usados anestésicos
com Lidocaína e adrenalina.

VASOCONSTRITORES
 Diminuem a absorção pela constrição dos vasos
 Reduzem a possibilidade de toxicidade
 Aumentam a duração do anestésico
 Reduzem a hemorragia
 Pacientes especiais como hipertensos, cardiopatas, gestantes, diabéticos, idosos ou crianças exigem cuidado
maior na escolha do anestésico ou avaliação médica prévia.

ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
 Lipotimia, síncope vaso-depressora (perda da consciência e não há sinal de alergia) e síncope-vasovagal
(desequilíbrio do sist. simpático e parasimpático)
 Sinais: sensação de desfalecimento, palidez cutânea e sudorese fria, diminuição dos batimentos cardíacos e da
frequência respiratória.
 Possíveis causas: excessiva carga emocional, hipoglicemia cerebral, pacientes mal alimentados ou exaustão
física, entre outras. (paciente que não estiver alimentado não aplicar anestésico).
 Atitude imediata: combater o insuficiente suprimento sangüíneo cerebral recorrendo à manobra de Valsalva
(diminui o fluxo venoso ao coração e aumenta pressão arterial).

A vantagem do óxido nitroso é que se o paciente se sentir mal é só fechar a válvula e ligar o oxigênio que ele melhora
o óxido nitroso só seda o paciente.

Selante, só papilar

CI PM sup: Infiltrativa do nervo médio + papilar (para isolar), máximo 2tubetes.

MEIOS DE DIAGNÓSTICO DE CÁRIE DENTAL


Até então os meios utilizados para diagnóstico de cárie são Rx, inspeção visual, constituem os melhores meios de
diagnóstico. Em odontologia existem duas palavras que são muito utilizadas em diagnóstico de lesão cariosa:
Sensibilidade e Especificidade.

SENSIBILIDADE: Um aparelho com muita sensibilidade não é benéfico porque vai detectar pigmentações no dente,
lesão de mancha branca ou tecidos saudáveis como tecidos cariados, ou seja, faz um diagnóstico falso-positivo. Um
aparelho como o Diagnolab dentre 80 dentes com suspeita de cárie vai confirmar os 80 dentes. Sua capacidade de
diagnosticar corretamente casos em que a lesão realmente existe (resultados positivos verdadeiros).

ESPECIFICIDADE: O olho humano é muito específico e pouco sensível, uma pessoa pode diagnosticar uma cárie,
outra uma lesão de mancha branca e outra apenas uma pigmentação. O ideal é que existisse um aparelho altamente
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
139

sensível e igualmente específico. Capacidade de diagnosticar corretamente os casos com ausência de lesão
(negativos verdadeiros).

RECURSOS DE DIAGNÓSTICO
1. Exame Intra-Oral Básico
2. Radiografia Periapicais e Interproximais
3. Radiografia Digital
4. Afastamento Dentário
5. DIAGNOdent
6. Monitor Elétrico de Cáries (EMC)
7. Transiluminação por fibra Ó tica (FOTI)
8. ACUCAM
9. Métodos colorimétricos

COMO REALIZAR O EXAME INTRABUCAL? Estabelecendo o diagnóstico;

1. Inspeção VISUAL com campo LIMPO (depois de uma profilaxia), SECO (com seringa tríplice) e bem ILUMINADO.
 Exame Clínico Intra-Oral Básico: A avaliação direta pode ser facilmente aplicada na clínica diária. Permite
que o profissional analise a aceitabilidade das restaurações quanto a critérios como: No exame deve ser
observada a integridade marginal, alteração de cor, desgaste, descoloração marginal, cáries recorrentes 
Num exame básico a sonda não é usada para diagnóstico de lesão e sim para a limpeza dos sulcos, a sonda
é evitada para manter a integridade do dente. Hoje a OMS criou uma sonda que na ponta tem uma bolinha,
quando essa sonda agarrar no sulco pode-se optar por uma intervenção naquela área (cavitação).

2. EXAME RADIOGRÁFICO
 Radiografias Periapicais e Interproximais  A radiografia indicada para diagnóstico de cárie interproximal é a
Bitewing, nunca uma periapical porque na periapical o raio central é angulado e distorce a imagem
tridimensional e na bitewing o feixe do raio central deve ser perpendicular ao longo eixo do dente e incidir no
plano do filme que está paralelo ao longo do eixo do dente.
 Para que serve o exame radiográfico? Serve para montar o planejamento e até mesmo faz o
prognóstico, se o capeamento ainda é duvidoso, a profundidade da cavidade, condições periodontais, o
espaço do colo, a perda óssea, excessos de matérias restauradores no espaço interproximal que é o
espaço biológico que vai da parede gengival, cervical até a crista óssea que tem que ser de 2 a 3 mm. E
também servirá para condições endodônticas e diagnóstico de cárie.
 Vantagens do exame radiográfico
o Profundidade da lesão em relação à câmara pulpar
o Visualizar o espaço biológico
o Identificação da lesão em sítios de difícil acesso
 Desvantagens do exame radiográfico
o Não detectar lesões em estágio precoce de desenvolvimento  lesões com mais de 40% de
desmineralização aparecem na radiografia como uma imagem radiolúcida, então uma lesão de mancha
branca com 30% não aparece na radiografia, portanto, quando se vê uma lesão radiolúcida quer dizer
que a lesão é mais profunda do é vista na radiografia.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
140

3. AFASTAMENTO DENTÁRIO  Quando não for possível a visualização de uma cárie em proximal é usado o
afastamento dentário e até mesmo para facilitar a visualização da área caso precise de uma intervenção.

4. DIAGNOdent  Como é usado este equipamento? A caneta com a ponta é colocada em um tecido saudável, em
seguida é tirada essa ponta e o aparelho fará a leitura do tecido, pela luz em tecido sadio o aparelho vai calibrar
em 0, quando colocar em um tecido em que se desconfia que há uma cárie, com os movimentos, se passar de 30
já afetou a dentina. Não é muito utilizado porque se houver uma pigmentação ou um selamento biológico vai fazer
uma leitura que varia de 60 a 80, por isso este aparelho deve ser usado com critério, caso haja alguma dúvida,
deve ser usado em associação com o Rx.
 É um sistema de diagnóstico a laser, em que as substâncias duras desmineralizadas e bactérias fluorescem
quando excitadas por radiação;
 Visor eletrônico com valores de 0 a 99;
 Duas pontas: cônica e plana.
 DIAGNOdent (Kavo) - Laser Diodo - Ponteira de leitura ótica
 Vantagens
o Detectar dentina cariada (um sulco que parece esconder uma cárie oculta)
o Detectar cáries em superfícies oclusais
 Desvantagem
o Diagnóstico em superfícies proximais

5. MONITOR ELÉTRICO DE CÁRIE – ECM  Este aparelho funciona por condução elétrica, quando um tecido está
com cárie, ocorre uma desmineralização e também um aumento de líquido, pois a região fica super hidratada,
então se colocado na ponta de uma cúspide saudável e comparado a uma dentina cariada, o valor vai ser muito
maior na região de dentina.
 Monitor elétrico de cárie
 Bateria + sonda exploradora com um eletrodo
 Gel
 Esmalte hígido- resistente a corrente elétrica
 Vantagens
o Detecção de cáries oclusais
 Desvantagem
o Detecção de cárie por superfície, as proximais o aparelho não detecta

6. TRANSILUMINAÇÃO POR FIBRA ÓTICA (FOTI)  Uma cárie debaixo de uma cúspide ou de um sulco, é coloca
a luz e se ela passar de forma harmônica é porque o tecido está sadio, mas se a luz for bloqueada por pelo tecido
desorganizado é porque há uma cárie.
 Luz
 Fibra ótica
 Regiões desmineralizadas- coloração escura
 Indicações
o Lesões de cárie em dentina
 Contra-indicações
 Lesões incipientes

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
141

7. ACUCAM
 Câmara intra-oral
o Método videoscópio
o Método endoscópio
 Vantagens
o Aumenta a imagem dos sítios em questão
o Lesões oclusais
o Qualidade de cores e detalhes
 Desvantagem
o Custo do aparelho

8. MÉTODOS COLORIMÉTRICOS  não é mais utilizado porque uma cavidade por mais limpa que esteja continua
apresentando bactérias, se for usado um corante vai acabar tirando muito do tecido sadio.
 Fuccina básica a 0,5% em propileno glicol
 Vermelho ácido- Rodamina B ácida
 Cáries detector (Kuraray)
 Vide Cárie (Inodon)
 Sable Seek Caries Indicador (Ultradent)

COMO REALIZAR O EXAME INTRABUCAL? O que deve ser visto num exame Intrabucal? Estabelecendo o
diagnóstico.
 Perda de estrutura dentária – Comprometimento bacteriano (lesões de cárie); sem comprometimento
bacteriano – por traumatismo ou por lesões não cariosas
 Hipersensibilidade dentária
 Qualidade das restaurações
 Necessidades estéticas (Cor, forma e posição)

TÉCNICA DE SELEÇÃO DE COR


Para selecionar cor existem diversos fatores envolvidos, como paciente, idade, o substrato que vamos colocar na
resina, as propriedades ósseas desse dente, a luz, o observador. Qual procedimento de dentística que pode alterar a
cor? Clareamento, mas esse procedimento não altera a cor da resina, a resina que foi selecionada será a mesma cor
para sempre, então se clarear os dentes, temos que mudar a resina depois. Porque não se pode fazer escolha de cor
com batom vermelho? Porque normalmente o dente fica mais claro. Na técnica de seleção de cor nós temos que levar
em consideração:
 Estrutura dental  o dente que estou trabalhando, se é esmalte, dentina ou cemento. O que da a cor ao dente é
a dentina, então quanto mais velho o paciente, quanto maior a quantidade de dentina secundária depositado mais
escuro será.
 Idade do paciente  quanto mais jovem o paciente mais claro teoricamente esse dente é, por ter menor
quantidade de dentina e mais brilho e mais textura esse dente também tem, já o paciente mais idoso não possui
muita textura por culpa do desgaste fisiológico e nem muito brilho.
 Luz  tem que ser um ambiente mais iluminado possível, tendo uma melhor visibilidade.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
142

 Observador quem está vendo, e em caso de dúvidas existe um aparelho chamado espectrofotômetro (10 mil
reais) que colocamos nos terços dos dentes e o aparelho mostra qual a cor daquele dente.
 Resina Composta  se for fazer estética anterior, vou usar uma resina que tem um sistema complexo de cores,
já no posterior não precisa de tanto critério assim, posso usar uma resina que não tem um sistema complexo de
cores, mas é boa o suficiente. Na faculdade temos três tipos de resina, TOP - Filtek Z350 XT (3M) – possui um
grande sistema de cor, melhor para dentes anteriores; Opallis (FGM) – possui sistema complexo de cores, dentes
posteriores, a diferença da FGM para 3M é o preço, manchamento e dureza, a 3M tem um efeito camaleão, sendo
muito improvável que a pigmente, a opallis vai pigmentar em algum tempo da vida do paciente principalmente se
for fumante; Empress Direct, que é a do Hirata, e a diferença dela pra Z350 XT é que a empress tem uma carga
de cerâmica, ela possui zircônia na carga e então evidentemente possui uma resistência mecânica muito maior, e
tem também um brilho um valor muito interessante, só que ela tem uma translucidez muito grande, então quando
usamos só a empress o dente pode ficar translucido dependendo do substrato que nos temos, podendo
transparecer, então o ideal é fazer uma associação, usando a Filtek por exemplo e complemento com a Empress
quando necessário.

COR: Resposta do cérebro a um estímulo luminoso  Então o cérebro manda uma resposta sensorial que é a luz.

LUZ: Varia conforme o ambiente  Mais luz, mais claro, menos luz, mais escuro. Tudo isso possui uma influência
grande. Então se for fazer estética evidentemente, sempre marcar o paciente para o primeiro horário, aproveitando
toda a luz do dia, a luz solar, fazendo uma checagem de cor melhor.

Propriedades Ópticas da estrutura dental Policromatismo. Então precisamos entender que o dente não é
policromático, porque isso é importante? Porque normalmente eu não vou selecionar uma cor, e sim “n” cores, então às
vezes em uma classe IV, nos selecionamos cinco a seis cores para um mesmo dente, e essa cor é individual pra cada
dente, e por isso usamos a técnica de isolamento modificado, porque temos uma ideia de um todo, tendo uma estética
em harmonia, levando isso em consideração nós temos que ter que o esmalte existe uma certa passagem de luz sendo
70%, e a dentina passa apenas 30% de luz. Quando temos uma classe III, classe IV, vamos trabalhar em esmalte que
possui uma passagem de luz muito grande e em dentina que tem passagem de luz 30% e às vezes essa dentina é
opaca, sendo necessário colocar um mascarador ou opacificador, para depois começar a estratificar as cores. Caso
colocamos a resina em cima da dentina amarelada, pigmentada provavelmente o esmalte por ter uma passagem de luz
terá tendo um sombreamento naquela resina. O molar tem uma diferença de quantidade de esmalte no que se tem em
dentes anteriores, sendo cada um com sua espessura e essa espessura tem que ser da mesma quantidade de que se
tem de resina composta, se eu colocar uma espessura maior de dentina e menor de esmalte provavelmente terei uma
cor mais escurecida, mais acizentada. Para saber se deu certo ou não a escolha da cor de resina só vamos saber na
próxima consulta, porque no dia o dente estará desidratado mesmo fazendo o isolamento modificado, caso você errou
na espessura de dentina e esmalte deve se trocar a restauração toda, se acertou só trocar mesmo a parte estética.
Nós temos uma adesão química de sistema adesivo e resina composta com a dentina e quando nós removemos tudo
perdemos estrutura sadia.

ESTRUTURA DENTÁRIA: Nós temos um exemplo de Classe IV, na cervical temos uma
zona de baixa translucidez, o esmalte passa 70%, só que temos que pensar que na
cervical passa menos por ter maior quantidade de dentina do que esmalte. Então a
camada de esmalte e dentina deve ser proporcional ao que foi perdido pelo paciente, nós sempre fazemos uma

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
143

restauração deixando 2mm da incisal, porque esses 2mm de incisal é de esmalte e não dentina, então se eu pego a
dentina e preencho o dente todo não terá a parte translucida na incisal que o paciente possui, sabendo que a dentina é
sempre mais opaca que o esmalte.

LUZ: Comprimento de onda (que conseguimos enxergar a olho nu) que corresponde a zona de sensibilidade do olho –
400nm a 700nm; Faixa dos raios intravermelhos (IV) e ultravioletas (UV)  não conseguimos enxergar, e existem
resinas que pra isso, existem fluorescência, ex. colocamos uma resina para fechamento de diastema sem fluorescência
e no ambiente de luz negra não aparecerá nada nessa luz preta, ou UV ou com IV, então para estética principalmente
temos que saber que resina vamos usar por consequência dessa propriedades ópticas, partículas, propriedades.

IDADE DO PACIENTE: Fator importante, por causa da dentina secundária, quanto mais velho o paciente maior é a
representatividade da dentina, ou seja, maior preocupação nos temos que ter com o fundo dessa resina provavelmente
tendo que usar um mascarador principalmente se for dentina terciaria, só que a consequência de ter uma dentina
terciaria é a adesão, como vamos ter essa adesão? Tenho que colocar uma camada fina de CIV e depois do CIV eu
começo a fazer o protocolo restaurador, e temos que checar a cor, e fazemos isso por comparação, então antes de
selecionar a cor vai lá na dentina pega várias bolinhas de dentina e eu vou polimerizar, porque a cor só toma a cor de
verdade quando polimeriza.

ESCALA DE CORES – Registro de Cor: Usadas para selecionar a cor.


 Escalas fabricadas – VITAPAN Classical  99% das resinas que usamos segue essa escala (700,00 reais),
 Escalas padronizadas  São escalas padronizadas pelos fabricantes de resina, então, por exemplo, a Filtek Z350
XT ela possui uma escala de cor do fabricante sendo comprado separado.
 Escalas automatizadas de cor – Espectrofotômetros  São caros, mas se caso temos uma divergência de cor,
por exemplo, quatro coroas (canino a canino) ai a cor é muito importante e esse espectrofotômetro já da à cor
ideal a ser usada.

SISTEMA DE ORDENAÇÃO DE COR: Então, para selecionar essa resina, tem uma ordenação de sistema de cores
que são:
 Matiz ou Tonalidade
 Saturação ou Croma  Intensidade do matiz
 Luminosidade ou Valor  Aqui é o mais importante, e o mais complicado porque o valor nós temos selecionar
pelo brilho do paciente, e selecionamos esse valor pela idade do paciente, agora isso não é regra, podemos ter
um paciente jovem e acharmos que ele possui alto valor, o que é alto valor? Dente ter brilho e ser branco. Baixo e
médio valor? Menos brilho e mais opaco, amarelado. Mas às vezes isso inverte é tudo questão de observação.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
144

MATIZ: Qualidade que se distingue uma COR da outra (existe a cor branca, azul, amarelho, verde, enfim diversas
cores). A VITAPAN Classical possui 4 matizes básicos:
A) Marrom Claro  Se eu selecionei o marrom claro pro meu paciente, significa que estou dizendo que o dente dele é
um marrom claro. 80% dos nossos pacientes estão entre os matizes A e B, o C e o D são
B) Amarelo mais anomalias por trauma, medicamentosa, entre outras patologias.
C) Cinza 10 pacientes – 80% Matiz A Mais importante que a cor é a forma e a textura que varia com a idade,
D) Marrom Escuro 20% Matiz B e isso nos temos que transportar para o dente que foi perdido.

SATURAÇÃO OU CROMA: Intensidade da cor (intensidade do matiz que escolhemos). A1→A4. Então qual é a
saturação daquela dentina, o esmalte é mais claro é mais escuro, e ai vou vendo de acordo com a escala, agora se
chegamos nos números 4 provavelmente temos que mascarar essa dentina, colocando opacificador antes de usar a 4.
#Aumento da saturação da matiz; Perda de brilho. Então quanto maior é a saturação, menor é o brilho desse
paciente, porque é a dentina que da a cor. Normalmente pacientes que possuem saturação alta eu tenho pouco brilho
independente da textura e normalmente são pacientes idosos. Já pacientes jovens é diferente eu geralmente fico em 1
e 2 porque normalmente tem muito valor, textura.

SATURAÇÃO OU CROMA – DENTINA: Como é que escolhemos a saturação? Existem vários métodos a ser
utilizados, sendo um dos métodos mais fácil o comparativo. E temos saturações diferentes para cada região. Como
fazemos essa escolha? Pegamos uma bolinha de resina da escolha mais próxima fotopolimerizamos e colocamos em
cima da dentina as bolinhas e assim vamos vê qual é a melhor escolha.
 Escolha da saturação – Método Comparativo;
 Saturação diferentes – Cervical/Médio/Incisal.

LUMINOSIDADE OU VALOR – Brilho da cor. É o brilho do paciente, sendo individual para cada um. E vai estar
relacionado com a opacidade, translucidez, idade do paciente
 Níveis de opacidade (+ branco) e translucidez (+cinza).

Quanto maior valor (mais luminosidade), mais claro;


Quanto menor valor (menos luminoso), mais acizentado.

Valor – Não vem discriminado na bisnaga da resina. Temos esmalte, dentina, mas o valor é a parte, então temos
alto valor, médio valor e baixo valor, e esses valores variam de resina para resina, por exemplo, a resina Z350 os
valores são correspondentes A, B, C, D, ou seja, dentes mais claros A ou B, dentes mais escuros C ou D, e como é
que sabemos isso? Através da bula, pois os fabricantes mudam.
Brilho do esmalte.

LUMINOSIDADE OU VALOR: Brilho da cor.


Mais importante das dimensões de cores; Por quê? Porque nos temos os cones e bastonetes, e pra selecionar a cor
do dente, nós vamos ter que selecionar visualmente pelo olho, e o ideal pelos bastonetes por ter 100 milhões, por isso
que atualmente quando selecionamos a cor sempre vamos fotografar colorido e para achar a luz desse dente, o brilho
do dente em preto e branco. Nós então, temos os diferentes tons de cinza em uma imagem em preto e branco, então
quanto mais claro este cinza estiver mais luz esse dente tem, ou seja, mais luz esse dente deixa atravessar, então
temos que selecionar uma resina que tenha alta luminosidade.
Maior sensibilidade de percepção humana ao valor
Fernanda Lacerda– 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
145

Cones – visão colorida – sete milhões;


Bastonetes – visão preto e branco – 100 milhões. Opacidade, translucidez que não enxergamos.

Bastonetes – Percepção de profundidade e visão em condição de baixa luminosidade.


Quantidade superior aos cones.

Espessura da estrutura dental altera o valor do paciente – idade. O valor é característico da estrutura que estou
trabalhando, se eu to em dentina, vou ter 30% de passagem de luz, então provavelmente vou usar uma dentina que
tenha um opacidade maior, e se eu estou em esmalte tenho uma passagem 70% de luz, consequentemente uma
opacidade menor.

LUMINOSIDADE OU VALOR: Grau de transmissão de luz de cada estrutura dental. Este vai depender da
profundidade ou da aproximação que estou visualizando, então temos dentes opacos, translúcidos, opalescentes e
com fluorescência sendo que todos estes itens tem que ser levado em consideração.
 Opacidade;
 Translucido;
 Opalescência;
 Fluorescência;

OPACIDADE: Objetos opacos impedem a passagem de luz. Mais opaco e esbranquiçado o dente maior o valor.
O que é um material opaco? É um material fosco, não conseguimos enxergar o que tem do outro lado. Então nós
temos que selecionar o esmalte de acordo com a opacidade que aquele dente tem, se ele transporta pouca ou muita
luz.

TRANSLÚCIDO: Luz parcialmente transmitido. Mais translúcido e acinzentado o dente menor valor. Quando a
luz é transmitido, aquele esmalte que conseguimos visualizar, muito esmalte e pouca dentina, tendo que selecionar a
cor de acordo com aquela estrutura óssea que está sendo trabalhada.

OPALESCÊNCIA: A opalescência e a fluorescência são características das estruturas. A opalescência está


diretamente ligada ao esmalte, e a cor normalmente do terço incisal.
Esmalte – terço incisal
 Fenômeno de Opalescência – completa passagem de luz.
 Cristais de Hidroxiapatita – seletivos – diferente comprimento de onda. Então se fotografarmos durante o dia
teremos um comprimento de onda, se for fotografado durante anoite terá outro comprimento de onda.
 Esmalte – diferente coloração – raios luminosos (local/hora)
 Azul – acinzentado e alaranjado

E nós temos que levar em consideração toda a estrutura óssea do dente, o esmalte possui toda a membrana
permeável, tem diversas cores, vai depender do local da hora e vai do azul acinzentado ao alaranjado, e quanto mais
jovem o paciente mais azul, mais acinzentado o terço incisal é, já quanto mais idoso mais opaco a borda incisal será
por causa do reflexo da dentina secundária, então quanto mais idoso, mais dentina secundaria esse paciente tem e
consequentemente mais opaco é a borda incisal.

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
146

FLUORESCÊNCIA: Característica da Dentina.


 Fenômenos de fluorescência – ambientes iluminados com lâmpada UV – luz negra.
 Absorve comprimentos de onda menor, fora dos espectros de luz visível. Isso quer dizer que vou olhar para
o paciente e ele vai ter uma sensação de enegrecimento daquela área que não foi tratada com uma resina que
tem fluorescência.
 Dentina – Pigmentação orgânica fotossensível aos raios UV. Por isso que quando não tenho nenhuma
restauração a dentina já possui essa característica, semelhante ao raio UV, agora se eu tirar a dentina com essa
característica e colocar uma resina que não tem essa característica eu vou ter uma área enegrecida naquele
dente.
 Branco intenso ao azul claro.

TÉCNICA PARA SELEÇÃO DE CORES

CUIDADOS 1º Passo:
 Isolamento Relativo  ninguém vai selecionar RC depois que o paciente estiver anestesiado e isolado porque se
não o dente estará desidratado. E o que é isolar relativo? Rolinhos de algodão.
 Profilaxia com taça de borracha com pedras pomes e água  jamais com pasta profilática por causa do brilho, e
quando fazemos com pasta profilática fica bastante brilho e como temos 100 milhões de bastonetes, ou seja, preto
e branco se deixamos toda brilhosa não tem como selecionar a luminosidade ou brilho. E a pedra pomes deixa o
dente de uma cor só, sem brilho par que possamos selecionar para saber se é de alto, médio ou baixo valor.
 Cuidado com batom e roupas escuras  principalmente para mulheres, porque parece o dente ser mais branco
do que ele é, colocar também o cabelo para trás, e não esquecer do babador.
 Evitar a luz do refletor  ou desligamos, ou deixa indireta, caso ao contrário irá interferir, dando uma
luminosidade maior do que é pra ser.
 Fundo preto – grau de transparência/translucidez incisal  feito com cartolina preta, pega um pedaço e coloca na
boca do paciente, conseguindo visualizar que na parte incisal se tem transparência, translucidez, ficando mais fácil
de determinar o terço incisal.

2º Passo:
 Seleção da escala de cor a ser utilizada para tomada de cor VITA Classical, e essa escala tem o matiz (A, B, C,
D) e tem as saturações (1, 2, 2/5, 4...), mas não tem valor, por isso o valor é o mais difícil de se vê. Isso é uma
checagem inicial depois fazemos a de comparação porque o dente é policromático.
 Sempre utilizar 3 ou mais palhetas de cor – comparação  Então seleciono por exemplo, o matiz A e ai seleciono
saturações 1, 2 e 3, e fotopolimerizo e escolho a de melhor opção.
 Fotografia incisal – colorida e preto e branco  Vejo a luz, a cor, se está mais pra cinza, se está mais pra branco,
selecionando assim a luminosidade.

3º Passo:
Colocação da palheta da escala na estrutura dentária. Onde vou colocar pra selecionar a saturação, o matiz e o
valor?
 Dentina (saturação) – centro da cervical  Porque lá tenho maior quantidade de dentina.
 Esmalte (matiz) – terço médio do dente;

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
147

 Esmalte (valor) – incisais e proximais  É o que não vemos o que é preto e branco por bastonetes, por isso
sempre é melhor no período da manhã, por dois motivos um é que estaremos descansados e segundo é pela luz.
 Tomada de cor dos efeitos “especiais” – bordo e halo incisal  Esses efeitos é a transparência do halo incisal, o
azulado da incisal em pacientes mais jovens.

4º Passo:
Como selecionar as cores das resinas compostas? Estratificação. Seleciono a cor de acordo com as propriedades
ópticas do dente e ai temos a estratificação em camadas:
 Resinas para 1º camada (dentina, opacos)  Sejam de dentes anteriores ou posteriores. E os opacos é quando
tenho uma dentina desmineralizada (preta, escurecida, terciária), porque teremos que opacificar esse fundo. D
porque é dentina, A de matiz e 2 de saturação (DA2).
 Resinas para 2º camada (esmalte, cromáticos)  São aqueles que têm cor no esmalte, são chamados de
cromáticos por terem cor é o E de esmalte, A de matiz e 2 de saturação (EA2).
 Resinas para 3º camada de valor – transparentes (esmalte acromático); Não alteram as cores das restaurações 
Não possuem cor, ela da o brilho do dente, então essa camada colocamos por cima do esmalte.
 Resinas para efeitos (translúcidas)

Então nós temos a primeira camada que é a dentina caso esteja desmineralizada colocamos o opaco; a segunda
camada vem por cima da primeira esmalte, cromático, terceira camada é o valor que é transparente, não alterando a
cor da restauração e a ultima camada são as de efeito que colocaremos no bordo uma cor azulada, alaranjada, que
são características em locais definidos. # Quem da cor da restauração é a dentina – 1º camada.

Uma coisa que não se pode errar de forma alguma, mais do que o critério de estratificação de cores é errar na
quantidade de camada de cores. Pois devemos respeitar o quanto de esmalte que foi perdido, quanto de dentina foi
perdida, pra nós termos proporções iguais, porque se colocarmos muita dentina e menos esmalte, o que vai acontecer?
Quem da cor ao dente é a dentina e dependendo ele pode ficar muito acinzentado, ou muito opacificado, então temos
que equilibrar nas estruturas que foram perdidas.

RESINA COMPOSTA MICROHÍBRIDA


A2 – Opallis: Sistema completo de cores  Uso para dentes posterior.
 1º Camada – opacas
o Opaque (O) - opaco
o Dentin (D) – dentina DA2 BA2 OA2
o Body (B) – dentina
E geralmente usamos o (O) e o (D) quando a dentina está muito desmineralizada.

 2º Camada – esmalte cromático


o Esmalte (E) EA2  Esmalte (E); Matiz (A); Saturação (2)

 3ºCamada – esmalte acromático


o VH – alto valor
o VM – médio valor
o VL – baixo valor

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
148

RESINAS DE EFEITO – TRANSLUCIDEZ (Borda e Terço Incisal)  Usamos pouco para dá apenas o toque naquele
dente.
 TBlue – esmalte com tom azulado
 TOrange – esmalte com tom alaranjado
 TYellow – esmalte com tom amarelado
 TNeutral – esmalte com tom neutro  não possui nenhuma cor

OXIBLOCK  deve ser colocado na última camada, porque ajuda polimerizar a resina privando do oxigênio.

DENTES POSTERIORES
Não existe tomada de cor com escalas de cor.

Em dentes posteriores, não precisa ficar com tanto cuidado em relação à seleção de cor, mas é claro que se a pessoa
for ao consultório e se propõe a ele a relação de estética tem que levar em consideração claro a seleção de cor, só que
em dentes posteriores não é preciso fazer uma tomada de cores, nem a escala de cor (VITA), uma coisa que devemos
tomar cuidado é que dentes posteriores são mais saturados e devido a isso a primeira camada de resina que vamos
3
colocar, que se chama resina de primeira camada tem sempre que saturar mais, então usamos o A /5, A3, B3,
sempre usando uma dentina com saturação mais opaca, pra diminuir essa translucidez, se eu usar uma cor muito
baixa e clara na primeira camada provavelmente esse dente vai ter uma transparência de cor ou ficará acinzentado.

3
1º Camada – Resina com alto grau de saturação - A /5, A3 ou B3 (dentina-opaca).
2º Camada – resina que permitam maior passagem de luz para substituir o esmalte natural A2 (esmalte
cromático) - é igual a dentes anteriores, esmalte cromático, aquele que dá a cor.
3º Camada – (esmalte acromático) – aquele que vai dá brilho, é o valor.
4º Camada – (resina de efeito) – seria os pigmentos entre as camadas de resina.

APLICAÇÃO DE CARACTERIZADORES  Então saturamos muito e vamos diminuindo a saturação até chegar à
resina de efeito e se usar a resina de efeito, tomar cuidado para não usar na superfície oclusal e entre as camadas de
resina. Sempre misturando as cores pra fazer essa aplicação de caracterizadores, exemplo, pega um marrom com
amarelo dilui e aplica entre as camadas de resina, e o azul no halo incisal a mesma coisa misturar com branco pra
depois vir um esmalte por cima. Dentina escurecida devemos usar CIV, pra fazer uma boa troca iônica.
Seleção de Cor
INDICAÇÃO:
 Opacificar a dentina escurecida
 Caracterizar as restaurações
 Entre as camadas de resina
 Superfície Oclusal

Fernanda Lacerda– 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
149

TÉCNICA DA GUIA DE SILICONE


É uma técnica alternativa, sendo considerada indireta, uma vez que se utiliza a guia de silicone. Nessa técnica, não se
necessita muito da habilidade manual como na técnica direta, onde é a mão do profissional que devolve a forma do
dente do paciente, já que é necessário segurar a matriz, tracioná-la, etc.
Essa técnica é fácil e rápida, economiza o tempo de consultório. Além disso, o resultado final é interessante. Para
confeccionar a guia de silicone é utilizada a Silicona de Condensação, que é um material barato, bom e que dá boa
estabilidade. A Silicona de Adição é caríssima, apesar de ser um material melhor.

1. INDICAÇÃO  Dentes anteriores = lesões de Classe IV, geralmente originadas de cárie e traumatismos.

Antes de pensar na restauração propriamente dita, são essenciais a avaliação prévia e a demarcação dos contatos
oclusais, para assegurara que a restauração realizada fique em equilíbrio com o sistema estomatognático.

2. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
 Técnica com RC  técnica direta, ou seja, fazer diretamente no paciente o preparo, a técnica incremental
com utilização de matriz de poliéster;

 Restauração Diagnóstica  paciente chega com uma Classe IV e surge a dúvida de como seria a forma e
quais cores se poderia utilizar naquele dente. Com a restauração diagnóstica é possível ver como ficará a
restauração definitiva. O importante nesse tipo de restauração é não fazer o ataque ácido e o protocolo
adesivo por completo, já que essa restauração vai ser removida posteriormente.
Então, se faz o ataque ácido apenas no centro do dente, o sistema adesivo na mesma proporção e restaura o
dente normalmente. Se o resultado da restauração diagnóstica for satisfatório é importante anotar na ficha as
cores de resina utilizadas, pois isso facilita a confecção da restauração definitiva. Feito isso, o paciente é
liberado e então volta para o núcleo familiar dele. Dessa maneira, o paciente pode analisar se aquilo está de
acordo com o que ele gostaria, por exemplo, a forma do dente, se está grande ou pequeno, muito quadrado
ou arredondado; se a cor está agradando, etc. Sete dias depois o paciente retorna ao consultório, e se ele
gostou basta apenas fazer a restauração definitiva.
Se o profissional optar pela utilização da guia de silicone, o próximo passo é moldar a bateria anterior do
paciente com a Silicona de Condensação, ou seja, a restauração provisória também vai ser moldada.
Após tomar presa, a guia de silicone está pronta e deve ser cortada na região das bordas incisais, com auxílio
de um bisturi. Dessa forma, se obtém uma guia vestibular e uma guia lingual.
A guia lingual será utilizada para fazer a restauração definitiva, já a guia vestibular será utilizada para conferir
a convexidade vestibular que o dente deve possuir.
Para iniciar o processo, é feita anestesia e o isolamento absoluto e a remoção da restauração provisória, que
vai destacar facilmente já que o protocolo adesivo não foi completamente realizado.
Agora, para a restauração definitiva é necessário realizar o ataque ácido e protocolo adesivo por completo.
Feito isso, incrementos da RC eleita no início do tratamento são aplicados na guia de silicone, refazendo a
face lingual (resina de esmalte ou de valor). A guia é então levada ao dente e a RC fotopolimerizada,
refazendo a face lingual. Após esse procedimento a guia perde a sua função, e já não pode mais ser
utilizada. As próximas etapas da restauração são feitas de forma convencional.

