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ESTUDO DIRIGIDO PELOS LIVROS E ACERVOS DA BIBLIOTECA:

Cohen et.al., 2011 Lopes et.al., 2015

Profª. Priscila Duarte


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Apicigênese x Apicificação
 Apicigênese : à complementação radicular fisiológica em
dentes que apresentam tecido pulpar ainda com vitalidade,
pelo menos na porção apical do canal radicular (com
existência de viável bainha de Hertwig).
► Apicificação: à indução do fechamento do forame apical,
em dentes com necrose pulpar.
► Sendo assim a complementação ou o fechamento do forame apical estão relacionados com
os seguintes fatores:
1) Estágio de desenvolvimento da raiz do dente;
2) Condições da polpa dentária e dos tecidos perirradiculares no
momento da intervenção;
3) Substância irrigadora empregada.
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Avaliação radiográfica

 Estágio de desenvolvimento da raiz e as condições do segmento


apical, que poderá apresentar-se: de forma divergente, paralela ou
ligeiramente convergente.

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 Astrês situações distintas da condição pulpar
na Rizogênese:

DENTE COM VITALIDADE PULPAR

DENTE COM TECIDO PULPAR VIVO APENAS NO SEGUEIMENTO APICAL


DO CANAL RADICULAR;

DENTE COM NECROSE TOTAL DO CONTEÚDO PULPAR

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DENTES COM VITALIDADE PULPAR

A pulpotomia é um tratamento conservador, sendo seu objetivo a


remoção total da polpa coronária viva, sã ou inflamada, mantendo-se
a porção radicular (Lopes et.al., 2015).

Quando ainda existirem dúvidas quanto à condição do tecido


pulpar, é possível estabelecer um período de espera com controle
periódico cuidadoso, objetivando obter dados mais conclusivos.

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Objetivos do Tratamento Seleção de Casos

• Se o paciente manifestar dor pulpar


espontânea ou se a polpa estiver exposta,
a situações em que a pulpotomia será
necessária.
•Manter a polpa vital e permitir a
complementação radicular. • Hemorragia abundante quando da
remoção da porção coronária pulpar.

• Sangue com uma


coloração vermelho-rutilante.
• Tecido
pulpar/remanescente pulpar com
consistência firme e coloração róseo-
avermelhada.

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 Vídeo Dr Leonardo Muniz: pulpotomia
 https://www.youtube.com/watch?v=CTx0e0QeUkA

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DENTES PORTADORES DE TECIDO PULPAR VIVO NO
SEGMENTO APICAL DO CANAL RADICULAR
A Pulpectomia deverá estender-se em sentido apical até
atingir tecido pulpar vivo, de consistência firme e
coloração róseo-avermelhada.

Esse limite cervical de corte da polpa, todavia, varia em


função da dimensão e da condição do tecido vital
existente no segmento apical e do grau de
desenvolvimento do ápice radicular

Deve se manter de 2 a 3 mm aquém do ápice


radiográfico (início da divergência apical)

(Cohen et.al., 2011) É necessário então a criação de uma barreira apical

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(Cohen et.al., 2011)

➢ tampão apical é utilizado com objetivo mecânico e biológico.


Objetivo mecânico é atuar como um obstáculo ao
extravasamento da guta-percha e do cimento utilizado na obturação
do canal e
Objetivo biológico é favorecer a reparação por
deposição de um tecido mineralizado junto à área crítica apical

