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Shirley Sahrmann, PhD, PT, FAPTA

PROFESSORA DE FISIOTERAPIA, BIOLOGIA


CELULAR E FISIOLOGIA
PROFESSORA ADJUNTA DE NEUROLOGIA
DIRETORA DO PROGRAMA DE CIÊNCIA DOS MOVIMENTOS
Nacional FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
O GEN I Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, LTC, Forense, Método DE WASHINGTON
e LAB, que publicam nas áreas científica, técnica e profissional.
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Essas empresas, das mais respeitadas no mercado editorial, construíram catálogos inigualáveis com obras que
têm sido decisivas na formação acadêmica e no aperfeiçoamento de várias gerações de profissionais e de estudantes
de Administração, Direito, Enfermagem, Engenharia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia e muitas outras ciências,
tendo se tornado sinônimo de seriedade e respeito. PUCRS/BCE

Nossa missão é prover o melhor conteúdo científico e distribuí-lo de maneira flexível e conveniente a preços 111111111111111 IIII Ili
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dores e acionistas.
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DE CONHECIMENTO
Nosso comportamento ético incondicional e nossa responsabilidade social e ambiental são reforçados pela
natureza educacional de nossa atividade, sem comprometer o crescimento contínuo e a rentabilidade do grupo.

Nacional
Título em inglês: Diagnosis and Treatment of Movement Impairment Syndromes

Título em português: Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Autor: Shirley A. Sahrmann

Tradução: Dra. Hildegard T. Buckup

Revisão de texto: Sandra Martha Dolinsky


Carmen Olivieri
São raras as ocasiões em que aparece alguém para colocar A Dra. Sahrmann foi a primeira a adotar uma clas-
Diagramação: Valdelice Santana em dúvida a maneira de encararmos nosso mundo. A pro- sificação lógica dos distúrbios dolorosos, de acordo com
fessora Shirley Sahrmann é uma dessas pessoas. A obra as categorias de disfunção dos movimentos . Não tardei a
Revisão científica: Rafael Moura Bonaparte Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção descobrir, depois de aplicar seus métodos de exame, que
Fisioterapeuta do Futsal Juvenil do Clube Atlético Mineiro dos Movimentos representa o resultado de muitos anos de diagnósticos patológicos idênticos nem sempre se asso-
Especialista em Ortopedia e Esportes (UFMG) simples observação e análise dos movimentos do corpo ciam à mesma disfunção do movimento. O tratamento da
humano. Todo leitor desta obra passará a entender o mundo disfunção específica, em lugar do diagnóstico patológi-
Eduéster Lopes Rodrigues co, trouxe resultados altamente gratificantes. Este livro,
da Medicina musculoesquelética de maneira diferente; seu
Fisioterapeuta - Fisior - Fisioterapia e Medicina Especializada - Belo Horizonte-MO Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção
mundo mudará para sempre. Eu disse muitas vezes à Dra.
Especialista em Ortopedia e Esportes (UFMG) dos Movimentos, fornece ao clínico as informações das
Sahrmann que ela me dotou de uma nova visão. Depois
de muitos anos de observação de grande variedade de quais ele precisa para poder diagnosticar com segurança
Leandro Inácio Bicalho
problemas do aparelho locomotor, eu agora os entendo de as diversas síndromes de disfunção, além de proporcionar
Fisioterapeuta do Grupo Propulsão - Órteses Biomecânicas
maneira diferente. Certa vez, eu disse isso a um paciente, ao pesquisador as bases para as investigações necessárias
Especialista em Ortopedia e Esportes (UFMG)
e ele me respondeu que "os olhos enxergam somente o que lhe permitam ampliar as categorias de diagnósticos e
Thiago Barbabela de Castro Soares que o cérebro já sabe". Este livro levará seus leitores a os protocolos terapêuticos em relação às regiões do corpo
Fisioterapeuta do Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz - Prefeitura de observar os pacientes portadores de disfunção do sistema que deixaram de ser abordadas nesta obra.
Contagem (MG) Espero que a este tratado sigam-se outros da autoria
de movimento e fornecerá novas informações que poderão
Especialista em Ortopedia e Esportes (UFMG) da Dra. Sahrmann e de seus colegas do programa de Fisio-
ser rapidamente incorporadas à prática. Não duvido que a
terapia da Universidade de Washington. Essa informação
adoção dos métodos de exame e a capacidade de selecionar
Capa: Gilberto R. Salomão deverá servir de estímulo para que outros pesquisadores
e ensinar os exercícios descritos neste livro devam trazer
verifiquem seus conceitos teóricos e confirmem os proto-
imensa satisfação, tanto ao paciente quanto ao funcionário
colos de tratamento. Os conceitos já têm sido confirmados
da área da saúde.
por fisioterapeutas do mundo inteiro, mas cabe à Dra.
© Mosby, Inc. Como a maioria dos meus contemporâneos, aprendi
Sahrmann o mérito de haver apresentado seu material por
© Livraria Santos Editora métodos de exame que se baseiam no modelo patocine- escrito, de modo que todos possam ver e avaliá-lo, embora
siológico. Minhas capacidades restringiam-se a dar aos trate-se, na maior parte, de um trabalho ainda em andamen-
1ª edição, 2005 pacientes o diagnóstico de suas doenças, esperando que to. Para a Dra. Sahrmann, o livro Diagnóstico e Tratamento
1ª reimpressão, 2009 eles voltassem felizes para casa depois de conhecê-lo. Na das Síndromes de Disfunção dos Movimentos é obra ditada
realidade, o que meus pacientes queriam saber era a causa pelo amor. Entre muitos outros, eu me declaro grato pelo
Todos os direitos reservados à Livraria Santos Editora Ltda. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem a de seus sintomas e problemas dolorosos. Muitas vezes, eu esforço de muitos anos que ela dedicou a conhecer, testar
permissão prévia do Editor. menosprezava essas exigências, dizendo tratar-se apenas e documentar essas informações. Trata-se de um trabalho
de uma "conseqüência do uso excessivo", esperando que o importante, que deverá exercer importantes efeitos sobre a
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paciente não me fizesse outras perguntas. Fiquei tremenda- maneira pela qual tratamos os distúrbios motores de nossos

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PUCRS - BJBL.IOTEC •. mente frustrado quando comecei a procurar soluções para pacientes. Espero que todos os leitores de Diagnóstico e
~L.J..o essas limitações do nosso modelo educacional. Lembro-me Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
de haver mencionado esse meu dilema por ocasião dos acabem dizendo a si mesmos: "Já vi muitas vezes esse mes-
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jogos olímpicos em Lillehammer. O terapeuta-chefe da mo cenário clínico, mas, baseado nesses conhecimentos,
equipe do Canadá sugeriu, então, que eu participasse de vejo-o agora de forma muito diferente". Obrigado, Dra.
um dos cursos da Dra. Sahrmann sobre equilíbrio muscular. Sahrmann, por partilhar seus conhecimentos comigo e por
Segui esse conselho e verifiquei que minhas necessidades me ajudar a transformar o trabalho com meus pacientes

*** eram perfeitamente atendidas, graças aos métodos de exa-


me e ao tratamento que aprendi nesse e em outros cursos
em tamanha alegria!
Robert Stalker, MD

~
Rua Dona Brígida, 701 I Vila Mariana
consecutivos. Continuo aplicando esses conhecimentos até Serviço de Saúde da Universidade de Dalhousie
Tel.: 115574-12001 Fax: 11 5573-8774
hoje, em praticamente todos os pacientes que examino em Halifax, Nova Escócia,
04111-081 I São Paulo I SP
www.grupogen .com.br meu consultório. Canadá

Nacional
A resposta óbvia de um problema passa freqüentemente musculoesqueléticos não apresentam o desenvolvimento
despercebida, sendo substituída por respostas e expli- que deveriam, em virtude da falta de solicitação fisica,
cações complicadas. Esse método de abordar a solução deixando o corpo mais predisposto aos traumatismos, o
dos problemas é exemplificada por um adágio: "Pense que seria evitado se os tecidos fossem "fortes" respondendo
primeiro em cavalos, e não em zebras, ao ouvir o tropel assim melhor ao estresse. Resulta daí uma maior predispo-
de cascos". Lembrando isso, o simples método para sição para os traumas mecânicos, devidos aos movimentos
evitar a disseminação das doenças consiste em lavar as repetitivos das atividades cotidianas. Uma vez estabelecido,
mãos; porém, essa resposta óbvia deixou de ser lembrada o padrão de comportamento acaba prevalecendo, graças às
durante muitos anos. É de se estranhar que, inclusive nos repetições contínuas. Durante o trabalho, o desvio repetido
dias de hoje, tenhamos de lembrar às pessoas que sigam para um dos lados, a fim de trabalhar no computador, de
esse conselho tão importante. Acredito haver uma relação atender ao telefone ou de trabalhar no balcão ao lado, é
entre a causa mecânica das dores musculoesqueléticas e o um exemplo típico. Uma mãe vira-se com freqüência em
tratamento médico dos sintomas dessas afecções. Em vez direção ao banco traseiro do carro para controlar os filhos
de tratarmos os problemas mecânicos óbvios, prescrevemos em seus assentos. Ela desce e sobe do carro repetidas ve-
medicamentos para tratamento dos tecidos sintomáticos, zes durante o dia, virando-se também constantemente na
sem dar atenção aos fatores desencadeantes. mesma direção. O dentista trabalha sempre do mesmo lado
Os exercícios são recomendados por causa das al- de seus clientes. O cardiologista inclina-se repetidamente
terações que provocam no aparelho musculoesquelético, para frente ao usar o estetoscópio. Os golfistas e tenistas
porém, as atividades do dia-a-dia também incluem um costumam usar sempre os mesmos padrões de movimentos
componente-chave de exercícios, que são os movimentos com o taco ou a raquete. Até mesmo o hábito de dormir
repetidos. O posicionamento e os padrões de movimentos sempre do mesmo lado é capaz de provocar mudanças no
são cuidadosamente levados em conta durante o treinamen- posicionamento.
to dos atletas, porém, não se costuma dedicar muita atenção Um dos principais objetivos deste livro consiste em
a esses fatores nas atividades cotidianas. O alinhamento da descrever as mudanças que as atividades do dia-a-dia
postura constitui a base para os padrões de movimentos; provocam nos tecidos e nos padrões dos movimentos. Pre-
portanto, os movimentos ideais tomam-se dificeis diante de tendemos provar que a correção desses padrões de movi-
um posicionamento defeituoso. Há muito foram-se os dias mentos e das adaptações dos tecidos é capaz não apenas de
em que as crianças eram exortadas a se manter eretas em aliviar a dor muscular de origem mecânica, senão também
pé ou sentadas. Em épocas passadas, a maioria dos homens de preveni-la. A correção da mecânica corporal é capaz de
fazia serviço militar, e uma parte dessa experiência era o reduzir o consumo dos medicamentos antiinflamatórios,
treinamento da postura ereta em bom alinhamento. Hoje porque deve no mínimo diminuir a causa mecânica e,
em dia, a postura relaxada é considerada aceitável. A forma na melhor das hipóteses, removê-la. Podemos ensinar ao
da mobília destina-se a acomodar e a favorecer a postura paciente a assumir a responsabilidade por seus problemas
relaxada, sobretudo quando a pessoa "descansa" em casa. A dolorosos, em vez de ficar na dependência de medica-
aceitação que a má postura recebe toma-se particularmente mentos que apenas aliviam os sintomas, sem remover a
evidente quando a sociedade como um todo passa mais causa responsável. Uma série de atividades são capazes
tempo sentada do que em épocas passadas. Ironicamente, de provocar problemas freqüentes, os quais devem-se à
quando as mulheres se aproximam da velhice, uma das limitação dos movimentos articulares. Desta maneira, foi
principais preocupações passa a ser o desenvolvimento da possível descrever síndromes dos movimentos específicas,
cifose que caracteriza a mulher "idosa". Mas, enquanto a que o clínico é capaz de identificar com base nos sintomas e
mulher é jovem, pouco faz para prevenir o aumento pro- sinais que o paciente apresenta, assim como nos resultados
gressivo da cifose torácica. Um princípio universalmente dos exames complementares. Descreveremos neste livro
aceito em relação ao sistema ósseo é a Lei de W olff, as síndromes de disfunção dos movimentos de ombros,
segundo a qual os ossos adaptam-se às forças que atuam região lombar e quadril.
sobre eles. Os tecidos que controlam o alinhamento e a es- O segundo objetivo desta obra consiste em descrever
tabilidade das articulações também estão sujeitos às forças como podemos organizar um sistema de classificação das
que atuam sobre os mesmos. Numa época em que prevale- síndromes de disfunção dos movimentos com o auxílio dos
cem os hábitos de vida relativamente sedentária, os tecidos testes básicos e das medidas de fisioterapia, em combinação
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

com a observação das alterações em relação à anatomia e à roteiro, descrevendo a dor e os sintomas principais, assim como
cinesiologia normais. Considero que a criação de sistemas os tipos de disfunções nos movimentos, o posicionamento,
de classificação, levando aos diagnósticos que orientam o os padrões de recrutamento, o grau relativo de :flexibilidade
tratamento fisioterapêutico, é indispensável para os avan- e rigidez, a força muscular e o comprimento dos músculos.
ços constantes da profissão. A principal hipótese teórica Mencionaremos para cada síndrome os testes capazes de
na qual se baseia o sistema é que a articulação desenvolve confirmar o diagnóstico, um resumo e o programa de trata-
uma suscetibilidade direcional ao movimento, tornando-a mento. Cada síndrome de disfunção dos movimentos será
"elo fraco" e, na maioria dos casos, a sede da dor. ilustrada pela apresentação de um caso. Cada capítulo traz um
O capítulo 1 descreve os eventos históricos e profis- anexo com um esquema que explica os sintomas, a história, os
sionais que nos levaram a criar os conceitos de sistema de principais testes e sinais, os sinais associados, a disfunção do
movimento e das síndromes de disfunção dos movimentos, movimento e seus diagnósticos e as doenças que necessitam Este manuscrito parece ter começado com alguns golpes num formato aproveitável enquanto estudante, persis-
tratando ainda dos motivos que tornam o sistema de clas- de indicação médica. de cinzel nas paredes de cavernas do final da Idade da tindo nesse esforço por muitos anos seguidos. Tenho
sificação tão importante. O capítulo 6 apresenta os exames de disfunções dos Pedra, mantendo-se ao longo de muitas eras graças à um dever de gratidão para com todos os colegas que me
O capítulo 2 trata dos conceitos e princípios nos quais quadrantes superior e inferior, cujos resultados devem levar tradição verbal conhecida como boato, para finalmente ajudaram a criar, aperfeiçoar e ensinar esses conceitos:
se baseia o sistema. Os padrões de comportamento serviram ao diagnóstico e à identificação dos fatores contribuintes tornar-se realidade na era eletrônica do século XXI, fato Cheryk Caldwell, PT, CHT; Mary Kate McDonnell,
como base quando os psiquiatras se convenceram da neces- que o programa terapêutico deverá visar. Os exames são que impediu que ele se completasse antecipadamente PT, OCS; Debbie Fleming, PT; Susie Cornbleet, PT;
sidade de criar um sistema comum para o diagnóstico das organizados de acordo com a posição e com os testes nas numa nave espacial em outra galáxia. Por ter estado aí, Kate Crandell, PT; Tracy Spitznagle, PT; Renée I vens,
doenças mentais. As disfunções emocionais não puderam posições específicas. Apresentamos dois formulários. Um agradeço especialmente a minha amiga e colega Kathleen PT, e Carrie Hall, PT. Reconheço sobretudo os esforços
ser atribuídas a lesões ou interações específicas no interior deles contém o padrão normal ou ideal para o teste, os cri- K. Dixon, PT, pelas muitas horas que ela sacrificou lendo, realizados por Linda Van Dillen, PT, PhD, ao examinar
do cérebro, dificultando a identificação dos fatores interati- térios para o diagnóstico de disfunção e refere as possíveis traduzindo do "shirlês" e aperfeiçoando o conteúdo deste a classificação da disfunção dos movimentos da região
vos do comportamento. A classificação das disfunções dos disfunções. O outro pode ser usado para formar a base do livro, enquanto me possibilitava ficar imersa em minha lombar e ao publicar seus achados. Além disso, esta obra
movimentos do homem leva nítida vantagem quando da formulário que registra o exame clínico. Trata-se de uma profissão. Robert Stalker MD também gastou muitas não teria sido possível sem os conhecimentos fundamen-
organização dos comportamentos. As interações são previ- lista que permite ao terapeuta registrar as disfunções iden- horas editando e criticando este manuscrito. Agradeço tais e a inspiração baseada nas observações minuciosas
síveis neste caso,já que se trata de um sistema biomecânico tificadas no exame, assim como as possíveis direções dos ainda à editora de produção Christie Hart por sua ajuda e na análise empírica que os Kendall publicaram em seu
que obedece a princípios anatômicos e cinesiológicos cla- movimentos articulares que são responsáveis pela dor e competente, a Dana Peick pelo layout e pelo trabalho de trabalho clássico Muscles, Testing and Fuction, e sem as
ramente definidos. Portanto, é possível, inclusive, admitir a que, portanto, podem levar ao diagnóstico. As outras dis- edição, assim como a outros funcionários da Hancourt numerosas discussões animadas que mantive com Flo-
existência teórica de um fator principal, capaz de explicar funções reveladas pelo exame referem-se aos movimentos que prestaram sua assistência a este projeto. rence Kendall ao longo de minha carreira profissional.
as disfunções e a mudança das interações que contribuem repetidos, que acreditamos serem os fatores contribuintes Durante toda a minha carreira profissional e acadê- Tive a grande sorte de ter sido um membro da
para o problema. Descreveremos nesse capítulo as adap- para a dor. mica, tive a sorte de ser orientada por pessoas que me Faculdade de Medicina da Universidade de Washing-
tações dos tecidos em resposta aos movimentos repetidos O capítulo 7 traz uma exposição detalhada do pro- transmitiram sua dedicação à excelência no raciocínio ton durante a maior parte de minha carreira. Trabalhei
e às posturas prolongadas que acompanham as atividades grama de exercícios, destinado a promover a correção da clínico e ao melhor atendimento possível dos pacientes. durante mais de 40 anos com colegas que estão entre os
do dia-a-dia. Explicaremos as conseqüências disso, que é mecânica corporal e do desempenho nas atividades diárias; No decorrer de minha formação profissional, Lorraine fisioterapeutas mais ilustres e mais dedicados de toda a
o desenvolvimento, na articulação, de uma suscetibilidade essa correção é importante para reduzir ou para prevenir Ff. Lake, Pt, PhD foi a primeira pessoa que me fez ver profissão. É graças a seus esforços e à direção hábil de
direcional ao movimento. Serão apresentados três possíveis os problemas dolorosos de origem mecânica. Acredito a necessidade da ciência em fisioterapia. Durante meus Susie Deusinger, PT, PhD, que o programa de fisiote-
modelos do sistema de movimento e de suas respectivas que um programa simples de exercícios terapêuticos bem estudos de pós-graduação, Margaret Clare Griffin e rapia fez jus à sua excepcional reputação. Fui membro
relações com as disfunções. Os modelos cinesiológico, selecionados e ensinados de forma precisa desempenha um William M. Landau, MD estabeleceram um padrão que da faculdade de uma instituição sem igual no que se
patocinesiológico e cinesiopatológico e os elementos que papel essencial no sentido de ajudar a resolver o problema ainda tento alcançar. Steven J. Rose, PT PhD, transmitiu refere ao apoio que proporciona à faculdade e aos seus
os compõem servirão para explicar o desenvolvimento doloroso do paciente. É por isso que cada exercício será seu entusiasmo e sua dedicação à pesquisa em fisioterapia professores, criando um ambiente no qual é possível
das disfunções e suas respectivas conseqüências. Serão descrito de forma altamente detalhada, ao lado de consi- e a importância que cabe à classificação das condições almejar e alcançar a excelência. Espero que a presente
descritos os diversos tipos e as características das alterações derações especiais relativas a certas doenças. clínicas. Barbara J. Norton, PT, PhD tem sido uma colega obra constitua mais um passo na busca dos fisioterapeutas
que se observam nesses componentes e nas interações dos O capítulo 8 traz os exercícios ilustrados e escritos e amiga leal, que me deu apoio e cujas valiosas criticas pelo melhor desempenho possível no atendimento aos
mesmos, assim como as aplicações no paciente clínico. de maneira a poderem ser copiados e distribuídos aos me fizeram voltar de muitos caminhos errados. Nancy seus pacientes.
Citaremos exemplos de casos clínicos para ilustrar como pacientes. O terapeuta verá que o programa de exercícios J. Bloom, MSOT, PT, começou a colocar essas idéias -SS
as alterações dos tecidos levam à disfunção, explicando a segue-se ao exame. Por conseguinte, ao realizar o exame do
maneira pela qual elas contribuem para mudar os padrões paciente, o terapeuta também estará definindo os exercícios
de movimentos. específicos que devem formar o protocolo de tratamento. O
Os capítulos 3, 4 e 5 descrevem, respectivamente, as terapeuta estará adquirindo as informações que se tomarão
síndromes de disfunção de movimentos da região lombar, necessárias para a educação do paciente e, o que é mais
do quadril e do ombro. Cada capítulo traz os conhecimentos importante ainda, que contribuem para a prática baseada
básicos de anatomia e cinesiologia que são considerados em evidências, a fim de orientar a fisioterapia.
necessários para o leitor entender o desempenho normal
da região corporal em questão. Cada capítulo segue um certo Shirley Sahrmann, PhD, PT, FAPTA.
1. Introdução 1 Apresentação de Caso 34
Desenvolvimento do Conceito de Equilíbrio do Retroversão do Quadril 34
Sistema de Movimento Disfunção do Elemento Modulador do
Primeira Fase: Atenção Voltada para as Disfunções do Sistema Nervoso 35
Sistema Neuromuscular e Musculoesquelético 1 Alterações nos Padrões de Recrutamento 35
Segunda Fase: Atenção Voltada para a Disfunção Alterações da Dominância nos Padrões de
do Sistema Nervoso Central 2 Recrutamento dos Músculos Sinergistas 35
Terceira Fase: Atenção Voltada para a Disfunção Recrutamento e Flexibilidade Relativa 39
Articular 2 Padrões das Contrações Excêntricas 40
Fase Atual: Atenção Voltada para o Sistema de Disfunções dos Elementos Biomecânicos 41
Movimento 2 Estática: Os Efeitos das Forças de Gravidade 42
Hipótese: O Movimento como Causa das Síndromes Dinâmica: Relação entre Mobilidade e as Forças
Dolorosas 3 que Produzem Movimento 44
Avaliação 4 Cinemática: Descrição dos Movimentos do Corpo 44
Conceitos e Princípios 4 Cinemática e Disfunções da Função Articular 45
Síndromes de Disfunção dos Movimentos 5 Aplicação do Modelo Cinesiopatológico na
Definição 5 Disfunção Patelofemoral 46
Prevalência 5 Múltiplas Disfunções dos Componentes do
Diagnóstico e Tratamento 5 Movimento 47
Estruturas Afetadas 6 Apresentação de Caso 47
Métodos Terapêuticos Baseados na Disfunções do Elemento de Suporte 47
Evidência 6 Resumo 49
Identificação da Causa Versus Redução do Sintoma 7
Necessidade de Classificação 7 3. Síndromes de Disfunção do Movimento da
Coluna Lombar 51
2. Conceitos e Princípios do Movimento 9 Introdução 51
Modelo Cinesiológico 9 Alinhamento Normal da Coluna Lombar 52
Composição do Modelo 9 Posição Ortostática 52
Relevância Clínica do Modelo 1O Posição Sentada 54
Modelo Patocinesiológico 1O Movimentos da Coluna Lombar 57
Composição do Modelo 1O Trajetória do Centro Instantâneo de Rotação 57
Relevância Clínica do Modelo 11 Flexão: Inclinação Anterior 58
Modelo Cinesiopatológico 12 Retomo da Flexão 60
Extensão 60
Justificativa para o Modelo 12
Rotação 61
Relevância Clínica do Modelo 14
Flexão Lateral ou Inclinação para o Lado 63
Disfunção do Elemento-base
Movimento de Translação 63
do Sistema Muscular 16
Compressão 63
Força Muscular 16
Resumo 64
Comprimento do Músculo 19
Ações Musculares sobre a Coluna Lombar 65
Apresentação de Caso 1 20
Musculatura do Dorso 65
Apresentação de Caso 2 21
Músculos Abdominais 69
Apresentação de Caso 3 24
Resumo 73
Apresentação de Caso 4 27 Síndromes de Disfunção dos Movimentos da
Disfunções dos Elementos-base do Sistema Ósseo: Coluna Lombar 74
Variações Estruturais do Alinhamento Articular 34 Síndrome Lombar de Rotação-Extensão com ou
Anteversão do Quadril 34 sem Irradiação dos Sintomas 74
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos Sumário

Apresentação de Caso 1 84 Resumo 146 Síndrome de Disfunção de Movimento da Controle da Pelve durante os Movimentos dos
Apresentação de Caso 2 87 Disfunções por Rigidez ou Flexibilidade Relativa 146 Escápula 216 Membros Inferiores (Extensão do Quadril
Síndrome de Extensão da Coluna Lombar 88 Disfunções Musculares nos Padrões de Relação entre Alinhamento e Movimento 216 e Joelho para Flexão) 371
Apresentação de Caso 91 Recrutamento 147 Critérios para o Diagnóstico da Síndrome Alongamento do Glúteo Máximo (Flexão do
Síndrome de Rotação da Coluna Lombar 93 Apresentação de Caso 1 148 Escapvlar 217 Quadril e Joelho para Extensão) 371
Apresentação de Caso 96 Apresentação de Caso 2 150 Síndromes Escapulares por Ordem de Alongamento do Glúteo Máximo (Flexão do
Síndrome de Rotação-Flexão da Coluna Lombar 98 Síndrome de Deslizamento Anterior da Cabeça Freqüência 217 Quadril e Joelho para Extensão) 372
Apresentação de Caso 100 do Fêmur com Rotação Externa 151 Apresentação de Caso 1 222 Flexão de Quadril e Joelho, Deslizamento do
Síndrome de Flexão da Coluna Lombar 103 Apresentação de Caso 153 Apresentação de Caso 2 224 Calcanhar com Extensão de Joelho
Apresentação de Caso 105 Síndrome de Adução do Quadril 154 Apresentação de Caso 3 227 (Deslizamento do Calcanhar) 372
Disfunção Sacroilíaca 107 Apresentação de Caso 1 156 Apresentação de Caso 4 230 Progressão dos Exercícios para a
Compressão 108 Apresentação de Caso 2 157 Síndromes de Disfunção de Movimentos do Musculatura Abdominal Inferior 373
Considerações Adicionais 108 Apresentação de Caso 3 159 Úmero 231 Exercícios Abdominais
Síndrome de Extensão do Quadril com Relações entre Alinhamento e Movimento 231 (Progressão Abdominal Superior) 376
Capítulo 3: Anexo 110 Extensão do Joelho 161 Critério para o Diagnóstico de Síndrome Umeral 231 Abdução/Rotação Externa do Quadril para
Síndrome de Flexão Lombar 110 Apresentação de Caso 162 Síndromes Umerais por Ordem de Freqüência 231 Posição de Flexão 377
Síndrome de Extensão Lombar 112 Síndrome de Rotação Externa do Quadril 164 Apresentação de Caso 1 233 Elevação da Perna Estendida (Quadril Fletido
Síndrome de Rotação Lombar 114 Apresentação de Caso 165 Apresentação de Caso 2 236
com Joelho Estendido) 378
Síndrome de Rotação Lombar com Flexão 116 Hipermobilidade Femoral Acessória 166 Apresentação de Caso 3 240
Alongamento dos Flexores do Quadril
Síndrome de Rotação Lombar com Extensão 118 Apresentação de Caso 167 Apresentação de Caso 4 243
(Biarticulares) 378
Hipomobilidade Femoral com Deslizamento
4. Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Superior Capítulo 5: Anexo: Alongamento dos Músculos Grande Dorsal e
168
Quadris 121 Apresentação de Caso 170 Síndrome de Rotação Superior da Escápula 246 Escapuloumeral (Flexão/Elevação do
Introdução 121 Síndrome de Deslizamento Lateral do Fêmur Depressão Escapular 248 Ombro com Cotovelo Estendido) 379
Alinhamento Normal do Quadril 122 com Tração do Eixo Curto 171 Síndrome de Abdução Escapular 250 Abdução do Ombro 380
Pelve 122 Apresentação de Caso 172 Síndrome da Escápula Alada e Inclinada 252 Abdução e Rotação Lateral com os Cotovelos
Articulação do Quadril 124 Conclusão 174 Síndrome do Deslizamento Anterior do Úmero 254 Fletidos 380
Articulação do Joelho 129 Síndrome do Deslizamento Superior da Cabeça Rotação do Ombro 381
Pé 134 Capítulo 4: Anexo 176 do Úmero 256 Abdução Horizontal 381
Movimentos do Quadril 134 Síndrome de Deslizamento Femoral Anterior 176 Síndrome de Rotação Interna do Ombro 258. Alongamento do Músculo Peitoral Menor 382
Movimentos da Cintura Pélvica 134 Síndrome de Deslizamento Femoral Anterior com Síndrome de Hipomobilidade da Articulação Exercícios em Decúbito Lateral (Membros
Movimentos da Articulação do Quadril 134 Rotação Interna 178 Inferiores) 382
Glenoumeral 260
Movimentos Acessórios da Articulação do Síndrome de Deslizamento Femoral Anterior com Rotação Externa do Quadril 382
Quadril 135 Rotação Externa 180 Abdução do Quadril com ou sem Rotação Externa 383
6. Exame das Disfunções de Movimentos dos
Ação Muscular do Quadril 135 Síndrome de Abdução do Quadril sem Rotação Interna 180 Adução do Quadril para Fortalecimento 384
Quadrantes Inferior e Superior 263
Músculos Anteriores do Tronco que Atuam na Síndrome de Abdução do Quadril com Rotação Interna 182 Introdução Exercícios em Decúbito Lateral (Membros
263
Pelve 135 Síndrome de Deslizamento Lateral do Fêmur 184 Superiores) 384
Disfunções de Movimentos: Exame do
Músculos Posteriores que Atuam na Pelve 136 Extensão do Quadril com Extensão do Joelho 184 Quadrante Inferior 264 Flexão do Ombro, Rotação Externa e Adução
Músculos Anteriores que Atuam na Extensão do Quadril com Rotação Interna 186 Disfunções de Movimentos: Exame do Escapular 384
Articulação do Quadril 136 Síndrome de Hipomobilidade do Fêmur com Quadrante Superior 328 Adução e Rotação Superior 385
Músculos Posteriores que Atuam no Quadril 137 Deslizamento Superior 186 Exercícios em Decúbito Ventral (Membros
Músculos Mediais que Atuam no Quadril 138 Síndrome de Hipermobilidade do Fêmur 188 7. Exercícios Corretivos: Objetivos e Inferiores) 385
Músculos Anteriores que Atuam no Síndrome de Rotação Externa do Quadril 190 Considerações Especiais 367 Flexão do Joelho 385
Quadril e Joelho 138 Introdução 367 Rotação do Quadril 386
5. Síndromes de Disfunção de Movimentos Exercícios em Ortostatismo
Músculos Posteriores que Atuam no Joelho e 368 Extensão do Quadril com Joelho Estendido 386
da Cintura Escapular 193 Flexão Anterior (Flexão do Quadril com a Coluna
Quadril 139 Extensão do Quadril com Flexão de Joelho 387
Introdução 193
Músculos Posteriores da Perna que Atuam Lombar Estendida) 368 Abdução do Quadril 387
Alinhamento Normal da Cintura Escapular 194
no Joelho e Tornozelo 140 Flexão Anterior (Flexão da Coluna e Quadril) 369 Rotação Externa Isométrica do Quadril, com os
Ombros 194
Músculos da Face Anterior da Perna que Atuam Flexão Lateral da Coluna: Posição de Quadris Abduzidos e os Joelhos em Flexão 387
Escápula 195
no Tornozelo 140 Flexão Lateral 369 Contração Isométrica do Glúteo Máximo 388
Úmero 198
Músculos Laterais da Perna que Atuam no Pé 142 Posição Ortostática com Apoio Unipodálico Exercícios em Decúbito Ventral (Membros
Coluna Torácica 199
Músculos da Parte Posterior da (Flexão Unilateral de Quadril e Joelho) 369 Superiores) 388
Movimentos da Cintura Escapular 199
Perna que Atuam no Pé 142 Vocabulário dos Movimentos da Cintura Limitação da Amplitude da Flexão de Quadril e Ativação dos Extensores da Coluna (Flexão
Músculos que se Inserem no Pé 143 Escapular 199 Joelho com o Tronco Reto do Ombro para Promover a Atividade dos
Disfunções Musculares e de Movimentos 143 Padrões de Movimentos da Cintura Escapular 201 (Semi-agachamento) 370 Músculos Extensores da Coluna) 388
Síndrome de Disfunção de Movimento do Ação dos Músculos sobre a Cintura Escapular 206 Exercícios em Decúbito Dorsal 371 Flexão do Ombro 388
Quadril 144 Músculos Toracoescapulares 206 Alongamento dos Flexores do Quadril Progressão dos Exercícios do Músculo
Síndrome de Deslizamento Anterior da Cabeça Músculos Toracoumerais 211 (Extensão de Quadril e Joelho com Máxima Trapézio 388
do Fêmur 144 Músculos Escapuloumerais 212 Flexão de Quadril e Joelho Contralaterais) 371 Rotação do Ombro 389
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Exercícios na Posição Quadrúpede 390 Flexão do Ombro (sem Encostar a Coluna


Balanço em Posição Quadrúpede 390 na Parede) 396
Movimentação dos Braços em Posição Abdução do Ombro (de Frente para a Parede
Quadrúpede 391 e Exercícios para o Trapézio) 398
Extensão do Quadril 392 Exercícios durante a Marcha 398
Flexão e Extensão da Coluna Cervical 392 Controle da Rotação Interna do Quadril e Joelho 398
Rotação da Coluna Cervical 393 Limitação da Adução do Quadril 399
Exercícios em Posição Sentada 393 Prevenção da Hiperextensão do Joelho 399
Extensão do Joelho e Dorsiflexão do Tornozelo 393 Limitação da Rotação de Joelho 399
Flexão do Quadril 394 Flexão Plantar do Tornozelo 399
Exercícios em Posição Ortostática 395
Flexão do Ombro ( de Costas para a Parede) 395 8. Exercícios para Corrigir as Síndromes de
396 Disfunção dos Movimentos 401
Abdução do Ombro ( de Costas para a Parede) CAPÍTULO UM

ues deste capítulo


era causada por um problema médico específico. Conceitos
básicos diferentes foram criados em cada uma dessas épocas,
Conceito de Equilíbrio do Sistema de Movimento influenciando as características do exercício da profissão,
Hipótese: O Movimento como Causa das Síndromes assim como os métodos usados. Esses conceitos também
Dolorosas forneceram uma importante base filosófica para a prática
Avaliação da fisioterapia.
Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Necessidade de Classificação Primeira Fase: Atenção Voltada para as
Disfunções do Sistema Neuromuscular e
Musculoesquelético
O primeiro período compreendia o tratamento de pa-
Depois de estudar este capítulo, o leitor estará em condições cientes apresentando disfunção do sistema neuromuscular
de: ou musculoesquelético, disfunção esta que resultava da
1. Descrever o que deve ser aproveitado de cada uma das poliomielite ou dos traumatismos de guerra. O exame
três fases da história da fisioterapia, explicar como manual da musculatura, como meio para determinar a dis-
os aspectos práticos de cada uma dessas fases podem função neurológica e muscular de forma quantitativa, foi
ser incorporados à prática atual. fundamental para definir o papel diagnóstico da fisioterapia.
2. Explicar de que maneira o sistema de movimento Eram realizados testes específicos, capazes de informar o
desempenha o papel principal no desenvolvimento médico na avaliação do caso: o médico formulava, então,
das síndromes musculoesqueléticas dolorosas. seu diagnóstico e definia o grau de disfunção.
3. Descrever como os fisioterapeutas usam as classifica- A relação, de certa forma clara, entre a perda da função
ções e os diagnósticos para orientar suas intervenções muscular e a disfunção de movimentos, servia para orientar
terapêuticas. o tratamento. A relação existente entre a destruição de unida-
des motoras e suas conseqüências, consistindo em fraqueza
muscular e perda da mobilidade, era nítida, porém ainda
Desenvolvimento do Conceito de existiam controvérsias a respeito dos melhores métodos de
Equilíbrio do Sistema de Movimento tratamento da poliomielite, particularmente durante a fase
aguda da doença. O tratamento focalizava, durante essa
Praticando a fisioterapia há mais de 40 anos, fui testemunha fase, a preservação da mobilidade, através dos exercícios
de sua evolução, de um campo técnico para uma disciplina de alongamento e do uso de aparelhos ortopédicos. Durante
profissional, cujos progressos continuam exigindo mudan- a fase de recuperação, os exercícios destinados a fortalecer
ças importantes no exercício da profissão. A fisioterapia do os músculos em recuperação ou não afetados também cons-
século XX pode ser dividida em três fases, de acordo com tituíam parte importante do tratamento. O tratamento mais
seu principal enfoque. Em cada uma delas predominou o eficaz compreendia determinados exercícios baseados nos
tratamento de determinado sistema anatômico, devido ge- resultados dos testes musculares manuais. Essas informações
ralmente à prevalência de determinada deficiência tisica que também eram usadas para orientar a prescrição de ortoses e
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Introdução
CAPÍTLLO UM

de outros auxiliares, além de ajudarem no prognóstico re- decorrentes de lesões do sistema nervoso central. O que musculoesqueléticas. 8 Por conseguinte, o tratamento desses Essa teoria e as síndromes serão apresentadas na esperança
lativo ao desempenho funcional. Os exercícios específicos, se tomou evidente durante esse período foi a importância pacientes é importante para a profissão. O tratamento deve de que outros venham a participar de sua confirmação e de
levando em consideração cada músculo e o sentido em que essencial que a função reguladora do sistema nervoso possui ser considerado incompleto e inadequado quando dirigido seu aperfeiçoamento.
atua, eram elementos-chave para uma bom resultado. Sem para a motricidade. As deficiências motoras que acompa- isoladamente nos problemas musculares, neurológicos ou Existem três fatores principais que constituem a chave
dúvida, o papel do sistema nervoso de ativar a musculatura nham a disfunção do sistema nervoso central demonstram a ósseos. A evoluçã9 constante da fisioterapia exige que os movi- para a futura evolução da profissão de fisioterapeuta. O pri-
era levado em devida consideração, mas o papel complexo importância deste último para os movimentos, porém, ainda mentos constituam seu foco central. A Associação Americana meiro fator baseia-se na criação de diagnósticos para guiar o
que o mesmo exerce na regulação dos movimentos não se eram limitados nossos conhecimentos acerca do papel que o de Fisioterapeutas adotou uma declaração filosófica dizendo tratamento. O segundo fator tem a ver com o conhecimento
manifesta de maneira óbvia no paciente que apresenta leve controle motor desempenha nas síndromes musculoesquelé- claramente que a disfunção dos movimentos é o problema e tratamento dos movimentos e das respectivas disfunções e
disfunção do segundo neurônio motor. ticas dolorosas. básico contra o qual dirigem-se nossas intervenções. 1 com a identificação da fisiopatologia associada. O terceiro
O movimento resulta do ato de um sistema fisiológico desses fatores consiste em atender às necessidades em rela-
que produz a movimentação do corpo inteiro ou das partes ção à prática baseada em evidências, através da realização
Segunda Fase: Atenção Voltada para a Terceira Fase: Atenção Voltada para a
de seus componentes. 15 Esses componentes compreendem de pesquisas clínicas, capazes de orientar o tratamento de
Disfunção do Sistema Nervoso Central Disfunção Articular os aparelhos musculoesquelético, neurológico, cardiopul- fisioterapia e dos conhecimentos relativos aos processos
Depois de a poliomielite ter sido erradicada, a população Durante a década de 1980, os fisioterapeutas, influenciados monar e metabólico. Por conseguinte, deve este livro tratar clínicos em causa.
predominante de pacientes recebendo tratamento fisiotera- por seus colegas da Austrália e da Nova Zelândia, começa- do sistema de movimento e de sua contribuição para as
pêutico passou a ser a de casos de acidente vascular cerebral, ram a aplicar métodos de exame e de tratamento que visam síndromes de disfunção dos movimentos.
traumatismo craniano e lesão da medula espinhal. As defi- diretamente a função das articulações como meio de tratar a Em vista do meu interesse clínico inicial pela disfunção Hipótese: O Movimento como Causa das
neurológica, a observação dos padrões de movimentos pas-
ciências que esses pacientes apresentavam eram devidas à dor musculoesquelética. Esses métodos exigem o exame Síndromes Dolorosas
disfunção do sistema nervoso central; por isso, os métodos dos movimentos articulares acessórios e a observação das sou a ser quase que uma obsessão. Acabei me dando conta
até então usados pelos fisioterapeutas já não se aplicavam a respostas dolorosas associadas. Trata-se de um tratamento de que toda pessoa apresenta um padrão de movimento A preservação ou a recuperação dos movimentos exatos de
esses casos. Não se conhecia, nessa época, a fisiopatologia diferente do padrão adotado até então, o qual se baseava característico, e que padrões são exagerados na presença determinados segmentos constitue a chave para a prevenção
específica dos problemas motores decorrentes da disfunção no uso de modalidades destinadas a combater o processo de dores musculoesqueléticas. Procurei, durante os últimos e a correção da dor musculoesquelética. É essa a principal
do sistema nervoso central. Os métodos de alongamento e inflamatório e na aplicação de exercícios para fortalecer os 20 anos, identificar os princípios de organização capazes de teoria que desejamos apresentar nesta obra. A biomecânica
fortalecimento, até então usados no tratamento das seqüelas músculos do segmento afetado. Alguns fisioterapeutas come- explicar as características desses padrões de movimentos, do aparelho locomotor é semelhante à mecânica de outros
da poliomielite, eram considerados inaceitáveis; acreditava- çavam também a aplicar os métodos clínicos preconizados os fatores que contribuem para os mesmos e o motivo pelo sistemas. Em todo sistema mecânico, a longevidade dos
se que fossem capazes de aumentar a espasticidade. O teste pelo Dr. James Cyriax3 para identificar os tecidos que davam qual são acompanhados de dor. A maior parte das explicações componentes e a eficiência do desempenho dependem da
muscular manual também deixou de ser considerado um indi- origem à dor. Esses métodos implicavam em mudanças baseia-se nas observações clínicas que serviram de guia para precisão dos movimentos dos segmentos rotacionais. Ao
cador confiável de desempenho muscular, pois acreditava-se do papel desempenhado pelo fisioterapeuta. Até então, o o tratamento. contrário do que acontece com as máquinas, o estresse sobre
que a espasticidade deveria exacerbar a resposta muscular. médico prescrevia um tratamento baseado no diagnóstico. A observação clínica dos resultados obtidos graças às os componentes é uma necessidade para a saúde do sistema;
Não se conheciam os mecanismos que contribuíam para a Na maioria dos casos encaminhados ao fisioterapeuta, este intervenções terapêuticas serviu para o aperfeiçoamento o esforço graduado é, inclusive, capaz de aumentar a força
deficiência no paciente que apresenta disfunção neurológica. era apenas chamado a "avaliar e tratar", sobretudo quando o dos princípios básicos. Esses princípios são agora objetos dos tecidos envolvidos - são essas duas características
Daí não se considerarem aceitáveis os métodos tradicionais problema envolvia o sistema nervoso central, ao passo que de pesquisas que têm por finalidade aperfeiçoar, modificar vantajosas das quais o corpo humano dispõe. 10 As exigên-
de exame e tratamento que vinham sendo aplicados nos recebia geralmente uma orientação médica mais detalhada ou invalidar as suposições básicas ou as descrições dessas cias, a demanda aos esforços, possuem limites inferiores e
pacientes com disfunção musculoesquelética. A falta de para o tratamento dos casos de dor musculoesquelética. Foi, síndromes. A pesquisa é necessária para a confirmação des- superiores, os quais determinam se eles são favoráveis ou
unanimidade relativa aos mecanismos responsáveis pelas portanto, uma mudança significativa quando o terapeuta ses princípios, muito embora eles se baseiem em relações desfavoráveis à saúde dos tecidos. A perda do movimento
paresias e ao tratamento mais apropriado fez com que não passou a examinar as articulações, a fim de determinar a anatômicas e cinesiológicas largamente aceitas. As noções correto pode dar início a um ciclo de eventos que provocam
fossem elaborados protocolos específicos para o tratamento origem da dor, em vez de aplicar modalidades terapêuticas de anatomia, cinesiologia e fisiologia, nas quais se baseia a alterações nos tecidos, alterações essas que vão dos micro
dos casos decorrentes de disfunção do sistema nervoso cen- e prescrever um esquema geral de exercícios destinados a formação do fisioterapeuta, constituem a base do desempenho aos macrotraumas.
tral. Resultou daí a adoção de protocolos terapêuticos que se melhorar a função. muscular e motor do paciente. O alinhamento é um fator importante, tal como em qual-
baseavam nas convicções e nas experiências clínicas. Essa falta A avaliação da mobilidade articular acessória representou O exame consiste em: 1) observação dos movimentos quer outro sistema mecânico. O alinhamento ideal facilita
de diretrizes levou a um tratamento altamente individualizado uma mudança na filosofia da profissão: o foco passou a ser com base nos princípios da cinesiologia; 2) exame da força a execução de movimentos perfeitos. Se o alinhamento for
e eclético; criou-se, então, infelizmente, o precedente de um a identificação das restrições articulares e das partes moles muscular e do comprimento do músculo. Desde os primeiros defeituoso, antes de se iniciar o movimento, a correção será
tratamento baseado em hipóteses pouco seguras. A relação como causa responsável pela disfunção; já não se tratava dias de nossa profissão, os fisioterapeutas lançaram mão necessária para se obter a configuração ideal; esta precisa,
entre diagnóstico e tratamento também se modificou durante mais de aliviar a dor mediante métodos paliativos. Todavia, o desses tipos de exame para conhecer o desempenho físico do então, ser mantida durante todo o movimento. É óbvio que
esse período. Os diagnósticos clínicos das doenças do sistema papel do controle muscular e motor na etiologia da disfunção paciente e para elaborar o esquema de exercícios. 9 Esse mé- as propriedades dinâmicas e regenerativas dos tecidos
nervoso central não se acompanhavam de diretrizes para o recebeu apenas um mínimo de atenção, já que se considerava todo é conhecido como equilíbrio do sistema de movimento biológicos proporcionam uma latitude maior que os seg-
tratamento fisioterapêutico, ao contrário do que ocorria com a que o problema principal prendia-se à restrição da mobili- (ESM), em vista da importância que cabe aos movimentos mentos móveis da maioria dos sistemas mecânicos. Devido
poliomielite, cujo problema fisiopatológico era relativamente dade de articulações e tecidos periarticulares. Outro avanço exatos ou equilibrados para a saúde do aparelho locomotor e à dinâmica e às propriedades regenerativas dos tecidos
conhecido. importante que ocorreu durante esse período consistiu na dos elementos que o compõem. O protocolo de diagnóstico biológicos, a suposição lógica será a seguinte: quanto mais
Os fisioterapeutas procuraram explicar os mecanismos que classificação dos pacientes, fazendo-os executar movimentos e tratamento baseado no equilíbrio do sistema de movimento o alinhamento dos segmentos do esqueleto se aproximar
contribuíam para as disfunções dos movimentos, conforme da coluna vertebral com o objetivo de identificar os movi- e que é usado pelos fisioterapeutas, organiza as informa- do ideal, tanto melhor será o desempenho dos elementos
demonstra a conferência do NUSTEP, realizada em 19672 ; mentos associados à dor. 11 ções básicas em síndromes de diagnósticos e identifica os de controle como os sistemas muscular e nervoso. Em caso
as explicações nas quais se baseavam as hipóteses clínicas fatores que contribuem para essas síndromes. O nome da de alinhamento ideal haverá menos chance de ocorrerem
relativas aos mecanismos terapêuticos eram vagas e mal Fase Atual: Atenção Voltada para o síndrome identifica a disfunção primária, ou a disfunção microtraumas nas articulações e nas estruturas de suporte.
interpretadas, em vista da limitação dos conhecimentos Sistema de Movimento de movimento, e orienta o tratamento. 13 O fisioterapeuta As pesquisas revelam que os segmentos da coluna vertebral
daquela época. Infelizmente, os mecanismos de controle não está autorizado a continuar tratando seus pacientes que apresentam maiores sinais de alterações degenerativas
motor ainda não eram bem conhecidos, da mesma maneira Durante a década de 1990, o maior grupo de pacientes enca- pelo método de tentativa e erro; nem a eficácia quanto aos são aqueles de maior mobilidade. 14 É razoável admitir a
que os mecanismos da fisiopatologia das disfunções motoras minhado aos fisioterapeutas era formado por casos de dores resultados nem a contenção de custos justificam tal conduta. instalação de alterações degenerativas sempre que os movi-
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos Introdução
CAPÍTLLO UM

mentos se desviam do ideal. Pode-se fazer analogia com o classificação por síndrome representa um passo importante para se manter corretamente alinhado nas posições estáticas, podem ser aplicados a qualquer doença capaz de provocar alte-
movimento da roda do automóvel: as rodas precisam estar na pesquisa dos resultados. Todo clínico sabe, por exemplo, seja em pé ou sentado. O programa precisa ser executado rações articulares e musculares, inclusive à artrite reumatóide.
alinhadas e balanceadas para que a rotação seja perfeita. Os que é praticamente impossível determinar a eficácia do trata- diariamente; ele exige a atenção constante para a mecânica do Esses conceitos podem ser aplicados sempre que alguma doença
pneus, sendo a face intermediária entre o automóvel e a super- mento da dor lombar quando a única categoria é a queixa de corpo, de modo que o desempenho é da responsabilidade do afetar a biomecânica do sistema musculoesquelético; por
fície de contato, apresentarão desgaste uniforme e maior índice dor nessa região. Sem dúvida, o tratamento das cardiopatias paciente. Os programas domiciliares são, portanto, o principal isso, o exame padronizado e o tratamento correspondente
de sobrevida se as rodas estiverem alinhadas e balanceadas. e de outras doenças médicas não teria chegado ao atual método de tratamento; cabe ao terapeuta verificar semanal- encontram indicação para todos os pacientes, inclusive
Veremos neste livro que o desempenho muscular perfeito, nível de eficácia se elas não tivessem sido classificadas. Os mente tanto a eficácia do programa quanto a qualidade do nos casos de disfunção neurológica, embora outros fatores
baseado nos ajustes sutis do comprimento e da força dos diagnósticos que descreveremos nesta obra abrangem os desempenho do paciente. precisem ser levados em consideração quando se pretende
músculos, assim como o tipo de recrutamento das unidades ombros, a coluna vertebral e os quadris. O exame também é capaz de identificar os sinais de aplicar esses princípios na presença de disfunção conhecida
motoras, produzem e mantêm o alinhamento e o equilíbrio acometimento da musculatura e dos movimentos antes de dos ossos ou do sistema nervoso.
nos movimentos das articulações humanas. Roteiro do Exame se manifestarem quaisquer sintomas; daí poder servir para
Lançamos mão de um exame padronizado para identificar a elaboração de um programa preventivo. A educação do Prevalência
Avaliação a suscetibilidade direcional ao movimento, assim como indivíduo acerca das deficiências específicas do seu aparelho
os fatores que contribuem para a disfunção. O tronco musculoesquelético e de como corrigi-las antes de se mani- Os pacientes cuja dor tem origem no sistema musculoes-
Conceitos e Princípios dá apoio aos membros e a seus músculos; por isso, seu festarem dores faz parte do programa de prevenção. quelético formam o maior grupo de pessoas submetidas a
alinhamento afeta todos os demais segmentos do corpo. tratamentos fisioterapêuticos. De acordo com o trabalho
Os conceitos e princípios explicam a maneira pela qual Não é possível corrigir o alinhamento defeituoso da ca- de Jette, mais de 60% dos pacientes que receberam alta de
os movimentos e as posturas prolongadas alteram as ca- beça, da coluna cervical e dos ombros se não corrigirmos Síndromes de Disfunção dos Movimentos várias clínicas de :fisioterapia haviam sido tratados por causa
racterísticas dos tecidos, as quais acabam modificando o também o alinhamento do tronco e da cintura pélvica. O da dor musculoesquelética, sendo 25% deles por dor lombar,
tipo de movimento e, se não forem ideais, podem acarretar alinhamento dos quadris, dos joelhos e das articulações dos Definição aproximadamente 12% por dor cervical, 12% por dor na
disfunções. O exercício da fisioterapia baseia-se na exe- tornozelos e dos pés, assim como a distribuição das forças região do ombro e 12% por dor em joelhos ou quadris. 8 A
cução de exercícios que incluem movimentos repetidos e Muitas denominações têm sido usadas para descrever as
que atuam sobre essas articulações, também são afetados prevalência dos casos de dor lombar na fisioterapia está de
posturas mantidas por tempo prolongado, com o objetivo afecções dolorosas do aparelho musculoesquelético de
em grande parte pelo alinhamento do tronco e da pelve. acordo com o fato de ser essa região a sede mais freqüente da
de exercer uma ação positiva sobre os tecidos. Esses resul- etiologia desconhecida. Hadler chamou a essas afecções
Vemos, portanto, que o exame biomecânico de determi- dor musculoesquelética. 5 Os dois fatores seguintes explicam
tados positivos que se esperam consistem em aumento da de distúrbios musculoesqueléticos regionais. 6 A palavra
nada região anatômica precisa incorporar os movimentos por que a maioria dos pacientes em tratamento fisioterapêu-
flexibilidade e da força e melhora do padrão de movimento. regional refere-se à ausência de doença sistémica primária,
do tronco e dos membros, a fim de podermos determinar tico apresenta dor musculoesquelética. O primeiro deles é
O fisioterapeuta espera obter um resultado positivo quando confirmando a hipótese segundo a qual os traumas me-
seu efeito sobre o local que nos interessa. Aplicamos um a elevada incidência dessas síndromes na população geral;
os exercícios são praticados entre meia e uma hora por dia. cânicos locais seriam o fator etiológico. Outras denomina-
exame padronizado, cuja ênfase muda ligeiramente ou o segundo é o fato de os exercícios e a correção da mecâ-
Todavia, nem todos os movimentos repetidos e nem todas ções usadas com freqüência para descrever a dor localizada
que é acompanhado por testes especiais, de acordo com nica corporal serem os métodos lógicos para o tratamento
as posturas prolongadas levam a um resultado positivo: até são: desordens musculoesqueléticas, traumas cumulativos
a localização do segmento doloroso. (Esse exame padro- de doenças cujos sintomas costumam ser agravados pelos
mesmo o indivíduo sedentário executa movimentos repetidos e lesões devidas ao esforço repetitivo. Esta categoria não
nizado será descrito em detalhe, para depois ser aplicado movimentos. Discutiremos nesta obra como a presença de
ou mantém a mesma postura durante muitas horas por dia abrange a dor devida aos grandes traumas cumulativos e
especificamente ao exame dos ombros, da coluna vertebral dor prejudica os movimentos ou provoca uma solicitação
como parte das suas atividades diárias. lesões devidas ao esforço repetitivo. Esta categoria não
e dos quadris, nos respectivos capítulos). adicional dos tecidos já lesados, contribuindo, dessa forma,
Os movimentos defeituosos ou o comprometimento da abrange a dor devida aos grandes traumas ósseos, aos
para agravar o trauma.
força e da flexibilidade provoca alterações negativas, tanto tumores dos ossos ou às doenças sistêmicas, tais como a
Exercícios Corretivos Numerosos trabalhos mencionam o elevado custo que a
nas partes moles como nas estruturas ósseas. O resultado final artrite reumatóide.
lombalgia impõe à sociedade. 4 Essas despesas compreen-
da lesão desses tecidos consiste em dor musculoesquelética O exame é a base para a prescrição dos exercícios corretivos. Usaremos nesta obra o termo síndrome de disfunção
dem as despesas diretas com o tratamento, assim como os
ou na manifestação de uma síndrome de disfunção do mo- Sempre que o paciente falhar em uma parte do exame, o do movimento como sinônimo de dor musculoesquelética
custos indiretos que derivam das horas perdidas no trabalho.
vimento. Foi criado um modelo para servir de guia para as teste ou uma modificação do mesmo será incorporado ao (DME). Definimos estas síndromes como afecções dolorosas
O efeito econômico imposto à sociedade é significativo se
disfunções provocadas pelos movimentos. seu programa de exercícios terapêuticos. Descreveremos, de caráter localizado que resultam da irritação dos tecidos
somarmos os custos devidos à dor musculoesquelética com
O modelo cinesiológico, a ser descrito no capítulo 2, por isso, os exercícios básicos, suas modificações e sua miofasciais, periarticulares ou articulares. Sua origem e sua
aqueles provocados pelas síndromes de dor lombar.
incorpora os elementos que compõem o movimento; ele progressão. O programa de tratamento exige também que persistência devem-se aos traumas mecânicos, geralmente aos
é usado para descrever as relações que existem entre os o paciente seja instruído a manter-se sempre na melhor microtraumas. Os microtraumas são freqüentemente atribuídos
componentes e o desenvolvimento de disfunções desses posição e a usar os padrões de movimentos corretivos para ao estresse, isto é, ao uso repetitivo ou à sobrecarga, que ultra- Diagnóstico e Tratamento
componentes. As disfunções dos tecidos moles, decorrente suas atividades cotidianas. passa a tolerância do tecido diante dos traumas. A sobrecarga Sabemos muito pouco sobre as causas da dor musculoes-
da repetição dos movimentos e das posturas sustentadas, faz Quando freqüentemente repetidos de forma incorreta, os tanto pode acontecer durante um único episódio de execução quelética de origem mecânica, não obstante seu alto custo
com que a articulação se torne suscetível aos movimentos movimentos da vida diária acabam provocando uma síndrome de certa atividade, como durante os movimentos repetitivos. O para a sociedade e o sofrimento que impõe ao indivíduo. O
em determinado sentido anatômico. A suscetibilidade da dolorosa. Esse comprometimento dos padrões de movimentos uso repetitivo pode ser de duração relativamente breve, como diagnóstico continua muitas vezes inconclusivo ou errado,
articulação direcional ao movimento aumenta a freqüência básicos precisa ser identificado e substituído pela prática do jogar bola durante uma hora depois de muitos anos sem jogar. mesmo depois de a doença evoluir o suficiente para permitir
dos movimentos acessórios e fisiológicos, a qual é tida como desempenho correto. Os exercícios corretivos têm o objetivo O uso repetitivo pode também ser de longa duração, como a identificação das alterações teciduais características no
causa das lesões teciduais. A identificação da suscetibilidade de ajudar o paciente a melhorar o controle neuromuscular de no caso do jogador de beisebol que desempenha a mesma exame radiológico ou neurológico. Várias pesquisas, parti-
direcional ao movimento (SDM) da articulação constitui determinados músculos e movimentos, embora não ofereçam atividade, dia após dia, durante muitos dias seguidos. Outra cularmente sobre as lombalgias, revelaram a existência de
a base para a organização e designação dos diagnósticos. a garantia de serem os padrões corretos usados em condi- causa de microtrauma é o estresse prejudicial aos tecidos, que dados radiológicos positivos em pacientes que não relatam
As categorias denominadas de acordo com a direção ou as ções mais dinâmicas. O paciente tende a voltar aos padrões resulta do desvio em relação à artrocinemática ideal, levando sintomas clínicos, assim como a presença de sintomas clíni-
direções prejudiciais dos movimentos serão descritas de anteriores enquanto não se convencer de que precisa evitar ao comprometimento dos movimentos. cos em pacientes cujo exame radiológico é negativo. Certas
maneira detalhada. Seu aperfeiçoamento é previsto para o a suscetibilidade direcional aos movimentos da articulação Os métodos de tratamento a serem descritos neste livro anomalias patológicas específicas podem estar presentes,
futuro, embora as informações e idéias atuais já possibilitem em questão. Ele precisa ser treinado especificamente para se encontram aplicação sobretudo nas síndromes articulares e mas nem sempre são responsáveis pela dor. 7 Os diagnósticos
a criação de um sistema aproveitável de classificação. A movimentar de maneira correta durante todas as atividades e musculares, porém, os conceitos terapêuticos aqui descritos patológicos podem, portanto, ser relativamente inespecíficos
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Introdução
CAPÍTL LO UM

durante os primeiros estágios de uma afecção dolorosa, tal alteração adquirida da cinemática articular teria provocado disfunções de movimentos. No caso do tendão do múscu- pectiva fisiopatologia. Se não fosse baseada no diagnóstico,
como a lombalgia ou a síndrome do impacto no ombro. Na a irritação mecânica do tendão; ela não teria ocorrido se o lo supra-espinhoso, observa-se geralmente restrição dos a medicina jamais teria feito os progressos em relação ao
maior parte dos casos, o tratamento baseia-se no combate movimento da articulação fosse perfeito. A identificação das movimentos da escápula durante a flexão e a abdução do tratamento que vemos hoje em dia. O diagnóstico feito
sintomático ao suposto processo inflamatório, em vez de vi- características específicas do comprometimento dos movi- ombro. Quando a escápula não apresenta abdução ou rotação pelo médico é adequado a orientar o tratamento, visto que
sar a correção do fator mecânico que provocou a irritação dos mentos glenoumerais traz mais informações que a identifi- suficientes ( quar,ido essa rotação superior não chega a 60 se relaciona com a fisiopatologia responsável pela doença.
tecidos. Essas afecções diminuem, geralmente, a qualidade cação do tendão do músculo supra-espinhoso como sendo a graus), o espaço subacromial diminui, provocando a irritação O diagnóstico baseado na explicação clara do mecanismo
de vida do paciente, mas não sua sobrevida; por essa razão estrutura na qual se localiza a dor. O conhecimento do tipo do tendão. A dor localiza-se neste exemplo;na articulação gle- responsável pela disfunção de movimento está em con-
poucas pesquisas se ocuparam até agora com as síndromes de comprometimento fornece-nos informações que servem noumeral, mas somos obrigados a examinar todo o complexo dições de orientar o tratamento fisioterapêutico. Quando
de disfunção dos movimentos em comparação com outros para deter sua evolução, para corrigir a disfunção, eliminar a da cintura escapular. A dor em tomo da articulação glenoumeral baseado na presença de uma síndrome musculoesquelética
processos patológicos, tais como as cardiopatias, as doenças dor atual e prevenir a repetição do problema no futuro. é freqüentemente decorrente da diminuição da mobilidade da dolorosa, o diagnóstico médico leva apenas ao alívio da dor
metastáticas e as afecções neurológicas. O tratamento de escápula; por conseguinte, o tratamento precisa visar o controle através do tratamento medicamentoso ou cirúrgico, mas
numerosas síndromes de disfunção do movimento de origem muscular da escápula, em vez de dirigir-se apenas aos elemen- esse diagnóstico é inadequado para descrever ou orientar o
mecânica tem-se revelado dificil, visto que o diagnóstico
Métodos Terapêuticos Baseados na Evidência
tos musculares da articulação glenoumeral. tratamento das origens biomecânicas da síndrome dolorosa.
se baseia muitas vezes nos sintomas relatados pelo próprio As diferentes opiniões acerca dos fatores etiológicos em O exame do equilíbrio do sistema de movimento (ESM) Os fisioterapeutas introduziram programas terapêuticos
paciente e não na realização de testes objetivos. A natureza causa levaram à adoção de três tipos básicos de conduta procura identificar todos os fatores que contribuem para eficazes para o tratamento de seus pacientes; infelizmente,
subjetiva desses relatos e a dificuldade em relacionar os no tratamento fisioterapêutico das síndromes musculo- limitar o padrão dos movimentos na cintura escapular. Esses porém, esses programas baseiam-se muitas vezes na opinião
sintomas com as anormalidades teciduais específicas fazem esqueléticas dolorosas. Uma dessas condutas focaliza os fatores são o alinhamento e o desempenho neuromuscular. individual do terapeuta, e não em um esquema diagnósti-
do diagnóstico e tratamento um desafio dificil para o fisiote- sintomas; outra focaliza tanto a sede dos sintomas como O tendão do músculo supra-espinhoso não será o alvo co amplamente aceito ou reconhecido acompanhado de
rapeuta. A relação constante entre o comportamento da dor os tecidos que apresentam restrição, enquanto a terceira do tratamento mediante aplicação direta de modalidades recomendações relativas ao tratamento. As disfunções de
e determinados movimentos é uma pista útil, que ajuda a focaliza a causa dos sintomas e os fatores que contribuem terapêuticas, a não ser na presença de sinais evidentes de movimento, conforme descritas por Nagi em seu modelo
decifrar os fatores mecânicos e subjetivos que contribuem para os mesmos. inflamação; o tratamento primário consistirá, em vez disso, de disfunções, 12 são apropriadas para o diagnóstico feito
para a síndrome de dor musculoesquelética. A abordagem focalizando os sintomas admite que o no combate à origem mecânica do problema. Nesse método pelo fisioterapeuta. As categorias diagnósticas baseadas nas
Para poder aplicar um tratamento eficaz, o terapeuta tecido doloroso seja a sede do problema. 3 O tecido está infla- de tratamento, o objetivo consiste em corrigir os fatores que síndromes de disfunção estão de acordo com a formação
precisa: 1) formar uma hipótese razoável acerca dos fatores mado e o combate à inflamação resolverá o problema. Nessa predispõem ou que contribuem para a disfunção do movi- do fisioterapeuta e com seus objetivos terapêuticos. Nagi
causais e contribuintes; 2) realizar um exame sistemático situação, o estresse inespecífico que provocou a irritação do mento, de modo a reduzir o estresse imposto aos tecidos define a disfunção como "modificação das estruturas ana-
e específico, a fim de identificar esses fatores; 3) formular tecido deve-se principalmente à fadiga, que se instala quando dolorosos e de favorecer a regressão do processo inflamató- tômicas, fisiológicas ou psicológicas ou das funções, em
o diagnóstico para orientar o tratamento fisioterapêutico; uma estrutura fica sujeita por um período prolongado à ação rio. Evitando o tratamento direto dos tecidos sintomáticos, conseqüência de alguma anormalidade" .12 Isso é diferente
4) elaborar uma estratégia terapêutica, baseada no diag- de estresses anormais, resultando em destruição de tecido. podemos aproveitar a modificação dos sintomas para exa- das alterações patológicas decorrentes de alguma doença,
nóstico e nos fatores coadjuvantes; 5) avaliar o resultado O uso excessivo, definido como atividade que ultrapassa a minar e acompanhar a eficácia da correção dos movimentos as quais, segundo o modelo de Nagi, constituem a base do
do tratamento.
tolerância do tecido, é outro fator capaz de levar à destrui- que obtivemos graças ao programa de exercícios. diagnóstico médico. 12 Da mesma forma que os protocolos
ção de tecidos ou de provocar uma reação inflamatória. A diagnósticos favoreceram o tratamento e as pesquisas de
Estruturas Afetadas conduta adotada nesse caso consiste em eliminar o estresse Identificação da Causa Versus Redução do uma série de afecções decorrentes de doenças, os protocolos
destrutivo através do repouso e do tratamento antiinflama- diagnósticos também favorecem o tratamento e as pesquisas
As estruturas que dão origem aos sintomas são de natureza mio-
Sintoma
tório, de modo a permitir a recuperação do tecido afetado. no caso das afecções responsáveis pelas disfunções. A pre-
fascial, periarticular, articular e neurológica. A dor é um sinal A etapa seguinte consiste em um programa de exercícios, A movimentação é indispensável, por motivos tanto fisicos sente obra apresenta disfunções classificadas e organizadas
de que a deformação mecânica ou um processo inflamatório com o objetivo de fortalecer os tecidos afetados, assim que como econômicos, sociais e emocionais. Sempre que determi- em síndromes, em analogia aos diagnósticos médicos nos
está afetando os nociceptores das estruturas sintomáticas. desapareçam os sintomas. nados movimentos causarem dor que compromete as funções quais baseia-se a classificação das doenças. As disfunções
Diversos tecidos moles podem ser identificados como sede A segunda conduta, que focaliza a origem do sintoma de um modo geral, a diminuição da dor, graças à correção dos em relação aos movimentos serviram como base para a
de dor, mas uma consideração mais importante e freqüen- e os tecidos que apresentam restrição, visa o tratamento da fatores que comprometem o movimento, revela-se benéfica classificação da dor musculoesquelética.
temente ignorada consiste em perguntar "o que provocou a sede dos sintomas, como, por exemplo, do tendão doloroso para a saúde mental e fisica do paciente, além de reduzir os A conduta adotada nesta obra consiste em classificar
dor nessas estruturas?". A variedade de tecidos que podem do músculo supra-espinhoso no interior do espaço suba- microtraumas que afetam os tecidos dolorosos. Sabendo como os diagnósticos de dor musculoesquelética de acordo com
estar afetados sugere várias origens, porém, uma explicação cromia] reduzido em tamanho, ao lado da correção dos controlar os fatores responsáveis pelos sintomas, o paciente será o sentido do movimento ou da solicitação acompanhada
simples sugere que devemos procurar uma causa comum. tecidos restritivos, especialmente daqueles que contribuem capaz de assumir um papel ativo no tratamento e na prevenção, por dor. Os nomes de diagnósticos desse sistema de clas-
A causa mais provável é a irritação mecânica ou o estresse. para a limitação dos movimentos articulares acessórios. As sem ficar na dependência do tratamento passivo, administrado sificação são os nomes dos movimentos articulares, tanto
A compressão, a impacção ou as aderências também são deficiências dos movimentos articulares, particularmente pelos serviços de saúde. O tratamento da causa motora da dor fisiológicos como acessórios. Ao denominarmos a síndrome,
causas mecânicas de irritação, capazes de afetar o tecido quando dolorosas, são tratadas mediante mobilização ou contribui para a correção mais completa e mais duradoura, o diagnóstico recebe o nome do( s) movimento( s) ou do
miofascial, os nervos ou as raízes nervosas. manipulação. Os movimentos seguintes continuarão a ser em comparação com o alívio temporário da dor, obtido alinhamento postural durante o qual o paciente diz sentir
A identificação do tecido sintomático, desde que pos- normais e os sintomas serão aliviados assim que a mobi- através de medidas fisicas ou químicas; neste último caso, dor ou durante o qual o movimento é executado de maneira
sível, é apenas um passo, nem sempre necessário, quando lidade articular acessória voltar aos limites normais e a o paciente deixa de ser informado a respeito da causa e dos falha ou abaixo do ideal. Por exemplo: no diagnóstico da
se trata de corrigir uma afecção dolorosa. Por exemplo: o articulação ficar livre de dor, logo após o tratamento. métodos capazes de prevenir as reicidivas. dor lombar, a dor não é apenas provocada pelos movimen-
tendão do músculo supra-espinhoso pode ser a sede de um O terceiro método, do qual trataremos neste livro, tos da própria coluna vertebral, mas pelos movimentos dos
tipo específico de dor no ombro, mas é preciso esclarecer preocupa-se menos com a identificação da sede dos sin- membros que impõem à coluna um movimento ou estresse
por que se tornou doloroso, a fim de podermos aliviar a dor tomas e mais com a identificação da causa responsável por Necessidade de Classificação de igual direção. A síndrome da flexão lombar caracteriza-
e evitar que ela volte a se manifestar. Uma explicação fre- eles. Presume-se, neste caso, que o problema tenha ocorrido se pelo aparecimento de dor toda vez que a coluna lombar
qüente afirma que o estresse fisico, provocado pela repetição porque os padrões de movimentos já estavam prejudicados O exercício da medicina baseia-se na classificação. O exame for fletida, tal como acontece durante a inclinação anterior
dos movimentos, é responsável pela irritação mecânica do antes que os movimentos articulares se tornassem dolo- médico tem por objetivo estabelecer o diagnóstico a fim ou durante a posição sentada encolhida. A flexão lombar é
tendão. Uma explicação mais útil admite o comprometimen- rosos ou sofressem restrição. A restrição dos movimentos de se poder prescrever o tratamento. Em muitos casos, o eliminada quando se ensina ao paciente a manter a coluna
to da mobilidade da articulação glenoumeral, ou seja, uma articulares é considerada a conseqüência, e não a causa das diagnóstico encerra implicitamente o conhecimento da res- lombar em posição neutra e a inclinar-se anteriormente
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

fletindo apenas os quadris. A síndrome de flexão lombar e


Referências
os sintomas agravam-se quando o paciente estende o joelho
durante a posição sentada. O diagnóstico é confirmado pela 1. American Physical Therapy Association: Philosophical statement
diminuição da sintomatologia, em resposta à limitação do on diagnosis in physical therapy. In Proceedings of the House of
grau de extensão do joelho e à prevenção dos movimentos Delegates, 1983, Washington, DC, API'A.
da coluna lombar. 2. Bouman HD: An exploratmy and analytical survey of therapeu-
tic exercise, Baltimore, 1967, Waverly Press.
Trata-se de um exame combinado, uma vez que mui- 3. Cyriax J, Cyriax P: IUustrated manual of orthopedic, Boston,
tos itens do teste são usados para verificar se o paciente 1983, Butterworths.
apresenta suscetibilidade direcional aos movimentos (de 4. Deyo RA, Cherkin DC, Douglas C, Volinn E: Cost, controversy,
flexão lombar, p. ex.). O exame cuidadoso do movimento crisis: low back pain and the health of the public, Ann Rev Public
Health 12:11, 1991.
exato de determinadas articulações é uma parte importante CAPÍTULO D01s
5. Deyo RA, Phillips WR: Low back pain: a primary care challenge,
do exame. Este compreende também os testes específicos Spine 21:2826, 1996.
para os fatores contribuintes, tais como rigidez muscular, 6. Hadler N: Medical management ofregional musculoskeletal dis-
comprimento e força dos músculos, tipos de recrutamento e eases, Orlando, 1984, Grune & Stratton.
movimentos compensatórios secundários das articulações. A 7. Haldeman S: North American Spine Society: failure ofthe pathol-
ogy model to predict back pain [presidential address], Spine
dor é um dos fatores mais importantes; por isso, as atitudes 15:718, 1990.
psicológicas do paciente e as infonnações sobre seu com- 8. Jette AM, Davis KD: A comparison of hospital-based and private
portamento diante da doença possuem grande importância outpatient physical therapy practices, Phys Ther 74:366, 1991.
para o diagnóstico e tratamento das causas responsáveis 9. Kendall HO, Kendall FP: Muscles: testing and function, ed 1,
Baltimore, 1949, Williams & Wilkins.
ques deste capítulo vários elementos; cada um deles exerce uma função de base
pela dor musculoesquelética. 16 Embora reconhecendo sua 10. Lieber RL: Skeletal muscle, structure and function, Baltimore, relativamente única, necessária para a produção e regulação
importância, deixaremos de discutir esse aspecto do diag- 1992, Williams & Wilkins. Modelo Cinesiológico do movimento. Por sua vez, esses elementos-base são for-
nóstico na presente obra, remetendo o leitor a outras fontes 11. McKenzie RZ: The lumbar spine: mechanical diagnosis and Modelo Patocinesiológico mados por diversos sistemas anatômicos e :fisiológicos (Fig.
bibliográficas. therapy, Waikanae, New Zealand, 1989, Spinal Publications. Modelo Cinesiopatológico 2.1 ). Precisamos considerar as ações ideais e as interações
12. Nagi SZ: Disability and rehabilitation, Columbus, Ohio, 1969,
Ohio State University Press. Disfunções dos Elementos-base do Sistema Muscular entre o diferentes sistemas anatômicos e :fisiológicos que
13. Sahrmann SA: Diagnosis by the physical therapist-a prerequi- Disfunções dos Elementos-base do Sistema Ósseo: participam do movimento, a fim de podermos entender como
site for treatment: a special communication, Phys Ther 68: 1703, Variações Estruturais do Alinhamento Articular o movimento é capaz de provocar as síndromes dolorosas. O
1988. Disfunção do Elemento Modulador: Sistema Nervoso modelo cinesiológico a seguir ilustra a função mais favorá-
14. Singer KP, Fitzgerald D, Milne N: Neck retraction exercises and Disfunções dos Elementos Biomecânicos
cervical disk disease. ln Singer KP, editor: Biennial manipula- vel e a interação desses elementos e de seus componentes.
Disfunções Múltiplas dos Componentes do Movimento Os elementos que compõem o modelo são: 1) a base; 2)
tive physiotherapist conference. Perth, Australia; 1995.
Disfunções dos Elementos de Suporte
15. Dirckx JH, editor: Stedman's concise medical dictionary, ed 3, o modulador; 3) os elementos biomecânicos e 4) o suporte.
Baltimore, 1997, Williams & Wilkins. Os componentes que formam o elemento-base, a fundação
16. Waddell G et al: A new clinica! model for the treatment of low-
back pain, Spine 9:209, 1984.
na qual se estrutura o movimento, são os sistema muscular
e ósseo. Os componentes do elemento modulador regulam
Após o estudo deste capítulo, o leitor estará em condições o movimento através do controle sobre os padrões e as
de discutir: características da ativação da musculatura. O elemento
1. Os componentes dos três modelos do sistema de mo- que modula os movimentos é o sistema nervoso, graças a
vimento e as diferenças entre os mesmos. suas funções reguladoras descritas pelas ciências da neu-
2. A maneira pela qual os movimentos repetidos e as ro:fisiologia, neuropsicologia e psicologia :fisiológica. O
posturas prolongadas afetam os sistemas muscular, elemento biomecânico compreende a estática e a dinâmica.
nervoso e ósseo. O elemento de suporte é formado pelos sistemas cardíaco,
3. A maneira pela qual os movimentos repetidos e as pulmonar e metabólico. O papel desempenhado por esses
posturas prolongadas contribuem para a instalação das sistemas é indireto; eles não produzem os movimentos dos
síndromes de dor musculoesquelética. segmentos do corpo, fornecendo apenas os substratos e o
4. O conceito da flexibilidade relativa, sua relação com apoio metabólico necessário para que os outros sistemas se
a rigidez muscular e suas implicações na função de mantenham viáveis.
exercícios de alongamento muscular. Cada componente desses elementos é indispensável ao
5. O papel que a suscetibilidade direcional ao movimento movimento, em vista das contribuições singulares de cada
articular exerce na instalação da síndrome de dor mus- um deles; entretanto, a interação entre esses componentes é
culoesquelética. igualmente indispensável. Cabe a cada um deles um papel
crítico na produção do movimento, além de ser, por sua vez,
afetado pelo movimento. Por exemplo: a contração muscular
Modelo Cinesiológico
produz o movimento, enquanto este contribui para manter a
Composição do Modelo função anatômica e fisiológica do músculo. O movimento
afeta especificamente as propriedades do músculo, tais como
Discutiremos aqui as síndromes de dor musculoesquelética o desenvolvimento da tensão muscular, o comprimento
que têm sua origem nas alterações teciduais provocadas e a rigidez do músculo, assim como as propriedades dos
pelos movimentos. O movimento é um sistema composto de sistemas nervoso, cardíaco, pulmonar e metabólico. As
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
CAPÍTULO Dms

modificações dessas propriedades serão discutidas mais prolongadas desses tecidos. É mais provável que os tecidos qualquer componente do sistema ou de qualquer movimento alterações secundárias que afetam os outros componentes
adiante neste capítulo. de suporte mantenham seu melhor comportamento cinesio- constituem uma disfunção. do aparelho locomotor precisam ser levadas em considera-
lógico possível (definido pela precisão dos movimentos) na De acordo com o modelo patocinesiológico, uma doença, ção, a fim de podermos tratar da melhor maneira possível
Relevância Clínica do Modelo presença de uma variedade de estresse e de mudanças de tal como a artrite reumatóide, provoca lesões nos componen- a disfunção de movimento do paciente.
direção dos movimentos de determinada articulação do que tes ósseos, em cpnseqüência das alterações degenerativas
O sistema de movimento é capaz de se manter em ótimas em caso de repetição constante de determinado movimento que ocorrem nas articulações. As alterações degenerativas da
ou da manutenção prolongada de uma mesma posição.
Relevância Clínica do Modelo
condições funcionais, graças aos movimentos periódicos articulação levam à modificação dos movimentos articulares
e à variedade em relação ao sentido dos movimentos de e, possivelmente, dos movimentos que participam de certas De acordo com o modelo patocinesiológico, a anormalidade
determinada articulação. Por exemplo: uma postura não funções, como os deambulação e os cuidados com o próprio patológica dá origem à disfunção dos componentes. Este,
deve ser mantida durante mais de 1 hora, segundo revelam Modelo Patocinesiológico corpo. Esse modelo sugere que devem ocorrer mudanças por sua vez, prejudica os movimentos e leva a limitações da
as pesquisas sobre os efeitos das forças sustentadas. McGill também nos componentes neurológicos, biomecânicos, função , bem como, em muitos casos, à incapacidade. Em
e colaboradores puderam mostrar que a posição em flexão, Composição do Modelo cardiopulmonares e metabólicos, além das alterações que vista da ação recíproca entre os sistemas de componentes,
quando mantida durante mais de 20 minutos, é capaz de se observam nos componentes ósseos, como as estruturas conforme consta do modelo, a identificação das alterações
Hislop define a patocinesiologia como a ciência clínica que
prejudicar os tecidos moles, cuja recuperação plena requer articulares e as características do movimento. A conseqüên- secundárias que se manifestam em cada um dos sistema é tão
distingue a fisioterapia, ou seja, como o estudo da anato-
mais de 40 minutos. 4 1 Existem dois tipos de efeito das for- cia disso tudo pode ser a deficiência física, dependendo da importante quanto a compreensão do efeito primário que a
mia e da fisiologia em relação aos movimentos anormais. 25
ças sustentadas sobre as partes moles: 1) a deformação dos gravidade da disfunção do movimento. patologia exerce sobre os componentes do sistema. No caso
Baseando-se em parte na construção das palavras e em parte
tecidos moles, a qual depende do tempo; 2) as adaptações De maneira análoga, o acidente vascular cerebral produz da hemiplegia, por exemplo, a disfunção do movimento é
no esclarecimento dos fatores etiológicos, a patocinesiologia
dos tecidos moles que envolvem as sínteses protéicas. 23 anomalias patológicas no sistema nervoso central, cujas o resultado de uma anormalidade localizada no sistema
focaliza as anormalidades dos movimentos que resultam de
Pesquisa realizada por Light e colaboradores demonstra que estados patológicos. O modelo patocinesiológico (Fig. 2.2) conseqüências mais freqüentes consistem em paresias e nervoso. Os fatores que contribuem para a disfunção do
1 hora diária de alongamento estático de baixa intensidade mostra o papel da doença ou da lesão traumática na produção comprometimento dos movimentos. Embora a lesão pri- movimento compreendem, entre outros: 1) a incapacidade
melhora significativamente o grau de extensão do joelho em de mudanças nos componentes do movimento, mudanças mária esteja localizada no sistema nervoso central, todas as do sistema nervoso para recrutar unidades motoras e ativá-
pacientes que apresentam contratura em flexão nessa arti- essas que provocam anormalidades do movimento. De
culação, em comparação com o alongamento intenso, mas acordo com o modelo de incapacidade de N agi, 45 a doença
de curta duração. 37 Podemos deduzir daí que o alongamento resulta em disfunções que provocam limitações funcionais,
de breve duração provoca a deformação passageira dos te- podendo trazer a deficiência como resultado final. Cha- BASE MODULADOR BIOMECANICA SUPORTE
cidos moles, ao passo que o alongamento mantido durante mamos de disfunção a qualquer anormalidade anatômica, Sistemas Muscular e Sistema Nervoso Estática e Dinâmica Sistemas Cardíaco,
1 hora parece ser um estímulo suficiente para as alterações fisiológica ou psicológica. Portanto, as anormalidades de Ósseo
Pulmonar e Metabólico

BASE
Sistemas Muscular e
MODULADOR
Sistema Nervoso
BIOMECÂNICA
Estática e Dinâmica
SISTEMAS DE
SUPORTE
t t t t
Esquelético
Cardíaco, Pul monar e

t
Anormalidade ou lesão

t
Metabóli co
) '
t
Acometimentos dos
componentes
Variedade de movimen-
tos articulares e posturas
específicas

Disfunção do
movimento

Precisão do movimento

Limitação funcional

Boa saúde do Sistema


Musculoesquelético
Incapacidade

Modelo cinesiológico. Modelo patocinesiológico


Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
C APITULO D 01s

56
las em freqüências elevadas; 2) a ativação simultânea de Um critério útil para decidir se um movimento é preciso treinar certos padrões de movimentos. Todo indivíduo que
execução de movimentos passivos em condições artificiais.
músculos antagonistas; 13 3) a atrofia muscular secundária à ou equilibrado consiste em observar a trajetória do centro As articulações nas quais a observação clínica da TCIR pratica exercícios aceita o fato de que os movimentos repe-
redução da capacidade contrátil;7 4) a rigidez muscular; 57 5) instantâneo de rotação (TCIR) durante os movimentos ativos tidos afetam a musculatura e o desempenho motor. Portanto,
se depara com dificuldades compreendem o joelho e as
a redução da mobilidade articular devida às contraturas; 21 (Fig. 2.3). Dá-se o nome de centro instantâneo de rotação precisam também aceitar a idéia de que os movimentos
articulações da coluna. As TCIRs das articulações escapu-
6) as alterações biomecânicas devidas à atividade muscular (CIR) ao ponto em tomo do qual um corpo rígido gira em lotorácicas (Fig. +.5) e glenoumeral (Fig. 2.6) são acessíveis repetidos que fazem parte das atividades diárias, das ativi-
insuficiente e involuntária, além do momento apropriado de determinado momento. 48 O TCIR é o trajeto que o CIR per- dades esportivas e de condicionamento também são capazes
à vista, mas não é fácil quantificá-las.
ativação 12•51 e 7) a desorganização sensorial interna. 21 A mo- corre durante o movimento. A análise do TCIR não é fácil de provocar alterações indesejáveis nos componentes do
O conhecimento da TCIR e dos limitesxle mobilidade da
dificação das necessidades metabólicas durante a atividade em grande número de articulações, exigindo a aplicação de movimento. Acredita-se que os exercícios de alongamento
articulação servem para guiar a observação e os julgamentos
e o grau de condicionamento aeróbico do paciente também métodos radiológicos para demonstrar a precisão do movi- e fortalecimento da musculatura, quando realizados durante
acerca do movimento. Embora seja raramente mencionada
precisam ser levados em consideração, como fatores que mento (Fig. 2.4). Esses métodos radiológicos baseiam-se na menos de 1 hora, produzem alterações nos tecidos mus-
de forma específica, a observação da TCIR é a norma usada
podem contribuir para a disfunção do movimento. O grau culares e conjuntivos. Todavia, os movimentos repetidos
pelo fisioterapeuta para decidir se determinado movimento
de participação de cada um desses fatores e sua influência e as posturas mantidas por tempo prolongado durante as
articular é normal ou não. Os fatores anatômicos e cinesio-
sobre a capacidade funcional variam de um paciente para atividades do dia-a-dia, quando praticadas diariamente
lógicos que determinam a TCIR e o padrão do movimento
outro, Os exames físicos precisam levar em conta todos durante muitas horas, podem acabar provocando alterações
articular são os seguintes: 1) a forma das superfícies arti-
esses fatores e seu impacto relativo sobre os problemas nos componentes do sistema de movimento. É inevitável,
culares; 2) o controle exercido pelos ligamentos e 3) a ação
funcionais que o paciente apresenta. então, que se instalem disfunções dos movimentos, estresse
dos músculos sinergistas. 73
As decisões que levam à elaboração do programa tecidual, microtraumas e, eventualmente, macrotraumas.
Diante da presença de movimentos articulares normais ou
terapêutico devem basear-se no potencial de correção de De acordo com essa teoria, os efeitos dos movimentos re-
ideais, surge a questão de saber "qual é a causa responsável
cada um dos fatores contribuintes; devem ser classificadas petidos e das posturas mantidas por períodos prolongados
pelos desvios dos movimentos articulares quando o problema
de acordo com sua relativa importância para o resultado Trajetória do modificam o modelo cinesiológico, transformando-o em
não se deve a alguma condição patológica ou lesão traumá-
funcional final. cinesiopatológico (Fig. 2-7), ou seja, em um exemplo de
----.-...-- centro
instantâneo
tica específica." Possíveis causas dos desvios observados
desordem do sistema de movimento.
nos movimentos articulares são os movimentos repetidos
Modelo Cinesiopatológico e as posturas sustentadas que acompanham as atividades
de trabalho e lazer durante a vida cotidiana. Por exemplo:
Justificativa para o Modelo os nadadores e os arremessadores do beisebol realizam
movimentos repetidos e se queixam geralmente de dor nos
Admite-se geralmente que a disfunção dos movimentos ombros. 16•31 A permanência prolongada em posição sentada
seja devido à presença de anormalidades patológicas, mas tem sido mencionada como fator capaz de provocar dores
este livro baseia-se na hipótese de que os movimentos re- ·gura 2.3 nas costas. 52 Os ciclistas que passam 3 horas montados na
alizados durante as atividades do dia-a-dia também podem bicicleta em posição de flexão lombar apresentam diminui-
causar disfunções que acabam provocando anormalidades Podemos marcar sucessivamente vários centros instantâneos
enquanto o joelho passa da flexão; esses centros formam a tra- ção da lordose lombar quando comparados com indivíduos
patológicas. É por esse motivo que estamos propondo um que não andam de bicicleta. 10
jetória do centro instantâneo de rotação . No joelho normal, essa
modelo diferente, caracterizando o papel dos movimentos trajetória tem forma de um semicírculo que se localiza no côndilo Os fisioterapeutas e outros clínicos que costumam
na produção de disfunções e anormalidades. A base empí- do fêmur (desenho esquemático modificado segundo Rosenberg prescrever exercícios acham que os movimentos repetidos
rica desse modelo resulta da observação segundo a qual os A, Mikosz RP e Mahler CG: Basic Knee biomechanics. Em: Scott
podem ser usados com a finalidade terapêutica de promover
movimentos repetidos e as posturas prolongadas afetam os WN, editor: The Knee; St. Louis, 1994, Mosby.)
o aumento desejado da flexibilidade das articulações, do
tecidos musculoesqueléticos e nervosos. O efeito cumula- comprimento e da força dos músculos, assim como para
tivo dos movimentos repetidos manifesta-se por lesão dos
tecidos, sobretudo nos casos em que o movimento se desvia
do padrão cinesiológico ideal. Os movimentos do corpo
humano envolvem forças internas e externas, semelhantes às
forças dos sistemas mecânicos. 49 A precisão dos movimen-
tos assume tamanha importância para os sistemas mecânicos
que deu origem à ciência da tribologia, que estuda os fatores
envolvidos na interação dos movimentos. A tribologia é a centro instantâneo
ciência que estuda os mecanismos de fricção, a lubrificação
e o desgaste devido à interação entre superfícies em mo-
vimentos relativos. 1 Com base nas semelhanças existentes
entre os sistemas mecânico e biomecânico, podemos afirmar
que a condição que assegura a eficiência e longevidade dos
componentes do sistema de movimento humano é a precisão
dos movimentos executados pelos segmentos rotacionais.
A capacidade de adaptação e reparação que caracteriza os g ra 2.4
tecidos biológicos oferece maiores chances de preservar sua TCIR do joelho. Uma linha traçada perpendicularmente do cen-
integridade, em comparação com os materiais não bioló- tro instantâneo até a superfície articular costuma ser paralela à
gicos; assim mesmo, é razoável admitir que a precisão dos superfície articular, indicando um movimento de deslizamento
padrões de movimentos é altamente desejável para reduzir entre as superfícies (desenho adaptado segundo Rosenberg A,
Mikosz RP e Mohler CG: Basic Knee biomechanics. Em: Scott 2.6
os estresses anormais a um mínimo possível.
WN, editor: The Knee; St. Louis, 1994, Mosby.)
TCIR da articulação escapulotorácica. TCIR da articulação glenoumeral.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
C.:..PiTn.o Do is

Relevância Clínica do Modelo modelo são usadas para orientar a prevenção. Se a disfunção das atividades funcionais responsáveis pela dor assumem demonstra que alguns deles costumam apresentar fraqueza.
não for corrigida e os movimentos repetidos continuarem, a importância ainda maior que a elaboração do protocolo de Os músculos que geralmente apresentam fraqueza são o
O modelo cinesiopatológico serve como guia geral que ajuda seqüência prossegue, levando microtraumas, manifestando- exercícios terapêuticos. trapézio inferior, oblíquo externo do abdome, glúteo máximo
na identificação dos componentes alterados pelo movimento. se por dor e, finalmente, pelo aparecimento de alterações De acordo com os exames clínicos, as disfunções tanto e glúteo médio posterior. Diferenças em relação à força dos
A identificação das alterações ou das funções subótimas dos teciduais evidentes. musculares comp ósseas e neurológicas dos componentes músculos sinergistas são encontradas inclusive em indivíduos
componentes é capaz de orientar a prevenção, o diagnóstico Nos casos acompanhados de dor, o modelo cinesiopa- contribuem para as síndromes musculoesqueléticos doloro- que praticam esportes: um músculo pode ser consideravel-
e o tratamento. A função subótima de qualquer componente tológico pode ser aproveitado na identificação de todos os sas (cada uma dessas disfunções será disCl!-tida no presente mente mais fraco que o seu sinergista.
de um dos elementos, definida como disfunção, pode ser fatores contribuintes; estes precisam ser tratados com o capítulo). A chave para o diagnóstico e para o tratamento O exemplo abaixo ilustra a maneira pela qual os mo-
considerada um problema possível de correção, antes de o auxílio do programa de exercícios terapêuticos. eficaz é a identificação de todos os tipos de acometimento vimentos repetidos alteram o desempenho dos músculos,
paciente apresentar dores musculoesqueléticas. A identifica- A reversão da seqüência de danos exige que se identi- que contribuem para determinada síndrome de disfunção do causando disfunções. Quando os músculos glúteo má-
ção das disfunções e sua correção antes de se manifestarem fiquem e corrijam as disfunções do movimento e de seus movimento. (As síndromes e as diversas disfunções que as ximo e piriforme são os predominantes na extensão do
por sintomas significa que as informações incorporadas ao componentes. A identificação e a correção do desempenho acompanham serão discutidas nos capítulos que se referem quadril, suas inserções proximais proporcionam melhor
às diversas categorias de diagnósticos.) controle do fêmur dentro do acetábulo, em comparação
De que maneira podem os movimentos repetidos e as com a musculatura posterior da coxa. As inserções dos
posturas prolongadas alterar os componentes do sistema? músculos piriforme e glúteo máximo no trocanter maior e
,. _.. ' '·~ ' ,, ..
A principal característica do sistema muscular é sua adap- na linha intertrocantérica do fêmur controlam a extremi-
BASE MODULADOR BIOMECÂNICO tação dramática e rápida diante das demandas que lhes são dade proximal desse osso durante a extensão do quadril.
SUPORTE
Sistema Muscular Sistema Nervoso Estática e dinâmica impostas. Na maioria dos casos, as adaptações são conside- O músculo glúteo máximo insere-se também distalmente
e Ósseo Cardíaco, Pulmonar
radas benéficas (como é o caso das modificações da força); na tíbia, através da banda iliotibial. Por conseguinte, esse
e Metabólico
entretanto, as mudanças em relação à força muscular podem músculo movimenta as porções proximal e distal da coxa,

t t t t
também ser prejudiciais, contribuindo, nesse caso, para os
comprometimentos da função motora. O comprometimento
dos músculos aumenta ou diminui quando ocorre o mesmo
com o número de sarcômeros em série. As atividades do
contribuindo para manter a cabeça do fêmur em posição
relativamente constante dentro do acetábulo durante a
extensão do quadril (Fig. 2.8).
O padrão normal pode sofrer alterações, principalmente
dia-a-dia são capazes de modificar a força e o comprimento nos atletas que praticam corrida de longa distância, os quais
dos músculos, alterando a participação relativa de sinergistas, costumam desenvolver fraqueza dos músculos iliopsoas e
Repetiçao de determinados
antagonistas e eventualmente o movimento-padrão. glúteo máximo. Por outro lado, o músculo tensor da fáscia
movimentos articulares;
posturas prolongadas A identificação dos tipos de alterações que se processam lata e a musculatura da face posterior da coxa tornam-se
nos músculos, bem como dos fatores responsáveis por essas freqüentemente mais fortes e passam a predominar nos
J' alterações, é fundamental para manter ou restabelecer a saúde corredores de distância, em comparação com os indivíduos
'(
do sistema musculoesquelético. As alterações musculares que não correm. A falta de equilíbrio em relação à força e
instalam-se no indivíduo que leva vida sedentária; não se ao tipo de atividade dos músculos encarregados da flexão
Acometimento dos limitam às pessoas que realizam trabalhos fisicos pesados. e extensão do quadril contribuem para prejudicar os movi-
componentes e das As profissões e os hábitos de vida sedentários são acompa- mentos, visto que cada músculos atua de forma ligeiramente
interações entre eles
nhados de algum tipo de movimento repetido ou de postura diferente sobre a articulação na qual se insere. A precisão
prolongada. Por exemplo: o indivíduo que permanece sentado dos movimentos articulares é alterada sempre que um dos
J '
à escrivaninha pela maior parte do dia costuma executar músculos do grupo passa a predominar sobre os demais.
'( numerosos movimentos de rotação ou de flexão lateral com Nos casos em que predomina a atividade dos músculos
Disfunção dos
coluna, ao passar da mesa de escrever para o computador, ao posteriores da coxa, contrastando com a fraqueza do glúteo
movimentos
pegar o telefone ou ao abrir a gaveta do arquivo. máximo, pode surgir uma série de problemas dolorosos na
Os movimentos repetidos de freqüência extremamente região do quadril, enquanto a musculatura posterior da coxa

t
Síndromes de disfunção
alta e baixa, assim como os movimentos que exigem o de-
senvolvimento de tensão extrema (alta ou baixa), costumam
provocar mudanças na força, no comprimento ou na rigidez
dos músculos. De maneira análoga, podem as posturas de
sofre alongamento. Um dos motivos capazes de explicar a
alteração da mobilidade na articulação do quadril é o fato de
que todos os flexores do joelho, com uma só exceção, têm
origem na tuberosidade isquiática e inserem-se na tíbia. (A
dos movimentos longa duração, particularmente quando mantidas em po- exceção é a porção curta do músculo bíceps femoral, o qual
sicionamento defeituoso, induzir alterações dos músculos se insere no terço inferior do fêmur.) Os flexores do joelho
e do tecido conjuntivo, alterações essas que podem ser não são capazes de controlar precisamente os movimentos
prejudiciais, sobretudo nos limites extremos de amplitude da extremidade superior do fêmur durante os movimentos
das excursões articulares. 70 de extensão do quadril, visto que não se inserem no fêmur,
Uma das características do desempenho da musculatura à exceção da cabeça curta do bíceps femoral. Quando a
Anormalidades encontradas Limitação funcional que mais surpreendem aos que realizam testes manuais es- atividade que predomina durante a extensão do quadril é
no exame neurológico ou pecíficos dos músculos é a presença de fraqueza muscular, aquela dos flexores do joelho da região posterior da coxa, a
radiológico mesmo nos indivíduos que praticam regularmente atividades extremidade proximal do fêmur exerce tensão sobre a face
tisicas. Acredita-se, geralmente, que a prática de atividades anterior da cápsula articular, uma vez que desliza anterior-
cotidianas ou de esportes constitui uma solicitação adequada mente, durante a extensão do quadril, em vez de se manter
para todos os músculos, de modo a garantir um desempenho numa posição constante dentro do acetábulo (Fig. 2.8). Essa
Modelo cinesiopatológico normal. Todavia, o exame cuidadoso de músculos individuais situação tende ao exagero quando o músculo iliopsoas se
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
C.\PiTULO DOIS

A Músculo
Epimísio
Fáscia Perimísio

g111'a 2.1n

Atrofia muscular. Microfotografias de músculos normais (fileira


superior). Microfotografias de músculos imobilizados, ilustrando
a atrofia muscular: sarcômeros de diâmetro reduzido (fileira
B e inferior). (Segundo Leiber RL e cais.: Differential response of
the quadriceps muscle to externai skeletal fixation of the Knee:
Muscle Nerve 11: 1993, 1988).

Sarcômero
Filamento espesso
D .....,___ ---- Filamento fino
Discos Z
Extensão do quadril em decúbito ventral. A. Extensão normal do quadril ocupando o fêmur uma posiç~o
constante dentro do acetábulo; B. Extensão anormal do quadril, em decorrência do deslizamento anterior
da cabeça do fêmur.

encontra enfraquecido ou alongado, de modo a não exercer Disfunção do Elemento-base do Sistema


a estabilidade normal na cabeça do fêmur. ura 2.9
Estas mudanças na dominância não são presumidas; Muscular
Estrutura do músculo estriado. A. O músculo estriado é formado
elas são confirmadas graças ao teste manual dos músculos e por feixes de fibras musculares contráteis, ligadas entre si por
Força Muscular
à observação meticulosa dos movimentos articulares. Os tecido conjuntivo. B. Aumento de uma fibra muscular, vendo-se
testes manuais dos músculos 32 têm por objetivo determinar as miofibrilas pequenas, no interior do sarcoplasma. C. Aumento
Para podermos elaborar um programa terapêutico adequa- ainda de uma miofibrila mostra os sarcômeros entre as sucessivas Hipertrofia muscular. Corte transversal do músculo ~óleo do ~ato
a força relativa dos sinergistas e identificar a presença de do, somos obrigados a identificar os fatores responsáveis linhas Z. Observe as estrias transversais. D. Estrutura molecular como controle (à esquerda) Corte transversal do musculo soleo
desequilíbrios musculares. A observação meticulosa da
pela disfunção do sistema muscular ou que contribuem das miofibrilas vendo-se miofilamentos grossos e finos. (Segundo hipertrofiado do rato (à direita). Segundo Goldberg AL e cais.:
precisão dos movimentos articulares, de acordo com a Thibodeau GA, Patton KT: Anatomy: physiology 3ª ed., St Louis, Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle. Med
para esta disfunção de movimento. Os fatores que afetam
TCIR, também torna-se necessária nos casos em que o de- 1996, Mosby.) Sei Sports 3: 185, 1975).
a capacidade contrátil do músculo são: o número de fibras
sequilíbrio muscular chegou a comprometer o movimento.
Por exemplo: a observação do trocanter maior, durante o musculares, o número de elementos contráteis em cada fibra
movimento de extensão do quadril, mostrará os músculos (atrofia ou hipertrofia), sua disposição (paralela ou em série),
que predominam na ação. O trocanter maior deverá deslocar- o comprimento fundamental das fibras e a configuração dos
de sarcômeros em paralelo vem acompanhado de aumen- siva9 do músculo; isso afeta, por sua vez, a estabilidade
se anteriormente sempre que os flexores do joelho forem os elementos contráteis (alongamento, comprimento exagerado to de sarcômeros em série, embora este último seja inferior dinâmica e estática que ele exerce sobre as articulações que
músculos dominantes. Por outro lado, sua posição deverá ou superposição). ao acréscimo paralelo. atravessa. A conseqüência disso é a redução da capacidade
manter-se inalterada ou ele se deslocará ligeiramente pos- A força muscular mantém relação com a área secional para o desenvolvimento da força de torque, ao lado da dimi-
terior sempre que os músculos glúteo máximo e piriforme transversa fisiológica. 36 A área secional transversa fisioló- nuição da estabilidade da articulação, que é controlada pelo
Redução da Força Muscular por Atro,fia
exercerem ação predominante na extensão do quadril. gica está em função do número de elementos contráteis do músculo. Por exemplo: se os músculos fibrilares da perna
Os testes para os músculos identificam aqueles que apre- músculo (Fig. 2.9). O músculo entra em atrofia, isto é, ele Uma das causas de diminuição da força muscular é a defici-
forem fracos, o movimento de eversão do pé também será
sentam baixa performance, quer seja devido à fraqueza perde elementos contráteis quando não é rotineiramente ência do número de elementos contráteis (dos filamentos de
fraco; a estabilidade passiva que contribui para impedir a
muscular, às alterações em relação ao comprimento ou ao exigido a desenvolver tensão acima do mínimo. Por outro actina e miosina) que formam a estrutura dos sarcômeros da
inversão do pé também será diminuída.
tipo de solicitação. Além da redução da capacidade contrátil lado, as células musculares apresentam hipertrofia quando musculatura. No caso típico, a atrofia muscular não se mani- A tensão passiva dos músculos também influencia o
do músculo, existem outros fatores (comprimento, strain) exigidas regularmente a produzir tensão acentuada, desde festa por dor durante a contração ou a palpação do músculo. posicionamento da articulação. Estando o ombro em posição
capazes de modificar seu desempenho que pode se apre- que as exigências em relação à tensão se mantenham dentro A falta de carga resistiva no músculo é capaz de provocar a neutra o cotovelo mantém-se em extensão quando os flexo-
sentar abaixo do normal no teste manual do músculo. Os atrofia do mesmo, reduzindo não apenas o número de sarcô- res do' cotovelo estão fracos ou quando sua tensão passiva
dos limites fisiológicos de sua capacidade de adaptação.
diferentes mecanismos que contribuem para esses fatores meros paralelos e, em grau menor, dos sarcômeros em série, é mínima. A posição de repouso da articulação do cotovelo
As mudanças em relação ao tamanho (à circunferência) do
podem ser identificados diante das variações observadas mas também a quantidade de tecido conjuntivo. é freqüentemente em flexão quando existe hipertrofia dos
músculo constituem-se em diminuição da quantidade de
durante testes manuais dos músculos; eles serão discutidos A diminuição do número de sarcômeros e da quantidade flexores decorrente do treinamento com pesos. A atrofia
sarcômeros (atrofia, figura 2.10) ou em aumento dos mes-
neste capítulo. de tecido conjuntivo afeta tanto a tensão ativa36 como a pas- deve-se à deficiência de elementos contráteis; por isso, o
mos (hipertrofia, figura 2.11). Na hipertrofia, o acréscimo
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
CAPÍTULO Dors

diâmetro do músculo (área seccional transversa) e sua firme- movimento e um programa específico de fortalecimento dos São necessárias aproximadamente 4 semanas de exercí- e de outros tecidos conjuntivos. Alguns tecidos respondem
za permitem a avaliação da força muscular. Por exemplo: a músculos são medidas indispensáveis para se obter o melhor cios de fortalecimento para que o aumento da área seccional ao estresse com a adaptação (veja Fig. 2.11); no caso do
atrofia do músculo glúteo é geralmente um sinal confiável de resultado possível. Um outro fator que precisa ser corrigido transversa se manifeste morfologicamente.43 As pesquisas músculo, a adaptação consiste em hipertrofia. Os tendões
que esses músculos são fracos, especialmente quando o bom é a adoção habitual de posições e posturas que levam ao em nível celular indicam que as alterações podem ocorrer e os ligamentos tornam-se mais fortes e rígidos quando
desenvolvimento dos flexores do joelho sugere hipertrofia alongamento do músculo, particularmente em condições de antes de passadas1 as 4 semanas, o que estaria de acordo submetidos ao estresse; eles se enfraquecem quando deixam
desses músculos. O examinador não deve basear-se apenas inatividade (durante o sono, p. ex.). As posturas adotadas com as propriedades metabólicas de outras proteínas. As de ser expostos ao estresse. 64 • 67• 72 O resultado consiste em
na observação; é preciso que realize também o teste manual, durante o sono podem colocar os músculos do quadril e do melhoras mais agudas do desempenho muscular devem aumento da tensão passiva desses tecidos, e não apenas da
a fim de confirmar ou refutar sua hipótese. ombro em posições de alongamento (esse tipo de fraqueza ser atribuídas ao recrutamento neuromotor, já que são ne- tensão ativa gerada pelo músculo durante sua contração.
Já vimos que não é excepcional encontrarmos uma bai- decorrente do alongamento será discutido na respectiva cessárias 4 semanas para o número de elementos contráteis (Os fatores celulares serão descritos mais adiante, na seção
xa performance no exame da musculatura dos indivíduos seção deste capítulo). aumentar. A taxa de recrutamento e a freqüência absoluta da dedicada à rigidez muscular.)
normais, inclusive naqueles que se exercitam regularmente. Para dar início à reversão da atrofia muscular, começamos ativação dos músculos são fatores importantes para a pro- Todo fisioterapeuta está familiarizado com o uso dos
Essas deficiências instalam-se porque bastam diferenças por aumentar a capacidade do paciente de ativar o músculo dução, o aperfeiçoamento e a manutenção das propriedades exercícios de fortalecimento, que consistem em impor o
sutis na estrutura fisica do indivíduo e em sua maneira de de forma voluntária. As pesquisas demonstram que após um dos músculos para gerar tensão. levantamento de cargas máximas aos músculos. Os exercí-
praticar atividades para produzir um efeito apreciável sobre a treino de duas semanas, o aumento da tensão muscular pode
cios de fortalecimento não aumentam apenas a capacidade
participação dos diferentes músculos. Quando um indivíduo ser atribuído em 20% aos fatores musculares (ao aumento da
Redução da Força Muscular por Distensão do músculo de produzir tensão; também o tornam mais
de 1,60 m de altura levanta-se de uma cadeira comum, as capacidade contrátil), enquanto os restantes 80% correm por
conta da maior ativação do sistema nervoso 43 . O treinamento A distensão pode ser decorrente do alongamento excessivo rígido e contribuem para a estabilização das articulações.
solicitações impostas aos extensores do quadril e do joelho A hipertrofia é um fator importante que melhora o controle
de determinados músculos assume importância especial por um breve período ou da sobrecarga fisiológica exage-
não são as mesmas que no caso de uma pessoa de 1,90 m da musculatura em condições tanto ativas como passivas.
quando o problema não se deve à atrofia generalizada e sim rada, geralmente acompanhada de contração excêntrica. 35
de altura, cujas tíbias são muito compridas, deixando os ao desequilíbrio entre músculos sinergistas. (As manifestações celulares da distensão também serão
joelhos em posição mais alta que os quadris quando ela se Os exercícios que promovem principalmente a contração discutidas neste capítulo, na seção que trata do aumento Comprimento do Músculo
encontra sentada. Quando os joelhos se encontram em nível de grandes grupos musculares contribuem, às vezes, para o do comprimento dos músculos.) A distensão nem sempre é
mais alto que os quadris, na posição sentada, a demanda desequilíbrio, em vez de corrigi-lo. Sempre que o paciente fácil de ser identificada como causa da fraqueza muscular, O comprimento de um músculo pode aumentar através de
imposta à musculatura dos extensores toma-se maior para realiza a abdução do quadril, estando essa articulação em a não ser quando acompanhada por ruptura de fibras mus- três mecanismos:
passar à posição em pé. Essas diferenças tornam-se evi- flexão ou em rotação interna, os músculos glúteo médio culares e por sinais evidentes de hemorragia. O tratamento
dentes quando nos levantamos do sofá ou de uma poltrona anterior e glúteo mínimo são ativados em grau maior que do músculo distendido é diferente daquele do músculo 1. Posição prolongada em alongamento. Um músculo
baixa. Usando as mãos para se erguer da cadeira, a pessoa o glúteo médio posterior, muito embora todos eles sejam simplesmente atrofiado. pode permanecer em posição de alongamento durante
também contribui para o enfraquecimento dos músculos abdutores do quadril. O resultado final será a abdução em O músculo que sofreu distensão é geralmente doloroso muito tempo (durante horas ou dias), em repouso ou por
encarregados da extensão de quadris e joelhos, por diminuir flexão e rotação interna do quadril, em lugar da abdução à palpação ou durante a contração. Tal como acontece na falta de atividade. É o caso, por exemplo, dos dorsifle-
a participação desses músculos. pura. Os exercícios de residência, quando praticados em atrofia, o músculo que sofreu distensão apresenta-se fraco xores do tornozelo, que se alongam em conseqüência da
Outro exemplo da mudança de uso de determinados mús- máquinas, podem contribuir para o desequilíbrio muscular, e incapaz de manter o membro em qualquer posição contra pressão exercida pelos cobertores durante o repouso no
culos é o caso do indivíduo que retorna da flexão anterior a não ser que se observem as devidas precauções. resistência, seja qual for a posição do membro dentro dos leito. Trata-se de uma condição semelhante à fraqueza
para uma posição ereta, realizando o movimento de balanço limites da mobilidade. A presença de dor é quase sempre por alongamento excessivo e de uma forma discreta
para frente dos quadris, em vez de mantê-los numa posição A B e indício de que a fraqueza do músculo deve-se à distensão, de distensão, que não exige contração excêntrica com
relativamente fixa. O indivíduo que mantém seus quadris e não à atrofia. Existe alongamento do músculo na posição sobrecarga, conforme descrito por Kendall. 32
em posição relativamente fixa estende os quadris e o dorso de repouso, a não ser que seu comprimento esteja limitado 2. Distensão traumática. O músculo pode ficar sujeito à
para erguer-se ao longo da pelve e do tronco (Fig. 2.12). pelas inserções articulares; é o caso do ombro deprimido distensão traumática, isto é, à ruptura das pontes cruza-
O indivíduo que joga a pelve para frente apresenta tipica- ou anteriorizado quando o músculo trapézio apresenta-se das, fato que geralmente resulta da contração excêntrica
mente fraqueza dos músculos glúteos máximos. De muitas alongado. O músculo distendido precisa ser mantido em vigorosa. O músculo pode, então, ficar sujeito a tensão
maneiras as pequenas sutilezas dos padrões de movimentos repouso, na posição ideal de repouso, a fim de reduzir o contínua.
contribuem para a fraqueza de determinados músculos. A alongamento das células musculares. Podemos apoiá-lo 3. Alongamento sustentado. O músculo responde, às
relação existente entre a mudança dos padrões de movimen- mediante suportes externos, aplicando uma bandagem, por vezes, ao alongamento sustentado ( durante dias ou
tos e a fraqueza de certos músculos exige que o tratamento exemplo, de preferência inelástica e fortemente adesiva. Os semanas) quando imobilizado em posição de alonga-
vise a modificação das características do movimento; os exercícios e os movimentos ativos não devem provocar dor, mento, combinado com a adição de sarcômeros em
exercícios de fortalecimento provavelmente não conseguirão apenas discreta sensação de desconforto. série. 7 1
por si sós afetar o momento e o tipo de recrutamento durante O tratamento segue os mesmos princípios que regem o
o desempenho funcional. tratamento das atrofias musculares, um vez que não apre-
Três estratégias distintas para o retorno à posição inicial sente mais dor. Fraqueza Muscular por Alongamento Excessivo
Relevância Clínica da Atrofia Muscular após um movimento de flexão do tronco. Traçado de Opto- O músculo enfraquece quando mantido em posição de alon-
trak, mostrando o deslocamento de marcadores colocados na gamento, sobretudo quando isso acontece durante um longo
extremidade anterior do 52 osso metatarsiano, na articulação do Aumento de Força Muscular por Hipertrofia
O diagnóstico da fraqueza de determinado músculo depende período de repouso. Um exemplo comum é o alongamento
tornozelo, no epicôndilo lateral do joelho, no trocanter maior, na
do teste manual. O músculo atrofiado não é capaz de manter crista ilíaca e na extremidade do ombro. A. O movimento começa As pesquisas revelam que o músculo sujeito ao uso ex- dos dorsiflexores e o encurtamento dos flexores plantares
o membro na posição exigida pelo teste manual em qualquer pela extensão dos quadris, seguida imediatamente pela extensão cessivo apresenta aumento das proteínas do tecido con- do pé no paciente que é obrigado a permanecer acamado
ponto dentro dos limites de mobilidade, se o movimento for progressiva da coluna lombar, acompanhando o restante do mo- trátil, bem como do tecido conjuntivo. São perfeitamente ou no indivíduo que permanece por um longo período em
realizado contra a resistência. O músculo não apresenta dor vimento do quadril. B. O movimento começa pela extensão da conhecidos os efeitos da hipertrofia sobre o aumento da
coluna lombar, seguida por extensão dos quadris. C. Na posição
decúbito dorsal, sem nenhum apoio para as plantas dos
à palpação ou durante a contração contra a resistência. Se de flexão, o indivíduo retorna à posição inicial, com os tornozelos capacidade do músculo para gerar tensão; esse efeito é pés. J;:sse problema agrava-se mais ainda quando o lençol
os testes indicarem fraqueza muscular, o terapeuta deverá em flexão plantar. O movimento de retorno à posição ortostática freqüentemente aproveitado na reabilitação e no atletismo. exerce tração para baixo sobre os pés, forçando ainda mais
examinar cuidadosamente os padrões de movimentos com consiste em uma combinação da dorsiflexão nos tornozelos com Um efeito menos conhecido da hipertrofia refere-se ao a flexão plantar e o conseqüente alongamento dos músculos
a extensão dos quadris, mediante inclinação anterior da pelve . aumento das propriedades de tensão passiva dos músculos encarregados pela dorsi:flexão.
relação às leves dominâncias. A correção desses padrões de
(Gentileza de Amy Bastion, PhD, PT.)
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
CAPtruLO DOIS

Outro exemplo é o alongamento excessivo do músculo a fortalecer o glúteo médio posterior em posição encurtada. tizante por levantamento de um objeto pesado. Ele se tomará
glúteo médio posterior que ocorre durante o sono. Isso Ela deve executar contração isométrica dos músculos abdo- alongado e doloroso e permanecerá sob tensão contínua. O
acontece principalmente na mulher de pelve larga que dorme minais oblíquos externos em decúbito dorsal, com os quadris alongamento, e não o encurtamento do músculo, é a provável
regularmente em decúbito lateral, com a perna de cima em e joelhos em flexão e com a pelve em posição neutra. Em causa da dor, sempre que o exame do alinhamento postural
adução, flexão e rotação interna. Durante os testes manuais seguida, a paciente estende os membros inferiores, um de demonstrar que o ,músculo sofreu alongamento.
da musculatura, essas pacientes são incapazes de manter cada vez. A posição usada para testar o comprimento dos A distensão é um tipo de ruptura disereta, na qual os
a coxa em abdução, extensão e rotação externa - posição flexores do quadril serve para alongar o tensor da fáscia lata. filamentos do músculo sofrem alongamento ou estresse que
exigida pela prova - ou em qualquer ponto intermediário A paciente também realiza exercícios em decúbito ventral, os ultrapassa seus limites fisiológicos, resultando na ruptura
enquanto o examinador aplica resistência contínua. Resulta quais consistem em flexão dos joelhos e em rotação externa das linhas Z que formam a fixação para os filamentos de
daí o alongamento do músculo, capaz de provocar adução das coxas. Ela é orientada a se manter em pé com os quadris actina (Fig. 2.13). As rupturas que modificam o alinhamento
postural da coxa ou até mesmo uma diferença aparente no nivelados e a contrair os músculos glúteos e abdominais dos miofilamentos prejudicam a capacidade dos elementos
comprimento dos membros inferiores quando a paciente se oblíquos externos. Precisa também usar um travesseiro para contráteis para produzir tensão. 35 A conseqüência disso é a
encontra em pé. fraqueza do músculo, acompanhada em muitos casos pela
apoiar o membro inferior esquerdo enquanto dorme, a fim de
Outro exemplo de alongamento excessivo ocorre no indi- prevenir a adução e rotação interna da coxa quando dorme dor à palpação ou quando o músculo se contrai contra a
víduo que dorme em decúbito lateral, com o ombro de baixo em decúbito lateral direito. resistência.
trazido para a frente, colocando a escápula em abdução e O processo de reparação do músculo alongado é mais
Resultado. Ao nos consultar novamente, depois de pas-
em inclinação anterior. Essa posição, quando prolongada, rápido quando este não enfrenta resistência intensa ou tensão
sadas três semanas, a paciente refere melhoria considerável
alonga a porção inferior do trapézio e, eventualmente, constante. Na maioria dos músculos, os limites anatômicos
dos sintomas, apenas sentindo ocasionalmente um certo grau
também os músculos rombóides. Em decúbito lateral o criados pelas articulações nas quais se inserem contribuem
de desconforto. Suas cristas ilíacas estão no mesmo nível
ombro de cima está sujeito ao alongamento quando o br;ço para manter as fibras musculares no comprimento apropria-
e o desvio lateral da coluna lombar já não é encontrada a~
é pesado e o tórax amplo, fazendo com que o braço tracione do em estado de repouso. Os músculos posturais do ombro
exame clínico. A inclinação anterior da pelve desapareceu,
a escápula para frente, em posição de abdução. Essa posição e do quadril podem sofrer alongamento excessivo. Por
e ela afirma que já não sofre de dor nas costas.
para dormir também pode fazer com que a cabeça do úmero exemplo: quando o trapézio superior se encontra alongado,
se desloque anteriormente dentro da fossa glenóide. o peso da cintura escapular pode tornar-se excessivo para
A fraqueza muscular decorrente do alongamento exces- @Ievância clínica esse músculo; a tração exercida pelo ombro provoca seu
sivo apresenta várias características: O caso que acabamos de expor mostra que, em caso de alongamento, de modo a comprometer a recuperação do
1. O alinhamento postural que está sob o controle do mús- fraqueza muscular decorrente de comprimento excessivo, músculo. O músculo alongado é freqüentemente dolorido,
culo em questão indica que este apresenta comprimento um programa de exercícios que visa fortalecer o músculo visto que está sob tensão constante, embora pareça estar em
superior ao ideal, conforme demonstra a depressão do e reduzir o comprimento é capaz de corrigir o alinhamento repouso. O desconforto costuma diminuir quando se apóia
ombro ou o alinhamento postural do quadril em adução e eliminar os sintomas. As posições adotadas durante o o músculo em posição de repouso, reduzindo, assim, sua
e rotação interna. sono, em combinação com as características anatômicas tensão passiva. O paciente é solicitado a relaxar o músculo,
2. Os testes revelam fraqueza do músculo dentro dos li- do paciente, são capazes de provocar fraqueza muscular por eliminando qualquer atividade contrátil, voluntária ou in-
mites de amplitude de todos os seus movimentos, e não comprimento excessivo. Um mecanismo semelhante pode voluntária. O músculo deve curar dentro de 3 a 4 semanas, Microfotografia mostrando o desenho normal em estrias e os dis-
apenas na posição de teste do músculo encurtado. desde que o paciente evite sobrecarregá-lo. cos Z, dispostos perpendicularmente ao eixo longo das miofibrilas
levar à fraqueza por comprimento excessivo do músculo
O resultado típico do teste manual de um músculo alon- (A) e vários pontos de ruptura (B). Observe também o aspecto
trapézio superior. Essa condição é capaz de evoluir para a borrado do material dos discos X (setas) e o prolongamento
Apresentação de Caso 1 distensão dolorosa do músculo, se não for corrigida ime- gado consiste em sua capacidade para segurar o membro
dos discos Z em direção às bandas "A" adjacentes (círculos).
diatamente após o início da mudança de comprimento do examinado contra a ação da gravidade, quando o membro
(Segundo Lieber RL, Friden JO e McKee-Woodbum TG: Muscle
Anamnese. Uma estudante universitária de 20 anos queixa- músculo. O alongamento estático passivo do músculo, é posicionado no ponto extremo de seu raio de mobilida- damage induced by eccentric contractions of twenty five percent
se de dor nas costas, que deve ser atribuída em parte ao sobretudo quando incide em condições de repouso, pode de. Além disso, o músculo é incapaz de manter a tensão strain; J Appl Physiol 70:2498, 1991 ).
seu trabalho como garçonete. O exame radiológico revela ser o fator desencadeante dessa afecção. São os seguintes em qualquer ponto dentro dos seus limites de mobilidade
a presença de escoliose lombar, de convexidade para adi- os principais fatores que identificam a fraqueza muscular quando se aplica alguma resistência à sua ação; torna-se
reita. A crista ilíaca esquerda está 1 cm acima do nível da decorrente do comprimento excessivo: 1) fraqueza muscu- então dolorido. É obvio que sua capacidade para gerar
crista ilíaca direita; em posição de pé, a paciente apresenta lar que se manifesta em toda a amplitude do movimento; tensão está comprometida. Nos casos mais graves haverá paciente voltou a realizar serviços leves no emprego, porém,
acentuada inclinação anterior da pelve. 2) comprimento anormal do músculo em estado de repouso comprometimento inclusive dos movimentos da articulação 6 semanas mais tarde, ainda se queixava de dor intensa,
Sintomas. A paciente se queixa de que as calças não lhe que supera o comprimento anatômico ideal e que geralmen- sobre a qual o músculo atua: a qualidade dos movimentos sendo incapaz de retornar ao trabalho anterior. O exame
assentam perfeitamente. Ela é magra, mas sua pelve é muito te se toma evidente ao exame do alinhamento postural. articulares e a amplitude estarão deficitários. de ressonância magnética da coluna torácica não revelou
larga. Ela dorme sobre o lado direito, mantendo o membro quaisquer anomalias.
inferior esquerdo em flexão, adução e rotação interna. Apresentação de Caso 2 Sintomas. A paciente é, então, encaminhada a um ou-
Comprimento Muscular por Alongamento Excessivo tro serviço de fisioterapia. Verificou-se durante a primeira
Comprimento e força dos músculos. Os testes desti-
nados a determinar o comprimento dos músculos revelam Uma conduta terapêutica freqüentemente adotada diante da Anamnese. Uma mulher de 32 anos, cujo trabalho consiste consulta que ela apresenta um excesso de peso de quase 30
encurtamento do tensor da fáscia lata (TFL esquerdo). O teste dor muscular, particularmente quando localizada na cintura em colocar bandejas com alimentos sobre a esteira rolante kg; seus braços e seios são volumosos e a compressão pelas
manual da musculatura mostra fraqueza do glúteo médio escapular, consiste em aplicar um spray e alongar o músculo à altura do seu ombro, refere dores súbitas e internas que alças do sutiã deixou marcas profundas no alto dos ombros.
posterior esquerdo, de grau 3 +/5. Os músculos abdominais em seguida. 60 A dor é atribuída ao espasmo do músculo encur- se localizam entre a coluna torácica e a margem vertebral A expressão de seu rosto e a maneira como ela mantém o
oblíquos externos também se revelam fracos, de grau 3 + /5. tado,60 mas é comum não se determinar o comprimento exato da escápula direita. A dor começou no momento em que braço direito pressionado contra o tronco, com o cotovelo
Quando em decúbito lateral, o quadril esquerdo apresenta do músculo antes de aplicar os métodos de alongamento. O ela procurou levantar um arquivo em seu local de trabalho. em flexão, indicam que ela ainda está sentido dores. Ela
adução de 25 graus e rotação interna, a tal ponto que a patela músculo excessivamente comprido também pode ser causa de Ela foi imediatamente examinada por um médico, que a classifica sua dor entre 6 e 8, numa escala que vai até 1O,
encosta na superficie da mesa de exame. Prescrevemos a essa dor, mas ele não deve ser alongado. Por exemplo: o músculo encaminhou ao fisioterapeuta; este lhe prescreveu aplicação sempre que procura executar algum movimento com o
paciente um programa de exercícios domiciliares, destinado pode vir a ser distendido quando submetido a tensão trauma- de calor na região afetada, assim como exercícios para os ombro, com o braço em repouso, classifica a dor entre 4 e
ombros, três vezes por semana. Depois de uma semana, a 5 (10 corresponde à dor mais intensa).
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Conceitos e Princípios do Movimento
CArfruLO Dors
Comprimento e Força dos Músculos. O exame revela
A 4. Flexão e abdução do ombro enquanto levanta pesos o músculo-controle desenvolve tensão maior que o músculo
acentuada abdução da escápula direita com inclinação ante-
leves. alongado (Fig. 2.15).
rior (Fig. 2.14A). A escápula está sendo mantida no posicio-
Depois de oito consultas, 6 semanas depois da primeira Quando se examinam tanto os músculos alongados como
namento correto e seu braço e antebraço são apoiados pelo
visita ao segundo departamento de fisioterapia, a paciente está os músculos-controle, na mesma posição de encurtamento,
fisioterapeuta. Ela informa que a dor desapareceu, depois de
em condições de l,evantar uma bandeja de 13 ,5 kg até a altura a diferença quanto à tensão que se observa entre eles (insu-
ter sido instruída a relaxar a musculatura da cintura escapu-
do ombro; ela voltou a exercer sua funçãà anterior. ficiência ativa) pode ser explicada pela maior superposição
lar direita (Fig. 2.14B). O teste manual dos músculos mostra
que a força de todos os componentes do músculo trapézio dos filamentos de actina e miosina que ocorre no músculo
está reduzida, sendo de grau 3-/5. A fraqueza muscular e a (!,tevância clínica alongado. O músculo que produz a maior tensão em posição
dor limitam sua capacidade para os movimentos dentro dos alongada gera a menor tensão quando examinado em posição
O paciente que apresenta uma afecção dolorosa da cintura encurtada. Quando o músculo alongado (apresentando um
limites normais de mobilidade, inclusive em posições que escapular precisa ser examinado à procura de indícios pos-
reduzem a ação da gravidade. número maior de sarcômeros em série) é colocado em posi-
turais sugestivos de comprimento excessivo dos músculos.
Aplicamos bandagem (Leucotape P aplicado com auxílio ção de encurtamento, os miofilamentos de cada sarcômero
A depressão dos ombros acarreta o risco de alongamento
de um rolo) na face posterior da cintura escapular direita, muscular. Podem manifestar-se dor e espasmos musculares, apresentam superposição excessiva (Fig. 2.16, posição A),
a fim de manter a escápula apoiada em posição neutra e de estando o músculo alongado e distendido, e não apenas de modo que não conseguem desenvolver sua tensão máxi-
diminuir em parte a tração sobre o músculo trapézio, através quando ele é curto. Portanto, o alongamento nem sempre é o ma. Essas adaptações anatômicas não foram comprovadas
da diminuição da abdução e da depressão da escápula. O melhor método terapêutico para aliviar a dor ou o espasmo. pelo exame histológico de seres humanos, mas uma pesquisa
caso descrito por Host demonstra que a aplicação de ban- O músculo alongado constitui contra-indicação às técnicas comparando a força dos abdutores dos quadris direito e es-
dagem sobre a face posterior da cintura escapular é capaz de alongamento e força excessiva. querdo em comprimentos variáveis confirma essa hipótese
de modificar a posição da escápula. Diante da suspeita de alongamento excessivo, o método sobre as alterações associadas ao comprimento. 46
As alças do sutiã também são presas entre si com banda- de exame recomendado consiste em apoiar o músculo No caso típico, o teste manual de um músculo alongado
gem; isso as aproxima mais do pescoço, diminuindo, desta passivamente em posição de encurtamento e observar o (com acréscimo de sarcômeros em série) mostra que ele
efeito dessa manobra sobre os sintomas. A diminuição não é capaz de manter o segmento articular na posição
maneira, a força tensional que incide sobre as faces externas
dos sintomas, em resposta à eliminação do alongamento de encurtamento prevista pelo teste, mas consegue tolerar
dos ombros. A paciente é orientada no sentido de apoiar os imposto ao músculo, fala em favor da suspeita diagnóstica
braços com almofada sempre que estiver sentada, e de apoiar intensa pressão depois de um leve aumento de amplitude
de alongamento. (alteração de 10 a 15 graus no ângulo articular). Um exem-
o braço direito com o braço esquerdo quando em posição A observação dos movimentos característicos da cintura
ortostática, a fim de diminuir a tração da cintura escapular plo clínico é o caso do indivíduo com postura habitual de
escapular também mostra se o músculo afetado está pro- escápulas aduzidas. O teste manual do músculo serrátil
para baixo. Todos os exercícios para os ombros foram eli- duzindo os movimentos corretos nos segmentos que ele
minados durante os primeiros 5 dias (Fig. 2.14C). anterior, com a escápula em adução (Fig. 2.17) (músculo
controla. Os testes manuais da musculatura, quer atrofiada,
Resultado. Ao voltar à consulta, 4 dias depois, a paciente serrátil anterior alongado), indica que o músculo é forte.
quer alongadas, demonstram a fraqueza de todos os seus
informa que a dor diminuiu sensivelmente. Ela manteve o Entretanto, na posição correta para o exame desse músculo,
movimentos, mas o músculo alongado também se revela
ombro preso com bandagem durante 2 dias. A pele não apre- geralmente dolorido quando palpado ou quando em contra-
senta sinais de irritação e ela afirma que o suporte adicional ção máxima. O comprimento do músculo e a presença ou
eliminou a dor que sentia em repouso. Por isso, voltamos a não de dor são capazes de informar se a fraqueza muscular 10
aplicar a bandagem. Por ocasião da terceira consulta, uma deve-se apenas à atrofia ou ao alongamento excessivo.
semana mais tarde, a paciente já não se queixa de dor em O tratamento do alongamento muscular exige algum tipo .,,,. ,,.-- ..... '
de apoio para o músculo, a fim de diminuir a tensão e o 8 / '
repouso; ela é capaz de fletir o ombro em 160 graus sem
perceber dor, quando em decúbito lateral e com o braço prolongamento e de favorecer o processo de cicatrização,
/
antes de se dar início a um programa de exercícios lentamente Ô> /
apoiado sobre travesseiros. Nessa posição, a escápula roda
superiormente e entra em adução durante a flexão do ombro,
contrastando com os movimentos escapulares limitados
que se observam quando esse mesmo movimento é execu-
progressivos. O uso do músculo precisa ser reduzido en-
quanto ele é fraco, a fim de poder movimentar corretamente
os segmentos articulares nos quais se insere. Aumentamos
depois progressivamente o uso, à medida que o músculo
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tado em posição em pé. A cintura escapular é fixada com I


recupera sua força e se toma capaz de executar corretamente lctJ
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e:
• I Controle
bandagem, a fim de manter a escápula na posição neutra os movimentos do respectivo segmento articular. I
~ /
Alongado
durante os movimentos de abdução ou adução, de elevação 2
/ - • - • Encurtado
ou depressão e de rotação. A bandagem é mantida durante /
/
mais dois dias. A bandagem foi trocada três vezes no prazo Aumento do comprimento muscular devido adaptação /
de 2 semanas. anatômica: Adição de sarcômeros
A paciente continua apoiando seu braço passivamente, 80 90 100 110
Comprimento do ventre muscular do
com o objetivo de diminuir a depressão dos ombros, quando Figura2.14 Muitos pesquisadores já demonstraram que sarcômeros adi-
músculo controle (em%)
sentada ou em pé. Seu programa de exercícios progressivos cionados em série formam-se no interior da célula muscular
compreende: Alongamento excessivo da musculatura toracoescapular direi- igura 2.15
ta. A. Escápula direita em abdução com inclinação anterior. 8.
quando o músculo é mantido em posição de alongamento
1. Flexão do ombro em decúbito lateral (o que reduz a Ombro direito mantido passivamente em alinhamento correto, a (geralmente mediante engessamento ). Pesquisa realizada por Adaptação anatômica do comprimento do músculo. O mús-
ação da gravidade). fim de aliviar a tensão exercida sobre os adutores da escápula. Williams e Goldspink6º· 72 demonstra que essa adaptação do culo alongado desenvolve tensão máxima quando a posição é
A dor desapareceu quando a paciente relaxou a musculatura. C. comprimento anatômico vem acompanhada de desvio da alongada. Em posição de encurtamento, esse mesmo músculo
2. Flexão do ombro, estando diante de uma parede, com o desenvolve tensão menor que o músculo-controle em posição
As alças do sutiã foram presas entre si com bandagem, a fim de
cotovelo em flexão e a mão deslizando parede acima. curva de comprimento e tensão para a direita, em virtude do normal. (Modificado segundo Gosman, Sahrmann AS, Rose SJ :
aproximá-las do pescoço e reduzir a tração inferior sobre a face
3. Flexão do ombro estando o cotovelo em extensão. externa do ombro. acréscimo de sarcômeros em série. 7 1 Todavia, quando dois Review of fength-associated changes in musc/e. Experimental evi-
músculos se encontram na mesma posição de encurtamento, dence and clinicai implications. Phys Ther62 (12): 1799, 1982.)
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
C.-\rtn;LO Dois

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posição dos
sarcômeros

comprimento comprimento
do músculo do músculo

Hill
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Músculo Alongado

Relação entre comprimento e tensão. A força máxima que o músculo é capaz de desenvolver
tem relação direta com o comprimento inicial de suas fibras. Quando o comprimento inicial é A. Este indivíduo praticava rotineiramente exercícios tanto de remo como de adução do~ ombros com pesos consi~~ráveis,
curto, os filamentos de cada sarcômero já estão superpostos, de maneira a limitar a tensão que assim como de remar sentado e inclinado anteriormente. Apresentava grande desenvolvimento dos musculos rombordes. B.
o músculo é capaz de desenvolver (posição A). A geração da tensão máxima somente é possível A posição anormal indica alongamento do músculo serrátil anterior. C. O paciente apresenta esc~pulas aladas q~ando em
quando o músculo apresenta o comprimento ideal (posição B). Quando os miofilamentos espessos decúbito ventral, apoiado sobre os antebraços. O músculo serrátil não é capaz de segurar a _e~capula contra o torax. D. A
e finos estão muito distantes entre si, a falta de superposição dos filamentos impede a produção flexão do ombro para posicionar a escápula para o teste do músculo serrátil não resulta ~o posIc1o~amento normal em abdu-
de tensão (posição C). (De acordo com Thibodeau GA e Patton KT: Anatomy & physiology, 4ª ed. ção, embora O músculo serrátil se revele forte nesse teste. E. O examinador traz a esc~pula antenorm~nte, colo~ando-a. na
St. Louis, 1999, Mosby.) posição normal de abdução. F. O músculo serrátil anterior não é capaz de s~gurar a es~a~ula em abduçao e rotaçao superior,
depois de O examinador soltar o braço, enquanto o paciente pro~~ra mante~lo_na posIçao. (Segundo Kendall FP. McCreary
EK e Provance PG: Muscle: Testíng and function, 4.ed., 1993, W1lhams & Wrlkrns.)

esse paciente ensina-o a abduzir a escápula direita e rodá- ou até mais que um músculo de comprimento normal, ao
que prevê o encurtamento do mesmo (estando a escápula ombro direito é de 170 graus; apresenta dor na região do la superiormente, nos decúbitos ventral e lateral (os quais se contrair em posição alongada. O teste manual da mus-
em abdução e em rotação superior), o músculo serrátil reduzem a ação da gravidade), evitando ao mesmo tempo culatura do indivíduo que apresenta alterações posturais,
acromial, entre 150 e 160 graus de flexão. A flexão do ombro
anterior revela-se fraco demais para manter a escápula em as excursões extremas da articulação glenoumeral, de 150 como ombros protrusos ou adução unilateral do quadril
é acompanhada de abdução e rotação superior da escápula. (diferença aparente no comprimento dos membros inferio-
sua posição correta. a 160 graus, até que se estabeleça o padrão normal dos mo-
Estando a flexão completa, o ângulo inferior da escápula res) revela que muitos desses indivíduos não conseguem
continua sobre a face posterior da caixa torácica; a abdução vimentos escapulares. O objetivo consiste em promover a
Apresentação de Caso 3 abdução da escápula e sua rotação superior, de maneira que a posição exigida pelos testes sob resistência máxima,
e a rotação superior não são suficientes para atingir a linha mas é possível aplicar a resistência máxima, mantendo o
axilar média. A abdução passiva com rotação superior da seu ângulo inferior alcance a linha axilar média no final do
Anamnese. Um nadador de 50 anos de idade queixa-se músculo na posição de exame, quando ele tem a chance
movimento de flexão do ombro, dentro de três semanas após
de dor na face anterolateral do ombro direito. O médico escápula, executada pelo terapeuta durante a flexão ativa de se alongar, o que acontece quando se muda a posição
a instituição desse programa de exercícios terapêuticos, o
diagnosticou essa afecção como síndrome do impacto. O do ombro, resulta em mobilidade completa da articulação; da articulação em torno de 1O a 15 graus.
paciente deixou de sentir dor no ombro; apresenta mobili- Esses dados clínicos sugerem que a fraqueza do mús-
protocolo de exercícios que lhe foi prescrito pelo treinador o paciente não sente dores.
dade completa do ombro e voltou a praticar a natação. culo não se deve à diminuição de sua capacidade contrátil, e
de natação consiste em adução da escápula, extensão e Comprimento e Força dos Músculos. Os testes do
exercícios de rotações de ombros. Em posição de repouso, sim que ele passou a apresentar um comprimento desfavo-
músculo serrátil anterior indicam que ele não é capaz de
as escápulas encontram-se aduzidas; a borda lateral de cada Ievância clínica rável. Visto que o alongamento do músculo é acompanhado
segurar o membro contra a gravidade, na posição prevista de mau alinhamento articular, conforme demonstrado pelas
escápula está a 56 mm de distância da coluna vertebral pelo exame, estando o braço em abdução passiva, antes de
Muitas alterações da postura vêm acompanhadas de aumen- alterações posturais, tais como protrusão de ombros ou
enquanto a distância normal é de 75 mm. Os músculo~ o terapeuta instruir o paciente que "segure"; mas, depois da to do comprimento dos músculos. Quando esse aumento adução postural dos quadris. O que é mais importante: a
rombóides revelam-se mais proeminentes que os demais discreta adução da escápula, o paciente consegue manter a do comprimento é decorrente da adição de sarcômeros, alteração em relação ao comprimento do músculo também
músculos toracoescapulares. posição de teste e tolerar a resistência máxima. segundo indicam as pesquisas realizadas em animais em modifica o movimento da articulação controlada por esse
Sintomas. A amplitude dos movimentos de flexão do músculo.
Resultado. O programa de exercícios terapêuticos para laboratório, o músculo é capaz de gerar a mesma tensão,
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
CAPITULO D OIS

