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BASES para o
Plano Nacional de
Desenvolvimento da
ROTA DO CORDEIRO
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
BASES para o
Plano Nacional de
Desenvolvimento da
ROTA DO CORDEIRO
Brasília – DF
2017
@ 2017 Ministério da Integração Nacional.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada à fonte e que não seja
para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
Ouvidoria: 0800610021
Fotos:
Pesquisador da EMBRAPA Octavio Morais. ARCO – Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos.
Ficha Catalográfica
Bases para o plano nacional de desenvolvimento da rota do cordeiro / Ministério da Integração Nacional, Secretaria
de Desenvolvimento Regional. – Brasília : Ministério da Integração Nacional, 2017.
116 p. : il.
ISBN (978-85-68813-12-6)
CDU 332.146.2:636.3(812/813)
Ministério da Integração Nacional
Secretaria de Desenvolvimento Regional
As SIGLAS descritas a seguir representam instituições que se fizeram presentes as oficinas e/ou programas gover-
namentais que foram citados nos debates para realização de alguma atividade.
ABCC – Associação Brasileira de Criadores de Caprinos MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior
ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restau- e Serviços
rantes MDSA – Ministério do Desenvolvimento Social e
APL – Arranjo Produtivo Local Agrário
ARCO – Associação Brasileira de Criadores de Ovinos MEC – Ministério da Educação
ATER / ANATER – Agência Nacional de Assistência MI – Ministério da Integração Nacional
Técnica e Extensão Rural MPDG – Ministério do Planejamento, Desenvolvimen-
BB – Banco do Brasil to e Gestão
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento PAA – Programa de Aquisição de Alimentos
BNB – Banco do Nordeste do Brasil PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar
BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento PNDR – Política Nacional de Desenvolvimento Re-
BRDE – Banco Regional do Desenvolvimento do Ex- gional
tremo Sul REDESIST – Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos
CEF – Caixa Econômica Federal e Inovativos Locais
CNA – Confederação Nacional da Agricultura SDR – Secretaria de Desenvolvimento Regional
CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Vales do São Francisco e Parnaíba Pequenas Empresas
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Transportes SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão SIAL – Sistemas Integrados Alimentares Localizados
Rural SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agro- SUDAM – Superintendência do Desenvolvimento da
pecuária Amazônia
FAO – Organização das Nações Unidas para Alimen- SUDECO – Superintendência do Desenvolvimento do
tação e Agricultura Centro-Oeste
FRENTE OVINO – Frente Parlamentar Mista de Apoio SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento
a Ovinocaprinocultura do Nordeste
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma SWOT – Abreviatura das palavras Forças (Strengths),
Agrária Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportuni-
INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial ties) e Ameaças (Threats)
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- UNICAFES – União Nacional das Cooperativas de
tecimento Agricultura Familiar
MCTIC – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações
INSTITUIÇÕES LOCAIS OU DE CARÁTER REGIONAL / ESTADUAL
ACCOMCPHAP – Associação dos Criadores de Capri- APATUR – Associação Pampa Gaúcho de Turismo
nos e Ovinos do Município de Chapadinha APJ – Associação Aprender Produzir Juntos
AAUC – Associação dos Agentes em Desenvolvimento APL OVINOS e Turismo – Arranjo Produtivo Local
Sustentável da Universidade Camponesa Ovinos e Turismo do Alto Camaquã.
ACCOCOX – Associação dos Criadores de Caprinos e APPJ – Associação dos Pequenos Produtores de Jabu-
Ovinos de Coxixola ticaba
ACCODI – Associação dos Criadores de Caprinos e APROES – Associação de Produtores de Ovinos de
Ovinos de Dom Inocêncio Encruzilhada do Sul
ACCOJUS – Associação dos Criadores de Caprinos e ASANFRO – Associação dos Secretários de Agricultura
Ovinos de Jussara da Fronteira Oeste
ACCOMIG – Associação dos Criadores de Caprinos e ASCCOLE – Associação dos Criadores de Caprinos e
Ovinos do Estado de Minas Gerais Ovinos da Lagoa da Extrema
ACCOSE – Associação dos Criadores de Caprinos e ASCCOPETRO – Associação dos Criadores de Capri-
Ovinos de Sertânia nos e Ovinos de Petrolândia
ACCOSSF – Associação dos Criadores de Caprinos e ASSOCIAÇÃO LYNDOLFO SILVA – Associação dos
Ovinos do Sertão do São Francisco Agricultores e Agricultoras Familiares do Assentamento
ACCOSSF / PMD – Associação dos Criadores de Ca- Lyndolpho Silva
prinos e Ovinos do Sertão do São Francisco / Prefeitura BAHIATER – Superintendência Baiana de Assistência
Municipal de Dormentes Técnica e Extensão Rural
ACDNE – Associação Comunitária dos Pequenos Pro- CAAP – Cooperativa Agro Avícola de Petrolândia
dutores Rurais Denominada Novo Exu CAB PARAÍSO – Cabanha Paraíso
ACOPREV – Associação dos Criadores de Caprinos e CAB Salamandra – Cabanha Salamandra
Ovinos de Presidente Vargas CAPRIBOM – Cooperativa dos Produtores Rurais de
AD DIPER – Agência de Desenvolvimento Econômico Monteiro Ltda.
de Pernambuco CAR – Companhia de Ação Regional da Bahia
ADAB – Agência de Defesa Agropecuária da Bahia CCSP – Centro Comunitário de Serviços de Pintadas
ADAC – Associação para o Desenvolvimento Susten- CEDAPP – Centro Diocesano de Apoio ao Pequeno
tável do Alto Camaquã Produtor
ADAGRI – Agência de Defesa Agropecuária do Estado CEDASB – Centro de Convivência e Desenvolvimento
do Ceará Agroecológico do Sudoeste da Bahia
ADAGRO – Agência de Defesa Agropecuária de Per- CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais
nambuco CMDRS – Conselho Municipal de Desenvolvimento
ADEAP – Agência de Desenvolvimento Econômico, Rural Sustentável
Agricultura e Pecuária de Juazeiro CMDRs – Conselhos Municipais de Desenvolvimento
AGE – Agência Municipal do Empreendedor Rural
AGED – Agência Estadual de Defesa Agropecuária do CMSIM – Consórcio de Municípios do Sertão de Ita-
Maranhão parica e Moxotó
AGERP – Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária CODETER – Colegiado de Desenvolvimento Terri-
e Extensão Rural do Maranhão torial
ALE – Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco COELBA – Companhia de Eletricidade do Estado da
AMVS – Agência Municipal de Vigilância Sanitária Bahia
APACCO – Associação Paraibana de Criadores de Ca- COMAES – Comissão de Acompanhamento do Em-
prinos e Ovinos preendimento Surubim
COOAP – Cooperativa Agroindustrial de Pintadas FAEPA – Federação da Agricultura e Pecuária do Es-
COODEF – Cooperativa de Desenvolvimento da Eco- tado da Paraíba
nomia Familiar da Região dos Inhamuns Ltda. FAPEMA – Fundação de Amparo à Pesquisa e Desen-
COOFITEC – Cooperativa de Trabalhadores Profissio- volvimento Cientifico do Maranhão
nais da Fiação FARSUL – Federação da Agricultura do Rio Grande
COOFRUSA – Cooperativa Agropecuária de Santana do Sul
do Boa Vista FEIRA MOC – Feira do Movimento Organização Co-
COOMAF – Cooperativa Mista de Agricultores Fami- munitária
liares FETAEMA – Federação dos Trabalhadores Rurais Agri-
COOAFRA – Cooperativa de Produção Agropecuária cultores e Agricultoras do Estado do Maranhão
de Afrânio FETAG-RS – Federação dos Trabalhadores na Agri-
COOPADOR – Cooperativa dos Produtores da Agri- cultura do Rio Grande do Sul
cultura Familiar de Dormentes IDEAU – Instituto de Desenvolvimento Educacional
COOPERCAPRI – Cooperativa dos Criadores de Ca- do Alto Uruguai
prinos e Ovinos (PE) IDENI – Instituto de Desenvolvimento do Norte e
COOPERCUC – Cooperativa Agropecuária Familiar Nordeste de Minas Gerais
de Canudos, Uauá e Curaçá IDESA – Instituto de Desenvolvimento Social e Am-
COOPERGAMA – Cooperativa Mista de Produção de biental
Gameleira – Retirolândia IEF – Instituto Estadual Florestal
COOPIRECE – Cooperativa de Irecê IF SERTÃO – Instituto Federal do Sertão Pernam-
COOPONTAL – Cooperativa de Desenvolvimento bucano
Agropecuário e Extrativista do Pontal IF SUL – Instituto Federal Sul Riograndense
COOPROLEFO – Cooperativa dos Produtores de Leite IFBA – Instituto Federal da Bahia
da Fronteira Oeste IFCE – Instituto Federal de Educação, Ciência e Te-
COOPSERTÃO – Cooperativa Ser do Sertão nologia do Ceará
COPERJ – Cooperativa dos Empreendedores Rurais IFMG – Instituto Federal de Minas Gerais
de Jussara IFNMG – Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
CREDINORTE – Instituição Financeira ligada a Co- IFPI – Instituto Federal do Piauí
operativas de Crédito
IFSUL – Instituto Federal Sul-rio-grandense
CRIADOS / COAFJUR – Cooperativa da Agricultura
IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária
Familiar de Juremal
IPA-PE – Instituto Agronômico de Pernambuco
DER/MG – Departamento de Edificações e Estradas
ITEP – Instituto de Tecnologia de Pernambuco
de Rodagem de Minas Gerais
ITERMA – Instituto de Colonização e Terras do Ma-
EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão
ranhão
Rural do Estado de Minas Gerais
ITERPE – Instituto de Terras e Reforma Agrária do
EMATER / PB – Empresa de Assistência Técnica e
Estado de Pernambuco
Extensão Rural do Estado da Paraíba
MCSA – Mineração Caraíba S/A
EMATER / PI – Instituto de Assistência Técnica e Ex-
tensão Rural do Estado do Piauí OCEMG – Sindicato e Organização das Cooperativas
do Estado de Minas Gerais
EMATER/RS ASCAR – Associação Riograndense de
Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão PINTADAS STR – Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Rural de Pintadas
EMATERCE – Empresa de Assistência Técnica e Ex- PM Bagé – Prefeitura Municipal de Bagé
tensão Rural do Estado do Ceará PM Poté – Prefeitura Municipal de Poté
FAEC/SENAR – Federação da Agricultura e Pecuária PM Sant’Ana Livramento – Prefeitura Municipal
do Estado do Ceará de Sant’Ana do Livramento
PMD – Prefeitura Municipal de Dormentes SEDAP / GEDA – Secretaria de Estado do Desenvolvi-
PMDI – Prefeitura Municipal de Dom Inocêncio mento da Agropecuária e da Pesca / Gerência Executiva
de Defesa Agropecuária
PMF – Prefeitura Municipal de Floresta
SEDAP / GEOR – Secretaria de Estado da Agropecuária
PMI – Prefeitura Municipal de Irecê
e Pesca / Gestão Estratégica Orientada para Resultado
PMJ – Prefeitura Municipal de Jussara
SEMENTES – Instituto Educacional Sementes
PMJ / ADEAP – Prefeitura Municipal de Juazeiro –
SETDE – Secretaria Estadual de Turismo e Desenvol-
Agência de Desenvolvimento Econômico, Agricultura vimento Econômico da Paraíba
e Pecuária
SETDE / PLADES – Secretaria de Turismo e Desen-
PMJ / BA – Prefeitura Municipal de Juazeiro – Bahia volvimento Econômico / Plano de Desenvolvimento
PMMV – Prefeitura Municipal de Manoel Vitorino Econômico, Social e Sustentável para os Arranjos Pro-
PMP – Prefeitura Municipal de Pintadas dutivos Locais da Paraíba
PMT – Prefeitura Municipal de Tauá SIM – Serviço de Inspeção Municipal
PMTO – Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni SINTRAF / PE – Sindicato dos Trabalhadores da Agri-
cultura Familiar de Pernambuco
PMZ – Prefeitura Municipal de Zabelê
STR JUAZEIRO – Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Pref. Chap. – Prefeitura Municipal de Chapadinha
de Juazeiro
Pref. PTL – Prefeitura Municipal de Petrolina
STTR – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras
PRORURAL – Programa de Apoio ao Pequeno Pro- Rurais de Chapadinha
dutor Rural SUAF-BA – Superintendência de Agricultura Familiar
PVSA – Programa Viva Semiárido da Bahia
SAF – Secretaria da Agricultura Familiar do Estado SUOP / SAF – Superintendência de Organização Pro-
do Maranhão dutiva / Secretaria de Agricultura Familiar do Maranhão
SAGRIMA – Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca UEMA – Universidade Estadual do Maranhão
do Maranhão UERGS – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
SBA do Canal Boi – Sistema Brasileiro de Agrone- UFBA – Universidade Federal da Bahia
gócio do Canal do Boi UFPB – Universidade Federal da Paraíba
SDA – Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Es- UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
tado do Ceará
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
SDR Governo da Bahia – Secretaria de Desenvolvi-
UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequiti-
mento Rural do Governo do Estado da Bahia nhonha e Mucuri
SDR QUARAÍ – Secretaria de Desenvolvimento Rural UNICAFES – União das Cooperativas de Agricultura
de Quaraí Familiar e Economia Solidária
SEAPI – Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irriga- UNIPAMPA – Universidade Federal do Pampa
ção – RS
UNIRIO – Associação dos Pequenos Produtores Rurais
SEDA – Secretaria de Estado de Desenvolvimento União Rio de Contas
Agrário de Minas Gerais UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São
SEDAP – Secretaria de Estado do Desenvolvimento Francisco
da Agropecuária e da Pesca da Paraíba URCAMP – Universidade da Região da Campanha
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 11
CONTEXTUALIZAÇÃO.................................................................................................. 13
Rotas de Integração Nacional.......................................................................................... 15
A Rota do Cordeiro............................................................................................................ 19
CONSTRUÇÃO DO PLANO............................................................................................ 25
Contextualização da Cadeia Produtiva da Ovinocultura e Caprinocultura..................... 27
I Conferência Nacional da Rota do Cordeiro.................................................................... 37
CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................115
APRESENTAÇÃO
Hoje o setor conta com uma importante frente parlamentar no Congresso Nacio-
nal – a Frente Ovino, empenhada em modernizar o arcabouço legal da atividade,
além de programas de apoio em diversas entidades públicas e privadas. Torna-se
necessário alinhar essas iniciativas para evitar sombreamento e fragmentação
além de criar sinergias.
Marlon Cambraia
Secretário de Desenvolvimento Regional
Contextualização
14 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
ROTAS DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
As Rotas de Integração Nacional são redes de Arranjos O objetivo das Rotas, conforme Portaria MI 164/2014,
Produtivos Locais – APLs1 – setorialmente e territo- é promover o desenvolvimento regional e a inclusão
rialmente interligados que promovem a inovação, a produtiva por meio da estruturação de cadeias produ-
diferenciação, a competitividade e a lucratividade dos tivas estratégicas e da integração econômica das regiões
empreendimentos associados, mediante o aproveita- menos favorecidas do país aos mercados nacionais e
mento das sinergias coletivas e a ação convergente das internacionais de produção, consumo e investimento,
agências de fomento, contribuindo para o desenvolvi- de acordo com os princípios da Política Nacional de
mento regional. Desenvolvimento Regional (PNDR).
As Rotas apresentam simultaneamente uma dimen- territorial define o espaço a ser trabalhado, de acordo
são territorial e setorial em sua concepção. O recorte com a tipologia territorial da PNDR.