Fernanda Teixeira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
150

A restauração diagnóstica é realizada para não deixar o paciente ir para casa com o dente anterior fraturado.
Outra forma de utilizar a guia de silicone é com a moldagem e enceramento diagnóstico.
Para tal, é necessário realizar moldagem do paciente com a alginato e confeccionar um modelo em gesso
tipo III. É então realizado o enceramento nesse modelo, ou seja, a parte do elemento que foi perdida é
confeccionada no modelo de gesso, com cera, devolvendo a anatomia do elemento (o próprio profissional
pode fazer o enceramento, ou se preferir, pode enviar ao protético). Pode-se então moldar o enceramento
com a Silicona da Condensação, que pode ser cortada na região das bordas incisais, com auxílio de um
bisturi. Novamente, se tem uma guia vestibular e uma guia lingual. Com o retorno do paciente, basta refazer a
restauração utilizando a guia.

Resumindo  se o paciente não quer sair do consultório com o dente fraturado pode-se optar pela
restauração diagnóstica. Já se o paciente não se importa de ficar com o dente fraturado até a próxima
consulta, ou se o profissional tem tempo e o paciente pode esperar na sala de espera, se faz o enceramento
diagnóstico, utilizando modelo em gesso.

 Restauração com Muralha de Silicone

 É importante realizar isolamento absoluto. Para dentes anteriores já não se utiliza mais o isolamento convencional,
mas pode-se utilizar o modificado, assim como outros que podem ser comprados prontos. Além disso, pode-se
utilizar a fita veda rosca, como alternativa.

3. VANTAGENS
 Guia vestibular, para testar a convexidade vestibular do dente;
 Face lingual pronta, o que facilita sua confecção, além de ser uma técnica rápida;
 Processo rápido, já que a palatina pode ser reconstruída facilmente com o auxílio da guia;
 Planejamento;
 Previsibilidade de resultado;
 Aprovação e aceitação por parte do paciente.

4. CONFECÇÃO DA GUIA DE SILICONE


 Obtenção do modelo  moldar o paciente com alginato;
 Vazamento do modelo  com gesso tipo III ou tipo IV;
 Enceramento diagnóstico  reconstrução da parte perdida do elemento; pode ser realizado pelo profissional
ou pelo protético. Nessa etapa, o paciente vai ver o enceramento, ou, o enceramento pode ser transferido para
boca do paciente, a fim de que o mesmo veja o resultado final;
 Moldagem do enceramento com silicone  com Silicona de Condensação, além do recorte da guia, deixando-a
pronta para uso;
 Seleção da RC  para confecção da restauração. As cores das RC devem ser previamente escolhidas, já que
os dentes desidratam com o isolamento;
 Isolamento modificado  sempre aberto para ter noção de profundidade;
 Enceramento em posição  colocar a guia em posição e preencher com RC, fotopolimerizar;
 Confecção da palatina;
 Remoção da guia  que perde sua função após a confecção da palatina. Importante lembrar que a guia
vestibular pode ser utilizada para conferir a convexidade da face vestibular.
Fernanda Teixeira – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
151

PRINCÍPIOS DA ESTÉTICA
DEFINIÇÃO
 Estímulo capaz desencadear sensações, emoções que envolvam a percepção de beleza.
 Sempre irá associar estética, tratamento estético com beleza.
 Beleza é uma característica ou um conjunto de características que são agradáveis à vista e são capazes de
cativar o observador.

ESTÉTICA
 Importância da aparência estética
 Autoestima positiva - Saúde mental

ODONTOLOGIA ESTÉTICA
 Tem sido cada vez mais praticada nos últimos anos em virtude dos procedimentos adesivos.

ORIGEM DO AUMENTO DA DEMANDA  O aumento da demanda pra gente no consultório, foi graças á:
 Globalização dos padrões de beleza
 Evolução dos materiais e técnicas
 Velocidade na divulgação e difusão do conhecimento científico

O sucesso do tratamento restaurador estético está diretamente relacionado à capacidade do profissional promover
harmonia dos dentes e sorriso com:
 Aparência física
 Idade
 Sexo A gente precisa
relacionar os parâmetros
 Perfil cultural com esses fatores.
 Perfil emocional
 Raça

FATORES CULTURAIS – GRUPOS ÉTNICOS


 Expectativa do paciente
 Planejamento dos trabalhos restauradores

Então essas ferramentas que temos vai servir para a gente fazer um ensaio estético, a gente pode fazer restaurações
provisórias, isso vai ser visto na próxima aula, também baseado nessas ferramentas.

Eu posso oferecer, por exemplo, fazer um ensino estético e ver como ficará a reabilitação estética e o paciente decide
se vai querer aquilo ou não, não precisa partir direto para um tratamento definitivo, que, muitas vezes, é irreversível,
independente de ser uma restauração direta ou indireta, o tratamento definitivo é irreversível. Então, a gente precisa
antes mostrar para o paciente como é, tem uma chance de voltar atrás.
o Restauração diagnóstica
o Limitações técnicas
 Apresentação ao paciente
 Satisfação do profissional e do paciente

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
152

RECURSOS COSMÉTICOS EM ODONTOLOGIA


 Clareadores
 Piercings e outros acessórios
 Resinas compostas
 Cerâmicas

PLANEJAMENTO VISUAL E TÉCNICA


 Caracterização individual

HARMONIA
 Face
 Lábio
 Gengiva
 Dentes

PRINCÍPIOS ESTÉTICOS EM ODONTOLOGIA


 Análise facial
 Análise labial
 Análise gengival
 Análise dental

ANÁLISE FACIAL  Tem que analisar a simetria facial.


 Altura da Face  Existem os tipos de face:
o Quadrada
o Triangular
o Ovóide  que tem os terços mais alongados
 Paralelismo  As linhas que a gente usa como referência.
o Linha bipupilar (representada de vermelho)  É a linha dos olhos, usa mais pra referência
mesmo para a linha incisal, essas linhas horizontais são as principais para análise dental,
lábial.
o Margem incisal dos incisivos centrais  Precisa enxergar o paralelismo entre a linha bipupilar
e a linha da margem incisal dos incisivos centrais.
o Linha média do rosto (representada de preto)  é a linha que une os dois centrais, divide em lado direito e
esquerdo.

 Uma assimetria maior que 3% entre as metades direita e esquerda da face pode ser percebida imediatamente.

A face é dividida em três terços simétricos:


 Terço Superior - Área entre linha do rosto e a linha que une os dois centrais.
 Terço Médio - Área entre a linha ofríaca (da sobrancelha) e linha interalar.
 Terço Inferior - Área entre linha interalar à ponta do mento.

Nessa análise você pode perceber que o paciente tem o terço inferior da face diminuído,

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
153

então isso é um sinal forte de que, por exemplo, ele perdeu dimensão vertical. Então, você pode trabalhar com o
aumento de dimensão vertical do seu paciente.

 Desarmonia vertical: quando há uma inclinação, e uma lado da face está mais estreito. Em um caso mais extremo,
aparece mais dentes de um lado do que do outro, dá uma falsa impressão de desvio de linha média dentária. Tem
que ignorar a parte facial e trabalhar com a dental.

PERFIL
 Normal: da glabela – mento
 Convexo: mento retraído
o Geralmente tem o lábio mais espesso
o Dente mais curto: sensação de lábio MAIS espesso
o Paciente com lábio espesso: dente mais longo = diminui, equilíbrio
Paciente com lábio fino: dente mais curto, dá a sensação de lábio mais espesso. Com o
dente mais longo, vai afinar ainda mais.
 Côncavo: mento anteriorizado (projetado pra frente, por classe II, classe III de Angle, que é o
prognatismo, que pode ser por causa disso ou, ás vezes, por formação, pode ter uma classe I
dentária mas ter essas características de face.)

OU SEJA, A ANÁLISE FACIAL:


 Restaurar o paralelismo adequado entre o plano oclusal e as linhas de referência horizontais  Preciso identificar
as linhas de referência horizontais pra depois determinar meu plano oclusal.
 Restabelecer a altura ideal do terço inferior da face  Que é o que eu estou trabalhando, que posso alterar, em
relação aos outros dois terços.
 Recriar uma dominância anterior apropriada com base no perfil e lábios do paciente  Que seria a dominância
dos incisivos centrais. Quando estamos trabalhando com restaurações estéticas, geralmente trabalhamos com o
sextante anterior, de canino á canino, que é o que a gente normalmente modifica. Essa dominância, se a gente vai
fazer um dente maior ou menor, mais estreito, mais largo, isso vai ser determinado por essas características
faciais.

ANÁLISE DENTOLABIAL (SORRISO)  Análise labial = dentolabial = do sorriso.

LÁBIOS
 Finos
 Médios
 Espessos
Lábio superior deve ser metade da altura do lábio inferior. Isso seria uma lábio harmônico. Ás vezes o lábio superior
está diminuído porque perdeu dente, o comprimento do dente, e o lábio tende a descambalear. Se vestibulariza,
palatiniza, vai interferir na posição do lábio.

 Só vai fazer uma análise correta do paciente se for em movimento, de forma espontânea, apenas mandar abrir a
boca não significa que você está vendo o que deve ser analisado. Você precisa estar conversando com o
paciente, que ele esteja relaxado.
 O paciente mais jovem, relaxado, normalmente aparece 2 mm de dente, você pede que ele inspire e respire, esse
inspirar natural vai abrir o que chamamos de EFL (Espaço funcional livre), os dentes não se tocam,

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
154

 O paciente idoso, não deve aparecer nada, porque ocorre um desgaste natural, vai trabalhar para que não
apareça.
 Vai analisar em repouso, com a respiração o quanto aparece de dente.

LINHA DO SORRISO  É uma associação harmoniosa da borda incisiva com o lábio superior e inferior.
 Muito importante
 Usado como referência para tudo

SIMETRIA DO SORRISO  Vai ter assimetria se isso estiver coincidindo com a curvatura.
 Lábio inferior e as bordas incisais ou oclusais e palatinas.

CORREDOR BUCAL  Espaço existente entre a vestibular dos dentes posteriores e a mucosa jugal. O espaço negro
existente entre eles é o corredor bucal.

LINHA DE SORRISO BAIXA  Lábio superior cobre a cervical dos dentes

LINHA MÉDIA DE SORRISO  Pode coincidir ou até 3 mm acima da cervical ainda é considerado com a linha média,
ás vezes, coincide com a cervical

LINHA ALTA DE SORRISO  Aparece mais do que 3 mm de gengiva.

O que isso interfere no nosso trabalho? Qual é a linha mais fácil de trabalhar? A linha baixa de sorriso é a melhor.
Porque a gente não tem preocupação com aspecto gengival, término, não precisa colocar subgengival.

Qual cuidado precisa ter na linha alta do sorriso? Simetria gengival. Importa bastante a posição da gengiva, ás
vezes, o paciente tem um dente curtinho e mais longo, e não adianta a reabilitação querer consertar isso, aumentar ou
diminuir o dente, porque não é nada relacionado ao dente. O término também, se quiser trabalhar com faceta, o
término precisa ser circular, precisa ter um cuidado maior para não causar um problema.
 Sorriso gengival

Motivos: na hora da erupção, a gengiva vem junto; paciente tem tendência de ter a gengiva recobrindo parte da coroa,
com o passar do tempo vai perdendo inserção periodontal, aquela gengiva vai retraindo, expõe mais o colo do dente,
se for uma pessoa mais velha geralmente vai fazer o término gengival lá na linha de cemento-esmalte; no jovem pode-
se ver a coroa clínica diminuída, gengiva recobrindo; hiperplasia gengival, faz gengivectomia para remover; ósseo,
precisa de cirurgia ortognática; muscular, o músculo orbicular está hipertônico, o paciente sorrir e retrai, pode ser
revertido com toxina botulínica (paralisa, faz a musculatura parar de contrair, fica em repouso).

ASSIMETRIA HORIZONTAL
 Linha do sorriso, incisal, reta
 Sorriso invertido  O que é considerado harmônico é a linha incisal/oclusal paralelo ao lábio inferior.
Rebecca Marcelino – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
155

 Perfil convexo
o Não contativo: não toca o lábio inferior
o Contativo
o De cobertura: sorri e o lábio inferior cobre ele

O que isso vai mostrar pra gente? Que alguns têm mais espaço pra trabalhar. Se for sorriso invertido, tem mais
espaço pra trabalhar. Mas isso em relação a assimetria horizontal.

CORREDOR BUCAL  Tem que aparecer segundo pré-molar ou a mesial do primeiro molar, se aparecer está com um
sorriso adequado. Se for um sorriso amplo, vai aparecer mais ainda, mais posterior até. Ele ausente, os dentes são
mais largos, é como se a mucosa estivesse encostada, não consegue ver lá atrás. Não tem o espaço negro.

LINHA INTERINCISAL X LINHA MÉDIA  Na análise de oclusão, temos a linha média facial, que normalmente a
gente vai medir glabela, ponta de nariz, filtro e ponta de mento, usa-se o fio dental na clínica. Em relação à linha média,
vê-se a posição da linha interincisal, aí vai ver se tem um desvio para direita ou para esquerda. Importante pra saber se
tem desvio ou não, se vai precisar de ortodontia, ás vezes o que incomoda esteticamente o paciente é só com
ortodontia.

REGRA PRIMORDIAL DA ESTÉTICA: Fazer os incisivos centrais idênticos, do mesmo tamanho.

OU SEJA, ANÁLISE DENTOLABIAL:


 Capaz de restabelecer a correta posição do bordo incisal  Então mordida invertida, tem que fazer a convexa,
acompanhamento do lábio.
 Recriar comprimento dental e incisal apropriados
 Recriar uma harmonia entre plano oclusal e a linha da comissura

ANÁLISE GENGIVAL
 Super importante para estética da dentística
 O paciente que é candidato para receber um tratamento estético esteja tratado periodontalmente.
 Não pode ter inflamação, cálculo, biofilme. É a primeira coisa, se está com uma gengiva saudável e vai analisar a
papila interdental.

PAPILA INTERDENTAL
 A forma da papila interdental é determinada pela superfície de contato
interproximal. Deve-se ter cuidado para não jogar esse contato muito para
cervical e não comprimir a papila, que vai causar uma inflamação, perda óssea,
vai abrir um espaço negro entre os dentes.
 Observar o contato mais para incisal, para preservar a saúde da papila interdental.

ZENITÊ GENGIVAL
 Posição mais distal do contorno gengival do dente
 Mais distal e mais alto
 Em geral deve estar posicionado distalizado em todos os
dentes da arcada superior
 No inferior, ás vezes coincide com o longo eixo
 Para alterar posição de inclinação
Rebecca Marcelino – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
156

 Quando a gengiva não tá posicionada igual, mais baixa do que a outra.


 Em dentes homólogos (central-central, lateral-lateral), só de alcançar a simetria do zênite, consegue o equilíbrio,
ás vezes, não precisa de resina e mais nada
 Se consegue com a resina
 Se pressionar a gengiva com a resina, ela vai subir e tomar a posição que eu quero

TRIÂNGULO GENGIVAL
 A cervical do lateral tem que estar mais pra incisal do que canino e central, são posicionados mais alto e o lateral
mais embaixo
 O triângulo causa o sorriso harmônico
 O lateral na altura do central, não é agradável esteticamente

ALTURA E ESPESSURA GENGIVAL


 Também importante
 Gengival marginal livre: tem 2 a 3 mm, que é a da cervical do dente
 Gengiva inserida: queratinizada, ela que vai dizer se vai resistir para que não tenha reabsorção
 Mucosa alveolar

Precisa ver o que tem de altura para:


 Avaliar uma cirurgia periodontal
 Cirurgia com aumento de coroa
 Se tem inserção periodontal, eu sondo, o quanto eu tenho de gengiva inserida, posso fazer cirurgia periodontal
para modificar isso
 Gengivectomia (gengiva inserida muito queratinizada, hiperplásica, consegue remover)  Não tem gengiva
inserida, não tem como mexer, aí tem que ver se tem algum problema periodontal.

OU SEJA, NA ANÁLISE GENGIVAL


 Restaurar o contorno ideal da margem gengival
 Manter a adequada integração biológica das restaurações

Não invadir o espaço biológico, 3 mm de espaço da gengiva livre, até esse 3 mm para trabalhar subgengival, se não
está fazendo um agressão do espaço periodontal, preservar a papila interdental e, com cuidado e com critérios,
reposicionar o zênite gengival.

Rebecca Marcelino – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
157

ANÁLISE DENTAL
HARMONIA DENTAL INDIVIDUAL
 Cor
 Forma
 Textura
 Proporção altura/ largura

É preciso analisar a forma do dente, textura, em relação a caracterização, sulco de desenvolvimento, observar o que
que tem e o que iremos oferecer para os dentes quando formos fazer a reconstrução e a cor dos dentes, dependendo
da fase, da época e da idade do paciente é preciso fazer um registro da cor inicial dos dentes sempre.

Observar o contorno do dente, está tanto para a incisal, a largura, o contorno da vestibular, os ângulos de transição, ou
seja, tem uma face vestibular que vem em um sentido, quando chega no final ele faz uma curva e tem a proximal,
sempre a divisão que está na vestibular e na proximal é o ângulo de transição. Isso é muito importante, pois nós vamos
definir isso, a largura do dente, a impressão de largura, comprimento, é tudo definido pela localização do ângulo de
transição, onde coloca.

Quando vai facetar um dente, fazer toda a vestibular com resina por exemplo, o que vai determinar a localização
desses ângulos de transição, a luz que vai refletir é o dentista, com isso pode fazer esses ângulos mais próximos um
dos outros, mais largos.

FORMA OU MORFOLOGIA DENTAL


 Planos de Referência
o Cervical
o Médio
o Incisal

FORMA DOS DENTES NATURAIS  Essas são as principais características para poder diferenciar os tipos de
dentes.
 Quadrados  Contorno mais reto com lóbulos paralelos e os ângulos de transição mais acentuados, robustos,
consegue ver bem nas proximais os ângulos de transição;
 Triangulares  Mais largo na incisal e uma inclinação para a cervical, mas ele tem ângulos mais acentuados,
consegue ver bem os ângulos de transição;
 Ovais  Fecha para incisal quanto para cervical, terá um ângulo e um contorno mais arredondado, normalmente
sem lóbulo e faz uma forma de canino, tem um dente mais arredondado.

CONFECÇÃO DAS AMEIAS  Entre os incisivos centrais tem um “V invertido estreitinho”, ele tende ir se alargando
para a distal; já no lateral ele tem um “V invertido” mais assimétrico e entre o canino e lateral um “V amplo” porque o
canino é mais comprido. Ameia também está relacionada a ponto de contato. O ponto de contato de um lateral e
canino é mais em cima então tem um V mais amplo.

ANÁLISE DENTAL
 Inclinação Axial dos Dentes
o Dentes ântero-superiores – inclinação axial no sentido distal
Juliane Vieira – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
158

o Quanto mais posterior – menores e visíveis

 Área de Contato Interdental


o É a área que 2 dentes adjacentes parecem tocar-se. Está relacionada à posição morfológica dos dentes. 
Entre Incisivos Centrais Superiores, o ponto de contato é 50% o comprimento da coroa, entre central e lateral
cai para 40% quase, entre o lateral e o canino cai para 30%, então o ponto de contato vai diminuindo. O
central o toque é bem maior, ele não tem o toque na cervical onde está a papila dental e na incisal quase no
ângulo, mas o restante se toca. Entre Caninos superiores, está mais para a cervical
o Nível do contato interdental

HARMONIA ENTRE O RELACIONAMENTO INTERDENTÁRIO BORDA INCISAL


3. Personalidade 2. Sexo 1. Idade

Jovem Idoso

Masculino Feminino

Delicado Vigorosa
Forma de Gaiovota Curva invertida
Efeito do Envelhecimento

Borda Incisiva  Um dente jovem não tem o desgaste incisal tende a ser um dente mais longo, ele filtra e o sorriso
será mais curto, vai ter anatomia com mais detalhes e no dente idoso já tem o desgasta fisiológico, então ele é mais
retinho. Como vai fazer um paciente de 50-60 anos com mamelos, não faz, porque fica feio, não fica natural, tem o
desgaste com o passar do tempo.

Fica padronizado que:


 Dente quadrado - Dente masculino
 Dente ovoide - Dente feminino

Dente mais jovens tem o que se chama de gaivota, o central alongado, lateral mais alto que o central, acompanhando a
linha de canino, central se destaca. Com o passar da idade, o efeito do envelhecimento a tendência é inverter, o
desgaste dos dentes anteriores o canino vai chamar atenção.

Em idoso irá fazer um sorriso plano, coloca a incisal no nível do lábio então não vê nada.

FORMA OU MORFOLOGIA DENTAL


 Influência da Idade - Características de Dentes Jovens:
o Ângulos incisais arredondados
o Dentes mais claros (menor quantidade de dentina)
A dentina é menos calcificada, com o passar do tempo a dentina vai se calcificando escurecendo o dente.
Dente jovem além dos mamelos tem a incisal robusta, maior textura da superfície, tem as periquimácias que é a textura
horizontal, característica da erupção, quando tem isso sabe que é um dente jovem.
Dente adulto por causa da escovação, do ácido, erosão que está acontecendo naturalmente não pode fazer um dente
igual do jovem.
 Influência da Idade - Características de Dentes de Pacientes Idosos
o Ângulos incisais retos
Juliane Vieira – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
159

o Margem incisal não aparente quando o lábio superior está em repouso (desgaste)
o Dentes mais escuros (maior quantidade de dentina)
o Desgaste de esmalete, fendas e infiltração extrínseca
o Fendas de esmalte
o Exposição dentina

Eles terão mais desgaste, presença de erosão, as vezes terá trincas no esmalte, devido a atrição. Não tem mamelos,
microtextura.

PERDA DE REFERENCIA ALTURA/LARGURA


 Proporção áurea (Ela está em tudo, na natureza, na pintura, o artista usa essa proporção entre objetos, dizem que
todas as obras do Leonardo da Vinci foram todas feitas dentro da proporção áurea, usa ela dentro da odontologia
para poder ver largura de sorriso e criar harmonia)
 Largura do incisivo
o Incisivo Central = 1.618
o Incisivo Lateral = 1.0
o Canino 0.68
Isso será calculado dentro de uma imagem, então precisa de uma fotografia frontal do dente, marcando as distancias.
Claro que não é padronizado, transformará em uma regra de 3. Não é a largura do dente em si, e sim a largura que se
está vendo na foto. Utiliza isso para fazer o enceramento diagnóstico. Pega os valores, faz o enceramento, o dente de
gesso e servir como orientação.

ANÁLSE DENTAL / INDIVIDUAL


 Textura
o Macrotextura (linhas verticais)  3 cristas ou lóbulos divididos por dois sulcos verticais rasos .
o Microtextura (linhas horizontais)  Inúmeras linhas ou sulcos horizontais ondulados. São as periquimácias.
A micro e macrotextura é a coisa mais importante em caracterização de dente, tem que lembrar o que define cor e tudo
de mais importante quando se tá trabalhando com odontologia é a reflexão de luz, não importa o que se faça, o que
mais importa é a micro e macrotextura. Alterar a microtextura irá alterar muito o índice de refração de luz. Tem que ter
muita atenção quando for trabalhar com restauração, principalmente em região anterior, essencial observar a textura
para não perder a restauração. Por exemplo, classe IV no ângulo do central, escolheu a resina certinha, poliu, mas fez
ela bem polida, pois é fera no polimento, brilhando, mas o restante do dente é cheio de microtextura, ranhura, então
qualquer pessoa que bater o olho vai ver a sua restauração, porque se não texturizar igual o dente tá texturizado
perdeu o trabalho, as vezes pode errar a cor, mas se acertar a textura fica mais bonito que acertar a cor e erra a
textura. As vezes a cor não tá 100%, o paciente tem uma cor difícil de se achar na escala, se copiar a textura, as
características as diferenças vão sumir, controlará a reflexão de luz em cima da restauração, vai tirar dela o contraste,
as coisas que vão tirar a cor vai destacar a luz.
 Textura da superfície – pó de prata
o Para poder observar melhor a textura.

TEXTURA VS BRILHO
 Textura rica em detalhes
o Alto brilho
 Textura lisa
Juliane Vieira – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
160

o Fosca

COR  Já sabemos que o dente tem várias tonalidades de cor em cada região por isso é dividido em 3 terços. A
dentina é toda da mesma cor, mas como ela tem partes mais espessas ela reflete a luz de forma diferente, a luz bte
nela e ela absorve mais luz, a luz que volta é o que agente ve.
 Envolve a idade do paciente, a área a ser restaurada, a translucidez ou opacidade do material, e a precária
fidelidade das escalas de cor.
 Policromatismo

ANÁLISE DENTAL - Restaurar forma e contorno dental adequados, de maneira a corrigir a função e estabelecer
estética agradável.

RECONTORNO COSMÉTICO
 Estética Mimética  Mimetizar é quando copia da natureza, por exemplo, o velcro, isso é cópia de um inseto, pois
prendia as patinhas dele, um cientista viu e copiou. Muitas coisas que se faz copia da natureza, isso é mimetizar.
Em odonto usa a biomimética.
o Aplicada geralmente em restaurações unitárias, totais ou parciais
o Copia estruturas dentárias mimetizando forma, cor e transparência
 Estética de Composição  Normalmente em estética meche de canino a canino.
o Aplicada quando trabalhamos grupos de dentes especialmente, os pares dentais
o Aplicamos todos os conhecimentos de proporção e fundamentos básicos de estética
o “Existe” ”Liberdade” ”de composição”

RECONTORNO COSMÉTICO - Consiste em um tratamento estético que visa realizar pequenas modificações de
forma, proporções, cor e textura  Devido aos materiais que se utiliza; É um trabalho cosmético que visa fazer
pequenas modificações de forma, de proporção, cor, textura; Dentes que aparecem sorriso, bateria anterior; Finalidade
de melhor a harmonia, a estética e o contorno; Pode ser uma re-harmonização.

RECONTORNO COSMÉTICO – PRINCIPIOS:


 Remoção da estrutura dental de áreas indesejadas
 Adicionar resina composta nas áreas que precisam colocar material
 Não modifica só posicionamento, mas como alinhamento dental
 Correção de percepção

RECONTORNO COSMÉTICO – INDICAÇÃO:


1. Anomalias de forma / Dente conóide (lateral)
2. Microdontia
3. Fechamento de diastemas
4. Má posição dos dentes
5. Textura de etiologia patológica
6. Amelogênese imperfeita
7. Agenesia de elemento (Não escrever na prova para agenesia de elementos, mas entra aqui porque é muito
comum no consultório paciente não ter os laterais, ele não se forma, ele chega com os centrais e dois caninos, e

Juliane Vieira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
161

nesse caso transforma o canino em lateral para dar impressão que tem o lateral e transformar o pré-molar em
canino, indicado para agenesia porque vamos transformar em outro dente para compensar a agenesia)

PERCEPÇÃO DE ILUSÃO
 Altura X Largura
o Ângulo de transição
o Região de espelho

PROPORÇÃO ALTURA X LARGURA


 Ilusão do dente mais comprimido
o Diminuir a convexidade da face V
 Ilusão do dente mais estreito (mais longo)
o Diminuição do lobo

PROPORÇÃO ÁUREA  Tudo que está dentro da proporção áurea é simétrico e agradável aos olhos.
 Representa a mais agradável proporção entre 2 segmentos e medidas
 Representação dental da proporção áurea

CALIBRADOR DE PPOPORÇÃO – SONDA CHU

 Instrumental para calcular proporção áurea na clínica, SONDA CHU


 Ele tem cores diferentes, o vermelho marca o central, o azul o lateral..
 Posiciona ele na incisal

PLÁSTICA GENGIVAL - É um procedimento cirúrgico com finalidade de refazer o contorno da gengiva dos dentes;

FERRAMENTAS PARA O PLANEJAMENTO DIGITAL DO SORRISO


 Compasso digital, proporção áurea para harmonizar
 DSD (DIGITAL SMILE DESIGN)
o DSD não é apenas um software, um vídeo, fotos ou desenhos.
o DSD é uma filosofia de trabalho.
o É uma nova onda que traz odontologia para um nível emocional. Tentando se conectar com as pessoas
através das emoções, comunicação visual e atendimento real.
o Um curso custa em média 12 mil
 PSD (photoshop smile design)
o Da Califórnia
o Utilliza o photoshop para fazer o planejamento deles
o Qualquer pessoa que tem o photoshop pode fazer

Juliane Vieira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
162

o Coloca uma imagem no photoshop e consegue usar todos os filtros, mudar saturação contraste, fazendo isso
consegue observar região que é mais saturada, menos saturada
o Onde vai usar translucido
o Tem umas grades que ajusta de acordo com o dente
 CSD (custom smilde design)
o Criador peruano
o Utiliza o power point
o Tem guias, padronizou as medidas de acordo com a nacionalidade
o Proporção dos dentes dos brasileiro é diferente de um columbiano
o As grades são para cada nacionalidade com isso cada grade tem uma medida, para toda américa latina
o Dentro da grade do brasil tem outras grades também
o Precisa de um bom curso de fotografia para poder dominar, porque se ela não tiver centralizada ela dará erro,
não consegue encaixar

ENCERMENTO DIAGNÓSTICO – Facilita a visualização da forma, posição e proporção das futuras restaurações que
devem ser realizadas de acordo com o melhor arranjo funcional e estético possível  Mock-up, também é feito a parti
do enceramento diagnóstico, molda isso com a base pesada, depois tira, preenche com uma resina bisacrílica, que é
uma resina mais macia e coloca na boca do paciente e ela se polimeriza, pode fazer o acabamento e usa aquilo como
provisório. Reproduz o que está no modelo de gesso para a boca do paciente e ele pode ver como ficou. Ensaio
estético, possibilidade de ver como ficará a restauração final.

Juliane Vieira – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
163

SELANTES DE FÓSSULAS E FISSURAS


A prevalência da lesão de cárie acontece aproximadamente em 90% em sulcos e fissuras, esmalte e superfícies lisas.
Para ter uma ideia, a progressão de lesão cariosa em fóssulas e fissuras, muita das vezes clinicamente ela se torna
imperceptível porque existem alguns tipos de sucos, anatomias diferentes e a bactéria consegue penetrar em regiões
muito estreitas porque ela é onométrica e ela começa a se proliferar e produzir ácidos que vão destruindo o esmalte e a
dentina, não conseguindo muita das vezes não ver clinicamente. Quando a evolução está mais para frente é possível
ver pela radiografia.

Cárie Oculta: Lesões cariosas muito extensas já em dentina, metade de dentina sendo que clinicamente não consegue
observar nada nem um pequeno orifício no esmalte do dente.

MORFOLOGIA DAS FÓSSULAS E FISSURAS


 Rasas em forma de um amplo V  fácil de limpar, consegue escovar e remover sujeira com mais facilidade;
 Profundas em forma de I, bastante constrictas  piores para poder se higienizar, na verdade não existe a
possibilidade de higienizar o sulco em formato de I, consegue higienizar a entrada dele, mas a profundidade não, as
cerdas não entram de maneira nenhuma, não existe nenhum instrumento que penetre na profundidade, um sulco
mais fundo como se fosse uma lima endodôntica, muito estreito.
Para pacientes que possuem sulcos muito profundos com anatomia desfavorável para higiene, se tem uma higiene
ruim ou razoável normalmente se indica o selante, porque esses sulcos são muito difíceis de serem higienizados e
começa a ter retenção, impactação de placa, alimentos e a progressão da lesão cariosa vai caminhando. Existem
milhões de sulcos no dente, não existe somente os principais, existem os secundários, alguns pacientes apresentam
também o sulco secundário muito profundo, muito retentivo. Então pode se fazer o selamento de fóssulas e fissuras,
sulcos, para diminuir a retenção de placa e alimento, teoricamente isso produz uma prevenção a progressão de cárie,
porque na maioria das vezes conseguimos preencher a profundida toda do sulco. Os sulcos em I que são muito
estreitos não tem nenhum material que penetre a não ser o adesivo que possa ser que penetre, mas o ácido é um
pouco mais espesso não penetra, porém conseguimos vedar a entrada do sulco e isso é o suficiente visto que não terá
mais entrada de placa nem alimento. Logo, precisam - se avaliar as fóssulas e fissuras para ver se existe realmente a
necessidade de fazer um selante. Antigamente, se fazia selantes em todos os dentes permanentes erupcionados, hoje
em dia é um pouco diferente, em pacientes que não tem cárie e possui uma boa higiene, sem susceptibilidades a
cárie, alimentação balanceada tendo um baixo risco de cárie, normalmente não se indica o selamento e sim só
acompanha porque o selamento virará um sobre tratamento para o paciente que não precisa receber. A indicação hoje
em dia não é desenfreada e sim individualizada, analisa o paciente como um todo e ver qual a necessidade dele.

AVALIAÇÃO DAS FISSURAS


1. Condição de higiene;
2. Condição alimentar  Avalia a frequência de alimentação, tipo de alimentação para definir se o risco será alto ou
baixo para desenvolver a cárie;
3. Condição da anatomia dos sulcos.