A estratégia de correção visa melhorar o desempenho que podem ocorrer em um músculo cuja excursão efetiva é aplicação de métodos terapêuticos diferentes e de duração joelho estão muito encurtados quando existe um déficit de 40
com um comprimento menor, mais próximo ao normal. O
de 170 graus. (Este cálculo baseia-se no menor comprimento mais prolongada. graus para a extensão ativa completa do joelho. O paciente
paciente precisa, para tanto, usar o músculo em compri-
mento menor; isso exige a diminuição da carga que lhe é do músculo, estando o joelho fletido e o quadril em extensão Muitos indivíduos acham que seus músculos precisam que apresenta esse quadro é instruído a ficar sentado ereto,
imposta. Por exemplo: o paciente pode ser obrigado a exe- até o maior comprimento do músculo, com o joelho em ex~ de alongamento, não por causa da diminuição da amplitude enquanto contrai ligeiramente os extensores da coluna, com
cutar a abdução do quadril em decúbito lateral, mantendo tensão e o quadril em flexão de até 80 graus.) Sem dúvida a dos movimentos :articulares, mas porque não conseguem o calcanhar descansando sobre um banquinho e os joelhos
os joelhos em flexão, a fim de, diminuir o comprimento da maioria das pessoas não necessita da excursão máxima d~s alongá-los rapidamente de forma passiva: O indivíduo des- em extensão suficiente para exercer uma tração discreta,
alavanca que deve levantar. E pelo mesmo motivo que a flexores do joelho em suas atividades diárias ou esportivas; creve uma sensação de rigidez ou de "tensão". Essa rigidez mas contínua, sobre os flexores do joelho. Essa posição
flexão do ombro em posição em pé precisa ser realizada por conseguinte, um déficit de 1Ograus na excursão desses não costuma ser uma função da excursão muscular total; deve ser mantida pelo maior período possível, de prefe-
com os cotovelos em flexão, de modo a diminuir o compri- músculos não traz maiores conseqüências. geralmente deve-se à rigidez muscular. rência durante uns 20 a 30 minutos; ela será repetida pelo
mento da alavanca a ser movimentada. Não há necessidade O encurtamento do músculo iliopsoas em 1O graus, por A plasticidade ou mutabilidade dos músculos (decorrente menos seis vezes ao dia. Esse exercício terapêutico tem os
de medidas especiais de proteção, visto que o músculo não outro lado, é capaz de trazer conseqüências importantes. do aumento ou diminuição dos sarcômeros) possui impor- seguintes objetivos: 1) encurtar os extensores da coluna que
está traumatizado ou atrofiado. Esse grau de encurtamento do iliopsoas impede a extensão tantes implicações clínicas. Um estímulo fisiológico para o se encontram alongados; 2) alongar os flexores dos joelhos,
Os objetivos do tratamento são os seguintes: 1) modificar do quadril além da posição neutra. A extensão do quadril é músculo adaptar seu comprimento é o grau de tensão passiva que estão encurtados; 3) prevenir a flexão compensátória
o comprimento do músculo em repouso, através da correção um componente obrigatório da marcha normal, razão pela aplicado nele durante um período prolongado. O número da coluna lombar, a qual contribui para o alongamento dos
do posicionamento do segmento no qual ele se insere; 2) qual essa restrição pode contribuir para uma síndrome de dor de sarcômeros aumenta sempre que a tensão ultrapassa extensores da coluna. A presença de movimentos compen-
mel~orar o contr?le sobre o músculo, fazendo com que musculoesquelética. O fator mais importante em relação à determinado nível; ele diminui quando a tensão cai abaixo satórios é capaz de interferir com o esforço para manter o
movnnente as articulações afetadas dentro da melhor am- comprimento dos músculos flexores do joelho.
falta de comprimento do músculo não é o grau da perda de de certo nível. A adaptação da quantidade de sarcômeros
plitude. Quando as porções medial e inferior do músculo
comprimento, e sim a porcentagem da perda de excursão total é necessária para manter a relação de superposição entre
trapézio encontram-se alongados e a escápula não apresenta
do músculo e as conseqüências dessas perdas no comporta- os filamentos de actina e miosina (Fig. 2.16). As relações Apresentação de Caso 4
adução_durante a fase final da flexão do ombro, a correção
dessa situação constitui parte importante do programa de mento da articulação durante a atividade funcional. anatômicas e cinesiológicas indicam que, na maioria dos
As pesquisas revelam que ocorre diminuição rápida dos segmentos articulares, os músculos antagonistas alongam-se Anamnese. Um homem de 34 anos de idade pratica
tratamento.
sarcômeros (no prazo de 2 a 4 semanas), principalmente quando os músculos em torno da articulação se encurtam. corrida de longa distância, percorrendo por semana entre 80
Os músculos podem ser fortes depois da adaptação do
em série, quando o músculo é imobilizado em posição de Tratamos tradicionalmente de alongar os músculos e 100 km; é encaminhado ao fisioterapeuta para tratamento
seu comprimento; portanto, o aumento de sua capacidade
encurtamento. 60 •62 •71 ·72 Em virtude dessa perda de sarcô- que sofrem encurtamento, mas não costumamos dar o de dor lombar. Ele trabalha em vendas, passando, por isso, a
contrátil não é o objetivo principal do tratamento eficaz.
O objetivo consiste em restabelecer o comprimento ideal meros, a curva de comprimento-tensão ativa do músculo mesmo destaque à correção dos músculos que apresentam maior parte do dia no volante, para visitar vários clientes. A
durante o movimento porque este é um componente neces- encurtado sofre desvio para a esquerda, em relação à curva alongamento. O músculo alongado não se adapta automa- dor lombar agrava-se durante o dia, porém, não se manifesta
sário ao controle perfeito do TCIR, ao controle cinemático que caracteriza o músculo de comprimento normal (veja Fig. ticamente a um comprimento menor, em resposta ao breve durante a corrida.
durante o movimento e, por conseguinte, a prevenção ou a 2.15). A correção fisiológica requer o aumento do número alongamento do seu antagonista. O programa de exercícios Sintomas. O exame revela coluna lombar retificada na
correção da dor musculoesquelética. de sarcômeros sempre que o encurtamento tiver levado à terapêuticos que resulta no alongamento de músculos en- posição bípede. Observa-se acentuada flexão lombar durante
diminuição do número total de sarcômeros em série nas curtados, como os flexores do joelho, por exemplo, não leva a inclinação anterior de tronco; a maior flexão lombar é de
Encurtamento Muscular devido à Adaptação Anatômi- fibras musculares. Além disso, as células musculares são simultaneamente ao encurtamento dos músculos alongados, 30 graus, enquanto a flexão do quadril atinge no máximo 65
ca: Redução de Sarcômeros os elementos mais afetados pelo alongamento, visto serem como os extensores lombares. graus. Os flexores dos joelhos estão encurtados, o que é com-
os componentes mais elásticos do músculo. O tratamento mais eficaz consiste em promover o en- provado pelo fato de que a flexão dos quadris não ultrapassa
O alongamento muscular é uma medida terapêutica comum 60 graus quando o membro inferior é elevado em extensão.
Os exercícios vigorosos de alongamento passivo do curtamento do músculo alongado simultaneamente com
em fisioterapia, uma vez que a restrição dos movimentos o alongamento do músculo encurtado. Essa abordagem Quando sentado ao volante, o paciente mantém a coluna
músculo, visando obter uma melhoria acentuada da mobi-
articulares é um fator responsável pelos problemas de dor assume importância especial nos casos em que o músculo lombar em flexão. Ele dirige com o assento do carro colocado
lidade articular dentro de curto prazo (de 15 a 20 minutos,
musculoesquelética. Existem muitos trabalhos descrevendo alongado controla a articulação que é sede de movimentos para trás no máximo possível, fato que o obriga à extensão
por exemplo), é capaz de romper o alinhamento dos fila-
os melhores métodos de alongamento dos músculos. Os mentos, de modo a danificar o músculo. O alongamento de compensatórios, os quais se opõem à restrição da mobilidade máxima dos joelhos. A flexão dos quadris é de apenas 65
flexores do joelho têm sido os músculos mais pesquisados um músculo muito encurtado deve ser realizado lentamente decorrente dos músculos curtos. Por exemplo: a flexão da graus, por causa do encurtamento dos flexores do joelho; isso
a esse respeito. As seguintes questões possuem importân- e com cargas baixas; a articulação precisa ser imobilizada, coluna lombar é capaz de compensar a limitação do movi- obriga sua coluna lombar a assumir a posição fletida.
cia clínica no que se refere à falta de comprimento dos a fi~ de manter o músculo na posição de alongamento; ou mento de flexão do quadril durante a inclinação anterior do Comprimento e Força dos Músculos. O paciente é
músculos: entao, podemos aplicar uma tala dinâmica. Não se sabe tronco quando os músculos da face posterior da coxa (os submetido a um programa de alongamento dos flexores dos
qual a porcentagem total de redução do comprimento do flexores dos joelhos) apresentam encurtamento. O método joelhos, que consiste em sentar numa cadeira de encosto
1. Em quanto precisa diminuir o comprimento de um mús-
músculo que resulta na perda de sarcômeros, ao contrário mais eficaz consiste em corrigir as alterações de compri- reto, com os quadris em posição de 90 graus e o calcanhar
culo para afetar as articulações e os movimentos?
do que se refere à diminuição da amplitude dos movimentos mento de todos os músculos em torno da articulação, e não apoiado sobre uma banqueta, de modo a exercer uma tra-
2. Em quais condições pode a falta de comprimento afetar
que acompanha as alterações do comprimento do músculo apenas do músculo encurtado. Portanto, convém encurtar os ção leve e contínua sobre os flexores dos joelhos. Ele deve
o desempenho?
e que se deve a outras mudanças de seus componentes músculos extensores da coluna e, ao mesmo tempo, alongar manter essa posição pelo maior período possível, além de
3. Qual é a causa anatômica da falta de comprimento? Em os flexores do joelho sempre que a coluna lombar apresentar ser instruído a realizar movimentos isométricos de extensão
outras palavras: a redução do comprimento dos flexo- elásticos, seriados ou paralelos. Encurtamentos inferiores
a 10-15% da excursão total são provocados por alterações flexão excessiva (acima de 20 graus). da coluna, empurrando a coluna torácica contra o encosto da
:es do joelho, da ordem de 1O graus30 , é clinicamente Um método eficaz para corrigir o alongamento anatô- cadeira, 1O vezes seguidas, por um mínimo de cinco a seis
de breve duração processadas nos tecidos do músculo·
importante? Quais são os componentes do músculo mico consiste em contrair o músculo alongado enquanto vezes ao dia, enquanto realiza a extensão ativa do joelho. Ele
portanto, os aumentos em relação ao comprimento ocorre~
responsáveis por essa limitação? este se encontra em posição de encurtamento e em alongar é orientado, ainda, a puxar o assento do carro para diante,
rapida~ente. Por outro lado, as alterações de comprimento
de ma10r grau têm origem decorrente de alterações estru- simultaneamente o músculo encurtado. Os seguintes exer- a fim de evitar a extensão máxima do joelho e sentar com
A maioria dos clínicos concorda que a redução do com- cícios terapêuticos visam os dois problemas desse último os quadris em ângulo de 90 graus.
primento dos flexores do joelho em 45 graus é importante turais de caráter permanente. Essas ocorrem no músculo
e e~ seus tecidos de suporte, acompanhando-se de perda exemplo: 1) a extensão ativa do joelho em posição sentada, Resultado. A dor lombar do paciente cede assim que ele
sob o ponto de vista clínico. Entretanto, as mudanças de a fim de alongar os flexores do joelho, e simultaneamente evita a flexão da coluna lombar. Ao longo de 4 semanas, sua
efetiva de sarcômeros e, possivelmente, da formação de
comprimento devem envolver estruturas anatômicas diferen- 2) contrair ativamente os músculos extensores da coluna, capacidade para levantar a perna estendida melhorou em 1O
depósitos de fibras colágenas mais curtas. As adaptações
tes daquelas cujas alterações são da ordem de 5 a 1Ograus, mantendo o tronco em leve extensão, encurtando assim os graus e não se observa mais a flexão lombar excessiva na
do comprimento devidas às alterações estruturais exigem a
extensores da coluna. Consideramos que os flexores do posição em pé, com flexão anterior. O paciente aprendeu

..
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
C APITULO D01s

a limitar os movimentos da coluna lombar, a ponto de alongamento do músculo iliopsoas, ao lado do encurta- da articulação quando a amplitude dos movimentos está
eliminar a curvatura lombar, sem permitir que ela entre em
flexão excessiva.
ment? ?ºm~sculo ~ensor fáscia lata. De maneira análoga, restrita. No presente livro, não consideramos a limitação
a pos1çao do Joelho e de flexão de 15 graus ao examinarmos da mobilidade como um problema de rigidez.
o comprimento dos flexores do joelho, se for preciso evitar Outro conceito de rigidez é o que se refere à tensão
a rotação interna do quadril na posição sentada (flexão do decorrente da combinação da contração ativa com a resis-
@ievância clínica quadril de 80 graus). Quando a flexão do joelho diminui tência passiva. A rigidez foi examinada através de várias
É preciso levar vários fatores em consideração quando se com a coxa em rotação interna, indica que os músculo~ pesquisas, 6 •8•22 •69 em condições tanto ativas como passivas.
trata de determinar a importância clínica e o tratamento dos encurtados são os flexores internos do joelho, e não os Em condições ativas, a rigidez designa o total da tensão que
músculos encurtados. O fisioterapeuta precisa abordar as flexores externos (Fig. 2.18). A tabela 2.1 traz exemplos se desenvolve quando os músculos são alongados durante a
seguintes questões: de desequilíbrio freqüentes em relação ao comprimento de contração ativa. Para os objetivos desta obra, a palavra rigidez
1. Será que o encurtamento do músculo afeta mesmo a músculos sinergistas. designa a resistência que se opõe ao alongamento passivo
mobilidade da articulação que é usada nas atividades A diferença em relação ao comprimento de dois múscu- do músculo e dos tecidos conjuntivos, mas não durante a
funcionais ou esportivas? los sinergistas contribui para o movimento compensatório e contração muscular ativa ou nos limites da amplitude dos
2. Quais são as estruturas anatômicas envolvidas na altera- para a instalação da síndrome de disfunção do movimento. movimentos. A rigidez, tal como será discutida na presente
ção (i.e., a redução dos sarcômeros, a leve deformação O movimento compensatório é, geralmente, um movimento obra, é atribuída principalmente ao músculo, visto ser veri-
tempo dependente, um alongamento dos elementos de rotação. Precisamos ter o maior cuidado ao examinar o ficada durante o exame do comprimento do mesmo.
elásticos em série)? comprimento do músculo e o alinhamento postural, e ao A rigidez é uma característica do tecido muscular; os
3. A dor referida pelo paciente deve-se ao encurtamento observar os movimentos articulares específicos que estão músculos possuem propriedades semelhantes às molas.6•11 •69
ou ao alongamento do músculo? sob o controle do respectivo músculo, a fim de podermos Portanto, a resistência que percebemos durante o alonga-
4. A sensação de tensão que o paciente refere deve-se identificar os problemas devidos às modificações dissociadas mento passivo de um músculo pode ser considerada como
ao grau de excursão do músculo ou à freqüência das o análogo da resistência que acompanha o alongamento
excursões? no comprimento dos músculos sinergistas.
de uma mola (Fig. 2.19). Os componentes do músculo
Não raro, o encurtamento muscular que limita a excursão que contribuem para sua resistência ao alongamento são
de uma determinada articulação, vem acompanhado de Rigidez de Músculos e Partes Moles
as estruturas elásticas em série, extra e intracelulares. Os
mobilidade excessiva de outra articulação. Para se obter Discutiremos aqui a rigidez, ou seja, a mudança de ten- dados atualmente disponíveis sugerem que o principal fator
o melhor resultado possível, toma-se necessário restabe- são por unidade de modificação do comprimento, 59 pois
lecer simultaneamente o comprimento ideal dos músculos responsável pela resistência intracelular ao alongamento
acredita-se que essa característica dos músculos e de tecidos passivo é a titina, uma grande molécula protéica do tecido
alongados que atravessam a articulação dotada de mobili-
dade excessiva, assim como dos músculos encurtados que moles contribui para os padrões de movimentos e para as sín- conjuntivo (Fig. 2.20).34•68 As conexões frouxas que existem
atravessam a articulação de mobilidade limitada. dromes de disfunção dos movimentos. Ao examinarmos os entre as pontes cruzadas dos filamentos de miosina con-
movimentos passivos de uma articulação, vemos que todos tribuem em menor escala para a resistência intracelular. 54
os tecidos que a atravessam contribuem para a resistência, Cada filamento de miosina contém seis moléculas de titina.
Alterações de Comprimento nos Músculos Sinergitas isto é, para a rigidez articular. Falamos também em rigidez Por conseguinte, o aumento quantitativo dos filamentos de
Admite-se geralmente que os músculos sinergistas, res- miosina deve influenciar a rigidez do músculo, em virtude
ponsáveis por determinado movimento articular, passam do aumento concomitante das moléculas de titina.
por alterações estruturais semelhantes no que se refere ao Desequilíbrios de comprimento Outro fator que contribui para a rigidez muscular é o
comprimento, mas o exame meticuloso mostra que isso não tixotropismo, que é a propriedade de uma substância se
dos músculos sinergistas
é obrigatório. Por exemplo: a limitação dos movimentos de tornar rígida e resistente ao fluxo, depois de ter ficado
extensão do quadril não é acompanhada de encurtamento estática durante um certo tempo. Ele é definido como a
Músculos Músculo Músculo propriedade de vários géis, que se liquidificam quando
de todos os flexores do quadril. Testamos, no caso típico, o encurtados alongado
comprimento dos flexores do joelho em grupo, examinando perturbados (isto é, sacudidos). 42 O tixotropismo é atri-
o grau de flexão do quadril durante a elevação do membro Levantadores e Levantador da Trapézio, terço buído à fraqueza das conexões das pontes cruzadas. Ele é
adutores da escápula superior considerado causa da resistência ao alongamento passivo,
inferior estendido. 32 Todavia, os diversos flexores do qua- escápula
dril e do joelho participam de outros movimentos, além da embora não contribua em grande escala para a resistência
Adutores da escápula Rombóides Trapézio, terço inferior
flexão e da extensão. Por conseguinte, pode acontecer que passiva como um todo.
Rotadores internos Peitoral maior Subescapular Sabemos que a hipertrofia aumenta a quantidade tan-
um dos músculos sofra encurtamento, enquanto um dos da articulação
to das proteínas contráteis como das proteínas do tecido
sinergistas mantém seu comprimento normal ou alonga-se. glenoumeral
conjuntivo. 4 O aumento dessas proteínas indica o aumento
O movimento compensatório mais freqüente é a rotação. Flexores do tronco que Reto abdominal Oblíquo externo do
inclinam a pelve para abdome simultâneo da rigidez muscular, visto que aumentam tanto
No caso dos flexores do quadril, a abdução também é um
trás as proteínas do tecido conjuntivo (da titina, por exemplo),
possível movimento compensatório.
Flexores do quadril TFL lliopsoas como as proteínas dos elementos contráteis. Chleboun e
Quando se testa o comprimento dos flexores do quadril,
Abdutores do quadril TFL Glúteo médio posterior colaboradores puderam demonstrar que o tamanho da área
deixa-se que o mesmo entre em abdução ou em rotação seccional transversa do músculo mantém relação com a
interna até o limite de excursão para a extensão do quadril; Extensores do quadril e Semitendinoso Bíceps crural A. Posição sentada. Posicionamento em repouso com os quadris
flexores do joelho em rotação interna.
rigidez muscular em toda a amplitude de seus movimentos
isso permite, então, a extensão do quadril em mais 1Ograus, durante o alongamento, e não apenas nos limites extremos
Dorsiflexores do Extensor longo dos Tibial anterior B. O grau de rotação interna do quadril aumenta durante a ex-
indicando que o músculo encurtado é o tensor fáscia lata tornozelo. dedos tensão do joelho. de mobilidade. 9 Por outro lado, a atrofia ou a perda de
e não o músculo iliopsoas. De fato, o exame específico d~ C. Quadril em rotação externa e diminuição do grau de extensão elementos contráteis diminui a rigidez dentro da gama de
comprimento dos flexores do quadril revela muitas vezes TFL, tensor fáscia lata. do joelho. amplitude, em decorrência da diminuição não apenas das
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
CAPITULO DOIS

jacente, se esta for controlada por músculos ou articulações 4. Rigidez do músculo reto femoral ( e não encurta-
menos rígidas. Observa-se muitas vezes na prática, durante mento do mesmo), acompanhada por compensação
o exame passivo do comprimento de um músculo, que uma lombopélvica. O joelho encontra-se em flexão e a pelve
articulação adjacente entra em movimento muito antes de o em inclinação anterior. A extensão da coluna lombar
músculo estar completamente alongado. Esse movimento da aumenta a partir de 60 graus de flexão do joelho, mas
articulação contígua é um movimento compensatório. Por este apresenta flexão de 135 graus. A flexão do joelho
exemplo: se a coluna lombar for particular.m ente flexível continua sendo de 13 5 graus, mesmo quando o fisio-
no sentido da extensão e o grande dorsal for relativamente terapeuta fixa a pelve.
mais rígido, veremos que a coluna lombar entra em extensão 5. Rigidez do músculo reto femoral com fixação au-
quando o paciente flete o ombro, antes mesmo de o grande tomática de pelve e coluna lombar. Observa-se a
dorsal atingir seu comprimento máximo. extensão compensatória da coluna lombar durante os
- - - - Miosina
Em condições ideais, não se observam movimentos da movimentos passivos de flexão do joelho, mas não
- - - - - Actina pelve e da coluna durante a flexão passiva do joelho, reali- durante a flexão ativa dele.
.........,.........,......,... Titina zada no paciente em decúbito ventral; não deve existir mo- 6. Fixação compensatória deficiente da coluna lombar
_ _ _ _ Filamento Intermediário vimento pélvico ou de coluna, exceto ao final da amplitude e da pelve. Ao se iniciar a flexão do joelho, a pelve
-E======~ Linha "M" ancorada nos filamentos intermediários de flexão de joelho de 115 a 125 graus. Os movimentos de inclina-se para trás e observa-se discreta diminuição
~ Elo de filamentos intermediários entre as miofibrilas
pelve e coluna que se manifestam entre 45 e 115 graus de da curvatura lombar.
- - - - Discos "Z". flexão do joelho levam a crer que os segmentos da coluna
são mais flexíveis em relação ao grau de extensibilidade
ura2.20 Explicação para a Figura 2.21
gura 2.19 do músculo reto femoral. Veremos mais adiante que esse
Esqu~ma da APTA dos músculos voluntários. (Segundo Friden fenômeno não significa obrigatoriamente que o músculo 1. Equilíbrio perfeito entre rigidez muscular e esta-
Molps ilustran~o os diferentes graus de rigidez, tal como se ~ e L1eber RL: The structure and mechanica/ basis of exercise- reto femoral seja curto, mas implica que ele é mais rígido
observa nos musculos. bilidade articular. Alongamento do músculo reto
mduced muscle injury, Med Sei Sports Exerc 24:521, 1992). que o apoio conferido pela pelve e pela coluna, e, portanto, anterior pélvico, sem deslocamento lombopélvico com-
que a rigidez é o fator responsável pela extensão da coluna pensatório. Isso significa que a rigidez das estruturas
lombar. que fornecem o suporte anterior da coluna e a rigidez
proteínas do tecido conjuntivo, como também do número A flexão ativa do joelho provoca uma resposta auto- passiva dos músculos abdominais são superiores ou
~u~ndo os músculos flexores do joelho estão tensos, mas mática de estabilização, capaz de afetar os movimentos de iguais à rigidez do músculo reto femoral.
das pontes cruzadas.
md~ca qu~ o movimento se instala mais cedo no segmento pelve e coluna. Por exemplo: durante a flexão ativa do joelho
A variação em relação à rigidez de músculos e articula- 2. Músculo reto femoral curto e rigidez compensató-
mais flexivel, nos casos em que o movimento envolve as em decúbito ventral, a contração dos músculos flexores do
ções _pode ser um fator que contribui para o aparecimento de ria dos músculos abdominais e das estruturas da
articul_ações. Durante a flexão anterior, as exigências para
movimento compensatório em articulações e das síndromes joelho fará a pelve inclinar-se para trás. A contração dos coluna. Como a flexão do joelho não ultrapassa 90
o movimento máximo levam a articulação a se movimentar
de dor musculoesquelética. Na posição sentada, por exemplo, flexores do quadril e dos extensores da coluna toma-se então graus, o músculo reto femoral deve estar encurtado e
dentro dos limites de sua amplitude. A repetição constante
quando_ os músculos isquiotibiais (os flexores do joelho) são necessária, a fim de estabilizar e limitar os movimentos da sua excursão não alcança o grau que se espera. Todavia,
desse padrão de_ ~~vimento pode levar, a longo prazo, ao
submetidos a~ alongamento, a coluna lombar é capaz de pelve. Essa ação estabilizadora da musculatura tanto pode não se observam movimentos lombopélvicos compen-
au~ento da flexibilidade da coluna lombar, predispondo à
apresentar maior grau de flexão do que quando esses mús- tornar-se excessiva como pode ser insuficiente. (Discutire- satórios, apesar da redução do comprimento do mús-
flexao da coluna toda vez que ocorrer flexão da articulação
culos nã? estão sendo submetidos ao mesmo alongamento. do quadril. mos as alterações desse padrão de estabilização ao tratarmos culo reto femoral. Sua rigidez não supera aquela das
Essa maior flexão lombar não se manifesta durante a flexão as disfunções do controle motor.) Os exemplos da figura estruturas anteriores de suporte para a coluna lombar,
S_empre que várias articulações em série apresentam
anterior do tronco. Essa pesquisa não examina o grau de fie- movimentos no mesmo sentido, se uma delas for mais 2.21 mostram diversas combinações da rigidez muscular e nem a extensibilidade passiva dos músculos da parede
~ · d do comprimento dos músculos, assim como seu papel nos
xao antenor .º tronco. 66 Thomas demonstrou que, no teste de flexível que as demais, essa articulação será especialmente abdominal.
alcance antenor, o homem flete tipicamente a coluna lombar suscetível à movimentação. Falamos emfiexibilidade rela- movimentos compensatórios de pelve e coluna vertebral. 3. Músculo reto femoral encurtado e mobilidade
a~ passo que a mulher flete os quadris durante a fase inicial. 6; tiva compensatória quando o movimento ocorre nessa arti- A pelve e a coluna lombar apresentam o mesmo ali- compensatória de pelve e coluna lombar (posição
Via de regra, os flexores do joelho são mais encurtados e mais culação que deveria se manter estável· esse fenômeno será nhamento correto na posição inicial. Podemos observar o 3A). A flexão do joelho é acompanhada por inclina-
rígidos no homem, em comparação com a mulher. Isso está discutido mais adiante. A melhor man~ira de entender esse seguinte, durante os movimentos de flexão dos joelhos, quer ção compensatória anterior da pelve e por extensão
de acordo com a hipótese segundo a qual os tecidos flexíveis conceito consiste em imaginar que os diversos segmentos do sejam eles ativos ou passivos: da coluna lombar, instalando-se, inclusive, antes de
alongam-se mais facilmente que os tecidos dotados de menor corpo _humano sejam controlados por uma série de molas. 1. Músculo reto femoral de comprimento normal. A o músculo atingir sua excursão máxima. A inclinação
flexibilidad~. Ficou demonstrado que a rigidez passiva dos Os musculos de nosso corpo assemelham-se a uma série flexão do joelho não é acompanhada de movimentos da pelve aumenta à medida que aumenta a flexão do
flexores d~ Joelho é significativamente maior nos pacientes de molas dotadas de graus diferentes de extensibilidades· lombopélvicos. joelho (Posição 3B). Durante a fixação passiva da
que se queixam de dor lombar, em comparação com o grupo- as diferenças intersegmentais em relação à extensibilidad~ 2. Encurtamento do músculo reto femoral. Na falta de pelve, impedindo sua inclinação anterior, a flexão do
controle. 61 Não existe diferença significativa entre os dois dessas molas contribuem para os movimentos compensa- compensação lombopélvica, a flexão do joelho não é joelho permanece limitada a 90 graus (Posição 3C).
grupos no que se refere ao comprimento dos flexores dos tórios, particularmente na coluna vertebral. acompanhada de deslocamento da pelve ou da coluna Contrastando com a situação encontrada na posição 2, o
joelhos. Os autores dessa pesquisa não oferecem nenhuma lombar, mas detém-se em 90 graus, indicando encur- encurtamento do músculo reto femoral é acompanhado
explicação para esse achado. Flexibilidade Relativa Compensatória tamento do músculo quadríceps. de inclinação compensatória anterior da pelve. Vemos,
~ hipótese que apresentamos nesta obra admite que a 3. Músculo reto femoral encurtado e rígido, com com- portanto, que o músculo reto femoral não é apenas
O~SERVAÇÕES CLTNTCAS. A hipertrofia aumenta a rigidez dos encurtado, mas que sua rigidez é superior àquela das
movimentação ocorre mais precocemente na articulação pensação lombopélvica. Com o joelho em flexão, a
musculos dentro da amplitude de movimento. 9 Diante das
menos rí~ida (n_o caso, na coluna lombar) em comparação pelve apresenta inclinação anterior. A extensão da co- estruturas que conferem apoio anterior à coluna lombar
variações intersegmentais do comportamento dos músculos
com': artlculaça~ que apresentar maior rigidez (i.e., a arti- luna aumenta a partir de 60 graus de flexão do joelho, e à rigidez dos músculos abdominais. Resulta daí que o
como ~?las,justifica-se a hipótese segundo a qual o aumen- músculo reto femoral mantém a mesma rigidez ao lon-
culaç_ao do quadnl,_ neste exemplo). Isso não significa que a mas a flexão do joelho vai até 135 graus; ela detém-se
to da ngid~z de determinado grupo muscular é capaz de pro-
amplitude dos movimentos da coluna lombar não seja maior aos 90 graus quando o terapeuta fixa a pelve. go de suas excursões, mesmo quando alongado com o
vocar movimentos compensatórios em uma articulação ad-
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
CAPÍTULO D OIS

objetivo de aumentar seu comprimento total. Portanto, 6. Excessiva inclinação posterior da pelve. Quando
a flexão do joelho desencadeia a inclinação anterior da posição 1 Posição 4
uma articulação é estabilizada de maneira normal, os
pelve sempre que a rigidez do músculo reto femoral músculos que se opõem à ação sobre as articulações (as
for relativamente maior que aquela das estruturas que quais precisam se manter estáveis) contraem-se antes
impedem a extensão da coluna lombar ou a inclinação do músculo principal responsável pelo movimento
anterior da pelve. Esse fenômeno ocorre mesmo nos (Posição 6). Se não o fizeram ou não criarem tensão
casos em que o músculo reto femoral é passível de suficiente, a pelve se inclinará posteriormente. (Os
alongamento completo. A correção da disfunção do distúrbios desse controle serão discutidos na seção
padrão compensatório exige o aumento da rigidez dos que trata dos elementos moduladores.)
músculos abdominais e das estruturas que proporcio-
nam o suporte anterior da coluna, além dos esforços levância clínica
no sentido de alongar o músculo reto femoral. Pode
acontecer que o movimento compensatório somente A melhor explicação para os padrões de movimentos que
se instale no final da excursão desse músculo. Are- constituem as primeiras cinco repostas à flexão do joelho
em decúbito ventral baseia-se no conceito da flexibilidade Posição 2 Posição 5
sistência costuma ser particularmente intensa a essa
altura, de modo a causar o movimento compensatório relativa das estruturas, sobretudo quando a flexão do joe-
lho é passivamente realizada pelo examinador. Isso vale A
da pelve. Nesse caso, o alongamento do músculo reto
tanto nos casos em que o movimento se limita a um único
femoral elimina o deslocamento da pelve, porém, essa
segmento como naqueles acompanhados de movimentos
situação não é freqüente.
compensatórios de outros segmentos. A conclusão impor-
4. Movimento compensatório na ausência de encur-
tante é que a correção das disfunções dos padrões de
tamento muscular. A flexão do joelho chega a 135 movimentos exige que se aumente a rigidez dos segmentos
graus (Posição 4 ), mas ela é acompanhada precoce- 90°
que apresentam movimentos compensatórios. O problema
mente por extensão da coluna lombar e inclinação da não é a falta de comprimento do músculo que está sendo B
pelve anteriormente. O joelho flete-se até 135 graus, alongado através do movimento desejado, e sim a rigidez
mesmo quando se fixa a pelve; obviamente o movi- relativa desse músculo, em comparação com a rigidez dos
mento compensatório não é associado ao encurtamento músculos ou dos tecidos de suporte, no loca] que é sede do
muscular. A explicação mais lógica admite que as es- movimento compensatório.
truturas anteriores que apóiam a coluna, assim como os A instrução do paciente sobre a forma correta de executar Posição 3
músculos da parede abdominal, apresentam a mesma esse movimento na posição exigida pelo teste é um método
rigidez que o músculo reto femoral de comprimento eficaz para reverter esse padrão compensatório. O impor- A
normal. A rigidez relativamente maior do músculo reto tante é saber se o paciente é capaz de contrair os músculos
femoral, em comparação com as estruturas anteriores abdominais em grau suficiente para impedir o movimento
que suportam a coluna vertebral e com os músculos compensatório. Os exercícios realizados na posição previs-
ta pelo teste, como a flexão do joelho em decúbito ventral,
da parede anterior do tronco, é o principal fator de-
acompanhada pela contração dos músculos abdominais, Posição 6
terminante do padrão de movimento, e dá origem ao
garantem a restrição do movimento ao segmento que se
movimento compensatório. Este movimento compen-
pretende movimentar. Os exercícios para a musculatura
satório manifesta-se muito antes de o músculo chegar
abdominal precisam ser executados no comprimento que
ao final de sua amplitude de movimento. A correção for necessário para impedir o movimento compensatório.
consiste em aumentar a rigidez da musculatura anterior Os programas de exercícios para os músculos abdominais,
do tronco. como a passagem da posição de flexão do tronco para a
5. Movimento compensatório com flexão passiva, posição sentada ou os exercícios com a musculatura da
controlada pela contração muscular ativa. Durante parede abdominal inferior (veja o capítulo 7), não levam
a flexão passiva do joelho, o músculo reto femoral em conta o fator crítico, isto é, o controle da pelve com o
apresenta rigidez maior que os músculos da parede objetivo de prevenir o movimento compensatório.
abdominal e as estruturas anteriores que apóiam a Um assunto que ainda não foi devidamente pesquisado
coluna vertebral, causando a inclinação compensató- consiste em saber se o fortalecimento de um músculo em
ria anterior da pelve e a extensão da coluna lombar determinadas condições implica automaticamente que sua
(Posição 5A). Esse movimento compensatório é participação se generalize à execução de outras atividades
eliminado quando os flexores do joelho se contraem em posições diferentes. Somos de opinião que o treinamento
ativamente (Posição 5B). A possível explicação é que é relativamente específico e que a melhora da capacidade
a inclinação posterior da pelve, provocada pela con- contrátil de determinado músculo não garante que sua par-
tração dos músculos flexores do joelho, é suficiente ticipação se estenda a outras atividades. Por conseguinte,
para contrabalançar a rigidez do músculo reto femoral. recomenda-se que a ação muscular prescrita seja praticada
Outra explicação consiste em admitir que a contração nas condições específicas nas quais será usada. Nas articu-
dos músculos abdominais é suficiente para se opor à lações dispostas em série que são a sede de movimentos Variações dos movimentos lombopélvicos durante a flexão do joelho, as quais res~lt~m. d_a~ dife-
extensão da coluna lombar e à inclinação da pelve compensatórios, o tratamento, para dar resultado, exige o renças em relação à rigidez dos músculos reto femoral e abdominal. Durante a posIç~~ IrncIal, de
anteriormente. controle simultâneo de todos os segmentos afetados. extensão de quadris e joelhos, a pelve e a coluna lombar encontram-se no mesmo posIcIonamento
correto , como na posição 1.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Conceitos e Princípios do Movimento
C APITULO D OIS

Disfunções dos Elementos-base do os quadris e na região lombar. A intensidade da dor é tal contribui, por sua vez, para agravar o mau alinhamento e a 90 graus, quando comparado com pessoas que não sentem
Sistema Ósseo: Variações Estruturais do que obrigou a paciente a trocar de universidade, a fim de falta de controle sobre a articulação do quadril. dor nos ombros. 3 Essa elevação excessiva manifesta-se in-
diminuir as caminhadas em direção às salas de aula. Antes clusive quando essa fase de movimento já não apresenta dor.
Alinhamento Articular de apresentar essa dor, a paciente corria entre 5 e 6,5 km
Quando a retroversão do quadril é bilateral, a falta de rota-
ção interna do quadril resulta em movimentos compensatórios Além disso, o paciente consegue corrigir a maneira como
As seguintes variações da estrutura osteoarticular contribuem ao dia, como parte do seu programa de condicionamento e da coluna lombar, sobretudo quando as atividades ligadas ao movimenta o ombro, desde que devidamente instruído. Os
para as síndromes musculoesqueléticas dolorosas (Fig. 2.22). redução de peso. Ela se queixa de dificuldade para dormir trabalho ou ao lazer (o golfe, p. ex.) exigem movimentos de resultados dessa pesquisa indicam que o paciente precisa
Os detalhes relativos a essas variações e suas relações com por causa da dor. Durante o exame físico, a paciente refere rotação. A sociedade aceita que o homem -se sente com as treinar especificamente, a fim de restabelecer um padrão
a dor serão discutidos em outros capítulos, mas elas serão que a dor no quadril diminui quando as coxas se encontram pernas cruzadas, descansando o tornozelo sobre a coxa opos- de movimento mais próximo ao normal, depois de haver
mencionadas aqui com o objetivo de realçar a importância em flexão e rotação interna. O teste de Craig revela que a ta (como quadril em abdução e rotação externa); por isso, adotado um padrão defeituoso.
que cabe à consideração de todos os componentes e de seu posição neutra da articulação do quadril é de 35 graus de As modificações das estratégias musculares também
0 homem que apresenta retroversão do quadril não costuma
inter-relacionamento nas síndromes dolorosas. rotação interna à direita e de rotação interna de 35 graus à ter problemas de dor nos quadris. Além disso, sendo a pelve chegam a ser observadas durante a marcha. Pesquisa recen-
esquerda, o que significa que existe um grau acentuado de do homem mais estreita que a da mulher, a posição em decú- temente realizada por Mueller e colaboradores mostrou que
anteversão bilateral dos quadris. bito lateral não costuma provocar adução e rotação interna o paciente diabético, que apresenta restrição do movimento
Anteversão do Quadril de dorsiflexão e falta de força para tirar os pés do chão,
Sintomas e Diagnóstico. Quando o fêmur e a articula- excessiva do quadril. Por conseguinte, sentado e dormindo
Essa afecção congênita caracteriza-se pela rotação anterior ção do quadril se encontram em posicionamento correto, em decúbito lateral, o homem que apresenta retroversão do caminha com auxílio dos movimentos do quadril. 44 Desse
do ângulo entre a cabeça e o colo do fêmur, ultrapassando o alinhamento dos pés chega a um grau inaceitável com quadril não corre o mesmo risco que a mulher de assumir modo, ele não é capaz de aproveitar a força gerada pelo ato
a torção normal em relação à diáfise. Resulta daí um grau aspecto em pé-de-pombo. É por isso que ela caminh~ com de levantar os pés do chão para a fase de avanço da marcha
um posicionamento defeituoso do quadril.
de rotação interna do quadril que dá a impressão de ser ex- as pontas dos pés voltadas para frente, colocando os quadris quando os flexores plantares são fracos; em vez disso, apre-
Existem numerosas outras variações anatômicas que
cessiva, enquanto a rotação externa parece estar diminuída. em rotação externa, que ultrapassa os limites de excursão. senta aumento da fase de flexão do quadril.
podem contribuir para a síndrome de musculoesquelética
Pesquisa realizada por Gelberman e colaboradores revela Por conseguinte, a marcha é acompanhada de rotação Essas variações entre flexão do quadril e estratégias
dolorosa, cujos detalhes serão discutidos no capítulo que trata
que existe anteversão estrutural do quadril toda vez que se compensatória da coluna, a qual resulta da falta de rotação baseadas na elevação do pé a partir do tornozelo podem
das síndromes dos membros inferiores. São exemplos disso:
observa assimetria entre rotações interna e externa, quer o externa nos quadris. Durante a marcha normal, o quadril ser observadas nos participantes de corridas. O atleta que
1) o varismo e valgismo dos joelhos; 2) a torção da tíbia
quadril se encontre em flexão ou em extensão. 19 Dizemos apresenta rotação externa, no período que vai do apoio até corre com a linha do peso posteriorizada, mais próximo da
e a tíbia vara (nos planos frontal e sagital); 3) o pé rígido
que o quadril se encontra em anteversão quando a cabeça e pouco depois da fase de desprendimento do pé. 29 Quando parte traseira que da ponta do pé, demonstra estar usando
supinado; 4) o tronco curto com membros longos; 5) o os movimentos da flexão do quadril, a qual também solicita
o colo do fêmur giram mais de 15 graus anteriormente, em essa rotação não ocorre no quadril, instala-se um movimen- tronco longo com membros curtos; 6) metade superior do
relação ao plano formado pelos côndilos femorais. demasiadamente o músculo tibial anterior, podendo pro-
to de rotação compensatória da pelve e, em seguida, das tronco pequena e estreita e metade inferior grande e larga vocar canelites (Fig. 2.23). Ao contrário disso, observa-se
articulações da coluna vertebral. A marcha com as pontas e 7) ombros largos. que o atleta que mantém a linha de seu peso anteriorizada,
Apresentação de Caso dos pés voltadas para frente tende a aumentar esse quadro.
usa mais os flexores dos plantares para tirar o pé do chão
O posicionamento errado da cabeça do fêmur dentro do
Anamnese. Uma estudante universitária de 22 anos (Fig. 2.24).
acetábulo irrita as estruturas articulares do quadril. Disfunção do Elemento Modular do
apresentando sinais radiológicos de alterações articulare~ Resultado. O tratamento exige que a paciente limite
nos dois últimos segmentos da coluna torácica, é encami- consideravelmente o apoio sobre os membros inferiores Sistema Nervoso Alterações da Dominância nos Padrões de Re-
nhada ao fisioterapeuta para tratamento de dor em ambos durante um período de 3 semanas. Ela precisa aprender crutamento dos Músculos Sinergistas
As disfunções do elemento modular são extremamente
a andar com os pés em posição parcial de pé-de-pombo, importantes. Infelizmente, embora sendo um fator que con-
a fim de melhorar a posição da cabeça do fêmur e o grau As alterações em relação ao recrutamento ideal dos músculos
tribui para as síndromes musculoesqueléticas dolorosas, o sinergistas podem fazer com que a ação de um deles predo-
de rotação externa durante a marcha. Esse tratamento foi papel desempenhado pelo sistema nervoso não começou a
capaz de eliminar as dores nos quadris e na região lombar. mine sobre a atividade dos demais músculos que participam
ser estudado senão recentemente. Tanto os :fisioterapeutas do movimento. As modificações que se observam na clínica
A paciente foi aconselhada a abandonar as corridas. como outros clínicos observam que muitas pessoas dotadas consistem na solicitação constante de um dos músculos do
de musculatura vigorosa apresentam síndromes dolorosas. par de forças ou de músculos sinergistas encarregados de
Retroversão do Quadril Para evitar essas síndromes, precisamos ensinar ao paciente
contrabalançar a ação, resultando em um movimento na
o controle dos movimentos sutis, através de um esforço
Essa afecção congênita é mais freqüente no sexo mascu- direção do sinergista dominante.
consciente e não mediante o aumento da massa muscular. A
lino. O ângulo formado pela cabeça e pelo colo do fêmur pesquisa da autoria de Hodges e Richardson demonstra que
apresenta, nesse caso, rotação posterior em relação à diá- a ativação do músculo transverso do abdome ocorre com atraso Dominância do Músculo Trapézio Superior
fise. Resulta daí a limitação dos movimentos de rotação no paciente com dor nas costas, constituindo um exemplo de O músculo trapézio superior, isto é, o componente superior
interna, enquanto o grau de rotação externa parece estar problema devido ao controle motor. 26 Hides e colaboradores do par de forças que controla a escápula, chega às vezes a
aumentado. A retroversão do quadril é uma possível causa verificaram, também, que o paciente com dor lombar não é predominar sobre a parte inferior do músculo. A função
de dor musculoesquelética em quadris e coluna. O quadril capaz de recuperar a massa do músculo multífido sem um do músculo trapézio consiste em aduzir a escápula e rodá-
torna-se dolorido em conseqüência do posicionamento in- programa de treinamento específico. 24 Esse paciente também la superiormente, mas a porção superior desse músculo
correto, sempre que o paciente com retroversão do quadril apresenta um problema de controle motor. A falta de uma também eleva o ombro, ao passo que sua porção inferior o
assume uma posição forçada de rotação interna por tempo discussão ampla demonstra a escassez das informações de deprime. De acordo com a pesquisa de Babyar,3 a elevação
prolongado. Quando a mulher que apresenta retroversão do que dispomos e não a falta de importância desse fator nas excessiva do ombro deve ser atribuída à dominância do
quadril cruza as coxas em posição sentada, a rotação interna síndromes de disfunção dos movimentos. músculo trapézio superior, bem como à incapacidade do
excessiva que daí resulta, provoca irritação dos tecidos da trapézio inferior de se opor a essa ação. Segundo Babyar,3
parede anterior da cápsula articular e dos quadris. O alonga- o tratamento mais eficaz no sentido de mudar esse padrão
Ilustração da retroversão e anteversão do colo do fêmur. (Segundo mento excessivo dos rotadores externos do quadril, devido
Alterações nos Padrões de Recrutamento
são as instruções verbais.
Malone TR, McPoil, TG e NitzAJ: Orthopedics and sports physical ao hábito de sentar com as pernas cruzadas ou de dormir em A elevação exagerada dos ombros parece ser devido a
therapy, 3-ª ed., St. Louis, 1997, Mosby.) Babyar verificou que o paciente com dores nos ombros
decúbito lateral, com o quadril em adução e rotação interna, apresenta elevação excessiva do ombro ao fletir o ombro até um padrão que o paciente "aprende", e não a um problema

--
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Conceitos e Princípios do Movimento
CAPÍTULO DOIS

ela é usada pelo paciente com paraparesia para caminhar.


Esse paciente não dispõe de atividades dos ext~n_sores do
quadril, mas é capaz de manter o corpo na_ pos1_çao ortos-
tática, graças às órtoses para os membros mfenores e e_ a
postura de inclinação posterior. O aproveitamento da aça?
da gravidade para os movimentos de extensão do. quadnl
Músculo também acarreta a atrofia dos extensores do quadnl, espe-
abdomT \ cialmente da musculatura glútea.
Sempre que o indivíduo com postura de inclinação pos-
terior estende o quadril em decúbito ventral, o momento e a
magnitude da participação dos diversos músculos, conforme
demonstrado pela modificação dos contornos musculares,
indicam que os isquiotibiais entram em atividade antes do
músculo glúteo máximo. Via de regra, o teste manual do
músculo glúteo máximo confirma sua fraqueza. Trata-se do
contrário daquilo que observamos no indivíduo em postura
lordótica. Essa observação leva a crer que o momento de
solicitação pode variar de um sinergista para outr~, e que
isso se manifesta por redução da força menos dommante.
Existem pesquisas demonstrando a variabilidade quanto
ura2.23
ao início da atividade eletromiográfica dos extensores do
quadril, quando a extensão do mesmo é reali~ada em ?~c~-
Centro de gravidade anteriorizado durante a corrida, de modo a bito ventral. 53 De acordo com a pesquisa de P1erce, o m1c10
Correndo com o centro de gravidade posteriorizado, o atleta
contribuir para o uso excessivo da musculatura responsável pela de atividade do músculo glúteo máximo ocorreu em um
dorsiflexão do tornozelo. realiza flexão plantar reduzindo a atividade tônica dos músculos
responsáveis pela dorsiflexão. Par de forças que se contrabalançam, formadas pelos mús- caso dois segundos após se haver iniciado a dos extensores
culos do tronco e da cintura pélvica. Os músculos da p_arede da coxa (Fig. 2.26). Esses pesquisadores não estudaram
abdominal exercem tração superior sobre a _pa_rte ~nterior da
pelve, enquanto os isquiotibiais exercem traçao inferior sobre a
a relação entre o padrão de recrutamento e a pos~r_a do
de força muscular. Os testes indicam, às vezes, que o mús- paciente ou o comprimento dos mú_scu~o~. Uma h1potese
padrão, a ação dos isquiotibiais é reforçada constantemente, tuberosidade isquiática da pelve; ambos formam um ~ar de forças
culo trapézio inferior está fraco. Todavia, o tratamento não que roda a pelve posteriormente e provoca a exte~sao da coluna razoável admite que o músculo estara suJe1to a apresent~r a
enquanto a ação da musculatura abdominal se reduz cada vez
pode ser considerado adequado quando consiste apenas de lombar. Os músculos extensores da coluna trac1onan:, a pelve síndrome de uso excessivo sempre que sua ação predominar
mais. Esse desequilíbrio contribui para o desequilíbrio em
exercícios para a parte inferior do trapézio. É fundamental superiormente e os flexores do quadril a tracionam_ inferiormente_, sobre aquela do outro sinergista e que ele gerar a maior
relação à força: os isquiotibiais revelam-se fortes ao teste, formando um par de forças que leva à rotação anterior d~ pe!ve e a
instruirmos o paciente na execução correta dos movimentos tensão para a execução de determina~o ato; _são exe~plos
enquanto os testes para a musculatura abdominal revelam extensão da coluna lombar. (Segundo Soderberg G: Kmes,o/ogy,
com os ombros, de preferência com auxílio de um espelho sua fraqueza. a distensão dos extensores dos quadns e a mflamaçao da
Philadelphia, 1986, Williams & Wilkins.)
para a monitoração do padrão de movimento. O recruta- banda iliotibial.
A elevação dos membros inferiores em decúbito dorsal
mento muscular e a capacidade contrátil dos músculos são Os músculos isquiotibiais, atuando como extens~res dos
exige a ação sinergista dos músculos abdominais e dos
provavelmente elementos relacionados entre si, mas o forta- quadris e flexores dos joelhos, são particularmente atJ_vos du-
extensores do quadril opostos, a fim de neutralizar a ação
lecimento do músculo não altera obrigatoriamente o padrão outro. Essa modificação habitual da participação recíproca rante os esportes que envolvem corrida. Quando dommantes,
dos músculos flexores do quadril, que consiste na incli-
de solicitação. É mais provável que a mudança do tipo de contribui para o desequilíbrio entre os múscul?s.' a~men- esses músculos são extremamente suscetíveis à síndrome de
nação anterior da pelve. As observações clínicas indicam
solicitação modifique a capacidade contrátil do músculo e tando a solicitação do músculo mais forte e m1mm1zando uso excessivo, em virtude da participação inadequada dos
que o indivíduo com musculatura abdominal fraca usa os
que seu uso correto leve à recuperação da força. as exigências impostas ao músculo mais fraco. músculos abdominais, do glúteo máximo ou até mesmo ~o
extensores do quadril contralateral em maior grau que o
indivíduo portador de músculos abdominais fortes, com músculo reto femoral e dos rotadores externos do quadnl.
Dominância dos Flexores de Joelhos dobre os Músculos o objetivo de fixar a pelve durante a elevação do membro Dominância dos Flexores dos Joelhos Sobre o Glúteo Portanto, quando se trata de examinar os fatores respo~sá-
Abdominais inferior estendido. Máximo veis pela síndrome de uso excessivo, :1ma ~as regras c~ns1ste
O registro da atividade eletromiográfica (EMG) tem O predomínio exagerado de um dos músculos sine~gistas em determinar se um ou vários smerg1stas do musculo
Os músculos abdominais e os extensores do quadril atuam
sido feito durante a elevação ativa do membro inferior de um par de forças pode vir a comprometer o musculo distendido apresentam fraqueza. É provável que a distensão
como sinergistas, como um par de forças que inclina a pelve
em extensão (flexão do quadril e extensão do joelho), no dominante, provocando, por exemplo, uma síndrome por uso muscular seja decorrente do excesso 1e sol~citação q~ando
para trás. A ação correta dos músculos anteriores do abdome
indivíduo em decúbito dorsal, com o objetivo de examinar o músculo sinergista se revela fraco. E preciso pesquisar se
consiste em tracionar a parte anterior da pelve para cima, excessivo. Por exemplo: o indivíduo que adota uma postura
a ação recíproca entre os isquiotibiais e os músculos da existe fraqueza do sinergista não dominante, assim como
enquanto os músculos isquiotibiais exercem tração para de inclinação posterior, com as articulações dos quadris ~m
parede abdominal. Essa pesquisa revelou que a participação observar atentamente o padrão dos movimentos. A confirma-
baixo sobre a tuberosidade isquiática da pelve, de modo extensão, apresenta redução dos músculos glúteos, sugestiva
relativa desses dois sinergistas varia de um indivíduo para ção de fraqueza muscular está de acordo com a participação
que os dois agem como par de forças que inclina a pelve de desenvolvimento insuficiente deste grupo muscular. A
outro. Verificou-se aumento significativo da atividade dos inadequada do sinergista não dominante.
posição de inclinação posterior do tronco superior: com
posteriormente (Fig. 2.25). A contribuição relativa ideal músculos abdominais nos pacientes cujo padrão preferencial
anteriorização e inclinação posterior da pelve associado a
desses dois sinergistas não foi descrita na literatura, mas a era de atividade dos isquiotibiais quando orientados a dimi- Exemplos de Modificações da Dominância de Músculos
inclinação da pelve para trás e com a extensão da ~iculação
observação clínica indica que varia consideravelmente. nuir o grau de extensão do quadril direito, ao levantarem o Sinergistas
do quadril, faz a linha de gravidade incidir postenormente
Quando os músculos da parede abdominal são fracos, membro inferior esquerdo estendido. 40 0s resultados dessa
das articulações coxofemorais. Esse tipo de postura red~z A alteração dos padrões de recrutamento de determinad~s
os isquiotibiais devem exercer ação dominante, levando à pesquisa confirmaram o que já se deduz da anatomia: que a
redução da atividade de um dos músculos que formam um consideravelmente o papel que os extensores dos quadns músculos é semelhante à modificação dos padrões_ de do~1-
inclinação posterior da pelve. Depois de se estabelecer esse desempenham de manter o tronco em posição ortostática; nância que foi acima descrita, ao discutirmos as d1sfunçoes
par de forças é acompanhada por aumento da atividade do
~
-~--- 38
Diagnóstico e Tmtamento das Sindromecs d.e Disfunção dos Muvimentos
Conceitos e Princípios do Movimento
CAPÍTULO Dors

posterior, com alongamento do músculo iliopsoas e que a participação do músculo subescapular deixa a
ângulo do quadril encurtamento do TFL, durante a posição ereta sobre A desejar.
uma perna só.
2. O músculo TFL, a porção posterior do músculo glúteo
L. ES médio e o músculo glúteo mínimo predominam sobre 0 @1evância clínica
glúteo médio posterior, durante a abdução do quadril. A possibilidade de podermos adotar diversas estratégias
N.U Durante o teste manual do músculo glúteo médio pos- musculares para a criação de determinado momento
R. ES terior, o paciente recorre à rotação interna e à flexão articular oferece numerosas vantagens. A variedade de
o do quadril.
1
estratégias permite que o indivíduo responda às exigências
N.U 3. Durante a extensão do joelho, a ação dos músculos das diferentes atividades, assegurando, dessa maneira, que
R.GM
o isquiotibiais predomina sobre a atividade do mús- a perda de um músculo não seja capaz de eliminar o con-
1
culo quadríceps. Na marcha e na corrida, a ação dos trole sobre a articulação. Todavia, a eficiência dos padrões
N.U
músculos isquiotibiais que leva à extensão do quadril
o
-0.5
R. BF

o.o 0.5 1.0

TEMPO (s)
1.5 2.0 2.5 3.0
contribuirá também para a extensão do joelho, assim
que o pé estiver fixado graças ao contato com o chão. O
paciente que apresenta fraqueza do músculo quadríceps,
D de recrutamento indica que geralmente lançamos mão
de um padrão preferencial. Por isso, toma-se necessário
treinar novamente o desempenho funcional do paciente.
Não podemos limitar o programa de tratamento aos exer-
em conseqüência da poliomielite, recorre geralmente à cícios destinados a fortalecer o músculo alongado. Em
Duas estratégias para controlar a relação entre tronco e
extensão do quadril para favorecer a extensão do joe- joelho, durante o ato de subir um degrau. A. A pessoa sobe vez disso, precisamos ensinar ao paciente como diminuir
0'------...-- lho. Com o objetivo de reforçar a extensão do joelho, aproximando o tronco do membro inferior, de modo a manter uma a participação do músculo lesado e como aumentar o grau
1 o paciente, muitas vezes, flexiona o tronco levemente posição relativamente estacionária ,_enqu~nt~ ~ corpo se desloca
N.U
de participação de seus sinergistas.
fazendo uso da gravidade para contribuir com o movi~ para uma posição vertical sobre o pe. B. O ind1v1duo sobe levando
menta de extensão do joelho. Um padrão de movimento a perna para trás em direção ao tronco, enquanto o corpo passa
semelhante é adotado pelo corredor que usa os músculos para uma posição vertical em relação ao pé . (Gentileza de Amy Recrutamento e Flexibilidade Relativa
Bastian, PhD, PT.)
R.ES isquiotibiais para controlar a extensão do joelho. Ele
O papel da rigidez muscular, como fator que contribui para
O'-------,~---½-----AWII....M'l...~ M costuma, para tanto, levar o joelho para trás do corpo,
1 os movimentos compensatórios, já foi tratado acima, ao
N.U

N.~
R.GM
Q.....__ _ _ _ +----+-----.:..;,----
t
*t em vez de trazer o corpo em direção ao joelho, tal como
acontece subindo um degrau (Fig. 2.27 ou na passagem
da posição sentada para a posição em pé (Fig. 2.28).
4. Na dorsiflexão do tornozelo, a ação do músculo ex-
A e tratarmos das deficiências dos elementos-base. Nos casos
em que o principal fator é a rigidez muscular, o movimento
compensatório ocorre durante o alongamento passivo do
R. BF músculo. O problema decorrerá principalmente do controle
o tensor longo dos dedos predomina sobre a ação do
motor, sempre que o movimento compensatório se manifes-
-0.5 o.o 0.5 1.0 1.5
músculo tibial anterior. Durante dorsiflexão ativa o
2 .0 2.5 3.0 tar durante a contração ativa, e não durante o alongamento
paciente apresenta como movimento inicial a ext~n-
TEMPO (s) passivo do músculo.
são dos dedos, e não o movimento na articulação do
tornozelo.
tgura2.26
5. Os músculos retos abdominais predominam sobre os Excessiva Inclinação Anterior Pélvica Associada à
Variações no momento de ativação eletromiográfica dos músculos oblíquos externos da parede abdominal, du- Extensão da Coluna Lombar Durante a Flexão Ativa do
extensores de quadril, durante a extensão de quadril na rante a inclinação posterior da pelve. Essa situação é Joelho
posição de decúbito ventral. Em algumas pessoas, o registro
freqüentemente acompanhada de depressão da parede 2.28 Os fatores que provavelmente contribuem são os seguintes:
do EMG do músculo glúteo máximo (GM) tem início muito depois
do EMG dos músculos isquiotibiais (BF). (Segundo Pierce MN torácica. Quando esse paciente realiza exercícios para Três estratégias para passar da posição sentada para a posi- 1) excesso de flexibilidade dos movimentos da coluna lombar
e Lee WY: musc/e firing arder during active prone hip extension. os músculos oblíquos externos, costuma encontrar ção ortostática. A. O indivíduo começa por sentar-se na beira no sentido da extensão; 2) contração dos flexores do quadril
JOSPT 12:2, 1990). dificuldade para contraí-los, conforme se verifica pela da cadeira, passando, a partir daí, diretamente para a posição ou da musculatura paravertebral, com o objetivo de impedir a
palpação, contraindo, em vez disso, o músculo reto vertical. B. A pessoa está sentada no fundo da cadeira; ela começa
inclinação posterior que acompanha a contração do músculo
abdominal, simultaneamente, com ligeira flexão do o movimento inclinando-se para frente, fletindo as coxas e esten-
em relação aos elementos-base. A alteração dos padrões de dendo, a seguir, o dorso e os quadris, a fim de chegar à posição isquiotibial (Fig. 2.29). Entretanto, dada a flexibilidade ex-
tronco ou com depressão da caixa torácica. cessiva da coluna lombar, a contração dos músculos estabili-
recrutamento contribui para modificar a dominância quanto ortostática. C. Sentado na beira da cadeira, o indivíduo traz os
6. O músculo peitoral maior predomina sobre o músculo zadores causa esse movimento, em vez de impedi-lo. Cria-se
ao comprimento e à força muscular. Trata-se de uma situação joelhos para trás, em direção à cadeira (ao corpo), passando em
subescapular, no ato de rotação interna do úmero. Nesse seguida para a posição ortostática, com os joelhos em extensão um ciclo que reforça a atividade, ciclo esse que continua a
que lembra o dilema de saber o que veio primeiro, "o ovo ou
padrão de movimentos, observa-se freqüentemente parcial. (Gentileza de Amy Bastian, PhD, PT.) contribuir para a flexibilidade excessiva da coluna lombar
a galinha." Não existe resposta para essa questão, mas parece
restrição da rotação interna do úmero (normalmente da em extensão. O paciente é obrigado a aprender como reduzir
que as alterações em relação ao padrão de recrutamento ao
?rdem de 50 a 70 graus). O exame do grau de rotação a atividade estabilizadora do músculo, a fim de permitir que
comprimento e à força muscular são relativamente si~ul-
tâneas. Para ser eficaz, precisa o tratamento visar as três mterna do úmero, a palpação e a inspeção da cabeça examiná-lo em decúbito ventral, com o ombro em a coluna lombar aumente sua rigidez.
do úmero revela que ele está anteriorizado. Essa flexi- abdução e em 70 graus de rotação interna. A realiza-
deficiências. Damos, a seguir, outros exemplos de músculos
que apresentam alterações do padrão de recrutamento : bilidade excessiva da cabeça do úmero, com tendência ção desse teste exige ADM disponível. O teste revela
para o deslizamento anterior, é agravada pela contração fraqueza muscular quando a rotação interna do úmero Excessiva Inclinação Pélvica Posterior Durante a
1. Os músculos tensor da fáscia lata (TFL) e reto femoral Flexão Ativa do Joelho
do peitoral maior. Por outro lado, quando o movimento chega a 60 ou 70 graus, sendo o teste de rotação interna
predominam sobre a ação do músculo iliopsoas durante
está a cargo principalmente do músculo subescapular, realizado com o paciente em decúbito ventral. Esse Durante o padrão normal de fixação de uma articulação, os
a flexão do quadril. Nessa situação, o paciente apre-
a cabeça do úmero tende a deslizar posteriormente e resultado deve ser atribuído ao comprimento excessivo músculos se contraem antes do músculo principal responsá-
senta geralmente um grau excessivo de rotação interna
não para anteriormente. A melhor maneira para testar ou à fraqueza do músculo subescapular. O músculo vel pelo movimento a fim de se opor aos efeitos que a ação
do quadril. Sua postura costuma ser em inclinação
o desempenho do músculo subescapular consiste em peitoral maior costuma ser dominante nos casos em desse músculo deve exercer sobre a articulação (Fig. 2.30).

--
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
C APITULO D01s

2.30
A
Excessiva inclinação pélvica posterior durante a flexão do
joelho. A pelve inclina-se posteriormente durante a contração
do isquiotibial para fletir o joelho, ação esta que não é contraba-
lançada pela atividade dos extensores da coluna e dos flexores
do quadril.

ser observado no punho (Fig. 2.31 A e B). Quando solicitadas


a estender os dedos, muitas pessoas apresentam simultanea-
mente um pequeno grau de flexão no carpo. Esse padrão de
movimento é mais comum nos indivíduos cujas atividades
exigem a flexão repetitiva do punho. Essa flexão repetitiva
do punho diminui a rigidez e aumenta a flexibilidade para
o movimento de flexão. Normalmente, os dedos entram em
extensão e os :flexores do punho contraem-se para impedir a
extensão do punho, mas o punho flete-se, em vez de ficar em
posição neutra, quando apresenta flexibilidade aumentada
no sentido da flexão. Esse movimento de flexão do punho, 8
combinado com a posição da articulação em flexão e com
a localização anterior dos tendões dos flexores, tende a re- variação do comportamento do punho durante a extensão
duzir o espaço do túnel do carpo, favorecendo a instalação dos dedos. A. Posição neutra do punho, estando os dedos
da síndrome do túnel do carpo. relaxados. B. Durante a extensão dos dedos, o punho e~q~erdo
Excessiva inclinação pélvica anterior, acompanhada por permanece em posição neutra, ao passo que o punho d1re1to se
extensão da coluna lombar, durante a flexão ativa do joelho.
Pesquisa realizada por Hodges e Richardson encontrou apresenta em flexão.
A inclinação pélvica anterior deve-se à ação dos extensores da indícios de mudanças em relação ao momento da estabiliza-
coluna e dos flexores do quadril, assim como à mobilidade ex- ção por parte dos músculos. De acordo com essa pesquisa,
cessiva da coluna lombar no sentido da extensão. a ação do músculo transverso do abdome, que costuma ser
impacto no do ombro. (A síndrome da escápula al_ada se~á
estabilizador abdominal de limiar mais baixo da coluna
discutida no capítulo que trata das síndromes de d1sfunçao
lombar durante os movimentos dos membros inferiores,
ocorre com atraso no paciente que sofre de dor lombar do ombro.) · 1 ~
quando ele flete o quadril.2 6 Diversas pesquisas confirmam que a dor na art1cu aça~
Por exemplo: para impedir a inclinação pélvica posterior, os controlada por um múscu]o ( ou a própria dor muscular) e
extensores da coluna dorsa] ou os :flexores do quadril devem capaz de impedir a contração voluntária ~esse músculo. 2•
entrar em ligeira contração, antes que a ação dos isquioti- Padrões das Contrações Excêntricas 1s É razoável admitir que, quando o paciente ap:ende a
biais leve à flexão do joelho. O movimento será inadequado aplicar estratégias musculares diferentes para _movimentar
se a atividade compensatória ocorrer com atraso ou se a A cintura escapular é a região na qual a atividade muscu-
lar excêntrica costuma ser mais crítica. A solicitação no a articulação afetada, essas estratégias contmuem ~ ser e
contração insuficiente impedir o movimento do segmento
no qual se insere a extremidade proximal do músculo.
momento oportuno e sua magnitude nos músculos escapu- ?
usadas, inclusive após o desaparecimento da dor. paciente
lotorácicos e escapuloumerais são fatores indispensáveis submetido à cirurgia do joelho lança mão, em mm tos c~~os,
Quando a flexão do joelho é realizada em decúbito ven- da extensão do quadril, com o pé fixado, a fim de facilitar
para a instituição e o desempenho ideal dos movimentos do
tral, a pelve inclina-se para trás e a coluna lombar apresenta a extensão do joelho. Os extensores do qu~dril são ~sados
ombro, valendo o mesmo para o encerramento da atividade.
discreta flexão. Trata-se de mais um exemplo de :flexibilidade em parte por causa da dificuldade para a~1var o musculo
Quando a escápula alada manifesta-se durante o retorno e
relativa, mas o mecanismo em causa é a falta de estabilidade quadríceps. O paciente precisa ser retremado de forma
não durante a própria flexão do ombro, a explicação deve
da articulação, e não um movimento compensatório. O fator
ser outra que não a fraqueza do músculo serrátil anterior específica para restabelecer o padrão n~rmal sempre que
que contribui é a mobilidade excessiva do segmento que de- (Fig. 2.32A-C). essa estratégia for usada no controle do Joelho.
veria permanecer estável, ou então, um problema de controle A contração concêntrica exige maior tensão muscular
motor relativo ao momento oportuno ou ao recrutamento dos que a contração excêntrica contra determinada carga. 36 Por
músculos encarregados de estabilizar a articulação. conseguinte, a fraqueza do músculo serrátil torna-se mais Disfunções dos Elementos Biomecânicos
evidente durante os movimentos de flexão, em comparação Escápula alada durante o retorno da posição de flexã~. A.
Flexão do Carpo Ocorrendo Durante a Extensão dos com o retorno após esses movimentos. A explicação mais
o papel importante que o elem~n~o bi~mecânico exerce so- Posição de partida. B. Flexão do ombro ~não se observa escapula
bre os movimentos exige que seJa mclmdo entre os modelos, alada). C. Retorno da posição de flexao do ombro (observe a
Dedos provável admite que os músculos deltóide e supra-espinhoso
não estão se alongando ou que sua atividade cessa tão embora não seja um sistema do nosso corpo. O elemento escápula alada).
Outro exemplo, mostrando que um músculo estabilizador é biomecânica é o limite de transição entre o controle motor
rapidamente quanto aquela do músculo serrátil anterior.
capaz de provocar o movimento que deveria impedir, pode
Esse padrão é capaz de contribuir para as síndromes do
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Conceitos e Princíp ios do Movimento
C APITULO D OIS

e a função musculoesquelética; ele afeta o padrão de uso da


musculatura, assim como a forma de ossos e articulações.
Dada a relação intrínseca que existe entre a função musculo-
esquelética e a biomecânica, é possível que a discussão desta
última como elemento separado resulte em redundância.
Por outro lado, o conhecimento do papel da biomecânica
e da maneira pela qual ela contribui para as síndromes de
disfunção do movimento é capaz de nos proporcionar dire-
trizes e opções adicionais para o tratamento, opções essas
que, do contrário, passariam despercebidas.
A biomecânica é a ciência que trata das forças externas
e internas que atuam sobre o corpo. 58 A mecânica estuda os
dois aspectos principais das forças que atuam sobre o corpo,
ou seja, a dinâmica e a estática. A dinâmica compreende as
disciplinas da cinemática e da cinética; é o aspecto da biome-
cânica discutido mais detalhadamente pelos cinesiologistas.
A cinemática descreve os movimentos do corpo, enquanto a
cinética descreve as forças que os produzem ou que mantêm Pé rígido com metatarso alto.
o equilíbrio. A estática trata das forças que agem sobre o
corpo em repouso ou em equilíbrio; essas também afetam
os tecidos, conforme veremos mais adiante.

Estática: os Efeitos das Forças de Gravidade


O fisioterapeuta tradicionalmente considera a ação da
gravidade ao realizar testes ou elaborar programas de
exercícios destinados a aumentar a força muscular. Além
de afetar os músculos durante a realização de determinados
exercícios, a gravidade também exerce seu efeito sobre o
alinhamento postural. Um dos exemplos mais comuns é
encontrado no indivíduo que apresenta postura em incli-
nação P?sterior. Conforme já vimos acima, essa postura gura 2.3.1 ura2.34
caractenza-se por acentuado desvio da linha de gravidade
Postura em inclinação posterior. (Segundo Kendall FP, McCreary Postura em alinhamento para trás. (Segundo Kendall FP, Mc-
para trás da articulação do quadril. Esse tipo de alinhamento
EK e Provance PG: Muscle: testing and function 4-ª ed. 1993 Creary EK e Provance PG: Muscle: testing and function, 4ª ed.,
red~z as solicitações impostas aos extensores dos quadris, Williams & Wilkins.) ' ' '
1993, Williams & Wilkins.)
razao pela qual os músculos glúteos dos indivíduos que
apresentam essa postura costumam ser subdesenvolvidos,
revelando-se fracos aos respectivos testes (Fig. 2.33). os joelhos em hiperextensão na postura ortostática revela
Vemos, portanto, que as forças estáticas contribuem para a presença de vários defeitos (Fig. 2.36). De acordo com
para a metatarsalgia, por causa da maior pressão que incide
atrofia dos músculos.
sobre as cabeças dos ossos metatarsianos. a descrição de Kendall, o encurvamento de tíbia e fibula
As forças estáticas também são capazes de aumentar a no plano sagital é um defeito que se torna evidente no Radiografia dos joelhos de dois indivíduos. A. Paciente que
atividade dos músculos e de alterar a ação recíproca entre paciente que durante a vida toda manteve os joelhos em
Alteração das Forças da Gravidade que Atuam em Os- se manteve em perfeito alinhamento durante a vida toda. B.
agonistas e antagonistas. Por exemplo: alguns indivíduos al- hiperextensão. 32 Todavia, o exame atento desse indivíduo Outro indivíduo que se manteve desde criança com os joelhos
tos e magros adotam uma postura com inclinação anterior, 33 sos e Articulações
revela a presença de diversos outros defeitos, entre eles: 1) em hiperextensão. C. O mesmo paciente de B, com os joelhos
de modo que o centro de gravidade incide anterior aos pés. A As forças estáticas que incidem sobre os ossos são capa- inclinação inferior da superficie articular anterior da tíbia em posição neutra (segundo Kendall EP, McCreary EK e Pro-
conseqüência disso é a maior solicitação do músculo sóleo e zes de afetar sua forma longitudinal, assim como a forma vance PG: Muscles: testing and function, 4-ª ed. , 1993, Williams
(Fig. 2.36C), em lugar da orientação mais horizontal (Fig.
a diminuição do esforço imposto ao músculo tibial anterior. & Wilkins.)
das superficies articulares. Há pesquisas demonstrando as 2.36A); 2) deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia,
Ness~ posição de inclinação para frente, a linha de gravidade alterações encontradas na configuração das vértebras as tomando-se evidente na posição de alinhamento correto do
desvia-se para frente dos pés, de forma a minimizar a ação quais são atribuídas às forças que acompanham a prese~ça joelho (Fig. 2.36C), em vez de as superficies anteriores dos posterior estão sujeitos a estresses de graus diferentes. Com
do músculo tibial anterior (Fig. 2.34). de escoliose. 14 As forças que resultam da mudança no ali- dois ossos estarem no mesmo plano vertical (Fig. 2.36A); o joelho em hiperextensão, o ligamento cruzado anterior
Essa situação contrasta com a dor do indivíduo que nh~mento das vértebras operam remodelando as superficies 3) patela inferiorizada (Fig. 2.36B e C), a qual pode ser apresenta posição de encurtamento e estresse variável; esse
apresen~a um pé _rígido com peito do pé alto e cuja linha articulares. As solicitações mecânicas e o estresse imposto atribuída à redução da atividade do músculo quadriceps, mau alinhamento pode levar ao enfraquecimento do liga-
de gra~1dade mc1de mais perto do terço posterior do pé; aos ossos afetam sua forma, quer no sentido da deterioração, decorrente, por sua vez, da posição do joelho em hiperex- mento. Ocorre o oposto com o ligamento cruzado posterior.
tal paciente tende a contrair o músculo tibial anterior para quer provocando a formação de exostoses. 18, 47 tensão. De acordo com a lei de Wolff, as anormalidades na Os fatores que predispõem o joelho a sofrer lesão durante
trazer seu corpo mais para anterior. Ele apresentará maior tíbia e fibula são provocadas por forças relacionadas com a as atividades que implicam mudança de eixo são: 1) a dis-
Outro exemplo relacionado com a alteração postural é
tendência para as canelites, em comparação com o indivíduo postura em hiperextensão dos joelhos. 5 posição oblíqua da superficie articular da tíbia, estando a
fornecido pelo indivíduo que apresenta joelho recurvatum.
cujo pé se encontra em alinhamento normal (Fig. 2.35). A A observação do mau alinhamento devido à hiperexten- face anterior em posição mais baixa que a posterior; 2) o
A comparação da radiografia de um joelho em posiciona-
pessoa que se inclina anteriormente apresenta tendência são dos joelhos indica que os ligamentos cruzados anterior e enfraquecimento devido à diminuição da solicitação cons-
mento normal com a do joelho de um indivíduo que mantém
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
C.-1.PíTULO Dois

tante sobre o ligamento cruzado anterior. Loudon descreveu de músculos e partes moles. Por enquanto, não estamos em
tornando-se dolorosas. Esse quadro é análogo ao da pré-
a prevalência do joelho em hiperextensão nos indivíduos que condições de identificar as disfunções artrocinemáticas da
impactação observada na articulação do ombro. 30
apresentam ligamento cruzado anterior com deficiência. 38 O exame e o restabelecimento dos movimentos acessó- coluna com base no quadro clínico. É por esse motivo que
Outro exemplo da contribuição do mau alinhamento para as categorias de diagnósticos relativas à coluna são denomi-
rios é um dos principais objetivos das técnicas de terapia
a deterioração da articulação é o joelho varo. O varismo da nadas de acordo com os principais movimentos: de flexão ,
manual; estas consistem geralmente em intervenções
ai:ti_culação do joe~ho é confirmado durante o apoio unipo- passivas. Não há dúvida de que a mobilidade passiva das extensão e rotação. (Esses diagnósticos serão discutidos
dahco, quando a linha de gravidade desvia-se lateralmente de forma detalhada no capítulo dedicado às síndromes de
articulações é importante, embora o controle ativo dos mo-
afastando-se do joelho (Fig. 2.37). Esse mau alinhamento disfunção dos movimentos da coluna lombar.)
A vimentos articulares tenha importância maior. A atividade
ocorre porque o momento de varismo (a distância perpendi-
muscular é um dos fatores que controlam a artrocinemática.
cul~r ent~e a face interna do joelho e a linha de gravidade) é Cinemática e Disfunções da Função Articular
As alterações no desempenho da musculatura estão entre
m~1or no Joelho, em comparação com o joelho perfeitamente
os principais fatores que contribuem para as disfunções em A artrocinemática, ou seja, o deslocamento das superficies
altnhado. Esse maior momento de varismo contribui, por sua
relação aos movimentos acessórios; portanto, a correção articulares umas em relação às outras não é de observação
vez, para aumentar a deformidade do joelho em varismo,
do desempenho muscular também serve para corrigir as fácil , porém, a fisioterapia desenvolveu métodos de exame
resultando, por conseguinte, em estresse e em deterioração
disfunções dos movimentos acessórios. que se baseiam na movimentação passiva. Um dos métodos
do côndilo tibial interno.
A observação e a mensuração da osteocinemática e das usados para ilustrar a artrocinemática de determinada arti-
relações entre os movimentos articulares faz parte do exa- culação baseia-se na análise da TCIR (Fig. 2.1). Frankel1 7
me rotineiro do fisioterapeuta. A redução da amplitude dos conseguiu demonstrar que a TCIR é anormal nas lesões
Dinâmica: Relação entre Mobilidade e as dos meniscos (Fig. 2.38). Os movimentos de rolagem e
movimentos articulares é geralmente usada para examinar
Forças que Produzem Movimento o paciente que apresenta a síndrome musculoesquelética deslizamento entre fêmur e tíbia são normais durante os
dolorosa. A redução da amplitude dos movimentos resulta do movimentos do joelho que ocorrem dentro da amplitude
Os desvios relativos do alinhamento das articulações que normal (Fig. 2.39A).
suportam o peso do corpo contribuem para a criação de encurtamento do comprimento dos músculos, assim como
Por outro lado, quando a TCIR é anormal, pode haver
momentos que aumentam o grau de mau alinhamento da das alterações que se processam nos tecidos da cápsula arti-
compressão em alguns pontos do raio de amplitude e tração
artic1:la?ão. Por exemplo: fase de apoio da marcha (i.e., a cular e da própria articulação, as quais também são capazes
em outros pontos da trajetória entre a flexão e a extensão
rotaça? ~nterna do quadril com hiperextensão do joelho) leva B de reduzir a amplitude dos movimentos. Existem numerosos
do joelho (Fig. 2.39B).
ao pos1c10namento do joelho em varismo. A força de varismo tratados descrevendo os métodos de tratamento para as A TCIR revela-se anormal na presença de alterações
sobre o joelho será maior que no joelho com alinhamento deficiências relativas à mobilidade das articulações. patológicas da articulação, mas também têm sido docu-
normal se, durante o apoio do peso sobre o membro em Nas síndromes que passaremos a descrever, daremos mentados movimentos anormais, antes de surgirem sinais
questão, a linha do peso não se deslocar em sentido lateral. destaque especial aos efeitos das modificações no compri- de degeneração. 2º· 69 Quando o exame radiológico revela a
~ssa ~orça do m~i?r varismo contribui, por sua vez, para mento dos músculos, da sua força, rigidez e performance. presença de alterações degenerativas, comumente a mobi-
mtens1ficar o pos1c10namento do joelho em varismo. Algumas síndromes são classificadas de acordo com a lidade apresenta restrição por fibrose.
osteocinemática; é o caso, por exemplo, das síndromes de Outras pesquisas também comprovaram o desvio da
extensão e de abdução do quadril. Essas síndromes resultam TCIR em casos de lesão das estruturas articulares. Essa
Cinemática: Descrição dos Movimentos do Corpo do excessivo alongamento muscular ou de alguma afecção
O padrão dos movimentos articulares, com suas contribui- das partes moles, a qual pode ser atribuída ao comprome-
ções tanto osteocinemáticas como artrocinemáticas é 0 timento do desempenho muscular. Usamos os movimentos
fisiológicos como categoria de diagnóstico do alongamento
fator principal para a abordagem das síndromes muscuioes-
de músculos e tecidos moles, com o objetivo de salientar a
quel~ticas dolorosas baseadas no sistema de equilíbrio dos
natureza dinâmica da suposta causa.
movimentos (ESM). A disfunção cinemática considerada
Um princípio no qual se baseia a abordagem do equi-
o principal fator responsável pela instalação' da síndrome
líbrio musculoesquelético (ESM) é o fato de as alterações
dolorosa, consiste na criação da suscetibilidade direcional
e do desempenho muscular serem o fator responsável pelas
ao mov~mento (SDM) - um movimento compensatório em
afecções dolorosas. O tratamento exige que esses fatores
determmado sentido ou a aplicação de um estresse em de-
sejam examinados e corrigidos, se for o caso. A ênfase que
terminada direção. Acredita-se que o local do movimento
damos à contribuição de vários fatores para o desenvolvi-
compensatório também seja a sede da dor.
mento do alongamento muscular serve também para alertar
Muitas síndromes de disfunção do movimento que
o profissional para o fato de que o programa de tratamento
passaremos a descrever nesta obra resultam de falhas em
não deve consistir apenas em repouso, controle do processo
relação à artrocinemática (movimentos articulares aces-
inflamatório e exercícios para fortalecer a musculatura;
sórios). Um exemplo disso é a síndrome de deslizamento
um programa desse tipo não é adequado para a correção
anterior da cabeça do fêmur, na qual a postura da articulação
a longo prazo e para prevenir a repetição do traumatismo.
coxo-femoral é em extensão ou em hiperextensão. ra2 ..17 Só o tempo dirá se essas medidas são realmente tão úteis
Em função do desenvolvimento de encurtamento ou
Ac~ntu~~o varismo da articulação do joelho durante apoio quanto imaginamos.
rigidez das estruturas posteriores da articulação do quadril a
umpodahco. A. Posição de saída. B. Alinhamento normal du- As síndromes de disfunção dos movimentos da coluna Trajetória anormal do centro instantâneo em paciente de 35
cabeça do fêmur não segue o padrão normal de deslizame~to vertebral recebem sua denominação de acordo com os mo- anos com apoio meniscal em alça. O centro instantâneo dá um
rant~ o apoio unipodálico. C. Acentuado momento de varismo,
posterior durante a flexão de quadril; em conseqüência, as manifestando-se quando a linha da gravidade desvia-se lateral- vimentos osteocinemáticos, muito embora essas síndromes salto durante a extensão completa do joelho. (Modificado segundo
estruturas anteriores da cápsula articular sofrem impactação, mente afastando-se do joelho. Frankel e cais.: Biomechanics of internai derangement of the knee:
sejam, na realidade, decorrentes do comprometimento da pathomechanics as determined by analysis of the instant center
artrocinemática, e não apenas do excessivo comprimento of motion. J Bane Joint Surg 53-A: 945, 1971 .)
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Conceitos e Princípios do Movimento
CAPÍTULO D01s

situação cria um círculo vicioso,já que os desvios da TCIR


são um sinal de que as superfícies articulares não se des-
Aplicação do Modelo Cinesiopatológico na Múltiplas Disfunções dos Componentes a rotação interna excessiva do fêmur em relação à tíbia. A
locam perfeitamente uma em relação à outra, favorecendo
Disfunção Patelofemoral rotação interna é a SDM. Portanto, o joelho é a sede da maior
do Movimento flexibilidade relativa. A deficiência da musculatura consiste
portanto os microtraumas da articulação. Atualmente, os
Disfunções dos Componentes Musculares em fraqueza dos rotadores externos do quadril, porém, as
métodos radiológicos, embora não sejam :fisiológicos nem Apresentação de Caso
práticos, consistem no principal meio para se determinar a • Encurtamento ou rigidez do músculo tensor da fáscia alterações de maior importância são o deslocamento da
TCIR.. Métodos não invasivos estão sendo usados, e podem lata (banda iliotibiaJ, TFL-ITB ou do músculo glúteo Anamnese. Uma atleta de 35 anos de idade que parti- tíbia para trás e para o lado, a rotação interna do fêmur e a
ser aplicados em condições fisiológicas, oferecendo a chance máximo e da banda iliotibial. cipa de maratonas refere dores na região posterior externa hipertrofia do músculo bíceps femoral à direita.
de usarmos a TCIR na prática com a finalidade de examinar • Desempenho insatisfatório do músculo vasto medial. do joelho direito, ao lado do ponto de inserção do músculo Essas observações sugerem comprometimento do con-
os movimentos articulares acessórios para fins tanto diag- • Desempenho insuficiente do glúteo médio posterior bíceps femoral. A dor vem se manifestando há 6 semanas. trole motor sobre os padrões de recrutamento. Parece que
nósticos com terapêuticos. 27 , 39 contribuindo para a ação dominante do TFL. ' Cerca de 2 semanas antes da consulta, a região dolorosa a paciente está usando o músculos bíceps como principal
Um método capaz de ilustrar como as alterações da • D_ese_mpenho insuficiente do músculo iliopsoas, con- rotador externo do quadril, em lugar dos rotadores externos
havia sido submetida ao tratamento com ultra-som, mas a
TCIR contribuem para os microtraumas da articulação é o tnbumdo para o predomínio da atividade do TFL. intrínsecos do quadril, i.e., dos músculos gêmeos, obtura-
mudança dos sintomas foi mínima. A paciente não sente dor
modelo do estresse, mostrando de forma esquemática como dor, piriforme e quadrado do fêmur. O problema óbvio que
ao caminhar, mas vê-se obrigada a limitar a corrida a 5,8
o estres~e afeta diversos tecidos biológicos (Fig. 2.40). Disfunções no Controle Motor resulta da dominância do músculo bíceps femural deriva de
km, quando então aparecem os sintomas. Ela classifica os
Praticamente todas as síndromes de dor musculoes- sua inserção na tuberosidade isquiática e, distalmente, na
• Atividade predominante de TFL-ITB, conforme de- sintomas entre 3 e 5, numa escala que vai até 10. O exame
quelética são consideradas de origem mecânica, quando tíbia, com exceção da cabeça curta do músculo. Por con-
monstrada pela rotação interna excessiva do quadril do membro inferior revela alinhamento do joelho direito em
comparadas com desordens baseadas em doenças. Por con- seguinte, ele não controla diretamente a rotação do fêmur,
quando o joelho é estendido na posição sentada ou varismo e tíbia vara bilateralmente. O exame mais detalhado
seguinte, a causa primária que leva à irritação dos tecidos enquanto os seis músculos intrínsecos, encarregados da
durante a fase de apoio duplo na marcha. do joelho direito mostra que o fêmur apresenta rotação int~r- rotação externa do quadril, inserem-se no trocanter maior,
é o comprometimento biomecânica. Damos às síndromes • Atividade predominante dos músculos isquiotibiais na em relação à tíbia; esta apresenta deslocamento postenor
descritas neste livro o nome de síndromes de disfunção do de modo a exercerem excelente controle sobre o mesmo.
em ~omparação com a ação do músculo quadríceps e lateral em relação ao fêmur, inclusive na posição sentada, As alterações do elemento biomecânica compreendem
movimento, em virtude da natureza biomecânica da sua mamfestando-se durante a corrida, na passagem da com o joelho em flexão (Fig. 2.4 lA a F).
etiologia. É por isso que descreveremos as alterações bio- o mau alinhamento do joelho, em especial o varismo, a
posição sentada para a posição ortostática e durante a Sintomas. O grau de varismo do joelho direito aumenta rotação e o deslizamento em sentido póstero-lateral. Os
mecânicas responsáveis por cada uma dessas síndromes. subida de degraus. durante a marcha e durante o apoio unipodálico. Esse fenô- momentos criados por essas falhas tendem a agravar o mau
• Modificação da ação do par de forças entre os músculos meno pode ser atribuído em parte à maior rotação interna do alinhamento durante a posição em pé. Esse tipo de análise e
vasto medial oblíquo e do TFL. fêmur durante a posição em pé. O músculo bíceps femoral intervenção serve para exemplificar a diferença que existe
direito apresenta hipertrofia acentuada e saliência quando entre o tratamento da sede da dor, ou seja, das estruturas ir-
Disfunções Biomecânicas visto em perfil. O único dado positivo, revelado pelo exame ritadas que se localizam na face posterior externa do joelho,
A do comprimento do músculo e pelo teste manual, é o grau e o tratamento etiológico do problema. O fator etiológico
• Mau alinhamento patelar, dentro da fossa intertroclear
4+ para 5 dos rotadores externos do quadril direito. responsável pela disfunção de movimento é o deslizamento
do fêmur, a patela apresenta localização inferiorizada
inclinação inferior e rotação lateral e superior. '
Comprimento e força muscular. Baseados na obser- da tíbia no sentido póstero-lateral.
• TCIR anormal da patela durante os movimentos do vação do aumento da rotação interna do quadril na posi- Resumo. Já vimos que o comprometimento, tanto
joelho. ção ortostática, solicitamos à paciente que contraísse os dos músculos como do controle motor e dos componen-
músculos da região glútea quando em pé, a fim de manter tes biomecânicos, contribui para a etiologia; a correção
a rotação externa do quadril durante o apoio unipodálico. perfeita exige, portanto, que todos esses fatores sejam
A contração ativa mantém o fêmur alinhado com a tíbia, tratados. No caso acima, o tratamento é simples e direito:
diminuindo o alinhamento em varismo do joelho, conforme basta a paciente aprender a ativar os músculos certos no
Excesso de estresse - lesão
observado anteriormente. A paciente pratica a contração momento certo.
dos rotadores externos do quadril durante 5 minutos em
posição de pé, aplicando em seguida essa mesma correção
enquanto caminha. As sessões de treinamento da marcha Disfunções do Elemento de Suporte
Adaptação - hipertrofia
duram 25 minutos.
O aparelho cardiorrespiratório e os sistemas metabólico
Em virtude da ausência de outras alterações musculares,
B e endócrino são importantes para o movimento, porém, a
Estresse normal - atividades não foi necessário prescrever exercícios específicos. Seu
discussão das deficiências desses sistemas e de sua rela-
cotidianas programa anterior de alongamento é considerado adequado.
ção com a dor musculoesquelética foge do enfoque desta
Essa paciente nunca voltou para se tratar; ela partiu 4 dias obra. O exame dos sinais vitais e da freqüência respira-
Estresse insuficiente - atrofia mais tarde para participar de uma série de corridas de 1O tória deve fazer parte integrante do exame rotineiro pelo
Deterioração km no exterior, mas entrou em contato telefônico com o fisioterapeuta. O conhecimento do consumo de oxigênio,
Compressão fisioterapeuta para informar que não sentira qualquer dor ou da resposta diante dos exercícios, é necessário para po-
Fatores que influenciam: intensidade, duração, freqüência.
no joelho durante as competições. Ela está, inclusive, em dermos prescrever um programa apropriado de exercícios
guro2.40
'gura2.39 condições de treinar intensamente durante todo o verão, aeróbicos. O exame de triagem precisa sempre incluir a
Reação dos tecidos diante do estresse. Os músculos os ossos sem apresentar dores apreciáveis na região do joelho. identificação de eventuais doenças sistémicas capazes de
A TClR ideal: deslizamento normal entre fêmur e tíbia dentro dos
limites de amplitude dos movimentos do joelho. B. TCIR anormal e as cartilagens necessitam da exposição a um grau ~armai de Ela afirma que, ao sentir qualquer desconforto no joelho, imitar a dor musculoesquelética. Existe no mercado uma
resul~~ndo em compressão e tração durante a flexão do joelho'. ~stresse, a fi~ de manterem suas propriedades fisiológicas no nível recorre à contração da musculatura glútea para eliminar o enorme variedade de livros que tratam desse assunto;
(Mod1f1cado segundo Nordin M e Frankel VH: Basic biomecha- ideal. Os tecidos adaptam-se aos aumentos discretos do estresse
problema. convém consultá-los a fim de se informar a respeito dos
nics of the musculoskeletal system, 2ª ed., Filadélfia, 1989, Lea ~través _da hipertrofia. Eles se degeneram quando o estresse
7 Febiger). fica abaixo do normal ou acima dos limites para a adaptação Diagnóstico. A disfunção de movimento neste caso é métodos de exame mais indicados.
(Gentileza de SA Sahrmann e MJ Mueller). ·
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Conceitos e Princípios do Movimento
C.-1.ríTuLO Dois

Resumo 11. Cummings GS: Comparison of muscle to other soft tissue in lim-
iting elbow extension, JOSPT 5: 170, 1984.
As disfunções que podem ocorrer nos componentes do 12. DeFabio R, Badke MB: Relationship of sensory organization to
sistema de movimento, conforme discutido neste capítulo, balance function in patients with hemiplegia, Phys Ther 70:543,
destacam os fatores que contribuem para as síndromes de 1990.
disfunção do movimento. Ao examinarmos o paciente que 13. Dewald JP et al: Abnormal muscle coactivation pattems during
isometric torque generation at the elbow and shoulder in hemi-
apresenta a síndrome de dor musculoesquelética, somos
paretic subjects, Brain 118:495, 1995.
obrigados a identificar e corrigir as disfunções relativas a 14. Enneking WF, Harrington P: Pathologic changes in scoliosis, J
todos os componentes e sua contribuição para a síndrome Bone Joint Surg (Am) 51:165, 1969.
dolorosa. O estresse mecânico que as disfunções dos mo- 15. Fahrer H et al: Knee effusion and reflex inhibition of the quadri-
vimentos impõem aos tecidos é a causa responsável por ceps, J Bane Joint Surg 70B:635, 1988.
numerosas lesões teciduais. As diversas alterações dos teci- 16. Fowler P: Shoulder problems in overhead-overuse sports:
swimrner problems, Am J Sports Med 7:141, 1979.
dos que contribuem para as síndromes musculoesqueléticas
17. Frankel VH et al: Biomechanics of intemal derangement of the
dolorosas compreendem as alterações degenerativas da knee: pathomechanics as determined by analysis of the instant
cartilagem e das articulações, o alongamento dos ligamentos, center of motion, J Bone J oint Surg 53A:945, 1971.
a inflamação das articulações, o alongamento dos elementos 18. Frost HM: Orthopaedic biomechanics, Springfield, IL, 1973,
miofasciais, sua ruptura, a tendinite, a bursite, a dor neuropá- Charles C. Thomas.
tica decorrente da encarceração, a compressão e a formação 19. Gelberman RH et al: Femoral anteversion: a clinical assessment
de aderências, para citar apenas alguns exemplos. of idiopathic intoeing gait in children, J Bane Joint Surg (Br)
69B:75, 1987.
A abordagem que preconizamos nesta obra sugere que a
20. Gertzbein SD et al: Centrode pattems and segmental instability
identificação da causa mecânica constitui uma medida mais in degenerative disc disease, Spine 3:257, 1985.
importante para a correção do problema e para o alívio da 21. Ralar EM, Stolov WC: Gastrocnemius muscle belly and tendon
dor que a identificação dos tecidos dolorosos, a não ser em length in stroke patients and able-bodied persons, ArchPhys Med
caso de distensão ou degeneração acentuada dos tecidos. A Rehabil 59:476, 1978.
identificação e correção é uma forma eficaz de tratamento; 22. Hayes KC, Hatze H: Passive visco-elastic properties ofthe struc-
tures spanning the human elbow joint, Eur J ApplPhysiol 37:265,
não se pode afirmar o mesmo dos meios fisicos de combate
1977.
ao processo inflamatório local. Estes não procuram remover 23. Hebert R: Preventing and treating stiff joints. ln Crosbie J, Mc-
a causa; visam apenas o tecido sede da dor. Ainda que o ConnellJ, editors: Key issues in musculoskeletal physiotherapy,
tratamento inflamatório seja de diminuir a dor, o alívio será Sydney, 1993, Butterworth-Heinemann.
apenas temporário, a não ser quando acompanhado pela mo- 24. Rides JA et al: Evidence of lumbar multifidus muscle wasting ip-
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Frankel VH, editors: Basic biomechanics of the musculoskeletal 66. van Wingerden JP, Vleeming A, Stam HJ, Stoeckart R: Interac- Síndromes de Disfunção dos Movimentos da te. Os movimentos reproduzíveis da coluna vertebral ou dos
system, ed 2, Philadelphia, 1989, Lea & Febiger. tion ofspine and legs: in.fiuence ofhamstring tension on lumbo- Coluna lombar
49. Norkin CC, Levangie PK: Joint structure andfunction: a com- pelvic rhythm, San Diego, 1996, The Second Interdisciplinary membros podem causar os sintomas que levam ao estresse
prehensive analysis, ed 2, Philadelphia, 1992, FA Davis. World Congress on Low Back Pain. ou ao movimento. O local, sede dos sintomas, costuma ser
50. Noyes FR: Functional properties of knee ligaments and alter- 67. Vüdik A: The effect of training on the tensile strength of isolated especialmente suscetível ao movimento, visto tornar-se
ations induced by immobilization, Clin Orthop 123:210, 1977. rabbit tendons, Scand J Plast Reconstr Surg 1:141, 1967. mais flexível que outros pontos nos quais também ocorrem
51. Olney SJ, Richards C: Hemiparetic gait following stroke: part I: 68. Wang K et al: Viscoelasticity of the sarcomere matrix of skeletal
Depois de assimilar as informações apresentadas neste movimentos. Essa suscetibilidade diante do movimento au-
characteristics, Gait & Posture 4:136, 1996. muscles, Biophys J 64: 1161, 1993.
52. Pearcy MJ: Twisting mobility of the human back in flexed pos- 69. Wiegner AW, Watts RL: Elastic properties ofmuscle measured at capítulo, o leitor estará em condições de: menta, por sua vez, a :flexibilidade no local que está sujeito
tures, Spine 18:114, 1993. the elbow in man: 1. normal controls, J Neurol Neurosurg Psych 1. Descrever os padrões do alinhamento ideal e identificar aos movimentos repetitivos.
53. Pierce MN, Lee WY: Muscle firing order during active prone hip 49:1171, 1986. A maioria dos movimentos envolve a participação de di-
extension, JOSPT 12:2, 1990.
as variações estruturais de coluna e pelve.
70. Wilder DG, Pape MH, Frymoyer JW: The biomechanics oflumbar versos segmentos; a contribuição relativa de cada segmento
54. Proske U, Morgan DL, Gregory JE: Thixotropy in skeletal muscle disc hemiation and the effect of overload and instability, J Spinal 2. Descrever os padrões de amplitude dos movimentos
é função de suas características mecânicas. Os movimentos
and in muscle spindles: a review, Prog Neurobiol 41:705, 1993. Disord 1:16, 1988. da coluna.
obedecem aos princípios da mecânica. Um desses princípios
55. Sahrmann SA, Norton BJ: The relationship between spasticity 71. Williams P, Goldspink G: Changes in sarcomere length and phys- 3. Identificar a contribuição de cada músculo da parede
and voluntary movement in the upper motor neuron syndrome, iologic properties in immobilized muscle, J Anat 127:459, 1978. é a lei da física segundo a qual o movimento se realiza no
abdominal para os movimentos e para a estabilidade
Ann Neurol 2:460, 1977. 72. Williams P, Goldspink G: The effect of immobilization on the lon- sentido da menor resistência. O maior grau de movimento
de tronco e pelve, bem como prescrever os exercícios
56. Seligman JV, Gertzbein SD, Tile M, Kapasouri A: Computer anal- gitudinal growth of striated muscle fibers, J Anat 116:45, 1973. tem lugar no segmento mais flexível, sempre que se tratar de
ysis of spinal segment motion in degenerative disc disease with 73. Zatisiorsky VM: Kinematics of human motion, Champaign, Ill, indicados no caso. um sistema multissegmentado, como é o caso do aparelho
and wi.thout axial loading, Spine 9:566, 1984. 1998, Human Kinetics. 4. Conhecer as características de cada síndrome de dis-
locomotor do homem.
função dos movimentos da coluna lombar. Vemos, portanto, que a maioria das disfunções da co-
5. Examinar o paciente que apresenta dor lombar, consi- luna vertebral deve-se ao excesso de flexibilidade relativa,
derar os fatores contribuintes e formular um diagnós- particularmente em certos segmentos, e não no segmento de
tico. menor flexibilidade. A diminuição da flexibilidade de alguns
6. Elaborar um programa de exercícios terapêuticos com segmentos contribui invariavelmente para a mobilidade
base no diagnóstico e instruir o paciente a respeito, bem compensatória do segmento mais flexível. Mesmo quando
como sobre a necessidade de modificar os hábitos de a coluna vertebral apresenta algum problema específico,
vida que contribuíram para a síndrome de disfunção tal como hipertrofia de facetas articulares, degeneração de
do movimento. discos, espondilolistese, compressão de nervos ou degene-
ração de disco, a correção da disfunção do desempenho da
musculatura do tronco ajuda a reduzir os estresses anormais
Introdução que produziram o problema. A dor lombar regride muitas
Na maioria dos casos, a disfunção da coluna vertebral é a vezes sem o tratamento da própria coluna, depois de obter-
conseqüência de microtraumas cumulativos, cuja causa são mos o controle da musculatura do tronco e a flexibilidade
as alterações posturais à estabilização e aos padrões de mo- dos músculos dos membros inferiores. A coluna deixa de
vimentos da coluna. Essas deficiências deixam de se instalar ficar sujeita aos estresses traumatizantes tão logo se consiga
quando a coluna funciona corretamente, graças ao controle essa correção.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
C .-\PÍTIJLO TRÊS

São os seguintes os pontos-chave para prevenir e aliviar a perfeito alinhamento lombopélvico. A curvatura lombar é a ação de fatores outros que não as disfunções adquiridas
disfunção da coluna: a musculatura do tronco precisa manter afetada pelo grau de inclinação da pelve. Não foi possível do alinhamento lombopélvico. Por exemplo: o homem
a coluna vertebral e a pelve no melhor alinhamento possível; demonstrar uma correlação entre a curvatura lombar e a apresenta freqüentemente variações estruturais em relação
2) convém evitar a movimentação desnecessária. Exige-se, inclinação da pelve; nem podemos esperar encontrá-la, por à curvatura de sua coluna lombar na posição ortostática. En-
para tanto, que os músculos tenham comprimento e força motivos tanto estatísticos como anatômicos. Entretanto contraremos sempre a retificação da coluna lombar quando
adequados e que sejam capazes de executar o padrão cor- conforme já ficou demonstrado, a inclinação anterior pélvic~ a crista ilíaca se localiza em nível obviamente superior ao
reto de atividade. Durante os movimentos dos membros, os tende a aumentar a curvatura lombar, enquanto a inclinação da linha da cintura (Fig. 3.7). Esse paciente não assume a
músculos do tronco precisam entrar em contração isométrica posterior pélvica tende a diminui-la (Fig. 3.6). postura com inclinação posterior pélvica, visto que sua EIPS
ideal para estabilizar corretamente as inserções proximais O alinhamento lombopélvico é freqüentemente usado no não se encontra em nível mais baixo que a EIAS e porque
dos músculos dos membros. exame clínico do paciente que relata dor lombar, porém as seus quadris não estão em extensão, o que seria o caso se a
medidas usadas nesse exame podem dar margem a erros. retificação da coluna lombar fosse adquirida em conseqüência A
As três medidas seguintes são geralmente usadas para da inclinação posterior da pelve. É freqüente esses pacientes
Alinhamento Normal da Coluna Lombar determinar o alinhamento lom bopélvico: 1) a curvatura apresentarem também retroversão do c_olo fe~ur~l. .
lombar; 2) o desvio em relação à linha horizontal que liga A mobilidade dos quadris assume 1mportanc1a especial
Posição Ortostática a espinha ilíaca póstero-superior (EIPS) à espinha ilíaca no paciente que apresenta retificação da coluna lombar. Ao
ântero-superior (EIAS) e 3) o ângulo da articulação do se fletir para frente, esse indivíduo é obrigado a flexionar
quadril. Os exemplos de cada medida podem variar sob imediatamente os quadris, a fim de evitar a flexão exces-
Posição Normal
siva da coluna vertebral (Fig. 3.8). O homem alto, cuja
A postura normal ou neutra da coluna lombar é em curva- pelve é relativamente alta em comparação com a estatura
tura de convexidade anterior. Uma pesquisa realizada em total, apresenta tendência maior para a dor lombar, em
adolescentes de 14 a 15 anos, baseada na estimativa dos comparação com o homem baixo que não apresenta pelve
corpos vertebrais a partir do perfil externo da coluna no também alta. 36
plano sagital, calculou a curvatura lombar de acordo com a Os fatores anatômicos também influem sobre a medição
curvatura vertebral central. Essa curvatura é de 25,6 graus da linha entre EIPS e EIAS. A anatomia da pelve feminina
no adolescente do sexo masculino, e de 30,8 graus na ado- varia consideravelmente. Em algumas mulheres, a EIAS
lescente do sexo feminino. 45 Quando calculadas a partir
dos centros dos corpos vertebrais, as curvaturas devem ser B
diferentes daquelas que se observam a partir dos pontos de T1
referência externos, como os processos espinhosos (Figs. T2 = 4 x (are tan [2H/L])
3.1 e 3.2). Podemos lançar mão de um inclinômetro ou de = 4 x (are tan [26/178])
T3
uma régua flexível para medir a curvatura externa na coluna
T4
= 4 x (are tan 0.14606)
lombar. Os valores publicados variam, visto que existem
~"J.-------L5---------~- = 4 X (8.30386)
dois métodos diferentes para calcular a curva obtida com Curvatura Comprimento Altura da irs
(ti = 33°
esses instrumentos. Youdas usou em sua pesquisa uma ré- dos pontos da coluna coluna
~T6
gua flexível para medir a curvatura lombar de 5 homens e centrais CIJ C/)

oiT7 ~
5 mulheres com idade em torno de 25 anos. Ele encontrou CIJ
.e
valores que variam entre 21 e 49 graus e um valor médio B e -o T8
Q)
t:::'.
CIJ •Q)
de aproximadamente 34 graus, aplicando tanto o método de Deslocamento
..e: >
-~
__J
T9
tangente como o método trigonométrico para o cálculo da cumulativo dos
curvatura59 (Fig. 3.3). Por conseguinte, é lícito admitir que, centróides de no
de um modo geral, a curvatura lombar do indivíduo jovem T1 a T12 T11
situa-se entre 25 e 30 graus. Ohlen e colaboradores usaram T12
para esse fim um inclinômetro; segundo eles, a curvatura
Deslocamento L1
torácica varia entre 30 e 33 graus. 41 Loebl também mede a
cumulativo dos L2
curvatura torácica com o auxílio do inclinômetro encon-
centróides de
trando valores semelhantes, de 32 a 37 graus, em indivíduos L1al12 L3 Método para medir a mobilidade da coluna lombar no plano sagital ,
com menos de 40 anos de idade, e de 40 a 41 graus nos
L4 no indivíduo em posição ortostática. A. O indivíduo encontra-se em
indivíduos acima de 60 anos. 29
Lsi--,....&.---"...__~ posição ortostática sobre uma plataforma de madeira; um pino ajus-
-40 -30 -20 -10 O 10 20 tável, preso a uma vara vertical, é posicionado de maneira a entrar
Disfunções 1 Posterior IL?toteriod em contato com o processo xifóide do indivíduo. O examinador molda
Configuração da coluna vertebral. Cálculo das variáveis da men-
Profundidade no plano sagital (mm) cuidadosamente a fita flexível, acompanhando os contornos da colu-
As disfunções adquiridas no plano sagital consistem ora suração: A. Comprimento e altura da coluna vertebral. B. Ângulo
na lombar ao longo da linha mediana. Alças rotatórias , presas à fita ,
em diminuição da curvatura lombar, resultando em colu- cifótico e lordótico e profundidade da coluna. Ângulo cifótico = 4 x
projetam-se horizontalmente, marcando a sede dos processos espi-
na retificada, ora em aumento da mesma, resultando em arctan (2 x h/lk); ângulo lordótico = 4 arctan (2 x hJIL); profundidade
nhosos de T-12 , L-4 e S-2. B. O contorno da coluna lombar, conforme
hiperlordose. Nem sempre é fácil avaliar a profundidade da coluna = hk + hL. C. Deslocamentos acumulados dos centros
Relação entre a linha principal da gravidade e as curvas médias dos obtido com a fita flexível, é depois desenhado com o maior cuidado
das regiões torácica e lombar. (Segundo Pearsall DJ e Reid JG:
da curvatura lombar. A figura 3.4 traz as referências para a centros dos corpos vertebrais em homens e mulheres. (Segundo sobre um quadro. (Segundo Youdas JW, Sumam VJ e Garrett TR:
Line of gravity relative to upright vertebral posture. Clin Biomech
curvatura ideal, enquanto a figura 3.5 traz um exemplo de 7:80, 1992.) Pearsall DJ e Reid JG: Line of gravity relative to upright vertebral Reliability of measurements of lumbar spine sagittal mobility obtained
posture. C/in Biomech 7:80 , 1992.) with the flexible curve. JOSPT 21 (1 ): 13, 1995.)
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CA PfTIJLO TR.ts

encontra-se em nível apreciavelmente mais baixo que a


EIPS; entretanto, não existe inclinação anterior pélvica, o B E F
T1 quadril não se encontra em flexão e não existe hiperlordose
lombar (Fig. 3 .9). O ângulo da articulação do quadril é
afetado pelo ângulo articular do joelho e pela inclinação
da pelve. Estando os joelhos em hiperextensão, o quadril
também se apresenta em extensão, mesmo que a inclina-
Curva dos ção da pelve esteja dentro do padrão ideal (Fig. 3.10). Por
centros dos-------t-rt,.......J"'I conseguinte, devemos basear o exame do alinhamento
corpos vertebrais lombopélvico na presença de resultados positivos, obtidos
em duas de três medições.
A assimetria da região lombar paravertebral é outra alte-
ração postural encoberta de especial importância no paciente
que apresenta dores lombares. Uma diferença de mais de
Perfil da superfície meia polegada (1,25 cm) entre um lado e outro, facilmente
cutânea ---------:..,
detectada por um fisioterapeuta experiente, é um dos testes
usados para avaliar as alterações de rotação pélvica. 54 A o
assimetria pode ser decorrente tanto da rotação postural da
L5 coluna lombar para um dos lados como da hipertrofia uni-
lateral dos músculos paravertebrais. (As provas destinadas
a distinguir as duas situações serão descritas na seção que
trata dos movimentos da coluna lombar.)
< 30º ~ 30º
ura3.4 Posição Sentada
Curvaturas normais da coluna vertebral. Relação entre a coluna
vertebral e a linha de gravidade. (De acordo com Pearsall DJ e Reid Posição Normal G
JG: Line of gravity relative to upright vertebral posture. C/in Biomech Na posição sentada normal, a pelve apresenta inclinação
7:80, 1992.)
posterior em relação à posição ortostática. Resulta daí a
eliminação da curvatura anterior da coluna lombar, isto é,
a retificação da coluna lombar (Fig. 3.11). O aumento da
flexão da coluna aumenta a pressão sobre os discos interver-
tebrais, visto que diminui a pressão sobre as articulações das
facetas em comparação com a pressão que incide sobre os
discos na posição ortostática. 39 Quando a curvatura anterior
da coluna lombar aumenta no paciente em posição sentada,
a pressão sobre os discos diminui, embora nem tanto quanto
na posição ortostática.

Disfunções
Outros fatores que afetam a carga imposta à coluna lombar
compreendem a linha da gravidade e a ação do músculo
iliopsoas. Na posição sentada, a coluna lombar se estende,
a linha da gravidade passa adiante da coluna e a carga im-
posta à coluna aumenta. A pressão sobre a coluna será tanto
maior quanto mais a linha de gravidade se situar anterior
à coluna e quanto mais largos forem os ombros. A coluna > 30º
está sujeita a forças compressoras adicionais e às forças de
cisalhamento anteriores sempre que a pessoa não faz uso
do encosto da cadeira, contraindo, em vez disso, os mús-
culos flexores do quadril, a fim de manter o alinhamento de Alteração postural pélvica, devido a: A. músculos abdominais fracos e alongados; B. flexores dos quadri~ e~curt~-
dos e rígidos; e. inclinação anterior visível; D. inclinação posterior. Efeito da inclinação da pelve sobre a ~ncl~naç~o
coluna e pelve. Outro fator que tende a aumentar a tração
da base do sacro em relação ao plano transverso (ângulo sacral) durante a posição ortostática. E. A inchnaçao
anterior sobre a coluna, durante a posição sentada, ocorre
pélvica posterior diminui o ângulo do sacro e promove a extensão da coluna lombar. F. Na postura orto~tática
quando o indivíduo está sentado na extremidade da cadeira;
relaxada, 0 ângulo do sacro é da ordem de 30 graus. G. A inclinação anterior pélvica leva ao aumento do angulo
essa posição o obriga a ativar os flexores do quadril para
do sacro e intensificação da curvatura lombar. (As partes E, F e G foram extraídas de: Nordin Me Frankel VH:
mantê-lo com o quadril em flexão. Na cadeira de dimensões
Basic biomechanics ofthe musculoskeletal system 2ª ed., Filadélfia, 1989, Lea & Febiger.)
comuns, os pés do indivíduo com estatura inferior a 1,60 m
não entram em contato com o chão; isso resulta em tração
anterior pélvica e da coluna, por causa da falta de apoio para
Alinhamento lombopélvico perfeito.
os membros inferiores.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPITULO TRÊS

Variações em relação à mobilidade da coluna lombar durante a


flexão anterior e o equilíbrio em posição quadrúpede. A. Limitação Dois casos de mulheres nas quais a espinha ilíaca ântero-superior (EIAS) ocupa posição mais baixa que a espinha ilíaca póstero-
da flexão dos quadris e flexão lombar excessiva. B. Boa flexão dos superior (EIPS). A. Posição ortostática relaxada: EIAS em nível muito mais baixo que EIPS. B. Inclinando a pelve posteriormente, com o
quadris e perfeita flexão lombar. objetivo de alinhar a EIAS com a EIPS, eliminando a curvatura lombar. C. Curvatura lombar normal.

Outra disfunção sutil, porém freqüente, é a tendência


de ficar sentado em inclinação para um dos lados; a pessoa flexão lombar. O ideal é que o paciente se sente bem no fundo
se e~cos~a freqüe~temente sobre um descanso para o braço da cadeira, valendo-se do encosto para a coluna. Os ombros
que e baixo demais em relação à altura de seu tronco ou ao precisam estar alinhados com a coluna lombar e os quadris
comprimento de seus braços. Essa posição em flexão late- devem formar um ângulo de 90 graus; joelhos e quadris
ral é capaz de contribuir para a dor lombar, especialmente devem estar no mesmo plano horizontal. Quando não alcan-
quando a 1:llobilidade da coluna lombar restringe-se a apenas çam o piso, os pés devem descansar sobre uma banqueta. O
um ou dois dos seus últimos segmentos. paciente não deve inclinar-se para o lado. Serão necessárias
A cifose acentuada da coluna torácica leva o paciente a adaptações para as variações anatômicas, tais como tíbias
ficar sentado com a coluna lombar em extensão. No paciente muito compridas, pernas curtas, abdome protruso, glúteos
l-
que sente dor quando sentado nessa posição, os quadris ten- grandes e cifose torácica. As queixas do paciente aumentam
dem a deslizar anteriormente, levando a coluna lombar a se muitas vezes pelo simples motivo de ele estar contraindo
estender. Podemos colocar um travesseiro firme por trás da a musculatura proximal das coxas quando sentado; outra
coluna lombar, com o objetivo de apoiar a coluna torácica pessoa pode inconscientemente estar curvando a coluna
na posição vertical e de diminuir o momento de extensão quando tensa, enquanto outro paciente contrai os músculos
da coluna lombar. O travesseiro não deve contribuir para o isquiotibiais, levando à inclinação pélvica posterior.
aumento da lordose lombar.
O hoI?em alto e de tíbias compridas apresenta freqüente-
mente os Joelhos em nível mais alto que os quadris, na posição Movimentos da Coluna Lombar
sentada; essa postura contribui para a flexão da coluna lombar.
E~e é obrigad? a ajustar a cadeira, de modo que seus quadris Trajetória do Centro Instantâneo de
e_Joelhos esteJ_am no mesmo plano horizontal. Não podendo Rotação
a3ustar a caderra, deverá colocar uma almofada sobre o as-
s~nto, com o objetivo de aumentar sua altura em relação ao Analisamos os movimentos que ocorrem entre as superficies
piso. O homem de abdome protruso também costuma sentar de ossos adjacentes da coluna, determinando a trajetória
Homens apresentando variações em relação à altura das cristas com a coluna lombar em flexão. Recomenda-se que ele use descrita pelo centro instantâneo de rotação (TCIR), tal como
ilíacas, vista posterior e em perfil. A. Cristas ilíacas ligeiramente uma c_adeira mais alta atrás que na frente, evitando assim que fazemos com os movimentos das articulações dos membros.
altas, a julgar pelas diferenças entre a extremidade das cristas ilía- a flexao dos quadris seja superior a 90 graus. A localização da TCIR tem sido determinada para os diferen- Mulher com os joelhos em hiperextensão, levando à hiperextensão
cas e a cintura. B. Cristas ilíacas altas. C. Cristas ilíacas no mesmo Em resumo: as disfunções decorrentes da posição sentada
nível da cintura. tes movimentos da coluna, conforme mostra a figura 3.12. O do quadril, enquanto o grau de inclinação da pelve continua sendo
compreendem uma série de alterações posturais, além da eixo de rotação para os movimentos de flexão e extensão ideal.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar

E~ A~L L~R
C APÍTCLO TRFS

A B e Flexão/ex- Flexão Rotação sobre


Oº 10° 20º
tensão lateral o eixo y y f--+---l

Ce~ical ~ ~ ~ L,
X
L.
OC-C1
C1-2
C2-3
C3-4
C4-5
CS-6
C6-7
C7-T1
T1-2
T2-3
T3-4
T4-5
TS-6
T6-7
TT-8
TB-9
T9-10
T10-11

E~FSR~L *L~R
T11-12
T12-L1
L1·2
L2-3
L3-4
L4-5
L5-S1
Mudanças na localização dos eixos de rotação instantânea, no seJ-
') Flexão lateral Rotação
mento em movimento da coluna lombar, com ou sem degeneraç~o Flexão/extensão
L ....,_ R . .
de disco vertebral , durante a flexão (à esquerda) e du~~nte a flexao
Lombar .. _ . ~- para a direita (à direita). (Segund~ Roland~r SD: M~b1l1dade da c:>- ura3.13
luna lombar, com referência especial ao efeito estab1lIzador da fusao Gráfico mostrando os valores representativos para o tipo e a amplitude
posterior. Acta Orthop Scand 90:1, 1996.) dos movimentos, nos diferentes níveis da coluna vertebral. (~daptado
ura3.12
segundo White AA Ili e Panjabi MM: Clinicai biomechamcs of the
Localização aproximada dos eixos de rotação instantânea (ERI) nas spine. Filadélfia, 1978, JB Lippincott.)

ura3.11 três regiões da coluna, durante a rotação nos três planos tradicionais. o movimento de flexão da coluna lombar não deve chegar a
E. Localização aproximada dos ERls, durante a extensão precedida mais de 50%, antes de se iniciar a flexão do quadril. 4º Deve
Em comparação com o que acontece durante a posição ortostática re- pela posição neutra; F. E Ris em flexão a partir da posição neutra; L. ocorrer endireitamento ou retificação da coluna lombar no entre os segmentos vertebrais da região superior da coluna
laxada (A), a linha de gravidade para a metade superior do corpo (que E Ris durante a flexão para a esquerda ou durante a rotação axial para momento em que a flexão se tomar completa. A coluna plana lombar é da ordem aproximada de 12 graus, au_mentan_do
já se encontra anteriormente à coluna lombar) desloca-se mais ainda em cerca de 1 grau para cada segmento mais baixo e atm-
a esquerda; R- E Ris durante a flexão para a direita (rotação axial para é chamada de retificada, e não de coluna fletida. 27 . .
em sentido ventral, durante a posição sentada relaxada sem apoio, gindo sua mobilidade máxima, de 20 graus, entre L-5 e
visto que a pelve se inclina posteriormente, enquanto a lordose lombar
a esquerda ou para a direita). (Segundo White AA Ili, Panjabi MM: O grau final de flexão lombar possui importância m~ior
se estende. (8) Esse desvio torna o braço de alavanca mais longo (Lw)
Clinica/ biomechanics ofthe spine, Filadélfia, 1978, JB Lippincott.) que O grau de mobilidade da coluna lomb~r.. As pesqmsas S-1 56 (Fig. 3.14). . .
para a força que é exercida pelo peso da metade superior do corpo. realizadas com auxílio do inclinômetro, posic10nado na ~-1 Os músculos eretores da coluna tornam-se m~tl~os
Na posição sentada ereta, a inclinação posterior da pelve diminui e o (com subtração apropriada dos grau~ d~ flexão ,d? quadril), durante a flexão máxima, de modo que o est_resse mc1de
braço da alavanca torna-se mais curto (C), embora continuando um que apresenta dores lombares. Conforme já vimos no capí- indicam que a posição final de flexao e em media de 20 a sobre os elementos passivos dos músculos e hga~entos. 14
pouco menor que na posição ortostática relaxada. (Segundo Nordin tulo 2, a mudança da TCIR é acompanhada por alterações 25 graus. 10 O grau final de curva~a de flexão lo~bar é u~ O alongamento durante aproximadamente 20 mmutos no
Me Frankel VH: Basic biomechanics ofthe musculoskeletal system, dos movimentos nas superfícies de dois segmentos que se final da flexão aumenta a amplitude em cerca de 5 graus,
2i! ed., Filadélfia, 1989, Lea & Febiger.) dado mais importante que a amplitude ~os_ m?v1mentos, Ja
articulam entre si, provocando compressão ou tração duran- fato esse atribuído às propriedades dos tecidos moles. Apro-
que O posicionamento inicial é um dos ~nncipa1s fato:es para
te a execução dos movimentos. A compressão ou a tração ximadamente 50% da rigidez inicial são recuperados dentro
a determinação da mobilidade. A amplitude dos mov1i:n~ntos
podem provocar traumas repetidos na articulação. Diante de 2 minutos após a volta ao posicionamento normal, ao
baseia-se no posicionamento da coluna lombar, na pos:çao de
localiza-se na metade posterior do disco intervertebral. da degeneração dos discos, devemos orientar o paciente passo que o restabelecimento da rigidez normal das partes
partida de aproximadamente 20 a 30 grau~ de extensao. Por
A localização da TCIR serve como base para o cálculo do no sentido de limitar os movimentos da coluna, em vez de moles leva mais de 30 minutos. 31 Esses dados falam a favor
promover a movimentação mais intensa. conseguinte, sendo a amplitude dos movimentos da ordem
momento que os feixes musculares exercem sobre a coluna da hipótese segundo a qual a posição prolongada é cap~z de
2 de 50 graus, a curvatura de flexão máxima da colun_a lombar
lombar. O grau de flexibilidade da coluna sugere que as alterar as propriedades das partes mol_e~, podendo, por isso,
não passará de 20 graus. No paciente de coluna retifica~ª:, o
alterações no posicionamento da coluna vertebral possam Flexão: Inclinação Anterior contribuir para a modificação do pos1c10namento.
alinhamento da coluna lombar em tomo de Ograu na pos1çao
afetar a localização da TCIR e, por conseguinte, os mo-
ortostática e essa mesma amplitude total dos mo_vi~e?tos,
mentos exercidos pelos diferentes músculos. Alterações Normal Disfunções
i.e., de 50 graus, representam um perigo para o md1v1duo.
desse tipo ainda não foram descritas, mas a possibilidade A flexão anterior a partir da posição ortostática é o movimen- Impõem-se, então, duas perguntas importantes: A flexão lombar é considerada excessiva quando a posi_ção
existe. E possível que elas tenham importantes implicações to mais usado durante as atividades do dia-a-dia. O primeiro 1. A coluna lombar está perdendo sua curvatura e tor- final de flexão passa dos 25 ou 30 graus. Também se con~ide-
de natureza clínica. A mudança na ação do músculo ester- movimento usado durante a flexão anterior consiste em nando-se retificada? . ra anormal a flexão lombar que ultrapassa 50% da amphtu~e
noclidomastóideo, o qual passa de um flexor do pescoço deslocamento posterior da pelve, acompanhado por flexão 2. A coluna lombar flete-se além dos limites anatôm~cos total antes de observar qualquer grau de flexão no quadnl.
( durante a contração dos flexores intrínsecos do pescoço) dos quadris, de modo a manter o centro de gravidade dentro considerados ideais, de maneira a alongar excessiva- Esol; e colaboradores verificaram que os pacientes com dor
para a função de extensor do pescoço ( quando os músculos da base de apoio. No momento em que os quadris entram . ?
mente os tecidos de suporte de pare d e postenor. lombar apresentam maior movimentação na col_una lomba~
flexores intrínsecos do pescoço deixam de se contrair), é um
em flexão, a curvatura da coluna lombar para dentro começa Outros assuntos além da amplitude total dos movimen~os que nos quadris durante a fase de flexão anten~r, ~ue vai
exemplo de como as alterações em relação ao posiciona- a diminuir; o restante do movimento consiste em flexão do da coluna lombar e do grau máximo de flexão lombar e a dos 30 aos 60 graus. 12 Um outro fator que c?ntnbm para a
mento e à função estabilizadora dos músculos sinergistas quadril, tão logo se encerre a regressão da lordose lombar. mobilidade de cada segmento vertebral. De acordo com dor lombar de origem mecânica é a incapacidade d~ todos
trazem importantes conseqüências clínicas. A modificação
da TCIR vem acompanhada de degeneração dos discos inter-
Woolsey e Norton analisaram as pesquisas nas quais a White e Penjabi, a amplitude de flexão e extensão entre os os segmentos manterem sua contribuição para ?mov1°:,ento.
mobilidade da coluna lombar foi medida com auxílio do in- A conseqüência dessa incapacidade_ é a ~ov1me~taçao de
vertebrais (Fig. 3.13); esse fato precisa ser levado em conta 58 segmentos vertebrais é de aproximadamente 4 graus, n? terço
clinômetro. De acordo com essa análise, a amplitude média superior da coluna torácica, de 6 graus ~º. terço med~~ e de outros segmentos além da sua amphtud~ ideal (Fig. 3 .1 :).
ao prescrevermos protocolos de exercícios para o paciente
do movimento de flexão na coluna lombar é de 56,6 graus. 58 12 graus no terço inferior da coluna torac1ca. A mob1hdade Os exercícios precisam, por isso, ser reahzados com a ma10r
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPITULO TRf:s

precisam ser treinados a se mover corretamente e que essas


sedes dos movimentos não podem ser determinadas pelos A B e
C2-3
limites do comprimento dos músculos.
Translação P
Retorno da Flexão
C3-4 Retorno Normal
O retorno após a flexão anterior também pode contribuir
para a dor. Existe uma série de estratégias que podem ser
C4-5
utilizadas, tais como a inclinação anterior. No caso ideal, a
primeira parte do movimento de retorno após a flexão an-
terior é a extensão do quadril; em seguida, os dois quadris e a G
coluna continuam simultaneamente o movimento de extensão,
E
CS-6
até o paciente se encontrar em postura ereta (Fig. 2.12). Os
quadris movimentam-se mais que a coluna, pois a amplitude
C6-7
de seus movimentos situa-se entre 70 e 80 graus, enquanto a
mobilidade da coluna lombar varia em torno de uma média
de 30 a 50 graus. Esses movimentos precisam ser fluentes
o e relativamente simultâneos (e não consecutivos, como no
2 4 6
início do movimento com extensão do quadril).
Translação (mm)
Disfunções
Amplitude da translação no plano sagital durante os movimentos Alguns pacientes que referem dor decorrente da extensão J6 - .
de flexão e extensão. A restrição da mobilidade entre C-5 e C-6 vem apresentam uma disfunção do movimento de retorno após - - - - - - - - - - - .- - - - - - · A Pro or ões corporais caracterizadas por tronco comprido em rela~ao a
Exemplos de posturas d1fere~tes no fmal da flex?o ante~1or. li~itaJa la flexão nos quadris, joelhos ligeiramente flexionados e flexao do
acompanhada de mobilidade excessiva entre C-4 e C-5. N = normal; a flexão anterior: eles começam o movimento pela coluna metade inferior do corpo. Quadris deslocados para t~as, ~mplitud~ t , . Esse tipo de flexão anterior é necessário para manter o centro
P = patológico. (Segundo Singer KP, Fitzgerald D e Milne N: Neck lombar ou imediatamente depois de um breve período de terço inferior da coluna torácica acentuada no terço inferior da ~o ~na or;c1c~elhos em discreta flexão permitindo que o centro de gravidade
retraction exercises and cervical disk disease. Em: Singer KP, editor: extensão do quadril (Fig. 2.12). Esse tipo de movimento
lntegrating approaches. Trabalho apresentado na 8l! conferência
bienal da Sociedade Australiana de Fisioterapia Manipulativa, 1993,
aumenta as forças que comprimem a coluna vertebral. 34 t
de gravidade sobre a base de apoio. B. Quadris desviados pos enorme~ e e ido C Flexão normal ~os quadris, coluna lombar estendida,
permaneça centralizado sobre a b_ase de su_porte, e~bora t_ro_nco ~eJ~r~~:~~es. co.rporais caracterizadas por tronco curto em relação ao
apenas abolindo a curv~tura: flexao exc_ess1va ?ª co unam~~~~~~tos.de flexão nos quadris é normal, com discreto aumento da flexão lomb~r.
Quando o paciente com dor lombar apresenta esse tipo de
Perth, Austrália ocidental.) comprimento da metade inferior do corpo,_a ampli~ude do~ los· ca acidade de flexão limitada em quadris e tronco. Esse padrao
movimento, costuma executar suas atividades cotidianas E. Acentuado desvio posterior dos quadns,Aco_m in~h~aça~ nos/orno~eAb, liç:O da curvatura lombar, levando à retificação; flexão excessiva
mediante movimentos de flexão e extensão de apenas alguns sugere encurtamento do músculo gastrocn_emI0 e ng1de~ a co una. . o
da coluna torácica. G. Flexibilidade excessiva dos quadris.
graus na coluna lombar. Os movimentos permanecem limita-
cautela, a fim de evitar esses movimentos compensatórios e dos à coluna lombar, em lugar das articulações dos quadris,
a hipermobilidade de alguns segmentos, contrastando com a quando estes deveriam ser a sede do movimento.
hipomobilidade de outros. O desafio consiste na elaboração Outra disfunção que às vezes é encontrada no retorno aos estresses excessivos de extensão que se concentram do canal vertebral é relativamente freqüente acima dos 65
de um programa capaz de melhorar a mobilidade de seg- após a flexão anterior é o deslocamento acentuado de qua- sobre um ou dois segmentos da coluna, e não à redução anos de idade criando um outro problema que favorece a
mentos relativamente imóveis da coluna multissegmentar, dris e tornozelos anteriormente, resultando em diminuição da mobilidade. Os músculos extensores da coluna que se extensão da coiuna lombar. Mesmo na ausência de alterações
baseado no conceito da flexibilidade relativa, segundo o da carga imposta ao quadril. Esse padrão de movimento é estruturais da coluna, os movimentos de extensão reduzem
opõem à flexão lombar estão localizados n~ r~gião post~rior
qual o segmento menos rígido apresenta maior mobilidade encontrado sobretudo nos indivíduos que adotam uma pos- de maneira apreciável tanto a área do cana~ central co°:o
da coluna, enquanto os músculos abdomma1s, os quais_~e
que os segmentos mais rígidos. Mesmo que o segmento tura de inclinação posterior e cujos extensores dos quadris seus diâmetros médio-sagital e sagital subart1cular; a flex~o
opõem à extensão da coluna lombar, localizam-se na regiao
mais rígido seja acessível à movimentação passiva, ele de- são fracos. produz o efeito oposto. 23 Esses dados falam a fa~or da noçao
verá apresentar a mesma mobilidade que o segmento mais anterior do abdome.
Os músculos abdominais estão localizados a uma distância de estenose dinâmica, além da já bem conh~c1da esten_ose
flexível, para que esse movimento possa ocorrer durante a estática decorrente das alterações estruturais, quer se3am
atividade. Afigura 3.16 mostra as posturas no final da flexão Extensão bem maior em relação à sede do movimento que os extensores
elas de~enerativas ou de natureza hipertrófica. . , .
anterior de tronco. da coluna. As pesquisas feitas no segmento de movimentação
Extensão Normal A hiperextensão repetida praticada dura~t~ ~ g~~ast1ca
No caso típico, o homem apresenta maior capacidade da coluna nas vértebras adjacentes e no disco entre ambas,
é citada como causa responsável pela espondilohse e p~la
de flexão na coluna lombar, ao passo que a mulher se flete A extensão da coluna lombar consiste no aumento da curvatu- revelam q~e os elementos qae mais. se opõem à ~i pere:,tensão dor na região lombar. 41 A2 A extensão ativa da coluna, assim
com maior facilidade nos quadris. Numa pesquisa realizada ra anterior. De acordo com Kendall, a amplitude desse movi- são os processos espinhosos, os disco~ e as art1c~laçoes ~as como, em grau menor, a extensão simultânea de ombro e
por Thomas e colaboradores, 51 os participantes, em posição apófises. 1 Tal como a hiperflexão, a h1perextensao tambem quadril em posição quadrúpede geram en~rrn~s forças de
mento varia consideravelmente, o que dificulta a criação de
ortostática, foram solicitados a pegar objetos que se encon- danifica os ligamentos interespinhosos, podendo ~~ovocar compressão. 5 Estando os músculos abdo,~ma1s ten~os, de
uma medida-padrão. 27 A maior extensão da coluna lombar
travam em dois níveis diferentes. O homem movimenta-se prolapso súbito do disco e lesão estrutural defimtlva dos maneira a restringir a excursão da coluna torac1ca, o movnnento
é descrita como sendo de aproximadamente 50 graus. 59
mais na coluna (à razão de 1:20 entre coluna e quadris), ao discos. O ligamento longitudinal anterior não pare~e ser ~u- de extensão processa-se principalmente nos últimos segmen-
passo que a mulher movimenta-se mais nos quadris que na Não há necessidade de movimentos de extensão de grande ficientemente forte para resistir às forças de extensa~ mmto
amplitude no que se refere às atividades funcionais. tos da coluna lombar, e não em todos os seus segmentos.
coluna vertebral (relação de 0:20, entre coluna e quadris). intensas, 52 mas deve contribuir, graças à sua anatomia, par~
Essas relações não se referem aos movimentos nos extremos impedir o alinhamento da coluna lom?ar em extens~o. J:,.
da amplitude, mas demonstram que os padrões de movimen- Disfunções medida que os discos se degeneram, o ligame_nto long1tud1- Rotação
tos iniciais variam de acordo com o sexo. Esses padrões de Os problemas decorrentes de disfunções de movimento nal anterior deixa de apresentar a mesma tensao que quando
os discos apresentam altura normal; isso compromete a
Rotação Normal
movimentos falam em favor da opinião de que os pacientes da coluna lombar costumam ser devidos principalmente
capacidade do ligamento para limitar a extensão. A estenose Calcula-se que a amplitude total dos movimentos de rotação
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPITULO TRÊS

na coluna lombar deve ser de aproximadamente 13 graus. para o mesmo lado. O fato responsável por essa assimetria à extensão do quadril leva, muitas vezes, à rotação com- a esquerda, por outro lado, não encontra restrição porque a
A rotação entre os diversos segmentos vertebrais de T-1 O dos movimentos é o maior grau de rigidez do músculo mais pensatória da pelve durante a fase de apoio da marcha. A coluna já apresenta rotação para o lado direito.
a L-5 é de 2 graus. A rotação de maior amplitude situa-se volumoso. Nos casos em que a assimetria paravertebral rotação da pelve leva à movimentação na junção lombar e Outro sinal de comprometimento da flexão lateral toma-
entre L-5 e S-1 (5 graus) (Fig. 3.14). A disposição vertical do deve-se à rotação postural, a flexão lateral caracteriza-se não na coluna torácica, conforme deveria acontecer durante se evidente durante a movimentação, quando a coluna lombar
plano transversal e a inclinação de 45 graus do plano frontal pela diminuição da amplitude dos movimentos no lado a marcha. O encurtamento unilateral do músculo TFL é se apresenta retificada, com um eixo de rotação em apenas
das articulações das facetas são os fatores que limitam a correspondente à assimetria e pela amplitude normal dos capaz de contribuir em alto grau para a rotação excessiva um segmento, em vez de formar uma curva relativamente
excursão dos movimentos de rotação na coluna lombar. 56 movimentos em direção ao lado oposto. da pelve, em virtude da ação desse músculo, que consiste uniforme em toda a coluna lombar. Esse tipo de movimento
Por outro lado, a amplitude do movimento de rotação é De acordo com as pesquisas de Pearcy, o maior grau de em flexão e rotação interna do quadril. O encurtamento é geralmente observado nos últimos segmentos lombares do
maior na articulação lombar, graças à disposição oblíqua rotação ocorre na posição sentada, estando a coluna lombar do TFL pode ser fator de destaque, restringindo tanto a indivíduo cujos músculos paravertebrais apresentam bom
de suas facetas articulares. 30 O lugar de maior rotação do em flexão e quando os tecidos de suporte encontram-se extensão do quadril como a rotação interna, durante a fase desenvolvimento na região lombar. Uma possível explicação
tronco deve ser a coluna torácica, e não a coluna lombar. relaxados. 43 •44 Ficou demonstrado que o anel do disco pode de apoio da marcha. atribui a limitação da excursão dos músculos paravertebrais
Ao praticar exercícios de rotação, o paciente deve ser ins- romper-se quando a amplitude do movimento de rotação à rigidez ou à hipertrofia dos mesmos; por conseguinte, os
truído a "pensar no movimento como ocorrendo na região chega a 3,5 graus. 43 .44 De acordo com as observações clí- Flexão Lateral ou Inclinação para o Lado movimentos ocorrem no nível da junção musculotendinosa,
do tórax", e não na cintura. nicas, um dos fatores que mais contribuem para a rotação isto é, aproximadamente à altura de L-4 a L-5 ou S-1. O
excessiva da coluna lombar são os movimentos rotatórios Normal seguinte fato parece comprovar essa hipótese: se aplicar-
repetitivos da pessoa sentada à escrivaninha. É na posição mos uma resistência à face lateral do tronco, ao nível dos
Disfunções A amplitude dos movimentos de flexão lateral ou de in-
últimos segmentos lombares, no lado para o qual a flexão
sentada que a junção lombar costuma ser mais vulnerável clinação para o lado é descrita como sendo maior (de 8
A rigidez ou o encurtamento dos músculos oblíquos abdomi- lateral é realizada, veremos que a coluna lombar forma
aos alongamentos repetidos que acompanham a rotação. a 9 graus) na região inferior da coluna torácica, onde não
nais são fatores que limitam o movimento de rotação (Fig. uma curvatura lateral, em lugar de uma linha reta, porque
Certos esportes, tais como o golfe, tênis e o squash, são os sofrem restrição por parte das costelas. Os graus médios de
3.17). Alguns pacientes que se queixam de dor lombar apre- o suporte oferecido impede a movimentação dos últimos
que mais contribuem para a rotação excessiva da coluna flexão lateral para os demais segmentos da coluna torácica
sentam assimetria dos músculos paravertebrais da região segmentos da coluna lombar. Isso se explica pela maior
lombar, sobretudo quando os pés permanecem fixos durante e para as vértebras lombares estão em tomo de 6, exceção
lombar; essa assimetria é fácil de ser descoberta quando a rigidez dos músculos paravertebrais, em comparação com
o movimento. O tênis e o vôlei não contribuem tanto para feita ao segmento lombar, no qual a flexão lateral não passa
diferença entre um lado e outro é de meia polegada (1,25 cm) a junção musculotendínea. Em vez de o movimento ocorrer
os problemas de rotação porque os pés não se fixam sobre o de 3 graus. 56 A flexão lateral é acompanhada por rotação
ou mais. 54 A assimetria é atribuída ou à rotação postural da no local de menor resistência, o bloqueio desse local obriga
solo no momento em que ocorre a rotação, e também porque das vértebras lombares em direção à convexidade da cur-
coluna lombar para um lado ou à maior massa dos músculos os músculos paravertebrais a se alongarem, de modo que o
o corpo inteiro participa do movimento completo. vatura. Quando a flexão lateral se processa para a direita, as
paravertebrais de um dos lados. Quando a assimetria deve-se movimento acaba ocorrendo em outros segmentos da coluna
A rotação da pelve é outro fator que favorece a rotação vértebras lombares executam rotação para a esquerda. Na lombar (Fig. 3 .18A e B). Alguns pacientes não conseguem
à diferença em relação ao desenvolvimento da musculatu- nas articulações da coluna lombar. Quando certos músculos coluna torácica, esse duplo movimento provoca a rotação realizar a flexão lateral quando se impede a movimentação
ra, a flexão lateral para o lado oposto ao do músculo mais tais como o tensor da fáscia lata (TFL) ou outros flexore~ das vértebras para o lado da concavidade. 57 Admitindo que da junção lombossacral (Fig. 3 .18C a F).
volumoso costuma estar mais limitada que a flexão lateral do quadril sofrem encurtamento, a restrição que impõem o movimento é de 6 graus em cada segmento lombar, ve-
remos que o movimento total, de L-1 a S-1, é de 27 graus.
Não obstante a restrição imposta pelas costelas, a flexão
Movimento de Translação
lateral da coluna torácica pode chegar a mais de 7 5 graus,
Normal
dependendo do número de segmentos vertebrais da coluna
torácica que participam do movimento. A translação faz parte dos movimentos complicados da coluna
A maior excursão da coluna torácica em comparação que acompanham a flexão, a extensão, a rotação e a flexão
com aquela da coluna lombar levanta a questão relativa ao lateral. Tal como acontece com o movimento de rotação, a
emprego do exame, no qual a excursão dos dedos ao longo translação envolve a ação de forças de cisalhamento, as quais
da face externa do membro inferior serve como indicador são freqüentemente mais nocivas aos tecidos.
do grau de flexão lateral da coluna lombar. Mais de três
quartos desse movimento têm origem na coluna torácica; é Disfunções
duvidoso, portanto, que a eventual limitação da mobilidade
Os movimentos de translação quase sempre são acompanhados
deva-se à restrição na coluna lombar. Um método mais útil
de instabilidade. A espondilolistese, ou seja, o deslizamento
que a observação da excursão da mão consiste em observar
anterior de uma vértebra sobre outra é um movimento de
a forma da curvatura lombar e o eixo do movimento da
translação exagerada que se processa no plano sagital. As forças
coluna lombar. Os segmentos da coluna lombar inclinam-
de cisalhamentos anteriores, criadas pelo músculo iliopsoas,
se, formando uma curva suave, quando a flexão lateral é
também contribuem para o aumento excessivo dos movimentos
realizada de acordo com o padrão ideal.
de translação das vértebras. A translação excessiva contribui
para a estenose do canal vertebral.
Disfunções
Os movimentos de rotação e de flexão lateral ocorrem em Compressão
combinação, razão pela qual as alterações posturais ou a
execução de um desses movimentos afetam também o ou- A compressão não é um movimento da coluna lombar,
tro. Por exemplo: se a coluna lombar estiver mal-alinhada, porém, as forças de compressão são modificadas em po-
em rotação para um dos lados, a flexão lateral para esse sição e contração dos músculos pelas mudanças de posição
mesmo lado costuma estar restrita. A rotação postural da e durante certas atividades, como o transporte de objetos.
coluna para a direita limita a flexão lateral porque a coluna Nos casos em que o disco é normal, veremos que o corpo
Os mús~ulos abdominais _encurtados, de ~m lado o músculo oblíquo externo e o músculo oblíquo interno do lado oposto, limitam a amplitude não é capaz da rotação para a esquerda que seria necessária vertebral ou a lâmina se fraturam antes de o disco sofrer
dos movimentos de rotaçao do tronco. As ilustrações mostram a assimetria e o ângulo subcostal. para o movimento de inclinação lateral. A flexão lateral para lesão; 11 mas, diante de um disco degenerado ou já danificado,
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Diifunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPÍTULO TRts

a compres~ão é um '.ator importante que contribui para a sin- aumento dos movimentos de outra parte da coluna." 39 É alinhamento lombopélvico. A contração do músculo grande
t~matologia do paciente. Por exemplo: o paciente apresent difícil criar um programa de exercícios que ao mesmo dorsal gera uma força de extensão sobre a coluna e leva à
smtomas ~e irradiação da dor quando sentado, porém nã~ tempo estabilize a coluna, previna os movimentos com- inclinação anterior da pelve. O encurtamento desse músculo
qu,and~ deitado, em pé ou caminhando. Os sintomas podem, pensatórios e aumente a força e o controle da musculatura leva a um movimento compensatório de extensão da coluna,
alem disso, desaparecer na posição sentada, com a coluna do tronco, sem criar forças indesejáveis, de cisalhamento sempre que a flexão do ombro alongar esse músculo até o
lombar em extensão. A posição sentada com aumento da ou de compressão, e sem contribuir para o mau alinha- limite de seu comprimento. De acordo com a teoria da fle-
curvatura lom~ar_ re~uz a compressão do disco, visto que mento da coluna. A correção dos leves desvios posturais, xibilidade relativa, a coluna deve estender-se em resposta
parte da força e distnbuída para as facetas articulares (Fig dos movimentos compensatórios ou do estresse imposto à ao alongamento do músculo grande dorsal, mesmo na au-
3.19). As facetas articulares recebem 30% da carga totai coluna vertebral, particularmente quando limitados pelas sência de encurtamento do mesmo, desde que ele apresente
quan~o ª. c~lu~a se encontra em hiperextensão. 28 A com- atividades cotidianas a alguns poucos segmentos, constitui rigidez mais acentuada que a musculatura abdominal, cuja
pressao d1mmm no paciente deitado, em posição ortostática a chave do tratamento da dor lombar de origem mecâni- função consiste em limitar a extensão da coluna lombar. No
e durante a marcha, em comparação com a posição sentada ca. É necessário, por isso, que o fisioterapeuta aprenda a paciente que apresenta dor lombar durante o movimento
A marcha rápida é capaz de aumentar a compressão sobr~ observar os desvios sutis dos padrões de movimentos de de extensão da coluna, a rigidez ou o encurtamento desse
L-3 a L-4 par~ 2,5 vez~s o peso corporal, ao passo que a determinados segmentos, em vez de focalizar apenas as músculo contribui para a dor, sempre que o paciente levanta
marcha em baixa velocidade mantém a carga compressiva excursões gerais dos movimentos. as mãos acima da cabeça.
em torno do peso corporal. 6

Resumo Músculos eretores da coluna vertebral


Ações Musculares sobre a Coluna Lombar Os músculos que compõem o grupo dos eretores da coluna
O alinhamento da coluna afeta as forças que atuam sobre são: o músculo iliocostal, de localização mais lateral; o
a m~sma, assim como o grau de atividade muscular. Os
Musculatura do Dorso
músculo longuíssimo e o músculo espinhal, que ocupa a
~0~1m~ntos da coluna são complicados e ocorrem em Músculo Grande Dorsal localização mais medial (Fig. 3.21). Bogduk e Macintosh
vanas direções, ainda que o movimento pareça estar ocor- forneceram descrições úteis da ação dos músculos eretores
O músculo grande dorsal é o superficial entre os músculos do
rendo em determinado sentido. Os movimentos da coluna
dorso. Apresenta uma grande inserção, através da fáscia to- da espinha. Eles descreveram os componentes superficiais e
envo_lvem vários segmentos, fato que dificulta o exame
racolombar, desde os processos espinhosos das últimas seis profundos desse grupo de músculos, ao lado de uma análise
E da disfunção e a elaboração de programas de exercícios
vértebras torácicas, dos processos espinhosos das vértebras detalhada das variações em relação às forças desenvolvidas
capazes de ass~gurar a participação ideal de cada segmento
lombares e sacrais até a crista ilíaca. Suas fibras convergem pelos dois grupos. 2
durante o movimento. De acordo com Nordin a "restrição
de mobilidade de uma parte da coluna vert;bral leva ao em cima e lateralmente para se inserir no úmero (Fig. 3.20). GRUPO SUPERFICIAL. O grupo superficial é formado pelos
A inserção do músculo grande dorsal na fáscia toracolombar músculos iliocostais externos e pelo grupo do músculo
proporciona o mecanismo pelo qual esse músculo afeta o longuíssimo medial. Esses músculos inserem-se na fáscia

M. esplênio da cabeça

Efeit~s da rigidez ou do encurtamento dos músculos paraver- M. rombóide menor


tebrais sobre a amplitude e sobre as características da flexão late-
ral do ~ronco. A. Homem jovem, apresentando bom desenvolvimento M. infra-espinhoso
dos mu~culos e~etores da espinha. Durante a flexão lateral O eixo
A B e D E
do m?vm~~nto situa-se na região inferior da coluna lombar, ~o nível M. redondo maior M. rombóide maior
da cnsta 11iaca. B. A coluna lombar inteira apresenta uma curvatura
s~ave qu~nd~ .º terapeuta fixa a face lateral da caixa torácica no
Pressão r.o dI Triângulo para auscultação --~--.1t1,........,.;-..;::-..-!:
nive~ da c~sta 1l1aca, ~ur~nte o movimento de inclinação lateral. Essa
~~dificaçao da curva indica que os músculos eretores da espinha são M. serrátil posterior inferior
ng,dos, mas ~e co_mpnmento normal. O movimento ocorre no segmen-
to lombar mais ba1~0 porque este oferece a menor resistência à flexão
lateral._ C. Mulher Jovem que se queixa de dores na região lombar ~udanç~s- na pressão que incide sobre a coluna lombar em vá-
O movimento de fl~xão para o lado esquerdo permanece limitado ã rias pos1çoes sentadas. A. Na inclinação do encosto da cadeira em
colun~ lomb~r, ao nivel da crista ilíaca, enquanto o resto da coluna se 90 ~raus, a pressão exercida sobre o disco chega ao máximo. B. o
mantem em linha reta. D. A fixação no nível da crista ilíaca impossibilita ~poio da coluna lombar reduz a pressão sobre os discos. C. o encosto
a pac1~nte de se flexionar lateralmente, fato que sugere encurtamento mclmado em 110 graus para trás, mas sem apoio para a coluna lom-
dos_musculos eretores da coluna. E. Quatro meses mais tarde essa bar, produz menos pressão sobre os discos. D. A combinação de um
pac~ente se diz li~re da dor nas costas, desde que tome cuid~do. A suporte para a coluna lombar com esse mesmo grau de inclinação do
rye~ao lateral contmua caracterizada pela movimentação no nível do encosto reduz ai~da ~ais a compressão dos discos. E. o deslocamento Nível superficial · Nível mais profundo
ulti~o segmento lombar, ~~arrendo agora principalmente na coluna do suporte em direçao à região torácica empurra a região superior do
~orac,ca. F. Quand_o estabilizada, a paciente é capaz de se flexionar tronco p_ara fre~te,_colocando a coluna lombar em cifose e aumentando
ateralmente, m~v1~entando a coluna torácica em lugar da coluna a pressao que 1nc1de sobre os discos. (Adaptado segundo Andersson
10
m?ar. Ela tambem e capaz de movimentar a coluna torácica sem que GMJ, Ortengr~n R, NaschemsonAe Elfstrom C: Lumbardiscpressure
~e fixe a coluna lom_bar. A restrição do movimento à coluna torácica Musculatura superficial do dorso. Vemos à esquerda os músculos mais superficiais do dorso, incluindo o músculo grande dorsal e o músculo
evou ao desaparecimento da dor lombar. and ~yoe/etnc back musc/e activity during sitting. 1. Studies on an trapézio. À direita estão ilustrados os músculos em nível mais profundo, entre eles o músculo serrátil posterior inferior e os músculos oblíquos
experimental chair, Scand Rehab Med6: 104, 1974.)
da parede abdominal. (Segundo Mathers e cais.: Clinica/ anatomy principies, St. Louis, 1996, Mosby.)
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do M ovimento da Coluna Lombar
CA PÍTULO TRts
toracolombar; sua inserção superior é nas costelas. Confor-
me salientam Porterfield e DeRosa, a massa muscular desses a porção superior da coluna lombar. 2
A contração desses ão seJ· a qual for a posição em que forem executados,
ten S , ·b · Músculo Quadrado Lombar
eretores superficiais da espinha localiza-se de cada lado dos músculos também leva à inclinação anterior da pelve. podem tomar-se nocivos quando a compressão contn m
GRUPO PROFUNDO. A musculatura profunda do dorso Apesar do seu tamanho consideravelmente inferior ao dos
processos espinhosos, exclusivamente nos terços médio e ra agravar o estado do paciente, sobretudo nos casos extensores da coluna, parece que o músculo quadrado lom-
superior da coluna lombar. 46 O grupo superficial dirige-se tem origem no osso ilíaco e na superfície profunda da Pª que a coluna lombar se apresenta mstave
· ' 1 duran t e os
superiormente e posteriormente, da pelve até as costelas. fáscia toracolombar; ela se insere nos processos transver- ~ . d bar (Fig. 3.24) desempenha importante papel na mobilidade
movimentos de translação. Baseando-se nas p~sqmsas e lombopélvica, graças ao seu local de inserção, contribuin~o
Portanto, eles se tomam tensos quando a pelve se inclina sos das últimas vértebras lombares. As fibras musculares Bogduk, McGill também desaconselha os movimentos de
dirigem-se superiormente, medialmente e anteriormente· principalmente para a estabilização da coluna; McG11l
anteriormente ou quando a coluna se desvia posteriormente, extensão nos finais de amplitude. 34
por conseguinte, as forças produzidas pela contração d~ também partilha essa opinião. 32 Parte do músculo quadrado
ou quando ela apresenta rotação para o mesmo lado. Esses
musculatura profunda do dorso consistem em compressão insere-se na crista ilíaca e nos processos transversos, en-
músculos dispõem de um excelente braço de alavanca para Multí.fido
colocar a coluna lombar em extensão, apesar de não se e em cisalhamento posterior ou, mais exatamente, em quanto a outra parte vai da crista ilíaca às costelas. Graças
inserirem diretamente na coluna lombar. De acordo com a prevenção da ação das forças de cisalhamento anteriores Embora seja considerado um músculo transverso-espinhal, à sua contração excêntrica, o músculo quadrado lombar
pesquisa de Bogduk, 40 a 80% do momento total de exten- (Fig. 3.22). Os ventres desses músculos encontram-se nas essa denominação do músculo multífido não_ leva em
são que atua sobre a coluna lombar é produzido pelas fibras imediações dos processos espinhosos, razão pela qual po- conta sua origem na face dorsal do sacro, no ligamento
superficiais dos músculos iliocostal e longo, as quais se sacroturberoso, na aponeurose do músculo eretor da co-
dem ser palpados através da fáscia toracolombar. A tensão
inserem a nível torácico, apenas na aponeurose do músculo luna na espinha ilíaca póstero-superior e nos ligamentos
produzida por esses músculos é importante para compensar
eretor da coluna. Ou, mais especificamente, os músculos da sacr~ilíacos posteriores (Fig. 3.23). O mús~ulo ~ultí:fido
as forças de cisalhamento anteriores, produzidas pelos mús-
porção torácica do erector da coluna contribuem com 50% culos iliopsoas, assim como os movimentos de translação cobre a superfície do sacro, dirigindo-se supen~rmente
do momento de extensão, influenciando os segmentos L-4 e mediaimente, para se inserir nos processos espinhosos
que acompanham a flexão anterior. 46 Segundo Bogduk, no
e L-5, enquanto 70 a 80% do momento de extensão afeta das vértebras lombares e sacrais. Esse músculo preenc?e
paciente em postura ereta, os extensores da região lombar
os canais entre os ossos do sacro e os ossos ilíacos, assim
do dorso exercem uma força de cisalhamento posterior
como entre os processos espinhosos e transversais da coluna
sobre as vértebras de L-1 a L-4 e um cisalhamento anterior
2 lombar. 46 Portanto, as partes moles que fazem saliência ao
sobre L-5. Bogduk é de opinião que os exercícios de ex- longo da área paravertebral são formadas principalmente
(~
.} ,r."
' M. semi-espinhal
pela massa do múscul~ 1:1-_ultífido_. Normalmente, a _!Ilassa
~ _,,,, ...~,~,-~---da cabeça
desse músculo impossibilita praticamente a palpaçao dos
processos transversais das vértebras lombares ..
~ - - - - - - M. esplênio da cabeça Graças à sua inserção nos processos espmhosos, .º
J•----- M. longuíssimo da cabeça músculo multífido dispõe de um braço de alavanca mais
comprido para realizar a extensão do que os músculos _ere-
Músculos
multífido e - - - - - - : 1 : 1 1 / J
tores da coluna que se inserem nos processos transversais. A
semi-espinhal
função principal do músculo multífido consiste em contro~ar
a flexão e o cisalhamento sobre a coluna durante a flexao
anterior do tronco, graças à sua concentração excêntrica.
O músculo multífido contribui pouco para os movimentos
Grupo dos músculos
de rotação, mas sua atividade durante a rotação com~en_sa
espinhais as forças de flexão criadas pelos músculos abdommais;
esses são os principais músculos encarregados da rotação
Grupo dos músculos do tronco. 46 Tal como os outros músculos extensores da
longuíssimos
coluna o músculo multífido exerce pressão sobre a coluna
lomba;, contribuindo, dessa forma, para a estabilidade da
coluna. Segundo Hide e colaboradores, um programa de
exercícios para restabelecer a massa muscular é indicado
()
o para o paciente que apresenta atrofia do músc~lo mu!tí?~º
3 no dimídio sintomático, depois de um primeiro episodio
"O
ci3 de dor lombar unilateral. 19 A contração dos extensores da
cn
cn coluna costuma agravar o problema, nos casos em que a

I
Q)!
o compressão contribui para a sintomatologia.