1 Conforme definição da REDESIST, Arranjos Produtivos Locais (APLs) são aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais, com
foco em um conjunto específico de atividades econômicas, que apresentam vínculos, mesmo que incipientes. Geralmente envolvem a participação e a
interação de empresas, que podem ser de produtoras de bens e serviços finais até fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de consultoria e
serviços, comercializadoras, clientes, entre outros.
16 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
No mapa abaixo, as regiões em vermelho apresentam As áreas em verde escuro encontram-se em patamar
renda familiar domiciliar per capita inferior a 50% da superior à média nacional, representando as regiões
média nacional (áreas de extrema pobreza), tornando-se mais ricas do país. Embora a PNDR não privilegie a
os subespaços mais relevantes para a PNDR, dentro do ação direta nestes espaços, são áreas estratégicas para
objetivo de convergência de renda.2 o beneficiamento, comercialização e serviços, além do
desenvolvimento de novas tecnologias. Estas regiões
As regiões em laranja (50 a 75% da média nacional) e são importantes para o desenvolvimento de parcerias
verde claro (entre 75 e 100% da média nacional) também estratégicas no âmbito dos programas de desenvol-
são consideradas dentro do objetivo de convergência de vimento regional e inclusão produtiva associados a
renda da PNDR, pois encontram-se abaixo do padrão PNDR.
médio nacional, embora de forma menos acentuada.
Figura 2. Mapa: Objetivo I PNDR – Convergência de Renda Inter-Regional (Renda domiciliar per capita por microrregiões
– Censo 2010)
Legenda
Até 50% do Rendimento Domiciliar PC Nacional
De 50% a 75% do Rendimento Domiciliar PC Nacional
Sources: Esri, HERE, DeLorme, TomTom, Intermap, increment P Corp.,
GEBCO,
De 75%USGS, FAO, NPS,
A 100% NRCAN, GeoBase,
do Rendimento IGN, Kadaster
Domiciliar NL,
PC Nacional
Ordnance Survey, Esri Japan, METI, Esri China (Hong Kong), swisstopo,
MapmyIndia, © OpenStreetMap contributors, and the GIS User
Superior ao Rendimento Domiciliar PC Nacional
Community
2 A proposta da nova PNDR possui quatro objetivos principais: (i) Convergência de renda inter-regional; (ii) Competitividade regional e geração de em-
prego e renda; (iii) Agregação de Valor e Diversificação Econômica; (iv) Construção de uma Rede de Cidades Policêntrica. O arcabouço legal da PNDR
está sendo revisado pela SDR-MI para atualizar o Decreto 6.047/2007.
Contextualização 17
Organização social presente Prioridade para setores organizados em regime de cooperativas ou associações.
Potencial de crescimento do A atividade deve apresentar forte potencial de crescimento, seja em função do aprovei-
setor tamento do mercado interno, seja pela exploração de um mercado exportador relevante.
Atividade intensiva O setor deve apresentar forte coeficiente de geração de emprego direto e nos setores de
em emprego beneficiamento e serviços.
Potencial de aprofundamento
O setor deve apresentar novos produtos e negócios derivados da atividade principal.
tecnológico
Representatividade O segmento deve ter forte representatividade física e econômica regional. Serão prio-
regional rizadas atividades desenvolvidas em mais de uma UF.
As ações devem contribuir para o encadeamento produtivo entre fornecedores, pres-
Potencial de encadeamento
tadores de serviços, produtores, processadores e consumidores, fortalecendo a malha
produtivo
produtiva, a logística regional e a rede de cidades dos territórios
Setor amparado por outras Prioridade de convergência de ações e aproveitamento da experiência e recursos de
iniciativas outros projetos de desenvolvimento.
As ações buscam criar consistência e cooperação nos A estratégia das Rotas incentiva a criação de redes de
APLs priorizados, por meio da aproximação com os cooperação entre órgãos federais, estados e municípios,
atores relevantes, seja para identificar e equacionar os bem como entre produtores e empresários, os atores
gargalos ou aproveitar as oportunidades e desenvolver o diretamente responsáveis pelo sucesso dos projetos. Na
potencial da cadeia produtiva no território selecionado. perspectiva do empreendedor, a estruturação de redes
São prospectados os espaços onde a produção está mais de APLs enseja a troca de experiências organizativas,
adensada (polos), o que permite a participação de um permitindo o compartilhamento de mercados, tecno-
maior número de produtores, organizados em asso- logias e sistemas de gestão, além do acesso a uma rede
ciações e cooperativas, de modo a obter resultados em inter-regional de fornecedores de serviços, equipamen-
escala mais expressiva, seja na propriedade individual, tos e matérias-primas.
seja em unidades coletivas de beneficiamento e comer-
cialização (agroindústrias familiares ou empresariais). Nas Rotas, merece especial atenção a construção de
parcerias para a montagem de um sistema eficaz de
Sob a perspectiva das Rotas, iniciativas de fomento governança. A coordenação de ações permite que cada
contextualizadas (P&D, qualificação profissional, fi- agência pública ou privada se especialize em sua área de
nanciamento, compras governamentais, etc.) têm des- atuação, seja na gestão do financiamento, da capacita-
dobramentos para várias unidades da federação, adqui- ção, ou infraestrutura. Por outro lado, o enfoque seto-
rindo uma abrangência regional ou mesmo nacional. rial permite a identificação das necessidades concretas
Ao pensar na cadeia produtiva da ovinocultura e da da cadeia produtiva trabalhada no território específico.
caprinocultura, linhas de crédito específicas, apoio à
sanidade do rebanho ou facilitação das normas de abate Na perspectiva da cadeia produtiva, o apoio institucio-
podem favorecer simultaneamente todos os criadores, nal ao setor motiva a criação de entidades representati-
de norte a sul do país. vas, tal como a Frente Ovino (Frente Parlamentar Mista
18 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
de Apoio à Ovinocaprinocultura), criada em 2015 e gração em todo o país. As cadeias produtivas sinalizadas
que conta com cerca de 200 deputados federais e 23 pela REDESIST foram discutidas e consolidadas junto
senadores interessados em promover os interesses da a todos os estados brasileiros e principais órgãos de
atividade no Congresso Nacional. fomento a partir de oficinas macrorregionais, realizadas
em parceria com as superintendências de desenvolvi-
A proposta das Rotas da Integração na PNDR identifica mento regional (Sudene, Sudam e Sudeco), o BNDES
atividades sustentáveis e inclusivas em todo território (Macrorregião Sudeste) e o BRDE (Macrorregião Sul).
nacional, pois a atividade econômica em grande medida
define o modelo de ocupação do espaço e também as As oficinas macrorregionais contaram com o Ministé-
suas consequências. Assim, está em questão o próprio rio do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ministério
padrão de desenvolvimento econômico regional ado- do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
tado no país. (MDIC) e permitiram uma convergência estratégica
entre os ministérios de fomento ao desenvolvimento se-
A introdução do progresso técnico na agricultura fa- torial (MDIC), regional (MI) e territorial (MDA) com
miliar e nos regimes extrativistas tradicionais permite a base metodológica das Rotas da Integração Nacional.
explorar o magnifico potencial de nossa biodiversidade,
seja no desenvolvimento de sistemas de produção de A sinalização setorial e territorial das Rotas tem facilita-
alimentos e energia solar na região semiárida, seja no do o diálogo com os bancos de desenvolvimento (Banco
desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos e ex- da Amazônia, Banco do Brasil e Banco do Nordeste),
ploração do potencial produtivo da região amazônica. que operam os fundos constitucionais e os fundos de
desenvolvimento regional, sob a responsabilidade do
Em tempo, é de suma importância salientar que as gran- MI. Atualmente estão sendo discutidas linhas de finan-
des regiões prioritárias da PNDR, seja a Amazônia Legal ciamento temáticas a partir dos setores priorizados, com
ou o Nordeste Semiárido, exigem necessariamente ações a participação das superintendências de desenvolvimen-
inovadoras e criativas para o seu desenvolvimento. Tra- to regional (Sudene, Sudam e Sudeco) vinculadas ao
ta-se de territórios ambientalmente sensíveis que não MI e corresponsáveis pela gestão dos fundos regionais.
podem ser tratados com base na exploração intensiva
de commodities de base agropecuária ou mineral. A cadeia produtiva da ovinocultura e da caprinocultura
foi destacada na região Nordeste, embora apresente
Estudos realizados pela Redesist, a partir de demanda forte expressão também nas regiões Sul e Centro-Oeste,
realizada pelo MI junto à UFRJ, indicaram cadeias pro- tornando-se uma Rota de alcance nacional.
dutivas estratégicas para a formação de Rotas de Inte-
A estruturação da cadeia produtiva da ovinocultura e Apesar desse potencial, é forte a incidência do abate e do
da caprinocultura é estratégica sob a perspectiva do de- processamento informal ou clandestino. Apenas uma
senvolvimento regional, haja vista o grande número de pequena parcela do consumo – cerca de 3% – passa pe-
ocupações e postos de trabalho e renda gerados direta los frigoríficos legalmente instituídos. De acordo com
e indiretamente, especialmente para pequenos produ- dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tores rurais em regiões de baixa renda em todo o país. tecimento – MAPA, cerca de 75% dos abates oficiais
Contudo, o aproveitamento pleno do potencial do de ovinos ocorrem no Rio Grande do Sul, ainda que a
setor importa em um conjunto integrado de iniciativas Região Nordeste conte com cerca de 60% do rebanho.
estruturantes, públicas e privadas, que justificaram a
criação do Projeto Rota do Cordeiro. O desenvolvimento do setor é comprometido graças
a dificuldade de se estabelecer uma ligação mais forte
Estudos desenvolvidos pela Embrapa indicam as precá- entre produção, processamento e mercado. Malgrado
rias condições tecnológicas, os baixos índices de produ- os expressivos rebanhos de ovinos e caprinos existentes,
tividade e a falta de informações de mercado confiáveis a maioria dos frigoríficos certificados opera com capa-
na ovinocaprinocultura. A baixa adoção de tecnologia, cidade ociosa, por falta de animais para abate.
aliada a escassa organização dos produtores, tem perpe-
tuado a ovinocultura e a caprinocultura como atividades No segmento de carnes, a demanda insatisfeita é atendi-
de subsistência, desperdiçando o potencial econômico da por importações. Já no segmento de couros, a pele de
dessas atividades, cuja contribuição é fundamental para ovinos e caprinos é exportada como wet blue, produto
a economia de diversos países, como será visto no diag- da fase mais poluente do curtimento, e importada com
nóstico apresentado na próxima sessão do livro. acabamento final.
Conforme informações da CNA, o abate certificado da Rota do Cordeiro, a partir de um Acordo de Coo-
tem caído bruscamente no Brasil, paralelamente ao peração entre o Ministério da Integração Nacional e a
aumento das importações. A capacidade ociosa dos aba- Embrapa Caprinos e Ovinos iniciado em 2012. Com
tedouros frigoríficos de ovinos e caprinos brasileiros o tempo, o projeto obteve apoio da Arco, CNA, Sebrae
encontra-se na faixa de 80% (dados de 2015). e Frente Ovino, além de diversos parceiros organizados
em torno da Câmara Setorial de Ovinos e Caprinos
Como se vê, é necessária uma ação convergente e co- do MAPA.
ordenada ao longo da cadeia produtiva da ovinocapri-
nocultura, de modo a romper esse círculo vicioso. O O objetivo geral da Rota do Cordeiro é promover o
diagnóstico consensual do setor é que ações pontuais e desenvolvimento territorial e regional por meio do
fragmentadas não conseguem romper a lógica perversa fortalecimento dos APL associados à ovinocultura e
que perpetua a desorganização desta cadeia produtiva. à caprinocultura. Busca-se identificar e desenvolver
São necessárias ações desde a capacitação e a organização redes de APL e articular o apoio de agências públicas
dos produtores, à provisão de condições materiais – insu- e privadas, em torno de uma agenda convergente e
mos e serviços – para uma oferta padronizada e regular, sinérgica na cadeia produtiva e no território (ver figura
além do estabelecimento de conexões entre a produção, 3). As ações partem do entendimento e negociação dos
o abate, o processamento e o consumidor final. atores (partes interessadas) em relação a problemática
do setor (local e nacional) levando a construção de
A necessidade da construção desta governança setorial um plano de ações coletivas: carteiras de projetos com
para a ovinocultura brasileira motivou a formulação base em oficinas locais de integração.
Na lógica da verticalização e agregação de valor no APL, A Embrapa, parceira técnica da Rota do Cordeiro, re-
é incentivada a formação de sistemas agroindustriais comenda a lógica dos Sistemas Agroalimentares Loca-
integrados nos polos, onde associações e cooperativas de lizados (SIAL) nos polos onde há produção tradicional,
agricultores familiares são incentivadas a contratualizar o consumo frequente, além de produtos diferenciados,
fornecimento a empresas locais (frigoríficos, abatedouros, que podem ser reconhecidos e valorizados como tais.
curtumes), além de desenvolver iniciativas próprias de Os Polos de Bagé (RS) e Tauá (CE) já estão sendo
beneficiamento de base familiar (laticínios, embutidos, trabalhados desta forma.
artesanato em couro) de alto valor comercial e cultural.
O SIAL estimula o processo de resgate do valor dos
A contrapartida do projeto reside no incentivo à orga- produtos, da cultura e do saber fazer dos produtores
nização social, melhoramento genético do rebanho com locais. O estímulo às pequenas indústrias familiares, ao
base em animais locais, otimização do regime agroali- turismo rural, à gastronomia local e às manifestações
mentar da propriedade, assistência técnica e extensão culturais permite se estabelecer a diferenciação entre
rural, provisão de financiamento e infraestrutura, entre regiões.
outros elementos necessários à estruturação do setor.
A partir do entendimento entre MI, Embrapa e Arco, cultura e caprinocultura (quadro 3). Com a evolução
identificou-se 13 (treze) polos prioritários (APLs) do projeto Rota do Cordeiro, novos polos serão iden-
para o desenvolvimento de ações de fomento à ovino- tificados e trabalhados.
22 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Figura 5. Polos da Rota do Cordeiro sobre georreferenciamento do rebanho ovinocaprino por municipios
(ii) Realizar oficina nacional de alinhamento e oficinas locais nos polos da Rota do Cordeiro, para construção de diag-
nósticos locais e carteiras de projetos dos polos;
(iii) Identificar os grupos gestores dos polos da Rota do Cordeiro, responsáveis pelo acompanhamento das carteiras de
projetos;
(iv) Elaborar o documento “Bases para o Plano Nacional de Desenvolvimento da Rota do Cordeiro”.
A partir das oficinas de planejamento da Rota do Cor- A partir dessa base formulou-se a carteira de projetos
deiro, os polos identificados se consolidaram como terri- do polo e as tratativas para formação dos seus comitês
tórios de referência para a ovinocaprinocultura graças a gestores.
mobilização e participação dos atores locais e regionais.
A presente publicação consolida este trabalho, cujos
Nas oficinas realizadas, as lideranças do setor defini- resultados agora estão sendo apresentados às partes in-
ram o nome do polo e sua visão de futuro, além dos teressadas no fortalecimento da ovinocaprinocultura e
municípios da área de abrangência do APL (figura 6). no desenvolvimento regional brasileiro.
24 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Já nos gráficos 3 e 4 apresentamos os dez maiores re- O Brasil é o 19º no ranking global (ovinos e caprinos)
banhos de caprinos e ovinos no mundo, onde a China demonstrando as oportunidades para o Brasil, haja vista
é líder em ambos. Em números a China possui 50 que países como Índia, Austrália e Nova Zelândia, por
milhões de cabeças de caprinos a mais que a segunda exemplo, têm reduzido significativamente seus reba-
colocada que é a Índia. No rebanho ovino a China nhos enquanto a população consumidora tem aumen-
tem quase o triplo de animais a mais que a segunda tado, principalmente na China, que é a segunda maior
colocada, a Austrália. importadora de carne ovina do mundo.
