A CAE é uma doença viral crônica causada pelo vírus CAEV que afeta caprinos de forma persistente, causando artrite, encefalite, mastite e pneumonia. Sua transmissão ocorre principalmente por meio de fluidos corporais e o diagnóstico é feito por detecção de anticorpos ou do vírus. Não existe vacina, sendo o controle realizado por testagem e eliminação dos animais positivos.
A CAE é uma doença viral crônica causada pelo vírus CAEV que afeta caprinos de forma persistente, causando artrite, encefalite, mastite e pneumonia. Sua transmissão ocorre principalmente por meio de fluidos corporais e o diagnóstico é feito por detecção de anticorpos ou do vírus. Não existe vacina, sendo o controle realizado por testagem e eliminação dos animais positivos.
A CAE é uma doença viral crônica causada pelo vírus CAEV que afeta caprinos de forma persistente, causando artrite, encefalite, mastite e pneumonia. Sua transmissão ocorre principalmente por meio de fluidos corporais e o diagnóstico é feito por detecção de anticorpos ou do vírus. Não existe vacina, sendo o controle realizado por testagem e eliminação dos animais positivos.
Conceito A CAE é uma enfermidade infecciosa viral específica de caprinos, de difícil controle, sobretudo pela indisponibilidade de vacinas e pela ampla distribuição da doença em plantéis de excelente qualidade zootécnica e grande valor econômico. Agente etiológico Vírus da Artrite Encefalite Caprina (CAEV), Vírus RNA Pertencente à família Retroviridae Gênero Lentivirus, Epidemiologia CAE é considerada cosmopolita
Causa enormes prejuízos à pecuária de inúmeros países
produtores de laticínios de excelente qualidades.
A enfermidade tem evolução crônica, caracterizando-se por
apresentar longo período de incubação, com evolução clínica lenta, progressiva
Todos os tipos raciais de caprinos susceptíveis à infecção e à
doença. Epidemiologia O controle da CAE pode ser considerada, relativamente, difícil em decorrência da indisponibilidade de vacinas e ao fato de estar amplamente disseminada nos rebanhos em todo o Brasil. Epidemiologia A CAE apesar de não causar uma mortalidade expressiva, sobretudo nos animais adultos, determina alta morbidade.
Animais jovens, filhos de fêmeas soropositivas, eleva o
número de mortes, após o nascimento e nos dois meses subsequentes por problemas nervosos, como tremores, paresias e paralisias. Fontes de infecção A infecção dos caprinos pelo vírus da CAE foi considerada como um estado vital permanente, pois o vírus persiste no organismo por toda a vida do animal, havendo a possibilidade da viremia ser permanente.(transmissão direta ou indireta) Fontes de infecção Transmissão do vírus, por meio de: fômites, agulhas, tatuadores, Ordenhadeiras, aplicadores de brincos , material cirúrgico contaminado com sangue de animal infectado. Líquidos corporais Fontes de infecção A transmissão da infecção pelo vírus causador da CAE, por via transplacentária ou por monta natural, em caprinos, ainda não foi comprovada. O aleitamento coletivo adotado em criações intensivas, foi relatado como uma forma de manejo que favoreceria a disseminação da infecção viral. Patogenia O vírus da CAE possui uma particular afinidade pelas células de linhagem mononuclear fagocitária (monócitos e macrófagos).
Esse vírus é introduzindo no organismo dos animais na maioria das
vezes pela via digestiva.
Em seguida o vírus infecta as células do sistema monocítico-
fagocitário produzindo a infecção persistente do hospedeiro
Processos inflamatórios em outros locais promovem o
recrutamento desses macrófagos infectados; desse modo, facilitam a disseminação do vírus ao pulmão, SNC, articulações e à glândula mamária. Sinais clínicos Caracteriza-se por quatro formas clinicamente distintas: Nervosa, Articular, Respiratória, Mamária. Ocorre artrite, encefalite, mastite, pneumonia e emagrecimento crônico. Sinais clínicos Os prejuízos econômicos decorrentes de qualquer uma das quatro formas clínicas da CAE foram considerados significativos:
Diminuição do período de vida produtiva do animal
Diminuição gradativa da produção de leite, predispondo a
glândula mamária às infecções, causando agalaxia e endurecimento da mama, desvalorizando comercialmente os animais de criatórios considerados infectados Sinais clínicos Cabras enfermas podem apresentar mastite aguda ou crônica.