Para se realizar a avaliação de um sulco precisamos de:


 Campo Limpo - Quando o dente apresenta muita placa não conseguimos visualizar se os sulcos são profundos e
pode passar desapercebido uma pequena cavidade. Logo, primeira coisa a se fazer é limpeza desse dente.
 Seco - Com saliva não se enxerga.
 Iluminados - No escuro não vê.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
164

 Inspeção do Sulco - Sonda da OMS (bolinha na ponta e é pouco flexível, se utilizar a sonda convencional em dentes
com hipoplasia de esmalte que possui uma desmineralização ou simplesmente uma mancha branca no sulco e caso
eu for com uma sonda convencional que tem a ponta afiada pode cavitar, e esses dentes hipoplásicos geralmente
são mais propensos a desenvolver cárie. E usando a OMS se faz a inspeção, avaliando se tem ou não cavidade na
região sem cavitar a área desnecessariamente).

Porque se deve selar? Para diminuir o risco de desenvolver a doença cárie naquela região, naquele elemento, mas
deve individualizar o tratamento para cada paciente visto que não será indicado para todos como antigamente.

INDICAÇÃO
1. Profundidade e retenção dos sulcos  Não existe mais a questão que só faz selantes em crianças, só quando
dente erupciona, adultos que possuem sulcos retentivos com higiene deficiente e risco moderado à alto de
desenvolver a doença cárie se faz selante com intuito de reduzir o risco naquela área.

2. Sulcos com aspecto de descalcificação  Comum em pacientes jovens e pacientes que possuem higiene
deficiente. O aspecto de descalcificação seria a mancha branca, que seria o estágio 1 da doença cárie (estágio
inicial ou visual da cárie). Existem dois tipos de selantes, o resinoso e o ionomérico, para casos em estágio de
mancha branca o mais indicado seria o ionomérico, pois precisa remineralizar a mancha branca e este libera flúor
na área que precisa remineralizar.

3. Possibilidade de isolamento adequado  Quando não existe a possibilidade do isolamento absoluto pode utilizar o
selante resinoso? Não, pois ele precisa de campo seco e necessita do isolamento absoluto, optando pelo
ionomérico.

4. Dente erupcionado há menos de 2 anos (ou 3 anos)  Quando o dente erupciona ele não está totalmente
maturado/mineralizado, levando de 2-3 anos para ter a mineralização completa. Se a mineralização não está
completa ele fica mais propenso a desenvolver a doença cárie porque sua estrutura é um pouco mais frágil por ter
menos mineral, então paciente que tem risco faz o selante para prevenir.

5. Pacientes de alto risco ou atividade de cárie  Se for uma criança e erupciona o primeiro molar permanente, a
primeira coisa a se fazer é selar devido ao risco e a alta atividade de cárie, prevenindo com o selante.

PIGMENTAÇÃO DE SULCOS - Selamento biológico  Muito comum e pode confundir se é cárie ou não. Primeira
coisa para poder diferenciar se é um sulco pigmentado que chama selamento biológico, ou seja, o corpo produz o
selamento sendo o melhor que existe. Para isso precisamos avaliar através de dois tópicos para saber se é cárie ou
não:
 Avaliação clínica, método visual  Obtendo sempre um campo limpo, seco, iluminado, e utilização da sonda da
OMS para certificar se existe ou não a cavidade. Caso não apresente nenhuma alteração partimos para segunda
parte do diagnostico.
 Radiografia  Algumas lesões cariosas podem não estar apresentando nenhuma alteração no esmalte, mas pode
estar em grande proporção na dentina, então tem que sempre radiografar quando existem sulcos pigmentados para
descartar a possibilidade que existe dentina afetada pela doença. A radiografia mais indicada é a bite-wing para

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
165

avaliar a profundidade de cárie. Então descartando na radiografia que também não tem tecido cariado, fecha-se
diagnóstico de sulco pigmentado, selamento biológico.

Se o selamento biológico é melhor que o resinoso e o ionomérico, é preciso fazer algum selamento? Não existe
nenhuma necessidade de fazer nenhum tratamento se não vira um sobre tratamento. No entanto a questão estética
pode incomodar o paciente e muita das vezes pode pedir para tirar o pretinho do dente, pois incomoda com isso não
remove e sim mascarar o escurecimento com selamento resinoso de uma coloração branca opaca que tampará o
escurecimento. Não pode remover tecido, pois nesse caso estará removendo tecido sadio. Então o selante só estará
indicado nesse caso para selamento biológico de dentes pigmentados para estética somente. Acontecem do paciente
chegar e dizer que está com cárie devido o escurecimento, só dizer que é sulco pigmentado e irá acompanhar,
proservar e não fará nada. Caso ele não levante a questão de mascarar, não fala nada porque o selante é muito bom
tem inúmeras vantagens, mas pode fraturar uma parte e isso será muito ruim, pois na área que fratura fica um degrau,
sendo um nicho de placa e bactéria, transformando o selante em área de risco na área fraturada, então além de fazer o
selante tem que fazer o acompanhamento desses selantes, o paciente tem que ir periodicamente no consultório,
normalmente de 6 em 6 meses para pacientes com baixo risco ou sem risco de atividade de cárie e nesses intervalos
verifica-se se o selante está em boas condições ainda. Os selantes ionoméricos vão se desgastando com o tempo,
pois o ionômero geralmente não tem resistência mecânica e o resinoso se bem feito dura à vida toda.

INDICAÇÕES
IONOMÉRICO:
 Elementos recém erupcionados  esses são aqueles elementos que precisam de selamento, mas não tem
possibilidade de fazer isolamento absoluto, pois a coroa está muito curta;
 Elementos com menos de 2 anos na arcada;
 Elementos com macha branca ou aspecto de descalcificação;
 Elementos hipoplásicos;
 Elementos com impossibilidade de realizar isolamento absoluto;
 Elementos que apresentam opérculo gengival  quando o dente começa a erupcionar ele tem um capuz gengival
em cima dele, não sendo da noite para o dia que ele vai sumir, mas a medida que o dente cresce o capuz vai
ficando para a distal e muita das vezes fica durante muito tempo o capuz cobrindo parte do dente na distal, muito
comum no 1º molar e 3º molar, esse capuz chama opérculo gengival, as vezes se faz remoção cirúrgica quando tá
ocorrendo inflamação recorrente e quando é somente para higiene aplicar isolante para diminuir retenção de
alimento e placa e o risco de cárie;
 Alto risco e atividade de cárie.

RESINOSO:
 Paciente com risco elevado de cárie;
 Sulcos e fissuras retentivas  mas que não estejam descalcificados, não tenha hipoplasia;
 Estética para sulcos pigmentados.

TIPOS DE SELANTE
RESINOSO: (obrigatoriamente se faz com isolamento absoluto, caso ao contrario não da certo)
 Autopolimerizável (sem carga)  se não tem carga fratura com mas facilidade, então nem se usa.
 Fotopolimerizável

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
166

IONOMÉRICO:
 Autopolimerizável (CIV convencional)  CIV usados para restauração provisória e técnica de sanduíche. Este não
precisa de luz a presa é meramente química, com o tempo de presa um pouco demorado, no entanto ele permite
trabalhar com um pouco de umidade, o que não quer dizer nadando na saliva então auxiliar sempre com o sugador
e algodão fazendo o isolamento relativo bem efetivo, trocando de algodão sempre pra não ficar molhado e sim
úmido. (MAXXION e RIVA EM CAPSULAS, o VIDRION F não é o mais adequado para trabalhar sendo o MAXXION
melhor em questão de resistência mecânica, adesão e etc.).
 Fotopolimerizável (modificado por resina)  apresenta aproximadamente 70% de ionômero convencional com 30%
de RC.

TÉCNICA PARA IONÔMERO CONVENCIONAL


1. Profilaxia com pedra pomes  dente limpo, sem placa;
2. Isolameto relativo;
3. Condicionamento com ácido poliacrílico durante 20s  Aplicação com o microbrush friccionando o ácido poliacrílico
no dente, lavagem, seca com o jato de ar, lembrando que está trabalhando em esmalte então nada de bolinha de
algodão, pode secar intensamente;
4. Aplicação do CIV com aspecto brilhante  manipula rapidamente, aglutinando e inserir no sulco e fissura usando o
porta dycall porque é mais abrutalhado, pega uma porção razoável e espalha no sulco;
5. Aguardar presa inicial;
6. Compressão digital com vaselina sólida  para melhor acomodação do ionômero no sulco até extravasar um pouco
de excesso porque sempre coloca um pouco a mais; na hora que faz essa pressão o excesso sobe pela lateral e
remove para não ficar excesso para ajustarmos, aguardar a presa em torno de 5 minutos;
7. Checar oclusão;
8. Proteção com adesivo ou verniz cavitário  ficando a critério a escolha do material, se utilizar o adesivo tem que
fotopolimerizar.

OBS: Não pode subir com o ionômero nem com o resinoso para cima de cúspides e vertentes de cúspides e ponta de
cúspides porque se não fica alta e tem que desgastar. Selamento é só de sulcos e fissuras para não ter contato
prematuro.

TÉCNICA PARA SELANTE RESINOSO


1. Profilaxia com pedra pomes
2. Anestesia papilar  só para o grampo
3. Isolamento absoluto  obrigatório
4. Ácido fosfórico 37% 30 segundos  porque está trabalhando só em esmalte
5. Lavar e secar com jato de ar
6. Aplicação do adesivo  de acordo com o fabricante
7. Aplicação do selante com sonda (ou porta dycall) e polimerizar  o selante resinoso tem um bico igual o ácido
fosfórico só que sai uma porção muito grande do bico, então pega o bico e pinga uma gota na sonda que é o
suficiente para cobrir todos os sulcos e fissuras do dente.
8. Remover o isolamento absoluto
9. Checar oclusão

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
167

OBS: O selante resinoso tem sempre que ler a bula, porque a técnica muda de um para o outro. Uns não precisam da
utilização do adesivo na técnica, sendo só acido fosfórico e selante, outros precisam de adesivo.

TÉCNICA FOTOPOLIMERIZÁVEL – RESINOSO / RESINA FLOW  Se optar pela resina flow é obrigado a usar o
adesivo, por ser resina, então usará a técnica do selante resinoso, no entanto é obrigatória a aplicação do adesivo,
mas é uma camada muito fina de adesivo porque se vier com o microbrush e encharcar de adesivo vai selar o dente
com o adesivo e ele não tem resistência mecânica, indo embora na primeira refeição do paciente. Camada super fina,
existe vários tamanhos de microbrush PP, P, M, G, GG pegando um bem pequeno, espalhando devagar e sem
excesso.
1. Profilaxia com pedra pomes
2. Anestesia papilar
3. Isolamento absoluto
4. Ácido fosfórico 37% 30 segundos
5. Lavar e secar com jato de ar
6. Aplicação do adesivo (camada fina) + fotoativação
7. Aplicação do selante com sonda e polimerizar
8. Remover o isolamento absoluto
9. Checar oclusão

SELANTE MODIFICADO POR RESINA  Técnica igual do selante ionomérico podendo ser feito com isolamento
relativo. Diferença desse material para selante é muito limitado, ele não tem resistência mecânica do resinoso, nem a
liberação de flúor do ionômero convencional, então não vê muita aplicação para ele. Usa em pouquíssimos casos. Em
relação ao ionômero convencional ele se desgasta e com o tempo ele vai sumindo, então no tempo aproximado de 6-8
meses não tem mais nada do selante no exame clínico sendo muito importante falar com o paciente ou seu
responsável porque ele vai no nosso consultório, cobra pelo selante e depois de 6 meses ele chega e fala que o nosso
serviço caiu, todavia não ocorreu isso ele foi se desgastando devido ele não ter a resistência mecânica. O maior
benefício do selamento com ionomérico convencional é que algumas partículas desse ionômero ficam retidas no
interior dos sulcos e aquelas áreas onde ficam pequenas ilhas de ionômeros retidas, essa área fica fazendo o efeito
esponja, absorve o fluoreto do meio e libera o fluoreto na superfície do dente, existindo um benefício muito superior.
Precisa ser muito bem explicado isso para o paciente ou seu responsável porque esse benefício é muito em longo
prazo. Em pacientes que tem a higiene muito ruim é preciso refazer porque só as ilhas não são suficientes porque o
acúmulo de placa e alimento continua naquela área.

CASO CLÍNICO – SELAMENTO RESINOSO: Foi feito o isolamento absoluto, o condicionamento ácido durante 30s,
lavagem e secagem com o jato de ar, aplicação do selante e fotopolimerização, Selante é algo muito simples de se
fazer só necessita ser bem indicado.

CASO CLÍNICO: Dente decíduo, um pouco mais retentivo, ácido fosfórico com aspecto esbranquiçado depois do
ácido. Importante checar a qualidade desses selante depois, e como se faz isso? Com a sonda se faz uma inspeção
em todo o selante para ver se não tem excesso nem bolha. Caso tenha bolha durante a atrição ou mastigação a bolha
terá um pequeno desgaste desses selante e a bolha irá aparecer, um desgaste da superfície irá expor a bolha, virando
uma área de retenção na bolha. Logo, precisa desgastar a bolha e preencher essa região. Então o selante resinoso,
feito só em sulco e fissura sem subir para cúspide, vertente, crista.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
168

CASO CLÍNICO – SULCO PIGMENTADO: Existia uma técnica antiga de selante invasivo em que pegavam esses
sulcos escurecidos, faziam uma radiografia, uma inspeção visual, não tinha cárie, porém para ter certeza que não tinha
cárie eles abriam o sulco e preenchiam essas áreas com resina flow ou com selante resinoso só que eles não
apresentam a mesma resistência mecânica da RC, então para preencher áreas que foram desgastadas, com o tempo
isso vai quebrando criando infiltração não dando certo, dando propensão a desenvolver mais a doença cárie. Não
utilizando mais essa técnica de SELAMENTO INVASIVO. Atualmente a maior luta é a odontologia minimamente
invasiva, sem abrir nada desnecessariamente. Técnicas do diagnóstico cada vez mais evoluída, usar o
elastômero/elastick em caso de dúvidas.

CASO CLÍNICO - OPÉRCULO GENGIVAL: Gengiva que fica subindo em cima do dente na distal, como essa área é
muito difícil a higienização do paciente as vezes se faz o selante ionomérico nessa região para diminuir o acúmulo de
placa e de alimentos.

CASO CLÍNICO – SELAMENTO IONOMÉRICO: Depois do ácido, lavar, secagem. O excesso quando faz a
compressão digital ajusta e com a espátula remove o excesso.

FRATURAS DENTÁRIAS

FRATURAS CORONÁRIAS  Divisão das fraturas:


1. Esmalte;
2. Esmalte e dentina sem exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico;
3. Esmalte e dentina sem exposição pulpar e com invasão do espaço biológico  respeitar os 3mm até a crista óssea;
4. Esmalte e dentina com exposição pulpar sem invasão do espaço biológico;
5. Esmalte e dentina com exposição pulpar e com invasão do espaço biológico  este envolve esmalte, dentina,
polpa, espaço biológico e cemento.

TRAUMA  Para se avaliar a fratura temos que avaliar principalmente:


 Extensão da Fratura
 Tipo de tecido envolvido

Justamente para saber qual será o tipo de tratamento, se será só restaurador ou terá que fazer alguma terapia pulpar.
E esse trauma pode envolver:
 Esmalte
 Dentina
 Polpa
 Polpa e Periodonto

EXTENSÃO DAS FRATURAS EM RELAÇÃO À POLPA  Temos que saber onde está aquela fratura clinicamente:
 SUPERFICIAIS – No limite amelo dentinário  não chegou na dentina, só fratura de esmalte;
 MÉDIA – Metade da espessura dentinária  verificamos pela radiografia, e na radiografia vamos ver o quanto
sobrou de dentina até a polpa;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
169

 PROFUNDA – Permanência de até 0,5 mm de espessura da dentina  tem uma espessura muito fina e
conseguimos verificar a polpa por transparência na hora que se faz o exame clinico aparece uma cor rosada
devido a dentina estar bastante fina;
 BASTANTE PROFUNDA – Espessura de dentina inferior a 0,5mm  ou seja, ainda não tem a exposição pulpar
mas vamos conseguir ver uma área mais rosada mais avermelhada por estar muito próximo.

Tanto no profunda ou bastante profunda, provavelmente se deve fazer uma proteção pulpar, não podemos fazer o
ataque ácido nessa dentina, para colagem do fragmento porque quanto mais perto da polpa maior a largura dos
túbulos e maior a permeabilidade, por isso se deve proteger. Se tratando de dentes anteriores, as vezes o Hidróxido de
Cálcio pode alterar a genética por ser mais amarelado, então ou se opta por usar Hidróxido de Cálcio PA com CIV e
RC, ou se estiver só profunda as vezes conseguimos fazer só o CIV e a RC e a colagem do fragmento, dependendo da
fratura.

PLANEJAMENTO - Para se planejar o tratamento que vamos realizar no paciente temos que seguir os itens abaixo:
1. Diagnostico do estado bucal  É muito importante o tipo de higiene bucal do paciente, pois em caso de exposição
pulpar nós às vezes vamos ter que acabar mudando o tratamento por conta dessa contaminação.
2. Exame clínico e radiográfico - Imprescindível
3. Avaliação periodontica e endodôntica  se invadiu o espaço biológico ou se pegou o canal, se chegou no nervo.
4. Tipo de fratura – Tipo de tecido
5. Condição do esmalte e dentina – idade  Clinicamente podemos achar que a fratura está muito próxima da polpa e
as vezes radiografa e está muito longe, ocorre isso devido a idade do paciente, se é mais idoso a polpa terá
reposição de dentina secundária e terciária ao longo da vida e a luz do canal vai fechando, o conduto fica atrésico,
pequeno com isso uma fratura que acharia que está clinicamente perto da polpa está bem longe, fechando o
diagnostico com exame complementar radiográfico.
6. Condição de restaurar na mesma sessão  Às vezes precisa fazer uma terapia pulpar e não consegue restaurar
esteticamente no mesmo dia.
7. Conservadorismo  Tenta ao máximo aproveitar o dente, por exemplo numa fratura geralmente o paciente traz o
fragmento, mas tem avaliar para vê se esse fragmento está esmiuçado, ou seja, vários fragmentozinhos não dando
para montar o quebra-cabeça tendo que usar um pedaço maior do fragmento; quando ele vem inteiro é melhor, pois
realiza uma única colagem, mas os múltiplos fragmentos não consegue utilizar.
8. Estabelecer prognóstico

 Atrésico: é algo que está em seu estado físico, mais estreito do que o normal. Veremos somente a parte estética, no
qual tem dentes permanentes e dentes decíduos, então partiremos do principio que o dente só fraturou, não terá
alteração de posição, ou seja, não tem mobilidade, não entrou para dentro do alvéolo, não saiu, não foi para um
lado nem o outro, e sim está no seu devido lugar e houve somente a fratura.

FRATURAS DENTÁRIAS
 Procedimentos Técnicos
o Colagem única do fragmento  dente quebrou em uma parte só, então tem um fragmento inteiro, e testa no
remanescente dental e ele se encaixa perfeitamente, sendo a melhor prognóstica e melhor estética.
o Colagem do fragmento + resina composta  quando o fragmento não vem inteiro, tem um pedaço grande, mas
vem faltando alguma parte ou ele vem em 2 ou 3 pedaços e só consegue aproveitar um pedacinho,
complementando com a RC.
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Dentística III
170

o Restauração total com resina composta  E quando o paciente não traz o fragmento, então faz uma
restauração total com RC como se fosse uma Cl. IV e restaura com RC.

Na literatura mostra muito o meio de armazenamento desse fragmento de dente, então tem que descartar algumas
substâncias que no passado foi utilizada. Sendo elas:
1. ALCOOL, não se pode utilizar porque vai desmineralizar totalmente o fragmento tendo problemas de adesão.
2. LEITE, pois é muito gorduroso e essa gordura atrapalha na adesão, mesmo sendo desnatado não pode, pois ainda
assim ele tem gordura e impregna no dente dificultando a adesão.
O melhor para armazenar é o SORO FISIOLÓGICO, pois é uma substância inerte e o dente ficará hidratado, não
ressecando o túbulo, caso não tenha soro fisiológico em casa colocar na ÁGUA FILTRADA visto que é melhor que vir
seco o dente. Se vir seco até tenta utilizar, mas tem o problema de adesão devido está ressecado.

COLAGEM DO FRAGMENTO
 Origem do Fragmento  a partir dessa classificação se determina se fará a colagem ou não.
o Homógeno  fragmento vem inteiro
o Heterógeno  fragmento esmiuçado, em vários pedaços.

 Resinas Compostas
RESINA COMPOSTA INDICAÇÃO
Microparticulada Anterior / Estética
Híbrida / Microparticulada Universal / Estética / Função
Nanoparticulada Universal / Estética / Função

Então se tem inúmeras resinas no mercado, então primeiro tem que escolher uma resina que teme uma carga
adequada, já que se está trabalhando em dente anterior e teve uma fratura precisando ter uma estética muito. O
melhor no mercado é a nanoparticulada, que tem resistência mecânica adequada e uma estética muito boa ainda se
tem as nanoparticuladas com partículas cerâmicas que tem a resistência da cerâmica e a estética muito boa com uma
menor alteração de cor no decorrer dos anos e um maior brilho porque a cerâmica tem mais brilho que a RC. Optando
sempre por uma resina que tenha essas propriedades. As microhíbridas não apresentam uma estética adequada e as
microparticuladas não apresentam uma resistência mecânica adequada.

TÉCNICA OPERATÓRIA
Passos Operatórios:
1. Testar o fragmento  para ver se encaixa caso não encaixe é porque está faltando alguma parte, no entanto, às
vezes falta parte que consiga complementar com RC.
2. Anestesia
3. Profilaxia
4. Escolha da cor  antes do isolamento.
5. Bisel cavo-superficial????  pode ser opcional para fazer antes ou depois da colagem, se for uma restauração total
de RC, precisa ser feito antes do inicio da restauração.
6. Isolamento absoluto
7. Proteção do complexo dentino-pulpar????  dependerá das estruturas que foram comprometidas e da
profundidade das fraturas, se está próximo ou não da polpa.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
171

8. Colagem do fragmento ou restauração de RC


9. Acabamento e polimento  após 24 horas, caso fique um excesso no dia o ideal é que se remova com a lâmina de
bisturi, mas se não tiver como, usar a broca.

TÉCNICA OPERATÓRIA
Passos Operatórios:
 PROFILAXIA
o Eliminação de resíduos e placa bacteriana
o Pedra pomes e água  não se utiliza a pasta profilática porque ela é gordurosa.
o Escova ou taça de borracha

 ESCOLHA DA COR
o Sem isolamento absoluto
o Sob luz natural  utilizando a técnica comparativa, a qual tem menos chance de errar, não checar com o foco
de luz no paciente porque altera.
o Polimerizar pequena porção sobre o esmalte vestibular para confirmar a cor  primeiro escolhe o matiz e
depois a saturação.

CONFECÇÃO DO BISEL
 Colagem única do fragmento
 Colagem do fragmento + resina composta
 Restauração total com resina composta

Se necessário, fazer o bisel após a colagem!

 BISEL - Realização muito discutida na literatura  pois entra a parte do conservadorismo, e removeria tecido sadio,
no entanto é a melhor opção para estética.

 FATORES POSITIVOS
o Estética  Principalmente
o Cria um efeito degradê entre o esmalte e resina  porque tira uma pequena fatia do dente, então quando tem
a interface dente e restauração sem bisel consegue ver que a cor está diferente, pois é só colagem, já se tem o
bisel sobe um pouco de resina em cima do dente então dá o efeito degradê, não conseguindo observar a
diferença.
o Fraturas horizontais – mais indicado  existem as fraturas horizontais e diagonais, na horizontal aparece mais
a linha de fratura do que na diagonal.
o Fratura vertical ou oblíqua geralmente deixa a margem como se fosse biselada
o Bisel duplo após restaurações insatisfatórias  Em um fragmento colado, a estética fica muito boa, só que
mesmo assim, a colagem ao dente da pessoa não terá problema de cor visto que é o próprio dente, no entanto
a área onde faz a colagem a estética fica insatisfatória, pois fica aparecendo a linha de fratura podendo
mascarar com um bise duplo, ou seja, primeiro cola o fragmento e depois faz o bisel no fragmento e no dente
complementando com resina com intuito de esconder a interface dando um resultado muito bom, melhorando a
estética.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
172

 FATORES NEGATIVOS
o Aumenta o desgaste dental  remoção de tecido sadio
o Fragilidade nas áreas de contato  só se faz na vestibular por não ter ponto de contato e devido o bisel só
servir para estética.
o Aumento da extensão da cavidade

 EXECUÇÃO
o Ponta diamantada  F ou FF devido dá um acabamento melhor para o bisel, mas qualquer broca tronco-
cônica com a ponta comprida pode se utilizar.
o Alta rotação
o Ângulo de 30 a 45°
o Extensão de 0,5 a 1,0 mm  não exceder 1mm.

PASSOS OPERATÓRIOS
ACABAMENTO
1. Remoção dos excessos maiores
2. Remover interferências oclusais  Caso a restauração esteja alta ou quando o paciente faz a protrusiva joga a
mandíbula para frente e pega somente naquele dente na incisal, então isso precisa ser ajustado se não ele
descolará ou quebrará o fragmento.
3. Pontas diamantadas de granulação fina e extrafina  F e FF para acabamento
4. Brocas multilaminadas
5. Discos de lixas flexíveis
6. Pontas siliconadas
7. Tiras de lixa nas proximais  ter cuidado com o ponto de contato.

POLIMENTO
1. Pontas de óxido de silício
2. Após a hidratação - entre 7 e 21 dias  mas após 24horas já é possível, pois a resina tem a sua polimerização total
3. Discos de lixa Sof-lex ou Super Snap  granulação mais fina servem para o polimento
4. Pasta diamantada ou gel
5. Discos de feltro para brilho
6. Pontas siliconadas abrasivas

 Que tipo de material usará para colar o fragmento? Tem RC (mais difícil para colar); Resina Flow; Apenas
adesivo; Cimento resinoso.

 Caso leve o fragmento com o dedo, o que pode acontecer? Cair, com isso tem algumas técnicas para poder
levar o fragmento na boca, como a Guta rolada (utilizada para canal, agora para o procedimento do fragmento
aquecemos a guta vai ficando mole encaixa no fragmento e a medida que vai esfriando gruda na área, usando
como uma haste para levar o fragmento a boca). Microbrush com mel” (utilizado para prova de coroa total, prova
de onlay, inlay que são da parte de prótese e também usa para a parte de colagem de fragmento). Godiva (aquece
cola o fragmento e leva a boca).

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
173

 Após a colagem verificar: Se ficou algum degrau, positivo ou negativo; Se ficou alguma área faltando material,
precisando ser preenchida de preferência com RC e não com a RF nem com o adesivo, por conta da resistência
mecânica.

 Quando se tem um fragmento que apresenta várias pontinhas é preciso arredondar e depois completar com RC,
porque no pedaço de esmalte sem apoio fica friável e pode fraturar.

 Quando se tem um caso com exposição pulpar, deve-se realizar capeamento direto, lembrando que exposição
pequena é de até 2 horas, sem contaminação, no entanto se coloca algum material entre o dente e o fragmento,
não vai encaixar com isso pega o fragmento e faz um alivio nele, ou seja, pega o fragmento e desgasta um pouco,
faz uma conchinha para poder conseguir encaixar, casos assim, é obrigatório a RC porque fez o alivio e nada
garante que o adesivo vai segurar a área que ficou oca, já que não consegue fazer alívio proporcional a quantidade
de material que acrescentou, então coloca a RC para ter certeza que está tudo preenchido e a colagem.

 Qual a função de manter a polpa radicular? Fechar o ápice. Então todo e qualquer trauma deve ser
acompanhado radiograficamente por um longo período porque tem alguns tipos de reabsorção ou pode ocorrer uma
necrose mesmo com a situação favorável, mas as reabsorções são as piores, pode ser interna ou externa, sendo
que as externas não tem tratamento e as internas as vezes com o tratamento endodôntico estabiliza. Logo todo
trauma pode ter um prognostico desfavorável com ou sem deslocamento do dente, então sempre que algum
conhecido bater o dente e mesmo que não tenha acontecido nada, só deu um sangramento de leve na gengiva é
preciso fazer acompanhamento radiográfico por no mínimo 3 anos, normalmente no inicio do trauma faz um
acompanhamento mais de perto, se traumatizou hoje daqui a 3 meses faz uma nova radiografia, depois mais 3
meses e depois espaça para 6 meses e acompanha por no mínimo 3 anos que é um tempo adequado.

REPARO E MANUTENÇÃO DAS RESTAURAÇÕES

RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA: SUBSTITUIR OU REPARAR? Para se fazer uma troca de restaurações temos
que verificar se existe cáries secundárias, se a adaptação como vedamento está correto, ou se a anatomia está
adequada, avaliando assim se terá a troca ou o reparo da restauração. Substituir ou Reparar. É mais indicado se fazer
reparos em restaurações de amálgama do que em restaurações de resina. Isso porque na resina se forma a camada
híbrida e, mas na frente quando se prepara a cavidade se tira mais tecido hígido devido à união química que a resina
faz. Já como o amálgama faz união micromecânica e não química, ou seja, sem caixa. E a vantagem de usar o
amálgama como restaurador direto é que quanto mais tempo ele ficar na cavidade ele libera sulfeto que impregna a
interface selando-a e fatalmente a cárie que ocorrer lá será localizada. Já a resina se tiver que reparar é complicado
porque pode ter cárie infiltrada.

OPÇÕES DE TRATAMENTO
 Recontorno e repolimento
 Selamento de restaurações
 Reparo
 Substituição

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
174

RECONTORNO E REPOLIMENTO - Indicado quando a anatomia ou lisura da restauração encontra-se insatisfatória,


mas não apresenta falta de material.  Quando se tem uma restauração muito antiga de amálgama e ela se encontra
escurecida devido a deposição de sulfeto e vai oxidando e a anatomia não está boa, e não apresenta falta de material,
boa adaptação, sem cárie secundária e para restaurações que estejam pigmentas.

TÉCNICA:
 Profilaxia;
 Remoção de excessos com brocas multilaminadas (acabamento de amalgama, usadas para refinar a anatomia do
amalgama) e lixas interproximais;
 Reescultura  nova anatomia a restauração;
 Repolimento  feito com pastas, optando para aquelas que se tenham maior afinidade, ou melhor, evidencia clínica
(ex: óxido de zinco + agua/álcool)

 O recontorno e repolimento são indicados tanto para amálgama quando resina composta, e com a mesma
indicação.

SELAMENTO DE RESTAURAÇÕES - Indicado quando observado entre a estrutura dentária e o amalgama, sem
evidência de cárie secundária ou fratura do material restaurador.  É muito comum com o tempo, por conta do
desgaste, ocorrer um espaço entre a restauração de amálgama e o dente, e às vezes não tem cárie secundária nem
nada, e para não fazer essa remoção de uma restauração antiga, vamos selar aquele valamento, tendo que utilizar um
material que tenha um alto escoamento como resina flow e um selante ionomérico não possui essa fluidez. É
importante saber que essa interface foi criada porque o amálgama faz corrosão (expansão mercurioscópica e isso
normalmente acontece porque o profissional não fez isolamento absoluto, ou seja, o amálgama tem zinco que em
contato com a umidade faz expansão tardia), mas isso tem benefício que é a deposição de sulfeto).

TÉCNICA: (É como se fosse um selante, só que entre o dente e a restauração).


 Anestesia papilar;
 Isolamento absoluto;
 Profilaxia  com pedra pomes, devido a pasta profilática ser oleosa;
 Condicionamento ácido  por 30 segundos, sendo que estamos trabalhando somente em esmalte;
 Lavar, secar  com jato de ar;
 Aplicação de sistema adesivo (fotopolimerizar) – aplicar pouco  se colocarmos uma quantidade excessiva de
sistema adesivo, vamos acabar selando somente com sistema adesivo, e devido ele não ter carga ele irá se soltar
ou fraturar;
 Aplicação do material selador e polimerizar  resina flow - com a ponta da sonda, para não ter uma quantidade
exagerada de material;
 Remoção do isolamento absoluto;
 Checagem da oclusão.

 Dificilmente será feito em restaurações de RC.

REPARO EM AMÁLGAMA - Indicado quando se tem uma parte do amálgama fraturado, uma cárie secundária em
apenas uma região, principalmente em uma restauração extensa MOD e às vezes só na mesial se tem uma lesão

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
175

cariosa e distal e oclusal não tem nada, e então iremos fazer o reparo de amálgama na região e depois acrescentar,
lembrando que precisamos de um preparo retentivo pelo amalgama não ser adesivo como a resina.

TÉCNICA
 Anestesia;
 Isolamento Absoluto;
 Remoção da parte defeituosa da restauração antiga  ou do tecido cariado;
 Remoção do tecido cariado;
 Determinar forma de resistência e retenção;
 Limpeza da cavidade  clorexidina, hidróxido de cálcio, flúor...;
 Adaptar matrizes e cunhas;
 Seguir as condutas restauradoras convencionais;

 Devido o amálgama não ser adesivo, não tem adesão de amálgama com amálgama antigo e às vezes é necessário
fazer um sulco (canaleta) que bate com o amálgama antigo condensando bem aquela região.

TROCA DA RESTAURAÇÃO → DIAGNÓSTICO MINUCIOSO (para que não se troque uma restauração sem
necessidade, lembrando que cada troca se perde um pouco de tecido sadio, evitando o máximo as trocas de
circunstancias indesejáveis, mas temos que levar em conta, que se o amálgama tem uma anatomia deficiente e teve
uma fratura do amálgama e uma cárie secundária em alguma região a troca nesse caso será mais aconselhável do que
o reparo).

RESTAURAÇÕES DE RESINA: SUBSTITUIR OU REPARAR?

INDICAÇÕES
 Fraturas do material;
 Bolhas de ar  quando se realiza o acabamento e polimento e percebe um vazio, sinal de que naquela região não
foi colocada resina composta;
 Desadaptação do material  ex: classe V, na cervical o grampo atrapalhou um pouco e não foi visto na hora e ficou
faltando bem na parede cervical um pouco de resina e na próxima sessão acrescenta;
 Alteração de cor  mexendo apenas na parte estética da restauração;
 Manchamento superficial;
 Áreas desgastadas  como incisal de restaurações;
 Anatomia deficiente;
 Fraturas dentais  não se faz reparo, remove a resina toda e refaz a restauração.