1
Disponível em: http://pt.actualitix.com/pais/wld/pecuaria-de-ovinos-e-caprinos.php. Acessado em 27/12/2016.
30 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
De acordo com a tabela 1, constata-se significativa evo- US$ 342 milhões em 2013, um crescimento de 163%.
lução no valor das importações da carne de caprinos, Destaca-se que o Sudoeste Asiático, em 2013, foi onde
que partiram de US$ 130 milhões em 2005 para quase mais se importou carne caprina no mundo.
Sudoeste Asiático 26.789 32.220 47.457 76.554 60.000 115.665 168.559 149.243 155.113
Estados Unidos 35.895 43.503 39.428 38.092 37.691 61.151 85.948 72.109 72.148
China 22.245 20.639 16.618 20.130 18.550 22.331 25.797 25.601 45.282
União Europeia 30.143 28.632 30.134 32.111 29.784 34.245 37.465 33.133 32.971
Outros Países 15.690 17.844 20.160 22.315 24.479 29.504 36.156 38.616 36.217
Total 130.762 142.838 153.797 189.202 170.504 262.896 353.925 318.702 341.731
Fonte: Elaboração ER Consult, com base em FAO/Stat2014; MeatandLivestock Australia; New Zealand MeatandWool; USDA,2014.
Segundo apresentado na tabela 2, o maior importador O Brasil também é importador de carne ovina, com
de carne ovina do mundo é a União Europeia, com cerca de US$ 45 milhões importados no ano de 2013
quase US$ 2,5 bilhões, em 2013. As importações da (crescimento de 315% em relação à 2005), fazendo-se
China evoluíram de US$ 136 milhões em 2005 para necessário retomar a produção para atendimento ao
US$ 1,074 bilhão em 2013, (690%) demonstrando o mercado interno, que é estratégico para a agricultura
grande potencial de compra que a nação tem. familiar no Brasil.
Fonte: Elaboração ER Consult, com base em FAO/Stat2014, mgap/diea, Ministério de la Agricultura, Ganaderia y Pesca, Statistics NZ.
Analisando os dados do período 2005 a 2015, observa- Por outro lado, o rebanho de caprinos sofreu leve que-
-se que o efetivo dos rebanhos de caprinos e de ovinos da no período, em boa medida pela intensa seca que
no Brasil vem sofrendo alterações ao longo do tempo, assolou a região nordeste nos últimos anos.
registrando 18,11% de aumento para ovinos, conforme
apresentado no gráfico 5 e na tabela 3.
Construção do Plano 31
Tabela 3. Série histórica do efetivo do rebanho nacional de caprinos e ovinos (% das cabeças/milhões)
Em relação ao efetivo ovino, em 2006 haviam 438.623 Na região Sul destaca-se o Rio Grande do Sul e o Paraná
estabelecimentos praticando a ovinocultura, a maior como grandes produtores (tabela 5).
parte está concentrada no nordeste.
Construção do Plano 33
O preço médio de venda dos caprinos praticado no anos (gráfico 6) onde Minas Gerais manteve o preço
Brasil tem uma variação grande devido as caracterís- de R$120,00, Ceará de R$150,00 e Pernambuco de
ticas regionais, público consumidor e principalmente R$195,00 no período.
a intensa atividade clandestina de abates que interfere
diretamente no valor de mercado. Pernambuco e Bahia mantiveram o preço de venda
acima da média nacional que teve um acréscimo em
Conforme o site de cotações “Agrolink”, o históri- 2016 e uma pequena queda em 2017 (gráfico 6 e
co de alguns estados segue padrões ao longo de três tabela 6).
34 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
No gráfico 7 e na tabela 7, observamos que as médias rença nos estados da Bahia e Goiás que tem o maior
de preços praticados na ovinocultura são semelhantes preço, com um valor médio bem acima da média na-
aos dos caprinos, com exceção de uma pequena dife- cional.
Na enquete feita pela ER Consult, em abril de 2017, me tabela 8 (a seguir). Nesta enquete o preço médio
os preços variavam entre os estados e nos diferentes nacional do quilo da carcaça ficou 26,17% acima do
municípios da mesma unidade da federação, confor- preço disponibilizado pela Agrolink.
VALOR DE VENDA
MUNICÍPIO ESTADO
R$/KG/CARCAÇA R$/KG/VIVO
Vitória da Conquista BA R$6,50
Manoel Vitorino BA R$ 14,00 -
Juazeiro BA R$12,00 -
Pintadas BA R$13,00 -
Limoeiro do Norte CE R$14,50 -
Tauá CE R$5,00
Brasília DF R$18,00 R$10,00
Girassol GO R$12,00 -
Santo Antônio do Descoberto GO R$18,00 -
Poção das Pedras MA R$16,00 -
Monteiro PB R$15,00 -
Petrolina PE R$ 13,00 -
Dom Inocêncio PI R$ 12,00 R$ 6,00
Bagé RS - R$5,25
Santana do Livramento RS - R$6,00
Simão Dias SE R$15,00 -
MÉDIA R$14,81 R$6,46
Fonte: Elaboração ER Consult.
A tabela 9, por sua vez, demonstra que a agricultura emprega cerca de 279.302 pessoas, dentre as quais
familiar se destaca no setor de caprinos e ovinos. 220.751 foram contratados por unidades familiares
Conforme informado pelo DIEESE, a atividade de produção.
Tabela 9. Distribuição da População Economicamente Ativa (PEA) no setor de caprinos e ovinos no Brasil
PEA QUANTIDADE
Setor de caprinos e ovinos (agricultura familiar) 220.751
Setor de caprinos e ovinos (agricultura patronal) 58.551
Total no setor de caprinos e ovinos 279.302
Fonte: Elaboração ER Consult, com base em Censo agropecuário, IBGE (2006), Estatísticas do meio rural 2010-2011, IBGE, PNAD,
elaboração DIEESE.
36 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Para compor os dados referentes a renda média dos Os dados revelam que a maioria (94%) dos ovinocultores
produtores rurais do setor de caprinos e ovinos foram e dos caprinocultores recebem até cinco (05) salários mí-
utilizados dados referentes a quantidade de estabeleci- nimos (Tabela 10), comprovando assim o aspecto social
mentos deste setor. A referência foi o salário mínimo da atividade, que representa importante fonte de renda
(R$ 880,00) de dezembro de 2016. para milhares de produtores rurais em todo o Brasil.
Como ação básica de alinhamento para a realização das janeiro de 2017, a “I Conferência Nacional da Rota
oficinas regionais da Rota do Cordeiro e para planejar do Cordeiro”.
as ações a serem realizadas em cada polo, a SDR-MI,
Arco, Embrapa, CODEVASF e outras entidades par- Em conformidade com a programação do evento, temos,
ceiras, promoveram em Brasília / DF, no dia 26 de a seguir, breve relato sobre esta conferência:
1. Apresentações Institucionais
Rotas da Integração Nacional e Rota do Cordeiro: resultados e próximos passos
A Coordenadora-Geral de Programas Sub-regionais, Aline Elaine de Lima Fagundes, destacou algumas carac-
terísticas do programa, quais sejam: a) o programa visa trabalhar os atores da cadeia produtiva incentivando
o empoderamento e a melhoria da sua organização; b) fortalecimento das parcerias com os diversos atores
e em diversas ações, em consonância com as necessidades levantadas nas Rotas. Reforçou ainda que não se
trata de um programa com viés assistencial, mas voltado ao desenvolvimento regional e a inclusão produtiva.
6. Encaminhamentos e encerramento
Podemos afirmar que a I Conferência Nacional da Rota do Cordeiro contribuiu de forma decisiva para uma
maior integração entre os produtores organizados nos polos e a equipe técnica da SDR-MI e da consultoria
contratada (ERConsult), gerando a possibilidade de troca de experiências e conhecimentos, ampliando a
perspectiva de êxito para as atividades de campo, incluindo mobilização de produtores, governos estaduais,
além de outros órgãos federais e empresários do setor. Esta mobilização foi fundamental para garantir a re-
presentatividade e legitimidade das oficinas locais.
Destacou-se a necessidade de fortalecer a parceria com a Embrapa, a Arco, a Codevasf, a Sudene, e tantos
outros atores institucionais, locais e nacionais, que participam do esforço coletivo de fortalecimento da cadeia
produtiva da ovinocaprinocultura em todo o país.
Oficinas da
Rota do Cordeiro
40
Área de Abrangência do Polo Sertão do Inhamuns - CE
Independência
Quiterianópolis
Tauá CE
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
PI
Arneiroz
Parambu
Aiuaba
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO SERTÃO DO INHAMUNS
O programa Rota do Cordeiro, parceria do Ministério vendo um pequeno volume de produção e venda para
da Integração Nacional e Embrapa Caprinos e Ovinos, programas governamentais.
atua no município de Tauá (CE) desde 2012. O mu-
nicípio foi piloto para o programa, hoje estendido para Na tentativa de fortalecer a rede institucional e de en-
o Sertão dos Inhamuns, polo composto por 06 muni- tidades ligadas aos produtores, a iniciativa da Rota do
cípios: Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis, Cordeiro incentivou a formação de um grupo gestor
Tauá e Independência. O município de Independência, local. A ideia foi encampada pela administração do
embora não pertença geograficamente aos Inhamuns, município e hoje Tauá tem a primeira Câmara Se-
foi incluído por sua importância e semelhança com os torial Municipal da Ovinocaprinocultura do país. A
demais no contexto da produção de ovinos e caprinos câmara foi estabelecida por decreto municipal, após
e interação com Tauá e Quiterianópolis. articulações com a prefeitura, câmara dos vereadores,
entidades públicas e privadas, associações, sindicatos e
Um aspecto forte no Polo é a cultura local, as expressões cooperativas de produtores e trabalhadores.
culturais e historicidade em eventos e gastronomia, a
densidade significativa de rebanhos caprino e ovino, Em Tauá, projeto piloto da Rota do Cordeiro, realizou-
representatividade do setor produtivo na produção de -se a primeira oficina de planejamento, também visando
produtos diferenciados, iniciativas e apoio de progra- consolidar uma carteira de projetos construída junto
mas governamentais e privados. Tauá, cidade de refe- com os produtores. Essa carteira de projetos funciona
rência do Polo, é famosa pela manta de carneiro, uma como guia para um programa de desenvolvimento re-
espécie de carne de sol ovina, específica e tradicional gional, onde os projetos componentes são definidos de
da região, que busca a certificação de origem para di- acordo com as necessidades e as possibilidades de supe-
ferenciação e agregação de valor. rar entraves à produção, beneficiamento e comercializa-
ção, e aproveitar oportunidades que possam alavancar
Tauá é o principal município do Estado em volume a economia local e regional, tendo a caprinocultura e a
de produção e apresenta também uma estrutura ins- ovinocultura como elementos de grande importância.
titucional de ensino, pesquisa e extensão para apoio,
como o Instituto Federal do Ceará (IFCE), Ematerce e Após essa primeira oficina, os procedimentos foram apri-
escolas profissionalizantes. Semelhante aos outros mu- morados. Nas oficinas subsequentes há elementos que
nicípios do polo, Tauá apresenta um grande número de não aparecem nos resultados da Oficina de Tauá, como
pequenos estabelecimentos rurais, beneficiamento in- é o caso da “Visão de Futuro do Polo” e outras ações de
formal, comércio de produtos tradicionais de caprinos corte territorial, inspiradas nos princípios do SIAL. O
e ovinos e também um alto consumo dessas carnes. Na nome do polo também não foi definido na oficina, mas
caprinocultura leiteira, Tauá tem avançado por meio a nomenclatura do “Sertão de Inhamuns” já era utilizada
de programas de iniciativa do governo do estado, ha- e bem aceita pelos produtores e outros parceiros.
42 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Ambiente próprio (Bioma Caatinga rico em forragei- Estacionalidade da produção;
ras); Falta de informações e conhecimentos;
Produtores bem capacitados a produzir e conservar Produtores desacreditados;
alimentos; Falta de organização dos produtores;
Produtores já capacitados por diversos projetos; Programas governamentais sem interação;
Diversidades de raças; Ausência de Marketing: da carne de carneiro e de outros produtos;
Cultura: Familiar, Gastronomia; Deficiência na gestão da propriedade, organização produtiva e
Animais adaptados às condições de produção da região; comercialização;
Bons rebanhos, com animais puros, cruzados ou mes- Inexistência de controle de custos;
tiços; Comércio informal;
Criação semiextensiva – característica da criação na Ausência da capacitação de mão de obra;
região; Ausência da identificação de oportunidades dentro do sistema
Disposição para melhorar; produtivo e fora;
Projetos de diversas instituições; Sanidade animal (falta programas de controle; uso indiscrimi-
Rebanho sadio; nado de produtos);
Instituições de ensino, pesquisa, e extensão presentes; Falta de prevenção para o período de seca;
Rede de bancos: BB, BNB, CEF; ATER insuficiente e descontinuada;
Cooperativas, sindicatos e associações. Falha na distribuição de sementes e mudas;
Técnicos desqualificados;
Falta de comunicação entre os técnicos e os criadores (lideranças);
Falta de tecnologias adaptadas e validadas;
Falta de financiamento para perfuração de poços profundos
acima de 60 metros;
Falta de conhecimento para melhorar o manejo da caatinga
utilizando as árvores nativas;
Problemas com a nutrição animal;
Dificuldades das tecnologias chegarem ao campo;
Falta fortalecer e integrar as instituições locais para prestar
serviços aos produtores rurais;
Preços dos insumos elevados.
Resultados das Oficinas de Integração 43
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Demanda crescente: produção, produtos; Roubo em propriedade rural;
Melhorar a compra organizada; Presença de predadores;
Central de negócios; Problema da seca e questões hídricas;
Identificação geográfica; Muitos casos de má formação em crias;
Criação de marca coletiva; Custo de Produção (insumos com preço elevado);
Criação de rede territorial relacionada ao produto; Tributação elevada;
Compra de insumos em central de compras pela coo Mercado instável e pouco organizado, volatilidade de preço de
perativa; compra ao longo do ano;
Turismo; Desorganização da cadeia – falta dos elos (produtores, frigorífico
Melhorar o consumo de carnes caprina e ovina; / ATER);
Políticas públicas direcionadas para a caprinocultura Falta de condições de abate – local;
e ovinocultura; Degradação da caatinga;
Demanda por novos produtos; Degradação dos solos;
Inserção dos produtos, carne de caprinos e ovinos na Infraestrutura viária inadequada;
merenda escolar; Políticas públicas desatualizadas;
Subsídio da energia pela empresa prestados no estado Ausência da segurança pública;
do Ceará para a propriedade rural; Sistema de inspeção inexistente – fiscalização;
Ampliar o escopo da feira local para a comercialização Jovens desinteressados no campo;
de animais; Burocracia no crédito;
• Especialização da feira de caprinos e ovinos; Infraestrutura inadequada: luz elétrica monofásica;
Organização de centrais de terminação para baratear Frigoríficos (legalização do abate).
custos e facilitar a logística de negócios com frigorí
ficos;
Possibilidade de intercâmbio das instituições de ensino
com as propriedades rurais – estágios e novas tecnolo-
gias;
União dos produtores pensando na atividade como
empresa;
Necessidade de se criar feiras livres para o comércio de
animais;
Novos hábitos de consumo;
Qualificação de produtos de caprinos e ovinos, além
do queijo de leite de vaca;
Valorizar os aspectos regionais na agregação de valor
dos produtos;
Fortalecer as associações com inclusão de novos asso-
ciados;
Rede de multiplicadores de material genético;
Núcleo de melhoramento genético;
Valorização do local pela raça e os tipos;
Criar uma governança local para que as ações de for-
ma geral sejam alinhadas, aplicadas, acompanhadas e
monitoradas;
Integração entre produção, centro de terminação,
transporte e abatedouros;
Necessidade de estruturação de produtores em coop-
erativas e associações fortalecidas;
Mais investimentos dos bancos para a agricultura familiar.