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 A reparação apical e perirradicular dos dentes com
rizogênese incompleta envolvem:
• Odontoblastos: quando alguns fragmentos pulpares são
preservados na região apical.
• Papila dentária e bainha de Hertwig: quando
preservadas, mesmo que desorganizadamente e na
ausência de lesão perirradicular. Nesse caso, haverá
células diferenciando-se em odontoblastos para promover
a formação de dentina.
• Cementoblastos e células mesenquimais indiferenciadas
jovens do ligamento periodontal, cuja diferenciação e
atividade acarretam a produção de matriz cementoide e
osteoide para complementar a formação da raiz.
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Segundo Cohen et.al., 2011:
 Existem duas correntes sobre o processo de reparação da região apical de dentes
com rizogênese incompleta.
 A primeira A colocação de uma substância no interior do canal radicular que irá
estimular ou despertar a memória genética das células e provocar o
desenvolvimento ou fechamento apical. O processo de reparo ocorre quando os
restos necróticos e microrganismos do canal radicular são removidos, sendo o
material utilizado apenas para preencher o espaço criado.
 A segunda embora o desenvolvimento ou fechamento apical seja um processo
natural, as células do periápice devem ser estimuladas por um ativador biológico
com o objetivo de favorecer a reparação.
 Se após a colocação do material obturador ainda restar apreciável parte de polpa dentária na
porção apical, a raiz do dente poderá crescer, exibindo características morfológicas
semelhantes às de um dente normal.
 O tecido conjuntivo frouxo, situado ao nível apical, apresenta comportamento similar ao
localizado na câmara coronária e radicular, quando em contato com o hidróxido de cálcio. No
entanto, na maioria dos casos, o crescimento da raiz se dá em virtude deposição de cemento.

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Cuidados
► Respeitar os 3mm finais do canal,
►A Pulpectomia é realizada com limas Hedstrom (Cohen et.al., 2011).
► Antes, durante e após a instrumentação, devem ser realizadas
a irrigação-aspiração e a inundação da cavidade pulpar com
solução salina (soro fisiológico),
►A Clorexidina pode ser a substância química de eleição no
tratamento de dentes com polpa necrosada associada à
rizogênese incompleta (Lopes et.al., 2015 ; Cohen et.al., 2011).

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CONTROLE RADIOGRÁFICO
 Exames clinico e radiográficos: mensal com troca de curativo.

 Observar a complementação e o selamento apical (simples, duplo


ou total), normalmente 3 á 6 meses após o tratamento;
 Não ocorrendo a complementação apical, devemos repetir a
técnica descrita.

 Completada a formação apical, procedemos à remoção da pasta


do interior do canal radicular, até o limite da barreira de tecido
duro e realiza-se, dentro da sequência de técnica, a obturação do
canal, geralmente pela técnica da compactação lateral ou da
guta-percha termoplastificada.
(Lopes et.al., 2015)
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 Formação da barreira apical

(Cohen et.al., 2011)

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DENTES COM NECROSE NO SEGUIMENTO
APICAL

 A reparação e a complementação da raiz estão na


dependência do combate à infecção.
 A escolha será por um medicamento intracanal com
efetiva ação antimicrobiana e de preenchimento.
 O material será inserido na região apical com o
emprego de instrumentos especiais (seringas) ou mesmo
levado com auxílio de instrumentos endodônticos de
ponta truncada (compactadores). O material deve ser
colocado numa extensão de até 3 mm e seu limite
apical comprovado pelo exame radiográfico
(Cohen et.al., 2011)

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1ª Consulta
1. Anestesia local, isolamento absoluto 5. Secagem do canal com cones de papel
estéreis;
2. Acesso coronário irrigando copiosamente a
câmara pulpar com NaOCl a 2,5%; 6. Preenchimento do canal com hidróxido de
cálcio ou uma associação de dois ou três
3. Determinação da odontometria com uma antibióticos (ciprofloxacina, metronidazol e
lima posicionada a 1 mm do término radicular; minociclina, empregando não mais de 100 μg
de cada medicamento/mL);
4. irrigação do canal radicular com NaOCl a
1,5% (20 mL/canal por 5 minutos), seguida de 7. Selamento coronário provisório com
irrigação com soro fisiológico (20 mL/canal por ionômero de vidro.
5 minutos), por meio de agulha de irrigação
posicionada a 1 mm do término radicular;