DESADAPTAÇÃO DAS MARGENS


 Positiva  quando se tem um degrau e remove apenas ele;
 Negativa  quando se tem falta de material, tendo que realizar um acréscimo;
o CAUSAS FREQUENTES

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
176

 Calor durante o polimento  criando uma desadaptação da restauração; a resina é higroscópica, ou seja,
faz embebição criando bolhas e desadapta e é por isso que o acabamento e polimento são feitos na
segunda sessão ou depois de 24 á 48 horas;
 Secagem inadequada do esmalte após o condicionamento ácido  não tendo uma adesão adequada;
 Extensão da resina composta em áreas não condicionadas por ácido ou não impregnadas pelo sistema
adesivo  não tendo adesão, e causando uma fratura;
 Excesso de desgaste em polimento.

 Qualquer tipo de desadaptação leva ao manchamento, devido o acúmulo de placa e restos de alimentos.

QUANDO REMOVER? Então quando se deve remover toda restauração e fazer a troca?
 Idade da restauração – união da antiga com a nova  saber quanto tempo ela está na boca, porque com o tempo a
resina libera monômeros resinosos e com a liberação desses monômeros vamos ter uma dificuldade de adesão e
se a resina for muito velha trocaremos porque se colocar uma resina nova em cima da velha não terá uma adesão –
MAIS IMPORTANTE;
 Remoção total da cárie secundária;
 Remoção total quando apresentar biofilme  higiene inadequada;
 Remoção total quando se tem risco e atividade de cárie do paciente;
 Hábitos parafuncionais – adequação do paciente  bruxismo;
 Erro no protocolo adesivo  ex: entrada de saliva, ou condicionamento ácido passou ou teve um tempo menor.

CONTRA INDICAÇÕES DA SUBSTITUIÇÃO E DO REPARO - Hábitos parafuncionais – adequação do paciente sem


fazer reparo e nem mesmo substituição. Ex; Paciente bruxomono. Pacientes com ausência de dentes posteriores tem
sobrecarga nos anteriores também não deve nem substituir e nem restaurar.

TÉCNICA PARA REPARO EM RESINAS


ENVOLVENDO TECIDO DENTÁRIO
 Isolamento Absoluto;
 Exposição de esmalte e dentina  temos que observar se envolve só resina ou se pega também estrutura dentária
– sendo que quando tem exposição de esmalte dentina temos uma adesão melhor;
 Fratura adesiva  apenas de resina;
 Procedimento comum de tratamento;
 Condicionamento ácido;
 Sistema adesivo + Fotoativação;
 Incremento de resina CA + AS

ENVOLVENDO RESINA
 Isolamento absoluto;
 Preparo da superfície de resina – asperização  pegando uma broca de acabamento cilíndrica tirando as pontas e
deixando ela bem lisa;
 Condicionamento ácido em superfície de resina;
 Agente Silano – aumenta resistência à fratura;
 Sistema adesivo + Fotopolimerização;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
177

 Incremento de resina CA + Silano + SA

 O silano é a substância responsável pela adesão da resina antiga com a resina que iremos acrescentar que é a
resina nova, se não colocar o silano a restauração vai vir a fraturar, então no SA nosso, já tem uma porcentagem de
silano, mas mesmo assim temos que acrescentar um pouco mais por não ser o suficiente, e após o
condicionamento ácido, lava, seca e na área onde tem RC aplica o silano, sendo que o mesmo não é pra ser
aplicado em dentina ou esmalte apenas na dentina remanescente e ele não precisa secar e polimerizar, aplica o
adesivo e ai sim polimeriza e vem com o incremento da resina composta, então o silano é essencial para essa
adesão dos materiais. Silano → Agente de união entre as RC.

 Acima de 5 anos não se faz técnica de reparo por ser muito antiga

TÉCNICA DE CARIMBO OU RÉPLICA OCLUSAL

Copiar a oclusal ou vestibular do elemento dentário que apresenta morfologia intacta do esmalte e cárie em
dentina. Copia a anatomia oclusal do dente com resina acrílica, faz um molde e quando estiver no final da restauração
encaixa esse molde e polimeriza por cima, não precisando refazer a anatomia. Alguns elementos possuem cárie oculta,
que são lesões cariosas de grande extensão em dentina, mas que acometem pouco o esmalte ou pequenas cavidades,
e que muitas das vezes clinicamente são imperceptíveis, e é através da radiografia que se identifica essa lesão,
clinicamente só se percebe as vezes, uma coloração diferente (escurecimento na dentina), mas não se vê cavidade,
conseguindo assim fazer a réplica. A cárie oculta está cada vez mais frequente no consultório justamente porque de
uns tempo pra cá a suplementação do flúor foi exacerbada e antigamente não se tinha tantos produtos fluoretados no
mercado e é através desse uso contínuo de flúor que às vezes sem necessidade hipermineraliza o esmalte devido a
produção grande de flúor-hidroxiapatita deixando-o muito resistente, e as vezes as bactérias conseguem penetrar na
profundidade de sulco, onde a coalescência de esmalte é menor então o ácido produzido pelas bactérias conseguem
destruir aquela camada de esmalte, mas as partes onde a coalescência de esmalte é maior, que seria um pouco mais
pra oclusal não consegue, então o que na verdade acontece é que em sulcos e fissuras a bactéria se aloja e vai
infiltrando até chegar á dentina, tendo uma destruição da dentina acelerada. Só se usa essa técnica quando tem a
oclusal integra ou quase integra. Depois que se faz o preparo, abre-se o esmalte de forma que se consiga remover
toda a cárie de dentina e essa abertura tem que ser compatível com o tamanho da cárie em dentina, até para facilitar o
trabalho e acesso a dentina afetada. Essa técnica proporciona uma restauração mais próxima da realidade então antes
de abrir o dente se usa a resina acrílica incolor a fim de não passar pigmento para a resina composta e porque a luz do
fotopolimerizador deverá conseguir passar por cima desse carimbo criado para copiar esse dente.

INDICAÇÃO
 Lesões cariosas sem comprometimento da morfologia oclusal do elemento → Cárie Oculta.

TÉCNICA
 Profilaxia com pedra pomes
 Checar a oclusão para que no final esteja com os mesmos pontos batendo
 Vaselinar a superfície do dente  porque vai vir uma resina acrílica em cima da oclusal e se não tiver a vaselina irá
agarrar

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
178

 Manipulação da resina acrílica incolor  porque irá colocar o foto em cima dela e se tiver alguma coloração a luz
não irá passar, por isso o ideal é ser transparente
 Confecção da matriz de resina acrílica
 Marcação na matriz com caneta na vestibular  para saber a posição correta
 Lavar a matriz com detergente  devido à utilização de vaselina e na hora de se encaixar irá atrapalhar a
polimerização e adesão da resina
 Armazenar a matriz em água temperatura ambiente  para que essa resina não se expanda, e sim se mantenha
inerte na mesma proporção, a resina acrílica tem o poder de contração e expansão térmica muito grande, logo se
estiver fora do recipiente com água ela pode se contrair e depois ela não vai encaixar no dente
 Anestesia
 Isolamento absoluto
 Remoção de tecido cariado
 Protocolo adesivo (completo)
o Limpeza da cavidade que pode ser com clorexidina, água oxigenada, hidróxido de cálcio ou flúor.
o Condicionamento ácido com ácido fosfórico á 37%. 30 esmalte-15 na dentina
o Lava
o Seca com uma bolinha de algodão protegendo a dentina, e com o jato de ar pelo menos 20 cm do esmalte.
o Clorexidina 20 segundos
o Lava
o Seca com bolinha de algodão protegendo a dentina, e jato de ar no esmalte
o Sistema Adesivo e aguarde 20seg para penetrar nos túbulos e seca de longe a fim de espalhar esse adesivo e
eliminar o solvente, fotopolimeriza e repete o processo novamente.
 Início da técnica incremental da resina  até a confecção de toda dentina, a resina de dentina se faz pela técnica
incremental a mão livre sem o uso da matriz
 Colocação do incremento de esmalte e encaixe da matriz acrílica
 Polimerizar por cima da matriz
 Remover a matriz  verificar se está faltando ou se sobrou alguma coisa pela lateral da matriz
 Remoção do isolamento absoluto
 Checar oclusão  a fim de verificar os toques, e gravar onde ocorreram eles a fim de se reproduzir esses mesmos
toques novamente
 Oxiblock e polimeriza novamente

 Usado mais em crianças do que em adultos

 Cavidades muito profunda fazer a proteção (dycal + civ + rc)

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Dentística III
179
180

CONCEITO E HISTÓRICO
O QUE É ESTOMATOLOGIA? Stoma (do grego) = BOCA + Logos = ESTUDO, CIÊNCIA, CONHECIMENTO

CONCEITO: Ciência que estuda doenças próprias da boca e suas estruturas anexas, das manifestações bucais de
doenças sistêmicas, bem como diagnóstico e a prevenção de doenças sistêmicas que possam eventualmente interferir
no tratamento odontológico.

A diferença entre as especialidades Estomatologia e Patologia Bucal segundo o Conselho Federal de Odontologia

Consolidação das Normas para procedimentos nos Conselhos de Odontologia – Resolução: CFO-185/93
Art. 74. Estomatologia é a especialidade que tem como objetivo a prevenção, o diagnóstico, o prognóstico e o
tratamento das doenças próprias da boca e suas estruturas anexas, das manifestações bucais de doenças sistêmicas,
bem como o diagnóstico e a prevenção de doenças sistêmicas que possam eventualmente interferir no tratamento
odontológico.
Art.75. As áreas de competência para atuação do especialista em estomatologia incluem:
a) promoção e execução de procedimentos preventivos em nível individual e coletivo na área de saúde bucal;
b) obtenção de informações necessárias à manutenção da saúde do paciente, visando à prevenção, ao diagnóstico, ao
prognóstico ao tratamento de alterações estruturais e funcionais da cavidade bucal e das estruturas anexas; e,
c) realização ou solicitação de exames complementares, necessários ao esclarecimento do diagnóstico.

Consolidação das Normas para procedimentos nos Conselhos de Odontologia – Resolução: CFO-185/93
Art. 62. Patologia Bucal é a especialidade que tem como objetivo a prevenção, o estudo laboratorial das alterações da
cavidade bucal e estruturas anexas, visando ao diagnóstico final e ao prognóstico dessas alterações.
Parágrafo único. Para melhor exercício de sua atividade, o especIalista deverá se valer de dados clínicos e exames
complementares.
Art.63. As áreas de competência para atuação do especialista em Patologia Bucal incluem a execução de exames
laboratoriais microscópicos, bioquímicos e outros bem como a interpretação de seus resultados.

HISTÓRICO
A Estomatologia é uma especialidade da Odontologia aprovada, regulamentada registrada e reconhecida pelo
Conselho Federal de Odontologia em 1992.

Há 26 anos foi instituída nas faculdades de odontologia do Brasil. Essa disciplina, que adotou diferentes
denominações: Diagnóstico Bucal, Diagnóstico Oral, Medicina Bucal e Semiologia, embora o conteúdo programático
fosse o mesmo, hoje, paulatinamente está adotando a denominação de estomatologia que é a especialidade
reconhecida.

A Estomatologia foi criada para substituir a extinta Disciplina de Patologia e Terapêutica Aplicadas, que servia de elo
de ligação entre as disciplinas básicas e as de aplicação ou clínicas.
A evolução dos conhecimentos da patologia associada aos avanços da clínica fez da estomatologia uma disciplina que
se imbrica com todas os outras especialidades odontológicas e também com algumas áreas da medicina e que
entende que saúde não é apenas da boca.

São nossos associados, não somente estomatologistas, mas também cirurgiões buco-maxilo-faciais, radiologistas,
patologistas bucais, médicos dermatologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, otorrinolaringologistas, clínicos gerais e
biólogos.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
181

Em 1969 a Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO) e a W. K. Kellogg, patrocinaram um curso de


"Diagnóstico Bucal - Medicina Bucal", para professores universitários que iriam iniciar o ensino dessa Disciplina no
Brasil, no período de 01 a 20 de dezembro, sendo as aulas teóricas desenvolvidas na Faculdade de Odontologia -
USP-SP - e o local escolhido para as aulas práticas foi o Hospital A. C. Camargo, no então Serviço de Odontologia
chefiado pelo Dr. Décio dos Santos Pinto.

Foi esse fato que deu origem às disciplinas acima citadas e convergiu para a adoção da expressão Estomatologia.

Profª Trindade Joana da Silveira Igrejas Lopes – trindade.silveira@superonda.com.br


Prof. Alcemar Gasparini Netto – gasparininetto@uol.com.br

BIÓPSIA
É um exame complementar que engloba tanto a remoção do tecido de um individuo vivo quanto o exame
anatomopatológico visando o diagnóstico.

INDICAÇÃO:
 Lesão com etiologia desconhecida e com mais de 2 semanas de duração;
 Tumefação persistente;
 Lesões sem involução após remoção do agente causador;
 Lesões hiperceratóticas persistentes;
 Lesões com características de malignidade;
 Lesões com que alteram a função do sistema estomagnático.

TIPOS:
1. Citologia Esfoliativa
 Exame complementar baseado na obtenção de células constantemente esfoliadas do epitélio, como
consequência do processo de maturação natural do tecido;
 Vantagens:
o Simples;
o Não invasivo;
o Rápido;
o Baixo custo.
 Desvantagem:
o Falso negativo.
 Indicação:
o Diagnóstico complementar;
o Investigação para microrganismo (candidíase)
o Detecção de recidiva pós cirúrgicas em tumores malignos;
o Lesões suspeitas em pacientes com risco cirúrgicos;
o Pacientes cancerofóbicos.
 Tipos:
o Citologia convencional;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
182

o Citologia em meio líquido.


 Materiais:
o Espátula metálica ou escova endocervical  as espátulas de madeira causam desidratação e distorções
celulares.
 Técnica:
o Raspar a lesão firmemente  com a espátula/escova endocervical;
o Espalhar uniformemente o material sobre uma lamina de vidro;
o Fixar imediatamente: Álcool/éter 50% (licor de Hoffman), Spray de cabelo;
o Enviar ao laboratório de patologia para coloração e avaliação microscópica, juntamente com ficha
constando os dados do paciente.
 Citar o tipo de coloração ao qual você necessita:
 Rotina: HE (hematoxilina – eosina); PAS (ácido periódico de schiff) – fungos; PAPA
(papanicolaou) – citologia oncótica;
 Pesquisa: Leishman, Feugen, AgNOR, IHQ.
 Descrever as características da lesão assim como os sintomas.

2. Biópsia por Aspiração


 Remoção de uma pequena parte do tecido por aspiração através de uma agulha para posterior análise
anatomatológica.
 Desvantagem:
o Pouca quantidade de tecido para análise;
o Pouca relevância.
 Indicações:
o Lesões vasculares;
o Lesões profundas com difícil acesso (glândulas salivares);
o Massa com substâncias moles ou fluidas no interior (ex: cistos).
 Punção convencional: Retirada do fragmento de tecido com agulha mais grossa que a da PAAF, acoplada a
uma pistola especial;
 Punção Aspiração por agulha fina (PAAF): Remoção de uma amostra de células do tecido alterado para
analise citológica; Procedimento rápido; Utiliza agulha 20/21g acoplada a uma seringa para aspiração; O
material é dispensado em lâmina para análise.
 Material Aspirado:
o Líquido amarelado ou citrino – lesões císticas;
o Pus – lesões abcedadas;
o Sangue – lesões vasculares;
o Ar – cavidade óssea traumática;
o Branco – lesão celular.

3. Biópsia Incisional
 Consiste na retirada de uma parte ou amostra representativa da lesão e avaliação histopatológica deste
tecido.
 Indicação:
o Lesões extensas;
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Estomatologia
183

o Lesões com suspeita de malignidade.


 Remoção de uma área representiva;
 Remoção de uma parte de tecido sadio e uma parte da lesão;
 Remoção das bordas da lesão;
 Nunca realizar em áreas necróticas;
 Incisões em cunha (+profunda do que extensa)
 Técnica cirúrgica:
o Antissepsia;
o Anestesia;
o Imobilização dos tecidos moles;
o Aspiração;
o Incisão: bisturi frio, punch ou eletrocautério (bisturi elétrico);
o Fixação do material em formol;
o Hemostasia;
o Sutura ou inserção de cimento cirúrgico.
 Pós cirurgia:
o Prescrição medicamentosa;
o Pote: nome completo e data da biópsia;
o Preenchimento da ficha da biópsia.
 Lesões Ósseas – biópsia por curetagem: Mesma técnica cirúrgica, porém após a incisão é realizado o
descolamento do tecido e curetagem da lesão. Fixação da mesma forma.

4. Biópsia Excisional
 Remoção total da lesão para diagnóstico;
 Indicação:
o Lesões menores que 1cm com aspecto benigno;
o Qualquer lesão que possa ser removida completamente sem mutilar o paciente;
o Lesões pediculadas;
o Lesões pigmentadas pequenas;
o Lesões vasculares pequenas.
 Quantidade de formol 10x maior que o volume da peça e atentar a incisão e sutura.

INTRODUÇÃO AO CANCER DE CABEÇA E PESCOÇO


1. Neoplasia
 Novo crescimento;
 CA – neoplasia maligna multifatorial.

2. O CA
 2º maior causa de morte no Brasil  e no mundo;
 Impacto socioeconômico  sem acesso ao SUS, geralmente pessoas que tem baixa reda;
 Aumento do acesso;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
184

 Estadiamento X Prognóstico  estadiamento – classificação de qual nível está aquele CA;


 60% avançados.

3. Tumores de cabeça e pescoço


 Lábio*, cavidade oral*;
 Faringe: Orofaringe*, Nasofaringe, Hipofaringe;
 Laringe;
*  Regiões mais frequente
 Seios maxilares*; de serem acometidas pelo CA.
 Cavidade nasal* e seio etmoidal*;
 Glândulas salivares*;
 Glândula tireoide.

4. CA de boca
 Carcinomas de células escamosas – 94%.
 Lábios
o Pacientes brancos;
o Exposição ao sol;
o Lábio inferior;
o Queilite actínica  apagamento da divisão pele-lábio.
 Cavidade oral
o Homens, meia idade;
o Tabagistas;
o Etilistas;
o Língua e assoalho bucal  prognóstico para alta chance de metástase porque essa área é bastante
vascularizada.

5. Sinais e Sintomas
 Úlceras orais que não cicatrizam em 1 semana  a 15 dias;
 Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas no lábio ou na mucosa bucal (leucoplasia ou eritroplasia);
 Indolores em estágio incisais;
 Com sangramento ou não;
 Dificuldades para falar, mastigar, engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de
linfadenomegalia cervical em estágios avançados.

6. Diagnostico
 Biópsia incisional;
 Biópsia excisional;
 TC;
 Radiografia de ossos gnáticos e tórax;
 PET CT ou PET Scan.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
185

7. Sistema TNM – Clínico


 T – extensão do tumor primário  T0, T1, T2, T3, T4;
o TX – não pode ser avaliado;
o T0 – não há evidência de tumor 1º;
o Tis – carcinoma in situ;
o T1, T2, T3, T4 – tamanho crescente e/ou extensão local do tumor primário.
 N – ausência ou presença e a extensão de metástase em linfonodos regionais  N0, N1, N2, N3;
o NX – não pode ser avaliado;
o N0 – ausência de metástase em linfonodos regionais;
o Tis – carcinoma in situ;
o N1, N2, N3 – comprometimento dos linfonodos.
 M – ausência ou presença de metástase a distância  M0, M1.
o MX – não pode ser avaliado;
o M0 – ausência de metástase à distância;
o M1 – metástase à distância  baixo prognóstico.
 Tumor primário  multiplica  cai na corrente sanguínea ou linfática  se agrupa e penetra no órgão.

8. Linfonodos

Normal Inflamatório Hiperplásico Neoplásico

1 a 15mm Aumentado Aumentado Aumentado

Móvel Móvel Móvel Fixo

Indolor Dolorido Indolor Indolor

Liso Liso Liso Rugoso

Frio Quente Frio Frio

Amolecido Fibroso Fibroso Firme/Pétrea

9. Tratamento
 Dependerá da extensão e localização do tumor;
 Cirurgia
o Remoção do tumor com margem de segurança (1cm);
o Remoção de parte do tumor;
o Esvaziamento cervical
 Quando possível;
 Reconstrução
 Altera a qualidade de vida  resseca a língua, falta do palato, dificuldade de fonação, deglutição.
 Radioterapia
o Pode estar associada à quimioterapia ou complementar ao tratamento cirúrgico;
o Tem como objetivo de destruir as células neoplásicas;
o Desvantagem:
 Causa danos não só as células tumorais, mais todas com aumento de atividade mitótica (ex: epitélio
oral);

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
186

 Os efeitos colaterais dependem da dose total de radiação, área irradiada e do número de sessões;
 Radioterapia de cabeça e pescoço possui muitas complicações (orais e periorais), podendo ter
efeito secundário imediato e tardios.
 Algumas destas alterações como trismo, disfagia e hipossalivação podem aparecer em qualquer
fase, durante e/ou pós-radioterapia.
o Efeitos secundários da radiação
 Imediatos: mucosite, candidíase, ageusia/hipogeusia ou disgeusia;
 Tardios: hipossalivação, infecções oportunistas, cáries de radiação, trismo, osteorradionecrose,
anomalias dentárias (crianças);
 O trismo, disfagia e hipossalivação pode aparecem em qualquer fase (durante e/ou pós
radioterapia).
o Protocolo de atendimento a pacientes irradiados ou que receberão radioterapia na região de cabeça e
pescoço.
 Pré-radioterapia
 Eliminar toda infecção intraoral, realizando tratamento periodontal, restaurações, exodontias e
instruções de higiene oral adequada sempre que necessário;
 Realizar procedimentos invasivos idealmente até três semanas antes da radioterapia;
 Em caso de exodontias:
 Minimizar o trauma;
 Fechamento por primeira intenção;
 Alveoloplastia, evitando bordas ósseas cortantes;
 Prevenção da hipossalivação com betanecol.
 Durante a radioterapia
 Procedimentos invasivos são contra-indicados;
 Foco na manutenção da saúde intraoral.
 Pós-radioterapia
 Evitar procedimentos invasivos para prevenir a osteorradionecrose;
 Havendo necessidade de realização de procedimentos cirúrgicos:
 Realizar profilaxia antibiótica, seguida de antibioticoterapia por sete dias;
 Orientar paciente sobre risco de osteorradionecrose;
 Autorização da realização do procedimento pelo paciente, através de assinatura do
termo de consentimento;
 Evitar traumatizar a mucosa oral, eliminando próteses mal adaptadas, dentes com
bordas cortantes, etc...;
 Prevenção e controle de infecções;
 Controle da hipossalivação.
 Cuidados odontológicos ao paciente submetido à radioterapia  o manejo das condições bucais
associadas à radioterapia
 Mucosite
 Áreas eritematosas e ulceradas, doloridas.
 Prevenção e tratamento:
 Higiene e prevenção de infecções bucais;
 Laserterapia de baixa intensidade;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
187

 Bochechos com benzidamina, em pacientes com doses até 50 Gy na RTCP;


 Controle da dor com bochechos de morfina a 0,2% ou doxepina a 0,5%;
 Suplemento oral de zinco. Porém, não deve ser usado em tabagistas.
 Candidíase
 Placas brancas (destacáveis ou não) e/ou eritematosas em mucosa oral.
 Tratamento:
 Antifúngicos tópicos (nistatina ou miconazol), 3 a 4 vezes ao dia, durante 2
semanas;
 Quadros mais graves: antifúngicos sistêmicos, sendo o fluconazol 100 mg/dia o
principal tratamento recomendado.
 Disgeusia/Ageusia
 É a alteração ou perda do paladar.
 Geralmente, recuperada após seis meses da RTCP.
 Prevenção e Tratamento:
 Sulfato zinco 50 mg, três vezes ao dia, desde o início até um mês após RTCP. 4).
 Hipossalivação e xerostomia
 Redução do fluxo salivar (podendo ser irreversível) e sensação de boca seca,
respectivamente.
 A xerostomia pode ser menos intensa em pacientes submetidos à radio terapia de
intensidade modulada.
 Prevenção e Tratamento:
 Substitutos salivares (saliva artificial).
 Nos pacientes que apresentam algum parênquima salivar funcional:
a) Orientação para estimulação salivar gustatória e mastigatória.
b) Não existe forte evidência científica para uso de sialogogos no tratamento da
hipossalivação após a RTCP. Contudo, o betanecol pode ser usado de forma
preventiva, durante a RTCP.
 Trismo
 Redução da abertura de boca devido à fibrose muscular.
 Tratamento:
 Fisioterapia e dispositivos para ganho de amplitude da abertura de boca.
 Osteorradionecrose
 Caracterizada por exposição óssea que não cicatriza, em pacientes que sofreram
RTCP. O risco para a condição é maior com dose maior que 50 Gy.
 Prevenção e Tratamento:
 Higiene oral, próteses bem adaptadas e suspensão do etilismo e tabagismo.
 Irrigação com soluções antimicrobianas nas áreas expostas.
 Antibioticoterapia em infecções agudas.
 Terapia com oxigenação hiperbárica.
 Sequestrectomia e debridamento na região de osso necrótico.
 A combinação de vitamina E/pentoxifilina/clodronato mostrou-se eficaz na
cicatrização da área de exposição óssea, embora estudos controlados sejam
necessários para confirmação.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
188

 Quimioterapia
o Geralmente usada em combinação tanto para diminuição do tumor antes da cirurgia quanto para o
tratamento curativo pós cirurgia concomitante a radioterapia.
 Platinas-cisplatina;
 5-Fu (5 fluorouracila);
 Taxanos – doxitaxel – paclitaxel  efeitos colaterais.
 Lesões iniciais – cirurgia ou radioterapia (dependendo da localização);
 Lesões avançadas – cirurgia e/ou radioterapia associada ou não a quimioterapia.

DESORDENS POTENCIALMENTE CANCERIZÁVEIS


Lesões potencialmente maligna: tecido benigno, morfologicamente alterado, que apresenta risco maior do que o
normal de transformação maligna.

Condições potencialmente maligna: doenças sistêmicas ou hábitos do paciente que não necessariamente altera a
aparência clinica do tecido local, porem esta associada a um risco maior do que o normal de desenvolvimento de uma
lesão pré cancerosa ou de um CA nesse tecido.

CLASSIFICAÇÃO – OMS, 2007


1. Leucoplasia
 Placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clinicamente ou patologicamente como qualquer
outra doença;
 Termo estritamente clinico;
 Sem alteração tecidual histopatológico específico;
 Diagnostico de exclusão;
 Comum – representa 85%;
 Sexo masculino – 70%;
 Acima de 40 anos;
 Displasia e carcinoma in situ – 5 a 25%  leve, moderado ou acentuado;
 Potencial de transformação maligna – 4%;
 Etiologia desconhecida (tabaco – 80%, álcool junto ao tabaco, UV (lábio inferior), microrganismo, trauma);
 Características clínicas: Placas levemente elevadas acinzentadas ou branco acinzentadas, que podem
aparecer translucidas, fissuradas ou enrugadas, tipicamente macias e planas (vermelhão labial, mucosa jugal
e gengiva);
o Carcinoma – língua, vermelhão e assoalho bucal;
 Branda/Fina: homogênea assintomática;
 Espessa: 90% com displasia ou carcinoma in situ;
 Leucoplasia Verrugosa Proliferativa: Alto risco, dissemina lentamente, mulheres, não fumantes, dificilmente
regridem;
 Leucoeritroplasia – salpicada mosqueada – altíssimo risco.
 Diagnóstico:
o Biópsia incisional: áreas extensas, múltiplas biopsias ate que remova toda a lesão;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
189

o Biópsia excisional: áreas pequenas, sem malignidade, ainda-criocirurgia, ablação com laser mais
acompanhamento  porque pode aparecer em outro local;
o Citologia esfoliativa.

2. Eritroplasia
 Mancha vermelha que não pode ser clinicamente ou patologicamente diagnosticada como qualquer outra
condição;
 Eritroplasias verdadeiras – displasia epitelial significativa, carcinoma in situ ou carcinoma de células
escamosas;
 Etiologia desconhecida;
 Assoalho bucal e palato mole;
 Sexo masculino (55-74 anos);
 Características clinicas: placa ou mácula eritematosa, assintomática, bem demarcada, textura aveludada e
macia;
Lesão Vermelha Causa*

Houve Melhoria Não houve melhoria * remover ou tratar a causa.


(14 dias) (14 dias)

Biópsia Incisional
 Tratamento:
o Excisão completa da lesão;
o Criocirurgia;
o Eletrocirurgia;
o Laser;
o Múltiplas cirurgias em caso de lesões extensas.

3. Queilite Actnica
 Alteração pré maligna comum do vermelhão do lábio inferior que resulta de uma exposição progressiva
excessiva a radiação ultravioleta da luz solar;
 Características clínicas: Atrofia da borda do vermelhão do lábio;
 Evoluem de forma lenta;
 Pele clara;
 Exposição ao sol;
 Como ocorre a evolução?
o Apagamento da divisão entre vermelhão do lábio inferior e pele;
o Áreas ásperas cobertas de escamas secas no vermelhão do lábio;
o Essas áreas tornam-se espessas, mimetizando leucoplasias;
o Ulceração crônica focal  BIÓPSIA;
o Desenvolvimento de um carcinoma.
 Tratamento: Irreversível, acompanhamento, protetor solar. Carcinoma – vermelhectomia.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
190

4. Líquen Plano
 Doença inflamatória crônica da pele e das membranas mucosas;
 Etiologia desconhecida;
 Adultos de meia idade, mulheres;
 Lesões em pele – superfícies flexoras das extremidades – pápulas poligonais, purpuras e pruriginosas que
podem coalescer focalmente, formando placas.
o Líquen Plano Reticular
 Assintomática;
 Apresentam estrias brancas finas com aspecto rentilhado (estrias de Wickham), sobre uma
superfície eritematosa;
 Não necessita de tratamento.
o Líquen Plano Erosivo
 Muda seu aspecto de semana para semana (dinâmico);
 Áreas eritematosas atróficas, com graus variados de ulceração central, circundada por finas estrias
brancas irradiadas;
 A placa fibrosa ou falsa membrana que recobrem as lesões, quando perdidas dão origem as
erosões, causando ardência e dor;
 Tratamento: Com uso de corticosteroides tópicos durante 7 a 14 dias.
o Líquen Plano Papular
 Assintomática;
 Pequenas pápulas brancas pela mucosa bucal.
o Líquen Plano em Forma de Placa
 Assintomática;
 Placa branca, sólida de superfície lisa ou discretamente irregular, assimétrica, podendo ser
multifocal;
 Muito comum em pacientes tabagistas.
o Líquen Plano Atrófico
 Atrofia do epitélio;
 Lesão não ulcerada de aspecto difuso, vermelho com estrias brancas muito finas ao redor;
 Considera como estágio transitório entre as formas reticular e erosiva, possuindo um aspecto
idêntico à superfície eritematosa da forma reticular;
 Apresenta ardência.
o Líquen Plano Bolhoso
 Variação da forma erosiva (bolhas ou vesículas) – se rompem e deixam uma superfície ulcerada,
incomoda e doloria;
 Áreas estriadas ou reticulares podem ocorrer.
 Diagnóstico:
o Anamnese;
o Exame clínico;
o Exame histopatológico (biópsia).
 Tratamento:
o Cirúrgico (laser, crioterapia, cauterização ou ácido tricloraacético a 70%);
o Não cirúrgico (corticosteróides tópicos ou sistêmicos).
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Estomatologia
191

5. Fibrose submucosa oral


 Relaciona a inserção crônica do sachê de betel ou paan na cavidade oral;
 Comum na Índia, Sul da Ásia, Taiwan, Sul da China, e Papua Nova Guiné.
 Rigidez na mucosa de intensidade variada – hiperplasia fibroelástica e modificação do tecido conjuntivo
superficial;
 Adultos jovens;
 Trismo e dor ao ingerir alimentos condimentados;
 Mucosa jugal, área retromolar e palato;
 Vesiculas, petéquias, melanose, xerostomia, sensação generalizada de queimação oral (estomatopirose) –
mancha e palidez;
 Fibroses submucosas à palpação;
 Leucoplasias;
 Reação liquenóides – pacientes que mascam;
 Tratamento: Não involui após sessar o uso. Leve – corticoides intralesionais (trismo).

6. Lesões palatinas em fumantes invertidos


 Cigarro e os charutos feitos a mão são fumados mantendo a ponta acesa na boca (ao contrário);
 Ceratose acentuada no palato;
 Tratamento: acompanhamento e biópsia – suspeita de CA.

7. Lúpus eritematoso discoide


 Placas eritematosas descamativas em regiões de exposição solar e cabeça e pescoço;
 Cicatrizam (deixa cicatriz) e formam outros sítios;
 Lesões bucais – igual o líquen plano erosivo; concomitantes as lesões cutâneas;
 Áreas centrais eritematosa, ulcerada ou atrófica, circundada por estrias brancas finas e irradiadas;
 Diagnóstico: biópsia;
 Tratamento: corticoides tópicos.
__________________________________________
8. Pênfigo vulgar
 Lesão mucocutânea, vesiculobolhosa, auto-imune;
 Tipos: vulgar, vegetante, foliáceo e eritematoso  vulgar e vegetante se manifesta na boca;
 O pênfigo vegetante é considerado uma simples variante do pênfigo vulgar com a doença menos aguda, tendo
uma tentativa de cicatrização – grandes placas úmidas, verrucosas e vegetantes, salpicadas de pústula, sem
bolhas na região inguinais, nas axiais e superfície;
 Característica clínica:
o Dor;
o Hipersalivação;
o Disfagia;
o Halitose;
o Erosão e ulceração superficiais e irregulares distribuídas na mucosa bucal.
 Sinal de Nikolshy positivo  muito importante;
 Diagnostico:

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
192

o Anamnese;
o Biópsia;
o Exame clínico;
 Tratamento: corticosteroide (tópico/sistêmico).