44 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Carteira de Projetos
PARTES
SUBSISTEMAS COMPONENTES AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS STATUS
INTERESSADAS
a) Implantação de palma forrageira: fazer le-
Prefeitura Muni-
vantamento dos produtores interessados em Compromisso confir-
cipal, Ematerce,
participar das oficinas de palma oferecidas mado pela FAEC
FAEC/SENAR-CE
pela FAEC
Alimentação: SDA-CE, Prefeitura
INSUMOS b) Implantação de palma forrageira: disponi- 274 mil raquetes já dis-
reserva estratégica Municipal de Tauá,
bilização de raquetes por produtor tribuídas em Tauá
Ematerce
c) Ampliação do programa Reserva Estraté- Negociação entre SDA-
SDA-CE, Prefeitura
gica, Hora de Plantar (beneficiários, equipa- -CE e Prefeitura
Municipal de Tauá
mentos, infraestrutura)
Criação de Comissão de
Criação de Fórum Territorial de ATER e Colegiado do Ter-
ATER no Colegiado do
alinhamento das instituições (programas e ritório Inhamuns/
Território Inhamuns/
tecnologias) Crateús
Cratéus
b) Reciclagem de técnicos por meio de capa-
Primeira turma em
citações (Residência Zootécnica):
Tauá;
Assistência - Manejo pastoril na caatinga;
técnica - Programa de melhoramento genético;
Embrapa, SDA-CE, Negociação: Município
- Estudos de causas de má formação de crias;
Prefeitura Munici- providencia infra, SDA
PRODUÇÃO - Estação de monta;
pal de Tauá, IFCE, organiza turma de alu-
- Descarte orientado do rebanho;
Ematerce nos multiplicadores e
- Programa de controle integrado de vermi-
Embrapa oferece curso
nose;
- Desenvolvimento de novos produtos (almôn-
degas, quibes, embutidos, kaftas, etc.)
Proposta de Programa
Programa de
a) Implantação de programa estadual de in- MI, BNB, Embrapa, Temático Ovinocapri-
retenção de
centivo a retenção de matrizes SDA-CE no BNB em andamento
matrizes
(BNB-MI-Embrapa)
– Plano de Negócios
Abate e
Providenciar plano de negócios do Frigorífi- sendo trabalhado para
processamento: Prefeitura Municipal
BENEFICIA- co de Tauá, com previsão de funcionamento, o frigorífico
carência de de Tauá, ADAGRI-
MENTO necessidade de apoio técnico e Sistema de – Prefeitura regulamen-
abatedouros -CE.
Inspeção Municipal (SIM) tou SIM (Serviço de ins-
certificados
peção municipal)
Compra de 30% da
Prefeitura Municipal Agricultura Familiar
Inserção da carne ovina na merenda escolar
Criação de de Tauá (SIM regularizado: mu-
COMERCIALI- novos canais e nicípio elegível PAA)
ZAÇÃO mecanismos de Calendário criado (Pri-
comercialização Prefeitura Municipal meira em 4 de março
Criação de calendário de feiras de animais
de Tauá de 2016, primeira sex-
ta-feira de cada mês)
Tecnologias de captação e reserva de água com
Convênio Tauá-MI
estudos geológicos: verificar junto aos órgãos MI, Prefeitura Mu-
aprovado, esperando
competentes a outorga das águas e viabilidade nicipal de Tauá
liberação financeira;
Infraestrutura técnica
hídrica: planeja- Em andamento a con-
mento de recur- tratação de consultoria
Plano de manejo sustentável da água para a MI, Embrapa, SRH-
sos hídricos na para gestão de recursos
INFRAESTRU- ovinocultura e caprinocultura no semiárido -CE
propriedade e no hídricos (financiamento
TURA território programa Interáguas)
b) Acordos com bancos e fundos (BNB/FNE):
Criadas linhas FNE
financiamento obras de infraestrutura hídrica MI, BNB, Embrapa
para água
e fontes de energia alternativas
b) Desenvolvimento de fontes alternativas de Criadas linhas FNE
Energia elétrica MI, BNB, Embrapa
energia (solar, eólica, biocombustível) para energia
Resultados das Oficinas de Integração 45
PARTES
SUBSISTEMAS COMPONENTES AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS STATUS
INTERESSADAS
Decreto aprovado e vo-
a) Formalização da Câmara Setorial de Ovinos Prefeitura Municipal
tado, necessário iniciar
e Caprinos de Tauá de Tauá
atividades
b) Capacitação dos produtores em associati-
vismo e cooperativismo;
– Sensibilização e capacitação em Associati-
vismo e Cooperativismo;
– Desenvolvimento de Central de Negócios:
aquisição de insumos barateados pela compra
em escala (alimentos e produtos veterinários);
Embrapa, Sebrae,
– Bolsa de ovinos e caprinos: sistema de co- Aguarda negociação
CAPITAL Associativismo e Ematerce; FAEC/
municação comercial, com definição de preço com SEBRAE
SOCIAL cooperativismo SENAR
mínimo de venda da carne;
– Realização de Pesquisa de mercado: Sonda-
gem de Mercados.
A Central de Negócios precisa ser negociada
com o Sebrae para retomar a capacitação dos
produtores e para disponibilizar consultor para
acompanhamento.
Coomanta passa por
c) Estudar estratégias de fortalecimento da Embrapa, Sebrae, reestruturação empre-
COOMANTA Ematerce sarial: Consultoria da
OCB já contratada
a) Utilização de animais (ovinos e caprinos) Já disponível para in-
como garantia para aquisição de financia- Arco, MI, Embrapa vestimento e custeio e
mento FNE-Pronaf
b) Inclusão de ovinos e caprinos nas condições Ovinocultura entrou no
Arco, MI, Embrapa
Crédito favorecidas do Plano Safra plano safra em 2017
FINANCIA- Proposta de Programa
MENTO c) Incentivo creditício (BB, BNB) aos pro-
Temático Ovinocaprino
dutores para produção e comercialização de MI, BNB, Embrapa
em negociação (BNB-
forragens
-MI-Embrapa)
a) Isenção e diferimento tributário (ICMS Negociação com o go-
Tributos e guias de transporte) para a ovinocultura e ADAGRI verno do Estado (ADA-
caprinocultura GRI)
46
Área de Abrangência do Polo Alto Camaquã - RS
Encruzilhada do Sul
Caçapava do Sul
RS
Bagé Canguçu
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO ALTO CAMAQUÃ
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
48 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Ambiente próprio (Bioma Pampa); Estacionalidade da produção;
Tradição na ovinocultura; Ausência de marketing: da carne do cordeiro e lã;
Diversidades de raças; Falha na comunicação (interna e externa);
Cultura: familiar – hospitalidade rural, gastronomia (chur- Deficiência na gestão da propriedade e comercialização:
rasco), lã – artesanato; falta de organização produtiva, falta do controle de custos,
Disponibilidade de recursos hídricos; comércio eventual;
Aspecto visual – beleza do campo / natureza / paisagem; Ausência da capacitação de mão de obra e qualificação;
Criação extensiva – característica da criação (bem estar Desunião dos criadores;
animal); Ausência da identificação de oportunidades dentro do
Feiras tradicionais e nacionalmente reconhecidas e visita- sistema produtivo (poderíamos fazer mais);
das; Segurança dentro da porteira;
Presença do trabalho local coletivo (cooperativismo); Sanidade animal (uso indiscriminado de produtos);
Disposição para melhorar; Técnicos desqualificados;
Região única; Falta de comunicação entre os técnicos e os criadores
Natureza com valor agregado dos produtos; (lideranças).
Sustentabilidade;
Marcar Forte;
Identificação geográfica;
Ponto de venda dos produtos com a marca nos 08 muni-
cípios.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Demanda crescente: turismo, carne, artesanato e produtos Abigeato (roubo em propriedade rural);
associados; Presença de predadores;
Políticas públicas direcionadas para a ovinocultura; Contaminação ambiental;
Demanda por novos produtos; Custo de produção (insumos – preço elevado);
Existência de feiras no estado, onde é possível comerciali- Tributação elevada;
zar; Desorganização da cadeia – falta dos elos (frigorífico/
Possibilidade de intercâmbio das instituições de ensino ATER);
com as propriedades rurais – estágios e novas tecnologias; Falta de condições de abate – local;
Existência da feira no cassino (Feira da agricultura familiar Degradação do campo nativo;
de Torres); Degradação dos solos para cultivo exógenos;
Novos hábitos de consumo; Concorrência dos outros modelos de produção;
Diferenças de raças. Infraestrutura viária inadequada;
Políticas públicas desatualizadas;
Ausência da segurança pública;
Sistema de inspeção inexistente – fiscalização;
Jovens desinteressados no campo;
Florestamento de eucaliptos;
Reforma agrária desorganizada;
Burocracia no crédito;
Infraestrutura inadequada: luz elétrica, estradas;
Frigoríficos (legalização do abate);
Assistência técnica insuficiente.
Resultados das Oficinas de Integração 49
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
EMBRAPA, EMATER-RS, UNI-
Programa do manejo sustentável dos recursos naturais
PAMPA
Irrigação do campo nativo EMATER-RS, EMBRAPA
Difusão da tecnologia da fenação EMBRAPA
Alimentação
Implantação de um programa de sementes e mudas
EMBRAPA, EMATER-RS
forrageiras locais
Difusão da técnica de suplementação com grãos (para
EMBRAPA
períodos críticos)
Montagem de diretoria técnica para levantar diretrizes
INSUMOS E de trabalho para saúde animal e capacitação e padroniza- URCAMP, EMBRAPA
PRODUÇÃO ção do corpo técnico que realizara o trabalho de campo
Saúde animal
Melhoria nas Cooperativa do Alto Camaquã,
Criar uma central de compras ou similar
técnicas de ADAC
produção das Apoio laboratorial para diagnóstico de doenças URCAMP
unidades
Melhoramento
familiares Programa de melhoria dos reprodutores e matrizes ARCO;EMATER-RS
genético
Ampliação da assistência técnica ARCO;EMATER-RS
Aprimorar a qualificação da assistência técnica ARCO; APL Alto Camaquã
ATER
Planejar a reprodução (reduzir estacionalidade) EMATER-RS; EMBRAPA; ARCO
São Borja
Itacurubi
Maçambará
Itaqui
Manoel Viana
Uruguaiana Alegrete
RS
Barra do Quaraí
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Dom Pedrito
Gráfico 10. Evolução dos rebanhos do Polo Fronteira Oeste – Campanha Gaúcha
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
54 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Presença significativa da ovinocultura na maioria das pro- Dificuldades na gestão do empreendimento;
priedades do território; Escassez da mão de obra especializada;
Qualidade na genética animal; Mercado consumidor desconhecido;
Fertilidade da espécie ovina; Desunião da classe produtora;
Fazer parte do Bioma Pampa; Sazonalidade na produção;
Produção de carne de qualidade a pasto; Ausência de Marketing na atividade.
Interação com demais culturas rurais;
Cultura ovelheira: tradição, experiência e conhecimento
na atividade;
Aproveitamento do campo nativo (Carne Verde).
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Presença de instituições de ensino, pesquisa, fomento, Abigeato (roubo em propriedade rural);
ATER, Associações e Cooperativas; Presença de predadores;
Existência do SISBI; Distanciamento geográfico do mercado (grandes centros);
Função social e econômica da ovinocultura; Ausência da indústria de lã;
Presença de agroindústrias: instaladas e em instalação; Ausência de abatedouros específicos em algumas regiões;
Interação com países ovinocultores (turística, gastronômica Baixa taxa de abate formal nos municípios do polo;
e técnica); Ausência de bonificação por qualidade;
Interação com demais atividades rurais e urbanas: (turismo, Desestruturação da cadeia (lã, leite, carne e peles);
gastronomia, beneficiamento, logística, comercialização, Ausência de marketing na atividade;
serviços, design, marca regional); Falta de políticas públicas específicas;
Estar no Bioma Pampa; Desestruturação das inspetorias veterinárias zootécnicas
Existência de um mercado regional e nacional; (DDA) estaduais;
Presença da agricultura e pecuária familiar e de novos in- Sazonalidade na produção;
vestidores (expansão da ovinocultura); Incertezas na comercialização;
Possibilidade da melhoria dos índices produtivos; Diminuição da área da pecuária em detrimento de outras
Fortalecimento da ATER; culturas;
Exploração da gastronomia e turismo; Complexidade para abertura de novos negócios;
Explorar a ovinocultura de forma empresarial; Alta carga tributária do segmento industrial (frigorífico,
Ampliar a diversidade de cortes e novas alternativas de lanifícios);
apresentação; Infraestrutura de logística de transporte deficitária;
Identificação e valorização do produto; Invasão de plantas exóticas não desejáveis;
Diversidade de produtos (lã, pele, carne e leite). Falta de crédito específico para o setor.
Resultados das Oficinas de Integração 55
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
Melhoria das opções de alimentação: campo nativo SEAPA, UERGS, EMATER, UNI-
(introdução de espécies, adubação e calagem) e outras. PAMPA, UFRGS
Alimentação
Suplementação para alimentação animal (resíduos e UNIPAMPA
reservas)
Saúde animal Programa em saúde animal UERGS, UNIPAMPA, EMBRAPA
Banco de reprodutores ARCO, Cooperativas, SEAPA, SDR
INSUMOS E de Santana do Livramento, UNI-
PRODUÇÃO Melhoramento PAMPA
genético
Ampliação do programa de qualidade da lã SEAPA, ARCO, Cooperativa de Qua-
Melhoria nas raí
técnicas de
produção das Ampliação de unidades móveis de apoio zootécnico e SEAPA, SENAR, ARCO, UERGS,
unidades fami- veterinário UNIPAMPA, SEBRAE, SDR Quaraí
ATER
liares Formação e estruturação de multiplicadores em ATER Juntos para Competir, ARCO, EMA-
TER, SDR Quaraí
Patrulhas Agrícolas Consórcio dos Municípios do Pampa
Gaúcho, SDR Quaraí
Benfeitorias
Estrutura para apoio logístico (logística) Prefeituras Municipais
equipamentos
Centro de treinamento regional (Santana do Livra- Prefeituras Municipais e Consórcio
mento) dos Municípios do Pampa Gaúcho
Fortalecer e implantar o Serviço de Inspeção Sanitária ASANFRO
Municipal
Abate certificado
BENEFICIA- Qualificar as plantas Agroindustriais da região Juntos para Competir (Sebrae, Senar,
MENTO E FARSUL), UFRGS, SDR Quaraí
AGREGAÇÃO Programa de inovação do setor agroindustrial da ovino- ARCO, SEAPA, EMBRAPA, UNI-
DE VALOR cultura (embutidos, turismo rural, leite, etc.) PAMPA, Associação Santanense de
Produtores, SDR Quaraí
Novos produtos
Estruturação de Programa de inovação do setor agroindustrial da ovino- ARCO, SEAPA, EMBRAPA, UNI-
unidades cole- cultura (embutidos, turismo rural, leite, etc.) PAMPA, Associação Santanense de
tivas de benefi- Produtores, SDR Quaraí
ciamento Incentivar a formação de pequenas empresas de tece- Secretaria de Desenvolvimento de
Lã e pele lagem Santana do Livramento
Lanifício COOFITEC SEBRAE (Santana do Livramento)
Denominação de Criação da marca coletiva Sindicato Rural e Associação Santa-
COMERCIA- origem e indicação nense de ovinocultores
LIZAÇÃO geográfica
Fortalecimento da Feira de Ovinos Sindicato Rural e Secretaria municipal
Fortalecimen- de agricultura e turismo, Associação
to de redes e Santanense de ovinocultores
Feiras e mercados
canais de co- Estruturação da feira da agricultura familiar Sindicato e Secretaria de agricultura
mercialização. e turismo, Associação Santanense de
Desenvolvi- ovinocultores
mento de sinais Sindicato e Secretaria de agricultura
distintivos Centrais de
Entreposto de comercialização de animais e turismo, Associação Santanense de
comercialização
ovinocultores
Infraestrutura Programa de irrigação no território ASANFRO
hídrica
Incentivo a utilização de energias alternativas renováveis SEAPA, IFSUL
INFRAES- Energia elétrica
(eólica, solar etc.)