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Consulta Final (2ª): Agendada 2 a 4 semanas
após a primeira consulta
O sangramento deve ser mantido a 3 mm da
1. Exame clínico prévio para assegurar junção cemento/esmalte; após 15 minutos,
ausência de sensibilidade moderada ou forma-se um coágulo sanguíneo nesse local.
severa à percussão e à palpação. 7. Uma vez formado o coágulo, coloca-se uma
2. Anestesia local, camada de aproximadamente 3 mm de MTA
3. Isolamento absoluto branco sobre este.
4. Acesso ao canal e irrigação com EDTA a 8. Aloca-se uma camada de ionômero de
17% (30 mL/canal, 10 minutos) vidro suavemente sobre o MTA,
5. Secagem do canal com cones de papel 9. Restauração com resina composta Por meio
estéril. de exame clínico e radiográfico,
6. Indução de sangramento no canal girando 10. Proservação deve ser realizada após 3 e 6
uma lima nº 25 pré-curvada até 2 mm além do meses e, anualmente, durante 4 anos.
forame apical.
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Manobra do Controle
tampão apical de 1ano
após 7 dias

Controle 6 anos
(Cohen et.al., 2011) Profª. Priscila Duarte
CONTROLE RADIOGRÁFICO
 Exames clinico e radiográficos: 1, 3 e 6 meses.

 Observar a complementação e o selamento apical (simples, duplo


ou total), normalmente 3 a 6 meses após o tratamento
 Não ocorrendo a complementação apical, devemos repetir a
técnica descrita

 Completada a formação apical, procedemos à remoção da pasta


do interior do canal radicular, até o limite da barreira de tecido
duro e realiza-se, dentro da sequência de técnica, a obturação do
canal, geralmente pela técnica da compactação lateral ou da
guta-percha termoplastificada.
(Lopes et.al., 2015)
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Revascularização
Deverar ser avaliado:
 tecido pulpar a fim de permitir o completo desenvolvimento
radicular em dentes com polpa necrosada com ou sem lesão
perirradicular.
 dimensões do ápice e ao estágio de desenvolvimento radicular.
 Quanto menor a abertura apical, menor será o suprimento sanguíneo para
o interior do dente. Dentes com um fluxo sanguíneo restrito provavelmente
terão mais dificuldade em responder ao tratamento, influenciando no
prognóstico
 Ápice mais aberto permite a distribuição de células-tronco mesenquimais
para dentro do espaço pulpar.

 A idade do paciente pode influenciar no prognóstico da


revascularização pulpar.
 De acordo com Garcia-Godoy & Murray,66 a terapia de revascularização
apresenta maior taxa de sucesso, quando realizada em pacientes jovens e
saudáveis, entre 16/18 anos de idade.
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 A condição de um dente jovem com ápice aberto e raiz curta
favorece a invaginação de um novo tecido para o espaço pulpar.
A polpa necrosada, porém não infectada, pode funcionar como
uma matriz na qual um novo tecido poderá se desenvolver

 não se pode afirmar que o novo tecido formado no espaço pulpar


seja realmente uma polpa dental

 A ação mecânica de instrumentos endodônticos é, na maioria das


vezes, contraindicada, pois agravaria a fragilidade das paredes
dentinárias.

 Tríade da Bioengenharia: células-tronco, arcabouços e fatores de


crescimento.
 Portanto, após o protocolo de desinfeção, é fundamental a
sobrevivência das células-tronco, uma vez que elas participam da
regeneração tecidual (Cohen et.al., 2011).

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Objetivos do Tratamento Seleção de Casos

• Promover o completo desenvolvimento • Dente permanente com necrose pulpar e


radicular com evidências radiográficas de ápice radicular aberto.
aumento da espessura da parede do canal
e fechamento do forame apical.
• Dente que não necessite de retentor
intrarradicular.

• Manutenção do dente, principalmente


durante o desenvolvimento craniofacial. • Paciente sem alergia a medicamentos e
antibióticos utilizados no tratamento.

• Paciente/responsável colaboradores
• Tratar a lesão perirradicular.