. , ('
J

Cisalhamento posterior
Músculos Interespinhosos e Intertransversais
Conforme indicam seus nomes, os músculos interespinhosos M. rotador curto
e intertransversais são pequenos músculos que ligam os
processos espinhosos e os processos transversais das vérte- M. multífido
gura3.21 bras entre si. Acredita-se que os músculos interespinhosos
A linha de tração é determinada pela orientação das fibras dos mús- contribuem para a extensão, enquanto os músculos inte~-
O grande grupo de músculos longitudinais do dorso formam os culos eretores da espinha. Graças à sua inserção próximo ao eixo ura,"-J.23
transversais afetam a extensão e a flexão lateral. Sua contn-
músculos eretores da espinha que se localiza entre a linha média e do movimento lombar, esse músculo gera uma força dinâmica de
buição para esses movimentos é limitada, já que se trata de Músculos transverso-espinhais. O grupo dos músculos transverso-
os ângulos das costelas. (Segundo Mathers e cais.: Clinica/ anatomy cisalhamento posterior, além de uma força de compressão. (Segundo
músculos pequenos. Maior importância cabe ao seu papel espinhais localiza-se na profundidade do músculo eretor da espinha.
principies, St. Louis, 1996, Mosby.) Porterfield JA e DeRosa C: Mechanica/ low back pain: perspectivas
proprioceptivo,já que eles possuem entre quatro e sete vezes (Segundo Mathers e cais.: Clinica/ anatomy principies, St. Louis,
in functiona/ anatomy, Filadélfia, 1998, WB Saunders.)
mais fusos musculares que o músculo multífido. 38 1996, Mosby.)
Diagnóstico e TratamPnto das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do M ovimento da Coluna Lombar
C APÍTULO TRt-5
está em situação ideal para controlar a flexão lateral para
obtendo dessa maneira, observações capazes de orientar para estabilizar a coluna vertebral na posição ortost~tica se~
o lado oposto, enquanto a contração concêntrica favorece Em reslimo ·• qualquer. .estresse causado, pelo músculo
. , .
o controle sobre o retomo após a flexão lateral. A posição
a elaboração de programas destinados aos pacientes que .. s ainda que a atlv1dade desse musculo seJa mmi- carga adicional. 7Vemos, portanto, que a esc~lha e a mstruçao
apresentam disfunção da coluna lombar. São os seguintes 1Itopsoa , . d . t
desse músculo também lhe confere um papel na rotação que , apaz de contribuir para os smtomas o pacien e que sobre os exercícios abdominais para o paciente com dores
os pontos mais importantes dessa pesquisa: ma e c , · " · d
ocorre entre pelve e coluna durante a marcha. ' ta disfunção da coluna lombar. Dai a 1mportancia e lombares precisam basear-se no exame não apenas de força
1. O músculo iliopsoas participa intensamente dos apresen ·b · ~
· terapeuta examinar atentamente, a contn mçao que· a
o fi SlO
muscular, mas também do controle necessário e da direção_e
exercícios de passagem do decúbito para a posição
Iliopsoas · ·d de ou o alongamento desse musculo traz para a sm- tipo das solicitações que contribuem para a sintomatologia
sentada, quer os quadris e joelhos estejam fletidos ou at1v1 a . • · · t b a
em extensão. toma to1o gl·a do caso. Ele precisa mstruir o pacien e so re , que o paciente apresenta. . , . .
O músculo iliopsoas tem origem nas faces anteriores dos pro- · de compensar a atividade do. músculo psoas atraves Em resposta à intensa promoção feita pela midta, mmtas
2. O músculo psoas é ativado durante os exercícios abdo- maneira . d
cessos transversos de todas as vértebras lombares, nas faces ~ o dos músculos abdommais ou recomen ar as
minais, enquanto a atividade dos músculos abdominais da contraça . pessoas executam diversas fo~a~ de flexão, de ~-~taç_ã o de
laterais dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais da 'ri·as mudanças de seus padrões de movimentos. tronco e de exercícios abdommais; em consequencia, os
é mínima. necess a
última vértebra torácica e de todas as vértebras lombares27 músculos retos abdominais passam a ser os músculos ab-
3. A ativação do músculo reto abdominal é mais intensa
(Fig. 3.24). Sua função consiste em flexão do quadril. A fi-
que aquela dos músculos abdominais, durante os exer- Músculos Abdominais dominais dominantes. De acordo com a pesquisa publicada
xação das inserções proximais aproxima a coxa da parede to- cícios semi-abdominais. por Juker e colaboradores, a atividade dos ri:ú~culos ret~s
rácica. Durante a fixação da inserção distal, o deslocamento 0 fortalecimento dos músculos abdominais tanto interessa abdominais é maior (68%) durante os exercic1os abdomi-
4. O psoas apresenta atividade máxima durante a flexão
de coluna e pelve em direção à coxa leva à flexão do quadril. do quadril contra a resistência. público em geral como às pessoas que se ocupam da nais em comparação com a atividade dos músculos oblíquos
Baseado em suas pesquisas sobre anatomia, Bogduk não :~abilitação. Esse interesse pode ser atribuído em, parte ao
5. Os exercícios de rotação de tronco levam apenas à exte~os (19%) e dos músculos oblíquos internos (14%).~5A
acha que a inserção do músculo psoas lhe confira um braço ativação discreta dos músculos oblíquos, pouco mais desejo de adquirir um abdome plan_o e, em parte, a suposta dominância do músculo reto abdominal compromete muitas
de alavanca suficientemente longo para tomá-lo o flexor que os exercícios de semi-abdominais. 25 roteção da coluna vertebral. Todavia, pessoas que possuem vezes a participação dos músculos abdominais ob~íq~os,
principal da coluna lombar. A análise realizada por esse autor p latura abdominal forte chegam a apresentar dores
indica que, durante a posição ortostática, o músculo psoas Essas pesquisas acarretam as seguintes implicações clí- ~~ .
lombares em conseqüência do tratament~ 1!11prop1c1~. ao
,. w particularmente do músculo oblíquo exte~o. A prmcipal
nicas: convém reduzir, na medida do possível, a atividade desvantagem do maior desempenho do musculo ret~ ab-
exerce um momento de extensão sobre a região superior da raro, os programas criados com o propos1t~ de revigorar
do músculo iliopsoas no programa de exercícios, sempre dominal, em detrimento dos músculos oblíquos, b~seia-se
coluna lombar e um momento de flexão sobre os segmentos músculos abdominais contribuem, na realidade, para os
que a dor do paciente for decorrente de compressão e de no fato de o músculo reto não ser capaz de produzir ou de
mais baixos. Esses momentos são aumentados pela extensão ~!sequilíbrios musculares e para as_ síndromes dolorosas.
forças de cisalhamento anteriores. A compressão e a ação prevenir a rotação; o encurtamento o,u .ª rigidez desse mús-
da coluna vertebral, ao passo que todos os momentos sobre
das forças de cisalhamento anteriores também precisam o aspecto mais importante ~m relaçao ao desempenho dos culo favorece a cifose da coluna toracica.
os segmentos lombares tendem a ser de flexão se a coluna músculos abdominais consiste em obter o controle neces-
ser minimizadas quando a dor for decorrente de extensão. Os resultados do EMG, conforme descritos por Juker,
estiver fletida. 3 As forças de cisalhamento anteriores e de sário para: 1) estabilizar devidamente a colu_na; 2) manter
O paciente precisa aprender a modificar suas atividades indicam que a atividade dos músculos oblíquos exte~~ e
compressão são forças de grande magnitude. 3 0 melhor alinhamento possível e a relação ideal entre os
diárias de modo significativo. Precisamos ensiná-lo a: 1) interno é comparável durante os exercícios abd~n:ima~s,
As pesquisas realizadas por Santaguida mostram que deslizar o membro inferior, empurrando o pé ao longo da movimentos de pelve e coluna, e 3) evitar o excesso de
porém, essa pesquisa deixou de determi11:ar a participaçao
o psoas é capaz de flexão lateral, estabilizando a coluna cama e a não levantar o membro inferior da cama quando estresse e os movimentos compensatórios da pe!ve_durante
relativa desses músculos durante as diversas fases do
lombar através da compressão. 48 Juker e colaboradores em decúbito dorsal; 2) a virar-se sem levantar o membro os movimentos dos membros. De fato, Cholewicki e cola-
realizaram estudos eletromiográficos (EMG) nos músculos exercício. A disposição anatômica dos músculos_ lev~ a
inferior; 3) a levantar o membro inferior com a mão para boradores verificaram que são necessários apenas 2 ~ 3 ~º
abdominais e iliopsoas durante uma variedade de exercícios, crer que o músculo oblíquo interno deve s~r o mais ~tivo
entrar no carro; 4) a fletir o quadril passivamente com ajuda da atividade voluntária máxima dos músculos abdommais
durante a fase de flexão do tronco. O musculo obliquo
da mão quando em decúbito lateral. Cumpre evitar todos os
externo embora ativo, não contribui propriamente para
exercícios que solicitam os flexores do quadril. As pesquisas
esse ex~rcício, e sim para manter a pelve inclinada para
de Juker indicam também que o músculo psoas se contrai
quando o paciente está sentado sem apoio. 25 trás durante os abdominais .
A
Muitos pacientes preferem ficar em decúbito dorsal,
Músculo Oblíquo Externo
~~~r:2
apoiando os quadris e os joelhos na posição fletida (Fig.
3.25). Essa posição vem acompanhada por redução das
forças de compressão e de cisalhamento anterior por parte As fibras anteriores do músculo oblíquo externo tê~ origem
M. quadrado lombar
do músculo psoas, de modo a reduzir os sintomas. Levantar na face externa da 5ª a 8ª costela; o músculo se ms~re "na
a perna estendida, destinada a revelar a tensão sobre o nervo aponeurose que termina na linha alba. As fibras laterais tem
isquiático, também costuma ser afetado pela atividade do origem na face externa das costelas n?ve ~ ~oze; elas. se
M. ilíaco B
músculo iliopsoas. No paciente com teste positivo para a inserem no ligamento inguinal, na espmha 1ha~a supe~10r
tensão do nervo durante a contração dos flexores do quadril, anterior no tubérculo do púbis e na metade antenor da cnsta
M. psoas ilíaca (Fig. 3.26). Juntamente com os outros músculos ab-
é muitas vezes possível aliviar os sintomas, desde que o
fisioterapeuta suporte o peso do membro inferior do paciente, dominais, a ação bilateral dos músculos oblíquos externos
enquanto este é instruído a relaxar completamente sua mus- (de suas fibras laterais) leva à_flexão, ~a coluna _Iomb~r.
culatura. Essa situação sugere que o problema deve-se ao A origem desse músculo na caixa toracica e sua mserçao
cisalhamento ou à compressão exercida sobre a coluna, e não na pelve são os fatores responsáv~is pela eficácia de sua
à compressão propriamente dita do nervo. A contração dos ação, ou seja, da inclinação postenor da pel,ve. Confo,rme
flexores do quadril é capaz de provocar sintomas inclusive assinalam Kendall e seus colaboradores, o musculo o~hquo
na posição quadrúpede, durante o movimento de balanço A. Na pessoa em decúbito dorsal e com os membros i~feriores em externo é considerado como músculo da região infenor da
ra.1.24
extensão a tração exercida pela porção vertebral do musculo pso~s
para trás em direção aos calcanhares. Isto toma-se evidente '
provoca forças de cisalhamento anteriores e de compressao -
que ln - parede abdominal, visto que o se~ ân?ulo de tração cont~ola
Músculos iliopsoas. Os músculos ilíaco e psoas maior têm origens quando se solicita ao paciente que se movimente para trás, a metade inferior do tronco, ao mclmar a pelv~ po~tenor-
cidem sobre a coluna lombar. B. Estando os quadris e os joe!hos em
diferentes, mas eles se fundem distalmente para se inserir conjunta- empurrando-se com as mãos, em vez de fletir os quadris. flexão e apoiados, o músculo psoas relaxa ~ reduz a carga 1~post_a mente.27 Agindo em conjunto com o músculo obhquo m~erno
mente no trocanter maior do fêmur. (Segundo Mathers e cols.: Clinica/ à coluna lombar. (Modificada segundo Nordin M e Frankel_ VH. Bas,c
Essa mudança em relação à produção do movimento leva contralateral, o músculo oblíquo externo produz a rot~ça~ do
anatomy principies, St. Louis, 1996, Mosby.) biomechanics of the musculoskeletal system, 2ll ed ., Filadelfia, 1989,
à redução ou mesmo à eliminação dos sintomas. tronco. Suas fibras laterais também são capazes de mclmar
Lea & Febiger.)
a pelve lateralmente.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de DisFunça-o
'1'
d os M ovzmentos
.
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
C APITULO T Rts
Músculo oblíquo
externo e sua de impedir a modificação da postura ou de control
aponeurose Quando o músculo se contrai, a disposição de suas fibras em bretudo se o indivíduo estiver participando de um grupo,
estre~se responsável pelos sintomas. As recomendaçõet o
direção oblíqua medial e inferior tende a diminuir o ângulo se ele não tiver sido submetido ao exame individual por um
M. intercostal externo ;el:çao aos exercícios, conforme apresentadas no capí~f
infra-estemal. Se esse ângulo for muito obtuso, pode ser que fisioterapeuta nem tiver recebido instruções individuais.
'd escrevem um programa progressivo que visa melho o
M. transverso o esempenho do museu
, 1o o bl'iquo externo sem solicita rar músculo esteja alongado ou que falte a rigidez normal. Por Essa recomendação baseia-se na convicção de que a chance
. ~ 0
excessiva dos flexores dos quadris . D amos, a segmr . dÇao outro lado, é possível que o músculo oblíquo externo esteja de traumatismo é menor com a execução desse exercício,
Oblíquo interno , . •
exerc1cws que consideramos de import" . , . ois encurtado demais, quando o ângulo infra-esternal for muito em comparação com a contração dos flexores do quadril
Nervos intercostais ancia para o pacie t sem compensação adequada, baseada na atividade dos mús-
que apresenta dor à extensão da coluna lombar ne estreito. Afim de podermos distinguir se a redução do ângulo
M. oblíquo interno deve-se a urna variação anatômica e não ao encurtamento culos abdominais. Para podermos recomendar e ensinar o
l. Estando em decúbito dorsal, com um quadril e o joelh melhor exercício, precisamos primeiro submeter o paciente
~orre_spondente em flexão, o paciente coloca o memb o do músculo, basta pedir ao paciente que flexione ao máximo
seus ombros e respire profundamente. É provável que o ao exame profissional e instruí-lo. O indivíduo que procura
Canal inguinal mferior contralateral em extensão· a segu1·r t ro realizar a flexão do tronco precisa ser capaz de manter a
ta b ' · • ' , es ende músculo esteja muito encurtado se o ângulo infra-esternal
·gul'a3.26
m em o outro mfenor, de modo a ficar com os d . flexão enquanto tenta executar a componente de adoção da
membros inferiores em extensão. ors não aumentar em resposta a essa manobra.
posição sentada; esta depende da contração dos flexores do
Os músculos da ~ar:de abdominal compreendem os músculos oblí uos 2. Estando de pé com a região lombar encostada contr quadril. Este exercício (flexão do tronco) não exige apenas
externos, os quais tem origem na caixa torácica, inserindo-se na p~lve pared~ e co~ os quadris e joelhos em flexão, o pacie:t: Músculo Oblíquo Interno que os músculos abdominais mantenham a flexão do tronco;
e n~ aponeurose do músculo reto do abdome. As fibras do múscul contrai ~s mus~ulos oblíquos externos e depois estende As fibras ântero-inferiores dos músculos oblíquos internos a inclinação da pelve para trás também precisa ser mantida.
~il1qu~ int~rno estã~ dispostas perpendicularmente à direção da~ os qua~s ~ os Jo,e~os, enquanto mantém a coluna reta têm origem no ligamento inguinal e na crista ilíaca, próximo A solicitação imposta aos músculos abdominais é maior
ras_ o mu~~ulo obliquo externo; originam-se na pelve e inserem-se A c~ntraçao isornetr1ca dos músculos oblíquos extem . quando os flexores do quadril agem no final da fase de fle-
na caixa torac1ca e na aponeurose do mú 1 . em posição ort t, 1· , os, à espinha ilíaca ântero-superior; elas apresentam uma traje-
.. os a ica, e um exercício cujo valor é ti tória transversal e inserem-se na crista do púbis e na linha xão de tronco e início da flexão do quadril. A limitação do
último tem sua origem na pelve e sua insers~~ ~~eto abdomina~. Este
Óuenteme,n~e subestimado, embora seja eficaz e convenien::-
ra~sverso do abdom~ localiza-se abaixo d;sses ~~::~~~~c:nuf~~~~ ; exerc1c10s de flexão do tronco e abdominais não sã .
alba. As fibras anteriores mais altas têm origem no terço exercício à fase de flexão de tronco não exige o desempenho
máximo do músculo oblíquo interno.
nd1ca o nome, suas fibras dispõem-se horizontalmente anterior da linha intermediária da crista ilíaca, dirigindo-se
e caz~s. para o músculo oblíquo externo. Eles aumenta;
:;::~o~~!etnkd~;enkins_ DB: Hol/inshead's functiona/ an:t:;::; t~~ ~ participação dos músculos retos abdominais e obl1'qu
daí obliquamente, para dentro e para cima, a fim de se inserir
na linha alba. As fibras laterais do músculo oblíquo interno
Kendall publicou excelente análise detalhada das dife-
renças entre esses exercícios abdominais quando realizados
ac , ed., F1ladelfia, 1991, WB Saunders.) mternos , os q uars · preJu
· d'icam o desempenho do ob], os
externo. 1quo originam-se no terço médio da linha intermediária da crista com quadris e joelhos em extensão, versus a execução do
ilíaca e na fáscia toracolombar, de onde se dirigem obliqua- mesmos com quadris e joelhos em flexão. 27A pesquisa da
Outro e~ercício capaz de melhorar o <lesem enho da autoria de Jukers e colaboradores 38 comprova a afirmação
mente superiormente e mediaimente, até sua inserção nas
fibr~s !atera1s do músculo oblíquo é a abdução do puadril e s
, Du~ante a mai_ori~ das atividades cotidianas, o papel dos margens inferiores das últimas três costelas e na linha alba. 27 de Kendall de que a atividade do músculo iliopsoas não é
:ec~b1to later~l. A contração dos abdutores do quadril incli~ eliminada quando o abdominal é praticado de joelho flexio-
~uscu os abdomma1s consiste principalmente em propor As fibras anteriores apóiam e comprimem as vísceras abdo-
d peb~e supen~rmente e medialmente; os músculos laterais nado. A determinação correta desse exercício e a instrução
cwnar suporte isométrico e em limitar o grau de rota ã~ minais e promovem a flexão da coluna vertebral. Agindo em
o a _orne opo~rn-se a essa inclinação. O paciente não deve correta do paciente na respectiva técnica são medidas in-
do tronco, o qual, segundo já vimos, é limitador na col~na conjunto com o músculo oblíquo externo do lado oposto,
~bduz1r o quadril contralateral para controlar a pelve a fi dispensáveis para prevenir o trauma da coluna vertebral,
e aumentar o uso da musculatura lateral do abdo~e ~
~ombar. Grande porcentagem dos problemas da região lombar as fibras anteriores contribuem para a rotação da coluna
vertebral. Suas fibras laterais fletem a coluna vertebral e tendo-se em vista as forças de cisalhamento anteriores e
eve-se a~ fato de os músculos abdominais não exercerem entrelaçai:nento das origens dos músculos oblíquos exte~os
c?ntrole rigoroso sobre a rotação entre pelve e c 1 deprimem a caixa torácica. Atuando em conjunto com o de compressão que acompanham a contração do músculo
com as ~ngens dos músculos serrátil anterior e grande dorsal psoas. O erro mais freqüente na instrução geral sobre a
mvel do segmento L-5 - S-1 Além d 0 . l o ~na ao músculo oblíquo externo ipsolateral, as fibras laterais fletem
d . · mais, e es nao são :i!'o~c10n~ ~m outro método para induzir a atividade dos flexão do tronco consiste na falta de compatibilidade entre
cap~zes e prev~n~r a inclinação anterior excessiva da pel- a coluna vertebral para o lado; elas produzem a rotação da
cu os o hquos externos. O paciente executa movimentos a força do paciente e as exigências impostas pelo exercí-
ve, urant~ as ~t1v1dades que envolvem a musculatura dos coluna vertebral quando se contraem simultaneamente com
com os 1:1ernbros superiores que envolvem esses músculos
membros mfenores. Por outro lado a ativ1·dade e . A p~s~msa da autoria de Juker e colaboradores2s revel . o músculo oblíquo externo do lado oposto. 27 cio. Infelizmente, acredita-se, geralmente, que o paciente
dos , 1 b . . ' xcess1va Os músculos oblíquos internos também são conhecidos precisa ser orientado no sentido de executar o exercício no
m?scu osª~ domma1s, o encurtamento ou a rigidez des- a ~t~v1dade do músculo oblíquo externo é maior dura:!u: mais alto nível, logo no início do programa de exercícios. É
ses m~scul?s ~ao fatores que contribuem para a inclina ã como músculos abdominais superiores, por causa do sentido
~:a:~:ido~dexe~cí~ios abdominais que durante o exercício comum as promoções comerciais demonstrarem a execução
posterior pelv1ca e para a flexão da coluna l b ç o de sua linha de tração, a qual está de acordo com sua ação
O , l , om ar. m, l -a o~1?ais, uma vez que exige a participação dos com as mãos atrás da cabeça; esse é o grau mais difícil,
~ musc~ o obliquo externo controla ou impede a incli- uscu os serrat1l anterior e grande dorsal Vemos , principal, ou seja, com a flexão da metade superior do tron-
co. O exercício de flexão do tronco impõe solicitação maior porque o centro de gravidade encontra-se em posição mais
naçao anterior da pelve, assim como a rotação da elv q~e qualquer e~ercício de resistência que d~penda d!'~~ã~
ao músculo oblíquo interno que ao músculo oblíquo externo. alta que se os braços ficassem suspensos anteriormente ou
quando atua em c~nj~nto com o músculo oblíquo inte!o n~ ~~;;::osa d_os _muscul~s grande dorsal e serrátil anterior tam- nos lados do corpo. A colocação das mãos atrás da cabeça
~ontrole sobr~ a mclmação lateral da pelve· por isso um As pessoas que ensinam o condicionamento costumam pro-
-~nstitm um me10 de se melhorar o controle isométrico pode, inclusive, ser perigosa: pode provocar lesão da coluna
orn1a apropriada de exercício consiste e~ desafi , a exerci o pelos músculos oblíquos externos. mover esse exercício, razão pela qual o desenvolvimento
excessivo dos músculos oblíquo interno e reto abdominal é o cervical ou das artérias cervicais se a rotação da cabeça ou
controle através da movimentação dos membros Anarteessdse , As obse~ações clínicas mostram que a fra ueza dos
recomendarmo , . · e desequilíbrio mais freqüente nos indivíduos que praticaram a tração sobre a mesma for muito intensa.
rosa dos fl s u; exerc1c~o que exige a contração vigo- mu~culos ~~hquos ~xternos é mais freqüente na m~lher que

J
. exores os quadris, o paciente com dor lombar
~::~sa estar em c~ndições de ficar deitado com os quadris e
os em ~x~ensao, sem que essa posição lhe cause sinto-
r~0:~~7;~~s~s~~:~ ~
largos e m b · -í'. •
:i::;
~~::~!~:r:~ª;memb relaç~o
em ros m1enores proporcionalmente menores
ros mais
exercícios abdominais. O ângulo infra-esternal alargado
pode ser conseqüência do encurtamento do músculo oblíquo
interno do abdome.
Os seguintes componentes precisam ser examinados com
o maior cuidado quando se procura elaborar um programa
ideal e seguro de exercícios abdominais:
1. Até que ponto o paciente é capaz de flexionar o tronco?
mas. _lJm~ h1potese razoável admite que a causa da dor ao passo que, na mulher, a metade superior do co o é Qual é o grau de flexibilidade passiva de sua coluna?
ser a mclm~ção anterior pélvica, o cisalhamento anteri:re:: menor, en_quanto o_s membros inferiores são proporci:nal- Exercícios Abdominais Algumas pessoas apresentam coluna rígida, outras pos-
a compress~o decorrente da ação dos músculos flexores dos m~nte ~ais :~antaJados. Isso implica maior solicitação dos A recomendação de exercícios abdominais que envolvem a suem coluna flexível e outras ainda situam-se entre os
Áu~~I~idª tração precisa, então, ser reduzida ao mínimo. m~scl~ os~º h~u~s externos na mulher, a fim de controlar flexão do tronco resume-se, na maioria das vezes, à escolha dois extremos. Para determinar a amplitude disponível,
a me maçao pelv1ca. colocamos o paciente em decúbito dorsal, enquanto o
d . ç . e se, opor .ª essa tração cabe aos músculos ab- entre um exercício que pode ser executado sem perigo e
omma1s, mas e preciso qu . Um sin~l de fr~queza do músculo oblíquo externo é a o exercício ideal para melhorar o desempenho muscular. terapeuta flexiona passivamente o tronco do paciente,
para que a atividade dos m~s~:i~~g:abmd a S~Ja pro~ressivo, abertura do angulo m:fra-esternal acima de 90 graus Zoeller O exercício mais seguro de flexão do tronco consiste em até o ponto em que seus quadris começam a se fletir.
omma1s seJa capaz
e colaboradores verificaram que esse ângulo é de 83. graus. 60 enrolar o tronco, com os quadris e joelhos em flexão, so- 2. Os flexores do quadril estão encurtados e, em particu-
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
C APÍTULO T RtS

lar, o músculo iliopsoas está encurtado? Sempre que o flexão da coluna vertebral e inclinação posterior da pelve,
contribuir para sua flexão excessiva. Estando com 0
comprimento do músculo flexor do quadril não permitir dependendo da inserção que estiver sendo fixada. O músculo
quadris e joelhos em flexão, o paciente vê-se obrig/
a inclinação suficiente da pelve para trás, a ponto de reto abdominal encontra-se dentro da bainha formada pela
do a alcançar um grau maior de flexão do quadril no
levar à extensão da coluna lombar, esta permanecerá e~ercício abdominal que se estivesse com os quadris aponeurose, na qual se inserem os outros músculos da parede
em curvatura anterior, de modo a contribuir para as e Joelhos em extensão. Fica, então, mais difícil fletir abdominal; por isso, sua ação é acompanhada de atividade
forças anteriores de cisalhamento sobre as vértebras os quadris para colocar a pelve em posição vertical também dos outros músculos da parede abdominal. Pesquisa
lombares durante a contração do músculo psoas. já que paciente é obrigado a aumentar a atividade do~ realizada por Juker e colaboradores indica que, durante todos
3. ~-p~lve inclina-se posteriormente quando o paciente músculos extensores do quadril. Esse problema é maior os exercícios de flexão (à exceção do apoio lateral isomé-
m1cia a flexão do tronco? A pelve não é capaz de se nos pacientes do sexo masculino. trico), observa-se uma porcentagem relativamente alta de
inclinar posteriormente quando os flexores do quadril atividade voluntária máxima no músculo reto abdominal. 25
11. O paciente dá início à fase de flexão do quadril
e_stão encurtados. Ela também não se inclinará poste- Conforme já foi dito, o encurtamento ou a rigidez do mús-
sem completar a fase de flexão do tronco, depois de
normente se o paciente começar o exercício pelos fle- culo reto podem contribuir para a cifose da coluna torácica.
fixar os pés? A estabilidade dos pés aumenta a ação
xores do quadril em lugar dos músculos abdominais. A atividade do músculo reto abdominal pode resultar em
dos flexores dos quadris, de maneira que esse grupo
4. O paciente é capaz de se dobrar até o limite de flexibi- um compromisso relativo ao controle da rotação, quando
muscular está em condições de fletir o quadril com 0
lidade da coluna ao executar o grau mais leve do predomina sobre a ação dos músculos oblíquos.
tronco ~ais ereto, em comparação com a situação na
exercício, isto é, com os ombros em flexão e os coto- qual a mserção distal dos flexores do quadril não se
velos em extensão, de modo que os braços fiquem à encontra estabilizada. Músculo Transverso do Abdome
frente do tórax? 12.. As mãos não devem ser colocadas atrás da cabeça, O músculo transverso do abdome origina-se nas faces
5. O paciente consegue fletir o tronco no mesmo grau visto que o paciente pode colocar a cabeça e o pescoço internas das cartilagens das últimas seis costelas, na fáscia
de flexão quando o exercício se torna mais difícil; a) em flexão excessiva ou rodar a cabeça em resposta à toracolombar, nos três quartos anteriores do lábio interno
dobrando os braços sobre o peito ou b) colocando as tração assimétrica das mãos. As mãos devem ser man- da crista ilíaca e no terço externo do ligamento inguinal.
mãos em cima da cabeça? Quando não mantém o grau tidas sobre a cabeça ou ao lado dela, a fim de evitar 0 Suas fibras apresentam disposição transversal e inserem-
de flexão do tronco, o paciente inicia a fase de flexão risco de provocar lesão no pescoço. se na linha alba, na crista do púbis e na linha pectínea. 27
do quadril do exercício abdominal precocemente e os 13. O queixo deve ser levado de encontro ao pomo de Sua ação leva ao achatamento da parede abdominal e à
músculos abdominais não possuem força suficiente compressão das vísceras abdominais. A contração desse
Adão, e não de encontro ao peito. A flexão do pescoço
para realizar o exercício nesse nível. músculo contribui para estabilizar a coluna lombar, gra-
deve levar ao endireitamento da curvatura cervical
ças à sua inserção na fáscia toracolombar. 13 · 33 O músculo
6. O paciente apresenta cifose da coluna torácica? Esse mas não deve ser excessiva, a fim de evitar o risco d~
transverso é o primeiro músculo da parede abdominal a ser
exercício agravará o problema. cisalhamento anterior sobre a última vértebra cervical.
ativado para a estabilização postural, durante os movimentos
7. O paciente é capaz de manter a flexão no início da fase O pescoço não deve ser colocado em extensão· esse A. Enquanto o tronco é fletido, a coluna cervical também deve reverter dos membros superior ou inferior na posição ortostática. 9 •2º
de flexão do quadril? Se ele for capaz de mantê-loa é o movimento que ocorre quando a face do pa~iente sua curvatura, como se o queixo se deslocasse em direção à base Hodges e colaboradores acham que o atraso na atividade
isso indica que os músculos abdominais não possue~ está alinhada para olhar para frente, em vez de olhar do pescoço. 8. O movimento estará errado se a cabeça e o queixo do músculo transverso pode desempenhar algum papel na
força suficiente para executar o exercício no nível de para baixo (Fig. 3.27). Esse método é demonstrado com permanecerem estacionários ou se a coluna cervical estiver em ex- disfunção da coluna lombar, no paciente que apresenta do-
maior dificuldade e que o estresse do cisalhamento freqüência em programas de televisão, assim como em tensão, olhando o paciente para cima enquanto o tronco é fletido. res nessa região. 21 Essa atividade atrasada pode ser a causa
anterior sobre a coluna lombar é excessivo. muitas gravações de vídeo. Existe contra-indicação da estabilização inadequada da coluna lombar durante os
8. Se o exercício for realizado com os quadris e joelhos para esse exercício, caso esse movimento provoque movimentos dos membros superiores. Um método eficaz
~m fl~xão, sem que os pés estejam fixados, o paciente dor no pescoço ou ao longo dos braços. praticado exercícios de flexão do tronco ou abdominais. O para ativar o músculo transverso abdominal consiste em
e _obngado a manter os quadris em extensão para impe- As flexões diagonais precisam ser realizadas com baixa uso adequado dos músculos abdominais durante os movi- pedir ao paciente que retraia o umbigo em direção à coluna
d1r que entrem em flexão durante a fase de flexão dos amplitude, envolvendo apenas a coluna torácica· caso con- mentos do corpo inteiro e os exercícios dos membros contra vertebral ou que procure diminuir a cintura. 16
quadris. Quando os flexores do quadril contraem-se trário, esse exercício poderá ter efeitos nocivos: A rotação a resistência são estímulos úteis para o desenvolvimento
para flexionar o tronco, a única maneira para os pés da coluna lombar traz mais perigos que vantagens; a rotação adequado da força desses músculos.
da pelve e dos membros inferiores para um lado, enquanto Em alguns indivíduos, a força dos músculos oblíquos Resumo
permanecerem sobre a superfície de apoio é através
da contração dos extensores do quadril. Juker e cola- o tronco permanece estacionário ou é virado para o lado externo e interno é normal, porém seu controle é precário A estabilização da coluna lombar é uma parte importante
boradores38 verificaram que, quando o indivíduo crava oposto, é um exercício especialmente perigoso. Ele se torna quando são obrigados a coordenar sua ação, a fim de pre- do programa de reabilitação do paciente que sofre de dores
os, pés no chão durante o abdominal, a atividade do ace~ável se o paciente for capaz de girar apenas os quadris venir a rotação da pelve. A questão relativa à especificidade lombares. 26 Alguns pesquisadores e clínicos consideram o
mus~ulo psoas tende a aumentar. Para fletir os quadris, (o femur dentro do acetábulo ), sem rotação simultânea da da tarefa encontra aplicação em todos os exercícios. Será controle como o aspecto mais importante da estabilização;
pelve. Essa forma do exercício promove a estabilidade da que um exercício, quando executado em determinado
o musculo psoas é obrigado a se contrair mais vigo- ele depende mais do padrão de ativação, do momento e
pelve e a flexibilidade das articulações coxofemorais sem plano (no plano sagital, p. ex.) ou em determinadas cir-
rosamente, a fim de vencer a resistência decorrente da da resistência da musculatura que da força adquirida com
contribuir para a flexibilidade excessiva da porção inferior cunstâncias (por exemplo, em decúbito dorsal), participa
extensão ativa do quadril, quando os quadris e joelhos auxílio dos exercícios inespecíficos de flexão do tronco.
da coluna lombar ou da pelve em relação à coluna. de forma apropriada, inclusive em circunstâncias diferentes
se encontram em flexão, e não em extensão. Todos os músculos da parede abdominal exercem um papel
. C?n_i o objetivo de melhorar o desempenho da contração (i.e., com movimentos diagonais ou quando realizados em
9. A flexão do tronco oferece maior dificuldade mecânica bastante peculiar, proporcionando o grau de estabilização
1som~tnca dos músculos abdominais, o fisioterapeuta orienta posição ereta)? que se fizer necessário; a participação desses músculos pre-
para o homem que para a mulher, em razão da distri-
buição diferente da massa corporal. o paciente em decúbito dorsal a aplicar resistência contra os cisa ser equilibrada. O paciente, cujos músculos abdominais
braços, enquanto contrai os músculos abdominais. Trata-se Músculos Reto do Abdome
1º: Sendo esse exercício executado com os quadris e apresentam ao teste entre 60 a 70% da força normal, possui
de um método eficaz e mais seguro que os exercícios ab- O músculo reto abdominal tem origem na crista do osso públi- força suficiente para suas atividades cotidianas, sem correr
Joelhos em flexão e sem fixação dos pés, o eixo de
dominais. Muitas pessoas possuem musculatura abdominal co ou na sínfise do púbis. Suas fibras dispõem-se em sentido perigo. O programa destinado a esses pacientes deve focalizar
rotação desvia-se para a coluna lombar, fato que pode forte, embora não tenham recentemente, ou talvez nunca, vertical, inserindo-se nas 5ª, 6ª e 7ª costelas e no processo o controle sobre os movimentos da pelve e do tronco. Um
xifóide do esterno. 27 A ação desse músculo consiste em programa de exercícios, capaz de aumentar a força muscular
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
C APÍTULO TRÊS
de forma progressiva, é indicado para o paciente cuja força
maioria deles referia episódios anteriores. Poucos pacientes . 1 sive . em pac1e . ntes de 40 anos.4,35 A estenose do canal INSTABILlDADE DA COLUNA. A instabilidade da co_lu_na
muscular é inferior a 60%. O desafio para o fisioterapeuta
foram classificados como casos da síndrome de flexão. inc ubral caracteriza-se pela presença de s~nt?m~s_duran~e caracteriza-se por dor durante as mudanças de pos1ç~o,
consiste em elaborar um programa que não exerça estresse
indesejável sobre a coluna lombar. Não existem músculos verte h ou na posição ortostática e pela d1mmmçao ~ratt- mas O paciente também não consegue s_e manteryor mmto
flexores na face anterior da coluna vertebral, ao contrário do Síndrome Lombar de Rotação-Extensão a marc ª. d1·ata dos sintomas na posição sentada. Via de tempo numa posição, procurando~ por isso mo~1mentar-~e
mente ime b 1
que se observa no pescoço. Portanto, os músculos abdomi- com ou sem Irradiação dos Sintomas ca a, 0 paciente que apresenta es~e~ose do canal verte, ra freqüentemente para aliviar seus smtomas. ?:
smtomas sao
freqüentemente mais intensos durante a pos1çao sentada em
nais são aos únicos músculos capazes de se opor às forças e éregr
capaz de apresentar sintomas mm1mos quando em pe ou
aos estresses que podem levar à extensão da coluna lombar, Sintomas e Dor . hando desde que apoiado sobre algum suporte capaz comparação com a posição ortostática ..
bem como de reduzir as forças anteriores de cisalhamento ca~~n •nuir ~ peso que incide sobre a coluna e_ de aumentar DEGENERAÇÃO DOS Discos. Para o disco manter sua ca-
As doenças degenerativas da coluna resultam da sinovite
que sobre eles incidem.
das facetas articulares, da hipermobilidade, da degeneração
de im1 obre os braços e sobre a região supenor do tronco
0 pesos ) pacidade de amortecer os choques, é preciso q~e ~ núcleo s_e
progressiva decorrente da idade e dos traumas repetitivos (como, P• ex ., um carrinho de supermercado
. . .· d mantenha hidratado e que o anel fibroso e as lammas termi-
que fazem parte das atividades normais. As alterações de- EsP0NDIL0LISTESE. A espond1lohstese cons~ste no es- nais das vértebras estejam intactos. O material que compõe o
Síndromes de Disfunção dos Movimentos . nto de uma vértebra sobre outra, anteriormente. O
generativas, sob a forma de rupturas anulares dos discos, hzame ./:'. · d 1 b
da Coluna Lombar começam simultaneamente com as alterações das facetas pac1en e com espondilolistese costuma re1enr· or om d ar
. t
articulares. A ruptura do anel fibroso provoca a hérnia de to mantém uma posição, e dor passageira ao mu ar
Os nomes dessas síndromes baseiam-se na direção do enquan · · 1 na
disco. A faceta articular aumenta de tamanho, enquanto o de pos1çao.. ~ A dor e' , geralmente ' mais mtensa na co u •
alinhamento, do estresse ou do movimento que costumam
disco é reabsorvido; formam-se, então, osteófitos na coluna22
provocar a dor. Nem todos os pacientes apresentam resul-
(Figs. 3.28 a 3.30). De acordo com a estratégia que usamos
tados positivos ao teste em apenas uma direção; alguns
no método de equilíbrio do sistema de movimentos (ESM),
testes são mais sensíveis do que específicos. A intensidade
procuramos identificar os movimentos repetitivos das ati- V
e
dos sintomas durante os movimentos em determinado sen-
tido, a diminuição dos sintomas em resposta à correção do vidades normais responsáveis pelo trauma, eliminamos os
fatores acessórios e modificamos os padrões de movimentos
movimento, assim como a constância da direção na qual
do paciente. É importante salientar que as descrições dos
o movimento agrava ou alivia os sintomas são fatores de
problemas dolorosos específicos que passaremos a apre- Figura 3.,30
peso que determinam a categoria de diagnóstico (Quadro
3.1) (Capítulo 3-Anexo). sentar referem-se às disfunções patológicas de apenas uma
Estenose do canal vertebral. A figura do meio mostra as raízes
parte da articulação. As alterações de uma parte são acom-
O exame não é algorítmico, e sim de combinação, em caudais no interior do canal vertebral normal. A figura à esq~e~da
vista da variabilidade dos resultados dos testes. Isso quer panhadas de alterações de outras partes do segmento motor,
1gm•a3.28 mostra a compressão total das raízes, pela hipertrofia da_ la~1~a
em vista da relação íntima que existe entre elas. Por con-
dizer que o fisioterapeuta precisa aplicar uma série de testes, · · f u~cIona_
. 1 (A) e da parede posterior do corpo d~ ~értebra (B_). A figura a dIreIta
seguinte, a redução de forças ou movimentos indesejáveis S .. -ncia de degeneração - espondllose. Un_1dade
a fim de poder confirmar ou descartar o diagnóstico, em vez
de basear sua decisão em um único teste. O exame tem por
constitui uma medida mais eficaz que o tratamento isolado n~:::::i à esquerda. Estágios de degeneraçã~ à di~e1ta. V= vert~bra, mostra a hipertrofia facetária, comprimindo as raIzes_ ne~~sas (C).
(Segundo Calliet R: Low back pain syndrome, 5ª ed., F1ladelf1a, 1995,
LLA- ligamento longitudinal anterior; DIV = disco i_ntervertebral,_ LL~
objetivo determinar a categoria de diagnóstico e os fatores
de apenas uma parte do segmento motor. Os seguintes
problemas dolorosos de caráter específico, ou diagnósticos
= ligamento longitudinal posterior; ~IV= forame int~rv:_rtebral,_
d'culo· N = raiz nervosa; C = cartilagem da faceta, F - faceta, 1
p: FA Davis.)
contribuintes. Por exemplo: o teste de flexão lateral serve
radiológicos, estão geralmente associados com a síndrome ~~h~tam~nto do disco; 2 = formação de osteó~ito; 3 = ~sten~s_e d~
para enquadrar o paciente em determinada categoria, ao de rotação-extensão: forame de conjugação; 4 = esclerose das lâminas honzont~1s, 5 ~ Cartilagem ~ opoS t a
passo que o teste para a força dos músculos abdominais 1. síndrome facetária; ligamento longitudinal posterior, destacando-se do c?~Pº da vertebra, '-.__,/'-.__,/'--.::_./'-.__,/ '-.__,/
destina-se a identificar um fator contribuinte, uma vez que

a:A=YJ
2. estenose do canal vertebral; 6 = alterações degenerativas da cartilagem facetaria, provocando A
a fraqueza da musculatura abdominal não guarda relação 3. espondilolistese; estenose foraminal; 7 = estenose do forame in~ervertebral, causa~-
específica com alguma categoria de diagnóstico. do compressão da raiz nervosa. (Segund~ Calllet R: Low back pam
4. instabilidade da coluna; syndrome, 5a ed., Filadélfia, 1995, FA Davis.)
De acordo com pesquisa realizada por Van Dillen e Osso subcontral
5. degeneração dos discos;
colaboradores, 53 mais de 50% dos 169 pacientes por eles
6. osteoartrite da coluna lombar;
testados foram classificados como casos da síndrome de
7. hérnia de disco intervertebral.
~ - - Ligamento longitudinal posterior
B ~
extensão-rotação; o segundo maior grupo apresentava uma Ligamento amarelo '-.__,,I'-.__,/'-.__,/ '-.__,/ '-.__,/
SÍNDROME FACETÁRIA. A síndrome da faceta é geralmente
síndrome de extensão. Os pacientes dessa pesquisa apre-
sentavam lombalgia que durava 7 semanas, em média. A uma manifestação precoce da maioria das afecções dege- C Otô ôtô =>
nerativas da coluna. 22 Trata-se de uma afecção traumática,
degenerativa e inflamatória das articulações da coluna; Cápsula
instala-se em conseqüência da irritação da cápsula articular, inovial da
e
rica em terminações nervosas (Fig. 3.31). A queixa típica
é de dor após atividade prolongada, a qual melhora com o
articulação
facetária
;>--..,..,...~:"!"":"":-
1 ~'-"~'-"~
Quadro 3.1 Categorias de Diagnósticos
aumento da atividade, podendo os sintomas voltar a se mani-
(por ordem de freqüência) festar após o encerramento da mesma. O paciente queixa-se, Raiz
às vezes, de dores agudas e transitórias, desencadeadas por
Rotação-extensão movimentos bruscos. Alguns pacientes referem irradiação Flgm•a3.31
da dor, embora não do tipo radicular. 22 1gura3.29 Deformação da cartilagem pelas forças de cisalhamento. A. As
Extensão
ESTENOSE Do CANAL VERTEBRAL. A redução da luz do Compressão da raiz nervosa no forame de conju~a_ção._ Vista de cartilagens opostas da articulação em movim_ento (faceta) provocam
Rotação
canal vertebral ou dos forames de conjugação manifesta-se perfil do forame intervertebral e da raiz nervosa c~~pnm1da (a esqu:r- a deformação em curvatura das fibras de colageno. B. Essa força de
Rotação-flexão por sintomas vagos e fora do comum (Figs. 3.28 a 3.30). da). À direita: alterações degenerativas, cons1stind_o na form~çao cisalhamento é incrementada pelas forças compressoras, causadas
Deve-se à combinação de vários fatores: degeneração dos de osteófitos, espessamento do ligamento longitudinal post~n~r ~ pela gravidade e pela ação dos músculos. C. O efeito do cisalha~ent~
Flexão
discos, artrite e sub luxação. 35 Embora seja mais freqüente alterações facetárias, levando ao estreitamento do forame _(a ~ir~1- provocou a degeneração das fibras_de ~o!ágeno. (Segund~sCalliet R.
nos pacientes de 65 anos ou mais, ela tem sido descrita ta). (Segundo Calliet R: Low back pain syndrome, 5ª ed., F1ladelf1a, Low back pain syndrome, 5ª ed., F1ladelf1a, 1995, FA Davi .)
1995, FA Davis.)
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos

Síndromes de Disjilnção do Movimento da Coluna Lombar


disco transforma-se em cartilagem fibrosa quando o conteúdo CAPfTI JLO TRI'-~

hídrico do núcleo diminui e suas propriedades gelatinosas Nas descrições das síndromes lombares a seguir, uma
se perdem; quando deixa de estar sob pressão, o líquido não bolinha (•)designa os testes que identificam os fatores con.
funciona mais como amortecedor. Se o anel fibroso continuar tribuintes, enquanto duas bolinhas ( ••) designam os testes
para a classificação.
íntegro, os estresses mecânicos que incidem sobre o disco
disfuncional chegam a provocar lombalgia. A articulação
lombar é a sede mais freqüente da degeneração do disco. A
diminuição da altura do disco e a modificação resultante do Disfunções dos Movimentos
espaço ocupado pelo mesmo contribuem para a instabilidade As causas responsáveis pela sintomatologia do paciente são
segmentar, visto que os ligamentos estabilizadores tomam- os movimentos de extensão e rotação; por isso, o exame deve
se frouxos. A dor costuma ser mais intensa pela manhã ao verificar o maior número possível de posições, solicitações
levantar; irradia-se às vezes para os membros inferiores, ou movimentos nessas direções. Sempre que o movimento
embora não se distribua de acordo com os dermátodos. previsto como teste provocar dor ou agravar os sintomas
ÜSTEOARTRJTE DA COLUNA LOMBAR. No paciente de procuramos corrigir o movimento, a fim de confirmar seu~
mais de 50 anos, a coluna lombar é uma sede freqüente efeitos e comprovar a validade do resultado obtido através
de alterações degenerativas. A osteoartrite caracteriza-se do teste.
por degeneração e enfraquecimento da cartilagem hialina Pos1çÃo ORTOSTÁTICA. Os seguintes testes devem ser
das articulações. O espaço articular diminui e torna-se realizados com o paciente em posição ortostática:; 1) de
irregular quando a osteoartrite ocorre em combinação com costas contra a parede, 2) em flexão anterior, 3) o retomo
o enfraquecimento do disco intervertebral. O paciente que após a flexão anterior, 4) a flexão lateral, 5) a rotação e 6) B
apresenta osteoartrite da coluna lombar queixa-se geral- o apoio unipodálico. A
mente de dor e rigidez na hora de levantar-se ou depois • • De costas contra a parede. A dor que o paciente
de ficar parado durante muito tempo, sobretudo depois de apresenta quando está na posição ortostática é aliviada Hérnia (extrusão)
pela retificação da lordose lombar, realizada ao encontrar a Extrusão Núcleo
ficar sentado. Os sintomas costumam melhorar com certo
coluna lombar na parede.
grau de atividade, embora a atividade intensa seja capaz de
agravá-los. O paciente refere, às vezes, irradiação da dor • • Flexão. A flexão anterior é capaz de aliviar os sinto-
para os glúteos e para a face anterior da coxa. 15 mas. A flexão é acompanhada às vezes de um movimento
HÉRNIA DE Drsco INTERVERTEBRAL. A ruptura do anel de translação ou de alongamento do nervo. Portanto, pode-
fibroso provoca ora a hemiação, ora o prolapso dos frag- mos considerar a flexão anterior do tronco como um teste
sensível, embora inespecífico.
mentos do núcleo inteiro para a luz do canal vertebral. A
extrusão localiza-se geralmente posterior ou lateralmente. • • Retorno a posição original após flexão. O paciente
Anel Anel_"T'"":-r
O material procedente do núcleo pode abaular o ligamento que apresenta essa síndrome retorna muitas vezes da fle- fibroso fibroso
longitudinal posterior ou romper-se através do mesmo, xão estendendo precocemente a coluna lombar, em vez
penetrando diretamente no canal vertebral 15 (Fig. 3.32). de realizar um movimento suave de extensão dos quadris,
Saal e colaboradores são de opinião que a dor não se deve e depois estendendo gradativamente a coluna (Fig. 2.12).
Os sintomas devem diminuir com a mudança do padrão de Núcleo
à compressão mecânica, e sim à liberação de um produto
movimento, consistindo na extensão dos quadris e depois Degeneração
químico, ou seja, da fosfolipase Aa-2 do núcleo, que irrita
47
a raiz nervosa. As hérnias de discos intervertebrais ocor- em extensão progressiva da coluna.
rem com maior freqüência entre os 25 e 50 anos de idade; • • Flexão lateral. O agravamento dos sintomas durante
são mais freqüentes no sexo masculino. Aproximadamente o movimento de inclinação lateral é considerado sinal posi- . . ão externa do núcleo, através de fendas existentes na face interna do_ anel
Hérnia central de disco com extrusão do anel fibroso. A. Herrn~ç direção à luz do forame de conjugação e da raiz nervosa (acima),
90% das hérnias de disco localizam-se no nível L4-L5, tivo para a categoria de rotação, em virtude da combinação
fibroso, obrigando a camada extern: das fibras do anel a se abau areme:;usão através da ruptura completa do anel fibroso; falamo~, neste
envolvendo a raiz nervosa L5, ou no nível L5-S 1, com da flexão lateral com a rotação. Além de observarmos o
vista em perfil (embaixo). B. Extrusao do nucleo. O nucleo ~pr~~enta dentro de um anel fibroso de resto normal, leva a degeneraçao tanto
envolvimento da primeira raiz sacra!, provavelmente por aumento dos sintomas, examinamos também a forma as- caso, em hérnia ou em extrusão do núcleo (acima). A extrus~o in .eta, b k pain syndrome, 5ª ed., Filadélfia, 1995 FA Davis.)
sumida pela coluna e a amplitude do movimento. Quando do núcleo como da porção do anel (embaixo). (Segundo Call1et R. ow ac
serem esses os segmentos que apresentam maior mobilidade.
O grau de rotação é maior no nível de L5-Sl, 56 ; esse nível a coluna não se inclina, fletindo-se em um ponto apenas,
é provavelmente mais suscetível à rotação excessiva que os isso é um possível sinal de rotação da coluna para o lado
demais segmentos da coluna lombar. correspondente à flexão lateral (Fig. 3.33). A amplitude • Rotação. Solicitamos ao paciente que rode o tronco • Posição em decúbito lateral., O_s seguint~s testes s;i
Existe indicação para o exame neurológico sempre que dos movimentos para esse lado deve estar limitada. Para primeiro para um lado e depois para ~ outro, enquan!o realizados com o paciente em decubtt_? do~sal. 1) com~
a irradiação dos sintomas acompanhar a distribuição dos confirmar o diagnóstico, o fisioterapeuta procura estabilizar fixamos sua pelve. A maior parte do mo~1ment~ ~e rotaçao mento dos flexores do quadril; 2) flexao at~va de quadnl e
dermátodos. A triagem para as causas não mecânicas da dor lateralmente o tronco, logo acima da crista ilíaca, com o tem lugar na coluna torácica, mas a amplitude v1s1velmente .oelho; 3) abdução/rotação lateral do q~adnl a partir da ~e~
musculoesquelética deve formar a primeira parte do exame de objetivo de impedir o movimento nesse local único. A redu- maior para o lado da suposta rotação da coluna c_omprova a ~ão; 4) flexão passiva do quadril com o Joelho em extensao,
todos esses pacientes. A discussão das respectivas doenças ção dos sintomas é considerada sinal positivo da rotação. A impressão clínica de rotação da coluna lombar (Fig. 3.34\0 5) flexão de 180 graus no ombro. . ,
e a descrição dos exames de triagem ultrapassam o âmbito configuração da curvatura não deve mudar com a rotação da fisioterapeuta precisa determinar se a rotação está ocorren o • Comprimento dos flexores do qu~1nl. O teste s~ra
deste livro, mas existem excelentes tratados sobre o assunto, coluna, mas a amplitude da flexão lateral diminui. A fixação na coluna lombar. . fi ositivo para a movimentação compensatona se a P:lve se _m-
tais como: Differential Diagnosis in Physical Therapy, da da coluna durante o movimento muda sua configuração, de • Apoio unipodálico. Pedimos ao paciente _que s~ ~e ~linar anteriormente e se ela rodar durante a extensao passiva
sobre uma perna, enquanto flete o outro quadnl em a~gu o do quadril. A positividade do teste indicativo de ~ncu~en~o
autoria de Goodman e Snyder 18 e Pathology, Implications for um ângulo agudo para uma curva, sempre que a rigidez dos
de 90 graus. O teste será positivo se ocorrer rotaçao ~a do TFL ou do músculo reto femoral, sem mov1:11ent_açao a
the Physical Therapists, de Goodman e Boissonnault. 17 músculos opostos ao sentido da flexão lateral provocar um
movimento em ângulo. coluna lombar ou da pelve (Fig. 3.35) ou se houver aduçao pelve não fala a favor da síndrome de extens,ao~ diante da
do quadril (queda do quadril). ausêu'cia de movimento compensatório lombopelv1co.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
---_-_,
CAPÍTULO TRES

Um teste positivo para o encurtamento consiste em se.


gurar o joelho contra o peito, em combinação com a fixação
passiva a cargo dos músculos abdominais, permitindo que
o quadril permaneça em flexão, sem provocar inclinação
anterior da pelve ou rotação da mesma. Esse resultado não
indica suscetibilidade direcional ao movimento (SDM),
ainda que os flexores do quadril estejam encurtados.
• • Flexão (!tiva de quadril e joelho. A rotação da pelve
agrava os sint4mas ou a excursão de mais de meia polega.
da durante os movimentos do membro inferior que fala a
favor da síndrome de rotação-extensão da coluna lombar.
A pelve apresenta rotação para o lado correspondente à
flexão do quadril. A fim de confirmar esse dado positivo,
0
fisioterapeuta fixa a pelve e verifica o efeito dessa manobra
sobre os sintomas.
• • Abdução é rotação lateral do quadril a partir da
flexão. Enquanto o joelho se movimenta lateralmente, a
pelve roda em direção ao membro inferior em movimento,
durante a primeira metade do movimento. Os sintomas po-
dem intensificar-se durante esse movimento. Eles tendem a 3.34 - bro ara a esquerda (figura à esquerda) e rotação exces_siva
diminuir quando se estabiliza a pelve, ajudando ao mesmo - assim
Rotaçao . étrica. . Limitação
. . da .amplitude
. m dos
rela movimentos campa ive Iam
ão à rotaçãod~e rotaçaot_do co m apassimetria
. . dos movimentos de flexão lateral, sugerindo
para o lado direito (a d1re1ta). A ass1metna e ; siste em leve rotação para a direita.
tempo o movimento lateral do membro. A redução dos sin- mau alinhamento estático da coluna lombar, o qua con
tomas é atribuída à eliminação do movimento de rotação
da coluna, à eliminação do estresse que o alongamento do
músculo iliopsoas impõe à coluna, ou a ambos os fatores.
• Flexão passiva do quadril com o joelho em extensão. A
Um sinal positivo de tensão sobre o nervo é a dor radicular
que se irradia para a perna, antes de a flexão do quadril
chegar a 60 graus. O paciente que refere sintomas é instru-
ído a relaxar por completo o membro inferior na posição
do teste, enquanto o fisioterapeuta o apoia. Os sintomas
muitas vezes desaparecem com essa manobra, indicando
que o fator responsável pela dor irradiada é o estresse que
a contração dos flexores do quadril exerce sobre a coluna,
e não a compressão neural.
• Flexão de 180 graus no ombro. Esse movimento é
capaz de provocar a extensão da coluna lombar, aumentando
os sintomas de lombalgia.
Pos1çÃo EM DECÚBITO LATERAL. Os seguintes testes
são realizados no paciente em decúbito lateral: 1) rotação
externa do quadril, 2) abdução do quadril, combinada com
inclinação lateral da pelve e 3) adução do quadril.
Figura3.33 • Rotação externa do quadril. O teste será positivo para
a rotação se a pelve rodar e o movimento não permanecer
Flexão lateral assimétrica e incompleta. O paciente consegue fletir
limitado à articulação do quadril.
a coluna para o lado esquerdo, mas parece que esse movimento se
concentra em determinado nível da coluna lombar, enquanto o res- • Abdução do quadril, combinada com inclinação
tante da coluna lombar permanece em linha reta (acima). Observa-se lateral da pelve. A queixa de dor durante o movimento in-
limitação do movimento de flexão lateral para a direita; o alinhamento dica que o teste é positivo para a rotação. A causa provável
da coluna lombar quase não se altera (embaixo). A limitação da flexão
da dor é o estresse de flexão lateral da coluna provocado
lateral para a direita é compatível com a já existente rotação da colu-
na lombar para o lado direito. Durante a flexão lateral para a direita pela contração, seja do músculo iliopsoas, seja do mús-
deveria ocorrer rotação das vértebras para a esquerda, porém, isso culo quadrado lombar; ambos inserem-se nos processos
é impossível por causa da rotação já existente para o lado direito. transversos das vértebras lombares e flexionam a coluna
Por outro lado, já havendo rotação das vértebras lombares para a lateralmente.
direita, o paciente deve ser capaz de se flexionar mais para o lado
esquerdo que para o direito. • Adução do quadril. O teste será positivo para a rotação
quando provocar inclinação lateral da pelve, e não apenas
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes d D .cf:. - .
e zs_;unçao dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
C.\PÍTULO TRíS
a adução isolada do quadril. A inclinação lateral da pel ,
acompa?hada de flexão lateral da coluna (Fig. 3.36). ve e o quadril em rotação tanto interna como e posiçÃ0 QUADRÚPEDE. Os seguintes testes devem ser rea- fletir com facilidade (i.e., se a pelve continuar em nível mais
DEcuarm VENTRAL. Os seguintes testes de . apenas um ou com ambos os membr . ~tema ~ com alto, no lado que está sendo testado, em comparação com o
zados com paciente em posição quadrúpede: 1) efeitos da
zados no paciente em dec, b .t vem ser reah- comum a rotação da pelve ocorrer emºr:;~f:nores. E lll.ai lado oposto), devemos concluir que o quadril se encontra
alguns pacientes, a rotação da pelve çao externa. En, /o ição; 2) movimento de balanço para trás; 3) movimento
2) rotação do quadril e 3te:t~n:~~t~~: 1) flde~lão do joelho; em abdução, em rotação externa ou ambos. O paciente deve
• • Fl ~ ,., • qua n na mesma direção. Por conse uinte proces_sa-se sempr de balanço para a frente e 4) flexão do ombro.
exao uo Joelho O teste , . . • Efeitos da posição. A dor costuma ser mínima durante movimentar-se para trás, movimentando a região lombo-
para a síndrome de rota.ça~o t e _considerado positivo um dos quadris provoca o mo~imen't; ~~taçao externa de pélvica de forma simétrica. Caso o movimento de balanço
-ex ensao da col l b a rotação interna do outro quadril . pelve, enquanto posição quad~pede, ~e forma que ela é freqüentemente
quando a pelve se inclina ant . una om ar 3 para trás provoque sintomas em paciente cujos testes são
extensão da coluna lomba enormente, acompanhada de mesma direção. movimenta a pelve na u ada para aliviar os smtomas. As supostas vantagens da
posição quadrúpede compreendem a reduçã? da compressão altamente sugestivos da síndrome de extensão, e no qual
da pelve, eventualmente a~iu quando se observa rotação • • Extensão do quadril A 1· a contração dos flexores do quadril causa sintomas, esse
dos sintomas. Para confinn mpanhada pelo agravamento ~ão_ passa de 1O graus; orient~mo:m~ it_ude da ex!ensão 0
apoio sobre quatro pontos, o que perrmte que a coluna
ar o resultad ·· movimento para trás deverá ser executado empurrando-se
o terapeuta estabiliza a pelv 'fi o p~sitivo do teste, limitar a excursão Observ ~ p r isso, o paciente a a suma um alinhamento melhor que durante a posição ortos-
~ · a-se mmtas vezes e t ~ tática, na qual o suporte sobre apenas dois pontos aumenta o paciente pelas mãos, em vez de contrair os flexores dos
do joelho sem movimentaç~e e ven c~ o efeito que a flexão rotaçao excessiva da coluna A 'd ffi ~ x ensao ou quadris. Essa estratégia é capaz de reduzir ou de abolir os
sobre os sintomas. A dimini~ ~~~com~tante da pelve exerce excessivo b!eia-se geral~en: en l ca~ao do movimento 0 efeitos da compressão.
quadril sob a 1 ' . e, no efeito da extensão d • • Movimento de balanço para trás. Via de regra, esse sintomas.
o teste é positivo. ç os smtomas confirma que co una, mediante compara ~ o ••Movimento de balanço para a frente. O movimento
lados. O m vimento tamb , , çao entre os doi movimento diminui os sintomas, em virtude do discreto
• • Rotação do quadril. A rota ~ d . aumento da flexão. Em caso de rotação da coluna, essa de balanço para frente é freqüentemente capaz de agravar
com a rotação da articulação do ç~o. a pel_ve, Juntamente mas; considera-se, nesse c:: e capaz de p,rovo~~r sinto-
rotação tende a aumentar durante o movimento para trás. A os sintomas. O teste estará contra-indicado na presença
rotação também na colu qbua nl, sigmfica que ocorre a síndrome de rotação-extensãi~: o t~ste el positivo para de sintomas graves e se todos os demais testes para a ex-
. na verte ral A t ~ d aplicação de ligeira pressão, opondo-se à rotação da coluna
considerada responsável c . · ro açao a coluna é de confirmar o papel da exten - dco una ombar. A fim tensão forem positivos. Esse movimento não serve como
aso os smtomas se agr A fi sao ou a rotação l enquanto o paciente se movimenta para trás, é muitas vezes
de confi rmaro diagnóstico t b·1· um travesseiro sob O abd d . , co ocamos
. , es a i izamos a p l avem.
· •m músculos da parede abd om_e 1º pacient~; este contrai o capaz de aliviar os sintomas. exercício.
d o a movimentação lombo élvic . e ve, imp_edm- • • Flexão do ombro. Um teste positivo para a rotação
~ omma , com a mstru ~ d Alguns pacientes apresentam diferenças evidentes entre
rotação do quadril sobre p . a, e exammamos o efeito da na? empurre a coxa contralateral contra a çao e q~e da coluna, resultando em diferença de altura de pelo menos
. os smtomas A d. · · ~ dois quadris no que se refere à rigidez ou à amplitude
smtomas indica que sa~o d · immmçao desses evitar a flexão do quadril) A eli . ~ m~sa (ou SeJa, 0
meia polegada entre um lado e outro durante a flexão do
, ecorrentes da rot ~ d acompanham esse movi~ent mmaçao dos sintomas que dos movimentos de flexão. Essa diferença contribui para a
a qual e, por sua vez, produzida ~ açao a coluna, ombro. Havendo agravamento dos sintomas, o paciente será
da pelve. Dizemos que a rota ãt~la rotaça? compensatória de difícil solução. o costuma ser um problema rotação ou para a inclinação lateral da pelve, naturalmente
exercendo um efeito sobre a coluna (Figs. 3.37 e 3.38). Antes orientado no sentido de contrair os músculos abdominais.
compensatório porque a rota~ão 1~ p~lve ,e ~m n:1ovimento Recomenda-se não realizar esse . O fisioterapeuta poderá dar assistência manual, fixando o
apresentar sintomas durante o si l :st~ s_e o paciente da repetição do movimento de balanço para trás, será preciso
que permite compensar a rotaça~ . m fiop_elvica e um meio tronco para reduzir a rotação; ele deverá anotar o efeito
~ 0 msu ciente do d ·1 se o diagnóstico de exte ~ ti mp_ es ecub1to ventral ou que o fisioterapeuta examine o papel que a flexibilidade do
A rotaçao compensatória d
ª pelve pode ocorrer
qua n .
com indicado na presença de n~aot or evidente. El_e será contra- quadril exerce sobre o padrão do movimento. Se ele não se dessa manobra sobre os sintomas.
sm ornas graves (acima de 6/10).
A

A B

Variações no alinhamento da coluna em decúb'


lateral da coluna lombar B A abd - ,to lateral. A. A adução do quadr1·1 , Rotação da coluna lombar na posição quadrúpede e durante a extensão do joelho. A. Durante o movimento de balanço para trás, a
· · uçao do memb · f . e acompanhada d · r - flexão é maior no quadril esquerdo que no direito, razão pela qual a paciente se movimenta em direção à esquerda. A assimetria na flexão
colu~a e a pelve ocupam posição neutra u ro rn e~,o~ resulta em correção da inclina ão da e rn~ ,naçao lateral da pelve e flexão
estreita da mulher contribuem para a çl q_ ando o quadril e abduzido no teste positivo de Oçb dpe_lve e flexao lateral da coluna lombar C A dos quadris provoca rotação lombopélvica, conforme indica a altura assimétrica das duas metades da pelve. A predisposição para a rotação
d - 1, exao lateral da , ermo 1f1cado A la · · lombopélvica é observada também durante a extensão do joelho. B. A extensão do joelho direito não é acompanhada de rotação. C. Durante
a uçao. Essa mulher apresenta flexão lat It co 1una em decubito lateral D A pelve in r . rgura da pelve e a caixa torácica a extensão do joelho esquerdo, a região lombopélvica apresenta rotação em sentido anti-horário; isso confirma que os extensores do quadril
quando o tronco é comprimido e largo en:ª ~nto da coluna lombar como da col~n~ torácica Ec :a-~e para o lado quando o quadril está em direito são mais rígidos que as articulações da região lombopélvica que participa da rotação para a esquerda. O tipo de rotação articular é o
' uan o a pelve é relativamente estreita (em c . ·_ co una mantém-se reta em decúbito lateral
omparaçao com o tronco). mesmo durante o movimento de balanço para trás em posição quadrúpede e durante a extensão do joelho.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de DisFiunça~a d M ·
'J • os ovzmentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
._._...._
CAPITCLO TRÊS

pélvica ou da coluna. A intensificação dos sintom ~


comu - · as nao ·
. m, a nao ser que exista um sinal de tensão neural C e
dos movimentos que acabamos de descrever, a assimetria 3. O músculo TFL é mais rígido que os músculos abdo-
postural confirma a positividade do teste para a rotação da minais, encarregados de controlar a rotação da pelve.
os smtomas se agravem, solicitamos ao paciente que. a_so
coluna lombar. 4. O músculo grande dorsal é mais rígido que os músculos
a extens_ão do_joelho, enquanto o :fisioterapeuta estabi~:tta
• Articulação do quadril. Veja no capítulo 5 a descrição abdominais, encarregados da inclinação posterior da
coluna~ mstrumdo o paciente a deter o movimento tã ª a
a rotaçao começar. 0 1ogo de anteversão e retroversão. pelve e da extensão da coluna lombar.
CAMINHANDO DECÚBITO DORSAL. No paciente deitado de costas, com
os quadris e joelhos em extensão, a presença de dor é con-
• M_archa. A pelve executa muitas vezes movimen siderada sinal positivo para a síndrome de rotação-extensão Disfunções Musculares e dos Padrões de
excessivos de rotação durante a marcha· ou enta~o ob tos da coluna lombar. Todavia, em caso de sintomas irradiados, Recrutamento
se e t - · ' , serva
. x ensao e:cess1va da coluna lombar durante a fase -
0 alongamento do músculo iliopsoas nessa posição é capaz O fisioterapeuta observa, às vezes, disfunções nos padrões de
retirada dos pes. A rotação normal e' d 8 de de exercer forças de compressão e, forças de cisalhamento
. e graus em torno d recrutamento. Ao tentar o paciente colocar-se em posição
um eixo central. Os sintomas devem diminuir se o pac· e anteriores sobre a coluna lombar. E por isso que esse teste
fo · t 'd • 1ente ortostática, observa-se às vezes o recrutamento predomi-
r ms ru1 o a contralf a musculatura do abdome l não é considerado altamente específico, embora seja um
as d - b e co ocar nante dos músculos extensores da coluna sobre os efeitos
uas maos so re as cristas ilíacas a fim de el. . teste sensível. Colocar simplesmente os quadris e joelhos em
·
mov1mentaçao - excessiva.
. , 1mmar a opostos dos músculos abdominais. Pode haver recrutamento
flexão e exigir que o paciente os mantenha nessa posição não dominante dos extensores da coluna sobre os extensores
é O suficiente para determinar o efeito no sentido da redução do quadril durante as tentativas de voltar à posição ortos-
Postura: Variações Estruturais e Disfunções Adquiridas do estresse provocado pela extensão. Há casos em que a tática, a partir da posição de flexão anterior. Durante certos
contração dos flexores do g_uadril é por si só suficiente para
PosiçÃo ORTOSTÁTrCA. A postura não mantém correia ~ movimentos, tais como flexão anterior quando sentado ou
desencadear os sintomas. E por esse motivo que os quadris
com_ a dor lombar e nem se espera que isso ocorra O en~~o passar da posição deitada para a sentada, o recrutamento
do paciente precisam de apoio passivo durante a flexão; o
17:mento vem acompanhado de alterações est~turais d~ dos flexores do quadril predomina às vezes sobre o da
paciente precisa relaxar por completo todos os músculos dos
a 1 amento da co~una vertebral, embora essas alteraçõe musculatura abdominal.
membros inferiores. A redução dos sintomas é sinal positivo
nem sempre se mamfestem clinicamente. O paciente comes s de que a extensão é responsável por eles. Também observam-se, às vezes, falhas relativas ao com-
te~~se ~o canal ve~ebral costuma apresentar coluna lomba; DECÚBITO LATERAL. A coluna lombar pode apresentar-se primento ou à força dos músculos. Na presença de sinais
re 1 ca a, mas os smtomas devem-se à extensão. Por outro em flexão lateral, no paciente em decúbito lateral, sobretudo neurológicos a fraqueza muscular pode vir acompanhada
lado, a dor decorrente da extensão da coluna lombar tamb, na mulher que apresenta quadris largos. Os sintomas, quando de distribuição dos dermátodos. Fraqueza de origem não
~heia a ser ob~ervada no paciente que apresenta hiperlordi: presentes, costumam diminuir quando se coloca uma toalha neurológica é, às vezes, encontrada nos músculos oblíquo
om ar, ou seJa, aumento da convexidade anterior da colu- várias vezes dobrada sob a cintura, com o objetivo de apoiar externo abdominal, reto abdominal, transverso do abdome
~~ lombar. Vemos, portanto, que a postura é um indicador a coluna. Os sintomas que se manifestam nessa posição são e glúteo médio posterior. Os músculos TFL e reto femoral
util? e1:1?ºra nem sempre mantenha relação com a dor Essa sinal positivo de rotação. podem estar rígidos ou encurtados.
van~b1hdade _em :elação aos resultados dos testes é u~ dos DECÚBITO VENTRAL. O agravamento dos sintomas nessa
motivos que, JU~tI:ficam o exame combinado, em lugar do posição é considerado sinal positivo de extensão. Para con-
exame algontm1co. Tal como acontece com outros testes a firmar esse diagnóstico, o terapeuta coloca um travesseiro Testes de Confirmação
postura pode ser um~ pista interessante, mas pode também sob o abdome do paciente, de modo a reduzir a curvatura Testes confirmatórios específicos serão descritos neste ca-
ser um ac_hado negativo. Os seguintes achados são fatores lombar. O teste será positivo para a extensão se os sintomas pítulo, na seção que trata das "disfunções de movimentos".
Variações em relação à flexibilidade para a flexão do quad ·1
q~e contnbuem para a sín_drome de rotação-extensão: 1) a diminuírem. Via de regra, os testes confirmatórios decisivos consistem
cont 'b · - ri e sua h1perlordose lombar, 2) a h1percifose torácica, 3) a assimetria PosiçÃo SENTADA. O aumento dos sintomas, acompanha- na redução dos sintomas, que resulta da diminuição do
. - ri uiç~o para a rotação lombopélvica. A Pelve nivelada na po-
s'.ç~o de sa1da. B. Durante o movimento de balanço para trás o uadril pa~avert~bral e 4) a ~exão, retroversão ou anteroversão da do pela intensificação da curvatura lombar, é um sinal posi- alinhamento, do estresse ou do movimento no sentido da
art1culaçao do quadnJ. tivo de extensão. Para confirmar esse diagnóstico, apoiamos extensão.
d1r:1to apre~enta ~aior grau de flexão que o esquerdo, provoc~nd: a ro-
t~çao da_ art,culaçao lombopélvica, com a metade esquerda da pelve em . _• Hiperl~~dose lombar. A queixa de dor durante a o- o paciente com a coluna lombar estendida. O paciente que
~1vel mais alto ~ue a direita. C. Quadril esquerdo em rotação externa D s1çao ~rtostat1ca e a presença de curvatura lombar ex/ e- apresenta acentuada cifose torácica tende a manter a coluna
Resumo
urante ~ movimento de b~lanço para trás, estando o quadril esque~d~ rada sa~ dados que falam a favor da extensão como ca!sa alinhada em extensão quando sentado; esse alinhamento é
em rotaçao ~xterna, os dois quadris fletem-se por igual, evitando-se responsavel Rela dor. Para confirmar esse diagnóstico colo- capaz de provocar sintomas. Os pés podem não alcançar o A síndrome de rotação-extensão é a causa mais freqüente da
de_ssa maneira, a rotação compensatória da região lombopélvica O~ c~~os o Rac1ente encostado com as costas contra a ;arede chão quando o paciente é de baixa estatura (isto é, abaixo de dor lombar de caráter crônico. Existe uma série de testes que
~~sculos extensores e rotadores externos do quadril esquerdo são ~ais e e pedimos que estenda a coluna lombar. Via d 1,60 m), de modo a favorecer a inclinação anterior pélvica. servem para confirmar o diagnóstico. Nem todos os pacientes
;1g1~os em comparação ~om a coluna. Isso provoca rotação da coluna o paciente se vê obrigado a afastar os pés pelo m e regra, O paciente nem sempre se dá conta de estar contraindo os apresentam resultados positivos para todos os itens desses
15 a 30 cm - , erros uns
dom ,ar, em lugar de flexao do quadril, a não ser que haja diminuição . . em re 1açao a parede, de modo a poder fletir os flexores dos quadris ou os extensores da coluna quando testes, mas cada um deles apresenta um número maior de
o a ongamento da musculatura do quadril esquerdo. qua?ns e JO~lhos. O terapeuta precisa certificar-se de que o sentado. O fisioterapeuta precisa, por isso, certificar-se de resultados positivos, ou então, a gravidade dos sintomas é
pac1~nte esta relaxando a musculatura da coluna e de ue que o paciente está completamente relaxado e de que sua
maior nos itens dos testes para a extensão-rotação.
PosiçÃo ~ENTADA. Os seguintes testes devem ser execu- ~l~ ?ªº procura manter-se ereto. A diminuição dos sinto~as coluna esteja apoiada e estendida, a fim de poder avaliar o
ta)dos no 1:ac1en!e em posição sentada: 1) efeitos da posição·
m ica ~ue ~ teste é positivo para a extensão. efeito dos estresses de extensão sobre os sintomas.
2 extensao do Joelho. , d • Hzper_cifose torácica. A hipercifose pode estar combina- Tratamento
"P • tu•Ef<;,itos da posição. Veja a discussão sob o título de ª com a hiperlordose lombar. Estando o paciente encostado Flexibilidade Relativa e Disfunção de Rigidez O diagnóstico tem por finalidade orientar as medidas de
os ra. con~a a pa~ede, seus ombros e a região superior da coluna intervenção. A estratégia principal para o programa de
estarao flex10nados anteriormente. A coluna lomb . A coluna lombar apresenta excesso de flexibilidade no tratamento consiste em eliminar a postura, o estresse ou o
• • Extensão do joelho. Sentado sem a 010 . . estar rente , d fi ar precisa
executa a extensão do • Jh P ,. o paciente sentido da extensão e da rotação. Os seguintes fatores con-
~ ª pare e,ª m de podermos verificar se a retifi- tribuem para a extensão e rotação da coluna lombar:
movimento na direção que produz os sintomas. O programa
coloca a mão sobre a c~~~naºio:~:ran~~ fadfis1oterapeuta caç:o. da c~luna !ombar é capaz de reduzir os sintomas. não destaca os movimentos no sentido oposto, a não ser que
dente a d · Ih , o correspon- Assimetna paravertebral. Existe rotação sempre 1. Os flexores do quadril são mais rígidos que os músculos a disfunção postural seja excessiva. Por exemplo: o paciente
-o o Joe o a ser estendido. O teste será positiv
a rotaçao se a extensão do joelho for acompanhada por ro~~: que u1:1 lado da região lombar for meia polegada mais abdominais que inclinam a pelve posteriormente. que apresenta lordose deve diminuir a curvatura lordótica,
proemmente que o outro. Em combinação com os testes 2. Os abdutores do quadril apresentam maior rigidez que inclinando sua pelve para posteriormente e promovendo a
os músculos abdominais externos. extensão da curvatura lombar. O que é mais importante:
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunça~o d ~ ,r .
'J' os 1v1.ovzmentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
C APÍTULO T Rts
precisam~s identificar as atividades diárias e as posturas
q~e ':,ontnbuem para o estresse ou para o movimento na com o mem~ro inferior oposto. Com os dois joelhos .
direçao que se revela prejudicial. dos, ele se vira com o corpo todo d d . flet1- de 1o. A dor se manifesta também em posição deitada, mas posição em extensão de quadris e joelhos. Ele não consegue
b , e mo o a movim e se sente mais confortável em decúbito lateral. segurar o joelho esquerdo junto ao peito (com o quadril em
A rotaç_ã? _da coluna lombar durante a atividade ( or o raço e o tronco simultaneamente com a pelv entar el Análise Postural. Trata-se de um paciente . museu1oso; flexão de 100 graus), nem é capaz de deslizar a perna direita
exemplo, dmgmdo-se à frente da escrivaninha para alcan~ar membros i~feriores. Para se deslocar para um dis ~;;m os
os músculos do dorso são avantajados. A parte superior da para baixo em direção à extensão do quadril sem provocar
o computador, o telefone ou uma gaveta) e' um m . cama, o P?ciente se coloca em decúbito lateral, em urros da
e n .. ov1mento
se para tras com mãos e pés Quando ob . d p ando. coluna está inclinada posteriormente, porém, não se observa sintomas. É obrigado a usar as mãos e uma toalha por trás
ao .requente que poucas pessoas se dão conta de estarem fr · nga o a se desl
se virando enquanto trabalham. O paciente fica m 't inclinação posterior da pelve. O paciente apresenta assime- da coxa esquerda, para conseguir fletir o quadril esquerdo
para en~e, o paciente puxa a beira da cama com as º:ar
zes s t d , UI as ve- tria das regiões paravertebrais: o lado direito é acima de 1 e depois abaixar o membro sobre a mesa, de modo a poder
, e_n a o na ponta da cadeira; isso significa que ele está par~ m_ovimentar a metade superior do corpo Sendo maos
contramdo os flexores do quadril para poder se ma t mmto mtensa, ele se vê obrigado a' s . a dor polegada maior que o esquerd~ e o quadril es_qu~rdo encon- estendê-lo. O quadril direito estende-se até a posição neutra
· ~ El
I fi
·
posiçao. e precisa sentar-se no fundo da cad .
n ernessa
a co u~a e_ ormando uma_ curva ligeiramente voltada ara
. d
eira, apo1an o f d 1 , vezes, a usar a m~
ara es ocar o membro inferior para frente, evitando d ao
orma, o uso dos flexores do quadril. , essa
tra-se em nível levemente mais alto que o direito. Quando
em pé, o paciente mantém os quadris em abdução.
e o quadril esquerdo estende-se até 30 graus da extensão
completa. Os sintomas agravam-se quando o paciente mo-
dentro; os Joelhos e quadns precisam estar no mesmo ivel Análise dos Movimentos. Os sintomas agravam-se vimenta o membro inferior esquerdo.
p ~SSAGEM DA .POSIÇÃO SENTADA PARA A POSIÇÃO
e os pes devem estar apoiados sobre o cha~o A . 1· ~
d l d • me maçao
para um os a~ os ou o descanso sobre um dos antebra os
TO~T~TTCA. O paciente precisa deslocar-se até a beira
ca eira, ei:ripurrando-se com as mãos e evitando a rota ~a
ºJ· quando ~e pede. ao pac~ent~ ~ue mantenha os p~s ju~tos.
Essa posição deixa a cnsta ihaca esquerda em mvel amda
Abdução e rotação externa do quadril a partir de
sua flexão. A abdução/rotação externa do quadril leva
resulta_ em flexao lateral para as pessoas altas ou de troico mais alto que a direita, em comparação com o alinhamento à intensificação dos sintomas; vem acompanhada, além
dos quadns de um lado para outro. Em seguid 1 çao
compndo e braços proporcionalmente curtos. A flexão 1 - vanta ret • . a, e e se le- da pelve que se observa com os pés separados. Realizamos disso, de rotação lombopélvica, cuja excursão é maior nos
teral sem.1:re vei:n ª,co_mpanhada de rotação, assim como
compressao ass1metri~a das vértebras Jombares.
Ie . o, com os quadns almhados por cima dos joelh
~vita~do qu~lquer movimento capaz de acentuar a exten~; e
três testes em posição ortostática: 1) em flexão anterior, 2)
em flexão lateral, 3) em rotação, 4) em posição ortostática
movimentos do membro inferior esquerdo que durante a
movimentação do membro inferior direito.
a co una. As vezes há necessidade de usar os descan o com apoio unipodálico e 5) em posição ortostática com as Flexão passiva de quadril e joelho. Observa-se resis-
. Certos es~ortes, tais como o golfe, o squash e o tênis para ~s braços para se levantar da cadeira. Ao sentar-se s~s
ex1ge_m ~otaçao com os pés relativamente fixos de modo ~ o ~ac1ente ser obrigado a abaixar o corpo com auxíli:~ e
costas encostadas na parede. tência bilateral à flexão passiva de quadris e joelhos, na
contnbmre°2 freqüentemente para as síndromes' de rota ão Flexão Anterior. Os sintomas do paciente diminuem du- amplitude de 100 graus.
maos, sobretudo se a musculatura da coxa for fraca as
~reserv~çao da flexibilidade para a rotação do quad;il é SUBIDA DE DEGRAUS O fi ·
, f. · SIOterapeuta
.
precisa
.
determinar
rante a flexão anterior, mas aumentam durante o movimento Força da musculatura abdominal. Não foi testada, em
m !spensavel para reduzir ao mínimo a rotação com en 1 de retomo. Verificamos durante o movimento de retomo vista da dor provocada pela flexão ativa do quadril.
satona de pelv~ e coluna lombar. O tênis e o vôlei també~ ~~~o e a ase_ do ato d~ subir degraus capaz de agravar a que a coluna do paciente se estende mais rapidamente que Os seguintes testes adicionais foram realizados em qua-
d matolog~a do paciente. A primeira fase da subida de os quadris. Ao colocar as mãos sobre uma tábua cuja altura tro posições diferentes: 1) em decúbito lateral; 2) decúbito
envo~ve~ ~ovime~tos de rotação, mas a contribui ão da
egraus consiste em flexão do quadril para colocar o , lhe permite colocar as mãos sobre a mesma sem se fletir, o ventral; 3) posição quadrúpede e 4) em posição sentada.
rotaçao ~ao e excessiva porque os pés não permanece! fixos
e o movimento do corpo todo é mais nítido. sobre o degrau. A contração dos músculos abdomi pe paciente realiza a flexão anterior apoiando a região superior Decúbito lateral. Durante o teste em decúbito lateral,
antes ,d? ato de ~evantar o pé, é capaz de reduzir a dor ~ais, do tronco sobre as mãos e os movimentos de retomo. O o paciente sente-se mais confortável quando deitado sobre
. Todos os t~stes positivos passam a constituir os exercí-
i1~s que o paciente precisa aprender a realizar corretamente contrano, o paciente t~rá que subir um degrau de cad; v::~ paciente é instruído a se concentrar sobre a extensão dos o lado esquerdo que sobre o lado direito. O teste da força
d import~~te que ele entenda que o destaque do program~ A segunda fase da subida de degraus consiste em levantar o quadris e não da coluna, durante o movimento de retomo. do músculo glúteo médio posterior revela força de 3+/5 à
e ex,e~c1c10: cor~etivos é assegurar que a execu ão p~so do ,corpo, estando o pé sobre o degrau. Uma deficiên- A dor é menos intensa quando ele executa o movimento de esquerda e de 4+/5 à direita. Observa-se, durante essa prova,
exerc1c10s nao seJa acompanhada d . t ç dos cia que as vezes se observa é a extensão da coluna durante acordo com as instruções. que a passagem da abdução do quadril para a adução é acom-
exercício ca d . e sm ornas. Qualquer es~a fase ou a ~xtensão inadequada do quadril. É ossível
t, , . paz e agravar os smtomas precisa ser cancelado Flexão lateral. A flexão para o lado esquerdo intensifi- panhada por inclinação lateral da pelve. A rotação externa
a e a pro~ima consulta ao fisioterapeuta. evitar que os smtomas se agravem desde que p. ca a dor; este movimento ocorre na junção lombopélvica. do quadril é acompanhada de rotação lombopélvica.
· t , se onente o
P~sIÇAo 0RTOTÁSTICA. A posição ortostática com um dos ~ac1en e a permanecer levemente anteriorizado descansan A flexão para a direita leva à diminuição da dor, porém o Decúbito ventral. Os sintomas do paciente tendem a
qua?ns em adu?ão, leva à flexão lateral da coldna devendo odo peso do ~orpo sobre o corrimão, enquanio sobe par~ paciente é incapaz de flexionar muito nesta direção. Sua agravar-se em decúbito ventral; eles diminuem quando se
por isso, ser evitada. O paciente não deve 1·nc1· ' 1 , o egrau segumte.
t , · • mar a co una coluna lombar permanece reta durante os movimentos na coloca um travesseiro sob o abdome. Também aumentam
doracica postenormente, uma vez que essa postura é capaz M~RCHA. É preciso que o paciente ande deva ar ara quando o paciente dá início à flexão do joelho; observam-se

e=~
coluna torácica.
reduz1r a compressão da coluna 6 Ele d 1· . g p~ Rotação. Quando solicitado a realizar a rotação da rotação e inclinação anterior da pelve durante a flexão do
da pelve e sua inclina ~ .. . ev~ imitar a rotaçao
~{;{{1!~:1:o~n~dfi;~.;~;;::~~;~ ~=v:u:~=~ :. d çao antenor; isso exige, muitas vezes coluna, verificamos que a amplitude do movimento é con- joelho, tanto direito como esquerdo. A rotação do quadril
mmais e JOrma isometnca em fi · ar passos menores que O normal. ' sideravelmente maior para a direita que para a esquerda. não foi testada, já que o paciente não consegue fletir o joelho
para exercer a tensão necessária ara, a grau su_ ci~nte Posição ortostática com apoio unipodálico. Quando até 90 graus.
lige_iramente para trás e para dimin~ir a cut:%:a\:~~!~n~ Apresentação de Caso 1 o paciente procura apoiar-se sobre a perna esquerda, seu Posição quadrúpede. No início do teste em posição qua-
~:~~nte te tefere dor na posição ortostática deve encos~ar quadril esquerdo entra em adução e a dor toma-se um pouco drúpede, o paciente apresenta acentuada rotação da coluna
de ufina om ar c~ntra a parede nessa posição, relaxando Anamnese. Um executivo de 63 anos de idade ue mais intensa. Durante a posição ereta com apoio sobre a lombar para a direita. Todos os seus sintomas diminuem na
ssa orma, os musculos do dorso. ' traba~a numa grande empresa comercial vem há 5 n'ie~es perna direita, os sintomas que acompanham a flexão do qua- posição quadrúpede. Os movimentos de balanço para trás
d P?sI~Ão SENTADA. A posição sentada no fundo de uma se que1xand~ de dor intensa nas costas e n; face posterior da dril esquerdo tendem a se intensificar, ao mesmo tempo que aumentam o grau de rotação. A pelve também apresenta
ca eiral e encosto reto contribui para o relaxamento da ~:a esqrtu_er a, .ª qual se propaga até a perna. O paciente é ocorre rotação lombopélvica evidente para o lado direito. rotação em sentido horário, dando a impressão de ser mais
mus~u atura dos quadris e da coluna Q . . espo ista ativo que regularmente monta a 1
precisam estar no mesmo nível O tronc. duadns e Joel~os faz d o . , cava o em sua Posição ortostática com as costas encostadas na parede. alta no lado direito que no esquerdo.
er t ~ · 0 eve ser mantido e_n a. exam~ rad10logico revelou degeneração dos dis- Os sintomas diminuem quando o paciente é solicitado a Posição sentada. O paciente refere apenas sintomas
e o, sem ~otaçao nem inclinação para um lado ou outro cos mtervertebrais e esten dO 1
·
Ih e fi01 aconselhada po , ose cana vertebral. A cirurgia encostar a região lombar contra a parede. discretos quando sentado com as costas apoiadas no encosto
tlgu~s pacientes conseguem reduzir os sintomas apoiando~ 1
e d ' rem, e e prefere tentar o tratamento Decúbito dorsal. Os seguintes testes são realizados no da cadeira. Não refere agravamento dos sintomas durante
e so re o assent~ da cadeira ou sobre os descansos ar ons:rva or, ante~ de concordar com a cirurgia. paciente em decúbito dorsal: 1) comprimento dos flexores do o teste de extensão do joelho, porém, os músculos isquioti-
~~b~:ª~:~l~~~-ficiente apenas para aliviar o peso do trtnci na S~t~mas. Os ~I~tomas desse paciente consistem em dor quadril, 2) efeitos da posição, 3) abdução e rotação externa biais revelam-se encurtados durante a prova de extensão do
p~sfi1çao odrtostatica, que se agrava durante a marcha Ele do quadril, a partir de sua flexão; 4) flexão passiva de quadril joelho: 30 graus da amplitude total do movimento.
de ~IRANDO-SE NA C~MA. Estando em decúbito dorsal e classi ca a or de 6 a 7 ·
d d . , numa escala que vai até 1O Apesar e joelho e 5) força da musculatura abdominal. Análise do Comprimento e da Força dos Músculos.
i~;
desliz~:d:c~~:~:~:~f 0d~= tntomas, ~eve o paciente
a ~~ o paci_ente se obriga a andar. A dor se est~nde até
~ regiao m,gumal .:squerda, descendo pela face posterior
Comprimento dos fiexores do quadril. Os músculos O exame do comprimento e da força dos músculos revela
o joelho de um lado, repetindo, e:~:::rta, :~:eºe~::~~~~; a coxa ate a regiao posterolateral da ema E
sentada, a intensidade da dor diminui p~ra 2 ; 3~f
. ~
~:~~~
TFL e reto femoral direito e esquerdo estão encurtados, com
inclinação compensatória anterior da pelve.
encurtamento bilateral dos músculos TFL e reto femoral. Os
músculos da parede abdominal não são capazes de controlar
Efeitos da posição. O paciente é incapaz de tolerar a os movimentos de inclinação anterior da pelve, assim como
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos

Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar


a rotação e flexão lateral da pelve. Os músculos isquiotibiais CAPÍTULO Ttls
estão encurtados, porém, esse fato não contribui para a dor. _o_ paciente de,verá modificar parte de suas atividade
Os músculos glúteos máximos apresentam rigidez, mais à cotidianas: devera sentar-se no fundo da cadeira e e ·t Apresentação de Caso 2 Flexão lateral. A flexão para o lado esquerdo leva ao
direita que à esquerda. sentar-se na beira, conforme estava acostumado a f:v1 ar aumento dos sintomas; os últimos segmentos lombares são
azer Anamnese. Um executivo de 58 anos de idade, dono do a sede desse movimento. O bloqueio manual do movimento,
Diagnóstico. Os resultados dos testes de alinhamento e enquanto trabalhava. Ele precisa também evitar a rotação , prio negócio, refere dores ao longo da perna esquerda
motricidade estão perfeitamente de acordo com a existência do tronco enquanto sentado, na tentativa de pegar objeto baseado no apoio no nível da cintura, é capaz de diminuir a
~:~ante a marcha e na posiç~o ortostática. Ao ser int~rro-
de problemas em relação à rotação e extensão. Os sintomas
do paciente diminuem quando ele estende a coluna lombar
que se encontram sobre sua escrivaninha. (Seu espaço d: ado a respeito do seu ambiente de trabalho, o pac1ent~
dor durante a flexão para o lado esquerdo. Os sintomas não
se modificam quando a flexão é para o lado direito.
trabalho e seu telefone estavam posicionados sobre um fnforma que trabalha com dois quadros de ~~e?da pre!os a
conforme demonstra a redução dos sintomas em posiçã~ mesa atrás da escrivaninha. Para atender o telefone 1ª ede atrás de sua escrivaninha. Seu escntono d1spoe _de Rotação da coluna. A amplitude do movimento é maior
s~ntada, dur~nte a flexão dos quadris e na posição quad-
. , ee
virava sempre para o lado direito.) O telefone encontra-se ~~ portas, pelas quais seus funcioná:ios chegam de vánas para a esquerda que para a direita. .
Posição com apoio unipodálico. Os smtomas agravam-
rupede. Os smtomas são agravados pelo posicionamento agora sobre sua escrivaninha. direções; seu telefone fica na extremidade esquerd~ ~a.es-
em extensão e pelos movimentos de extensão. Portanto o crivaninha. Os quadros de agenda, as portas do esc:itono e se, quer o paciente se apoie sobre a perna direita ou es-
Resultados. O paciente realiza seus exercícios dua
diagnóstico é de síndrome de rotação-extensão.
:n-atame~to. O tratamento prevê, em primeiro lugar, ca-
' vezes ao dia. Várias vezes durante o dia, ele se coloca dep/ a posição do telefo?-e impõem~lhe constanted~ m ov1m~ntos
de rotação nessas direções, mmtas vezes ao ia. 0 pacient_e
querda.
Posição ortostática com a coluna apoiada na parede.
com as costas encostadas contra a parede, a fim de realizar ' Essa posição não é capaz de aliviar os sintomas.
p~citar o paciente a ficar em decúbito dorsal com os quadris ' . os apresenta peso muito acima do normal e um abdome parti-
exerc1c10s recomendados. Por ocasião da segunda consulta Decúbito dorsal. Os seguintes testes são realizados no
e Joelhos em ext~nsão. Ele não será capaz de ficar em pé larmente volumoso. Para acomodar o abdome e ~anter
uma semana mais tarde, os sintomas que apresentava e~ cu . . ~ b d paciente em decúbito dorsal: 1) comprimento dos flexores do
sem apr~sentar smtomas enquanto não conseguir assumir o pés firmemente sobre o. p1so, o paciente ve-se o nga o
s
essa posição em decúbito dorsal. posição ortostática e durante a marcha caíram para 4 ou 5 a sentar na borda da cadeira. quadril; 2) efeitos da posição; 3) abdução e rotação externa_~º
numa escala que vai até I O. A intensidade da dor diminui O paciente sofre de cardiopat~a: que está sendo contro- quadril a partir da flexão e 4) força dos músculos da regiao
A pa~tir ~essa posição em gancho, pedimos ao paciente
par~ 2 a 3 quando ele se encontra em pé, com as costas lada por medicamentos. Ele participa de um prowama de inferior da parede abdominal.
que apoie o Joelho esquerdo contra o peito e que deslize o
membro inferior direito em extensão, contraindo ao mesmo
ap01adas na parede. Ao sentir sintomas intensos, o paciente reabilitação cardíaca, executando alongamentos_que mclu~m ?
Comprimento dos flexores do quadril. m~sculo _TFL
recorre ao movimento de balanço para trás; esse exercício 0 alongamento do tendão de Aquiles. O pac1ent~ re~hz~ está encurtado nos dois lados e a pelve mclma-se ime-
temp? o_s músculos abdominais. Com travesseiros sob o joe-
é capaz de abolir seus sintomas. esse alongamento inclinando-se para frente em direçao a diatamente para frente quando procuramos passivamente
lho _dire1t?,. a fim de apoiar o quadril na posição de flexão, o
~o nos consultar pela terceira vez, uma semana depois, parede e colocando a coluna lomba~ em e~tensão. Exe~u~a, colocar o quadril em extensão; esse fenômeno é observado
paciente e mstruído a segurar um lençol com as duas mãos 0 também, exercícios de rotação pélvica, deitado em posiçao
por baixo da coxa esquerda para ajudar no ato de deslizar paciente consegue andar uma quadra, com sintomas que não nos dois lados.
p_assam de 2 a 3. Ele é capaz de ficar em pé sem apresentar de gancho. . . _ Efeitos da posição. Precisamos colocar travesseiros sob
quadril e joelho em extensão e para depois voltar a fleti-los O paciente já passou por cirurgia de reconstruçao do
enquanto contrai os músculos da parede abdominal. Co~ smtomas, encostando as costas na parede e mantendo os a região superior da coluna torácica do paciente, a fim d_e
joelho esquerdo; este p_arece te~ ~umen~ado de volume, acomodar a hipercifose torácica. Ele não consegue ficar dei-
o joelho direito apoiado sobre travesseiros, ele é solicitado quadris e joelhos em flexão apenas discreta. Observamos
em comparação com o Joelho direito, alem de apr~se~tar tado com os quadris e joelhos em extensão, em virtude dos
a colocar o quadril esquerdo fletido em abdução/rotação uma mudança visível nos contornos de sua coluna, o que
postura em varismo. As dores do paciente fora~ atnbmdas sintomas que apresenta no membro inferior esquerdo. Ele
externa, enquanto a contração dos músculos abdominais r~sultou :m redução ace~tuada da rotação; o paciente já a um processo degenerativo do joelh~, coi:n smto~as que
tenta impedir a rotação da pelve. Esse exercício em decúbito nao mantem a coluna desviada para trás quando em posição é capaz de colocar o membro infer~or em extensã~ quando
se irradiam para a coxa e a perna. A c1rurg1a ,d~ protese da
dorsal é repetido em seguida no lado oposto. ortostática. Ele é capaz de assumir o decúbito dorsal com os segura o joelho direito contra o peito: essa extensa~ chega
articulação do joelho já está prevista. Um med1,co, paren_te
Deitado em decúbito lateral, com um travesseiro entre quadris e joelhos de ambos os lados em extensão embora a 20 graus abaixo da extensão completa do quadnl~ sem
do paciente, examinou as radiografias e chegou a conclusao
~s joelhos para controlar a rotação interna, o paciente é in- seja obrigado a recorrer à contração ativa dos ~úsculos provocar sintomas. O paciente também conseg:1e ?eshzar o
de que os dados são compatíveis com a esten~se do canal
timado a colocar o quadril em rotação externa, ao mesmo membro inferior esquerdo sobre a mesa, mas nao e capaz de
a_bdominais, a fim de manter essa posição sem apresentar vertebral. O paciente é encaminhado ao fis10terapeut~,
tempo em que deve manter a pelve estabilizada. levantá-lo da mesma sem que os sintomas se manifestem.
smtomas. Esse programa é complicado com exercícios de com o objetivo de decidir se seus sintomas são passíveis
Estando em decúbito ventral, com um travesseiro sob de tratamento conservador. Abdução e rotação externa do quadril a ~artir da flexã~.
abdução e adução do quadril em decúbito lateral. Ele é
o abdome, o paciente é solicitado a contrair a musculatura No lado direito, o paciente é capaz de reahzar esse movi-
acrescido, além disso, de exercícios de flexão do ombro Sintomas. A posição ortostática provoca dor imediata
na coxa e na perna do paciente. Suas caminhadas limitam- mento sem rotação da pelve. Mas, ao executá-lo com o
do a~dome e a fletir os joelhos, um após o outro, enquanto durante a p~sição ortostática com as costas contra a parede:
se estritamente ao necessário para o trabalho e para os quadril esquerdo, instala-se a rotação pélvica e os sintomas
o fis10terapeuta acompanha os movimentos de sua pelve mas a amplitude desse movimento é restrita, em virtude da
cuidados com o próprio corpo. O paciente classifica a dor tendem a se agravar.
com as mãos. Ele deverá interromper o movimento assim ruptura pregressa do manguito rotador do ombro direito.
que _ocorrer qualquer inclinação da pelve ou quando se que sente durante a marcha de 6- 7, numa escala de 1O. A Força dos músculos da metade inferior da parede ab-
. O paciente continuou a ser visto semanalmente pelo dominal. Esses músculos não foram testados por causa da
mamfestarem quaisquer sintomas. dor aumenta para um nível entre 8 e 9 sempre que tenta
fis10terapeuta durante 8 semanas, para eventuais mudanças dor que acompanha a flexão ativa do q~ad~il. ~nt~etai:to, o
Na posição quadrúpede, estando com os quadris em realizar caminhadas mais longas. O paciente apresenta al-
do prog~ama. Ao final desse período, ele consegue cami-
abd~ção ~ ? qua~ril direito e~ ligeira rotação externa, o guns sintomas quando sentado, mas a dor não passa, nessa paciente não é capaz de impedir ou restnngir a mclmaçao da
nhar mais de 1,5 km sem apresentar quaisquer sintomas; posição, de 1 a 2. pelve para a rotação, o que indica fraqueza da musculatura
p~c1ente e mstrmdo a se mov1mentar para trás, parando
ele também fica em pé e executa todos os exercícios sem Análise Postural. O paciente apresenta acentuado abdominal.
diante de qualquer aumento dos sintomas.
apresentar sintomas. O alinhamento da coluna continua aumento da região lombar inferior, além de evidente assi- Os seguintes testes complementares foram realizados
Na posição sentada deve o paciente executar movimen-
melhorando; por ocasião da última consulta, a assimetria metria da região paravertebral: o lado esquerdo é cerca de em quatro posições diferentes: 1) em decúbito lateral; 2)
tos de exte~são do joelho e de dorsiflexão plantar.
antes presente era apenas visível. O paciente pretende jogar 18 mm maior que o direito. Observa-se, também,~ pr~sen~a em decúbito ventral; 3) em posição quadrúpede e 4) na
Na posição ortostática, com as costas encostadas na
golfe, sen?o avisado da importância de executar a rotação de hipercifose torácica. A pelve apresenta leve mclma7ao posição sentada. .
~arede, o paciente afasta os pés o suficiente em relação
Decúbito "lateral. A rotação pélvica ocorre com quadnl
a parede, ~ fonto de conseguir fletir os quadris e joelhos. nos quadns e não na coluna lombar ao realizar as tacadas. anterior. As cristas ilíacas encontram-se no mesmo mvel
Ele é aconselhado também a não jogar de forma competitiva e o joelho esquerdo apresenta varismo, conforme já dito em rotação externa, porém, apenas no lado es,q~erdo.
Nes~a pos1çao, ele será capaz de estender a coluna lombar.
1 ~as suas primeiras vezes no campo de golfe. O paciente acima. Decúbito ventral. O paciente tolera o decub1to ventral,
Ped mos, então, 9ue _contraia os músculos abdominais e que
mfo~ou por telefone que sente um pouco de dor após as Análise dos Movimentos. Foram realizadas cinco testes desde que se coloque um travesseiro sob seu abdom~. Ao
coloque os quadns e Joelhos em extensão, de modo a deslizar
partidas de golfe, mas que a prática dos exercícios elimina em posição ortostática: 1) flexão an~erio~; _2) flexão lat~r~l; testarmos a flexão do joelho, verificamos que o paciente
parede a_cima. Ele será orientado no sentido de parar assim
que os smtomas se manifestarem. seus sintomas. Ele deu a entender que pretende lentamente 3) rotação da coluna; 4) apoio umpodahco e 5) posiçao só consegue fletir o joelho esquerdo até 90 graus. A flexão
retomar a prática do golfe. ortostática com a coluna apoiada na parede. tanto do joelho direito como do esquerdo é acompanha~a
Flexão anterior. Os sintomas do paciente diminuem por rotação compensatória da pelve. O exam~ da rotaçao
quando ele executa esse movimento, ao passo que o retomo do quadril também é acompanhad~ por rotaçao da pelve,
após a flexão tende a agravá-los. mas esse movimento não provoca smtomas.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfu nção do Movimento da Coluna Lombar
CArfTVLo T m

Posição quadrúpede. O paciente não é capaz de adotar Resultados. Ao voltar à consulta com o :fisioterapeuta 1 é freqüente nos pacientes que referem lombalgia crônica durante o movimento de flexão do quadril; o terapeuta re-
essa posição por causa da patologia do joelho. semana mais tarde, o paciente consegue ficar em pé dura~te ou episódios repetidos de dor lombar, nos indivíduos com gistra o efeito desse movimento sobre a sintomatologia do
Posição sentada. O paciente não apresenta sintomas alguns instantes sem perceber quaisquer sintomas. Ele é mais de 60 anos de idade e em mulheres que apresentam paciente. O paciente é obrigado, às vezes, a usar as mãos
quando sentado com as costas apoiadas no encosto da ca- capaz, também, de ficar em pé com as costas apoiadas contra musculatura abdominal fraca. para puxar o joelho até o peito, evitando, dessa maneira,
deira, desde que relaxe os músculos dos membros inferiores. a parede, sem apresentar sintomas. Ele se senta e passa da toda a atividade dos músculos flexores do quadril. Pode-
O teste de extensão do joelho não produz sintomas, embora posição sentada para a posição ortostática sem que isso lhe mos passar uma toalha ou um lençol por baixo da coxa; o
Sintomas e Manifestações Dolorosas
se comprove um leve encurtamento dos isquiotibiais. provoque sintomas. No final da segunda semana, o paciente paciente deve segurá-los com as mãos para movimentar o
Análise do comprimento e da força dos músculos. consegue fica! e~ decúbito dorsal durante pouco tempo, As queixas variam, indo desde a região lombar à irradiação
membro inferior.
Os flexores do quadril revelam-se rígidos e encurtados; os com os quadris e Joelhos em extensão. para a região glútea, a parede posterior da coxa, a fase
• Flexão do ombro. A flexão do ombro em 180 graus é
músculos abdominais são fracos. Depois de 1 mês de consultas semanais com o fisiotera- lateral da coxa e/ou para o pé. Os problemas médicos e os
acompanhada por extensão da coluna lombar, de modo a
Diagnóstico. Os sintomas desse paciente devem-se a peuta, o paciente consegue caminhar cinco ou seis quadras diagnósticos concomitantes são de estenose do canal ver-
agravar os sintomas.
sua postura da coluna, e não aos movimentos do joelho e ficar em pé durante 15 a 20 minutos, sem apresentar sin- tebral, degeneração dos discos intervertebrais e osteoartrite
DECÚBTT0 VENTRAL. As seguintes provas serão realizadas
ou o peso suportado. A postura principalmente responsá- tomas. Sempre que sente dor, ele a alivia encostando-se em da coluna vertebral.
no paciente em decúbito ventral: 1) efeitos da posição; 2)
vel pelos sintomas é a extensão, mas a rotação da coluna posição ortostática contra a parede ou inclinando-se sobre a
flexão do joelho e 3) extensão do quadril.
também contribui, certamente, para a redução dos forames superficie da mesa, voltando depois à posição ortostática, da Postura • • Efeitos da posição. Os sintomas aumentam em decú-
intervertebrais. Outro fator que contribui para os problemas maneira que lhe foi ensinado. Os fatores essenciais para sua No paciente que apresenta a síndrome de extensão, as va- bito ventral, mas diminuem quando se coloca um travesseiro
do paciente é a fraqueza da musculatura abdominal e a falta recuperação foram as mudanças efetuadas em seu escritório riações estruturais da postura compreendem a hipercifose embaixo do abdome.
de apoio para a coluna, durante a contração dos flexores do e nos seus padrões de movimentos, assim como o melhor da coluna torácica, encontrada em pessoas idosas, assim
controle sobre a musculatura do abdome, impedindo a tração • • Flexão do joelho. A execução desse movimento
quadril. A flexão da coluna lombar, em posições que não como em jovens portadores da doença de Scheuermann;
dos flexores dos quadris sobre a coluna ventral. leva à inclinação anterior da pelve; ela é capaz de agravar
provocam compressão (encostado contra uma superficie ela é acompanhada, geralmente, de hiperlordose lombar. As
Depois de passado cerca de um ano e meio, esse paciente os sintomas. Para confirmar que a prova de extensão da
de apoio ou na posição quadrúpede), é acompanhada de falhas adquiridas mais freqüentes são o desvio posterior da
voltou ao serviço de fisioterapia para avaliação e tratamento coluna lombar é positiva, o fisioterapeuta deve fixar a pelve,
redução dos sintomas. Todavia, o problema do joelho porção superior da coluna ou a inclinação anterior pélvica,
de dores na região lombar e na perna. Ele tem estado bem, impedindo, assim, sua inclinação anterior; ele registra os
impede esse paciente de assumir a posição quadrúpede. O assim como a lordose lombar acentuada.
apresentando apenas sintomas mínimos, sendo capaz de efeitos sobre a sintomatologia.
diagnóstico é de síndrome de rotação-extensão.
sempre controlar os sintomas com auxílio dos exercícios • • Extensão do quadril. Esse movimento aumenta a
Tratamento. Os principais objetivos do programa pres- Disfunção dos Movimentos
principais. Infelizmente, sofreu outro infarto, que o abrigou extensão da coluna lombar e é capaz de agravar os sinto-
crito a esse paciente são: a eliminação dos movimentos
de rotação durante as atividades, a redução da postura em à realização de uma cirurgia de ponte safena. Ele adotou um POSIÇÃO ORTOSTÁTCCA. Os seguintes testes são realizados mas.
rotação, o aumento da força e a redução do comprimento programa intensivo de exercícios e exercita-se atualmente 6 no paciente em posição ortostática: 1) flexão anterior e 2) PosiçÃo QUADRÚPEDE. Os seguintes testes devem ser
dos músculos da parede abdominal. vezes por semana, com auxílio de equipamentos que impli- retomo após a flexão anterior. realizados nos paciente em posição quadrúpede: 1) extensão
Quando em decúbito dorsal, o paciente executa movi- cam treinamento com pesos, e fazendo exercícios aeróbicos • • Flexão anterior. Esse movimento costuma diminuir e flexão da coluna lombar; 2) movimento de balanço para
mentos de deslizamento do calcanhar, primeiro segurando na água. Perdeu muito peso e a definição de sua musculatura os sintomas, mas, no paciente que apresenta dor irradiada, frente e 3) movimento de balanço para trás.
um dos joelhos de encontro ao peito e depois em posição melhorou (sobretudo dos músculos reto abdominal e dos esta é capaz de se agravar durante essa prova. Em alguns • Extensão e flexão da coluna lombar. A extensão da
em gancho, enquanto contrai os músculos abdominais. extensores da coluna), mas ele vem praticando exercícios casos, particularmente nos pacientes com abdome protruso coluna lombar tende a aumentar os sintomas, enquanto a
Ele também precisa executar movimentos de abdução e que exigem a extensão da coluna ou que são executados com ou com musculatura abdominal fraca, é possível a redução flexão leva à diminuição dos mesmos.
rotação externa do quadril. O paciente não está em condi- a coluna estendida. Os exercícios aeróbicos na água exigem dos sintomas graças à contração dos músculos abdominais, ••Movimento de balanço para frente. Esse movimento
ções de praticar exercícios em decúbito lateral, em vista da a flexão repetida dos quadris, de modo a contribuírem para enquanto o fisioterapeuta apoia o abdome do paciente du- agrava os sintomas.
patologia do joelho. Ele realiza a flexão do joelho durante o problema. Foi, então, feita uma análise minuciosa do seu rante a flexão. ••Movimento de balanço para trás. Esse movimento
o posição ventral, mas não é capaz de tolerar exercícios na protocolo de exercícios, resultando na recomendação de • • Retorno após a flexão anterior. Esse movimento faz os sintomas diminuírem. A fim de evitar o uso dos fle-
posição quadrúpede. Na posição sentada, consegue realizar alterar a execução de alguns exercícios e de excluir outros. tende a agravar os sintomas sempre que a extensão da xores do quadril, o paciente vê-se obrigado, às vezes, a se
a extensão do joelho. Na posição ortostática, o paciente é O paciente também é aconselhado a retomar os exercícios coluna ocorrer mais rapidamente que a extensão dos qua- empurrar para trás.
instruído a se inclinar sobre a escrivaninha e estender as em decúbito dorsal, segurando o joelho contra o peito dris. Para confirmar o diagnóstico, orientamos o paciente a Pos1çÃo SENTADA. As seguintes provas devem ser reali-
mãos para frente, mantendo os quadris e joelhos em flexão. enquanto contrai os músculos dorsais e abdominais, e de
voltar da flexão anterior estendendo os quadris, ao mesmo zadas no paciente sentado: 1) extensão da coluna lombar;
Esse exercício-chave é capaz de eliminar seus sintomas por deslizar quadril e joelho para colocá-los em extensão; a
tempo em que deve evitar a extensão da coluna vertebral; 2) coluna lombar estendida ou em flexão.
completo. Todavia, ele encontra dificuldades para voltar à modificação dos sintomas serve para determinar a excursão
o terapeuta anota o efeito desse movimento sobre os sin- • • Extensão da coluna lombar. Consiste em encurvar as
posição ortostática. Não pode simplesmente endireitar-se, do movimento. Graças a essas recomendações, a lombalgia
tomas do paciente. costas, trazendo a coluna lombar para frente em extensão;
porque esse movimento resulta em extensão da coluna. Em foi eliminada e o paciente agora é capaz de andar, sentindo
apenas uma dor discreta na perna. DECÚB[TO DORSAL. As seguintes provas devem ser reali- os sintomas agravam-se nesse caso.
vez disso, deve fletir os quadris e joelhos em grau ainda zadas estando o paciente em decúbito dorsal: 1) efeitos da • • Coluna lombar estendida ou em flexão. A posição
maior, de modo a deslocá-los por baixo da escrivaninha, posição; 2) flexão de quadril e joelho e 3) flexão do ombro. sentada, com a coluna lombar retificada e apoiada ou em
adotando, portanto, uma posição semelhante à posição sen- Síndrome de Extensão da Coluna Lombar • • Efeitos da posição. Em comparação com a posição flexão, contribui para diminuir os sintomas.
tada. Nessa posição, ele se ergue reto, empurrando os braços
de quadris e joelhos em extensão, os sintomas tendem a POSIÇÃO ORTOSTÁTICA COM AS COSTAS APOIADAS CONTRA A
de leve contra a superficie da mesa. Essa posição pode ser Por ordem de freqüência, a síndrome de extensão da coluna
diminuir quando se coloca um travesseiro sob os joelhos PAREDE. O teste de extensão da coluna lombar é realizado
mantida por breve período sem que apareçam sintomas. O lombar, quer acompanhada ou não de irradiação da dor,
ou quando os dois joelhos são levados passivamente até o com paciente nessa posição.
paciente pratica esse exercício muitas vezes ao dia a fim de ocupa o segundo lugar entre as categorias encontradas por
peito. • • Coluna lombar achatada. Esse movimento leva à
reduzir os sintomas e melhorar o alinhamento da ~aluna. Van Dillen e colaboradores em sua pesquisa. 53 Conforme já
• Flexão de quadril e joelho. A realização desse mo- redução dos sintomas. O paciente relaxa a musculatura das
O paciente também mudou seu escritório, fechando todas foi dito, a redução da espessura dos discos intervertebrais
as portas, à exceção de uma só, e mudando os quadros com vimento provoca a inclinação anterior pélvica, podendo costas e não procura adotar a posição ortotástica. Seus pés
agrava os problemas relacionados com a redução dos fo-
as agendas. Eles encontram-se agora na sua frente; portanto, também agravar os sintomas. Para confirmar o diagnóstico precisam estar a uma distância suficiente da parede para a
rames de intervertebrais, cuja luz já se encontra reduzida
não é mais obrigado a se virar para vê-los. da síndrome de extensão, pedimos ao paciente que contraia coluna poder se estender contra ela. O paciente também
em conseqüência da extensão da coluna. Esse diagnóstico
os músculos abdominais, a fim de impedir essa inclinação deve fletir joelho e quadris.
Diagnóstico e Tratamento das S, d .
zn romes de Dzstunção
'.I'
dos M ovzmentos
.
Síndromes de Diefunção do Movimento da Coluna Lombar
MARCHA. A prova de extensão da 1 CAPÍTULO TRÊS

lizada enquanto o paciente anda. co una lombar é rea- °:_elh,or_maneira possível e com oco .
nao e smônimo de exercí . _mpnmento certo· . ··evela-se importante, pelo fato de opor-se à atividade desses um grave acidente com veículo automotor, 6 anos antes,
• • Extensão da coluna lomba D
observa-se extensão excessiva d r. urante a marcha, generalizado da muscula:~: ;;:; vi~a~ o forta1eci~~nt o flexores do quadril. tendo, na ocasião, sofrido fraturas da pelve, seguidas por
apoio bipodálico a qual leva a coluna lombar, na fase de excesso dos flexores do . omma . A atividade o Exercícios em decúbito ventral. A flexão do joelho consolidação com certo grau de mau alinhamento da pelve.
confirmação do cliagnóstic a _um aumento dos sintomas. A iliopsoas contrib . quadnl, sobretudo do rn, en- a prevenção anterior pélvica, através da contração dos Ela trabalha como assistente de um médico, numa clínica
. ' UI para o problema d ~ Uscu10
abdominais e a marcha a po exige a contração dos músculos ~ úsculos abdominais, não só melhoram o desempenho da de medicina geral muito movimentada. Seu serviço exige
. assos curtos o fi · ~r~cJSa dar-se conta da maneir a extensa~. O pacient 1
muitas horas em pé e muitas flexões ao longo do dia. Cinco
g1stra os efeitos desses movim · si_oterapeuta re- tid1anas contribuem p a pela qual as atividades t :nusculatura abdominal como também levam ao alongamen-
do paciente. entos sobre a smtomatologia ara o seu problema· eJ co. dias antes de ser encaminhada, a paciente sofreu outro acidente
como usar os músculos abd . . , e precisa sab to dos músculos reto femoral e TFL. A rotação externa do
ommais de forma eficaz. 1 quadril também ajuda a alongar o músculo TFL. A extensão automobilístico, queixando-se então de dor no abdome e na
Resumo do quadril costuma ser contra-indicada na presença de sin- pelve. O exame radiológico não revelou alterações recentes.
Tratamento As fraturas decorrentes do primeiro acidente estão locali-
wmas,já que esse movimento tende a aumentar a extensão
A postura, os estresses e os mov. OBJETIVOS PRINCIPAIS O . . . . zadas na região direita da pelve.
para a extensão da coluna lomb imentos que contribuem da coluna lombar.
colo de tratamento consist:r:~:c1pais ~bJetivo_s do proto- Exercú:ios em posição quadrúpede. Os sintomas dimi- Sintomas. Os sintomas da paciente agravam-se quando
tomas; estes diminuem em ar t~ndem a agravar os sin-
lo:n_bar, desde que presente assi:rreçao da hiperlordo e nuem, muitas vezes, quando se instrui o paciente a fletir a ela procura movimentar-se, sobretudo em posição deitada.
e movimentos desse tipo. resposta a prevenção de estresses
at1_vidade dos músculos abd,omi . como no aumento da coluna lombar nessa posição, movimentando-se para trás. Sente dor ao virar-se ou ao trocar de posição na cama. Sente-
e_v1tar as forças de extensão u 1na1s, com a finalidade de se melhor ao levantar-se pela manhã, mas a dor se intensifica
Disfunção da Flexibilidade e R. :~ 0 paciente que apresenta hipercifose da coluna torácica,
smtomas. Observa-se fre .. q e evam ao agravamento do durante a segunda metade da sua jornada de trabalho.
Afl ·b·1· igutez esse exercício favorece o endireitamento da coluna torácica;
ex1 I idade da coluna lomb . relação à rigidez dos mús~~f~:e~~nte _u~ desequilíbrio em essa é uma posição útil para começarmos a corrigir esse A paciente apresenta sensibilidade dolorosa à palpação
pera a tensão dos músculos abd ar ~o s_ent1d~ da extensão su- rada com a rigidez dos fiex ad omma~s quando compa- do abdome e da pelve. Ela classifica sua dor de 6 a 7, na
alinhamento.
posteriormente assim co o1_:1ma1s que mclinam a pelve Q uan d o existe .
esse
ores o quadnl
desequ '1 'b . . Exercú:ios em posição sentada. A correção das alterações escala de 1O.
de suporte para' a coluna moaaçaodas
qu I. .
t
es ruturas anteriores flexores do quadril leva à inc . i i ~10, o al_ongamento do posturais na posição sentada é uma das medidas terapêu- Análise Postural. Trata-se de uma paciente franzina que
Os flexores do quadril e urntam a e~tensão. extensão da coluna lomb C lmaçao antenor da pelve e à apresenta acentuado aumento da curvatura lombar. A pelve
ticas mais importantes. O paciente faz uso do encosto da
músculos abdominais que ?Prtsentam ma10r rigidez que os
O músculo grande dorsal te ~n~m a pelve posteriormente.
rigidez superior àquela do a~ em apresenta muitas vezes
plo, o hábito de sentar-s:\a ei::~~ºJ~uras c?mo, por ~xem-
para aumentar a extensão d 1
de atividades que contrib a co una lombar. Os exemplos
cadeira, contnbuem
cadeira; pode, às vezes, precisar de uma banqueta para os
pés. Quando apresenta hipercifose, o paciente deve contrair
encontra-se inclinada anteriormente. Na posição ortostática,
a crista ilíaca esquerda ocupa um nível levemente mais alto
· • s musculos abd · · os músculos da parede abdominal, a fim de manter a colu- que a crista direita. Quando sentada, coloca a maior parte
a contnbmr para a extens~ . ommais, de modo lombar são tão fundament ~em para a extensão da coluna do peso sobre o glúteo esquerdo; a crista ilíaca direita pa-
ao excessiva da coluna lomb ar. d ais quanto a pass d . na lombar estendida; os ombros devem estar flexionados,
senta a para a posição ortostática d. agem a posição enquanto a coluna torácica é mantida retificada, de modo rece mais baixa que quando ela está sentada. A elevação da
Disfunção Muscular e do Pad ~ da coluna ou tão funda t . me iante encurvamento a melhorar o desempenho dos músculos paravertebrais da tuberosidade isquiática direita causa-lhe desconforto, visto
d '. men ais quanto a m h
A atividade dos flexores d rao_ de Recrutamento o no paciente que apresenta are a, sobretu- região torácica. que ela prefere sustentar a maior parte de seu peso sobre a
ativid_ade dos músculos abdim1:ª?nl predomina sobre a flexores do quadril e fra e~curtamento dos músculos tuberosidade isquiática esquerda.
Exercícios em posição ortostática. Estando em pé, com
o p~c1ente se inclina anterionn ~1s, por ex_e~plo, quando C? programa mais eficaz d~eza ~_mu~culatura abdominal. as costas apoiadas contra a parede, a coluna lombar esten- Análise dos Movimentos. Ela sente dor quando em
atividade dos músculos t en e em pos1çao sentada A tJficação das disfunço~ d reabihtaçao baseia-se na iden- posição ortostática e não tolera ficar em pé com as costas
. . ex ensores da l · . es os padrões de dida e os joelhos e quadris em flexão, o paciente contrai
b
so re a atividade dos extensores d c~ una predomina mstrução do paciente no sentido :e~rutamento e na os músculos abdominais e coloca os quadris e joelhos em apoiadas na parede, por causa da intensa sensibilidade do-
deve tomar-se capaz de .. de comgi-los; o paciente lorosa da região sacral. Os seguintes testes são realizados
Observam-se às vezes dº o ~uadnl. extensão. Esse exercício é extremamente eficaz; não há nada
primento e à forç~ dos , , 11sfunçoes relativas ao com- causas responsáveis pela ~~~1gu quase continuamente as em posição ortostática: 1) flexão anterior; 2) flexão lateral;
, museu os Os m, superior para melhorar o controle sobre os músculos abdo-
o bl iquos externos podem fi . 1
uscu os abdominais PROGRAMA DE E , minais e evitar ao mesmo tempo a atividade dos músculos 3) rotação e 4) posição de apoio unipodálico.
E ,, . XERCICIOS CORRETJVOS
xores dos quadris e os múser {acos ou alongados. Os fie- xercicws em decúbito d l O , . flexores do quadril. Muitos pacientes conseguem aliviar seus Flexão anterior. A dor da paciente aumenta durante esse
lombar podem ser muit ,s~~ os paravertebrais da região a ~ncurtar e enrijecer os mús:t. s exe~ci~10s destinados sintomas apenas adotando essa posição. Outro exercício movimento. O desconforto durante a flexão anterior é menor
no paciente que apresen~ar~f e~s -~u encu:t~dos, sobretudo a mtervenção terapêutica . ~s a~dommais representam capaz de melhorar a postura e o desempenho da musculatura quando ela se apoia com as mãos e braços sobre a mesa. Ela
fraqueza anormal do mús IP cl ~ ose t~r~c1ca. Pode haver em decúbito dorsal pod mais requente. Esses exercícios também refere dor durante o movimento de retomo após a
abdominal consiste em flexão do ombro, simultaneamente
cu o g uteo max1mo. calcanhar e pela exten ~e~ começ~r pelo deslizamento do inclinação anterior.
com a contração dos músculos da parede abdominal.
gancho avançando d ~ao e quadnl e joelho na posição de Flexão lateral. Esse movimento não altera os sintomas;
Testes de Confirmação ' ai para os e , · . . CORREÇÃO DOS HÁBITOS DE POSTURA E DOS PADRÕES DE
os músculos oblíquos ext dxerc1c10s mais difíceis para MOVIMENTOS. Depois de observarmos a posição sentada e os as curvas em "C" são simétricas, quer ela se incline para o
Extensão da coluna lombar leva à d. . . ~ . d escntos · no capítulo 7 0emos o abdome, coniorme .Ç
serão
O mesmo acontece quando o . immw~a~ dos smtomas. padrões de movimentos da marcha e da passagem da posição lado esquerdo ou direito.
coluna lombar exige a . enc~rtamento dos extensores da Rotação. Os movimentos de rotação são simétricos.
??s músculos flexores do quad ~ac1ente_ ehmma a atividade aproximação . execuçao de exer , . b'l
entre joelho e ared , . cicws 1 aterais de
sentada para a posição ortostática, capazes de contribuir para
Posição de apoio unipodálico. Esse movimento agrava
ihopsoas. n ' especialmente do músculo a extensão da coluna lombar, o paciente deve ser instruído a
esse exercício, o paciente precis: toracica; ?Ias, ao realizar corrigir esses padrões. Outra atividade que pode contribuir a dor, independente do quadril estar em flexão.
a tração dos flexores do q p d .I ter o cuidado de evitar para os sintomas consiste em dirigir um automóvel dotado Decúbito dorsal. Os seguintes testes são realizados com
Resumo exercício de abdução e t u~ n sobre a coluna lombar. O do sistema comum de transmissão, sistema esse que exige a paciente em decúbito dorsal: 1) comprimento dos flexores
ro açao externa do d -
As alterações estruturais da e contro1e da musculatur bd . qua n 1melhora o a flexão bilateral de quadris e joelhos. O paciente precisa do quadril; 2) efeitos da posição; 3) abdução e rotação ex-
~xemplo, a redução da espessu~~~a lo~bar como, por No paciente que apres::ta ommal sobre a rotação da pelve. reduzir esse movimento, na medida do possível, sempre terna do quadril, a partir da flexão; 4) força dos músculos
mtervertebrais ou a forma - d os tecidos dos discos ombro, acompanhada pela fiaum_ento da cifose, a flexão do abdominais e 5) flexão de quadril e joelho.
contraindo os músculos abdominais ao executar esse padrão
da facetas, reduzem a tens~~~ e ~xostoses nas articulações a correção dessa alteraç~ xaçao da c~lun~, contribui para Comprimento dos flexores do quadril. Durante a reali-
de movimento. Ele precisa ser instruído no sentido de girar
diminuem a luz dos foram dos iga:nentos de contenção e ou o simples ato de lev a~ postur~I. A mspiração profunda zação dessa prova, a pelve da paciente coloca-se quase que
. es e cofllugaç~ A o quadril direito, ao rodar sobre o calcanhar para passar do
estruturais alteram também . ." ao. s mudanças nados acima da cabeça an_a~ o pe1to,_c~m os braços flexio- imediatamente em inclinação anterior quando ela abaixa
acelerador ao freio de pedal, em vez de realizar essa função
ções facetárias. O controle eº po~1dc10namento das articula-
. • , xerc1 o pelo , em depressão da cai·xa t' ªJ~ .ª ª comgir O posicionamento mediante flexão ativa de quadril e joelho. um dos quadris em extensão, muito embora os músculos
mmais e especialmente · s museu1os abdo- oracica
. importante para • Exercícios em decúbito lati . l ~ flexores do quadril estejam completamente relaxados. A
excessiva na coluna lomb t prevemr a extensão melhora o controle dos , eral . A abduçao do quadril paciente relata que a dor na coluna se agrava quando o
. ar, anto em repo museu os abd · · Apresentação de Caso
os movimentos O ma· d uso como durante so bre a pelve Quand , ommais externos quadril se encontra em flexão de 30 graus. A extensão do
· . · 10r estaque é l 't . o os musculos TFL l' ,
s1gn1fica que os músculos abd . . para.º controle, o que g u eo mínimo apresent , g uteo medio ou Anamnese. Uma mulher de 32 anos é encaminhada ao quadril direito é ligeiramente menor em comparação com
ommais precisam funcionar da
desempenho da porção p~:ee?cudrtam~nto, o aumento do fisioterapeuta para avaliação e tratamento da dor que refere o lado esquerdo.
nor o musculo glúteo médio Efeitos da posição. A paciente relata que os sintomas
nas regiões abdominal, pélvica e lombar. Ela havia sofrido
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de D. ºr,, - d .
zs_;unçao os Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CA PITULO TRÊS
se agravam quando os quadris e . lh
extensão. Entretanto, ela também ;~:taos se encontram em uma ortese elástica para o tronco o ue d, .
los abdominais e à coluna Tamb', ih a ~po10 aos múscu. cirnento da musculatura abdominal. A lombalgia é obvia- anterior; 2) flexão lateral; 3) rotação e 4) posição ortostática
a flexão passiva de quadris e joelhos eies_conforto durante
de deslizar os calcanhare.s El em e ensi:11amos a técnica mente decorrente da lordose acentuada e dos movimentos com apoio unipodálico.
ada sensibilidade dolorosa da regiã~ v1lrtude da acentu- - · a encontra d1ficuld d • • Flexão anterior. Na maioria dos casos, esse mo-
Abd _ sacra. rea1izar esses exercícios em v; ...... d d d a es Para de extensão da coluna lombar. O programa de manutenção
- uçao e ~otação externa do quadril, a partir d fl , . ' uiu e o esconforto
q uan d o em decub1to dorsal Sua consistirá na continuação dos atuais exercícios, assim como vimento não provoca dor. Uma certa assimetria pode ser
xao. Esse movimento provoca dor n . a e- a e d que sente
a paciente de voltar ao trat;mentogd:a:!\trabalho impediu na abdução dos quadris em decúbito ventral, com um tra- Vidente na coluna lombar durante a flexão completa. O
que seja. A dor é sentida nos dois qu~~ 9uadns, por menor retomo após a flexão anterior é acompanhado eventualmente
v
ri0
 ,
rça uos museu/os abdo ·
abdomi1:ais é inferior a 1, na
Flexao de quadril e · Ih
::.~:sd~
ns.

A fl ~ ·

;orça dos músculos
se de um prazo razoável para a consulta d semanas. Trata.
regressão da distensão muscular 1
,
A ortese
tante alívio.
, .
elastica para a l
e retomo, pois a
eva um certo tem
•, po.
co una Ja lhe proporciona bas-
vesseiro por baixo do abdome. Ela é orientada no sentido
de limitar a amplitude desse movimento assim que sentir
dores nos quadris. Recomendamos, ainda, um programa de
de dor quando o paciente executa uma discreta rotação ao
voltar para a posição ortostática.
• • Flexão lateral. A comparação entre os dois lados
caminhadas, durante as quais ela deverá contrair os múscu-
e joelho provoca rotaçii~u:~e . e:~o unilateral de quadril revela, às vezes, que o movimento é assimétrico. A coluna
los abdominais e glúteos, no lado da perna em movimento
de intensificação dos sintoma:~ ia~a da pe]v~, ª? lado A pacie~te volta a ser avaliada aproximad
lombar possui um único segmento que representa o eixo
manas depois da primeira consulta El fi amente 4 se- no momento em que o calcanhar realiza o contato inicial
em resposta à fixação da p 1 . s smtomas d1mmuem
e ve.
0 s seguintes testes adicionai ~ .
posições diferentes: 1) em d , b~ s~o reahzados em cinco
ventral; 3) na posição quad~c~d~~o ateral; :m decúbito2!
para a coluna ajudou bastante
durantedo dia e que a posiçã~ ~~::::t~:
. , a a rma que a órtese

menos esconforto. Os músculos abdo . . . , ~ causando


~~!di~~es de atuar