TRUTURA
Ampliação e melhoria de cobertura dos sistemas de FARSUL, ASANFRO
Telecomunicações
telecomunicações (telefone e internet)
Serviços pú-
blicos para o Programa de Contenção do Capim Annoni SEAPA, Embrapa, Sindicatos Rurais,
Meio ambiente
desenvolvimen- Eletrosul
to territorial Programa de melhoria de estradas vicinais no território Sindicato Rural de Santana, ASAN-
Estradas e
FRO, ARCO, Consorcio do Pampa
pavimentação
Gaúcho
56 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Itaipé BA
MG
Setubinha Ladainha
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Carlos Chagas
Teófilo Otoni
Malacacheta Poté
Nanuque
Ataléia
ES
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO VALE DO MUCURI
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
60 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
• Vocação da pecuária a pasto; • Ausência de órgãos governamentais para fomentar ativi-
• Isenção ICMS; dade;
• Condições climáticas; • Falta assistência técnica especializada e continuada;
• Representação integrada da ACCOMIG/ parcerias exis- • Baixa produção de forragens;
tentes; • Falta matrizes;
• Localização Regional (comunicação, logística); • Falta padronização para cordeiros;
• Linhas de crédito específicas; • Problemas sanitários;
• Frigorífico na região; • Dificuldades de cercamento;
• Exposição Agropecuária; • Dificuldade para Logística;
• Consórcio com outras atividades pecuárias; • Mão de obra qualificada;
• Bom material genético da região; • Alto custo dos insumos;
• Tradição regional; • Falta de profissionalismo na atividade;
• Apoio das entidades. • Falta divulgação;
• Falta de organização da cadeia (produção, compra de in-
sumos, comercialização de animais e produtos);
• Assoreamento de áreas/degradação;
• Baixo preço para comercialização;
• Pouca informação (tecnologia/ manejo);
• Faltam informações específicas sobre a região;
• Falta oferta regular de matéria-prima de forma padroni-
zada;
• Endividamento da classe produtiva.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
• Mercado além do polo/mercado comprador; • Animais predadores (cães, animais silvestres);
• Geração de emprego e renda; • Alto preço dos insumos produzidos na região;
• Abertura de novos mercados; • Longo período de estiagem;
• Trabalho cooperativo; • Falta de regularização fundiária;
• Fornecimento de matrizes; • Roubo nas propriedades;
• Fazenda experimental do Instituto Federal de Minas Gerais • Incertezas de disponibilidade de recursos.
– IFMG;
• Cursos e capacitações oferecidos pelo IFMG;
• Pesquisas para transferência de tecnologia;
• Unidade demonstrativa para transferência de tecnologia;
• Gastronomia específica;
• Ampliação do mercado regional.
Resultados das Oficinas de Integração 61
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
Garantir segurança hídrica (saneamento ambiental IFNMG; IEF; Secretaria de Agricultu-
Infraestrutura
das propriedades rurais e dos criatórios; construção de ra e Meio Ambiente; Suzano Celulose;
hídrica
pequenas barragens; conservação de solo e nascentes) Senar
Estudo de tecnologias alternativas de fontes de energia Embrapa (instrumentação); BNB;
(biodigestor, solar, etc.) IFNMG
Promover a universalização do acesso à eletrificação
Energia elétrica CEMIG
rural
Promover redimensionamento da voltagem dos trans-
CEMIG
formadores
INFRAES-
TRUTURA Aquisição de software específico de gestão e capacitação Embrapa; MCTI; MC
Telecomunicações Ampliar a telefonia móvel no meio rural e acesso a
Gov. de Estado MG
Capital fixo internet
necessário ao Revitalização de estradas vicinais (pontes, drenagens, Prefeituras municipais; MI; DNIT;
desenvolvimen- cascalhamento) DER
to territorial
Prefeituras municipais; MI; DNIT;
Pavimentação de pontos críticos
Estradas e DER
pavimentação Prefeituras municipais; MI; DNIT;
Abertura de novas estradas
DER; EMATER; IDENI
Prefeituras; MI; DNIT; DER; Embra-
Implantar estradas ecológicas (pequenas barragens)
pa; EMATER; IDENI
Infraestrutura Ampliação e adequação das edificações do IFNMG Reitoria do IFNMG; MEC; MPDG;
edificações Campus Teófilo Otoni para ovinocaprinocultura MI; MAPA
SENAR, Prefeituras, EMATER; Se-
Associativismo e Fortalecer e expandir o Polo Vale do Mucuri (reuniões
brae; OCEMG; Gov. de Estado MG;
cooperativismo regionais de mobilização)
UFVJM
CAPITAL Elaborar Plano de Negócio do setor ovinocaprinocul-
SOCIAL Planos de tura (diagnóstico das propriedades, do rebanho, da UFVJM; IFNMG; Sebrae
negócios produção e público envolvido com a atividade)
Fortalecimen- Organizar uma central de compra e venda Sebrae
to de redes e
Criação de um cadastro de produtores, fornecedores de IMA; ACCOMIG; Câmara técnica
capacitação de
Governança insumos, compradores e técnicos estadual e interestadual
equipes locais
de apoio téc- do polo e do Criação de sede estruturada (urbana e rural) MAPA; MPDG
nico território Articulação para captação de recursos (para mobilização,
ACCOMIG
capacitação, ATER, estruturação e custeio do Polo)
Capacitação para técnicos e produtores em produção
Capacitação UFVJM; IFNMG; Sebrae; Embrapa
e gestão
Adequação das instalações do frigorífico Boi da Terra de
Prefeitura; Secretaria de agricultura e
Frigorífico Teófilo Otoni e Grupo 2 Irmãos/Fricadi de Poté para
abastecimento; Iniciativa privada
abate para ovinos e caprinos
Orientação técnica para controle sanitário dos rebanhos Secretaria de Agricultura, Lojas agro-
Saúde animal
(verminoses; vacinas específicas; calendário vacinal) pecuárias; Laboratórios
Capacitação técnica local para executar tecnologias para
seleção e descarte de matrizes (programada, diagnóstico Embrapa; ACCOMIG; IFNMG
INSUMOS E Melhoramento de gestação)
PRODUÇÃO genético
ACCOMIG; Secretaria Estadual de
Aquisição de reprodutores
Melhoria nas Desenvolvimento Agrário
técnicas de Capacitações técnicas de manejo e pastagem (rotação
EMATER; Embrapa; Senar; IFNMG
produção das de piquetes, adubações, etc.)
unidades fami- Alimentação
Desenvolvimento de sistemas integrados (ILPF, inte-
liares Embrapa; BID; ACCOMIG
gração bovino-ovino)
Aquisição de materiais específicos (bebedouros, arames,
Cercas e Iniciativa privada; ACCOMIG
telas)
equipamentos
Estudo de implantação de cerca viva IEF
Desenvolvimento de pesquisa e transferência de tec-
Pesquisa nologias em genética, sanidade animal e produção de IFNMG; Embrapa
forragens
62 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Itaguaçu da Bahia
Jussara
Xique-Xique
São Gabriel
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
BA
Presidente DutraIrecê
América Dourada
Lapão
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO CHAPADA DO JACARÉ
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
66 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
• Resiliência do produtor; • Falta organização do produtor;
• Tradição na atividade; • Falta profissionalismo nas propriedades;
• Rebanho; • Resistência a utilização de tecnologias/mudanças;
• Complexo agroindustrial (abatedouro, laticínio, curtume);
• Distância dos grandes centros consumidores;
• Cooperativas; • Falta capital de giro;
• Grande números de associações; • Dificuldade de gestão da infraestrutura, do complexo e
• Colegiado territorial; das propriedades;
• Áreas disponíveis; • Cadeia de produção desorganizada;
• Carne agroecológica. • Falta de planejamento;
• Falta padronização e sazonalidade da produção;
• Marketing negativo;
• Falta transparência das organizações;
• Baixa autoestima do produtor (dificuldade sucessão).
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
• Clima favorável; • Abate informal;
• Solo/água ricos em minerais (qualidade e quantidade de • Falta de conhecimento;
água subterrânea); • Falta de estrutura social dos povoados;
• Ambiente sadio; • Descontinuidade dos incentivos governamentais;
• Forrageiras nativas; • Falta de ATER;
• Parcerias com instituições; • Longo período de estiagem;
• Mercado comprador crescente; • Energia elétrica insuficiente e de má qualidade (não atende
• Qualidade do produto; a todos e não atende as necessidades dos produtores);
• Crédito. • Uso irracional da água;
• Possibilidade de desertificação (manejo inadequado);
• Dependência dos programas governamentais.
Resultados das Oficinas de Integração 67
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
Codevasf; Embrapa; IFBA;
Divulgação das informações sobre forrageiras da região
Bahiater; BNB
Formação de grupo de produtores de referência para
Comitê gestor
adoção de tecnologias adequadas (inovação)
Alimentação/ Estimular os produtores a formação de reserva estratégica
saúde animal e bancos de proteínas, divisão de pastagens e plantio de Produtores; COPERJ
culturas irrigadas
Obedecer protocolo de vacinação, vermifugação e mi-
Produtores; COPERJ
INSUMOS E neralização
PRODUÇÃO Formulação de sal mineral próprio para a região Embrapa; IFBA
Pesquisa para valorização do rebanho existente na região
Embrapa; IFBA
Melhoria nas Melhoramento e melhoramento
técnicas de genético Formação de um centro móvel de inseminação e exames
Codevasf
produção das laboratoriais (bode móvel de Chapada do Jacaré)
unidades fami- Acompanhamento técnico de forma contínua e com
liares Bahiater; Anater
ATER número limitado de produtores (20)
ATER concursada Bahiater; Anater
Formação de um Plano Piloto na agroecologia da cadeia Embrapa; IFBA; Produtores;
Agroecologia
produtiva de caprinos e ovinos para futura certificação GT colegiado
ADAB; COPERJ; Secretarias
Diagnóstico Levantamento do rebanho de caprinos e ovinos do Polo
municipais de agricultura
Validação de tecnologias em propriedades com experi-
Pesquisa/TT Embrapa; IFBA
ências exitosas
Construção de centros de recepção, triagem e terminação Gov. de Estado; MI; Frente Ovi-
regionais de animais nos; Codevasf
Construção de entrepostos regionais para distribuição Gov. de Estado; MI; Frente Ovi-
de carcaças e cortes nos; Codevasf
Abate Adequação dos abatedouros já existentes em multifun- Gov. de Estado; MI; Frente Ovi-
BENEFICIA- cionais nos; Codevasf
MENTO E Prestação de serviços de abate para os distribuidores
AGREGAÇÃO Frigoríficos; COPERJ
(açougues, mercados e produtores)
DE VALOR
Ministério Público; Prefeituras
Fortalecer a vigilância sanitária e fiscalização (ADAB)
e Gov. Estado
Estruturação
de unidades Capacitação para beneficiamento de artefatos de couro,
Sindicato; SENAR; SENAI
coletivas de mini fábricas familiares com geração de empregos
beneficiamento Instalação da escola de artesanato de couro (instalação
Prefeitura; COPERJ
das máquinas já existentes)
Novos produtos
Criação de novos cortes e preparados com característica
Embrapa; IFBA
regional
Desenvolvimento de queijos, bebidas lácteas e iogurte
Embrapa; IFBA
regionais
Fomentar vendas institucionais aos órgãos governamen-
tais (ex.: alimentação penitenciária, exército, PNAE e MI; Prefeituras; MEC
Compras PAA)
COMERCIA- governamentais Preparar para atender editais de vendas para grupos de
LIZAÇÃO risco alimentar: merenda escolar, quilombolas, indígenas COPERJ
e creches (temporário)
Fortalecimen- Desenvolver estratégia para alcance do mercado regional,
to de redes e Sebrae; COPERJ;
territorial, estadual e federal
canais de co-
Criação do festival dos produtos da caprinovinocultura COPERJ; Prefeituras; Sebrae
mercialização.
Desenvolvi- Feiras e mercados COPERJ; Prefeituras; Sebrae;
Oficializar calendário de feira de animais
mento de sinais ADAB; Bancos
distintivos Marketing territorial/nacional positivo – Divulgação em
Sebrae; MI; MDIC; Prefeituras
meios de comunicação (TV e rádio oficiais e abertas)
Buscar parceria com indústria de alimentação Pet com
Pesquisa COPERJ
aproveitamento das aparas e sobras
68 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Capim Grosso
Quixabeira
Serrolândia
Gavião
Várzea do Poço
Várzea da Roça
Nova Fátima
Mairi
Riachão do Jacuípe
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
BA Pintadas Pé de Serra
Baixa Grande
Serra Preta
Ipirá
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO BACIA DO JACUÍPE
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
72 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Indústria – existência do frigorífico certificado; Baixa sinergia entre as instituições;
Adaptabilidade dos animais; Insuficiência de infraestrutura hídrica;
Cultura de criação – tradição; Atividade produtiva extrativista;
Cultura de consumo elevado; Baixa produção de insumos;
Quantitativo e qualidade do rebanho; Cadeia produtiva secundária;
Fácil manejo; Ausência de empreendedorismo;
Ciclo curto de Produção – manejos e tecnologias; Desvio da finalidade do crédito;
Instituições de ATER e de apoio; Resistência a novas tecnologias;
Tradição de cooperativismo; Falta de unidades regulamentadas de beneficiamento da
Marca do produto registrada. pele;
Falta de procura por emissão da DAP em algumas loca-
lidades;
Deficiência de assistência veterinária nas chamadas de
ATER, nas prefeituras e nas instituições;
Gestão cooperativista frágil;
Comércio informal da carne;
Estradas ruins;
Deficiência de reserva alimentar para os animais;
Descrença e descontinuidade de projetos de ATER;
Desmotivação dos agricultores familiares;
Falta de mão de obra qualificada na produção, benefi-
ciamento e comercialização;
Falta de padronização da produção.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Apoio entidades governamentais; Deficiência logística;
Ensino técnico; Seca;
Políticas públicas disponíveis; Desvalorização da pele do animal;
Redes sociais, rádios comunitárias; Descontinuidade do ATER;
Tecnologias de convivência com o semiárido; Ataque de animais predadores;
Segurança alimentar e nutricional; Furtos;
Valorização da cadeia (chamadas públicas); Abate clandestino;
Demanda do consumo de carne; Falta de políticas públicas para segurança hídrica;
Mercado institucional; ATER desqualificada em gestão da propriedade;
Crescimento da economia local; Descaracterização do bioma;
Redução de impactos ambientais com utilização do fri- Mudanças climáticas.
gorífico;
Cadeia produtiva tecnificada;
Fácil escoamento da produção/ próximo aos grandes
centros;
Inclusão da educação no campo e cooperativismo na
grade curricular;
Mais cuidado do produtor com o meio ambiente.