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Controle de 3 anos

(Cohen et.al., 2011) Profª. Priscila Duarte


Medicação para casos de
Rizogênese
 Hidróxido de cálcio
 Trióxido mineral (MTA)
 MTA é um material cuja composição química é similar ao cimento
Portland agregado a outras substâncias.
 estimular a neoformação dentinária, ação antibacteriana, promove
um selamento adequado, prevenindo a microinfiltração.
 É um material biocompatível e não tem potencial carcinogênico. É
pouco solúvel e a massa obtida não se dilui quando em presença de
líquidos teciduais, sendo essa uma vantagem sobre pastas e cimentos
à base de hidróxido de cálcio

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Considerações Finais
 Rizogênese incompleta dos dentes permanentes.
 Se o clínico não estiver familiarizado com a interpretação de
radiografias em crianças, ou não possuir radiografias de boa
qualidade, essas condições normais podem facilmente ser mal-
interpretadas como alterações patológicas que necessitem de
tratamento.
(Cohen et.al., 2011)

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ESTUDO DIRIGIDO POR LIVROS E ACERVOS: CAPÍTULO 17 CAMINHOS DA POLPA E CAPÍTULO 23 LOPES E
SIQUEIRA JR

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 É UMA EMERGÊNCIA QUE EXIGE MAIOR ATENÇÃO CLÍNICA PARA TODOS OS
TECIDOS INTERNOS E EXTERNOS ENVOLVENDO A REGIÃO DE INJÚRIA.

 Crianças de 7-12 anos.

 Região anterior da boca, afetando mais a maxila do que a mandíbula

 O dente mais vulnerável é o incisivo central superior, que envolve


aproximadamente 80% das injúrias dentárias, seguido pelo lateral superior e
pelos incisivos centrais e laterais inferiores

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 Quando, como e onde ocorreu o trauma?
 Inspeção Visual
 Tecidos moles, tecidos duros, assimetria dos lados, edema, coloração
dos tecidos
 Inspeção radiográfica

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OBSERVAÇÕES DA POLPA

 TESTE TÉRMICOS “Presume-se que, após a injúria traumática, a


capacidade de condução das terminações nervosas e/ou dos
receptores sensoriais esteja suficientemente desordenada para inibir
o impulso nervoso a partir de um estímulo elétrico ou térmico. Isso
torna o dente traumatizado vulnerável a leituras falso-negativas a
partir desses testes.” (LOPE E SIQUEIRA, 2015)
 Esses testes devem ser repetidos depois de 3 semanas, 3, 6 e 12
meses e com intervalos anuais após o trauma.

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► Revelar fraturas radiculares, fraturas coronárias subgengivais, deslocamentos
dentários, fraturas ósseas, reabsorções das raízes e do osso adjacente ou objetos
estranhos.

► Atenção para investigações de trincas, linhas de fratura e reabsorções radiculares.

► Nos casos de laceração dos tecidos moles, é recomendável radiografar a área


lesada antes de suturar para ter certeza de que não há corpos estranhos envolvidos

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FRATURAS CORONÁRIAS FRATURA CORONÁRIA FRATURA COROA-RAIZ FRATURA RADICULAR
COMPLICADA
• Avaliar extensão Em quase todos os casos,
• o primeiro objetivo • Fraturas coronárias o segmento apical tem
sob o ponto de vista que envolvem • Se o dente for viável sua vitalidade mantida e
endodôntico é esmalte, dentina e do ponto de vista a vitalidade coronária
manter a vitalidade polpa. periodontal, a pode voltar ou ser
FRATURAS CORONÁRIAS
após o trauma • Terapia pulpar mantida.
polpa será tratada
FRATURA
quandoCORONÁRIA
possível conservadora, que Quando uma raiz fratura
como no caso da
•COMPLICADA
Obstruir qualquer consiste em fratura coronária. horizontalmente, o
possibilidade dos capeamento segmento coronário é
túbulos dentinários pulpar, pulpotomia deslocado em um grau
ficarem expostos parcial ou variável, mas geralmente
(contaminação e pulpotomia total, o terço apical não é
sensibilidade) ou deslocado.
• Pulpectomia
A escolha do tratamento depende do estágio de desenvolvimento do
dente, do tempo entre o traumatismo e o tratamento, da lesão periodontal
concomitante e do plano de tratamento restaurador.