9. Penfigóide
 Lesão vesiculo-bolhosa crônica;
 Envolve mucosa e pele;
 Tipos: bolhoso e cicatricial
o Penfigóide bolhoso: apresenta exantemas e grandes bolhas (pele normal ou eritematosa e edemaciada);
prurido; ulceradas rasas e extensas; borda plana distintas e deixam cicatrizes;
o Penfigóide cicatricial: vesículas (bolhas). As bolhas se separam subepitelial – paredes espessas, menos
frágeis e mais duradouras; dolorosas. Apresentam quando benigno o sinal de Nikolshy positivo.

10. Língua geográfica


 Associada com a perda parcial das papilas filiformes e da ceratina superficial. Apresenta 3 padrões clínicos:
o Áreas de descamação das papilas filiformes;
o Áreas de descamação das papilas filiformes com delineadas por linhas elevadas, brancas e circinadas;
o Áreas de descamação das papilas filiformes com ou sem linha branca e circinadas, circundada por
banda eritematosa de inflamação.
 Áreas de erosão avermelhada (perda de papila), com contorno parcial ou total, esbranquiçado ou amarelado,
bem definido circinado e levemente elevado.
__________________________________________

EXAMES COMPLEMENTARES
TIPOS: Hematológicos, imagem, biópsia, sialometria.

1. Sangue
 Hemograma completo;
o Hemácia (Baixa – anemia / Alta – policitemia);
o Leucócitos;
o Linfocitose (vírus);
o Monocitose (bactéria);
SOLICITAÇÃO DE EXAME
o Granulocitose (alergia).
Hemograma Completo + Uréia + Glicose + Creatinina +
 Uréia (função hepática);
Coagulograma + Sódio + Potássio + EAS
 Glicose;
o Normal – Abaixo de 100 mg/dl;
o Pré diabético – 100 – 125 mg/dl;
o Diabético – Acima de 126 mg/dl.
 Creatinina (função renal);
 Coagulograma + plaqueta.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
193

2. Exames sorológicos
 Reativo/Reagente – teve contato com o antígeno;
 Não reativo/Não reagente – não teve contato com o antígeno ou não foi o suficiente para desenvolver a
patologia. Para desenvolver a patologia precisa de 3 fatores:
o Concentração de inócuo;
o Grau de infectividade;
o Sistema imune do hospedeiro.

VDRL
SÍFILIS
FTA – ABS

Reação do corante sabin e Feldman


TOXOPLASMOSE
IgG e IgM (prova de anticorpo)

Teste de Paul-Bunnel
MONONUCLEOSE
IgG e IgM para EBV

PARACOCCIDIOIDOMICOSE Anticorpo para Blastomicose

Reação de Montenegro
LEISHMANIOSE
ELISA

Anti HBs
HEPATITE
Anti HBc IgG

Método Direto (pesquisa de antígeno)


AIDS
Método indireto (ELISA, imunofluorescencia indireta)

3. Sialometria
 Dosagem da saliva;
 Xerostomia – sensação de boca seca;
 Hipossalivação – pouca saliva;
 Técnica:
o Repouso  sem falar
 Desprezar a saliva presente na boca;
 Depositar a saliva lentamente em um copo por cinco minutos;
 Mede a saliva  Usa luftal antes – 5 gotas – bolha;
 Divide o valor por 5;
 Normal – Acima ou igual a 0,3 ml/min.;
 Hipossalivação – Abaixo de 0,3 ml/min.
o Estimulada  mastigando um pedaço de luva
 Desprezar a saliva presente;
 Deposita durante 5 minutos em um copo;
 Medir a saliva;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
194

 Divide por 5;
 Normal – 1,5 ate 3,0 ml/min.;
 Hipossalivação leve – 1,05 a 1,45 ml/min.;
 Hipossalivação moderada – 0,55 a 1 ml/min.  já começa apresentar sinais de xerostomia +
hipossalivação + ardência;
 Hipossalivação severa – 0,05 a 0,5 ml/min.;
 Sialorréia – acima de 3 ml/min.
 Saliva Turva: excesso de células epiteliais;
 Saliva Viscosa: excesso de mucina;
 Coloração: varia com a patologia.

PRESCRIÇÃO EM ODONTOLOGIA

PARACETAMOL  1º eleição;  Antibiótico;


 Analgésico e antipirético;  500 mg – 6/6 horas – 2 dias ou  500 mg – 8/8 horas – 7 dias.
 Alérgico a dipirona; dor;
AMOXICILINA + CLAVUNATO DE
 Gestante;  500 mg = 40 gotas.
POTÁSSIO
 500 mg – 6/6 horas – 2 dias ou PREDNISONA
 Infecções + graves;
em caso de dor;  Corticoide – anti-inflamatório;
 500 mg (amox.) + 125 mg
 750 mg – 8/8 horas – 2 dias ou  5 e 20 mg – 12/12 – 5 dias.
(clav.) – 8/8 horas – 7 dias.
em caso de dor.
TRIANCINOLONA
AZITROMICINA
IBUPROFENO  Corticoide
 Alérgico a penicilina;
 Anti-inflamatório;  Tópico
 500 mg – 8/8 horas – 7 dias.
 600 mg – 6/6 horas – 3 dias.  Anti-inflamatório,
 Antialérgico; CLINDAMICINA
DICLOFENACO
 Antipuriginosa;  Infecções odontogênicas
 Anti-inflamatório;
 Lesões inflamatórias orais e moderadas;
 50 mg – 8/8 horas – 3 dias.
ulceras por trauma;  Alergia a penicilina;
MELOXICAN  2 a 3 x – 7 dias (1mg/g);  300 mg – 8/8 horas – 7 dias.
 Anti-inflamatório (artrite
DEXAMETASONA E METRONIDAZOL
rematóide, DTM);
BETAMETASONA;  Infecções periodontais;
 7,5 mg a 15 mg – dose única.
 Líquen plano, pênfigo,  Associação com penicilina;
NIMESULIDA penfigóide;  400 mg – 30 comp. – 8/8 horas
 Anti-inflamatório (mialgias e  Celestone elixir: 1 colher de – 10 dias;
dores pós-operatórias); chá diluída em meio copo de  400 mg – 20 comp. – 12/12
 100 a 200 mg de 12/12 horas – água – bochechar 4x ao dia por horas – 10 dias.
3 dias. 14 dias.
DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA
DIPIRONA AMOXICILINA 0,2%
 Analgésico, Antipirético;  1º eleição;  Bochecho pré operatório;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
195

 Infeções pós operatórias e NISTATINA FLUCONAZOL


alveolites;  Antifúngico;  Antifúngico (sistêmico);
 6/6 horas – 15 dias.  Fazer bochechos com 10 ml (1  150 mg – dose única ou 1
colher de sopa), a cada 6/6 cápsula por semana – 4
ACICLOVIR horas, por 15 dias. semanas.
 Herpes;  Nistatina suspenção oral –
CETOCONAZOL
 Creme: 4/4 horas – 15 dias; 100.000 U
 Antifúngico (sistêmico);
 Sistêmico: 200 mg – 25 comp.
MICONAZOL  200 mg – 10 comp. – 12/12
– 4/4 horas – 5 dias.
 Antifúngico (tópico); horas – 5 dias.
 20 mg – 6/6 horas – 15 dias.

1. Nas lesões aftas recorrentes com alterações (no pódromo) “Tipo B”


Triancinolona (1mg/g) ----------- 1 bisnaga.
Aplicar sobre a lesão 2 (duas) vezes ao dia, por 7 (sete dias).

2. Lesões aftas recorrentes com alterações (caso severo) “tipo B”


Propionato de Clobetazol (0,5 mg/g) ----------- 1 bisnaga
Aplicar na lesão por 2 (dois) vezes ao dia, por 15 (quinze) dias.

3. Lesões aftas recorrentes com alterações “tipo C”


Propionato de Clobetazol (0,5 mg/g) ----------- 1 bisnaga
Aplicar na lesão por 2 (dois) vezes ao dia, por 15 (quinze) dias.

4. Lesões aftas recorrentes com alteração (casos severos) “tipo C”


Prednisona (20 mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (um) comprimido a cada 12/12 horas por 5 (cinco) dias.

5. Lesões aftas recorrentes com alteração (não correspondem aos corticóides) “tipo C”
Azatioprina (50mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1(um) comprimido a cada 8/8 horas por 7(sete) dias.

6. Lesões diagnosticadas como aftas recorrentes – lesão isoladas de aftas maiores (afta de Sutton)
Levamisol (150mg) ----------- 3 comprimidos
Tomar 1(um) comprimido ao dia por 3(três) dias.
OBS: Após o uso do duodecadron intralesional 2 ml.

7. Lesões diagnosticadas como aftas recorrentes - lesões únicas ou ate duas a três aftas menores
R
Omcilon AM creme ----------- 1 bisnagada
Aplicar na lesão a cada 8/8 horas por 15 (quinze) dias

8. Lesões diagnosticadas como aftas recorrentes - lesões múltiplas e disseminadas de aftas menores
Nistatina suspensão oral (1.100.000 UI) ----------- 1 frasco
Bochechar 10 ml por 1 minuto de 6/6 horas por 15 (quinze) dias e depois cuspir.
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Estomatologia
196

9. Lesões ulcerativas que apresentam trauma associado


R
Omcilon AM creme ----------- 1 bisnagada
Aplicar na lesão a cada 8/8 horas por 15 (quinze) dias
10. Lesões herpeticas
Aciclovir creme 5% ----------- 1 bisnaga
Aplicar na lesão de 6/6 horas por 15 dias.
Aciclovir 200 mg ----------- 25 comprimido
Tomar 1 (um) comprimido a cada 4/4 horas por 5(cinco) dias.

11. Pré operatório para processos dolorosos de origem odontológica


Dexametazona (4mg) ----------- 1 comprimido
Tomar 1 (um) comprimido, uma hora antes do procedimento.

12. Pós operatório em processos dolorosos de origem odontológica em procedimentos pouco invasivo e
pouco doloroso
Dipirona (500 mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1(um) comprimido a cada 6/6 horas por 2 (dois) dias ou em caso de dor.

13. Pós operatório para processos dolorosos de origem odontológica em procedimentos muito invasivo e
doloroso
Diclofenaco de potássio (50mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (um) comprimido a cada 8/8 horas por 3 (três) dias.

14. Uso pré operatório para prescrição de antibióticos profiláticos. Uma hora antes da intervenção. Dose única
Amoxicilina (500mg) ----------- 4 cápsula
Tomar 4 (quatro) comprimidos uma hora antes da intervenção cirúrgica.

15. Uso pós operatório para prescrição de antibiótico


Amoxicilina (500mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (uma) cápsula a cada 8/8 horas por 7 (sete) dias.

16. Analgésico e anti-inflamatório para pacientes que estejam amamentando


Paracetamol (500 mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1(um) comprimido a cada 6/6 horas por 2 (dois) dias ou em caso de dor.

17. Antibiótico para pacientes que estejam amamentando


Amoxicilina (500mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (uma) cápsula a cada 8/8 horas por 7 (sete) dias.

18. Antivirais para pacientes que estejam amamentando


Aciclovir 200 mg ----------- 25 comprimido
Tomar 1 (um) comprimido a cada 4/4 horas por 5 (cinco) dias.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
197

19. Antifungicas para pacientes que estejam amamentando


Fluconazol (150mg) ----------- 1 comprimido
Tomar 1(um) comprimido. Dose única.
Fluconazol (150mg) ----------- 4 comprimidos
Tomar 1(um) comprimido por semana durante 4 semanas

20. Medicamentos gastrointestinais para pacientes que estejam amamentando


Omeprazol (20mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (um) comprimido a cada 24 horas em jujum por 30 (trinta) dias
Pantoprazol (40mg)

21. Uso pré operatória para prescrição de ansiolítico em pacientes hipertensos em procedimentos complexos
e fobia ao tratamento
Diazepam (10mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1(um) comprimido na noite anterior da cirurgia e 1(um) comprimido uma hora antes da cirurgia.

22. Uso pós operatório para prescrição de antibiótico + eficientes em pacientes diabéticos
Amoxicilina (500mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (uma) cápsula a cada 8/8 horas por 7 (sete) dias.

23. Uso pós operatório para prescrição de antibiótico alérgicos as penicilinas em pacientes diabéticos
Clindamicina (300mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (uma) comprimido a cada 8/8 horas por 7 (sete) dias.

24. Prescrição e administração de analgésico na gravidez


Paracetamol (500 mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1(um) comprimido a cada 6/6 horas por 2 (dois) dias ou em caso de dor.

25. Prescrição e administração de anti-inflamatório na gravidez


Ibuprofeno (600mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (uma) drágea a cada 6/6 horas por 3(três) dias.

26. Prescrição e administração de antibiótico de eleição na gravidez


Amoxicilina (500mg) ----------- 1 caixa
Tomar 1 (uma) cápsula a cada 8/8 horas por 7 (sete) dias.

27. Prescrição e administração de antibiótico em caso de alergia na gravidez


Azitromicina (500mg) ----------- 3 comprimidos
Tomar 1 (uma) cápsula ao dia por 3 (três) dias.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
198

RISCO CIRURGICO
À cardiologista,
Encaminho o Sr. José da Silva, com história de hipertensão arterial, solicitando avaliação e parecer, pois o paciente
necessita submeter à cirurgia oral sob anestesia loco regional.

MANIFESTAÇÃO ORAL DE DSTs


DST: Doença Sexualmente Transmissível;
Transmissão: via sexual, oral, transfusão de sangue e transplacentária.
Proteção: preservativos, uso de luvas, não amamentação.

DOENÇAS COM MANISFESTAÇÃO ORAL: Sífilis, gonorreia, HPV, herpes vírus, EBV, HIV, hepatite.
1. Sífilis
 Infecção crônica causada pelo Treponema pallidum;
 Transmissão: via sexual, transplacentária, oral;
 Primária
o Cancro (ulcera central);
o Involução espontânea,
 Secundária
o Sintomas sistêmicos (febre, mal estar, linfadenopatia);
o Erupções cutâneas;
o Placas mucosas;
o Condiloma lata.
 Terciária
o Problema cardiovascular;
o Problema em SNV;
o Goma;
o Glossite luética.
 Congênita
o Triade de Hutchinson (dentes de hutchinson: molares de amora e incisivos de hutchinson – ceratite
ocular – surdez);
 Diagnóstico diferencial:
o CEC;
o Tuberculose.
 Tratamento: Encaminhar ao médico para avaliação sistêmica. Penicilina G benzatina.

2. Gonorréia
 Doença sexualmente transmissível causada pela Neisseria gonorrhoeae;
 Característica clinica
o Homens – infecta na uretra;
o Mulheres – infecta no colo uterino, com aumento de secreção vaginal, sangramento e ardência.
 Manifestação oral: GUN, áreas eritematosas, pústula, áreas de erosão, áreas de ulceração;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
199

 Tratamento: antibioticoterapia – ciprofloxacina, levofloxacino;


 Diagnostico: coloração gram do material purulento.

3. HPV (Papiloma Virus Humano)


 Papiloma Escamoso:
o Proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado;
o Aumento do volume papilar ou verruciforme;
o Língua (homens), lábio e palato (mulheres);
o Nódulo macio, indolor, exofilíco, geralmente pendiculado com numerosas projeções pontuadas ou
embotadas superficiais digififormes que lhe conferem uma aparência de “couve flor” ou verrugosa;
o Branca, levemente avermelhada ou com a coloração da mucosa normal;
o Diagnóstico: hibridização in situ, PCR;
o Tratamento: excisão cirúrgica.
 Verruga Vulgar:
o Hiperplasia focal, benigna e induzida por vírus do epitélio escamoso estratificado;
o Borda do vermelhão do lábio, mucosa labial e região anterior da língua;
o Papula ou nódulo indolor, exibindo projeções papilares ou uma superfície áspera;
o Pendunculada ou séssil (branca);
o Diagnostico: biopsia excisional e analise anatomopatológica;
o Tratamento: excisão cirúrgica (laser, crioterapia ou eletrocirurgia).
 Condiloma acuminado:
o Aumento de volume exofílitico, séssil, cor-de-rosa, bem delimitado e indolor, com projeções de superfície
curtas e embotadas;
o Diagnostico: biopsia excisional e analise histopatológica;
o Tratamento: excisão cirúrgica.
 Hiperplasia epitelial focal – doença de heck:
o Causada pelo tipo 13 e 32 do HPV;
o Múltiplas pápulas ou arredondadas, agrupadas, coloração da mucosa normal;
o Diagnostico: biopsia, histopatologia.

4. Herpes Virus
 Tipo 1 – infecciosa oral;
 Tipo 2 – infecciosa genitais;
 Tipo 3 (VZV) – vírus varicela zoster;
 Tipo 4 (EBV) – vírus epstein Barr;
o Causa:
 Mononucleose infecciosa
 Doença do beijo;
 Contato intimo com a saliva;
 Característica clinica: febre, linfadenopatia, faringite, hepatoesplenomegalia e rinite ou tosse;
 Características orais: Aumento do volume amigdaliano, petéquias no palato, GUN;
 Diagnóstico: IgG e IgM para EBV.
 Carcinoma nasofaríngeo;
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Estomatologia
200

 Linfoma de Burkitt;
 Leucoplasia pilosa ora (EBV/HIV)
 Placas brancas na mucosa que não se destacam;
 Bordas iguais;
 Estrias brancas verticais tênue e áreas leucoplasicas espessas e corrugadas com superfície
cerótica áspera.
 Tipo 5 (CMV) – citomegalovírus;
 Tipo 8 – sarcoma de kaposi

5. HIV (Virus da Imunodeficência Humana)


 Leucoplasia pilosa oral
 Candidíase
o Infecção fúngica, causada pela Candida albicans;
o Áreas brancas, com aparência de coalhada e lesões vermelhas ou brancas com margens vermelhas;
o Tipos:
 Pseudomembranosa
 Comum em crianças;
 Placas brancas, aderentes, difusas, coalhadas ou aveludas, distribuídas em qualquer pare da
boca;
 Removíveis com a raspagem;
 Sensibilidade branda;
 Queimação;
 Hálito fétido;
 Gosto desagradável;
 Quando raspadas deixa áreas eritematosas e hemorrágicas.
 Eritematosa
 Apresenta sob a forma de mancha ou áreas eritematosas;
 Sensação de queimação ou ardor difuso;
 Ocorre quando a mucosa afetada se torna atrófica e não há acumulo suficiente de
microrganismo fúngico para formação de uma típica placa esbranquiçada.
 Atrófica
 Aguda
 Redução de lactobacilos acidophilui e da proliferação da cândida, que ocorre após o
uso de antibióticos;
 Áreas de descamação da superfície, mucosa caracterizam por lesões vermelhas,
difusas e não elevadas.
 Crônica
 Usuários de prótese;
 Assintomáticas;
 Áreas de eritema variável, as vezes com petequias hemorrágicas, limitando a superfície
mucosa do palato próxima as bordas da prótese total.
 Crônica Hiperplásica
 Placas brancas;
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Estomatologia
201

 Assintomáticas;
 Não removidas com a raspagem;
 Borda elevada distinta e superfície branca rugosa, com área vermelha eventual.
o Diagnóstico: clínico e citologia;
o Tratamento: antifúngico.
 Sarcoma de kaposi
o Neoplasia multifocal que tem origem nas células endoteliais vasculares;
o Multiplas lesões na pele e mucosa;
o Inicialmente – maculas vermelho purpura ou marrom, que não desaparecem sob pressão. Com o tempo
as maculas se tornam placas ou nódulos, dor, sangramento e necrose;
o Diagnostico: biópsia;
o Tratamento: quimioterapia
o SOLICITAÇÃO DE EXAME COM HIV POSITIVO
 Hemograma completo + ureira + glicose + creatinina + coagulograma + sódio + potássio + EAS +
contagem diferencial CD4, CD8 – Relação CD4/CD8 + carga viral.
 Doença periodontal;
 Hiperpigmentação das mucosas;
 Herpes simples;
 Infecções por HPV.

__________________________________________
FÚNGICAS + GRANULOMATOSA ULCERA – PARACOCCIDIOIDOMICOSE
 Definição: Doença fúngica, causada pelo paracoccidioides brasiliensis, transmitida visualmente por via inalatória;
 CC: micropapulas avermelhadas, puntiformes, prurido, ardor, dor, halitose, sangramento, linfadenopatias. O fungo
junto a placa bacteriana desenvolve uma gengivite marginal crônica ou uma periodontite levando a mobilidade
dental, podendo levar a perda do elemento.
 DD: histoplasmose, tuberculose, sacadose, leishmaniose, siflis.
 Diagnóstico: biópsia, citologia esfoliativa.
 Tratamento: antibioticoterapia.

DERMATOLÓGICAS – LÍQUEN PLANO RETICULAR


 Definição: doença inflamatória crônica da pele e das membranas mucosas.
 CC: assintomáticas, estrias finas com aspecto rentilhado sob uma superfície eritematosa.
 DD: candidíase
 Diagnóstico: biópsia.
 Tratamento: não necessita de tratamento.

GRANULOMATOSA ULCERADA – CARCINOMA EPIDERMÓIDE


 Definição: neoplasia maligna que acometem a boca de origem epitelial.
 CC: lesão ulcerada, vegetante e infiltrante.
 DD: leucoplasia, queilite actníca.
 Diagnóstico: biópsia.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
202

 Tratamento: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

EROSÃO – LÍNGUA GEOGRÁFICA


 Definição: condição benigna associada a perda das papilas filiformes e da ceratina superficial.
 CC: áreas de erosão avermelhada (perda de papilas), com contorno parcial ou total, esbranquiçada ou amarelada,
bem definidas circinado e levemente elevado.
 DD: língua fissurada.
 Diagnóstico: aparência clinica.
 Tratamento: sem tratamento, apenas acompanhamento.

LESÃO POR INJÚRIA – ÚLCERA TRAUMÁTICA


 Definição: condição induzida por trauma na mucosa jugal resultante de um agente agressor de varias naturezas.
 CC: aguda (base amarelada com halo eritematoso inflamatório); crônica (língua e margens elevadas).
 DD: tuberculose, micose profunda.
 Diagnóstico: biópsia.
 Tratamento: observação, remoção da causa e corticoides. (triancinolona 1mg/g – 1 tubete – aplicar na lesão a
cada 12/12 horas por 15 dias.

VESICULOBOLHOSA – HERPES SIMPLES


 Definição: doença infectocontagiosa aguda, causada por vírus.
 CC: lesão vesiculobolhosa, pequena e dolorida.
 DD: eritema multiforme, GUN.
 Diagnóstico: biopsia, clinico.
 Tratamento: corticoides (aciclovir creme 5% - 1 caixa – aplicar na lesão a cada 4/4 horas por 15 dias; aciclovir
200mg – 1 caixa – tomar um comprimido a cada 4/4 horas por 5 dias).
__________________________________________

CAUSAS DE LESÕES CELULAR


HIPÓXIA: perda do suprimento sanguíneo (isquemia), oxigenação inadequada(insuficiência cardiorespiratória), perda
da capacidade de transporte de oxigênio do sangue(anemia ou envenenamento por monóxido de carbono).

SUBSTANCIAS QUÍMÍCAS E DROGAS: até uma substância inócua como a glicose, se suficientemente concentrada,
pode perturbar o ambiente osmótico da célula a ponto de causar lesão e morte celular; venenos, aspirina, peróxido de
hidrogênio, fenol, formocresol, hipoclorito de sódio, nitrato de prata, etc.

AGENTES FÍSICOS: traumatismo, extremos de calor ou frio, alterações súbitas na pressão atmosférica, energia
radiante e energia elétrica.

AGENTES MICROBIOLÓGICOS: variam de vírus submicroscópicos a grandes tênias; riquétsias, bactérias, fungos e
formas superiores de parasitas.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
203

REAÇÕES IMUNOLÓGICAS: reação anafilática a uma proteína estranha

DEFEITOS GENÉTICOS: defeitos grosseiros, como as malformações congênitas associadas à Síndrome de Down, ou
sutis como a produção da hemoglobina S na anemia falciforme.

DESEQUILÍBRIOS NUTRICIONAIS: deficiência ou excesso são causas importantes de morbidade e mortalidade.

ENVELHECIMENTO.

INJÚRIAS AGUDAS DA MUCOSA ORAL PODEM RESULTAR DE DANO


 Mecânico: contato com alimentos cortantes, mordidas acidentais na mastigação, conversando ou dormindo,
queimaduras por rolo de algodão.
 Químico: aspirina, peróxido de hidrogênio, fenol, formocresol, hipoclorito de sódio, nitrato de prata.
 Térmico: objetos, alimentos ou bebidas frios ou quentes.
 Elétrico: mastigação de fio elétrico exposto.

LESÕES RELACIONADAS A INJÚRIAS (PRÓTESE MAL ADAPTADA, TUMORES DOS TECIDO MOLES)
1. EPÚLIDE FISSURADA (Hiperplasia Fibrosa Inflamatória, Tumor por Lesão de Dentadura, Epúlide por
Dentadura).
Etiologia: Hiperplasia semelhante a um tumor do tecido fibroso, que se desenvolve em associação com as bordas
de uma prótese total ou parcial mal adaptada. Embora o termo simples “epúlide” seja usado como sinônimo de
epúlide fissurada, atualmente epúlide é um termo genérico, que pode ser aplicado para qualquer tumor da gengiva
ou mucosa alveolar.
Características Clínicas: apresenta-se como única ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo
alveolar. Freqüentemente há 2 pregas de tecido e a borda da prótese associada adapta-se perfeitamente dentro
da fissura entre as pregas. O tecido é firme e fibroso, embora apareçam algumas lesões eritematosas e ulceradas
semelhante à granuloma piogênico. Ocasionalmente exemplo de epúlide fissurada apresenta na superfície, áreas
de hiperplasia papilar inflamatória.
Tamanho: menos de 1cm de tamanho a lesões maciças envolvendo a maior parte do comprimento do vestíbulo.
Local: maxila ou mandíbula. Usualmente na face vestibular do rebordo alveolar mandibular. Mais freqüente na
região anterior maxilar que na posterior.
Idade: em adultos e na meia idade, podendo esperar uma prótese relacionada à lesão.
Sexo: feminino (idosas usam mais dentaduras que homens; vivem mais; procuram tratamento odontológico com
mais freqüência o que permite diagnóstico; razões estéticas: usam mais. frequentemente e por mais tempo;
mudanças hormonais: mucosa + susceptível a reação hiperplásica.
Diagnóstico Diferencial: granuloma piogênico, se houver áreas eritematosas e ulceradas, com aparência similar
ao mesmo.
Tratamento e Prognóstico: Ressecção cirúrgica com exame microscópico do tecido excisionado. A dentadura
mal-adaptada deve ser refeita ou corrigida, para prevenir a recorrência da lesão.

2. PÓLIPO FIBROEPITELIAL (Fibroma por dentadura semelhante a folha)


Etiologia: É uma hiperplasia fibrosa menos frequente. Ocorre no palato duro abaixo de uma dentadura superior.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
204

Características clínicas: massa achatada de coloração rósea inserida no palato por um estreito pedículo.
Usualmente, a massa achatada está ìntimamente adaptada ao palato e assenta-se em uma discreta depressão.
Entretanto é fàcilmente levantada com uma sonda, o que demonstra a sua natureza pedunculada. A borda da
lesão freqüentemente é denteada, lembrando uma folha. Pode estar associada à hiperplasia papilar inflamatória.
Tratamento e Prognóstico: Ressecção cirúrgica com exame microscópico do tecido excisionado. A dentadura
mal-adaptada deve ser refeita ou corrigida, para prevenir a recorrência da lesão.

3. HIPERPLASIA PAPILAR INFLAMATÓRIA (Papilomatose por dentadura)


Etiologia: É um crescimento tecidual residual reacional, que nem sempre se desenvolve por baixo da dentadura. -
Alguns autores a classificam como estomatite por dentadura. É desconhecida a sua patogênese exata, porém
parece estar relacionada a: má adaptação da dentadura, má higienização da dentadura, uso diário da dentadura
durante 24 horas, sendo que 20% são estes pacientes que usam as suas dentaduras por 24h têm H.P.I.
Características Clínicas: Ocorre no palato duro, abaixo da base da dentadura. As lesões iniciais podem envolver
somente a abóbada palatina, embora os casos avançados cubram a maior parte do palato. Menos freqüente no
rebordo alveolar mandibular edêntulo ou na superfície de uma epúlide fissurada. Em raras ocasiões ocorre no
palato de um paciente sem dentadura, especialmente em pessoas que respiram habitualmente pela boca ou têm
uma abóbada palatina alta. A hiperplasia papilar palatina associada a Cândida também é relatada nos pacientes
dentados com infecção pelo HIV. Em geral é assintomática. A mucosa está eritematosa e apresenta superfície
papilar ou pedregosa. Muitos casos estão associados com a “queimação” na boca por dentadura.
Tratamento e Prognóstico: nas lesões iniciais: remoção da dentadura. Pode melhorar com o uso tópico ou
sistêmico de antifúngicos. Para as lesões mais avançadas e colagenizadas, excisão do tecido hiperplásico antes
de confeccionar nova prótese (excisão com bisturi da espessura parcial ou total da lesão, curetagem,
eletrocirurgia, criocirurgia). Após a cirurgia, a dentadura em uso deve ser revestida com material temporário que
atue como curativo palatino e promova maior conforto para o paciente. Após a cicatrização, o paciente deve ser
estimulado a remover a nova dentadura durante a noite e conservá-la limpa.

4. FIBROMA (Fibroma de Irritação, Fibroma Traumático, Hiperplasia fibrosa focal; nódulo Fibroso)
É o tumor mais comum da cavidade bucal. É duvidoso que ele represente um neoplasma verdadeiro na maioria
das situações. Talvez seja uma hiperplasia reacional do tecido conjuntivo fibroso em resposta a irritação local ou a
um trauma.
Características Clínicas: pode ocorrer em qualquer lugar na boca, porém a localização mais comum é na
mucosa jugal, ao longo da linha de oclusão (conseqüência do trauma de morder a bochecha). A mucosa labial, a
língua, e a gengiva também são sítios comuns.
 Apresenta-se como nódulo rosa, de superfície plana, coloração semelhante à mucosa circunjacente.
 Em alguns casos pode mostrar-se branca devido a hiperceratose pela irritação contínua.
 A maioria é séssil, embora alguns sejam pedunculados.
 A maioria dos fibromas tem 1,5cm ou menos de diâmetro, podendo variar de lesões com poucos milímetros a
grandes massas, de vários centímetros. Usualmente são assintomáticos, a menos que ocorra a ulceração
traumática secundária da superfície.
 São mais comuns na quarta e sexta décadas da vida, e a proporção de homens para mulheres é de quase
1:2, nos casos submetidos a biópsia.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
205

Tratamento e Prognóstico: excisão cirúrgica conservadora; as recidivas são raras. Outros tumores benignos ou
malignos podem ter uma aparência clínica que lembre um fibroma, portanto, deve-se encaminhar o tecido
excisionado para exame microscópico.

5. FIBROMA DE CÉLULAS GIGANTES


É um tumor fibroso, representa 5% de todas as proliferações fibrosas de boca submetidas a biopsia.
Características Clínicas: apresenta-se como um nódulo séssil ou pedunculado assintomático, com menos de
1cm de tamanho, superfície papilar, podendo ser confundido clinicamente com um papiloma. Comparando-o com
o fibroma de irritação comum, a lesão ocorre usualmente em pacientes jovens. Há leve predileção pelo sexo
feminino. 50% ocorrem na gengiva, sendo a gengiva mandibular é afetada duas vezes mais do que a gengiva
maxilar. A língua e o palato também são sítios comuns.
A papila retrocanina é uma lesão do desenvolvimento semelhante microscòpicamente ao fibroma de células
gigantes que ocorre lingualmente na gengiva do canino inferior, bilateralmente e aparece como uma pequena
pápula de coloração rósea com menos de 5mm de diâmetro. A prevalência em adultos e idosos sugere que ela
represente uma variação anatômica normal que desaparece com a idade.
Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica conservadora, as recidivas são raras.

6. FIBROMATOSE GENGIVAL (Fibromatose da gengiva, elefantíase gengival)


Definição/etiologia: É um aumento gengival progressivo e lento, causado por um crescimento excessivo de
colágenos do tecido conjuntivo fibroso gengival. Apesar do nome, essa desordem não tem nenhuma relação com
as fibromatoses hipercelular e neoplásica, que podem ocorrer no tecido mole e osso.
Características Clínicas: Pode ser familial ou idiopática. As variações familiares podem ocorrer como um
achado isolado ou em associação com uma das várias síndromes hereditárias(Zimmermann-Laband, Murray-
Puretic-Drescher, Rutherfurd, hamartoma múltiplo e as síndromes de Cross. Outros achados, algumas vezes
vistos em relação à fibromatose gengival, incluem hipertricose, epilepsia, retardo mental, surdez sensorioneural,
hipotireodismo, condrodistrofia e deficiência do hormônio do crescimento. Os tipos familiais isolados exibem
tanto o padrão hereditário autossômico dominante quanto o autossômico recessivo.
Na maioria dos exemplos, o aumento começa antes dos 20 anos de idade, está correlacionado muitas vezes com
a erupção dos dentes decíduos ou permanentes. A maioria dos pesquisadores acredita que a presença dos
dentes, provavelmente, seja necessária para a condição ocorrer. Após ter começado o processo, pode encobrir os
dentes relacionados e até mesmo interferir com o fechamento do lábio. Falha ou atraso na erupção dos dentes
subseqüentes pode ocorrer. Um dente pode ter erupcionado numa posição normal, porém o tecido conjuntivo
fibroso continua a encobrir a coroa e impedir a visualização. As mudanças gengivais podem ser generalizadas ou
localizadas num ou mais quadrantes. Ambos os maxilares podem estar envolvidos, porém a maxila é mais
freqüentemente afetada e demonstra um maior aumento. As superfícies palatinas, mostram-se aumentadas em
espessura, mais do que no lado vestibular. A extensão para além da junção da mucosa alveolar até o fundo do
vestíbulo não é vista, porém extensões palatinas podem causar distorções significativas do contorno do palato e,
às vezes, quase encontrar-se na linha média.
No casos localizados, a hiperplasia pode envolver um grupo de dentes e permanecer ou, mais tarde, estender-se
a outros segmentos de um ou ambos os maxilares. Na crista alveolar maxilar posterior, o tecido hiperplásico forma
aumentos simétricos bilateralmente, que se estendem posterior e palatinamente às cristas alveolares posteriores.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
206

A gengiva é firme, normal na coloração e coberta por uma superfície lisa ou delicadamente pontilhada. Em
pacientes mais velhos, a superfície pode desenvolver numerosas projeções papilares. As inserções dos freios
parecem dividir os tecidos gengivais da crista alveolar em lóbulos.
Tratamento e Prognóstico: O tratamento conservador consiste em gengivectomia em conjunto com um rigoroso
programa de higiene bucal. O acompanhamento é recomendado, porque há uma tendência à recorrência em
poucos anos. Em casos graves, a extração seletiva de dentes, combinada com a gengivectomia, muitas vezes é
necessária, para atingir uma morfologia normal.