Resultados das Oficinas de Integração 73
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
Reserva estratégica (silagem, feno, aumento Instituições de ATER, produtores líderes, EMBRA-
do plantio de palma, etc.); PA, universidades e secretaria de agricultura
Consórcio público da Bacia do Jacuípe (secretarias
Disponibilização de mudas de palma
de agricultura) e COOAP
Consórcio público da Bacia do Jacuípe (secretarias
Alimentação Implantação da cultura do sorgo
de agricultura) e COOAP
Instituições de ATER, produtores líderes, EMBRA-
Bancos de sementes forrageiras
PA, universidades e secretaria de agricultura
Implantação de capim e de corte e palma Instituições de ATER, produtores líderes, EMBRA-
irrigado PA, universidades e secretaria de agricultura
Capacitação para plano preventivo de do- Cooperativas, produtores, ADAB, universidades,
INSUMOS E enças ministério da agricultura
PRODUÇÃO Resolução da carência de suplementos mi- Cooperativas, produtores, ADAB, universidades,
Saúde animal
nerais ministério da agricultura
Melhoria nas Cooperativas, produtores, ADAB, universidades,
técnicas de Compra coletiva de insumos veterinários
ministério da agricultura, SEBRAE, CONAB
produção das
unidades fami- Reprodutores compartilhados Produtores e instituições de ATER
Melhoramento
liares Conclusão de projeto financiado pelo MI MI, CAR e COOAP
genético
Seleção das matrizes Produtores e instituições de ATER
Instituições de ATER, produtores, SENAR, EM-
Capacitação de técnicos e produtores
BRAPA e SEBRAE
Instituições de ATER, produtores, SENAR e SE-
Continuidade do ATER
BRAE
Realizar estudos sobre outros modelos de
ATER Produtores, cooperativas e instituições de ATER
financiamento ATER
Instituições de ATER, produtores, SENAR e SE-
Melhoria da gestão da propriedade
BRAE
Instituições de ATER, produtores, SENAR e SE-
Assistência técnica voltada a cadeia produtiva
BRAE
COOAP, FRIGBAHIA, Entidades de ATER, Mais
BENEFICIA- Abate Cordeiro, BAHIAATER, Embrapa, MI, Associa-
Rastreabilidade do produto
MENTO E certificado ções de produtores, secretarias de agricultura e
AGREGA- STR's
ÇÃO DE Desenvolver linha de produtos embutidos Embrapa, SENAI alimentos, Universidades, COO-
VALOR (linguiça, hambúrguer, mortadela) e manta AP/FRIGBAHIA, governos, empresas privadas,
salgada ABRASEL
Estruturação Novos
de unidades Estabelecer parcerias com indústrias do ter- COOAP, FRIGBAHIA, Associações de curtume de
produtos
coletivas de be- ritório que utilizam o couro Ipirá, fábricas de processamento de couro e STR's
neficiamento COOAP, FRIGBAHIA, ADAB e Governo do
Lançamento da marca Fino Sertão
Estado
Fortalecer os pontos de comercialização da Prefeituras municipais, cooperativas de produto-
ovinocaprinocultura nas feiras livres dos res, STR's, SICOOB, Consórcio Bacia do Jacuípe,
municípios Adapta Sertão e CODETER
COMERCIA- Feiras e mercados COOAP, Consórcio Bacia do Jacuípe, prefeituras,
LIZAÇÃO Realização de feira de caprinos e ovinos anual FRIGBAHIA, MI, Governo do Estado (CAR e
com abrangência territorial SDR), Embrapa, CODETER, SEBRAE, SI-
Fortalecimen- COOB, BNB e Banco do Brasil.
to de redes e COOAP, FRIGBAHIA, Consórcio Bacia do Jacu-
canais de co- Compras Fomentar compra institucional junto aos ípe, Prefeituras (escolas e hospitais), associações e
mercialização governamentais órgãos governamentais cooperativas de produção e o conselho de alimen-
e desenvol- tação escolar
vimento de Realização de oficinas nos municípios vi- Sociedade civil, SEBRAE, SENAI, Rede Pintadas/
sinais distin- Produtos
sando a valorização dos produtos da região CESOL, Produtores, COOAP e Consórcio Bacia
tivos regionais
(mostra e degustação) do Jacuípe
Centrais de COOAP, FRIGBAHIA, Consórcio Bacia do Jacuí
Criar central de comercialização
comercialização pe, CODETER e ABRASEL
74 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
PE
PI
Dom Inocêncio
São Raimundo Nonato
Dirceu Arcoverde
BA
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
78 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Grande quantidade de animais adaptados as condições Falta de estrutura para água;
locais; Deficiência na pastagem cultivada para alimentação no
Forragem nativa diversificada e de qualidade; período da seca;
Grande vocação local para criar caprinos e ovinos; Grande número de associações, mas falta organização dos
Elevado número da população de ovinos e caprinos; produtores;
Existência de parcerias; Informalidade na posse da terra;
Boa qualidade do sabor da carne; Baixa qualidade do produto;
Espaço territorial para ampliar o rebanho; Dificuldade de acesso a frigoríficos e ao mercado consumi-
Mão de obra intensiva; dor;
Grande número de associações (familiares). Falta de reserva alimentar para o rebanho;
Deficiência nas informações;
Alto índice de linfadenites;
Baixa capitalização dos produtores;
Ausência de certificação;
Resistência cultural a adesão de novas tecnologias;
Oferta irregular e despadronizada;
Ausência de compras coletivas;
Deficiência na gestão da propriedade;
Má distribuição de energia elétrica na zona rural.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Disponibilidade de crédito aos caprinovinocultores; Alto preço da ração;
Crescente demanda no consumo de carne de caprinos e Períodos de seca prolongados;
ovinos (busca por alimentação saudável); Poucas fontes d´água;
Existência do Projeto Viva o Semiárido com apoio ao Falta de infraestrutura para escoamento da produção (es-
investimento na cadeia de caprinos e ovinos; tradas);
Escola de formação de Técnicos em Agropecuária na re- Atravessadores;
gião; Oferta deficiente de Assistência Técnica abrangente e con-
Geração de empregos; tinuada;
Apoio de instituições (Embrapa, Sebrae, Codevasf ); Pastagem nativa nociva (Papaconha);
Pleno funcionamento do centro de terminação; Crise financeira;
Possibilidade de políticas públicas específicas para a região Irregularidade no fornecimento elétrico.
(semiárido);
Grande potencial para exploração econômica do leite de
cabras (PAA e PNAE);
Possibilidade de criação de Empresa Júnior.
Resultados das Oficinas de Integração 79
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
Formação Palmar e outras pastagens e conservação
Governo do Estadual, Codevasf
de pastagens nativas
Compra coletiva ração Codevasf e Associações
Alimentação Compra milho CONAB Codevasf e Associações
Capacitação de técnicos e produtores EMATER, Embrapa, Sebrae
Compra de equipamentos (forrageiras, ensiladeiras,
Codevasf e Associações
etc.)
Capacitação de produtores (boas práticas) Emater, Senar, Codevasf
Sanidade
Aquisição de kits sanitários Prefeituras
Estudo de viabilidade Sebrae
INSUMOS E Melhoramento Aquisição de reprodutores e matrizes Associações; Embrapa
PRODUÇÃO genético Aquisição de Sêmen Associações; Embrapa
Melhoria nas téc- Frigorífico Capacitação dos produtores Sebrae, Embrapa
nicas de produção (pequeno porte) Implantação da Estrutura com equipamentos Associações (ASCCOLE) Comitê Gestor
das unidades Forrageiras EMBRAPA, Codevasf e UNIVASF.
familiares Genética EMBRAPA e UNIVASF
Pesquisa
Mercado UNIVASF, Sebrae e Semagri.
Associações, Semagri, BNB, Emater, Co-
Kit de Irrigação (gotejamento)
devasf
Associações, Semagri, BNB, Emater, Co-
Máquinas Forrageiras e ensiladeiras
devasf
Associações, Semagri, BNB, Emater, Co-
Caminhões (carga seca e refrigerada)
Equipamentos devasf
PE
PI
Uauá
Pilão Arcado Jaguarari Canudos
Sento Sé
Campo Formoso
Andorinha
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Senhor do Bonfim
Antônio Gonçalves
Pindobaçu Filadélfia
BA
Ponto Novo
Caldeirão Grande
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO SERTÃO NORTE BAIANO
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
84 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Localização geográfica; Resistência do produtor a mudanças;
Infraestrutura de abate; Comodismo;
Tamanho do rebanho; Alto custo de produção com insumos e seca;
Tradição; Baixa infraestrutura da propriedade;
Aptidão; Baixa qualidade do rebanho;
Melhoramento genético; Baixa capacidade empreendedora;
Tamanho do rebanho existente; Tamanho da propriedade insuficiente;
Rusticidade do rebanho; Baixa capacidade de capital;
Vocação para atividade; Alto índice de verminose;
Bom potencial genético para cruzamento; Falta de reserva estratégica;
Rio São Francisco; Falta de capacitação;
Clima favorável. Baixo índice de cooperativismo;
Falta de pesquisa de mercado;
Falta de publicidade dos produtores;
Falta de logística para levar animais para o abatedouro;
Reduzido número de unidades de abate certificado;
Falta de valor agregado no produto;
Baixa capacidade gerencial;
Baixo nível de organização social do produtor;
Falta de organização da cadeia;
Falta de valorização local;
Falta de conhecimento do negócio (gerencial/tecnológico);
Falta e descontinuidade da assistência técnica (gerencial e
tecnológica);
Falta de mão-de-obra especializada;
Clandestinidade.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Apoio institucional – fonte de tecnologias; Energia;
Alto consumo local/mercado interno crescente; Seca/falta de água;
Marketing gratuito; Predadores (raposas, gato do mato, carcará e cão);
Localização: livre de aftosa e com abatedouro; Segurança/ladrão;
Bioma caatinga – carne diferenciada; Baixa qualidade de assistência técnica;
PAA e PNAE; Assistência técnica insuficiente;
Clima propício a atividade; Demora da aprovação das linhas de crédito;
Crescente no consumo de produtos orgânicos; Dificuldade de acesso ao crédito;
Existência de perímetros irrigados; Degradação do bioma da caatinga;
Tecnologia já existente; Falta de política de regularização fundiária;
Baixo índice de umidade; Excessiva tolerância ao abate informal;
Forte aparato institucional para apoio; Desarticulação dos diversos segmentos da cadeia produ-
Proximidade com projetos irrigados, frigoríferos e curtume; tiva;
Mercado nacional e regional crescente e insatisfeito; Grande número de atravessadores;
Nível tecnológico alto; Longos períodos de estiagem;
Entrepostos de comercialização; Falta de ATER;
Cortes especiais; Alto custo dos produtores sem certificação;
Demanda mercado externo/mercado interno; Baixa fiscalização do abate clandestino;
Número de empresários interessados na caprinocultura; Falta de armazém da CONAB;
Melhoramento genético; Legalização: custos e burocracia;
Sistema de inspeção municipal; Insumos/tecnologia;
Existência de frigoríficos (SIF, SISBS); Hábito alimentar;
Selos de certificação; Pragas;
Integração lavoura irrigada/pecuária. Frigoríficos (legalização do abate);
Assistência técnica insuficiente.
Resultados das Oficinas de Integração 85
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
ACCOSSF, EMBRAPA e Secretarias
Formação de Banco de Reserva Alimentar
da Agricultura
Alimentação
Construção/disponibilização de galpão para armaze- IDESA, SEBRAE e Secretarias de Agri-
namento de milho cultura de Juazeiro
Aprovação do Programa Nacional de Sanidade de Ca-
ADAB, MAPA, EMBRAPA Caprinos
INSUMOS E prinos e Ovinos
PRODUÇÃO Secretario Agricultura Juazeiro, ADAB,
Saúde animal Implantação de Unidades Móveis para exames de OPG
MAPA e IDESA
Melhoria nas
ADAB, MAPA, Secretaria de Agricul-
técnicas de Campanhas de Vacinação
tura Senhor do Bonfim
produção das
unidades fami- Reestruturação dos Bancos Genéticos extintos pela
ACCOSSF, SEAGRI e CODEVASF
liares EBDA
Melhoramento Programa de distribuição/integração de reprodutores
ACCOSSF, CODEVASF E SEAGRI
genético melhorados geneticamente (nativas e exóticas)
Unidade Móvel para andrológico e Inseminação Ar-
ACCOSSF, CODEVASF E SEAGRI
tificial
ATER Assistência Técnica e Gerencial – Propriedades CODEVASF
Apoio logístico para viabilização de abate. Formação da ACCOSSF, CODEVASF e Secretaria
ROTA de CORDEIROS/Animais Vivos. da Agricultura de Juazeiro
BENEFICIA- Programa de Educação Sanitária. Carne Legal. Cons-
MENTO E cientização sobre o risco de consumo dos produtos de ADAB e Secretarias da Agricultura
AGREGAÇÃO Abate caprinos e ovinos não certificados
DE VALOR certificado Apoio logístico para viabilização de distribuição de car-
ACCOSSF, CODEVASF, SEAGRI,
caças certificadas nos municípios. Formação da ROTA
Estruturação de MAPA E BNB
de CORDEIROS/Carcaças
unidades cole- ADAB, CODEVASF, Secretarias da
tivas de benefi- Adesão ao SISB e Implantação do SIE nos Municípios
Agricultura
ciamento
ACCOSSF, ADAB, SENAI, Secreta-
Entrepostos para beneficiamento de carcaça e fabricação
Novos produtos rias da Agricultura de Senhor do Bon-
de embutidos
fim e Juazeiro
Denominação de
SEBRAE, ACCOSSF e Secretaria da
origem e identifi- Criação do Selo Cordeiro do Polo Sertão Norte Baiano
COMERCIA- Agricultura de Senhor do Bonfim
cação geográfica
LIZAÇÃO Feiras e Secretarias da Agricultura de Senhor do
Organização de Feiras e Eventos
mercados Bonfim e Juazeiro
Fortalecimen-
to de redes e ACCOSSF, CONAB, Secretarias da
Compras Comercialização com PAA
canais de co- Agricultura
governamentais
mercialização Comercialização com PNAE ACCOSSF e Secretarias da Agricultura
e desenvolvi- ACCOSSF, Secretarias da Agricultura
mento de sinais Criação de entreposto no espaço no CEASA
Centrais de do Bonfim e Juazeiro
distintivos
comercialização Criação de ambiente específico para comercialização ACCOSSF, SEBRAE e Secretaria da
dos produtos da caprinocultura Agricultura de Senhor do Bonfim
Abertura e instalação de poços CODEVASF e Comitê Gestor
Construção e revitalização de adutoras CODEVASF e Comitê Gestor
Infraestrutura Implantação de programas de armazenamento de água
hídrica CODEVASF e Comitê Gestor
(Reservatórios)
INFRAES- CODEVASF, IDESA, SEAGRI e Co-
TRUTURA Construção e limpeza de barragens
mitê Gestor
Capital fixo Secretarias da Agricultura de Senhor do
necessário ao Expandir a implantação de Energia Elétrica Bonfim e Juazeiro, Programa Luz para
desenvolvimen- Energia elétrica Todos e Comitê Gestor
to territorial BNB, Programa Luz para Todos e Co-
Expandir a implantação de Energia Solar
mitê Gestor
Telecomunicações Ampliação de Sistema de Telecomunicações Assembleia Legislativa e Comitê Gestor
Estradas e
Construção e pavimentação de estradas Assembleia legislativa e Comitê Gestor
pavimentação
86 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
PI
Cabrobó
Orocó
PE Dormentes
Lagoa Grande
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Petrolina
BA
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO
PERNAMBUCANO
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
90 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Tradição/vocação na atividade; Falta de controle sanitário;
Rio São Francisco (potencial de recursos hídricos – produção Baixa capacidade de gerenciamento dentro da proprieda-
de forragem – e turismo); de;
Plantas Nativas (disponibilidade de alimento adaptado a Escassez (alimentos);
escassez hídrica – diferenciação da qualidade da carne); Baixo adoção de tecnologias pelo produtor;
Rebanho geneticamente adaptado ao clima; Falta de estruturação / gestão / objetividade das Entidades
Localização geográfica (700 km de 9 capitais, escoamento); Associativas / Cooperativas;
Existência de muito Cooperativismo e Associativismo; Falta de Abatedouro (inspecionado);
Existência do Polo Gastronômico (Bodódromo); Carência de ATER;
Plantel (grande número de animais); Oferta irregular – falta de padronização (abate / carcaças);
Existência de cooperativas de crédito; Sazonalidade da Oferta;
Quantidade expressiva de criadores; Resistência as novas tecnologias;
Existência de instituições de apoio à atividade (IPA, Prorural, Infraestrutura hídrica na propriedade deficiente / inexis-
MAPA, etc.). tente;
Existência de abate clandestino;
Predominância de pequenas propriedades (estrutura fun-
diária);
Baixa eficiência produtiva.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Mercado consumidor garantido e em expansão; Atuação deficiente da CONAB;
Existência de interação e consorciação entre fruticultura Ações não sinérgicas;
e caprinocultura/ovinocultura (turismo – queijos, carne, Períodos prolongados de seca;
vinho); Surgimento de outros polos de produção (competição);
Existência do abatedouro de Rajada (ainda em não funcio- Forte presença de intermediários;
namento); Competição das outras carnes (bovina);
Área livre de aftosa; Existência de programas inadequados à atividade local
Existência de tecnologia de produção para a atividade; (garantia da safra, programa estadual de distribuição de
Disponibilidade de logística para escoamento da produção; sementes de milho e feijão, que são culturas que não
Existência de programas de apoio e incentivo à produção vingam localmente);
em expansão. Falta de ATER;
Fiscalização sanitária deficiente e burocrática;
Insuficiência de unidades de abate e processamento.