com o solo. Ela também é instruída a colocar as mãos sobre
a pelve enquanto anda, a fim de monitorar o movimento e
de limitar os movimentos rotatórios; isso exige passos de
do movimento de flexão lateral, em combinação com
hipertrofia ou rigidez da musculatura vertebral em alguns
casos (Fig. 3.19, de C a F). A flexão lateral pode também
tam a mesma sensibilidade à palpa ã mma1s Ja na? apresen- menor envergadura. ser acompanhada de intensificação dos sintomas. Para con-
5) durante a fase de apoio bi p d, 1'· 4) em pos1çao sentada e
D 'b. po a ico na marcha dor~s na pelve e na região lombar Á~, m,asta _amda sente Resultados. Aproximadamente 5 meses após a primeira firmar que o teste de rotação da coluna lombar é positivo,
fixamos lateralmente a parede torácica do paciente, no nível
ecu zto la.tera/. Nessa posi ã . . paciente como sendo de 4 5 . or e c ass1ficada pela consulta, a paciente está em condições de trabalhar o dia
à ~ontade que durante o decúbiio ~, a paciente sente-se mais a , na escala de 10 Ob da crista ilíaca, no lado para o qual o paciente se inclina. O
acentuado
, . aumento da h'iper lord ose lomb . serva-se
. inteiro sem sentir dor. Ela se desencarrega de todas as
seJa larga, ela não relata melh . ~rsal. Embora sua pelve ortostatica· o teste do com . ar em posição atividades da vida cotidiana sem nenhuma dificuldade e fisioterapeuta pede ao paciente que repita o movimento e
se coloca um apoio sob a cintu on; s~ntomatoló~ica quando ~~vela que 'eles estão encu~:~~:nto do_s flr~res do quadril sem apresentar sintomas. É capaz de permanecer deitada registra as eventuais alterações em relação aos sintomas, à
quadris são dolorosos. ra. 0 os os movimentos dos ihopsoas Faltam 25 g 'com me usao do músculo em decúbito dorsal por longos períodos, com os quadris e forma da curvatura ou à amplitude dos movimentos.
. · raus para a exte ~ • • Rotação. Observa-se, às vezes, assimetria, ao com-
Decúbito ventral. A paciente s , , quadns de ambos os lados E nsao co~pleta dos joelhos em extensão. A abdução nos quadris aumentou nos
posição quando se coloca um tr o~ capaz de tolerar essa anterior da pelve é mais e~idseset testelredvela_ q~e a mclinação dois lados em cerca de 15 graus; a amplitude do movimento parar a rotação para um lado com a rotação para o lado
há alterações nos sintomas d ~vesse~o sob o abdome. Não .
E stand o a paciente n e no a o d1reito oposto.
e d , b. . de rotação dos quadris também chega a 15 graus.
pélvico durante o exame da fl e ~ e na~ ocorre movimento segurar os joelhos contr: ec~ ito dorsa!, ela é instruída a • • Posição ortostática com apoio unipodálico. Essa
ventral. A paciente na~o exao dos Joelhos em decúbito abdominais e deslizando oº p~to, conn:amdo os músculos posição é acompanhada por flexão lateral do tronco (Fig.
consegue execut • extensão Ela devera' t· ou o quadnl até colocá-lo em Síndrome de Rotação da Coluna Lombar 3.39) ou por rotação da pelve.
necessários para o exame da rota ão d ar os_ movm~entos · repe 1r esse , ·
da dor que sente. ç os quadns, em virtude oposto Em d 'b't exerc1c10 com o membro DECÚBJTO DORSAL. Os seguintes testes devem ser rea-
· ecu 1 o ventral co . A rotação é uma causa :freqüente de dor, mas é raro encontrar-
do abd?me, a paciente é intima:a um trave~se1ro ei:nbaixo lizados no paciente em decúbito dorsal: 1) comprimento
Posição quadrúpede. A paciente relata dor mos um paciente que apresente a forma pura da síndrome
abdommais e a flexionar o j lh a contra1r os musculos dos flexores dos quadris; 2) efeitos da posição; 3) flexão
quando adota a posição quadrú ed . es na pelve de rotação lombar. A flexão lateral inclui o movimento de
ela procura movimentar-se ar~ ,e, a dor au~enta quando pé, com a coluna lombar a -º~ o em seguida. Quando em
rotação; por isso, alguns pacientes referem aumento dos sin-
de quadril e joelho; 4) passagem da flexão para a abdução
é acompanhada de dores p _:,ras. Essa pos1?ão também e joelhos em flexão sufici~ºt a contra a parede e os quadris com rotação externa do quadril e 5) força dos músculos da
tomas durante a simples rotação ou durante os movimentos
Posição sentada A na _regiao abdommal mferior. lombar contra a pared n eyara poder estender a coluna região inferior do abdome.
e, a paciente colo d · . de inclinação lateral, caso eles pertençam a essa categoria.
estatura de modo q·ue pacient,e tem apenas 1,55 cm de 1hos em extensão contrai d ca os qua ns e Joe- • • Comprimento dos flexores dos quadris. Esse teste
' seus pes ~ da parede abdo~inal O ~ o ao mesmo tempo os músculos leva, muitas vezes, à inclinação da pelve; esta é maior em
com o chão Ela se d1'z .f'. , nao entram em contato
. . · coniortave1 quand coloca repetidas vezes. a c elrapeuta observa que a paciente Sintomas e manifestações dolorosas um dos lados.
pos1c10nada, usando o encosto d d . o corretamente · ~ o una em extens ~ • • Efeitos da posição. A extensão de quadris e joelhos
para os pés. ª ca eira e uma banqueta apos1çao ortostática se tom d , ao, sempre que a
evitar esse movimento a esconfortavel. Ela é solicitada
Os sintomas costumam ser transitórios; eles acompanham as
é capaz de agravar os sintomas. Havendo encurtamento do
mudanças de posição. O paciente que apresenta a síndrome
Fa_se de apoio bipodálico na marcha prazo com a coluna lombe a permanecer durante um curto de rotação da coluna lombar tem dificuldade para permane- músculo TFL, a flexão ou abdução do quadril tende a reduzir
ractenza-se por acentuada rota ã , . · ~ marcha ca- Voltand , ar encostada contra a parede cer durante muito tempo sentado numa mesma posição. os sintomas, visto que reduz a rotação pélvica.
o a consulta 2 sema . ·
durante a fase de apoio b. d , I~ o pelv1ca, bilateralmente,
A , . ipo a ico na marcha informa que a sensaçã~ d d nas n:~1s tard~, a paciente Acusa, às vezes, discreta dor na região lombar. Os ••Flexão de quadril ejoelho. A rotação pélvica é capaz
nalise do comprimento e da for
flexores dos quadris estão encurt
. ,
~a dos ~usculos. Os
pélvica aumentou durante e º: n~ reg1ao antenor da região diagnósticos radiológicos compreendem a discopatia dege- de acentuar os sintomas, já que ela pode ocorrer durante a
ela está se sentindo melh a P~f ~rra semana, mas que agora nerativa, a espondilolistese, a osteoartrite, a instabilidade flexão ativa das articulações de quadris e joelhos. Para con-
minais são fracos e doloro , aldos,~os musculos abdo- virar-se na cama sem or._ a orme melhor e consegue da coluna e a síndrome facetária.
n· , . SOS a pa paçao. , , que isto lhe pro d ,
firmar a positividade do teste de rotação da coluna lombar,
mgnostico. A paciente a r . tambem de tolerar um d. . . vogue or. E capaz o terapeuta fixa a pelve e registra o efeito dessa manobra
rosa em toda a regi·a~o pe'] . p ebsenta sensibilidade dolo- desconforto apreciável. E;: mte1ro de trabalh? _sem sentir sobre os sintomas do paciente.
v1ca e a dom· 1 0 fl Alinhamento
quadris estão encurtados e 1 ma · s ~xo~es dos de se inclinar para trás qu dmudo~ sua estrategia passada, • • Passagem da flexão para a abdução com rotação
anterior. Qualquer movim : pe ve apresenta mclmação agora a posição ortostátic:n c~ sentia desconforto, adotando O paciente com síndrome de rotação pode apresentar as
externa do quadril.
músculos abdominais agra~: ~ l~e lx?e a con~r~~ão dos a parede; dessa maneira d mda col~na e~costada contra
seguintes variações estruturais em relação ao alinhamento
Esse movimento é capaz de provocar a rotação da pelve
e às proporções corporais: 1) pelve larga e tronco estreito;
palpação que ela vem apresentando or ~ sensibilidade à A . ' a or ce e mais rapidamente
paciente consegue ficar d , . · e de aumentar os sintomas. Para confirmar que o teste é
acidente automobilístico p d depois de seu último quadris e joelhos em exte ~ em ecubito dorsal, com os 2) divergência em relação ao comprometimento dos mem-
positivo para a rotação da coluna lombar, o fisioterapeuta
de músculos, assim como o em ser atnb_u~das à distensão bros inferiores; 3) anteversão ou retroversão do quadril e
mas isso exige a contraç::~iie~ sent~ 0 menor desconforto, fixa a pelve e pede ao paciente que repita o movimento,
pelve e à coluna lombar q ao -~stresse ad1c10nal imposto à teste que examina O co . ª os musculos do abdome. O 4) escoliose. As disfunções posturais compreendem a as-
registrando seus efeitos sobre os sintomas.
mento e hiperlordose. ' ue Ja apresentavam mau alinha- que ainda faltam 1O mprunento dos flexores do quadril revela simetria das regiões paravertebrais lombotorácicas direita
• Força dos músculos da região inferior do abdome. A
decúbito ventral a pa!:u; p~r~ 0 comprimento normal. Em e esquerda e a diferença aparente no comprimento dos
prevenção da rotação da região da pelve, através do controle
O diagnóstico é de distensão do ,
e de síndrome de extensão sem irra~~u_sculos ~bdominais ou executar mai~ de 1O n
sem apresentar dor nas J
:it a cons:gue abduzir o quadril
l d: rotaçao externa do quadril,
membros inferiores.
sobre os músculos da parede abdominal, é um fator mais
Tratamento A · • iaçao dos smtomas. importante que a força dos músculos abdominais. Há muitos
. · pnme1ra recomenda ~ , b O ct· icu açoes coxofemorais Disfunção dos movimentos
s1dade de usar um suporte lo b 'l . çao e so_ re a neces- IScreto aumento da d ·~ , . · pacientes que possuem músculos abdominais fortes, mas que
m ope vico. A paciente recebe atribuído à distensão d fl or na regiao pelv1ca anterior é não conseguem controlar a rotação da região lombopélvica
os exores do quadril e ao fortale- NA Pos1çÃo ÜRTOSTÁTICA. As seguintes provas devem ser
realizadas no paciente em posição ortostática: 1) inclinação que acompanha os movimentos dos membros inferiores.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPÍTULO TRÊS
A 8 de rotação da coluna lombar, instruímos o paciente a se
virar, movimentando o tronco e a pelve simultaneamente A B e
enquanto registramos os efeitos dessa manobra sobre '
sintomas. O

Outros testes adicionais podem ser realizados nas quatro


posições seguintes: 1) em decúbito lateral; 2) em decúbito
ventral; 3) em posição quadrúpede e 4) na posição sentada.
DECÚBITO LATERAL

• Rotação externa do quadril. Este movimento pode


acompanhar-se pela rotação da pelve.
• Abdução e adução do quadril. Tanto a adução como
a abdução podem ser acompanhadas por flexão lateral da
pelve; isto fala a favor da positividade do teste para a rotação
da coluna lombar, uma vez que a flexão lateral da coluna
lombar é acompanhada de rotação (Fig. 3.40).
DECÚBITO VENTRAL

• • Flexão do joelho. Esse movimento pode provocar a


rotação da pelve e o aumento dos sintomas. Para confinnar
a positividade do teste para a rotação lombar, a pelve deve
ser fixada, repetindo-se, então, o movimento. O :fisiotera-
peuta registra os efeitos do movimento de flexão do joelho
sobre os sintomas.
• • Rotação do quadril. Esse movimento pode ser
acompanhado por rotação lombopélvica e pelo aumento
dos sintomas. A fim de comprovar que o teste de rotação
da coluna é positivo, o terapeuta fixa a pelve do paciente e
este repete o movimento de rotação. O terapeuta anota os
efeitos do movimento sobre a sintomatologia.
POSIÇÃO QUADRÚPEDE
• • Movimento de balanço para trás. A coluna lombar D
ou a pelve apresenta rotação durante o movimento de balan-
ço para trás. A pelve também pode inclinar-se para o lado.
Os sintomas podem diminuir, já que diminui a compressão
entre os segmentos da coluna ventral.
• • Flexão do ombro. Esse movimento é capaz de pro-
vocar a rotação da coluna lombar.
POSIÇÃO SENTADA

• • Extensão do joelho. A extensão do joelho pode ser


acompanhada pela rotação de pelve e coluna.

Resumo
Flexibilidade para a flexão lateral, durante o apoio unipodálico
durante a flexão lateral. A . A flexão do quadril e joelho esquerdos, O problema principal é a rotação da coluna. Esse movimento
estando o paciente em pé, apoiado sobre o membro inferior direito, não ocorre na coluna inteira, mas apenas em um ou dois de
não provoca nenhum movimento na coluna lombar. 8. O paciente seus segmentos. Essa tendência para a rotação excessiva
apoiado sobre o membro inferior esquerdo, a flexão do quadril e também pode ser observada durante os movimentos dos
joelho direitos leva à flexão da coluna toracolombar. C. A flexão para membros.
40 _ _ _ _ _ _ _--:_-:-
.;.:;;_ .
d rante a flexão lateral. A. Alinhamento neutro da coluna lombar durante a posição
O blo ueio ortostática.
do movimento no
a direita é acompanhada por discreto desvio da pelve para o lado.
Flexibilidade relativa da coluna _lombar u e eslar ocorrendo nos últimos segmentos da (O{}luna lomiardC. e seq bloqueie o movimento
D. A flexão para o lado esquerdo é acompanhada por desvio lateral Disfunções da Flexibilidade e Rigidez B. Durante a flexão lateral, o mov,menlo parec bar também é capaz de flexao laleral, es e q~ aciente se
da pelve e por um grau maior de flexão na coluna toracolombar, em
A coluna lombar apresenta maior flexibilidade para os local de maior flexibilidade indica que o _res;an.~~ d;ec~u';; ::imento no segmento lombar flexível toma:s• ev1den:n::~nddoaª,:ais quando
comparação com a flexão para a direita. As diferenças encontradas no segmento no qual ele ocorre com maior ac1_ 1 ª. . . lado e o movimento no segmento lombopelv1co aum
em relação aos movimentos do tronco durante a execução das duas movimentos de rotação e flexão lateral nos segmentos mais d. ·t E A pelve inclina-se para o
encontra em decúbito lateral irei o. ·
t -o
tém em discreto grau de ex ensa ·
tarefas sugere maior flexibilidade para a flexão lateral da região inferiores, em comparação com os segmentos superiores, o paciente coloca o quadril. em ª bd uç ão ' ao mesmo tempo que o man
superior do tronco para o lado esquerdo. assim como durante movimentos de adução e rotação dos
quadris. Os músculos paravertebrais apresentam, às vezes,
• Virando-se na cama. Os sintomas aumentam, às maior rigidez que os músculos abdominais, contribuindo
vezes, quando o paciente se vira para o lado e quando roda para a flexão lateral que ocorre em apenas alguns segmen-
a pelve, empurrando-se com os pés, antes de virar a região tos. Os abdutores do quadril podem ser mais rígidos que os
superior do tronco. Para confirmar a positividade da prova músculos abdominais oblíquos, contribuindo, por isso, para
a flexão lateral concomitante da coluna.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Dz·s,r, - dos 1novzmentos
'.lunçao ~.,,. .
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPÍTULO TRÊS
Disfunções Musculares e do Padrão de Recrutamento
o desempenho da musculatura abdominal é a . rn interferência sobre os esportes, sobre seus estudos e Decúbito lateral. Não se observa rotação da pelve, seja
~ recrutamento dos músculos oblíquo externo e oblí ombro nu1:1a diagonal de 135 graus com aux~tdução do
mterno co~tr~lateral ~ i~adequado para controlar a rota~~~ peso, segmda pelo movimento de retorno do bo de u111
~e bre sua capacidade para concentrar-se durante as aulas. durante o teste de rotação externa do quadril, seja durante
O predomm10 da atividade do músculo reto abd . l ~o Sintomas. A paciente descreve seus sintomas como de dor o teste de abdução e adução do mesmo.
d ·b · omma adução de 90 graus. om ro para a
po e ~ontn u1r para essa disfunção de recrutamento. O aregião inferior da coluna, no nível da região lombopélvica. Decúbito ventral. A posição em decúbito ventral não
. Decúbito la_te~al. O exercício de rotação extern ~urante os episódios mais graves, a dor atinge os níveis 5 a 6, altera os sintomas. O teste de flexão do joelho não é acompa-
~ompr~mento e a força dos músculos também podem ser dnl, ~om ~ objetivo de dissociar os movimentos d~ do qu~- nhado de desvio da pelve nem de modificação dos sintomas.
msufic1entes. Os músculos TFL ' abdutor do qua dn·1 e/ ou os numa escala de 1O. Os sintomas costumam melhorar após o
, l . e, da Junçao lombopélvica, revela-se útil no trata quadril Durante a rotação externa do quadril ocorre discreta rotação
museu os paravertebra1s podem ser rígidos ou encurtados. . 000 noturno. A paciente prefere dormir em decúbito ventral.
smdrome de rotação. Outros exercícios capaze dmento da da pelve, principalmente na última metade da amplitude.
vfais recentemente, a dor aumentou, a ponto de despertá-la
tar o contr~le dos músculos abdominais latera _s e au_men-
Testes de confirmação durante a noite quando se vira na cama. Esse movimento compensatório acompanha a rotação do
e~ ab?uçao e adução do quadril sem inclin~s ~cons_1st~rn
s1multanea para O lado. çao pelvrca Análise Postural. A paciente apresenta tórax levemente quadril tanto direito como esquerdo.
Os sistemas diminuem quando se impede a rota ão da deprimido. Quando em pé, mantém a região superior da Posição quadrúpede. Não se observam sinais de rotação
colu?a lombar ou a flexão lateral que ocorrem dur!nte os Decúbito ventral. A flexão do joelho com .
rotação externa e sem rotação lomb 'l : o quadril em coluna em inclinação posterior, mas sua pelve não apresenta durante o posicionamento em repouso. Tanto o posicio-
movimentos do tronco ou dos membros. d e ex tens1·b·1· ope v1ca melhora o inclinação posterior. Essa postura resulta em certo aumento namento como os sintomas não se modificam durante o
I idade do quadril e dos músculo; da f: ~au
da cox~ (músculos quadríceps), assim como o d:~: antenor lombar. A paciente é esguia e apresenta musculatura bem movimento de balanço para trás.
Resumo Posição sentada. A flexão ou a extensão da coluna não
dos musculos abdominais. mpenho desenvolvida.
É. c?mum os mo_vimentos de rotação fazerem parte das Análise dos Movimentos. Os seguintes testes foram re- modificam os sintomas da paciente. Quando ela se flete para
~osdiçãob quadrúpede. O paciente deve executar o m .
atividades do paciente. A amplitud d . m~n o e alanço para trás ao mesmo tem o u ov1- alizados em posição ortostática: 1) flexão anterior e retomo o lado, ainda que ligeiramente, vemos que o movimento
· • , . e os movimentos rota-
c10na1s e ma10r na coluna torácica mas em I ev1tar qualquer rotação da col d p ~ e procura após a flexão; 2) flexão lateral; 3) rotação e 4) posição com ocorre no último segmento da coluna lombar, conforme já
a rotação envolve também a colun; lombar ad gunsdcasos, d . una ou a articulaçã d apoio unipodálico. pudemos observar durante a flexão lateral em posição ortos-
qua nl. Outr? e~ercício para melhorar o controle do o , o
os se t 1 b . , e mo o que Flexão anterior e retorno após a flexão. A paciente exe- tática. O teste de extensão da coluna não é acompanhada de
~menos om ares mferiores adquirem fl ·b·1·d d culos abdomma1s é a flexão unilateral do ombro du s mu -
especial d. ~ , ex1 I 1 a e cuta os dois movimentos sem relatar qualquer aumento dos movimentação da coluna lombar ou da pelve. Os músculos
. em Ireçao a rotação. Alguns músc l d contraç_ão da musculatura abdominal; esse exercício i:nteda
dns tom · , • u os os qua- a rotaçao da coluna lombar. pe e sintomas. O quadril apresenta boa flexibilidade, chegando isquiotibiais apresentam comprimento normal.
am-se mais ng1dos que os músculos abdominais.
A falta de controle pelos músculos abdomma1s. . contnbm . . . Posiçã~ sentada. O paciente deve treinar a extensão d a 85 graus de flexão; a coluna lombar ocupa uma posição Análise do comprimento e da força dos músculos. Os
. extensores da coluna estão encurtados, conforme revela a
~arfla os~movimentos compensátorios de rotação do tronco e Jo_el~o, evitando a rotação simultânea da J·unção l b o final de flexão de 15 graus.
pelv1ca. om o- Flexão lateral. Quando a paciente se flete para um incapacidade da paciente para a flexão lateral do tórax; esse
e exao lateral da coluna. Resulta daí que os .
de rotaç~ movimentos dos lados, o movimento é realizado somente nos últimos movimento é bloqueado nos níveis L4, L5 e S 1. Todos os
1:osição ortostática. O exercício mais importante a
ao qu~ normalmente ficam confinados aos quadris
ocorrem tambem na coluna lombar. realizado ne~sa posição consiste em flexão lateral do
cf~ com a~010 para suportar a face externa do mesmo na
tr;;~ segmentos lombares, enquanto a coluna se mantém per-
feitamente reta, sem nenhuma curvatura. Esse movimento
demais músculos apresentam comprimento e força normais,
embora existam indícios de que os músculos abdominais
Tratamento ª. ;: da cmtura, d~ modo a prevenir a ação das forças de também agrava os sintomas. A paciente não consegue não são capazes de evitar a rotação pélvica durante os mo-
c~sa ame~t~ laterais ou o movimento em tomo de um só fletir-se para o lado quando se estabiliza um lado da caixa vimentos dos membros inferiores.
Oarnnvos PRINCIPAIS. Os sintoma d. . torácica. O mesmo ocorre quando ela procura fletir-se para Diagnóstico. A única disfunção muscular que se observa
im d . s immuem quando se eixo, nos ultimas segmentos da coluna lomb
. pe ~ ou prevme a rotação na coluna lombar ou na ar eORREÇAO - DOS HÁBrros DE POSTURA E DOS~PADRÕES DE o lado oposto. nesse caso é o encurtamento dos extensores da coluna. A pos-
tJcuJaça? l_ombopél_vica. A melhor maneira de se alcan a; MOVIMENTOS Conform . , . Rotação. A amplitude é a mesma para os dois lados; a tura da paciente é de extensão um pouco exagerada da coluna
d · e Ja vimos, o aspecto mais importante
esse ob~etivo consiste em ajudar o paciente a identifi~ar
ºt ~o~mento_s _de rotação que ele executa durante suas
a IV~ a ~s cotidianas, como a rotação quando sentado à
n~ i~rog~~ma _de trat~~ento consiste em ajudar o paciente
tr ~ntJ caçao de vanas maneiras de provocar os sintomas
rotação não provoca sintomas.
Posição com apoio unipodálico. Observa-se discreta ro-
tação da pelve para o lado da perna de sustentação, enquanto
lombar, porém, ela não apresenta sintomas que possam ser
atribuídos à extensão; a flexão da coluna lombar também não
é capaz de aliviar os sintomas. A paciente relata que trabalhou
escnv~anmha ou o ato de se apoiar sobre um braço durante
~ ~exao lat~ral. O paciente pode, muitas vezes, girar a ca-
l~:~:-Ata,
~. ave~ _da rot~ção da coluna lombar durante as atividades do
assi~_como ~urante as atividades esportivas e de
lomb. estrat~g1~ consiste em prevenir a rotação da coluna
a posição do tronco se mantém inalterada.
Os seguintes testes devem ser realizados em decúbito
meio período como servente em restaurante, quando se viu
obrigada a carregar bandejas pesadas. Em combinação com
deira, ?:ªse comum fazê-lo através do momento de rotação arl e em h1:1~tar ª, rotação nas articulações dos quadris dorsal: 1) comprimento dos flexores do quadril; 2) flexão os esportes, essa atividade havia criado uma SDM de rotação
e a r'iao superior do corpo. No paciente que participa de e naco una torac1ca E pr · , de quadril e joelho e 3) abdução/rotação externa do quadril lombar. Nesse sistema, o comprimento da flexão lateral da
se rt·fi · eciso, porem, que o fisioterapeuta
spo ~sique envolvem movimentos de rotação uma parte c~ ~ que de que a porção superior da coluna torácica é a partir da flexão. coluna é considerado uma disfunção da rotação. Quando
. . . do program a consiste
essencia · em aumentar ao' máximo a
a tse el O movimento. Muitas pessoas sentam-se em flexão Comprimento dos fiexores do quadril. O comprimento é sentada na sala de aula, a paciente tem o hábito de se deslocar
l
flex1b1l~dade de rotação dos quadris, com o objetivo de evitar da erat ou em leve. rotaçao, ~ sem, contudo, darem-se conta normal e o movimento não é acompanhado por movimentos freqüentemente de um lado para outro. Ela guarda os livros
;s movu~entos compensatórios em nível da coluna lombar e es arem assummdo essas posturas. O ato de cruzar as compensatórios. A paciente não refere sintomas quando os no chão, ao lado da cadeira; por conseguinte, é obrigada a se
~orreáao do mau posicionamento em rotação baseia-se. pem':,s ou de sentar numa das pernas também pode levar à quadris e joelhos se encontram em extensão. inclinar muitas vezes para o lado, a fim de escolher um livro
so retu o, no exercício de balanço para trás em . ~, rotaçao
· da coluna· As p essoas d e ba1xa . estatura são as que Flexão de quadril e joelho. A flexibilidade para os mo- ou um caderno. Esse movimento repetitivo leva à irritação
quad~pede. ~utros exercícios destinam-se a aui:~!ª~ mais
~ costumam sentar b
~ -se so re as pernas, porque seus pés vimentos passivos do quadril situa-se dentro dos limites dos últimos segmentos lombares; é provável que ele tenha
estabilidade cnada pelos músculos abdominais. nao a 1cançam o chao com a maioria das cadeiras. normais. Durante os movimentos ativos verificamos que criado uma situação que levou à instabilidade. O diagnóstico
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS
os movimentos de um ou outro membro inferior são acom- é de síndrome de rotação da coluna lombar.
cíci!~ d;:úbito do~sa~. O 1:1rograma progressivo de exer- Apresentação de caso panhados de rotação da pelve de meia polegada, porém, os Tratamento. O programa tem como objetivo principal
( f• p a p~rçao mfenor dos músculos abdominais sintomas não se modificam. abolir os movimentos sutis de flexão lateral que a paciente
ec~nd~= des~nt~ no capítulo 7) visa melhorar o controle ~amnese. Uma estudante graduada de 26 anos de idade Abdução/rotação externa do quadril a partir da flexão. vem realizando. A escolha dos exercícios baseia-se em sua
que1xa-se de lombalgia, atribuindo-a principalmente ao fato
d e permanecer entre 5 e 6 h Observa-se leve rotação da pelve durante a primeira me- capacidade para ajudar no controle da pelve e de prevenir
de _abduçã::~te:a: ;~iul:~:~i;~:~:~:~ãoºd;xqe:~~~f l S . oras por d'1a sentada durante as tade do movimento. A rotação é mais acentuada durante os movimentos de rotação da extremidade inferior da
assim como a adução com ta ~ . , ~~r:~te ~ud~urso exige essa posiç_ão sentada prolongada
também trib ro çao mtema dessa articulação o movimento do membro inferior direito em comparação coluna lombar.
abd . c~n uem par:a melhorar o controle dos músculo; es . ias _P?r semana. A paciente pratica atividades
com o esquerdo. Em decúbito dorsal, a paciente aprende os movimentos
. o_mmais e p~ra- ensmar o paciente a evitar a rota ão na b portivas, participando das equipes de vôlei de frisbee de
Os seguintes testes foram realizados em quatro posições de flexão ativa de quadris e joelhos; durante esse exercício,
Junçao lombopelv1ca. Outro exercício capaz de mJhorar asdquete e de softball. Já vinha anteriorment; se queixa~do
d e or nas costas embora t' · diferentes: 1) em decúbito lateral; 2) em decúbito ventral; ela deve contrair os músculos da parede abdominal para
, 1p1camente de breve duração e evitar a rotação pélvica. Ela executa o exercício de abdução
3) na posição quadrúpede e 4) na posição sentada.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPITULO TRÊS
do quadril com rotação externa, contraindo os músculos
Sintomas e Manifestações Dolorosas
abdominais para prevenir a rotação pélvica. Quando em
decúbito ventral, a paciente pratica a rotação externa do A dor lombar_manife~ta-se geralmente na posição sentada
durant~ a flexao antenor ou durante a torção do tronco. Mui~
t~ dril· 2) efeitos da posição; 3) flexão de quadril e joelho
pa~sagem da flexão do quadril para abdução/rotação
• • Movimento de balanço para trás. Observa-se, às
vezes, rotação da coluna lombar ou da pelve, durante o
movimento de balanço para trás, levando ao agravamento
quadril, acompanhada pela contração dos músculos abdo-
minais, também com objetivo de evitar a rotação da pelve. tos p~c1entes referem que a dor é mais intensa pela manhã
externa. . · ·d
• Comprimento dos flexores do quadril. A ngi :z dos sintomas. A pelve pode também apresentar inclinação
Em posição sentada, ela é instruída a colocar a mão ao lado do d,:pms de le~antar, melhora_ndo em resposta à movimenta- ·1ateral do músculo TFL, acompanhada por rotaçao lateral.
tronco, logo acima da crista ilíaca, inclinando os ombros sem çao ou depois de um chuverro quente. O paciente també uni ensatória na junção lom b ope'lv1ca,
mp · e' re 1a t·1vamen te • • Flexão do ombro. Esse movimento é capaz de pro-
pode apresentar irradiação da dor para a região glútea m co
freqüente no paciente que apresenta a sm ' drome de ro taçao ~
fletir a coluna lombar para o lado. Ela é aconselhada a evitar vocar a rotação da coluna lombar.
todos os movimentos de flexão lateral enquanto sentada. para os membros i,nf~riores: Os diagnósticos radiológicoe com flexão da coluna lombar. . .
PosiçÃo SENTADA. Os testes seguintes devem ser reali-
Além dessas recomendações para a posição sentada, a compreendem: a hernia de disco, a degeneração dos disco • Efeitos da posição. A extensão de quadns e Joelhos
a o~teoartrite e a instabilidade. A gravidade dos sintoma não costuma agravar os sintomas. zados no paciente sentado: 1) efeitos da posição; 2) flexão
paciente deve praticar um exercício em posição ortostática;
vana de acordo com o caráter agudo ou crônico da afecção • Flexão de quadril e joelho. A rotação da pelve, da coluna lombar e 3) extensão do joelho.
esse é considerado a parte mais importante do seu protocolo
e com a gravidade do problema. companhada por aumento dos sintomas, ou a rotação • • Efeitos da posição. O aumento da curvatura lombar
de exercícios. A paciente coloca a mão lateralmente, acima
da crista ilíaca, e flexiona-se para o lado, inclinando os ~om deslocamento superior a meia pole~ada, ger~lmente pode levar à diminuição dos sintomas.
ombros, porém, sem movimentar a coluna lombar. Ela deve, Disfunções dos Movimento assimétrica entre um lado e outro, é consid~rada smal p~- • • Flexão da coluna lombar. Capaz de agravar os
além disso, contrair os músculos abdominais, "imaginando sitivo de rotação da coluna lombar. A amplitude_ da fle~ao sintomas.
PosiçÃo ORTOSTÁTICA. O paciente costuma apresentar do quadril é inferior a 120 graus, ou então, a flexao passiva • • Extensão do joelho. Esse movimento pode provocar
que está retraindo o umbigo para dentro, de encontro à co-
menos sintomas em pé do que na posição sentada. Os se- do quadril é acompanhad~ por flexão da coluna lo~bar. A
luna"; a parte superior da coluna não deve se desviar para flexão da coluna lombar e rotação de pelve e coluna.
guint~s .testes são :ealizad_os estando o paciente em posição flexão bilateral dos quadns leva ao aumento dos smtomas
trás. Ela é instruída a praticar esse exercício muitas vezes
orto~tatica: 1) flexao antenor; 2) flexão anterior corrigida; 3) e à flexão compensatória dos segmentos lombares.
durante o dia. Não lhe foram recomendados exercícios para Resumo
flexao lateral; 4) rotação do tronco e 5) posição ortostática • • Passagem da flexão do quadril para a abdução/
o decúbito lateral ou para a posição quadrúpede. com apoio unipodálico.
rotação externa. É acompanhada por aument~ dos sin~omas Os movimentos de flexão e rotação são as principais cau-
Resultado. A paciente passou 6 semanas sem assistir
• • Flexão anterior. Na maioria dos casos, a coluna ou por rotação compensatória da pelve de mais de ~e~a po- sas de dor lombar ou da dor irradiada. Os movimentos
aulas, então ficou muito pouco tempo sentada. Durante esse
lombar flete-se mais facilmente que os quadris; a amplitude legada. A fixação da pelve ajuda a c~nfirmar a poslt1V1dade dos membros contribuem para a rotação lombopélvica. A
intervalo, foi fisicamente ativa, participando inclusive da
do movimento da flexão do quadril pode estar reduzida e os do teste para a rotação lombar; o fisioterapeuta observa os identificação do sentido predominante do movimento de ro-
prática de esportes. Ao ser reexaminada, depois de 6 sema- sintomas podem agravar-se nessas condições.
nas, mostra-se capaz de realizar todos os movimentos sem efeitos que a movimentação do quadril, sem deslocamento tação ajuda a descobrir as atividades que 1:1ais contribu~m
A região paravertebral apresenta, às vezes, assimetria. da pelve, exerce sobre o sintoma. . para a disfunção do movimento. Os demais testes tambem
apresentar rotação compensatória da região lombopélvica. Muitos homens apresentam limitação dos movimentos de
Ela consegue inclinar os ombros para o lado, enquanto man- DECÚBITO LATERAL. Os resultados dos segumtes testes, ajudam na identificação dos movimentos dos membros que
flexão do quadril quando se inclinam para frente. Porém,
tém a coluna lombar fixa, coisa que antes lhe era impossível. quando positivos, comprovam a flexão lateral excessiva contribuem para o problema.
nem sempre o encurtamento dos isquiotibiais é a causa prin-
A paciente relata não sentir qualquer dor nas costas, embora da coluna lombar e, por conseguinte, a presença de SDM
cipal. Quando se pede a um homem que sustente a metade
tenha sofrido um breve episódio de dor, após ter caído en- em rotação. Essas provas, a serem realizadas no paciente Postura: Variações Estruturais e Disfunções
superior do corpo com auxílio dos braços, colocando as
quanto treinava sobre o trampolim. Depois desse incidente, em decúbito lateral, são as seguintes: 1) rotação externa do
mãos sobre urna mesa alta, a flexão de seus quadris costuma Adquiridas
pas.sou 4 meses sentada durante cerca de 6 horas por dia; quadril e 2) abdução e adução do quadril. _
chegar pelo menos a 75 ou 80 graus. A limitação dos mo- A coluna lombar retificada é urna variação estrutural encon-
assim mesmo, não apresentou dor lombar significativa. Ela • Rotação externa do quadril. Esse movimento pode
vimentos do quadril deve-se à influência que os músculos trada com maior freqüência no sexo masculino. O tronco
afirma que precisa tomar cuidado: não sente dores enquanto ser acompanhado por rotação da pelve. .
isquiotibiais exercem sobre o controle do peso do tronco, e
evita inclinar-se para o lado e continua a praticar o exercício • Abdução e adução do quadril. Esses movimentos costuma ser mais comprido em relação à região inferior
não ao encurtamento dos músculos.
de flexão lateral em posição ortostática. podem combinar-se com inclinação anterior pélvica. . do corpo. Outras variações estruturais são as diferenças
O alongamento dos isquiotibiais não é o método mais
DECÚBITO VENTRAL. Os seguintes testes devem ser reah- no comprimento das pernas, assim como a retroversão e
recomendável para mudar o padrão da flexão anterior.
zados estando o paciente em decúbito ventral: 1) efeitos da anteversão dos quadris. A retroversão do quadril é mais
Síndrome de Rotação-Flexão da Coluna Conforme já foi dito acima, a flexão anterior é considerada posição; 2) flexão do joelho e 3) rotação do quadril.
Lombar uma prova sensível, porém pouco específica. freqüente no homem, enquanto a anteversão é encontrada
• Efeitos da posição. Os sintomas diminuem, às vezes, com maior freqüência no sexo feminino.
• • Flexão anterior corrigida. Para confirmar a positivi- em decúbito ventral.
As pesquisas de Pearcy vieram demonstrar que o grau de dade do teste de flexão da coluna lombar, o paciente coloca As alterações posturais adquiridas compreendem a co-
• • Flexão do joelho. Esse movimento provoca rotação
rotação da coluna lombar é maior na posição sentada que as mãos sobre a superficie da mesa e inclina-se para frente, luna vertebral retificada, com inclinação posterior pélvica
na posição ortostática ou de flexão anterior. 44 Portanto 0 lombopélvica e aumento dos sintomas. Para confirmar que o
fletindo os quadris. Os sintomas devem, então, diminuir. teste de rotação lombar é positivo, o terapeuta fixa a pelve e e extensão na articulação do quadril, além da postura em
indivíduo que está sentado à escrivaninha em posição ~n- O paciente precisa também fletir os joelhos, ao se fletir inclinação posterior, do abdome protruso e da diferença
manda o paciente repetir o movimento de flexão, registrando
curvada, virando-se para alcançar o computador, o telefone anteriormente. aparente no comprimento dos membros inferiores.
os efeitos do movimento sobre os sintomas.
ou o arquivo, corre o risco de vir a apresentar a síndrome ••Flexão lateral. Pode agravar os sintomas e tomar o
de rotação-flexão da coluna lombar. A experiência clínica
• Rotação do quadril. Esse movimento pode vir acom-
movimento assimétrico. Para confirmar que o teste é posi- panhado por rotação da pelve e por agravamento dos Disfunções Relativas à Rigidez e Flexibilidade
indica que os candidatos mais prováveis de apresentar dor tivo para a flexão lateral, o terapeuta apóia a face lateral do
à flexão são os homens, geralmente entre os 18 e 45 anos de sintomas. Para confirmar que o teste de rotação lombar é A flexibilidade da coluna lombar no sentido da flexão e
tórax do paciente, impedindo, dessa maneira, o movimento positivo, fazemos o paciente repetir o movimen.to com a
idade. Essa tendência parece em parte dever-se ao fato de a de um segmento; ele observa, então, o efeito do movimento rotação ultrapassa o grau de extensibilidade d?s ~ús~~l~s
articulação do quadril do homem ser menos flexível no sen- pelve estabilizada. O fisioterapeuta registra os efeitos desse
sobre os sintomas. isquiotibiais e glúteo máximo. Os músculos 1sqmotibta1s
tido da flexão; além disso, o homem costuma ser mais alto movimento sobre os sintomas do paciente.
• Rotação do tronco. Observa-se freqüentemente assi- apresentam maior rigidez que os extensores da coluna.
e suas tíbias mais compridas, obrigando-o a ficar sentado PosrçÃo QUADRÚPEDE. As seguintes provas serã~ reali-
metria em relação à amplitude desse movimento. zadas no paciente em posição quadrúpede: 1) efeitos da
em flexão da coluna lombar, a não ser que sua cadeira seja Disfunções no Padrão de Recrutamento dos Músculos
• Posição ortostática com apoio unipodálico. É fre- posição; 2) movimento de balanço para trás e 3) flexão do
corretamente ajustada. Ao passar da posição sentada para
qüente a rotação na junção lombopélvica, com assimetria ombro. Na posição em inclinação posterior, os músculos abdomin~is,
a posição ortostática, o paciente que apresenta tíbias com- entre os dois lados.
pridas flete a coluna muitas vezes para iniciar o movimento • Efeitos da posição. Os sintomas diminuem, às vezes, sobretudo o músculo reto abdominal, proporcionam maior
de levantar os quadris do assento da cadeira. DECÚBITO DORSAL. Os seguintes testes devem ser reali- quando se deixa a curvatura lombar aumentar, de modo a apoio ao tronco que os extensores da coluna. Os ~úsculos
zados em decúbito dorsal: 1) comprimento dos flexores do reduzir o grau de flexão. reto abdominal, TFL e isquiotibiais apresentam-se, as vezes,
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de D•s,f:.unça-
• 'J, o dos M ovzmentos
·
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPÍTL'LO TRís
encurtados e rígidos. Os músculos da parede abdominal
do ombro de 90 para 180 graus a fim de melh
exercem pouco controle sobre a rotação lombopélvica. ,
d os museu 1 ' orar a fun ~ joelhos apoiados em ~osição de _flexão. Na época em que esquerdo; a flexão do quadril direito não é acompanhada
os extensores da coluna. Çao
foi examinado, o paciente classificou a dor como de 3 a de rotação pélvica.
Testes de Confirmação E_xercícios em posição quadrúpede. O paciente e 4 numa escala até 1O, quando em posição ortostática. Na Abdução/rotação externa do quadril após flexão. Não
movimentos
. de balanço trás , ao mesmo tempo quexecuta .
fl ettr a coluna lombar e aumenta a fl - d p~sição sentada, ele havia classificado a intensidade da se verificou rotação pélvica durante os movimentos dos
Os· sintomas
fl - diminuem ou desaparecem quando o pacren. te . . exao o quadril. evita dor em nf vel 6. membros inferiores direito ou esquerdo. Esses movimen-
evita a exao e a rotação da coluna lombar. O método para pos1c10na: ~ coluna lombar em rotação. ' sem tos também não foram acompanhados de alteração dos
Análise Postural. Trata-se de um paciente magro,
confirmar cada teste acompanha sua respectiva descrição. Exercicws na posição sentada. O paciente . sintomas.
de 1,85 cm de estatura. Ele apresenta aumento da cifose
extensã? do joelho, com a coluna apoiada contra iratica a Os seguintes testes adicionais são realizados em quatro
torácica; a coluna lombar é retificada. As cristas ilíacas
Tratamento d~ cadetra. A extensão do joelho deve vir acompanh:~~osto encontram-se 5 cm acima da cintura, ambas no mesmo nível; posições diferentes: 1) em decúbito lateral; 2) em decú-
discreta ,extensão
. da. coluna·, a flexão ou rotaçao
- d a Jun
. Por ~ bito ventral; 3) na posição quadrúpede e 4) na posição
0BJEnvos P~cIPAIS. O principal consiste em melhorar o lomb opelv1ca não se observa inclinação da pelve nem rotação pélvica.
precisa ser evitada. Çao sentada.
control~ exercido pelos músculos abdominais, prevenindo A região paravertebral esquerda é cerca de meia polegada
Exercícios em posição ortostática. O paciente flete mais proeminente na região lombar, em comparação com Decúbito lateral. Ao testarmos a rotação externa dos
bos ·movimentos de rotação da coluna lombar, s em contn- .
tro?co p~ra frente, com o eixo do movimento situado o quadris, verificamos que ocorre rotação da pelve com os
mr para s~a flexão. Outros músculos cuja função precisa a região paravertebral direita.
~rt1culaçoes d~s quadris, de forma a permitir a flexão ~a Analise dos Movimentos. Os seguintes testes foram movimentos do membro inferior esquerdo; o mesmo não
melhorar sao os ..extensores
. da coluna • Ess es precisam
. ser Joelhos. O paciente realiza a flexão lateral com apoi bo realizadas no paciente em posição ortostática: 1) flexão acontece no lado direito. Ao testar a abdução do quadril es-
encu:1ad_os e enr1Jec1dos, a fim de: 1) impedir a flexão com- a parede lat_eral da caixa torácica, a nível de L4 e L~ so re
pensa!ona da coluna; 2) melhorar o movimento de flexão do anterior; 2) flexão anterior com flexão apenas no quadril querdo, observa-se inclinação lateral da pelve e aumento dos
CORREÇAO DOS HÁBITOS POSTURAIS E DOS p ADRÕ. D
quad~il_e 3) manter a coluna em postura retificada durante
a pos~çao sentada. Sendo a rotação parte do problema ue
Mo~NTOs. O paciente senta-se ereto, com a coluna
estendida e os quadris em 90 graus de flexão A b ar
1::b E
e com apoio manual da região superior do tronco; 3) fle-
xão lateral; 4) rotação e 5) posição ortostática com apoio
sintomas; estes aumentam inclusive quando os movimentos
da pelve são limitados. A abdução do quadril direito não mo-
o b d • ca eça e unipodálico. difica o grau de inclinação pélvica. A prova de abdução do
o pa~1~nte apresenta, a correção dos músculos encurtados
som ros evem estar alinhados com os quadris e ~ , Flexão anterior. Esse movimento agrava os sintomas na quadril esquerdo provoca a inclinação lateral da pelve, mas
?u ng1dos que contribuem para a rotação é outro aspecto frente da coluna,_ pois isso cria um momento de fle;ão na~ a os sintomas não sofrem alteração. Não se observa inclinação
important~ do pr~g!ama de tratamento. O paciente precisa coluna vertebral. A coluna lombar entra mais depressa em
a coluna. No pa~1ente de tíbias compridas convém leva~~a/~ flexão que os quadris durante esse movimento. Na posição da pelve durante a adução do quadril direito.
saber quais as at1v1dades que em seu caso sa~
h d d - ' , o acompa- assen,to da cadeira, de maneira a colocar os J. oelhos no m de flexão completa, a flexão lombar é de 20 graus e a flexão Decúbito ventral. O paciente sente-se bem em decúbi-
n a as e pa?roes de movimentos errados. Por exem lo mo mvel d d · es-
. os qua ns. Ao passar para a posição ortostática dos quadris está em torno de 65 graus. Os sintomas dimi- to ventral e quase não apresenta sintomas nessa posição.
quando o p~ciente pratica golfe, ele precisa certificar-s~ d~ o paciente desloca-se para a borda da cadeira e mant, nuem durante o retomo após a flexão anterior. Quando se examina a flexão do joelho esquerdo, a pelve do
que a rotaçao ocorre nos quadris, e na coluna torácica ou
coluna vertebral retificada. O paciente deve evitar inclin:~: Flexão anterior com flexão apenas no quadril e com paciente roda em sentido anti-horário, porém os sintomas
na col~na Io1:1bar. O paciente que apresenta retroversão dos
para ~m lado qu~ndo sentado ou ficar em pé com um dos apoio manual da região superior do tronco. Os sintomas não se modificam. A pelve não apresenta rotação quando a
quadns precisa mantê-los em ligeira rotação externa
quadns em aduçao; essas duas posturas provocam a flexão agravam-se menos que durante o movimento anterior, de flexão do joelho é repetida durante a abdução do quadril.
as pont_as ?ºs pés voltadas para fora, de maneira a pe~~t~
a rotaçao mtema dos quadris. later~l da coluna. ? padrão da rotação pélvica precisa ser flexão anterior, quando o paciente flete joelhos e quando o Não se observa deslocamento da pelve durante a flexão do
modificado no paciente que participa de atividades envol- paciente flete joelhos e quadris, reduzindo o grau de flexão joelho direito. A pelve roda em sentido anti-horário durante
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS
vendo a rotação da coluna, como o tênis ou o golfe. da coluna lombar. a rotação externa do quadril esquerdo, mas não se observa
~xer~ícios em decúbito dorsal. O paciente pratica a
Flexão lateral. Esse movimento intensifica os sintomas, nenhum movimento da pelve durante a rotação externa do
flexa? ativa de quad~l ~joelho, contraindo simultaneamente
Apresentação de Caso sobretudo quando a inclinação é para o lado esquerdo. A quadril direito. A amplitude do movimento de rotação ex-
~s muscul?s abdommais, a fim de evitar a rotação da pelve.
amplitude do movimento de flexão lateral é menor para a terna é de 50 graus à esquerda e de 55 graus no lado direito.
~olocaça~ de uma toalha dobrada sob a coluna lombar
Ana?I?~se. Um cardiologista de 39 anos de idade apre- esquerda que para a direita. A fixação lateral no nível da A rotação interna dos dois quadris é de apenas 5 graus, mas
~v1ta ~ flexao lombar que às vezes resulta da contração
senta ep1s~d1~s de lombalgia desde os tempos de estudante, crista ilíaca tende a diminuir os sintomas. ela não é acompanhada por rotação da pelve.
d os ~usculos a~domi?ais. O grau de contração precisa ser
em~ora nao tI~essem interferido em suas atividades. Ele Rotação. A amplitude do movimento de rotação é ligei- Posição quadrúpede. A coluna lombar encontra-se em
osa o com maior cmdado. Depois de completar o movi-
realtz_a c~tetensmos cardíacos e acredita que isto tenha ramente maior quando a rotação é para a esquerda. ligeira flexão durante a posição quadrúpede. Quando opa-
~ento de fl~xão, o paciente deve usar as mão para puxar o
contnbmdo para os episódios recentes de dor lombar Posição ortostática com apoio unipodálico. A pelve do ciente se move para trás, a coluna lombar flete-se no início
Joelho em dtreção ao peito, de modo a alongar os músculos
~urante o _ano qu_e precedeu seu encaminhamento ao ser~ paciente roda para a esquerda durante a flexão do quadril do movimento de flexão dos quadris. Com aproximadamente
exte~sores_encurtados ou rígidos. É necessário ter o cuidado
~1ço__ ~e ~s10terap1_a, os episódios dolorosos aumentaram a esquerdo. Não se observa rotação lombopélvica durante a 50% de toda excursão para trás, a pelve começa a rodar
d~ nao flettr a coluna lombar durante esse exercício. O a-
requencia e gravidade. O último episódio ocorreu 1 mês flexão do quadril direito. em sentido anti-horário e os quadris apresentam desvio
c1ent: deve passar _da flexão para a abdução do quadril ~m
an~e~ ~e el~ consultar o fisioterapeuta. A gravidade desse Os seguintes testes foram realizados no paciente em para o lado direito. Essa mudança no alinhamento da pelve
rotaçao _externa, evitando a rotação lombopélvica, mediante
ep1sod10 foi tamanha que o impediu de trabalhar ele per- decúbito dorsal: 1) comprimento dos flexores do quadril; 2) indica que o quadril direito se flete mais que o esquerdo.
contraçao da musculatura abdominal.
manece~ acamado em casa durante 3 dias. Ele jo~a golfe· flexão de quadril e joelhos; 3) abdução/rotação externa do O quadril esquerdo apresenta-se em abdução e em ligeira
E::_ercícios em decúbito lateral. O paciente executa a rotação externa; quando o paciente se move para trás, a
procuraJogarpelo. . me nos uma vez por semana, sempre que' quadril após flexão e 4) força dos músculos abdominais.
rotaçao externa do quadril sem rotação lombopélvica b
pelve deixa de girar e a amplitude do movimento de flexão
cl~mo ~ abdução e adução do quadril, enquanto evita' a~:
o tempo penmtir. Comprimento dosflexores do quadril. O teste revela que
e maçao lateral da pelve. .Sintomas.
_ .
A dor re.ç1en"da pe1o paciente .
localiza-se na os músculos TFL dos dois lados apresentam encurtamento. dos quadris é simétrica.
regiao lom~ar_ e irradia-se para a região glútea esquerda. Observa-se rotação lombopélvica compensatória quando se Posição sentada. Os sintomas do paciente agravam-
E:_xerc~cios em decúbito ventral. O paciente executa a se na posição sentada com a coluna lombar em flexão . A
Durante o ultimo epis o, d·10, a d or havia-se
. .
irradiado ao procura impedir a abdução do quadril, durante o teste do
fl~x~o do J?elho, seguida pela rotação do quadril; a contra- longo . do membro 1·nienor extensão da coluna lombar leva à redução dos sintomas.
.ç · •
esquerdo. Depois de passados membro esquerdo. O paciente relata redução dos sintomas
çao os musculos abdominais tem a finalidade d .
a rotação 1 b , 1 . e prevemr aproximadamente 3 d·ias, a d or irra
· d"iada para a coxa e a quando deitado. Ele se sente mais confortável ainda quando Quando sentado numa cadeira comum, os joelhos dopa-
d ·1 om ope v1ca. Os exercícios de extensão do se coloca um pequeno travesseiro sob o joelho esquerdo ou ciente estão em nível mais alto que seus quadris. A rotação
qua n em amplitude moderada servem para melhorar o perna desapareceu. Não foram encontradas alterações dos
refl~xos, _da força muscular ou da sensibilidade no mem- quando o quadril esquerdo se encontra em abdução. lombopélvica e a inclinação posterior da pelve ocorrem
d~s~m~enho de um músculo glúteo máximo fraco e
bro mfenor esquerdo • o paciente
· sente menos dor em pe, Flexão de quadril e joelhos. Durante o teste passivo com a extensão do joelho esquerdo em 45 graus; o paciente
d1mm,u~r a dom_inância dos músculos isquiotibiais. ~:;: refere que os sintomas se agravam durante o movimento
que quando sentado; sente-se mais confortável enquanto observa-se resistência à flexão do quadril com 100 graus à
ex~rc1c10 tambem tende a melhorar o desempenho dos lombopélvico. Durante a extensão do joelho direito até
anda.
, Durante o episód 10 . mais
· agu d o e 1e se sentm . confor- esquerda e com 11 O graus à direita. O teste de movimen-
musculos extensores da coluna. O paciente realiza a flexão 35 graus, a pelve do paciente se inclina posteriormente
tavel quando deitado de costas no chão, com os quadris e tação ativa é acompanhado por rotação da pelve durante
a primeira metade do movimento de flexão do quadril e a coluna lombar entra em flexão , enquanto os sintomas
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
C A PÍTL, LO TRÊS

aumentam pouco. A extensão do joelho chega a 45 graus


nos dois lados, desde que a movimentação da junção de chegar ao final da amplitude de flexão dos quadris lfe o paciente precisa posicionar-se com o~ pés voltad~s DECÚBITO DORSAL. Os seguintes testes serão realizados
lombopélvica seja impedida. O exame da amplitude dos o paciente usa as mãos para trazer o joelho até o peito' g? , te para frente ' mas com os quadns em rotaçao no paciente em decúbito dorsal: 1) efei~os da posição; ~)
limitando o movimento de flexão do quadril e evitando a diretamen 1 t
movimentos de rotação do quadril, realizado no paciente fazendo com que o pé esteja voltado evemen e flexão de quadril e joelho e 3) flexão bilateral de quadns
flexão da coluna lombar.
sentado, mostra que a rotação externa do quadril esquerdo externai, do Ele deve praticar a rotação dos quadris durante e joelhos. , .
Estando em decúbito lateral, o paciente executa a rota- Para o a · · d t ~
é de 50 graus, enquanto a rotação externa do quadril direito J:'. de rotação pélvica do golfe, evltan o a ro açao na • Efeitos da posição. Quando em decubito dorsal, o
ção externa do quadril sem rotação pélvica. A abdução e a a 1ase . , gol-
chega a 55 graus. A amplitude dos movimentos de rotação aluna lombar. Se for preciso, tomara au1as c~m um paciente é freqüentemente capaz de manter os quadris e
interna é de 5 graus nos dois quadris. Esses dados falam adução do quadril são exercícios não recomendados nesse ~sta profissional, capaz de monitorar seus movimentos (de joelhos em extensão, sem que seus sint~mas s~ agravem. Ele
a favor de retroversão do quadril. caso, porque agravam os sintomas do paciente, mesmo com
estabilização. Uma possível explicação para o aumento dos
rotação pélvica). . pode ver-se obrigado a fletir os quadns e ?s Joelhos, caso a
Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. Resultado. O paciente segue ngorosamente o programa compressão esteja contribuindo para os sm_tomas.
Os músculos oblíquos externos do paciente são testados em sintomas é a flexão lateral da coluna lombar, decorrente ·to e introduz as modificações que lhe foram s~ge-
da contração do músculo quadrado lombar quando este prescn · ·d d rt as •• Flexão de quadril e joelho. Os smtomas podem
3+/5. O glúteo médio posterior é de 4+/5 à esquerda e de .d tanto no trabalho como nas at1v1 a es espo IV . agravar-se quando, no final d~sse movimento, o j,o~lho do
5/5 à direita. Os músculos glúteo máximo, isquiotibiais e contribui para estabilizar a pelve durante o movimento de n as, d ' do
abdução do quadril. Ele consultou o fisioterapeuta 4 vezes urante u~ ~eno paciente é passivamente aproximado da parede torac1ca, por
TFL direito e esquerdo estão encurtados. d i:; semanas. Por ocasião da segunda consulta Jª e capaz
Em decúbito ventral, o paciente flexiona o joelho, ao causa da flexão concomitante da coluna lombar. .
Diagnóstico. O exame do paciente revela que sua região d: ;xecutar corretamente seus exercícios, sem a~resentar •• Flexão bilateral de quadris e joelhos. Os smtomas
Iombopélvica é particularmente suscetível à rotação para mesmo tempo em que estabiliza a pelve mediante contração
uaisquer sintomas. Ele consegue flet~r o quadnl em 45
dos músculos abdominais; ele precisa também aqui evitar 0 podem agravar-se ao final desse movime~to se os joel~o~ do
a esquerda, ou seja, à rotação, em sentido anti-horário, e qgraus, enquanto apóia a região . supenor do tronco D com ·
aumento da flexão lombar. A rotação externa do quadril será paciente forem passivamente levados ate a parede toracica,
que sua coluna lombar se flete com facilidade. Embora sua auxílio das mãos, sem que os smtomas se agrave~. ep01s
realizada com destaque para a fixação da pelve. Esse exer- visto que a coluna lombar pode fletir-se simultaneament~.
musculatura abdominal seja forte o suficiente para limitar de passadas 5 semanas, consegue inclinar-se postenormente
cício contribui para o alongamento dos músculos TFL. DECÚBITO VENTRAL. Os seguintes testes devem se~ reali-
o movimento de rotação, existem outros fatores associados sem o apoio da mão, colocando os qua_dris em 7,5 graus de
Em posição quadrúpede, o paciente movimenta-se para zados estando O paciente em decúbito ventral: 1) efeitos da
que são predominantes. Um fator importante no caso é a flexão e fletindo simultaneamente os Joelhos. E cap~z de
retroversão dos quadris. Já que o paciente pratica o golfe trás, enquanto mantém a coluna lombar estendida e os qua- posição; 2) flexão do joelho. .
ficar sentado em postura ereta durante 1 hora, sem ~eg1strar
com a mão direita, seus quadris deveriam apresentar rotação dris em flexão. Ele posiciona o quadril esquerdo em leve •• Efeitos da posição. O decúbito ventral pode ser
qualquer aumento dos sintomas. S~mpre q_ue o~ smtomas
interna durante a fase seguinte de sua tacada. Entretanto, abdução e rotação externa durante as primeiras repetições acompanhado por redução dos sintomas. . ,
desse exercício; a seguir, o quadril assume progressivamente aparecem , O paciente consegue elimma-los imediatamente,
, • ~
como a variação estrutural de seu quadril opõe-se à rotação recorrendo ao movimento de balanço ?ara tras em posiç~o •• Flexão do joelho. O início do _mov1me~to e acom-
interna, a rotação na junção lombopélvica tomou-se um uma posição neutra nos planos frontal e transversal. panhado, às vezes, por inclinação pélvica postenor, embora
quadrúpede e tendo o cuidado de fletir apenas os quadns,
movimento compensatório. O encurtamento dos músculos É preciso levantar o assento de sua cadeira, para que os isso não seja comum. _ .
e não a coluna lombar.
TFL contribui para o aumento da rotação pélvica durante a quadris e joelhos fiquem no mesmo nível. Quando estiver PosrçÃo QUADRÚPEDE. Os seguintes testes sera~ reali-
fase de apoio da marcha, sobretudo no lado esquerdo. sentado numa cadeira que não puder ser levantada, o pacien- zados no paciente em posição quadrúpede: 1) efe1~os da
te deve colocar uma almofada sobre o assento da cadeira; Síndrome de Flexão da Coluna Lombar
Os músculos extensores do quadril são mais rígidos posição; 2) movimento de balanço_ d~ tronco ~ara tras.
no membro inferior esquerdo, em comparação com o lado o encosto deve apoiar toda a coluna lombar. Nessa posição A síndrome de flexão lombar, com ou sem sinai~ de irra- • • Efeitos de posição. A posiçao quadrupede acom-
direito; é por isso que o quadril direito se flete antes do sentada, o paciente realiza a extensão do joelho sem fletir a diação da dor, é mais freqüente no sexo n:iascuhno e em panhada, muitas vezes, de flexão da coluna lombar, e os
esquerdo, quando o paciente se move para trás em posição coxa, visto que a contração dos músculos flexores do quadril indivíduos jovens. A hérnia de disco aguda e acompanhada, quadris costumam estar em flexão de m~n~s ~e 90 graus.
tende a agravar seus sintomas. geralmente, por flexão.
quadrúpede. A rigidez dos extensores do quadril esquerdo Os sintomas tendem, muitas vezes, a d1mmmr quando o
provoca rotação lombopélvica e desvio da pelve para a Quando em posição ortostática, o paciente executa
paciente estende a coluna lombar ou quando esta assume
direita. A tensão da musculatura posterior diminui duran- movimentos de flexão do tronco para frente, com suporte Sintomas e Manifestações Dolorosas um alinhamento neutro. ,
te a abdução e rotação externa do quadril esquerdo. Por para a região superior do corpo. O principal objetivo desse
O paciente pode apresentar lombalgia d_e vá~ios~ graus de • • Movimento de balanço do tronco para tras. A
conseguinte, a amplitude de flexão dos quadris é simétrica exercício consiste em ensinar o paciente a movimentar os
acuidade a gravidade; os sintomas de madiaçao da. dor coluna lombar flete-se durante esse movii:riento, de modo
durante o movimento de balanço para trás em posição quadris, e não a coluna lombar. Portanto, ele deve fletir
também variam. Os problemas dolorosos podem ser de~ido~ que os sintomas podem intensificar-se (Fig. ~.41C). Para
quadrúpede, porque o quadril esquerdo deixa de ser mais tanto os quadris como os joelhos, inclinando-se alguns
graus anteriormente, enquanto apóia a parte superior do
à hérnia de disco, à distensão lombossacra, à lombalgia e a confirmar a positividade do teste para a flexao lombar, .º
rígido que o direito. degeneração dos discos intervertebrais.
tronco com as mãos sobre um balcão alto. Os sintomas não paciente movimenta-se para trás, fletindo apenas os quadns
Ao redigir a anamnese de seus pacientes, este nosso e mantendo a coluna lombar reta. O fisioterape~ta deve
paciente costuma estar sentado em uma banqueta cujo se agravam durante esse exercício; o paciente é instruído a
repeti-lo pelo menos 8 a 1O vezes por dia. Disfunção dos Movimentos . registrar os efeitos desse movimento sobre os smtomas
assento é mais baixo que o de uma cadeira comum. Ele
O paciente precisa, também, modificar parte de suas PosiçÃo ORTOSTÁTICA. Os seguintes teste_s são reahz_a~o~ do paciente. .
cruza geralmente a perna direita sobre a coxa esquerda e
atividades cotidianas. Atualmente, ele fica sentado numa no paciente em posição ortostática: 1) efeitos da posiçao, PosiçÃo SENTADA. Os seguintes testes serão realizados
vira-se levemente para a esquerda para fazer anotações na
cadeira de encosto alto, enquanto colhe os dados de anam- 2) flexão anterior do tronco. no paciente sentado: 1) efeitos da ~osição; 2) colu1:a em
ficha do paciente. Ao examinar os pacientes deitados, ele
usa o estetoscópio, inclinando-se sobre eles. Quando realiza nese de seus clientes; escreve sentado à escrivaninha. Não • Efeitos da posição. Os sintomas co~tumam ser meno- flexão; 3) coluna em extensão e 4) Joelho em extensao.
o cateterismo cardíaco é obrigado a vestir um avental de permanece sentado por mais de meia hora, levantando du- res na posição ortostática que com o paciente sentado. , •• Coluna em flexão. Os sintomas agravam-se quando
chumbo e a se inclinar para frente, levemente voltado para o rante alguns minutos para depois sentar-se novamente. Ao • • Flexão anterior do tronco. A coluna lom~a: e, a coluna lombar se encontra em flexão (Fig. 3.41D~. . .
lado esquerdo. Todos esses hábitos contribuem para flexão e inclinar-se para frente para examinar o paciente, ele flete muitas vezes, retificada. Ela se flete com maior facilida-
• • Coluna em extensão. Os sintomas tendem a d1mmuir
rotação na junção lombopélvica. O diagnóstico do paciente seus quadris e joelhos. Para a realização do cateterismo, de que os quadris, e esse movimento tende a agravar os
quando a coluna lombar se encontra e~ extensão. .
é de síndrome de rotação e flexão da coluna lombar. deverá providenciar um avental de chumbo de duas peças, sintomas (Fig. 3.41 A e B). Para confirma~ que o teste de
ou então amarrar o avental em volta da pelve. Ele deve flexão da coluna lombar é positivo, o pac1~nte execut~ a • • Joelho em extensão. Esse movimento provocam~
Tratamento. Encontrando-se em decúbito dorsal, o clinação posterior pélvica e flexão da coluna lombar; ele e
paciente pega uma toalha dobrada várias vezes e a coloca inclinar-se para frente fletindo os quadris, mas sem fletir inclinação anterior, fletindo somente o quadnl com as maos
a coluna lombar. O quadril esquerdo deve ser colocado colocadas sobre uma mesa alta, para dar suporte ao corpo. capaz de agravar os sintomas (Fig. 3.4 lE). Para co_nfirm~r
sob a coluna lombar. Executa, então, movimentos ativos de
em leve rotação externa, de modo que a ponta do pé esteja O terapeuta registra o efeito que esse moviment~ exerce que o teste de flexão lombar é positivo, procuramos impedir
flexão de quadris e joelhos, enquanto contrai os músculos
voltada externamente. Essa posição permite certa amplitude sobre os sintomas do paciente. Na presença de smtomas o movimento de flexão, apoiando a coluna verte~ral e a
abdominais, em graduação apenas suficiente para evitar a
para a rotação interna do quadril, reduzindo, dessa forma, a radiculares, esses poderão agravar-se, inclusive durante a pelve. O fisioterapeuta anota o efeito que a pr~vençao desse
rotação da pelve e a extensão da coluna lombar. Depois
probalidade de ocorrer rotação na coluna lombar. Ao jogar flexão anterior corrigida. movimento exerce sobre os sintomas do paciente.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
C A PITULO T~s

Resumo Tratamento
Apenas alguns poucos movimentos do~ membros _exigem OBJETIVOS PRINCIPAIS. O principal objetivo do programa
a flexão, da coluna lombar, mas são muitos os movimentos de exercícios consiste em ensinar o paciente a adotar uma
dos membros que colocam a coluna em rotação ou exten- postura correta quando sentado e a movimentar-se nos
são. Os principais fatores que contribuem para a flexão da quadris, e não na coluna lombar.
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS
coluna lombar são:
1. A posição sentada, com a coluna lombar em flexão e Em decúbito dorsal. Para fletir o quadril e o joelho, o
com a cabeça e os ombros alinhados à frente da coluna paciente traz passivamente o joelho até a parede torácica,
vertebral. usando as mãos e tendo o cuidado de não fletir a coluna lom-
2. A coluna estruturalmente plana. bar. Caso os músculos retos abdominais tenham-se tomado
3. A flexibilidade excessiva da coluna lombar no sentido encurtados ou rígidos, o paciente executa a flexão do ombro
da flexão, fazendo com que os movimentos de flexão até onde conseguir, levantando a seguir a caixa torácica, a
anterior ocorram com maior facilidade na coluna que fim de aumentar o comprimento do músculo.
nos quadris. Decúbito lateral. Não existem, para essa síndrome, exer-
Toma-se mais fácil corrigir a disfunção decorrente da cícios especiais a serem executados em decúbito lateral.
rigidez dos extensores da coluna do que corrigir a rigidez Decúbito ventral. O paciente flexiona os ombros com os
muscular encontrada em outras síndromes, dada a relação braços acima da cabeça; flexiona um ombro de cada vez, a
íntima que existe entre os músculos extensores da coluna fim de melhorar o desempenho dos músculos extensores da
e esta última. coluna. Ele coloca um travesseiro sob o abdome e mantém
os quadris em leve flexão, executando a extensão unilateral
Postura do quadril, com o objetivo de melhorar o desempenho dos
As seguintes características anatômicas podem ser encontra- extensores da coluna.
das no alinhamento e nas proporções fisicas dos pacientes Posição quadrúpede. O paciente mantém a coluna reta
que apresentam a síndrome de flexão: 1) estrutura alta e ou em leve extensão. Movimenta-se para trás, certificando-
tronco comprido em comparação com a porção inferior do se de que o movimento é de flexão do quadril, e não da
corpo; 2) pernas compridas, de modo que os joelhos ocupam coluna lombar.
posição mais alta que os quadris, no paciente sentado e 3) Posição sentada. Enquanto sentado, o paciente estende
coluna retificada, sem inclinação posterior da pelve e, via o joelho. Apoiando-se contra o encosto da cadeira, ele
de regra, cristas ilíacas altas. As disfunções adquiridas do realiza a extensão isométrica da coluna. Se os músculos
alinhamento são a postura em inclinação posterior e a coluna isquiotibiais forem particularmente encurtados, o paciente
retificada com inclinação pélvica posterior. senta-se com o pé apoiado sobre uma banqueta e alonga os
músculos isquiotibiais durante 15 a 20 minutos de cada vez.
Flexibilidade Relativa e Rigidez Ele se inclina para frente fletindo os quadris, e não a coluna
A coluna lombar apresenta maior flexibilidade em direção lombar, passando depois da posição sentada para a posição
à flexão que os quadris. ortostática, sem flexão da coluna lombar.
Posição ortostática. O paciente flexiona-se anteriormen-
Disfunções Musculares e do Padrão de Recrutamento te, movimentando os quadris, e não a coluna lombar. Ele é,
Os músculos abdominais são, às vezes, recrutados mais às vezes, obrigado a flexionar os joelhos durante esse mo-
rapidamente que os flexores do quadril para a flexão ante- vimento. Pratica depois o agachamento, sempre evitando a
rior, estando o indivíduo em posição sentada. Os músculos flexão lombar. Caso seus músculos retos abdominais estejam
isquiotibiais e glúteo máximo podem ser encurtados e/ou encurtados ou rígidos, ele se coloca em pé com as costas
rígidos. Os extensores da coluna podem estar alongados e/ contra a parede, os ombros flexionados acima da cabeça e
ou fracos, enquanto os músculos abdominais podem ser o peito levantado, tendo o cuidado de evitar a retificação
Flexibilidade excessiva da coluna lombar para a flexão A e ·· .-
no nível S-2). B. Flexão lombar excessiva revelad 1 ;I ·_ aluna lo~bar retificada na posrçao ortostática (marcador curtos e/ou fracos. da coluna lombar.
balanço para trás. Nesta posição a tração ~xercida ªeia: :ú:::~a:~~es~r~a. d~ coluna lombar, no fi_~al do movimento de Correção dos hábitos de postura e dos padrões de mo-
não pode estar contribuindo para a flexão da cal pi b D N qurotrbrars ou pelo peso da regrao superior do tronco Testes de Confirmação vimentos. A postura durante a posição sentada e o padrão
pela paciente. E. Na paciente sentada com os unad~m ar. 90. a posição sentada, a flexão lombar é a postura preferida Os sintomas costumam diminuir quando o paciente evita a motor durante a flexão anterior são dois dos principais
qua rrs em graus de flexão a e t - d · ·
que significa que o comprimento dos músculos is uiotibiais está 1 ., x ensa~ o Joe_lho e de -20 graus, o postura da coluna em flexão e quando ele aprende a inclinar- hábitos que devem ser corrigidos. Exercícios que exijam
dos isquiotibiais não pode ser responsável pela rq ·t - d .O graus abaixo do comprimento rdeal. O encurtamento se para frente fletindo os quadris, e não a coluna lombar. flexão dos joelhos devem ser evitados.
durante a inclinação anterior do tronco. rmr açao o movrmento de flexão nos quadris (de 60 graus), observada

Resumo
Apresentação de Caso
São relativamente poucos os movimentos dos membros que
contribuem para os sintomas desses pacientes, mas a posição Anamnese. Um estudante graduado de 26 anos de ida-
sentada e a flexão anterior do tronco são fatores que podem de começou a queixar-se de dores lombares e no membro
contribuir. A correção dessas posturas e desses movimentos inferior esquerdo, depois de uma sessão de levantamento
nem sempre é fácil, uma vez que eles participam de nume- de pesos. Enquanto realiza a flexão bilateral dos joelhos
rosas atividades do dia-a-dia.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de D.z5.1unçao
,r;, - d
os M ovzmentos
.
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CArtruw TR.ts
em dec~bito ve~tral, contra uma resistência de 200 libras
ele -~uvm e sentm um estalo na coluna e sentiu certa dor n~ ~ Comprimento dos flexores do quadril E , intomas do paciente se agravam durante a flexão anterior, sos. Aproximadamente 4 meses após o primeiro exame pelo
n,a~ se encurtam e não se observa mov. . sses musculo fisioterapeuta, o paciente é capaz de se movimentar para trás
regiao
, das costas. Ele encerrou essa ativi·dade ,con1nuan
t· d0 tono da pelve. imento compensa. não acontecendo o mesmo durante os testes de rotação. O
porem, o ~esto do seu programa de exercícios. , diagnóstico é de flexão lombar com irradiação dos sintomas em posição quadrúpede, sem apresentar quaisquer sintomas.
O paciente trabalha em um laboratório d . Efeitos daposição. O paciente sente dor . Consegue também ficar deitado em decúbito ventral sem
A •

com o quadnl e joelho esquerdos em ext qu~ndo deitado ao longo do nervo isquiático.
básicas e está assistindo algumas aulas Q de cienc1as Tratamento. Ensinamos ao paciente um exercício que o apresentar sintomas, inclusive sem usar um travesseiro. A
t · · uan o sentado estende o quadril direito. ensao, mas não única limitação remanescente é sua incapacidade para ficar
sen e mmta dor nas costas e ao longo da El ~' Passagem dafi ~ ajudará a manter a estabilidade da coluna l?~bar enquanto
ter lesad · · · · perna. e supoe d exao para a abdução/rota ~ sentado durante mais de 45 minutos e de executar o movi-
o os isqmot1biais, razão pela qual está t' d movimenta os membros e executa as atividades do seu
o q_uadril. Não se observam aumento dos {ªº externa mento de flexão anterior. O teste de elevação da perna esten-
alongamento, como inclinar-se anteriormente p pra icanl o dia-a-dia. Estão contra-indicados os exercícios capazes
Embora l , orexemp o movimentação compensatória da p l mtomas ou dida é negativo; ele é capaz de realizar a extensão completa
os a ongamentos sejam acompanhados por d 1. El ~ ~ e ve. de aumentar as forças de compressão sobre a coluna. Um
se sente melhor após fazê-los. or, e e evaça~ ua perna estendida (sinal de Lase dos membros inferiores direito ou esquerdo sem apresentar
p~rte postenor da coxa esquerda pode ser r gue).~dorna programa de exercícios regulares também é importante para
paciente; ele pretende continuar com seu programa de sinais de ciatalgia. O paciente começou um programa desti-
Dois m~s~s após~ incidente, o paciente é encaminhad 0 diante flexão do quadril em 60 A d e_pr~duz1da me- 0
ao consultono . graus. or d1m 1 · treinamento com peso. Ele é aconselhado a evitar todos os nado a aumentar a força dos músculos extensores da coluna.
, · • de fistoterapia · Ele con t'mua com os seus o paciente relaxa por completo os m ,
.
d nm quando
uscu1os O quad -1 O primeiro exercício consiste em flexão unilateral do ombro
exercic10s, evitando contudo a flexão do . lh O . 0 s segumtes testes complementares s~ . n. exerdcios que envolvam o levantamento de pesos acima da
dá g d · SJoe os. paciente em decúbito ventral, com um travesseiro colocado sob o
quatro posições diferentes. l) em d , b .ªº ~eahzados em
A •

ran e importancia ao seu programa de fi0 rt 1 . cabeça ou que possam agravar seus sintomas. Informamos
muscula N
.
.
r. o ano antenor, após ter sofrid
Joelho esquerdo, foi submetido a uma . o ~ma e!ªº
a ec1mento
l ~
º?
decúbito ventral; 3) na posi~ão quad~cu
sentado.
/º 2!
4a)teral;
pe e e no paciente
em ao paciente que sua patologia é de origem ciática e não
apenas uma distensão da musculatura posterior da coxa.
abdome. O paciente é obrigado a evitar todo movimento
de extensão da.coluna nessa posição; caso contrário, relata
mais em condi ões de cirurgia e nao esta Ele é aconselhado a evitar qualquer movimento de flexão sensação de formigamento no pé esquerdo. Ele também
pesos é tamb , ç correr; portanto, o treinamento com Dec_úbito lateral. A rotação externa do quadril ~ treina a flexão do ombro quando na posição quadrúpede.
S. t em o seu programa de condicionamento va os smtomas e não se acompanh ~ nao agra. da coluna lombar e a limitar o tempo que passa sentado. O
~
N ao se o bservam aumento da s. t a por rotaçao da l paciente realiza um exercício que consiste na extensão de Aproximadamente 6 meses após a primeira consulta, o pa-
m ornas. Desde que começ . · . . pe ve.
se habituou a dormir no eh~ ou~ sentir dor, o p~ciente ção lateral pélvica durante os m o~atologia nem mclina- quadril e joelho na posição de gancho, acompanhado pela ciente consegue ficar sentado durante 45 minutos, mas ainda
~
bai~o~dos quadri~ joelho/:ie ~::~e ~i~!:v;;::~ap~r
adução do quadril.' movimentos de abdução ou contração dos músculos abdominais; ele deve interromper não é capaz de se inclinar para frente, a não ser apoiando
o tronco com as mãos. Ele reassumiu o programa de trei-
f
~i:~a;~n~: º;1ça80 sentada, o paciente classifica sua do;
e a , na escala que vai até 10· d
Decúbito ventral O paciente r fi
mas e certo grau de irradiação d ~ ere aum~~to dos sinto-
o movimento assim que surgirem sintomas. Também em
decúbito dorsal, o paciente deve realizar a abdução/rotação namento com pesos, embora usando pesos mais leves, não
caliza na região lomb . , a or se lo- membro inferior, mas esses sintoªmi: ~~;:;::: externa do do quadril, a partir da posição de flexão. A abdução e a adu- executando levantamentos com peso superior a 23 kg, tanto
tamb , ar e na parte posterior da coxa A dor na posição ortostática como quando sentado. Anteriormente
em aumenta quando ele passa da . ~ . coloca um travesseiro sob o bd A quando se ção do quadril devem ser realizadas em decúbito lateral. Em
. Ih a orne prova de fl ~ d esse paciente levantara pesos de até 90 kg.
a posição ortostática. Nesta última a dos1ç~o sentada para Joe o P!ovoca discreta inclinação p~sterior da pel:xao o decúbito ventral, com travesseiro colocado sob o abdome, o
escala d 10 o ' or cai para 4 a 5 na que os smtomas se modifiquem N~ b e, sem paciente executa a flexão do joelho e a rotação do quadril.
são norr:ais: el: r;:exos patelares e aquilianos do paci~nte pelve durante a prova de rotaçã~ d;o sedo ·i8erva rotaç~o da Quando na posição quadrúpede, deve deixar sua coluna Disfunção Sacroilíaca
, o apresenta redução da for 1 refere um certo aumento d . qua n , mas o paciente
em pernas e pés e a sensibilidade é normal ça museu ar lombar movimentar-se em direção à postura de extensão, A disfunção sacroilíaca (SI) não será aqui discutida como
interna da coxa esquerda. os smtomas durante a rotação suspendendo esse movimento assim que se manifestarem categoria de diagnóstico. Informações a respeito podem ser
Análi~e Postural. A estatura do paciente. é de 1 75 O
ombros sao largos, em virtude da hi'pert fi
' l ·
' m. s
ro a acentuada d
Posição quad '
bar em fl ~ ru.pe de. o paciente
· mantém a coluna lom quaisquer sintomas. Ainda na posição quadrúpede, ele de- obtidas com fisioterapeutas que consideram a disfunção da

~
verá movimentar-se para trás, até aparecerem os sintomas, articulação SI como causa freqüente de dor lombar. Toda-
museu os da cmtura escapular. Seus músculos abdomina~: ele este:~:~, ó~;::eº~ ::ti::::~:~:ravam quan?~ limitando o movimento à flexão do quadril e evitando a via, esta autora não apóia essa hipótese. Embora muitos
:::;:i::t::;~~r~:fi~içã~- ~dpresenta ainda discreta cifose os smtomas aumentam com a fl ~ d anço para tras, flexão na coluna lombar. Em posição sentada, o paciente de- indivíduos se queixem de dores na região SI, achamos que
• . epnmi o. A coluna é plana quadris. exao e 120 graus nos
cnstas ilíacas estão no nível da cintu S l ' mas as verá colocar o joelho em extensão, deslizando o pé esquerdo essa dor resulta dos movimentos dessa articulação, e assim,
lev~ inclinação posterior. Ele mantl~ oj:~~~e aprelsen_ta agraPosição .sentada. A d·IScreta fl exao
~
em posição sentada sobre o piso, o mais que puder, até aparecerem sintomas; ele do recrutamento anormal dos tecidos que se inserem nessa
antiga em ligeira flexão. com esao deve evitar a elevação da coxa (a flexão do quadril). Esse região. A exceção a essa regra pode ser a mulher grávida
é ca;:z ~e ~::~:~ta~ª: que i~ediatamente. O paciente

ca: ~)_ ~:~~t=~t:~~: s ~::~:~d)s:.:t~~i~ã~ ortostá:i-


exercício deve ser realizado tanto com o membro inferior ou que deu à luz recentemente. Essa paciente é suscetível
0 minutos quando se col~caeumanerr_a confoi::ável durante 10 de apresentar dor devido à disfunção da articulação SI, em
direito como com o esquerdo. Não recomendamos a esse
2~ 3 lombar, pedindo-lhe m apow por tras de sua coluna
virtude das alterações endócrinas que afetam a estabilidade
ortostatica com apoio unipod 'l' ç ) pos1çao do quadri·1 A que relaxe por completo a musculatura paciente nenhum exercício em posição ortostática, em vista
Fl ~ a ico. • o executarmos a pr d ~ . dos sinais indicando tensão sobre o nervo, assim como da articular.
paciente relata dor na parte post º:ª ; extensao do Joelho, o
~• ,e;~:~:::;;';,\~;.~:;:::~::'1ct':,"~~!:.eg~•:~n~:~or
immuem durante o retorno à . ~ , . as
de extensão do ·oelho es enor a coxa com-50 graus
sobre a cadeira~ a am li~~er~o. Quan~o ele ~escansa a coxa
maior compressão associada com a flexão anterior, a qual
tende a agravar seus sintomas.
Existem numerosas informações dos movimentos nessa
articulação: 2 graus, ou no máximo, menos de 2 mm. 49•55
Na realidade, essa articulação costuma estar anquilosada
aumentam quando ele se inclinap;:r~~e::o:tat~ca,d mas para -40 graus. A ext:Osão ~ .ª exten~ao_ do Joe~o aumenta Resultado. Depois de 3 semanas de tratamento, o pa-
em 76% dos indivíduos de mais de 50 anos de idade. 49 É
aumento da dor na re ·~ o Jo~lho drre1to tambem provoca ciente deixou de apresentar sintomas em posição ortostática,
co~: n:ão e fletindo apenas o quadril. ' poian o-se duvidoso que seja possível palpar um movimento inferior a
'l' d g1ao postenor da coxa esquerda embora ainda não consiga ficar sentado, por menor que seja
mas. exao lateral. Esse movimento não agrava os sinto- A na JSe O C • · 2 graus ou a 2 mm. Pesquisas sobre a con:fiabilidade dos exa-
Não se b omprimento e da Força dos Músculos. o período. Ele apresentou alguns episódios passageiros
o serva encurtamento m 1 , de ciatalgia no membro inferior direito. Foi encaminhado mes recomendados neste livro indicam que é extremamente
Rotação. Esse movime t , · , • reto do abdome é ri ido . _uscu ar, porem o músculo difícil, se bem que possível, distinguir com segurança meia
para a direita como para an o e s1mdetnco, com rotação tanto torácica. Não existegfra , contribumdo para a cifose da coluna a um ortopedista, que solicitou o exame de ressonância 54
. ~ esquer a. magnética (RNM) da coluna lombar. Este revelou que o polegada de movimento depois de 6 meses de treinamento.
sores da coluna não queza muscular; entretanto, os exten- Com base na anatomia, fica difícil entender que os mo-
Posz€ªº ortostática com apoio unipodálico Es . paciente apresenta hérnia de disco entre L4 e L5. Depois de
mento nao se acompanha or rota ~ . s_e movi- como os músculos d~resendtambo me~mo desenvolvimento vimentos dos testes para a articulação SI, com sua excursão
aur~ntam quando paci!nte fletZ:º::!ct;);:~~~:;~~omas
O
s segumtes testes são realizados est d :
, ,
bre os sintomas do
pare e a dommal
D 1agnostico. A flexã · A. •

. o exerce mfluencia negativa so-


duas injeções epidurais, o paciente consegue ficar sentado
por breves períodos. Ele não relata sintomas decorrentes
de apenas 2 mm (p. ex., flexão em posição ortostática, flexão
do joelho em decúbito ventral), possam causar diferenças
contração do fl p~ciente; o mesmo acontece durante a da irradiação da dor, a não ser quando permanece sentado
em decúbito dorsal· 1)
dril;2!
.
1
an o o paciente
efeitos da ~osiçcã:7~) ;:~~g~: J:~ore~ do qua-
do músculos ili~;~~ª ioociua?ril esqu~rd?, provavelmente
ortostática, em decúbf o~ ~:tomtas dimmuem na posição
durante mais de 45 minutos. A RNM indica também certo
grau de ressecamento dos discos entre L5 e S 1 e entre L3
de meia polegada ou mais no comprimento das pernas.
Para confirmar o suposto movimento da articulação SI,
8

abduçao do quadril com rotação externa 4) e;ao p_ara a será preciso o examinador palpar a mudança entre os ossos
· . ran e a prova de elevação da e L4; essa alteração é atribuída ao treinamento com pesos.
perna estendida. (Lasegue). e e evaçao da perna estendida; os smtomas positivos do teste diminuem ílio e sacro, e não apenas a região superior do sacro. Nos
O paciente é visto pelo fisioterapeuta a cada 2 semanas, casos em que a hipermobilidade é a suposta causa da dis-
em resposta ao relaxamento dos flexores do quadril. Os com o objetivo de acompanhar seu programa e seus progres-
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção do Movimento da Coluna Lombar
CAPÍTULO TRÊS

função, a m~n_ipulação_ repetida favorece a mobilidade, em


vez de estabilizar a articulação. Os métodos de manipulação Não somente as atividades profissionais requerem
prolongadas e movimentos repetitivos· acontece posturas l4. parfan HF: Muscular mechanism of the lumbar spine and the 38. Nitz AJ, Peck D: Comparison of muscle spindle concentrations in
reco1:1en~ados, sobretu_do a automanipulação da articulação com o d • . ' 0 mesm position of power and ef:ficiency, Orthop Clin North Am 6:135, large and small human epiaxial muscles acting in parallel combi-
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Os p~mc1p1os responsáveis pelas síndrome de disfunção particularmente com os pés fixos (tais como C . açao, 40. Norton BJ, Gauitierrez C, Schroeder B, Van Dillen L:
dos mov1m~nto~ que acabamos de descrever nesta obra en- softball~, ~ue contribuem para a; síndromes :;~~tgo~fe
ou
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qu~tao (como p. e~., a banda iliotibial encurtada ou rígida atividade de pintar. que a cles associated with movement of the lower limb, Phys Ther 1984.
ou aqueza . . dos .musculos abdominais) , são me1·os efi cazes • Características físicas. As características anato~ . 77:132, 1997. 44. Pearcy MJ: Twisting mobility of the human back in flexed pos-
para comg1r a disfunção. e as p ~ fi · micas 21. Hodges PW, Richardson CA: lnefficient muscular stabilization of tures, Spine 18:114, 1993.
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e comp.1:_essa~ que mcidem sobre os discos intervertebrais ~rpora que po. em contn bmr para determinada síndro
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em posiçoes diferentes. A ~ontração do músculo psoas e dos ~ao exemplo_s disso: o homem de abdome protruso ue ::~ N: High levels of inflammatory phospholipase A2 activity in lum-
Anatomic changes of the spinal canal and intervertebral foramen
e~tensores da coluna tambem aumenta as forças de com res- ltza os quadns para a borda da cadeira, a fim de aco~odar o associated with flexion-extension movement, Spine 21:2412, 1996. bar disk hemiations, Spine 15:674, 1990.
sao que atuam sobre a coluna. A compressão é O · P_ 1 abdome,_ou a mulher de baixa estatura que senta em posi ão
fator_ re~ponsável pelos sintomas quando estes desa~:~c;~:
ou ~1mmuem nas se~uintes circunstâncias: 1) em decúb't
f ~ rotaçao sobre um dos quadris, a fim de poder senta/de
a o, com as p~mas embaixo do corpo. Essas duas posturas
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!)
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of lhe · Phil
' d· I hl
• Atividades ligadas ao condicionamento e ao lazer. 1973, Lea & Febiger. ' a e p a,
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção dos Movimentos da Coluna Lombar
___ ...._..
CAPITULO TRÊS ANEXO

CAPÍTULO 3
ANEXO
SINTOMAS PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
SINAIS (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS QUE NECESSITAM
• Os sintomas manifestam-se ou aumen-
Síndrome de tam com as posições e os movimentos • Retificação da curvatura lombar: In-
ASSOCIADOS DE ENCAMINHAMENTO
acompanhados de flexão da região lom- Posição ortostática MÉDICO
FlexãoLomb bar, tais como: posição sentada, dirigir FLEXÃO ANTERIOR
clinação posterior ou postura de coluna
reta
Diagnóstico do movimento
• Tumor maligno
automóvel, flexão anterior • Rotação-flexão da coluna lombar
• A flexibilidade da coluna lombar para Redução do comprimento dos músculos • Processos inflamatórios (tuberculose,
• Os sintomas somem ou diminuem du- a flexão é relativamente maior que a glúteo máximo ou isquiotibiais Diagnóstico associado osteomielite)
rante posturas e movimentos de retorno flexibilidade do quadril para a flexão Redução do comprimento do músculo • Extrusão ou herniação de disco • Compressão da medula espinhal
da flexão lombar (posição ortostática, • Os sintomas estão presentes ou aumen- reto do abdome • Afecções da cauda eqüina
marcha) tam Músculos paravertebrais alongados • Fratura
• Osteoporose
FLEXÃO ANTERIOR (FLEXÃO APENAS DO • Espondilite anquilosante
QUADRIL) • Espondiolistese
• Sintomas ausentes ou reduzidos, relacio- • Discopatia juvenil
A principal disfunção desta s(J nados com a flexão anterior • Doença de Scheuermann
deve-se ao fato de ser o movi Posição quadrúpede
flexão lombar mais flexível que
• Posição preferencial: coluna lombar em
de flexão do quadril. No caso flexão
a posição sentada impõe à col
• Movimento de balanço para trás: maior
um momento ele flexão e comp
flexibilidade da coluna lombar em flexão
O estresse devido à flexão da n ou em tração longitudinal, em compara-
lombar ou ao movimento da ção com a flexibilidade do quadril para a
provoca sintomas na região lo flexão (pode ou não provocar sintomas)
em direção aos glúteos e/ou
bro inferior. Essa síndrome e Posição sentada
freqüente nos indivíduos jove • Postura preferencial: coluna lombar em
a 45 anos de idade, manifest flexão
geralmente por um episódio • Os sintomas estão presentes ou se agra-
de caráter agudo. Ela també1 vam, em comparação com a posição
freqüente no sexo masculino, s sentada, com a coluna em posição neutra
em homens de estatura alta ou ou levemente curvada para dentro
atividades diárias exigem afie. • Extensão do joelho: a coluna se flete
repetida para frente. Na maio Decúbito dorsal
dos casos, os extensores da c
FLEXÃO DO QUADRIL E JOELHO
são longos e flexíveis, enqua
extensores do quadril costu • Os sintomas manifestam-se ou agravam-
se durante a fase final do movimento de
encurtados e rígidos. Essa sr
flexão do quadril
acompanha geralmente as hé
• A flexão da coluna lombar ocorre antes
disco, embora seja menos fre
de a flexão do quadril chegar a 120
que a síndrome de rotação-fiex graus
coluna lornbar.
• O paciente consegue ficar deitado com
quadris e joelhos em extensão, sem que
os sintomas se agravem
• Uma toalha dobrada sob a coluna lombar
leva à redução dos sintomas
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos A1ovimentos
Síndromes de Disfunção dos Movimentos da Coluna Lombar
CAPITULO TRrs ANEXO

CAPÍTULO 3
ANEXO
SINTOMAS
PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
Síndrome de • Os sintomas se manifestam ou aumentam SINAIS (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS QUE NECESSITAM
durante posturas ou movimentos acom- ASSOCIADOS DE ENCAMINHAMENTO
Extensão panhados por extensão da coluna lombar
Posição ortostática
Lordose lombar MÉDICO
(na posição ortostática, de braços ergui- POSTURA
Diagnóstico do movimento
Lombar dos acima da cabeça; na posição sentada • No indivíduo jovem: todo posiciona- Cifose, conseguindo o paciente manter-
• Estenose do canal vertebral • Tumor maligno
em extensão lombar, em decúbito dorsal mento lombar acompanhado de lordose se em postura retificada mediante
• Síndrome das facetas articulares • Processos inflamatórios (tuberculose,
com as pernas em extensão) lombar acentuada aumento da lordose lombar (fenômeno
• Discopatia degenerativa osteomielite)
• Os sintomas somem ou diminuem du- • No indivíduo de mais idade com estenose freqüentemente encontrado em casos de • Compressão medular
do canal vertebral Espondilólise
rante posturas ou movimentos acompa- osteoporose) • Afecções da cauda eqüina
Coluna lombar geralmente retificada. • Osteoporose
nhados de redução da extensão lombar • Fratura
• Os extensores da coluna apresentam às Flexão anterior
(posição sentada, durante a contração • Oestoporose
vezes hipertrofia A :flexibilidade relativa para a flexão dos
dos músculos abdominais) • Espondilite anquilosante
quadris é maior que a flexibilidade da
MOVIMENTO DE RETORNO APÓS A FLEXÃO
• Espondiolistese
coluna lombar para flexão
ANTERIOR • Discopatia juvenil
• Amplitude limitada para a flexão lombar
A principal disfunção que carac • A extensão da coluna lombar predomina • Doença de Scheuermann
(não ocorre eliminação da curvatura
essa síndrome deve-se ao fato d ou o movimento é completado mediant~ lombar)
coluna lombar se estender com , inclinação anterior da pelve e inclinação
facilidade, em comparaçcio com posterior do tórax Flexão do joelho em decúbito
extensão do quadril sob a açiio l • Os sintomas se manifestam ou se agra- ventral
vam em comparação com o movimento
extensores do mesmo. bem como de flexão anterior • Inclinação anterior da pelve e aumento
fato de os fiexores do quadril éX • Os sintomas diminuem ou somem da extensão da coluna lombar; os sinto-
cerem uma força de cisalhament quando o paciente é instruído a voltar mas podem agravar-se
anterior sobre a coluna vertebral da flexão anterior com o quadril mantido Musculatura abdominal
um momento de inclinação ante, em extensão
sobre a pelve. Essas forças não • Fraqueza, comprimento excessivo ou
equilibradas pela ação d{r, músc Decúbito ventral (exige às vezes o rigidez inadequadas dos músculos oblí-
uso de um travesseiro) quos externos do abdome
abdominais. Essa síndrome é ma,
freqüente em pacientes que apres • Extensão do quadril com o joelho em
extensão. Os sintomas se manifestam Músculos encurtados ou rígidos
tam lombalgia crônica ou epfród1
ou se agravam, em comparação com o • Flexores do quadril (uni ou biarticula-
repetidos de dor lomba,: Via de ri decúbito ventral res)
trata-se de pacientes com mais d
Posição sentada • Músculos paravertebrais da região lom-
anos de idade. Ela também é ma· bar
freqüente em indivíduos de batxa • Em comparação com a posição neutra ou
estatura que em pessoas altas, a de flexão, os sintomas se agravam ou se Características físicas
como naqueles que costumam se manifestam em resposta à extensão da • Obesidade com abdome protruso.
coluna lombar
se na beira da cadeira. Trata-se l • Região glútea grande
uma síndrome que é menosfrequ Decúbito dorsal
que a síndrome de rotação-exten • Inclinação anterior da pelve e extensão
da coluna lombar. da coluna lombar: os sintomas se agra-
vam durante a fase inicial do movimen-
to
• A repetição com contração da muscu-
latura abdominal leva à redução dos
sintomas
• A extensão de quadris e joelhos aumenta
os sintomas
Posição ortostática com apoio
contra a parede Posição quadrúpede (coluna lombar
• Em comparação com os sintomas que em extensão)
acompanham a posição ortostática natu- • Movimentos de balanço para frente:
ral, observa-se diminuição dos sintomas redução dos sintomas em comparação
quando o paciente inclina a pelve para com a posição inicial corrigida
trás ou quando ele procura achatar a • Movimento de balanço para trás: au-
coluna lombar, colocando-a em posição
neutra
__
...
mento dos sintomas em comparação com
o movimento de balanço para frente
__,/
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção dos Movimentos da Coluna Lombar
CArfTUw Tm ANExo

CAPÍTULO 3
ANEXO
SINTOMAS PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
• Os sintomas são freqüentemente unilate- SINAIS (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS QUE NECESSITAM
rais ou mais intensos em um dos lados ASSOCIADOS DE ENCAMINHAMENTO
Síndrome de • Os sintomas se agravam aos movimentos
Posição ortostática • Atividades que envolvem movimentos
MÉDICO
de rotação da coluna lombar • Postura: assimetria paravertebral rotatórios repetidos (golfe, saque do Diagnóstico dos movimentos
Rotação LomhaP • Flexão lateral: os sintomas se manifes- tênis) • Rotação da coluna lombar • Tumor maligno
tam ou aumentam em comparação com • Hábito de girar o tronco, em vez do corpo • Processos inflamatórios (tuberculose,
a posição ortostática • Rotação-extensão da coluna lombar
inteiro, quando em posição sentada osteomielite)
• Movimentação: assimétrica Hábito de ficar sentado sobre um dos pés, Diagnósticos associados • Compressão da medula espinhal
Decúbito dorsal de cruzar as pernas ou de inclinar-se para Estenose do canal vertebral • Afecção da cauda eqüina
QUADRIL OU JOELHO
o lado • Síndrome das facetas articulares • Fratura
• Observe a rotação da pelve • Fraqueza, comprimento excessivo ou fal- Discopatia degenerativa • Osteoporose
ta de controle dos músculos abdominais • Espondilólise • Espondilite anquilosante
TRANSIÇÃO DA FLEXÃO PARA A ABDUÇÃO/ oblíquos (do oblíquo externo de um lado • Osteoporose • Espondilolistese
ROTAÇÃO EXTERNA DO QUADRIL e do oblíquo interno contralateral) • Escoliose acentuada • Discopatia juvenil
• Rotação de pelve e coluna lombar, du- • Comprimento assimétrico das bandas • Doença de Scheuermann
A principal disfunção que caracte 1 rante os primeiros 50% do movimento iliotibiais
essa síndrome deve-se ao fato de u do membro inferior; a coluna lombar • Diferenças aparentes do comprimento
dos segmentos da coluna lombar possui maior flexibilidade para a rotação, dos membros inferiores
dar, fletir-se lateralmente, desfiz em comparação com a flexibilidade do
se trasladar mais facilmente que quadril para a abdução/rotação externa
demais segmentos da coluna lomb (a rigidez da junção lombopélvica não
da coluna torácica ou dos quadn é suficiente para se opor ao controle
excêntrico pela musculatura do membro
A rotação em sentido mais amplo
inferior)
compreende os movimentos em ou
• Os sintomas se manifestam ou se agra-
sentidos que não sejam de flexão e vam em comparação com a posição de
extensão. As instabilidades da colu, saída
as quais envolvemfreqüentement
movimento acessórios. fazem parte Decúbito lateral
dessa categoria porque, não pod n • Esta posição pode provocar dor
ser observadas clinicamente, tamb • Os sintomas diminuem com uma toalha
enrolada sob a cintura
não podem ser designadas de acor.
• Rotação externa do quadril: observe a
com a direção de algum moviment rotação da pelve
acessório. Observa-se em algunsp • Adução do quadril: observe a inclinação
cientes um rnovimento de acentuad lateral da pelve
rotação da coluna lombar. Outra
zes, a rotação da coluna nüo se to Decúbito ventral
evidente, mas o movimento de rot • Flexão do joelho: rotação assimétrica da
da pelve, causando obrigatoriam n pelve
movimentação ou estresse em mve • Extensão de quadril e joelho: rotação
externa assimétrica, durante a extensão
da mesma, acompanha os movi- do quadril
mentos dos membros inferiores. Ha • Rotação do quadril: em decúbito ventral;
outros pacientes que referem dor a rotação lombopélvica ocorre durante os
movimentos de flexâo lateral, emb u primeiros 50% do movimento de rotação
a coluna nüo apresente alinhament do quadril
evidente em rotação. Não procur 1
Posição quadrúpede
equacionar o lado da 1vtação com
lado no qual se localizam os sinto • Postura: observe a assimetria na região
mas. da coluna lombar
• Elevação do braço: rotação da coluna.
Posição sentada
• Extensão do joelho: observe a rotação
na junção lombopélvica
• Movimento do balanço para trás: pode
levar ao aumento da rotação dos segmen-
tos lombares proeminentes
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção dos Movimentos da Coluna Lombar
CAPh ULO TRts A NEXO

CAPÍTULO 3
ANEXO SINTOMAS PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
SINAIS CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS QUE NECESSITAM
• Os sintomas são muitas vezes unilaterais (fatores coadjuvantes)
Síndrome de ou mais acentuados em um dos lados
• Os sintomas se manifestam ou agravam Alinhamento Atividades profissionais ou de condi-
ASSOCIADOS DE ENCAMINHAMENTO
MÉDICO
cionamento que envolvem movimentos
Rotação Lomb durante a transmissão da posição sentada
à posição ortostática
FLEXÃO ANTERIOR
• Os sintom_as ~e m~f~stam ou aumentam unilaterais repetidos dos membros ou a
Diagnóstico dos movimentos
Síndrome de flexão da coluna lombar • Neoplasia maligna
com Flexão em relaçao a pos1çao ortostática· as-
sir~1etria da coluna pode tornar-se ~ais •
rotação do tronco.
Diferença aparente em relação ao com-
• Síndrome de rotação da coluna lombar • Processos inflamatórios (tuberculose ou
osteomielite)
evidente
primento dos membros inferiores, na Diagnóstico simultâneos • Compressão medular
FLEXÃO ANTERIOR (FLEXÃO SOMENTE DO postura ortostática (postural ou devido Extrusão ou herniação de disco • Afecção da cauda eqüina
QUADRIL) à diferença no comprometimento das • Escoliose acentuada • Fratura
• Os sintomas diminuem em comparação
pernas) • Osteoporose
com a flexão anterior acompanhada de
flexão da coluna lombar • Hábitos de rodar o tronco em lugar do • Espondilite anquilosante
corpo inteiro, quando em posição senta- • Espondilolistese
Decúbito dorsal
da. • Discopatia juvenil
TRANSIÇÃO DA FLEXÃO PARA A ADUÇÀO DO • Hábito de sentar sobre um dos pés ou de
QUADRIL COM ROTAÇÃO EXTERNA
• Doença de Scheuermann
• A pelve e a coluna lombar giram durante pernas cruzadas
os primeiros 50% do movimento do • Assimetria em relação ao comprimento
Disfunção p rimária baseia-se n membro inferior da banda iliotibial, a partir das inserções
• A flexibilidade da coluna lombar no dos músculos glúteo máximo ou TFL
de um segmento da coluna lomb
s~~tido da rotação é maior que a flexi- • Flexão do joelho em decúbito ventral:
se movimentar mais facilmente n b1hdade do quadril para a abdução com
sentido da rotação com .fiexào qu observa-se às vezes rotação da pelve
~o~ação ~xterna (a rigidez lombopélvica
demais segmentos da coluna lomb e msufic1ente para se opor à contração • Os músculos abdominais oblíquos não
excêntrica da musculatura do membro proporcionam controle adequado sobre
da coluna torácica ou dos quadr· inferior) a rotação da junção lombopélvica
maioria das descrições de síndro • Os sintomas se manifestam ou aumentam
de flexão e rotação e de suas cara em comparação com a posição inicial
terísticas aplica-se a essa síndro • O paciente consegue ficar deitado com
Ela é mais freqüente que as sínd os qua~is e joelhos em extensão, sem
que os smtomas se agravem
mes isoladas de flexão ou de rot • Os sintomas diminuem quando se co-
O programa de tratamento plane loca uma toalha dobrada sob a coluna
pelo .fisioterapeuta precisa sempn lombar
levar em conta esse componente d FLEXÃO ATIVA DE QUADRIL E JOELHO
rotação, já que ela é tâo freqüent • Flexão ativa do quadril acompanhada por
rotação da pelve
Decúbito lateral
• Essa posição provoca dor, a qual diminui
com a colocação de uma toalha enrolada
por baixo da cintura
• Rotação externa do quadril: observe a
rotação da pelve
• Abdução do quadril: observe a inclina-
ção lateral da pelve
Decúbito ventral
• Rotação do quadril: os sintomas ou se
manifestam ou se agravam, em compa-
ração com o decúbito ventral
• A rotação na junção lombopélvica ocorre
durante os 50% iniciais do movimento
de rotação do quadril
Posição sentada Posição quadrúpede
• Os sintomas estão presentes ou aumen- • Postura: a posição preferida pelo pa-
tam durante a flexão da coluna lombar, ciente é a flexão na coluna lombar com
em comparação com a posição neutra ou assimetria
em extensão • Movimento de balanço para trás: ob-
• Os sintomas se agravam durante a exten- serve a rotação da coluna lombar e a
são do joelho quando esta se acompanha inclinação ou rotação da pelve
por rotação da pelve ou da coluna lom- Elevação do braço: acompanhada por
bar rotação da coluna
...__ __.!
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção dos Movimentos da Coluna Lombar
CAPÍTULO TRts ANEXO

CAPÍTULO 3
ANEXO SINTOMAS
PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
• Os sintomas são freqüentemente unilate- SINAIS (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS QUE NECESSITAM
Síndrome de rais ou mais intensos em um dos lados ASSOCIADOS DE ENCAMINHAMENTO
Posição ortostática Atividades que exigem movimentos re- MÉDICO
RotaçãoLom • ~s sintomas são agravados pelos mo-
vimentos de extensão e de rotação da • Postura: assimetria paravertebral. petidos de extensão e rotação da coluna Diagnóstico dos movimentos
lombar (golfe, saque do tênis) • Neoplasia maligna
com Extensão coluna lombar • Aumento
, fl dos_ sintomas durante O reto rno
apos a exao anterior • Hábito de girar o tronco quando em po-
• Rotação com flexão lombar
• Extensão da coluna lombar • Processos inflamatórios (tuberculose ou
• Flexão lateral: aparecimento ou au sição sentada, em vez de girar o corpo osteomielite)
t d · men-
o .º~ smt~mas em comparação com a inteiro Diagnósticos simultâneos • Compressão da medula espinhal
pos1çao retificada • Hábito de sentar sobre um dos pés ou de • Estenose do canal vertebral • Afecções da cauda eqüina
• Mo~imentação assimétrica durante a cruzar as pernas • Síndrome das facetas • Fratura
flexao lateral e a rotação do tronco • Falta de controle e de desempenho dos • Osteoporose
• Discopatia degenerativa
Posição sentada músculos abdominais para prevenir a • Espondilólise • Espondilite anquilosante
• Extensão da coluna lombar: os sintomas rotação lombopélvica e a extensão da • Osteoporose • Espondilolistese
aparecem o~ ~e agravam em comparação coluna lombar • Escoliose • Discopatia juvenil
com a pos1çao neutra da coluna lom- • Assimetria no comprimento da banda • Doença de Scheuermann
bar. iliotibial
Decúbito dorsal • Diferença aparente em relação ao com-
A principal disfunção que cara
primento dos membros inferiores
essa síndrome prende-se ao fat • Flexão de quadril e joelho: observe a
posição de estresse ou movime rotação da pelve
extensão provocarem dor na c • Transipão da flexão para a abdução do
quadril com rotação externa: a pelve
lombar, na região glútea ou no
e a coluna l~~b~r. apresentam rotação
bros inferiores. Trata-se da sín durante os 501/o llliciais do movimento do
mais prevaleme nos pacientes me~bro i~~~or; a coluna lombar possui
queixam de dor lombar. Ela é ma10r flexibilidade para O movimento de
cialmente freqüen te nos pacien rotaçã~ do quadril do que o quadril para
que referem lombalgia crônica o movime~t~ de abdução com rotação
ex~ema (a ngidez lombopélvica não é su-
recidivante, nos indivíduos de ficiente para evitar o controle excêntrico
superior a 55 anos e nas pesso ~xer~ido pela musculatura do membro
participam de esportes que env mfenor)
movimentos de rotação, como • Os sin!omas aum~ntam em resposta à
caso do golfe e do saque do te extensao de quadns e joelhos
São fatores que contribuem pa • Flexão do quadril e rotação externa com
abd~ção: os sintomas começam a se
alta prevalência dessa síndro
~amfestar ou _aumentam em compara-
alterações degenerativas da co çao com a posição inicial: flexibilidade
falta de controle dos músculos relativa de coluna e quadris
minais, os movimentos rotatóri Decúbito lateral
atividades cotidianas e os mo
• Posição capaz de provocar dor
tos de rotação que os movimen • Diminuição dos sintomas quando se co-
membros impõem à região tom loca uma tolha enrolada sob a cintura
vica. Numerosas característica • Rotação externa no quadril: observe a
síndromes de extensão e de roti rotação da pelve
aplicam-se a essa síndrome. • Adução do quadril: observe a inclinação
da pelve para o lado
Decúbito ventral
• Flexão do joelho: sintomas presentes
Posição quadrúpede ou aumentando em relação ao decúbito
ventral; observe a rotação assimétrica da
• A-(ovimento de balanço para frente: os pelve
smtomas ou :ºmeçam ou se agravam,
• Extensão do quadril com o Joelho em
em ~o~paraçao com a posição de saída
extensão: rotação externa assimétrica
corngida ou com o movimento de balan-
ço para trás da coluna lombar, durante a extensão do
quadril
• ~ov~mento de balanço para trás: au- • Rotação, do_ quadril: a rotação na junção
sencia ou diminuição dos sintomas, em lombopelvica ocorre durante os primei-
comparação com o balanço para frente ros 50% da rotação do quadril

•. . . .----JI
CAPÍTULO QUATRO

ues deste ca ítulo movimentos da cabeça do fêmur dentro do acetábulo. Os


sintomas na região da articulação do quadril podem ser
Alinhamento Normal do Quadril referidos da região lombar ou coincidir com as síndromes
Movimentos do Quadril
que afetam essa região. Portanto, a análise meticulosa dos
Ações Musculares no Quadril
movimentos da articulação do quadril e do controle muscular
Síndrome de Disfunção dos Movimentos do Quadril
é imprescindível para podermos distinguir se a síndrome
tem origem no quadril, na coluna vertebral ou em ambos.
Essas possibilidades precisam ser levadas em conta durante
tivos do capítulo
o exame.
Depois de considerar as informações constantes nesse ca- Este livro baseia-se na hipótese de que os locais de dor
pítulo, o leitor será capaz de: devem-se em parte às diferenças na flexibilidade relativa dos
diversos segmentos, as quais se manifestam por movimentos
1. Descrever as disfunções posturais adquiridas e as va- compensatórios em articulações que se tornaram anor-
riações estruturais do membro inferior que contribuem malmente flexíveis. Esse padrão é, então, constantemente
para as síndromes de disfunção de movimentos. reforçado; a articulação torna-se suscetível aos movimentos
2. Identificar as ações musculares específicas relacio- na direção afetada. Chamamos isso de suscetibilidade dire-
nadas às disfunções de movimentos. cional da articulação ao movimento (SDM). Até mesmo a
3. Reconhecer as diferenças entre as nomenclaturas de rigidez do pé pode afetar segmentos mais proximais, como
diagnóstico para os movimentos fisiológicos e para os o joelho e o quadril, por exemplo, no caso de um pé rígido.
movimentos acessórios. Quando o pé é rígido e não realiza dorsiflexão durante a
4. Identificar as características de cada uma das síndromes marcha, movimentos compensatórios, tais como hiperex-
de disfunção de movimentos do quadril. tensão de joelho ou rotação lateral do quadril, podem ser
resultados em longo prazo.
Ao tratar o paciente com dores na região do quadril, o Discutiremos nesse capítulo dois tipos de síndro-
leitor será capaz de: mes. O primeiro tipo é atribuído à dor que se relaciona
1. Examinar o paciente, considerar os fatores contribuintes diretamente com a articulação do quadril. Caracteriza-se
e estabelecer o diagnóstico. geralmente pela disfunção de um movimento acessório
2. Elaborar um programa terapêutico baseado no diagnós- do fêmur. Por conseguinte, essas síndromes são designadas
tico específico e modificar as atividades que contribuem como femorais e pelo movimento acessório afetado. O outro
para a formação da síndrome de disfunção motora, além tipo de síndrome recebe seu nome devido ao movimento
de orientar o paciente nesses aspectos. fisiológico doloroso causado por disfunção musculotendí-
nea. Esse tipo de síndrome é designada pelo nome, quadril
e movimento fisiológico disfuncional. A denominação de
Introdução acordo com o movimento :fisiológico, em lugar do nome do
músculo no diagnóstico da disfunção muscular, destaca
A maioria das síndromes que afetam o quadril tem a importância que cabe à correção do padrão muscular de
ori-gem em disfunções dos músculos que se inserem realização do movimento, em lugar do tratamento apenas
proximalmente no fêmur, controlando o alinhamento e os paliativo do músculo doloroso (Tabela 4.1 ) .

• ,.~ - .
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
C APÍTL LO Q UATRO

Síndromes por ordem de freqüência


Síndrome

Deslizamento anterior do fêmur


Movimentos Acessórios

Sem rotação
Diagnósticos Associados
---
Tendinopatia do i/iopsoas; bursite
Com rotação interna
Com rotação externa Inflamação com rotação do joelho iliopsoas; bursite
Adução do quadril
Sem rotação Distensão dos adutoras; tendinopatia do iliopsoas; tração inguinal
Com rotação interna do quadril Distensão do músculo glúteo médio; bursite trocantérica
Extensão do quadril
Com extensão de joelho Síndrome de alongamento do piriforme; inflamação da banda iliotibal
Distensão dos isquiotibiais, devido à participação insuficiente dos
Femoral acessória músculos glúteo máximo ou quadríceps
Com rotação medial do quadril
Distensão dos isquiotibiais, devido à participação insuficiente dos
músculos rotadores externos
Hipermobilidade
Degeneração precoce da articulação do quadril
Hipomobilidade do fêmur Lacerações do labrum
Com deslizamento superior
Rotação externa do quadril Doença degenerativa da articulação do quadril
Deslizamento lateral do fêmur Síndrome de encurtamento do piriforme
Leve distração do eixo
Quadril doloroso; estalos no quadril; subluxação

Flgura4.2
L...:....------:-:--.:-:--::;~ oluna lombar retificada. Esse homem
Alinhamento Normal do Quadril Pelve alta, combinada ~om c bre as cristas ilíacas (à esquerda). A
está colocando suas maos ~o .. cas encontra-se mais de uma
da crista ilíaca corresponde a uma porcentagem da estatura extremidade superior das cnstat s ,haA coluna vertebral deste homem
total que se situa acima da média. 3•13 Outra variação estrutural (2 5
Diversas alterações estruturais do membro inferior são fatores polegada
é cm ) acima
retilínea (à, direita).
da. cm
Este ahn
ura.t é típico do homem cuias
hamen ~
· cn·stas
capazes de predispor ao desenvolvimento de disfunções mus- encontrada em pessoas do sexo masculino consiste em cintura ilíacas se encontram bem acima da cintura.
culares e, eventualmente, de síndromes dolorosas. A distinção localizada pelo menos 2,5 cm abaixo da crista ilíaca, em vez
entre as variações anatômicas dos membros inferiores e as de estar situada acima dela (Fig. 4.2). Os homens com crista
disfunções adquiridas torna-se, às vezes, dificil. ilíaca alta apresentam coluna retificada sem inclinação poste-
rior da pelve. Existem, portanto, duas variações anatômicas
bastante comuns que podem dar margem à confusão com as
Pelve deficiências posturais adquiridas: 1) a baixa posição da EIAS
na mulher, a qual pode ser erroneamente interpretada como
inclinação anterior da pelve e 2) a coluna estruturalmente a4J 1

De acordo com Kendall 11 , o alinhamento da pelve é consi- feminina. Colocamos marcos no loca
retifcada do homem que apresenta cristas ilíacas altas em A •

Variação anatom1_ca da pelve . EIAS) e da espinha ilíaca póstero-


derado ideal quando a espinha ilíaca ântero-superior (EIAS)
relação à cintura; essa situação é freqüentemente interpretada da espinha ilíaca antero-supen?r ( . 1· ha que liga a espinha ilíaca
se encontra no mesmo plano vertical que a sínfise do púbis. dº ões ideais a 1n
O desvio do ângulo entre o plano horizontal e a linha unin-
como um alinhamento adquirido de flexão lombar. superior (EIPS). Em ~on '?. a óste'ro-superior não deve apresentar
Nem sempre o ângulo da articulação do quadril é um ântero-superior à espinha ,hac p 1 - à linha horizontal que liga as
do a EIAS com a espinha ilíaca póstero-superior (EIPS), indicador preciso de inclinação da pelve. Esse ângulo está desvio de mais de 15 graus e'.11 re aNçaopresente caso a espinha ilíaca
. .. · tero-supenores. o ' •
é freqüentemente usado como sinal clínico de inclinação espmhas 1l1acas pos . . d pinha ilíaca póstero-supenor,
sob a influência do alinhamento do joelho e da pelve. A ântero-superior situa-se mwto abaixo at es lombar e a articulação do
da pelve. Acredita-se geralmente que esse ângulo deve ser . t ento da curva ura -
flexão do joelho é acompanhada por flexão do quadril, in- porém não ex,s e aum . - t não em flexão ou extensao.
bem pequeno, com menos de 5 graus. Pesquisa realizada clusive estando a pelve em posição neutra. Estando o joelho quadril apresenta-se em pos,çao neu ra,
em pelves de cadáveres revelou que, estando a EIAS no em hiperextensão, o quadril também apresenta extensão,
mesmo plano vertical da sínfise do púbis, o ângulo entre mesmo que a pelve se encontre em posição neutra (Fig. 4.3)
o plano horizontal e o plano ligando a EIAS à EIPS varia ou ligeiramente inclinada anteriormente.
2
em até 12 graus. Portanto, o examinador não deve esperar
por uma linha perfeitamente horizontal entre EIAS e EIPS,
Em vista dessas possíveis fontes de erro durante o exame A inclinação da pelve, quan ºl
d resente deve ser acom-
t d; alinhamento da
da inclinação pélvica, recomenda-se basear a decisão em panhada por alt_eraçõ~s c;rre:~~il e~:sa correção do posi-
como sinal de alinhamento perfeito. coluna e da art1c~laçao o q . dança indesejável no
dois achados de três determinações: 1) no aumento ou na . t élv1co causar uma mu
Em algumas mulheres, a EIAS se encontra em nível bem diminuição da profundidade normal da curvatura lombar; 2) c10namen o P d d .1 trata-se provavelmente
inferior ao da EIPS, mas isso não se deve à inclinação da na presença de acentuado desvio da linha horizontal ligando alinhamento da ~oluna ou o q~a ;~,adquirida. Por exemplo:
pelve anteriormente (Fig. 4.1 ). Essas variações extremas na EIAS e EIPS e 3) no aumento ou na diminuição do ângulo de uma anormahdade estru~~ e ~trutural quando: 1) a EIAS
relação entre EIAS e EIPS não têm sido observadas no sexo da articulação do quadril, com o joelho em posição neutra. estamos diante de uma va~açlaob e_ o em relação à EIPS e 2)
·tu da em mve a1x
masculino. A variação anatômica descrita em homens é de Outro método útil para verificar se existe uma disfunção parece estar s1 a teriormente elimina-se a gura4.3 d ·1
1
pelve alta. Falamos em pelve alta quando a altura da pelve, postural ou uma variação anatômica consiste em corrigir o quando inclin~n_do-se a p~ ;: c~Z~na lombar (ver Fig. 3.9). - ulo da articulação do qua n .
A

Joelhos em hipere~tensao _e an~erior da pelve. Os quadris n~o


desde a tuberosidade isquiática até a extremidade superior mau alinhamento da pelve, observando se isso leva à correção curvatura lordot1ca norma d eixo vertical é encontrada Observe a discreta mcl1naçao an - virtude da hiperextensao
A rotação da pelve e~ tomo o eferem dor na região do estão em flexão e sim em extensao , em
do alinhamento de todos os segmentos afetados. com freqüência nos pacientes que r dos joelhos.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de DisFunça-o d ~,,. .
. ;. 'J • os ~novzmentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPITULO Q LATRO
---_...
quadril. Para verificar se existe rotação pélvica .
d 1 , , o exami-
na or se co oca por tras do paciente e posiciona seus dedos rior d~ pelv:_e com hiperextensão do joelho leva à hip ~
na artJculaçao do quadril. Quando mantida . erextensao as pessoas que apresentam diferenças anatômicas genuínas redução patológica deste ângulo. 15 Esse ângulo de torção é
sobre
~ , a EIAS e paralelamente à mesma • A part1·r des sa pos1- . tur ,. por mmto temp
c. .
pos a ortostática com os quadris em hiperextensão . o, a no comprimento dos membros inferiores, isto é, nos quais o de 30 a 35 graus no recém-nascido; neste, a cabeça do fêmur
çao e per1e1tamente possível ver os desvios da 1m · h 1·
·nh ·1, a que 1ga fêmur ou a tíbia de um lado são mais compridos que no lado fica relativamente voltada para frente, dentro do acetábulo.
as esp1 as i ia~as esquerda e direita em relação ao plano l Ograus) é capaz de distender a face anterior da cápsul~ª;:a de
frontal_. O examinador ~ão pode se esquecer de observar o ?~
e exercer tração sobre o músculo iliopsoas e seu tendã cuiar
oposto. Os indivíduos que apresentam diferenças estruturais
referem quase sempre antecedentes de luxação congênita
O ângulo de torção diminui durante o período que vai do
nascimento aos 6 anos, aproximadamente; a orientação da
mau alinhamento dos pes do paciente , a fim de po derafirm ar atiVIdades capazes de contribuir para a hiperextensão do o. A_s
~ unilateral do quadril, de lesão traumática durante a infância, cabeça do fêmur se modifica, de modo que ela fica voltada
que a rotaçao da pelve não se deve ao mau ali·nh compreendem as corridas de longa d" tA . b quadril
d b · c. • amento 1s ancia, o alé a d a qual levou ao crescimento ósseo excessivo, ou de algum mais em direção à linha média, dentro do acetábulo. As
os_ mem ros_ i~1enores. A pelve pode apresentar rotação moderna e todas as demais atividades que m · cl , ança
• ~ uem os salto trauma sofrido na idade adulta, resultando em diminuição crianças que apresentam anteversão costumam ficar sentadas
devido ao posic10namento incorreto dos memb . c. . e. as pos1ço~s de alongamento das pernas. O resultado s
d , ros in1enores do comprimento do osso. A mudança brusca na altura do de preferência em "W", ou em "posição de alfaiate inverti-
quan o um dos pes se encontra adiante do outro e na~o h1pe;extensao postural prolongada dos quadris é a instala ~a
~ 'l · • , porque quadril em paciente que se queixa de lombalgia com irra- da". O indivíduo que apresenta anteversão uni ou bilateral
aro taçao_ pe vi~a esteJa modificando o alinhamento da coluna da s1~drome de deslizamento anterior da cabeça do tê ça~
diação da dor para o quadril pode dever-se à fraqueza dos costuma apresentar "pé-de-pombo", a não ser que apresente
ou da artJculaçao dos quadris. esta smdrome será descrita mais adiante. mur,
músculos abdutores do quadril. A adução de um dos quadris, torção simultânea da tíbia. Na posição sentada em "W', a
d Alg~s pacientes que apresentam anteversão unilateral Uma alter~ção postural bastante comum é a assim . acompanhada pela abdução do outro, é capaz de contribuir tíbia se encontra em rotação externa, pela qual pode sofrer
o ~uadnl mantêm o quadril em rotação externa para corrigir lateral das articulações dos quadris ou a diferença etna
no · ' aparente para a dor no quadril, para a dor na coluna vertebral e até alterações rotacionais que compensam a rotação interna do
o alinhamento em "pé-de-pombo" Conc.orm 11 d . comprimento dos membros inferiores (Fig. 4.4) N mesmo para a torção de tornozelo. Quando uma das cristas fêmur. Na posição não compensada, quando o pé assume a
t ~ · e o grau essa
~n evers~o, a pelve pode também estar virada para o lado alu~hamento postural, o quadril do lado da crist~ il;;se ilíacas é mais alta, a inclinação lateral da pelve provoca postura em "pé-de-pombo", a correção do alinhamento do pé
o qua~nl em anteversão. A rotação da coluna acompanha mais alta apresenta-se em adução, enquanto o outro quad~~ flexão lateral dos últimos segmentos da coluna lombar. A leva à rotação externa do quadril, fazendo com que a cabeça
a_rotaçao da pelve; resulta daí que esses pacientes podem enconn:a-se _em abdução.11 A diferença de altura entre a flexão lateral é acompanhada por rotação da coluna; essa é do fêmur se volte anteriormente no interior da articulação;
v1~ a apresentar lom?algia. Quando se corrige a rotação da duas cnstas ilíacas precisa ser no mínimo de me· s uma causa freqüente de lombalgia (veja o Cap. 3). dependendo do grau de rotação, isso poderá ser causa de dor
( 1' 25 cm) para ter alguma importância clín1·ca s~ ia po 1egada
pe ~e, esse novo alinhamento é às vezes percebido elo • ao poucas A diferença aparente em relação ao comprimento dos no quadril. A correção da posição do pé mediante rotação
paciente como estando "errado" Em . t d
d d · . ·
_P ..
vis a essa possib1h- membros inferiores pode afetar o tornozelo de duas maneiras. externa do quadril também pode fazer com que a rotação
a e, precisa_o paciente receber informação verbal . I No lado do quadril em adução (da crista ilíaca mais alta), o externa chegue ao limite da amplitude desse movimento,
sobre a maneira de corrigir o mau alinhamento . e v1sua pé costuma ser mantido em supinação. Durante a corrida ou forçando o quadril em rotação excessiva ou levando à rotação
· d , assim como
a respeito o tempo necessário para essa nova posição lhe durante as rápidas mudanças de direção, conforme exigidas excessiva da pelve durante a marcha. Durante a marcha, a
parecer normal.
nos esportes, a fraqueza ou o excesso de comprimento dos rotação excessiva do quadril é normalmente de uns 1Ograus,
músculos abdutores do quadril permitem que o quadril se entre a fase de médio apoio e a fase de balanço. 8
Articulação do Quadril desloque muito lateralmente sobre o pé quando este se en- O paciente que apresenta anteversão dá, às vezes, a im-
contra sobre o chão, ou então, permitem a adução excessiva pressão de rotação interna excessiva do quadril; pode também
Afl ~ d ·
~xao o quadnl durante a posição ortostática pode do quadril durante a fase de balanço da marcha. Nessas duas apresentar joelho valgo. Esse paciente pode vir a apresentar
surgir quando _os músculos abdominais oblíquo externo situações, a adução excessiva do quadril e a supinação do dor no quadril, devido à rotação interna excessiva, quando
ou_ reto abdominal apresentam fraqueza ou comprimento pé podem contribuir para lesões em inversão do tornozelo. continua sentado com o quadril em rotação interna máxima. A
acima do normal. Os músculos flexores do quadril odem O problema ocorre porque a linha de gravidade incide dor na região dos quadris pode também manifestar-se quando o
estar encurtados ou rígidos. A extensão do quadril durante medial ao quadril e lateral ao joelho. Vemos, portanto, que paciente força a rotação externa do quadril, ao exercer pressão
a marcha deve _ser ~e 1O grauss. Entretanto, observa-se, às o programa abrangente para o paciente com tendência ao sobre os joelhos, quando sentado na "posição de alfaiate" ou
vezes, _grande mclmação anterior da pelve e aumento da traumatismo por inversão do tornozelo precisa incluir exercí- "de pernas cruzadas", por causa da pressão que a cabeça do fê-
extensao da col~a lombar quando os flexores do quadril são cios para fortalecimento dos músculos abdutores do quadril mur exerce nessa posição sobre as estruturas da porção anterior
encurtados ou ngidos em relação aos músculos abdominais se estes estiverem longos ou fracos ou se a amplitude dos da articulação. O fisioterapeuta pode realizar um importante
em ve_z da compensação que se traduz pelo movimento d~ movimentos de adução do quadril for excessiva. trabalho de triagem, ao verificar a presença de anteversão, em
dua~nl.1:1-p~s~r_da ênfase geralmente dada ao alongamento O fisioterapeuta é obrigado a examinar meticulosamente meninas que participam das aulas de balé ou de qualquer outro
os is9motib1a1s, pouca atenção costuma ser prestada à as variações estruturais do fêmur, visto poderem contribuir tipo de dança exigindo a capacidade para a rotação externa nos
necessidade de_ manter o comprimento adequado dos fle- para os problemas dolorosos na região dos quadris e da quadris, de modo que os pés apontem 90 graus para fora. Se
xores ~o qu_a dnI e de as_seg~rar que os músculos da parede coluna. A diminuição da amplitude do movimento de ro- essa anteversão não for identificada, a menina que participa do
abdommal impeçam a mclmação anterior da pelve. Cada tação do quadril em um sentido e a amplitude aumentada balé, o qual exige um máximo de rotação externa nos quadris,
passo durante a marcha exige a maior excursão por arte no sentido oposto podem ser decorrentes do encurtamento pode acabar compensada mediante rotação excessiva no nível
?ºs ~e~.r~s do_q~ad~l, enquan!o a excursão dos mús~ulos ou à fraqueza de músculos. As variações anatômicas são
relativamente freqüentes, contribuindo muitas vezes para
dos joelhos (Fig. 4.5).
O paciente que apresenta retroversão dá a impressão de
isqut~ ia1s ex1gi~a e miníma. E importante que o paciente
mane ~ o comprimento adequado dos músculos flexores os problemas do paciente. O conhecimento da presença de ter os pés voltados para fora (marcha de pato ou marcha de
do q~a~lde o melhor desempenho possível dos músculos da variações estruturais também é necessário para a elaboração Charlie Chaplin). A correção desse defeito de alinhamento
iareb e a o~in_al, a fim de prevenir o aumento da lordose do programa correto de exercícios terapêuticos. Para citar do pé leva à rotação interna excessiva nos quadris, fazendo
t
om ~r a mclmação exagerada da pelve anteriormente
espechia mente e1;11 condições dinâmicas como durante ~
um exemplo: o grau de rotação externa, em um exercício
destinado ao músculo glúteo médio posterior (GMP),
com que a cabeça do fêmur se volte mais em direção medial,
em comparação com sua posição ideal. Exemplos clínicos de
marc a ou a cornda. igura4.4 necessita ser modificado para o paciente que apresenta dores na região inguinal, decorrentes de retroversão dos qua-
anteversão do quadril. dris, foram descritos em duas mulheres; ambas costumavam
b A extensão d~- ~u~dril é uma alteração postural que se
o serva com frequenc1a no indivíduo que fica em pé numa ~:;:r~i::~:~~~~s~~;~:prim~nto _~os membros inferiores (as- O ângulo formado pelo colo do fêmur e pelo eixo transver- sentar com as pernas cruzadas e os quadris em rotação interna.
?.~;:ri
.
d~,?~slo_c amento posterior do centro de gravidade
y ac .' mclinan~o a pelve posteriormente e mantendo os
. lt . ., ). Acnsta 1lraca esquerda ocupa posição
~~~se~ ioque a crista ,11aca direita quando o paciente apresenta maior
g s abdutores do quadril direito que nos abdutores do quadril
sal dos côndilos femorais (ver Fig. 2.22) é o ângulo de torção
ou de declinação no plano frontal. Nos adultos, esse ângulo
Suas profissões as obrigavam a ficar a maior parte do tempo
sentadas para falar com seus clientes. Elas participavam ainda
Joelhos emhiperextensao. Essa combinação de m·clin ~ é de aproximadamente 14 graus anterior, em média, embora de programas regulares de exercícios, tais como corrida e
açaoposte- ~:!~e~~-uA ab~u~ão dos quadris coloca as cristas ilíacas no mesmo
p q e nao e acompanhada de alongamento dos abdutores.
possa variar. A anteversão consiste no aumento patológico tênis. O hábito de ficarem longamente em posição sentada,
do ângulo de torção, enquanto que a retroversão consiste na com os quadris em rotação interna, levou ao alongamento e
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Dislunça-o
~' dos M ovnnentos
.
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTliLO QUATRO

Efeito da anteversão do fêmur sobre a amplitude dos movimentos de rotação do quadril, em posições de flexão e de
extensão. A. Estando o quadril em extensão, a amplitude para o movimento de rotação interna ultrapassa o valor normal
(65 graus). 8. Existe limitação para o grau máximo de rotação externa (5 graus). C. O teste de Craig serve para determi-
nar a posição neutra de rotação do quadril desta paciente (34 graus). D. Na posição de flexão do quadril, a amplitude de
rotação interna é de 60 graus. E. A amplitude para a rotação interna é consideravelmente maior que a amplitude para a
rotação externa (25 graus). F. Demonstração da posição sentada em "W" ou da posição de alfaiate invertida. G. A limitação
da rotação externa dos quadris prejudica a posição de sentar de "índio".