7. GRANULOMA PIOGÊNICO
É um crescimento comum da cavidade bucal semelhante a um tumor, considerado de natureza não-neoplásica.
Originalmente pensava-se que a lesão fosse causada por microrganismos piogênicos, porém agora se acredita
que não esteja relacionada a infecção, e sim que representa uma resposta tecidual exuberante a uma irritação
local ou trauma. Apesar desta denominação, a lesão não é um granuloma verdadeiro.
Características Clínicas: apresenta-se como uma massa plana ou lobulada, usualmente pedunculada, embora
algumas lesões sejam sésseis. Caracterìsticamente, a superfície é ulcerada e varia de rosa a vermelho ou roxo,
dependendo do tempo da lesão. Os granulomas piogênicos iniciais são altamente vascularizados; as lesões mais
antigas tendem a se tornar mais colagenizadas e de coloração rósea. Variam em tamanho, de pequenos
crescimentos (alguns mm) a lesões maiores (vários cm de diâmetro). A massa é indolor, embora sangre facilmente
devido à sua extrema vascularização.
 Podem apresentar crescimentos rápidos, o que pode alarmar tanto o paciente quanto o clínico, que poderão
temer que a lesão seja maligna.
 Mostram uma predileção pela gengiva (75% dos casos). A irritação e inflamação gengival que resultam da má
higiene oral podem ser um fator precipitante em muitos pacientes. Os lábios, língua e mucosa jugal são as
outras localizações mais comuns.
 Em granulomas piogênicos extragengivais, não é incomum a história de trauma antes do seu
desenvolvimento. Mais comuns na gengiva superior do que na gengiva inferior, sendo as áreas anteriores
mais afetadas que as posteriores. São mais comuns na face vestibular da gengiva do que na face lingual;
algumas se estendem entre os dentes, envolvendo tanto a gengiva vestibular quanto a lingual. Pode
desenvolver em qualquer idade, sendo mais comum em crianças e adultos jovens, e predileção pelo sexo
feminino (efeitos vasculares provocados pelos hormônios femininos)

8. TUMOR GRAVÍDICO OU GRANULOMA GRAVÍDICO


Frequentemente o granuloma piogênico da gengiva se desenvolve em mulheres grávidas, quando os termos
tumor gravídico ou granuloma gravídico costumam ser usados. Tais lesões começam a se desenvolver durante o
1º trimestre, e a sua incidência aumenta a partir do sétimo mês de gravidez. A elevação gradual no
desenvolvimento destas lesões durante a gravidez pode estar relacionada ao aumento nos níveis de estrogênio e
progesterona, com a progressão da gravidez. Após a gravidez e normalização dos níveis hormonais, alguns
destes granulomas piogênicos se resolvem sem tratamento ou sofrem maturação fibrosa e lembram um fibroma.

9. EPÚLIDE GRANULOMATOSA
É um termo usado para descrever crescimentos hiperplásicos de tecido de granulação que algumas vezes se
desenvolvem na cicatrização dos alvéolos após a extração. Assemelham-se aos granulomas piogênicos e
tipicamente representam uma reação do tecido de granulação aos sequestros ósseos no alvéolo dentário.
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Estomatologia
207

Tratamento e Prognóstico: excisão cirúrgica conservadora da lesão, usualmente curativa, e submeter o


espécime a exame microscópio para afastar o diagnóstico de lesões mais graves.
 Para as lesões gengivais, a excisão deve se estender abaixo do periósteo e os dentes adjacentes devem ser
raspados eficazmente, a fim de remover qualquer fonte de irritação contínua. Ocasionalmente, as lesões
recidivam e são necessárias reexcisões. Em raras situações, são observadas múltiplas recidivas.
 Para as lesões que se desenvolvem durante a gravidez, em geral o tratamento deve ser postergado, a menos
que haja problemas estéticos e funcionais significativos. O índice de reincidência é maior para os granulomas
piogênicos removidos durante a gravidez, e algumas lesões podem se resolver espontaneamente após o
parto.

10. MUCINOSE BUCAL FOCAL


É uma massa semelhante a um tumor incomum, que se acredita ser a contraparte bucal da mucinose cutânea
focal ou um cisto mixóide cutâneo. A causa é desconhecida, embora a lesão possa resultar da sobreprodução de
ácido hialurônico pelos fibroblastos.
Características clínicas: é mais comum em adultos e mostra predileção pelo sexo feminino numa proporção de
2:1. A localização mais comum é na gengiva, onde se encontram 2/3a 3/4 de todos os casos. O palato duro é a
segunda localização mais comum e raramente aparece em outros locais da boca. As lesões se apresentam como
massa nodular séssil, indolor, da mesma cor que a mucosa adjacente. A superfície é plana e não-ulcerada,
ocasionalmente podem exibir aparência lobulada. O tamanho varia de alguns milímetros a mais de 2 cm de
diâmetro. Frequentemente o paciente tem conhecimento da massa muitos meses ou anos antes e o diagnóstico
ser feito.
Tratamento e Prognóstico: é tratada por excisão cirúrgica e não tende a recidivar.

11. GRANULOMA PERIFÉRICO DE CÉLULAS GIGANTES; EPÚLIDE DE CÉLULAS GIGANTES


É um crescimento semelhante a um tumor, relativamente comum na cavidade bucal. Provàvelmente não
representa um neoplasma verdadeiro, mas sim uma lesão reacional, provocada por agentes irritantes locais ou
trauma. No passado era chamado de granuloma reparador de células gigantes periférico, mas é duvidosa
qualquer natureza reparadora. Ele possui uma aparência microscópica que lembra o granuloma central de células
gigantes.
Características Clínicas: ocorre exclusivamente na gengiva ou rebordo alveolar edêntulo, apresentando-se como
massa nodular vermelha ou vermelho-azulada. A maioria das lesões tem menos de 2cm de diâmetro, podendo ser
maiores. A lesão pode ser séssil ou pedunculada, podendo estar ulcerada ou não.
 A aparência clínica é semelhante à do granuloma piogênico da gengiva que é mais comum, embora o
granuloma periférico de células gigantes seja muitas vezes mais azul purpúreo quando comparado com o
granuloma piogênico típico, que é vermelho - vivo.
 Pode se desenvolver em qualquer idade, mas nas 5ª e 6ª décadas da vida há um pico de prevalência, e 60%
dos casos ocorrem no sexo feminino, podendo se desenvolver nas regiões anterior e posterior da gengiva ou
da mucosa alveolar, e a mandíbula é ligeiramente mais afetada do que a maxila. O G.P.C.G. embora se
desenvolva nos tecidos moles, algumas vezes pode ser observada uma reabsorção em forma de taça do
osso alveolar subjacente. Pode ser difícil determinar se a massa começou como uma lesão periférica ou
como um granuloma central de células gigantes que rompeu a tábua cortical, invadindo os tecidos moles
gengivais.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
208

 Tratamento e Prognóstico: excisão cirúrgica abaixo do osso subjacente. Os dentes cuidadosamente


raspados, para remover qualquer foco de irritação e minimizar o risco de recidiva. 10% das lesões recidivam
e devem ser reexcisionadas. Raramente tem sido observadas lesões indistinguíveis do G.P.C.G. em
pacientes com hiperparatireoidismo, elas aparentemente representam o chamado tumor marrom
osteoclástico, associado com este distúrbio endócrino. Entretanto, os tumores marrons do
hiperparatireoidismo são muito mais comuns em localização intra-óssea, lembrando um granuloma central de
células gigantes.

12. FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO (EPÚLIDE FIBRÓIDE OSSIFICANTE; FIBROMA PERIFÉRICO COM
CALCIFICAÇÃO; GRANULOMA FIBROBLÁSTICO CALCIFICANTE).
É um crescimento gengival relativamente comum, considerado de natureza mais reacional do que neoplásica, de
patogênese incerta Devido às suas semelhanças clínicas e histopatológicas, alguns fibromas ossificantes
periféricos são considerados granulomas piogênicos que na fase inicial sofrem maturação fibrosa e subseqüente
calcificação. Porém, nem todos os fibromas periféricos desenvolvem-se desta maneira, e provàvelmente o produto
mineralizado origina-se de células do periósteo ou do ligamento periodontal. No passado, os termos fibroma
odontogênico periférico e fibroma ossificante periférico eram usados como sinônimos. Hoje, o fibroma
odontogênico periférico é considerado uma entidade distinta e separada. O fibroma ossificante periférico não
representa a contraparte nos tecidos moles do fibroma ossificante central.
Características Clínicas: O fibroma ossificante periférico ocorre exclusivamente na gengiva, como uma massa
nodular, pedunculada ou séssil, que se desenvolve na papila interdental. A cor varia de vermelho ao róseo e
frequentemente, mas nem sempre, a superfície é ulcerada. O crescimento provàvelmente se inicia como uma
lesão ulcerada; as lesões mais antigas comumente mostram cicatrização da úlcera e uma superfície intacta. As
lesões vermelhas, ulceradas, são confundidas com o granuloma piogênico; as lesões róseas, não ulceradas, são
clinicamente semelhantes ao fibroma de irritação. A maioria das lesões tem menos que 2cm, podendo ser
maiores. Estão presentes por muitas semanas ou meses antes de o diagnóstico ser feito. O fibroma ossificante
periférico é uma lesão predominantemente dos adolescentes e adultos jovens, com um pico de prevalência entre
os 10 e 19 anos de idade. Quase 2/3 ocorrem nas mulheres. Há ligeira predileção pela maxila, e mais de 50% dos
casos ocorrem na região dos incisivos e caninos. Normalmente os dentes não são afetados; raramente os dentes
adjacentes podem ser deslocados e se tornarem amolecidos.
Tratamento e Prognóstico: excisão cirúrgica local abaixo do periósteo, porque as recidivas são mais comuns se
a base da lesão permanecer; com encaminhamento do espécime para exame histopatológico. Os dentes
adjacentes devem ser rigorosamente raspados, para eliminar qualquer possível agente de irritação. Mesmo sendo
a excisão curativa, tem sido relatada uma taxa de 16% de recidiva.

Profª Trindade Joana da Silveira Igrejas Lopes -trindadeigrejaslopes@superonda.com.br


Prof. Alcemar Gasparini Netto - gasparininetto@uol.com.br

LESÕES PIGMENTARES OU PIGMENTADAS


1. LENTIGO ACTÍNICO (L. Solaris, L Solar, Mancha Etária, Mancha Hepática, L Senil)
Definição: lesão benigna semelhante à sarda, que resulta de danos crônicos causados pela luz ultravioleta na
pele. Em + de 90% dos brancos com + de 70 anos de idade, raramente visto antes dos 40 anos. Não ocorre

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
209

dentro da boca, frequentemente na pele facial. Histològicamente as cristas interpapilares mostram-se alongadas e
em forma de tacos de golfe.
Características Clínicas: comum no dorso das mãos, na face e nos braços de brancos idosos. Tipicamente
múltiplo. As lesões individuais aparecem como máculas marrons ou bronzeadas, uniformemente pigmentadas,
com bordas bem demarcadas, mas irregulares. A maior parte é menor que 5mm, podendo alcançar até 1cm de
diâmetro. As lesões adjacentes podem coalescer e outras continuam a surgir com a idade. Sua intensidade de
coloração não muda com variação na exposição à luz ultravioleta.
Tratamento: só por razões estéticas (ácido retinóico, ácido glicólico). Não há potencial de malignização, não há
recorrência quando removido, mas novas lesões podem surgir.

2. LENTIGO SIMPLES
Definição: uma das formas de hiperplasia melanocítica cutânea benigna (aumento do número de melanócitos
produtivos) de etiologia desconhecida. Ocorre em qualquer superfície da pele que não é exposta ao sol,
normalmente em crianças, mas pode surgir em qualquer idade. Sua intensidade de coloração não muda com
variação na exposição ao sol.
Característica Clínica: Semelhante à sarda comum, encontradas na pele exposta ao sol e representa um mero
aumento na produção local de melanina. Pode representar o estágio inicial de outra lesão de pele comum, o nevo
melanocítico. As lesões orais são raras e podem ser exemplos de máculas melanocíticas orais.
Mácula fortemente demarcada com menos de 5mm de diâmetro, coloração uniforme, do bronzeado ao marrom-
escuro. É normalmente solitária, podendo aparecer várias espalhadas na pele do tronco e extremidades. Alcança
o tamanho máximo em meses podendo permanecer imutável indefinidamente depois disso.
Clinicamente as lesões individuais do lentigo simples são impossíveis de ser distinguidas dos nevos juncionais.
Com lesões múltiplas condições como a lentiginose profusa, síndrome de Peutz-Jeghers, síndrome de lentigos
múltiplos devem ser consideradas como possibilidade de diagnóstico.
Tratamento: só por razões estéticas, excisão cirúrgica conservadora, nenhum potencial de malignização nas
lesões não removidas.

3. EFÉLIDES OU SARDAS
Segundo Marcucci, representam máculas castanhas (claras ou escuras), assintomáticas, decorrentes do aumento
da síntese da melanina face à exposição solar. Sua pigmentação é homogênea e suas bordas irregulares. Não
ultrapassam 4mm de tamanho.
Mácula melanótica oral (melanose focal): lesão mucosa oral de etiologia desconhecida, que representa um
aumento focal do depósito de melanina e possívelmente aumento concomitante do nº de melanócitos. Não
depende da exposição ao sol como a efélide cutânea (sarda) e não apresenta o alongamento das cristas
interpapilares do lentigo actínico. Histopatologicamente a mácula melanótica oral é caracterizada por um aumento
da quantidade de melanina e talvez melanócitos, nas camadas basal e parabasal de um epitélio escamoso
estratificado, que seria, se não fosse por isso normal.
Característica Clínica: Ocorre em qualquer idade e sexo. Amostras de biopsia mostram 2:1 predileção pelo sexo
feminino. Idade média dos pacientes é de 43 anos na época do diagnóstico. A zona do vermelhão do lábio
inferior.erior é o local + comum de ocorrência (33%), seguida pela mucosa jugal, gengiva e palato. Lesão típica:
mácula oral ou redonda, assintomática, uniformemente bronzeada ou marrom-escura, bem demarcada e solitária
(17% são múltiplas), com diâmetro de 7mm ou menor. Ocasionalmente azuis ou negras. Não há notícia de

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
210

aumento de tamanho das lesões após o diagnóstico, o que sugere que a dimensão máxima é atingida
rápidamente, permanecendo constante depois disso.

4. MÁCULA MELANÓTICA LABIAL


Algumas autoridades questionam a falta significativa de uma associação com irradiação actínica para a mácula
melanótica localizada na borda do vermelhão labial, considerando-a entidade distinta.
Diagnóstico Diferencial: Nevo, tatuagem por amálgama e equimoses focais.
Tratamento: Apenas para constituir problema estético.

5. MÁCULA MELANÓTICA INTRA ORAL


Não tem potencial de transformação maligna, pois os melanócitos bucais são inócuos, não representando uma
proliferação nem predisposição ao melanoma.
MAS um melanoma em estágio inicial pode ter aparência clínica semelhante. Por esta razão, as lesões maculares
pigmentadas orais de início recente, tamanho grande, pigmentação irregular, duração desconhecida, ou aumento
de tamanho recente devem ser excisadas e examinadas histopatologicamente.
Tratamento: utilização de protetor solar.

6. HEMORRAGIA SUBMUCOSA
Definição/etiologia: é a hemorragia e retenção de sangue no interior dos tecidos. Contusão ao menor trauma.
 Petéquias: hemorragias pequenas puntiforme e circular na pele, mucosa ou serosa(até 1 cm).
 Púrpura: ligeiramente maior que a petéquia. (mancha hemorrágica)
Equimose: qualquer acúmulo acima de 2cm(área hemorrágica não elevada, + larga do que uma petéquia.
 Hematoma: se o acúmulo de sangue no interior dos tecidos produz um volume(proeminente ou não)
Causa: o trauma facial brusco, mordida na bochecha, pressão intratoráxica aumentada, prolongada ou repetida,
associada a: tosse repetida, vômito, convulsão ou o ato de dar à luz, Pode ter causa não traumática:
trombocitopenia. CID (coagulação intravascular disseminada), infecções virais(mononucleose infecciosa e
sarampo). A hemorragia associada à pressão intratorácica aumentada, geralmente localiza-se na pele da face e
pescoço, e se apresenta como petéquias espalhadas, que desaparecem em 24 a 72 h. Embora não tenha sido
tão documentada como as lesões cutâneas, a hemorragia da mucosa pode ser vista na mesma posição e
apresenta-se mais freqüentemente como petéquias ou púrpura palatal discreta.
Caracteristica Clínica: Zona elevada ou plana não-pálida, com uma cor que varia do vermelho ou púrpura ao
azul ou negro-azulado, mais comumente na mucosa labial ou jugal.
Tratamento: Só se estiver relacionada à doença sistêmica, pois regridem espontaneamente (em 24 a 72 h).
Grandes hematomas podem precisar de várias semanas para regredir. Se a hemorragia ocorrer secundariamente
a uma desordem subjacente, o tratamento deve ser dirigido ao controle da doença associada.
 Petéquias: hemorragias pequenas puntiforme e circular na pele, mucosa ou serosa(até 1 cm).
 Púrpura: ligeiramente maior que a petéquia. (mancha hemorrágica).
 Equimose: qualquer acúmulo acima de 2cm(área hemorrágica não elevada, + larga do que uma petéquia.
 Hematoma: se o acúmulo de sangue no interior dos tecidos produz um volume(proeminente ou não.

7. CERATOSE SEBORRÉICA
Proliferação de células basais epiteliais.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
211

É uma lesão da pele extremamente comum em pessoas mais velhas e representa uma proliferação adquirida e
benigna de células basais epiteliais. A causa é desconhecida, embora haja uma estreita correlação com a
exposição crônica ao sol, algumas vezes com uma tendência hereditária(autossômica dominante). A ceratose
seborréica não ocorre na boca.
Características Clínicas: começam a surgir na pele do rosto, tronco e extremidades, durante a quarta década de
vida, com o passar dos anos se tornam mais prevalecentes. As lesões são normalmente múltiplas, começando
como pequenas manchas bronzeadas ou marrons, clinicamente impossíveis de distinguir dos lentigos actínicos,
gradualmente aumentando e se elevando. As lesões individuais são placas fortemente demarcadas, e suas
superfícies são finamente fissuradas, deprimidas ou verrucosas, mas podem ser moles, tendendo a parecer
“grudadas” na pele, e, normalmente, tendo menos de 2cm de diâmetro.

8. DERMATOSE PAPULOSA NEGRA


É uma forma de ceratose seborréica que ocorre em aproximadamente 30% dos negros e frequentemente tem um
padrão de herança autossômica dominante. Esta condição tipicamente se apresenta como pápulas múltiplas,
pequenas (1 a 2mm), de cor castanho-escura ou negra, espalhadas pelas regiões zigomática e periorbitária.
Tratamento e Prognóstico: Exceto por finalidades estéticas, as ceratoses seborréicas raramente são
removidas(crioterapia com nitrogênio líquido ou a curetagem simples). Não tem potencial maligno, mas outras
lesões da pele mais significativas podem se desenvolver na área contígua. O abrupto aparecimento de numerosas
ceratoses seborréicas com prurido tem sido associado à malignidade interna, um evento raro chamado de sinal de
Leser-Trélat.

9. QUERATOSE NIGRANS, ACANTOSE NIGRANS, DERMATOSE NIGRANS


A queratose seborréica, verruga seborréica ou senil é um tumor nevóide, de herança autossômica dominante,
caracterizada por lesões verrucosas, às vezes únicas, porém geralmente múltiplas, localizadas frequentemente
em tronco, couro cabeludo, face, pescoço e membros. As regiões palm-plantares são poupadas. As lesões
consistem em pápulas circunscritas, ligeiramente elevadas, acastanhadas, friáveis à manipulação e de diâmetro
que varia de poucos milímetros a 3 centímetros. Raramente são pruriginosas. São recobertas por escama
aderente, córnea e graxenta, que quando removida mostra base cruenta úmida. Podem aumentar em número
quando o paciente está ganhando peso e quando localizadas em áreas intertriginosas, pode haver infecção
secundária, com maceração e mau odor. Surgem em torno da quarta década de vida, sendo raras em
melanodérmicos. O aparecimento súbito de múltiplas lesões pode ser indicativo de neoplasia (manisfestação
paraneoplásica) de pulmão, próstata, cólon, reto(1,2,9), mama, adenocarcinomas gátrico e nasal(8), linfomas do
sistema nervoso central, síndrome de Sezary10, carcinoma de células renais(14) e micose fungóide. O mais
freqüente é o adenocarcinoma de estômago, perfazendo 60% dos casos. Na maioria das vezes, a dermatose
começa aproximadamente ao mesmo tempo do desenvolvimento do câncer. É o chamado sinal de Leser-
Trélat(5,13). Porém, o aparecimento de múltiplas lesões, não representa, obrigatoriamente, sinal de malignidade.

10. TATUAGEM PELO AMÁLGAMA/ARGIROSE FOCAL


Etiologia: É uma lesão iatrogênica provocada por implantação traumática de partículas de amálgama nos tecidos
moles. Acontece principalmente após extração dentária ou preparo de dentes com obturações antigas de
amálgama.
Características Clínicas: É mais frequente na mucosa bucal e ocorre em tecidos moles contíguos a dentes
restaurados com amálgama. Gengiva, mucosa jugal, palato e língua são os pontos de maior incidência. Sinais de

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
212

inflamação são pouco frequentes devido à tolerância dos tecidos moles ao amálgama. As partículas de amálgama,
se tiverem tamanho suficiente, podem ser detectadas em radiografias de tecidos moles.
Diagnóstico Diferencial: Este tipo de lesão se parece com lesões produtoras de melanina. As radiografias, a
história e o aspecto cinzento uniforme, persistente, contribuem para diferenciar a tatuagem causada pelo
amálgama, do melanoma. Em caso de dúvida, deve ser feita a biópsia.

11. MELANOSE DO FUMANTE


Definição: Pigmentações orais aumentam significativa/ em fumantes inveterados.(brancos ou negros). Melanina
tem efeito protetor contra dano causado pela ultravioleta. Melanócitos longe de exposição solar têm mostrado
habilidade da melanina de se unir a substâncias nocivas daí sugere-se que a produção da melanina na mucosa
oral do fumante serve como resposta de proteção contra algumas substâncias nocivas no fumo do tabaco.
Caracteristica Clínica: Afeta mais a mucosa alveolar vestibular anterior. A maioria das pessoas acometidas é
fumante. Os f. de cachimbo: pigmentação na comissura e mucosa jugal. Fumantes invertidos tem alterações no
palato duro. No 1º ano de fumo as áreas de pigmentação aumentam significativa e retornam ao normal 3 anos
após o abandono dele. Frequência maior em mulheres (hormônios femininos exercem efeito sinérgico com o
fumo).
Diagnóstico: história do fumo com a apresentação clínica e história médica
Tratamento: interrupção do fumo desaparece gradual/ a pigmentação após 3 anos. Biópsia quando há
pigmentação em locais inesperados como palato duro, ou mudanças clínicas incomuns: aumento da densidade da
melanina ou elevação da superfície.

12. MELANOMA (MELANOMA MALIGNO; MELANOCARCINOMA)


Definição/etiologia: O melanoma é um neoplasma maligno de origem melanocítica, que surge de uma lesão
melanocítica benigna ou de melanócitos da pele ou mucosa que seriam, de outra forma, normais. A maioria ocorre
na pele, podendo se desenvolver em qualquer outro local onde haja a presença de melanócitos. Os danos
causados por radiação ultravioleta são considerados o principal agente causador, como sugere o fato de a
incidência do melanoma em populações de pele clara aumentar, à medida que elas se aproximam do equador. O
dano agudo causado pelo sol pode ter uma importância etiológica muito maior para os melanomas que a
exposição crônica. O risco de desenvolver o melanoma é duas a oito vezes maior, quando um parente tem uma
história de câncer. Os fatores de risco adicionais incluem a pele e cabelos claros, tendência a fácio bronzeamento,
histórico de queimaduras de sol dolorosas e com bolhas na infância, profissão exercida em local fechado com
hábitos recreativos ao ar livre, uma história pessoal de melanoma e uma história pessoal de nevo congênito ou
displásico. O melanoma é o terceiro câncer de pele mais comum. É responsável por 5% das malignidades
cutâneas, entretanto a maioria das mortes por câncer de pele é causada pelo melanoma. Quase 25% dos
melanomas cutâneos ocorrem na área da cabeça e pescoço, 40% nas extremidades, e a maioria do restante
ocorre no tronco.
Características Clínicas: A maioria é vista em adultos brancos, de 50 a 55 anos.
Quatro tipos clinicopatológicos de malanoma foram descritos:
Melanoma lentiginoso maligno; melanoma superficial disseminante; melanoma nodular; melanoma lentiginoso das
extremidades.
Os melanomas tendem a exibir dois padrões de crescimento: a fase de crescimento radial e a fase de crescimento
vertical. Nos 1ºs estágios de desenvolvimento do melanoma, a fase de crescimento radial tende a predominar nos
melanomas lentiginoso maligno, superficial disseminante e lentiginoso das extremidades. Nestas lesões, os

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
213

melanócitos malignos tendem a se espalhar horizontalmente através da camada basal da epiderme.


Eventualmente as células malignas tendem a invadir o tecido conjuntivo subjacente, iniciando a fase de
crescimento vertical. Com o melanoma nodular, a fase de crescimento vertical predomina.
Como existem muitas semelhanças clínicas entre o melanoma e o seu parceiro benigno, o nevo melanocítico, um
sistema ‘ABDC’ de avaliação foi desenvolvido para ajudar a fazer a distinção clínica de um melanoma e um nevo
melanocítico. O carcinoma, caracteristicamente ebice:
 Assimetria, por causa de seu padrão de crescimento incontrolado;
 Bordas irrregulares, frequentemente com identação;
 Coloração em matizes, que varia de tons de marrom a negro, branco, vermelho e azul, dependendo da
quantidade e profundidade da pigmentação de melanina;
 Diâmetro maior que 6mm (que é o diâmetro de uma borracha de lápis).

13. MELANOMA ORAL (MELANOMA LENTIGINOSO DAS EXTREMIDADES)


Definição/Etiologia: É a forma mais comum de melanoma em negros, sendo, também a forma mais comum de
melanoma oral.
Características clínicas: Desenvolvem-se nas palmas das mãos, solas dos pés, área sub ungueal e membranas
mucosas. Começa como mácula escura de bordas irregulares, que, mais tarde, desenvolve uma fase de
crescimento papular invasivo. É raro nos EEUU (menos de 1% dos melanomas). As pessoas mais afetadas estão
na sexta ou sétima década de vida. Quatro de cada cinco melanomas orais são encontrados no palato duro e
gengiva maxilar ou mucosa alveolar. Uma lesão começa com uma mácula marro a negra com bordas irregulares,
estende-se lateralmente, e área mais espessas desenvolve-se ao iniciar o crescimento vertical. Logo segue-se a
ulceração.
Tratamento e Prognóstico: O prognóstico para o melanoma oral é extremamente Limitado. Apenas 4 a 20% dos
pacientes afetados sobrevivem cinco anos ou mais. A remoção cirúrgica radical é o tratamento escolhido; a
hemimaxilectomia é feita em lesões que invadem o osso maxilar sobreposto.

14. LEUCOPLASIA (LEUCOCERATOSE; ERITROLEUCOPLASIA


A leucoplasia oral (leuco = branco; plasia = placa) é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como
“uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clinicamente ou patologicamente como qualquer
outra doença”. O termo é estritamente clínico e não implica uma alteração histopatológica específica do tecido.
Definição: é incomum, por seu diagnóstico não depender tanto de aparências definidas, mas sim da exclusão de
outras lesões que se apresentam como placas brancas na boca. Tais lesões, como líquen plano, morsicatio
(mordida crônica da bochecha), ceratose friccional, ceratose da bolsa de tabaco, estomatite nicotínica,
leucoedema e nevo branco esponjoso, devem ser descartadas antes que um diagnóstico clínico de leucoplasia
seja feito. Como na maioria das lesões brancas, a cor clínica resulta de uma camada de ceratina superficial
espessada (que parece branca quando molhada), ou uma camada espinhosa espessada, que mascara a
vascularidade normal (vermelhidão) do tecido conjuntivo subjacente.
Apesar de a leucoplasia não estar associada a um diagnóstico histopatológico específico, ela é
caracteristicamente considerada uma lesão pré-cancerígena. Quando são reavaliadas as conseqüências de um
número elevado de lesões leucoplásicas, a freqüência de transformação em lesões malignas é maior do que o
risco associado à mucosa normal ou sem alteração.
Incidência e Prevalência: Embora a leucoplasia seja considerada uma lesão pré-maligna, o uso do termo clínico
de forma alguma sugere que os aspectos histopatológicos de displasia epitelial estejam presentes em todas as
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Estomatologia
214

lesões. O epitélio displásico ou carcinoma francamente invasivo é, na verdade, encontrado apenas em 5 a 25%
das amostras de biópsia de leucoplasias. A natureza pré-maligna da leucoplasia foi estabelecida, não tanto com
base nesta associação, ou no fato de que mais de um terço dos carcinomas bucais apresentar leucoplasia em
áreas muito próximas, mas sim pelos resultados de investigações clínicas que observaram numerosas lesões
leucoplásicas por longos períodos. Os últimos estudos sugerem um potencial de transformação maligna de 4%
(risco de vida estimado). Subtipos ou fases clínicas específicas, mencionados posteriormente, estão associados
ao potencial de até 47%. Essas características podem ser artificialmente baixas, porque muitas lesões são
removidas cirurgicamente no início do acompanhamento médico. A leucoplasia é o pré-câncer de boca mais
comum, constituindo 85% de tais lesões. Também é relativamente comum, sugerindo alguns estudos que ela
afete 3% dos adultos brancos. Há uma forte predileção pelo sexo masculino (70%), exceto em populações
regionais em que as mulheres consomem mais produtos de tabaco que os homens. Uma pequena queda na
proporção de homens afetados, entretanto, foi notada no último meio século. A doença é agora diagnosticada com
mais freqüência que no passado, provavelmente por causa da maior conscientização por parte dos profissionais
de saúde (e não em virtude de um aumento real de freqüência).
Etiologia: A causa da leucoplasia permanece desconhecida, posto que existam hipóteses:
 Tabaco: O hábito de fumar tabaco parece ser a maior associação com o desenvolvimento da leucoplasia.
Mais de 80% dos pacientes com leucoplasia são fumantes. Quando um grande grupo de adultos são
examinados, há mais probabilidade de encontrar fumantes com leucoplasia que não-fumantes. Os fumantes
inveterados têm um nº maior de lesões e lesões maiores que os que fumam pouco, especialmente após
muitos anos de abuso do tabaco. Uma grande proporção de leucoplasias em pessoas que pararam de fumar
desapareceu ou diminuiu após um ano de o hábito ter cessado.
O uso de tabaco sem fumaça produz um resultado diferente. Frequentemente, leva a uma placa oral branca,
clinicamente distinta, chamada ceratose da bolsa de tabaco. A lesão provavelmente não constitui uma
leucoplasia verdadeira.
 Álcool: O álcool, que parece ter um forte efeito sinérgico com o tabaco com relação à produção do câncer
bucal, não tem sido associado à leucoplasia. As pessoas que usam em excesso colutórios contendo mais de
25% de álcool podem ter placas mucosas bucais acinzentadas, que, no entanto, não são consideradas
leucoplasias verdadeiras.
 Radiação ultravioleta: A radiação ultravioleta é aceita como um fator etiológico para a leucoplasia do
vermelhão do lábio inferior, o que normalmente é associado com a queilose actínica. Pessoas com
imunocomprometimento, especialmente pacientes transplantados, são mais propensas a desenvolver
leucoplasia e carcinoma de células escamosas no vermelhão do lábio inferior.
 Microrganismos: Vários microrganismos têm sido implicados na etiologia da leucoplasia. O Treponema
pallidum, por exemplo, produz glossite no estágio avançado da sífilis, com ou sem o tratamento comum de
arsênico, antes do advento dos antibióticos modernos. A língua é rígida e frequentemente apresenta
leucoplasia extensa na superfície dorsal. A sífilis terciária é rara nos dias de hoje, mas as infecções orais por
outro microrganismo, Cândida albicans, não o são.
 A Cândida pode colonizar as camadas superficiais do epitélio da mucosa bucal, frequentemente produzindo
uma placa granular e espessa, cuja coloração é uma mistura de branco e vermelho. Os termos leucoplasia
por Cândida e hiperplasia por Cândida são usados para descrever estas lesões, e a biópsia pode mostrar
mudanças displásicas ou hiperplásicas histologicamente.
Não se sabe se esta levedura produz displasia ou se infecta secundariamente o epitélio previamente alterado,
mas algumas destas lesões desaparecem, se tornam menos extensas ou menos gravemente displásicas,
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Estomatologia
215

após o tratamento com antifúngicos. O fumo do tabaco pode causar leucoplasia e também predispões o
paciente a desenvolver candidose.
O papilomavírus humano (HPV), particularmente os subtipos 16 e 18, tem sido identificado em algumas
leucoplasias orais. Estes são os mesmos subripos de HPV associados ao carcinoma cervical uterino e um
subgrupo de carcinomas de células escamosas bucais. Infelizmente, tais vírus também podem ser
encontrados nas células do epitélio bucal normal, por isso sua presença pode ser uma simples coincidência.
Pode ser significativo, entretanto, o fato de o HPV-16 ter induzido mudanças semelhantes à displasia em
epitélio escamoso normalmente diferenciado, em meio in vitro sob outros aspectos.
 Trauma: Várias lesões ceratóticas, que até recentemente foram vistas como variantes da leucoplasia, agora
não são consideradas pré-cancerosas. A estomatite nicotínica é uma alteração branca generalizada do
palato, que parece ser uma resposta hiperceratótica ao calor gerado pelo fumo de tabaco, e não uma
resposta aos carcinógenos da fumaça. Seu potencial de transformação maligna é quase tão baixo quanto o
da mucosa palatina normal.
Além disso, a irritação mecânica crônica pode produzir uma lesão branca com uma superfície ceratótica
rugosa, denominada ceratose friccional. Embora a lesão resultante seja clinicamente semelhante à
leucoplasia verdadeira, atualmente acredita-se que tal lesão seja uma resposta hiperplásica (semelhante ao
calo na pele). As ceratoses desse tipo são prontamente reversíveis após a eliminação do trauma, e lesões
obviamente traumáticas, como linha alba, morsicatio, e a “abrasão” gengival por escova de dentes,
nunca tiveram uma transformação em malignidade documentada, nem a presença de dentadura ou de dentes
quebrados e ausentes aumentam o risco para o câncer. A ceratose friccional deve ser diferenciada do grupo
de lesões pré-cancerígenas da boca.
Características Clínicas: Geralmente, a leucoplasia ocorre em pessoas com mais de 40 anos de idade. A
prevalência aumenta rapidamente com a idade, especialmente para os homens, e, dos casos relatados, 8% dos
homens tinham mais de 70 anos de idade. A média de idade das pessoas afetadas (60 anos) é semelhante à
média de idade dos pacientes com câncer de boca; entretanto, em alguns estudos, a leucoplasia havia sido
diagnosticada aproximadamente cinco anos antes (em média) do carcinoma de células escamosas.
Aproximadamente 70% das leucoplasias bucais são encontradas no vermelhão dos lábios, na mucosa jugal e
na gengiva. Entretanto as lesões na língua, vermelhão dos lábios e assoalho da boca somam mais de 90%
daquelas que indicam displasia ou carcinoma. As lesões individuais podem ter uma aparência clínica variada e
tendem a mudar com o tempo. As lesões iniciais e brandas apresentam-se como placas cinza ou branco-
acinzentadas levemente elevadas, que podem parecer um pouco translúcidas, fissuradas ou enrugadas, e são
tipicamente moles e planas. Elas normalmente têm bordas fortemente demarcadas, mas ocasionalmente se
misturam gradualmente com a mucosa normal.
A leucoplasia delgada ou branda, que raramente mostra displasia na biópsia, pode desaparecer ou permanecer
imutável. Para os fumantes de tabaco que não diminuem o hábito, dois terços das lesões estendem-se
vagarosamente para os lados, tornam-se mais espessas e adquirem uma aparência branda distinta. A mucosa
afetada pode tornar-se coriácea à palpação, e fissuras podem se aprofundar e se tornar mais numerosas. Neste
estágio ou fase, a lesão é frequentemente chamada leucoplasia espessa ou homogênea. A maior parte das
lesões espessas e moles permanece indefinidamente neste estágio. Algumas, talvez até um terço, regridem ou
desaparecem, e poucas se tornam ainda mais graves, desenvolvem irregularidades superficiais, e são, por isso,
chamadas leucoplasia nodular ou granular. Algumas lesões apresentam projeções agudas ou embotadas,
sendo chamadas de leucoplasia verruciforme ou verrucosa.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
216