Resultados das Oficinas de Integração 91
Carteira de Projeto
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
Programa de produção de forragem perene de sequeiro IPA e EMBRAPA
Integração com áreas irrigadas CODEVASF e comitê gestor
INSUMOS E Programa de uso racional da caatinga e recuperação de
Alimentação IPA e EMBRAPA
PRODUÇÃO áreas degradadas
Produção de forragem com suplementação hídrica – pul- IPA e EMBRAPA, Coopontal e
Melhoria nas téc- mões verdes individuais/coletivos comitê gestor
nicas de produ- Saúde animal Criação de programa de prevenção de doenças existentes ADAGRO e comitê gestor
ção das unidades Melhoramento
familiares Preservação do material genético local EMBRAPA e comitê gestor
genético
IPA – PE, comitê gestor e Co-
ATER Prestação de ATER focado na caprinovinocultura
opontal
Reforma, modernização e reabertura dos abatedouros ADAGRO e Secretarias de
BENEFICIA- Abate certificado
municipais Agricultura locais
MENTO E Bodódromo e Secretarias de
AGREGAÇÃO Programa de marketing para difusão de cortes especiais
Agricultura locais
DE VALOR
Curso para padronização de produtos acabados e boas
Novos produtos Comitê gestor e SEBRAE
práticas
Estruturação de
unidades coleti- Difusão e acesso ao SEBRAETEC – consultoria para be-
SEBRAE e Coopontal
vas de beneficia- neficiamento
mento Reabertura dos laticínios fechados em Santa Maria da Boa CODEVASF, Aprisco do Vale,
Infraestrutura ociosa
Vista e Petrolina ASCOOPER
Denominação de ori-
Certificação de IP / DO dos produtos de caprinos e ovinos Coopontal, SEBRAE, INPI e
gem e identificação
(leite, pele, etc.) comitê gestor
geográfica
COMERCIALI- Secretarias de agricultura e as-
ZAÇÃO Feiras e mercados Organização das feiras de caprino e ovinocultura sociações dos municípios inte-
grantes do polo
Fortalecimento
Fortalecimento das infraestruturas municipais para aten- Secretarias de agricultura, Coo-
de redes e canais
dimento aos programas PAA / PNAE pontal e comitê gestor
de comercializa-
Compras SEBRAE, Coopontal e Coo-
ção e desenvolvi- Realizar seminários para compras institucionais
governamentais pador
mento de sinais
distintivos Seminário estadual para conhecimento da legislação de ADAGRO, SEBRAE, SENAR,
comercialização entre estados comitê gestor
Centrais de Divulgar a consultoria para criação de centrais de comer- SEBRAE, comitê gestor e coo-
comercialização cialização perativas
INFRAESTRU-
TURA
Conselhos Municipais de De-
Infraestrutura Fortalecimento dos Programas de perfuração de poços e senvolvimento Rural, Governo
Capital fixo
hídrica formação de aguadas (açudes, barreiros, etc.) do Estado, comitê gestor e CO-
necessário ao
DEVASF
desenvolvimento
territorial
Coopador, SEBRAE e comitê
CAPITAL Capacitação em gestão empresarial
Associativismo e gestor
SOCIAL cooperativismo Coopador, SEBRAE e comitê
Capacitação em gestão de empreendimentos coletivos
gestor
Fortalecimento
de redes e capaci- Associação de Desenvolvimento
Capacitação em elaboração de planos de negócio e projetos
tação de equipes Plano de negócios Rural de Rajada – ADRJ, SE-
de captação de recursos
locais de apoio BRAE e comitê gestor
técnico Governança do polo Consolidação de banco de dados, contemplando atores, Polo Sertão do São Francisco
e do território instituições, lideranças, potencialidades locais Pernambucano irá decidir
FINANCIA-
Criação do seguro garantia bode (criação do seguro para
MENTO MDSA e comitê gestor do polo
ovinocaprinocultura nos moldes da garantia de safra)
Financiamento
Crédito assistido bancário
e programas de Realização de rodadas de crédito (SEBRAE) – Encontro COOPONTAL, COOPADOR,
fomento de negócios SEBRAE e comitê gestor.
92
Área de Abrangência do Polo Itaparica - PE
PB
Carnaubeira da Penha
PE
Floresta
Belém de São Francisco
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Itacuruba
Inajá
Petrolândia
Tacaratu
PI
BA
Jatobá
AL
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO ITAPARICA
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
94 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Presença dos órgãos de apoio a ovinocaprinocultura loca- Falta de organização dos produtores / individualidade;
lizado na região (ex: PRORURAL, BNB, IPA, SEBRAE); Falta de interesse e iniciativa dos produtores na adequação
Apoio dos municípios as associações e cooperativas de do manejo;
criadores; Dificuldade na gestão dos recursos hídricos, forrageiros e
Quantidade expressiva de rebanhos na região; financeiros;
Atividade tradicional na região; Manejo produtivo inadequado as condições da proprie-
Existência de um potencial de integração com áreas irri- dade ao mercado;
gadas na produção de forragem; Baixo aproveitamento dos subprodutos (pele, esterco,
Caatinga rica para produção de caprinos e ovinos; etc.);
Presença de um curtume no município de Floresta/PE; Falta de continuidade na produção (escala de produção);
Existência de tecnologias voltadas para produção de capri- Limitação escolar e técnica dos produtores;
nos e ovinos; Pouco controle sanitário do rebanho;
Existência de profissionais na área; Dificuldade no transporte dos animais e sua padronização
Localização geográfica favorável a distribuição da produção para comercialização;
de ovinos e caprinos; Má utilização da pastagem nativa;
Grande consumo de carne e derivados de ovinos e caprinos Dificuldade de comercialização pela falta de abatedouro
na região; frigorífico;
Existência de um banco de proteína em Petrolândia; Falta de organização dos elos da cadeia;
Presença de animais adaptados ao clima da região. Falta de marketing da carne e derivados dos ovinos e ca-
prinos;
Falta de ATER contínua e específica;
Ausência do armazenamento de forragem pelos criadores;
Ausência da certificação da produção;
Falta de dados atualizados da ADAGRO;
Falta de políticas públicas na região;
Falta de acessibilidade das estradas vicinais entre os mu-
nicípios e as propriedades.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Acesso ao mercado institucional (merenda escolar); Predadores naturais;
Possibilidade de acesso ao mercado exterior; Questões tributárias;
Implantação de tecnologias no melhoramento genético; Ausência de um polo da CONAB (alto valor dos insumos);
Produção de produtos orgânicos e/ou agroecológicos; Baixo índices pluviométricos.
Implantação de uma indústria de calçados (devido a exis-
tência de um curtume);
Infraestrutura rodoviária de boa qualidade (bem conser-
vada);
Melhorias nas capacitações de manejo dos animais.
Resultados das Oficinas de Integração 95
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
Fomento à implantação e distribuição de suporte
IPA, Coopercapri, Asccopetro, Secreta-
forrageiro (palma, banco de proteínas e conserva-
rias Municipais, Prorural
Alimentação ção de forragens)
Organizar centro de compras coletivas de rações e Coopercapri, Asccopetro, CMDRS e
insumos para produção Sebrae
Organizar centro de compras coletivas para aquisi- Coopercapri, Asccopetro, CMDRS e
ção de insumos (medicamentos e vacinas) Sebrae
Saúde animal Criação de campanhas de controle e prevenção de Secretarias de agricultura do polo; IF-
doenças -Sertão; IPA; ITEP
Cadastro do Produtor e Plantel na ADAGRO ADAGRO
Implantação de Programa de Melhoramento Ge- Secretarias de agricultura do polo; IF-
INSUMOS E Melhoramento
nético com reprodutores certificados e adaptados -Sertão PE; PRORURAL; EMBRAPA;
PRODUÇÃO genético
ao Sertão IPA
MAPA; IPA; Secretarias dos Municípios
Melhoria nas téc- Ampliação e qualificação da assistência técnica
do Polo; CAAP; Coopercarpri; SEMEN-
nicas de produção multidisciplinar
TES
das unidades fami-
liares ATER IF-Sertão; SEMENTES; ITEP; IPA;
Cursos e capacitações para produtores rurais
FUNAI
Criação de Fórum Permanente de ATER – Polo Secretarias de agricultura do polo; IF-
Itaparica para alinhamento de programas -Sertão/PE; IPA
Secretarias de agricultura do polo; Pro-
Aquisição e gestão de patrulhas mecanizadas
rural e IPA
Secretarias de agricultura do polo; Pro-
Perfuração e instalações de poços
Benfeitorias rural e IPA
equipamentos Aquisição de kits de irrigação para produção de Secretarias de agricultura do polo; Pro-
forragens rural e IPA
Incentivar a melhoria das instalações rurais de pro- Prorural; IPA; Secretaria de Agricultura;
dução de ovinocaprinocultura Banco do Nordeste
BENEFICIA- Coopercarpri; Asccopetro; Câmara dos
Abate Implantação de abatedouro/frigorífico com cer-
MENTO E Vereadores; Secretarias de Agricultura
certificado tificação
AGREGAÇÃO do Polo
DE VALOR
RN
Assunção Soledade
Serra Talhada
Zabelê São João do Tigre
Mirandiba São Sebastião do Umbuzeiro
Custódia Sertânia
Betânia
Arcoverde
PE Ibimirim
Legenda
Inajá
Divisão Estadual
Manari
Território Sertão do Pajeú
Território Sertão do Moxotó
BA .
Território Cariri Oriental
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Território Cariri Ocidental
AL
Fonte: MI/SDR
POLO INTEGRADO PARAÍBA – PERNAMBUCO
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
100 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Tradição e experiência; Tradição da cultura extensiva;
Presença de instituições de pesquisa, ensino e extensão, sis- Preconceito sobre o produto (leite) no próprio território
tema “S”, instituições de apoio e fomento a cadeia; do polo;
Boa e ativa organização, representação/ associação; Má organização empresarial (gestão administrativa, fi-
Qualidade do rebanho; nanceira e produtiva);
Existência de laticínios; Dependência de insumos externos (volume e preço);
Grande quantidade de produtores na atividade; Distância entre as soluções tecnológicas e o produtor;
Representação do polo na câmara técnica de caprinos e ovi- Deficiência no acesso a informação tecnológica;
nos do MAPA. Ensino técnico inadequado para atender a necessidade
do produtor;
Deficiência no acesso a recurso hídrico;
Ausência de escrituração zootécnica e contábil por parte
do produtor;
Falta de gestão nos empreendimentos que beneficiam a
carne caprina e ovina;
Controle sanitário deficitário por parte do produtor.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Existência de mercados institucionais e privados ociosos; Políticas públicas inadequadas e pontuais para o setor;
Possibilidade de integração entre Pernambuco e Paraíba Falta de industrialização dos produtos do setor para mer-
visando ampliar a produção, a qualidade, a produtividade cados globalizados;
para os mercados; Assistência técnica descontinuada;
Possibilidade de formalização do selo de identificação geo- Presença atuante do mercado informal no APL;
gráfica; Controle sanitário deficitário por parte das instituições;
Existência de linhas de crédito reembolsáveis e não reem- Mudança frequente da legislação sanitária;
bolsáveis; Falta de segurança pública nas propriedades;
Existência de eventos agropecuários; Condições edafoclimáticas permanentes e sem planeja-
Existência de infraestrutura física, equipada e paralisada; mento para convivência no setor.
Existência da CONAB no polo.