Com o paciente em prono, estando os quadris em ex- guração do fêmur do paciente. Todo paciente com queixa de
enfraquecimento dos músculos abdutores dos quadris, assim dores no quadril ou na região lombar precisa ser examinado
S O ângulo de torção precisa ser examinado cautelosamente tensão e em neutro de adução/abdução, os encurtamentos
como
· t dos rotadores
• . , externos e do mu's cu Io i·1·10psoas. Seus rotineiramente à procura de eventuais variações torcionais.
eg~mdo Gelberman e cols., 6 o exame da anteversão deve se; dos músculos abdutores e rotadores mediais são capazes de
sm ornas dunmmram graças à correção do ha'bºt d O ângulo de inclinação também precisa ser considerado
:fl rt 1 · i o e sentar e reahza~o _em decúbito ventral com a articulação do quadril limitar a amplitude da rotação externa (Fig. 4.8). Os músculos
ao ~ a ec1m~nto d?s músculos rotadores externos e abduto- não são capazes de limitar a amplitude para a rotação externa durante o exame. O colo do fêmur forma no plano frontal
res os quadris, ass1m como do músculo iliopsoas em posiçao, .neutra ou com o quadril em fl exao ~ quan do o
quando o quadril se encontra em flexão. No estudo realizado um ângulo com a diáfise femoral; esse ângulo varia ao longo
A retroversão ~bém pode contribuir para a do; na re .ão ~xame, e realiza?º na posição sentada. Em decúbito ventral,
por Gelberman foi demonstrado que a anteversão anatômica da vida, sendo aproximadamente de 125 graus no indivíduo
lombar q;1ID1do o ~a~1ente pratica esportes que exigem a rot.:1'ã e pos~1vel med_ir a rotação tanto interna como externa do
quadnl. .A amplitude parª aro taçao ~ mtema
· do quadril (conforme verificada por exame de ressonância adulto. Ele é de 150 graus no recém-nascido de semanas de
com os pes em pos1,?ª? relativamente fixa, como acontece no çol~ C de grau excessivo
magnética) estava presente quando a assimetria na amplitude vida. t 3 Dizemos que o indivíduo adulto apresenta coxa valga
~ou no saque do tems. O paciente que fica com os pés volta~os 1.e., acima de 50 g_raus) e a limitação da rotação (menos
, etamente para frente, ao tentar acertar a bola de golfe alcan a &"e 11 ~)aus na ver~1cal) são sinais sugestivos de anteversão
i~. · · O exammador também pode realizar o teste de
para os movimentos de rotação interna ultrapassava em muito
a amplitude de rotação externa, tanto com o quadril em flexão
quando esse ângulo ultrapassa 130 graus; falamos em coxa
vara quando ele é inferior a 120 graus (Fig. 4.10).
as vez_es o extremo da sua amplitude para a rotação in~ema do como em extensão. 6 Em caso de retroversão, a amplitude Não foi descrita, por enquanto, nenhuma relação entre
quadril, sendo, então, obrigado a compensar mediante rota ão g;::g, esta~do o pacie~te em decúbito ventral. O teste de as síndromes de disfunção de movimentos do quadril e o
para a rotação externa deve ser maior que a amplitude para
~a coluna lombar, diante da mobilidade limitada dos qua~s ~ consiste em realizar a rotação do quadril dentro da
amplitude total para a ro taçao~ externa e mtema
. a rotação interna, quer o quadril se encontre em posição ângulo de inclinação, mas existem indícios de que há uma
. tacerto na bol~ de golfe exige boa amplitude para a rotaça~o· . palpando relação entre os contornos da coxa e o ângulo de inclinação.
de flexão ou de extensão. Estando o quadril em extensão
. . no quadril . o paciente
· que apresenta retroversão deve
m ema 17 s1multaneamente . O trocant • .
er maior e determmando ' a posição
dentro da amplitude na e o joelho em flexão, nenhum dos músculos que limitam Na presença de coxa vara é razoável admitir que o trocanter
~?s1~io~ar-se ~om os p_és voltados para fora; dessa forma, ele . , qua1o trocanter e, mais . proemmente
.
a rotação interna se apresenta tenso; por isso, o resultado maior deva estar mais proeminente, não se apresentando
l ateralmente (Fig 4 7) E'

;:~:ª
. ispoe e maior _amplitude para os movimentos de rota ão
dque se estivesse ~om os pés voltados diretamente p~ra
, . is~ensando, assim, a compensação mediante rotação
b

A
A • • • nesse ponto de rotação que a ca-
eça _ddo femur ocupa a posição ideal dentro do acetábulo.
cons1 eramos que O fêemur esta, em anteversão quando o
• _
obtido nessa posição deve ser válido (Fig. 4.9). Na posição
de quadril fletido, o músculo glúteo máximo se apresenta
tenso, de modo a poder limitar a amplitude dos movimentos
no mesmo nível da face lateral da pelve. No paciente com
proeminência lateral das coxas proximais, acredita-se muitas
vezes, tratar-se do excesso de gordura nas coxas, mas nem
excessiva a co!un~ lombar. A marcha com o pé voltado ara angulo na direçao da rotação interna do quadril é superior sempre esse é o caso. Quando em decúbito lateral, esse pa-
de rotação interna.
fora ~ode contnbuir para a formação do hálux valgo u!do a 15 graus, entre a linha vertical e o eixo longo da tíbia. ciente costuma apresentar acentuado grau de flexão lateral
Os testes que visam determinar o grau de torção também
o paciente coloca sua linha de gravidade 1 t I q O resultado desse dá ao examinador um .d, . d d da coluna lombar, a qual deve-se à largura de sua pelve e à
h 'l a era mente sobre anteversão do fê a I eia o grau e são importantes quando se pretende prescrever os exercícios
o a ux, empurrando-o para a direção do valgismo. . . emur. Um estudo demonstrou ser o teste de de abdução do quadril, visto que esses exercícios devem ser exagerada saliência do fêmur na face lateral da coxa. Em
Cra1g mais confiável às técnicas radiológicas. 20 realizados nos graus de rotação que são adequados à confi- decúbito lateral, esses mesmos fatores estruturais contri-
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPiTULO QUATRO

Valgo
145° Varo
110°

ra 4.10
• . . - almente O ângulo entre a diáfise e o
Angulo~ de •~chnaçao: No~;mente 125 graus. Quando esse ângulo
colo do femur e de aproxima d graus) a diáfise do fêmur
145
é anormalmente obtuso (de cerca e m coxa ;ara Quando esse
desvia-se exter~~mente, resul~an=\:no demais (e.m torno de 110
ângulo entre a d1afis: e o ~oi~ a Pseqmedialmente manifestando-se
graus), a diáfise do femlur m(~:g~ndo Mathers e ~ois.: Clinica/ ana-
pelo quadro de coxa va_ ga.
tomy principies, St. Louis, 1996, Mosby.)

Grau de anteversão

a4.9
- . A E decúbito ventral , a amplitude dom~-
Retroversao do ~uadnl. . m uadril es uerdo é de 50 graus, isto e,
vimento de rotaçao externa do q l~ude para a rotação interna
inferior ao normal (à esquerda~ eda amp I ai (a' direita) B O quadril
, , b · da amphtu e norm · · . .
tambem esta a a1xo d - de rotação externa excessiva (a
direito apresenta o mesmo pa rao . . . .
esquerda) e de rotação interna reduzida (a d1re1ta).
Limitação dos movimentos de rotação interna do quadril, devido
ao encurtamento do músculo tensor da fascia lata e da banda
iliotibial. A. Decúbito dorsal com o quadril em extensão; a rotação
externa do quadril permanece limitada a 30 graus. B. A rotação interna
limita-se a 20 graus. C. A rotação externa do quadril é de 50 graus Articulação do Joelho
em posição sentada, com o quadril em flexão. D. A rotação interna
é de 25 graus.
A distinção entre as varia?õ~s ,anatômicas e as ~:nções
adquiridas do joelho constltm, as vezes, um desa .
Palpação do trocanter maior, resistência dos quadris à rotação, em comparação com a
paralelamente à mesa pelve e quadris mais estreitos. Verificou-se na prática que, Plano Sagital . ~
\ no paciente que apresenta esse tipo anatômico, o músculo . ~ flexão no plano sag1tal sao altera-
TFL e a banda iliotibial apresentam tendência especial para A h1perexte~sao ou adem ser adquiridas; a hiperextensão
o encurtamento, talvez porque, em casos dessa natureza, a ções postura1s q:Uefrpo .. te Alguns pacientes apresentam
Prova de Craig. Quando o examinador gira o quadril do paciente em costuma ser mais equen · d·
decúbito dorsal, ele determina a maior saliência lateral do trocanter
maior, a qual corresponde à posição neutra da cabeça do fêmur no
banda iliotibial localiza-se anterior do trocanter maior, em
vez de passar lateralmente por cima do mesmo. te da tíbia e não no mesmo P1ano, am
° J:
hiperextensão tão acentuada que fêm~r eq:~o~tr;a~i;~~~
. ) gura4.11
interior do acetábulo. (Segundo Magee DJ: Orthopedic physical as- Recomenda-se que esse paciente coloque um pequeno rocure as'sumir a posição ortostática correta (Fig. 2.3 6 .
sessment, 3a ed., Filadélfia, 1997, WB Saunders.)
travesseiro ou uma toalha dobrada sob a cintura quando tsse grau de hiperextensão leva à distensão ~
f~ce p:~;~
• 1 A ·sta de perfil mostra o arquea-
Tíbia arqueada no plano sag1ta . f v1 d ido com a hiperextensão da
mento da tíbia, o qual pode ser con un . -
dorme em decúbito lateral e que ele coloque um travesseiro rior da cápsula articular e ao afrouxamento o _1ga:ram articulação do joelho. Este não apresenta h1perextensao.
buem para um grau excessivo de adução e rotação interna do entre os joelhos, nessa mesma posição. O paciente precisa cruzado anterior, enquanto ~s força~ ~e compress~~=s ode
quadril, quando o paciente dorme com o quadril e o joelho treinar o movimento de se virar como uma tora, incorpo- a superfície articular antenor da tibia. Outras v_ p ~
de cima em flexão, de modo a encostar o joelho sobre o rando esse movimento à sua rotina diária, sobretudo ao se to da tíbia no plano sagital dar a impressao
colchão. A musculatura posterolateral do quadril pode sofrer movimentar na cama. A instrução sobre os métodos capazes
o arqueamen ( .
de um discreto joelho recurvatum Fig. 4 . .
l l) Nesse caso
, ' Plano Frontal
alongamento excessivo e vir a apresentar fraqueza, quando de restabelecer ou de preservar a força dos músculos oblí- , · lh em sempre esta
a tíbia é arqueada, porem o Joe o nt' loso permitirá a em No plano frontal, tanto o joelho valgo comol o jo:~:u:~:
a pelve é muito larga. Quando o paciente com musculatura quos internos e externos do abdome, através das contrações hiperextensão. Somente o exam~ me icu alinhamento. podem ser disfunções de nature~a estruturae ºe:as arque-
abdominal fraca vira-se do decúbito dorsal para o lateral, isométricas freqüentes desses músculos, também encontra descoberta de um ou de ambos os tipos de mau . 1d (F 4 12) Os termos tíbia vara,Joelho varo P_ d
a rotação do tronco pode ultrapassar a rotação da região indicação nesses casos. O paciente deve evitar de ficar A ostura com os joelhos em flexão costu~a ser sma e ig. . . . a coisa 22 mas trata-se mm tas vezes e
adas designam a mesm ' atura arece em
inferior do corpo, em virtude da largura da pelve e da maior sentado de pernas cruzadas, a fim de minimizar as chances de;eneração da articulação do joelho, particularmente na condições clinicamente adve~sas. A curv e' apart1·cul~ção
de encurtamento do TFL-FIT. pessoas idosas. • ·
alguns casos, restnngir-se ª, t'b
1 1a·' outras vezes
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de D·z5.1unçao
cF. - d ~ ,.- ·
os 1novzmentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO QU.,\TRO

do}~elh? q~e parece estar curvada. Vemos na :fi ura 4 O joelho valgo parece ser decorrente de uma variação do
a tib1a direita parece arqueada (tíbia vara) g .. 13 que
ângulo de inclinação do fêmur, e não da tíbia (Fig. 4.17).
do joelho apresenta alinhamento apare~::e:~rt1culação
Os defeitos adquiridos da postura, como, por exemplo,
Por outro lado, o joelho esquerdo parece curvad; normal,
de curvatura da tíbia parece ser maior. A posição o gr~ule a rotação interna do quadril, também podem criar a im-
pressão de joelho valgo (Fig. 4.17). Se o problema for de
sobre,? membro inferior esquerdo aumenta o grau d ap~10
mo, nao acontecendo o mesmo quando a acient e van~- falha adquirida, o pé deverá ser pronado, de maneira que
sob_re a perna direita (Fig. 4.14). O aument~ do mi~: apoia a correção da rotação corrija também a posição do pé. A
vansmo, conforme evidente no membro inferior nto de rotação será provavelmente de origem estrutural (na ante-
~od~ contribuir para a degeneração da articulação ~~j~e~io, versão do fêmur, p. ex.) se o pé se mantiver em supinação
~:~~s\o exame radiológico da relação efetiva entre r:m o. ou em posição neutra.
~ I ia,A e~ como da configuração desta, assume ur Outra anomalidade estrutural é a torção da tíbia (Fig.
~mportancia quando se trata de decidir se a articul}:.ªn1e 4.18). Existe, nesse caso, rotação anatômica da diáfise tibial
J~elho apresenta alteração adquirida ou se estam çao o e não rotação da tíbia inteira na articulação do joelho. A
diante de ~ma variação anatômica. O joelho va~~ ape~as torção da tíbia é examinada com o joelho em flexão, deter-
Joelho valgo ~centuado e, geralmente, indício de altera ões d mmto minando-se o ângulo entre os maléolos interno e externo,
Joelho varo
ura4.12 tivas da articulação (Fig 4 15) A march dç _egenera- em relação ao plano horizontal. Esse ângulo é normalmente
. · · · a o paciente qu
a~resenta Joelho varo é freqüentemente do tipo antál . e inferior a 20-25 graus. A torção é geralmente em direção
Deformidades da articulação do joelho em vai . . visto que esse movimento diminui o momento de v ~1co,
Falamos 1· g,smo e varismo lateral. Se estiver no plano do tornozelo, o pé estará voltado
, . em va g1smo quando o elemento distal de uma articula - . durante a fase de apoio. Quando se trata d . lh ansmo
(a t1b1a) apresenta desvio para fora afastando se da 1. h . dº çao , . eJoe o varo ge para fora. O encurtamento da banda iliotibial (BIT) é capaz
deformidade · ' - in a me 1a Na
em vansmo, o elemento distal da articulação de ..
numa e o paciente não desloca seu peso para o lado dur t - de contribuir para a rotação externa da tíbia na articulação
pa_r~ dentro, em direção à linha média. (Segundo Mathers sv1a-s~ mar::•.º ;;10mento de varismo tende a aumentar no j:iaª do joelho. A tração exercida por essa fáscia leva à rotação
Cltmca/ anatomy principies, St. Louis, 1996, Mosby.) e cols .. con um o, por sua vez, para o mau alinhamento (F ,
4.14): A rotação interna do quadril, quando acompanh l 1 2 5 externa da tíbia, sempre que houver torção estrutural, ao
lado de encurtamento da BIT, desde que a articulação do
f 0:~t~p:::i%~~~~-~~5.°elho, dá, às vezes, a impressãoªd: joelho mantenha sua flexibilidade (Fig. 4.19). O pé apresenta
inversão quando direciona-se anteriormente, e a amplitude
para a dorsiflexão no tornozelo pode estar limitada em
virtude desse alinhamento (Fig. 4.20).
Joelho varo acompanhado por degeneração da articulação. O
diagnóstico desta paciente é de degeneração da articulação do joelho
esquerdo, com grau acentuado de joelho varo .

ura4.13
ura4.14
Tíbia vara e joelho varo A tíbº d" .
~~- plano frontal, masO jo~lho e~~á ::~~~~v=~~e:i:n~:~r~~~~::n~ Joelho varo aumentando d
apoiada sobre a
t .
dº u~n e_ o apoio unipodálico. A. A posição
Joelho varo adquirido. A. Rotação interna do quadril e hiperextensão do joelho, causando joelho varo. B. Pés em pronação e rotação externa.
A flexão de quadril e joelho nesse alinhamento contribui para a pronação dos pés; a projeção da linha do joelho indo medial ao hálux pode
' ,a esquerda e a articulação do joelho esquerdo . joelho B A . ~ernda ,re,ta nao aumenta o grau de varismo do
curvados. apresentam-se contribuir para a formação de hálux valgo. C. A correção da rotação interna do quadril, da hiperextensão do joelho e da rotação externa dos
. · . pos,çao e apoio sobre a perna esquerda aumenta o pés elimina o joelho valgo e a pronação do pé. D. No alinhamento ideal, a trajetória descrita pelo joelho durante a flexão de quadril e joelho
grau de vansmo.
coincide com o eixo longitudinal do pé, isto é, com o segundo dedo.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Dis,-r:,unça-
y,
~ ,,- ·
o d os 1novzmentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO Ql.iATRO
A B
A D

Joelho valgo estrutural e adquirido A Mulh . .


· · · er Jovem em vista poster' •
_
mesma vista de frente, demonstrando a supinação dos pés C I d' .d ior, apr~sentando_ Joelho valgo estrutural e pés em supinação B A
Joelho valgo e para a pronação dos pés. . . n 1v1 uo em vista posterior; a rotação interna dos quadris contribui p.ar~ o

B
e D

Torção unilateral da tíbia, agravada pelo encurtamento da TFL-BIT. A. A rotação externa da tíbia direita deixa o joelho voltado para frente .
B. Alinhamento correto do joelho, durante a flexão de quadril e joelho. C. Quando se corrige a posição do pé, o joelho se volta mediaimente,
na paciente em posição ortostática. D. O pé também se volta mediaimente, durante a flexão de quadril e joelho. E. Rotação da tíbia esquerda ,
na posição adequada para o exame do comprimento dos flexores do quadril. F. A rotação lateral aumenta conforme a TFL-BIT é esticada. G.
Não se observa rotação da tíbia direita na posição de repouso (conforme D) ou em resposta ao alongamento da banda.

~ - d 'b
rçao ~ tr ia. A. Joelho corretamente alinhado no lan
.o_ . , - .
:~~~~\~:~::~~to co;reto do~ j~elhos durante a fl!ão ~=~~:~~i~:~::i::ss ~~~00 ~ 1~eéc~onado~ P~ra lateral em conseqüência da torção da
, esen a rotaçao interna. D. Durante a flexão o J·oelho se d '1 . e_m ~o _açao externa . C. Com os pés voltados para
• es oca em drreçao a lmha média.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO Q LATRO

Movimentos do Quadril ROTAÇÃO INTERNA DO QUADRIL. Esse movimento ocorre Ação Muscular do Quadril
em tomo de um eixo longitudinal, durante o qual a face an-
Movimentos da Cintura Pélvica terior da coxa se volta para medial. O movimento acessório Músculos Anteriores do Tronco que
INCLINAÇÃO ANTERIOR DA PELVE A EIAS consiste em deslizamento posterior. A amplitude normal do Atuam na Pelve
anterior do plano vertical que atra~essa a sínfiesneco~bt~a-se movimento de rotação interna é de aproximadamente 45
C .fi ·' · pu 1ca ,, graus, embora possa variar consideravelmente. A anteversão A ação bilateral dos músculos oblíquos externos do abdo-
,on ~rme .Jª vimos anteriormente, a posição da EIAS . me provoca a inclinação posterior da pelve (Fig. 3.26). A
mvel_ i~fenor ao da EIPS, com o quadril em flexão é em e a retroversão do fêmur,já discutidas acima, são variações
anatômicas que afetam a amplitude dos movimentos de contração unilateral, combinada com a ação do músculo
cond1çao encontrada freqüentemente na clínica A d.fi' uma
1 erença
de altura entr~ EIAS e E IPS só possui importância
· rotação. A amplitude para a rotação interna costuma ser oblíquo interno do lado oposto, leva à rotação do tronco ou
r. excessiva ao indivíduo que apresenta anteversão dos qua- da pelve. Por exemplo: a ação conjunta do músculo oblíquo
quando supenor a 15 graus. c mica
dris; a experiência clínica mostra que essa anormalidade é externo direito e do músculo oblíquo externo esquerdo
INCLINAÇÃO POSTERIOR DA PELVE. A EIAS ocupa p . ~
atrás do plano vertical que atravessa a sínfise pú~~rça1~ mais freqüente no sexo feminino. A anteversão do quadril provoca rotação anti-horária do tronco ou rotação horária
Ao medirmo s a me · 1maçao
· ~ anterior ou posterior da pel ica . é freqüentemente unilateral. da pelve.
ver~mos que, n_o indivíd~o normal, o ângulo entre o la:~ ROTAÇÃO EXTERNA DO QUADRIL. O movimento realiza-se A ação unilateral da porção externa do músculo oblíquo
honz?nta~ e a linha que liga as espinhas ilíacas poste~or e em torno de um eixo longitudinal; durante esse movimento, abdominal externo move a crista ilíaca do mesmo lado
antenor g1ra em torno de ± 12 graus. 2 a face anterior da coxa se afasta da linha média do plano superiormente ( em sentido cranial), causando inclinação
INCLINAÇÃO LATERAL DA PELVE. Uma das cristas il' sagital. O movimento acessório consiste em deslizamento lateral da pelve. Esse músculo costuma ser fraco, sobretudo
ocupa · ~ · iacas na mulher. O desempenho adequado do músculo oblíquo
. posiçao mais a1ta q~e a outra. Diferenças inferiores a anterior. A amplitude do movimento é de cerca de 45 graus,
meia P?legada (1,25 cm) amda se situam dentro dos limit mas ela varia consideravelmente. No indivíduo que apresen- externo assume grande importância, em vista do seu papel
normais. es ta retroversão do fêmur, a amplitude parece ser excessiva crítico na inclinação posterior da pelve, no aplainamento
ROTAÇÃO. O p~ano vertical traçado sobre uma das EIAS no sentido da rotação externa. Essa alteração é encontrada da coluna lombar e no suporte da mesma, assim como no
encontra-se antenor ao plano vertical que atravessa a ou- com maior freqüência no sexo masculino. seu controle sobre a rotação, especialmente no que se refe-
0:ª· Falamost em
sttu
rotação horária quando a EIAS
· , d' .
d
esquer a
ABDUÇÃO. O movimento ocorre lateralmente, afastando- re à sua função de impedir a rotação da pelve. O músculo
a:,se an ~1:-or a Ireita. Quando a pelve se apresenta em se da linha média. A amplitude normal é da ordem de 45 oblíquo externo é freqüentemente menos dominante que

diante,
º:
r~taçao hora_na e membros inferiores estão voltados para graus. A cabeça do fêmur deve deslocar-se inferiormente o músculo reto do abdome; este também inclina a pelve
t ~ a· articulaçao do quadril direito esta' em po s1çao
. ~ de durante a abdução do quadril. posteriormente.9 Daí a necessidade freqüente de treinarmos
ro açao mtema:, enquanto a articulação do quadril esquerdo ADUÇÃO. O movimento consiste na aproximação da a sua participação. A contração bilateral dos músculos oblí-
apresenta ~otaça~. externa. Essas alterações do alinhamento linha média, em direção medial. A amplitude normal está quos externos do abdome reduz o ângulo infra-esternal e
postur~l sao frequ_en!e~ devido às diferenças em relação ao em torno de 10 graus. comprime as costelas, de modo a diminuir a tendência para
Torção da tíbia e amplitude do movimento de dorsiflexão no c~mpnmento ou a ng1dez dos músculos. Por exemplo: no A cabeça do fêmur desliza superiormente durante a o abaulamento da caixa torácica.
torn~zelo. A. Observa-se a torção da tíbia, mas o pé está voltado almhamento que acabamos de descrever, pode o TFL direito adução do quadril. A contração bilateral dos músculos oblíquos internos do
antenorment:. Por conseguinte, existe inversão do tornozelo, limi- estar encurtado, enquanto o músculo glúteo médio posterior
abdome leva à flexão anterior do tronco. Conforme já vimos
tando~ amplitude do movimento de dorsiflexão. B. A amplitude para (~MP) apresenta-se alongado; isso está de acordo com o
o movimento de dorsiflexão aumenta com a rotação externa do é Movimentos Acessórios da Articulação do acima, sua contração unilateral, em combinação com a ação
alinhamen~o_postural. No lado esquerdo pode haver encurta-
colocando o tornozelo em posição neutra. p ' do músculo oblíquo externo oposto, realiza o movimento
mento ou_ ngi~ez do músculo GMP ou dos rotadores externos Quadril
do quadnl, musculos abturadores, gêmeos e piriforme. de rotação de tronco da pelve. Quando se contrai de um só
Existem movimentos acessórios na articulação do quadril, lado o músculo oblíquo interno, o lado correspondente à
mas acredita-se que sejam de pequena amplitude, devido à pelve é trancionado lateralmente, e cranialmente.
Movimentos da Articulação do Quadril
Pé profundidade do acetábulo e à presença do lábio acetabu- O músculo reto do abdome flete o tronco e inclina a
F~EXÃO DO QUADRIL. O movimento ocorre em sentido lar de cartilagem fibrosa, o qual contribui para aumentar a pelve posteriormente, predominando freqüentemente sobre
E~tando º. pé_ em pronação, as forças proximais, que têm ante~wr, em torno de um eixo sagital. A amplitude total dos profundidade do acetábulo, de menos da metade para mais os músculos oblíquos internos e externos. 22 O controle sobre
ongem ~nnc1palmente na pelve e no quadril, contribuem :ov1mentos de flexão é de ~proximadamente 125 graus. A da metade de uma esfera. a rotação de tronco ou pelve chega a ser prejudicado quando
para o almhamento anormal. Na maioria dos casos, a falta abeça do fê~ur executa discreto deslizamento posterior DESLIZAMENTO ANTERIOR. Esse movimento ocorre em sen- o músculo reto abdominal se torna dominante, enquanto o
durante a flexao do quadril. ' desempenho dos músculos oblíquos está comprometido,
de contro~e ~obre os rotadores externos do quadril favorece tido anterior (ventral), durante a extensão e rotação externa
. ExrnNs~o DO QUADRIL. Esse movimento ocorre em sen- do quadril, obedecendo a lei do côncavo-convexo. visto que o reto abdominal não é capaz de controlar os mo-
sua, rotaçao mterna, exercendo uma força pronadora sobre
tido pos~enor, em torno de um eixo sagital. A amplitude DESLIZAMENTO POSTERIOR. Esse movimento ocorre em vimentos de rotação. Em virtude de sua inserção no esterno,
o pe. Es~ando o pé supinado e rígido, essas forças dirigem- normal e da ordem de 1O graus, aproximadamente. O ali-
s~ ~upenormente e não inferiormente, ao longo da cadeia direção posterior ( dorsal), acompanhando a flexão e rotação o encurtamento ou a rigidez desse músculo contribui para
nham~nto normal na posição ortostática é em extensão do a cifose acentuada da coluna torácica e para a depressão da
cmetlca fechada. Tanto nessas condições como em muitas quadnl d~ O graus. A _extensão do quadril é acompanhada interna do quadril.
outras, o c?r~o s_e movimenta de acordo com o caminho de por um disc:eto movimento de deslizamento anterior da DESLIZAMENTO SUPERIOR. o movimento realiza-se ao lon- parede anterior do tórax (Fig. 4.21 ).
men?r re!1stencia. Se o pé for rígido, incapaz de realizar go do eixo longitudinal em direção cranial. O deslizamento O músculo transverso do abdome enrijece a coluna
cabeça do femur. Na ~ai?ria dos indivíduos, quando a
dor~rflexao adequada, o estresse incide sobre a articulação pel_ve apresenta-se em mclmação posterior suficiente para superior acompanha a adução do quadril. vertebral e comprime as vísceras. Esse é outro músculo
do Jo~lho ou, se este for estável, sobre a articulação do retificar a curvatura lombar, o quadril encontra-se em 1O DESLIZAMENTO INFERIOR (TRAÇÃO SOBRE O EIXO LONGO). cujo desempenho aumenta graças ao esforço consciente de
1 19
quadnl. ~ra~s, de extensão. O quadril se encontra em extensão no Esse movimento ocorre ao longo do eixo longitudinal em contraí-lo, "retraindo o umbigo em direção à coluna". •
Mais freqüentemente afetada é a articulação do joelho mdividuo que coloca os joelhos em hiperextensão (jo;lho sentido caudal, estando o quadril em posição de repouso. O O músculo iliopsoas (ver Fig. 3.24) tem a função de
causando um estre~se em rotação ou dirigido posteriormen~ recurvatum ~ quando em posição ortostática. Por conseguin- deslizamento inferior acompanha a abdução do quadril. fletir o quadril ou de inclinar a pelve para frente quando o
te. ?bserva-se, mmtas vezes, arqueamento da tíbia no plano te, a exte~1Sa? do quadril pode chegar perto dos 20 graus DESLIZAMENTO MEDIAL. A compressão é exercida em membro inferior está fixo. Em posição ortostática, o músculo
sa?ital quando o pé é rígido, ou no plano frontal quando quando a mclmação posterior da pelve leva ao aplainamento sentido medial. iliopsoas exerce um discreto momento de extensão sobre
existe acentuada supinação do pé. da c?luna lomb~r, n? indivíduo que apresenta hiperextensão DESLIZAMENTO LATERAL. Consiste no movimento de dis- os segmentos superiores da coluna lombar e um momento
dos Joelhos (veJa Figs. 2.34).
tração axial lateral. de flexão sobre os últimos segmentos lombares. 1 Estando a
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPITLLO QuATRO

M. iliopsoas
Crista ilíaca
ântero-superior
M. piriforme

Tensor da
fáscia lata
Glúteo M. tensor da
máximo-----.- fáscia lata
M. gêmeo superior
M. piriforme

M. gêmeo inferior

M. quadrado da coxa
M. vasto lateral
M. quadríceps

M. reto femoral - - - - ,

M. vasto medial - - -

A Anterior Posterior B

2
.
Musculatura de pelve, quadril e coxa. A. Vista anterior. B. Vista .
posterior. (S egun do Scuderi GR e cols.: Sports medicine: ríncíples of primary
care, st. Louis, 1997, Mosby.)
Músculo reto abdominal encurtado. Depressão da parede torácica,
devida ao encurtamento do músculo reto do abdome. Músculo tensor da fáscia lata-banda iliotibial. O TFL-BIT contribui
freqüentemente para as disfunções do membro inferior. Suas ações,
consistindo em abdução, flexão e rotação interna do quadril, represen- quando se procura impedir a abdução do qua~ril dur~nte o O músculo glúteo máximo pode chegar a atrofiar-se, ~e
tam os movimentos mais freqüentes dessa articulação. A inserção do exame do comprimento dos flexores do_ ~uadril. O mu~culo modo a diminuir sua dominância como extensor ~o q~ad~l,
TFL-BIT na patela e na face lateral da tíbia contribui para os problemas TFL revela-se forte ao exame quando o ihopsoas e o museu- sobretudo na pessoa que adota a pos~ra e~ mclmaç_ao
A

patelares e para a rotação externa da tíbia (segundo Mathers e cols.: . " swayback" , exagerando a. distancia postenor
lo (GMP) se mostram fracos, exceto quando ocorre,a~ento posterior ~ ·1
Clinica/ anatomy principies, St. Louis, 1966, Mosby).
coluna lombar em flexão, o músculo iliopsoas exerce um do comprimento do músculo TFL. Quando este ulti~o se entre sua linha de gravidade e a art1culaçao do quadr1 .
momento de flexão sobre todos os segmentos da coluna toma rígido ou encurtado e quando se fixa o rr:,embro mfe- A diminuição da atividade desse múscul? compron,iete o
lombar. De acordo com a pesquisa de Bogduk e colabora- rior, a contração do TFL pode provocar r~taçao da ~elve, controle sobre a posição do fêmur no interior ~o _ac~t:bulo,
3
dores , o momento de força exercido na coluna lombar é Músculos Anteriores que Atuam na já que ele é um rotador interno do quadril. A rotaçao da principalmente quando combinada com ~ d1mmmç~o do
desprezível. As principais forças que atuam sobre a coluna Articulação do Quadril pelve também é acompanhada por rotação da coluna lom- desempenho de outros músculos postenor,es da cmtura
lombar consistem em compressão e cisalhamento anterior. bar quando alguns segmentos da col~~a lombar se tomam pélvica. O paciente que cos~m~ fic~r em pe ~om pos_tura
O músculo iliopsoas flexiona o quadril e o coloca em leve de retroversão do quadril e mclmaçao posterio~, camm1:a
Também são pequenos os momentos de flexão lateral que altamente flexíveis, girando com fac1h~ade. ~
rotação externa. Ele é o único músculo capaz de fletir o geralmente fazendo o menor uso possível do musculo glu-
o iliopsoas exerce sobre a coluna lombar. 3 A função do músculo sartório consiste em ~exao, rot~-
quadril no limite extremo da sua amplitude para a flexão. teo máximo, durante a marcha. O paciente que apresent~
O músculo i1iopsoas pode contribuir para a disfunção ção externa e abdução do quadril, ao lado de flexao e rotaçao
O (TFL-BIT) é um músculo encarregado da flexão, fraqueza ou paralisia dos músculos extensores ~o ~uad~l
mecânica da coluna e para os sintomas do paciente, em interna do joelho (Fig. 4.23). . .
rotação interna e abdução do quadril (Fig. 4.22). Estando é capaz de aprender a ficar em pé na postura de mch_naçao
virtude de sua inserção na face anterior dos processos O músculo reto femoral tem a função de fletir o quadril
o joelho em extensão, o TFL-BIT é capaz de estabilizá-lo, posterior, em virtude das forças mecânicas qu~ contnb~em
transversos de todas as vértebras lombares e dos respectivos e de estender o joelho.
embora ele não seja um extensor do joelho. 1º· 16 · No paciente para manter o quadril em extensão. A fim de evitar ?s efeitos
discos intervertebrais. Esse músculo também contribui para
com BIT encurtada, o joelho entra em extensão graças à mecânicos que reduzem a participação d_esse fl;usc~lo, o
a rotação externa e para a abdução do quadril. Músculos Posteriores que Atuam no
tensão passiva exercida pela banda quando se examina o paciente com postura de inclinação posterior ~era obng,ado
comprimento do músculo, aduzindo o quadril a partir da Quadril a corrigir seu alinhamento, contrain~o o musculo gluteo
Músculos Posteriores que Atuam na Pelve posição de extensão com abdução. O paciente que senta
A função do músculo glúteo máximo consiste na extensã? e máximo de forma ativa durante o ap010 sobre o calcanhar,
na cadeira sem fazer uso do encosto, contrai os músculos usando-o, assim, de maneira eficaz dur~nte a ~~rcha. .
A ação bilateral dos músculos eretores da coluna provoca rotação externa do quadril (Fig. 4.23). Sua metade s_upe~or
flexores do quadril, entre eles o TFL, a fim de manter o A parte posterior do músculo gluteo media _reali_za
a inclinação anterior da pelve. Sua ação unilateral causa a
quadril na posição de flexão. A inserção lateral do TFL promove a abdução do quadril, enquanto ~ metade mferi~r
inclinação lateral da pelve (ver Fig. 3.21). contribui para a adução do mesmo. Aproximadamente 801/o a extensão, abdução e rotação externa do qu~dril (Fig.
na tuberosidade da tíbia favorece a rotação externa da
O músculo quadrado lombar inclina a pelve lateralmen- do músculo glúteo máximo se inserem na BIT. Ele _ex~rce, 4 23) Essa porção do músculo apresenta, muitas vezes,
te; ele provoca a flexão lateral do tronco quando a pelve está
tíbia quando o joelho não é estável. O TFL-BIT insere-se
portanto, uma forte influência sobre esta banda, contnb~mdo · · ou alongamento excessivo.
fraqueza · o ex_ame atento . da
lateralmente na patela, contribuindo, dessa maneira, para o musculatura permite que o examinador diferencie ~ntre
fixa (ver Fig. 3.24). Quando encurtado, o músculo quadrado deslizamento lateral da mesma. para restringir a amplitude dos movimentos de aduça_o d_o
participa da flexão lateral do tronco, graças à sua inserção quadril. O encurtamento desse músculo pode ~on~ri~mr essas duas alterações. Estamos provavelmente d1~n~e
nos processos transversos das vertebras lombares. É comum o TFL tomar-se encurtado e rígido, dando en- de um caso de alongamento excessi:o do glúteo m~dlo
para a flexão compensatória da coluna lombar, no md1v1duo
sejo à confusão com o encurtamento do músculo i1iopsoas, posterior se o paciente não consegmr manter a pos1çao
sentado com os quadris em flexão.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
C..>.PÍTLLO QUATRO
de limite extremo da amplitude e, no entanto, for capaz
de opor forte resistência após a adução no quadril em 1O a ortostática com o quadril em extensão e inclinação posterior M, sculos Posteriores que Atuam no A cabeça curta deste tem origem no terço inferior dofi fiê11;1~r,
15 graus, provavelmente a parte posterior do glúteo médio da porção superior da coluna. A rigidez ou o encurtamento , •
inserindo-se na t1b1a. sua o gA ri em distal reduz
. 1d ffcacia
a e mur
seja excessivamente longa. Se o paciente não conseguir
J o:lho e Quadril
desses músculos pode contribuir para as dores na virilha: do controle que ele exerce sobre o terço pro~1ma o e .
manter o músculo no limite máximo da amplitude, e tole- esses são os sintomas da síndrome de deslizamento anterior ,sculos semimembranoso e semitendinoso pr~du:em Q do o joelho apresenta flexibilidade mmto a~en~ada, a
rar apenas um mínimo de resistência nessa amplitude do da cabeça do femur, conforme descrito neste capítulo. o Os mu~ ta ão interna do quadril, assim como exao e co:~ação dos músculos isquiot~biais pode con:'.bu~:t~t!."
movimento, a porção posterior é provavelmente fraca. A rotadores externos do quadril são freqüentemente afetado extensa~
~ ntemae ro çdo Joe
. lhO (F'g1 · 4 ·23). Esses dois músculos rotação externa não apenas do femur, ~as tam em ,
fraqueza do músculo costuma ser acompanhada de dor no rotaçao I . 1'g1·dos ou encurtados que bo seu d do a rovocar dor na região do Joelho. , .
ventre do músculo; esta se manifesta à palpação ou durante
pelas alterações posturais; as disfunções dos mesmos são ge-
ralmente encontradas em pacientes que apresentam disfunção
d tornar-se mais r ,
P_º e~ t o músculo bíceps femoral. E o que se o. serdva c':!i~ mú!culos isquiotibiais contribuem para u:11ad sene
a contração. Em caso de comprimento excessivo, a dor se do sistema nervoso central. smerg1s
• dº a, ,duo que apresen ta rotaça~o interna excessiva ~o d . entos dos membros inferiores. A_ d1stens_ao ess~s
rm
e mov é observada com relativa
músculos ·· ~
. freq~encia, em vrrtude
b , naod
manifesta geralmente durante os movimentos do quadril, no m 1v1 Tb . é mais evidente com extensao
já que a dor deve-se à falta de controle da cabeça do fêmur quadril. Esse de~e~m 1 ~~ A amplitude dos movimentos d multi licidade de suas funçoes, mas tam em as
Músculos Mediais que Atuam no Quadril ap~n:is i:s relativas à extensibilidade. A distensão p~de, ~m
dentro do acetábulo. Esse músculo costuma ser afetado por do joe~o em pos1çao selnnaa pª~esença de encurtamento dos
, ticamente norma · lh ·
~ pr~ 'b' . mediais desde que a extensão do Joe o s~Ja
alterações posturais. ex1genc tribuída à solicitação excessiva quando os smerg1s-
O músculo pectíneo participa dos movimentos de adução e
parte, ser a , ~ licitados. Um exemplo desse
A parte anterior do músculo glúteo médio participa da
abdução e rotação interna do quadril, além de contribuir para
rotação interna, além de contribuir para a flexão do quadril
(Fig. 4.23). O músculo grácil aduz o quadril e contribui para ~~:x::
1sqmot1 ia1s
1
, ~o interna do fêmur; ela é reduzida
tt~::l::t::ação interna do fêmur, durante a
tas desse ~usculo O
problema e o uso
1ªC::;:~~ ,
sJos músculos isquiotibiais ~ a
, • Os atletas de comda
a flexão do mesmo. Essa porção do músculo é geralmente a flexão e rotação interna do joelho. O músculo adutor curto falta de uso do m~scul_lo g~utepoomst:~;po~dem apresentar ten-
forte, fato que por sua vez contribui para a tendência à
excessiva rotação externa do quadril.
O encurtamento das porções posterior e anterior do músculo
exerce funções idênticas. O músculo adutor magno provoca
a adução do quadril; suas fibras anteriores promovem a flexão
e as fibras posteriores se encarregam da extensão do quadril.
t S do J. oelho.
ex en
ão
, fi
O músculo bzceps emora 1 . .
~ d
e rotaçao externa o qu ,
l (F'g 4 23) executa
~ a
~
extensao
adril e a flexão e rotaçao externa o
lo dominante para a rotação
d ~~:faºà
stura em me maçao
distensão dos músculos isqui~tibiais q~do
simultanemente atrofi~ e_ ~aqueza ,do ~usculo ;~~:~ ~:uzir
~x:~•

De acordo com Kendall 11, esse músculo pode participar da . lh Pode tomar-se o museu ·~ d (F 4 26) Os isquiot1b1a1s tambem sao capa pdrí
glúteo médio deve-se à postura com o quadril em abdução. JOe o. d dril fatoquesemanifestapordornaregiao o ig. · ~ · . bstituição ao músculo qua ceps.
rotação tanto interna como externa.
O paciente que apresenta crista ilíaca alta (adução postural) exte;~ o~ d~~oelho. A dor resulta do fato de a ins~rção dos a extensa-5' ddo Joelhdrio,_lera~~mpanhada por extensão do joelho
A extensao o qua · •
no lado correspondente à neuropatia de L4, 5, precisa ser ::sc~los isquiotibiais não se estender da pelve ate o fêmur. quando o pé está fixo, em contato com o piso.
examinado para verificação de eventual fraqueza do músculo Músculos Anteriores que Atuam no
glúteo médio. A flexão lateral da coluna lombar pode con- Quadril e Joelho
tribuir também para a compressão de raiz nervosa, quando
combinada com a assimetria das articulação dos quadris. O músculo quadríceps femoral é formado por quadro M. tensor da
grandes músculos: reto femoral, vasto lateral, vasto medial fáscia lata
O músculo glúteo mínimo participa da abdução, da rota-
ção interna e da flexão do quadril (Fig. 4.24). Esse é outro e vasto intermédio (Fig. 4.25). O músculo reto femoral
músculo que contribui para a tendência do quadril para a flete o quadril e estende o joelho. Os músculos vastos têm
abdução com rotação interna. origem nas faces anterior e posterior do fêmur (na linha
áspera). Eles se inserem no fêmur e na tíbia, de modo que
O músculo pirifàrme exerce a função de rotação externa,
realizam a extensão do joelho sem exercer ação direta sobre
extensão e abdução do quadril quando este se encontra em
a articulação do quadril. Através de suas fibras oblíquas, o M. adutor longo
flexão (Fig. 4.24). O comprimento desse músculo merece Trocanter
músculo vasto medial desempenha um papel importante no maior
consideração meticulosa no paciente que apresenta a sín- deslizamento medial da patela. 12
drome do piriforme. Geralmente, considera-se que esse
músculo está encurtado na presença de tal síndrome, porém
11
Kendall afuma que os sintomas da síndrome do pirifor- Face posterior Músculo
me também chegam a ser encontrados em pacientes que piriforme
apresentam alongamento desse músculo. De acordo com M. vasto intermédio
a experiência clínica da autora desse livro, a síndrome do
M. vasto medial
piriforme é encontrada com maior freqüência na presença de Espinha
comprimento excessivo do músculo piriforme que em caso Músculo
ilíaca ântero-
obturador
de encurtamento do mesmo. O fisioterapeuta é obrigado a superior
interno
examinar atentamente o comprimento desse músculo antes Tendão do m. reto
de planejar o tratamento da síndrome. Banda iliotibial
\ t;;~\7-~r-- femoral (cortado)

Os músculos obturadores interno e externo, assim como (cortado)


Face anterior
os músculos gêmeos superior e inferior, participam dos Músculo
movimentos de rotação externa. É comum esses músculos se obturador Trocanter Patela
externo
tornarem fracos ou rígidos, mas eles também podem sofrer menor
alongamento excessivo (Fig. 4.24). Os músculos obturador gura4.24
interno, gêmeos superior e inferior e o piriforme partici-
pam da abdução do quadril fletido, enquanto o músculo Músculos obturadores interno e externo. Esses músculos de-
sempenham um papel importante na rotação do quadril, além de
obturador externo contribui para o movimento de adução m·a 4.25 , .
controlarem a posição da cabeça do fêmur no interior do acetábulo. 1gm·a 4.26 .
do quadril. Esses músculos podem tornar-se encurtados Acredita-se que a rigidez ou o encurtamento dos rotadores externos lateral medial e intermed10. O ..,_...,..._____- _ . r levando à inclinação posterior
Músculo reto femor~I e vastos odero~o do quadril; junto com os
ou rígidos e opor resistência ao deslizamento posterior do possam contribuir para a síndrome de deslizamento anterior da cabe- músculo reto femoral e u_~ flexor ~ovimentos de extensão do joelho. Postura em inclmaç~o postenod, ·1 Desenvolvimento precário da
quadril durante a flexão no paciente que adota a posição ça do fêmur. (Segundo Mathers e cais.: Clinica/ anatomy principies, músculos vastos, ele part1c1pa do;. tomy and surgical approaches, da pelve e à ~xtensao do qua n d
senvolvimento dos músculos
St. Louis, 1996, Mosby.) (Segundo Reckling FW: Orthope ,e ana musculatura glutea, ao lado de bom e
1-ª ed ., st. Louis, 1990, Mosby.) isquiotibiais.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Di5.1unçao
,r,, - d .
os Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTuLO QLATRO

~o_dem também ocorrer diferenças em rela ~


participação dos músculos isquiotibiais m d. ç~o ao grau de
Músculo
ao lateral. Por exemplo: o cicli t e ia~s em relação Fossa poplítea
~ . s a que mantem O quad ·1 semitendinoso
em rotaçao mtema quando anda d b · • 1
mais os isquiotibiais mediais que o ~at:~~~
pode tornar-se o rotador externo d . .
~: ~ostu;a usar
iceps emoral
n
Músculo bíceps
femoral
Nervo tibial e vasos tibiais posteriores
detrimento da atividade dos r t d ommante no quadril, em Ventre do músculo Mús~ulo gastrocnê-
do quadril, os músculos obtur:d~ ores Aextemos !~trínsecos plantar ---1+-1M,1,,. m,o, cabeças
cintura pélvica. A observação dots, g:meos e p1~forme da medial e lateral
Músculo extensor
o teste muscular manual aiud padroes de movimentos e Músculo fle- longo dos dedos
~ am no exame de um Músculo poplíteo
a eventua1
:i
a Iteraçao em relação à dom· A . p Músculo tibial posterior xor longo do
~ maneia. odemos p
1ançar mao dos seguintes testes . ' or exemp1o, hálux
Tendão do músculo Músculo flexor longo
isquiotibiais assumiram a do ~ª;ª ~enficar se os músculos dosdedos -----WIM
· mmancia como exten d plantar -----ii.w:, Músculo sóleo
quadnl, no paciente que refere distens~ . sores o Músculo flexor
músculos e que apresenta ostur ~o p~rs1s2ente desses longo dos dedos
Músculos fibulares
e músculo glúteo máximo PP adem mcli~açao posterior
ouco esenvolv1do: Tendões dos músculos
M. flexor longo do
plantar e gastrocnêmio
hálux
1. No paciente em decúbito ventral obse . , .
da extensão do quad .1 rva-se, no mic10
contornos dos múscul:s, _um~ ~~t~ração visível dos Retináculo _ _ _.....,.1
os contornos do múscul~s~~: tais. ,P~r outro lado, dos flexores Músculo tibial posterior
se modificam depois de e? maximo somente
praticamente total. o quadril estar em extensão Veia safena parva

2. O teste manual do músculo l' , .


confirmar se ele é fraco ou foJ/teo max1mo poderá
Retináculo dos _ _ _ _..L
flexores (medial) Retináculo fibular Musculatura profunda da perna. O músculo fibular longo atua sobre o pé, produzindo flexão plantar e eversão do tornozelo.
(lateral) Os músculos tibial posterior, flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos produzem flexão plantar e aversão no tornozelo.
Músculos Posteriores da p erna que
Atu O músculo tibial posterior apoia o arco longitudinal do pé; os demais músculos fletem os dedos. As canelites resultam da
am no Joelho e Tornozelo distensão de um desses músculos. O paciente pode substituir a ação desses músculos pela atividade dos músculos gas-
trocnêmio e sóleo. (Segundo Mathers e cols.: Clinica/ anatomy principies, St. Louis, 1996, Mosby.)
O músculo gastrocnêmio realiza a flexão . Osso calcâneo
flexão plantar do tornozelo (Fig 4 27) J do Joelho e a ura4.27
o músculo sóleo, o gastrocnêmi~ : .. u~tamente com
Músculo sóleo. O músculo sóleo -
tornozelo. Todavia, esse múscul e o pnnc1pal flexor do culação do tornozelo. (Seg d M produz a flexao plantar na arti- entram em extensão porque o centro de gravidade do paciente
za no indivíduo q . o pode apresentar fraque- O músculo tibial anterior é antagonista do músculo fibular
principfes St Louis 1996 Mun bo athers e cols.: Clinicai anatomy localiza-se muito posterior em relação aos pés, obrigando-o
a dança. A fraque:: 1;at1ca certa~ ª!ividades, tais como ' ' ' os y.) longo, porque os músculos ti.bulares evertem a articulação
a puxar seu corpo para frente. Em vez disso, a linha de gra-
o gastrocnem10 tamb , d subtalar. Estando o pé em pronação (eversão) e sendo o mús-
encontrada no indivíduo cujo tend~ , em po e ser vidade do paciente deveria incidir sobre os pés, fazendo com
culo ti.bular longo encurtado, o pé apresenta eversão durante
se vale desse encurtament ao esta encurtado e que Músculos da FaceAnt er1or
. da Perna que que ele levante sua massa corporal em sentido vertical, em
Atu a dorsifl.exão, em vez de permanecer neutro em relação à
ria para a flexão plantar po para p_rfioduzir a força necessá- am no Tornozelo lugar de levá-la para frente. Durante o movimento incorreto,
• ara ven cat se ex· t .e-. inversão ou eversão. Esse tipo de movimento indica predomí-
d o gastrocnêmio o fisiot . is e iraqueza os músculos dorsiflexores e extensores dos dedos se contraem
nio do músculo ti.bular longo, contribuindo para a pronação
a flexão plantar ~o torn:rareuta aphca resistência contra ~ músculo tibial anterior r . ~ de forma concêntrica para trazer o centro de gravidade para
çao do tornozelo e a inve p ~ovoca ~ dors1~exao na articula- excessiva do pé. Convém instruir o paciente a colocar o pé em
frente, ou de maneira excêntrica, com o objetivo de impedir
articulação subtalar em ze_ º2 segurando o calcanhar e a
as cabeças dos ossos m!~:~;~::eutra,
gastrocnêmio e sóleo sã fi
em vez de ~egurar
os. Quando os musculos
(Fig. 4 29) Pod h
· . , · ·
rsao dope na articulação subtalar
e aver uso excessiv d
mdiv1duo que corre com d .fl ~ 0 esse musculo no
,
flexão plantar. Observa-se º;ss~e exao prolongada e miníma
dorsifl.exão e inversão, afim de favorecer o alongamento do
músculo ti.bular longo. Ao realizar este exercício, o paciente
percebe muitas vezes a sensação de alongamento ao longo
o desvio do centro de gravidade para trás. O uso dos múscu-
los fl.exores plantares aumenta, enquanto diminui o uso dos
realizar a flexa~o plant o racos, o paciente não consegue extensores dos dedos e dos dorsiflexores do tornozelo quando
ar e vencer a · e · mantém seu centro de .d padr~o quando o paciente da face lateral da perna. O músculo tibial anterior também
anteriorizado enquanto ~rav1 tde mais _P?steriorizado que o paciente mantém o centro de gravidade acima do pé. Opa-
fisioterapeuta. Esse mesmo a . re~1s encia oposta pelo é um antagonista do músculo ti.bular longo porque coloca o
ciente precisa ser instruído no sentido de manter seu centro de
força maior de flexão pl t p ciente e capaz de gerar uma cessário que o paciente r~;~: ar~ corng1r esse erro, é n~- tornozelo em dorsifl.exão, enquanto o músculo fibular longo
final, contribuindo dessa fi o pe durant~ a fase de ap010 gravidade centrado sobre o pé, ao passar da posição sentada
sobre as cabeças dos m ~n/r ~uando a pressão é aplicada produz a flexão plantar no tornozelo. para a posição ortostática ou vice-versa. A fim de conseguir
se no fato de estar o e ~ arsianos. A explicação baseia- movimentos de fle;ão de . or;;:a, para a ~ator amplitude dos O músculo extensor longo dos dedos produz a dorsifle-
paciente recrutando t fl xão plantar do pé e o rel Joe os e quadril, permitindo a fie- isso, ele deve deslocar-se para a borda anterior da cadeira ao
plantares (tais como O , ou ros exores xão no tornozelo e a extensão dos dedos. No paciente com
. s museu 1os fibular 1 .b. a fase de locomoção. Aa;~mtnto dos dorsiflexo~es durante se colocar em pé e sentar-se próximo a essa borda.
postenor, flexor longo do hál ongo, ti ial dedos em martelo, tanto os extensores como os flexores dos
flexão de joelho e quadril d. p !tu~e, para os movimentos de Os dedos em martelo são acompanhados por proemi-
dedos), para realizar a fl ~ ~x e flexores longos dos dedos apresentam encurtamento, ao passo que os músculos
no final da fase de pos. ~ immmra _se ele não destacar o pé nência anormal das cabeças dos ossos metatarsianos. Para
articulações do pé (Fig. :;;) P;~ar no tornozelo e nas tçao ortostática Porta t , . lumbricais e interósseos são fracos. O paciente que possui
que e Ie mantenha o tornozelo d ·. ~ n o, e preciso corrigir essa situação, o paciente se vê obrigado a alongar
dos_ músculos gastrocnêmio e ~, m de favorecer o uso dedos em martelo realiza a dorsifl.exão do pé contraindo os
a fase da marcha para oder e~ orSI~exao durante toda tanto os flexores longos dos dedos como os extensores
repetida, esse tipo de postur:e~trar ,º pe do solo. Quando extensores dos dedos com mais força que o músculo tibial
paciente "levante os calcanhares~!~º• recomend~-se que o longos dos mesmos, assim como a aumentar a força dos
canelites na face anterkr da t'b .º. pe e ~apaz ~e provocar anterior. Essa dominância dos extensores dos dedos que
em vez de repetir constantem t urant~ a flexao plantar, músculos lumbricais e interósseos mediante flexão das ar-
"andar na ponta dos dedo ,, en e o movimento errado de drome por uso excessivo 1, ta, ess~ ~ um smal de sín- funcionam como dorsiflexores do tornozelo manifesta-se
ticulações metatarsofalangianas (MTF). Durante a marcha,
s . também quando o paciente com dedos em martelo se senta
é percebida na face antero~~t:~r~~l~~~~~al anterior. A dor esse paciente é obrigado a exercer pressão com os dedos,
ou se coloca em pé. Durante esses movimentos, os dedos
Atuam no Pé
---
Músculos da Parte Posterior da Pen,
a que Ornli\(11Jo [h.,N' Mlnb'(J do lt..1/U'.f pro..lt<J nnài:J 1•131U3r do
pê e ledo do büu. all:m ~ conuibu.r para a 111,c:n,.io dtl
pê. A wbre~a ~ mils,.;ulo ..:1.,ntni;,1,1 1-.ara as cand 1lQ
·"'"' mm 111)..1'.ili.)!; cm ootto:> sc:n11d,~ Pl•I C\anplv: oTH •
BIT prodlll ;11,du.;.i.,l, Rc,lo e rCJ11a\lo mt~;t dll quadril. O
mús:culo G\I p Pf'O\ OCil ; I ~ . C"ClCt15lO I! rçt.,i/11(1 le.\lo..."'f'!'l.'l
00 quld-il Os mlL'IC'Uos Tr L-V\.tr --lcl 'iinergi~:a.. ~ne ~
da tàte postenor da 1it,1a A dor se locabz.i ger.alrnmc n.i
too\ imeot~ '.'11.l "')nc, fro.Yiul (abd1.1,cãodo q· 1.-.itil Lrr..as -..lo
1c:n;oinr~not da face inferna oo 11bui.
JOtaf_on.sus cm rclai;iio ao, 11-.1\ itrlCll.10S rn. pJ,m1h ~rital
e ti~nut,nLll E...uodo esses ITIU...;11 o, hem O!['J1bbr...Ji)'I,,. a
!\lúsculos I.aterais da Pe-m.u que Atuam Mú~os que se ln.serem no P~ abwçãoô.l qu.11.lnl n.-m.! a c ~ r 6(~.,iosnopl:mo
no Pé ·
O mu.culoe-rre,rcor cul"!r,J,,.,JeJ,., provoca a nten5:io ~ <v.,!,:itll C'IU borizootal. n"..i-l> q,...nJo um deles pilSSI ;t -.cr ~

cJ.."dOJ (hi- .:..c)J. Esse m'll.srulo .iprt--.c:ntt .cn..--uum.."fllO muunl:, a lMi.,;:.tO 00 ~ é a<:om,iar,h11JJ tambem rc,1
100\·1mcntos~ pl;1n.i... ~iuloo h.orizonla 1, óc ac(lrdooom
no ricicntc com~~ manclc.'1. lm rnctooi, cflca,: de
JJ..; iu d,"'1 nli.i;K"Ulodomuunk:. O n'tl",;i.lo 1:ocr.os dc..wmin;Uttc
ai~~'° OC"- míssculas CU:DSCl'C$ loi·~ e CtlflO consiste
cn e\Sl.nar ao putien1c: a fletir os dedos csum1fo o~ cru
costumu lCK":i:.s•...: fl'3C() ou att"SST\amenh: kir.go A tah< :i
daf'i ~lo. man1c-ndo em !C't,'lltJJ c:-,..,1 B:"<.Ao 005 dcdol< 4.2 h':l7. um.a lisu Jos p.~l>"~i'< &....~bbrx.~ no cootro;c
dli-r-at1C a tl("l(4(1 p ~IILlr n(l lCltllOZ..:-lo.
de tmm ll"tllUlaçlo
O ,IW.'4"l!lo f/dor c1,rto dQs ard'" íletc os dedo.,, e A doounincA k:.•ma•-..; C\·idco:c dur<llt.i: !.h lcst.:-s mias-
refor;l a Íll!>l."t l pbr,14 de> ré (Fig. 4.31 1 ts~ mú:,.culo Qll;m.,;, ,t dur:unc a obscn~..~ di>-1 , ~ de m(l',-1%~ntos
csú cnrurudo e fraco no pK1c:-ntc: <,Ili? ar,rc......··ma dcdo1> em Dururlk: o (Q.l,; 11n.,rol doG\1P. P·"' c~cn:ill, os m(;,;i,:u :u..
nurklo. assim u.m1u nosC3SOs de fascci•e plantn A fi,m de qa-c realizam• abdu,io ocwn rmac;ào mtana J,oqu.adri.J se•
rfü.> 1.-.11...ider.JJm. domirlantcl> ~ '-' ria,.:i..-ntc fk11r o -}u;airf
lori.1 Cl'\'.:r c,;;,;c mús....il-.> e tdll'lbém o fl.!\(IC longo~ dc:d,,....
podc:o pa~ta'.ltc: .-....vch dt.-dosda m.'iop,llll QPJC n:~i"-•~c,a à
cm rol;tÇào ,nt~m., a'!\ \i:1 de nwitef a 11o,;i<;lil correta de
utcn.Jo 00 quadril corn n.•::.çü.., externa. O 11:!<h! tW GMO
lki,bd~ &:dos.. Ele de\-C -cr 11rc'l:a,k., i.ambcm no)Ctn.Jo
de fhtu exs di:d,,., \jualldo passar da pç-Mc;i1.1 ....:nUtda para a
in:qt1i:o1..:1~m.: dcmonsrra l'raqt.Jr:t.1 ou i~capac-tJ ,Jc de
manter a rcml~nci~ qu.1rdo o nai&:ulo e inaximamcnte
Jl(>i.(ào onosutlca e ,i~-\~r-J. :u.,,m como durnllte" !,~...:
i:,i..:unaJl.l. Ourante a man;h;,,_ ,)t,o:;m-a-sc rotacjo n1cma
de aro10 l<m'l,1ul da mardt.a.
n«....~iv;i ct., 4uadril no mcm.enlo de: choqlJC de c.1le.1nhar.
Ess,."<; achaoos ~W,i.ttc..ú,tis de donuná.n.;1.1 do-. rr.uscu ~
Disfunçôe."i MtL-.cula.res e de Mo,ime.ntos ,;n.:artt'_;"ados da lbdu.;Jo e roC;.1.;ào imcrna do qu,i,Jri' . sobre
O.. nii.sculos que f 1n,·1 lfl:111, i::. ,no ..iDC~US C"!m \11.'1,"ffl'uua• os 1bdl,l<Jre', q~ rrofflO\cm a roiacão ~,err.a do ma,nõ
dld-i~i1,e\cteCm nuitas , ~ açj,);1ni-4>t11 ~cm rclação Quando os 1sqi;, ~<til,,1;,11..._ U."'I domuuntc5dur:1•m· a o;tcn-
•ãodt ~u11dr.l e joelho.como. p..,r ncnrln. dwantie 1 'l!bldi
de dcgr-.ius. o Joclhl1...: dirige para trás em <1i1~ ao C(l11'11l.

abola 4.2 Oesequilibno no controle sobie


uma articulação
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M11,i,-Jl'O"l!tlC>• ...11,lotQO~~, ...,,<;i11'111~~•9Ql-,o
klO"w;,,v:>OOhMu<~rr...wi:,n10
MílMulo le10r çUl'tO dot ~os. O "l'l;Ktilof.CJOCK ci;rla 00f>d8(j0$ oo~-~~"-<•IJIWUr

--·----
lr$ca,se na té9ôa peantar $ l'IQre .is alt!D.ia~ .-.&11illel'IQlíli1l'lil5 11D IOMO:OI)

p,:,.onad doe <leci:15 CSogundCII llõllltlen e orb (;M,c,fl . - , ~ Ql~•-- ....... --·..-,("I.IP.-..,_.--.,• Til .ffl.,•
. -·
~SCl,ol,Js, 1998,Mo\>lly./
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO Q UATRO

em vez de se manter relativamente fixo, enquanto a coxa se


coloca em direção à tíbia. Esse deslocamento posterior do sentido são a causa da dor, denominamos as síndromes do . . do m 1·1·iopsoa. ) A bursite do iliopsoas precisa
na b 1ser t
joelho, em direção ao corpo, deve-se à forte tração exercida quadril de acordo com o movimento que mais freqüente- dinopa hora se·a dificil diagnosticá-la com a sou a
pelos músculos isquiotibiais, a qual provoca a extensão do mente é acompanhado de dor. Tal como no caso do ombro, a lembrada, em J , t1· ca as fraturas decorrentes ao
a A necrose assep , d" 1
quadril. Esta contribui para a extensão também do joelho, dor na articulação do quadril é relacionada geralmente com certez . localizadas no trocanter menor e na face me l~
uma vez que o pé está fixo. Fraqueza e fadiga dos músculos disfunções dos movimentos acessórios. A dor que parece ser estress~ assim como a osteoartrite, também podem mam-
decorrente das lesões de músculos e tendões é acompanhada do fêmse ,por d ores na vm. 'lha , merecendo ser lembradas
quadríceps contribuem para essa alteração da dominância . fi no·
pelo controle do joelho. por defeitos relativos à participação dos músculos e aos pa- !estarÓstico diferencial, principalmente se o paciente re e~r
Caso os extensores dos dedos predominem na dorsi- drões de recrutamento da musculatura. Já vimos acima que iagn rante a marcha ou ao sustentar o peso do corpo. ~s
flexão do tornozelo, o movimento inicial será de extensão
dos dedos e o pé apresentará tendência à eversão, em lugar da
as
que
síndromes femorais são designadas como tais porque a dor
nelas se observa tem origem nas estruturas articulares. As ~~:i!~de~ coi:n destaquedapnaçraa ~sa
d adril tais como a
:~;~::n;~~o~g:x~~~~~~
, d
inversão, ou de se manter neutro. síndromes do quadril recebem esse nome porque a dor que as ? qu_ ac~mpanhadas freqüentemente dessa smdrome e
Na presença desse padrão de movimento costuma o caracteriza resulta de lesões musculotendíneas. eia, sao . d fêmur A extensão postural do
deslizamento anterior O ; , · fre üente
paciente apresentar manchas avermelhadas na ponta dos uadril é fator principal. Essa smdrome ~ mais ~ f;
dedos, as quais se devem ao contato com a extremidade an-
terior do calçado; as pontas dos calçados apresentam sulcos
Síndrome de Deslizamento Anterior da
Cabeça do Fêmur
~os atletas de corrida, _visto qude a e~::s~~
e do adrão do movimento a corri . .
: i~=~~::
q~!
de profundidade excessiva. Conforme veremos a seguir, o p~ campos quadris em extensão excessiva_ ou que v;at1ca:;
paciente tende a caminhar usando a estratégia baseada nos Esta seção trata da síndrome de deslizamento anterior da ~~lt~s com as pernas afastadas também sao suscettveis e
flexores do quadril, durante a fase de balanço. Pode também cabeça do fêmur, com ou sem rotação interna. A forma apresentar essa síndrome.
apresentar dedos em martelo. mais freqüente dessa síndrome é acompanhada de rotação
Os movimentos multissegmentares também apresentam interna do quadril. Ela deve-se ao deslizamento posterior
alterações do padrão de dominância. Por exemplo: a estratégia inadequado da cabeça do fêmur durante a flexão do quadril; Disfunções de Movimentos , .
normal e ideal para a fase balanço da marcha é aquela na qual esta é acompanhada de rotação interna do quadril. A síndro- DECÚBITO DORSAL Durante a fl exao~ do quadril em.decubito
o momento deriva principalmente da flexão plantar que ocorre me de deslizamento anterior também pode ocorrer sem o dorsal, a cabeça do femur deixa d~ ~eslizar poste~orr:~:t~
durante a fase de apoio terminal. Essa fase contribui para a componente de rotação interna. De acordo com os princípios e a resenta rotação interna, na ma10ria dos casos. ua ~
flexão do joelho, acompanhada por alongamento do músculo da cinesiologia, o fêmur deveria deslizar posteriormente u!'dril entra em rotação externa, o joelho aprese:1ta flexao :
reto femoral, um dos flexores do quadril. Esse alongamento durante a flexão do quadril, mas esse deslizamento posterior q uadril é fletido de forma passiva; a c_om~ressao da preg
contribui para o início da atividade dos flexores do quadril, é insuficiente nessa síndrome. A síndrome de deslizamen- : q inal pelo examinador, póstero-infenor, m1_pede a cab~:
durante a fase balanço da marcha. Normalmente, esse tipo to anterior da cabeça do fêmur apresenta características do~mur de deslizar anteriormente. Resulta dai uma ~pl ~
de marcha é acompanhada por maior excursão do centro de semelhantes às da síndrome de deslizamento anterior do de maior de flexão indolor do quadril que ~e essa pr~ss~o n~o
gravidade para diante do pé que sobre o solo. Esse tipo de mar- úmero, que é uma forma de impacção do ombro. Tal como
fosse aplicada sobre a articulação ~o quadril.~~(:~:;:~:
cha contrasta com o padrão no qual a força durante a retirada a impacção do ombro, a qual era antigamente atribuída à do eixo de rotação durante a flcxao do qua ~
do pé é muito reduzida, e o movimento é gerado no quadril tendinite do músculo bíceps, essa síndrome é muitas vezes a traJ· etória descrita pelo trocanter maior, durante a elevaç_ao
durante a fase de oscilação. A marcha desse tipo, à qual pode- confundida com a tendinite do m. iliopsoas. Embora o
ríamos chamar de estratégia baseada nos flexores do quadril, é ativa da perna estend1.da) co nfirma que O. trocanter urante ma10r
tendão do músculo iliopsoas pode dar origem a sintomas, a está se deslocando anteromedialmente (Fig. 4.32). D t
encontrada no paciente que apresenta fraqueza dos músculos causa da tendinopatia é a compressão que a cabeça do femur
a flexão do quadril normal, a posição ocupada pelo trocan er
flexores da planta do pé. 14 Um padrão de marcha semelhante exerce sobre as estruturas da região anterior da articulação,
é observado na presença de metatarsalgia. A estratégia do maior se mantém inalterada. Por outro lado, obse1:7amos com
instalando-se quando o alinhamento postural do quadril
padrão dos flexores do quadril caracteriza-se pelo aumento fre üência essa trajetória errada do trocanter maior, durante
é em hiperextensão. A combinação dessa pressão com a
da atividade dos músculos dorsiflexores e por diminuição diminuição do deslizamento posterior do fêmur durante a flqexao
~ d o quadril a-'-'etado
11 • Ao aplicar pressão
. sobre a~dobra
da amplitude para os movimentos de flexão dos joelhos. A . . l com o objetivo de manter o eixo de rot~çao em
a flexão do quadril causa colisão do fêmur nos tecidos da ura 4 .32
linha de gravidade costuma estar próxima do pé de suporte parte anterior da cápsula articular. m~i~a , nstante durante a flexão passiva do quadril com o
pos1çao co , ~ · d perna
e levemente posteriorizada, em comparação com o padrão ·oelho em extensão (i.e., durante a eleva~aoApa~siva a - imento do trocanter maior. Em lu-
Disfunção do padr~~ii:o ~e~:tivamente constante durante a flexão
considerado ideal. Esse padrão de marcha é freqüentemente J d'd ) o examinador sente uma res1stencia sem~lha~te gar de ocupar uma P . ara diante e para dentro. A.
Sintomas e Manifestações Dolorosas esten i a , d , 1 isqmo- do quadril, o trocanter maior s~ move p e na osi ão inicial. B. Mo-
encontrado na diplegia espástica, na meningomielocele e na à observada em caso de encurtamento os mu~cu os ~
hemiplegia. O predomínio da atividade muscular é um fator A dor manifesta-se na virilha, sobretudo durante a flexão tibiais A resistência diminui quando se retira ~ p~e:sao~ Monitorização do trocanter maiors~ m~~rante~ fle~ão do quadril. C.
vimentação correta do troca_nter m~o~locamento do trocanter maior
capaz de contribuir para a fraqueza dos extensores do quadril, do quadril. Ela evolui para a dor generalizada na região do pa1pan.do - se , em vez disso ' o movimento. de· rotaçaot m em
Movimento defeituoso, dev1d? ao ed. ue acompanha a rotação
para o encurtamento dos flexores do quadril, para a fraqueza quadril, em conseqüência seja de inflamação da articulação ou o deslocamento do trocanter maior anteriorme? e. d anteriormente e em direção à linha me ,ana q
dos flexores plantares, para a metatarsalgia e para os dedos em resposta a disfunção do movimento da cabeça do fêmur DECÚBITO VENTRAL. A palpação do trocanter i_n~10r, uran- do quadril durante a flexão do mesmo.
em martelo. A correção dessas disfunções dos movimentos dentro do acetábulo, seja da inflamação das partes moles te o movimento de extensão do quadril em decublto ven~al,
exige a realização de exercícios específicos, capazes de em tomo da articulação. Pode ser acompanhada por ten- ·ndi·ca se o movimento ocorre anteriormente ou e~ sentido
dinopatia do m. iliopsoas, conforme indica a sens}bilid~de A enas a cabeça curta do bíceps femoral se insere no fêm~r,
melhorar o desempenho dos músculos não dominantes e de imedial, se o trocanter perman~ce ~m posiçao · ~ relativamente
tr, (Fig
corrigir os padrões dos movimentos defeituosos. à palpação ou dor à contração desse músculo. (E preciso Prrém na porção distal do mesmo, razão p~la qual ~ua ~çat~
constante ou se deslocando ligeiramente para a as t do. • o JOe
principal consiste em flet1r · Iho. Os musculos 1sqmo 1
~ do
não confundir a dor decorrente de contração do músculo . ~ para 0 deslocamen o
4 33) Uma possível exp l1caçao
iliopsoas com a dor que resulta da impacção dos tecidos da biais inserem-se na tí~ia e na ~:ula.b~::~~:: ªct:!ei::is, a
Síndrome de Disfunção de Movimento do cápsula articular, extremo da amplitude para os movimen- trocanter maior anteriormente e, a ,segu~n
· · · t e.· apenas o terço
imal
quadril, sendo a tensao exerci a so . , sula articular
Quadril tos de flexão do quadril.) Convém evitar a flexão ativa do distal do fêmur se deslocará para tras e nao o terço p~ox ,
flexibilidade excessiva da parte _anteriortª ca~obretudo se o
quadril enquanto persistirem os sinais de inflamação. Por se os músculos isquiotibiais predominarem nos movimen~os
possibilita o deslizamento antenor da ca eça, . te o eixo
conseguinte, recomenda-se que o paciente use a mão para de extensão do quadril. Isso se deve ao fato_ ~~ esses mus- músculo iliopsoas estiver alongado. ~or consegt~:ndo com
De acordo com a premissa básica deste livro, segundo a qual
fletir o quadril em mais de 90 graus. Alongamento está . .
culos se mserirem sobre a tuberosidade isqmahca da pelve, t'b ·
os movimentos articulares compensatórios em determinado de rotação do fe~ur se ddeslo_c a a~:~~~::~:e~ aªparte distal
contra-indicado. (Veja mais adiante a discussão da ten- enquanto a inserção distal se localiza na fibula e na I ia. que a parte proximal se esv1e an
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPfTULO QU.\TRO

posteriormente (ver Fig. 2.8). Se o TFL estiver encurtado proximal do fêmur anteriormente. A rotação do quadril se
A amplitude do movimento de flexão aumenta d Disfunções Musculares nos Padrões de
seu alonga~en!o durante a extensão do quadril contribuirá · . urante 0
movimento postenor quando o quadril afetado e' 1 processa em torno de um eixo errado, conforme demonstra o
para a, rotaçao bd ~ co ocado Recrutamento
. mterna do fêmur: o trocanter maior se d es _ em ~ uçao ou em rotação externa, antes de o pacient acompanhamento do trocanter maior; acontece o mesmo na
1ocara antenormente para a linha média. A ação dominante A ação do músculo TFL predomina sobre a atividade do extensão do quadril. Os exercícios repetidos de balanço para
movim~ntar para trás _(Fig. 3.38). À medida que O pa;;e músculo iliopsoas. Os testes revelam encurtamento do TFL
do,s ~úsculos isquiotibiais, em prejuízo do músculo glúteo de movimento do paciente se normaliza O grau d fl _
0 trás, em posição de quatro apoios, aumentam a amplitude
max1mo (que promove a rotação externa), e em combinação d ·1 ' e exao no lado afetado, embora a avaliação postural em posição para o movimento de flexão do quadril.
no qu_a. n . aum~nta, sem a_bdução ou rotação externa do ortostática revele retificação da coluna, extensão dos quadris
c~m- o encurtamento do músculo TFL (encarregado da rota- quadnl, a mtensidade dos smtomas diminui. e hiperextensão do joelho; todos esses achados confirmam
çao mterna) permite que o fêmur apresente rotação interna Resumo
POSIÇÃO SENTADA. Na posição sentada a extens~ . que o músculo iliopsoas apresenta comprimento excessivo.
durante a extensão do quadril. d · lh , , ao ativa
o JO~ o e acompanha~a p_or _rotação interna no quadril. A O quadril entra, muitas vezes, em hiperextensão, quando A síndrome de deslizamento anterior da cabeça do fêmur
Po_siçÃo DE QuA:Rº,~POIOs. Na posição de quatro apoios, rotaçao externa do quadril dlillmui a amplitude do m . abduzido durante o teste que se destina a determinar o caracteriza-se pela modificação da trajetória do centro ins-
a flexa~ dos quadris e mferior a 90 graus. O quadril afe- t d t ~ d • ovimen- comprimento dos flexores do quadril. Os testes revelam tantâneo de rotação (TCIR) da articulação do quadril durante
o e ex _ensao o Joelho, ou então, essa extensão se d
tado nao se flete com a mesma facilidade que O quadril co • ~ . epara fraqueza do músculo iliopsoas e músculo TFL forte. A ação a flexão e, em muitos casos, também durante a extensão do
m_ma10r resistencia, conforme demonstra a lentidão do
c?ntr~-lateral, quando o paciente se move para trás, em movimento de extensão. do músculo TFL predomina sobre aquela do músculo GMP. quadril. A alteração do TCIR durante a flexão do quadril,
d1reçao a_os calcanhares (Fig. 3.37). A limitação da flexão O quadril apresenta rotação interna quando o paciente está conforme indica a monitorização do trocanter maior, está de
do quadnl torna-se evidente quando, em posição de flexão em pé em apoio unipodálico. Durante o exame do músculo acordo com o quadro de deslizamento posterior insuficiente
completa, a pelve do lado afetado ocupa posição mais alta
Resumo GMP, o quadril apresenta rotação interna, o que significa e de rotação interna inadequada da cabeça do fêmur, quando
que no outro lad~, ~m virtude da rotação compensatória da que o músculo TFL domina o GMP. o deslizamento deveria ocorrer pósterio-inferior, sem ser
A parede anterior da cápsula articular e as estruturas vizinhas
pelve. ~ssa restr1çao também se manifesta quando a pelve A ação dos músculos dos isquiotibiais é mais dominante acompanhado por um movimento de rotação. A amplitude
de partes moles s?frem alongamento, enquanto as estruturas
se moviment~ lateralmente, em direção ao lado não afeta- que aquela do m. glúteo máximo. Quando o paciente exe- para os movimentos de rotação interna do quadril ultrapassa,
da parede post_enor se tornam tensas. Na síndrome de desli- cuta a extensão do quadril em decúbito ventral, a contração às vezes, a amplitude para a rotação externa, não obstante
do. Esses d~is padrões de movimentos anormais indicam
zamento anterior sem rotação interna, os rotadores externos dos isquiotibiais manifesta-se mais precocemente que a a rigidez das estruturas posteriores da articulação. Um
que o quadnl afetado se flete menos que o quadril normal.
sofr~m encurtame~to em alguns casos. Na síndrome de contração do músculo glúteo máximo. Os contornos do fator que contribui para essa situação é a incapacidade dos
deslizamento antenor com rotação interna, os músculos glúteo máximo somente se modificam depois de o quadril músculos encarregados da flexão com rotação externa do
rotadores externos, embora alongados, tornam-se tensos se encontrar em extensão quase completa. quadril de neutralizar a ação dos músculos flexores que
durante a rotação interna do quadril. A ação da porção medial dos isquiotibiais predomina também promovem a rotação interna.
A ~abeça ?º
fêmur não desliza posteriormente durante sobre a ação da porção lateral. O quadril apresenta rota- A posição ortostática prolongada com os quadris em ex-
a fle~ao do femur, por causa do alongamento da parede ção interna no paciente que executa a extensão do joelho tensão pode levar à hiperextensão; esta, por sua vez, causa
anterior da cápsula articular e do encurtamento e da rigi- em posição sentada. Estando o quadril em ligeira rotação flexibilidade excessiva das estruturas da face anterior da
dez da_s estruturas posteriores; o terço superior do fêmur externa, observa-se diminuição da amplitude para o movi- articulação do quadril. Em combinação com a rigidez dos
cor:ripnme então as e~truturas d~ parede anterior da cápsula mento de extensão do joelho, ou então, esse movimento se músculos extensores do quadril e das estruturas articulares,
articular. ~ss~ padrao de movimento defeituoso também processa mais lentamente, indicando resistência por parte essa flexibilidade cria um trajeto da resistência mínima para
pode ~ontr1b_u~r para a tendinopatia do m. iliopsoas e para dos isquiotibiais. o deslizamento anterior.
a burs1te do 1l10psoas. Observam-se, às vezes, anomalidades relativas ao
comprimento e à força dos músculos. O músculo iliopsoas Intervenção
apresenta-se alongando e fraco ao exame. As fibras desse
Osmnvos PRINClPAIS. Os principais objetivos do progra-
músculo inserem-se na parede anterior da cápsula articular;
acredita-se, por isso, que a contração do iliopsoas previne ma terapêutico são os seguintes:
1. Melhorar o deslizamento posterior do fêmur, a fim de
Alinhamento afecções dos tecidos da cápsula. 4 Por conseguinte, é possível
que o mau desempenho do músculo iliopsoas contribua para corrigir o movimento de flexão do quadril.
2. Inverter a dominância dos flexores do quadril, encur-
VARIAÇÕES ESTRUTURAIS aumentar a suscetibilidade para a impacção da cápsula articu-
tando o músculo iliopsoas, de maneira a neutralizar
1. Anteversão (antetorção) do quadril lar. Os músculo TFL revela-se encurtado ao exame enquanto
devidamente a rotação interna que o músculo TFL
2. Joelho valgo os músculos glúteo máximo e piriforme estão encurtados e
fracos. As estruturas da parede posterior da cápsula articular provoca durante a flexão do quadril.
DEFEITOS ADQUIRIDOS
são rígidas ou encurtadas ou as duas coisas, conforme se 3. Corrigir a hiperextensão e rotação interna do quadril,
1· Postura em inclinação posterior quando presentes.
deduz da resistência que elas opõem à flexão do quadril.
2. Inclinação posterior da pelve Os isquiotibiais também se revelam encurtados ao exa- PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS
3. Fraqueza dos músculos glúteos me, principalmente as cabeças internas desses músculos. Posição de quatro apoios. O movimento de balanço para
4. Rotação interna do quadril As estruturas da face anterior da cápsula articular estão trás em posição de quatro apoios é o exercício mais impor-
5. Extensão do quadril alongadas, conforme demonstra a amplitude excessiva para tante, devendo, por isso, ser executado em primeiro lugar.
6. Hiperextensão dos joelhos os movimentos de extensão do quadril. Quando realizado corretamente, esse exercício alonga os
músculos extensores do quadril e promove o deslizamento
7. Pronação do pé
Testes que Confirmam o Diagnóstico da cabeça do fêmur para posterior e anterior. O paciente será
A flexão ativa do quadril provoca dor na região da virilha. A obrigado a se empurrar para trás com as mãos, sempre que
Mudança_:õ do padrão de movimento do trocanter maior durante
amplitude para os movimentos de flexão do quadril aumenta, sentir uma dor na virilha, durante a contração dos flexores
a extensa? do quadril. O trocanter maior se desloca em dire ão Disfunções por Rigidez ou Flexibilidade
anteromed1al durante a extensão do quadr1·1 , em vez de se manter
ç sem que se manifestem quaisquer sintomas, quando os fle- do quadril.
• - .
em pos1çao relativamente constante ou de se desloca 1· .
Relativa Decúbito dorsal. O paciente realiza a flexão passiva do
t · A p • - . . . r 1ge1ramente xores do quadril permanecem completamente relaxados. O
po~ enor. . os1çao inicial. B. Movimentação correta do trocanter Existe maior flexibilid~d~ para o deslizamento posterior da quadril encontra-se em rotação externa e o eixo de rotação é quadril em decúbito dorsal, com o objetivo de restabelecer
maior
· durante. a extensão do quadril · C · Desl ocamen to do trocanter o eixo exato para a rotação. Ele poderá lançar mão de uma
ca~eça ~o fêmur; a flex1b1hdade é menor para o deslizamen- mantido, mediante compressão póstero-inferior, ao longo da
maior para diante, durante a extensão do quadril. toalha por trás do joelho para poder puxá-lo em direção ao
to mfenor, em comparação com o deslizamento superior. prega inguinal, de modo a impedir o deslocamento da porção
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO QUATRO
peito, caso não consiga alcançar confortavelmente a coxa
com as mãos. Às vezes torna-se necessário colocar o qua- paciente precisa aco~panhar sua postura com auxílio do
dril em abdução com ligeira rotação externa. Os músculos espelho, J_a que todo ahnhament_o ~ostural novo é percebido
flexores do quadril precisam permanecer relaxados. como antmatural. Devemos ensma-lo a realizar a contraç'
Decúbito ventral. A flexão do joelho precisa ser realizada ativa do músculo glúteo máximo durante a marcha no mªº
em decúbito ventral; o paciente deve evitar a inclinação an- ' 0-
mento em que ele realiza o choque de calcanhar. A contraçã
terior da pelve, assim como a rotação da mesma e a abdução dos músculos glúteos aumenta sua participação e reduz 0
ou rotação da articulação do quadril. A rotação externa do dominância dos músculos isquiotibiais. ª
quadril deve ser executada com o joelho em flexão de 90
graus. Esse movimento leva ao alongamento da BIT. Quando
realizada com o joelho em flexão de 90 graus, a rotação
Apresentação de Caso 1
interna do quadril aumenta o grau de extensibilidade dos
rotadores externos do quadril. O paciente é desaconselhado Anamnese. Uma atleta de 34 anos, corredora de mara-
a estender o quadril com o joelho em extensão, a não ser tonas, é encaminhada ao serviço de fisioterapia para exame
com um travesseiro sob o abdome para colocar o quadril em e tratamento. Ela vinha correndo em média 80 a 160 km
flexão. Esse movimento deve ser iniciado simultaneamente por semana, mas atualmente se sente incapaz para correr
com a contração do músculo glúteo máximo. A extensão devido à dor no quadril. Não foram encontradas quaisque;
do quadril não deve ultrapassar a posição neutra, a fim de anomalias ao exame de tomografia axial computadorizada
evitar o alongamento excessivo da parede anterior da cápsula (TAC) e na cintilografia óssea da articulação do quadril•
articular. A extensão do quadril com o joelho fletido deve ser uma injeção de cortisona no quadril direito não foi cap~
de aliviar a dor.
executada da mesma forma, a fim de não alongar os tecidos
da parede anterior da cápsula articular. Sintomas. Essa paciente vem se queixando há 3 meses
Decúbito lateral. O paciente deve abduzir o quadril em de dores na região inguinal direita, as quais evoluíram para
decúbito lateral com o quadril em discreta rotação externa e um quadro de dor generalizada e profunda da articulação
extensão, a fim de favorecer a solicitação do músculo GMP do quadril. Ela percebeu pela primeira vez a sensação de
em lugar do músculo TFL. dor na virilha ao se agachar.
Posição sentada. A extensão do joelho deve ser re- Análise postural. Em posição ortostática, a paciente
alizada em posição sentada, com o quadril mantido em apresenta um certo grau de inclinação posterior de tronco
alguns poucos graus de rotação externa, a fim de aumentar com extensão dos quadris, posição essa que é secundária
a extensibilidade dos músculos isquiotibiais mediais. O à retroversão pélvica e à hiperextensão dos joelhos. A Vista de perfil de uma paciente que apresenta r:t:ín:;~~=r~: . . i nte com síndrome de deslizamento an-
A
V1sta posterior de pa~ e t - medial. A rotação interna
paciente flexiona passivamente o quadril, usando as mãos musculatura glútea é pouco desenvolvida, mas observa-se deslizamento anterior ~a cabeçta o fetmuAr cpoomsição Jrtostática é terior da cabeça do femur com ro açao . r ão
hipertrofia dos músculos da coxa (Fig. 4.34). O quadril d .1 t e apos o tra amen o. do fêmur direito manifesta-se pela posição ocupa~a pela rln~~:nto
para colocar a coxa em flexão máxima; a seguir, tira as mãos do qua n , an es t - o do quadril em virtude da discreta retro-
direito apresenta discreta rotação interna, a qual se toma dos tendões dos músculos isquiotibiais. Observe o es~nvo v, d )
da coxa e a mantém ativamente em flexão. Nessa posição, o
músculo iliopsoas é o único flexor capaz de manter a coxa mais evidente quando a paciente é vista por trás, tomando-se ::,~~•p:~:i~= ~;ae~i:;:xte~são dos ]oelh~s (~ntep~:~
à esquerda). Correção do alinhamento pos ura a
t;::a:een~~~ precário da musculatura glútea ante~ do tratame~to (=p~:q~~~a:a~
O desenvolvimento dos músculos gluteos aumen ou
nesse grau de flexão. Se for capaz de manter o quadril nesse a fossa poplítea e as inserções dos músculos isquiotibiais
como pontos de referência (Fig. 4.35). (à direita). menta.
extremo da amplitude para a flexão, sem perceber dor, o
paciente poderá ampliar a resistência isométrica, apoiando
Análise dos Movimentos
a mão contra a coxa. Posição ortostática. Quando em pé, a paciente consegue . t o normal · O músculo GMP direito revela-se
Os seguintes testes completares são realizados em _tr~s compnmen d GMP
Posição ortostática. Apoiando-se sobre uma perna só, fletir o tronco anteriormente, principalmente através da
posições diferentes: 1) em d_ec_úbito ventral; 2) na pos1çao fraco ao exame, de grau 4-/5, enquanto a fo~ça o ~
o paciente contrai a musculatura glútea para impedir a flexão da coluna lombar; existe também um grau limitado , d 4+/5 O quadril apresenta flexao e rotaçao
de uatro apoios e 3) na pos1çao sentada. . . . .. d
esquer o e e · d· · O
rotação interna do quadril. Inclina-se em seguida, anterior- de flexão no quadril. Mantendo o tronco relativamente
becúbito ventral. A contração dos músc~l~s 1Sqmotlb1a1s interna durante o teste para o músculo GM~ . irelt~. . s
mente, fletindo apenas o quadril, e volta depois à posição reto, ela consegue voltar do movimento de flexão anterior,
recede a contração do músculo glúteo_ ~ax1mo quando a resultados dos testes dos músculos glúteo max1mo d1reito
ortostática concentrando sua atenção sobre a contração inclinando os quadris e as coxas anteriormente, em vez de
~ de 4/5 e 4+/5 respectivamente. O teste dos
dos músculos glúteos para colocar o quadril em extensão,
usar a extensão dos quadris. ~xtensão do quadril é realizada na pos1çao d~ pro~o com e esquerd o sao ' , 4 /5 4+/5
o ·oelho em extensão. O movimento do quadril e?a 9~ase músculos iliopsoas direito e esquerdo e de - e ,
e mantendo a contração da musculatura glútea até chegar Posição unipodálica. Observam-se rotação interna do
à posição ortostática. quadril e ligeira flexão lateral do tronco quando a paciente c~mpletamente concluído, antes de ~o~rer alteraçao v1S1vel respectivamente. , , dr d
dos contornos do músculo glúteo max1~0. na Diagnóstico. O diagnóstico deste caso e de sm orne de
CORREÇÃO oos lliBITos PosTURAis. O paciente passa da se apoia sobre o membro inferior direito.
Posição de quatro apoios. ~ paciente assum~, deslizamento anterior da cabeça do fêmur, acompanha a
posição sentada para a posição ortostática, sem deixar que Decúbito dorsal. A flexão ativa do quadril em decúbito
osi ão de quatro apoios, um almhamento em flexao do por rotação interna. , d
o quadril entre em rotação interna. Ele deve ser orientado no dorsal provoca a sensação de fisgada na virilha quando
~uadril de menos de 90 graus; a coluna lombar apresenta Intervenção. A paciente se move para tras quan o :m
sentido de não sentar com as pernas ou as coxas cruzadas, ou a flexão chega a 100 graus. Durante a flexão passiva do
. ~ em flexa~o · Durante o movimento de ·balanço
pos1çao f ·1 para
t posição de quatro apoios, tendo o cuid~do de ex~cuta; a e-
seja, com os quadris em flexão, rotação interna e aduçào. Se quadril, acompanhada por abdução e ligeira rotação exter-
trás a coluna lombar da paciente flete-se mais ac1 i_nen e xão nos quadris e de restringir os mov1~ento~ .a co ~na.
tiver de cruzar as pernas, o paciente deverá sentar-se colocan- na, a amplitude da flexão chega a 120 graus, antes que se
manifestem os sintomas. que' seus quadris, o que significa que ela se flete mais que Quando em decúbito dorsal, a paciente e mstrud ~dla a
do a face externa da perna sobre a coxa do lado oposto, i.e., . h o ate, o pe1·t o, com o qua
os quadris. ~ . d dril levar passivamente seu Joel d n , emr
com o quadril em rotação externa. Ele não deve dormir com Elevação da perna estendida. O trocanter maior se
Posição sentada. Observa-se a rotaçao mterna o qua ~ abdução e ligeira rotaçao externa. mov ·~ . evera
. ~ O imento . se
o quadril em rotação interna. É importante que se corrija o desloca anterior e medialmente quando a paciente executa
. ,
e a contração vis1vel , 1o TFL
do museu . , durante a extensao
~ , interrompido ao menor sinal de dor na regiao m~um~1.
alinhamento ortostático em inclinação posterior, instruindo o ativamente a elevação da perna estendida. A posição do tro-
do joelho direito. A extensão do J_oelho esquerdo nao e Quando em decúbito lateral, a paciente devera tr~m~~ a
paciente a ficar em pé com as costas em contato com a parede; canter maior mantém-se inalterada quando esse movimento
acompanhada por rotação do quadnl. , abdução do quadril com rotação externa, estando o Joe o
essa posição pode servir como guia para corrigir a orientação
do alinhamento vertical. O paciente pode, também, colocar-se
é realizado de forma passiva, simultaneamente com a com-
pressão da dobra inguinal, estando o fêmur em ligeira rota- Análise do comprimento e da força dos musculos. ~º ligeiramente fletido. . , . truída a fletir o jo-
em perfil diante do espelho, enquanto o fisioterapeuta lhe ensina ção externa. Todavia, o examinador percebe uma resistência músculo TFL direito da paciente está encurtado, e~ ext:nsao Em decúbito ventral, a paciente e ms . t oloca
a postura correta, instruindo-o a puxar os quadris para trás. O completa do quadril somente ocorre com a reahzaçao de elho Es tando este em flexão de 90 graus, a pac1en e c b
à flexão do quadril, resistência essa que não se manifestava ·
o quadril em rotação externa. E 1a apma · o abdome so re
antes de se aplicar a pressão sobre a dobra inguinal. 15 graus de abdução. O músculo TFL esquerdo apresenta
1111111
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPITULO QUATRO

um travesseiro, flete o joelho por completo e, em seguida,


discreta resistência. Seus músculos GMP direito e esquerct em ligeira rotação externa, re~uzindo o esforço muscular ao extensão. Ela deverá interromper o movimento se perceber
estende o quadril em discreta rotação externa, contraindo
o músculo glúteo máximo ao mesmo tempo que limita o apres~ntam forç,a ?ormal (5/5). Ela inicia a extensão di , ·mo e evitando levantar simultaneamente a coxa. qualquer aumento dos sintom~s._ Para, voltar à posição e~
qu,adnl e,m. decub1to ventral pela contração do músculo mimDecúbito dorsal. A paciente sente-se mais · co~ fiort'ave 1 flexão de quadril e joelho, ela e mstru1d~ a exer,cer pre~sao
movimento de extensão do quadril à posição neutra.
gluteo max1mo; podemos observar que seu trocanter maio quando os quadris e joelhos se encontram em flexao, sendo sobre o calcanhar, a fletir o joelho e a deslizar o pe para cm~a,
Quando sentada, a paciente deverá realizar a extensão ~ r
apresenta rotaçao externa. O tamanho e os contornos d ortados passivamente por almofadas colocadas sob_ o em direção ao quadril, a fim de promover a contração dos ~s-
do joelho, enquanto mantém o quadril em discreta rotação 'd as
na e~a~ apresentam aumento evidente. A paciente está em sup di·stal das coxas e por trás dos joelhos. Durante a flexao quiotibiais e de reduzir a contra_ção dos fl~xores do qu~dril.
externa. Ela deve evitar o recrutamento do músculo TFL. terço · · d
cond1çoes de correr 8 km de cada vez, em dias alternados assiva do quadril podemos observa~ o desvio antenor o Na posição sentada, a paciente pratica a extensao do
Ela é instruída, ainda, a sentar apoiada contra o encosto da
Essas alterações ocorreram apesar de a paciente não te; P. 0 de rotação do quadril. A flexão ativa, acompanhada por joelho, com o quadril em ligeir~ rotação externa. . ~
cadeira para suportar a metade superior do corpo, de modo a eix ·~ · · l
realizado quaisquer exercícios de resistência com pesos. rotação interna do quadril, provoca dor na regrno mguma , A paciente é orientada a praticar a passagem da pos1çao
eliminar a necessidade de fletir o quadril ativamente e evitar
Por ocasião de sua última sessão de tratamento, 2 meses assim como ao longo da face posterior da coxa e da face sentada para a posição ortostática, valendo-se ~ meno,s pos-
o recrutamento do músculo TFL. A paciente deverá fletir
o quadril passivamente até o limite extremo de amplitude, e meio após a primeira consulta, a paciente corre quase 1o externa da perna. , sível de suas mãos e esforçando-se para contrair o muscul~
km por dia e 5 km no dia seguinte; consegue completar uma Análise do comprimento e da força dos musc~los._ Os glúteo máximo ao colocar-se em pé. Por outro lado,_el~ e
segurando-o com as duas mãos. O movimento deverá ser
corrida de 16 km sem apresentar sintomas. Ela é instruída flexores do quadril estão encurtados, provocand~ mclma- incentivada a fazer uso das mãos ao sentar-se, com o obJet1vo
interrompido se ela sentir dor ou alguma fisgada. Ela segura
a manter esse programa de exercícios como rotina após as ção anterior da pelve, a qual é aumentada em v1~de da de minimizar a pressão sobre a coxa e de diminuir a dor.
o quadril no limite da amplitude, mediante contração dos fle-
corridas, repetindo cada exercício pelo menos dez vezes. fraqueza extrema da musculatura da pared~ abdo~mal. Os A paciente é instruída a fazer uso d~ d~as bengal~s para
xores do quadril, removendo o apoio manual para a coxa.
Depois de um ano, a paciente informou que completou uma músculos isquiotibiais estão encurtados; na? reah~amos o andar; essa medida elimina a marcha ant~lgica e a flexao pa~a
Quando apoiada apenas sobre a perna direita, a paciente
maratona com sucesso e que está atualmente correndo em média exame da força muscular, tendo em vista a mte~si?ade da 0 lado. Deve aprender, também, a contrair a musculatura g~u-
é instruída a contrair a musculatura glútea, a fim de evitar
a rotação do quadril. 80 km por semana, sem problemas relativos ao quadril. dor e a fraqueza evidente dos músculos abdommais e dos tea no momento em que o calcanhar se apoia no s~lo,_ assim
abdutores do quadril. como a manter a contração dos músculos ab_dommais.
Em posição ortostática, ela treina a inclinação anterior
Apresentação de Caso 2 Resumo. As dores que a paciente refere na face pos- Ela sente um mínimo de dor quando caminha de acordo
do tronco, fletindo joelhos e quadris e tendo o cuidado de
terior da coxa e na perna têm origem na coluna ~ertebral. com as instruções. . , .
fletir o quadril sem flexão simultânea da coluna lombar. Ela
Anamnese. Uma mulher de 70 anos de idade é encami- Seus músculos abdominais são muito fraco_s e mcap~zes Resultados. Durante 4 semanas, a paciente e_ exammada
aprende a voltar à posição ortostática mediante extensão do
nhada ao serviço de fisioterapia por causa de dores intensas de contração isométrica. A paciente vem reahz_and~ mm~os semanalmente, sendo a seguir vista a cada 15 dias, durant~
quadril, baseada na ação da musculatura glútea.
no quadril e na perna direita; essa dor a incomoda particu- exercícios de flexão ativa do quadril, sem ter sido mstrm~a outras 6 semanas. Ela apresentou melhoras ~~nstant~s, e e
Durante a marcha, a paciente contrai o músculo glúteo
larmente quando ela caminha ou fica sentada durante certo de que precisa proteger sua coluna c~ontra as forças de ci- capaz de ficar sentada sem sentir dores na regiao anten?r da
máximo, no momento em que o calcanhar entra em contato
com o solo. tempo. A dor no quadril e na perna começou 1 ano após o salhamento anteriores e de compressao ~ue acompa~am a virilha ou na face posterior da coxa. Consegue ~ficar ~e1tada
implante de uma cabeça de fêmur artificial; o acetábulo não contração do músculo iliopsoas. Além disso,_ seu~ mu_scul?s de costas, com os quadris e joelhos em e_xtensao, e e capaz
Resultados. A paciente é examinada 6 vezes durante
fora substituído. A paciente recebeu fisioterapia intensiva, abdominais são fracos demais para impedir a mclmaçao de fletir O quadril até 90 graus sem que isso lhe cause dor.
um período de 2 meses e meio. Ela pratica inicialmente seis
tanto em hospital como em ambulatório. Seu peso está 19 anterior da pelve, a qual resulta da contração dos músculos Em vez de usar duas bengalas, passou a usar ~ma como
repetições de cada exercício, duas vezes por dia; ao final
kg acima do peso ideal; ela também sofre de diabete com suporte mínimo. A paciente consegue alcançar o pe esq~erdo
de dois meses, ela chega a 20 repetições. Ela é instruída a TFL e reto femoral. ,
neuropatia periférica. Anda usando uma bengala; sua marcha o flexor dominante do quadril é, nesse caso, o musculo para aplicar um creme, uma realização e ta~to. ~~flexa~ do
se esforçar conscientemente por uma postura correta e a é nitidamente antálgica.
TFL · ele é responsável pela rotação interna do fêmur, d~- quadril não passa de 100 graus, mas. seu c1rurgi~o esta de
contrair os músculos glúteos máximos durante a marcha
Sintomas. A paciente relata dor quando se abaixa para acordo com a tentativa de aumentar amda a ~mphtude para
no momento em que o calcanhar entra em contato com ~ rant~ a flexão do quadril e na posição ortostática c~m apoio
sentar, durante a flexão ativa do quadril, assim como duran- unipodálico. Os tecidos moles posteriores são rígido~ ~ os a flexão no quadril. O resultado é qw~ a pac1en!e se torn~u
solo. A paciente parou de realizar treinamento com pesos
te a tentativa de colocar o quadril e o joelho em extensão músculos isquiotibiais estão encurtados. A dor na vmlha capaz de alcançar o pé esq~erdo, mediante flexao, abduçao
que vinha fazendo para os músculos quadríceps e isquioti-
quando deitada na cama. A dor se localiza sobretudo na deve-se à impacção da cabeça do fêmur contra a pa~e~e e rotação externa do quadnl.
biais. Dentro de uma semana, tomou-se capaz de se mover
região anterior da virilha, irradiando-se para a face interna anterior do acetábulo. O cirurgião informou que ,substltum
para trás e de se sentar sobre os calcanhares sem perceber
dores no quadril. Depois de passadas 2 semanas, a paciente
da coxa e ao longo da face posterior da perna. Seu programa a cabeça do fêmur, porém não o acetábulo, atnbumdo a dor Síndrome de Deslizamento Anterior da
de exercícios de fisioterapia visava, até agora, o fortale- referida pela paciente à impacção entre as duas estruturas_. Cabeça do Fêmur com Rotação Externa
conseguiu fletir o quadril em 125 graus quando em decú-
cimento dos flexores e abdutores do quadril, e de fazê-la A dor que a extensão do quadril provoca na face postenor
bito dorsal. Ela não relata dor durante a flexão passiva do andar sem auxílio. A síndrome de deslizamento anterior do fêmur com rotação
quadril com auxílio das mãos, dentro de 90 a 125 graus de da coxa e na perna da paciente em decúbito dorsal deve-se ao
Análise Postural. A paciente apresenta cifose torácica externa é semelhante à síndrome acima descri1::3- acompanha-
amplitude. A força de seu músculo GMP direito aumentou aumento da extensão na coluna lombar, ao passo que a dor
e abdome volumoso. Quando em pé, mantém a pelve em da de rotação interna, embora seja menos frequente.1:Ym dos
para 4/5. Ela é capaz de se manter corretamente alinhada na face anterior da coxa resulta do alongamento dos flexores
anteversão, com aumento da curvatura da coluna lombar principais fatores causais é a posição sentada,_ ma~t1da por
quando em pé e de evitar a retroversão pélvica. Entretanto, baixa. encurtados do quadril. A paciente não s~nte dor quando lhe
tempo prolongado, com as pernas cruzad,as, isto e,. c?m o
queixa-se ainda de dor na região da virilha quando procura colocam travesseiros sob a parte supenor da coluna, com tornozelo sobreposto à coxa oposta; essa e um~ posiç~o de
realizar a contração isométrica do músculo iliopsoas na Análise dos Movimentos
0 objetivo de acomodar a cifos~ tor~cica, assim co1?-o sob extrema rotação externa. Essa síndrome é ma1~ fre~uente
posição sentada com o quadril em flexão máxima. Transição da posição ortostática para a posição sentada. os joelhos, a fim de fletir quadns e Joelhos e d~ retif\c~r a
A dor na face posterior da coxa e na face externa da perna no homem que na mulher. É possível qu~ ela seJa mais fre-
Ao final de 1 mês de tratamento, a paciente iniciou um coluna lombar. Todavia, para permanecer assi~tomatlca, qüente do que indica a experiênc_ia clí~ica da autora des_!e
programa de corrida leve e de caminhada de curta distância. diminui quando a paciente senta com um apoio para a colu- ela se vê obrigada a manter os flexores do quadnl em rela- livro, visto que os sintomas da distensao dos adutores sa_o
Ela é instruída a realizar impulsão, contraindo os músculos na. O movimento de passagem da posição ortostática para
xamento completo. . semelhantes às manifestações dessa síndrome. Certas ati-
flexores plantares, e a manter o peso do corpo ligeiramente a posição sentada provoca dor na região anterior da virilha, Diagnóstico. O diagnóstico é de síndrome de des~1za- vidades, tais como a patinação e o hockey sob:e o gelo, ~s
anterior durante a corrida. Depois de passados 2 meses, em virtude da pressão que o assento da cadeira exerce sobre mento anterior da cabeça do femur (dor na região da vin~ha)
o terço proximal da coxa. quais exigem movimentos repetidos de ab~~çao e rotaçao
a paciente já não refere qualquer dor durante a flexão do e de síndrome de extensão da coluna lombar (responsavel externa do quadril, podem predispor os part1':.1pantes desses
quadril, seja qual for a posição (por exemplo, durante os Posição sentada. Ao colocar a paciente com o joelho
pela dor na face posterior da co~al" (Veja o Cap. 3.). , esportes à síndrome acompanhada por rot~çao externa. . _
exercícios em posição de quatro apoios ou em decúbito em extensão, o quadril apresenta rotação interna; a paciente Tratamento. Deitada em posiçao de gancho, a pac1en5e e Quando em posição neutra, a cabeça esta voltada em dlf~
dorsal, ou ao sentar ou agachar-se com o quadril em flexão relata ao mesmo tempo dor na virilha e na face anterior ção ligeramente anterior. Portanto, quando se força~ quadnl
instruída a segurar o joelho direito com as mãos e a ~az~-lo
extrema). Ela consegue manter a contração isométrica do da coxa. A palpação durante a extensão do joelho revela em rotação externa, a cabeça do fêmur exe~ce P:essao sobre
até a parede torácica, a contrair ~s m~sculos abdo~ais e
músculo iliopsoas sem sentir dor; é capaz também de tolerar que o músculo TFL se contrai. A extensão do joelho não é a porção anterior da cápsula articular. Alem disso, a parte
a deslizar em seguida o membro mfenor para coloca-lo em
acompanhada por dor quando a paciente mantém o quadril
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
C APITULO Q UATRO

anterior da cápsula articular e os tecidos moles vizinhos


sofre~ alo~gamento, ao passo que as estruturas posteriores, Disfunções por Flexibilidade Relativ ça do fêmur em sentido posterior, em reduzir a dominânci_a Sintomas. O paciente relata dores na região anteromedial
Rigidez ae dos extensores com rotação exte~a e em aumenta~ a parti- da virilha; ele consegue reproduzir a dor colocando o quadril
com mclusao dos músculos encarregados da rotação exter-
na, a~abam ~e encm::ando. Durante a flexão do quadril, se a ~ m~vimento _acessório do quadril de deslizament . cipação dos músculos rotadores mternos do quadnl. em extensão e rotação externa. A dor se intensifica quando
porçao antenor da capsu1a articular for alongada enquanto d1spoe _de ma10r flexibilidade que O movimento :~~te~?r PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS ele descansa o peso do corpo sobre o quadril. O paciente
a,s _estruturas da porção posterior se tornam en~urtadas e de de~hzamen_to posterior. Isso toma-se evidente u sono Decúbito dorsal. Adotando a posição em gancho, isto é, classifica sua dor como sendo normalmente de 3 a 4, numa
ng1das, resulta q~e a extremidade proximal do fêmur acaba quadril do paciente é fletido de forma passiva· o ex q ~ndo o de quadris e joelhos em flexão, o paciente deverá colocar.º escala de 1O, aumentando para 7 a 8 durante a corrida.
exer~endo pressao sobre a porção anterior da cápsula. 0 percebe a resistência quando o quadril é fletid~ e ª11:ltnador quadril em adução e ro,t~ção interna, _executan~o em segm- Análise Postural. O peso do paciente ultrapassa o seu
~eshza_mento posterior da cabeça do fêmur torna-se , ent,:,ao, M d . mma1sde90 da O movimento contrano, de abduçao e rotaçao externa e peso ideal em menos de 10%. Apresenta coluna retificada
. . gra~s. o~en o-se o paciente para trás na posição de ua
msu fi ~1en t e, pnnc1pa1mente durante a rotação externa d apo10s, venficamos que o quadril afetado se fletem q tro limitando ao mesmo tempo a excursão em sentido lateral. e retroversão pélvica, com o quadril em extensão quando
quadnl. O resultado disso é um incômodo nas estrutur do outro. O movimento do quadril em rotação externae;os que o Não incluímos o movimento de abdução e rotação externa em posição ortostática. Os quadris se encontram em rotação
rt t . d , as a
pa ~ an enor ~ capsula articular. Nessa síndrome, a cabeça maior flexibilidade que em rotação interna fato presen~a no exercícios de alguns pacientes. externa; a rotação interna é extremamente limitada. Observa-
do. femu~ tambem pode exercer pressão sobre a cápsula da festa 1 que se marn-
. ~e ~ p~rman~n~rn na posição de rotação externa e el Decúbito ventral. Estando o paciente em decúbito ven-
A • '

se um leve grau de joelho valgo. A rotação externa provoca


art1culaçao durante a rotação externa e a extensão do quadril res1stencia a rotaçao mterna. A amplitude para O . P ª tra 1, ele é instruído a colocar o quadril em rotação interna dor no quadril direito, mas não no quadril esquerdo.
uma ~ez que esses movimentos envolvem o deslizament~ de r t ~ , movimento
o ~çao externa e geralmente maior que a amplitud e a fletir o joelho em 90 graus. Ele precisa evitar a rotação Análise dos Movimentos
antenor, capaz de distender as paredes da cápsula. o movimento de rotação interna. e para externa do quadril, detendo-se na posição neutra. Posição Ortostática. Ao pedirmos ao paciente que se
Decúbito lateral. Durante o decúbito lateral, o paciente incline anteriormente, vemos que a flexão ocorre na coluna
Sintomas e Manifestações Dolorosas Disfunções Musculares no Padrão de deve abduzir o quadril, mantendo-o em flexão com discreta lombar com maior facilidade que no quadril. A flexão do
Est~~nd_o o 9uadril em extensão e rotação externa, a dor na Recrutamento rotação interna. quadril não passa de 70 graus. A observação da marcha do
reg1ao mgu_m~l co~tuma ser mais grave na posição ortostática Posição de quatro apoios. Quando na posição de quatro paciente revela rotação externa exagerada dos quadris, entre
que n~ pos1çao de1tad~, se bem que ela possa manifestar-se O fisioterapeuta observa, às ~e~es, um padrão de solicitação
anormal. Por exemplo:_ a sohc1tação dos músculos rotado- apoios, o paciente move-se para trás, tendo o cuidado de a posição de médio apoio e apoio terminal.
t~mbem com o quadnl em flexão e rotação externa. Nessa limitar o movimento à flexão do quadril e de evitar a abdução
~es externos _do quadnl precede a ativação dos rotad Prono. A flexão do joelho em prono provoca discreta
smdrome; a dor localiza-se geralmente mais mediaimente mternos· · ·b· · ores ou a rotação externa do mesmo.
, , ?s _1sqmot1 rn1s predominam sobre os múscul rotação externa no quadril. O terço proximal do fêmur
q__ue na smdrome de deslizamento anterior da cabeça do gluteos max1mos. os Posição sentada. Na posição sentada, o paciente deve
femur com rota?ã? interna. A flexão do quadril é acompa- apresenta rotação externa durante o movimento de extensão
També:ffi chegam a ser observadas disfunções relativas usar as mãos para levantar a coxa, colocando o quadril em do quadril.
nha~a de dor mm1ma. A tendinopatia do m. iliopsoas ou a
ao compnmento e à força dos músculos. Os músculos flexão extrema e soltando a coxa em seguida, mantendo o Posição de QuatroApoios. No teste em posição de quatro
burs1te ,e a tendinopatia dos adutores são outros sintomas
dessa smdrome. encarregados da rotação_externa do quadril, assim como quadril fletido graças à ação do músculo iliopsoas. Podemos apoios, o paciente mantém os quadris em flexão de 70 graus.
os extensores do quadnl os músculos glu'teo , . aplicar resistência à coxa, com o objetivo de aumentar a A coluna lombar flete-se durante o movimento para trás, mas
· · ·b· · ' maximo
Disfunções do Movimentos os ISqmoti ia1s e o músculo piriforme podem apresenta; força do músculo iliopsoas. não se observa o mesmo nas articulações dos quadris. Com
encurtam~nto. Os músculos glúteo máximo os abdutores Posição ortostática. Estando em pé, o paciente é ins- os quadris em rotação externa, a amplitude do movimento
Os testes ~e~em ser r:~lizadas nas quatro posições seguintes:
rotadores mternos e o iliopsoas podem ser r:acos. truído a limitar a inclinação anterior do tronco à flexão
1~ e:m pos1çao ortostat1ca; 2) em decúbito dorsal; 3) em de- de flexão no quadril aumenta, sem ser acompanhada por
nos quadris, com os joelhos também em flexão. Durante o
cubito, ~entral e 4) ~a posição de quatro apoios. Na posição aumento da flexão lombar.
Teste de Confirmação movimento de retorno após a flexão anterior, o paciente deve Análise do Comprimento e da Força dos Músculos.
º:1ostatica com ap010 unipodálico, o quadril apresenta rota-
çao e~terna. Quando o paciente assume o decúbito dorsal o dar destaque especial à contração da musculatura glútea, e
A dor qu~ se manifesta durante a extensão e rotação externa Observa-se resistência à flexão do quadril em 90 graus. Essa
quadril ~n~ra em rotação externa durante a flexão do quadril. sem rotação externa no quadril. resistência à flexão aumenta quando o quadril se encontra
do quadril_ te~de a diminuir durante a extensão do quadril
Em decub_1to ventral, a rotação do quadril é externa e o tro- CORREÇÃO DOS HÁBITOS POSTURAIS. Quando sentado, o pa-
com rota9ao mterna. Quando o paciente realiza a extensão em rotação interna, diminuindo durante a rotação externa.
canter m~10r se desloca posteriormente, durante a extensão ciente será instruído a se inclinar anteriormente com flexão
do quadnl em decúbito ventral, a rotação externa do fêmur Quando determinada em decúbito ventral, a amplitude média
do quadnl. N e:sa posição em decúbito ventral, o fêmur nos quadris. Ele procurará limitar o grau de flexão da coluna.
_pode to~ar-se excessiva, e o trocanter maior pode dar a para a rotação externa é de 50 graus no quadril direito e de
apresenta rota~a~ externa quando_ o joelho é fletido passiva- O paciente é solicitado a evitar sentar-se de pernas cruzadas,
impressao ~e estar se deslocando posteriormente e lateral- 40 graus no quadril esquerdo. Durante a rotação externa
m~nte. Na pos1çao de quatro apo10s, o paciente assume um men~e. O f~mur apresenta rotação externa durante a flexão numa posição na qual a face lateral da perna descansa sobre
do quadril direito, o trocanter maior descreve um grande
alinhamento em flexão do quadril inferior a 90 graus. passiva do Joelho no paciente em decúbito ventral. a coxa oposta, isto é, rotação externa, flexão e abdução.
arco. Não se observa rotação interna no quadril direito; a
amplitude dos movimentos de rotação interna do quadril
Alinhamento Resumo Apresentação de Caso esquerdo é de 15 graus. A força dos músculos abdutores
VARIAÇÕES No_ paciente que apresenta a síndrome de deslizamento an- do quadril é de 5/5; a força dos músculos glúteos máximos
Anamnese. Um homem de 46 anos refere dores na região
1. Ante~ersão do fêmur. Quando o paciente força o quadril em tenor d~ cabeça do fêmur, o TCIR da articulação do quadril é de 4-/5 à direita e de 4/5 à esquerda; a força do músculo
anterior do quadril direito, as quais começaram durante uma
rotaçao exte~na, a cabeça do fêmur exerce pressão sobre a se desvrn da trajetória ideal durante a extensão do quadril. iliopsoas é da ordem de 4/5 no lado direito e de 5/5 no lado
pare9e an~e~1or da articulação do quadril. corrida. Atualmente, a dor se manifesta também durante a
Quando s~ obse1:7a o trocanter maior durante o movimento esquerdo.
2. T?rçao da tib1a. A_rotação externa do pé pode contribuir para a rota- marcha. Antes de começarem as dores no quadril, aproxima-
çao externa repetida _do q_uadril durante a marcha ou para a rota - o
de e~tensao, venfica-se um certo grau de deslocamento em Diagnóstico. A postura e os movimentos estão de acordo
damente 4 meses antes da primeira consulta na fisioterapia,
e~e~n~ do membro inferior, no paciente em decúbito dorsal. ça sentido posterolateral, ao lado de rotação externa excessiva. com o diagnóstico da síndrome de deslizamento anterior do
3. Pe nlg1do. Hav:ndo comprometimento da dorsiflexão no tor- O pa~ m_uscular encarregado da extensão do quadril com o paciente costumava correr mais de 100 km por semana,
tanto pela manhã como à tarde. Ele perdeu mais de 45 qui- fêmur, acompanhada por rotação externa.
noze o, a r~t~çao externa do quadril constitui um movimento rota~ao mterna - os músculos semimembranoso e semi-
co~p~nsatorio que permite ao paciente trazer seu peso sobre los, desde que começou seu programa de corridas, mas não Tratamento. Os objetivos principais do tratamento con-
tendmoso - não consegue neu tra11zar · a d ommanc1a
· A •
dos
o pe, urante a fase de apoio bipodáfico na marcha.
conseguiu mais correr durante as 6 semanas que precederam sistem em melhorar a flexão do quadril e a amplitude dos
extensores ~otador~s _externos, ou seja, dos músculos bíceps movimentos de rotação interna, e em diminuir a resistência
DISFUNÇÕES ADQUIRIDAS femoral, gluteo maximo e piriforme. a primeira consulta. Um especialista em ortopedia solicitou
1- Inclinação posterior da pelve um exame de ressonância magnética (RNM) do quadril, ao deslizamento posterior da cabeça do fêmur. O tratamento
2. E~tensão na articulação do quadril
Tratamento exame este que não revelou alterações significativas, não tem ainda a finalidade de melhorar o desempenho dos fle-
3. H1perextensão do joelho
4. Rotação externa do quadril levando a um diagnóstico específico. O paciente é um exe- xores do quadril e dos músculos encarregados da rotação
. . l fin alidade do programa
OBJETIVOS PRINCIPAIS. A prmcipa interna do mesmo, como os músculos glúteo médio anterior
cutivo que passa a maior parte do dia sentado no escritório.
de tratamento consiste em melhorar o deslizamento da cabe- e glúteo mínimo.
Sua única atividade física consiste em correr.
111111
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disf:..unç - d M .
'1' ao os ovzmentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
..-.
-
CAPITULO Q UATRO
quando na posição de quatro apoios, o paciente deve
movunentar-_se para trás, dando destaque à flexão do quadril excessivo, seja em virtude da fraqueza desses m, Testes de Confirmação
aumento da amplitude do movimento. Na fasceíte da banda
enquanto evita a rotação externa do mesmo e fl ~ d , em conseqüência da deposição de sarcoAm usc~I?s seja
coluna lombar. ª exao a d d ~ eros em sene E iliotibial pode-se observar fraqueza do TFL-BIT. O teste muscular manual (TMM) confirmou a fraqueza dos
caso e a uçao excessiva do quadril, todos os . Ih
apresentam fraqueza ou alongamento A d ~ abdutores músculos abdutores do quadril. O paciente apresentava um
E~ d~cúbito dorsal o paciente precisa realizar a flexão de resultado positivo ao teste de Trendelenburg e "marcha do
qua~nl e Joelho, puxando o joelho com as mãos em dire ão com rotação interna é mais freqüente ~o :ex~~º d? 9uadri1 Disfunções dos Movimentos
POSIÇÃO 0RT0STÁTICA. Quando o paciente se apóia sobre glúteo médio" sugerindo fraqueza do m. glúteo médio. O
ao torax e ~ante~do o remur em posição neutra. EstaJdo f~tores que contribuem para o aparecimento des~~;mo. Os
membro afetado, ocorrem ou adução do quadril e rotação quadril apresenta rotação interna, durante a posição ortostá-
com~ quadril~ o ~oelho em flexão, ele coloca o quadril sao a largura da pelve e o hábito de dormir em n&:ºI?e 0
lateral, colocando o quadril em d ~ ~ d_ecubito interna do mesmo, ou flexão lateral do tronco para o lado tica com apoio unipodálico. Os rotadores externos do quadril
aduçao e rotaçao mterna, de modo a alongar os abduto;: Ob a uçao e rotaçao 1 t
e os rotadores . externos do quadril · A o rea11zar
. . da perna de apoio. revelam-se fracos ao exame. Observam-se dor à palpação da
. esse movi- drite~va-se, nesse cas?, alongamento dos abdutores d: ema. banda iliotibial, encurtamento ou fraqueza de TFL-BIT e dor
mento_no sentido 11:verso, o paciente é orientado a limitar a , ' a parede posterior externa da cápsula artic 1 qua- MARCHA. Pode ocorrer "marcha do glúteo médio" se esse
abduçao com rotaçao externa do quadril a a 20 músculo estiver fraco. Em caso de fraqueza mais acentuada, à tentativa de alongar o TFL-BIT. A compressão do nervo
musculos encarregados da rotação externa O desu ar_~ d~s
além da posição neutra. ' penas graus pode o tronco fletir-se para o lado durante a fase de apoio so- isquiático pelo músculo piriforrne alongado manifesta-se por
entre o~ músculos responsáveis pela flexão~ rota :i~1hbno
dores na região glútea inferior e ao longo da face posterior
Em decúbito lateral_, o yaciente abduz o quadril em 25 e os musculos extensores e realizadores da rota ~ mterna bre o membro afetado (marcha antálgica). O homem possui
~aus, mantendo-o em ltge1ra posição de fie ~ ~ aum t · · çao externa ombros mais largos e quadris mais estreitos que a mulher; da coxa; a dor costuma deter-se ao nível do joelho, embora
mterna. xao com rotaçao _e~ a mais amda no paciente que pratica corrida o possa também prolongar-se mais distalmente.
part1c1pa de atividades que envolvem a rot ~ . u que por isso, a marcha antálgica costuma ser menos evidente no
~ 9uando em decúbito ventral, o paciente executa a rota
q dril . . açao mtema do homem. A claudicação do músculo glúteo médio pode faltar
ua , impo~do maior solicitação aos flexores do quadril no paciente que apresenta boa força nos músculos adutores
çaoflmte_:11a do quadril, estando este em extensão e OJ·oelh - aos Erotadores mtemos ' como é o caso d o c1c
. 1ismo
· Resumo
em exao de 90 graus. 0 , do quadril, quadríceps e isquiotibiais, embora os abdutores
Estand~ em posição sentada e com a pelve em alinh
, ssa smdrome aparece também em combina ã do quadril possam ser fracos.
A principal disfunção que encontramos nessa síndrome é
smdrome do piriforme. Freibergs foi o primeiro ç o com a a adução excessiva do quadril, decorrente do desempenho
menta vertical, o pacien_te deve usar as mãos para levant:; crevde~lessa smdrome; ele atribuiu a síndrome deª~~~rç~ieds- insatisfatório dos músculos encarregados da abdução do
~ coxa e ~o locarº. quadril no maior grau possível de flexão qua ri ao encurtament d ' l 0
quadril. Os músculos rotadores externos intrínsecos do
a atrib . . o o museu o, ao passo que Kendan 11
~ segm_d~, ele tJra as mãos da coxa e usa a contra ão d . . ·ti um ao comprimento excessivo do músculo. O músc 1
Postura quadril e o m. GMP apresentam encurtamento ou fraqueza,
:usculo ih?psoas para manter a flexão do quadril ie .º pm. orme deve estar alongado, sempre ue o alinha uo As alterações anatômicas encontradas nos pacientes que apre- no paciente que apresenta simultaneamente rotação interna
a e C_?nsegmr man_ter a flexão, aplica resistência, c~Iocin~~ paciente na posição ortostática for em\dução co:reontto ~o sentam a síndrome de adução do quadril compreendem a pelve do quadril. A atividade de todos os abdutores do quadril
qu:~tª coxa e impondo força em direção à extensão do mterna do quadr"I b· açao larga e o joelho valgo. As alterações posturais adquiridas incluem: revela-se insuficiente no paciente que apresenta adução
I , com mada com a inclinação anterior da
Pel ve. N esse caso pode ' · 1) a diferença aparente em relação ao comprimento dos membros
devid , ~ ra o paciente apresentar ciatalgia inferiores, a qual deve-se à postura em adução do quadril afetado,
excessiva do quadril. Os sintomas iniciais dessa síndrome
I" 7mdposição ort~stática, ele se inclina anteriormente consistem principalmente em dor na região do músculo;
im1 an o esse movimento à flexão de uadr"I . , síndro:i: ~~:re~sa~ do ner~o pelo músculo piriforme. A manifestando-se por uma diferença superior a meia polegada (1,25
cm), na altura das duas cristas ilíacas; 2) a rotação interna do quadril glúteo médio distendido e, em rotação interna do quadril
voltando à posição ortostática mediante ~ontr;çã:J~~lhode
musculatura glútea. iva a acompanhada t~:~é~ d~ª;!1;~~í~~~~~t~:::~:~ªrir~~e ser e 3) a pronação do pé. e ligeira queda pélvica durante a marcha. A marcha do
? paciente~é aconselhado a não permitir que seus pés
:e~:~~:~otaçao externa de mais que alguns graus durante
Sintomas e Manifestações Dolorosas
músculo glúteo médio torna-se evidente nos estágios mais
avançados dessa síndrome; outras vezes, observa-se marcha
Es~a sín<l;o_me manifesta-se por dor na região do músculo Disfunções por Rigidez e Flexibilidade antálgica. O paciente relata dor na região posterior da coxa
gluteo med10, superior e lateral ao trocanter maior sempre A flexibilidade dos abdutores com rotação externa do quadril quando o nervo isquiático é comprimido pelo músculo pi-
~orreção dos Hábitos Posturais. Aconselh
que os abdutores do quadril forem distendidos D é maior que aquela dos abdutores com rotação interna. No riforme. Essa situação é acompanhada geralmente por dor
poapc!entbe a não ficar sentado de pernas cruzadas col~:::d~
e so re a coxa oposta. '
Resultad?· O paciente foi examinado cinco vezes du-
º~tt;;;
fund_~ no q~adril, bursite trocantérica e ciatalgia .são
mam es!açoes freqüentes. A fasceíte da banda iliotibial
lado afetado, os abdutores do quadril são mais flexíveis que
os abdutores do quadril contralateral.
à palpação do músculo piriforme.