Uma forma especial de risco elevado, denominada leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP), é caracterizada
pelo desenvolvimento de diversas placas ceratóticas com projeções rugosas na superfície. A relação entre LVP e
casos descritos como leucoplasia verrucosa é incerta. As múltiplas placas da LVP tendem a se espalhar
lentamente e envolver vários locais da mucosa bucal. Embora as lesões tipicamente comecem como uma
hiperceratose simples e plana, impossível de distinguir das lesões leucoplásicas comuns, a LVP exibe um
crescimento persistente, se tornando de natureza exofítica e verrucosa. À medida que as lesões progridem,
podem passar para um estágio no qual não podem ser distinguidas do carcinoma verrucoso, mas,
posteriormente, desenvolvem, em geral, mudanças displásicas e se transformam em carcinoma de células
escamosas completamente desenvolvido (geralmente oito anos após o diagnóstico inicial de LVP). Mesmo com
tratamento, as lesões raramente regridem. A LVP é incomum entre as variantes de leucoplasia, por ter uma forte
predileção pelo sexo feminino (razão homem-mulher de 1:4) e mínima associação com o uso do tabaco.
A leucoplasia pode tornar-se displásica e até invasiva, sem nenhuma modificação em sua aparência
clínica, mas algumas lesões apresentam placas avermelhadas espalhadas, chamadas eritroplasia. Tais áreas
normalmente apresentam locais onde as células epiteliais se encontram tão imaturas ou atróficas que não podem
mais produzir ceratina. Esta lesão que mistura áreas vermelhas e brancas, chamada eritro-leucoplasia ou
leucoplasia salpicada, constitui um padrão de leucoplasia que frequentemente revela displasia avançada nos
exames de biópsia. Muitas lesões leucoplásicas apresentam-se como uma mistura das fases ou subtipos
anteriormente mencionados. É importante fazer uma biópsia do local lesionado com maior probabilidade de conter
células displásicas.
Recentemente, foram feitas tentativas de desenvolver novas técnicas para ajudar a identificar e diagnosticar
lesões bucais pré-malignas e malignas. Entretanto, até o momento, a avaliação clínica cuidadosa com a biópsia
convencional direta continua a ser o melhor e mais confiável meio de avaliar as lesões leucoplásicas da boca. Em
um excelente artigo, Alexander, Wright e Thiebaud sustentaram esta abordagem quando relataram: “Técnicas
não-invasivas de triagem, como testes citológicos (incluindo biópsia de escova) e pigmentação da lesão com
corante supravital, apresentam muitas armadilhas e não devem ser consideradas como substitutos para a biópsia
quando se investiga malignidade.”
Tratamento e prognóstico: Como a leucoplasia é apenas um termo clínico, o primeiro passo no tratamento é
chegar a um diagnóstico histopatológico definitivo. Além disso, a biópsia é obrigatória para guiar o curso do
tratamento. O tecido obtido pela biópsia deve ser retirado das regiões mais “seriamente” envolvidas clinicamente
(com as características do lado direito da figura anterior. Muitas biópsias de lesões grandes ou numerosas podem
ser necessárias.
A leucoplasia com displasia epitelial moderada ou cada vez pior exige uma completa destruição ou remoção, se
possível.
O procedimento em relação à leucoplasia, que apresenta mudança menos grave, é guiado pelo tamanho da lesão
e pela resposta a medidas mais conservadoras, como o abandono do fumo.
A remoção completa pode ser conseguida, com a mesma eficácia, por excisão cirúrgica, eletrocautério,
criocirurgia ou ablação a laser. O acompanhamento por longo período, após a remoção, é extremamente
importante, porque as recorrências são freqüentes e porque podem surgir outras leucoplasias. Tal aspecto é
especialmente importante para os tipos verrucosos ou granulares, com 83% de recorrência, sendo necessária
nova remoção ou destruição.
A leucoplasia que não apresenta displasia frequentemente não é removida, mas a avaliação clínica a cada seis
meses é recomendada por causa da possibilidade de progressão para a displasia epitelial. Outras biópsias são
recomendáveis se o fumo continuar ou se as mudanças clínicas tornarem-se mais sérias.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
217

De forma geral, 4% das leucoplasias bucais tornam-se carcinomas de células escamosas após o diagnóstico, de
acordo com os exames de acompanhamento. Como já foi dito, este índice, e outros mencionados mais adiante,
pode ser artificialmente baixo, porque muitos casos acompanhados são tratados sem demora em uma
investigação. Não o fazer, claro, levanta certas questões éticas, e consequentemente dados mais exatos podem
nunca se tornar disponíveis. Outro aspecto confuso das investigações de acompanhamento da leucoplasia inclui
as variações nas definições do diagnóstico e nos períodos de observação. Tipicamente, o último estende-se de
cinco a 10 anos, mas vários estudos têm observado pacientes com lesões por mais de 20 anos – um estudo tem
mais de meio século.
Com esses conhecimentos em mente, as investigações de acompanhamento têm demonstrado que a
transformação carcinomatosa costuma ocorrer dentro de dois a quatro anos após o aparecimento da placa branca,
mas pode acontecer dentro de meses ou depois de décadas. A transformação parece não depender da idade do
paciente afetado.
Embora a displasia possa estar presente em qualquer leucoplasia, cada aparência ou fase clínica de leucoplasia
tem um potencial de transformação maligna diferente. A leucoplasia delgada raramente se torna maligna sem
demonstrar alguma mudança clínica. A leucoplasia espessa e homogênea sofre transformação maligna em 1 a
7% dos casos. Uma vez que a superfície se torna granular ou verrucosa, o potencial de transformação maligna
passa para 4 a 15%. A eritroleucoplasia tem uma média de potencial de transformação de 28%, mas as taxas têm
variado de 18 a 47% em diferentes investigações.
A maior frequência de transformação das diferentes fases de leucoplasia está intimamente relacionada ao grau de
displasia presente. Quanto maior a gravidade clínica, maior a chance de displasia significativa e transformação
maligna.
Infelizmente, não se sabe a estimativa do potencial maligno das lesões displásicas histopatologicamente
comprovadas, pois muitas delas são completamente retiradas, logo, seu verdadeiro comportamento biológico, em
um estado inalterado, não pode ser completamente estudado. Entretanto, as lesões diagnosticadas como
displasia moderada e grave têm potenciais de transformação maligna de 4 a 11% e de 20 a 35%,
respectivamente.
Geralmente, o câncer que se origina de lesões displásicas desenvolve-se dentro de três anos pós o diagnóstico da
displasia, mas pode ocorrer mais tardiamente. Além disso, uma em três displasias recidiva após a remoção
completa.
Além da aparência clínica e histopatológica no diagnóstico, vários fatores podem aumentar o risco de câncer nas
lesões leucoplásicas. Estes incluem a persistência por vários anos, ocorrência em pacientes do sexo feminino,
ocorrência em um não-fumante e ocorrência no assoalho da boca e no ventre da língua. A leucoplasia nestes
últimos locais tem mostrado transformação maligna em 16 a 39% dos casos e em 47% daqueles ocorridas em
mulheres.

15. LEUCOPLASIA PILOSA ORAL (LPO)


Apesar do vírus Epstein-Barr (EBV) estar associado a diversas formas de linfoma nos pacientes infectados pelo
HIV, a lesão mais comumente relacionada ao EBV nos pacientes com Aids é a leucoplasia pilosa oral. Esta lesão
apresenta-se em um padrão um tanto distinto (mas não diagnóstico) de hiperceratose e hiperplasia epitelial,
caracterizada por lesões mucosas brancas que não são removidas pela raspagem.
A maioria dos casos de LPO ocorre na borda lateral da língua e varia na sua apresentação de leves traços
brancos verticais a áreas leucoplásicas espessas e enrugadas, apresentando uma superfície ceratótica áspera. As

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
218

lesões podem tornar-se extensas e recobrir inteiramente as superfícies lateral e dorsal da língua. Raramente,
também pode ser observado o envolvimento na mucosa jugal, no palato mole, na faringe e no esôfago.
No tratamento de rotina dos pacientes infectados pelo HIV, as características clínicas comumente são suficientes
para um diagnóstico presuntivo. Quando o diagnóstico definitivo é necessário, a demonstração do EBV dentro da
lesão é requerida e pode ser obtida pela hibridização in situ, PCR, imuno-histoquímica, Southern blotting ou
microscopia eletrônica. O tratamento da LPO usualmente não é necessário, embora um pequeno desconforto ou
necessidades estéticas possam requerer tratamento. O aciclovir ou o desiclovir produzem uma rápida resolução,
mas a recorrência é esperada com a descontinuidade do tratamento. O tratamento tópico com retinóides ou
podofilina resinosa resultou em remissões temporárias. Além disso, o tratamento para o HIV com zidovudina
parece afetar o EBV e resulta em regressão significativa.
Embora casos raros de LPO tenham sido relatados em indivíduos imunocompetentes, a maioria dos casos surge
em pessoas imunodeprimidas. A LPO também foi relatada nos pacientes que receberam transplante de coração,
rim, fígado e medula óssea, mas a sua presença na ausência de uma causa conhecida de imunodepressão é um
forte indício de infeccção pelo HIV. A descoberta da LPO em pacientes “normais” requer uma avaliação física
completa para eliminar a possibilidade de imunocomprometimento. A presença da LPO em pacientes infectados
pelo HIV é um sinal de imunossupressão grave e doença mais avançada.
Definiçao: LPO é uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e caracteriza-se pela formação de uma
placa esbranquiçada, normalmente unilateral e localizada na borda lateral da língua. Apresenta, na sua superfície,
vilosidades microscópicas semelhantes a pêlos e, ao contrário da candidíase, não pode ser retirada com uma
espátula. Em alguns casos pode ser bilateral e/ou acometer o dorso da língua e da mucosa jugal (parte interna
das bochechas).
Considerada um marcador dermatológico para a infecção pelo HIV, a leucoplasia pilosa oral era um indicador de
mau prognóstico, mas este quadro mudou completamente com o tratamento anti-retroviral atual. Esta leucoplasia
já não é uma infecção exclusiva dos pacientes com HIV/AIDS e pode ser observada também em usuários de
drogas e pacientes transplantados em uso de imunossupressores.
Tratamento: Uso local de ácido retinóico ou por cauterização química com ácido tricloroacético, procedimento que
deve ser realizado apenas por médicos, devido aos riscos de queimaduras pelo ácido.

__________________________________________
LINHA ALBA – ou “linha branca”
Definição: É uma alteração comum da mucosa jugal, mais provavelmente associada a pressão, irritação por fricção ou
trauma por sucção da mucosa entre as superfícies vestibulares dos dentes. Nenhum outro problema associado, como
a sobreposição horizontal insuficiente ou restaurações imperfeitas dos dentes, é necessário para o desenvolvimento da
linha Alba. Ela estava presente em 13% num estudo com 256 jovens do sexo masculino.
Características clínicas: A alteração consiste em uma linha branca, geralmente bilateralmente. Pode ser franzida,
sendo localizada na mucosa jugal, ao nível do plano oclusal dos dentes adjacentes. A linha varia em proeminência e é
restrita a áreas dentadas. e mais pronunciada em área adjacente aos dentes posteriores.
Tratamento e Prognóstico: Não é necessário. Não são observadas dificuldades, como resultado do seu
desenvolvimento. Pode ocorrer regressão espontânea.

MORSICATIO BUCCARUM (“MASTIGAÇÃO CRÔNICA DA BOCHECHA”)


Definição: O morsicatio buccarum é o termo científico para a mastigação crônica da bochecha. É um exemplo clássico
do uso errado da terminologia médica, pois morsicatio vem da palavra latina morsus, ou morder. Mordiscadas crônicas

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
219

produzem lesões, localizadas mais frequentemente na mucosa jugal; entretanto, a mucosa labial (morsicatio
labiorum) e o bordo lateral da língua (morsicatio linguarum) também podem estar envolvidos.
Alterações semelhantes têm sido observadas como resultado de sucção e em sopradores de vidro, cuja técnica produz
irritação crônica da mucosa jugal. Uma prevalência mais alta tem sido encontrada em pessoas sob estresse ou que
exibem alterações psicológicas. A maioria dos pacientes é ciente dos seus hábitos, embora muitos neguem a injúria
auto-infligida ou realizem o ato inconscientemente. A ocorrência é duas vezes mais predominante em mulheres e três
vezes mais prevalente após os 35 anos de idade. Em qualquer época, um em cada 800 adultos apresenta lesões
ativas.
Características clínicas: as lesões são mais frequentemente encontradas bilateralmente, na mucosa jugal, podendo
ser unilaterias, combinadas com lesões dos lábios ou da língua, ou isoladas nos lábios ou língua. Áreas brancas
espessadas e fragmentadas, infrequentemente, estão combinadas com zonas interpostas de eritema, erosão, ou
ulceração traumática focal. As áreas de mucosa branca mostram uma superfície dilacerada irregular, e o paciente pode
descrever que é capaz de remover fragmentos de material branco da área envolvida.
A mucosa alterada localiza-se tipicamente na porção média da mucosa jugal anterior, ao longo do plano oclusal.
Lesões maiores podem estender-se um pouco para cima ou para baixo do plano oclusal, nos pacientes cujos hábitos
envolvem empurrar a bochecha entre os dentes com um dedo.
Diagnostico Diferencial: A biópsia revela que o padrão histopatológico pode produzir uma espantosa semelhança
com a leucoplasia pilosa oral, lesão que ocorre mais frequentemente em pessoas infectadas pelo HIV. Também podem
ser observadas semelhanças com a linha Alba e o leucoedema.
Diagnóstico: a apresentação clínica do morsicatio buccarum normalmente é suficiente sendo necessária a biópsia
quando não for possível diagnosticar completamente pela apresentação clínica. Também em pacientes de alto risco
para a infeccção pelo HIV, com envolvimento isolado do bordo lateral da língua, para excluir a leucoplasia pilosa
associada ao HIV.
Tratamento e Prognóstico: Não é necessário tratamento das lesões orais, e nenhuma complicação origina-se pela
presença das alterações da mucosa. Para os pacientes que desejarem tratamento, uma proteção acrílica, que cobre as
superfícies vestibulares dos dentes, Pode ser confeccionada, a fim de eliminar as lesões, por restringir o acesso à
mucosa jugal e labial. Vários autores também sugerem a psicoterapia como tratamento de escolha, porém nenhum
estudo extenso e controlado mostrou benefícios desta terapia.
__________________________________________

Profª Trindade Joana da Silveira Igrejas Lopes -trindadeigrejaslopes@superonda.com.br

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Estomatologia
220
221

UNIVERSALIDADE, INTEGRALIDADE, EQUIDADE E SUS


Breve histórico:
 As noções de universalidade, equidade e integralidade não podem ser compreendidas sem considerar a sua
historicidade.
 Diante das articulações que se estabelecem entre saúde e estrutura social, cada sociedade engendra o seu
sistema de proteção social e intervenções sanitárias, a reflexão sobre a incorporação dessas noções pelas
políticas públicas demanda a identificação de dois vetores: o sanitarismo e os sistemas de proteção social.

O sanitarismo
 O sanitarismo, embora surgido em sociedades capitalistas com predomínio do liberalismo econômico e político no
século XIX, defendia a intervenção do Estado, particularmente nos problemas que os indivíduos e a iniciativa
privada não eram capazes de resolver.
 Os reformadores sociais propunham uma legislação sanitária e ações para o enfrentamento de epidemias,
constituindo as bases do que se reconhece como Saúde Pública. (PAIM,2010)

Proteção social
 Paralelamente, os países europeus desenvolveram sistemas de proteção social, sofrendo influências econômicas,
políticas e ideológicas. Nos países em que prevalecia o liberalismo, instituiu-se um sistema baseado na
assistência, dirigido fundamentalmente aos pobres, que precisavam provar a sua situação de carência.
 Este tipo de proteção social, ainda vigente em muitos países, é conhecido como residual, correspondendo a uma
cidadania invertida.

O surgimento do SUS
 O Brasil incorporou o sanitarismo no alvorecer do século XX, ao tempo em que criou institutos de previdência
específicos para cada categoria de trabalhadores, incluindo a assistência médica. Estas instituições do seguro
social foram unificadas durante o autoritarismo, resultando no Instituto de Assistência Médica da Previdência
Social (INAMPS).
 Na Constituição de 1988, foi concebida a Seguridade Social, composta pela saúde, previdência e assistência
social, permitindo a implantação do SUS.

Universalidade
 As noções de universalidade e equidade estão relacionadas ao princípio da igualdade que, por sua vez, está
associado à ideia de justiça no pensamento dos principais filósofos.
 O universal é aquilo que é comum a todos. Essa ideia está presente no lema da Revolução Francesa e nas
promessas dos socialistas utópicos.
 Na saúde, as propostas do Welfare State e da Conferência de Alma-Ata, defendendo o direito à saúde, reforçaram
o princípio da universalidade. Assim, o Brasil implantou programas de extensão de cobertura, como o Programa
de Interiorização das Ações de Saúde Saneamento do Nordeste (PIASS), que se ampliaram por meio das Ações
Integradas de Saúde (AIS) e dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS), incorporando os
princípios da universalidade e integralidade. Estes foram reiterados na 8ª Conferência Nacional de Saúde (8ª
CNS).

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
222

 Com a Constituição de 1988, foi possível incorporar os direitos sociais ligados à cidadania, inspirando-se no
modelo da Seguridade Social. Depois de indicar a relevância das políticas econômicas e sociais para a garantia
do direito à saúde, a Constituição fez referência ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a
promoção, proteção e recuperação.

Equidade
 Do ponto de vista etimológico, a palavra equidade está próxima da igualdade e ambas têm sido frequentemente
usadas como sinônimos. São consideradas um contraponto para as desigualdades, sejam as socioeconômicas,
sejam as de saúde. Assim, organismos internacionais admitem que equidade implica a diminuição das diferenças
evitáveis e injustas, ao mínimo possível, e na oferta de serviços de saúde em função das necessidades e da
capacidade de pagamento. No entanto, muitos textos técnicos e artigos científicos usam a equidade sem
preocupação com a precisão conceitual.
 É possível distinguir a equidade horizontal e a equidade vertical baseadas na ideia aristotélica de justiça. A
primeira diz respeito ao igual tratamento para iguais e a segunda supõe tratamento desigual para desiguais.
Embora a igualdade seja um valor importante, haveria situações em que ocorrem grandes desigualdades, como
no acesso aos serviços de saúde. Nesses casos, atender igualmente os desiguais poderia resultar na manutenção
das desigualdades.
 Assim, a questão posta vai no sentido de demonstrar que a igualdade pode não ser justa. Com vistas, sobretudo,
à distribuição de recursos, a noção de equidade admite a possibilidade de atender desigualmente os que são
desiguais, priorizando aqueles que mais necessitam para poder alcançar a igualdade.
 Portanto, faz-se necessário explicitar um marco conceitual que permita analisar e interpretar a questão da
equidade.
 Estes autores partem da discussão sobre as diferentes fórmulas da justiça que implicam distintas categorias de
igualdade, bem como do conceito de equidade no sentido dado por Perelman como instrumento da justiça para
resolver as contradições geradas pelas diferentes “classes de igualdades”. Consideram a contribuição de Heller
em que equidade corresponde à justiça, admitindo um outro critério para sua definição: para cada um, aquilo que
lhe é devido por ser um membro de um grupo ou categoria essencial.
 O SUS tem sido defendido como política, fundamentalmente, universal, mas que pode contemplar de forma
progressiva a equidade.
 Nessa perspectiva, o conceito de universalidade não se contrapõe ao conceito de equidade formulado por
Perelman. O sistema de saúde, ao ser universal, pressiona em termos de qualidade, tendo em vista a sua
utilização por todas as classes sociais, ou pelo menos por parte das classes médias dotadas de maior poder de
barganha e interferência no campo político. Dessa forma, conceber e implementar serviços de saúde universais
pode ser uma estratégia de assegurar às classes populares acesso a serviços de melhor qualidade e, portanto,
exercitar a equidade.
 Possibilitaria o exercício da justiça na esfera pública, levando em conta a identificação de grupos ou categorias
essenciais, adotando uma perspectiva de responsabilidade simétrica, comunicação e cooperação.

Integralidade
 Na Constituição, integralidade aparece como uma diretriz para a organização do SUS, ao lado da
descentralização e da participação da comunidade. Embora alguns dos sentidos atribuídos pelos autores
nacionais à noção de integralidade tenham alguma correspondência, na literatura internacional, aos termos

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
223

comprehensive medicine e comprehensive care ou, ainda, continuidade e coordenação do cuidado, pretende-se,
neste tópico, privilegiar a produção científica brasileira.
 Originalmente, a ideia de integralidade surge com a proposta da Medicina Integral ou Comprehensive Medicine.
Assim, a Medicina Integral seria capaz de articular as ações de promoção, proteção, diagnóstico precoce,
limitação do dano e reabilitação.
 No Brasil, a integralidade apareceu no discurso governamental através do Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher e das AIS. Nesse âmbito, o seu sentido estava relacionado à articulação entre prevenção e
1
assistência. Os textos que alimentaram as discussões da 8ª CNS apontavam para este princípio . Posteriormente,
a Constituição incorporou-o como uma das diretrizes para o SUS: atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. Já a Lei 8.080/90 refere-se à integralidade da
assistência, entendida como um “conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos,
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema”.
 Dessa forma, a Reforma Sanitária Brasileira contemplou originalmente a integralidade em pelo menos quatro
perspectivas:
o Como integração de ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde, compondo níveis de
prevenção primária, secundária e terciária;
o Como forma de atuação profissional abrangendo as dimensões biológica, psicológica e social;
o Como garantia da continuidade da atenção nos distintos níveis de complexidade do sistema de serviços de
saúde;
o Como articulação de um conjunto de políticas públicas vinculadas a uma totalidade de projetos de mudanças
que incidissem sobre as condições de vida, determinantes da saúde e dos riscos de adoecimento, mediante
ação intersetorial.
 A integralidade, como noção polissêmica, pode ser vista como imagem-objetivo ou bandeira de luta, como valor a
ser sustentado e defendido, como dimensão das práticas e como atitude diante das formas de organizar o
processo de trabalho. Aparece, também, como categoria genérica capaz de englobar diversas dimensões do
cuidado (acesso, qualidade, relações interpessoais) e até mesmo das pessoas, como “autonomia”. Outros autores
admitem que os sistemas de serviços de saúde, organizados na perspectiva da integralidade da atenção,
adotariam as seguintes premissas:
o Primazia das ações de promoção e prevenção;
o Garantia de atenção nos três níveis de complexidade da assistência médica;
o Articulação das ações de promoção, prevenção, cura e recuperação;
o A abordagem integral do indivíduo e famílias. No processo político-institucional, distintos modos tecnológicos
de intervenção têm contemplado a integralidade buscando formas de operacionalização.
 Com base na revisão da literatura, podem-se identificar pelo menos cinco condições de adoção da integralidade:
cuidado, prática, programa, política e sistema. Assim, a integralidade pode ser entendida como um enunciado de
certas características do sistema, instituições e práticas.
 No caso do cuidado integral, a pessoa é compreendida na sua totalidade, considerando os aspectos biológicos,
psicológicos e socioculturais. Assim, a assistência médica integral, mesmo na dimensão individual, apresenta um
caráter completo, valorizando as interações entre os sujeitos e a construção de vínculos na atenção entre os
usuários do cuidado e os cuidadores. A conversação sujeito-equipe possibilitaria a apreensão das necessidades
11
que orientariam o estabelecimento do projeto terapêutico-assistencial . A proposta de acolhimento poderia ser um
exemplo desse cuidado integral.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
224

 A prática integral organiza e articula processos de trabalho e tecnologias distintos, possibilitando que trabalhos
parcelares resultem numa intervenção mais abrangente e completa. É possível pensá-la para além de uma
“atitude”, como racionalidade que orienta a combinação de tecnologias estruturadas para o enfrentamento de
problemas e atendimento de necessidades. É o caso, por exemplo, da proposta da vigilância da saúde que orienta
intervenções voltadas para o controle de danos, de riscos e de determinantes socioambientais em um dado
território.
 Um programa integral permite explicitar objetivos, recursos e atividades contemplando necessidades de diversas
ordens, inclusive os determinantes socioambientais de uma dada situação, embora com uma atuação
19
predominantemente setorial .
 Políticas públicas integradas ou integrais implicam a articulação de políticas, programas e projetos, exigindo ação
intersetorial e gestão compartilhada e pactuada, a exemplo da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e da
Comissão Intergestores Bipartite (CIB) do SUS, bem como de iniciativas recentes de “sistemas únicos” de
assistência social (SUAS) e de segurança pública (SUSP).
 O sistema integral permite o entrosamento de políticas, programas, práticas e cuidados. O caráter sistêmico e
integral do conjunto das intervenções contribuiria para assegurar maior efetividade, pois poderia atuar sobre as
manifestações fenomênicas (nós críticos e acumulações), assim como sobre as regras básicas.
 Apesar da relevância da ampliação de novos sentidos e significados para essa noção, caberia uma justificada
cautela diante de tal alargamento semântico, pois, além de exponenciar a polissemia, pode resultar no
esvaziamento teórico de um conceito em construção, sacrificando o seu potencial heurístico.

Desigualdade, diferença e iniquidade



5
A literatura tem revelado uma elevada produção de pesquisas sobre desigualdades em saúde . Embora muitos
estudos não se preocupem em conceituar desigualdade, estes têm indicado assimetrias de indicadores de saúde
entre classes sociais, bairros, raça-cor, estratos de renda, educação, ocupação, etc.
 No caso da diferença, pode ilustrar a diversidade no domínio da vida biológica, como a mortalidade entre jovens e
idosos.
 Quanto à iniquidade, corresponde à injustiça, seja como negação da igualdade no âmbito da superestrutura
político-ideológica, seja como um produto inerente à própria estrutura social.
 Assim, os termos diferença, desigualdade e iniquidade tendem a dialogar com as noções revisitadas ao longo
deste texto, uma vez que a sua superação pode ser objeto de políticas públicas para o desenvolvimento do SUS.

Considerações finais
 A revisão dos estudos sobre universalidade, equidade e integralidade aponta para distintas definições e
abordagens teórico-conceituais. Ideologias e teorias competem na construção de conceitos, de modo que foi
possível verificar desde elaborações mais superficiais e parciais, até a produção de conceitos teóricos derivados
de fundamentação filosófica, além de pesquisas empíricas.
 Enquanto a diferença apresenta-se aceitável na perspectiva biológica ou cultural, a desigualdade e a iniquidade
são produzidas socialmente e remetem para uma reflexão sobre a justiça.
 A defesa de políticas públicas universais e igualitárias não impede que, num momento seguinte, prevaleça o
princípio da equidade. Se é possível constatar sistemas universais que buscam a equidade para se tornarem mais
justos, não se conhecem experiências de políticas focalizadas que resultassem em sistemas universais.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
225

 No SUS, universalidade supõe que todos os brasileiros tenham acesso igualitário aos serviços de saúde e
respectivas ações, sem qualquer barreira de natureza legal, econômica, física ou cultural. A equidade possibilita a
concretização da justiça, com a prestação de serviços, destacando um grupo ou categoria essencial alvo especial
das intervenções. E a integralidade tende a reforçar as ações intersetoriais e a construção de uma nova
governança na gestão de políticas públicas.

PLANEJAMENTO E GESTÃO EM SAÚDE


 “Houve mudanças muito significativas na indústria de serviços de saúde.”
 “Crescente demanda e a luta pela universalização do acesso aos serviços.”
 “Rápido desenvolvimento e inovação na tecnologia médica, aumentando os custos”.
 “É nesse contexto que as técnicas de gestão e planejamento têm sido amplamente adotadas como forma de
melhoria dos processos e redução dos custos”.
(VECINA& MALIK, 2011)

 O tema está situado em uma das áreas da saúde coletiva . E busca responder:
 Quais os problemas enfrentados no cotidiano dos serviços?
 Quais os desafios práticos e possíveis dilemas técnicos, éticos ou políticos que os gestores enfrentam?
 Quais as resoluções concretas e particulares que o cotidiano dos serviços de saúde demanda?
“Essas são as questões objetos de pesquisa e intervenção nas instituições de saúde”.

Planejamento: aspectos conceituais


 “O ato de planejar é inerente ao homem por se situar no presente, fazer referência ao passado e estabelecer
projeções para o futuro. Por isso, faz parte de sua realidade e reforça o uso da racionalidade para melhorar suas
atividades e condutas”. (OPAS-OMS, 2014)

Estratégia
 “A palavra estratégia tem origem grega: stratos = exército + ego = líder. Significa conduzir, liderar para superar
obstáculos e alcançar o objetivo esperado”. (OPAS- OMS, 2014)

Planejamento Estratégico
 “Consiste em pensar sobre o que existe, o que se quer alcançar, com que meio agir, que resultado se pretende
alcançar, com que recursos e critérios, como se pretende avaliar. Está relacionado com a tomada de decisão, com
a análise de riscos, com o seguimento do processo, com a identificação de agentes sociais e econômicos
envolvidos”. (OPAS-OMS, 2014)
 “Planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se
estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores
externos –não controláveis- e atuando de forma inovadora e diferenciada.” (OLIVEIRA, 2010, p.17)

Planejamento estratégico no campo da saúde pública


 Apoia-se nas teorias da situação, da produção social e da ação interativa, com as principais características de ser
flexível e interativo.
 Planejamento criativo
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
226

 Gestão por objetivos ou operações


 Alta responsabilidade decorrente do monitoramento e da prestação de contas.