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Profª.
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(Cohen et.al., 2011)

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Barreira de Pulpotomia e Controle de 6
proteção pulpar meses

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(Cohen et.al., 2011)

Controle 0 meses, 6 meses, 18 meses, 18 meses com tto endo e ÁPICEGENESE


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REVASCULARIZAÇÃO CONTROLE 7 MESES E 24 MESES(Cohen et.al., 2011)

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 Vale ressaltar que, após o traumatismo dentário em dentes com rizogênese
incompleta, nos quais o segmento apical da raiz ainda não está formado,
podem ocorrer a revascularização e a reinervação do feixe vasculonervoso.

 Nesses casos, a revascularização ocorre entre 24 e 48 horas após o traumatismo


dentário, mantendo-se a polpa viva por um fenômeno conhecido em histologia
por embebição plasmática.

 A reinervação pode ocorrer após 40 dias na velocidade de 0,5 mm por dia.

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 Geralmente, nos dentes em desenvolvimento em que ocorrem fratura coronária
ou processo carioso antigo, com exposição pulpar, a necrose da polpa poderá
limitar-se às partes coronária e média do canal radicular, permanecendo sua
porção apical inflamada, porém com vitalidade.

 O dente, que tem como objetivo a regularização da coroa (nos casos de


fratura coronária), a remoção de toda a dentina cariada e de restaurações
defeituosas, reconstituindo-se, quando necessário, a coroa dentária com
cimento ou resina, bandas ortodônticas, coroas provisórias etc.

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A B C D

Padrões de cicatrização após fraturas radiculares horizontais. A, Cicatrização com tecido calcificado.
B, Cicatrização com tecido conjuntivo interposto. C, Cicatrização com osso e tecido conjuntivo. D,
Tecido conjuntivo interposto sem cicatrização. (Cohen et.al., 2011)

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(Cohen et.al., 2011)
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 As lesões de luxação e avulsão geralmente resultam em necrose pulpar e dano
à camada protetora de cemento da raiz. A possível complicação de infecção
pulpar numa raiz que perdeu sua camada protetora de cemento torna estes
danos potencialmente agressivos, e o tratamento emergencial correto e
endodôntico muito importantes.
 1. Concussão: ausência de deslocamento, mobilidade normal, sensibilidade à
percussão.
 2. Subluxação: sensibilidade à percussão, mobilidade aumentada, sem
deslocamento.
 3. Luxação lateral: deslocamento vestibular, lingual, distal ou incisal.
 4. Luxação extrusiva: deslocamento na direção coronária.
 5. Luxação intrusiva: deslocamento na direção apical dentro do alvéolo

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 A avaliação clínica dos dentes deve ter ênfase particular na dor à percussão e
na mobilidade.
 A avaliação radiográfica é de vital importância para detectar a extensão do
deslocamento e a presença ou não de fratura radicular.
 INCIDÊNCIA:
 As injúrias por luxação são as mais comuns de todas as injúrias dentárias, com
incidências reportadas variando de 30% a 44%.
 As injúrias por luxação resultam em danos ao aparato de inserção (ligamento
periodontal e camada de cemento)

INTRUSÃO CONCUSSÃO
CAUSA CAUSA
MAIOR MENOR
DANO DANO

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 A oclusão deve ser checada e ajustada, se necessário.
 O tratamento endodôntico não deve ser realizado
nesta consulta, pois os resultados negativos dos testes
de sensibilidade e a alteração de cor podem ser
reversíveis.
 Controle de três semanas, 3, 6, 12 meses e anualmente.
 Necrose pulpar pode ser diagnosticada aos 3 meses.