:~:~aº:i=~~:~i::ie~~:in~t~!~~~~.:e:~~e:a:C:~~
começo da sexta semana, ele estava correndo 40 m. .t
c~acte~za~se p~r dor ao longo da face externa da coxa sob
a o~ma e olonmento ou sensação em queimação AI,
pacientes referem dormência em lugar da d b . guns
Disfunções Musculares e Padrão de
Recrutamento
Tratamento
OBJETIVOS PruNCIPAIS. O principal objetivo do programa
terapêutico consiste em melhorar o desempenho da muscula-
6 vezes por mu os, ·b ·1 ·d or em ora a sen Os adutores do quadril exercem ação predominante sobre os
Tod . semana, sem apresentar quaisquer sintomas s1 I 1 ade não esteja comprometida A d f:, - tura encarregada da abdução e da rotação externa no quadril,
d . · orna ace externa da músculos abdutores. O músculo sartório pode participar da
os ?s smt__?mas desapareceram e o paciente não a re~ co~a es~erta mmtas vezes o paciente durante a noite ou de reduzindo a distensão, aumentando a força ou alterando o
~ent\ d1~fu~çoes, exceção feita à restrição do movim!nto abdução do quadril quando esta é realizada em decúbito late-
p;a;::tº
em
mt~rna do quadril. O paciente é aconselhado a
?m?v1me~to para trás em posição de quatro a oios
::i:u~a ª; A dor c~stuma ser mais intensa de manhã: ela
~1 apos as caminhadas, mas volta com a f: d.
A mflama ~ ª iga.
ral. Quando em decúbito lateral, o paciente consegue sentir a
contração desse músculo, no terço inferior da face interna da
comprimento desses músculos. Os exercícios devem obe-
decer uma progressão sistemática, visto que os músculos
abdutores são freqüentemente longos e fracos.
f:' . d , çao e o encurtamento da fáscia podem afetar a coxa, ao tentar colocar o quadril em abdução. Caso haja óbvio
segmda ~s c~mdas e a limitar a freqüência das co~d
ª uma no primeiro dia ·d . as v:s~: 1o ~uscu,lo fibular, provocando a compressão do ner- componente de rotação interna no alinhamento e padrão de PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS

territó~~rá~~:~t~~a~e~a ~a fibula e provocando sintomas no


repetindo essa seqüências:~~~:g~ºJa~~:a:~.dia seguinte, marcha, o TFL deve ser recrutado com o abdutor dominante . Marcha. Se os músculos abdutores do quadril forem sufi-
.fi mçao esse nervo. O examinador precisa OTFL-BIT é capaz de participar: 1) da estabilização do joelho cientemente fracos, a ponto de provocar a marcha antálgica,
ven car se a dor. tem origem medular, v1·sto que os smtomas
. na posição de extensão (sobretudo se houver hiperextensão o paciente será aconselhado a fazer uso de urna bengala, com
Síndrome de Adução do Quadril 1embrama rad1culopatia de L4 5 A , d . , . o objetivo de diminuir a solicitação imposta aos músculos
com u ' · sm rome pode ter 1mc10 do joelho) e 2) da abdução e flexão do quadril.
A síndrome de adução do quadril pod . m P:oblema de medula, mas a inflamação da BIT é O teste do comprimento e da força dos músculos revela que abdutores, e a limitar a duração das caminhadas.
não d t ~ · e vir acompanhada ou Decúbito ventral. Os primeiros exercícios devem ser
~ ro açao mterna excessiva. A única d. fi uma afecçao s~para~a que também exige tratamento. essa síndrome é acompanhada de alongamento do músculo
os dois casos é a presen d ~ . I erença entre l As _altderaçoes pnnctpais consistem na sensibilidade à GMP e/ou de fraqueza desse músculo. O músculo TFL é praticados em decúbito ventral, de maneira que o paciente
combinada com a ad ~ ça e r?taçao mterna excessiva, não seja obrigado a levantar o peso do membro. Ele deve
:~fs ~:~::t:~s uçao excessiva no quadril D·1 t.
a adução do quadril com rota~ão :t~:i:~
pa paçao a BIT e na presença de nódulos A d
r~lm:nte ser repr_oduzida pelo alongament~ da
a uçao d? qua~ril em decúbito lateral. Às vezes é osJ~e~
d
;fi~ue gf-
curto. Tanto o GMP como o TFL podem revelar-se fracos se
forem distendidos pelo uso excessivo. Os adutores do quadril
podem estar encurtados; os músculos glúteo máximo e os
realizar a abdução do quadril nessa posição, já que os mús-
culos extensores-abdutores do quadril são ativados mais
Na adução com rotação interna do quadril, o músculo GMP
e os rotadores externos apresentam-se com .
~~tq~~~z~~
n e 1 0 com rotaçao externa m
f
~s tdntomas, prati:ando o exercício de bdução
· ~
rotadores externos apresentam fraqueza. Também o músculo
quadríceps pode estar enfraquecido, principalmente em
rapidamente que os músculos encarregados da flexão com
abdução. Outro exercício consiste na contração isométrica
comprimento desse exercício devem levar à diminu1·ç~' das ~s repet1çoes
ao os smtomas e ao combinação com a fasceíte da BIT. bilateral dos músculos glúteos máximos. O paciente pode
1 Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
~~---------------------------------------------
~
CAPITuLO QUATRO

também colocar os quadris em ligeira abdução com rota- um esforço consciente de contração da musculatura glútea Decúbito lateral. Quando em decúbito lateral, a paciente a paciente deverá abduzir o quadril, mantendo o quadril e
ção externa e os joelhos em flexão, de modo que as faces ao colocar-se de pé. abduz o quadril direito em flexão e rotação interna .. D~a~te o joelho parcialmente fletidos (grau I), com o objetivo de
internas dos dois pés estejam em contato. Nessa posição, o
Posição unipodálica. Ao praticar essa posição, deve- a adução para voltar à posição inicial, seu quadril d1relto melhorar o desempenho do músculo GMP.
paciente executa a rotação externa isométrica dos quadris,
rá o paciente esforçar-se deliberadamente em contrair a apresenta rotação interna, mas não acontece o mesmo com Quando em decúbito ventral, a paciente realiza a abdu-
encostando os pés um contra o outro.
musculatura glútea, a fim de prevenir a rotação interna e a o quadril esquerdo. . . _ ção do quadril, enquanto este é mantido em ligeira rotação
Decúbito lateral. O paciente executa o exercício de adução do quadril. Decúbito ventral. Quando a paciente realiza a extensao externa. Ao estender o quadril nessa posição, a paciente se
abdução/rotação externa do quadril quando em decúbito
Marcha. O paciente precisa fazer uso da bengala durante do quadril direito em decúbito ve~tral,_veri:fic~mos que os esforça em contrair o músculo glúteo máximo e em colo-
lateral. O grau de dificuldade desse exercício deve basear-se
a marcha, com o objetivo de promover o descanso da BIT. músculos isquiotibiais do membro mfenor direito se contra- car o quadril em rotação externa. Ela é instruída a fletir o
no teste realizado pelo :fisioterapeuta. Este precisa certificar-
Os músculos glúteos devem ser contraídos durante a fase de em e que o quadril entra em extensão, antes de se verifica- joelho e, mantendo-o em flexão de 90 graus, a colocar o
se de que o paciente não apresenta anteversão do fêmur, de
choque de calcanhar; o paciente deve relaxar esses músculos rem mudanças óbvias nos contornos da musculatura glútea. quadril em rotação externa, com o objetivo de promover o
modo que a execução desse exercício não exigia a rotação ao encerrar a fase de apoio. Os contornos dos músculos isquiotibiais e glúteo máximo à alongamento do músculo TFL. Ela também realiza a rotação
externa exagerada do quadril.
esquerda modificam-se simultaneamente quando a paciente externa isométrica do quadril, encostando os pés um contra
CORREÇÃO DOS HABTTOS POSTURAIS E DOS PADRÕES DE Apresentação de Caso 1 estende o quadril esquerdo em decúbito ventral. o outro, com os joelhos fletidos e os quadris em abdução e
MovrMENTOS. Quando em pé, o paciente deve ter o cuidado
Posição de quatro apoios. Quando a paciente se move rotação externa.
de distribuir seu peso por igual sobre os dois pés, evitando a Anamnese. Uma mulher de 34 anos de idade começou a
posteriormente em posição de quatro apoios, vemos_ qu~ s~a Quando em posição ortostática, a paciente procura
adução do quadril do lado afetado. Ele deve evitar também apresentar dores na região lateral do glúteo direito, no local
pelve cai para o lado direito, indicando que o quadnl direito melhorar o desempenho dos rotadores externos do quadril,
cruzar as pernas quando sentado; a duração da posição sen- de inserção do músculo GMP. Ela é assistente social e passa
flexiona mais facilmente que o esquerdo. Isso deve-se ao fato apoiando-se sobre o pé direito e contraindo a musculatura
tada precisa ser limitada. Ele deve levantar-se pelo menos a a maior parte do dia sentada, aconselhando seus clientes.
de os rotadores externos do quadril direito serem fracos e me- glútea do lado direito, a fim de impedfr a rotação interna
cada 30 minutos e contrair a musculatura glútea. Ao passar Aproximadamente 6 meses antes de começar a apresentar
da posição sentada para a posição ortostática ou vice-versa, o dores, a paciente havia começado um programa de cami- nos tensos que os rotadores externos do quadril esquerdo. do quadril. ..
Posição sentada. O quadril direito apresenta rotação Correção dos Hábitos Posturais. As atividades dessa
paciente deve evitar que os joelhos entrem em contato entre nhadas intensivas, de 45 minutos por dia. Cerca de 1 mês
interna quando a paciente estende o joelho direito em po- paciente contribuem de maneira apreciável para seus proble-
si; isso diminuiria a solicitação dos músculos abdutores do antes de começarem as dores, ela iniciou um programa de
sição sentada. mas. Seus hábitos consistem em sentar-se cruzando a perna
quadril, favorecendo o uso dos rotadores internos. Quando treinamento com pesos. Seu peso está ligeiramente acima
Passagem da posição sentada para a posição ortostática. direita sobre a coxa esquerda; dormir sobre o lado esquerdo,
em decúbito lateral, o paciente é aconselhado a colocar um do normal; ela apresenta tórax estreito e quadris largos e
Quando a paciente se levanta a partir da posição sentada, mantendo o quadril direito em flexão, adução e rotação
travesseiro entre os joelhos e a evitar a flexão, a adução ou sua estatura é de 1,60 m. Ela vem realizando aulas de dança
a rotação interna do membro inferior afetado. seus quadris entram em adução e rotação interna, aproxi- interna; manter o quadril aduzido na posição ortostá!ica; e
há muitos anos, tendo começando aos 6 anos de idade e
realizar treinos com pesos que exigem a extensão do Joelho
O tratamento da fasceíte iliotibial exige que o paciente continuado com essas aulas até o curso colegial. Costuma mando os joelhos entre si.
Fatores Coadjuvantes Ligados aos Hábitos Posturais. durante a qual ela roda internamente o quadril e a abdução
restrinja a solicitação do TFL-BIT, aumentando, em vez apoiar-se sobre a perna direita quando em pé, colocando o
A paciente costuma sentar-se cruzando a cox_a direita por do quadril em flexão. A paciente é aconselhada a deixar de
disso, o uso dos músculos singergistas, como os múscu- quadril direito em adução e rotação interna.
cima da coxa esquerda. Dorme geralmente deitada sobre o cruzar as pernas e a usar uma banqueta para os pés. Ela é
los glúteo médio, iliopsoas e reto femoral. Um programa Sintomas. A paciente classifica sua dor como de 5 a 6
lado esquerdo e com o quadril direito em flexão, adu~ão e aconselhada ainda a: 1) colocar o membro inferior direito
progressivo de exercícios ativos toma-se necessário para na escala de 1O, depois de andar três quadras. Depois de
rotação interna. Durante as caminhadas forçadas, a paciente sobre uma almofada, sempre que dormir em decúbito lateral;
melhorar o desempenho dos músculos GMP e quadríceps, ficar sentada durante 1 hora, a dor diminui. Ela não conse-
intensifica os movimentos laterais da pelve, provocando 2) a distribuir seu peso equitativamente sobre os do~s pés,
assim como do TFL-BIT. As aplicações de gelo e as ban- gue dormir deitada sobre o lado direito e sente desconforto
a adução do quadril com rotação interna, à semelhança quando na posição ortostática; 3) a aba:1-donar s~u ~ipo de
dagens acompanhando a fáscia são medidas úteis, capazes quando deitada sobre o lado esquerdo.
de aliviar os sintomas. do que se observa em praticantes d~ mar_cha atlética. S~u marcha em corrida, que favorece a aduçao e rotaçao mterna
Análise Postural no quadril, contraindo, em vez disso, a musculatura glútea
Decúbito dorsal. Se o músculo TFL for fraco ou alon- Posição ortostática. Quando assume a posição ortos- programa de treinamento com pesos mclm tanto a extensa?
do joelho contra a resistência como a abdução do quadril direita, durante a fase de apoio bipodálico da marcha, e a
gad~, o paciente deverá: l) praticar a abdução do quadril, tática, a paciente apresenta ligeira inclinação posterior,
em posição sentada. manter os joelhos rigorosamente direcionados para frente;
deslizando o membro inferior com o quadril em discreta inclusive na coluna torácica. Sua crista ilíaca direita en-
Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. 4) a manter os joelhos afastados quando passar da posição
rotação interna e 2) praticar exercícios de flexão ativa do contra-se meia polegada (1,25 cm) acima do nível da crista
joelho e quadril. O exame do comprimento dos flexores dos quadris revela sentada para a posição ortostática e vice-versa e 5) aban-
ilíaca esquerda. Depois de ter ficado alguns minutos em pé, donar os exercícios de abdução do quadril e extensão do
Decúbito lateral. Quando em decúbito lateral, o paciente encurtamento do músculo TFL direito, ao lado de rotação
a paciente desloca seu peso para o membro inferior direito joelho contra a resistência.
deve realizar exercícios de abdução do quadril, cujo grau interna do quadril durante o teste. A força dos músculos
e coloca o quadril em adução. Resultado. A paciente cumpriu corretamente seu pro-
de dificuldade deve estar de acordo com o grau de fraqueza abdominais é de 3/5; o músculo GMP possui força da or-
Decúbito lateral. Na posição de repouso em decúbito dem de 3+/5; a fraqueza desse músculo revela-se ao longo grama de exercícios e corrigiu seus hábitos posturais dentro
muscular.
lateral, o quadril direito da paciente assume a posição de de toda a amplitude e seus movimentos são acompanhados de 1 semana. A dor diminuiu para 2 a 3 (em uma escala de
Decúbito ventral. Durante o decúbito ventral, o paciente acentuada adução com rotação interna.
executa a flexão do joelho, impedindo ao mesmo tempo a por dor. A força do músculo GMP esquerdo é de gr~u 4/5; 1O) durante as caminhadas de 1,6 km de distância; ela não
Análise dos Movimentos à palpação, o músculo GMP direito revela-se dolondo. A relata dores em repouso, dentro de 4 semanas e após 4 con-
rotação ou a inclinação da pelve, a fim de alongar os mús- Posição ortostática. Quando apoiada apenas sobre a força dos músculos glúteos máximo direito e esquerdo é de sultas ela se diz estar livre de dor; a força do seu músculo
culos reto femoral e/ou TFL-BIT. O exercício de rotação perna direita, o quadril da paciente apresenta-se em rotação
externa do quadril também serve para alongar a BIT e para 4-/5, e 4+/5 respectivamente. A força dos ~úsculos iliops~as GMP ~umentou para 4+/5. Ela consegue ficar apoiada sob~e
interna e o tronco se flete para a direita. Durante o apoio direito e esquerdo é de 4/5, e 4+/5 respectivamente; os mus- uma perna só, sem apresentar rotação interna no quadnl;
melhorar o controle exercido pelos músculos encarregados exclusivo sobre a perna esquerda, observa-se discreta ro-
da rotação externa. culos que realizam a rotação externa dos quadri~ direito e ela também é capaz de passar da posição sentada para a
tação interna do quadril, porém, sem queda do mesmo e esquerdo possuem força de grau 4-/5, e 5/5 respectivamente; posição ortostática sem sentir dores e ma~tendo os joelhos
Posição sentada. Quando sentado, o paciente pratica a sem flexão lateral do tronco. Quando a paciente se inclina e a força dos rotadores internos é de grau 5/5. direcionados para frente. Consegue caminhar quase 5 km
extensão do joelho, prevenindo a flexão e rotação interna anteriormente em posição ortostática, seus quadris se fletem Diagnóstico. O alinhamento e os testes de movimentos sem apresentar sintomas.
do quadril. A cadeira precisa possuir um encosto para que sem dificuldade até 85 graus. dessa paciente estão de perfeito acordo com o diagnóstico
o paciente não seja obrigado a usar os flexores do quadril Decúbito dorsal. Em decúbito dorsal, o quadril da pa-
para manter a posição sentada. de adução e rotação interna do quadril e de comprimento Apresentação de Caso 2
ciente costuma apresentar-se em adução e rotação interna excessivo do músculo GMP.
Transição da posição sentada para a posição ortostática. durante a flexão ativa de quadril e joelho. O teste de elevação Anamnese. Uma enfermeira de 28 anos de idade que
Tratamento. O primeiro objetivo do programa de
O paciente precisa praticar a passagem da posição sentada trabalha no centro cirúrgico, é encaminhada para fisiotera-
da perna estendida é realizada pelo membro inferior direito exercícios corretivos consiste em evitar o alongamento do
para a posição ortostática, evitando a adução simultânea pia. Aproximadamente 5 meses atrás, a pacient~ c~íra sobre
em rotação interna; no membro inferior esquerdo, esse teste músculo GMP, em melhorar seu desempenho e em diminuir
do quadril e a rotação interna do mesmo. Ele deve realizar é realizado em rotação neutra. a região glútea, principalmente sobre o lado direito.
a dominância do músculo TFL. Estando em decúbito lateral,
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disr, - d ~,,. .
'Junçao os 1v1.ovzmentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
C AP!Tt.:LO Q UATRO
d Si~tomas e manifestações dolorosas. A paciente relata
ores urante a marcha, além de acentuada dor à 1 ~ apresentar sintomas quando o fêmur e' d
•- segura o pela ~
da re~ião póstero-lateral da nádega. Uma semana deª ;~~
ter caido, começou a sentir dores ao longo da 1c.ace pt .
~f em posi~ao neutra, evitando-se, assim, sua rota ~ b m~o
ou aduç~o. Ela não relata sintomas quando est;ªº• a ?uçao
Assim que é capaz de ficar sentada simetricamente, dis-
tribuindo seu peso equitativamente sobre os dois quadris, a
próprio carro para se dedicar à atividade voluntária de um
asilo, mas a dor vem se tomando cada vez mais intensa· ela
da Ad . ~ • pos enor o quadnl estabilizado Todavi·a ~ em pe com paciente coloca o joelho em extensão, deslizando o pé sobre já não consegue andar qualquer distância a pé. A paci~nte
coxa. or torna a pos1çao sentada cada vez mais dificil . . · , nao consegue col o assoalho, com o cuidado de não fletir ou levantar a coxa. comenta, também, que vem modificando as barras de suas
Atualmente, ela se sente melhor quando deitada em d , b. . mem b ro mfenor em extensão por causa d 0 ocar o
dos flexores do quadril. ' encurtamento A paciente passa da posição sentada para a posição saias durante este último ano, visto que elas estavam se
lateral esquerdo e com o membro inferior d. . e_cu ito tomando desiguais e tortas. Dois cirurgiões ortopedistas
ortostática, usando as mãos ao mínimo e contraindo os
~exão e adução. A dor que ela vinha sentin~~~~ ~:ts~:;~~ Resumo. Não há dúvida que a ciatal ia da . de sua cidade diagnosticaram seu caso como de estenose
desencadeada pela adução do uadril co; pa~iente é músculos glúteos e quadríceps. Ela deve andar com auxílio
nor da coxa propagou-se agora até o tornozelo O p do canal vertebral e aconselharam a cirurgia. Sua família,
de muletas, com apoio do tipo três pontos.
nutear m~gnéti~a) não revelaram lesões tra~::i:::~a
de TC (tomografia computadorizada) e RNM . s ex~m~s

co 1:111!· A mtens1dade crescente da dor torna a mar h a


esse _q~adro está de acordo co~ o diagnóst:c°;J:º,mterna;
do pmforme. Os sintomas começam abaixo da smdro~e
tea. e aco~panham o trajeto do nervo isq uiático~~:!~ u1 - f
Resultado. A paciente volta 2 semanas depois da pri-
meira consulta, informando que a dor diminuiu, oscilando
entre 5 e 8. Sua postura e sua marcha melhoraram conside-
que mora em St. Louis, está procurando ouvir a opinião de
outros médicos locais. Os exames radiológicos revelam que
a estenose do canal vertebral afeta apenas a região esquerda
pos1çao sentada cada vez mais dificeis· a . e aea m~is em iavor da compressão do nerv ~ ' ,a a
da coluna, poupando a região direita.
maior parte do tempo deitada sobre o lado e~~~~:~: i~~sl~ ª
ongem medular dos sintomas o e nao de poss1vel ravelmente. Ela ainda está usando as muletas e não é capaz

1oca Iizados que, nesse caso est · de apoiar todo o seu peso sobre o membro inferior direito. Sintomas. A paciente relata dores ao longo da região
presento o uso de codeína Ela classific d · - e ·~ d a na'dega Os ' , anam
mais acima, na r egiao
Já é capaz de colocar o pé no chão e de alinhar o membro lateral da coxa direita, com propagação para a região lateral
1Oem ~1?ª escala onde o ~áximo é 1O. a sua or entre 8 e abdutores e rotadores externos do quadril .~ :11usculos
também da perna. A dor se intensifica na posição ortostática
q u e e la consegue evitar
. sao tao frac
essa posição O fato de . os
inferior, mas sua pelve ainda se inclina anteriormente. A
mar~ahse P?Stural. E1;1 posição ortostática e durante a paciente consegue manter-se em posição sentada durante e durante a marcha, diminuindo na posição sentada e em de-
a, a paciente mantemo pé direito fl ~ manter o quadril na posição er d 1 . a paciente
dos flexores d . ra a evou ao encurtamento 15 a 20 minutos de cada vez. Em decúbito dorsal, é capaz cúbito dorsal. Ela se sente mais confortável com o membro
seu peso incidindo sobre os dedos OJ'oeelhm exao plantar e inferior direito em rotação interna e com flexão de quadril
fie ~ dr' · 0 encontra-se em músculo TFL rº qluadnl e d~s músculos isquiotibiais. O de colocar o membro direito em extensão, 20 graus abaixo
xao e o qua Il em adução e rota ã . . . . eve a-se especialment d . e joelho. A palpação revela dor em toda a região lateral da
determinar a altura do quad ·1 . ç o mtema. _Fica dificll ele ~ontrola a abdução durante a ma:c~ncurta o, v1_sto que da extensão completa, dispensando o lençol sob a coxa para
capaz de ficar com os d . ~i , visto que a paciente não é controlar o membro. A própria paciente voltou a aplicar a coxa. O exame radiológico revela discopatia cervical com
aqm ~m posição de acentuado encurtame~t~ 1:~que e us~~o sinais de compressão medular.
. ~ ois pes em contato com o solo bandagem na coxa.
antenor do quadril deve-se ao al . orna regiao
~:i~:::/:press~o dedque ~ua ~~sta ilíaca direita se enc~:: encurtados do quadril. ongamento dos flexores Ainda relata ciatalgia durante os movimentos de adução Análise Postural. Trata-se de uma paciente muito esguia
, . em acima a cnsta 1liaca esquerda e rotação interna do quadril. que apresenta hiperlordose cervical e hipercifose torácica.
Ana 1ise dos movimentos . Di_agnóstico. O diagnóstico desse caso é ad ~ Ela apresenta ligeira retroversão pélvica quando em posi-
O programa da paciente é estendido para o decúbito ventral;

:ii:f~ftome de alongame~to d~•:~~:i ;:~~::ec:~


f!osição ortostática. Por ocasião do prim . quadnl com rotação interna O d. , . uçao do
ela tolera essa posição quando coloca um travesseiro sob o ção ortostática, assim como inclinação posterior do tórax.
paciente mal con e1ro exame, a
dade da dor ao 1i~g~edandar'._em cons~qüência da intensi- abdome. Nessa posição, a paciente flete o joelho e executa a O nível da crista ilíaca direita situa-se cerca de 1 polegada
direitas El ~ g ~ regiao P?Stenor da coxa e perna · t · . rotação externa do quadril, com o joelho em flexão. A finali- (2,5 cm) acima do nível da crista esquerda. Ela mantém
. a nao usa apo10s manuais e limita suas caminha- km Tratamento
d r . . A pac1en e vive a uma distância de 320 dade desse exercício consiste em alongar o BIT. Ela também o quadril direito em adução e rotação interna, deixando
d as a menos de 30 metros de d" tA . o joelho alinhado em valgismo. A musculatura glútea é
, . 1s ancia. pelo ;a~~:1cq:/seendo ttrraz~da ao serviço de fisioterapia realiza a abdução do quadril, deslizando o membro inferior
Decub1to .dorsal
. . A p ac1en
· t e sente-se mais. confort, l mos a mteressado em · d, l pouco definida.
em sentido lateral. Nessa posição, os músculos extensores
com o quadnl e Joelho em flexão de 45 r . ave pr~gr_ama terapêutico. Para ajudar a mante;~ :~=d~~ : : abdutores desenvolvem maior atividade que os :flexores ab- Análise dos Movimentos. Os testes abaixo são realizadas
~ aus e apoiados
~i~=~~~ ~::~t~o~r::dl~~~s ~ quadril com uma bandagem
por travesseiros Ela tambe'm e com a paciente 1) em posição ortostática; 2) em decúbito
· re1ere sentlf dor ao · dutores. Um dos principais objetivos do programa terapêutico
:~:; ~uc~:;:~:~~~; ~;:Jr!~-~ã~u~~rfiºss~~:r.;:~ o trajeto do músculo glúteo d1~g~nal com a coxa, seguindo
face anterior da coxa A ban maximo ~ es~endendo-se até à
consiste em melhorar o desempenho dos extensores abdutores
do quadril. Quando em decúbito lateral, com o membro in-
dorsal; 3) em decúbito ventral; 4) sentada; 5) passando da
posição sentada para a posição ortostática e 6) durante a
ad D_ecub1to la!er~l. A ciatalgia aumenta com o quadril em
uçao e rotaçao mtema. Podemos observar ~
em decúbito lateral d d dagem fo1 aplicada na paciente ferior direito apoiado por um travesseiro, a paciente realiza marcha.
Posição ortostática. A paciente relata dor ao longo da
rotação externa. , e mo o a manter o fêmur em discreta a abdução do quadril, estando este em flexão de 1O graus e
troc~nter maior em sentido medial sem a rotaça_o do o joelho em flexão de 30 graus. Esse movimento é acompa- face externa da coxa quando sustenta o peso do corpo com
realiza a extensão ativa do joelho em d P:~ _quel a paciente Estando na posição em h . o membro inferior direito. Seus sintomas não se alteram
lençol com ~ ?anc o, a paciente segura um nhado de discreta rotação externa no quadril.
movimento é acom nh
consegue estender o~~e1:t~/:::.r . e~u ito ateral; esse
ciatalgia. ~ntretanto, ela
que se estabilize manualmente o :;:sentar smtodmas, desde
len
J
as i_naos por baixo da coxa direita usando o
·oelhçool ppara reall1zar, a fle~ão passiva assistida d~ quadril e
ara vo tar a p ~ · · ·
A paciente volta a nos consultar depois de outras 3 se-
manas, dizendo não sentir dor exceto ao caminhar mais de
durante a flexão anterior quando esta consiste em flexão
apenas do quadril. Quando apoiada sobre a perna direita, o
ter m · · . ur, seguran o o trocan- braços. ao os1çao irucial, a paciente estende os 400 metros, ou quando permanece em pé ou sentada durante tronco da paciente apresenta flexão lateral para a direita e o
ai?r para 1mped1r a rotação interna do quadril memb, . ~e~mo tempo ~~e continua suportando o peso do longos períodos, sem mudar de posição. Ela parou de fixar o quadril direito entra em adução e rotação interna. A posição
Pos1çao sentada. A paciente sent d . . quadril com bandagem na última consulta e também já não ortostática com apoio sobre a perna esquerda é acompanha-
posição sentada, princi almente e or ao a3s~m1~ a direitar~o~:ee:~~;~~:u~~i~~~a l~?aºml,aatet' ,abaixar~ perna
abd · · , · nem os musculos está tomando medicamentos. É capaz de executar todas as da por ligeira adução do quadril esquerdo.
sobre a região glútea di~eita. quando a pressao mc1de ~ omma~s contraidos, coloca o membro . fc . Decúbito dorsal. Quando em decúbito dorsal, a pacien-
sao mas mte . m enor em exten- atividades que exigem mobilidade básica sem sentir dor. Seu
Análise do Comp · t , rrompe o movimento de extensão assim
~~=r:~:i~ d~s sintom':':: ;e:~;~':j~e~':: :i:;:f:~
. en os constituem contra-indica ~
sente qualquer desconforto Ela tamb ,
d d ·1 · em executa a abdução
e~q~::t~ c~~~;~~:e:~::~~::~:r!ª pbo,sição de flex,ã?,
que
músculo GMP direito ainda apresenta fraqueza (4-/5), mas
todos os seus músculos são de comprimento normal.
Dentro de 2 semanas, ela pretende voltar a trabalhar
te sente dores ao longo da face externa da coxa direita,
acompanhadas por um discreto movimento de adução com
rotação externa do quadril, a partir da flexão do mesmo.
padroruzados. Os resultado b . b . çao aos exames A cada repetição desse movimento, a dor diminui e a mo-
difi~~:ú~~~l~~r~t:i~:ii:s1: d::;:o:~\:~:~:
se extremamente encurtad~~to em?ral e ihopsoas revelam-
de um lençol sob a e
, .
Em decubito lateral e com um trave .
a paciente coloca o quadn"l di·r ·t
, m em com auxilio
oxa que e1a segura com as mãos

sse1ro_entre os Joelhos,
durante meio período.

Apresentação de Caso 3
bilidade articular aumenta. A paciente não relata dores na
coxa esquerda quando executa esse mesmo movimento de
· , ei o em rotaçao ext El ' abdução do quadril com rotação externa com o membro
anterior do quadn"l q d . A paciente relata dor na região mstrmda a progredir até a abd ~ . ema. a e
uan o esses mús I ~ · a tolerância· a dor fi uçao do quadnl, de acordo com Anamnese. Uma mulher de 82 anos é encaminhada ao inferior esquerdo. A amplitude dos movimentos de abdução
~ se_ alongar durante a extensão do cu o~ sao ob:1gados
isqmotibiais também estão encurtad
extensão total do joelho)· a fi
qtfil.Os mu~culos
d os - graus abaixo da
limitam ess;
em 45
. e a raqueza muscular são os fatores que
;ov1mento. Estando a paciente com o quadril
fisioterapeuta para exames e tratamento. A paciente reside
em outro estado, tendo sido internada para esclarecer a
com rotação externa do quadril é três vezes maior no lado
esquerdo, em comparação com o direito. A paciente é capaz
é de 3/5 A . , orça os abdutores do quadril fêmur a~r:~iel ~ofltxão, seu m~rid? a ajuda a estabilizar o origem da dor na região lateral de sua coxa direita. No de ficar deitada em decúbito dorsal sem apresentar sintomas,
· paciente consegue pa d d , . a rotação interna ;ocanter_ ma10r, impedindo, dessa forma, decorrer do último ano, a paciente vem sofrendo de dores desde que coloque um travesseiro sob a coluna torácica (por
para a posição sentada e p ssar o ecub1~0 lateral
ermanecer nessa posição sem joelho em extensão~ quadril, enquanto a paciente coloca o cada vez mais intensas ao longo de seu membro inferior causa da hipercifose) e outro sob o joelho direito, a fim de
direito. Ela vinha levando vida bastante ativa, dirigindo o manter o quadril direito em flexão e rotação interna.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
. - de M ovzmen
Síndromes de Dzsfunçao · tos dos Quadris
CAPÍTUI O Q UATRO
Decúbito ventral. A flexão do joelho direito provoca
inclinação anterior da pelve, além de rotação em sentido extensão do joelho em posição sentada e a evidente fraqueza casa Seus sintomas melhoraram progressi- músculos gêmeos, obturadores, piriforme e quadrado femo-
horário e abdução do quadril. A flexão do joelho esquerdo dos abdutores do quadril e dos extensores do joelho são de voltar para . . .
t durante as pnmeiras
3 semanas , à medida que
.
as ral para colocar o quadril em rotação externa (ver Cap. 2).
causa ligeira inclinação anterior da pelve; a fim de evitar dados compatíveis com a sobrecarga funcional do TFL-BIT. vamen e ~ lares e dos movimentos regrediram.
d· funçoes museu -
qualquer extensão cervical, são colocados travesseiros sob O músculo TFL pode ter sofrido distensão porque propor- suas . is d 2 semanas, a paciente é capaz de rea1izar
o peito e abdome da paciente. ciona grande parte do suporte para a abdução do quadril Depois ~e passa :scoluna e em posição sentada, sem apre-
Sintomas e Manifestações Dolorosas . ~

Posição sentada. Quando sentada sem apoio, a paciente além de participar da fixação do joelho durante a extensã~ As ueixas podem ser as seguintes: dor no lo~al d~, i~serçao
os exer~1~~:!:em movimentos compensatórios. Consegue
sente pequenas dores ao longo da face externa da coxa di- do mesmo. Dirigir um carro exige a flexão do quadril com
~~:e:~ecúbito dorsal com ambos os quadris e !~~~i:~e: dosqmúsculos isquiotibiais, na tuberos~d~d~ i_sqmatlca; dor
reita. Essa dor diminui quando ela encosta a coluna. A ex-
tensão do joelho direito é acompanhada por rotação interna
rotação interna e a extensão do joelho, de modo que pode ter
contribuído para a distensão do TFL-BIT da paciente.
~ d de ue se coloque um travesseiro p ~
extensao, , e_s 1a cabeça Ainda apresenta discreta rotaçao :~ :~;õc
1 do ventre dos músculos isqmotibia1s e dor quan-
resistência à contração_do músculo :ur•;teda
~ do quadril ou a flexão do Joelho, ou am as. o e
no quadril, não acontecendo o mesmo durante a extensão
do joelho esquerdo.
Transição da posição sentada para a posição ortostática.
Diagnóstico. O diagnóstico desse caso é de síndrome
de adução do quadril com rotação interna, acompanhada
por fasceíte da BIT.
coluna toracica e
e ini~r0::n::;~:e~~:~a~:
·
::~~e:t~~:.;.= ~::a1~
· Ih m decúbito
de andar ~O
:;tro;sem apresentar sintomas; Ao subir escadas e
extensao d , 1 · ta se
haver distensão acentuada sem ruptura o museu o, : d
. lora ão anormal ou por edema acen a o.
mamfesta por c~iste~são a dor é um sintoma freqüente du-
A estatura da paciente é de 1, 75 m. Por conseguinte, quando Tratamento. A redução da solicitação imposta ao feixe
em posição ortostática sobre o pe direlto, semd apoio direita N a presençahde
rante amare a ou quando'o paciente
. , está
. sentado, exercendo
ela está sentada, seus quadris se encontram em nível mais BIT, possibilitando a cura do mesmo, é uma parte impor- . d a face externa a coxa .
alto que os joelhos, facilitando a passagem para a posição tante do programa de tratamento, já que o BIT parece estar pressão sobre a tuberosidade isqmatlca.
~~a;~:~;:0ª;r~~s:~~~ea s~::~p~io ainda apresenta adução
ortostática. Ela é obrigada, contudo, a usar as mãos para se distendido. As medidas para melhorar o desempenho dos
do quadril direito com rotaçao mterna. . e ca-
levantar da cadeira. Seus dois membros inferiores entram músculos do BIT e um programa cauteloso de fortalecimento
b alta d o hospital a paciente consegu Disfunções dos Movimentos
em adução com rotação interna, de modo que os joelhos progressivo do TFL-BIT são outros componentes impor- Ao rece er ' , . t do
.nhar sem bengala sem queixas alg1cas e apresen ªcn POSIÇÃO ORTOSTÁTICA. Quan~o o p~ci~~te ~~b: ~:p~:~~:~
se tocam. A solicitação imposta aos músculos abdutores
do quadril diminui quando a paciente apoia um joelho
contra o outro, ao passar da posição sentada para a posição
tantes do programa terapêutico. O fato de a paciente estar
internada favoreceu a limitação das caminhadas. Ela usa uma
bengala na mão oposta quando começa a andar. Aplicamos
m1

auxi 10
, .
alte~la_çõdeasbme:g1::sc~::;e
'
:::r
h

.
ndo anda 50 metros. om
qualquer distância. Rela-
d
t dores muito discretas ao subir esca as, sempr
e que usa o
d
ou uando se levanta da cadeira, o JOe o . ~
de ~star se deslocando posteriormente"; d1~:ç:~ J:e:~.
em vez de o corpo se deslocar em ireça
-

,
ortostática bolsas de gelo ao longo da BIT, duas vezes ao dia.
:rrimão e coloca o pé direito sobre o degrau. Exec~ta to os po, si ão relativamente fixa. Quando 0
Marcha. A paciente relata dor na região lateral da coxa
direita durante a fase de apoio do membro inferior direito.
Estando deitada em posição de gancho, a paciente pratica
a extensão e flexão unilateral de quadril e joelho, deslizando
~s exercícios de forma correta e sem ap_:esentar
Encontra dificuldade para evitar a aduçao do qua:a das
smto;:~ ;::i:n~~::~:::~m~nto de ~:~::.:::;~0 ~;:n~~~~;
As deficiências que se observam durante a marcha consistem o pé ao longo da cama e contraindo simultaneamente os pais mov1ment?s c~nsistem em d 1 O indivíduo volta à
rotação interna ao se manter em p~ _sobre apenas quadris e dorsiflexao nos ~omoze os. . ovimento da
em adução do quadril direito com rotação interna, ao lado de
flexão lateral do tronco. O uso de uma bengala para a mão
músculos abdominais. Ela é instruída a manter o quadril
em ligeira rotação externa e a começar com as repetições
d
pernas e usan -~ ª ,:11ªº
~ para se eqmhbrar.
.
A paciente Jª nao usa mais a bengala, p
or ocasião de sua
El
posição ort?stática, aproveidtaan1:;:~:~~
te supenor do tronco e
!~
%mozelo que
dril
esquerda e a marcha em três pontos são medidas capazes seguintes. Estando em decúbito dorsal, com o quadril e par ~ d ida pelos músculos extensores do qua .
0
de diminuir a dor e a claudicação. joelho em flexão, a paciente executa a abdução do quadril última consu~~a a:b:~~:~ri;~1:n::~a~: : ~:~s~:r~ac;:ª~içã~ da tensao pro uz · lho apresenta
O quadril entra em rotação interna e o Joe_ ,.,
Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. O em rotação externa, valendo-se das mãos e da contração dos consegue su ir u . ~ , . m usar as mãos e sem muitas vezes, hiperextensão quando o paciente se ap01a
músculos abdominais para evitar a rotação da pelve. Ela sentada para a pos1çao ortostatica se ~ . A dife-
exame do comprimento e força dos músculos revela que os
deverá interromper o movimento assim que sentir dores. a resentar adução do quadril ~?m ro!açao mtema~ Ela
isquiotibiais da paciente estão encurtados; a extensão chega sob;E~::t;:::~. Durante a extensão ativa do quadril, o
p de altura entre as cristas ihacas e de apenas 6 : .
a - 25 graus à direita e a -15 graus à esquerda. A rotação Quando em decúbito lateral, a paciente é instruída a rença tempo passado com seus familiares como :,ipico letou seu movimento no momento em que
externa do quadril direito está limitada a 1O graus, quando colocar um travesseiro entre os joelhos e a colocar o quadril fêmur quasea perce
se começa compb er uma mudança evidente nos contornos
em rotação externa. ~~s~:ev:eº refere à~ ~t~vidades rotineiras, com exceçao do
então é acompanhada de dores na face externa da coxa. A
rotação externa do quadril esquerdo chega a quase 25 graus. Em decúbito ventral, a paciente coloca almofadas sob a do músculo glúteo máximo. t ~o simultânea do
fatoAde nã? e;~:::;~\!1~~~~anas depois de ter voltado para Pos1 ÃO SENTADA. Observa-se ex ensa .
O TFL-BIT direito apresenta encurtamento considerável, caixa torácica e sob o abdome, a fim de evitar a extensão do prox1m está mudando quadril ~uando o paciente executa a extensão ativa do Joelho
enquanto o TFL-BIT esquerdo é ligeiramente encurtado. A pescoço e da coluna lombar. Ao fletir o joelho, ela deverá casa, a paciente diz estar ~assando bem e que dris estão em
novamente a barra das saias, porque seus qua em posição sentada.
força dos músculos da região inferior do abdome é inferior evitar que a pelve se desloque. Ela é instruída a realizar a
níveis iguais.
a 1/5; a força dos músculos TFL-BIT é de 3+/5 à direita e de rotação externa do quadril com o joelho em flexão de 90
4/5 à esquerda. A força dos abdutores dos quadris direito e graus. Ela executa também a abdução do quadril, deslizando Resumo .b. . os
esquerdo é de 3/5 e 4/5 respectivamente. A paciente possui o membro inferior ao longo da beira do leito, enquanto evita Síndrome de Extensão do Quadril com ~ ·gorosa dos músculos isquiotl ia1s agrava
A. contraçao
d vi, d orne de extensao ~ do quadril• os sintomas
,
capacidade limitada para a contração isométrica dos mús- a inclinação da pelve e a extensão da coluna lombar. Extensão do Joelho smtomas a sm r ·s iºntenso dos sinergistas desses
culos glúteos máximos bilateralmente. d' · em com o uso mai ti
Resumo. A dor à palpação da face externa da coxa é
típica de faceíte da BIT. Outro sintoma característico da
Quando sentada, a paciente coloca o joelho em extensão;
ela se apóia no encosto da cadeira para evitar a flexão ou a
rotação interna do quadril. Ela é orientada a concentrar sua
Essa síndrome caracteriza-se pela participaçã~o i~sufic!::t
do músculo glúteo máximo durante a extens~o ;o qJ-~elho'
m:::ios. As seguintes limitações são ~n::!:~~
qüência, no paciente que apresenta a sm
;:t;n::~
fasceíte é a diminuição dos sintomas em resposta à repetição atenção na maior ativação possível dos músculos da face , lo uadríceps durante a extensao . de quadril e joelho.
do movimento, conforme demonstra a abdução do quadril anterior da coxa. ~';.,~ºm::t!c~taçio típica dessa síndro~e é a con!~ç!o :~:
com rotação externa a partir da flexão. A fraqueza do TFL- Para passar da posição sentada para a posição ortostática, músculos isquiotibiais para ~Judar o musc~l_? quQa ~~Jesse
BIT é compatível com a distensão muscular decorrente do a paciente se empurra com as mãos e desliza até à extremi- ~ d . lho com o pe fixo sobre o e ao. u
Alinhamento
uso excessivo. Os sintomas que se manifestam, durante o
apoio sobre a perna direita quando a paciente caminha e
durante a posição sentada sem apoio para a coluna, podem
dade anterior da cadeira. Ela é instruída a: 1) reduzir a ajuda
manual, na medida do possível; 2) contrair a musculatura
g1útea para que os joelhos permaneçam voltados rigorosa-
~~=.::;:~;~~~m
exte~sao o JO~ . , ão dos músculos isquiotibiais se toma
sofrer distensão devido ~o exce~:~~~
1· .t ~ diante da necessidade de cnar tensao no ~
• ·cas especiais
Não existem variações ana tom1

DISFUNÇÕES ADQUIRIDAS
so_ ic~ça~utra possível causa da distensão dos mu~c~los
vir a ser acentuados pelo alinhamento da coluna lombar em mente para frente; 3) contrair os músculos quadríceps; 4)
e JOe ?·. . , . . ~ insuficiente do glúteo max1mo 1. Postura com inclinação posterior -
extensão que se observa nessas posições. A adução com manter o tronco reto e 5) evitar a flexão anterior ao chegar isquiot1b1ais e a parti~ipaçao . mplo de distensão, 2. Postura com o quadril em extensao
rotação interna do quadril, durante as atividades que exigem à posição ortostática. na extensão do quadnl. Um terce_Ir? ~xe stes 3. Rotação interna do quadril
a posição ortostática, a rotação interna do quadril durante a Resu)tado. A paciente permaneceu internada durante J pecial dos músculos isquiot1bia1s, ocorr~ quando e 4.
Hiperextensão do joelho d te a posição ortostática
semanas; a seguir, passou uma semana com a família, antes :~::ulos não contam com ª, assistên~ia sufi~::'t:;::::: 5. Flexão plantar no tornoze Io uran
dos rotadores externos mtrmsecos o qua ,
1
. ~ Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
- ~=---------____::______:__~==-------------.
Disfunções por Rigidez e Flexibilidade
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPITULO Q UATRO

Ex_ercí~ios em decúbito dorsal. A flexão unilatera de bicicleta, suas dores aumentaram, manifestando-se agora durante a extensão do quadril e a flexão do joelho contra a
O?serva-se, muitas vezes, rigidez durante a flexão do qua- quadnl e Joelho aumenta a flexibilidade do quad ·1 1 de quando a paciente anda ou está sentada. Foi examinada resistência dificulta o diagnóstico de fraqueza muscular. O
dril, porque os músculos isquiotibiais costumam estar hi- a flexã,º· A e I~vaçao
~ d
a perna estendida aumenta na fipara por um especialista em ortopedia, que diagnosticou seu teste manual da força do músculo glúteo máximo mostra ser
pe~o~a_dos; a cabeça interna desses músculos apresenta-se dos musculos isquiotibiais. Convém evitar a contra ~ ºJça caso como sendo de distensão dos músculos isquiotibiais, de grau 4-/5, enquanto os músculos quadríceps e rotadores
0
mais ngida que, a cabeça externa. Os flexores plantares do músculos isquiotibiais contralaterais durante a fl ç': os prescrevendo-lhe exercícios destinados a alongar e fortalecer externos apresentam força normal.
tornozelo tambem apresentam rigidez. dr'I . . exao do
qua i , mstrumdo o paciente a relaxar O membro esses músculos. Diagnóstico. A dor desencadeada pela contração ativa e
Exercícios em decúbito ventral Com um trave . . Sintomas. A paciente relata dores intensas nas regiões pelo alongamento passivo dos músculos isquiotibiais e em
Disfunções Musculares e do Padrão de . ~ ª o~e, ~ fim de manter
baixo d 0 bd · sseiro por
os quadris em li ei das tuberosidades isquiáticas, mais fortes no lado direito que resposta à palpação das tuberosidades isquiáticas é com-
Recrutamento pos1çao_de flex~o, o Joelh? do paciente é flexiondo e dei!aJi no esquerdo. Sente dor intensa quando anda e mal conse- patível com o diagnóstico de distensão dos isquiotibiais. O
em :B-~xao passivapo mai?r grau possível, a fim de reduzir gue ficar sentada. Ela abandonou todos os seus exercícios. pouco desenvolvimento da musculatura glútea, a fraqueza
A a~vidade ,dos m~s~ulos isquiotibais predominam sobre a at~vidade dos musculos isquiotibiais. A seguir o pac. do músculo glúteo máximo e o predomínio da atividade dos
Classifica sua dor como 7 a 8, na escala de 1O. Ela se sente
a aç~o "do ~luteo ma~n!1o, durante a extensão do quadril. A realiza a extensã~ do quadril. Ele deve ter o ~uidad~~: melhor quando deitada. Ambas as tuberosidades isquiáticas músculos isquiotibiais durante a extensão do quadril são
do_m11:1a?cia de sua at1V1dade supera os limites ideais quando co~~çar e_sse moy1mento pela contração do músculo glúteo revelam-se sensíveis à palpação. dados compatíveis com a atividade insuficiente do músculo
o mdividuo executa a extensão do joelho, fixando simul- maximo; isso exige, geralmente, um leve grau de rota ~ Análise dos Movimentos glúteo máximo. O diagnóstico desse caso é de síndrome de
tanean;ente o pé. ~~r~n~e a rotação externa, a atividade externa, .acm1;1p~nhando a extensão do quadril. A rota~:~ Em posição ortostática. Quando observada em posição extensão do quadril com extensão do joelho.
dos musculos isqmotibiais dominam sobre a atividade dos externa _1sometnca d? quadril é realizada com os joelhos ortostática, a paciente apresenta discreta inclinação posterior Tratamento. Diante da gravidade do quadro, nosso
rotadores externos intrínsecos do quadril. ~m flexao e ~s qu~dns em abdução e rotação externa, isto da pelve, coluna lombar plana, desenvolvimento deficiente primeiro cuidado consiste em proporcionar o maior re-
e, com um pe apoiado contra o outro. pouso possível aos músculos isquiotibiais, aliviando a
da musculatura glútea e torção bilateral das tíbias. A flexão
Anomalidades no Comprimento e na Força Exercícios em decúbito lateral. A abdução do quadril anterior do tronco provoca dor nas tuberosidades isquiáticas tensão exercida pelos mesmos. Os músculos da paciente
dos Músculos de:V~ ser ac?mpan~ada por discreta rotação interna do qua- apresentam comprimento normal, mas ela tem praticado
e o movimento de retorno à posição ortostática é acom-
~nl, a segmr, o paciente flexiona o pé (o tornozelo) em se -
Os músculos isquiotibiais são freqüentemente encurtado panhado de balanço nos tornozelos e quadris. Quando se exercícios contra a resistência, os quais contribuíram para
tido d~rsal. ~sse :xercício alonga os músculos isquiotibia7s
firma sobre um dos pés, a paciente sente dor na região da agravar a síndrome.
enquanto os músculos glúteo máximo e rotadores externos~ e leva ~ dors~flexao do tornozelo no final do movimento de
Quando em posição de quatro apoios, a paciente é ins-
a~resentam fraqueza. O músculo quadríceps femoral tam- extensao ?º )Oelh?, alongando os músculos da panturrilha tuberosidade isquiática e apresenta discreta rotação interna
do quadril, sem adução do mesmo. truída a fletir os quadris, apenas até o ponto de ocorrer os
bem pode estar fraco. (gast~o~nem10 e soleo). A transição da posição sentada para
a p_os1çao ortost~tic~ é ~raticada com o corpo inclinado an- Decúbito dorsal. A amplitude para os movimentos de sintomas. A excursão durante o movimento para trás também
!~normente. Existe md1cação para se envigorar o músculo flexão do quadril encontra-se dentro dos limites normais, deve ser limitada ao aparecimento de sintomas.
Teste de Confirmação quando testada em decúbito dorsal. A extensão do quadril Em decúbito dorsal, a paciente pratica a flexão ativa de
ihopsoas quando, est~nd? em posição ortostática, o paciente
<?b_s~rva~se dor à palpação do ve~tre dos músculos isquio- a~resenta postur~ de mclmação posterior, acompanhada pelo contra a resistência provoca dor. A força dos músculos da quadris e joelhos; ela deve completar a última fase da flexão do
tibiais e ~ compressao da tuberos1dade isquiática. o Slum alinhamento do Joelho em extensão. parede abdominal é de grau 4/5. Quando ela mantém a co- quadril puxando a coxa com as mãos em direção ao peito.
teste destmado a examinar a sensibilidade do nervo à tensã~, Exercícios em posição ortostática. Enquanto apoiado luna lombar estendida, a flexão do quadril chega a 90 graus, Em decúbito ventral, a paciente precisa realizar con-
fornece resultado negativo. ' ~obre ap~nas uma das pernas, o paciente contrai a muscu- durante a elevação passiva da perna estendida. A paciente tração isométrica dos músculos glúteos máximos, além de
a~ra glut~a, ~co~panhando com a contração mínima dos não refere dor durante a elevação ativa da perna estendida, a treinar a abdução do quadril, deslizando o membro inferior
Resumo musc~lo~ 1sqmot1biais. A _contração dos músculos glúteos não ser no extremo da amplitude para a flexão do quadril. ao longo da superficie.
tambem ~ capaz de preverur a rotação interna do quadril, se Decúbito ventral. Quando em decúbito ventral, a paciente A paciente é aconselhada a ficar sentada sobre um col-
A ?i~te1:_,são dos músculos isquiotibiais é conseqüência da chão de ar em forma de anel, a fim de evitar a compressão
ess~ mov~me~t? ocorrer durante a posição ortostática com relata dor durante a flexão do joelho contra a resistência. Os
sohci~çao excessiva. Esta resulta da participação insuficiente
ªP?10 urup?dahco,- ~onvém dar destaque à contração do músculos isquiotibiais se contraem durante a extensão ativa das tuberosidades isquiáticas.
dos tres ~rupos, d~ músculos sinergistas, a saber - dos mús- Quando em posição ortostática, deverá realizar con-
musculo glute? maximo para ajudar na extensão do quadril do quadril; os contornos do músculo glúteo máximo somente
culos ?luteo maximo, dos rotadores externos intrínsecos do tração isométrica da musculatura glútea.
dura~te o movimento de retorno após a flexão anterior Os se modificam após os primeiros 50% desse movimento.
quadnl_ e d~ músculo quadríceps. Os testes manuais para Enquanto caminha, deve assumir uma postura de in-
mov1mentos_de ~ubida de degraus têm por objetivo tr;zer Posição de quatro apoios. Ao ser examinada na posição
esse~ smergistas, assim como a observação dos padrões de clinação posterior excessiva. Ela é aconselhada a aplicar
a coxa em d1reçao ao joelho, em vez de permitir que este de quatro apoios, a paciente relata dor nas tuberosidades
movime1:tos, serve~. para confirmar a hipótese de alteração
se desl<:_que Rª~ª trás em direção ao corpo e de favorecer a isquiáticas quando a flexão dos quadris passa de 90 graus, bolsas de gelo nas tuberosidades isquiáticas, duas vezes
dos padroes de solicitação. ao dia, a reduzir suas caminhadas ao mínimo possível e a
contraçao max1ma do músculo quadríceps. graças à extensão da coluna vertebral e à inclinação ante-
CORREÇÃO DOS HÁBITOS POSTURAIS E DOS p ADRÕES DE rior da pelve. Também na posição de quatro apoios, a dor abandonar todos os exercícios, com exceção dos treinos
Tratamento Moyi~ENTOS. A P?Stura correta é o quadril e joelhos em diminui quando ela flexiona os quadris em menos de 80 para o tronco superior.
O~rn:rrvos P~crrArs. O primeiro objetivo do programa
posi~ao n~utra, evitando a extensão do quadril e a hiperex- graus, mediante flexão da coluna e inclinação posterior da Resultado. Aproximadamente 1 semana após a primeira
tensao dolº~~~o. Qua?do sentado, o paciente precisa evitar pelve. A dor se agrava quando a paciente se move para trás, consulta, a paciente relata apenas discreta melhoria em rela-
terape~tico cons~ste e~ aumentar a força e a participação a contr~çao m~onsc1ente" dos músculos isquiotibiais. A fletindo o quadril. ção à dor. Essa melhoria deve-se principalmente ao fato de
dos musculos smergistas deficientes a fim de ·t contraçao do musculo glúteo máximo deve coincidir com o
dist ~ d , , evi ar a Posição sentada. A paciente é incapaz de ficar sentada ela estar evitando a solicitação dos músculos isquiotibiais,
ensao os" ~usculos isquiotibiais em conseqüência da contat? do calcanhar com o solo, durante a marcha. Durante
por mais de 5 minutos. A dor diminui quando ela se desliza caminhando com inclinação posterior. Foram aplicadas
sobrecarga cromca desse músculo. Depois de melhorarmos 0 1;11ovim~~to de ret_orno após a flexão anterior, o músculo
para frente na cadeira, colocando uma porcentagem maior bandagens na região da tuberosidade isquiática direita,
o desempenho desse músculo sinergista deficiente e deres- glute? maximo pr~c1sa contrair-se, evitando o deslocamento
antenor do quadnl. do seu peso sobre o sacro que sobre as tuberosidades is- com o objetivo de conferir apoio à inserção dos músculos
tab~l~c~rmos os pa~~ões de movimentos corretos, podemos isquiotibiais; a paciente relata que essa medida contribui
quiáticas. O Slump, teste para a sensibilidade à tensão do
?ªr ª?s
i?-1c_10_ exerc1c10s destinados a fortalecer os músculos
nervo, deu resultado negativo. para diminuir a dor. A bandagem permaneceu aplicada
1sqm?bt1 ~i~is. O fortalecimento imediato desse músculo Apresentação de Caso durante 3 dias. A paciente voltou depois de uma semana,
Deambulação. A paciente relata dores na fase de apoio
contn uma para aumentar sua dominância. ocasião em que aplicamos outra bandagem por cima da
Anamnese. Uma mulher de 60 anos começou a apre- bipodálico durante a marcha. Essa dor diminui quando ela
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS
inclina o tronco posteriormente e mantém o quadril em tuberosidade isquiática direita. Ela é capaz, agora, de andar
Exercícios em posição de quatro apoios. O movimento sent~r dor n~ ~egião da prega glútea, em seguida a uma
extensão excessiva, de modo a reduzir a participação dos em postura mais ereta do que antes. Em posição de quatro
do corpo para trás melhora a flexibilidade dos m, 1 cornda d~ biciclet~ de um estado para outro. Apesar da
músculos isquiotibiais. apoios, consegue fletir os quadris até 100 graus e se mover
glút , · . ·r. uscu os
eo maximo e pm1orme, se um deles apresenta rigidez dor, ª, p_aciente c?ntmua correndo diariamente e a executar
Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. para trás em até 50% de sua amplitude, tudo isso sem sen-
ou encurtamento. ex~rcicws de tremamento com pesos para os membros in-
O comprimento dos músculos isquiotibiais encontra-se tir dor. A paciente aprendeu a se flexionar anteriormente,
feriores, duas vezes por semana. Um mês depois da corrida
dentro dos limites normais. A dor que a paciente relata fletindo apenas os quadris e voltando para a posição ereta,
1 Diagn6stico e Tratamento das Sindromes ,k Disfunção Ms Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
~---------------------------------------------
contraindo os músculos glúteos máximos. Acrescentamos
-------, CAPfTuLO QUATRO

Decúbito lateral. A adução do quadril em decúbito


ao seu programa a extensão do quadril em decúbito ventral, Postura: Variações Estruturais e al ação ou durante a contração contra uma resi~tê~c~a: Um
com os joelhos em flexão e um travesseiro sob o abdome.
Anormalidades Adquiridas ~ado típico é a força normal dos músculos isqmot1bia1s. lateral agrava os sintomas. . ._
Posição de quatro apoios. Os smtomas ~a regiao pos-
Ao final de 5 semanas, a paciente consegue permanecer A variação estru~~l encontrada na síndrome de rotação
terior da coxa direta aumentam quando o paciente ~e move
sentada durante 20 a 30 minutos sem sentir dor. Ela é capaz externa do quadnl e a retroversão do quadril. A rotação Apresentação de Caso para trás em posição de quatro apoio~, ~as os smto~as
de andar em postura normal, mas não consegue caminhar a externa do quadril é uma deficiência adquirida.
Anamnese. Um aluno colegial ~e 16 anos_ de i?a?e foi diminuem quando ele coloca o quadril d1r~ito em abduç~o e
passos largos. É aconselhada a contrair a musculatura glútea
da perna de locomoção no momento em que o calcanhar en- Disfunções devido a Flexibilidade Relativa encaminhado ao serviço de fi~io~e~a~ia com ~ dia~ostico de rotação externa, antes de executar o movrmento Pª;ª
tras.
e a Rigidez Muscular Análise do Comprimento e da Força dos M~sculos.
tra em contato com solo. Quando flexiona anteriormente, ela distensão dos músculos isqmot1bia1s. O paciente e um g~l-
o exame do comprimento dos flexores do quadnl_ que o
é instruída a aumentar a amplitude da flexão do quadril para O !11úsculo piriforme ~ os outros rotadores externos do qua- :fista muito ambicioso; ele começou a sentir do~e~ na regiao
TFL-BIT direito está encurtado, enquanto? ~ompnmen_to
cerca de 70 graus, contraindo o músculo glúteo máximo para dril apresentam-se mais tensos que os músculos responsáveis osterior da coxa um ano atrás, depois de part1c1pa: de um
do TFL-BIT esquerdo se situa dentro dos hm1tes normais.
voltar à posição ortostática. Ensinamos ainda à paciente um pela rotação interna. iorneio interestadual. Não apresentou quais_q~er smtomas
durante o torneio, mas, no dia seguinte, ao viaJa~ para casa,
o comprimento dos isquiotibiais tan_ibém é no~al. Durant_e
exercício no qual ela se ajoelha sobre um dos joelhos com o a elevação passiva da perna estendida, a flexao do quad~l
quadril em extensão e o joelho em flexão; outro pé permane- Disfunções Musculares e dos Padrões de começou a sentir dores ao longo da região postenor da coxa chega a 180 graus, com a coluna lombar plana. A exten~~o
ce sobre o solo e a paciente flete então quadril e joelho, tal Recrutamento direita, da região glútea até o joelho. A ?ºr t~rnou-s~ cada do quadril contra a resistência não provoca dor na regtao
como um agachamento unilateral. Ao final do tratamento, A atividade dos rotadores externos intrínsecos do quadril vez mais intensa. Um cirurgião ort~ped1sta d1agnos~1cou o posterior da coxa.
depois de 7 semanas, a paciente consegue caminhar mais (p. ex., dos músculos piriforme, gêmeos, obturador e qua- problema como sendo devido ao estI~amento dos musculos Os resultados do exame da força muscular foram os
de 3 km e ficar sentada por mais de 2 horas sem apresentar drado do fêmur) predomina sobre a atividade dos rotadores isquiotibiais encaminhado-o ao fis10terapeuta para ~xer- seguintes:
sintomas. A extensão do quadril e a flexão do joelho contra internos do quadril. As disfunções relativas ao comprimento cícios de al~ngamento e contra a resistência~ O paciente • Músculos glúteos médios direito e esquerdo: 4+/5 e
a resistência não lhe provocam dor. Quando em posição de e à força dos músculos compreendem o encurtamento do participou da :fisioterapia durante 2 meses, t_res vezes por 4/5 respectivamente.
quatro apoios, a paciente é capaz de se mover para trás na músculo piriforme e dos músculos intrínsecos encarregados semana, sem registrar qualquer melhor~. Foi aco~selhado • Rotadores externos dos quadris direito e esquerdo: 4+/5
amplitude interna desse movimento, sem que surjam sin- da rotação externa do quadril, assim como a rigidez ou o en- a abandonar todas as atividades esportivas, contmuando, e 5/5, respectivamente. . . . .
tomas. Seu músculo glúteo máximo apresenta agora força curtamento dos músculos quadríceps e dos isquiotibiais. porém, com o programa de alonga~entos: _ Rotadores internos dos quadns direlto e esquerdo. 4-/5
normal e a força dos músculos isquiotibiais é de 4+/5. Ela é Sintomas. Embora tendo segmdo as mstruçoes, opa- e 5/5 respectivamente. .
aconselhada a iniciar corridas de curta distância e a alterná- Teste de Confirmação ciente ainda sente dor na região posterior da coxa quando • Em decúbito ventral, a rotação interna dos quadr~s
las com caminhadas, numa distância total de 5 km. anda ou está sentado; ele classifica a dor como sendo d~ 6 direito e esquerdo é de 20 graus e 35 graus, respecti-
A dor ao longo da região posterior da coxa aumenta durante
A paciente é aconselhada a não retomar os exercícios a 7, na escala de 1O. Quando os sintomas se t?rn~m ~.m.to vamente. .
a adução do quadril ou em resposta à adução com rotação
com resistência à ação dos músculos isquiotibiais, usando intensos ele procura alongar os músculos 1Sqm?t1bia1s, Em decúbito ventral, a flexão do joelho contra a resis-
interna, diminuindo com a abdução e rotação externa do
o movimento de flexão de joelhos. Dois meses mais tarde, quadril. obtendo,melhoria apenas temporária. Ele está ans10so por tência não provoca dor.
o contato telefônico revelou que ela consegue correr pelo retornar os esportes, especialmente o golfe. ,
menos 5 km e que foi capaz de completar sem problemas Tratamento Análise postural. O paciente tem 1,80 m de altu:a; ~le e Diagnóstico. O exame do paciente demonstra claramente
uma corrida de 8 km. Incentivamos a paciente a continuar magro e destro. Apresenta c_ol~a, vertebral plana e mclma- que O músculo piriforme está encurtado e que o alongamento
correndo, sempre com o cuidado de contrair a musculatura 0Bmrrvos PRINCIPAJS. O tratamento dos problemas de desse músculo provoca sintomas. Tratand?-se d~ um ~o!fista
ção posterior da pelve. A cnsta 1haca esquerda e~con~r~-se
glútea durante o choque do calcanhar com o solo, assim rotação externa, principalmente no paciente que apresenta com predomínio da mão direita, a rot~çao ant1-horana do
·a polegada (1 25 cm) acima do nível da cnsta 1haca
como ao voltar à posição ortostática após a flexão anterior ciatalgia, consiste em colocar o quadril em rotação interna, mel ' 'l d. · t quadril direito, no final da tacada, ~eve~a es~ar sob o contro-
direita. Quando em pé, mantém o quadn ireito em roa-
do tronco. Aconselhamos a paciente a repetir periodicamente mas esse alongamento precisa ser realizado com cuidado a ção externa, colocando a maior parte de seu peso sobre o le dos rotadores externos do quadnl. Alem disso, trat~ndo-se
o exercício de flexão anterior, várias vezes ao dia. fim de não provocar irritação do nervo. Portanto, o pacien- membro inferior esquerdo. de um indivíduo alto e de tíbias compridas, o paciente ~e
te deve alongar a musculatura apenas até o ponto em que senta habitualmente com os quadris em abdução e rotaçao
surgirem sintomas. Análise dos Movimentos .
Síndrome de Rotação Externa do Quadril Posição ortostática. Durante a flex~o ant~nor do tronco, a externa, fato que contribui para o encurtame~to muscul_ar.
A síndrome de rotação externa do quadril caracteriza-se pela PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS. Assumindo a coluna lombar do paciente flete-se mais rap1damentt: que os Seu programa anterior de alongamento atendia apenas. m-
~ção insuficiente dos rotadores externos intrínsecos do quadril, posição de quatro apoios, o paciente abduz o quadril e o quadris; a dor na face posterior da coxa_ aumen~a. e~tao lev~- diretamente a causa primária desse problema, mas segma o
isto é, dos músculos piriforme, obturador, gêmeos e quadrado coloca em rotação externa, em lugar da posição neutra. mente. Ao voltar para a posição ortostática, ele 1mc1a o movi- princípio segundo o qual "sem dor, sen; g~nh?"• de, modo a
femoral. Um diagnóstico que acompanha essa síndrome é o Ele é instruído a se mover para trás, até o ponto em que os
sintomas estiverem começando. mento colocando os quadris em extensão. ~ão_ obstante ~s~e provocar a irritação do nervo. O diagnostico e de s1~dro~e
encurtamento do músculo piriforme com ciatalgia. movimento de extensão do quadril, sua pnn~1p~l estrategia de rotação externa do quadril, acompanhada por ciatalgia
CORREÇÃO DOS HÁBITOS POSTURATS E DOS PADRÕES DE para voltar à posição ortostática consiste em mcbnar a pelve
MovrMENTOS. O paciente deve evitar ficar sentado por muito (encurtamento do músculo piriforme). .
Sintomas e Manifestações Dolorosas tempo. Ele deve ser aconselhado também a evitar os períodos
para frente e o tronco para trás. Em virtude dessa man_obra, Tratamento. Na posição sentada, o paciente se sente
A dor típica da síndrome de rotação externa do quadril os tornozelos passam a ser o principal centro de _rotaçao do mais confortável quando se move para frente_, coloca~do o
prolongados de extensão do quadril com rotação externa
localiza-se na região posterior da nádega; ela se origina logo movimento, em lugar das articulações dos quadns, fato q~e quadril direito em extensão e abdução. A_ aduçao com d1~cre-
como, por exemplo, o decúbito dorsal prolongado.
acima da prega glútea e se irradia para baixo, ao longo da geralmente é sinal de fraqueza dos extenso~es ~o q~a~l. ta rotação interna do quadril provoca smtomas. O p~c1ente
Resumo Quando O paciente se apoia sobre o membr? m~eno3 direito, é aconselhado a realizar a rotação interna do quadril com
face posterior da coxa, até o joelho. Esta síndrome é fre-
0 quadril entra em extensão, provocando a mclmaçao p~st~-
qüentemente confundida com o estiramento dos músculos Os sintomas do paciente são agravados pela flexão do adução, enquanto sentado na sala de aula, _mas desloca~do .º
isquiotibiais. rolateral do tronco. O tronco e a pelve mantêm-se em pos1çao
quadril com rotação interna/adução quando a síndrome quadril apenas até o ponto em que se mamfestam os pnme1-
constante quando ele se apóia sobre a perna e_squerda. - .
deve-se ao encurtamento do músculo piriforme. Os sintomas ros sintomas. Ele deverá levantar-se o mais freqüent~mente
Decúbito dorsal. Os movimentos de flexao_,_rotaçao ~n-
Disfunções de Movimentos diminuem em resposta à rotação externa, à extensão e à terna e adução do quadril provocam dor na r~giao_ pos~er~or possível e limitar o grau de rotaçã? interna do quadril, a fim
Via de regra, o paciente portador da síndrome de rotação abdução. Enquanto não ocorrem movimentos na articulação da coxa. Em posição de repouso, o me~bro mfenor direito de evitar que os sintomas se mamfestem. -
lateral do quadril apresenta marcha ligeiramente antálgica, do quadril, os sintomas do paciente não se alteram durante assume uma posição em acentuada rotaçao externa, o mesmo Quando em decúbito dorsal, o paciente pass~ d~ flexao
com o quadril em rotação externa. os movimentos da coluna vertebral. Essa síndrome também não acontecendo com o membro inferior esq_uerdo. A dor na do quadril para a adução do mesmo com 3otaçao mt~rna;
pode dar margem à confusão com o estiramento dos múscu- região posterior da coxa direita não se mamf~sta durante a sempre tendo o cuidado de lim~tar a excursao do quadnl ate
los isquiotibiais, porém esses músculos não apresentam dor à elevação da perna estendida em ângulo de ate 80 graus. 0 ponto em que começam os smtomas.
i Diagnóstico e Tratamento das Sindromes de Disfunção dos Movimentos
~-----------------------------------~ Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris

~
CAPÍTULO Q UATRO

Em decúbito lateral, o paciente realiza a abdução do


dades também podem ser encontradas em paciente As anormalidades relativas ao comprimento e à força dos menor ênfase para os músculos dotados de inserção mais
quadril com rotação externa, estando o joelho em flexão . d s que se
de 45 graus. Ele é orientado também a praticar a abdução queixam e dores no quadril sem que o exame radio} , · músculos compreendem a rigidez ou o encurtamento, tanto distal. Portanto, esses exercícios visam o desempenho dos
revele a presença de alteraçõ;s na articulação Algun dogico músculos iliopsoas, glúteos médio e pequeno, assim como
estando o qua~ril em ligeira rotação interna e com o joelh~ · · s esses dos músculos isquiotibiais como do músculo quadriceps,
levemente fletido. Esses dois exercícios devem ser execu- pacie1:tes apresentam lacerações do labrum do acetábulo favorecendo o deslizamento superior da cabeça do fêmur, dos músculos intrínsecos encarregados da rotação externa
tados com uma almofada entre os joelhos, a fim de evitar Acredita-se que a rotação seja decorrente de comp ~· durante a flexão ou extensão do joelho. O teste manual da do quadril, e não dos músculos reto femoral, TFL e isquioti-
· d . . ressao
que a adução com rotação interna se processe dentro da exces~iva a cabeça do fêmur no mtenor da articulação do musculatura revela fraqueza dos músculos glúteos médio biais. O paciente precisa evitar os movimentos exagerados de
amplitude acompanhada por sintomas. quadnl que acompanha o alongamento do músculo t e iliopsoas. rotação dos quadris quando sentado ou em pé. Essa mesma
Em d_ecúbito ~entrai, o paciente realiza a rotação interna ~em~ra_l (e~tando o quadril em extensão) ou dos músc~~o~ síndrome também chega a ser observada em ciclistas. O
do quadril com o Joelho em flexão. Ele é aconselhado a evitar ISqm~tibiais (quando o quadril se encontra em flexão). A Teste de Confirmação ciclismo pode levar à hipertrofia dos músculos quadriceps e
os movimentos cap~es de provocar sintomas; isso é possível, rotaçao resulta do fato de a cabeça do fêmur seguir O tra· t
. ~ .
da menor resistencia. d. ~e o Os movimentos em qualquer sentido provocam dor na art~- isquiotibiais, sem hipertrofia correspondente da musculatura
desde que ele posic10ne o quadril corretamente e limite a A istração do fêmur durante a fl ~
· d · exao culação do quadril. A adução com rotação externa do quadril intrínseca da cintura pélvica e do iliopsoas. A rotação interna
amplitude dos movimentos de rotação interna. p~s~iva o Joelho e o movimento de extensão do joelho fletido (teste de Fabere) desencadeia dores na regiã~ da
dimmuem a rotação. do terço proximal do fêmur pode ser observada durante a
Durante a marcha o paciente deverá reduzir ao mínimo virilha, no paciente que apresenta alterações degenerativas prática do ciclismo, particularmente na posição ortostática.
o grau de rotação externa do quadril direito. Ele deverá co- Sintomas e Manifestações Dolorosas em fase inicial da articulação do quadril. A fixação da extremidade proximal do fêmur com taping,
lo~ar o quadril, na medida do possível, em posição neutra, a fim de mantê-la em rotação neutra, é uma medida que se
ev1t~ndo ao mesmo tempo o aparecimento de sintomas. Ao . Os si:1tomas consistem em dor na profundidade da
articulaçao do quadril e na virilha, propagando-se às ve-
Tratamento revela útil no programa de reeducação postural.
caminhar, seu alinhamento preferido é com o pé voltado OBJETIVOS PRINCIPAIS. Os principais objetivos do pro-
quase 25 graus lateralmente. zes ao lon?o da face interna e anterior da coxa. A marcha
dese~cade1a dor, além de rigidez na articulação do quadril grama terapêutico consistem em reduzir a hipermobilidade Resumo
Resultados. ~o voltar depois de 1 semana, o paciente do quadril para os movimentos acessórios e em aumentar
depois do repouso e no início da marcha. ' Observam-se nessa síndrome rotação e exagero dos movi-
afirma que seus smtomas melhoraram consideravelmente· a capacidade de alongamento dos músculos quadriceps e mentos acessórios de deslizamento anterior e superior, du-
atualmente, ele os considera como sendo de 2 a 3, na escal~ Disfunções dos Movimentos isquiotibiais. A hipermobilidade ~ara os movimentos !ces- rante a flexão e extensão do quadril, assim como durante os
de 1O. Entretanto, ainda não é capaz de sentar normalmente sórios do quadril torna-se mais evidente durante a flexao do
O paciente que apresenta hipermobilidade para os movi- movimentos de flexão e extensão do joelho. No paciente que
com os quadris em flexão e em posição neutra no plan~ joelho e a rotação externa do quadril, quando ex:cuta~as em
~e~tos femorais acessórios costuma apresentar marcha apresenta degeneração da articulação do quadril, desacom-
frontal. Ele consegue executar os exercícios em decúbito decúbito ventral, assim como durante a extensao do Joelho
bge1ramente antálgica. O quadril apresenta rotação interna panhada de restrições da mobilidade, a não ser provocadas
lateral e ;e?tral, sem qualquer dificuldade ou sintomas. em posição sentada.
durante a posição ortostática com apoio sobre apenas um~ pela dor, a rotação tanto interna como externa ocorr~m com
Seu exercic10 de abdução do quadril melhorou: ele conse- PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS
das pernas. O acompanhamento do trocanter maior durante falhas sutis dos movimentos acessórios; estas se mamfestam
gue agora rea1izá-lo com o joelho em extensão e não em Exercícios em posição de quatro apoios. Manten~o os
a flexão do joelho em decúbito ventral, mostra ; rotação mais precocemente do que deveriam. Por ~xemplo: a rot~ç~o
flexão. O exercício deve ser executado com o quadril em quadris em abdução e em discreta rotação externa, o paciente
rotação neutra. externa do fêmur (não _da pelve, mas apenas do fêmur) e, em chega a ser observada durante a flexão do Joelho em decublto
se move para trás, parando assim que o fêmur começar a en- ventral e durante a extensão do joelho na posição sentada.
O paciente não voltou às sessões de fisioterapia durante alguns casos, seu _deslizamento superior. Durante a rotação
trar em rotação externa. É preciso que alguém observe esse Essa rotação é acompanhada de deslizamento superior. A
4 semanas, porque passou o verão fora da cidade. Durante a externa do quadril em decúbito ventral, o trocanter maior
movimento do fêmur, visto que ele é muito sutil. Convém rotação e o deslizamento em sentido cranial oco~rem_ d~~~e
consulta seguinte, ele se revelou capaz de ficar sentado com d~screve um grande arco, indicando uma possível flexão
limitar a amplitude de movimento para trás, a fim de evitar_ o o alongamento do músculo quadriceps ou dos isqmotibiais
o quadril em flexão_ e em_ abdução/adução neutra. Quando discreta do fêmur. A extensão do joelho em posição sentada
alongamento dos rotadores externos intrínsecos do quadril, quando o paciente estende a perna; por i:8º• a ten_são de!se~
senta?º•. consegue, mclus1ve, colocar o quadril em ligeira pode ser aco1!1panhada por rotação interna do fêmur e por
isto é dos músculos piriforme, obturador e gêmeos. músculos, contribuindo para a compressao da articulaçao, e
rotaçao mterna. A rotação interna do seu quadril direito é de aparente deslizamento superior do mesmo.
E;ercícios em decúbito ventral. O paciente aplica o considerada responsável pelas disfunções motoras do fêmur
35 grau~ em decúbito ventral; o paciente consegue colocar polegar e indicador sobre o trocanter m~ior do ~êmur para dentro do acetábulo.
º. quadnl em extensão com o joelho fletido, sem apresentar Postura acompanhar seus movimentos. Ele flexiona o Joelho, de- O grande arco que a cabeça do fêmur descreve durante
smtoi:ias. Ele pretende re!omar suas atividades esportivas, tendo o movimento assim que perceber a rotação do fêmur. a rotação externa do quadril, no paciente em decúbito ven-
ma~ e aconselhado a faze-lo lenta e progressivamente. O Variação estrutural: limitação da amplitude para os movimentos Uma manobra útil consiste em exercer tração sobre o fêmur,
de rotação do quadril tral, é o sinal sugestivo de anormalidade dos movimentos
paciente não voltou à consulta para reavaliação. durante a flexão do joelho. acessórios.
Disfunção adquirida: discreta flexão do quadril, freqüentemente Exercícios em decúbito lateral. O paciente realiza a
Hipermobilidade Femoral Acessória acompanhada por inclinação anterior da pelve abdução do quadril em posição neutra de rotação e flexão/ Apresentação de Caso
A síndrome de hipermobilidade femoral acessória é encontra- extensão.
Exercícios em posição sentada. A fim de acompanhar Anamnese. Um homem de 43 anos de idade é encami-
da e~ ~~ivíduos que apresentam alterações degenerativas em Disfunções por Rigidez e Flexibilidade
os movimentos do fêmur, o paciente coloca o polegar e nhado ao serviço de fisioterapia, para receber instruções
fase 1mc1al na articulação do quadril, sem diminuição acen- A rotação do fêmur e o deslizamento superior são movi- indicador em tomo da região proximal da coxa, do lado sobre um programa de exercícios domicili~res para trat~-
tu~da ~a amplitude dos movimentos. Na realidade, o exame mentos que exigem maior flexibilidade que a manutenção externo da dobra inguinal. Ele estende o joelho com um mento da dor que apresenta nos dois quadns. Seu quadnl
mmuc1~so revela que eles apresentam hipermobilidade para da cabeça do fêmur em posição constante dentro do ace- mínimo de esforço, interrompendo o movimento quando o esquerdo dói mais que o direito. Os exam~s radioló_gicos
os movimentos a~essórios. Os movimentos fisiológicos não tábulo. Os músculos reto femoral e isquiotibiais são mais fêmur entrar em rotação, geralmente interna. O paciente faz indicam que o paciente sofre de degeneraçao das art1c':1la-
~co?"em em amplitude exagerada; esta pode, inclusive, estar tensos que os músculos iliopsoas e os rotadores intrínsecos uso das mãos para levantar a coxa e colocar o quadril em
do quadril. ções dos quadris. Ele foi informado de que não deve praticar
ligeir~ente abaixo da amplitude normal, sobretudo durante flexão máxima; a seguir, solta a coxa e contrai o músculo quaisquer exercícios que possam provocar um impacto sobre
os movimentos de rotação; entretanto, os movimentos arti- iliopsoas para manter o quadril em flexão.
Disfunções Musculares e do Padrão de as articulações dos quadris, tais como correr. Ele trabalha
culares não são acompanhados da sensação de rigidez e da CORREÇÃO DO HÁBITO POSTURAIS E DOS PADRÕES MOTORES DE
Recrutamento como programador de computadores. Há cerca de 6 anos,
sensa?ão fu:al que se observam na degeneração avançada MOVIMENTOS. A parte mais importante do tratamento consiste começou a correr com regularidade; está muito aflito por
da a~t~culaçao do quadri!. No paciente que apresenta hiper- Os músculos localizados principalmente na coxa exercem em ensinar o paciente a observar os movimentos do fêmur ter sido aconselhado a abandonar essa atividade.
mob1hdade para os movimentos acessórios, as deficiências un:i controle maior so?re os movimentos do quadril que os e a corrigir a execução dos movimentos que provocam dor. Sintomas. O paciente sente dores durante a marcha. Não
que ocorrem durante a rotação tanto interna como externa m~sculos 9.ue ~e l?~a~1zam na pelve. Por conseguinte, os dos se queixa de dores quando sentado, mas sim quando passa
Todos treinamentos com pesos para exercitar os mús,culos
são mui~as vezes sutis, parecendo acompanhar o deslizamen- musculos ~sqmot1?1ais p~e~ominam na extensão do quadril da posição sentada para a posição ortostática. Também sente
quadriceps e isquiotibiais precisam ser abandonados. E pre-
to supenor da cabeça do fêmur. O diagnóstico secundário é sobre a açao ?ºgluteo maximo. Os músculos reto femoral e
ciso melhorar principalmente o desempenho dos músculos dores nos quadris ao subir ou descer do carro, e, às vezes,
de degeneração do quadril em fase inicial. Essas anormali- TFL predommam como flexores do quadril sobre a atividade
dos músculos iliopsoas. que se inserem perto da extremidade proximal do fêmur, com durante o sono.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
Análise postural. A estatura do paciente é de 1, 75 m. É CAPITULO QUATRO

robusto e possui musculatura bem desenvolvida. Não pra- Tratamento. O objetivo do programa terapêutico con-
os sentidos, para os movimentos tanto ativos como passiv<:_,s. tanto a mobilidade articular como a força dos músculos, vis~o
tica quaisquer exercícios com pesos, explicando que o seu siste nesse caso, principalmente em reduzir: 1) a repetição
freqüente dos movimentos de rotação no quadril e o desli-
Os defeitos mais freqüentes são as contraturas e_m flexao que a redução do espaço intra-articular é º. fator que mais
aspecto musculoso é uma característica própria da familia.
e a limitação dos movimentos de rotação. O paci~nte que contribui para limitar a amplitude dos movimentos.
Apresenta discreta inclinação anterior da pelve e aumento zamento superior da cabeça do fümur, durante a flexão ou
extensão do joelho; 2) a amplitude dos movimentos aces- apresenta essa síndrome acaba desenvolvendo moviment?s PROGRAMA DE EXERCÍCIOS CORRETIVOS . .
da curvatura lombar. Suas cristas ilíacas encontram-se no
sórios do fêmur. O paciente é instruído na execução correta compensatórios de extensão da coluna lom?ar e de rotaça? Exercícios em posição ortostática. A tração long1tudmal
mesmo nível; a flexão do quadril é acentuada por discreta
flexão no joelho. dos seguintes exercícios: da mesma durante a marcha, já que os movimentos na arti- do eixo (deslizamento inferior) faz parte do tratamento. Um
• Em decúbito lateral - abdução do quadril com o joelho culação do joelho sofrem restrições. dos métodos para exercer essa tração consiste em colocar
Observa-se, além disso, ligeira rotação externa do quadril.
em extensão. 0 paciente em nível elevado (num degrau, p.ex.), com um
Análise dos Movimentos. Os testes são realizados nas
Postura peso na perna afetada e suspensa. (O peso varia entre 2_e ~,5
cinco posições seguintes: 1) em pé; 2) em decúbito dorsal; • Em decúbito ventral - flexão do joelho com observação
dos movimentos do fêmur, interrompendo a flexão kg, dependendo da estatura ~o paciente e de suas co~diçoes
3) em decúbito ventral; 4) na posição de quatro apoios e 5)
no paciente sentado. assim que o fêmur entrar em rotação externa ou se Variações estruturais: nada digo de nota. fisicas.) O paciente deve evitar~ qu~da da pelve, de1~ando
deslocar superiormente. apenas que o peso exerça tração ~nf~nor sobre o quadril. Ele
Posição de pé. Na posição ortostática, tanto a flexão DEFICIÊNCIAS ADQUIRIDAS
tenta colocar o quadril em rotaçao mterna e externa, dentro
anterior como o movimento de volta são normais. Observe- • Em decúbito ventral - extensão do quadril até a posição 1. Inclinação anterior da pelve e flexão do quadr_il. - .
neutra, estando o joelho em flexão e com uma almofada de uma amplitude que não lhe provoque ?ºr, e!1quanto o peso
se na posição ortostática com o apoio unipolidálico que os 2. Limitação da amplitude dos movimentos da art1culaçao do quadnl
exerce tração inferior sobre o membro mfenor suspenso.
dois quadris descem ligeiramente. sob o abdome. em todas as direções. .
• Em posição de quatro apoios - move para trás, enquanto 3 Falta de extensão do quadril, afetando o alinhamento porque Exercícios em decúbito dorsal. O alonga~~nto dos fle-
Decúbito dorsal. O paciente relata dor na virilha com xores do quadril é uma medida importante. Solicitamos, p~ra
um assistente acompanha o deslocamento do terço supe- · contribui para a rotação e/ou inclinação d~ pel~e. _ _
o quadril em flexão de 100 graus; a dor é mais intensa na tanto, que o paciente segure o joel~o ?posto contra o peito
rior do fümur mediante palpação do trocanter maior; in- 4. Rotação compensatória da pelv~_, devida a l1md1t~ çd~o ~a r;tpa~~~
virilha esquerda, em comparação com o lado direito. A dor no quadril. Em caso de hipomob11idade do ~ua n1 irei o, . e que contraia os músculos abdommais, :nquanto co~oca o
na região da virilha também se manifesta bilateralmente tenupção do movimento no ponto de rotação do fümur. pode apresentar rotação em sentido horáno, colocando a articu-
• Em posição sentada - extensão do joelho, evitando a quadril afetado cuidadosamente em extensao: A co~traçao dos
quando, durante o decúbito dorsal, o paciente passa da flexão lação do quadril em rotação interna. .
músculos encarregados da extensão do qu~dri~, partlcularmen-
para a abdução do quadril com rotação externa. rotação do quadril e o deslizamento superior da cabeça 5. Diferença no comprimento dos membros inferiores, devido ao
do fêmur. colapso da substância óssea subcondral. te do músculo glúteo máximo, pode co!1tnb~1r para aumentar
Decúbito ventral. Durante a flexão do joelho, a rotação ex- a amplitude do movimento de extensao. N~<:_ se r~c?menda
terna do quadril e o deslizamento superior do fümur são mais • Durante a marcha - contração da musculatura glútea,
no momento de choque de calcanhar. aplicar um peso ao tornozelo durante a pos1çao ~x1gi~a para
acentuadas no lado esquerdo. Estando o paciente em decúbito Alterações da Flexibilidade e Rigidez . _ 0 exame do comprimento dos flexores do quadril, p01s essa
Resultado. Duas semanas após a primeira consulta, o
ventral com o joelho em flexão, a palpação do trocanter maior A coluna lombar toma-se mais :flexível que a articulaçao medida é capaz de gerar sobre a cabeça do fümur ~a força
paciente voltou ao serviço de fisioterapia, afirmando já não
revela que o movimento do terço proximal do fümur descreve do quadril. dirigida anteriormente. O paciente deve, em vez disso_, ~e-
sentir dor nos quadris quando anda, nem quando passa da
um arco amplo durante a rotação externa do quadril. gurar um joelho de encontro ao peito quando -~m dec~b1to
posição sentada para a postura em pé. Seus exercícios são
Posição de quatro apoios. Observa-se flexão da coluna submetidos à revisão e constatamos que suas disfunções de Disfunções Musculares e no Padrão de dorsal, aplicando, em seguida, um peso na regiao proxu::,al
lombar, em lugar da flexão do quadril, quando o paciente Recrutamento do fümur na região da virilha. Com o peso preso na ,re?iao
movimentos desapareceram. O paciente resolveu não voltar
se move para trás em posição de quatro apoios. A porção para tratamento, pois estava pagando com seu dinheiro. Ele o principal problema de recrutamento é a ativid~~e _d?mi- anterior p~oximal da coxa, contrai o músculo glúteo maxnno,
proximal do fêmur apresenta rotação externa, conforme está convencido de que entendeu os exercícios e sabe que eles nante dos flexores do quadril. Durante as fases miciais ~a contribuindo, dessa maneira, para o along~ento.
revelado pela palpação do trocanter maior, porém, a parte são benéficos. Aconselhamos o paciente a praticá-los diaria- síndrome é possível diminuir os sintomas, de~de que se evite Exercícios em posição de quatro apows. S~mpre que .º
distal do fümur não se desloca. Graças à correção e repetição mente, particularmente depois de andar de bicicleta; o ciclismo a atividade dos músculos flexores do quadnl e se_ aumente paciente puder assumir a posição de quatro apoios, o movi-
do movimento, o paciente consegue movimentar-se para constitui, atualmente, seu exercício de condicionamento. a participação dos extensores _do ~esmo. A reduçao da_ a~- mento para trás em direção aos calcanhares repres~nta um
trás, chegando a :flexionar os quadris em 115 graus, sem plitude dos movimentos contnbm para a ~raqueza adqumda método melhor para aumentar a amplitud~ dos movm~ent?s
apresentar rotação externa nem dor. Hipomobilidade Femoral com dos abdutores e dos extensores do qu~dril. _ . de flexão dos quadris do que a tração do Joelho e~ direçao
Posição sentada. Quando o paciente coloca o joelho es- Deslizamento Superior Também se observam, às vezes, disfui:içoes re_l~tivas ao ao tórax, no paciente em decúbito dorsal. E~ vista da r~-
querdo em extensão durante a posição sentada, seu quadril es- comprimento e à força dos mús_culo~. ~ hipomobihdade da duzida amplitude para o movimento de flexao do quadnl,
querdo apresenta rotação interna, mas não se observa rotação A hipomobilidade do fümur, acompanhada por deslizamento própria articulação impede o diagnostico do encurtamento recomenda-se que o paciente interrompa o deslocamento
no quadril direito durante a extensão do joelho direito. superior, é uma síndrome decorrente da degeneração da dos diversos músculos. posterior do tronco, assim que a pélve ou a coluna, entrarem
Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. Os articulação do quadril, com sinais de lesão da cápsula. É em rotação. O paciente deve empurrar-se para tras com as
músculos TFL e reto femoral dos dois lados apresentam acompanhada por restrições acentuadas da amplitude para os Testes de Confirmação mãos movimentando-se em direção aos calcanhares, em
encurtamento. Os adutores dos quadris esquerdo e direito movimentos tanto ativos como passivos de flexão extensão A hipomobilidade do fümur com desvio s_uperior é acompa- vez d~ contrair os flexores do quadril. . A , •

revelam-se fracos (4-/5 e 4/5, respectivamente) e os mús- rotação, abdução e adução dos quadris. ' ' nhada por diminuição da amplitude dos mo~entos em tod_?s os Exercícios em decúbito ventral. Existem tres exerc1c1?s
culos glúteos máximos dos dois também são fracos; sua sentidos, em especial da rotação, da abduçao e da aduçao. que podem ser praticados em decúbito ~entral: 1) a flexao
força é de grau 4/5. Sintomas e Manifestações Dolorosas do joelho; 2) a rotação externa ~o qua~lnl com o Joelho ~m
Diagnóstico. O tipo da dor é compatível com o diag- flexão e 3) a abdução do quadril, deshz~ndo o membro ~n-
A dor durante os movimentos é geralmente percebida na Resumo
nóstico de doença degenerativa das articulações dos quadris. profundidade da articulação, podendo irradiar-se ao longo da ferior sobre a superficie de suporte. O fis10terapeuta precisa
O espaço articular encontra-se reduzido, I?rincipal~ente verificar se a contratura do quadril em flexão não pro:1oca
As disfunções primárias, manifestando-se por rotação dos região interna ou anterior da coxa. A articulação apresenta ri- ao longo da face superior da ~rticulação. Exist~ reduçao ~a
quadris e pelo deslizamento superior durante os movimen- gidez em seguida ao repouso. Mais tarde, o paciente também a extensão da coluna lombar em decúbito ventral. ~ or isso,
mobilidade em todos os sentidos, mas a reduçao da ampli- recomendamos geralmente a colocação de travesseiros sob
tos de flexão e extensão dos joelhos, estão de acordo com o relata dor em repouso e durante a noite. Durante a marcha, tude para a extensão do quadril c~usa alterações da marcha,
diagnóstico de síndrome de hipermobilidade para os movi- o paciente portador dessa síndrome apresenta, geralmente, o abdome do paciente.
consistindo em extensão excessiva da coluna lombar o~ Exercícios em posição ortostática. Podem_os a_umen~r a
mentos acessórios do fêmur. A repetição dos movimentos de rotação excessiva da pelve ou inclinação anterior, em virtude em rotação da pelve. A fraqueza dos abdutores do quadnl
da falta de extensão no quadril. Ele apresenta marcha antál- força dos músculos da parede abdominal infenor, mstrumdo
rotação e de deslizamento superior, assim como a amplitude contribui para a marcha antálgica.
gica, em caso de fraqueza dos abdutores do quadril. o paciente a se colocar e~ pé,. com o dorso encostado na
excessiva dos movimentos acessórios do fümur, são fatores
parede e a fletir os quadns e Joelhos, a fim de apla~ar .ª
que contribuem para a dor que o paciente apresenta nos Tratamento
quadris. Disfunções dos Movimentos coluna: O paciente deve contrair os músculos abdomm:;;
OBJETIVOS PRINCIPAIS. O principal objeti~o do progr~ma para manter a coluna encostada contra a parede, enqua
A amplitude dos movimentos revela-se limitada em todos
de tratamento consiste em manter, na medida do poss1vel, endireita quadris e joelhos.
-------1111
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Exercícios durante a marcha. O paciente é orientado a


contrair os músculos glúteos, no momento de contato do
calcanhar com o solo, e a colocar o quadril em extensão. No
paciente que apresenta contratura do quadril em flexão, o
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Análise dos Movimentos. As provas são realizadas n
cinco posições seguinte: 1) em pé; 2) em decúbito dorsa~-
3) em decúbito ventral; 4) na posição de quatro apoios e 5)
durante a marcha.
uadril. Ele precisa, também, realizar.ª abduçã<: do quadr~l
~om rotação externa, estando o quadnl en:i flexao;? movi-
mento deve ser suspenso, assim que o paciente sentir dores
na região da virilha. . .
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPITULO QUATRO

enquanto a outra mão dirige o femur prox~al pelo troc~te~, a


fim de alinhá-lo corretamente dentro do acetàbulo. Um diagnos-
tico associado à síndrome de deslizamento lateral da cabeça do
femur é o quadril com "estalos", que são a subluxação.
movimento compensatório mais freqüente consiste em fle-
xão e não em extensão ou rotação da coluna lombar, capaz de Posição de pé. A flexão anterior do tronco é realizad Na posição de decúbito lat~ral, o pacien!e coloca o quadril
normalmente, com flexão do quadril em 80 graus e ª ligeira abdução e em segmda em aduçao, mantendo essa Sintomas e Manifestações Dolorosas
provocar dor lombar. Embora seja pouco desejável, a flexão O
do joelho durante a marcha não provoca tanta dor no joelho joelhos em flexão. O tronco se desvia para o lado durante e:ição durante I O a 15 segundos. Em decúbito ventral, ele o sintoma principal da síndrome de deslizamento lateral ~a
quanto os movimentos compensatórios da coluna. a posição de apoio unipodálico, em virtude da posição do ~exiona o joelho, evitando ao mesmo tempo qu~ ~ pelve se cabeça do fêmur com tração do eixo curto é a dor no quadnl.
quadril em abdução.
Exercícios em posição sentada. O paciente pode sentar-se desloque. Outro exercício a s~r executado e~ decubito _v~ntral Na maioria dos casos, o paciente é capaz de demonst~ar
sobre uma almofada em cunha, o que exige flexão menor no
Decúbito dorsal. Em decúbito dorsal, a amplitude para é a rotação do quadril com o Joelho em fle~ao. Na posiçao ~e como fazer o seu quadril "estalar", colocando-se em pe _e
quadril que, nesse caso, está limitada em 90 graus. os movimentos de flexão limita-se no quadril esquerdo a J00 quatro apoios, o paciente se move para tras, com os quadris executando um movimento abrupto de adução do qua~nl
graus. O paciente relata dor no limite extremo da amplitude. com abdução, parando assim que o deslocamento do peso para com rotação interna. Essa síndrome é encontrada com ma~or
Transição da posição sentada para a posição ortostá-
Em posição de flexão, o quadril está em abdução e não pode freqüência em bailarinos, em pessoas que apresenta~ a sm-
tica. O paciente deve deslocar-se para a beira da cadeira, 0 lado direito se toma incontrolável. ,
empurrando-se com auxílio das mãos, em vez de recorrer à
se aduzido. A mobilidade para a flexão do quadril direito Sempre que passar da posição sentada para a postura ~m pe, drome da hipermobilidade congênita e em mulhere_s Jovens
encontra-se dentro dos limites normais. A abdução/rotação que apresentam uma anomalia congênita do quadril, como
flexão ativa dos quadris. Ao levantar-se, precisa alinhar seus 0 paciente deve contrair os músculos glúteos e tentar endrreitar
externa do quadril esquerdo, quando em flexão, provoca os quadris, dentro do possível._ . , . a luxação congênita.
quadris e joelhos e não se balançar para frente, flexionando
os quadris. dor na região da virilha, com apenas 50% da amplitude do Durante a marcha, ele sera mstnudo a contrair a muscu-
mesmo movimento no quadril direito. Disfunções dos Movimentos
latura glútea esquerda no momento ~em que se~ calcanhar
Decúbito ventral. Estando o joelho esquerdo fletido, no tocar no solo, continuando a mante-la contra1da durante PosTURA ORTOSTÁTICA. Além da subluxação _a~topro~o-
Apresentação de Caso paciente em decúbito ventral, a pelve se inclina anterior- toda a fase de apoio sobre o solo. Ao final des_sa fase, de- cada, 0 fêmur apresenta rotação interna e o quadril e a~uz1do
mente e apresenta rotação em sentido anti-horário, enquanto verá usar ativamente a musculatura da pantumlha para se na direção que está de acordo com a fi:aqueza do musculo
Anamnese. Um homem de 58 anos de idade queixava-se entra em abdução.
de dores no quadril esquerdo, sendo, por isso, encaminhado destacar do solo. , . ~ glúteo médio, quando o paciente se ap01a sobre apenas uma
ao fisioterapeuta para fins de exame e tratamento. Trata-se
Posição de quatro apoios. Ao movimentar-se para trás Aconselhamos o paciente a suspender o exerc1c10 de fl~xao das pernas. ~
em posição de quatro apoios, a pelve do paciente se desvia bilateral dos quadris com extensão dos joelhos que ele vinha DECÚBITO DORSAL. Via de regra, o fêmur apresenta ro!açao
de um executivo que mantém um programa intensivo de
para a direita, visto que a mobilidade de seu quadril direito praticando suspenso nas barras. interna durante a flexão de quadril e joelho. A elevaçao ~da
atividades fisicas, incluindo tênis, squash e exercícios regu-
para o movimento de flexão é maior que aquela do quadril Resultados. Ao longo de um período de 8 se?1anas,_ o perna estendida (flexão do quadril com o j oelh? em extensa~)
lares no seu clube esportivo. O exame radiológico revelou a
esquerdo. A amplitude para os movimentos de flexão limita- paciente voltou mais quatro vezes às sessões de fisioterapia. é acompanhada por rotação in!erna do quadnl; o TCIR nao
presença de alterações degenerativas no quadril esquerdo,
se a 100 graus no quadril esquerdo; sendo ligeiramente maior Foi acrescentado mais um exercício ao seu programa. Estan- mantém a posição normal relativamente constan~e, confor:me
porém o paciente hesita em submeter-se ao implante de um
nesta posição para o quadril direito. demonstra o desvio excessivo do trocanter maior supenor-
quadril artificial porque, segundo seu médico, seria obrigado do em decúbito ventral, com um travesseiro sob ~ abdome,
a renunciar ao tênis e a corrida. Ele acredita, além disso, que Marcha. A extensão do quadril mostra-se limitada quan- mente e anteriormente. ~
0 paciente realiza a extensão do quadril com o _Joel~~ e~
do o paciente anda; ele apresenta, por isso, rotação excessiva DECÚBITO LATERAL. O quadril apresenta fl~xJo e rota7ao
a dor não é tão grave a ponto de justificar o implante. Ele flexão. No final desse período de 8 semanas, o p~~ient~ Jª nao
da pelve durante a fase de apoio sobre o solo. Não se observa interna quando abduzido. Ao vol:,ar _à pos1çao de _saida,
atribui a origem do problema no quadril a um acidente que queda evidente do quadril. apresenta a flexão do quadril na posição or!ostatlca. E capaz
0 quadril entra em adução e rotaçao mterna :xcess1va. A
sofreu com o esqui aquático, ocasião em que caiu e ouviu um de ficar em pé com uma distância de aproxu~.a~amente 5 cm
Análise do Comprimento e da Força Muscular. Os mús- observação do trocanter maior e a comparaçao entre seu
forte estalido. Refere ter apresentado "alguma dor" durante entre os pés e de caminhar com rotaçã~ mmima da pelve.
culos TFL, reto femoral e iliopsoas apresentam encurtamento. movimento e aquele do trocanter contralateral ?urante e~se
as semanas que se seguiram ao acidente, mas a dor acabou
A articulação coxofemoral leva a limitações da amplitude de
o contorno da região glútea esquerda e semelhante ao da mesmo movimento é capaz de revelar a excursao excessiva
regredindo. Seu outro problema ortopédico havia ocorrido direita; ele consegue fletir o quadril esquerdo em_~ 20 graus,
movimento do quadril, que fica restrito nos últimos 30 graus inferiormente e medialmente que o fêmur afetado executa
5 anos antes, quando seu tendão de Aquiles foi cortado e sem sentir dor. Três me~es mais t~rde, por ~c_asiao de ~n:1ª
de extensão. Os músculos flexores do quadril direito apre- durante a adução excêntrica do quadril.
restaurado cirurgicamente. O paciente não vinha jogando consulta de controle clímco, o paciente Jª esta Jogando tems:
sentam comprimento normal. A flexão do quadril esquerdo DECÚBITO VENTRAL. O trocanter maior descreve, durante a
tênis durante os 4 meses que precederam seu exame fisico, embora seja menos competitivo que antes. Nã~ sente dores a
limita-se a 100 graus. Os abdutores do quadril esquerdo estão rotação externa do quadril, um movimento de g~ande arco.
pelo fato de ter apresentado dores noturnas no quadril e noite, a não ser após ter sido especialm~nte atlv_o. Consegue
encurtados (15 graus abaixo da posição neutra). A análise do Ele apresenta rotação interna durante os movimentos de
aumento da rigidez durante o dia. A dor durante a noite é caminhar longas distâncias, e seus amigos venfi~aram que
quadril esquerdo revela rotação interna e externa, da ordem de extensão do quadril.
mínima depois que ele deixou de jogar tênis. Sua mulher e ele deixou de mancar. O paciente voltou 2 anos mais tarde. _O PosiçÃo DE QUATRO APOIOS. A observação do~ tr?canter
1Oe 15 graus, respectivamente. No quadril direito, a rotação
os amigos fizeram comentários sobre a claudicação que se exame radiológico revela que seu quadril de~eriorou-se mais, maior mostra que o fêmur pode apresentar rotaçao mterna
manifesta quando ele anda. interna é de 25 graus, enquanto a rotação externa chega a 30
graus. Não foi possível analisar os diferentes músculos, em porém ele mantém suas atividades esportivas c~m- apenas quando o paciente se move para trás._ ,
Sintomas. Quando caminha, o paciente sente dores um mínimo de dor. Continua desenvolvendo d1anamente PosrçÃo SENTADA. A extensão do Joelho e acompanhada
vista da mobilidade limitada do quadril.
discretas no quadril. A dor torna-se mais intensa depois de seu programa de exercícios. muitas vezes por rotação interna. . . , .
ele permanecer sentado durante certo tempo, colocando-se Diagnóstico. O diagnóstico é de hipomobilidade femoral
com deslizamento superior da cabeça do fêmur. MARCHA. Durante a fase de ap010 b1podahco, observa-s~
depois em pé para começar a andar. Também sente dores Síndrome de Deslizamento Lateral do aumento da inclinação lateral da pelve ou a~uçã? do quadnl
no período da manhã, depois de se levantar e começar a Tratamento. Os objetivos do programa de tratamento
consistem principalmente em aumentar a amplitude dos Fêmur com Tração do Eixo Curto afetado. A rotação interna do femur tambem e acentuada
caminhar.
movimentos do quadril, particularmente do movimento de ex- durante a fase de apoio da marcha.
Análise Postural. A estatura do paciente é de 1, 77 m. Sua A síndrome de deslizamento lateral do remur com traç~o curta
musculatura é também desenvolvida. Seu quadril esquerdo tensão, além de melhorar a função da musculatura glútea. sobre O eixo apresenta um quadro semelhante ao da smdrome
Prescrevemos ao paciente exercícios específicos a serem Postura
apresenta-se em flexão, embora sem inclinação anterior da de adução do quadril, exceto que os abdutor~s podem tomar-se
pelve; o joelho também se encontra em flexão. O quadril não executados nas posições de decúbito dorsal, lateral, ventral tão frouxos que provocam, às vezes, o deslizamen:o la!eral, da VARIAÇÕES ESTRUTURAIS .

está em flexão. Os dois quadris estão em abdução durante e de quatro apoios, durante a marcha e no movimento de cabeça do femur, a ponto de se instalar a ~ubluxaçao (isto e, a 1. É comum haver antecedentes de luxação congênita do quadnl.
passagem da posição sentada para a postura em pé. tração curta sobre o eixo). O trocanter ma10r t?ma-se bas~te 2. Pelve larga.
a postura ortostática. Ele refere dor no quadril esquerdo 3. Trocanter maior saliente bilateralmente.
quando junta os pés. As cristas ilíacas direita e esquerda Quando em decúbito dorsal, o paciente deve segurar o saliente no paciente em decúbito lateral, po~co a frente da linha
joelho direito contra o peito e contrair os músculos abdo- mediana e em ponto distal do centro do acetá~~o, quando com- DISFUNÇÃO ADQUIRIDA
encontram-se no mesmo nível; o glúteo esquerdo é visivel- Diferença aparente em relação ao comprimento d_os membros
minais, enquanto coloca o quadril esquerdo em extensão e parado com outro quadril nessa i:i-iesma pos1çao. _Para c?locar 1
mente menor que o direito. · inferiores, estando a crista ilíaca do lado do quadnl afetado em
contrai os músculos glúteos, para favorecer a extensão do 0 femur em posição correta, o fisioterapeuta precisa flex10:1ar, nível mais alto que a crista ilíaca do outro lado.
abduzir e colocá-lo em rotação externa com uma de suas maos,
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Dzs·,.r:,unça-0 d M ·
'J • os ovzmentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPITULO Q UATRO
Resumo
A principal anormalidade encontrada na síndrome de desli- •Exercícios em posição sentada · o paciente
· p · Posição de quatro apoios. A avaliação postural em exige a abdução de 25 graus para se obter a extensão comple-
tremar a extensão do joelho sem que o q drºl recisa
z~me?to late:al da cab~ça do fêmur com tração curta sobre o t ~ , ua i entre posição de quatro apoios revela que a metade es_qu~rda ta à direita, 5 graus de abdução do quadril já são suficientes
ro açao, caso este apresente rotação interna du em
eixo e a aduçao excess_iva do quadril; esse excesso pode che- tensão do joelho. rante a ex- da pelve ocupa posição mais alta que a metade direlta e para a extensão completa. Nenhum dos outros flexores do
gar a ponto de produzrr a subluxação lateral do eixo curto. que o fêmur apresenta discreta rotação interna. Durante o quadril apresenta encurtamento. Os músculos abdutores
Exercic~os em posição ortostática. O paciente é inst ,
movimento do corpo para trás, a monitoração do trocanter do quadril esquerdo são fracos, de grau 4-/5, enquanto os
do a contra1r os abdutores e rotadores externos do u ~1-
Disfunções por Flexibilidade e Rigidez enq1:lanto se apoia apenas sobre uma das pernas b q adri1, maior indica que houve um discreto grau de rotação interna músculos abdutores do quadril direito possuem força nor-
a evitar a a~ução do quadril com rotação intern'a. em como do fêmur esquerdo. Sua pelve também se desvia um pouco mal, de 5/5. O músculo GMP esquerdo é particularmente
A am~litude para os movimentos de adução do quadril é
excessiva, ass111:_ c~mo, muitas vezes, também para os movi- CORREÇAO DOS ~ÁBITOS POSTURAIS E DOS p ADRÕES para a esquerda, o que significa que seu quadril esquerdo fraco (3+/5); a paciente encontra dificuldades para impedir a
me~tos de rotaçao mterna. A articulação do quadril é me CRUTAMENTO: O paciente deve evitar cruzar as pernas DE RE- se :flexiona ligeiramente mais que o direito. rotação interna do quadril quando colocada na posição para
~stavel que em condições normais, uma vez que o pacie:~! senta~o, assim como a posição ortostática com o qua:~ndo Decúbito dorsal. Não se percebe resistência à flexão o teste. Os adutores dos quadris direito e esquerdo são de
e capaz de provocar ativamente a subluxação do mesmo. ad_uçao. Quan~o em decúbito lateral, deve colocar tra/m passiva do quadril; a amplitude do movimento de flexão é grau 5/5, enquanto os músculos glúteos máximos esquerdo
seiros entre os Joelhos a fim de impedir a ad ~ es- de 125 graus para os dois lados. O quadril esquerdo apre- e direito são de grau 4/5 e 5/5, respectivamente.
int d d ·1 E , uçao e rotação senta certa tendência para a rotação interna, no extremo da Diagnóstico. O diagnóstico é de síndrome de desli-
Anomalidades Musculares e no Padrão de ema o q~a n . finalmente, precisa evitar os "estal "
dentro da articulação do quadril. os amplitude para o movimento de flexão. Quando ela coloca zamento lateral da cabeça e fêmur e baseia-se nos seguin-
Recrutamento
o quadril fletido em abdução/rotação externa, relata que o tes dados principais; 1) na capacidade da paciente para
Os ~exores e os rotadores internos do quadril são mais Apresentação de Caso trocanter provoca desconforto na região posterior externa da desencadear a sub luxação (o "estalido") do quadril e 2)
domma~tes que os ~bdutores e os músculos encarregados coxa esquerda, do extremo da amplitude para o movimento. no fato de ser o fisioterapeuta obrigado a guiar o trocanter
Anamnese. Uma estudante graduada de 24 anos queixa-
~a rotaçao externa. As vezes também se observam anorma- Não se observa rotação compensatória da pelve. O quadril maior com a mão, durante a abdução e rotação externa do
se_ de_ uma dor surda na profundidade do quadril esquerdo
lida~es em relação ao comprimento e à força dos músculos esquerdo apresenta rotação interna durante a elevação da quadril, a fim de posicioná-lo corretamente em decúbito
p~m"cip~lmente dur~nte e após as corridas de 1,6 a 3,2 km d~
~ museu!~ glúteo médio e os rotadores externos do quadrÚ distancia. Ela tambem sente dor discreta durante as caminh - perna estendida. lateral. Nessa posição de decúbito lateral, o quadril apresenta
sao compndos e fracos; o músculo TFL está encurtado. Decúbito lateral. O quadril esquerdo apresenta adução
das, sobretudo quando a distância é de 5 a 8 km A · ª adução e rotação interna exagerada. Além disso, estando a
participa d , . d • paciente e rotação interna excessiva quando a paciente está em de-
El e uma sene e esportes em ambientes fechados paciente nessa mesma posição, o trocanter maior localiza-
Testes de Confirmação a a~a e co~segue demonstrar que é capaz de fazer se~ cúbito lateral. Nessa mesma posição, o trocanter maior do se mais distalmente e anteriormente, em comparação com
Tanto o alinhamento_ que o fêmur apresenta em decúbito ~u~dril esta~ar , executando um rápido movimento volun- fêmur esquerdo parece estar localizado mais para inferior o trocanter oposto. A dor na articulação do quadril deve-se
late~al como a ~apacidade de o paciente provocar a sublu- tan? de a_duçao e rotação interna em posição ortostática A e anteriormente em relação ao acetábulo que o trocanter à movimentação excessiva da cabeça do fêmur, especial-
xaç~o do quadnl confirmam o diagnóstico de síndrome de pacbiente mforma ainda que seu quadril apresentava alg~m maior à direita. A adução e rotação interna do quadril di- mente durante as atividades que exigem o controle rigoroso
deslizamento lateral do fêmur. pro 1ema durante o primeiro ano de vi·da , obn· gando-a a reito são de menor grau que a esquerda. Estando o quadril do fêmur durante a fase de contato com o solo (durante a
us~r um apare lh o ortopédico durante a noite. O caso não esquerdo na posição correta para o exame da força dos
corrida, p.ex.).
Tratamento fo1 acompanhado por ortopedista porque sua mãe achava músculos abdutores, o fisioterapeuta se vê obrigado a fletir
Tratamento. Os principais objetivos do programa
que o pr~blem~ co~? quadril da filha havia sido resolvido e abduzir o quadril e a reposicionar o trocanter maior com
O~JE!Ivos P~cIPAIS. O objetivo principal do programa terapêutico que prescrevemos a essa paciente consistem
de m~neira satisfatona durante a infância. a mão, a fim de obter o alinhamento correto entre fêmur
terapeutico consiste_ em eliminar a frouxidão dos músculos em evitar o deslizamento lateral da cabeça do fêmur e em
S1~tomas. A paciente costumava correr 2 milhas (3 2 e acetábulo.
abdutores do quadnl e em evitar a subluxação da cabeça encurtar e promover o fortalecimento da musculatura en-
do fêmur. km), cmco e sete vezes por semana, até que a dor no quadril Decúbito ventral. Os contornos do músculo glúteo má-
carregada da abdução e rotação externa.
passou a aumentar. Ela deixou de correr, mas ainda pratica ximo esquerdo não se modificam senão a partir de quase 1O
PROGRAMA DE EXERCÍCfOS CORRETIVOS Quando em decúbito dorsal, a paciente deve segurar o
esp?rtes. Quando mais intensa, a dor é classificada pela graus de extensão quando se solicita à paciente que estenda
Exercícios e~ P_Osição de quatro apoios. Não se devem joelho direito contra o peito, a fim de aplanar a coluna. Ela
pa~iente como de 3, na escala que vai até 10. Quando ela o quadril em decúbito ventral, com o joelho em extensão.
prescrever ~xer~1c10s nessa posição; eles são capazes de Os músculos glúteo máximo e os isquiotibiais à direita também é instruída a inclinar a pelve posteriormente e a
evita correr ou caminhar longas distâncias as dores desa-
al~ngar mais amda os músculos posteriores e a cápsula parecem. ' contraem-se simultaneamente, a julgar pela mudança de seus deslizar o membro inferior esquerdo em extensão e abdu-
articular. ção, enquanto mantém o quadril em rotação externa. Este
Análise P?stura_I. Em posição ortostática, a crista es- contornos. O trocanter maior esquerdo descreve um grande
Exercício~ em decúbito dorsal. Estando em decúb ºt querda da paciente situa-se meia polegada (1 25 ) . arco durante a rotação externa do quadril. A amplitude para exercícios visa o alongamento do TFL-BIT.
dorsa~, o ~aciente é intimado a realizar a flexão ativa ~~ d ' 1d · -, . . , cm acima
o ~ve, a cnsta 1haca direita. A inclinação pélvica no plano os movimentos de rotação externa é de 35 graus no quadril Em decúbito lateral, a paciente coloca travesseiros
quadnl e Joe~h~, procurando ao mesmo tempo manter o sag1tal e neutra. Na região do troncanter, o lado externo da esquerdo. Não se observa esse arco de grande envergadura, entre as coxas, em altura suficiente para impedir a adução
fêi:riur em posiçao constante ou neutra em relação à rotaçã coxa esquerda aparenta s~r n:1-ais volumosos que a região no trajeto que o trocanter maior direito descreve durante a do quadril; executa, então, a abdução do quadril, enquanto
evita~do, dessa maneira, que o trocanter maior se desloquº~ cf,rres~ondente ~o quadnl dJreito. A paciente apresenta, rotação externa do quadril. A amplitude deste movimento mantém a rotação externa do mesmo. Ela precisa ser ins-
antenormente ou em sentido medial. ª. em diss?, ~1?- discreto valgismo dos dois membros infe- truída a manter o quadril em extensão máxima e a evitar a
também é de 35 graus no quadril direito.
Exercício~ em decúbito ventral. Estando em decúbito nores e pe ngido de dorso alto. Posição sentada. Durante a extensão do joelho esquerdo extensão da coluna lombar. Deve colocar a pelve em ligeira
ventral, o pa~1ente reali~a a abdução do quadril com rotação ~náJise dos movimentos. As seguintes provas foram e posição sentada, verifica-se rotação interna do quadril. rotação anterior, de modo a executar a abdução do quadril
externa. ~letmdo quadns e joelhos e mantendo os quadris realizadas .estando a paciente 1) em pe'., 2 ) em posiçao
. _ de Isso se toma evidente quando o fisioterapeuta aplica a mão em ligeira extensão e contra a ação da gravidade.
em r~taçao externa, a fim de garantir que os pés se toquem quatro apo!o~; 3) em decúbito dorsal; 4) em decúbito lateral. sobre a face anterior da coxa enquanto a paciente estende Quando em decúbito ventral, os quadris da paciente
medialment~, o paciente realiza a rotação externa isométri- 5) em d_ecubito ventral; 6) sentada e 7) caminh d , o joelho. devem estar em abdução e rotação externa, os joelhos em
Po ~ rt , . an o.
ca do q~adnl. Ou!ro exercício a ser realizado em decúbito . s1çao o ostat1ca. A paciente não relata quaisquer Marcha. No lado esquerdo, a fase de apoio sobre o chão flexão e as faces internas dos pés devem estar em contato
ventral e~ ~xtensao do quadril com o joelho em flexão. smtomas e também não se observam disfunções dos movi- é acompanhada de evidente aumento da rotação interna entre si. A paciente realiza exercícios isométricos de rotação
1!:x_erczcws em_ decúbito la_teral. O paciente realiza, nessa mentos quando ela é instruída a flexionar o tronco anterior- e da adução no quadril (queda do quadril). Durante essa externa do quadril, exercendo pressão de um pé contra o
posiç~o, a abduçao d~ quadril com ligeira rotação externa. ~ente, a voltar à posição ortostática e a flexionar o tronco fase da marcha não se observa à direita nenhuma dessas outro. Quando em decúbito ventral, com os joelhos fleti-
~onvem colocar um numero suficiente de almofadas entre os ateralmente. Quando está em pé sobre o membro inferior anormalidades. dos, a paciente executa a rotação externa do quadril, com o
Jo~l~os, para que a adução do quadril não ultrapasse a linha esque~do, apres~nta adução evidente do quadril, adução esta Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. objetivo de alongar o TFL-BIT.
media do corpo, durante o retorno à posição de saída. ~ue ~ao s_e ~amfesta na posição apoiada sobre o membro O TFL-BIT esquerdo está encurtado. Durante o exame do
mfenor d1reito. Quando em pé, apoiada apenas sobre a perna esquerda,
comprimento dos flexores do quadril, o quadril da paciente a paciente deve contrair a musculatura glútea esquerda, de
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
- ----1111111
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO Q UATRO