Resultados das Oficinas de Integração 101
Carteira de Projetos
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
IPA, EMATER e Secretarias de
Armazenamento de Forragem
Agricultura
Alimentação SEDAP, EMATER, IPA e Secre-
Manejo de pastagem natural
tarias de Agricultura
Produção de forragem adaptada a região EMBRAPA, IPA e FAEPA
Criar calendário de vacinação obrigatória pela defesa sa- EMATER, EMBRAPA e Produ-
nitária tores
EMATER, Secretarias de Agricul-
Saúde animal Disponibilidade de serviços laboratoriais (móvel ou fixo)
tura, Produtores
Implantação de laboratórios de referência em leite caprino Secretarias de Agricultura e EM-
na região BRAPA
INSUMOS E
Melhoramento Melhoramento genético participativo (instituição – pro-
PRODUÇÃO Produtores, EMBRAPA e UFPB
genético dutor)
Melhoria nas Capacitação continuada de gestão financeira, administrativa
EMATER, SEBRAE, SENAR
técnicas de pro- e produtiva de técnicos e produtores
dução das unida- Aumento do contingente de técnicos em campo EMATER, IPA e Produtores
des familiares Elaboração em parceria com produtores do projeto peda-
SETDE e Prefeitura de Serra
gógico do curso técnico para ovinocaprino no município
Branca
de Serra Branca
Maior integração entre instituições de C&T e produtores
EMBRAPA, UFPB/PLADES,
ATER dos APLs para desenvolvimento de soluções tecnológicas
EMATER, IPA e Produtores
adequadas
Inserir disciplinas técnicas agropecuárias na grade curricular Secretarias de Agricultura e
de escolas de ensino fundamental e profissionalizante UFPB/PLADES
Assessoramento nutricional remoto para pequenos rumi-
EMATER e Cooperativa
nantes
Organização e construção de central de distribuição de in-
Cooperativa e EMATER
sumos em cooperativa
BENEFICIA- Instalação de laboratórios para avaliação das peles em pro- EMATER, EMBRAPA e Coo-
MENTO E cesso perativa
AGREGAÇÃO Desenvolvimento de produtos derivados lácteos UFPB, EMBRAPA e Cooperativa
DE VALOR
Desenvolvimento de produtos de pele UFPB, EMBRAPA e Cooperativa
Novos produtos
Estruturação de
unidades coleti- Desenvolvimento de produtos cárneos UFPB, EMBRAPA e Cooperativa
vas de beneficia-
mento
Denominação de
Elaboração de um plano de negócios da cadeia produtiva APACCO, SEBRAE, INPI e
origem e identifi-
da ovinocaprinocultura (criação de selo) MAPA
cação geográfica
Elaboração de um calendário anual de divulgação (com a
Feiras e realização de eventos mais técnicos com capacitações, pa- Secretarias de Agricultura, SE-
mercados lestras e treinamentos voltados para o produtor; e incentivo DAP, EMEPA-PB e EMATER
COMERCIALI- para participação em feiras nacionais)
ZAÇÃO Conscientizar diretores de escolas, instituições, escolas Escritórios locais da EMATER,
superiores, merendeiras, dos benefícios dos produtos de SEDAP, Secretaria da Educação,
Fortalecimento origem caprina APACCO, AMCAP e Prefeituras
de redes e canais Compras Secretaria de Agricultura de São
Sensibilizar nutricionistas a montar cardápios com produtos
de comercializa- governamentais Sebastião do Umbuzeiro, São José
locais
ção e desenvolvi- do Cordeiro e UFPB
mento de sinais Elaborar editais de aquisição de alimentos compatíveis com Secretarias de Educação e AM-
distintivos a realidade da produção local (carne, leite e derivados) CAP
Secretaria Estadual de Agricultu-
Formalizar parcerias com Centros de Distribuição (ex.: ra Familiar e Desenvolvimento
Centrais de CECAF) Agropecuário (SEAFDS e SE-
comercialização DAP)
Realizar parceria com EMPASA para centros de distribuição
SEDAP e EMPASA
e comercialização
102 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Iramaia
Maracás
Barra da Estiva
Contendas do Sincorá
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
BA Jequié
Manoel Vitorino
Tanhaçu
Mirante
Caetanos
Boa Nova
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO RIO DAS CONTAS
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
106 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
• Modelo de melhoramento genético; • Descontinuidade do programa de melhoramento genético;
• Existência de apoio da associação UNIRIO (insumos, • Desorganização social dos produtores;
trator, transporte, CRIAR); • Fraca reserva estratégica de alimentação e planejamento
• Existência de produtores capacitados; nutricional;
• Tradição, clima e conhecimento da caprinovinocultura; • Manejo sanitário deficiente;
• Existência de canal de comercialização (frigorífico); • Falta de mão de obra qualificada;
• Armazenamento de alimentação para os animais; • Enfraquecimento da cultura da caprinovinocultura;
• Resiliência; • Cultura da inadimplência consciente;
• Existência de associações e cooperativas no polo. • Falta de consciência ambiental do produtor;
• Fraca comercialização dos animais.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
• Potencial hídrico para irrigação; • Falta de políticas públicas específicas para a cadeia produ-
• Apoio institucional (BNB, Prefeituras, Governo do Estado tiva de caprinos e ovinos (ex.: não há agenda de vacinação,
da Bahia e da União); não há dados nem programas);
• Proximidade com a BR 116, com a finalidade em expor e • Existência de carne importada, do Uruguai e Sul do Brasil,
comercializar a carne de caprinos com maior valor agre- com baixo preço);
gado; • Altas taxas de tributos;
• Projetos socioambientais da mineradora atuante na região. • Falta de recursos hídricos (existem barragens inacabadas);
• Desmatamento descontrolado da caatinga;
• Risco de acidente com barragens de rejeitos da mineradora
atuante na região;
• Prejuízos ambientais territoriais da Ferrovia Leste-Oeste;
• Existência de atravessadores;
• Irregularidade climática;
• Alto preço dos insumos;
• Existência de predadores;
• Falta de hábito de consumo de carne de caprino e ovino;
• Infraestrutura ineficiente;
• Falta apoio do poder público (falta reservatórios, estradas,
etc.);
• Falta de linha de crédito específica e desburocratizada para
a cadeia de caprinos e ovinos.
Resultados das Oficinas de Integração 107
Carteira de Projeto
PARTES
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO
INTERESSADAS
Implantação de centrais de confinamento em todos os ABM Projetos; UNIRIO;
municípios que compõem o polo. Projeto piloto em Prefeitura de Manoel Vi-
Manoel Vitorino torino
Implantação de 0,5 ha de palma para todos os produto-
Alimentação res inseridos no projeto (capacitação, preparo do solo, SUAF-BA; UNIRIO
cerca, adubação, etc.)
SUAF-BA; Prefeituras; Bio-
Fornecimento de sementes (plantas adaptadas ao semiá
INSUMOS fábrica (Estado da Bahia);
rido) e capacitação para plantio
E PRODU- CEDASB
ÇÃO Apoio de pesquisadores da Embrapa e UESB para es-
UNIRIO; EMBRAPA;
tudar e identificar outros cruzamentos industriais para
UESB
Melhoria Melhoramento não retroceder a genética existente
nas técnicas genético Ampliação da distribuição da genética existente no
de produção polo. Construção de infraestrutura para multiplicação UNIRIO; Embrapa
das unidades de reprodutores com boa genética
familiares Prefeitura de Manoel Vito-
Acompanhamento (ATER): médico veterinário, agrô- rino; ABM Projetos; UNI-
ATER
nomos, zootecnista e técnicos de nível médio RIO; Secretaria de Agricul-
tura de Boa Nova
Uma Patrulha mecanizada (kit forrageiro e implemen- Prefeituras envolvidas; ABM
Benfeitorias e tos agrícolas para cada município do polo) Projetos; UNIRIO
equipamentos Prefeituras envolvidas; ABM
Um caminhão para transporte de animais
Projetos; UNIRIO
BENEFICIA- Construção da sala de corte, beneficiamento e emba-
Abate Embrapa; UNIRIO
MENTO E lagem com veículo refrigerado
AGREGA- certificado
Buscar novas parcerias para abate Prefeitura de Caetanos
ÇÃO DE Cortes especiais (capacitação)
VALOR Novos
Defumados e embutidos (capacitação)
produtos Sindicato de Pequenos Pro-
Estruturação Artesanato de couro (capacitação) dutores Rurais de Manoel
de unidades Vitorino
coletivas de be- Leite Leite e derivados (capacitação)
neficiamento
Criação de uma marca coletiva do "Polo Rio das Con-
Denominação de tas" que represente a agricultura familiar e o semiárido Prefeitura de Manoel Vi-
origem e identifi- torino; Prefeitura de Boa
cação geográfica Criação de website e marketing digital para divulgação Nova; UNIRIO
e comercialização dos produtos via internet
COMER- Criar uma unidade de referência para consumo e co-
CIALIZA- Prefeitura de Manoel Vi-
mercialização dos produtos derivados da ovinocaprino-
ÇÃO torino; Prefeitura de Boa
Feiras e cultura a margem da BR 116 no município de Manoel
Nova; UNIRIO
mercados Vitorino/Boa Nova
Fortalecimen-
Criar calendários de feiras de animais e eventos gas- Prefeitura de Manoel Vito-
to de redes
tronômicos rino; UNIRIO
e canais de
comercializa- Realizar parceria com frigorífico Babybode com a fina-
ção e desen- lidade de atender normas dos programas de aquisição UNIRIO
volvimento de Compras de alimentos
sinais distin- governamentais Realizar intercâmbio para conhecer a experiência de
MI; Prefeituras de Caeta-
tivos Pintadas (COOAP) e estabelecer diálogo com outros
nos; UNIRIO
frigoríficos
Implantação de novas centrais de compras de insumos UNIRIO; Secretarias de
Centrais de
para todos os municípios do polo, com capital de giro Agricultura Municipais;
comercialização
e isenção tributária (experiência UNIRIO) Prefeitura de Mirantes
108 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
PARTES
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO
INTERESSADAS
UNIRIO; ABM Projetos;
Construção da Barragem do Rio Sincorá
Prefeituras envolvidas
Prefeitura de Mirante; Ma-
Regularizar a vazão da água da Barragem de Pedra
Infraestrutura noel Vitorino; UNIRIO
hídrica Construção e ampliação de aguadas: barreiro trincheira,
barragens subterrâneas, barragens de médio e grande Prefeituras; Associações; Sin-
porte, poços tubulares e artesianos com sistemas de dicato
INFRAES- distribuição, cisternas calçadão
TRUTURA Energia Alternativa Renovável BNB
Capital fixo Energia
Estender rede de energia para todo o polo Prefeituras envolvidas; sin-
necessário ao elétrica
Alteração de rede monofásica para trifásica dicatos; UNIRIO
desenvolvi-
mento terri- Aumento de potência de cobertura do sinal telefônico Prefeituras envolvidas; sin-
Telecomunicações
torial dos operadores para todo o polo dicatos; UNIRIO
Construir e reformar estradas e vicinais para acesso e
escoamento da produção MI; Prefeitura Manoel Vi-
Estradas e Construção de ponte de acesso sobre o Rio de Contas torino e Maracás; Prefeitura
pavimentação entre os municípios de Manoel Vitorino e Maracás de Tanhaçu; Prefeitura de
Construção de ponte de acesso sobre o Rio Gavião entre Caetanos; UNIRIO
os municípios de Caetanos e Tanhaçu
Ampliar o quadro de associados da UNIRIO visando
o fortalecimento da entidade através do comprometi- UNIRIO
Associativismo e mento do associado e elevar arrecadação
cooperativismo
Buscar parcerias para manutenção da estrutura física e
CAPITAL UNIRIO
remuneração do quadro de pessoal da UNIRIO
SOCIAL E
GOVER- Planos de MI; UNIRIO; Prefeitura
Elaborar um plano de negócio para o polo
NANÇA negócios Manoel Vitorino
Identificação, fortalecimento e estreitamento das rela-
UNIRIO
Fortalecimen- ções com as demais associações do polo
to de redes e Elaborar convênio de cooperação técnica Embrapa –
capacitação de EMBRAPA e UNIRIO
UNIRIO
equipes locais Governança do
de apoio téc- polo e do território Oferta de cursos, palestras, dias de campo, visando am-
nico pliar o conhecimento dos produtores para consolidação UNIRIO
da ovinocaprinocultura no polo
Elaboração e validação da cartilha da atividade da
ovinocaprinocultura com apoio da Embrapa, UESB UNIRIO; EMPRAPA
e Bahiater/SUAF/SDR
Tratamento diferenciado para o bom pagador MI está em negociação com
o BNB para solução dos
Linha de crédito especial para a ovinocaprinocultura
FINANCIA- problemas citados. Essa é
(prazos, carência, juros, etc.)
MENTO uma demanda comum dos
Financiamento Garantia de custeio para o cliente com projeto de in- polos de caprinocultura do
Crédito bancário vestimento nordeste. MI, EMBRAPA,
assistido e Maior agilidade na contratação e liberação de recursos UNIRIO
programas de Criação de um núcleo de assistência técnica e elabora-
fomento ção de projetos de financiamento (disponibilização de ABM Projetos
técnico especializado)
Resultados das Oficinas de Integração 109
110
Área de Abrangência do Polo Baixo Parnaíba - MA
Paulino Neves
Tutóia
Araioses
Milagres do Maranhão
BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
MA
Brejo
Vargem Grande
Chapadinha
Buriti PI
PI
.
0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros
Fonte: MI/SDR
POLO BAIXO PARNAÍBA
Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.
112 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO
Matriz SWOT
FORÇAS FRAQUEZAS
Presença da UFMA (alimentação animal/ pesquisa em Falta de assistência técnica e extensão rural contínua e
alimentação); especializada;
Presença da AGERP (ATER e pesquisa); Má gestão da propriedade;
Presença da AGED (sanidade animal); Predominância do sistema extensivo na região;
Presença do SEBRAE (capacitação); Falta de acesso a políticas públicas municipais e estaduais;
Presença de Instituições Financeiras com crédito acessível Dificuldade de acesso a água (ausência de sistemas de re-
(BNB, BB e CAIXA); servas de água);
Espécies nativas que podem ser usadas como fontes alter- Resistência as mudanças (questões culturais);
nativas de alimento; Manejo sanitário inadequado (controle da verminose);
Disponibilidade de água; Burocracia no acesso ao crédito;
Proximidade ao grande mercado consumidor; Ausência do SIM (Sistema Inspeção Municipal);
Proximidade com as fontes de proteínas e carboidratos (o Ausência da conservação de forragem – manejo nutricional
estado é produtor de soja e milho); (feno/silagem);
Aptidão para a atividade (a região tem tradição na criação Ausência de parcerias entre as instituições;
de caprino/ovino); Falta de comprometimento do produtor rural;
Grande quantidade de pequenos produtores com interesse Falta do espírito de cooperação entre os produtores – ex.:
na atividade; compra de ração (compra conjunta);
Presença do Grupo GBOI na região (frigorífico de grande Falta de mão de obra qualificada;
porte – 150 km de distância); Falta de profissionalização.
Existência de feiras locais e regionais;
Existência de uma agroindústria do leite no território.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Parceria com a EMBRAPA (pesquisa); Falta de segurança no campo (ameaça);
Mercado consumidor crescente; Fatores climáticos;
Parcerias com instituições que atuam no território Ausência de estradas de qualidade;
(AGERP, EMBRAPA, SECRETARIAS, SEBRAE, BAN- Presença de predadores e ladrões de animais;
COS; UFMA, ONGS, STTR); Energia elétrica deficiente (monofásica);
Acesso a políticas públicas (do Governo Federal, Estadual Fatores burocráticos para exportação;
e Municipal – PAA, PNAE, PRONAF, Garantia Safra, Entrada de animais sem procedência na região (animais
Segunda Água, Cisternão); sem rastreabilidade).
Parcerias Intermunicipais (Secretarias, Prefeituras e enti-
dades);
Projeto rota do cordeiro;
Projeto cadeias produtivas do governo estadual.
Resultados das Oficinas de Integração 113
Carteira de Projeto
EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS
Implantação e distribuição de suporte forrageiro (pasto
UFMA, AGERP, Sec. de Agricultura,
nativo – banco de proteínas, conservação de forrageiras
SENAR, FAPEMA
Alimentação – pasto cultivado)
Organização coletiva dos produtores para compra de Associação dos produtores e Comitê
INSUMOS E
insumos Gestor
PRODUÇÃO
Melhoria no cadastro dos produtores e do plantel na
AGED e Associação dos produtores
Melhoria nas Saúde animal AGED
técnicas de pro- Implementar um programa de controle sanitário UFMA, AGED, UEMA
dução das unida-
Melhoramento Implementar um programa de melhoramento genético AGED, Associação dos produtores
des familiares
genético do rebanho rurais e UEMA
AGERP, Associação dos produtores
Melhoria da assistência técnica multidisciplinar de
ATER rurais, Secretarias de Agricultura
maneira contínua e especializada
Municipal e Estadual
BENEFICIA-
MENTO E
AGREGAÇÃO
DE VALOR Adequação do matadouro e/ou construção de mata- AGERP, Associação de produtores
Abate certificado
Estruturação de douro específico para caprinos e ovinos rurais, Secretarias de Agricultura
unidades coleti-
vas de beneficia-
mento
Organização para Criar Associação/Cooperativa para o território (uni- Associação dos produtores, AGERP,
comercialização ficar toda região) FETAEMA, SEBRAE
COMERCIALI- Associação dos produtores, AGERP,
Estabelecer uma feira regional para o desenvolvimento
ZAÇÃO Feiras e mercados Secretaria de Agricultura e SEBRAE,
do polo Baixo do Parnaíba
STTR
Fortalecimento
de redes e canais Gastronomia e Promover na região o produto "Bode no leite de coco Associação dos produtores, AGERP,
de comercializa- comercialização babaçu" Secretaria de Agricultura e SEBRAE
ção e desenvolvi-
mento de sinais Estabelecer formas de comercialização junto a abate- Associação dos produtores, AGERP,
distintivos Centrais de douros e mercados municipais Secretaria de Agricultura e SEBRAE
comercialização Divulgação através de propaganda dos produtos da
Associação dos produtores do polo
região
Infraestrutura
Armazenamento de água (cisternas, açudes, barragens, Comitê da Bacia do Rio Munim,
hídrica
poço semi artesiano até 60 metros) AGERP e SAF