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 Sinais clínicos de sangramento ao nível do sulco
gengival,

 Oclusão deverá ser avaliada.

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 O dente encontra-se deslocado lateralmente (a coroa usualmente está
deslocada no sentido palatino) e sangramento sulcular está usualmente
presente.
 O dente geralmente encontra-se sensível à percussão
 Deve ser cuidadosamente reposicionado por sentido coroa vestibular e
ápice para palatina.
 O reposicionamento requer anestesia.
 Se o dente estiver com mobilidade após reposicionamento, deve ser
esplintado da mesma forma que para avulsão.
 Controle por 3 semanas e realizar teste de vitalidade pulpar.
 Em dentes imaturos, se não houver revascularização; ao sinal de necrose,
deverá ser realizado tto endodôntico a fim de evitar reabsoção inflamatória

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 Luxação Extrusiva (Extrusão) O diagnóstico e apresentação clínica,
tratamento e acompanhamento são essencialmente os mesmos para as
luxações laterais.

 Luxação Intrusiva (Intrusão) O dente é empurrado para o interior de


seu alvéolo e apresenta-se firmemente preso, com um som metálico ao teste de
percussão e em infra oclusão.
Avaliação radiográfica é essencial para checar a extensão e a posição do dente intruído
Pior dano podendo levar a ocorrência de anquilose e reabsorção por substituição.
reabsorção inflamatória externa pode se desenvolver se o tratamento endodôntico não for
realizado a tempo.
A obliteração do canal é ocorrência comum nas luxações

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 intervenção emergencial rápida,
 Se o ligamento periodontal que ficou inserido na superfície radicular não
ressecar, as consequências da avulsão dentária geralmente são mínimas.

Os cementoblastos que se movem mais lentamente não podem recobrir toda a


superfície radicular a tempo e é provável que em certas áreas o osso irá se inserir
diretamente sobre a superfície da raiz. Durante o período de remodelação óssea
fisiológica, toda a raiz será substituída por osso. Isso é denominado substituição óssea ou
reabsorção por substituição

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 Tratamento de Emergência no Local da Lesão:
 Reimplantar se possível ou colocar em um meio apropriado
de armazenamento com mais sucesso nos primeiros 15 a 20
minutos
 Os meios de armazenamentos sugeridos, por ordem de
preferência, são:
1. leite,
2. saliva (seja no vestíbulo da boca ou em um recipiente
no qual o paciente a tenha coletado),
3. solução salina fisiológica e
4. água

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 O alvéolo é delicadamente irrigado com solução salina e, quando da
remoção de coágulos ou fragmentos, suas paredes devem ser
cuidadosamente examinadas,

 Radiografia da região em 3 posições para estudo de trinca em alvéolo,

 TEMPO EXTRAORAL < 60 MINUTOS.

 TEMPO EXTRAORAL > 60 MINUTOS. Dente aberto pode ser tratado fora da boca
ou no retorno de 7-10 dias

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AVULSÃO COM CONTROLE
ÁPICE ABERTO DE 12 ANOS

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 Uma técnica de esplintagem que permita o movimento fisiológico do dente
durante a reparação e permaneça no local por pouco tempo resulta na
diminuição da incidência de anquilose.
 Fixação semirrígida (fisiológica) por 7 a 10 dias é recomendado, avaliação e
inicio do tto endodôntico.
 Radiografia deve ser realizada para verificar a posição do dente.
 Deve ser removido depois de 7 ou 10 dias e se envolver fratura de alvéolo de 4 a
8 semanas.

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 TERAPIA COMPLEMENTAR deve-se administração de antibióticos sistêmicos, A tetraciclina
tem uma vantagem adicional na diminuição da reabsorção radicular, porque afeta a
motilidade dos osteoclastos e reduz a efetividade da enzima colagenase.

 Reforçar a necessidade de uma higiene oral adequada ao paciente, o uso de enxágues


com Clorexidina por 7 a 10 dias pode ser útil.