modo a impedir a rotação interna do quadril e a queda do


mesmo. Também durante a marcha, ela deverá impedir a que o calcanhar entrar em contato com o solo. Depois de 2
Referências
queda e a rotação interna do quadril, contraindo os músculos semanas desse esquema, a paciente passou a correr durante
glúteos à esquerda. 2 minutos, andando em seguida 1 minuto, com duração total 12 Li b FJ Perry J: Quadriceps function: an EMG study under iso-
de 30 minutos. A observação da paciente durante a corrida
ª . ·
1. Bogduk N, Pearcy M.' H dfield G· Anatomy and biomechanics of
. e . ' diti J Bone Joint Surg Am 53:749, 1971. .
Com o objetivo de corrigir seus hábitos posturais, ins- . Clin Biomech 7.109, 1992. . al metnc con ons, · · b' ts With
revela que ela é capaz de controlar a rotação interna do psoas ma.ior, . . 1 . tilt measurements in anatorruc
13 Mernam. WF t
e · al· A study revealing a tall pelvis m
983 su ~ec
truímos a paciente a colocar um travesseiro entre as pernas 2. Deusinger ~:. Validi~ of pe vii764 1992. · . J Bone Joint Surg Br 65B:153, 1 ·
quando em decúbito lateral, evitando, dessa forma, a adução quadril. Passadas outras duas semanas, ela foi autorizada neutral poslt1on, J Biomech 2. . ~ensions of male adolescents low back pam, . h' f plantar-flexor peak torque and
a correr durante 5 minutos e a caminhar durante 1 minuto· 3. Ebrall PS: Some antropometri~ J Manipulative Physiol Ther 14. Mueller ~J et al: Reflat1oti~s l~oºkinetic variables during walking,
e a rotação interna do quadril. Ela é aconselhada, também, with idiopathic low back pam, dorsiflex10n range o mo on
a não sentar com as pernas cruzadas. Ao passar da posição a freqüência total foi aumentada para quatro vezes por se~ Ph Ther 75·684, 1995. .
17:296, 1994. . han dbook ' Boston 1998, Butterworth- ys. . . PK· Joint structure and function: a com-
sentada para a posição ortostática, ou vice-versa, ela é mana, num esquema de dias alternados. Aproximadamente 4. Fagerson TL: The hip 2
15. Norkin ?C, Levang_1e d Philadelphia, 1992, FA Davis.
orientada a manter os joelhos rigorosamente voltados para 3 meses depois da primeira consulta, a paciente já não v·mke prehensive analysis, e ' JM· Functional differentiation with-
frente e a evitar a rotação interna dos quadris. Ela deve, apresenta encurtamento do TFL-BIT e a força dos abduto-
He~emannAH.,
5 Fre1berg TH-· Sciatica and sacro-iliac joint, J Bane
16. Pare EB, Stern .n:, Schw~ . etered electromyographic anal-
. Joint Surg Am 16:126, 19S34H kh r S et al: Femoral anteversion, in the tensor fasc1a latael. a teJle;1 ne Joint Surg Am 63(9):1457,
também, fazer um esforço consciente no sentido de contrair res do quadril é de grau 5/5. Ela é informada de que pode 6. Gelberman RH, Cohen M ' e a ysis of its locomotor ro es, o
a musculatura glútea, sempre que passar da posição sentada correr a partir de agora durante 20 minutos seguidos e de J Bone Joint Surg Br 69-B:75, 1987. hic study of the abdominal 1981. . azine August:78, 1993.
para a postura em pé. que pode aumentar a duração das corridas, enquanto essa 7 Goldman JM et al: An electromyo~ap J Neural 17. Pritchard B: Get hip,_G~lf Mag ssment and rehabilitation,
. muscles dunng
. post ural and respiratory maneuvers, 18 Reid DC: Sports inJury ~ss~ .
Resultado. A paciente não vinha correndo na época em atividade não provocar sintomas e desde que ela consiga · K 1992 Churchill L1vingstone.
evitar a abdução e rotação interna do quadril. Cerca de um Neurosurg Psychiatry 50d:8d6;'. J:8:an walking, Baltimore, 1981, Edinburgh, U , ' t. exercise for spinal segmental
que nos consultou pela primeira vez; por isso não se queixa- 8_ Inman VT, Ralston HJ, To · u 19. Richardson C e~ al: Therapeuk ic . Sydney 1999, Churchill-
mês depois de sua última consulta, a paciente informa que stabilization in low bac pain, '
~~~se~ ;il;:~titative inJr=:~:~:;1~º;~~~~~ti::;:
va de sintomas. Ela voltou uma semana depois da primeira
consulta para saber se estava executando corretamente os está correndo 30 minutos, quatro vezes por semana, sem 9_ Livingstone. MB Deluca PA: Clinical determina-
perceber quaisquer sintomas. lumbar portions of pso3:5 an E 30·301 1998. 20. Ruwe PA, Gage JR, Ozo~off ' arison with established tech-
exercícios. Ela os estava realizando corretamente; a força . f k Med Sei Sports xerc · , tion of femoral antevers10n: a comp
vanety o tas s, _. . .al t J BoneJointSurgAm40A(4):81 7, J, · t s rg Am 74·820, 1992.
do seu músculo GMP esquerdo aumentou para grau 4-/5. lO. Kaplan EB: The 1bot1b1 trac , niques, J Bone ?in ~ ec.tromyographic comparison of
Aproximadamente 3 semanas depois da primeira consul- Conclusão 21. Shields RK, Heiss DG. ~ ~l ·ng curl and double straight leg
1958. C EK Provance PG: Muscles, testing and abdominal mus?le s~ehrg1es tu~ of the pelvic position, Spine
ta, recebeu permissão de correr durante apenas 1 minuto, 11. Kendall FP, Me alre?-11'
function, ed 4, B timore,
Í993 Williams & Wilkins.
' lowering exerc1ses Wit con ro
caminhando em seguida durante 1 minuto e alternando Este capítulo discutiu as síndromes de disfunção dos
22(16):1873, 1997. al. Williams & Wilkins.
sucessivamente durante 20 minutos. Ela deve limitar as movimentos dos quadris, na ordem da freqüência com que 22. Stedman's Dictionary, B t1more, 1997'
corridas, praticando-as em dias alternados e durante apenas foram observados, e com base na experiência da autora no
3 dias por semana; nos outros 4 dias, pode caminhar durante tratamento dos pacientes que lhe foram encaminhados para
3 Ominutos. Durante as corridas e caminhadas, a paciente é fisioterapia da doma região do quadril. Todavia, a distribui-
instruída a contrair a musculatura glútea, no momento em ção efetiva dessas síndromes ainda precisa ser confirmada
por estatística maiores.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO QUATRO ANEXO

CAPÍTULO 4
ANEXO
SINTOMAS E
ANTECEDENTES PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFERENCIAL TRIAGEM DE
SINAIS
SíndroJDe de • Dores na virilha durante a flexão do
(fatores coadjuvantes) E DIAGNÓSTICOS
ASSOCIADOS
DIAGNÓSTICOS EM
POTENCIAL QUE
Alinhamento em posição ortos-
DeslizaJDento quadril ou na posição ortostática
• Pode haver dor generalizada no quadril tática


Músculo iliopsoas alongado
Músculos isquiotibiais encurtados Diagnóstico dos movimentos
NECESSITAM DE
ENCAMINHAMENTO
FeJDoral • Freqüente em pessoas jovens, atletas de
corrida de longa distância, bailarinos e
• retroversão pélvica, extensão do quadril
hiperextensão do joelho, musculatur~


TFL-BIT encurtado
Marcha com hiperextensão do joelho
• Deslizamento femoral anterior com
rotação interna .
MÉDICO
praticantes das artes marciais (perna de • Hábito de sentar com as perna cruza-
Anterior apoio)
g1útea pouco desenvolvida
das
• Deslizamento femoral antenor com
rotação externa
• Necrose avascular
• Osteoartrite
Decúbito dorsal
Hipermobilidade acessória do fêmur • Faturas por estresse:
FLEXÃO DE QUADRIL E JOELHO Trocanter menor
• Ativa: aumento da dor acima de 90 Diagnósticos associados Terço proximal interno do fêmur
graus • Tendinopatia e/ou bursite do iliopsoas Sínfise púbica
• Passiva: a rigidez torna-se evidente e a • Abscesso do m. iliopsoas
amplitude para a flexão sem dor aumenta • Tumor na medula espinhal
quando o deslizamento póstero-inferior • Ascite
é aplicado na dobra inguinal • Hemofilia (hemorragia GI)
• Aneurisma da aorta
• Dor ureteral
ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA
Sem rotação interna • Avulsão do músculo oblíquo interno
• Ativa: ligeiro desvio da TCIR, conforme
• Pubalgia
A principal disfimçào motora enco indicado pela trajetória do trocanter
maior • Osteíte do púbis
trada nessa síndrome é o deslizame • Hérnia inguinal
posterior do fémur inszificiente, du • Passiva: a rigidez aumenta e a mobili-
Prolapso de órgão pélvico
te a flexão do quadril. A rigidez d dade articular diminui quando se aplica
extensores do quadril e das estrutu, o deslizamento póstero-inferior na dobra
inguinal
da face posterior da articulação do
quadril, em conjumo com a flexibi/1 • No ponto máximo de flexão do quadril,
de das estruturas anteriores· da a,tz o paciente contrai ativamente os flexores
do mesmo, causando desvio do trocanter
lação, deve-se à extensão prolongad maior
do quadril, criando um caminho d
menor resistência para o deslizame Extensão de quadril e joelho em
anterio,: decúbito ventral
• O trocanter maior desloca-se anterior-
mente
• A contração do músculo glúteo máximo
começa quando a extensão do quadril
chega a 50% da amplitude total para o
movimento

Teste muscular manual


• Fraqueza do músculo i1iopsoas (às vezes
a~ompanhada por dor) e do glúteo má-
ximo

Posição quadrúpede
• A pelve dá a impressão de ser mais alta
no lado afetado (com menos de 90 graus
de flexão no quadril); o quadril do lado
afetado não se flete tão facilmente como
o quadril oposto; em virtude disso, a
pelve se inclina durante o movimento
de balanço do corpo para trás
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO QUATRO ANEXO
CAPÍTULO 4
ANEXO
SINTOMAS E
PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
ANTECEDENTES SINAIS
Síndrome de • Dor na virilha durante a flexão ativa do
(fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS EM POTENCIAL
Alinhamento em posição ortostática ASSOCIADOS QUE NECESSITAM DE
Deslizamento quadril
• A dor na virilha pode evoluir para o • Inclinação posterior, extensão e rotação
• Diferença aparente em relação ao com-
primento das pernas
ENCAMINHAMENTO
MÉDICO
Femoral estado doloroso em toda a região do
quadril
~nterna do quadril, hiperextensão do
Joelho e musculatura glútea pouco de-
Assimetria dos múculos isquiotibiais
(ventre medial menor que o lateral)
Diagnóstico dos movimentos
• Hipermobilidade acessória da cabeça do
• Necrose avascular
Anterior com • Ocorre com freqüência em atletas de
corrida, bailarinos, participantes de artes
senvolvida Ventre medial dos isquiotibiais dominan-
do sobre as laterais
fêmur
Deslizamento femoral anterior
• Osteoartrite
Posição ortostática com apoio • Fraturas por estresse:
Rotação Intern marciais (perna que chuta) e jogadores
de futebol
unipodálico Encurtamento do TFL-BIT
• Deficiência adquirida: pronação no nível
• Deslizamento femoral anterior com
Trocanter menor
rotação externa
• Observa-se a rotação interna. Terço proximal interno do remur
do tornozelo • Adução do quadril com rotação interna
Sínfise púbica
Elevação ativa e passiva da perna • Variações anatômicas:
• Abcesso do m. iliopsoas
estendida Anteversào do remur Diagnósticos associados
• Tumor na medula espinhal
• Ativa: observe o desvio TCIR do trocan- Retroversão • Tendinopatia do m. iliopsoas
Ascite
ter maior anteriormente e em sentido me- Joelho valgo Bursite do iliopsoas
Hemofilia (hemofilia GI)
dial (às vezes acompanhado por dor) • Marcha: • Ponto gatilho m. obturador interno
Aneurisma da aorta
• Passiva: observe a rigidez e aumento Quadril em rotação interna • Síndrome de estalido do quadril
Dor uretral
da amplitude para a flexão isenta de dor Joelho em hiperextensão
• Avulsão do m. oblíquo interno
quando o deslizamento póstero-inferior • Pubalgia
é aplicado na região inguinal • Osteíte do púbis
A principal disfunção motora qu • Coloque no extremo da amplitude e
caracteriza essa síndrome é o de • Hérnia inguinal
peça ao paciente que segure; observe o
lizamento posterior insuficiente e deslizamento anterior
excesso de rotação inte;na do fe
durante a flexão do quadril. Um Flexão de quadril e joelho
disfunção na TCIR da articulaç • Ativa: a dor aumenta além de 90 graus
do quadril é observada, confo • Passiva: observa-se rigidez e aumento
se pode deduzir do deslocament da amplitude para a flexão isenta de dor
superior do trocanter maior e e quando se aplica o deslizamento póstero-
tido medial, acompanhando afi inferior na região da dobra inguinal; a
do quadril. Os flexores e rotado amplitude também pode aumentar com
a rotação externa
externos do quadril nâo são cap
de neutralizar a ação dos flexo Extensão de quadril e joelho em
que promovem a rotação interna. decúbito ventral (casos graves)
rigidez dos extensores do quadril • Desvio anterior do trocanter maior
das estruturas da parte posterior • A ação do m. glúteo máximo tem início
articulação do quadril, juntame após o começo da extensão do quadril
com a flexibilidade anormal das Posição quadrúpede
truturas da parte anterior da arti
• A pelve do lado afetado parece estar em
lação, deve-se à extensão prolon
nível mais alto, estando o quadril em
do quadril, criando um caminho
flexão de menos de 90 graus; durante o
menor resistência ao desli:::amen
movimento de balanço para trás, o femur
anterior.
não desliza posteriormente ou o quadril
não se flete com facilidade
TMM
• Iliopsoas fraco ou doloroso e fraco,
assim como os músculos glúteo médio
ou os rotadores externos intrínsecos do
quadril; fraqueza dom. glúteo máximo
Posição sentada
• Extensão do joelho: observe a rotação GI = gastrintestinal
interna do quadril com rotação externa; TMM = teste muscular manual
diminuição da amplitude ou movimento TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação
de extensão mais lento TFL-BIT= tensor da fáscia lata- banda iliotibial
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
C APÍTULO Q UATRO ANEXO

C APÍTULO 4
ANEXO
SINTOMAS E PRINCIPAIS TESTES E MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
SINAIS ASSOCIADOS
ANTECEDENTES SINAIS TICOS EM POTENCIAL
Síndrome de (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS
ASSOCIADOS QUE NECESSITAM DE
Deslizamento • Dor na virilha durante os movimentos de
extensão e rotação externa do quadril,
Postura na posição ortostática • Posição com apoio unipodálico: observe ENCAMINHAMENTO
• Inclinaçã_o posterior da pelve, extensão rotação externa Diagnóstico dos movimentos MÉDICO
Femoral agravando-se com a sustentação do peso
do corpo (p. ex, durante a corrida ou os
do qua~nl co!ll rotação externa e hipe-
rextensao do J ~e lho (a rotação interna é
• Abdução e rotação externa do quadril • Hipomobilidade acessória do fêmur com
fletido, em decúbito dorsal: pode pro- deslizamento superior • Necrose avascular
Anterior com saltos).
• A dor pode ter localização mais medial
capaz de reduzlf a dor)
vocar dor na região inguinal Hipermobilidade acessória do fêmur • Osteoartrite
Decúbito dorsal • Músculos isquiotibiais encurtados Deslizamento anterior do fêmur • Fraturas por estresse:
Rota que na síndrome do deslizamento ante-
rior com rotação interna. • Flexão_ de quadril e joelho: observe • Fraqueza dos músculos glúteo máximo, • Síndrome de adução do quadril Trocanter menor
a :º!açao externa e o músculo glúteo glúteo mínimo e da parte anterior do Terço proximal medial do fêmur
Exte • Participação em atividades (patinação
sobre o gelo, futebol, hockey no gelo)
max1mo encurtado glúteo médio Diagnósticos associados Sínfise púbica
• Observe a rigidez durante a flexão do • Variações estruturais: retroversão do fê- Tendinopatia ou bursite do m. iliopsoas • Abscesso do m. iliopsoas
nas quais predominam a rotação externa quadril mur, torção tibial, pé rígido (anteceden- • Estiramento ou tendinopatia dos adu- • Tumor na medula espinhal
e a abdução
Teste muscular manual tes de exercícios que incluem a rotação tores • Ascite
• Incidência: de moderada para freqüen- externa com anteversão dos quadris) • Hemofilia (hemorragia gastrintestinal)
te • Músculo iliopsoas fraco (às vezes tam-
bém doloroso) • Hábito de sentar com as pernas cruzadas • Aneurisma da aorta
(com o pé sobre a coxa) • Dor ureteral
A postura incorreta na posição o Decúbito ventral • Avulsão do m. oblíquo interno
tostática (quadril em extensão e
• Extensão de quadril e joelho: desvio • Pubalgia
lação externa) f az a cabeça do anterior do trocanter maior, nos casos • Osteíte do púbis
incidir sobre as estruturas da pa graves • Hérnia inguinal
anterior da articulação do quad • A aç~o do m~~ulo glúteo máximo começa
rigidez dos extensores do quadrz depms _de se llllciar a extensão do quadril
alongamento das estruturas da p • Rotaçao do quadril: a rotação interna
anterior da articulação e a domi é limitada (encurtamento dos rotadores
externos)
eia dos músculos isquiotibiais s
o músculo g lúteo máximo são fi Posição quadrúpede
que contribuem para o desliza • A ~e~ve do. lado afetado parece ocupar
to excessivo da cabeça do fêm pos1çao mais alta que a pelve do outro
anteriormente, durante a exten lado porque aquele quadril não flexiona
do quadril. no mesmo grau e com a mesma facilidade
durante o movimento do corpo para trás (~
iemur não desliza facilmente para trás)
• Rotação externa do quadril: melhora o
alinhamento e o movimento SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
TICOS EM PONTENCIAL
Síndrome de SINTOMAS E
PRINCIPAIS TESTES E
(fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS
ASSOCIADOS QUE NECESSITAM DE EN-
ANTECEDENIBS
Aduçãodo SINAIS • Alinhamento em pé: adução acentuada
do quadril Diagnóstico dos movimentos
CAMINHAMENTO MÉDI-
• Dores na região glútea ou na face externa CO
Teste muscular manual
Quadril sem da coxa, na posição ortostática, durante a
• Fraqueza dos abdutores primários do
• Hábito de ficar em pé com o quadril em
adução e sustentação preferencial sobre
• Síndrome da coluna lombar
marcha, na subida de degraus, passagem • Adução com rotação interna do quadril • Pacientes com dores na região glútea ou
Rotação Inte da pos~ção sentada para a postura em pé quadril (glúteos médio e mínimo) o membro inferior afetado • Deslizamento lateral do fêmur na face externa da coxa:
e, ocasionalmente, ao sentar-se de pernas Posição com apoio unipodálico • Diferença aparente no comprimento das Neuropatia periférica
• Prolapso de órgãos da pelve cruzadas pernas (dor no lado da crista ilíaca mais Diagnósticos associados Claudicação neurogênica
• Adução (queda) do quadril ou flexão
A adução excessiva do quadril e • O paciente refere, às vezes, dor ao longo lateral do tronco alta) • Estiramento ou tendinopatia do m. glúteo Neoplasia
alongamento exagerado das par- da face interna da coxa ou na metade • Músculos adutores curtos (menos de 3 5 médio Hérnia de disco
interna da região inguinal
Marcha graus da abdução do quadril) • Estenose:
tes superior e posterior externa • Estiramento (distensão) ou tendinopatia
cápsula da articulação do quad • Hábito de dormir em decúbito lateral • Adução (queda) do quadril • Variações anatômicas: pelve larga, tro- dos adutores Formação de osteófitos
devem-se ao posicionamento e com o quadril em adução ' Testes contra resistência canter maior saliente, joelho valgo, pé • Bursite trocantérica Espessamento de ligamentos
em pronação • Inflamação da banda iliotibial • Paciente com dores na face interna da
durante as atividades realizadas PACIENTES COM DOR NA REGIÃO GLÚTEA OU NA
posição ortostática. Há uma fal • Bursite isquioglútea coxa ou mediaimente na virilha:
FACE EXTERNA DA COXA
Patologias da articulação do quadril (p.
na solicitação dos músculos ~dut • Abdução do quadril: fraca e dolorosa
ex., osteoartrite incipiente ou necrose
res do quadril, em detrimento do • Músculos adutores do quadril fortes
asséptica)
abdutores, para o controle da p pACIENTES COM DOR NA REGrÃO GLÚTEA OU NA
Fratura s de fadiga (da sínfise pubiana
FACE INTERNA DA COXA
ou do trocanter menor)
• Tanto os abdutores como os adutores
Abscesso do músculo iliopsoas
do quadril podem revelar-se fracos e
dolorosos.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPITULO Q t.:ATRO A.~EXO

CAPÍTULO 4
ANEXO
SINTOMAS E
PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
ANTECEDENTES SINAIS (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS EM POTENCIAL
Síndrome de • Dor na região posterolateral do quadril; ASSOCIADOS QUE NECESSITAM DE
ou Alinhamento em posição • Comprimento muscular: músculos adu-
Abdução do • Ciatalgia sem dor na coluna lombar (sín-
ortostática tores encurtados Diagnóstico dos movimentos
ENCAMINHAMENTO
MÉDICO
• Quadril em adução e rotação interna • Variações anatômicas:
Quadril com drome de alongamento do m. piriforme);
ou • Hábito de ficar em pé com o quadril em Pelve larga, trocanter maior proemi-
• Síndrome da coluna lombar com sinais
de irradiação da dor Pacientes com ciatalgia:
adução e maior sustentação sobre o mem-
Rotação • Dolorimento ou dor em queimação ao
longo da região lateral da coxa (BIT) bro inferior afetado; diferença aparente
nente
Anteversão do fêmur, joelho valgo,
• Síndrome de adução do quadril Hérnia de disco
Estenose
em relação ao comprimento dos membros • Extensão do quadril com rotação inter-
Interna Dor na região medial da coxa ou no
medialmente na virilha
inferiores (dor no lado da crista ilíaca mais
pronação do pé, hálux valgo
O paciente dorme freqüentemente em
na Neoplasia
alta) • Extensão de quadril e joelho Neuropatia diabética
• A dor manifesta-se durante a solicitação decúbito lateral, com o quadril em Mega-cólon
• Diminuição da dor estando o quadril em • Deslizamento lateral do femur
do membro inferior suportando o peso do adução e rotação interna Gravidez
rotação externa ou durante a contração • Síndrome de rotação externa do qua-
corpo (ex.: posição ortostática marcha • Paciente com dor na face externa da Infecções estafilocócicas
dos músculos glúteos dril
subida de escadas, passagem' da posi~ coxa: Aneurisma intrapélvico
Marcha Refere, às vezes, parestesia na região Diagnósticos associados
ção sentada para a posição ortostática, Abscesso
posição sentada por tempo prolongado; • Teste antálgico ou de Trendelenburg lateral da perna • Alongamento do m. piriforme • Pacientes com dor na região lateral da
às vezes, posição sentada de pernas Posição com apoio unipódálico A parestesia pode ser reproduzida pela coxa:
• Ciatalgia
cruzadas) inversão do tornozelo, na prova de • Distensão dos músculos isquiotibiais Estenose
• Adução (queda) do quadril
• Antecedentes de queda ou cirurgia (com Ober modificada • Bursite isquioglútea • Pacientes com dor na região medial da
Teste de Ober Apresenta, às vezes, fraqueza dos
lesão das partes moles da musculatura • Inflamação do feixe BIT coxa:
g1útea) • TFL-BIT encurtado: observe a proemi- músculos, quadríceps e iliopsoas • Estiramento ou tendinopatia do glúteo Patologia da articulação do quadril
A falta de estabilidade da porçã nê~cia do trocanter tJlaior, estando o qua-
• Incidência: varia, de rara à moderada médio ( osteoartrite aguda) ou necrose avas-
posterolateral do terço proximal dril em adução e rotação interna; pode
fêmur deve-se ao posicioname • Bursite trocantérica cular
ser dolorosa no paciente que apresenta Fratura por fadiga, estresse ( sínfise
incorreto e ao alongamento exc • Síndrome do quadril que estala
dor na região lateral da coxa
• Disfunção da região ilíaca superior púbica ou no trocanter menor)
da parte posterolateral da cáps Teste muscular manual • Distensão do m. obturador interno Abscesso do m. iliopsoas
dos músculos do quadril. A dis
• Musculatura fraca ou também dolorosa: • Distensão dom. adutor
do movimento consiste em rota
rotação externa, glúteo médio e glúteo • Síndrome da faceta posterior
interna e adução excessiva do máximo • Fibromialgia
dril, com predomínio dos aduto
quadril sobre abdutores no co Rotação do quadril em decúbito
ventral
da pelve, assim como dominân
dos rotadores internos do quad • Aumento da rotação interna
sobre os músculos responsávei Mobilidade funcional
rotação externa. O músculo pir • Rotação interna acompanhando a marcha,
alongado comprime, em alguns a transição da posição sentada para posição
sos, o nervo isquiático (síndro ortostática e a subida de degraus
alongamento do m. p;r{forme). Paciente com ciatalgia
síndrome é acompanhada, às 1--1 DECÚBITO DORSAL
por inflamação da banda ilioti • Flexão, adução, rotação interna do qua-
qual resulta do uso excessivo di dril: podem reproduzir a dor
BIT (da solicitação do TFL-Blf'; TESTE DE SLUMP
a abdução e.flexão do quadril). • Pode ser positivo
• Flexão do joelho contra resistência (mús-
culos isquiotibiais): negativa, forte e
indolor
Paciente com dor na face externa
da coxa
DECÚBITO DORSAL
• Flexão, abdução e rotação externa do
quadril: reprodução da dor com amplitu-
de limitada; esta aumenta e a dor diminui
graças à repetição do movimento.
• Contração do TFL contra a resistência:
fraca e dolorosa
• Palpação do BIT: sensibilidade dolorosa
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disjunção de Movimentos dos Quadris
CAPITCLO QUATRO ANEXO

CAPÍTULO 4
ANEXO
SINTOMAS E PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
ANTECEDENTES SINAIS (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS EM POTENCIAL
Síndrome de • Dor profunda no quadril do quadril; ou ASSOCIADOS QUE NECESSITAM DE
Alinhamento na posição ortostática • Comprimento dos músculos: ENCAMINHAMENTO
Deslizamento • Estalos na articulação do quadril
• Subluxação ativa, decorrente da adução • Adução do quadril Alongamentos dos abdutores do qua-
Diagnóstico dos movimentos MÉDICO
dril
Lateral do súbita do quadril com rotação interna Posição ortostática com apoio Alongamento dos rotadores externos • Síndrome de adução do quadril • Patologias da articulação do quadril (es-
(o paciente tem, às vezes, o hábito de unipodálico do quadril • Síndrome de adução com rotação interna
Fêmur "estalar" o quadril quando em pé)
• Observe a adução do quadril e, em alguns Encurtamento TFL-BIT do quadril
tágio inicial da osteoartrite) ou necrose
avascular
• Acompanhada, às vezes, de aumento • Hábito de dormir com o quadril em
casos, o deslizamento exagerado para 0 • Fraturas por estresse (sínfise do púbis e
generalizado da flexibilidade Diagnósticos associados
lado externo adução e rotação interna do trocanter menor)
• Incidência: de moderada à freqüente • Hábito de sentar com as pernas cruzadas • Bursite trocantérica
• Observada em bailarinos e nas atividades Posição em decúbito lateral • Síndrome de estalos do quadril
• Variações estruturais:
que exigem alongamento exagerado (no • O trocanter menor aparece proeminente Pelve larga, trocanter maior proeminente • Síndrome de hipermobilidade
ioga, p. ex.) anterior e distal, em comparação com ~ Anteversão do fêmur, joelho valgo, pé
trocanter maior do lado oposto; corrigido em pronação
colocando o quadril em flexão, abdução Hálux valgo
e rotação externa e guiando a cabeça do
fêmur para dentro da articulação
Nesta síndrome, a disfunção d Teste muscular manual
movimento deve-se ao desli::am • Revela fraqueza dos abdutores primários
lateral ou à tração sobre o eixo e dos rotadores externos do quadril
da cabeça dofêmw: Resulta, g
mente, da progressão, em term SINTOMAS E
severidade, da síndrome de qu PRINCIPAIS TESTES E
ANTECEDENTES SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
ou da aduçào do mesmo com SINAIS
(fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS EM POTENCIAL
interna, ou da síndrome de h1 • Dor ao longo da tuberosidade isquiática,
bilidade da cabeça do fêmur. Alinhamento na posição ortostática ASSOCIADOS QUE NECESSITAM DE
no ventre dos músculos isquiotibiais ou • Encurtamento dos músculos isquiotibiais
no local de sua inserção • Extensão do quadril e hiperextensão do ENCAMINHAMENTO
joelho e gastrocnêmio MÉDICO
• Início ora súbito (i.e., traumático), ora Eventuais hematomas nos músculos Diagnóstico dos movimentos
insidioso Marcha
Extensão do • Dor provocada pela marcha, pela subida • Observe a hiperextensão do joelho entre
isquiotibiais
Alinhamento na posição ortostática:
• Extensão do quadril com rotação inter-
na
• Pacientes que apresentam ciatalgia ou
dor na face posterior da coxa:
de degraus, pela corrida o contato do calcanhar com o solo e ·o
Quadril com • Freqüente nos atletas contato da planta do pé
postura com inclinação posterior "Sway-
back"
• Síndrome do deslizamento proximal
entre tíbia e fibula
Hérnia de disco
Estenose
Extensão do Prova de resistênâa para os múscu- • Movimento de retorno após a flexão an-
terior: quadris desviados anteriormente;
• Adução do quadril com rotação interna
• Síndrome da coluna lombar
Neoplasia
los isquiotibiais em decúbito ventral Neuropatia diabética
Joelho ou no extremo da amplitude para a dorsiflexão nos tornozelos; o torque da
Diagnósticos simultâneos Megacólon
metade superior do corpo e a dorsiflexão Gravidez
elevação de perna estendida • Ciatalgia
• Abscesso dom. iliopsoas no tornozelo são mais usados que o glú- Infecção estafilocócica
• Intensificação da dor (forte e doloroso • Distensão dos músculos isquiotibiais
teo máximo e a rotação em torno do eixo Aneurisma intrapélvico
ou fraco e doloroso)
Distensão dos músculos do quadril; a rotação maior no quadril e • Síndrome do m. piriforme Abscesso
isquiotibiais Alongamento passivo menor nos tornozelos constitui o ideal. • Bursite isquioglútea
A extensão do quadril é a prin • Flexão do quadril com extensão do
joelho (elevação da perna estendida)
disfunção dos movimentos que aumento da dor
observa nessa síndrome deco
do predomínio dos músculos i começa depois de iniciada a extensão do Palpação
quadril • Ponto gatilho no ventre dos músculos
biais sobre os glúteos máximo
• O teste muscular manual revela fraqueza isquiotibiais na origem ou na inserção
síndrome também pode ser de do m. glúteo máximo dos músculos
rente da dominância dos mús
isquiotibiais sobre o músculo q Mobilidade funcional Subida e descida de degraus
ceps, durante a extensão do qua • S~bida de degraus e passagem da posi- • Falta de controle sobre o joelho (falha no
combinada com a extensão do çao sentada para a posição ortostática: desempenho do músculo quadríceps)
observe o retorno do joelho em direção
ao corpo, durante a extensão do joelho Extensão de quadril e joelho em
com o pé fixo (músculos isquiotibiais decúbito ventral
sobre quadríceps). • A contração do músculo glúteo máximo
•.__--J/
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO Q UATRO ANEXO

CAPÍTULO 4
ANEXO
SINTOMAS E PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
Extensão do ANTECEDENTES SINAIS (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS EM POTENCIAL
ASSOCIADOS QUE NECESSITAM DE
Quadril com • Dor na tuberosidade isquiática, na
inserção ou no ventre dos músculos
Alinhamento em posição ortostática Comprimento dos músculos: ENCAMINHAMENTO
• Rotação interna do quadril Músculos isquiotibiais: observe a
Rotação isquiotibiais
• Início insidioso, às vezes súbito ( de Posição ortostática com apoio
rotação interna do quadril durante
Diagnóstico dos movimentos
• Extensão do quadril com extensão do
MÉDICO
a extensão do joelho do paciente
Intern origem traumática)
• Dor durante a marcha, a corrida ou su-
unipodálico sentado (comprimento assimétrico
joelho
• Adução do quadril com rotação interna
• Paciente apresentando ciatalgia ou
dor na face posterior da coxa:
bida de escadas • Observe o aumento da rotação interna dos músculos isquiotibiais) Hérnia de disco
do quadril • Rotação tibiofemoral
M. gastrocnêmio encurtado Estenose do canal vertebral
• Mais freqüente em atletas, especialmente Síndrome de deslizamento tibiofemoral
durante as corridas Testes para o diagnóstico diferen- Postura na posição ortostática: Neoplasia
proximal
Hiperextensão do joelho Neuropatia diabética
cial das lesões de partes moles • Síndrome da coluna lombar
Pronação do pé Megacólon
A contração dos músculos isquiotibiais Variações estruturais: Diagnósticos associados Gravidez
contra a resistência provoca dor quando
Anteversão do fêmur • Ciatalgia Infecção por estafilococos
testada em decúbito ventral ou dorsal
Joelho valgo Distensão dos músculos isquiotibiais Aneurisma intrapélvico
• Os músculos isquiotibiais tanto podem
Distensão ( estiramento ser fracos como fortes • Síndrome de alongamento do m. piri- Abscesso
músculos isquiotibiais forme
Alongamento passivo
A extensão do quadril com rota • Bursite isquioglútea
interna é a principal disfimção • A flexão do quadril com extensão do
joelho provoca dor
vimento que se obsen1a nessa s
me. Ela também pode ser deco Palpação
da solicitação do m. bíceps je • Ponto gatilho no ventre, na origem ou na
para a rotação externa do qu inserção dos músculos isquiotibiais
substituição à solicitação dos • Podem ocorrer hematomas
los intrínsecos do quadril, enc Teste muscular manual
dos da rotação externa.
• Fraqueza dos músculos rotadores exter-
nos, do glúteo médio posterior e glúteo SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓS-
máximo CIAL E DIAGNÓSTICOS TICOS EM POTENCIAL
(fatores coadjuvantes)
Síndrome de SINTOMAS E
PRINCIPAIS TESTES E • Musculatura glútea pouco desenvolvi-
ASSOCIADOS QUE NECESSITAM DE
ANTECEDENTES SINAIS ENCAMINHAMENTO
Hipomobilida da
• Fraqueza da porção inferior da muscu- Diagnóstico dos movimentos MÉDICO
• Dor profunda do quadril e na virilha ou Marcha
do Fêmur dor referida ao longo da região medial
• Marcha de Trendelenburg ou antálgica;
latura abdominal, do glúteo máximo e Deslizamento femoral anterior Necrose avascular
da coxa ou do joelho da porção posterior do glúteo médio Deslizamento femoral anterior com • Osteoartrite
com Desliza- • A dor pode ser contínua, mas sua inten-
extensão limitada do quadril, durante a
fase de apoio médio; extensão lateral
Em posição ortostática, o paciente apre- rotação externa • Fraturas por estresse:
sidade varia; acompanha as atividades senta lordose, anteversão pélvica à flexão Deslizamento femoral anterior com
mento com sustentação do peso corporal, assim
compensatória ou rotação lombopélvica
do quadril (às vezes também rotação da rotação interna
Trocanter maior
Terço proximal interno do fêmur
como a transição da posição sentada para Amplitude para os movimentos pelve) • Síndrome de adução do quadril
Superior a posição de pé. passivos Relativa :flexibilidade de coluna e qua- • Adução do quadril com rotação interna
Sínfise púbica
• Tumor da medula espinhal
• A dor é descrita como dolorimento ou dril • Síndrome da coluna lombar • Ascite
• Restrita do tipo capsular (maior para
Osteoartrite desconforto a flexão e rotação interna que para a Hemofilia (hemorragia gastrointestinal)
• Rigidez manifestando-se em seguida ao
Diagnósticos associados
A disfunção do movimento qu extensão) • Aneurisma da aorta
repouso ou pela manhã • Decúbito dorsal: a passagem da flexão • Osteoartrite
observa nessa síndrome deve- Dor ureteral
• O exame radiológico revela diminuição para a abdução do quadril com rotação Alterações degenerativas da articula-
redução do espaço intra-artic Arrancamento do m. oblíquo interno
do espaço intra-articular externa provoca dor na região inguinal ção
e à presença de alterações de • Pubalgia
• Ocorre tipicamente após os 55 anos de • Distensão dos adutores
rativas na articulação e nos te Exame do comprimento dos • Osteíte púbica
idade Hérnia inguinal
moles vizinhos. Resulta daí a d ftexores do quadril
nuição da mobilidadefi.siológi • Encurtamento dos músculos iliopsoas,
quadril em várias direções, soô reto femoral e TFL-BIT
do para a ftexc1o. Passagem da posição sentada para
Posição quadrúpede
a posição ortostática
• A flexão do quadril é limitada. Observe
• Provoca dor quando começa pela flexão (EPE) = elevação da perna estendida; .. . .
do quadril; a dor diminui quando iniciada o desvio para o lado não afetado ou aro-
tação da pelve, no extremo da amplitude TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda 1hot1bial
pela ação do músculo glúteo máximo
para a flexão do quadril
..____!
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Diifunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPITULO QUATRO ANEXO

CAPÍTULO 4
ANEXO SINTOMAS E PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓSTI-
ANTECEDENTES SINAIS CIAL E DIAGNÓSTICOS COS EM POTENCIAL QUE
(fatores coadjuvantes)
Síndrome de • Dores profundas no quadril e virilha ASSOCIADOS NECESSITAM DE EN-
Inspeção • Alinhamento na posição ortostática:
Hipermobilidade que se manifestam durante as atividades CAMINHAMENTO MÉDI-
• Hipertrofia dos músculos quadríceps e joelho em hiperextensão Diagnóstico dos movimentos
ligadas à sustentação do peso corporal,
• O exame do comprimento dos músculos
CO
isquiotibiais
Acessória do como a posição ortostática, a marcha, a
corrida etc. revela, às vezes, alongamento dos mús-
• Deslizamento femoral anterior
• Deslizamento femoral anterior com • Necrose asséptica
Posição ortostática com apoio
Fêmur • Aumento da dor quando o paciente está
sobre um sofá macio
unipodálico
culos flexores do quadril
• Posição quadrúpede: aumento da flexão
rotação externa
• Deslizamento femoral anterior com
• Osteoartrite (estágios iniciais)
• Fraturas por estresse:
• Observe a rotação interna no quadril Trocanter maior
• História de problemas estruturais do rotação interna
• Elevação passiva e ativa da perna • Marcha: prova de Trendelenburg ou Fêmur proximal face medial do
membro inferior durante a infância • Hipomobilidade do fêmur
estendida: observe o desvio da TCIR marcha antálgica fêmur
• Ocorre freqüentemente em: atletas de • Síndrome de adução do quadril
anteromedial (trocanter maior); às vezes • Hiperextensão do joelho, observada Sínfise púbica
alto nível ou durante os treinos de con- • Adução do quadril com rotação interna
dicionamento provoca dor. entre o contato inicial e o apoio médio • Tumor na medula espinhal
• Síndrome de deslizamento lateral da
• Radiografia: revela, às vezes, alterações • Elevação passiva da perna em extensão: cabeça do fêmur • Ascite
em fase inicial de degeneração da arti- observa-se rigidez evidente quando se • Síndrome da coluna lombar • Hemofilia (hemorragia gastrintestinal)
culação do quadril aplica o deslizamento póstero-inferior • Aneurisma da aorta
na região inguinal; a amplitude para a Diagnósticos associados • Dor ureteral
flexão indolor aumenta. • Osteoartrite • Avulsão do m. oblíquo interno
A disfunção do movimento que • Coloque no extremo da amplitude, peça • Degeneração inicial da articulação • Pubalgia
caracteriza essa síndrome deve-se ao paciente que segure e observe o des- • Laceração do lábio articular • Osteíte pubiana
degeneração e à hipermobilidade d lizamento anterior. • Hérnia inguinal
articulação do quadril associada
Flexão do joelho em decúbito
movimentos do j oelho. A limitaça
ventral
dos movimentos fisiológicos do qua
dril não é do tipo capsula,; mas p • Rotação externa do fêmur durante a
estar ligada à osteoartrite inicial. flexão passiva do joelho (observada no
musculatura da coxa predomina so trocanter)
bre os músculos da cintura pélvica • A tração sobre o fêmur reduz a rotação
externa durante a flexão do joelho

Rotação externa do quadril em


decúbito ventral
• Observe a alteração do eixo de rotação:
o trocanter maior descreve um arco mui-
to amplo. A correção desse arco muito
amplo leva à diminuição da amplitude
dos movimentos

Teste muscular manual


• Fraqueza dos músculos glúteo médio
posterior e glúteo máximo, dos rotadores
externos e do músculo iliopsoas
• Extensão do joelho em posição sentada:
observe a rotação interna, observando a
porção proximal do fêmur.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos dos Quadris
CAPÍTULO Q UATRO ANEXO

CAPÍTULO 4
ANEXO
SINTOMAS
PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFEREN- TRIAGEM DE DIAGNÓSTI-
Síndrome de • Dor ao longo do percurso do nervo is- SINAIS (fatores coadjuvantes) CIAL E DIAGNÓSTICOS COS EM POTENCIAL QUE
quiático, começando na prega glútea ASSOCIADOS NECESSITAM DE
Rotação (sem dor na coluna) Postura na posição ortostática • Diminuição da amplitude para os movi-
mentos de flexão do quadril
ENCAMINHAMENTO
• A dor é mais intensa na posição ortostáti- • R_ot~ção externa do quadril: pode haver Diagnóstico dos movimentos MÉDICO
Externado ca e durante a marcha do que na posição
sentada
dimmuição da curvatura lombar, incli- • O Slump teste pode ser positivo
• Músculo iliopsoas fraco ou alongado
• Síndrome da coluna lombar
na~ão posterior da pelve ou extensão da • Adução do quadril com rotação inter- • Hérnia de disco
Quadril • Incidência: entre moderada e freqüente articulação do quadril • Encurtamento dos músculos isquioti-
na Estenose do canal vertebral
Homens que jogam golfe • A dor é percebida no lado da crista ilíaca biais • Extensão de quadril e joelho • Neoplasia
mais baixa, nos casos acompanhados de • A resistência à rotação externa é capaz Neuropatia diabética
diferença aparente em relação ao com- de reproduzir os sintomas Diagnósticos simultâneos • Megacólon
prim~nto dos membros inferiores (isto • Hábito de sentar com as pernas cruzadas • Ciatalgia • Gravidez
tambem pode ser válido para a dor na (com o pé sobre a coxa oposta) • Distensão dos músculos isquiotibiais • Infecção por estafilococos
coluna lombar com radiculopatia) • Anormalidade estrutural: retroversão do • Síndrome (de encurtamento) do m. Aneurisma intrapélvico
A dor pode diminuir, quando O paciente fêmur piriforme • Abscesso
aumenta a rotação externa na posição
ortostática ou durante a marcha
• Flexão, adução e rotação interna do
quadril: capaz de produzir dor
Encurtamento do músculo Decúbito ventral
piriforme
• ~atação do quadril: limitação da rotação
O músculo encurtado comprime o mterna
nervo isquiático (síndrome de com • Palpação: sensibilidade dolorosa na
pressão do nervo isquiático). região glútea
• Prova de força contra a resistência:
músculos bíceps femorais vigorosos e
indolores

Posição quadrúpede
• Po stura: 0 ângulo do quadril afetado é
inferior a 90 graus em rotação externa
ou em abdução
• Mobilidade funcional: a passagem da
posição sentada para a postura ortostá-
tica, a marcha e a subida de degraus é
acompanhada de rotação externa
Introdução
Alinhamento Normal da Cintura Escapular A premissa básica desta abordagem, destinada a diagnosticar
Movimento da Cintura Escapular e tratar os problemas dolorosos da musculatura do esqueleto,
Ação dos Músculos sobre a Cintura Escapular admite que as alterações mínimas relativas à precisão dos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura movimentos provocam microtraumas e que sua permanên-
Escapular cia leva aos macrotraumas e ao aparecimento da dor. Essas
Relação entre Alinhamento e Movimento mudanças em relação à exatidão dos movimentos resultam
Critérios para o Diagnóstico de Síndrome Escapular na criação de movimentos compensatórios que ocorrem em
Síndromes Escapulares Observadas Freqüentemente determinadas direções, podendo ser chamados de disfun-
Síndromes de Disfunção de Movimento do Úmero ções de movimentos. Os fatores que contribuem para essas
Relações entre Alinhamento e Movimento disfunções de movimentos são as mudanças relativas ao
Critérios para o Diagnóstico de Síndrome Umeral comprimento e à força dos músculos, à tensão ou rigidez
Ordem por Freqüência das Síndromes Umerais do mesmo e aos padrões de participação que resultam da
repetição dos movimentos e das posturas prolongadas.
O exame tem por finalidade identificar as disfunções
·ettvos do ca itulo
de movimentos e os fatores que para ela contribuem. Essas
informações levam ao diagnóstico que deverá orientar o
Depois de assimilar as informações contidas neste capítulo, tratamento.
o leitor estará em condições de: Os exercícios terapêuticos e a correção dos padrões de
1. Descrever a cinesiologia dos músculos da cintura es- movimentos que o paciente adota em suas atividades cotidi-
capular, com destaque para a ação compensatória dos anas constituem o meio capaz de corrigir as disfunções de
músculos e seu papel nos pares de força que controlam movimentos identificadas. A observação das características
os movimentos da cintura escapular. próprias do movimento e de seu efeito sobre os sintomas
2. Identificar as características de cada síndrome de é o principal guia para o diagnóstico e tratamento das dis-
disfunção de movimento das articulações escapuloto- funções de movimentos. A correção do movimento deverá
rácicas e glenoumerais. aliviar os sintomas, sempre que a disfunção de movimentos
os apresentar. Por exemplo: o aumento da rotação externa
Tratando o paciente que sofre de dor no ombro, o leitor do úmero, durante a flexão/elevação do ombro, freqüente-
será capaz de: mente elimina a dor no ombro quando esta deve-se a algum
tipo de impactação. A escápula desempenha um papel
1. Examinar o paciente, considerar os fatores coadjuvan-
crítico no controle da posição da articulação glenóide; por
tes e definir os diagnósticos, tanto primários quanto
conseguinte, bastam modificações relativamente pequenas
secundários, caso haja indicação. na ação dos músculos toracoescapulares para afetar o alinha-
2. Elaborar um programa terapêutico baseado no diag- mento e as forças que participam dos movimentos em torno da
nóstico e instruir o paciente a respeito desse programa articulação glenoumeral. 31 •32 As observações clínicas levam
e sobre a modificação de seus hábitos de vida que a crer que a maioria das síndromes que afetam o ombro tem
estiverem contribuindo para a síndrome de disfunção sua origem nas alterações relativas à cronologia e ao controle
de movimento. dos movimentos da escápula.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPITULO CINCO

Os problemas dolorosos específicos dos músculos e ten-


que pode seguir-se à disfunção do mecanismo de depressão Alinhamento Anormal Escápula
dões devem-se aos movimentos repetidos que se desviaram 19
do úmero. A explicação desse conceito de disfunção de
do padrão normal, e não a um episódio único de solicitação As disfunções do alinhamento do ombro serão discutidas de ~orma
movimento baseia-se no fato de ser esse círculo decorrente Alinhamento Normal
isolada do tecido específico que se tornou doloroso. Por detalhadanaseçãoquetratadaescápula, uma vez que o almha-
das modificações que se processam no controle dos movi- A borda vertebral da escápula é paralela à coluna verte~ra,l
exemplo: tendinopatia dom. supra-espinhoso é um problema mento desta última é que determina a posição do ombro.
mentos de escápula e úmero, sendo, por sua vez, decorren- e localiza-se a cerca de 7 ,5 cm de distância em rela?~º a
doloroso de observação freqüente que costuma ser atribuído • Elevado. Neste caso, o pescoço dá a impressão de ser
tes das alterações dos componentes neuromusculares que linha mediana do tórax. 28 Situa-se entre a segunda e a ,se.tlma
ao excesso de uso ou ao impacto decorrente da modificação curto e os ombros parecem mais pr?ximos às or~lhas
resultam do uso repetitivo. O presente capítulo salienta a vértebra torácica. Ela é aderida contra a parede torac1ca e
da biomecânica do ombro, e não ao uso excessivo do braço que em condições ideais (Fig. 5 .1 ). E importante iden-
necessidade de identificarmos as disfunções do movimento apresenta 30 graus de rotação adiante do plano frontal.
em determinada ocasião. A tendinopatia dom. supra-espi- tificarmos O ponto de referência anatômico a ser _us:do
e de seus componentes, cuja análise constitui a base para o
nhoso começa, às vezes, pela insuficiência circulatória na no exame da posição do ombro, em vista das vanaço~s
diagnóstico. A identificação desses fatores exige a realização
assim chamada "zona crítica" do tendão. 26 Dá-se o nome de nas disfunções musculares que são encontradas n~s d!- Alterações no Alinhamento
cuidadosa do exame e dos testes. Sua correção depende
tendinopatia a toda uma gama de manifestações dolorosas ferentes posições da escápula. Os pontos de referenc!a
da escolha correta e da instrução do paciente acerca dos • Rotação inferior da ~scápula. ,O â~gulo infer\or da
decorrentes da solicitação excessiva do tendão. A palavra que servem para observar a a~tura dos ombros serao escápula situa-se mediaimente a espmha da escapula,
exercícios terapêuticos destinados a corrigir as alterações
tendinopatia é a denominação preferida para designar uma discutidos ao tratarmos da escapula. . _ em vez de a borda vertebral da escápula ser paralela à
na execução do movimento.
afecção como a tendinite, visto que a maioria das afecções • Deprimido. As clavículas parec~m oc_upar P?s1çao coluna vertebral (Fig. 5.3). Na maioria desses casos,
dolorosas dos tendões deve-se à tendinose, cuja patologia é Os elementos-chave do exame compreendem a determi-
nação do alinhamento e dos padrões de movimentos, assim horizontal ou a articulação acrom10clav1cular s1t:ua-se existe encurtamento dos músculos rombóides e el:-
diferente daquela da tendinite, além de sua cura levar mais em nível mais baixo que a articulação esternoclav1c~lar
como a aplicação dos testes específicos para o exame do vador da escápula, ao lado de, alonga~ento ~a porçao
tempo para a recuperação do que tendinite, a qual está em (Fig. 5.2). O ângulo superior da escápula situa-se abaixo superior do músculo trapézio. E esse o tipo mais comum
13
torno de 1 a 2 semanas. A tendinopatia pode ser decor- comprimento e da força dos músculos. O alinhamento tanto
normal como anormal, os padrões de movimentos e os testes do nível de T.2.
rente da impactação mecânica, da compressão do manguito
que determinam o comprimento dos músculos servem como • Anteriorizado. A extremidade acromial do ombr~ pode
rotador pelas estruturas anatômicas vizinhas, da lesão da
18
guias para a realização do exame necessário para chegarmos parecer anteriorizada quando se contempla a ~~~tu~a
face inferior dos músculos do manguito ou da solicitação
17
A B
ao diagnóstico. escapular como um todo; isso pode ser conseque~c!a
abusiva do músculo durante os movimentos. Neer foi o
de várias alterações de posição da escápula. Na pos1çao
primeiro autor a classificar as síndromes do impacto como
do ombro anteriorizado pode a escápula apresentar-
sendo ou não por lesões na trajetória do manguito rotador.
A impactação no trajeto do manguito resulta em lesão de-
Alinhamento Normal da Cintura se em abdução, em inclinação ou movendo-se ~u~a
corrente do contato com as estruturas do arco coracoacro- Escapular combinação dessas posições. Cada uma ~~ss~s pos1çoes
defeituosas da cápsula deve-se a deseqmhbi:ios musc~-
minal, enquanto o outro tipo de impactação ocorre quando
O alinhamento é capaz de indicar as possíveis mudanças no lares diferentes e seu tratamento também d1~ere, razao
a trajetória do tendão supra-espinhoso é normal. 22 Segundo
comprimento dos músculos, assim como os alinhamentos pela qual serão discutidas ao tratarmos do almhamento
Jobe e colaboradores, as síndromes de lesão no trajeto do
manguito ocorreriam nos indivíduos de mais de 35 anos, articulares que exigem correção para permitir o melhor mo- da escápula.
enquanto o outro tipo seria encontrado nas pessoas de menos vimento possível. Por exemplo: no paciente que apresenta
de 35 anos, que participam de atividades esportivas que exi- rotação interna dos ombros, a adução requer um grau maior
gem a elevação dos braços acima da cabeça. Nesses últimos de rotação externa que se o alinhamento inicial fosse mais
casos, o fator desencadeante seria a angulação aumentada neutro. A tuberosidade maior do úmero pode impactar-se
do úmero, responsável pelo alongamento das estruturas da de encontro ao ligamento coracoacrominal, se a rotação do
região anterior do ombro. 17 úmero for insuficiente para corrigir a alteração inicial do
A rotação superior insuficiente da escápula, durante a alinhamento. De maneira análoga, estando a escápula em
flexão do ombro, provoca impacto quando o paciente realiza rotação inferior quando em estado de repouso, o grau de
a flexão de 180 graus, contribuindo a escápula apenas com rotação superior precisa ser maior que os 60 graus ideais,
45 graus, em vez dos 60 graus que seriam normais para a a fim de corrigir a posição inicial alterada. As disfunções
rotação superior. O músculo supra-espinhoso poderá ser que favorecem ou que criam as alterações no alinhamento
solicitado em excesso se os demais depressores do úmero são, na maioria dos casos, os fatores que interferem com
apresentarem participação insuficiente. A solicitação impos- a perfeição do movimento. Por exemplo, se os músculos
ta ao músculo supra-espinhoso, no sentido de exercer tração rombóides estiverem encurtados, contribuindo para a postura
inferior sobre a cabeça do úmero, a fim de neutralizar a da escápula em rotação inferior, esse mesmo encurtamento
força de compressão exercida pelo músculo deltóide, tende dos músculos rombóides deverá prejudicar a rotação supe-
a aumentar sempre que os músculos redondo menor, infra- rior ideal da escápula durante o movimento de flexão do
espinhoso ou subescapular não geram tensão suficiente ombro. As alterações no alinhamento são os alinhamentos
durante os movimentos de flexão e abdução do ombro. que divergem do padrão ideal de postura.
Neer descreveu uma série de problemas do ombro, co-
meçando pelo impacto e evoluindo para a ruptura do man- Ombros
guito dos rotadores. 20 A limitação do espaço subacromial,
em combinação com o desenvolvimento de desequilíbrios Alinhamento Normal
relativamente discretos entre os músculos que controlam a Ombros elevados. A. Os ombros dão a impressã? de serem altos
Depressão dos ombros. A. O ângulo superior da escáp_ula locali~a-:~
Os ombros devem estar posicionados ligeiramente abaixo do quando existe elevação do ângulo s~perior da escapula, ao l~do de
escápula e o úmero, pode resultar em uma série de alterações abaixo da T2 criando a impressão de pescoço comprido. B: N P_
depressão do acrômio. B. Aescápula inteira apresenta elevaçao com
não só das partes moles, como também do tecido ósseo. eixo horizontal que atravessa a vértebra TI, na vista anterior
inclusão do acrômio, criando a impressão de pescoço cu~o. (segundo
?u
ciente visto d~ frente , a clavícula parece ser horizontal a art1culaçao
Outros pesquisadores descrevem o círculo autoperpetuado ou posterior. Na vista de perfil, a linha perpendicular ao solo acromioclavicular é inferior à articulação esternoclav1cular.
Kendall e cais.: Muscles: testing and function, 4ª ed. , Baltimore, 1993,
deve cortar o acrômio ao meio.
Williams & Wilkins.)

l
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disr;,unça-
ye 0 d os M ovzmentos
·
Síndromes de Disfunção de Movim entos da Cin tura Escapular
CAríTt::Lo CI:-.co

de mau alinhamento que se registra em indivíduos que


relatam dor nos ombros. vértebra
, cervical que da segunda vértebra t orac1ca·
, · a trapézio, ao lado de alongamento do músculo serrátil faz saliência sobre a caixa torácica (Fig. 5.6). Esse
escapula também pode estar em adução. ' anterior. alinhamento é acompanhado, na maioria dos casos, de
• Depressão da escápula. A borda superior da escápula
ocupa yosição inferior que os pontos de referência • A,dução ~a escápula (Fig. 5 .4). A borda vertebral da es- • Abdução. A distância entre a borda vertebral da escápu- encurtamento do músculo peitoral menor. Outra causa
capula dista menos de 7,5 cm da linha mediana do tór la e a linha média do tórax é superior a 7 ,5 cm (Fig. do alinhamento em inclinação é o encurtamento do
fo~ectdos pelas segunda e sétima vértebras torácicas
Pode haver encurtamento dos músculos rombóide:: 5.5). Durante a abdução, a escápula também apresenta músculo bíceps braquial, cuja cabeça curta insere-se
(I:-1~. 5.2). ~ssa postura significa que o músculo tra-
pez10. su~enor está alongado. Os músculos capazes de rotação de mais de 30 graus anterior ao plano frontal. no processo coracóide, na porção anterior do músculo
contnbmr para essa posição inferiorizada são os mús- A Nesse caso, estando a escápula em abdução com ro- deltóide ou em ambos. O cotovelo flexiona-se em
culos peitoral maior e grande dorsal. Esse alinhamento tação anterior, a fossa glenóide está anteriorizada e o resposta à correção do alinhamento da escápula se o
também é freqüente nos pacientes que se queixam de úmero apresenta rotação interna. A rotação interna que músculo bíceps branquial estiver encurtado. Quando o
dor~s no ombr~. Quando não é corrigido durante a o úmero apresenta nessa situação não deve ser corri- cotovelo é flexionado passivamente, enquanto a escápu-
flexao e ab_duçao ~o ~mbro, o alinhamento postural gida, já que a orientação do úmero na fossa glenóide ]a é mantida na posição corrigida, o ombro deve entrar
em depressao contr1bm para o estresse nas articulações está certa. Quando o paciente aduz sua escápula, a em extensão, sempre que o músculo bíceps braquial
glenoumeral e acromioclavicular. posição do úmero estará correta, dando a impressão for a causa da inclinação da escápula. A origem mais
• Elevação. A elevação do ângulo superior da escápula de normalidade. O alinhamento efetivo é de rotação provável da inclinação do ombro será a parte anterior
e~bora não do acrômio, é sina] de encurtamento d~ externa no alinhamento da escápula em abdução se a do músculo deltóide e/ou o músculo coracobraquial,
muscu~o lev~nta?or da escápula (Fig. 5 .1 ). A elevação posição do úmero parecer correta, com a fossa cubital caso o ombro continue em flexão .
da escapula mte1ra, com inclusão do acrômio indica anteriorizada. O teste específico do comprimento dos • Depressão e inclinação. A escápula apresenta-se de-
que o músculo trapézio superior está encurtad~. Nes- rotadores externos revela, muitas vezes, que eles es- primida, conforme acabamos de descrever, mas ela
se ~a~o, a ~orção .lateral da clavícula parece ocupar tão encurtados. A causa mais freqüente da posição da também apresenta inclinação anterior.
pos1çao mmto mais alta que a porção medial desse escápula em abdução com rotação é o encurtamento • Abdução e inclinação. Esse alinhamento representa a
osso. Havendo encurtamento simultâneo dos músculos dos músculos serrátil anterior e/ou peitoral maior. combinação da abdução com a inclinação; ambas já
leva?t~dor da ~scápula, rombóide e terço superior do • Inclinação da escápula. O ângulo inferior da escápula foram descritas previamente.
trapez10, a espi~a da ~scápula inteira dá a impressão • Escápula alada. A borda vertebral faz saliência poste-
de estar em pos1çao mais alta e mais próxima da sétima rior, destacando-se da parede torácica (Fig. 5.7). Esse
alinhamento é freqüentemente devido à fraqueza do
B
músculo serrátil anterior. Outras alterações do alinha-
mento que podem contribuir para a escápula alada são:
a coluna torácica retificada, a hipercifose ou a esco-

Escápula inclinada. A. O ângulo inferior da escápula afasta-se do


~dução da escápul_a. ~- A borda vertebral da escápula está a me-
os de 7,5 cm de d1stanc1a em relação à coluna vertebral Est d Abdução anterior dos ombros. A. Na vista de perfil, a articulação tórax e o osso coracóide apresenta inclinação anterior. O aumento da
igura5.3 ~ ~mbr? en:1 flexão completa, a adução da escápula ultra.pass:\~ do ombro encontra-se anterior à linha média do corpo. B. Quando a curvatura da coluna torácica contribui para a inclinação anterior da es-
limites ideais. B. As escápulas apresentam-se em adução quando paciente em vista posterior, seus ombros também parecem anterio- cápula. B. Em decúbito dorsal , o posicionamento anterior da escápula
Escá~ula rod~da inferiormente. A cifose torácica contribui para combina-se com o encurtamento do músculo peitoral menor.
esse tipo de alinhamento da escápula. em repouso e permanecem aduzidas mesmo durante a abdução de rizados; as mãos estão anteriores aos quadris.
90 graus no ombro.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular ...,,._-_
C APÍTULO Cf'\'CO

na realidade, ser um mau alinhamento, dependendo da


posição da escápula e vice-versa.

Coluna Torácica
Alinhamento Normal
As vértebras torácicas devem descrever uma discreta curva
de convexidade posterior.

Alinhamento Anormal
• Cifose. Consiste em aumento da curvatura posterior ou
de flexão da coluna torácica (Fig. 5.12).
• Escoliose. Consiste em hipercifose com rotação da
coluna e abaulamento das costelas, resultando muitas
vezes em mau alinhamento da escápula. A escoliose
costuma ser a causa mais freqüente das diferenças
acentuadas no alinhamento das escápulas. O paciente
não deve ser intimado a corrigir o alinhamento através
da contração prolongada dos adutores da escápula se
a escápula alada for decorrente do abaulamento das
costelas. O encurtamento dos adutores que daí resulta
limita a abdução e a rotação superior da escápula,
podendo provocar compressão, ruptura do manguito
úmero em rotação neutra com o antebraço em pronação. O rotador e dores cervicais. A dor na região do pescoço
olécrano ocupa posição neutra, portanto, o ombro não está em ro- deve-se ao estresse adicional que a contração do mús-
tação interna, embora a palma da mão esteja posteriorizada. Esse culo trapézio superior impõe à coluna vertebral, ao
alinhamento deve-se, muitas vezes, ao encurtamento dos flexores promover a rotação superior da escápula.
curtos dos dedos.
Coluna torácica plana. A abolição da curvatura normal
posterior da coluna torácica resulta em coluna torácica
Figu.ra5.7 plana ou retificada, fazendo com que a escápula dê a
Escápula alada. A. A borda vertebral da escápula destaca-se da parede torácica, em vez de aderir à mes- Alinhamento Anormal impressão de ser alada.
ma. B. O encurtamento dos rotadores externos do ombro impede a rotação interna do mesmo, no paciente • Anterior. Mais de um terço da cabeça do úmero
em decúbito dorsal, quando se impede a movimentação da escápula durante a rotação interna do ombro. localiza-se anterior ao acrômio (Fig. 5.9).
C. Observe a posição das escápulas em forma de asas, na posição de repouso. D. O encurtamento dos Movimentos da Cintura Escapular
• Superior. A cabeça do úmero parece estar localizada
músculos escapuloumerais contribui para a escápula alada durante a rotação interna do ombro.
em nível mais alto que o acrômio. Vocabulário dos Movimentos da Cintura
• Em abdução. A porção distal do úmero encontra-se Escapular14
afastada da face lateral do corpo, ou então, a escápula
apresenta queda ou rotação inferior (Fig. 5.10). As definições abaixo destinam-se a assegurar a uniformida-
• Rotação interna. A fossa cubital está medializada, o de relativa à terminologia dos movimentos segmentares nos
liose. Na escoliose observa-se acentuada assimetria no Úmero olécrano lateralizado e a palma da mão está muitas
alinhamento das escápulas. Em caso de hipertrofia do quais se baseiam as diversas síndromes (Fig. 5 .13 ).
vezes posteriorizada. Conforme já vimos acima, a de-
músculo subescapular, as escápulas também parecem Alinhamento Normal • Rotação, externa ou superior, é um movimento em tomo
terminação exata da rotação do úmero exige o exame
aladas,já que suas bordas vertebrais se destacam. Mas, de um eixo sagital, fazendo com que o ângulo inferior
Menos da terça parte da cabeça do úmero deve sobressair- da posição ocupada pela escápula.
na realidade, não apresentam rotação no plano frontal, da escápula se desloque externamente, enquanto a
se anterior ao acrômio. A rotação deve ser neutra, de • Rotação externa. A rotação externa do úmero não é
apenas não aderem à parede torácica. O exame cuida- cavidade glenóide se move em direção cranial.
maneira tal que a prega antecubital esteja anteriorizada, freqüente, a não ser que a escápula se encontre em
doso revela que a escápula inteira está saliente sobre o abdução, enquanto o alinhamento do úmero parece ser • Rotação interna ou inferior é o movimento em torno
enquanto o olécrano está posteriorizado, a palma da mão
tórax, e não apenas sua borda vertebral. Essa situação está voltada para o corpo. A palma da mão pode, às vezes, correto (Fig. 5.11). de um eixo sagital que leva ao deslocamento do ângulo
é mais freqüente nas pessoas que executam exercícios estar posteriorizada, sem que o olécrano também esteja • Flexão/extensão. Estando o úmero em flexão, sua par- inferior medialmente e da cavidade glenóide inferior-
freqüentes de flexões em barra fixa ou cujas atividades posteriorizado. Essa anomalia deve-se, geralmente, ao te distal ocupa posição anterior em relação à porção mente.
incluem a escalada de paredes. encurtamento dos flexores curtos dos dedos (Fig. 5.8). As proximal do úmero. Estando o úmero em extensão, • Elevação é um movimento de deslizamento que con-
• Rotação superior. A espinha da escápula ocupa posição extremidades proximais e distais do úmero devem estar no sua extremidade distal situa-se atrás da extremidade siste em deslocamento da escápula em sentido cranial
medial em relação ao ângulo inferior. A rotação cos- mesmo plano vertical, quer sejam vistas de perfil, de frente proximal do úmero, às vezes em combinação com a (superior), como, por exemplo, encolher os ombros.
tuma ser decorrente do encurtamento do músculo tra- ou por trás. Conforme já vimos, o exame da posição da posição anterior da cabeça do úmero. A posição do • Depressão é um movimento deslizante durante o qual
pézio. articulação glenoumeral exige que a escápula se encontre úmero precisa ser avaliada em relação à posição da a escápula se desloca inferiormente; trata-se do inverso
no alinhamento ideal. escápula. Um alinhamento aparentemente correto pode, da elevação com inclinação anterior.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C AP!TULO C!',CO

A A • A adução é um movimento deslizante durante o qual


a escápula se desloca em direção à coluna vertebral.
• A abdução é um movimento deslizante, durante o qual
a escápula se afasta da coluna vertebral em direção à
abdução completa, acompanhando os contornos do
tórax até uma posição posterolateral.
• A inclinação anterior é um movimento em torno do eixo
coronário, durante o qual o processo coracóide desloca-
se anteriormente e inferiormente. Podemos afirmar que
0 processo coracóide apresenta-se anteriorizado.
• A escápula alada resulta de um mo~imen_to em tomo do
eixo vertical da articulação acrom10clavicular. A borda
vertebral da escápula afasta-se da caixa torácica;.ª fossa
glenóide desloca-se anteriormente. Esse n:ov1mento
tem por finalidade manter o contato ?ª
escapu~a com
a curvatura do tórax enquanto a escapula desliza em
tomo do mesmo, durante os movimentos de abdução ou
adução . O movimento é considerado anormal quando o
afastamento da borda vertebral da escápula em relação
à parede torácica se torna o'bv10.
· 24

Padrões de Movimentos da Cintura


Escapular
Figura5.10 As principais observações q~e definem o des~mpenho
Abdução e rotação interna do úmero. O úmero encontra-se ª'.ª~ta-
perfeito dos movimentos da cmtura escapular sao as se-
do da face lateral do corpo, em vez de ficar paralelo à ~oluna torac1ca . guintes: ., . , .
o olécrano está lateralizado (A), enquanto a fossa c,ub1ta_l encontra-se • Alinhamento inicial. Conforme Jª vimos, e preciso
medializada (B). A abdução com rotação interna e ma1~ ace~tuada
corrigir as eventuais alterações durante o movimento,
no ombro esquerdo que no direito. ~ alinhament~ da art1culaçao gle-
noumeral é em abdução quando existe depressao do ombro. sempre que escápula e o úmero não se enc~ntram _n a
posição inicial correta. Por exemplo: a rotaçao precisa
ser superior ao ângulo normal de 60 graus, a fim de

Figura5.11
B
Rotação externa do úmero. A. É raro.º _?lécrano
estar medializado , no paciente em pos1çao de re-
pouso, mas ocorre rotação externa do úmero quan-
do a escápula apresenta abdução acentuada e o
olécrano está posteriorizado. B. Encurtamento dos
músculos rotadores externos, fato compatível com a
posição do úmero em discreta rotação externa .

Úmero anterior ao acrômio. A Mais que a terça parte da cabeça do úmero localiza-se anterior ao acrômio. À direita, a extremidade distal do úmero
situa-se posterior à extremidade proximal desse osso. B. A cabeça do úmero esquerdo não ocupa posição anteriorizada e a porção distal do úmero
encontra-se próxima à linha da extremidade proximal do úmero. C. Em vista posterior mostra que o ombro esquerdo apresenta abdução com rota-
ção externa , contribuindo para o alinhamento entre as duas extremidades do úmero. D. Observe o posicionamento anterior do úmero. E. A posição
anterior do úmero é acentuada, sendo demonstrada pela maneira como a paciente estabiliza seu corpo. G. A cabeça do úmero esquerdo ocupa
posição menos anterior e superior que a cabeça do úmero direito. F. A cabeça do úmero direito apresenta desvio anterior e superior. H. A extensão
do ombro, tal como ocorre durante a marcha, é capaz de intensificar o deslizamento anterior da cabeça do úmero.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPÍIULO CtNCO

compensar pela alteração na posição inicial, sempre • Cronologia e amplitude dos movimentos da escápula. consiste em colocar o polegar e o indicador sobre o
que, antes da flexão do ombro, a escápula se apresentar Durante a flexão, a escápula freqüentemente pára de se
em rotação inferior. ângulo inferior da escápula, para acompanhar os mo-
deslocar, quando a flexão do ombro atingiu cerca de vimentos da mesma, ao mesmo tempo que se observa
• Ritmo escapuloumeral. O movimento da escápula
140 graus; o restante do movimento ocorre quase ex- o úmero. Outro método útil é a comparação entre os
varia consideravelmente durante os primeiros 60 graus
clusivamente na articulação glenoumeral. Um método dois lados durante os movimentos uni ou bilaterais.
de flexão do ombro e nos primeiros 30 graus de abdu-
recomendável de se examinar o padrão de movimento Depois de encerrado o movimento de flexão, deve
ção. Inman e Saunders a chamaram de "fase de estabi-
lização".10 Após essa fase inicial, o úmero e a escápula o ângulo inferior da escápula encontrar-se junto à linha
se movimentam dentro de uma relação constante. A média do tórax; a borda vertebral da escápula deve executar
relação de 2 graus de movimento glenoumeral por 1 uma rotação de 60 graus (Fig. 5.15). O ângulo inferior não
grau de movimento escapulotorácico resulta em 120 deve ficar anterior à essa linha e também não deve passar
graus de movimento na articulação glenoumeral e em lateralmente mais de meia polegada (1,25 cm), durante a
60 graus de movimento da escápula, ao final da flexão flexão ou abdução completa da articulação glenoumeral.
no ombro (Fig. 5 .14). De acordo com as pesquisas O deslocamento do ângulo inferior, além da linha média do
mais recentes, a cronologia exata desse movimento tórax ou a protrusão lateral da escápula, é sinal de abdução
estaria sujeita a certo grau de variabilidade. 2,6, 7 Ao excessiva da escápula (Fig. 5.16).
analisar os pacientes que relatam dor e ao comparar Escápula alada. Não deve se manifestar durante os
um ombro com o outro, pode o examinador obter um movimentos do braço, seja durante a fase de flexão/
Rotação inferior abdução, seja durante o retomo após a flexão/ abdução

..
ponto de referência capaz de orientar sua decisão sobre
se o caso é de disfunção de movimento ou apenas de (Figs. 5.17 e 5.18).
uma variação normal. A observação dos desvios em Adução Abdução
relação à cronologia e à amplitude dos movimentos
da escápula, em combinação com a cronologia do
-e
início da dor e com a identificação das alterações no D
desempenho da musculatura, é outra medida capaz de
orientar a decisão relativa à importância dos desvios
encontrados.

Figura5.13
t
Depressão

Movimentos da escápula. (Segundo Kendall e cais.: Muscles: Tes-


ting and function, 42 ed., Baltimore 1993, Williams & Wilkins.)

- H'
• I
---- 1----
----i----
/Ac 1
1
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1 e()

H S
~30./,
H
!
s Abdução excessiva da escápula, ao final da flexão do ombro. A
e D. O ângulo inferior ultrapassa a face lateral do tórax em ma_is de
Figu1"a5.14 Figura5.15 meia polegada (1,25 cm). B e E. A correção da posição da_ es?apula
diminui a amplitude do movimento de flexão do ombro, ~nd!cando
Ritmo escapuloumeral. A escápula move-se 1 grau em cada 2 Posição da escápula no final do movimento de flexão do omb_ro.
encurtamento dos músculos escapuloumerais. C e F. A rotaçao interna
'igura .5 12
graus de movimento do úmero. Ao completar-se a flexão do ombro, o A. o ângulo inferior da escápula situa-se posterior à linha axilar
do úmero aumenta a amplitude do movimento de flexão do ombro,
movimento foi de 120 graus na articulação glenoumeral e de 60 graus média. B. A rotação superior da escápula não chega a 60 graus. C.
Hipercifose torácica. Aumento da curvatura da coluna torácica indicando encurtamento do redondo maior.
posterior. entre a escápula e a parede torácica. (Segundo Calliet R: Shoulder o ângulo inferior da escápula não ocupa a posição correta na face
pain, 22 ed., Filadélfia, 1981, FADavis.) lateral do tórax.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C APITlJ LU CINCO

gura5.ao
Depressão e rotação externa da cabeça d~ úmero, d~ran~e a flexão
B do ombro. (Segundo Calliet R: Shoulder pam, 2ll ed., Frladelfia, 1981 ,
FA Davis.)

Figura5.18

Escápula alada, manifestando-se durante o movimento de re-


e torno após a flexão do ombro. (A) Não se observa escápula alada
durante a flexão do ombro , mas (B) ocorre durante o retorno após A hipercifose torácica prejudica os movimentos da escá_p~la
a flexão do ombro, indicando que o problema não se relaciona com durante a flexão do ombro. A. A hipercifose da coluna toracrca
a força muscular, e sim com o relaxamento muscular no momento torna-se evidente na posição de perfil. B. A rotação superior e aduç~o
certo. da escápula revelam-se inadequadas durante a fase fi~al d~ flexao
do ombro . A escápula não pode ser aduzida porque e obrigada a
acompanhar os contornos da caixa torácica.
Figura5.21
• Elevação de escápula. A fase de flexão/abdução do
ombro deve ser acompanhada de certo grau de elevação Durante a flexão do ombro, os músculos do manguito rotador ex_ercem
do mesmo (como encolher os ombros), embora em grau tração inferior sobre a cabeça do úmero. Os músculo~ infra-espinhoso
evitando, assim, que a tuberosidade m~ior fique im- e redondo menor participam da rotação externa do umero d~ra~t~ a
não excessivo. A elevação da escápula assume impor- pactada contra o ligamento coracoacrommal ou c~ntra flexão do ombro. (Segundo Calliet R: Shou/derpain, 2lled. , Frladelfra ,
tância especial quando o ombro se encontra deprimido
0 acrômio (Fig. 5 .21 ). Ao provocarem a d~pressao da 1981, FA Davis.)
em estado de repouso.
cabeça do úmero, os músculos peitoral maw.: e_grande
• Extremo da amplitude. Para completar os 180 graus de dorsal promovem ao mesmo tempo sua rotaçao mt~1:1a,
excursão, a escápula deve apresentar leve depressão, de modo a poderem modificar a relação cro~olog1ca
e inclinação posterior e adução. Essa depressão é por rer adução da escápula, principalmente durante os
Figura5.17 entre os movimentos de úmero e escápula, assim como primeiros 35 graus do movimento (Fig. 5.22), quando
vezes impedida pela presença de hipercifose ou pelo a posição do úmero em relação à fossa glenóide.
Escápula alada manifestando-se durante a flexão do ombro. A. encurtamento do músculo peitoral menor (Fig. 5 .19). o paciente está com os braços ~o ~ado ~o corpo ~ os
• Coluna vertebral. A abdução ou flexão completa do
Durante a flexão do ombro , a borda vertebral da escápula destaca-se • Cabeça do úmero. O eixo de rotação da cabeça do cotovelos em flexão , sendo entao mstrmdo a ~eahza:
ombro deve ser acompanhada de uma excursão mí-
da face posterior do tórax, em virtude do encurtamento dos músculos úmero deve manter-se relativamente constante, com a rotação externa no ombro. A adução da escapu!~ e
nima da coluna vertebral. Na presença de hipercifose
escapuloumerais. O controle pela musculatura axioescapular revela- seu centro no interior da fossa glenóide, durante a interpretada como sinal de dominância d~ m. rombo1de
se insuficiente para o fenômeno da escápula alada . B. Escápula alada,
torácica, a convexidade das costelas obrigada a escápula
execução do movimento (Fig. 5.20). Por conseguinte, a se inclinar anteriormente, limitando, dessa forma, e de controle insuficiente sobre a rotaçao externa na
depressão e rotação inferior da escápula. C. A escápula apresenta o
é preciso que os músculos escapuloumerais, encarrega- a amplitude aparente para os mov_imen~os de fl~~ão articulação glenoumeral. O movimento que se pretende
aspecto em asa e abdução excessiva durante a flexão do ombro.
dos de deprimir a cabeça do úmero, oponham-se à forte do ombro. A redução do grau de h1perc1fose torac1ca é de rotação do úmero na fossa glenóide, em tomo ~e um
tração que o músculo deltóide exerce superiormente; aumenta a amplitude da flexão no ombro. eixo vertical. A cabeça do úmero não deve desviar-se
eles precisam colocar o úmero em rotação externa, Teste de dominância do m. rombóide. Não deve ocor- anteriormente ou superiormente e o braço não deve
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPITULO CINCO

estar em extensão. Essas alterações de movimentos movi11:entos do ~mbro, os músculos toracoescapulares têm As mudanças que ocorrem na participação relativa desses O músculo trapézio (Fig. 5.24) produz adução e rotação
da cabeça do úmero indicam que o músculo deltóide a fun~ao de movimentar corretamente a escápula, para que músculos ou a restrição dos movimentos sob a ação de seus superior da escápula. Sua porção superior tem a função de
posterior predomina sobre os músculos infra-espinhoso os musculos escapuloumerais possam exercer O melho antagonistas levam à alteração dos padrões de movimentos. levantar a escápula, enquanto a porção inferior do trapézio
e redondo menor. Os movimentos do ombro não envolvem atividade muscular a deprime. O músculo trapézio insere-se no acrômio e na
controle possível sobre o úmero e manter uma relação idea~
en~re a foss~ glenóide e a cabeça do úmero. A mudança na genuinamente recíproca; por isso, a maioria dos músculos clavícula. Se o músculo trapézio superior estiver encurtado
açao_ dos ~usculos to_racoumerais é uma fonte importante toracoescapulares participa dos movimentos do ombro, e a cintura escapular estiver em postura elevada, o ombro
Ação dos Músculos sobre a Cintura
de, d1sfunçao de movimento, em vista do tamanho desses embora exercendo funções antagonistas. inteiro deve apresentar elevação, com inclusão da extremida-
Escapular musculos e do fato de se inserirem diretamente no úmero. As modificações em relação à dominância ou ao com- de distal do acrômio. O alongamento da porção superior do
primento de qualquer um desses músculos são capazes de trapézio manifesta-se por depressão do ombro (Fig. 5 .2). A
As d~sfunções de movimentos representam desvios em
Músculos Toracoescapulares comprometer o equilíbrio muscular. O conhecimento das ação do músculo trapézio superior é considerada insuficiente
relaçao .ªº padrão cinesiológico ideal. O desvio resulta
ações sinergistas e antagonistas desses músculos é funda- quando a flexão ou abdução do ombro não é acompanhada
da modificação da ª?~º ~ormal dos músculos sinergistas mental para a análise dos movimentos da cintura escapular.
encarregados do eqmhbno muscular. Em muitos casos a r1;1-~ortante qu~ os músculos que se inserem na parede to- por elevação da escápula.
racica ~ ~a es:apula apresentem comprimento, força e grau As alterações no alinhamento que se observam na posição Graças à sua inserção no ligamento nucal, o músculo tra-
observação do alinhamento que a cintura escapular ap;e-
de partici~açao corretos. Esses músculos são responsáveis de repouso manifestam-se por disfunções de movimentos pézio superior é capaz de afetar a coluna cervical. Estamos
senta em estado de repouso é capaz de indicar a presença
pelos m_ovimentos da escápula, mantendo uma relação ideal durante os movimentos. O conhecimento da anatomia dos diante de uma disfunção quando a observação dos processos
de di~funçõ_es muscul~res, eventualmente acompanhadas
com o umero, de modo a minimizar os estresses anormais músculos toracoescapulares confere ao examinador as infor-
por disfunçoes de movimentos. Discutiremos nessa sessão espinhosos das vértebras cervicais mostra rotação desses
sobr~ a artic~laç~o glen~umeral. O fator-chave para os mações básicas das quais ele necessita para poder analisar
os~músculos mai~ importantes da cintura escapular e sua processos para o mesmo lado da flexão do ombro, sempre
movimentos 1?eais da articulação glenoumeral exige que o comprimento dos músculos e as disfunções de movimentos.
açao,.: da~do especial destaque à função compensatória. Esta que o paciente com dores cervicais flexionar o ombro. A
~ cabeça do ,~mero permaneça centralizada em relação Com base em sua experiência clínica, a autora deste livro é
ses_sao nao p_retende dar uma descrição anatômica detalhada, provável explicação para a rotação das vértebras cervicais é
a fossa gleno1de_ d~r~nte os movimentos na articulação de opinião de que a maioria dos casos de dor no ombro re-
e sim, focalizar as ações compensatórias dos músculos. o excesso de flexibilidade dessas vértebras, de maneira que
do ombro. A traJetona do centro instantâneo de rotação sulta das disfunções dos movimentos da escápula, as quais
_As mudanças dessa função de equilíbrio e compensação a contração do músculo trapézio leva à rotação da coluna,
(TC~R) do úmero, no interior da fossa glenóide define 0 prejudicam a relação entre o úmero e a fossa glenóide,
e~tao entre os principais fatores que levam ao desenvol- em vez de esta se manter estável. A flexão bilateral dos
mov~m~n!o ~o inte~ior da mesma (Fig. 5.20). I~so exige modificando, desta maneira, os movimentos acessórios do
vi1;1-ento da_s síndro~es de disfunção de movimento. Os a comc1dencia relativamente precisa da ação dos múscu- ombros é, geralmente, capaz de eliminar esse movimento de
úmero, sobretudo os movimentos de deslizamento anterior
muscul_os sao des_cntos_como grupos cuja denominação é los e~carreg~dos de movimentar a escápula. Precisamos rotação, já que a contração simultânea bilateral do músculo
e superior.
d~tern:imad~ pela ms~rçao dos músculos. Os grupos a serem exammar cmdadosamente a ação par de forças formada trapézio estabiliza a coluna cervical. Via de regra, somente
di~cutidos sao: os musculos toracoescapulares, toracoume- pe~os, músculos trapézio e o serrátil anterior, já que essa se observa a rotação da coluna cervical durante a flexão do
ra1s e escapuloumerais. De acordo com a cinesiologia dos açao e a chave para os movimentos da escápula (Fig. 5.23). ombro quando apenas um dos ombros se movimenta.
O músculo levantador da escápula (Fig. 5.24) produz
adução e rotação inferior da escápula. Esse músculo é
sinergista do trapézio para a adução e antagonista para o
movimento de rotação. O músculo levantador da escápula
insere-se nos processos transversos das primeiras quatro
Nível da vértebras cervicais. Ele limita a rotação da coluna cervical,
2ª costela
mas é capaz de provocar a rotação da mesma durante os
movimentos do ombro, quando as articulações da coluna
cervical apresentam flexibilidade aumentada. Por exem-
plo: o músculo levantador da escápula alonga-se quando
a escápula entra em rotação superior, durante a flexão do
Serrátil
ombro. Mas o alongamento desse músculo leva à rotação
Nível da das vértebras cervicais e, em alguns casos, à rotação da
7ª costela própria cabeça para o lado do músculo que está sendo
o alongado, quando a flexibilidade das vértebras cervicais
o
o ultrapassa a capacidade de alongamento do músculo le-
o
o vantador da escápula.
o
o O encurtamento do músculo levantador da escápula
o
o pode criar a impressão de ombro elevado quando o exa-
o
o minador observa a altura do ombro próximo à base do
o
o pescoço, isso porque esse músculo insere-se na face interna
o Trapézio inferior do ângulo superior da escápula (Fig. 5.25). A inserção
do músculo levantador da escápula no ângulo superior
Par de forças atuando sobre a escápula. As porções superior e
da escápula eleva a parte mais interna desse osso, porém
inferior do músculo trapézio representam um dos componentes do não eleva a região do acrômio (Fig. 5.25). A distinção
Ftgura5.22 par de forças que produz a rotação superior da escápula. O outro entre o encurtamento do músculo levantador da escápula
componente é o músculo serrátil anterior. A ação adutora do trapézio e dos músculos rombóides e o músculo trapézio superior
Dominância do músculo rombóide. A. Observe a contra ão evidente d , ..
terna do ombro. B. Adução da escápula em lugar da r t ~ t o musculo rombo1de durante a posição que precede a rotação ex- é contrabalanceada pela ação abdutora do músculo serrátil anterior.
assume grande importância para a escolha dos exercícios
. t d ' 0 açao ex erna do ombro e Na ausênc·a d d - .
mov,men o e rotação externa parece estar reduzida. . . ' e a uçao da escapula, a amplitude para o (Adaptado segundo Calliet R: Shou/der pain, 2ª ed., Filadélfia, 1981,
FA Davis.) terapêuticos corretos.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAP[! LLO C1NCO

M. esplênio do pescoço
M. levantador da escápula
M. rombóide menor
M. supra-espinhoso
M. deltóide
M. deltóide

M. rombóide maior
M. redondo maior

M. tríceps braquial M. eretor da espinha

M. serrátil posterior inferior


Triângulo para auscultação
A B
M. grande dorsal

Musculatura axioescapular dorsal e escapuloumeral. (Segundo Mathers e cols.: Clinica/ anatomy prin-
cipies, St. Louis, 1996, Mosby.)

gura5.26
Flexão do ombro com destaque para atividade do músculo trapézio superior. A. ~s_ombros_con-
tinuam deprimidos durante a flexão. B. Para aumentar a participação do músculo tra~e~I0 supenorb~
paciente levanta os ombros durante a flexão de 90 graus. Esse movimento deve constItuIr uma com I-
os ombros com os braços de ambos os lados do corpo ( com
nação suave de elevação e flexão.
a articulação glenoumeral em rotação inferior) não pode ser
recomendado, visto que reforça a atividade dos músculos
rombóides e levantador da escápula, contribuindo para
a dominância desses músculos. A elevação dos ombros
deve ser executada com os braços acima da cabeça, com Na experiência desta autora, a falta de controle d~_mús-
a escápula em rotação superior, a fim de favorecer a ação culo serrátil anterior sobre a escápula é bastante frequente.
do músculo trapézio superior (Fig. 5.26). Baseada em A falta de controle deve-se à fraqueza, ao alongamento ou
numerosos exames de postura, esta autora verificou que a ao encurtamento do músculo serrátil anterior, ou ainda, à
depressão dos ombros é uma alteração postural de obser- modificação de relação cronológica entre o movimento do
vação freqüente, indicando que é freqüente o alongamento úmero e o movimento que esse músculo produz na escápu-
do músculo trapézio superior. la. A distinção entre o desempenho deficiente do músculo
O músculo serrátil anterior (Fig. 5.27) exerce funções de trapézio e do músculo serrátil anterior :xige a ob,servação Músculo
abdução e rotação superior da escápula, e mantém a escápula meticulosa do grau de abdução ou aduçao da escapula. Os serrátil - - - , . . . , - ~ -
aderida contra a caixa torácica. A rotação externa é produzi- dois músculos produzem rotação superior da escápula, mas, anterior
da pela ação conjunta da força do músculo serrátil anterior e sendo o músculo trapézio um adutor e o músculo serrátil um
do trapézio. O músculo serrátil anterior é o principal abdutor
abdutor resulta que a posição lateral ou medial da escápula
pode o;ientar o fisioterapeuta quanto a~ 1?úsculo ~ ser
da escápula. A flexão/elevação do ombro dentro da ampli-
Elevação do ângulo superior da escápula com depressão do
tude total para esse movimento toma-se impossível quando
acrômio. Esse alinhamento do ombro resulta do encurtamento do fortalecido durante o programa de exerc1c10s corretivos.
m. levantador da escápula e do alongamento excessivo do músculo
o músculo serrátil anterior apresenta paralisia ou fraqueza
Os principais indicadores de alteração do desempenho s_ão
trapézio superior. acentuada (de grau 2/5 ao teste manual da força muscular).
os movimentos inadequados de abdução e rotação superior
O controle insuficiente pelo músculo serrátil prejudica,
da escápula, durante a flexão e adução do ombro. O m~sculo
além disso, a cronologia e a amplitude dos movimentos da
escápula, causando estresse da articulação glenoumeral. serrátil anterior estará funcionando corretamente se o angulo
Essa tensão resulta do posicionamento incorreto da fossa inferior da escápula alcançar a linha axilar média, estando o
Os músculos rombóides (Fig. 5 .24) produzem adução e glenóide para os movimentos da articulação glenoumeral, ombro completamente fletido, ou se a escápula se encontra
rotação inferior da escápula. Tal como o músculo levantador sempre que a abdução e rotação superior da escápula se em rotação superior a 60 graus, depois de completada a ·gura.'j.27
da escápula, funcionam como sinergistas do músculo tra- revelam insuficientes. Os músculos escapuloumerais não flexão do ombro (Fig. 5.28). Músculo axioescapular: m. serrátil anterior. O músculo serrátil
pézio. Eles predominam geralmente sobre a ação do músculo conseguem manter relações ideais de comprimento e ten- Os pacientes que apresentam escápulas aduzidas e artic~- anterior é o único abdutor da escápula. Ele desempenha _1mp?rta~te
trapézio, sendo capazes de limitar a rotação superior da são quando a escápula não se encontra na posição correta, lações acromioclaviculares avantajadas merecem ser exami- papel na rotação superior da escápula e a mantém ade~,d~ a caixa
escápula. Via de regra, o exercício que consiste em levantar durante os movimentos de flexão ou abdução no ombro. nados com especial atenção, para verificar se o desempenho torácica. Segundo Mathers e cols.: Clinicai anatomy pnnc1ples, St.
do músculo serrátil anterior é insuficiente. A inserção do Louis, 1996, Mosby.)
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
- Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C APITU LO CINCO

B Tronco toracoacromial
a. Axilar
Fáscia clavícula-peitoral

Porção clavi-

,
a. Circunflexa cular dom.
peitoral maior
-~ -.,,,__.,..a. Torácica (dessecada)
a. Circunflexa _ _ _~ • suprema
anterior do úmero
Veia axilar

I
--~'li---ª·lateral
Torácica

'll&:=.=!:::::::....._..j.....~-M. peitoral
maior maior
a. Braquia._l_ _ __,
profunda

a. Colateral
Veia basílica

Músculo axioumeral: músculo peitoral maior.~ músculo ~eitoral


gura5.29 maior produz flexão, rotação interna e adução h~riz~ntal do ume~o.
(Segundo Mathers e cais.: Clinica/ anatomy prmc,ples, St. Louis,
Locais de inserção do músculo peitoral menor. O plexo branquial 1996, Mosby.)
e a artéria axilar localizam-se por baixo do músculo peitoral menor
e acima da caixa torácica. A inclinação anterior da escápula, decor-
rente da contração do músculo peitoral menor (o qual se insere no
processo coracóide da escápula), pode provocar a compressão de mente à escápula para se inserirem diretamente no úmero,
nervos e vasos. Segundo Mathers e cols.: Clinica/ anatomy principies,
St. Louis, 1996, Mosby.)
de modo a poderem afetar o ritmo escapuloumeral. Esses
dois músculos produzem rotação interna do úmero. Trata-
se de músculos poderosos que possuem inserção extensas
resistência aos movimentos da escápula que se a caixa torá- e fortes no esqueleto axial; por isso, o encurtamento ou a
cica se levantasse para compensar a falta de extensibilidade rigidez dos mesmos é capaz de limitar a rotação externa
do músculo peitoral menor. O encurtamento do músculo do ombro durante o terço final da amplitude para a flexão do
peitoral menor é um fator capaz de contribuir para a sín- ombro. Além disso, estes dois músculos inserem-se em
Posição da escápula ao final da flexão do ombro. A. O ângulo drome do desfiladeiro torácico (Fig. 5.29). O alongamento locais mais distantes em relação ao eixo de rotação da
inferior da escápula alcança a linha axilar média quando a escápula desse músculo apresenta dificuldades, visto que a pressão articulação glenoumeral do que os rotadores intemo_s da
apresenta abdução durante a flexão do ombro. B. O ângulo inferior da
precisa ser aplicada sobre o processo corácoide, e não sobre articulação escapuloumeral. Quando passa~ a dommar,
escápula situa-se posterior à linha média do tórax quando o músculo
serrátil anterior não exerce controle perfeito sobre a escápula. o úmero, enquanto se estabiliza o tórax (Fig. 5.30). Portanto, podem dar origem à alteração de controle do umero dentro
precisamos de um assistente para que o alongamento seja da fossa glenóide. . . .
eficaz. Essas técnicas serão descritas no capítulo sobre A Inclinação anterior dos ombros decorrente do encurt~mento_ do
O músculo peitoral maior pode contnbmr para o desli-
exercícios terapêuticos. m.úsculo peitoral menor. A borda externa da espinha da escapul~ dista zamento excessivo anterior da cabeça do úmero, na falta do
A correção do alinhamento da escápula (Fig. 5.30), com a mais de 2,5 cm da superfície da mesa. B. O alonga_mento pa~s,vo do equilíbrio apropriado fornecido por músculos. como o ?1·
músculo trapézio superior, encarregada também da rotação articulação glenoumeral em posição neutra, precisa ser reali- músculo peitoral menor corrige a posição da escapula. O _f1s1otera- subescapular. Os músculos grande dorsal e peitoral _ma10r
superior da escápula, pode estar aumentada se o músculo peuta exerce pressão sobre o processo coracóide da escapula em
zada com o maior cuidado. A ênfase deve ser na inclinação sentido diagonal, de acordo com a direção das fibras _muscul~res.
levam ambos à depressão da cintura escapular; por isso, ~
serrátil anterior não for capaz de rodar superiormente a da posterior da escápula e não para a adução da mesma. encurtamento ou a dominância de um deles ou de ambos _e
Será preciso estabilizar a caixa torácica sempre que o torax subir ou
escápula em grau suficiente. O músculo trapézio superior Esse é o motivo pelo qual o exercício de inclinar a escápula entrar em rotação durante a aplicação do alongamento. capaz de restringir a elevação da cintura e_scapular, movi-
insere-se na clavícula. De acordo com Johnson e cols., essa mento esse que deveria acompanhar a flexao_ do ombro.~
para trás com o paciente em posição ortostática precisa
porção do músculo trapézio exerce seu efeito principalmente ser ensinando com todo cuidado, a fim de evitar a adução A função do músculo peitoral maior con~1ste na aduçao
durante a fase final da rotação superior da escápula, podendo excessiva. Esse exercício nem sempre é capaz de levar ao e rotação interna do úmero. Suas fibras supenores ~rod~em
criar tensão sobre a articulação acromioclavicular. 13 síndromes dolorosas do ombro exige o exame minucioso flexão e adução horizontal do ombro. As fibr~s mf:nores
alongamento do músculo peitoral menor; a contração dos
O músculo peitoral menor (Fig. 5.29) causa a inclinação músculos rombóides reforça, às vezes, a rotação inferior da do comprimento e da tensão do músculo peitoral ~enor, deprimem a cintura escapular, graças às suas mserçoes no
anterior da escápula, ao inclinar o processo coracóide an- seguido pela implementação de um programa preciso de úmero. Verifica-se na prática que as fibras que formam a
escápula, um problema que é encontrado com freqüência.
teriormente e inferiormente, de modo a provocar a rotação alongamento desse músculo sempre que o teste demonstrar porção esternal do músculo peit?ral m_aior es~ão encurtadas,
Esta autora prefere que o paciente procure adquirir o ali-
do ângulo inferior. 14 O encurtamento desse músculo inter- sua deficiência. enquanto as fibras pertencentes a porçao clavicular revelam-
nhamento correto da escápula abduzindo e deprimindo-a
fere com a rotação da escápula em sentido cranial. Essa (inclinando-a posteriormente), com os ombros em flexão se alongadas ao exame (Fig. 5.32). _
restrição, decorrente do encurtamento do músculo peitoral O músculo grande dorsal produz rotação inte_rna, aduçao
ou abdução de pelo menos 90 graus e com os cotovelos em Músculos Toracoumerais
menor, torna-se mais acentuada no paciente que apresenta e extensão do ombro, ao lado de depressão da cmtura e~ca~
flexão. O paciente deve, então, colocar novamente os braços
musculatura abdominal encurtada ou rígida. No paciente As disfunções dos músculos peitora~ m~ior (Fig._ 5.31)_ e pular. A ação bilateral do músculo grande d~rsa~ co~tnbm
ao lado do corpo, movimentando a articulação do ombro e
cujos músculos abdominais estão encurtados ou rígidos, grande dorsal (Fig. 5.24) podem cont,nbmr para a d1sfunçao para a extensão da coluna vertebral e para a mclmaçao an-
evitando a inclinação anterior da escápula durante a volta da
a elevação da caixa torácica sofre restrição, opondo maior da articulação glenoumeral. Esses musculos passam lateral- terior da pelve. O encurtamento do músculo grande dorsal
articulação glenoumeral à posição neutra. O tratamento das
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura fücapular
-.,.__
C.ufTL'LO Ci:--co

limita a amplitude dos movimentos de flexão/elevação do 6. O encurtamento da cápsula, especialmente da parte de abduzi-lo. A participação menor do músculo deltóide é meral, embora o paciente se encontre em repouso, com os
ombro (Fig. 5.33). A curvatura lombar da coluna continua póstero-inferior. Os músculos do manguito rotador são capaz de explicar esse fenômeno. Durante a flexão, a parte braços estendidos ao lado do corpo (Fig. 5.35). Os músculos
relativamente normal quando os músculos da parede abdo- parte integrante da cápsula articular, razão pela qual mais ativa do músculo é a porção anterior do mesmo, ou deltóide e supra-espinhoso encontram-se em posição de en-
minal estão encurtados ou rígidos, mesmo que o paciente seu encurtamento ou rigidez devem exercer efeitos seja, apenas a terça parte do músculo, em comparação com curtamento durante a abdução na articulação glenoumeral.
não se esforce para contraí-los de forma ativa. O paciente semelhantes sobre a cápsula. a atividade do músculo inteiro que se observa durante a Quando a posição de repouso da articulação glenoumeral é
recorre à extensão compensatória da coluna lombar sempre O músculo deltóide (Fig. 5.24) produz a abdução do abdução. de rotação interna, a combinação da abdução com a rotação
que os músculos abdominais não estiverem tensos durante úmero. Sua porção anterior coloca o úmero em flexão e Outro padrão de dominância observa-se no músculo interna do úmero cria condições favoráveis à síndrome do
a flexão do ombro (Fig. 5.34). rotação interna; a porção posterior do m. deltóide promove deltóide posterior. Quando essa porção do músculo passa a impacto (Fig. 5.36). Existe, em alguns desses casos, encur-
a extensão e rotação externa do úmero, enquanto a porção dominar nos movimentos de rotação externa, a cabeça do tamento do músculo deltóide; em compensação, os ombros
Músculos Escapuloumerais média desse músculo leva à abdução do úmero. Trata-se de úmero tende a deslizar anteriormente durante o movimento. abaixam-se e/ou apresentam rotação inferior, de maneira que
um músculo poderoso; ele gera na posição de repouso um Um dos maiores desafios para quem desenvolve exercícios os braços estejam próximos do tórax no paciente em posição
O equilíbrio dos músculos escapuloumerais possui grande vetor dirigido superiormente, cuja tração aproxima a cabeça para os músculos do manguito rotador consiste em assegurar ortostática. O fisioterapeuta pode comprovar essa situação,
importância para o controle perfeito do úmero em relação do úmero do acrômio. Vemos, portanto, que é indispensável a melhor participação possível dos músculos infra-espinhoso corrigindo a posição da escápula. Ele deverá concluir pelo
à fossa glenóide. São as seguintes disfunções mais fre- que os depressores da cabeça do úmero, ou seja, os mús- e redondo menor e em evitar que o músculo deltóide poste- encurtamento do músculo deltóide, eventualmente também
qüentes: culos supra-espinhoso, infra-espinhoso, redondo menor e rior assuma a função de rotador principal. Um método que do músculo supra-espinhoso, se o úmero assumir a posição
1. Encurtamento ou rigidez dos rotadores externos. subescapular compensem adequadamente a tração proximal nos permite verificar o grau de participação dos diferentes de abdução.
2. Atividade insuficiente dos rotadores externos, resul- exercida pelo músculo deltóide. rotadores externos consiste em observar a cabeça do úmero A outra causa de depressão dos ombros, além do
tando em rotação externa inadequada do úmero, a qual A cabeça do úmero tende, muitas vezes, ao deslizamento durante o movimento, em vez de acompanhar apenas o mo- encurtamento dos músculos deltóide e supra-espinhoso,
deveria evitar o contato entre a tuberosidade maior e o superior quando o músculo deltóide se torna dominante du- vimento da extremidade distal do úmero. Estando o paciente é o alongamento do músculo trapézio superior. Nesse
acrômio. rante o movimento de abdução do ombro, porque os múscu- em decúbito ventral, com o ombro em 90 graus de abdução, caso, os músculos deltóide e supra-espinhoso nem sem-
3. Atividade insuficiente do músculo subescapular, possi- los do manguito rotador exercem tração inferior insuficiente, cotovelo em flexão de 90 graus e com o antebraço colocado pre são necessariamente encurtados, conforme acabamos
bilitando o deslizamento anterior e superior da cabeça sendo incapazes de neutralizar a tração que o m. deltóide sobre a mesa, ele é instruído a executar a rotação externa de descrever. Em condições normais, a escápula precisa
do úmero. exerce superiormente. As forças de compressão criadas pelo do ombro. O fisioterapeuta coloca seus dedos sob a cabeça rodar superiormente durante a abdução; caso contrário, o
4. Dominância do músculo deltóide, favorecendo o des- músculo deltóide mantêm o úmero nessa posição, enquanto do úmero, a fim de acompanhar o movimento. A cabeça do músculo deltóide ficará encurtado demais para se contrair
lizamento da cabeça do úmero superiormente. a abdução do úmero continua. A disfunção de movimento úmero não deve deslizar anteriormente e exercer pressão de maneira eficaz (Fig. 5.37). No paciente que apresenta de-
5. Encurtamento dos músculos rotadores externos e re- deixa de se manifestar se o paciente fletir o úmero, em vez contra os dedos do fisioterapeuta. Havendo dominância do pressão dos ombros, o grau de elevação da cintura escapular
dondo maior, impedindo, por sua vez, a manutenção músculo deltóide, o ombro freqüentemente entra em ex- precisa ultrapassar a elevação normal, a fim de compensar
do eixo correto de rotação da cabeça do úmero. tensão, ao lado do deslizamento anterior da cabeça do úmero;
o músculo deltóide posterior torna-se saliente, apresentando
uma cavidade imediatamente abaixo do ventre do músculo
deltóide posterior. O movimento será de rotação pura e a
cabeça do úmero é tracionada em direção à fossa glenóide,
sem deslizar anteriormente, sempre que os músculos redon-
do menor e infra-espinhoso predominarem nos movimentos
de rotação externa. A execução meticulosa desse exercício
reveste-se de importância decisiva na correção da disfunção
do manguito rotador.
Na realidade, o alinhamento da articulação do ombro
em depressão consiste na abdução da articulação glenou-

Determinação do comprimento do músculo grande dorsal. A exten-


são da coluna lombar e a amplitude para a flexão do ombro são sinais
de encurtamento do músculo grande dorsal.

Determinação do comprimento do músculo peitoral maior. A. O


encurtamento da porção esternal do músculo peitoral maior limita a
amplitude dos movimentos do ombro para 155 graus de abdução.
B. A porção clavicular do músculo peitoral maior apresenta, muitas A extensão da coluna lombar aumenta a flexão do ombro. A
vezes, comprimento excessivo, conforme mostra a abdução hori- amplitude do movimento de flexão do ombro aumenta quando o
zontal excessiva do ombro, inclusive nos indivíduos que apresentam paciente coloca a coluna lombar em extensão, reduzindo em parte o Ombros caídos. A depressão dos ombros é sinal de que articulação
encurtamento da porção esternal. alongamento do músculo grande dorsal. Alinhamento do ombro em abdução com depressão dos ombros. glenoumeral se encontra na posição de abdução.
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
C.-1.ríTUI.O CJ-.;co

B A B
Nervo e vasos
A
supra-escapulares
M. deltóide
1
1 Espaço quadrado
1 M. redondo -;.,.-~
1 menor
1 N. Axilar e a. Circun-
90 graus
L__-/
Repouso
1
1
a. Circunflexa escapular

o Espaço triangular
,ro

-
(/)
e M. tríceps N. Radial e
~ a = cabeça longa a. braquial profunda
b = cabeça lateral
Comprimento do músculo

igura 5 . .37 gura5.38


Compressão do tendão do músculo supra-espinhoso. O_te~dão
Ineficiência contrátil do m. deltóide. Sem rotação superior da Músculos escapuloumerais. A função do músculo supra-espinhoso
do m. supra-espinhoso pode sofrer compressão quando a traça_o infe-
escápula, o m. deltóide torna-se encurtado demais para desenvolver consiste em abdução, depressão e discreta rotação externa do
rior, que os músculos do manguito rotador exercem sobr~ o umero,
uma contração efetiva . (Segundo Calliet R: Shoufder pain, 2ª ed., úmero. (Segundo Mathers e cais.: Clinica/ anatomy principies, St.
revelar insuficiência para compensar a tração que o m. delto1de exerce
Filadélfia, 1981, FA Davis.) Louis, 1996, Mosby.)
superiormente. (Segundo Rockwood CA e Matsen FA: The shoufder,
vol. 1, Filadélfia, 1990, WB Saunders.)

a alteração inicial. No caso típico, a elevação não atinge o correta em relação ao tórax. Portanto, estando a escápula
grau ideal. O funcionamento exato dos músculos toracoes- em abdução e a fossa glenóide mais anteriorizada que para
capulares é obrigatório para o controle da escápula sobre o o lado do úmero, este dará a impressão de estar em rotação ura5.40
sentido de alterar a maneira de usar o braço, porque estamos
posicionamento da fossa glenóide e para melhorar a ação interna, já que a fossa cubital está voltada para dentro. En- convencidos de que aquilo que parece ser o grau correto de Abdução da escápula e rotação do úmero. A. O úm_ero_ ?arece
dos músculos escapuloumerais. tretanto, é esse alinhamento que ajuda a manter a relação em rotação interna quando a escápula apresenta abd~çao, Ja q~e- o
rotação do úmero, com o braço ao lado do corpo, é, n~ rea-
O músculo supra-espinhoso (Fig. 5.38) tem a função correta entre a fossa glenóide e a cabeça do úmero. olécrano está voltado externamente. B. Após a correçao da pos1çao
lidade, a posição de rotação externa. Instruím?s ~ paciente da escápula , o úmero já não dá a impressão de se encontrar em
de abdução e rotação externa do ombro, além de deprimir A execução correta da abdução na articulação glenou- a voltar sua fossa cubital para dentro, o que sigmfica tam- rotação interna.
e fixar a cabeça do úmero na fossa glenóide. Pelo fato de meral exige que o úmero se encontre no mesmo plano bém que ela deve estar em ligeira abdução para a paci~nte
passar por baixo do acrômio, esse músculo está altamente da escápula. Portanto, estando a escápula em abdução e poder usar o braço em atividades como cortar ou picar
sujeito a sofrer lesão quando o ombro se encontra deprimido. rotação no plano frontal, o úmero precisa estar, durante a alimentos ou trabalhar com o computador. Essa mudança
O músculo supra-espinhoso e seu tendão ficam expostos abdução, no mesmo plano que a escápula, dando, então, a de alinhamento coincidiu com a acentuada melhoria do seu
às forças de compressão (Fig. 5.39), quando a cabeça do impressão de se encontrar anteriorizada ao lado do tronco. aumento da rigidez dos músculos redondo menor e infra-
estado. Ela não havia obtido nenhuma melhora durante o espinhoso, em comparação com a rigidez da musculatura
úmero 1) desliza superiormente, 2) não desliza inferiormente Se o braço for mantido na mesma linha do plano frontal mês anterior, antes de começar a mudar o grau de rotação
durante os movimentos de flexão e abdução do ombro ou do corpo, e não da escápula, a cabeça do úmero estará, na axioescapular (Fig. 5.41). O encurtamento_ dos rotadores
do ombro durante suas atividades cotidianas. . externos contribui, muitas vezes, para o deslizamento ante-
3) quando sua rotação externa é insuficiente para impedir a realidade, em extensão e ocupará posição anterior em rela- A função do músculo infra-espinhoso (Fig. 5.38) consiste
impactação da tuberosidade maior contra o ligamento cora- ção ao acrômio. O exame atento da posição de escápula e rior e superior excessivo da cabeça do úmero. A_ limitação_ do
em depressão e rotação externa da cabeça do úm~ro_. ~s deslizamento posterior e o deslizamento antenor excessivo
coacrominal. Um exercício freqüentemente usado, capaz de úmero em relação à fossa glenóide torna-se indispensável músculos infra-espinhoso e redondo menor são os pnncipais
aumentar o perigo de impactação da tuberosidade maior do sempre que elaboramos um programa de exercícios para o da cabeça do úmero são fatores que favorecem as síndromes
rotadores externos que também abaixam a cabeça do úme-
úmero contra o ligamento coracoacrominal, é a abdução de problema de dor nos ombros, assim como para a correção do impacto do ombro. 12 Neer descreveu a maneira pela q~al
ro, auxiliados pelo músculo supra-espinhoso. O músculo
90 graus ou mais no ombro, com o úmero em rotação interna. do alinhamento e das disfunções de movimentos durante as a falta de comprimento das estruturas da parte postenor
deltóide posterior é um poderoso rotador externo que f~z
Convém evitar esse exercício, sobretudo na amplitude entre atividades funcionais. da cápsula articular contribui para a impactação durante o
a cabeça do úmero deslizar superiormente. A c?m~araçao
70 e 90 graus de abdução, tendo em vista esse risco maior O exemplo abaixo serve para ilustrar a importância do movimento de flexão (Fig. 5.42).
entre o número de músculos e seu tamanho md1ca que
de impactação. Muitos pacientes que praticam esse exer- exame meticuloso. Uma paciente é encaminhada ao servi- O músculo subescapular (Fig. 5 .3 8) tem a função de
os rotadores internos devem ser capazes de gerar tensão
cício apresentam ombros deprimidos; quando abduzem os ço de fisioterapia para tratamento da tendinite do músculo deprimir a cabeça do úmero e de colocar~ úmer~ em rotação
maior que os rotadores externos. Os músculos rotadores
braços até a altura do ombro, a adução passa dos 90 graus. bíceps no ombro direito. O exame de ressonância magnética externa. Esse músculo exerce uma funçao particularmente
externos e a parte posterior da cápsula articular torr~.a~-se
A abdução do ombro em rotação interna contribui, além (RNM) revela uma afeção patológica de tendão, além da importante, em virtude do seu ângulo de ação, pois ele ~ão
freqüentemente encurtados ou rígidos, ?e modo ayreJud1car
disso, para a inclinação anterior da escápula. posição elevada da cabeça do úmero. A paciente apresenta, deprime apenas a cabeça do úmero, mas tamb~m a tracio-
o deslizamento posterior da cabeça do umero; dai a extrema
A rotação interna aparente do ombro é de fato o ali- ainda, subluxação da articulação esternoclavicular, escoliose importância de verificarmos suas propriedades relativas ao na posteriormente, de modo a ~e opor ao~ musc,ulos que
promovem o deslizamento antenor e supenor do umero.?
nhamento correto da cabeça do úmero em relação à fossa e abaulamento das costelas no hemitórax direito, contribuin- comprimento e a, 1orça
.:- desses museu
, 1os. 19
glenóide, sempre que o alinhamento postural da escápula O músculo redondo menor (Fig. 5.38) está encarregado músculo subescapular torna-se muitas vezes menos domi-
do para a abdução da escápula. Em posição de repouso, a
em repouso for de abdução excessiva (Fig. 5.40). Durante fossa cubital está anteriorizada. A paciente não apresenta da rotação externa e da depressão da cabeça do úmero._Ele nante, uma vez que a rotação interna_também está~ cargo
de músculos grandes e vigorosos, tais como os musculos
a abdução, a escápula acompanha os contornos da caixa quaisquer limitações da mobilidade articular. Seu ombro desempenha o mesmo papel importante para ª, depre~sao e
torácica, de modo que o grau de rotação no plano frontal começa a doer quando ela usa a mão direita dominante, rotação externa da cabeça do úmero que o museu]~ mf~a- peitoral maior e grande dorsal. O ~~sculo subes~apular ~ a
tende a aumentar. Resulta daí que as faces glenóides ficam espinhoso. As disfunções no ,desempenho desses dms mus- cápsula articular asseguram a estabilidade da porçao antenor
inclusive quando não exerce nenhuma atividade acima da
mais anteriorizadas do que se a escápula ocupar a posição cabeça ou de levantamento de objetos. Ela é orientada no culos são muito freqüentes. E comum o encurtamento ou o da articulação glenoumeral. 29• 30 O alongamento ou fraqueza
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos CAPÍlLLO CI'\CO

ao máximo de amplitude. O resultado pode consistir • O nome da síndrome baseia-se na disfunção observada,
A B em apenas 35 graus de rotação superior, em lugar dos a qual pode ser anormal ou exagerada ou consistir em
60 graus normais que devemos esperar na rotação da mobilidade insuficiente. Por exemplo: falamos em
escápula durante a flexão do ombro. síndrome de rotação inferior da escápula quando essa
• O alinhamento da escápula é incorreto e o movimento, rotação inferior é acentuada durante as fases iniciais da
embora de amplitude normal, não é capaz de compen- flexão/abdução do ombro ou quando o movimento de
sar ou de corrigir a alteração inicial do alinhamento. rotação superior fica abaixo do padrão cinesiológico,
Por exemplo: estando a escápula em rotação inferior a no final do movimento.
1Ograus e sendo de 60 graus a amplitude para a rotação
superior da escápula, a posição final após ª, r?tação Síndromes Escapulares por Ordem de
superior será 1O graus a menos que a necessana para
o movimento ideal da escápula durante a flexão do
Freqüência
ombro. O diagnóstico de determinada síndrome não depende da
Rigidez da porção posterior da cápsula glenoumeral. A. A frou- • O alinhamento da escápula é incorreto, mas a amplitu- presença de todas as alterações descritas para essa síndrome,
xidão normal das estruturas posteriores da escápula permite que a de do movimento é suficiente (maior que o ideal) para
B cabeça do úmero permaneça centralizada na fossa glenóide durante
mas é preciso que exista uma relação entre o comportamento
compensar a posição inicial. Digamos, por exemplo, dos sintomas e a disfunção de movimento. A síndrome será
a flexão do ombro. B. A rigidez da parte posterior da cápsula articular
força a cabeça do úmero superiormente durante a flexão do ombro, de
que a escápula apresenta rotação inferior à ordem de 1O tanto mais grave quanto maior for o número de alterações,
encontro à parte ântero-inferior do acrômio. (Segundo Rockwood Ca graus e que ela executa uma rotação _superior a 70 g_raus, mas é possível também que o paciente apresente apenas
e Matsen FA: The shoulder, vai. 1, Filadélfia, 1990, WB Saunders.) durante a flexão do ombro. O movimento da escapula uma disfunção particularmente grave.
é correto, de modo que o movimento na articulação Como acontece em todas as síndromes dolorosas do
glenoumeral não se altera apreciavelmente, mas o a aparelho locomotor, a gravidade pode passar por vários
alteração do posicionamento da escápula costuma ser graus de intensidade. Por exemplo: a dor no ombro que
acompanhada por dor na região do pescoço. A correção se manifesta em estado de repouso é sugestiva de um
diante da limitação da amplitude para a flexão do ombro, do alinhamento da escápula é freqüentemente capaz de
processo inflamatório agudo. O programa de exercícios
como nos casos em que a TCIR da cabeça do úmero não aliviar a dor cervical ou a dor referida decorrente da
precisa limitar-se àqueles relativamente indolo~es sempre
permanece centralizada, apresentando depressão durante a radiculopatia ou da solicitação excessiva das estruturas
que o posicionamento da cintura escapular no alinhamento
flexão ou abdução do úmero. miofasciais. correto e a eliminação das forças de compressão que atuam
sobre a cabeça do úmero (p.ex., a força dirigida contra a
Exame do comprimento dos músculos responsáveis pela rotação
Síndrome de Disfunção de Movimento da A denominação das diversas síndromes baseia-se no
região superior do úmero, no paciente que se apóia sobre
segmento ósseo (escápula ou úmero), seguido pelo nome
externa. A. No paciente em decúbito dorsal, com o ombro em abdu- Escápula da principal disfunção de movimento. Em?ora ~anto a
o cotovelo) não conseguirem aliviar a dor. Essa conduta
ção de 90 graus e o cotovelo em flexão, o ombro entra em rotação é compatível com o tratamento recomendado nos estágios
Relação entre Alinhamento e Movimento escápula como o úmero possam estar envolvidos,~ geral-
interna e a escápula se inclina anteriormente, em vez de aumentar agudos do processo inflamatório. 3•8 .
a amplitude para os movimentos de rotação interna no ombro. B. O mente um deles que dá origem ao problema de movimento A movimentação indolor em pelo menos 60% da ampli-
encurtamento dos rotadores externos torna-se evidente quando se Conforme já vimos no capítulo 1, a execução perfeita de um primário; falamos, então, em diagnóstico principal. A parte
tude normal da articulação glenoumeral para os movimentos
impede a inclinação da escápula. movimento toma-se mais fácil quando o alinhamento dos mais importante do programa terapêutico será a correção de flexão e rotação precisa ser possível antes de darmos
segmentos corporais se aproxima do ideal do que quando há do padrão motor de movimento. O comprometimento do
maior destaque aos movimentos da escápula em nosso
alterações significativas no alinhamento desses segmentos. outro segmento, se estiver presente, será designado como
esquema de tratamento. Portanto, o trat~~ento do pa~iente
Todavia, são possíveis diversas combinações de padrões de diagnóstico secundário. que apresenta grande redução da mob1hdade da art1cula-
do músculo subescapular pode resultar em deslizamento movimentos e de alinhamento; cada uma dessas combina- ção glenoumeral deve visar principalmente o aumento da
anterior excessivo da cabeça do úmero, considerado como ções possui uma implicação diferente para o processo de Critérios para o Diagnóstico da Síndrome mobilidade dessa articulação, dedicando atenção menor
um precursor da síndrome do impacto. 11 O encurtamento ou exame e para o tratamento subsequente. Os exemplos abaixo aos movimentos da escápula. A correção do alinhamento
Escapular
rigidez dos rotadores externos contribuem, por sua vez, para ilustram definição das diversas síndromes, de acordo com da escápula em repouso sempre encontra indicação. O tra-
aumentar o desvio anterior e superior da cabeça do úmero, as alterações do alinhamento e do movimento: • O problema primário consiste em disfunção dos mo- tamento da disfunção de movimento de escápula assume
limitando a amplitude do movimento de rotação interna e • O alinhamento da escápula é correto, mas o movi- vimentos da escápula. importância particular se, depois da atenção a esse crité:io,
levando, dessa maneira, ao alongamento e enfraquecimento mento da escápula é defeituoso. As disfunções dos • O acometimento do movimento da escápula é freqüen- a dor se manifestar principalmente ao extremo da amplitu-
do músculo subescapular. Além disso, sempre que o músculo movimentos da escápula consistem em redução ou temente a causa da disfunção de movimento do úmero de para os movimentos na articulação glenoumeral, e não
peitoral maior for o rotador interno dominante, o fato de ele excesso de amplitude, em modificação da orientação ou aparece em combinação com este. durante os movimentos. É mais provável que as alterações
se inserir mais distalmente no úmero, assim como a tração ou na reaJização do movimento escapular no momento • Os sintomas diminuem quando o paciente executa o no controle da escápula sejam a chave para a eliminação da
anterior que ele exerce sobre esse osso, tende a exagerar mais importuno em relação ao movimento do úmero. Um movimento da escápula de forma correta ou quando o dor quando a mobilidade passiva do ombro não aprese_nta
ainda o deslizamento anterior da cabeça do úmero, além de exemplo disso seria a limitação da rotação superior da fisioterapeuta corrige a alteração do posicionamento da restrição superior a 20 graus, mas em muitos casos existe
exercer pressão sobre a parte anterior da cápsula articular escápula a apenas 40 graus, no final da flexão do ombro, escápula durante a movimentação ativa do paciente. ~or também um componente umeral, conforme veremos na
durante a flexão ou adução horizontal do ombro. não obstante a cintura escapular estar em alinhamento exemplo: o fisioterapeuta assiste na rotação superior seção seguinte.
O músculo redondo maior (Fig. 5.38) funciona como perfeito. da escápula, depois de verificar que esta é insuficiente
rotador interno, adutor e extensor da articulação do ombro. • Tanto o alinhamento da escápula como seus movi- durante os movimentos de flexão ou elevação do ombro.
O encurtamento desse músculo limita a flexão do ombro mentos estão alterados. Digamos, por exemplo, que a Síndrome de Rotação Inferior da Escápula
Essa correção leva à redução ou à eliminação da dor,
e é capaz de impedir a depressão e a rotação externa da escápula apresente rotação inferior na posição inicial SINTOMAS MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS E DIAGNÓSTICOS
razão pela qual o programa terapêutico deve visar a
cabeça do úmero. A determinação correta do comprimento e que sua rotação superior seja de apenas 40 graus, correção da disfunção de movimento e das deficiências Muitos diagnósticos anatomopatológicos ,ºu
ASSOCIADOS.

do músculo redondo maior assume importância especial no momento em que a flexão do ombro corresponde que acompanham essa síndrome são encontrados tambem
que contribuem para a mesma.
Síndromes de Disjunção de Movimentos da Cintura Escapular
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPITULO CINCO

em outras síndromes de disfunção de movimento. Os diag- Desfiladeiro torácico e compressão neural. Os sintomas
nósticos que se baseiam no nome da estrutura anatômica dessa afecção consistem em dormência e formigamento no Alinhamento
dolorosa (p. ex., tendinopatia dom. supra-espinhoso) ou em antebraço e na mão, sobretudo na face ulnar do antebraço.
um diagnóstico concomitante (síndrome do impacto, p.ex.) Ela se manifesta principalmente quando a escápula se VARIAÇÕES ESTRUTURAIS
não servem para orientar o tratamento, já que um mesmo apresenta deprimida e em rotação inferior ou inclinação
problema doloroso é capaz de se manifestar em disfunções anterior. Cifose torácica. A deformidade das costelas que acompanha a cifose
contribui para a posição inicial alterada da escápula. A curvatura das
de movimentos diferentes. Um diagnóstico que nos informe Subluxação do úmero. Pode ocorrer subluxação do
costelas interferem, além disso, com a rotação superior da escápula
sobre a causa e que nos oriente quanto à correção do pro- úmero durante a flexão do ombro quando a parte inferior e com a depressão da mesma no final da flexão do ombro.
blema presta-se melhor para orientar a fisioterapia do que da escápula articular e outras estruturas de suporte sofrem
Escoliose. A deformidade das costelas contribui para a alteração
a simples identificação da possível origem anatômica da alongamento (os ligamento glenoumerais, p.ex.). A limita- postural da escápula, dependendo do grau da curvatura.
dor. A descrição da síndrome de disfunção de movimento ção da rotação superior da escápula, combinada com um
Obesidade e tórax volumoso. A cintura escapular apresenta, ge-
e dos fatores que contribuem para a mesma fornece-nos as grau extremo de flexibilidade da articulação glenoumeral,
ralmente, rotação inferior, com rotação do úmero na articulação
normas que orientam o tratamento destinado a reduzir o predispõe o úmero à subluxação inferior (o úmero desloca-se glenoumeral, em virtude de largura do tórax e do peso dos braços.
problema doloroso. sem manter a relação correta com a fossa glenóide).
Seios volumosos. O peso dos braços que incide sobre a região externa
Tendinopatia e impacto do músculo supra-espinhoso Instabilidade do úmero. Durante os movimentos do om- da escápula, através das alças do sutiã, aumenta a rotação inferior
ou do manguito rotador. A compressão de qualquer estru- bro observa-se descontinuidade dos movimentos coordena- da escápula.
tura entre a cabeça do úmero e do acrômio é chamada de dos de escápula e úmero: este parece modificar subitamente
Braços pesados. O peso dos braços contribui às vezes para a tração
impacto do ombro. Pode afetar a bolsa sinovial, os tendões seu movimento, "caindo" numa posição nova. inferior da escápula, sobrecarregando de maneira excessiva os
do manguito dos rotadores ou o tendão da cabeça longa do Dor cervical (com ou sem irradiação para o braço). músculos durante os movimentos dos braços.
músculo bíceps branquial. Outros diagnósticos que podem Deve-se à tração inferior ou à rotação inferior ou à rotação Tronco comprido e braços relativamente curtos. A altura padrão
acompanhar o impacto são a tendinopatia, a bursite, as assimétrica das vértebras cervicais ou do plexo cervical, sob do encosto para os braços da maioria das poltronas é baixa demais
distensões e as pequenas rupturas do manguito rotador. O a ação do músculo levantador da escápula ou da porção su- para as pessoas que apresentam esse biotipo. Elas não conseguem
paciente relata, geralmente, dores agudas em pontadas em perior do músculo trapézio e do peso do membro superior. descansar seus braços sobre os encostos, a não ser abaixando o ombro
Rotação inferior da escápula. A. O desenvolvimento evidente do
torno das regiões anterior, lateral ou posterior do processo Dor nos músculos levantador da escápula e trapézio ou colocando-o em rotação inferior.
músculo rombóide esquerdo sugere que a dominância desse músculo
acromial da escápula durante os movimentos de abdução superior. Essa dor resulta da distensão decorrente do alon- contribui para a rotação inferior. A posição da escápula direita pode ser
ou flexão do ombro. A dor propaga-se, muitas vezes, ao gamento desses músculos. DISFUNÇÕES ADQUIRIDAS atribuída ao encurtamento dos músculos deltóide e supra-espinhoso. B.
local de inserção do músculo deltóide. A rotação superior Dor na articulação acromioclavicular. Quando o mús- O comprimento excessivo do trapézio superior e do músculo serrátil
A rotação inferior da escápula, com a borda inferior em posição mais anterior são fatores que contribuem para a posição da escápula.
insuficiente da escápula provoca o impacto do úmero contra culo serrátil anterior não funciona de maneira adequada, o
medial que a borda superior, pode dever-se ao encurtamento dos
o ligamento coracoacromial. Essa situação agrava-se ainda músculo trapézio impõe uma solicitação anormal ao acrômio músculos deltóide e supra-espinhoso, ao alongamento excessivo do
mais quando os músculos depressores do úmero não são e à clavícula, na tentativa de colocar a escápula em rotação músculo trapézio (porção superior) ou ao encurtamento ou à rigidez
capazes de neutralizar a tração superior do músculo deltói- superior. Esse estresse diminui graças à ação do músculo ser- dos músculos levantador da escápula e rombóides (Fig. 5.43). culos rombóides e/ou levantadores das escápulas constitui
de ou quando a rotação externa do úmero é insuficiente. A rátil anterior sobre a borda vertebral da escápula, desde que Os ombros ocupam posições mais baixas e apresentam-se inclinados um empencilho à rotação superior da escápula. A amplitude
possível origem dessa dor são os diversos tecidos moles que esse músculo apresente participação adequada. Na presença inferiormente na sua extremidade acromial, podendo parecer mais para os movimentos de flexão no ombro será limitada se
se localizam abaixo do processo acromial. Foram descritas de encurtamento ou de rigidez dos músculos rombóides, a altos junto à base do pescoço em virtude do encurtamento do músculo a articulação glenoumeral não for capaz de compensar a
quatro fases que levam aos distúrbios do manguito dos resistência oposta por esses músculos também aumenta a ten- levantador da escápula que se insere na borda superior desse osso.
disfunção dos movimentos da escápula.
rotadores. 9 O primeiro estágio caracteriza-se por edemas são sobre a articulação acromioclavicular, porque o músculo O desvio anterior dos ombros é, geralmente, secundário à inclinação DISFUNÇÕES MUSCULARES
e hemorragias, as quais são atribuídas aos microtraumas trapézio procura rodar a escápula superiormente. da escápula e à postura anterior da cabeça. Alteração no padrão de recrutamento. A rotação inferior,
repetidos. O processo pode evoluir para a instalação de Dor na articulação esternoclavicular. A articulação A abdução do úmero pode ser secundária à posição da escápula em decorrente da ação dos músculos rombóides e levantador da
patologias mais graves, a não ser que a causa responsável esternoclavicular funciona como centro de rotação para os rotação inferior. escápula no início do movimento de abdução, predomina
pelos microtraumas seja eliminada. movimentos do ombro. Ela pode estar sujeita à tensão quan- A escápula pode estar em adução; nesse caso, sua borda vertebral sobre a ação dos músculos trapézio e serrátil anterior, os
Ruptura do manguito rotador. Podem manifestar-se dores do: 1) o encurtamento do músculo peitoral menor restringe dista menos de 7,5 cm em relação à coluna vertebral.
quais se encarregam da rotação inferior.
profundas dos pontos de inserção dos músculos que com- os movimentos da escápula; 2) quando a parte superior do No começo da abdução, a ação do músculo deltóide pode
põem o manguito rotador. A rotação inferior da escápula e músculo trapézio que se insere na metade externa da claví- fazer a escápula rodar inferiormente, caso a atividade dos
os movimentos compensatórios na articulação glenoumeral cula exerce tração muito forte e 3) quando o músculo serrátil músculos trapézio e serrátil anterior, destinada a promover
são capazes de provocar microtraumas que evoluem para a anterior não apresenta bom desempenho. A articulação é a rotação superior, revele-se insuficiente para se opor à
ruptura do manguito rotador. O sinal clínico mais óbvio da freqüentemente dolorosa à palpação e aumentada de volume, axilar média depois de encerrada a flexão do ombro, porque
sua abdução e rotação superior são insuficientes. ação do músculo deltóide durante a abdução da articulação
ruptura ampla do manguito rotador é encontrado no paciente respondendo com dor aos movimentos do ombro.
FLEXIBILIDADE RELATIVA E ALTERAÇÕES NA RIGIDEZ. A mobili- glenoumeral.
que apresenta plena amplitude para os movimentos passivos DISFUNÇÕES DE MOVIMENTOS. Depois de aproximadamente
dade de articulação glenoumeral é maior que a da articulação Durante a flexão do ombro, a atividade dos principais
do ombro, mas que não é capaz de realizar a flexão completa 30 graus de abdução ou de 60 graus de flexão do ombro,
toracoescapular. A escápula não é capaz de realizar completa músculos responsáveis pela rotação superior da escápula,
do ombro, dentro dos limites da respectiva amplitude, mes- a escápula roda inferiormente durante a flexão/abdução
rotação superior; por isso, a articulação glenoumeral passa ou seja, dos músculos trapézio e serrátil anterior, não é su-
mo que não apresente dores. O teste manual da musculatura na articulação glenoumeral, em vez de executar a rotação
a ser a sede dos movimentos compensatórios. Para chegar ficiente para rodar superiormente a escápula os necessários
revela que os rotadores externos são fracos e que existe superior normal. Ou a rotação superior da escápula, ou a
evidente atrofia da musculatura do manguito rotador. Na elevação da articulação glenoumeral, ou ambas demons- a 180 graus de flexão/elevação do ombro, o úmero precisa 60 graus (Fig. 5.44).
rodar mais de 120 graus no interior da fossa glenóide, a fim Falhas em relação ao comprimento e à força dos mús-
presença de ruptura grave, o paciente não consegue manter tram ser insuficientes ( a rotação da escápula não chega a
o braço na posição de flexão ou abdução passiva do ombro de compensar a falta dos 60 graus que seriam ideais para a culos. A rotação superior passiva da escápula, com a ajuda
60 graus), sobretudo durante a fase final da elevação do
(prova positiva para a queda do braço). úmero. O ângulo inferior da escápula não alcança a linha rotação superior da escápula. O aumento da tensão nos mús- do fisioterapeuta, se houver necessidade, enquanto o paciente
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C.\PiTULO CI~co

A 8 e D penho perfeito do trapézio superior é indispensável para a Os exercícios mais importantes salientam o desempenho
elevação da extremidade acromial da escápula durante a dos músculos trapézio e serrátil anterior. É preciso ensinar
primeira parte do movimento na articulação glenoumeral. ao paciente a maneira correta de abduzir a escápula e de
O funcionamento perfeito do trapézio inferior é necessário rodá-la superiormente. Os exercícios que treinam esses mo-
para a rotação superior da escápula, sobretudo no extremo vimentos podem ser executados em decúbito ventral ou em
da amplitude. O movimento da escápula precisa ser perfeito pé diante da parede. Recomenda-se não procurar aumentar
para evitar estresse na articulação glenoumeral. a amplitude dos movimentos da articulação glenoumeral,
TESTES DE CONFIRMAÇÃO em vista do perigo de aumentar ou criar a hipermobilidade
• A rotação superior insuficiente da escápula chega a ser compensatória dessa articulação.
observada durante a flexão/abdução ativa da articulação O paciente deve evitar o movimento de encolhimento dos
glenourneral quando o paciente apresenta algum dos ombros com os braços na posição anatômica; esse padrão
sintomas que acabamos de descrever. de movimento favorece a atividade dos músculos rombóide
• A sustentação passiva da escápula no alinhamento e levantadores das escápulas em lugar da atividade que se
correto diminui ou elimina os sintomas na região cer- deseja, isto é, do trapézio superior. Todavia, esse exercício
vical, além de muitas vezes melhorar a amplitude dos favorece a ação do trapézio superior quando executado de
movimentos de rotação da coluna cervical. A síndro- braços erguidos.
me de rotação inferior da escápula é um diagnóstico Pode ser que o paciente necessite de ajuda para realizar
secundário do problema cervical. a abdução e a rotação superior da escápula se o músculos
• A rotação passiva superior da escápula, quando rea- rombóide e levantador da escápula estiverem encurtados ou
lizada pelo fisioterapeuta durante a flexão na articu- muito rígidos. Quando em decúbito dorsal e com o ombro
lação glenoumeral, tende a diminuir os sintomas do em flexão, ele poderá usar a mão oposta, puxando o ângulo
paciente. inferior da escápula para ajudar na rotação superior.
• O fisioterapeuta percebe uma resistência quando A prescrição de exercícios de alongamento para os mús-
procura corrigir o alinhamento da escápula de forma culos que revelaram-se encurtados ao teste é uma medida
passiva ou quando ajuda na rotação superior da es- importante. É igualmente importante o fisioterapeuta se
cápula. certificar de que os exercícios são e continuam a ser rea-
lizados na forma correta. O apoio passivo para os ombros
TRATAMENTO. A rotação inferior da escápula precisa ser e os exercícios diante da parede devem ser repetidos com
corrigida sempre que for possível, tanto ao longo do dia freqüência, tanto durante o dia como de noite. O paciente
guru,5.44 como durante o sono. O paciente deve sentar-se com o braço precisa, muitas vezes, de ajuda para seguir de maneira eficaz
apoiado, de modo a manter a escápula corretamente alinha- os conselhos do fisioterapeuta durante sua rotina diária.
Rotação superior insuficiente da escápula e excesso de flexão na articulação glenoumeral. A. o
ângulo inferior da escápula direita não alcança a linha axilar média durante a flexão máxima do ombro. da, sem abdução na articulação glenoumeral. Os descansos Os exercícios para a posição quadrúpede, como, por
B. A escápula esquerda alcança essa linha durante a flexão máxima do ombro. C. Estando o úmero no para os braços das poltronas precisam ter altura suficiente exemplo, movimentar-se para trás acentuando os movi-
máximo de_ r~taç~o interna, ?urante a flexão do ombro deve chegar apenas a pouco mais de 90 graus para conferir apoio correto ao braço e para manter o ombro mentos corretos da escápula, contribuem especialmente
se houver hm1taçao dos movimentos da escápula. D. A flexão do ombro direito é aumentada, em virtude no alinhamento correto. O paciente deve evitar sentar-se em para aumentar a participação do músculo serrátil anterior.
da limitação do movimento de rotação superior da escápula.
sofá sem descanso para os braços ou com descansos baixos. Estando o paciente sentado sobre os calcanhares, com os
Ele precisa encontrar algo capaz de apoiar seu braço se a ombros em flexão de quase 160 graus, a escápula deve
mobília não proporcionar o devido suporte. estar em rotação superior quase máxima e o músculo
Sempre que possível, o paciente deve usar um suporte serrátil anterior é solicitado em grau mínimo. Executando
flexiona o ombro, indica o grau de resistência a esse movi- mas quando acontece e quando o músculo grande dorsal passivo para a cintura escapular, seja durante o trabalho ou esse exercício sobre a mesa ou deitado na cama, é possível
mento e/ou a limitação dos movimentos de adução e rotação está encurtado, o resultado pode consistir em depressão ao volante do carro. Ele pode fazer uso da mão contralateral, segurar nos dois lados da mesa ou no topo da cama durante
superior da escápula. da cintura escapular. Em caso de encurtamento do músculo colocando-a sobre o cotovelo como se fosse uma tipóia, a o movimento de balanço para trás, de modo a favorecer a
O encurtamento dos músculos rombóides e levantadores grande dorsal, a depressão da cintura escapular confere fim de apoiar o ombro afetado sempre que for obrigado rotação superior da escápula, assim como o alongamento
da escápula é capaz de reduzir a amplitude dos movimentos maior amplitude aos movimentos de flexão e abdução do a permanecer por muito tempo em pé. É preciso que ele dos músculos rombóide e levantador da escápula.
de abdução, da rotação superior da escápula ou ambos os ombro do que se a cintura escapular se encontrasse no nível abandone todas as atividades capazes de aumentar a rotação O paciente precisa ter o cuidado de evitar a atividade
movimentos. normal. inferior da escápula. Um exemplo disso são os exercícios compensatória junto à articulação glenoumeral. A cabeça
O encurtamento do músculo peitoral menor pode inter- A posição do úmero em estado de repouso é, às vezes, em contra a resistência, os quais exigem a adução da escápula e o pescoço costumam entrar em extensão durante o mo-
ferir com a rotação superior da escápula, visto que provoca abdução. Quando os músculos deltóide e supra-espinhoso com o ombro em flexão inferior a 120 graus. vimento de balanço para trás quando existe encurtamento
a inclinação anterior da mesma. A manutenção da escápula estão encurtados em vez de ficar o braço na desconfortável Recomenda-se o uso de um sutiã para esportistas, cujas do músculo lev~ntador da escápula. Isso acontece porque a
em inclinação anterior inibe sua rotação superior durante posição de abdução, com o cotovelo afastado do corpo, a alças cruzam próximo ao pescoço, sempre que a pressão escápula está sendo abduzida e rodada superiormente, en-
a flexão do ombro, assim como a depressão, a adução e a escápula roda inferiormente, colocando o úmero inteiro exercida pelas alças do mesmo contribuir para a alteração do quanto o músculo levantador da escápula sofre alongamento.
inclinação posterior da escápula no final da amplitude. rente ao tronco. alinhamento. É interessante que a paciente substitua a bolsa, Quando o músculo apresenta rigidez, porém, pode ocorrer
O músculo grande dorsal é capaz de tracionar o úmero e Quando alongados ou fracos, os músculos trapézio supe- apoiada sobre o ombro afetado, por uma mochila ou por urna um movimento compensatório na sua inserção cranial,
o ângulo inferior da escápula inferiormente. A inserção do rior e inferior não são capazes de gerar a tensão necessária bolsa presa à cintura. O paciente deve evitar carregar uma em vez da restrição do movimento da escápula. Deverá
músculo grande dorsal no ângulo inferior não é obrigatória, para participar da rotação superior da escápula. O <lesem- pasta ou mala com o braço afetado. Todas as atividades do ocorrer alongamento do músculo levantador da escápula
seu dia-a-dia precisam ser examinadas e adaptadas. se o paciente segurar o queixo contra o peito durante o
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPITULO CINCO

movimento de balanço para trás na posição quadrúpede. falta de controle que costumava perceber nessa posição. A em seguida as escápulas para tirar os braços da parede, • Braços curtos.
Nessa situação, o movimento compensatório se detém e os ar~iculação glenoumeral apresenta leve abdução quando 0 enquanto evita abaixar os ombros. • Braços pesados.
músculos flexores intrínsecos do pescoço são fortalecidos. fis1~terapeuta segura a escápula em rotação neutra. A adução • O paciente se coloca de costas para a parede, fixa a • Seios volumosos.
Todas essas medidas corretivas devem contribuir para a honzontal fica limitada a 40 graus, enquanto é de 60 graus escápula direita contra a parede e coloca o ombro em Os membros superiores exercem, em todos esses ca-
correção da anteriorização da cabeça. no lado esquerdo. adução horizontal. sos, uma tração inferior sobre toda a escápula. Na posição
O músculo serrátil anterior é obrigado a carregar uma AnáJise do Comprimento e da Força dos Músculos. O Educação. O paciente é orientado a apoiar o braço direi- sentada, os braços não alcançam o encosto, a não ser que o
porcentagem maior do peso corporal quando o paciente se teste comprova o encurtamento dos músculos peitoral teste to quando sentado, a fim de manter o ombro na altura certa. paciente abaixe a cintura escapular inteira.
movimenta para frente na posição quadrúpede. A escápula peitoral maior e grande dorsal e dos rotadores externos d~ Ao tocar violino, deverá levantar a extremidade acromial do Disfunções adquiridas
assumirá a posição alada sempre que essa solicitação ultra- om?ro (a amplitude para a rotação interna é de 50 graus), ombro direito e executar os movimentos principalmente na
• Os ombros estão deprimidos e as clavículas dispostas
passar a força do músculo serrátil anterior; o movimento de assim como dos músculos deltóide, supra-espinhoso e articulação glenoumeral ao tocar as cordas agudas. Ao tocar
horizontalmente ou apresentam-se em nível ligeira-
balanço para frente precisa ser interrompido a essa altura. O :ºm~óid~. A força do músculo serrátil anterior e do trapézio as cordas graves, deverá puxar a escápula anteriormente,
colocando-a em abdução e rotação superior a fim de se mente mais baixo na extremidade lateral.
encurtamento dos músculos escapuloumerais é outro fator mfenor e de 3/5, ao passo que a força do trapézio superior • O ângulo superior da escápula ocupa posição mais
que contribui para a escápula alada durante a transferência é de 4/5. posicionar corretamente.
Resultado. O paciente é extremamente consciencioso na baixa que a segunda vértebra torácica (Fig. 5.45)
do peso dos quadris para os ombros enquanto o paciente Análise da Rigidez dos Músculos. A prova de resis-
execução do seu programa de exercícios. Dentro do prazo de ALTERAÇÃO DA FLEXIBILIDADE RELATIVA E DA RIGIDEZ MUS-
se movimenta para a frente. O paciente deve ser instruído a tência contra a movimentação passiva revela rigidez dos
músculos rombóides. 6 semanas, com revisão a cada duas semanas do seu progra- CULAR
levantar o acrômio, como se encolhesse os ombros, e a colocar
ma,já conseguiu corrigir a posição de sua escápula; é capaz • O trapézio superior não levanta a cintura escapular
a escápula em abdução toda vez que levantar o braço acima Avaliação. A posição da escápula em rotação inferior
tem as seguintes conseqüências: de manter uma posição constante de adução horizontal do durante a flexão/abdução do ombro.
da cabeça no exercício de suas atividades funcionais. • O trapézio inferior (o depressor da escápula) predomina
• A tração exercida pelo músculo trapézio inferior e a ombro e de controlar o arco do violino o suficiente para po-
der tocar levemente. Conseguiu, com isso, realizar o objetivo sobre a porção superior desse músculo (levantador da
falta de assistência adequada por parte do músculo
Apresentação de Caso 1 inicial do seu programa, mas voltou para outras consultas, escápula) durante os movimentos do ombro.
trapézio inf~rior e do músculo serrátil anterior impõem
uma excessiva carga ao pescoço. achando que seu desempenho melhorou consideravelmente; Alterações da extensão e da força dos músculos
Anamnese. O paciente é um músico violinista de 54 • O encurtamento do músculo grande dorsal é capaz de
• Essa posição cria uma condição de "insuficiência ativa" ele está ansioso por melhorar ainda mais seu programa de
anos de idade que se queixa de dor no ombro direito e de abaixar a cintura escapular e de prejudicar a elevação
para o músculo deltóide, prejudicando o controle do exercícios, com o objetivo de alcançar um nível mais alto
discreta dor no pescoço. Sua mão dominante é a direita. paciente sobre o braço na posição de abdução. (Falamos da escápula.
possível em relação ao desempenho.
Além da dor, o que mais o preocupa é a capacidade para em insuficiência ativa quando o músculo apresenta • O encurtamento do músculo peitoral maior pode de-
controlar o arco do violino quando toca as cordas graves no posição em tal grau de encurtamento que os elementos primir a cintura escapular e interferir na elevação da
lado esquerdo do instrumento. Essa falta de controle torna- contráteis se superpõem o suficiente para diminuir a Síndrome de Depressão Escapular escápula.
se mais evidente quando ele toca levemente nessas cordas tensão criada durante sua contração ativa.) (ver Fig. Essa síndrome é semelhante à anterior, com a diferença
por um longo período. 2.16) de os músculos rombóides e levantador da escápula não
Análise Postural. O paciente fica esguio quando em • Contribui para o impacto da articulação glenoumeral costumarem estar encurtados. O músculo trapézio superior
pé; não apresenta cifose, porém seu tórax é muito largo. O porque a rotação superior da fossa glenóide é inade- é especialmente comprido e/ou fraco. É freqüente o encur-
ombro direito apresenta acentuada depressão. A espinha da quada. tamento do músculo grande dorsal e dos músculos peitorais
escápula direita está uns 18 mm abaixo do nível da espinha Diagnóstico. O diagnóstico desse caso é de síndrome maior e menor.
da escápula esquerda. Em repouso, a escápula encontra-se de rotação inferior da escápula. SINTOMAS, PROBLEMAS DOLOROSOS E DIAGNÓSTICOS ASSO-
em rotação inferior e seu ângulo inferior dista menos de 5 Tratamento CIADOS
cm da coluna vertebral. A espinha da escápula situa-se a Exercícios em decúbito dorsal • Impactação da articulação glenoumeral.
6:25 cm de distância da coluna vertebral. O úmero apresenta • O pa~iente executa a flexão do ombro, a fim de alongar • Ruptura do manguito rotador.
discreta rotação interna. os musculos grande dorsal e peitoral. • Subluxação do úmero.
Análise dos Movimentos. Observa-se a escápula discre- • O fisioterapeuta presta ajuda no alongamento do mús- • Dor na articulação acromioclavicular.
~ame~te alada durante a flexão do ombro e evidente rotação culo peitoral menor. • Dor no pescoço, com ou sem irradiação para o braço.
mfenor da escápula durante a flexão do ombro entre Oe 100 • A rotação interna do ombro é realizada estando em • Dor na região dos músculos trapézio e levantador da
abdução de 90 graus. escápula.
graus. Ao encerrar-se a flexão do ombro, o ângulo inferior da
Exercícios em decúbito ventral. No começo, a abdu- • Síndrome do desfiladeiro torácico.
escá~ula alcança a borda lateral do tórax, porém não avança
çã? e rotação superior da escápula dependem da ajuda do DISFUNÇÕES DE MOVIMENTO. A escápula apresenta depres-
a~tenormente até a linha axilar média. O paciente relata dor
fisioterapeuta para facilitar a movimentação da escápula. são na posição inicial e não se eleva suficientemente durante
discre5a em torno do acrômio, no extremo da amplitude para
Exercícios em posição quadrúpede. O paciente a flexão/ abdução da articulação glenoumeral. Não estando a
a flexao do ombro. A escápula alada torna-se mais evidente
move-se para trás na posição quadrúpede, aumentando a escápula deprimida em posição de repouso, pode a alteração
durante a abdução do ombro que durante a flexão do mes- de movimento ocorrer durante uma das duas fases seguin-
rotação superior da escápula. Em seguida, ele movimenta-se
mo. O ombro continua parcialmente deprimido no final da tes: no final da elevação da articulação glenoumeral (de 90
para frente até a posição neutra.
amplitude para os movimentos de flexão e elevação. a 180 graus) ou no início da flexão/abdução glenoumeral
Exercícios em posição ortostática
O paciente deixa de perceber a dor no ombro e a sen- (entre Oe 90 graus).
• Em p~ diante da parede, o paciente desliza seus braços
sação de tensão no pescoço quando o movimento de rotação/ ALTERAÇÕES POSTURAIS
para crma, ao longo da parede; encolhe os ombro depois
abdução da escápula é realizado com ajuda durante a flexão Variações estruturais
de estarem em 90 graus de flexão, continuando com
do ~~bro. Ao manter seu braço em abdução de 90 graus, esse movimento de encolher os ombros durante toda a • Pescoço longo, muitas vezes combinado com os ombros
pos1çao essa semelhante à adotada ao tocar violino e com 0 amplitude para a flexão dos ombros. estreitos e braços compridos. Ombros deprimidos. A. Posição baixa das extremidades acromiais
fisioterap:ut~ apo~ando a escápula do paciente par~ impedir • O paciente se coloca voltado para a parede, com os • Tronco comprido, indivíduo tipicamente alto e desen- dos dois ombros. B. Os ombros continuam em depressão durante a
sua rotaçao mfenor, ele afirma não sentir a fraqueza e a braços em flexão máxima no nível dos ombros. Aduz gonçado. flexão dos mesmos.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C.-\ PÍTULO CINCO

• O encurtamento do músculo peitoral menor pode pro- sua casa, cuidando dos filhos, todos com menos de 6 anos. segurar os três filhos também contribuiu para tracionar os
A B
vocar a inclinação anterior da escápula e interferir na Ela havia amamentado todos eles até a idade de 1 a 2 anos. ombros para baixo.
sua elevação. A paciente nunca foi fisicamente ativa; ela prefere ler ou A paciente precisa descobrir meios de apoiar os braços
• A fraqueza ou o comprimento excessivo do músculo cuidar do jardim às atividades esportivas e aeróbicas. Sua com os ombros em nível horizontal, e não em depressão.
trapézio superior não é capaz de gerar tensão suficiente mão dominante é a direita. Inclusive, ao levantar e segurar os filhos, ele deverá enco-
no comprimento certo para elevar a escápula. Análise Postural. A paciente tem 1,75 m de altura e lher os ombros antes de levantá-los, mantendo essa posição
peso levemente superior ao normal; sua postura em pé é de enquanto os levanta. Depois de levantar ou segurar o filho,
TESTES DE CONFIRMAÇÃO. Durante a flexão do ombro, a inclinação posterior, acompanhada por cifose e inclinação deve combinar a flexão do ombro com o exercício de enco-
elevação ativa-assistida da escápula resulta em redução ou posterior pélvica. Ambos os ombros apresentam depres- lhimento dos ombros. Ao segurá-lo enquanto sentada, deve
abolição da dor no ombro. são e ligeira inclinação anterior. As bordas vertebrais das colocar um travesseiro sob os antebraços, a fim de manter
O levantamento passivo dos ombros, enquanto o paciente escápulas são paralelas e localizam-se à distância de cerca os ombros no nível correto.
relaxa por completo a musculatura da cintura escapular, de 7 ,5 cm em relação à linha média do tórax. Resultado. Os sintomas relatados pela paciente dimi-
deve levar à redução dos sintomas em torno do pescoço e Análise dos Movimentos. Durante a flexão e abdução nuem imediatamente quando seus ombros são apoiados de
ao longo do trapézio superior ou do músculo levantador da do ombro esquerdo, a escápula da paciente entra em ab- forma passiva. Ela voltou três vezes durante as 5 semanas
escápula. dução e rotação superior, mas continua em depressão. Os seguintes para acompanhamento e modificação do seu pro-
TRATAMENTO. A parte mais importante do tratamento movimentos de escápula e úmero mantêm a relação de um
grama. Seus ombros continuam apresentando certo grau de
consiste em conferir apoio aos ombros, de modo a não per- para dois, até os últimos 15 graus de movimento, quando
depressão, mas ela se diz livre de dores durante todas as suas
manecerem constantemente na posição deprimida. É preciso a escápula pára de se deslocar e o úmero completa o mo-
atividades e conseguiu corrigir os padrões de movimentos
que o paciente evite ao máximo segurar ou carregar objetos vimento sozinho. É durante essa fase do movimento que
para a maioria de suas atividades. Durante o período de
que possam contribuir para a tração inferior. Ele deve repetir a paciente sente dor no ombro esquerdo. A amplitude dos
tratamento, sua força muscular aumentou em 1 grau.
com freqüência o movimento de encolhimento dos ombros movimentos de rotação na coluna cervical não passa de 50 Abdução excessiva da escápula. A. Abdução excessiva da escápula
graus para ambos os lados. Quando lhe pedem que vire a durante a flexão do ombro . B. O paciente é capaz de limitar ativamente
estando a articulação glenoumeral em sua posição anatôrnic~ o grau de abdução da escápula.
cabeça e o pescoço, a paciente realiza a extensão parcial Síndrome de Abdução Escapular
e o ombro em flexão inferior a 120 graus.
do pescoço e executa um movimento de torção, em lugar SINTOMAS, MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS E DIAGNÓSTICOS
O encurtamento dos músculos grande dorsal, peitoral
do movimento de rotação pura da coluna cervical em torno ASSOCIADOS
maior e peitoral menor exige o alongamento desses mús- do eixo vertical.
culos, com o objetivo de eliminar a tração inferior que eles • Impactação da articulação glenoumeral.
Testes de Confirmação. A elevação passiva das cinturas • Subluxação (anterior) do úmero.
exercem sobre a cintura escapular. É preciso insistir nos escapulares, ao lado do relaxamento completo dos músculos
exercícios para o músculo trapézio superior, ao passo que os • Tendinopatia: músculo bíceps, infra-espinhoso e supra-
trapézios, revelou-se capaz de eliminar o dolorimento que
exercícios para a porção inferior desse músculo devem ser espinhoso. entre comprimento e tensão desses músculos interferem
a paciente percebe na base do pescoço.
evitados, visto que promovem a depressão da escápula. • Bursite infradeltóide. em sua capacidade para o controle adequado da escápula,
A amplitude para os movimentos de rotação da coluna
O paciente precisa também praticar a flexão do ombro, • Dor interescapular nos músculos rombóide e trapézio particularmente durante a fase final da rotação superior e
cervical aumentou em 15 graus nos dois sentidos. O apoio
tratando principalmente de corrigir a depressão da cintura médio. depressão da escápula.
passivo do ombro esquerdo, com o objetivo de corrigir a
escapular, para depois fazer o braço voltar à posição neutra posição em depressão durante os movimentos de flexão e • Dor na articulação esternoclavicular. No paciente em decúbito ventral que mantém o braço
sem que o ombro se deprima. Os padrões alterados são facil- abdução, aboliu a dor que ela vinha sentido durante a fase em 90 graus de abdução, a escápula ira abduzir durante
mente automatizados e, portanto, o paciente deve fazer uso final da flexão do ombro esquerdo. A flexão do ombro DISFUNÇÕES NOS PADRÕES DE MOVIMENTOS. A abdução a rotação externa na articulação glenoumeral, em vez de
de um espelho, a fim de concientizar-se dessas alterações; revelou-se excessiva, ultrapassando 180 graus, com a es- da escápula revela-se excessiva durante os movimentos de permanecer sempre na mesma posição sobre a parede
precisa também ser instruído na maneira de restabelecer o cápula mantida sobre um apoio. flexão/abdução na articulação glenoumeral. Na fase final torácica durante a movimentação do braço. Isso é o re-
padrão de movimento normal sempre que o movimento não Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. de flexão/elevação do ombro, a borda axilar da escápula sultado direto do comprimento excessivo dos músculos
apresentar características ideais. O paciente que apresenta Não existe encurtamento de músculos. A força do músculo destaca-se mais de meia polegada (1,25 cm) em relação toracoescapulares, acompanhado por encurtamento dos
essa síndrome precisa obedecer às mesmas sugestões que trapézio superior é de 3=/5, enquanto os músculos trapézio à caixa torácica ou, respectivamente, o ângulo inferior da músculos escapuloumerais. A contração dos rotadores ex-
o paciente portador da síndrome de rotação inferior da inferior e serrátil anterior apresentam força de 4/5. escápula ultrapassa a linha axilar média. (Fig. 5.46). ternos movimenta o segmento mais leve, isto é, a escápula,
escápula. Essas sugestões incluem o apoio do ombro na Diagnóstico. O diagnóstico deste caso é de síndrome Durante a primeira metade do movimento de flexão do já que esta não é perfeitamente controlada pelos músculos
posição correta, a redução da tração que as alças do sutiã de ombros deprimidos. ombro, a escápula se mantém relativamente estabilizada, trapézio e rombóide.
exercem inferiormente e não carregar uma pasta pesada ou Tratamento. Os principais fatores predisponentes são correndo a maior parte do movimento por conta do úmero, A alteração na abdução da escápula pode ocorrer du-
outro objeto capaz de abaixar o ombro. a falta de atividade física, indicando que os músculos da movimento esse que difere consideravelmente da relação rante a flexão/abdução ativa da articulação glenoumeral,
cintura escapular são cronicamente subsolicitados e subde- normal, de 1 grau de deslocamento da escápula para 2 mas ela pode faltar quando esses mesmos movimentos são
senvolvidos. Trata-se de uma pessoa alta, razão pela qual os graus de movimento na articulação glenoumeral. Escápula realizados de forma passiva pelo examinador. Essa alteração
Apresentação de Caso 2
encostos das cadeiras para os braços são geralmente baixos e úmero deslocam-se à razão de um para um durante a fase no padrão de movimento não ocorre porque os músculos
Anamnese. Uma mulher de 35 anos, mãe de três filhos, demais para conferir apoio aos seus ombros na altura certa que vai de 90 a 180 graus de flexão. Uma das explicações toracoescapulares estão encurtados demais, e sim porque os
queixa-se de dor no local de inserção do músculo deltóide para o seu tamanho. A cadeira que ela usa durante o trabalho para essa disfunção de movimento é a postura com a es- músculos toracoumerais não funcionam de maneira eficaz,
esquerdo. Ela relata que seu pescoço parece duro, sobretudo não possui encostos para os braços. As alças de seu sutiã cápula abduzida. com um comprimento que assegure a posição correta da
no período da manhã. Refere certa sensibilidade dolorosa contribuem para a postura de ombros deprimidos. A tração A posição com a escápula abduzida deve-se ao com- escápula sobre a caixa torácica. A contração dos músculos