A forma aguda apresenta-se no inicio da lactação, com
endurecimento do úbere, sem inchaço e a fêmea apresenta produção leiteira baixa ou nula.
Já a forma crônica se apresenta durante a lactação com
endurecimento do úbere com assimetria e produção de leite com aspecto normal. Sinais clínicos A forma mamária é frequente e tem grande significado econômico devido ao comprometimento da produção leiteira e predisposição a infecções secundárias da glândula mamária
Em ambas as formas, aguda e crônica
há hiperplasia persistente de linfonodos retromamários que apresentam-se com aumento de volume e consistência dura. Sinais clínicos A forma pulmonar de infecção pelo CAEV é mais rara em caprinos e ocorre com menos gravidade.
Assim como a forma nervosa que é encontrada com maior
frequência em cabritos até os 4 meses de idade.
Os animais podem apresentar ataxia e paresia uni ou bilateral dos
membros posteriores. Sinais clínicos A forma artrítica é a mais importante e é geralmente observada em animais com mais de oito meses de idade.
As alterações clínicas afetam frequentemente as articulações
carpianas, sendo observado aumento da consistência e tamanho das articulações Sinais clínicos A apresentação pulmonar é mais rara e de pouca gravidade, pode seguir ou acompanhar a forma encefálica e é percebida apenas quando o animal é exitado
Seus sintomas são: tosse, taquipneia, consolidação pulmonar,
som úmido à auscultação e comprometimento do estado geral Sinais clínicos A forma encefálica é mais comum em cabritos de um a quatro meses de idade ou mais raramente em caprinos mais velhos em associação com a artrítica
Os animais mesmo mantendo o apetite e o
estado ativo, apresentam ataxia e paresia uni ou bilateral dos membros posteriores, que evoluem para tetraparesia
A marcha do animal é curta e inconsciente,
seguida por fraqueza e por fim decúbito lateral. Diagnóstico Direto pelo isolamento ou comprovação da presença do vírus causador da doença. Diagnóstico O diagnóstico da infecção determinada pelo vírus da CAE pode ser estabelecido por métodos indiretos (detecção de anticorpos no soro sanguíneo)
Métodos sorológicos são largamente usados na detecção de
anticorpos contra os lentivírus caprinos (LVC), sendo a imunodifusão em gel de agarose (IDGA) o mais usado.
ELISA
PCR Diagnóstico Tratamento Nenhuma das formas clínicas da CAEV é curável.
O emprego de medicamentos, na tentativa de um
tratamento sintomático dos animais infectados, contribui somente para uma melhora clínica temporária.
A utilização de antibióticos para a prevenção ou combate
de processos infecciosos secundários não é recomendada, tanto por razões econômicas quanto pelo fato de promover o surgimento de cepas bacterianas resistentes. Controle Isolamento e/ou eliminação dos animais infectados, Manter banco de colostro e leite para os cabritos filhos de cabras infectadas. Manejo de desinfecção de instalações e material de uso comum aos animais Diagnóstico dos animais recém adquiridos. Controle O controle da CAE baseia-se no teste sorológico dos animais, seguido de separação ou sacrifício dos soropositivos,
Separação precoce das crias, alimentadas artificialmente com
colostro e leite tratados termicamente (56°C por 60 minutos) ou sucedâneos do colostro e leite. Profilaxia Não existem vacinas
A profilaxia é realizada por medidas de controle.
Legislação A CAE faz parte das doenças de notificação obrigatória da OIE.