 O paciente deve ser encaminhado a um médico para consulta em relação a um reforço


contra o tétano dentro de 48 horas a partir da consulta inicial.

 O hidróxido de cálcio é trocado a cada 3 meses em uma variação de 6 a 24 meses ou


até que seja possível cer o reparo do ligamento periodontal radiograficamente.

 As avaliações de acompanhamento devem ocorrer aos 3 e aos 6 meses e anualmente


por no mínimo 5 anos
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 A revascularização é possível em dentes jovens, com ápices
incompletamente formados, se estes forem recolocados em sua posição
inicial dentro de 60minutos após a injúria.

 Em dentes com ápices fechados, a revascularização não pode ocorrer.


 Esses dentes devem ser tratados endodonticamente em 7 a 10 dias após a injúria
antes que a polpa necrosada por isquemia se torne infectada.

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 1. Na reabsorção radicular inflamatória EXTERNA
a polpa necrosada infectada produz o estímulo para a inflamação
periodontal. Se a situação tem origem onde o cemento foi danificado por uma
injúria traumática, bactérias e seus produtos presentes no espaço pulpar são
capazes de se difundir através dos túbulos dentinários e estimular uma resposta
inflamatória sobre amplas áreas do ligamento periodontal. Novamente, por causa
da falta de proteção cementária, a inflamação periodontal incluirá reabsorção
radicular assim como a esperada reabsorção óssea.

 2. Na reabsorção radicular inflamatória INTERNA


polpa inflamada é o tecido envolvido na reabsorção da estrutura radicular.
Tanto a polpa necrosada infectada como a polpa inflamada contribuem para
este tipo de reabsorção radicular
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(Cohen et.al., 2011) Profª. Priscila Duarte
❑ Em dentes maduros, a regeneração pulpar não pode ocorrer e,
geralmente em três semanas, a polpa necrosada tornar-se-á infectada.

❑ Produtos bacterianos podem passar através dos túbulos dentinários e


estimular uma resposta inflamatória no ligamento periodontal
correspondente.

❑ Um tecido de granulação com linfócitos, plasmócitos e leucócitos


polimorfonucleares. As células gigantes multinucleadas reabsorvem a
superfície desnuda da raiz e isso continua até que o estímulo seja
removido.

❑ Radiograficamente se apresenta áreas radiolúcidas progressivas da raiz e


do osso adjacente.

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 Controle de 7 a 10 dias após a injúria
 Tratamento com Hidróxido de Cálcio pa (após 3 meses)

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EXTERNA
EXTERNA SUBSTITUTIVA EXTERNA APICAL
Teste de Vit -

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EXTERNA
APICAL

EXTERNA LATERAL EXTERNA CERVICAL INVASIVA


dependendo da
extensão pode ter
teste + ou – ao frio
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❑ Não é incomum o teste de vitalidade dar negativa, embora ainda possa
existir polpa no terço apical da raíz.

❑ Mancha rósea da coroa pode estar presente em casos de reab. interna e


na externa nos casos de subepitelial.

❑ A parte apical do canal é limpa e preparada para assegurar que o


suprimento sanguíneo para o tecido que reabsorve a raiz seja
interrompido.

❑ O hidróxido de cálcio é espalhado dentro do canal já instrumentado.

❑ Radiograficamente: o contorno do canal radicular é geralmente


Distorcido como um alargamento radiolúcido.
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(Cohen et.al., 2011)

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Tratamento de
reabsorção interna
não - perfurante

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Tratamento de
reabsorção
interna perfurante

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Se o sangramento continua depois do tratamento e, particularmente, se ainda
está presente na segunda consulta, a fonte do suprimento sanguíneo é externa e
o tratamento para a reabsorção externa deve ser realizado.

Na obturação deve ser possível preencher todo o canal nos limites da reabsorção
interna. A falha na obtenção desse objetivo deve levar o clínico a suspeitar de
uma lesão externa que esteja perfurando a raiz.

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