 “O planejamento estratégico deve possuir um forte componente comunicacional, adotando práticas dialógicas para
estabelecer consensos e acordos sobre compromissos.” (OPAS,2014)

Planejamento estratégico situacional X Planejamento tradicional

“O único planejamento legítimo é o Aquele que: "ignora o mundo da


Situacional

Tradicional
Planejamento

Planejamento
planejamento democrático descent política e é um simples
ralizado, que minimiza a imposição prolongamento da teoria
de valores”. econômica positivista”
Num contexto atual de incertezas e
surpresas

Planejamento e Gestão de Projetos


 Os projetos são a base de planejamento das organizações e tornam-se ferramentas fundamentais para que sua
missão possa ser alcançada - Favorecem a aprendizagem mútua, a troca de conhecimento, o aprimoramento de
ações, a crítica, ajudam na tomada de decisão.

 Desenho
o Na análise de situação são identificados os problemas prioritários, que devem ser considerados como algo a
ser aprimorado no futuro para se alcançar uma situação desejada e, por isso, deve ser visualizado de forma
positiva.
o Nessa fase são identificados objetivos a serem alcançados e a análise de interessados (atores externos que
podem influenciar o andamento do projeto).

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
227

o Na fase de planejamento, é realizada a hierarquia de resultados esperados, a definição de indicadores que


permitam acompanhar o andamento do projeto, as fontes de verificação e todos os elementos que
influenciam o projeto.
 Execução
o São fatores críticos para a execução de um projeto: a direção, controle e comunicação.
o A direção deve considerar : os aspectos de liderança, ambiente de trabalho produtivo, orientação para
resultados, conclusão de tarefas, delegar autoridade e responsabilidades, organização, motivação.
o O controle o avanço do trabalho, os custos, o entorno do projeto, calendários e datas de limites, fatores
externos que influenciam o desenvolvimento do projeto, a produtividade, a informação para a tomada de
decisão e as avaliações.
o Na comunicação a relação com as contrapartes nacionais, a gerência da equipe. Gerenciar a equipe do
projeto. – Reunir-se com os integrantes da equipe do projeto. – Comunicar-se com os envolvidos e
interessados no projeto. – Solucionar conflitos ou problemas que surgem durante a execução. – Assegurar os
recursos necessários – dinheiro, pessoal e equipamentos – para executar o projeto aprovado.

Gestão estratégica em saúde


 Etapas do processo de gestão estratégica:
1. Análise do ambiente interno e externo, como extrair oportunidades e minimizar ameaças?
2. Formulação estratégica- Quais as formas de entrada no mercado? Como definir o posicionamento adequado
à organização?
3. Execução da estratégia- Como disseminar a essência da estratégia até as bases da organização? Como
traduzir a estratégia em ações e metas operacionais? Como implementar os projetos e planos de ação
adequadamente?
4. Gerenciamento da estratégia. Como garantir o adequado controle dos resultados do planejamento? Como
avaliar a tendência da estratégia a médio e longo prazo? (VECINA, MALIK, 2011)

AVALIAÇÃO EM SAÚDE
 Diversos estudos sobre produção científica e tecnológica da área de Planificação e gestão em Saúde (P & G) já
apontavam para o crescimento de investigações sobre avaliação em saúde.
 “O Ministério da Saúde tem encomendado um conjunto de estudos de avaliação dos sistemas de saúde, por
exigência de financiadores externos e devido a uma crescente consciência de responsabilização entre seus
técnicos e dirigentes”. (PAIM, 2005).

Conceito
 “O exercício permanente da crítica, do diálogo e da discussão, de um lado, e a explicitação de categorias,
conceitos, teorias, modelos teóricos, métodos e técnicas de investigação, de outro, representam caminhos
produtivos para que a avaliação em saúde não desconheça o senso comum, mas procure superá-lo.”( PAIM,
2005).
 Processo contínuo que deve ser realizado periodicamente a fim de apontar desvios, necessidade de atualizações
e ajustes, identifica experiências exitosas e lições aprendidas que permitem aprimorar o processo.
 Avaliação de intervenções em saúde: ações, serviços, estabelecimentos de saúde, de programas, sistemas e
políticas de saúde.
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
228

 Polissemia conceitual e metodológica - O termo “avaliação” possui diversas possibilidades de expressão.


(CONTANDRIOPOULOS, 2000)
 “Avaliação como processo de determinação do esforço, mérito ou valor de algo ou do produto desse processo”
(SCRIVEN, 1991).
 Avaliação focada para a utilização
o A maneira de fazer a avaliação que corresponderia à coleta sistemática de informações sobre as atividades,
características e resultados dos programas. (PATTON, 1997)
o O propósito da avaliação, ou seja, fazer julgamentos sobre os programas para subsidiar o processo de
tomada de decisões sobre futuras programações. (PATTON, 1997)
 “Rossi e Freeman( 2004) consideram como sinônimo de pesquisa avaliativa e a definem como a aplicação
sistemática dos procedimentos oriundos da investigação em ciências sociais para analisar programas de
intervenção”. (SILVA, 2005)
 Avaliação como um julgamento sobre uma intervenção ou sobre qualquer dos seus componentes com o objetivo
de auxiliar na tomada de decisões. (CONTANDRIOPOULOS, 1997)
o O termo INTERVENÇÃO limitado à dimensão INSTRUMENTAL DA AÇÃO.
 Bourdieu (1979) postulou:
o O conceito de campo= Rede de relações entre agentes e instituições;
o Contribuiu para uma concepção do campo da avaliação muito mais abrangente;
o Substituindo o conceito de intervenção por “práticas sociais” sendo as práticas de saúde consideradas um
caso particular
 Diferença entre:
o Monitoramento = acompanhamento sistemático sobre algumas das características dos serviços, pode
produzir informações para a realização de uma avaliação, mas não corresponde necessariamente a
implementação da mesma= registro contínuo de variáveis ao longo do tempo que se superpõe à montagem
de um “sistema de informação” (HARTZ, 1999)
o Avaliação pontual = Julgamento sobre os serviços em um determinado ponto do tempo. pressupõe um certo
grau de institucionalização da avaliação.

O espectro da avaliação segundo Hartz e Silva(2005)


 Avaliações presentes da vida cotidiana: técnicas não sistemáticas de observação,formulação de juízos, senso
comum - A equipe pode “fazer um balanço” após um dia de trabalho;
 Investigação avaliativa ou pesquisa avaliativa - Julgamento que é feito sobre as práticas sociais a partir da
formulação de uma pergunta ainda não respondida pela literatura especializada, através do recurso a
metodologias científicas ( políticas, programas e serviços de saúde).

O consenso de Gothenburg
 O consenso de Gothenburg sobre a avaliação de impactos em saúde considerou três possibilidades
metodológicas:
o Estimativa rápida de impacto (rapid health impact)
o Análise do impacto em saúde (health impact analysis)
o Revisão de impactos em saúde (health impact rewiew) (WHO, 1999)

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
229

POLÍTICAS PÚBLICAS MACRORREGIONAIS: POLÍTICAS DE SAÚDE E O SUS; POLÍTICAS PÚBLICAS


NO BRASIL;
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Foi criado em 1988 pela
Constituição Federal Brasileira.

Abrange desde um simples atendimento ambulatorial até transplante de órgãos, devendo garantir acesso integral,
universal e gratuito para toda população do país.
Reforma democrática do Estado
 “A descentralização dos serviços de saúde, entendida como parte do processo de reforma democrática do Estado,
evidenciou-se como uma prática legítima e, em grande parte, viabilizadora das políticas públicas nacionais”
(Roncalli, 2003),
 Quebra da hegemonia estatal-gestão participativa- Gerou embates políticos e sanitários entre os diversos atores
sociais envolvidos.

Por que dividir o Brasil em Macrorregiões?


 Para se compreender e administrar o espaço.
 O Brasil possui grandes dimensões territoriais e ainda diversidade em todos os aspectos, naturais, sociais e
econômicos.
 Assim... Torna-se necessária a divisão em regiões para dirigir as políticas públicas adequadas a cada região.

Conferências Macrorregionais
 Objetivos:
o Discutir a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora;
o Sugerir diretrizes para a definição da Política Estadual de Saúde do Trabalhador;
o Elaborar propostas para os municípios, a macrorregião, o Estado e a União e;
o Eleger os Delegados da Macrorregião para a Etapa Estadual.
Participam todos sociedade civil e governamental

Políticas Públicas- SUS


 Conquistas de direitos individuais e coletivos quanto ao campo das ações, enfatizando-se a valorização da
participação popular nos processos decisórios em saúde e do reconhecimento de estratégias consolidadoras do
Sistema Único de Saúde (SUS).
 Inúmeras e constantes são as tentativas de ampliação de mecanismos que levem à otimização dos serviços
públicos de saúde e ao acesso dos usuários a todos os níveis de atenção do sistema. (FADEL et al, 2009)

Perspectiva da Saúde Coletiva


 “Campo de saber e de práticas que pressupõe a compreensão da saúde como um fenômeno eminentemente
social e coletivo, determinado historicamente pelas condições e modo de vida dos distintos grupos da população”.

As Leis Orgânicas
 As Leis Orgânicas de Saúde são as leis que regulamentam o Sistema Único de Saúde (SUS). São elas as leis
8.080/90 e 8.142/90.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
230

A participação da iniciativa privada no SUS é aceita em caráter complementar com prioridade das entidades
filantrópicas sobre as privadas lucrativas.

A LEI nº 8080/90
 Essa Lei expressou os avanços incorporados na Constituição de 1988 (Brasil, 1988), que admitiam ser a saúde,
em sua perspectiva ampliada, um direito da população,
 A universalidade e a equidade do acesso aos serviços de saúde,
 A integralidade das ações praticadas, o intenso controle social e a descentralização político-administrativa
princípios norteadores do sistema de saúde vigente no Brasil (Brasil, 1990b).

Atuações do SUS a partir da Lei 8080/90


 A partir desta lei, observamos que algumas das atuações do SUS são:
o Assistência terapêutica integral;
o Assistência farmacêutica;
o Controle e fiscalização de alimentos, água e bebidas, garantindo Orientação familiar;
o Participação na preparação de recursos humanos;
o Orientação familiar;
o Acompanhar a Saúde do trabalhador;
o Vigilância epidemiológica;
o Vigilância nutricional;
o Vigilância sanitária.

A Lei 8142/90
 A Lei 8.142/90 foi votada em 28 de dezembro de 1990, e aborda a participação da população na gestão do
Sistema Único de Saúde e as transferências de recursos da área de saúde entre os governos.

Descentralização gradativa do SUS


 A descentralização da política da saúde foi acontecendo gradativamente, assim como a do seu financiamento
(Mansur, 2001).
 Portanto, a cada novo passo do SUS, surgia uma forma distinta de participação dos estados e municípios e uma
nova forma de transferência de receita da União para eles.

Normas Operacionais básicas (NOB)


 Criadas para operar as transformações previstas na Constituição e na Lei Orgânica da Saúde (Carvalho, 2001).
 Cada qual com contribuições particulares para os avanços na saúde, foram sequencialmente editadas por órgãos
de competência.
 Assim, o sistema de saúde brasileiro perpassou por: NOB Inamps/91 (Brasil, 1991), SUS/93 (Brasil, 1993) e
SUS/96 (Brasil, 1996).
 Em cada NOB, novas formas de relação entre os gestores foram introduzidas e, novos formatos de alocação de
recursos no setor.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
231

IX Conferência Nacional de Saúde


 Essa conferência enfatizou a necessidade da municipalização e trouxe importantes mudanças no cenário
estabelecido até então (Romano, 1998)
 Progressiva transferência de responsabilidades e autonomia de gestão (Mansur, 2001) para os municípios.
 O que resultou no enfraquecimento dos estados, vistos agora como coadjuvantes e não mais protagonistas na
gestão dos serviços de saúde pública brasileiros.

Atenção Básica
 Atenção Básica ou Primária - Principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS).
 A Atenção Básica possibilita resolver grande parte dos problemas de saúde, evitando a busca pelas emergências
dos hospitais Ex: Equipe da estratégia de saúde da família (ESF) pevenção de doenças, Vacinas, etc.

Ao poder público estadual cabe:


 A mediação das relações entre municípios e esfera federal, ou, provisoriamente, a gestão municipal, até que o
município apresente autonomia para apropriar-se de um sistema adequado.
 Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs) e o Equipes da estratégia da Saúde da Família (ESF).

Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS)


 Aponta para o reconhecimento da regionalização da atenção à saúde como uma macroestratégia para
consolidação dos princípios da universalidade, equidade e integralidade; constituindo-se um passo a mais em
direção à descentralização.
 Agora, os gestores municipais devem ser capazes de ofertar, além de serviços inerentes à atenção básica,
também o acesso aos serviços de maior complexidade, na tentativa de organizar a demanda regionalmente.

Pacto pela saúde


 Visando à superação desse desacordo evolutivo entre os estados, é editada a Portaria GM/MS nº 399, de 22 de
fevereiro de 2006 (Brasil, 2006a), que divulga o pacto pela saúde - consolidação do SUS e aprova as diretrizes
operacionais inerentes a ele.
 O pacto pela vida (PV), o pacto em defesa do SUS (Pdsus) e o pacto de gestão (PG) (Brasil, 2006a).

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
232

Pacto pela saúde/ pacto pela vida:


 Pacto pela vida: dividido em seis grandes vertentes:
o A saúde do idoso;
o O controle de câncer de colo de útero e de mama;
o A redução da mortalidade infantil e materna;
o Fortalecimento de capacitação de respostas às doenças emergentes e endemias com ênfase na dengue,
hanseníase, tuberculose, malária e influenza;
o A promoção da saúde;
o Fortalecimento da atenção básica (Brasil, 2006a).
 O Pdsus expressa "o compromisso entre os gestores do SUS com o desenvolvimento e a articulação de ações
que visem qualificar e assegurar o SUS como política pública" (Brasil, 2006a).
 Repolitização da saúde, a retomada das discussões sobre os desafios atuais e futuros do SUS, as novas
modalidades de gestão, a ampliação e o fortalecimento das relações com os movimentos sociais em prol da saúde
e da cidadania, o controle social e ainda a transparência de seu processo de fiscalização (Brasil, 2006a),
 Refere-se ao acolhimento da inserção da população no processo decisório em saúde.
 Estabelece "as diretrizes para a gestão do sistema nos aspectos de descentralização, regionalização,
financiamento, planejamento, programação pactuada e integrada, regulação, participação social e gestão do
trabalho e da educação na saúde" (Brasil, 2006a).
 Esse pacto busca da equidade social na saúde

GESTÃO SOCIAL E ODONTOLOGIA SANITÁRIA/ SAÚDE COLETIVA


Conceito de gestão social
 Segundo a Escola de Frankfurt a partir do confronto entre a teoria crítica e a teoria tradicional pode-se entender a
gestão social. Escola de Frankfurt - escola de teoria social interdisciplinar neomarxista-associada com o Instituto
para Pesquisa social da Universidade de Frankfurt. A escola inicialmente consistia de cientistas sociais marxistas
dissidentes da escola ortodoxa marxista.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
233

Teoria tradicional-positivista
 Teoria tradicional = conhecimento positivista, procura estabelecer princípios gerais, enfatizar o empirismo e a
verificação e identificar proposições gerais para submetê-las à prova.
 Visa ao conhecimento puro, antes que à transformação social. Trabalha os fatos sociais como fatos quase
neutros, análogos às ciências naturais.
 Os fatos resultantes da pesquisa não levam em consideração os determinantes da realidade social.

Teoria crítica
 Por ser reflexiva, por retomar o pensamento sobre si, a teoria crítica investiga as interconexões recíprocas dos
fenômenos sociais e observa-os numa relação direta com as leis históricas do momento na sociedade estudada.
 Tem a sociedade como objeto de estudo e, para compreendê-la e evitar a superficialidade da análise, exige que
suas suas interconexões estruturais sejam analisadas.
 Na dialética da teoria crítica, a totalidade (a sociedade) tem primazia sobre o particular, isto é, a sociedade
precede o sujeito, mostrando a diferença entre o geral e o particular e a determinação deste pelo geral.
 "Assim, ninguém pode refletir sobre si mesmo ou ainda sobre a humanidade, como se fosse um sujeito livre de
determinadas condições históricas. Decerto, um indivíduo pode abstrair-se de certos interesses pessoais, pode
excluir, na medida do possível, todas as particularidades impostas pelo seu próprio destino, porém todos os
passos de seu pensamento serão sempre de um determinado homem de uma determinada classe num
determinado momento" (Horkheimer, 1990:118).

Atitude do cientista crítico perante o objeto de estudo


 “A teoria crítica não aceita o conhecimento como distinto e superior à ação e reconhece que a pesquisa é
impossível de ser desinteressada em uma sociedade em que os homens não são autônomos.
 “O pesquisador é sempre parte do objeto que estuda, principalmente se este objeto é social.”
 “Sua percepção está condicionada por categorias sociais sobre as quais não se pode soprepor.
Independentemente de o cientista aceitar ou não que seu conhecimento é supra-social, ele e sua ciência estão
integrados à sociedade”. (NARVAI, 2006)

O pesquisador crítico
 O dever do pesquisador crítico é o de revelar as tendências negativas que na sociedade impedem a emancipação
do homem.
 Isto é, na pesquisa deve sempre existir um momento em que os elementos negativos latentes na realidade sejam
identificados.

A odontologia sanitária
 A odontologia sanitária “é a disciplina da saúde pública responsável pelo diagnóstico e tratamento dos problemas
de saúde oral da comunidade”,
 Comunidade= “uma cidade ou parte dela, um estado, região, país ou grupo de países
 O que importa é a visão de conjunto da comunidade, tanto mais complexa quanto mais extensa geograficamente
e maior a população.
 A ideia de que odontologia sanitária é ‘prevenção’ ou de que é ‘assistência ao indigente, à gestante, ao escolar, ou
a qualquer outro grupo’, não tem razão de ser.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
234

 “Odontologia sanitária é trabalho organizado da comunidade, na comunidade e para a comunidade, no sentido de


obter as melhores condições médias possíveis de saúde oral.”

Assistência publica odontológica (período 1950-1980)


 Pulverizada entre diversas instituições:
o Sistema previdenciário (CAP’s, IAP’s, INPS);
o Secretaria estaduais de saúde;
o Entidades filantrópicas.

Manual de odontologia sanitária


 O “Manual de odontologia sanitária” originou-se, portanto, da prática desenvolvida por profissionais da área
odontológica em saúde pública no Brasil, nos anos 50 do século XX.

SUS e saúde bucal


 Princípios norteadores
o Universalidade da atenção;
o Integridade das ações;
o Descentralização das ações;
o Controle social.
 Odontologia: poucas experiências com outros processos de trabalho (modelo assistencial) que não o sistema
incremental;

Sistema incremental
 A principal ferramenta teórica utilizada pela odontologia sanitária para diagnosticar e tratar os problemas de saúde
oral da comunidade foi o denominado sistema incremental.
 Método de trabalho que visa o completo atendimento dental de uma população dada, eliminando suas
necessidades acumuladas e posteriormente mantendo-a sob controle, segundo critérios de prioridades quanto a
idades e problemas”
 A previsão de “uma ação horizontal por meio de um programa preventivo, o qual controla a incidência dos
problemas, e uma ação vertical por meio de um programa curativo, solucionando os problemas prevalentes.
 Paralelamente, um programa educativo fornece apoio a estas ações”.
Fernanda Lacerda – 5º Período
Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
235

Algumas experiências no brasil...


 Programa de inversão da atenção;
 Atenção precoce em odontologia;
 A odontologia com base no núcleo familiar (EBS / PSF);

A odontologia de mercado
 A odontologia de mercado jamais perdeu a hegemonia no sistema de saúde brasileiro.
 É a concepção de prática centrada na assistência odontológica ao indivíduo doente,no restrito ambiente clínico-
cirúrgico, não apenas predomina no setor privado, exerce influência sobre os serviços públicos.
 A essência da odontologia de mercado está na base biológica e individual sobre a qual constrói seu fazer clínico,
e em sua organicidade ao modo de produção capitalista, com a transformação dos cuidados de saúde em
mercadorias, solapando a saúde como bem comum sem valor de troca, e impondo-lhes as deformações
mercantilistas e éticas sobejamente conhecidas.
 Ainda na contemporaneidade , no início do século XXI, a maioria dos serviços públicos odontológicos brasileiros
reproduz, mecâ- nica e acriticamente, os elementos nucleares do modelo de prática odontológica no setor privado
de prestação de serviços.

A odontologia social e preventiva


 Apogeu na ditadura militar (1968-1978), as formulações teóricas da odontologia sanitária foram associadas a esse
contexto autoritário, entrando em declínio nos anos 80.
 Com a redemocratização em todo territótio nacional na segunda metade do século passado testemunhou o
surgimento de várias odontologias no Brasil.
 No meio acadêmico, consagrou-se a expressão “odontologia social e preventiva” como locus dessa profusão de
proposições.

“Odontologia e saúde bucal coletiva” (NARVAI)


 O autor discorre sobre as seguintes odontologias: sanitária, preventiva, social, simplificada, integral, comunitária e,
também, a saúde bucal coletiva, analisando-as vis-a-vis com os contextos nas quais emergiram, e explorando
suas conexões com propostas mais gerais para o setor saúde e com diferentes projetos de sociedade.

Saúde bucal coletiva


 A saúde bucal coletiva (SBC) advoga que a saúde bucal das populações “não resulta apenas da prática
odontológica, mas de construções sociais operadas de modo consciente pelos homens, em cada situação
concreta – aí incluídos os profissionais de saúde e, também os cirurgiões-dentistas.
 Sendo processo social, cada situação é única, singular, histórica, não passível portanto de replicação ou
reprodução mecânica em qualquer outra situação concreta, uma vez que os elementos e dimensões de cada um
desses processos apresentam contradições, geram conflitos e são marcados por negociações e pactos que lhes
são próprios, específicos”.
 Cada situação é singular
 Tal concepção implica uma ruptura epistemológica com a odontologia de mercado, cujo marco teórico assenta-se
nos aspectos biológicos e individuais – nos quais fundamenta sua prática – desconsiderando em sua prática essa
determinação de processos sociais complexos.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
236

A Estratégia Saúde da Família tem se mostrado como, senão a única, uma das melhores estratégias para a
reorganização do modelo de saúde vigente no Brasil. Nele a assistência à saúde não está somente centrada no
indivíduo, mas sim em ações que contemplam o seu núcleo familiar, o meio onde ele vive e suas relações com a
sociedade.

MODELO MÉDICO ASSISTENCIAL PRIVATISTA; MODELO ASSISTENCIAL SANITARISTA; MODELO


DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Ações para lidar com a saúde e a doença - São, as necessidades em saúde que, nas diferentes culturas, condicionam
como os homens organizam e executam ações de saúde a partir da criação de organizações e instituições.

Povos indígenas- alteridade - Povos indígenas brasileiros, por exemplo, ainda nos dias atuais, explicam a doença como
expressão de forças sobrenaturais e, coerentemente, organizam rituais conhecidos como “pajelança” para lidar com os
problemas.

14ª Conferência Nacional de Saúde( 2011)


 Foi aprovado um documento em que se afirma que a saúde “integra as políticas de Seguridade Social, conforme
estabelecido na Constituição Brasileira, e necessita ser fortalecida como política de proteção social [...].
 A ordenação das ações políticas e econômicas deve garantir os direitos sociais, a universalização das políticas
sociais e o respeito às diversidades étnico-racial, geracional, de gênero e regional.

Em defesa do: “Desenvolvimento sustentável e um projeto de Nação baseado na soberania, no crescimento sustentado
da economia e no fortalecimento da base produtiva e tecnológica para diminuir a dependência externa”

Os modelos de atenção à saúde:


 Diferentes compreensões expressam de modo síncrono e não hierárquico distintos modos de perceber e conceber
a saúde e a doença – que levam à organização, na contemporaneidade, de distintos sistemas de ações e
operações, os quais podem ser caracterizados como modelos de atenção à saúde.

Complexidade do conceito de necessidades em saúde


 “As necessidades em saúde têm várias dimensões, implicando lidar com um conjunto amplo e complexo de
variáveis.
 Estas incluem as relacionadas à dimensão individual e ao âmbito coletivo.
 Nem todas as necessidades em saúde são conhecidas ou sentidas por indivíduos e comunidades.
 Daí resulta a complexidade do conceito de necessidades em saúde e, também, as dificuldades para organizar
adequados sistemas de saúde, compatíveis com as necessidades das pessoas e populações”.

Constituição de 1988
 “Estado Democrático de Direito.Ao determinar que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”
 “Esse direito deve ser “garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença
e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação” e fixa princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
237

Determinação social do processo saúde-doença


 “Segundo o qual saúde, doenças e enfermidades resultam também de processos sociais, além de microrganismos
e outros fatores biológicos”.

Identificar e conhecer as necessidades de saúde das populações


 “Para essa tarefa, são indispensáveis os conhecimentos epidemiológicos e seus instrumentos – um desses
instrumentos são os inquéritos populacionais de saúde”.

Segundo PAIN (2011):


 Coexistem no Brasil de forma ora contraditória ora complementar, dois modelos de atenção à saúde:
 “o modelo médico-assistencial privatista” e o “modelo assistencial ‘sanitarista’”
O modelo médico-assistencial privatista
 “Também identificado como modelo médico hegemônico, hospitalocêntrico ou biomédico, predomina no sistema
de saúde brasileiro”.
 “Sua concepção de prática assenta-se na assistência ao indivíduo doente e opera com uma compreensão
biológica do fenômeno saúde-doença, centrada no profissional da saúde”.
 “Esse modelo é funcional e se ajusta ao modo de produção capitalista, uma vez que nele as ações e operações
são consideradas mercadorias, adquirindo valor de troca no mercado de bens e serviços”.
 “Mas o modelo biomédico, hegemônico, penetra e se reproduz com grande vigor também nos serviços públicos de
saúde” (ANDRADE, NARVAI,2013)
 “As condições de saúde resultam da assistência às pessoas, a partir da detecção de necessidades individuais,
sentidas ou não, e processadas no âmbito da clínica.
 Críticas ao modelo biomédico:
o Reconhecido reducionismo que o faz impotente para contemplar o conjunto dos problemas de saúde da
população como um todo
o Baixa cobertura, centro na demanda espontânea e incompetência para desenvolver ações coletivas”.

Modelo Assistencial Sanitarista


 Por outro lado, a essência do modelo assistencial “sanitarista” está no “enfrentamento de problemas de saúde
selecionados e no atendimento de necessidades específicas de determinados grupos” mediante campanhas e
programas especiais (tuberculose, hanseníase, gestantes, dentre outros).
 Remete, portanto, às iniciativas higienistas, de caráter coletivo e massivo, típicas da Saúde Pública
institucionalizada no Brasil durante o século XX.

Saúde século XXI


 “A municipalização do sistema e o aprofundamento democrático da participação social em saúde, ainda que com
conflitos e contradições, representam uma conquista e um desafio à descentralização e à “participação da
comunidade” como princípios organizativos do SUS”.

“Tendo em vista as limitações do modelo de atenção “sanitarista” e as deformações mercantilistas do modelo


biomédico (ou seja, do modelo médico-assistencial privatista)”: surgem modelos contra-hegemônicos

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
238

Modelos alternativos contra-hegemônicos


 “Que considerem que as realidades constituem espaços de possibilidades, podendo-se criar alternativas de
superação a partir do pressuposto de que “[...] é possível fazer com que saúde seja mais do que uma mercadoria,
ou não só uma mercadoria, que seja assumida como um direito”.
 “[...] usufruir o mais alto padrão de saúde atingível é um dos direitos fundamentais de todo ser humano, sem
distinção de raça, religião, convicção política, condição econômica ou social [...]”.
 “Visam, portanto, tornar-se referência de uma práxis que procura fazer oposição à lógica do mercado e romper
com o status quo” .

Modelo da Vigilância em Saúde


 É compreendida como um modelo de atenção que incorpora, mas não se limita aos dois (referidos) modelos
vigentes.
 Corresponde, portanto, a uma forma de planejar, organizar, executar e avaliar ações de saúde, que propõe
mudanças em relação aos seguintes aspectos: 1) Sujeito; 2) Objeto; 3) Meios de Trabalho; e 4) Formas de
Organização.
 Tal modelo reivindica a participação da população organizada que, juntamente com uma equipe multiprofissional,
define prioridades com base nos “danos, riscos, necessidades e determinantes dos modos de vida e saúde
(condições de vida e trabalho)”.
 Para o modelo da Vigilância da Saúde é essencial, portanto, desenvolver ações que levem em conta as
necessidades coletivas, que podem ser identificadas por diversos instrumentos, dentre os quais o inquérito
populacional.

A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA/ A ESTRATÉGIA SAÚDE BUCAL/ PROGRAMA BRASIL


SORRIDENTE
A Estratégia Saúde da Família (ESF)
 Visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde
 É tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e
consolidação da atenção básica.
 Favorece a reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e
fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e
coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) / Equipe multiprofissional


 Equipe multiprofissional ou Equipe de Saúde da Família – eSF) composta por, no mínimo:
o Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade;
o Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;
o Auxiliar ou técnico de enfermagem;
o Agentes comunitários de saúde.
 Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou
especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
239

Política Nacional de Atenção Básica


 Mais informações sobre as atribuições das equipes de Saúde da Família, assim como de cada profissional, você
encontra nos itens 4.3 e 4.4 da Política Nacional de Atenção Básica.

Critérios de equidade para o número de pessoas atendidas por equipe


 Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média
recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição.
 Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele
território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por
equipe.

A Equipe de Saúde Bucal na estratégia Saúde da Família- O vínvulo territorial


 A Equipe de Saúde Bucal na estratégia Saúde da Família representa a possibilidade de criar um espaço de
práticas e relações a serem construídas para a reorientação do processo de trabalho e para a própria atuação da
saúde bucal no âmbito dos serviços de saúde.
 Dessa forma, o cuidado em saúde bucal passa a exigir a conformação de uma equipe de trabalho que se
relacione com usuários e que participe da gestão dos serviços para dar resposta às demandas da população e
ampliar o acesso às ações e serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, por meio de
medidas de caráter coletivo e mediante o estabelecimento de vínculo territorial.

Equipe de Saúde Bucal (ESB)


 O processo de trabalho das ESB fundamenta-se nos princípios da universalidade, eqüidade, integralidade da
atenção, trabalho em equipe e interdisciplinar, foco de atuação centrado no território-família-comunidade,
humanização da atenção, responsabilização e vínculo.

Existem três tipos de ESB descritas abaixo:


 Modalidade I
o Cirurgião dentista
o Auxiliar em saúde bucal ou técnico em saúde bucal
 Modalidade II
o Cirurgiao dentista
o Auxiliar em saúde bucal ou técnico em saúde bucal
o Técnico em saúde bucal
 Modalidade III
o Unidade odontológica móvel

Ações das Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família:


 Ações de promoção e proteção de saúde;
 Ações de recuperação;
 Prevenção e controle de câncer bucal;
 Incremento da resolução da urgência;
 Inclusão de procedimentos mais complexos na Atenção Básica;

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
240

 Inclusão da reabilitação protética na Atenção Básica.

Atribuições dos profissionais de Saúde Bucal


 Independente da modalidade adotado recomenda-se que os profissionais de Saúde Bucal, compartilhem a gestão
e o processo de trabalho da equipe tendo responsabilidade sanitária pela mesma população e território que a ESF
à qual integra, e com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus componentes.

O Brasil Sorridente
 Criado em 2004, o Programa Brasil Sorridente faz parte da Política Nacional de Saúde Bucal e prevê uma série de
ações para facilitar e ampliar o acesso da população ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros por meio
do Sistema Único de Saúde (SUS).
 É o programa do governo federal criado para garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde
bucal da população brasileira.
 O Brasil Sorridente reúne uma série de ações para ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito, por
meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
 Maior programa público de saúde bucal do mundo, o Brasil Sorridente começou há dez anos e apresenta avanços
consideráveis na saúde dos brasileiros.
 Antes do Brasil Sorridente, o País não tinha política pública de saúde para o setor. Apenas quem podia pagar por
uma consulta tinha cesso a atendimento odontológico no Brasil.

Pesquisa antes do Brasil Sorridente


 A falta de assistência foi atestada pela pesquisa SB Brasil, realizada em 2003 pelo Ministério da Saúde: 20% da
população já havia perdido todos os dentes, 13% dos adolescentes nunca haviam ido ao dentista e 45% não
possuíam acesso regular a uma escova de dentes.

Organização Mundial de Saúde


 De um cenário desolador em 2003, o Brasil passou a figurar, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),
em um seleto grupo de países considerados com baixa prevalência de cáries.
 “Saímos do país sem política pública de saúde bucal para o país que em 2010 estava com 48% das crianças
consideradas livres de cáries”

Números
 São 23 mil equipes de saúde bucal em todo o País e 90% dos municípios tem ao menos uma equipe atuando.
 Em 2012, foram 410 mil próteses entregues.
 O programa Brasil Sorridente beneficia, atualmente, 70,6 milhões de brasileiros. Hoje, são 22.213 equipes de
Saúde Bucal (ESB) no País.
 Em 2010, o número era de 20.424. O programa cobre 4.903 municípios. Em 2010, eram 4.830 municípios,
abrangendo mais de 65,1 milhões de habitantes.
 Atualmente, o Brasil conta com 942 Centros de Especialidades Odontológicas, em 773 municípios brasileiros.
 Em 2010, eram 853 CEOs, e em 2011 saltou para 882.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária
241

O Brasil Sorridente
 As principais linhas de ação do programa são:
1. Reorganização da Atenção Básica em saúde bucal, principalmente com a implantação das ESB na Estratégia
da Saúde da Família
2. Ampliação e qualificação da Atenção Especializada, em especial com a implantação de Centros de
Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Prótese Dentárias.

O Brasil Sorridente contempla ainda o Brasil Sorridente Indígena e apresenta interface com outras ações
desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, o que ajuda a compreender seu alcance.

Ações Afirmativas do governo federal para Saúde Bucal:


 Programa Saúde na Escola;
 Brasil sem Miséria;
 Plano Nacional para Pessoas com Deficiência;
 Qualificação Profissional e Científica e Fluoretação das Águas de Abastecimento Público.

Fernanda Lacerda – 5º Período


Odontologia – UniFOA – Gestão em Saúde Comunitária

Você também pode gostar