à palpação do músculo trapézio superior, em torno da base que as alças do sutiã exercem inferiormente ficou ainda primento excessivo do músculo trapézio e possivelmente escapuloumerais desloca a escápula em direção ao úmero,
do pescoço. Ela trabalha durante 1Oa 15 horas por semana maior; seus seios aumentaram de volume, em conseqüência também dos músculos rombóides, ao lado do encurtamen- até que os músculos rombóides e trapézio tenham se adap-
como secretária para sua igreja, mas de resto permanece em do aleitamento dos três filhos. O esforço para levantar e to do músculo serrátil anterior. As mudanças na relação tado a um comprimento maior.

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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C.<\rln.1LO CINCO

por isso, a abdução da escápula ultrapassa, às vezes, a am- os braços parede acima e ao final do movimento abduzir a Análise do Comprimento e da Força dos Músculos.
Alinhamento plitude normal. O paciente não consegue dissociar o movi- escápula, evitando que o movimento leve à depressão. O Durante a rotação interna do ombro direito percebe-se um
mento da articulação glenoumeral daquele da articulação paciente progride a partir daí, executando o exercício de movimento compensatório de inclinação anterior da es-
VARIAÇÕES ESTRUTURAIS toracoescapular. A rigidez ou o encurtamento dos músculos costas para a parede, de modo a levantar todo o peso dos cápula. Quando se estabiliza a escápula, a amplitude para a
Na presença de cifose, a curvatura das costelas contribui para a posição escapuloumerais são fatores que podem contribuir para os braços. O estágio seguinte prevê a realização do exercício rotação interna fica reduzida a 5 5 graus. Os exames revelam
da escápula em abdução, porque a curvatura leva ao deslocamento lateral movimentos compensatórios da escápula. em decúbito ventral. que o músculo peitoral menor é rígido, mas não está encur-
da escápula e ao alongamento dos músculos toracoescapulares. DISFUNÇÕES MUSCULARES Pode haver indicação para o alongamento dos músculos tado. Em decúbito dorsal, o ombro do paciente encontra-se
Quando os braços são compridos, seu peso contribui para a abdução da Padrões de Recrutamento da Musculatura. A ação dos peitorais menor e maior. Uma medida útil consiste em alon- anteriorizado, mas é possível alongá-lo manualmente, de
escápula. músculos escapuloumerais, ao lado dos músculos peitorais gar os rotadores do úmero em decúbito ventral, fazendo uso modo que a escápula entre em contato com a superficie de
O volume acentuado do tórax contribuiu para a abdução do ombro maior e menor e do músculo serrátil anterior predomina de halteres para aumentar a amplitude dos movimentos de apoio. O músculo grande dorsal está encurtado; a flexão do
e para o encurtamento do músculo deltóide; esse encurtamento do sobre a ação dos músculos rombóide e trapézio, fato que se rotação interna e externa, caso esteja limitada. ombro limita-se a 160 graus. O úmero apresenta rotação
deltóide favorece a posição da escápula em abdução. Nos indivíduos interna durante a flexão do ombro. A força do músculo
manifesta pelos movimentos excessivos de abdução e pela A posição quadrúpede pode ser aproveitada para alon-
de tórax volumoso, as escápulas precisam, muitas vezes, realizar uma
excursão mais ampla para a pessoa poder estender os braços à frente
limitação da rotação superior da escápula. gar e envigorar o músculo serrátil anterior e para alongar trapézio inferior é de 4-/5; ele é incapaz de se opor à resis-
do corpo. Essa excursão contribui para o encurtamento do músculo A porção do músculo deltóide também pode ser domi- os músculos escapuloumerais. O paciente pode alongar os tência em toda a sua amplitude. A força do terço médio do
serrátil anterior. nante em relação aos músculos infra-espinhoso e redondo músculos escapuloumerais colocando-se em pé, de costas trapézio é de 4/5.
Os seios volumosos favorecem a abdução da escápula porque o aumento menor. A dominância do músculo trapézio superior favorece contra a parede, e fixando a escápula contra a mesma, en- Diagnóstico. O diagnóstico primário é de síndrome de
da dimensão do tórax obriga a paciente a abduzir as escápulas, a fim de o encurtamento desse músculo, podendo tracionar a escápula quanto o úmero é passivamente aduzido no plano horizontal. abdução da escápula; o diagnóstico secundário é de síndro-
aumentar a excursão dos braços à frente do corpo. em abdução, visto que a contração do m. deltóide tende a me de rotação interna do ombro.
Os exercícios de adução da escápula podem ser repetidos
Na presença de escoliose, o abaulamento unilateral das costelas leva à deslocar a escápula em direção ao úmero. várias vezes durante o dia na posição sentada, caso exista Tratamento. O paciente é instruído a alongar os mús-
abdução da escápula ipsolateral, em virtude da barreira anatômica. culos peitoral menor e grande dorsal quando em decúbito
Alterações relativas ao encurtamento e à força dos indicação para os exercícios de fortalecimento do músculo
músculos rombóide, se bem que raramente se encontre a fraqueza dorsal. Ele precisa também alongar os músculos encar-
DISFUNÇÕES ADQUIRIDAS • O encurtamento dos músculos deltóide ou supra- isolada desse músculo. regados da rotação externa do ombro. O encurtamento
A abdução postural da escápula (à distância de mais de 7,5 cm da coluna espinhoso, os quais mantêm o úmero em posição de e fortalecimento da porção inferior do músculo trapézio
vertebral) pode ser decorrente da excursão de atividades na frente de abdução quando em repouso, é capaz de colocar a merecem destaque especial. Não existe indicação para os
corpo; é o caso do paciente que toca violoncelo ou contrabaixo ou que
pratica exercícios com pesos, com numerosas repetições de supino,
escápula em abdução quando os músculos rombóide Apresentação de Caso 3 exercícios para o músculo rombóide, em vista da restrição
as quais exigem a contração dos músculos peitoral menor e maior. Os e trapézio não desempenham sua função antagonista da rotação superior da escápula. Os exercícios para os
exercícios de flexão de braço levam à postura em abdução da escápula, de maneira eficaz. Anamnese. Um violoncelista profissional de 33 anos de músculos trapézios inferior e superior devem ser prescritos
quando realizados com abdução excessiva da mesma. • A hipertrofia e o encurtamento dos músculos es- idade apresenta dores na parte anterior do seu ombro direito; em três posições: de frente para a parede, de costas contra
A rotação interna do úmero também pode contribuir para a abdução capuloumerais e a hipertrofia do músculo peitoral o caso é diagnosticado como de bursite subdeltóide. A dor a parede e em decúbito ventral.
da escápula, sobretudo se o músculo peitoral maior estiver encurtado. maior podem levar à abdução da escápula. somente se manifesta depois de ele haver tocado, desapa- Também prescrevemos a esse paciente os exercícios de
A rotação interna do úmero é freqüentemente interpretada como alte- • Quando alongados e/ou fracos, os músculos trapézio recendo depois de um período de descanso de 3 ou 4 horas. balanço em posição quadrúpede, principalmente para fa-
ração postural. Quando a escápula se encontra em abdução e a fossa
e rombóide não são capazes de manter a escápula no Esse problema teve início 1 mês antes da consulta ao serviço vorecer a adução da escápula. Para movimentar o corpo na
glenóide está anteriorizada, o que parece ser rotação interna do úmero
é, na realidade, o alinhamento correto desse osso. Para verificar esse
alinhamento normal, isto é, à distância de aproximada- de fisioterapia, mas a freqüência e intensidade da dor vem posição quadrúpede, o paciente se senta sobre os calcanhares
alinhamento, basta corrigir a posição da escápula e reavaliar a posição mente 3 polegadas (7 ,5) em relação à coluna vertebral. aumentando no decorrer da última semana. e se movimenta para frente com pouca amplitude, de modo
do úmero. Resulta daí a posição da escápula em adução. Análise Postural. O paciente apresenta peso levemente a impor apenas uma solicitação discreta ao músculo serrátil
A rotação externa do úmero, combinada com a abdução da escápula, é, • O músculo peitoral maior, quando encurtado, mantém superior ao ideal; os músculos da cintura escapular e do anterior. O paciente também deve praticar a adução horizontal
às vezes, interpretada erroneamente como sendo o grau certo de rotação o úmero em rotação interna e em adução horizontal. tronco são pouco desenvolvidos. O abdome é volumoso. O do úmero, fixando a escápula contra a parede. Em seguida a
quando a fossa antecubital está anteriorizada. A correção da posição Em combinação com o encurtamento dos músculos exame em posição ortostática revela abdução da escápula esse exercício, treina com o arco do violoncelo, procurando
de abdução da escápula deixará o úmero em rotação externa. Nesse escapuloumerais, a ação passiva do músculo peitoral
caso, os rotadores externos devem estar encurtados; a determinação do direita, a qual dista quase 9 cm da coluna vertebral. A confinar o movimento à articulação glenoumeral e reduzindo
maior sobre o úmero coloca a escápula em abdução margem vertebral da escápula ocupa posição vertical; o
seu comprimento toma-se necessária, a fim de confirmar a hipótese de o movimento de abdução da escápula.
rotação do úmero. durante a flexão do ombro em adução horizontal. ombro apresenta leve depressão. A distância entre a coluna Resultado. Em virtude do seu programa de apresenta-
Abdução da escápula precisa ser cuidadosamente examinada no paciente vertebral e a escápula esquerda é de 7 ,5 cm. ções, o paciente é visto pelo fisioterapeuta apenas uma vez
em posição quadrúpede. Instala-se a escápula alada quando se permite TESTES DE CONFIRMAÇÃO. o fisioterapeuta corrige pas- Análise dos Movimentos. A escápula direita encontra- por mês durante 4 meses. Ele relata, durante o primeiro
sua adução a ponto de assumir a posição correta no tórax. A escápula sivamente a posição da escápula em repouso, para depois se em abdução, de modo que sua borda axilar inteira chega mês, vários episódios dolorosos que ele atribui diretamente
alada é atribuída ao encurtamento compensatório do músculo serrátil controlar passivamente o grau de abdução da escápula. Ele
anterior; as propriedades desse músculo em relação ao comprimento
quase até a linha axilar média durante a flexão do ombro à freqüência com que toca. O paciente executa os exercícios
assiste a rotação superior, na fase final do movimento de direito. Observa-se ligeira limitação da rotação superior
e à tensão se modificam. Quando solicitado em comprimento maior, em posição ortostática durante os intervalos dos concertos,
flexão do ombro e verifica se a correção da postura levou à da escápula. Durante a flexão do ombro, o paciente relata
o músculo revela-se incapaz de gerar tensão suficiente para impedir a depois de cada concerto e várias outras vezes no decorrer
posição em escápula alada. redução dos sintomas.
certa dor na parte anterior do ombro. Durante a abdução do do dia. Os episódios de dor diminuíram à medida que ele
A rigidez e o encurtamento dos músculos escapuloumerais são outros TRATAMENTO. O objetivo principal do tratamento consiste ombro, o grau de abdução da escápula é menos acentuado praticou os exercícios corretivos de forma mais regular; a
fatores que podem contribuir para a escápula alada, visto que limitam no alongamento dos músculos glenoumerais e toracoume- que durante a flexão do mesmo, mas o paciente ainda relata dor desapareceu ao final do segundo mês de tratamento.
a adução horizontal da articulação glenoumeral, além de contribuírem rais encurtados. Ele visa também melhorar o desempenho dor no ombro com 120 graus de elevação. Observa-se um
para a abdução excessiva da escápula. O paciente voltou para duas consultas adicionais, época
dos componentes adutores dos terços inferior e médio esboço de escápula alada durante o movimento de retomo em que iniciou um programa de treinamento com pesos
do músculo trapézio em particular. Por conseguinte, os após a abdução. A dor no ombro tende a diminuir quando o leves. Os exercícios contra a resistência estão indicados
exercícios-chave são os progressivos para o terço inferior fisioterapeuta impede com sua mão a abdução excessiva da
FLEXIBILIDADE RELATIVA E DISFUNÇÃO DE RIGIDEZ. Os movi- durante a flexão do ombro, durante a rotação do mesmo e
do músculo trapézio, visando sobretudo a adução e não escápula durante a flexão do ombro, e quando presta ajuda
mentos da articulação toracoescapular ocorrem com maior durante a adução da escápula em decúbito ventral, estando
depressão da escápula. Um bom exercício inicial para esses durante a rotação superior da escápula.
facilidade que os movimentos da articulação glenoumeral; o ombro em abdução de 235 graus. Também lhe foram re-
pacientes consiste em colocar-se diante da parede, deslizar
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPITULO CINCO

comendados exercícios contra a resistência durante a flexão FLEXIBILIDADE RELATIVA E DISFUNÇÃO NA RIGIDEZ. A mobi-
e extensão do cotovelo. O objetivo principal do programa lidade da escápula parece ultrapassar a amplitude normal
consiste em aumentar a resistência; as repetições devem porque os movimentos da articulação toracoescapular
aumentar para três grupos de dez e o peso para 5 kg em processam-se com maior facilidade que aqueles da articula-
cada mão. Depois de 4 meses, o paciente estava livre de ção glenoumeral. Em vários pontos na amplitude, escápula
dor e recebeu alta. e úmero se movimentam à razão de um por um, durante boa
parte do movimento. Nessa situação, o movimento ocorre
Síndrome da Escápula Alada
quase exclusivamente na articulação toracoescapular du-
SINTOMAS, MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS E DIAGNÓSTICOS rante a fase inicial de retomo à posição neutra, em seguida
ASSOCIADOS à flexão completa do ombro.
• Impactação da articulação glenoumeral, geralmente
DISFUNÇÃO MUSCULAR
anterior.
Alterações nas disfunções musculares. A ação do mús-
• Tendinopatia.
culo peitoral menor predomina durante a fase inicial da
• Bursite.
• Ruptura do manguito rotador. flexão do ombro, conforme demonstra a inclinação anterior
• Síndrome do desfiladeiro torácico e compressão de da escápula (ângulo inferior alado). Em caso de encurta-
nervos. mento do músculo peitoral menor, a escápula já se encontra
A desenervação do músculo serrátil anterior, decorrente inclinada anteriormente e a contração do músculo tende a
da neuropatia do nervo torácico longo, caracteriza-se pela acentuar essa posição.
incapacidade do paciente para a flexão ativa do ombro acima A atividade do músculo serrátil anterior revela-se insu-
de 120 graus, acompanhada por acentuação da escápula ficiente para manter a escápula aderida à caixa torácica.
alada durante o movimento. A articulação toracoescapular é a sede principal do
DISFUNÇÕES NOS PADRÕES DE MOVIMENTOS. Observa-se, às movimento durante o retorno após a flexão/elevação do
vezes, inclinação do ângulo inferior da escápula ou afas- ombro; o ângulo da articulação glenoumeral quase não se
tamento da borda vertebral da escápula durante a flexão modifica. Observa-se, muitas vezes, que a escápula roda
e/ou elevação/abdução na articulação glenoumeral. Pode
inferiormente e toma-se alada, posição esta que pode ser
acontecer o mesmo durante o retorno após a elevação da
acompanhada por dor. Não parece haver alongamento dos
articulação glenoumeral, evidenciando-se principalmente
durante a primeira metade do movimento, entre 180 e 90 músculos deltóide e supra-espinhoso, cuja ação parece
graus de extensão. O aspecto em escápula alada costuma dever-se à contração mais isométrica que excêntrica, ao
acentuar-se mais durante o retomo após a flexão que durante passo que os músculos serrátil anterior e trapézio alongam-
o retomo consecutivo à abdução. se mais depressa.
ALTERAÇÕES RELATIVAS AO COMPRIMENTO E À FORÇA DOS
MÚSCULOS
Alinhamento • Observa-se, às vezes, escápula alada quando o músculo
serrátil anterior não consegue manter a escápula ade-
VARIAÇÕES ESTRUTURAIS Escápula alada. Insuficiência dos músculos serrátil anterior e escapuloumerais. A. Proeminência das
rida ao tórax, em virtude de sua fraqueza ou encurta-
À medida que a deformidade torácica aumenta com a evolução da cifose, bordas vertebrais da escápula em posição de repouso. B. Músculo serrátil anterior fraco. C. A rotação
ela força as escápulas a aumentar sua posição alada, além de colocar o mento. inferior da escápula, acompanhada pela pressão sobre o úmero, é sinal da fraqueza desse músculo.
músculo serrátil anterior em posição de encurtamento. • O encurtamento do músculo peitoral menor pode levar
Em caso de escoliose, o abaulamento anormal da caixa torácica pode à inclinação anterior da escápula.
afastar a borda vertebral da cscápula. • O encurtamento dos músculos escapuloumerais contribui
A escápula pode dar a impressão de alada quando a coluna torácica é plana, muitas vezes para a escápula alada (Fig. 5. 7).
mesmo na ausência de deficiências musculares.
inclinação baseia-se no alongamento do músculo peitoral fase do movimento, mas o fisioterapeuta precisa acom-
Os braços pesados, como no caso dos levantadores de pesos, podem
TESTES DE CONFIRMAÇÃO. O fisioterapeuta prende passiva- menor, geralmente com auxílio de um assistente. panhar a execução do exercício, a fim de se certificar de
levar à tração anterior da escápula.
mente a escápula durante a flexão do ombro, com o objetivo É necessário, também, que o músculo serrátil anterior que a escápula não assume a posição alada por causa da
DISFUNÇÕES ADQUIRIDAS de impedir a inclinação ou a escápula alada. Essa correção seja retreinado e fortalecido. Um bom exercício, capaz de solicitação excessiva. Um método para controlar a escápula
A posição de anteriorização dos ombros é acompanhada, às vezes, por do alinhamento da escápula durante o movimento diminui controlar a força que se espera do músculo serrátil anterior, alada, que se manifesta no início do movimento, consiste
inclinação anterior da escápula e proeminência dos ângulos inferiores ou elimina a dor. O paciente deve fletir o cotovelo, a fim de é o movimento de balanço na posição quadrúpede sentada em posicionar o paciente contra a parede, com a escápula
das escápulas. reduzir o comprimento do braço de alavanca a ser abaixado, sobre os calcanhares, na qual é mínimo o peso que incide fixa contra a mesma e o cotovelo em flexão de 120 graus, e
A borda vertebral alada da escápula pode ser decorrente da existência sempre que se forma a escápula alada durante o retomo sobre a cintura escapular, assim como o movimento de flexão consecutiva do ombro até 60 graus, no máximo. Se
de desequilíbrio dos músculos serrátil anterior e escapuloumerais (Fig.
após a flexão ou abdução. O paciente deve ser instruído a balanço para frente até a posição neutra. for capaz de completar a flexão do ombro com o cotovelo
5.47).
relaxar a articulação glenoumeral da maneira mais completa A escápula alada que se manifesta em posição de re- em flexão e sem apresentar escápula alada, o paciente deve
A escápula pode estar em abdução, com sua borda vertebral alada, resul-
tando em rotação da escápula em mais de 30 graus no plano horizontal, de possível e a controlar a escápula. O movimento principal pouso e durante a flexão do ombro é sinal de fraqueza do afastar-se da parede, para que a escápula não sofra restrição
modo a assumir orientação mais ântero-posterior que medial-lateral. Essa deve, então, ocorrer na articulação glenoumeral, e não na músculo serrátil anterior, constituindo indicação para os durante sua rotação superior.
alteração do alinhamento é mais comum em indivíduos que realizaram Devemos concluir pela fraqueza acentuada do músculo
articulação toracoescapular. exercícios de fortalecimento desse músculo. O movimento
freqüentemente treinos com pesos com os membros superiores e que apre-
sentam acentuada queda dos ombros quando em posição de repouso. TRATAMENTO. O objetivo está principalmente em corrigir de balanço na posição quadrúpede é um bom exercício serrátil anterior, sempre que durante o movimento todo a
a inclinação da escápula ou a escápula alada. A correção da quando a escápula alada só se manifesta durante a primeira escápula se apresente visivelmente alada. A fraqueza do
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CAPÍTULO CINCO

músculo serrátil anterior decorrente de uma lesão do nervo mesa. Tanto o músculo reto abdominal como a porção es- Síndromes de Disfunção de Movimentos vado durante a abdução do ombro, quando o úmero se
torácico longo constitui indicação para um programa pro- ternal do músculo peitoral maior apresentam encurtamento. encontra em rotação externa (Fig. 5.48).
A rotação interna do ombro é acompanhada por inclinação
do Úmero
gressivo de fortalecimento desse músculo, programa esse
que deve ser acompanhado com um máximo de atenção. compensatória da escápula. A força do músculo trapézio Relações entre Alinhamento e Movimento Síndromes Umerais por Ordem de
Não podemos esperar nem incentivar o paciente a realizar inferior esquerdo é de 4/5. O trapézio inferior esquerdo é
Freqüência
a flexão completa do ombro se o músculo serrátil anterior de 5/5. Os músculos rotadores do ombro apresentam força Já vimos, no capítulo introdutório, que o alinhamento
for fraco , visto que a incapacidade para executar a rotação normal. perfeito dos diversos segmentos do corpo entre si é muito • Deslizamento anterior do úmero.
superior da escápula pode contribuir para se instalar a sín- Diagnóstico. O diagnóstico desse caso é de síndrome importante, uma vez que o alinhamento ideal facilita a • Deslizamento superior do úmero (abdução).
drome do impacto. de escápula alada. movimentação correta. Os exemplos que citamos a seguir • Rotação interna do ombro.
Tratamento. O objetivo principal do programa consiste ilustram a relação entre alinhamento e movimento que se • Hipomobilidade da articulação glenoumeral.
Apresentação de Caso 4 em alongar o músculo peitoral menor, em melhorar o desem- observa nas diversas síndromes umerais: O diagnóstico de determinada síndrome não exige a
penho do terço inferior do músculo trapézio (o qual pode presença de todas as deficiências que podem ocorrer nes-
Anamnese. O paciente é um homem de 34 anos de ser considerado um antagonista dom. peitoral menor) e em • Alinhamento correto do úmero, ao lado de compro- sa síndrome, mas é preciso que o padrão de sintomas e a
idade cuja principal atividade de condicionamento físico é corrigir o desequilíbrio entre os músculos abdominais. metimento dos movimentos do úmero. Por exemplo: o disfunção de movimento estejam presentes. Em geral, a
a natação. Ele vem se queixando de dor na região anterior O paciente é instruído a realizar o alongamento as- úmero ocupa posição correta quando em repouso, mas síndrome será tanto mais grave quanto maior for o número
do ombro esquerdo que corresponde à cabeça do úmero, sistido dos músculos peitorais maior e menor. Outras apresenta rotação interna excessiva durante a flexão do de deficiências encontradas, mas é possível também que
próximo à articulação acromioclavicular. A dor começou recomendações incluem o exercício de rotação interna do ombro. exista apenas uma disfunção particularmente grave.
a se manifestar há duas semanas. O paciente participa da ombro em decúbito dorsal. Ele deve ter o cuidado de man- • O alinhamento do úmero está alterado, e o movimento, Como acontece em todas as síndromes musculoesque-
natação competitiva uma vez por semana, treinando pelo ter a escápula imóvel e deixar que os rotadores externos embora de amplitude normal, não é capaz de corrigir a léticas dolorosas, podemos distinguir diversos estágios de
menos outros dois dias da semana. Ele segue um programa do ombro se alonguem, relaxando-os em vez de contrair posição inicial alterada ou de compensá-la. Por exem- gravidade. A dor que se manifesta no ombro em estado de
rotineiro de exercícios de alongamento e fortalecimento ativamente os rotadores internos para produzir o movi- plo: estando o úmero em rotação interna na posição
muscular, que ele executa antes da natação. A dor costuma mento. O paciente é instruído a realizar o exercício para o ortostática e executando a rotação externa durante a
ser mais intensa depois da natação, mas desaparece dentro de trapézio inferior com o rosto voltado para a parede. Estando abdução, essa rotação externa pode não ser suficiente
24 horas. Ele costuma aplicar gelo na região dolorosa, além de costas contra a parede, o paciente :flexiona o ombro e para corrigir a posição inicial alterada.
de tomar um antiinflamatório. Sua profissão é relativamente A B
os cotovelos e abduz o ombro com o cotovelo em flexão . • O úmero está mal-alinhado e o padrão de movimento
sedentária e geralmente não implica no levantamento de Quando executa o exercício de abdução, o encurtamento está acometido. Por exemplo: o úmero apresenta ro-
objetos ou em atividade física. dos músculos peitorais o impede de encostar os braços na tação interna na posição ortostática e deixa de rodar
Análise Postural. Trata-se de um paciente magro que parede. Por isso, instruímos o paciente a abduzi-los em durante a abdução.
apresenta tórax deprimido, discreta cifose e uma tendência 90 graus, procurando em seguida abduzir a escápula, sem
ao desvio posterior da coluna torácica. Os músculos ab- tentar encostar a face posterior dos cotovelos na parede.
dominais são tensos, sugerindo encurtamento. Os ombros Ao alcançar o limite da amplitude para a flexão e abdução Critérios para o Diagnóstico de Síndrome
apresentam inclinação anterior, sendo que o ombro esquerdo do ombro, o paciente deve respirar profundamente, a fim Umeral
apresenta-se mais anteriorizado que o ombro direito. O ângulo de alongar os músculos abdominais. Ele realiza a flexão
inferior da escápula esquerda mostra-se saliente na vista • A principal causa responsável pela dor é o movimento
lateral do tórax, em pé, encostado contra a parede e com os
posterior. A escápula apresenta abdução; sua borda vertebral alterado da cabeça do úmero no interior da fossa gle-
antebraços acima da cabeça. Esse exercício tem o objetivo
dista cerca de 9 cm da coluna vertebral. As bordas vertebrais de alongar a musculatura da parede abdominal e da caixa nóide, embora os movimentos da escápula também
das escápulas são paralelas à coluna. torácica. O paciente executa também o movimento de ba- estejam acometidos.
Análise dos Movimentos. A escápula esquerda inclina- lanço em posição quadrúpede, com o cuidado de retificar • Os sintomas diminuem ou desaparecem quando o pa-
se anteriormente durante a fase inicial da flexão do ombro, ciente corrige a alteração de movimento do úmero ou
a coluna torácica, principalmente ao se movimentar para
até esta chegar a 90 graus. Com 150 graus, o paciente quando o fisioterapeuta realiza a correção manual do
trás, até sentar-se nos calcanhares.
relata dor na região anterior do ombro. Verifica-se que movimento acometido durante a movimentação ativa do
Resultado. O paciente é aconselhado a abandonar a
a abdução da escápula se realiza corretamente, mas sua paciente. Por exemplo: quando o fisioterapeuta presta
natação e todas as atividades de braços elevados durante as
rotação superior revela-se limitada e ela não se deprime ajuda na rotação externa do úmero durante a flexão do
duas primeiras semanas do seu programa de reabilitação.
sobre a parede torácica nos graus finais da amplitude para
Ele é examinado durante 6 semanas. Um amigo pode ajudá- ombro na amplitude apropriada, a dor tende a diminuir.
a flexão do ombro.
lo no alongamento do músculo peitoral menor; este voltou Essa correção reduz ou elimina a dor, razão pela qual
Teste de Confirmação. O fisioterapeuta controla o
ao comprimento normal depois de 2 semanas. Após esse o programa terapêutico deve focalizar a correção dessa
ângulo inferior da escápula com o objetivo de impedir a
inclinação anterior durante a flexão do ombro. Ele presta prazo, a dor no ombro somente se manifestou no final da deficiência.
assistência na depressão da escápula durante a fase final da amplitude para o movimento de flexão do ombro. Passadas • O nome dessa síndrome deriva do defeito que se
flexão do ombro. O fisioterapeuta percebe forte resistência 4 semanas, o paciente se diz livre de dores durante todos observa nos movimentos do úmero, consistindo em
ao procurar ajudar na movimentação da escápula. os movimentos ativos que ele executa na clínica, embora insuficiência ou aumento do movimento normal, quer
O paciente tenta colocar a coluna em extensão, a fim de ainda sinta alguma dor depois de nadar durante mais de 20 :fisiológico, quer acessório. Um exemplo de deficiência
compensar a falta de movimentação da escápula. minutos. Ao cabo de 6 semanas, é capaz de nadar durante 40 em relação ao movimento acessório do úmero é o acen-
Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. minutos sem sentir dores no ombro. O paciente recebeu alta tuado deslizamento anterior do úmero, a hiperextensão
O músculo peitoral menor está encurtado. O ombro do pa- depois de 6 semanas, época em que todos os seus músculos do ombro que às vezes se observa durante o balanço Rotação externa insuficiente do úmero esquerdo, durante a fle-
ciente está a 5 cm de distância da superfície de apoio; sem apresentaram comprimento normal e a escápula deixou de xão e abdução do ombro. A. úmero esquerdo apresentando rotação
dos braços que acompanha a marcha. Um exemplo de interna na posição de repouso. B. O úmero esquerdo continua em
rotação do tórax não é possível trazê-lo com a mão até a ser alada, quer em repouso, quer durante os movimentos.
disfunção de movimento fisiológico do úmero é obser- rotação interna durante a flexão do ombro.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPÍTULO CINCO

repouso é sinal de um processo inflamatório agudo. Convém do úmero; por isso, ao se contrair, esse músculo traciona a contra a parede, estando o paciente em pé ou contra o piso do ombro no grau extremo de amplitude. A dor começou há
evitar os exercícios sempre que a dor na articulação do om- cabeça do úmero para a região anterior da cápsula articular. se ele se encontrar em decúbito dorsal. Com o ombro e o três semanas, sendo classificada pela paciente como de 3 a
bro se agravar após o término dos mesmos ou quando eles Essa tração anterior é compensada pela tração inferior e cotovelo em 90 graus de flexão, o paciente usa a mão oposta 4 (na escala de 1O) durante esses movimentos. A paciente
levam à intensificação da dor no ombro em repouso. posterior, sob a ação do músculo subescapular. A contração para segurar o braço no nível do cotovelo e puxar o braço nega dor em estado de repouso; também não é despertada
do músculo peitoral maior deve contribuir para o desliza- em adução horizontal. Na posição ortostática, com o rosto pela dor durante a noite. Sua principal atividade de lazer
mento anterior da cabeça do úmero sempre que o músculo voltado para a parede, o paciente executa a flexão do ombro é a dança de salão. Ela vinha executando um programa de
Síndrome de Deslizamento Umeral Anterior treinamento dos membros superiores com pesos.
subescapular for fraco ou comprido demais para se opor à enquanto mantém a rotação externa. Durante a realização
SINTOMAS, MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS E DIAGNÓSTICOS tração exercida pelo músculo peitoral maior, resultando em desse exercício, o paciente pode também apoiar-se sobre o Análise Postural. A paciente apresenta discreta cifose
ASSOCIADOS. estiramento da cápsula anterior. braço, depois de fletir o ombro em mais de 90 graus, com torácica; sua escápula está em abdução e ligeiramente de-
A dor manifesta-se na região anterior ou anteromedial da Os músculos infra-espinhoso e redondo menor são o objetivo de favorecer os movimentos de deslizamento primida. As duas escápulas encontram-se a mais de 7 ,5 cm
articulação do ombro, sendo agravada pela rotação interna inferior e posterior. O músculo peitoral maior precisa de distância da coluna vertebral.
ativados mais fortemente que o músculo subescapular
na articulação glenoumeral, pela hiperextensão do ombro ser alongado, caso apresente encurtamento. As medidas Mais da terça parte da cabeça do úmero esquerdo passa
quando exercem a função de depressão do úmero. Nessa
e pela abdução no plano horizontal. A flexão do ombro destinadas a fortalecer o músculo subescapular assumem além do acrômio. A extremidade proximal do úmero situa-se
situação, a atividade dominante dos depressores/rotadores
também é capaz de agravar a dor, sobretudo entre 80 e 180 anteriormente à sua extremidade distal. O úmero do membro
externos aumentaria a tensão na região posterior da cápsula importância particular depois de obtermos a amplitude ideal
graus da amplitude para a flexão. superior direito apresenta alinhamento normal.
articular, de modo a limitar o deslizamento da cabeça do para o movimento de rotação interna.
O paciente relata, às vezes, dor ao longo da região pro-
úmero para trás. O melhor exercício para aumentar a força do músculo A cifose torácica da paciente diminui quando o fisio-
ximal do tendão do músculo bíceps braquial. A dor nessa
Disfunções de Comprimento e Força dos Músculos. subescapular é executado em decúbito ventral, sobre a terapeuta apoia o vértice da curvatura da coluna torácica
região tende a aumentar durante a flexão do cotovelo con-
O alongamento ou fraqueza do músculo subescapular mesa de exame ou a cama, com o ombro em 90 graus de enquanto a paciente levanta o queixo. Sua cifose torácica
tra a resistência oposta pela mão ou quando a abdução do
possibilita o deslizamento anterior da cabeça do úmero, abdução e o cotovelo em 90 graus de flexão. O antebraço deve-se principalmente ao encurtamento dos músculos
ombro é realizada com o cotovelo em flexão e a articulação
glenoumeral em rotação externa. Os sintomas são, às vezes, conforme já vimos acima. O encurtamento dos rotadores deve ficar suspenso sobre a beira da cama. O paciente é retos abdominais. Os movimentos passivos de adução e de
semelhantes aos que caracterizam a fase inicial da síndrome externos da articulação escapuloumeral ( dos músculos freqüentemente obrigado a aprender primeiro a manter a inclinação posterior da escápula provocam resistência, fato
do impacto ou da tendinopatia do m. bíceps. infra-espinhoso e redondo menor) contribui para a rigidez articulação glenoumeral no extremo da amplitude para a que sugere encurtamento do músculo peitoral menor.
A luxação anterior pode ocorrer quando a parte anterior da região posterior da cápsula, impedindo, dessa maneira, rotação interna, antes de praticar o exercício para fortale- Análise dos Movimentos. A escápula permanece
da escápula articular apresenta enfraquecimento devido a que a cabeça do úmero deslize posteriormente, conforme cer o músculo. Havendo um ajudante disponível, o braço deprimida durante a flexão do ombro, a paciente não con-
episódios anteriores de luxação. A síndrome do impacto já foi discutido 19•27 (Fig. 5.42). O encurtamento do peitoral é posicionado no final da amplitude, e o paciente mantém segue aduzi-la na amplitude extrema para o movimento de
pode ser acompanhada de outros sintomas, como a tendi- maior pode contribuir para a rotação interna do úmero e essa posição mediante contração isométrica. Em seguida, o flexão do ombro. A flexão do ombro é acompanhada por
nopatia e a bursite do supra-espinhoso. para a posição anteriorizada da cabeça do úmero. Além paciente coloca a articulação glenoumeral progressivamente rotação interna do úmero quando esta começa pela flexão
DISFUNÇÕES NO PADRÃO DE MOVIMENTO. A anteriorização disso, a redução do comprimento deste músculo pode con- em rotação externa (contração excêntrica) de cerca de 40 do cotovelo; o cotovelo estende-se à medida que a paciente
da cabeça do úmero dentro da cápsula articular é encontrada tribuir para a escápula aduzida, além de poder aumentar o a 50 graus, antes de realizar a contração concêntrica dos completa o movimento de flexão do ombro. Ela relata certa
durante a abdução da articulação glenoumeral, durante a deslizamento anterior do úmero durante a rotação externa rotadores internos. O desafio maior consiste em conseguir a dor no ombro quando alcança o grau extremo da amplitude.
fase inicial da flexão glenoumeral e durante o retorno após e a abdução horizontal do ombro. participação do músculo subescapular, e não dos músculos Não relata sintoma quando desliza a mão sobre a parede,
o final da amplitude para a flexão/elevação. É fácil palpar o TESTE DE CONFIRMAÇÃO. O fisioterapeuta pode reduzir peitoral maior e redondo maior. Parece que a posição que criando uma discreta força póstero-inferior sobre o úmero,
movimento anterior da cabeça do úmero durante a rotação os sintomas do paciente ao impedir que a cabeça do úmero acabamos de descrever, com destaque para o ponto extremo enquanto mantém a rotação externa. Um teste semelhante,
da articulação glenoumeral estando o ombro em abdução deslize anteriormente durante os movimentos de rotação e da amplitude, é a ideal para esse fim. realizado em decúbito ventral, levou a um resultado idêntico.
de 90 graus. flexão do ombro. Na posição quadrúpede, o movimento de balanço para A cabeça do úmero desliza anteriormente durante a rotação
ALTERAÇÕES DO ALINHAMENTO. Existem, na posição ana- TRATAMENTO. O objetivo principal do programa tera- trás em direção aos calcanhares também ajuda a gerar externa em posição ortostática, estando o ombro na posição
tômica, três possíveis alterações do alinhamento: pêutico é a correção da anteriorização da cabeça do úmero forças que favorecem o deslizamento posterior da cabeça anatômica e o cotovelo em flexão.
• Mais da terça parte da cabeça do úmero encontra-se em repouso e a prevenção do seu deslizamento anterior do úmero. Para se movimentar para trás, o paciente precisa Análise do Comprimento e da Força dos Múscu]os.
anterior ao do processo acromial da escápula. durante os movimentos. Daí a necessidade de se encurtar empurrar-se com os braços, em vez de fletir os quadris. O O teste revela que o músculo peitoral menor está encurtado,
• A cabeça do úmero encontra-se à frente da porção distal e fortalecer o músculo subescapular. Existe freqüente- exercício descrito anteriormente, com o paciente de frente fato que é sugerido pela posição anteriorizada dos ombros
do úmero. As extremidades proximal e distal do úmero mente rigidez ou encurtamento dos rotadores externos do para a parede, deslizando a mão para cima e passando da em decúbito dorsal e pela acentuada resistência durante as
não se situam no mesmo plano vertical. úmero, o que exige correção para que a cabeça do úmero flexão do cotovelo para a extensão com o ombro em flexão tentativas de alongamento dos músculos peitorais menores.
• O ombro parece estar anteriorizado, mas o úmero possa deslizar posteriormente. Um exercício específico é completa também promove a depressão da cabeça do úmero Os rotadores externos à esquerda estão encurtados, con-
geralmente se encontra anterior ao acrômio, além de capaz de melhorar a amplitude da rotação interna passiva. e seu deslizamento posterior. forme indica a limitação da rotação interna a 50 graus. A
a escápula estar inclinada anteriormente. O exercício mais usado é praticado em decúbito dorsal, Outro método que ajuda a reduzir a tensão que incide rotação interna da articulação glenoumeral é acompanhada
A região posterior apresenta uma pequena fossa inferior estando a articulação glenoumeral em abdução aproximada sobre a região anterior da cápsula articular consiste em por deslizamento anterior da cabeça do úmero. A rotação
ao acrômio porque a cabeça do úmero situa-se anterior à de 90 graus e o cotovelo em flexão. Com a mão oposta, o aplicar uma bandagem sobre a região anterior da articulação interna do úmero direito é de 70 graus. A amplitude para
da fossa glenóide. paciente procura impedir o deslizamento anterior da cabeça do ombro, a fim de tracionar a cabeça do úmero para trás. É a rotação externa do úmero é de 90 graus nos dois lados. A
FLEXIBILIDADE RELATIVA E DISFUNÇÕES DE RIGIDEZ. A região do úmero, deixando ao mesmo tempo que o ombro entre preciso também que se corrija o alinhamento da escápula, amplitude de flexão do ombro esquerdo chega a 180 graus,
anterior da cápsula articular apresenta flexibilidade maior em rotação interna. O paciente pode segurar um peso leve que está muitas vezes anteriorizada ou inferiorizada. mas a borda externa da escápula passa 2,5 cm da margem ex-
que a região posterior da cápsula e/ou os rotadores externos na mão, a fim de favorecer a força da rotação interna, caso terna do tórax, indicando que o músculo redondo maior está
da articulação glenoumeral. os rotadores externos do úmero apresentem encurtamento. encurtado. No ombro direito, a amplitude para o movimento
Apresentação de Caso 1
DISFUNÇÕES MUSCULARES Esse peso precisa ser suficiente para colocar o braço em de flexão é da ordem de 180 graus; a posição da escápula é
Padrões de recrutamento. A ação do músculo peitoral rotação interna, porém não deve ser tão pesado que opa- Anamnese. Uma mulher de 34 anos queixa-se de dor normal. A força dos rotadores internos do ombro esquerdo
maior, um rotador interno da articulação glenoumeral, ciente não possa relaxar os rotadores externos. na região ântero-superior do ombro esquerdo. A dor mani- é de 3+/5; no ombro direito, a força dos rotadores internos
prevalece sobre a atividade do músculo subescapular. O Outro exercício a ser recomendado é a adução horizontal festa-se geralmente durante a flexão e abdução do ombro, é de 5/5. O músculo trapézio inferior esquerdo possui força
músculo peitoral maior se insere na crista do tubérculo maior passiva. Ela deve ser realizada com a escápula estabilizada sobretudo contra a resistência, mas também durante a flexão de 4/5; no músculo trapézio direito, a força é de 5/5.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPITULO CINCO

Diagnóstico. A paciente apresenta as síndromes de obrigada a aplicar forte pressão sobre o terço proximal do
Processo
deslizamento anterior da cabeça do úmero e de abdução úmero, a fim de evitar seu deslizamento anterior. Quando acromial
da escápula. em decúbito ventral, a paciente consegue realizar a ro-
Tratamento tação interna do braço, passando da posição neutra para
Exercícios em Decúbito Dorsal 70 graus. Ela não relata dor durante a abdução ou flexão,
• Ensinamos à paciente a técnica correta de alongamento desde que coloque a escápula em adução antes de chegar
do músculo peitoral menor com a ajuda de outra pes- ao grau máximo da amplitude para a flexão do ombro.
soa. Depois de 4 semanas, é capaz de realizar os exercícios de
• A paciente executa a flexão do ombro, mantendo a rotação em decúbito dorsal ou ventral, usando pesos de 1
coluna reta e inspirando profundamente no final da kg. O exercício para o músculo trapézio inferior (nível 3)
amplitude de flexão de ombro, com o objetivo de também é realizado em decúbito ventral. O encurtamento
alongar os músculos da parede abdominal. da musculatura é rapidamente corrigido.
• Ela coloca o ombro em rotação interna, tendo o cui- A paciente voltou para mais duas sessões, sendo orien-
dado de evitar o deslizamento anterior da cabeça do tada, nesta ocasião, a aumentar os pesos para 1,5 e 2 kg, u1a5.50
úmero. respectivamente em cada mão. Ela também começou a usar Compressão do tendão do músculo supra-espinhoso. (Segundo Jo-
Exercício em Decúbito Ventral. A paciente deita-se em os pesos de 1 kg durante os movimentos de extensão de hnson JE, Sim FH e Scott SG: Musculoskeletal injuries in competitive
decúbito ventral sobre uma maca, com o ombro e cotovelo cotovelo e ombro a partir da flexão. Ao final de 6 semanas, swimmers, Mayo Clín Proc 62:289, 1987.)
esquerdos em 90 graus de flexão e o antebraço suspenso a paciente se diz livre de dores durante todos os movimentos
na beira da mesa de exame. Seu braço esquerdo é colocado e já não apresenta deslizamento anterior da cabeça do úmero
em rotação interna máxima, com a mão apoiada sobre uma durante os movimentos de rotação do ombro em decúbito
pequena mesa colocada ao lado da maca, com uma toalha ventral ou dorsal. superior sobre o úmero leva ao deslizamento superior da
enrolada sob a cabeça do úmero, com o objetivo de impedir cabeça do úmero e à impactação do mesmo contra o liga-
seu deslizamento anterior. A paciente estende o cotovelo, Síndrome de Deslizamento Superior do Úmero mento acromioclavicular ou contra o acrômio. A cabeça do
apenas em grau suficiente para afastar a mão da mesa, de úmero não desliza superiormente quando o músculo supra-
modo a eliminar o apoio passivo do ombro em rotação in- SINTOMAS E MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS E DIAGNÓSTICOS
espinhoso e os demais depressores do úmero se opõem de
terna. Em seguida, deixa o ombro entrar em rotação externa ASSOCIADOS.
Posição elevada da cabeça do úmero. maneira eficaz a essa tração.
(rotação interna excêntrica) em torno de 20 graus, voltando Essa síndrome caracteriza-se por dor aguda na região
A participação do músculo deltóide diminui e a cabeça
depois com o braço para a posição inicial. Ela precisa ter anterior e lateral do processo acromial; a dor se manifesta
do úmero deixa de deslizar superiormente quando o paciente
o cuidado de não substituir esse movimento pela extensão durante a abdução, a rotação interna ou a externa do ombro.
Os ombros encontram-se na altura normal, mas a cabeça do úmero parece flexiona o ombro com o cotovelo fletido. A ausência de
do ombro. A dor é, às vezes, localizada na região em torno do local de
ocupar uma posição elevada dentro da fossa glenóide, em direção ao deslizamento superior, decorrente da ativação de apenas
Exercícios em Quadrúpede. A partir da posição inserção do músculo deltóide.
acrômio. Em alguns casos, a cabeça do úmero ocupa posição anteriori- parte do músculo deltóide, indica que a impactação não
• Síndrome do impacto. zada, projetando-se ligeiramente superior ao acrômio.
neutra, a paciente se movimenta para trás, em direção aos se deve principalmente ao encurtamento do músculo, e
• Tendinopatia supra-espinhosa.
calcanhares. O ombro apresenta-se deprimindo, indicando abdução na articulação sim à ação dinâmica do músculo deltóide. A participação
• Bursite subacromial ou subdeltóide. glenoumeral. A cabeça do úmero parece impactar-se de encontro ao
Exercícios em Ortostatismo dos músculos depressores da cabeça do úmero revela-se
• Tendinopatia bicipital. acrômio quando a altura do ombro é corrigida passivamente.
De frente voltada para a parede. A paciente se posiciona insuficiente durante os movimentos de flexão/elevação na
• Tendinopatia calcificada. Além da depressão do ombro, o úmero encontra-se em abdução, fato
com o lado ulnar da mão contra a parede, os cotovelos em articulação glenoumeral.
• Ruptura do manguito dos rotadores. indicado por sua posição, cuja diáfise não descansa ao longo da parede
flexão e os ombros em rotação externa. A partir dessa posi- Disfunção em relação ao comprimento e à força dos
• Fases iniciais de capsulite adesiva. do tórax.
ção de saída, ela desliza as mãos parede acima, de modo a músculos. O úmero é mantido em abdução quando o
ANOMALIAS DO PADRÃO DE MOVIMENTO. Durante os mo-
completar a flexão do ombro com o cotovelo em extensão. músculo deltóide está encurtado. Dependendo do grau de
mentos de flexão, abdução ou elevação na articulação gle-
Durante esse movimento, tendo alcançado 90 graus de fle- recrutamento, os ombros se deprimem e os braços podem
noumeral, o terço proximal da cabeça do úmero desloca-se
xão no ombro, ela encolhe os ombros, acentuando, dessa ser mantidos junto às faces laterais do tronco, em vez de
excessivamente em direção ao acrômio (a cabeça do úmero FLEXIBILIDADE RELATIVA E DISFUNÇÕES DE RJGIDEZ. A flexi-
forma, a atividade do trapézio superior, enquanto continua se projetarem lateralmente. Outras vezes não se observa a
não se abaixa ou não desliza inferiormente). Essa disfunção bilidade é maior para os movimentos do úmero, em especial
a completar a flexão. Ao chegar ao final da amplitude, ela abdução na articulação glenoumeral, mas o músculo del-
toma-se mais evidente durante a abdução da articulação para o componente de deslizamento superior, do que para
retira os braços da parede, aduzindo as escápulas. tóide encurtado puxa a cabeça do úmero superiormente, de
glenoumeral. Essa síndrome é freqüentemente acompanhada os movimentos da escápula. A articulação escapulotorácica
De costas para a parede. Estando com os cotovelos encontro ao acrômio (Fig. 5.50).
pela síndrome de rotação inferior da escápula. movimenta-se dentro de sua amplitude com maior facilidade
fletidos, a paciente executa a flexão do ombro, tendo o cui- No caso de ser o úmero tracionado superiormente, os
dado de manter a rotação externa enquanto flete os ombros. que a articulação glenoumeral, visto que esse movimento rotadores externos encurtados podem causar a compressão
No final do movimento de flexão dos ombros, ela inspira passa a compensar a limitação dos movimentos glenou- da cabeça do úmero de encontro à fossa glenóide, de modo
profundamente para alongar os músculos retos abdominais.
Alinhamento merais resultante da disfunção de deslizamento inferior da a limitar a depressão. Essa contratura das estruturas pos-
Realiza, em seguida, a adução dos ombros, partindo da cabeça do úmero. teriores, inferiores e laterais da cápsula articular prejudica
VARIAÇÕES ESTRUTURAIS DISFUNÇÕES MUSCULARES
mesma posição inicial. Se perceber dor, procura aduzir a Não se conhecem variações estruturais capazes de contribuir especificamente
o deslizamento inferior da cabeça do úmero durante os
escápula esquerda antes de realizar a abdução do ombro, de para essa síndrome.
Padrões de recrutamento. A contração do músculo del- movimentos de flexão e abdução do ombro.
tóide não é compensada pelos depressores do úmero durante O encurtamento dos rotadores internos, particularmente
90 graus para a elevação completa; isso alivia a dor.
a abdução na articulação glenoumeral. A proeminência do do músculo redondo maior, pode resultar em deslizamento
Resultado. A paciente é examinada durante um perí- DISFUNÇÕES ADQUIRIDAS
Os ombros estão elevados e a cabeça do úmero parece estar em posição úmero torna-se especialmente evidente durante a abdução, superior. Tanto os rotadores externos como os internos
odo de 4 semanas e depois durante outras duas vezes em
elevada, muito perto do acrômio (Fig. 5.49). Na posição anatômica, a sob a forma de projeção superior, ou de um ponto na ex- podem estar encurtados. .
intervalos de 2 semanas. Dentro de 2 semanas, ela conse- distância normal entre a cabeça do úmero e o acrômio é de 9 a 10 mm. tremidade superior do ombro. O músculo deltóide inteiro TESTES DE CONFTRMAÇÃO. Os sintomas do paciente devem
guiu alcançar 70 graus de rotação interna, embora se veja 25
Os ombros estão em abdução.
contrai-se durante a abdução; a dominância de sua tração reduzir em resposta à flexão dos ombros, a ser iniciada
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disjunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPín:w C1Nco

com os cotovelos flexionados e em seguida colocadas em treinando com pesos para melhorar a força de braços e paciente movimenta-se imediatamente, em vez de o úmero 180 graus. A amplitude dos movimentos dos ombros situa-se
extensão, enquanto o ombro flexiona-se entre 90 e 180 ombros, porém ainda não conseguiu melhorar seu desem- simplesmente girar em torno de seu eixo. dentro dos limites normais; o ombro apresenta discreta ten-
graus. Podemos também instruir o paciente a evitar o des- penho de acordo com o tempo de percurso. Não obstante os A força do músculo serrátil anterior é de grau 4-/ 5. dência a se inclinar anteriormente durante a rotação interna.
lizamento superior da cabeça do úmero durante a flexão episódios de dor nos ombros, a paciente continua nadando Observa-se escápula alada na posição quadrúpede quando Não se percebe nenhum estalo durante a flexão do ombro,
do ombro, deslizando o lado ulnar da mão para cima sobre e fazendo exercícios com pesos. Ao ser observada por um a paciente desloca seu peso levemente em direção aos cal- mas a paciente ainda acusa dor no extremo da amplitude
a parede (aumentando dessa maneira, a rotação externa instrutor durante um de seus treinos com pesos, este ve- canhares e quando a solicitação do músculo serrátil anterior para o movimento de flexão.
do ombro) enquanto exerce leve pressão contra a parede. rificou que ela não consegue manter os braços ao lado do passa a ser muito menor que na posição quadrúpede. A paciente relata ter grandes dificuldades para abduzir
Quando executada dessa forma, a flexão do ombro leva à corpo nem manter os ombros no mesmo nível durante os Diagnóstico. O diagnóstico dessa paciente é de des- o ombro quando encosta a coluna contra a parede. Informa
redução dos sintomas. exercícios de extensão dos ombros. lizamento superior do úmero (diagnóstico primário) e de ab- que seus braços se cansam depois de apenas seis a oito
Os sintomas também devem diminuir quando o paciente Análise Postural. A paciente apresenta estatura de dução da escápula (diagnóstico secundário). O encurtamento repetições desse exercício. Relata sentir o estalo no ombro,
inicia o movimento de abdução do ombro com os cotovelos 1,67 m e ombros largos, além de discreta cifose torácica do músculo deltóide, a posição alta da cabeça do úmero e a tanto durante a flexão assistida como durante a extensão
em flexão de 90 graus, enquanto procura reduzir a partici- e musculatura abdominal fraca. Toda a cintura escapular dominância do músculo deltóide durante os movimentos de contra resistência, quando usa a máquina para extensão do
pação do músculo deltóide ao mínimo possível, "pensando apresenta elevação bilateral; os braços estão abduzidos rotação e flexão são fatores que contribuem para a síndrome ombro, embora com o mínimo de resistência.
em deixar os braços flutuar" na abdução dos ombros. em ambos os lados do corpo. Ela relata dor em torno das de deslizamento superior do úmero. Depois de 4 semanas, a paciente é capaz de fletir os
TRATAMENTO. O objeto principal do tratamento consiste faces anterior e superior do ombro, em resposta à adução Tratamento. O objetivo primário do programa é o ombros até 180 graus, com os cotovelos em extensão e
em aumentar o comprimento do músculo deltóide, se ele passiva do ombro. O ombro volta imediatamente à posi- alongamento do músculo deltóide e a redução do predo- sem movimentar o tronco. Ela começou, então, com um
estiver encurtado, e em diminuir a atividade dominante desse ção de abdução depois de cessar a pressão no sentido de mínio desse músculo. A melhora do controle dos músculos programa de rotação interna e externa do ombro em decúbito
músculo. Estando o ombro deprimido ou em rotação externa, aduzi-lo. As escápulas estão abduzidas, mas a rotação do trapézio e serrátil anterior tem igual importância nesse caso, ventral, usando um peso de meio quilo. Fizemos de tudo
o paciente será obrigado a estabilizá-lo na posição neutra úmero parece ser neutra. O grau de abdução da escápula é pois é evidente que a falta de controle sobre a escápula para assegurar que ela faça uso dos músculos do manguito
para executar os exercícios que acabamos de escrever. Via suficiente para o úmero dar a impressão de rotação interna contribui para o deslizamento superior do úmero. Estando rotador, reduzindo a participação do músculo deltóide ao
de regra, o peso de braço e antebraço exerce tração sobre a quando na posição neutra. em decúbito dorsal, com o ombro em 80 graus de abdução, mínimo possível.
articulação glenoumeral, colocando-a em adução, desde que Análise dos Movimentos. A flexão do ombro em apro- a paciente é instruída a usar a mão contralateral para inibir Passadas 6 semanas, a paciente consegue executar todos
o ombro seja mantido no grau correto de elevação. Quando ximadamente 120 graus é acompanhada por rotação interna todos os movimentos do úmero, à exceção dos movimentos os movimentos dos ombros nos planos retos, sem perceber
em decúbito dorsal, o paciente pratica a rotação interna e rápida e brusca do úmero e por um pequeno estalo. O úmero de rotação, enquanto realiza a rotação primeiro interna e dores ou sensação de "estalo". Tolera, ainda, resistência a
externa, a fim de alcançar a mobilidade perfeita. Deve pra- também parece deslizar superiormente durante o movimento depois externa do ombro. Em decúbito ventral, a paciente todos os movimentos dos ombros e consegue manter os
ticar a rotação externa em decúbito ventral, certificando-se de flexão, em vez de manter uma relação fixa com a fossa aprende a realizar a rotação externa, com atenção especial movimentos ideais de úmero e escápula. O único movimen-
que está no eixo de rotação correto para o recrutamento glenóide. Ao voltar à posição neutra, o úmero parece mais para a rotação pura e exclusiva do úmero, isolando os to que ainda desencadeia o estalo é o com os ombros, que
preferencial dos músculos infra-espinhoso e peitoral menor, uma vez estar deslizando superiormente. Durante a flexão músculos redondo menor e supra-espinhoso. A paciente simula a natação. Esse movimento consiste em extensão
em vez de contrair a parte posterior do músculo deltóide. dos ombros, a paciente estende a coluna torácica a fim de precisa, em decúbito ventral, praticar rotação interna sem do ombro com o cotovelo fletido, seguido pela rotação
O paciente precisa evitar a rotação externa, estando o compensar o peso dos braços. Ela não consegue completar permitir qualquer movimento da escápula ou o deslizamen- interna do ombro e a abdução do mesmo em 160 graus,
ombro em adução, uma vez que a ação do músculo deltóide o movimento de flexão do ombro quando o examinador to superior da cabeça do úmero. com rotação interna adicional; o ombro entra então em
contribui para o deslizamento superior do úmero. Ele deve impede o desvio do tórax posteriormente. Estando em pé, de rosto direcionando de frente para flexão e o cotovelo em extensão. A paciente é aconselhada
evitar também os exercícios de abdução e de flexão do ombro Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. a parede, a paciente :flexiona o ombro, deslizando a mão a aumentar a pronação do antebraço para colocar a mão
contra resistência com o cotovelo em extensão. Para realizar A posição elevada dos ombros indica encurtamento dos parede acima e exercendo leve pressão, a fim de criar uma na posição correta, em vez de recorrer para isto à rotação
a flexão do ombro, deve deslizar o braço para cima ao longo músculos trapézio e rombóide, mas a posição da escápula força dirigida para baixo sobre o úmero, ao mesmo tempo interna excessiva do ombro. Ela deve continuar a praticar
da parede, enquanto exerce pressão para baixo, a fim de em abdução prejudica a determinação exata do grau de que mantém o úmero em rotação externa e evita sua rota- seu programa de exercícios, aumentando progressivamente
abaixar a cabeça do úmero. O paciente também deve evitar encurtamento. Os músculos deltóide e supra-espinhoso ção interna. Depois de flexionar os ombros até 160 graus, a resistência. Não deve retomar a natação enquanto não for
a tendência de se apoiar sobre o cotovelo ou sobre a mão. também devem estar encurtados, visto que os braços da ela retira os braços da parede, aduzindo e deprimindo a capaz de executar o movimento dos ombros que a natação
paciente se encontram abduzidos na posição ortostática escápula. Esse exercício destina-se a melhorar o desempe- exige sem que se manifeste a sensação de estalo.
e porque voltam à posição de abdução quando soltos em nho do músculo trapézio e a corrigir a posição de abdução
Apresentação de Caso 2
seguida à adução passiva. Os rotadores externos estão da escápula. Para alongar o músculo deltóide, a paciente Síndrome de Rotação Interna de Ombro
Anamnese. A paciente é uma moça de 16 anos que se rígidos, o que se deduz diante do deslizamento superior coloca-se em pé, com o braço suspenso ao lado do corpo e
SINTOMAS, MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS E DIAGNÓSTICOS
queixa de dor no ombro. A dor é mais intensa no ombro do úmero e levemente anterior durante a rotação interna. realiza a adução passiva do úmero com a mão oposta.
ASSOCIADOS
direito e se manifesta durante a flexão ou abdução do ombro Quando a pressão aplicada pela mão do examinador con- A paciente deve executar esses exercícios muitas vezes
em torno de 100 graus. Ela é cumulativa, isto é, sua inten- segue colocar o úmero numa posição fixa, a velocidade da durante o dia, sobretudo os exercícios contra a parede. Ela
• A dor manifesta-se geralmente nas regiões externa e
sidade é mínima durante cada movimento, mas os ombros rotação interna passiva diminui consideravelmente, mas a aprende também a relaxar os ombros, a fim de corrigir
anterior da cabeça do úmero, nas imediações do acrô-
começam a doer e continuam doendo durante várias horas, amplitude mantém-se dentro dos limites normais quando sua elevação; não deve apoiar-se sobre os antebraços nem
mio.
em seguida à repetição dos movimentos. A paciente parti- se repete o movimento. empurrar-se com as mãos ao se movimentar na posição
• Via de regra, a dor tem início entre 80 e 180 graus de
cipa de competições de natação desde os 6 anos de idade. A força dos terços inferior e médio do músculo trapézio sentada. flexão do ombro ou de abdução do mesmo.
No início de sua carreira de natação, ela ocupava o primeiro é de 4-/5. Ao examinarmos a força dos músculos rotadores Resultado. Por ocasião da segunda consulta, os braços • O grau insuficiente de rotação externa do úmero so-
lugar dentro do seu grupo etário. À medida que cresceu, externos, vemos que o músculo deltóide assume imedia- da paciente estão ao lado do tronco, mas seus ombros ainda brecarrega as estruturas subacromiais e provoca com-
deixou de alcançar seu potencial competitivo, apesar de se tamente a dominância, provocando extensão do úmero, estão elevados. Ela é capaz de fletir os ombros quando inicia pressão das partes moles dessa área.
esforçar ao extremo e de apresentar as dimensões fisicas escápula alada e deslizamento superior da cabeça do úmero. o movimento pela flexão dos cotovelos; estes são colocados • Impactação.
necessárias para as exigências do esporte. A paciente está Durante a rotação tanto interna como externa, a escápula da em extensão à medida que o movimento avança de 90 para Tendinopatia do supra-espinhoso.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPÍTULO CTNCO

• Bursite subacromial/subdeltóide. os rotadores externos na articulação glenoumeral estejam noumeral em alinhamento correto durante os movimentos de da escápula mostra que ela se desloca juntamente com o
• Tendinopatia bicipital. encurtados ou rígidos, de modo a limitarem a amplitude flexão e abdução. Se for preciso, podemos aplicar exercícios úmero; no caso ideal, somente este último se desloca. O
• Tendinite calcificada. para os movimentos de rotação interna. contra a resistência no treinamento dos rotadores externos paciente é ensinado a manter a escápula imóvel, contraindo
• Ruptura do manguito dos rotadores. DISFUNÇÕES MUSCULARES da articulação glenoumeral. os adutores da escápula, assim como o músculo serrátil
• Capsulite adesiva em fase inicial. Padrões de recrutamento muscular. Os rotadores in- Durante a rotação externa do ombro, a escápula não anterior, e a reduzir ao mínimo a contração dos músculos
ANOMALIAS DOS PADRÕES DE MOVIMENTOS ternos do ombro são ativados durante a flexão/abdução na deve estar abduzida ou alada. Observa-se isso melhor no encarregados da rotação externa da articulação glenoumeral
• Rotação interna do úmero, estando o ombro na posição articulação glenoumeral, sobretudo os músculos peitoral paciente em decúbito ventral, com o ombro em 90 graus de (o paciente deve aplicar apenas a décima parte do esforço
anatômica. maior e redondo maior. Os pacientes que apresentam abdução e o cotovelo em flexão de 90 graus. O antebraço normal). Durante a rotação interna do ombro nessa posição,
• Rotação externa insuficiente do úmero durante a flexão maior participação em trabalho ou esportes exigem rotação fica suspenso sobre a beira da mesa. Enquanto o paciente existe também uma tendência para a elevação ou para a
do ombro. interna prolongada do úmero. São exemplos de atividades executa a rotação externa, a palpação da borda vertebral inclinação anterior da escápula.
• Observa-se rotação interna durante a amplitude média desses tipos: serrar madeira e praticar o esqui aquático e o
e final para a abdução/elevação da articulação gle- windsurf.
noumeral. Isso se observa melhor quando o paciente O músculo grande dorsal exerce ação dominante, provo-
flexiona os ombros com os cotovelos fletidos. Quando cando excessiva rotação interna na articulação glenoumeral.
o paciente flexiona os ombros e movimenta os braços Por exemplo: quando o ombro volta à flexão, em seguida
no plano sagital, verifica-se que o cotovelo do lado à extensão contra a resistência realizada com equipamento
afetado se desloca lateralmente, geralmente antes e em para treino com pesos (pulley-costas), o úmero está impe-
grau maior que o braço oposto. O movimento lateral dindo de girar o suficiente em sentido lateral, por causa da
do cotovelo corresponde à rotação interna do úmero. ação predominante do músculo grande dorsal.
A dor costuma diminuir e a amplitude para a flexão do DISFUNÇÕES DE COMPRIMENTO E FORÇA DOS MÚSCULOS
ombro tende a aumentar quando a paciente impede a • O encurtamento dos músculos encarregados da rotação
rotação interna. interna da articulação glenoumeral é capaz de limitar a
amplitude dos movimentos de rotação externa.
• O encurtamento do músculo peitoral maior limita a
amplitude para a flexão, a não ser que ocorra rotação
Alinhamento interna compensatória na articulação glenoumeral ou
elevação da caixa torácica.
VARIAÇÕES ESTRUTURAIS
• O encurtamento do músculo grande dorsal pode limitar
Os quadris largos podem contribuir para o aumento do ângulo do cotove- a amplitude dos movimentos de flexão na articulação
lo. O antebraço costuma estar em pronação quando esse ângulo é grande;
muitas vezes, a articulação glenoumeral apresenta rotação interna.
glenoumeral, a não ser na presença de rotação interna
compensatória do úmero ou da coluna lombar.
Pelo mesmo motivo, os ombros muito estreitos podem contribuir para
esse tipo de alinhamento.
• O encurtamento do músculo redondo maior pode
tornar-se um fator agravante porque participa da ro-
DISFUNÇÕES ADQUIRIDAS (em conseqüência dos hábitos posturais ou tação interna na articulação glenoumeral.
dos padrões de movimentos): • Os rotadores externos da articulação glenoumeral nem
Na posição ortostática, o úmero apresenta-se em rotação interna, confor- sempre estão encurtados. O encurtamento desses mús-
me indicam a fossa cubital medializada e o olécrano lateralizado (Fig. culos é acompanhado quase sempre de posição alterada
5.51). da escápula. Para verificar se eles estão encurtados,
A escápula encontra-se em abdução, porém não está inclinada e o úmero examinamos a amplitude no paciente em decúbito
apresenta rotação interna, conforme mostra o alinhamento da fossa dorsal, com os ombros em 90 graus de abdução. A
cubital. A correção da escápula não corrige a posição da articulação amplitude dos movimentos de rotação interna precisa
glenoumeral.
ser no mínimo de 70 graus.
Os ombros estão deprimidos, o que, na realidade, significa abdução
da articulação glenoumeral, a qual provoca as mesmas alterações do TESTES DE CONFIRMAÇÃO. Os sintomas devem diminuir
alinhamento que acabamos de descrever. quando o paciente flexiona o ombro, mantendo o úmero em
rotação externa durante toda a amplitude do movimento. A
rotação externa da articulação glenoumeral, quando mantida
durante a abdução do ombro, também deve levar à redução
FLEXIBILIDADE RELATIVA E DISFUNÇÕES DE RIGIDEZ.
A capacidade de extensão dos rotadores externos supera, dos sintomas.
às vezes, a dos rotadores internos. A depressão ou inclinação TRATAMENTO. O programa terapêutico focaliza o au-
simultânea da escápula podem ser sinal de encurtamento ou mento do controle sobre os rotadores externos do úmero.
de rigidez dos rotadores externos da articulação glenoume- Isso significa que precisamos alongar os rotadores internos
ral nos graus externos da respectiva amplitude. A posição sempre que eles estiverem encurtados. É importante que se
alterada da escápula compensa o encurtamento ou a rigidez alongue os músculo redondo maior, caso esteja encurtado.
dos rotadores externos. Se o alinhamento escapular está Para que o alongamento do músculo redondo maior seja Síndrome de rotação interna do ombro. A. Alinhamento em rotação interna do ombro na posição
correto, então não é provável que os rotadores externos eficaz, o paciente é obrigado a segurar a escápula durante ortostática, mais acentuado no lado esquerdo. B. Músculos grandes dorsais encurtados. C. Músculos
estejam encurtados. O problema da paciente pode ser de a flexão do ombro. Cumpre melhorar o controle exercido rotadores internos encurtados. D. Músculos rotadores externos também encurtados.
rotação interna do úmero, mas é possível, assim mesmo, que pelos rotadores externos, a fim de manter a articulação gle-
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C APÍT ULO CINCO

Apresentação de Caso 3 um peso de 2 kg na mão. A posição de alongamento Síndrome de Hipomobilúlade do úmero


do músculo deve ser mantida pelo maior período pos- SINTOMAS, MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS E DIAGNÓSTlCOS ASSO- Alinhamento
Anamnese. Um triatleta de 29 anos de idade nos procura sível. ClADOS. A capsulite adesiva e o ombro imóvel ("congelado")
com dor no ombro esquerdo, a qual se manifesta durante VARIAÇÕES ESTRUTURAIS
• O alongamento do músculo redondo maior é realizado são os principais problemas da síndrome de hipomobilidade Desconhecidas nessa síndrome.
a natação e outros movimentos que exigem a elevação dos de coluna reta e o ombro flexionado, segurando um do úmero. Essa síndrome é duas vezes mais freqüente na
braços. Não sente dor quando em repouso, apenas quando peso de aproximadamente 1 kg. O paciente deve se- mulher que no homem23 e se manifesta geralmente no braço DISFUNÇÕES ADQUIRIDAS
estende os braços acima da cabeça, sobretudo quando esse gurar a borda externa da escápula com a mão oposta, não-dominante durante o período etário que vai dos 40 aos A posição da cabeça do úmero é freqüentemente de deslizamento anterior
movimento começa pela abdução. Seus sintomas começaram a fim de impedir a abdução ou o deslocamento lateral 70 anos. 4•15 O ombro "congelado" é duas a quatro vezes mais e/ou superior.
4 meses antes de ele iniciar a fisioterapia. Os sintomas eram da escápula em relação ao tórax. Esse exercício exige freqüente nos pacientes diabéticos e aproximadamente seis
pouco freqüentes no começo, ocorrendo principalmente após vezes mais comum nos pacientes insulino-depedentes. 4 A
que o alongamento seja mantido por um certo tempo.
a natação. Um mês antes de iniciar a fisioterapia, seus sinto- síndrome de hipomobilidade do úmero evolui em três es-
• Estando o ombro em abdução de 90 graus e o cotovelo
mas passaram a se manifestar durante todas as atividade de tágios: 1) fase inflamatória dolorosa; 2) fase de rigidez ou
em flexão de 90 graus, o paciente segura com a mão um lação escapulotorácica apresenta flexibilidade maior que a
de congelamento e 3) fase de descongelamento. Cada um
braços elevados. Seu ortopedista diagnosticou o caso como peso de 900 g, deixando que o ombro execute a maior articulação glenoumeral, isto é, ela se movimenta com maior
desses estágios pode durar entre 2 e 9 meses.
síndrome do impacto e prescreveu-lhe antiinflamatórios. rotação possível. Esse alongamento deve ser mantido facilidade dentro dos limites de sua amplitude.
Durante a fase aguda da capsulite adesiva que precede
O paciente ocupa um cargo executivo que lhe impõe uma durante um breve período, após o qual o paciente vol- DrsFUNÇÕES MUSCULARES
o desenvolvimento do ombro "congelado", o paciente
vida sedentária. Seu programa diário de exercícios inclui uma ta à posição inicial, repetindo o movimento de 4 a 6 Tipos de recrutamento
se queixa muitas vezes de dor relativamente constante.
atividade aeróbica (corrida, ciclismo), além de exercícios com vezes. A maioria dos movimentos do ombro desencadeia a dor, • Em analogia ao que ocorre na síndrome de desliza-
pesos para as regiões superior e inferior do corpo, três vezes por particularmente quando súbitos ou envolvendo a extensão mento superior do úmero, a atividade dominante é a
semana. A mão dominante desse paciente é a direita. Exercícios em Ortostatismo do músculo deltóide.
do braço para frente ou para baixo. Também todos os movi-
Análise Postural. Trata-se de um paciente baixo que • De costas contra a parede, o paciente flexiona o ombro;
mentos de abdução ou os executados de braços levantados • Os movimentos na articulação toracoescapular pre-
apresenta discreta cifose da coluna torácica. Os ombros o movimento deve começar pela flexão dos cotovelos,
provocam dor. A posição deitada também é acompanhada dominam sobre os movimentos na articulação gle-
estão ligeiramente deprimidos; as escápulas apresentam-se mantendo a rotação externa com os olécranos anterio-
freqüentemente por dor, quer esteja o paciente em decúbito noumeral, em virtude da mobilidade restrita desta
aduzidas (a 6,25 cm de distância da coluna vertebral), mas rizados. dorsal ou lateral. Ele praticamente não consegue se colocar última. Os movimentos compensatórios da escápula
sem rotação. A articulação do ombro esquerdo está ligeira- • Estando de rosto voltado para a parede, o paciente em decúbito ventral, a não ser com travesseiros sob o tórax compreendem a elevação excessiva, em lugar da flexão
mente abduzida e em rotação interna. Em vista da adução flexiona os ombros e desliza as mãos parede acima, e o braço mantido ao lado do corpo, além de um suporte ou abdução da articulação glenoumeral, a adução da
das escápulas, a articulação glenoumeral deveria apresentar tendo o cuidado de manter as escápulas em abdução e especial para apoiar a cabeça do úmero. O paciente não é escápula, em vez da rotação externa na articulação
certo grau de rotação externa. O paciente apresenta discreta rotação superior. capaz de se deitar sobre o ombro afetado porque a pressão glenoumeral, e a abdução da escápula em substituição
protrusão do abdome; seus músculos abdominais são pouco Exercícios em Quadrúpede lhe causa dor. Quando deitado sobre o lado são, ele sente dor à rotação interna na articulação glenoumeral.
desenvolvidos. quando o ombro desloca-se anteriormente. Os movimentos • Em conseqüência da contratura das partes moles, existe
Estando em posição quadrúpede, o paciente se movi-
Análise dos Movimentos. Durante a flexão do ombro, de rotação interna e externa, assim como a abdução sofrem
menta para trás em direção aos calcanhares e depois para diminuição da amplitude para os movimentos tanto
limitação à medida que a afecção evolui para o ombro "con-
o úmero apresenta rotação interna antes dos 90 graus de fle- frente, com atenção para a rotação e abdução das escápulas passivos como ativos.
gelado". A flexão passiva, embora restrita, costuma ser o
xão. A flexão do ombro também é acompanhada de extensão durante o deslocamento anterior. Disfunções de comprimento e força dos músculos
movimento menos doloroso.
da coluna vertebral. A articulação do ombro permanece em Resultado. O paciente voltou 4 vezes ao serviço de • Existe encurtamento da maioria dos músculos escápu-
A limitação da amplitude é de pelo menos 40 a 50%
rotação interna durante a abdução do ombro. Ao final da fisioterapeuta, durante um período de 6 semanas. Na se- em todos os sentidos. Durante a fase aguda, a repetição dos lo-umerais.
flexão do ombro, o ângulo inferior da escápula encontra-se gunda semana, os músculos peitoral maior e grande dorsal movimentos do ombro tende a ser seguida por agravamento • O músculo serrátil anterior e o terço inferior do músculo
próximo à linha axilar média. Observa-se redução da ampli- apresentam comprimento normal. O paciente é capaz de das dores articulares. trapézio apresentam comprimento excessivo.
tude quando o paciente coloca o úmero em rotação externa fletir o ombro esquerdo até 175 graus e de manter a rotação DISFUNÇÕES DOS PADRÕES DE MOVIMENTOS • A amplitude dos movimentos de flexão e rotação da
durante os movimentos de flexão e abdução, porém ele não externa o suficiente para evitar o aparecimento de dor. A • A escápula e o úmero executam movimentos à razão de articulação glenoumeral apresenta restrição, devido à
relata dor nos graus finais de amplitude. partir de então, foi introduzida a abdução ativa em posição 1:2 em toda a amplitude disponível para os movimentos contratura das partes moles, tanto da cápsula como da
Análise do Comprimento e da Força dos Músculos. O ortostática, assim como a rotação externa em decúbito de flexão/elevação na articulação glenoumeral. musculatura.
teste revela encurtamento na elevação dos braços. ventral, com auxílio de um peso de 900 g. • O movimento processa-se com maior facilidade na • Todos os músculos da articulação glenoumeral apresen-
Diagnóstico. O diagnóstico é de síndrome de rotação Por ocasião da terceira consulta, o paciente apresenta articulação escapulotorácica que na articulação gle- tam fraqueza, a qual resulta de restrição da mobilidade
interna do ombro. noumeral, durante a flexão e abdução do ombro. e da inflamação da cápsula articular.
amplitude total para os movimentos, sem se queixar de dor.
• Observam-se elevação excessiva e movimentação do TESTES DE CONFIRMAÇÃO. A amplitude disponível para
Tratamento Ele é instruído a aumentar os pesos em mais 900 g e a au-
tronco durante as tentativas de flexão/abdução na arti- os movimentos e os sintomas são os mesmos, quer o mo-
Exercícios em decúbito dorsal mentar o número de repetições. Voltou a praticar a natação,
culação glenoumeral. vimento seja ativo ou passivo. Durante a fase aguda, a dor
• O alongamento do músculo peitoral maior é realizado embora por pequenos períodos.
As rotações interna e externa do ombro apresentam
com a coluna reta e o ombro em abdução de 145 graus, Ao término de 6 semanas, o paciente consegue usar pesos se manifesta mais precocemente durante a movimentação
limitação considerável. O paciente consegue realizar a
segurando um peso de 2 kg. O paciente coloca-se em de 2,25 a 3 kg em todos os seus exercícios e chega a executar ativa.
rotação externa do úmero em grau suficiente para evitar
posição e deixa que o peso puxe o ombro em abdução 3 séries de 1Orepetições. Está nadando com regularidade e a impactação da tuberosidade maior do úmero contra TRATAMENTO. O paciente precisa ser avisado de que a
por um período prolongado, a fim de promover o alon- confortavelmente, embora menos intensamente que antes o ligamento coracoacromial. A redução da amplitude recuperação dos movimentos do ombro pode levar muitos
gamento do músculo. da lesão. Ele deve continuar a ampliar lentamente seu pro- para a rotação interna impede o paciente de levar o meses. O tratamento varia de acordo com o estágio do pro-
• Para alongar o músculo grande dorsal, o paciente reti- grama de natação e a executar rotineiramente os exercícios braço para trás ou para o lado. cesso inflamatório na época em que o paciente começa com a
fica a coluna e coloca o ombro em flexão máxima, com de alongamento em seguida à natação. • A rotação interna do ombro é acompanhada de acen- fisioterapia. Inicialmente, o papel do fisioterapeuta consiste
tuada inclinação anterior da escápula. em ensinar ao paciente a posição deitada ou sentada, assim
FLEXIBlLIDADE RELAT[VA E DISFUNÇÕES DE RIGIDEZ. A articu- como as técnicas de aplicação de gelo e de enfaixamento
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPÍTULO CINCO

do ombro. Na opinião desta autora, os exercícios agressivos ombro ou estendendo o cotovelo. Esse exercício só deve tende a tracionar o úmero para dentro da porção anterior • Abdução
não são capazes de impedir a redução da mobilidade quando ser realizado se provocar dor apenas discreta. No começo, da cápsula articular. Ativa: 60 graus.
o ombro está dolorido em estado de repouso. Ela acredita, o paciente enfrenta o desafio de encontrar uma posição O movimento de balanço para trás em posição quadrú- Passiva: 95 graus.
contudo, que o tratamento cuidadoso durante a fase dolo- em decúbito dorsal que não provoque dor. Para reduzir a pede ajuda a mobilizar a articulação glenoumeral porque o A rotação interna limita-se a 20 graus e é acompanhada
rosa e os exercícios apropriados aos diferentes estágios irão dor no ombro basta, às vezes, aduzir e abaixar a escápula peso do corpo facilita, nesse caso, o deslizamento posterior imediatamente por deslizamento anterior do úmero e incli-
restaurar a mobilidade da articulação, embora esse processo durante o decúbito dorsal. A amplitude para os movimentos e inferior da cabeça do úmero, mas esse exercício está nação anterior da escápula. A rotação externa limita-se a 15
possa levar muitos meses. não poderá aumentar enquanto perdurar a dor residual no contra- indicado durante a fase inflamatória, em vista do graus e provoca dor intensa na extremidade superior do ombro.
Convém evitar os exercícios durante a fase inflamató- ombro em seguida à execução dos exercícios. estresse que causa aos tecidos moles. Somente deve haver A paciente não consegue alcançar objetos que se encontram
ria aguda, quando todos os movimentos provocam dor. O Os exercícios de abdução devem ser evitados até que dor quando o estresse incide no final da amplitude para os atrás dela ou abotoar um botão lateral. A dor também é intensa
paciente deve procurar movimentar o braço, na medida do a amplitude para os movimentos de rotação externa cor- movimentos passivos. O paciente deve evitar a flexão ativa quando ela estende o braço inferiormente e anteriormente,
possível, durante as atividades do dia-a-dia, mas precisa responda a 75% da amplitude normal. dos ombros, capaz de provocar o deslizamento superior da como, por exemplo, ao pegar algo no refrigerador.
evitar os movimentos particularmente dolorosos. Não deve A rotação externa do ombro deve ser realizada em decú- cabeça do úmero. É preferível que ele execute a flexão do Tratamento. A maioria dos pacientes encaminhados
ombro empurrando a mão do lado afetado contra a mão para fisioterapia não se encontra no estágio agudo, e sua evo-
apoiar-se sobre o ombro nem permitir que o úmero deslize bito dorsal com a maior abdução do ombro que for possível,
oposta, em vez de efetuar a flexão ativa do ombro sem a lução nem sempre é tão prolongada, mas as características
anteriormente, tal como acontece quando ele mantém o sem despertar dor e com o ombro aduzido ao lado. Podemos
citadas por essa paciente são típicas dos casos descritos na
cotovelo posicionado posterior ao ombro. fazer uso de pesos leves para favorecer o fortalecimento dos ajuda de alguma força dirigida para baixo.
literatura. Apresento esse caso para mostrar a importância
O paciente deve ser instruído a realizar a flexão passiva rotadores externos, a começar pela rotação interna, e para de ensinarmos à paciente como dissociar os movimentos
do ombro fletindo aquele que foi afetado com auxílio da mão aumentar a amplitude para os movimentos. O desafio para Apresentação de Caso 4 da articulação glenoumeral dos movimentos na articulação
oposta. Tanto quanto possível acima da cabeça e evitando o fisioterapeuta consiste em ensinar ao paciente exercícios escapulotorácica. Um dos principais componentes do pro-
que a dor a ultrapasse o mínimo de tolerância. Esse exercício que restrinjam a participação dos músculos deltóides nos Anamnese. A paciente é uma mulher de 60 anos que
grama terapêutico consiste em ampliar a mobilidade do úme-
deve ser executado na posição ortostática e o movimento movimentos de rotação e que usem os músculos infra- se queixa de aumento progressivo de dor no ombro, a qual
ro em sentido póstero-inferior, evitando ao mesmo tempo
deve começar pela flexão do cotovelo. Durante a flexão espinhoso, redondo menor e subescapular. Esses músculos havia começado sob a forma de um dolorimento discreto.
seu deslizamento superior e anterior. Esse caso demonstra,
Depois de um período de 3 semanas, ela começou a sentir
passiva, o paciente precisa manter o ombro afetado em ro- abaixam a cabeça do úmero. O funcionamento perfeito do ainda, que nem sempre é possível evitar o "congelamento"
dores nos movimentos acima da cabeça; a dor no ombro vem
tação externa. Ele estará executando o movimento correto músculo subescapular é necessário para tracionar poste- do ombro. Um programa de exercícios progressivos é capaz
se agravando progressivamente. Ao final de 6 semanas, a
ao pegar com a palma da mão do ombro afetado, enquanto riormente e anteriormente a cabeça do úmero, de modo de restabelecer por completo a amplitude dos movimentos,
paciente tem dificuldade para dormir porque não consegue
tenta manter o cotovelo anteriorizado. a reduzir o estresse que incide sobre a porção anterior da inclusive nos casos de restrição acentuada dos movimentos
ficar deitada sobre o lado do ombro doloroso; o decúbito
Outro exercício útil consiste em o paciente encostar a cápsula articular. da articulação glenoumeral, embora a recuperação completa
dorsal também faz o ombro doer, da mesma maneira que
face ulnar da mão na parede e inclinar-se contra a mesma, Quando em decúbito dorsal, o paciente precisa geral- possa levar entre 6 e 12 meses.
o decúbito sobre o outro lado. Ela atribui a dor ao fato de
enquanto usa a mão contralateral para puxar o ombro em mente de um travesseiro debaixo do braço e antebraço, a Exercícios Ortostatismo
passar muitas horas sentada ao computador, encostada sobre
flexão. A pressão exercida com a mão ajuda no deslizamen- fim de evitar que a cabeça do úmero vá de encontro com • Para efetuar a flexão passiva do ombro, a paciente
o antebraço. Ela também mantém o cotovelo posicionado
to posterior e inferior da cabeça do úmero. A flexão ativa a cápsula articular anterior. Uma pequena toalha dobrada, levanta o braço esquerdo com auxílio da mão direita.
posterior ao ombro, de modo a provocar estresse sobre a
• Estando voltada com a face para a parede, encostada de
precisa ser reduzida ao mínimo por causa do deslizamento colocada sob a escápula, basta às vezes para impedir que esta extremidade superior e na região anterior do ombro. A pa-
leve contra a mesma e deslizando a face ulnar da mão
superior do úmero. O paciente pode começar com o for- desloque-se anteriormente e leve à compressão da cabeça ciente acredita, ainda, que o problema do ombro é agravado
para cima ao longo da parede, a paciente usa a mão
talecimento dos músculos do manguito rotador, depois de do úmero contra a cápsula articular. pelo estresse que incide sobre o mesmo quando ela passeia
direita para completar o movimento, interrompendo-o
restabelecer a mobilidade. O restabelecimento da amplitude Estando em decúbito lateral, o paciente necessita ge- com seu cão, que freqüentemente puxa a coleira de maneira
quando sentir dor.
para os movimentos de rotação interna merece prioridade, ralmente de um travesseiro diante do tórax que sirva de forte e súbita. Não gosta de tomar medicamentos, de modo
• Ela é instruída a manter o ombro em posição neutra
além de melhorar a capacidade funcional do manguito dos apoio ao braço e antebraço doloroso. A origem dessa dor que seu tratamento farmacológico consiste na administração
enquanto procura colocá-lo em rotação externa.
rotadores. As rotações devem limitar-se a apenas três a cinco, é a pressão da cabeça umeral sobre a região anterior da ocasional de "Motrin". Além de tomar esse medicamento
isento de prescrição médica, ela costuma fazer aplicação de
Exercícios em decúbito dorsal
várias vezes ao dia e na ausência de dor, nos casos em que cápsula articular, no momento em que o braço desloca-se • Deitada de costas, a paciente abduz o braço em cerca
o ombro doer em seguida à prática dos exercícios. anteriormente ou quando a escápula se inclina anteriormente gelo no ombro durante os períodos de dor particularmente
de 50 graus; isso exige a adução ativa da escápula.
O seguinte exercício presta-se para restabelecer a ou entra em abdução. A autora usa, nesse caso, uma fita intensa, de aproximadamente 3 meses de duração.
Ao ser examinada pela primeira vez, a paciente apresenta • A paciente procura alongar o músculo peitoral menor,
mobilidade do ombro para os movimentos de rotação in- elástica comprida e larga, disposta em forma de oito, com fixando a escápula sobre o piso; exercendo pressão
dores contínuas no ombro esquerdo não-dominante, assim
terna. Estando em decúbito dorsal, o paciente lança mão uma alça pequena em torno do ombro e outra alça grande sobre o processo coracóide, ela se vira de costas.
como na face posterior externa do pescoço. A dor no ombro
de um número suficiente de almofadas que ele coloca sob em volta do tórax, para segurar a cintura escapular (escápula está dificultando seu sono: mesmo depois de haver encon- • Com o ombro em abdução de 50 graus e com um
o braço para obter a abdução de cerca de 50 a 85 graus e e cabeça do úmero) em posição neutra, impedindo, dessa trado uma posição mais ou menos confortável para dormir, travesseiro sob o braço, a fim de colocá-lo em flexão
a flexão horizontal do ombro, numa posição que não lhe forma, que a cintura escapular desloque-se anteriormente qualquer movimento provoca a dor e a desperta. horizontal e no mesmo plano da escápula, a paciente
cause dor. Com o cotovelo em flexão, o paciente segura durante a noite. Análise Postural. O ombro esquerdo da paciente está realiza a rotação interna do ombro, ao mesmo tempo
com a mão um peso suficientemente grande para tracionar Para reduzir o estresse que incide sobre a porção an- abduzido e abaixado. A cabeça do úmero situa-se anterior que exerce forte pressão sobre o úmero, com o objetivo
o ombro em rotação interna, mas que ao mesmo tempo seja terior da cápsula articular, podemos prender a região da ao acrômio. A compressão das faces anterior e externa do de impedir o deslizamento do mesmo em sentido ante-
suficientemente leve, a ponto de não o obrigar a segurá-lo cabeça umeral com bandagem, de modo a exercer uma ombro provoca dor. Ela procura movimentar o ombro, mas rior. Segurando um peso de 1 kg na mão, procura co-
ativamente nessa posição. O peso pode ser de 1 a 2,4 kg ligeira pressão dirigida inferiormente e posteriormente. A a amplitude dos movimentos tanto ativos como passivos locar o ombro de forma passiva em rotação interna.
se a amplitude para a rotação interna apresentar restrição encontra-se consideravelmente reduzida. A dor limita a Exercício em decúbito ventral. A paciente não conse-
bandagem serve também para lembrar ao paciente que ele
acentuada. O paciente precisa usar a outra mão para im- não deve exercer pressão sobre a parte anterior da escápu- mobilidade ativa. gue ficar deitada nessa posição.
• Flexão Exercícios quadrúpede. É limitada a tolerância da
pedir não apenas o deslizamento anterior da cabeça do la, tal como acontece quando se senta com o antebraço
Ativa: 95 graus. paciente para o movimento de balanço para trás em virtude
úmero, como também a inclinação anterior da escápula. descansado sobre o encosto para o braço ou quando ele
Passiva: 120 graus. da dor que sente na extremidade superior do ombro.
O paciente terá dificuldade para saber se está rodando o costuma contrair o músculo peitoral maior que, por sua vez,
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Síndromes dP Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPITULO CINCO

Outras medidas terapêuticas. Durante 2 semanas, a afecções não exige no caso típico a prescrição de nume- 15. Kessel L, Bayley I, Young A: The upper limb: the frozen shoulder, 25. Petersson CJ, Redlund-Johnell I: The subacromial space in nor-
paciente usa à noite uma tira de elástico em forma de oito, rosos exercícios. Basta aplicar os exercícios que visam os Br J Hosp Med 25:336, 1981. mal shoulder radiographs, Acta Orthap Scand 55:57, 1984.
para segurar a cintura escapular na posição neutra, evitando, principais fatores coadjuvantes. Esses fatores só podem ser 16. Khan KM, Maffulli N: Tendinopathy: an Achilles heel for athletes 26. Rathburn JB, McNab I: The microvascular partem of the rotator
dessa maneira, a queda anterior do braço. Uma bandagem and clinicians, J Spart Med 8:151, 1998. cuff, J Bane Joint Surg 52B:540, 1970.
determinados graças ao exame completo e à consideração 27. Saidoff DC, McDonough AL: Critical pathways in therapeutic
17. Lieber RL: Skeletal muscle structure and function, Baltimore,
aplicada à face anterior da articulação do ombro exerce bem ponderada do diagnóstico da disfunção de movimento. intervention: upper extremity, St Louis, 1997, Mosby.
1992, Williams & Wilkins.
sobre o úmero uma força inferior e posterior. A bandagem O ponto crítico do tratamento consiste no ensino meticuloso 18. Martin SC, Martin TL: Shoulder pain: rotator cuff tendinopathy, 28. Sobush DB: The Lennie test for measuring scapular position in
continua aplicada durante 3 a 4 dias, sendo trocada quatro de exercícios bem elaborados, os quais precisam ser execu- Hosp Med 33:23, 1997. healthy young adult females: a reliability and validity study,
vezes no prazo de 4 semanas. 19. Matsen FA, Arnitz CT: Subacromial impingement. ln Rockwood JOSPT 23:39, 1996.
tados de forma meticulosa. Esses exercícios podem ser sim- CA, Matsen FA, editors: The shoulder, ed 2, Philadelphia, 1990, 29. Terry GC et al: The stabilizing function of passive shoulder
Cinco semanas após o início da dor, a paciente apresenta restraints, Am J Sports Med 19:26, 1991.
ples, desde que visem a causa especificamente responsável W.B. Saunders.
discreta melhora relativa à amplitude para os movimentos; 20. Neer CS: Anterior acromioplasty for the chronic impingement 30. Turkel SJ et al: Stabilizing mechanisms preventing anterior dislo-
pela dor. O fisioterapeuta e o paciente precisam identificar
consegue dormir parte da noite e já não sente dores no syndrome in the shoulder: a preliminary report, J Bane Joint cation of the glenohumeral joint, J Bane Joint Surg 63A:1208,
os movimentos e as posições que compõem as atividades Surg 54A:41, 1972. 1981.
ombro quando em repouso. Ela afirma que a dor no ombro
aumenta quando ela repete os exercícios com freqüência diárias do paciente e que provocam o problema. 21. Neer CS: Impingement lesions, Clin Orthop 173:70, 1983. 31. Warner JJP et al: Scapulothoracic motion in normal shoulders
O fisioterapeuta precisa examinar todos os movimentos 22. Neer CS: Shoul,der reconstruction, Philadelphia, 1990, W.B. and shoulders with glenohumeral instability and impingement
e que, infelizmente, eles não contribuem para melhorar a Saunders. syndrome: a study using Moire topographic analysis, Clin Orthop
e todas as posições capazes de provocar a dor, introduzindo
mobilidade da articulação. Seu principal exercício consiste 23. Netter FM: Musculoskeletal system. Part 2. The CIBA collection 285:191, 1992.
as correções que se fizerem necessárias para abolir ou pelo of medical illustrations, Summit, NJ, 1990, CIBA-Geigy. 32. Wilk KE, Arrigo CA: Current concepts in the rehabilitation of the
na flexão passiva do ombro. Ela procura usar o braço, dentro
menos diminuir os sintomas do paciente, dentro do possível. 24. Norkin CC, Levangie P: Joint structure andfunctian: a campre- athletic shoulder, JOSPT 18:365, 1993.
do possível, durante suas atividades cotidianas. A limitação
Cada movimento pode transformar-se em exercício tera- hensive analysis, ed 2, Philadelphia, 1992, F.A. Davis.
da mobilidade levou à irritação da pele na região axilar,
pêutico se o paciente devidamente instruído providenciar
irritação essa que a paciente vem tratando com uma loção
as necessárias mudanças nas atividades de seu dia-a-dia; os
especial (loção "Keri").
beneficios serão em longo prazo. A melhor maneira de moti-
Seis meses após o início das dores do ombro, estas
var o paciente consiste em lhe prescrever exercícios dirigidos
passaram a se manifestar exclusivamente no final da ampli-
especificamente para as causas do problema, os quais devem
tude; a paciente tolera seu programa de exercícios de forma
ser de execução fácil e capazes de aliviar a dor.
mais regular. São os seguintes os seus principais exercícios
durante esse período:
Exercício em ortostatismo. A paciente efetua a flexão Referências
do ombro com o rosto voltado para a parede e o cotovelo
em flexão, enquanto procura manter a rotação externa, na 1. American Academy of Orthopcdic Surgeons: Atlas of orthotics:
medida do possível. biomeclmnical principles and application, St Louis, 1975,
Exercícios em decúbito dorsal. Mosby.
2. Bagg SD, Forrest WJ: A biomechanical analysis of scapular rota-
• Rotação interna do ombro com auxílio de um peso de
tion during arm abduction in the scapular plane, Am J Phys Med
2,25 kg. Rehabil 67:238, 1988.
• Rotação externa do ombro com um peso de 1.350 g, 3. Bland JH: Mechanisms of adaptation in the joint. In Crosbie J,
com aplicação simultânea de pressão sobre a região McConnell J, editors: Key issues in musculaskeletal physiother-
axilar. apy, Sydney, 1993, Butterworth-Heinernann.
4. Bruckner FE, Nye CJS: A prospective study of adhesive capsuli-
Exercícios em decúbito ventral. A flexão ativa do om- ties of the shoulder ("frozen shoulder") in a high risk population,
bro com ajuda é realizada com a assistência da mão direita; Q J Med 198:191, 1981.
a mão esquerda exerce pressão sobre o solo, enquanto o 5. Calliet R: Shoulder pain, ed 2, Philadelphia, 1981, F.A. Davis.
ombro é fletido. 6. Doody SG, Freedman L, Waterland JC: Shoulder movernents dur-
ing abduction in the scapular plane, Arch Phys Med Rehabil
Exercícios em posição quadrúpede. A paciente se 46:49, 1970.
movimenta para trás até sentir dor; esse ponto corresponde à 7. Freedman L, Munro RR: Abduction of the arm in the scapular
amplitude máxima da flexão do quadril e do ombro. A flexão plane: scapular and glenohumeral rnovernents, J Bane Joint Surg
horizontal é praticamente indolor, sendo executada com 70% 48A:1503, 1966.
8. Gault SJ, Spyker JM: Beneficial effect of immobilization of joints
da amplitude total necessária para este movimento. in rheumatoid and related arthridities: a split study using sequen-
Resultado. Oito meses mais tarde, as flexões ativa e tial analysis, Arthritis Rheum 12:34, 1969.
passiva na articulação do ombro chegam a 170 graus. A 9. Gould JA: Orthopaedic and sports physical therapy, ed 2, St
rotação interna do ombro passou para 65 graus, estando o Louis, 1990, Mosby.
10. Inman V, Saunders M, Abbott LC: Observations on the function of
ombro em abdução de 90 graus. A paciente consegue ficar
the shoulder joint, J Bane Joint Surg 26A:1, 1944.
em decúbito ventral com o braço por cima da cabeça; ela é 11. Jobe CM, Pink MM, Jobe FW, Shaffer B: Anterior shoulder insta-
capaz de alcançar a coluna vertebral até no nível da cintura bility, impingernent, and rotator cuff tear. ln Jobe FW, editor:
e consegue estender o braço em todos os sentidos sem per- Operative techniques in upper extremity sparts injuries, St
ceber dor, a não ser nos finais de amplitude. Louis, 1996, Mosby.
12. Jobe FW: Shoulder pain in the overhand or throwing athlete: the
relationship of anterior instability and rotator cuff impingement,
Resumo Orthap Rev 18:963, 1989.
13. Johnson G, Bogduk N, Nowitzke A, House D: Anatomy and
actions of the trapezius muscle, Clin Biomech 9:44, 1994.
A revisão dos exercícios recomendados para o tratamento
14. Kendall FP, McCreary EP, Provance PG: Muscles: testing and
das síndromes escapulares mostra que a correção dessas function, Baltimore, 1993, Williams & Wilkins.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção de Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C.\PÍTL'LO CI,co ANEXO

CAPÍTULO S
ANEXO SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFERENCIAL TRIAGEM DE DIAGNÓSTICOS
SINTOMAS E ANTECEDENTES PRINCIPAIS TESTES E
SINAIS (fatores coadjuvantes) E DIAGNÓSTICOS QUE NECESSITAM DE
Síndrome de Associados à impacção
Alinhamento e aspecto
ASSSOCIADOS ENCAMINHAMENTO MÉDICO
• Dor na parte anterior ou posterior do Alinhamento e aspecto geral
Rotação ombro ou na região do m. deltóide • Depressão anormal da cintura escapu- • Alinhamento em repouso às vezes nor- Diagnóstico diferencial das Etiologia musculoesquelética
mal disfunções da escápula
Superior da • Dor provocada pelas atividades pratica-
das acima da cabeça
lar
• Rotação inferior da escápula; ângulo • Braços pesados
Regra. Quando a rotação inferior da


Radiculopatia cervical
Ruptura do manguito rotador
inferior mais próximo da coluna que da • Seios volumosos
Escápula • O paciente não consegue dormir sobre
o lado afetado raiz da espinha da escápula • Cifose escápula é acompanhada de alguma
outra disfunção de movimentos (tal


Fratura
Compressão de nervos periféricos
• Diferença no comprimento dos braços
• Ângulo da clavícula anormalmente baixo • Osteoartrite ou artrite reumatóide
Sindrome do Desfiladeiro Torácico • Músculos rombóides mais salientes que como abdução ou depressão da escápula),
• Úmero abduzido em relação à escápula
outros músculos o diagnóstico será de rotação inferior da • Ruptura do labrum glenoidal
(SDT) • A correção do alinhamento alterado
escápula, sempre que a correção passiva • Lesão do plexo braquial
leva à redução dos sintomas quando Variações anatômicas
• Pode ser acompanhada por dominância da rotação inferior for capaz de aliviar • Paralisia do nervo espinhal acessório
acompanhados por Síndrome do Des- • Braços compridos
e formigamento na mão filadeiro Torácico SDT; os sintomas os sintomas • Paralisia do nervo torácico longo
• Podem ocorrer diminuição da circu- • Cifose torácica
distais aumentam, às vezes, quando se • Depressão da escápula
lação, sensação de frio ou fadiga ou • Escoliose De origem visceral
corrige a disfunção da escápula • Abdução da escápula
dormência do braço inteiro, estando os • A adução da escápula é acompanhada Atividades comuns • Escápula alada ou inclinada • N eoplasias
braços erguidos acima da cabeça por rotação inferior • Hábito de corrigir a postura leva à adu- • Doenças do aparelho circulatório
• Dor manifestando-se na região inte- • A borda vertebral da escápula dista ção da escápula Principais diagnósticos • Pneumopatias
rescapular, na face interna de braço, menos de 7,5 cm da coluna vertebral • Teclado do computador muito baixo diferenciais • Afecções da mama
antebraço e mão • Descansos da poltrona para os braços • Anomalias dos órgãos abdominais
Insuficiente rotação Disfunções dos movimentos • Deslizamento anterior do úmero
• Acompanhada, às vezes, por dor no em posição muito baixa • Deslizamento superior do úmero
superior da escápula pescoço
FLEXÃO DO OMBRO De origem sistêmica
• A rotação superior da escápula não che- Disfunções dos movimentos • Rotação interna do úmero
• Colagenose
Associados à instabilidade da ga a 60 graus; a correção leva à redução • Diagnósticos associados
FLEXÃO DO OMBRO • Gota
A principal disfunção de movimen articulação glenoumeral dos sintomas • Com impacção: às vezes, discreta li- • Tendinopatia do manguito dos rotadores
• Sífilis, gonorréia
to dessa síndrome é a insufkiente • O ângulo inferior não alcança a linha mitação no final da amplitude ou arco • Subluxação umeral
• Estalidos durante os movimentos do axilar média • Anemia de hemácias falciformes
rotação superior da escápula. A doloroso • Ruptura parcial do manguito
braço ou impressão de que o ombro está • A escápula roda inferiormente, no • Hemofilia
posição da escápula pode ser de Com SDT: podem ocorrer dormência • Tendinopatia bicipital
se desencaixando começo da flexão do ombro, conforme • Febre reumática.
rotação inferior, de abdução ou n ou formigamento ou outros sintomas • Tendinopatia do supra-espinhoso
• Luxações pregressas demostra a depressão do acrômio; a devidos à SDT durante a elevação do • Subluxação do úmero
mal. A disfunção de movimento correção leva à redução dos sintomas.
manifestar-se em qualquer ponto braço • SDT e compressão de nervos
Decorrentes do recrutamento LEVANTANDO OU SEGURANDO OBJETOS • Com instabilidade: pode haver aumento
amplitude do movimento. As dis:fu • Dor cervical, com ou sem irradiação
excessivo do m. rombóide • O paciente consegue impedir a rotação do sulco abaixo do acrômio; observa-se,
ções musculares compreendem a • Dor ou pontos desencadeantes nos mús-
• Dor localizada na região rombóide ou ao inferior da escápula ao levantar objetos às vezes, proeminência da cabeça do
dominância, o encurtamento ou ou quando impõe cargas ao braço culos levantador da escápula, rombóide
longo da borda vertebral da escápula úmero na região axilar
ou terço superior do trapézio
gidez dos músculos encarregado
rotação inferior, como. por exem Atividades Disfunções de comprimento dos Palpação • Bursite
músculos Na presença de impacção: pode haver • Dor na articulação acromioclavicular
dos músculos romhóide, levanta • Levantamento de pesos ou trabalho
sensibilidade dolorosa na região do • Tendinopatia calcificada
da escápula. grande dorsal. peit manual pesado COM BASE NO TESTE DO COMPRIMENTO
• Encurtamento dos músculos rombóide, ligamento coracoacromial, no sulco • Dor na coluna torácica
maior e peitoral menor, assim co • Trabalho no teclado do computador bicipital ou nos tendões do manguito • Lesão do nervo torácico longo
a deficiênciafimcional dos músc grande dorsal, peitoral, levantador da
• Músicos que tocam instrumentos de rotador (supra-espinhoso) • Ombros caídos
escápula e escapuloumerais, especial-
que devem executar a rotação p cordas • Na presença de SDT: sensibilidade do- • Bursite subescapular
mente dos músculos deltóide e supra-
cima (p.ex., dos músculos serráti • Mães de filhos recém-nascidos espinhoso lorosa dos músculos escalenos e peitoral • Costocondrite
anterior ou trapézio). • Certos empregos que exigem o po- COM BASE NO ALINHAMENTO menor • Dor cervical ou na junção cervicoto-
sicionamento prolongado do braço em Alongamento dos músculos serrátil rácica
flexão do ombro de 90 graus (encana- anterior e trapézio superior Testes especiais
dores, p.ex.) • Encurtamento dos músculos rombóide • Na presença de impacção: os testes de
e levantador impacção reproduzem a dor; os exames
do bíceps e do manguito dos rotadores,
Disfunções da força dos músculos contra resistência para diagnóstico
• TMM serrátil fraco ou alongado; fraqueza diferencial da lesão de partes moles,
ou alongamento do trapézio inferior (a revela que esses músculos são fortes e
disfunção costuma ser mais acentuada dolorosos ou fracos e dolorosos AC = acromioclavicular
no m. serrátil anterior) • Em caso de SDT: os testes para o SDT GU = glenoumeral
• A resistência à ação dos músculos são capazes de reproduzir os sintomas TMM = Teste manual muscular
rom-bóides reproduz a dor na região • Na presença de instabilidade: o desli- EU = escapuloumeral
rombóide quando houver sobrecarga zamento acessório na articulação gle- SDT = síndrome do desfiladeiro torácico
desse músculo noumeral pode estar aumentado em
todos os sentidos
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção de Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPÍTLLO CIN CO A.NEXO

CAPÍTULO 5
ANEXO SINTOMAS E ANTECEDENTES SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFERENCIAL TRIAGEM DE DIAGNÓSTICOS
PRINCIPAIS TESTES E
SINAIS (fatores coadjuvantes) E DIAGNÓSTICOS QUE NECESSITAM DE
Acompanhados por impacção
Depressão • Dor na região anterior ou posterior do Alinhamento e aspecto físico Alinhamento e aspecto geral
ASSSOCIADOS ENCAMINHAMENTO MÉDICO

Escapular ombro ou na região do m. deltóide


• Dor durante as atividades executadas
• Aumento do declive da cintura esca-
• O alinhamento em repouso pode ser
normal
Diagnóstico diferencial das dis-
funções da escápula
De origem muscular
• Radiculopatia cervical
pular
acima da cabeça • Seios volumosos • Compressão de nervo periférico
• Escápulas em posição inferior a T2-T7 • Braços pesados • Regra: sempre que a depressão da es-
• Incapacidade para dormir sobre o lado • Pescoço aparentemente comprido cápula for acompanhada de alguma outra • Lesão do plexo braquial
afetado • Ângulo da clavícula mais baixo que Variações estruturais disfunção de movimento (de rotação • Ruptura do manguito dos rotadores
normalmente • Braços compridos inferior da escápula ou de abdução, p. • Fratura
Acompanhados por SDT
• Quando unilateral, um dos braços parece • Pescoço longo ex.), o diagnóstico será de depressão da • Osteoartrite reumatóide
• Podem ocorrer dormência ou formiga- ser mais comprido que o outro • Tronco alongado escápula se a correção passiva da depres- • Ruptura do labrum glenoidal
mento nas mãos • A correção do alinhamento alterado • Braços curtos são for capaz de aliviar os sintomas • Paralisia do nervo espinhal acessório
• Pode haver diminuição da circulação leva à redução dos sintomas (quando • Rotação inferior da escápula • Paralisia do nervo torácico longo
ou sensação de frio; o braço todo pode Atividades freqüentes
decorrentes de SDT, os sintomas distais • Abdução da escápula
tornar-se dormente com os braços ergui- • Depressão habitual da cintura esca- De origem visceral
A principal disfimçâo de movime podem aumentar em resposta à correção • Escápula alada ou inclinada
dos acima da cabeça pular • N eoplasias
encontrada nessa síndrome é a das disfunções da escápula)
• Teclado do computador muito baixo
elevação insuficiente da escápula. • Dor na região interescapular e na face Principais diagnósticos • Doenças do aparelho circulatório
interna de braço, antebraço e mão Disfunções dos movimentos • Descansos da poltrona para os braços, • Pneumopatia
O alinhamento inicial da escápul diferenciais
muito baixos • Afecção das mamas
pode ser em depressüo, com eleva FLEXÃO DO OMBRO • Deslizamento anterior do úmero
Acompanhados por distensão do • Anomalias dos órgãos abdominais
insuficiente durante o movimento; • A elevação da escápula é insuficiente Disfunções dos movimentos • Deslizamento inferior do úmero
trapézio superior
outras vezes, a escápula apresent • A correção da depressão leva à diminui- FLEXÃO DO OMBRO • Deslizamento superior do úmero
• Dor na região do trapézio superior De origem sistêmica
alinhamento normal. A depressão ção dos sintomas • Na impacção: observam-se, às vezes, • Rotação da coluna cervical
• Pode ser acompanhada de cefaléia e dor LEVANTAMENTO OU SUSTENTAÇÃO DE OBJE- discreta redução da amplitude e arco • Colagenoses
ocorre durante a elevação do bra • Extensão da coluna cervical
no pescoço TOS doloroso • Gota
As disfunções dos músculos consl • Rotação e extensão da coluna cervical
• O paciente não consegue manter a es- • Na SDT- a elevação do braço pode ser • Sífilis e gonorréia
tem em dominância, encurtament Decorrentes da instabilidade acompanhada por dormência, formi- Diagnósticos secundários • Anemia falciforme
cápula corretamente elevada durante
ou rigidez dos músculos depressa • "Estalidos" durante os movimentos do gamento ou outros sintomas devidos à • Hemofilia
o levantamento de pesos ou quando se • Tendinopatia do manguito rotador
res da escápula (por exemplo, do braço ou sensação de que o ombro está SDT • Febre reumatóide
impõe uma carga ao braço • Subluxação umeral
músculos grande dorsal, peitoral se desencaixando • Na instabilidade: observa-se, às vezes,
• Ruptura parcial do manguito dos rota-
e trapézio inferior) e na atrvidade Disfunções de comprimento dos aprofundamento do sulco embaixo do
Atividades dores
insuficiente ou no alongamento do músculos acrômio ou proeminência da cabeça do
• Tendinopatia bicipital
músculos levantadores da escápu • Levantamento de pesos ou trabalho úmero na fossa axilar
BASEADAS NO ALINHAMENTO • Tendinopatia do supra-espinhoso
como o músculo trapézio superio manual pesado
• Alongamento dos músculos trapézio Palpação • Subluxação do úmero
e, possivelmente, o m. levantador d, • Trabalho ao teclado do computador
superior e levantador da escápula • Na impacção: possível sensibilida- • SDT e compressão neural
escápula. • Músicos que tocam instrumentos de
BASEADAS NO EXAME DO COMPRIMENTO de dolorosa na região do ligamento • Dor cervical, com ou sem irradiação
cordas
• Encurtamento dos músculos peitorais e coraco-acromial, do sulco biciptal ou • Dor ou pontos dolorosos nos músculos
• Mães de recém-nascidos
grande dorsal dos tendões do manguito rotador, prin- levantador da escápula, rombóides ou
• Mulheres cujo o trabalho exige o cipalmente do m. supra-espinhoso trapézio superior
levantamento de objetos pesados (fim- Disfunções da força dos músculos • Na SDT: sensibilidade dolorosa dos • Bursite
cionárias de restaurantes, operárias de • Trapézio superior ou médio fraco, longo músculos escalenos e peitoral menor • Dor na articulação acromioclavicular
fábricas) ou distendido Testes especiais • Tendinopatia calcificada
• Bailarinos
• Bursite subescapular
• Ginastas • Na impacção: os testes reproduzem a
dor; os testes contra a resistência para o • Escápula proeminente
• Empregos que exigem a posição prolon-
manguito rotador e para o bíceps, visando • Ombros deprimidos
gada dos braços com flexão dos ombros
o diagnóstico diferencial entre as partes • Lesão do nervo torácico longo
em 90 graus (encanadores, p. ex.)
moles, revela que esses músculos são • Dor cervical ou da junção cervicoto-
fortes e dolorosos ou fracos e dolorosos rácica
• Na SDT: capaz de reproduzir os sinto-
mas
• Na instabilidade: observa-se, às vezes,
aumento do deslizamento acessório na
articulação glenoumeral em todos os
sentidos
• Nas disfunções do comprimento dos
músculos: encurtamento dos músculos SDT = síndrome do desfiladeiro torácico
trapézio inferior e grande dorsal
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção de Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPITL' LO CINCO ANEXO

CAPÍTULO 5
ANEXO
SINTOMAS E ANTECEDENTES PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFERENCIAL TRIAGEM DE DIAGNÓSTICOS
SINAIS (fatores coadjuvantes) E DIAGNÓSTICOS QUE NECESSITAM DE
Devidos à impacção
Síndrome de • Dor na parte anterior ou posterior do Alinhamento e aspecto físico Alinhamento e aspecto geral
ASSSOCIADOS ENCAMINHAMENTO MÉDICO

Abdução ombro e na região do músculo deltóide


• Dor, às vezes, durante as atividades exe-
• A borda vertebral da escápula está a mais • O alinhamento em repouso pode ser
normal
Diagnósticos diferenciais dos De origem muscular
de 7,5 cm de distância da coluna movimentos da escápula • Radiculopatia cervical
Escapular cutadas acima da cabeça ou ao estender
o braço anteriormente
• O plano da escápula situa-se mais de 30
• Obesidade
• Abdome volumoso Rotação inferior da escápula • Lesão do plexo braquial
graus adiante do plano frontal • Seios volumosos Depressão da escápula • Ruptura do manguito rotador
• Incapacidade para dormir sobre o lado • A correção do alinhamento alterado • Braços pesados Escápula alada ou inclinada • Fratura
afetado resulta em redução dos sintomas; em • Cifose da coluna torácica • Osteoartrite ou artrite reumatóide
• Acompanhados, às vezes, de dor toráci- caso de SDT, os sintomas distais podem • Hipe~trofia dos músculos escapulou- Principais diagnósticos diferenci- Lesão do labrum glenoidal
ca ou no pescoço aumentar quando se corrige a posição mera1s ais • Paralisia do nervo espinhal acessório
Devidos à distensão dos músculos alterada da escápula Variações anatômicas • Compressão de nervo periférico
• Deslizamento anterior do úmero
adutores Disfunções dos movimentos • Braços compridos • Deslizamento superior do úmero
• Cifose torácica De origem visceral
• Dor entre escápula e coluna ou ao longo • Rotação interna do úmero
FLEXÃO DO OMBRO • Escoliose • Neoplasias
da borda vertebral da escápula • Hipomobilidade da articulação gle-
• Abdução excessiva da escápula, cuja • Tórax largo ou volumoso • Doenças do aparelho circulatório
noumeral
correção leva à redução dos sintomas Atividades freqüentes • Pneumopatia
Devidos à SDT • Extensão da coluna cervical
• A borda axilar da escápula ultrapassa • Abdução habitual da cintura escapular • Afecções da mama
• Podem manifestar-se dormência e for- a margem posterior externa da caixa
A principal disfunção de moviment Postura sentada encolhida Diagnósticos associados • Patologia dos órgãos abdominais
migamento na mão torácica em mais de 1,25 cm quando o • Atividades que exigem a extensão do • Tendinopatia do manguito rotador
dessa síndrome consiste em abdu • O paciente relata, às vezes, diminuição paciente eleva o braço acima da cabeça De origem sistêmica
braço anteriormente • Subluxação umeral
excessiva da escápula. As disfim da circulação ou sensação de frio ou • A relação entre os movimentos da es- Disfunções dos movimentos • Ruptura parcial do manguito dos rota- • Colagenose
ções musculares são a dominância dormência no braço inteiro, ao manter cápula e do úmero é de 1: 1
FLEXÃO DO OMBRO dores • Gota
dos músculos abdutores ela escápu os braços acima da cabeça • Adução insuficiente da escápula durante • Sífilis e gonorréia
(peitoral maior e serrátil ameno • Dor na região interescapular e na face • Na presença de impacção: pode haver • Tendinopatia bicipital
a abdução horizontal da articulação ligeira limitação da amplitude final e • Anemia falciforme
e a ação inadequada dos múscul interna de braço, antebraço e mão devido • Tendinopatia do úmero
glenoumeral presença de arco doloroso decorrentes de • Hemofilia
adutores da escápula (sobretudo à instabilidade • SDT e compressão de nervos
SDT: a elevação do braço pode ser acom-
• "Estalidos" durante os movimentos do Levantando ou segurando objetos • Dor cervical, com ou sem irradiação
músculo trapézio) e, principalme panhada de dormência, formigamento e
braço ou sensação de que o ombro está outros sintomas • Dor ou pontos dolorosos nos músculos
seu aspecto e alinhamento. • O paciente é incapaz de manter a escápula
se desencaixando • Decorrentes da instabilidade: o sulco rombóides
no alinhamento correto (a escápula entra
infra-acromial pode estar intensificado; • Bursite
em abdução) ao levantar objetos ou
Atividades observa-se, às vezes, proeminência da • Dor na articulação acromioclavicular
acrescentar pesos ao braço
• Levantamento de pesos ou trabalho cabeça do úmero na fossa axilar • Tendinopatia calcificada
braçal pesado Disfunções de comprimento dos Palpação • Bursite subescapular
• Violoncelistas músculos • A distensão do músculo adutor pode • Estalos da escápula
• Cabeleireiros manifestar-se por sensibilidade dolorosa • Costocondrite
BASEADAS NO COMPRTMENTO
• Nadadores no ventre muscular • Síndrome dos músculos redondos
• Encurtamento dos músculos peitoral
• Na presença de impacção: eventual sensi- • Dor esternal
maior e peitoral menor e dos músculos bilidade dolorosa na região do ligamento • Dor na coluna cervical ou na junção
escapuloumerais coracoacromial, do sulco bicipital ou cervicotorácica
BASEADAS NO ALINHAMENTO dos tendões do manguito rotador (do m.
• Músculo serrátil anterior encurtado supra-espinhoso, p.ex.)
• Alongamento dos músculos trapézio e Teste especiais
rombóide
• Na presença de SDT' sensibilidade do-
Disfunções da força dos músculos lorosa na região dos músculos escalenos
e peitoral menor; capaz de reproduzir os
Fraqueza ou alongamento do músculo sintomas
trapézio (superior, médio e inferior) e • Na presença de impacção: os testes
do músculo rombóide reproduzem a dor; a contração contra a
• Na presença de distensão muscular, o resistência, dos músculos do manguito,
exame dos adutores da escápula contra a dos rotadores e do bíceps para diag-
nóstico diferencial dos tecidos moles,
resistência revela que eles são dolorosos
revela que esses músculos são fortes e
dolorosos ou fracos e dolorosos
Na presença de instabilidade: observa-
se, às vezes, aumento do deslizamento
acessório na articulação glenoumeral em EU = escapuloumeral
todas as direções SDT = síndrome do desfiladeiro torácico.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção de A1ovimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPÍTULO CINCO A N EXO

CAPÍTULO 5
ANEXO
SINTOMAS E ANTECEDENTES PRINCIPAIS TESTES E SINAIS SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFERENCIAL TRIAGEM DE DIAGNÓSTICOS
Nos casos com impacção Alinhamento e aspecto externo (fatores associados) E DIAGNÓSTICOS QUE NECESSITAM DE EN-
Síndrome da • Dor na região anterior ou posterior do • O ângulo inferior da escápula destaca-se Alinhamento e aspecto geral
ASSSOCIADOS CAMINHAMENTO MÉDICO
ombro na região do músculo deltóide da parede torácica
Escápula Alada Dor durante as atividade executadas • A borda vertebral da escápula faz sali-
• Em repouso, o alinhamento pode ser
normal
Diagnóstico diferencial dos movi- De origem muscular
ência sobre o tórax mentos da escápula • Paralisia do nervo torácico longo
e Inclinada acima da cabeça
• Incapacidade para dormir sobre o lado
• A correção do alinhamento alterado
• A escápula pode apresentar rotação
inferior • Rotação inferior da escápula • Radiculopatia cervical
leva à redução dos sintomas,· quando • Braços pesados Lesão do plexo braquial
afetado • Abdução da escápula
devidos à SDT, os sintomas distais po- • Seios volumosos Ruptura do manguito rotador
Nos casos acompanhados de SDT dem aumentar em resposta à correção Hipertrofia dos músculos rombóides Principais diagnósticos • Fratura
da posição anormal da escápula
• Podem ocorrer dormência e formiga- Variações anatômicas diferenciais • Osteoartrite ou artrite reumatóide
mento na mão Disfunções de movimentos • Braços longos • Lesão do labrum glenoidal
Deslizamento anterior do úmero
• O paciente relata, às vezes, redução da DECORRENTES DA FRAQUEZA DO MÚSCULO • Coluna torácica reta (escápula alada) Compressão de nervo periférico
• Deslizamento superior do úmero
SERRÁ TIL ANTERIOR • Escoliose torácica ( escápula inclinada) Paralisia do nervo espinhal acessório
circulação ou sensação de frio, ou ainda, • Rotação interna do úmero
• Observa-se acentuada escápula alada Atividades freqüentes
de dormência do braço inteiro quando
durante a elevação do braço e durante o
• Postura encolhida quando sentado Diagnósticos associados De origem visceral
mantido acima da cabeça retomo da mesma; a correção reduz os
• Dor na região interescapular e na face Atividades que exigem a extensão do • Tendinopatia do manguito rotador • Neoplasia
sintomas
interna de braço, antebraço e mão braço anterior Doença do aparelho circulatório
• Pode haver adução da escápula durante Associadas com fraqueza profunda do • Subluxão umeral
a elevação do braço Ruptura parcial do manguito dos rotado- • Pneumopatia
A escápula alada e sua inclinação Na presença de instabilidade músculo serrátil anterior
• A rotação superior da escápula não che- res • Afecções de mama
durante os movimentos de flexão e • "Estalidos" nos movimentos do braço ga a 60 graus no extremo da amplitude Disfunções em relação ao • Anomalias dos órgãos abdominais
• Tendinopatia bicipital
extensão do ombro são as princi- ou sensação de que o ombro está se do ombro para a flexão ou abdução comprimento
• Tendinopatia do supra-espinhoso De origem sistêmica
pais disfunções de movimentos que desencaixando COM BASE NO ALINHAMENTO OU NO MOVIMEN-
Disfunção de movimento sem • Subluxação do úmero
caracterizam essa síndrome. Essa fraqueza profunda TO PASSIVO
• SDT e compressão de nervos • Colagenose
disfunção também pode ser observa- Atividades Pode evoluir para o encurtamento dos • Gota
• Observa-se escápula alada e inclinada músculos trapézio e/ou rombóide e para Dor cervical, com ou sem irradiação
da durante a rotação do ombro. Ei • Trabalhos que requerem o posicio- somente durante o retomo após a eleva- Dor ou pontos dolorosos nos músculos Sífilis ou gonorréia
0 alongamento do m. serrátil anterior
deve-se, em alguns casos. àfraque namento prolongado do braço com ção do braço; a correção leva à redução rombóides
Anemia falciforme
do músculo serrátil anterim: Ou- o ombro em flexão de 90 graus (nos dos sintomas Disfunções dos movimentos • Hemofilia
• Bursite
tras vezes, deve-se a um problema encanadores, p.ex.) • Durante a elevação do braço, a escápula e FLEXÃO DO OMBRO . .
• Dor na articulação acromioclavicular
de sincronia na ação dos músculos • Natação o úmero movimentam-se à razão de 1: 1 • Na presença de impacção: discreta hm1-
tação da mobilidade nos graus extremos Tendinopatia calcificada
axioescapulares e escapuloumerais • Levantamento de pesos • Inclinação posterior insuficiente da
de amplitude; às vezes arco ~oloroso Bursite subescapular
• Trabalhos braçais pesados escápula no final da amplitude para a
Esses últimos não se alongam tão Na presença de SDT- a elevaç~o do braço Escápula proeminente
• Remo de caiaque elevação do braço; a correção resulta
depressa como os músculos axioes- pode causar dormência, forrrugamento e Dor na coluna cervical ou na junção
em redução dos sintomas
capulares, ou então, fàlta o contro • Esquiagem de longa distância outros sintomas cervicotorácica
Levantamento e sustentação de pesos Na presença de instabilidade: po~e h~-
excêntrico suficiente (nervoso) do ver aumento do sulco subacromial; as Lesão do nervo torácico longo
músculo serrátil anterior durante o • Incapacidade para manter a escápula no
vezes há aumento da projeção da cabeça
alinhamento correto (escápula alada e
retorno em seguida à flexão. do úmero na fossa axilar
inclinada) ao levantar objetos ou colocar
uma carga sobre o braço Palpação
• Devido à fraqueza do músculo serrátil • Na presença de impacção: P<?~sível
anterior sensibilidade dolorosa na regiao do
ligamento coracoacr~mial, do sul~o
Disfunções da força dos músculos bicipital ou dos tendoes do manguito
• fraqueza ou paralisia do m. serrátil ante- dos rotadores, especialmente do m.
rior supra-espinhoso ...
Na presença de SDT: eventual sens1b1h-
Disfunções de comprimento dos dade dolorosa dos músculos escalenos e
músculos peitoral menor
COM BASE NO TESTE DO COMPRIMENTO
• Encurtamento dos músculos peitoral Testes especiais
maior e peitoral menor do bíceps e dos • Nos casos devidos à impacção: os testes
músculos escapuloumerais reproduzem a dor; os testes do bíceps
COM BASE NO ALINHAMENTO e do manguito dos rotadores para o
• Alongamento do trapézio médio e inferior diagnóstico diferencial das partes moles
revelam que esses músculos são fracos
Disfunção da força dos músculos e dolorosos ou fortes e dolorosos
• Músculo trapézio longo (sobretudo o in- • Na presença de SDT· eventual produção
ferior) dos sintomas
• Nos casos devidos à instabilidade: pos-
• Músculo serrátil anterior fraco ou alon- sível aumento do deslizamento acessório SDT = síndrome do desfiladeiro torácico
gado na articulação glenoumeral em todas as
direções

Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção de Movimentos Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
CAPITULO Ct., co ANExo

CAPÍTULO 5
ANEXO
SINTOMAS E ANTECEDENTES PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFERENCIAL TRIAGEM DE DIAGNÓSTICOS
SINAIS (fatores coadjuvantes) E DIAGNÓSTICOS QUE NECESSITAM DE
Na presença de impacção
Síndrome do • Dor na região anterior ou posterior do Alinhamento e aspecto geral
ASSSOCIADOS ENCAMINHAMENTO
Alinhamento e aspecto externo MÉDICO
Deslizamento ombro ou na região do m. deltóide
• Dor durante as atividades realizadas de
• Mais da terça parte da cabeça do úmero O alinhamento pode ser normal em Diagnóstico diferencial do úmero
projeta-se anteriormente ao ângulo estado de repouso . . Regra: na presença simul~ânea de_ des- De origem muscular
Anterior
,,,.
do braços erguidos ou estendidos para o anterior externo do acrômio Acompanhados, às vezes, de antenon- lizamento superior e anterior, considere • Radiculopatia cervical
lado ou para trás (p. ex., pegando algo zação dos ombros .
• A porção distal do úmero situa-se pos-
Umero no assento traseiro ou do acompanhante
terior da porção proximal do úmero, na Musculatura da região supenor do
como deslizamento anterior Lesão do plexo braquial
• Ruptura do manguito dos rotadores
no carro) tronco pouco desenvolvida Principais diagnósticos diferenciais
vista de perfil • Fratura
• O paciente não consegue dormir sobre Rotação inferior da escápula
• A correção do alinhamento do úmero • Osteoartrite ou artrite reumatóide
o lado afetado Variações anatômicas
leva à redução dos sintomas Depressão da escápula • Lesão do labrum glenoidal
• Cifose da coluna torácica • Abdução da escápula
Na presença de instabilidade Disfunções dos movimentos • Contratura em flexão do cotovelo • Escápula alada e inclinada De origem visceral
• "Estalos" durante os movimentos do
• Observa-se deslizamento excessivo da Atividades freqüentes • Neoplasia
braço ou sensação de que o ombro está Diagnósticos simultâneos
cabeça do úmero anteriormente durante • Doença do aparelho circulatório
se desencaixando Postura com os braços em extensão
a abdução do ombro, durante a abdução Tendinopatia do manguito rotador • Pneumopatia
• Acompanhados nos casos mais graves, (mãos sobre os quadris ou entrelaçadas
horizontal do mesmo, durante o retomo • Subluxação umeral • Afecções da mama
por sintomas neurológicos distais nas costas)
em seguida à flexão, durante a rotação Ruptura parcial do manguito rotador • Patologia dos órgãos abdominais
• Antecedentes traumáticos • A distância entre a cabeça do úmero e a
O deslizamento excessivo da cab interna ou externa e durante a extensão • Tendinopatia bicipital
• Mais freqüente em indivíduos jovens base do pescoço pode estar reduzida n~s De origem sistêmica
anterior do úmero ou o des/izamen do cotovelo
graus finais de amplitude para a flexao
Tendinopatia supra-espinhosa
posterior insuficiente manifesta-s Atividades • Os sintomas diminuem em resposta
do ombro
Subluxação do úmero • Colagenose
durante os movimentos do ombro. à correção passiva do deslizamento • Acompanhadas geralmente de uma • Bursite • Gota
• Atividade com raquete (sobretudo mo-
Essa síndrome pode ser acompa- anterior da cabeça do úmero Dor na articulação acromioclavicular • Sífilis ou gonorréia
vimentos anteriores e acima da cabeça) síndrome escapular
nhada por frouxidão das estrutun • O deslizamento anterior da cabeça do • A restrição pela cabeça longa do bíceps Tendinopatia calcificada • Anemia falciforme
• Vôlei
anteriores e por rigide;, ou encun úmero toma-se, às vezes, mais evidente Síndrome do desfiladeiro • Hemofilia
Natação revela-se ineficaz
menta das estruturas da região p durante a rotação externa ativa em • Febre reumática
• Esportes de arremesso
terior da articulação glenoumer, decúbito ventral que durante a rotação Disfunções de movimentos
O músculo subescapular apresen externa passiva FLEXÃO DO OMBRO

muitas vezes, fraquew ou alonga- • A dor e o deslizamento anterior da cabeça • Na impacção: discreta limitação da am-
mento; o músculo deltóide pMte- do úmero, durante a rotação do ombro, plitude, eventualmente arco do_loro~o
rior predomina sobre os músculos costumam ser mais nítidos no plano • Na instabilidade: observa-se, alem disso,
frontal que no plano escapular maior protrusão da cabeça do úmero na
infra-espinhoso e redondo menor.
• A adução horizontal é capaz de repro- região axilar, estando acima da cabeça
Os músculos cujos pontos de inse
duzir a dor na face anterior do ombro, a
ção estão mais distantes do eixo dê_ Palpação
qual deve-se ao deslizamento posterior
rotação (como é o caso dos mús insuficiente • Pode haver sensibilidade dolorosa na
los peitoral maior, grande dorsal região do ligamento acromioclavi:u-
• Os movimentos articulares acessórios
redondo maior) predominam sob aumentam anteriormente e reduzem lar, do sulco bicipital ou dos tendoes
ação do músculo subescapular. posteriormente do manguito rotador, sobretudo do m.
subescapular
Disfunções de comprimento dos Testes especiais
músculos
• Em caso de impacção: os testes repro-
• Com base no teste do comprimento: duzem a dor; os testes de contração do
encurtamento dos rotadores externos e bíceps e do manguito dos_ rota.do~es
do músculo peitoral maior contra a resistência, no diagnoStlco
diferencial das partes moles, podem
Disfunções da força dos músculos
revelar que esses músculos são fortes e
• Rotadores internos alongados ou fra- dolorosos ou fracos e dolorosos
cos • Em caso de SDT: reprodução eventual
dos sintomas
• Em caso de instabilidade: observa-se,
às vezes, aumento do deslizamento
acessório na articulação glenoumeral
em qualquer sentido
SDT = síndrome do desfiladeiro torácico
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção de Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C APITULO CINCO A NEXO

CAPÍTULO 5
ANEXO
SINTOMAS E ANTECEDENTES PRINCIPAIS TESTES E SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFERENCIAL TRIAGEM DE DIAGNÓSTICOS
SINAIS (fatores associados) E DIAGNÓSTICOS QUE NECESSITAM
Na presença de impacção
Síndrome do • Dor na parte superior, anterior ou Alinhamento e aparência ASSSOCIADOS DE ENCAMINHAMENTO
Alinhamento e aspecto geral MÉDICO
Deslizamento posterior do ombro ou na região do m.
deltóide
• Aplainamento dos músculos deltóides • Obesidade Diagnóstico diferencial do úmero
(grande tuberosidade não se projeta • O alinhamento em estado de repouso De origem muscular
Superior da • Dor causada pelas atividades acima
da cabeça ou pela extensão lateral do
imediatamente abaixo do acrômio)
pode ser normal
• Regra: considere como deslizamento an-
terior sempre que houver deslizamento • Radiculopatia cervical
• Braços abduzidos em relação à escápu-
Cabeça
,
do braço la
Atrofia às vezes visível dos músculos do
manguito rotador
simultâneo superior e anterior
• Regra: diagnostique o caso como des-


Lesão do plexo braquial
Ruptura do manguito rotador
• Incapacidade para dormir sobre o lado • É acompanhada de alinhamento da
Umero afetado escápula em rotação inferior Variações estruturais
lizamento superior sempre que este for
acompanhado por rotação interna do


Fratura
Osteoartrite ou artrite reumátoide
• Mais freqüente em pessoas de meia- • A correção do alinhamento da escápula • Observa-se, às vezes, aumento genera-
idade ou idosos provoca a abdução do úmero ombro • Rotura do labrum glenoidal
lizado da massa muscular • Deslizamento anterior do úmero
• Hipertrofia do m. deltóide ( o braço
Atividades • Rotação interna do ombro De origem visceral
encontra-se abduzido em repouso) Atividades freqüentes
• Levantamento de pesos e fisiculturis- • Hipomobilidade da articulação glenou- • Neoplasia
mo
Disfunções dos movimentos • Atividades repetidas com o braço meral • Doença do aparelho circulatório
• Os movimentos de abdução, flexão a • Hábito de encostar-se sobre o cotovelo • Pneumopatia
• Natação
rotação interna ou externa do ombro são ou os braços Principais diagnósticos diferen- • Afecções da mama
acompanhados por deslizamento exces- Acompanhadas geralmente de uma sín- ciais • Patologia de órgãos abdominais
sivo da cabeça do úmero superiormente drome escapular • Rotação superior da escápula
• O deslizamento superior do úmero torna- • Depressão da escápula De origem sistêmica
Disfunções de movimentos
se mais evidente durante a abdução ativa, Abdução da escápula • Colagenose
Caracteriza-se por deslizamento em comparação com a passiva • Flexão do ombro • Gota
Escápula alada e inclinada
excessivo superior da cabeça do • A correção manual resulta em redução • Na presença de impacção: às vezes, • Sífilis e gonorréia
úmero ou por deslizamento infe dos sintomas. A correção ativa, baseada limitação discreta no final da amplitude Diagnósticos secundários • Anemia falciforme
da cabeça do úmero, durante os no aumento da atividade dos rotadores e e arco doloroso • Tendinopatia do manguito rotador • Hemofilia
vimentos do ombro; é acompan na redução da ação do m. deltóide, tam- • Subluxação umeral
Alteração do comprimento dos
às vezes, por rigidez ou encurta- bém leva à diminuição dos sintomas • Ruptura parcial ou completa do mangui-
mento das estruturas superiores • Estando o paciente de braço erguido, músculos
to dos rotadores
inferiores da articulação glenou observa-se redução do sulco glenoumeral, EXAME DO COMPRIMENTO
• Tendinopatia bicipital
ral. Os principais fatores respons imediatamente abaixo do acrômio • Encurtamento dos músculos grande • Tendinopatia ou ruptura do tendão dom.
veis são a fraqueza dos músculos • A distância entre a cabeça do úmero e dorsal e redondo maior supra-espinhoso
manguito rotador, as falhas relati a base do pescoço diminui no final da • Subluxação do úmero
amplitude para a elevação do braço Palpação
ao encurtamento e as rupturas, • Bursite
• Pode haver sensibilidade dolorosa na
res esses que desequilibram o p Testes especiais Dor na articulação acromioclavicular
região do ligamento coracoacromial
forças que normalmente existe e • Redução dos movimentos articulares • Tendinopatia calcificada
do sulco bicipital ou dos tendões do
o manguito rotador e o músculo acessórios, do deslizamento inferior • "Ombro congelado" e capsulíte adesi-
manguito dos rotadores
deltóide. (mais evidente quando o braço é abdu- va
zido em 90 graus) e da tração lateral Testes especiais • Síndrome do impacto (Jobe)

Alteração no comprimento dos • Na presença de impacção: os testes


músculos reproduzem a dor; a contração do
manguito rotador e do bíceps contra a
COM BASE NO TESTE DO COMPRIMENTO
resistência, no diagnóstico diferencial
• Músculos subescapular e rotadores
externos encurtados para todos os tecidos moles, revela que
• Encurtamento dos músculos supra- esses músculos são fortes e dolorosos
espi-nhoso e deltóide (limitação dos • Braço caído: o teste pode ser positivo
movimentos de adução do úmero) • O teste da lata vazia é positivo, respon-
COM BASE NO ALINHAMENTO dendo à dor
• Músculos deltóide e supra-espinhoso
encurtados
Disfunções da força muscular
• Fraqueza dos músculos do manguito
rotador
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção de Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cin tura Escapular
CAPÍ1 ULO C INCO ANEXO

CAPÍTULO 5
ANEXO
SINTOMAS E ANTECEDENTES PRINCIPAIS TESTES E SINAIS SINAIS ASSOCIADOS MOVIMENTO DIFERENCIAL TRIAGEM DE DIAGNÓSTICOS
(fatores associados) E DIAGNÓSTICOS QUE NECESSITAM DE
Na presença de impacção
Síndrome de • A dor localiza-se geralmente na região
Alinhamento e aspecto externo
• Úmero em rotação interna, com ou sem Alinhamento e aparência
ASSSOCIADOS ENCAMINHAMENTO
MÉDICO
Rotação Inte anterior do ombro, mas pode também ser
referida na região posterior ou na região
correção do alinhamento da escápula • O alinhamento pode ser normal em Diagnóstico diferencial do úmero
estado de repouso • Deslizamento superior da cabeça do De origem muscular
do Ombro do m. deltóide
• Dor durante as atividades executadas
Disfunções dos movimentos
• Rotação interna excessiva do úmero
• O úmero pode estar abduzido úmero. O diagnóstico será de desliza- • Radiculopatia cervical
Ombros anteriorizados (abdução ou mento superior se o paciente apresentar • Lesão do plexo braquial
acima da cabeça ou que envolvem a rota- durante a flexão e abdução do ombro inclinação das escápulas) simultaneamente rotação interna do om- • Ruptura do manguito dos rotadores
ção do ombro, estando o braço elevado • A correção da rotação interna excessiva Obesidade bro e deslizamento superior do úmero • Fratura
• Incapacidade para dormir sobre o ombro é capaz de reduzir a dor
afetado • Ela pode agravar a dor quando as estrutu- Variações estruturais • Osteoartrite ou artrite reumatóide
Principais diagnósticos diferenciais
ras da cápsula apresentam encurtamento • Lesão do labrum glenoidal
Atividades • Aumento generalizado da massa mus- • Rotação inferior da escápula
capaz de aumentar as forças de compres- cular • Depressão da escápula De origem visceral
• Levantamento de pesos são (deslizamento superior, p.ex.) • Tórax largo • Abdução da escápula • Neoplasia
• Trabalho braçal pesado
Teste especial • Tórax em barril • Escápula alada e inclinada • Doença cardiovascular
• Natação (pólo aquático)
Costumam ser acompanhadas de alguma • Pneumopatia
• Os movimentos articulares acessórios síndrome escapular Diagnósticos secundários
podem reduzir na região posterior • Afecções da mama
Os movimentos de flexão e abd • Tendinopatia do manguito rotador • Patologia de órgãos abdominais
Disfunção de movimentos
do ombm são acompanhados d Alterações do comprimento dos • Subluxação umeral
rotação interna excessiva da ca músculos
FLEXÃO DO OMBRO • Ruptura parcial do manguito dos rota- De origem sistêmica
do úmero ou de rotação externa • Na impacção: discreta limitação da dores • Colagenose
• De acordo com os testes para o compri- mobilidade no extremo da amplitude; • Tendinopatia bicipital
grau insuficiente; os rotadores i • Gota
mento: encurtamento dos rotadores in- eventualmente, arco doloroso • Tendinopatia supra-espinhosa
nos do ombro predominam sobri ternos (grande dorsal, peitoral maior)
• Sífilis ou gonorréia
rotadores externos. • Na instabilidade: durante a flexão do • Bursite • Anemia falciforme
ombro, o úmero entra abruptamente em • Dor na articulação acromioclavicular • Hemofilia
Alteração da força muscular
rotação interna • Tendinopatia calcificada
• Fraqueza dos músculos rotadores exter-
nos Disfunções de comprimento dos
músculos
• M. deltóide encurtado e rígido
• Encurtamento dos rotadores externos

Disfunções da força dos músculos


• A impacção é acompanhada de fraqueza
do m. subescapular

Palpação
• Pode haver sensibilidade dolorosa na
região do ligamento coracoacromial, do
sulco bicipital ou dos tendões do man-
guito dos rotadores, principalmente
dom. supra-espinhoso

Testes especiais
• Testes de impacção: reproduzem a dor;
a contração do manguito rotador e do
bíceps contra a resistência, no diagnós-
tico diferencial das partes moles, pode
revelar que esses músculos são fortes e
dolorosos ou fracos e dolorosos
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção de Movimentos
Síndromes de Disfunção de Movimentos da Cintura Escapular
C.wfTliLO CINCO ANLXO

CAPÍTULO 5
ANEXO
SINTOMAS E ANTECEDENTES PRINCIPAIS TESTES E SINAIS MOVIMENTO DIFERENCIAL DISFUNÇÕES DA FORÇA DOS
SINAIS ASSOCIADOS
Síndrome de • Dor nas regiões superior, anterior ou
posterior do ombro e na área do m.
Disfunções de movimentos
(fatores associados) E DIAGNÓSTICOS
ASSSOCIADOS
MÚSCULOS

De origem muscular
Hipomobilidade deltóide
• A dor pode irradiar-se para baixo, ao
• Diminuição da mobilidade articular (da
amplitude para os movimentos tanto
Alinhamento e aparência
o alinhamento pode ser normal em Diagnósticos diferenciais do • Radiculopatia cervical
da Articulação longo de face externa do braço até o
cotovelo
ativos como passivos) em todos os sen-
tidos, geralmente do tipo capsular
estado de repouso úmero Lesão do plexo braquial
• Ruptura do manguito rotador
Possível evolução para a elevação da • Regra: quando existe, a hipomobilidade
Glenoumeral • Rigidez e perda da mobilidade articu- • Tipicamente, a dor aumenta junto aos
limites finais da amplitude
escápula, devido ao movimento com- da articulação glenoumeral prevalece • Fratura
lar pensatório sobre os demais diagnósticos • Osteoartrite ou artrite reumátoide
• Incapacidade para dormir sobre o ombro • A abdução e flexão do ombro são Redução da distância entre a cabeça do • Lesão do labrum glenoidal
• Deslizamento superior da cabeça do
afetado; dores noturnas que freqüente- acompanhadas por deslizamento exces- úmero e a base do pescoço no final da úmero De origem visceral
mente despertam o paciente sivo superior da cabeça do úmero amplitude para a elevação do braço
• São freqüentes as limitações funcionais • Redução do sulco glenoumeral, logo Principais diagnósticos diferenciais • Neoplasia
(p.ex., a paciente não consegue fechar abaixo do acrômio, estando o braço acima Disfunções do recrutamento dos • Doença cardiovascular
• Rotação inferior da escápula
o sutiã, tirar o casaco, tirar a blusa por da cabeça músculos • Pneumopatia
• Abdução escapular
cima da cabeça, estender o braço para • Movimentos compensatórios • M. deltóide predomina sobre os múscu- • Afecções da mama
trás) • Elevação excessiva da escápula duran- los do manguito rotador Diagnósticos secundários • Patologia de órgãos abdominais
• Mais freqüente entre 40 e 60 anos te os movimentos de flexão e abdução • Em virtude da compensação, a porção • "Ombro congelado"
do ombro De origem sistêmica
• Diabetes superior do trapézio predomina sobre o • Capsulite adesiva
• Mais freqüente no sexo feminino • Adução ou depressão da escápula terço desse músculo. Tendinopatia do manguito rotador • Colagenose
Essa síndrome caracteriza-se pela durante a rotação externa do ombro • Gota
• História de trauma • Subluxação umeral
redução ou perda da mobilidade da • Inclinação anterior da escápula ou Disfunções de comprimento dos • Sífilis e gonorréia
Ruptura parcial ou completa do mangui-
articulação glenoumeral em todas abdução da escápula durante a rotação • Anemia falciforme
músculos to rotador
as direções. Na maioria dos casos, interna do ombro • Hemofilia
• Os músculos estão provavelmente curtos, • Tendinopatia bicipital
a restrição é do tipo capsular, e o • Febre reumática
Testes especiais mas seu exame é inicialmente dificil por • Tendinopatia ou rotura do tendão do m.
diagnóstico médico é de capsuli-
causa da redução da amplitude para os supra-espinhoso
te adesiva. A síndrome evolui por • Redução dos movimentos articulares
movimentos dos músculos peitorais, • Bursite
três estágios. As manifestaçôes e o acessórios de deslizamento na articula-
• Dor na articulação acromioclavicular
grande dorsal e rotadores interno e
treinamento variam de acordo com ção glenoumeral em todos os sentidos
• Tendinopatia calcificada
externo
o estágio. A hipomobi!idade da ar • Alongamento trapézio superior e infe- • Estado pós-cirurgia ou pós-fratura
ticulação glenoumeral refere-se a-0s rior
segundo e terceiro estágios.
Disfunções da força dos músculos
• Fraqueza dos músculos do manguito
rotador
CAPÍTULO SEIS

Introdução padrão normal de desempenho, os erros e os critérios para


esses erros, as disfunções que deles resultam e a eventual
Para podermos enunciar um diagnóstico é preciso re- SDM da articulação. As disfunções que constam na lista
alizar um exame e interpretar corretamente os testes devem ser consideradas como possíveis afecções, e não
que fazem parte desse exame. Foi criado um exame que como sempre associadas a determinada falha. O exame
serve para determinar as disfunções de movimentos dos será descrito de forma detalhada; isso não significa, porém,
quadrantes inferior do corpo (p. ex., coluna torácica, co- que todo paciente com dor lombar precise obrigatoriamente
luna lombar, quadris, joelhos e tornozelos). O exame das ser submetido ao exame de todas as possíveis alterações
síndromes de disfunção dos movimentos da região lombar posturais dos membros inferiores. O posicionamento dos
e dos quadris compreende os mesmos testes, mas o exame membros inferiores precisa ser examinado de forma mais
concentra-se na região dolorosa. Usamos alguns testes meticulosa no paciente que relata dor no quadril ou nojo-
elho do que no paciente com dor lombar. Os detalhes dessas
especiais para o exame da dor nos quadris; alguns deles
relações servem como guia para as estruturas anatômicas
podem ser dispensados quando o exame focaliza a coluna
que o fisioterapeuta está examinando e que talvez precisem
lombar. Esse sistema tem a vantagem de permitir que o
ser levadas em conta por ocasião do tratamento. Estamos
fisioterapeuta determine se: 1) a coluna lombar refere dor
fornecendo quadros separados para os quadrantes inferior
para o quadril, 2) se a dor tem origem na articulação do e superior do corpo.
quadril, 3) se a disfunção do quadril está contribuindo para
Os quadros complementares para checagem permitem
a dor na coluna ou 4) se a dor tem origem tanto na coluna
que o fisioterapeuta confira o resultado do teste e a provável
lombar como nos quadris. Os resultados dos testes também
SDM. Após o preenchimento do quadro, o diagnóstico cor-
servem para orientar o tratamento. De fato, na maioria
responderá à SDM com o maior número de dados positivos.
dos casos, o resultado positivo de certo teste significa que
Esse quadro de checagem também serve para orientar o
ele passará a ser um dos exercícios a serem prescritos ao
paciente. Depois de concluir o exame, o fisioterapeuta fisioterapeuta sobre os fatores associados que precisam
precisa ser capaz de fazer o diagnóstico, isto é, de deter- ser visados pelo programa terapêutico, assim como as
minar a suscetibilidade direcional do movimento (SDM) instruções ao paciente sobre a maneira de modificar suas
que provoca a dor, assim como os fatores que contribuem atividades, cotidianas e esportivas. Nos casos em que os
para que esse sentido do movimento passe a ser o trajeto movimentos em várias direções provocam sintomas, o
de menor resistência. fisioterapeuta será obrigado a ponderar a intensidade dos
O exame deve ser realizado no paciente em posição mesmos, a fim de escolher o sentido mais importante do
ortostática, em decúbito dorsal, ventral e lateral, na posição movimento. Somente o exame meticuloso e a identificação
sentada, de quatro apoios e de pé encostado contra a parede. de todos os fatores associados colocarão o fisioterapeuta
Os quadros que constam deste capítulo descrevem os testes em condições de elaborar um programa abrangente, capaz
a serem realizados nessas sete posições. Informamos o de solucionar imediatamente o problema e de reduzir as
segmento a ser examinado em cada teste, assim como o chances de recidiva.

-------------------------------------------------&
1
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTl'I.O Sns

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


Itens testados, critérios para os testes e disfunções associadas

Testes
Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM
Testes em posição ortostática
--
Posit;ão - - -
1-------~
Coluna lombar Normal Sem dor
l 1
Disfunção Estresse durante a extensão ou Dor Extensão da coluna lombar
compressão Teste de confirmação: a retificação da coluna lombar reduz
a dor
Alinhamento
Coluna torácica Normal Convexidade posterior
1

Cifótica Convexidade posterior acentuada Músculos retos abdominais: encurtados


Músculos paravertebrais torácicos: alongados
! --·~·---
Retificada Sem convexidade posterior Músculos paravertebrais torácicos: encurtados

Inclinada posteriormente Ombros mais de 5 cm atrás dos trocanter 1 Músculos oblíquos externos: alongados
maiores Músculos retos abdominais: encurtados
1 Músculos oblíquos internos: encurtados
1 Ângulo infra-esternal Normal 90 graus
1
Estreito 75 graus Músculos oblíquos externos: encurtados

Largo Mais de 100 graus Músculos oblíquos externos: alongados


r----"
Músculos oblíquos internos: encurtados

- Coluna lombar ormal


Convexidade anterior: 20 a 30 graus

Convexidade anterior superior


1

Oblíquos externos: alongados


Extensão
Lordótka a 30 graus Músculos oblíquos externos: alongados
Músculos iliopsoas: encurtados
Músculos paravertebrais lombares: encurtados
Dor
Teste de confirmação: a retificação da coluna lombar reduz
a dor
1

Retificada Ausência de com·exidade anterior (pode ser Músculos paravertebrais: alongados


normal no sexo masculino) Músculo iliopsoas: alongado

Simetria paravertebral Normal As regiões direita e esquerda, desde os pro-


cessos espinhosos da coluna lombar até 5 cm
ao lado dela. apresentam menos de 1,25 cm
de diferença em relação à proeminência

Assimetria Um lado é mais de 1,25 cm maior que o Músculos paravertebrais: hipertofriados Rotação da coluna lombar
outro Rotação da coluna para o lado mais proeminente

ElAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento· BIT= banda iliotibial · TMM = teste musc 1 I·
AIP - f 1 ~ · f: I · • ' , u ar manua ,
_ - ar_ tcu açao mter a angia~a proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior EPE
- elevaçao da perna em extensao; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata- banda iliotibial. '
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C A PÍTULO S EIS

Disfunções dos Movimentos: Exame do Quadrante Inferior (cont.)

Teste Segmento SDM


Defeito Critérios Disfunções
Testes em posição ortostática (cont.)
Alinhamento (cont.J Rotação
Escoliose Abaulamento da caixa Mãior proeminência das costelas de
torácica um lado
Assimetria da musculatura
paravertebral lombar
Pelve Normal Linha entre EIAS e EIPS dentro de
15 graus da linha horizontal (poden-
do variar na mulher)

Anteversão Músculos oblíquos externos: alongados Extensão


EIAS 20 graus mais baixa que EIPS
Músculos flexores do quadril: encurtados
Dor ,
Teste de confirmação: a inclinação posterior leva a
diminuição da dor

Retroversão EIAS 20 graus acima da EIPS Músculos abdominais: encurtados Flexão


Músculo iliopsoas: alongado

Inclinação lateral Uma das cristas ilíacas em nível M, sculos abdutores do quadril do lado mais alto: alongados Rotação
u . b.
1,25 cm mais alto que a outra Músculos abdutores do quadril do lado mais a1xo:
Flexão lateral da coluna lombar para o encurtados
lado mais alto

Rotação A EIAS de um lado situa-se anterior- TFL: encurtado no lado em que a pelve está rodada Rotação
mente à EIAS do outro lado
Rotação interna do quadril para o l~do que
a pelve está rodada; o outro quadril
apresenta rotação externa

Articulação do quadril Normal Posição neutra


Sem ângulo no quadril
Extremidade superior da crista ilíaca
ao trocanter maior (eixo) até a linha ao
longo da coxa

Fletido Ângulo de flexão do quadril supe- Músculos flexores do quadril: encurtados


rior a l O graus

Estendida Músculo iliopsoas: alongado Deslizamento anterior


Ângulo de e::densão do quadril supe-
rior a 1O graus Músculos isquiotibiais: encurtados

Joelhos Normal Posição neutra

Hiperextendido Articulação do joelho arqueada pos- Músculos quadríceps: fraco


teriormente Músculos gastrocnêmios: encurtados
Tíbia pode estar posicionada poste-
rior ao fêmur
_ ,___

,,,
- Flexionado
~
Ângulo anterior nos joelhos "
"

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM == suscetibilidade direcional ao movimento; BIT== banda iliotibial; TMM = teste muscularmanual;
AIP == articulação interfalangiana proximal; TCIR == trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS == espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C >.PITLLO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior (cont.)

Teste
Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM
Teste em posição ortostática (cont.)
-
Alinhamento (cont.l
Varismo
- -
Articulação do joelho arqueada exter- Músculos rotadores externos do quadril: alongados e fracos
namente _
Não estrutural: joelhos em hiperextensao e
quadris em rotação interna
Valgismo Joelhos voltados para dentro
Joelhos que se tocam
~ao estrutural: rotação intema do quadril
Tíbia Normal Diáfise perpendicular

Arqueada
Curvatura posterior no plano sagital
Varismo Curvatura lateral no plano frontal

Torção Rotação da diálise no plano hori-


zontal
-o~
Tornozelo Normal Arco longitudinal neutro

Pronado Arco longitudinal plano Músculo tibial posterior: alongado

Rígido
Aumento de altura do arco longitudinal Amplitude para a dorsiflexão: limitada
Não se retifica durante a flexão de
quadril e joelho
1 Dedos dos pés Normal
Alinhamento neutro das articulações
- - - ·- - · - - <~

Em martelo
Primeiras articulações interfalangianas Músculos flexores e extensores dos dedos: encurtados
em flexão Tendência para manter a linha da gravidade poste~i~rizada
durante a passagem da posição sentada para a pos1çao ortos-
tática

Hálux valgo
Testes de movimentos em posição ortostática 1
Desvio lateral do hálux

Flexão bilateral de quadril/joelho (semi-agachado)


Normal
Flexão de 45 graus no joelho, permanecendo
o calcanhar em l"Ontato com o solo
ze
Joelho na mesma linha do artelho
Diminuição do arco longitudinal
(pronação)

Disfunção do quadril
Rotação interna Rotação interna do quadril, hálux valgo Rotação interna
Movimentação do joelho em linha medial em
relação ao hálux

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior (cont.)

Teste Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM

Testes de movimentos em posição ortostática (cont.)


- - -
Flexão bilateral de quadris e joelhos
- -O joelho se movimenta lateralmente à linha -
Rotação externa
do4°dedo
Rotação externa do quadril
1
Tornozelo Arco longitudinal Pronação: retificação excessiva
Supinação: o arco não se altera
Flexão do joelho inferior a 45 graus

Posição ortostática com apoio unipodálico Normal Inclinação ou rotação da pelve não se
Quadril oposto em flexão de 70 graus modifica
Rotação na articulação do quadril não se
altera

Flexão lateral do tronco Inclinação lateral do tronco para o lado da Fraqueza dos abdutores do quadril no lado da perna de Rotação da coluna lombar
perna de sustentação sustentação

O lado oposto da pelve inclina-se Fraqueza e alongamento dos músculos abdutores do Rotação da coluna lombar
Adução do quadril quadril no lado da perna de sustentação Adoção do quadril
inferiormente

Em direção à perna de sustentação Músculos rotadores externos do quadril: alongados Rotação da coluna lombar
Rotação da pelve Músculos rotadores internos: encurtados Rotação interna do quadril

Rotação interna do fêmur Músculos rotadores externos do quadril: alongados e Rotação interna do quadril
Rotação do quadril fracos

Associada somente à rotação do joelho Rotação tibiofemoral

Associada somente à pronação do tornozelo


(a relação entre fêmur e tíbia mantém-se Pronação na articulação do
constante) tornozelo

Curvatura da coluna lombar: entre Oe 20


Inclinação anterior Normal graus
Flexão dos quadris até 80 graus; mmimentação
mais rápida que na coluna

Lombar Disfunção Alinhamento final: mais de 25 graus de Músculos extensores da coluna lombar: alongados Flexão da coluna lombar
flexão Músculos extensores do quadril: rígidos

Dor
Teste de confirmação: a inclinação anterior com flexão Flexão
apenas no quadril leva à redução da dor

Alinhamento final: curvatura lombar Músculos extensores da coluna lombar: encurtados Extensão
anterior
'
'
"

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT = banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia Lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
>
E e das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
mm ~rrw~

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior (cont.)

Teste
Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM
Teste de movimentos em posição ortostática (cont.)
Inclinação anterior
- -

\ lluna lombar flete-se mais rapidamente Flexão da coluna lom bar


; - - - -- C( • • -oo/t
que os quadris durante os pnmetros ~ o
do movimento

Disfunção do quadril Músculos extensores do quadril: encurtados e rígidos


No homem: flexão inferior a 75 graus
ia mulher: flexão inferior a 85 graus Tronco comprido, centro de gravidade alto
--~
·.:.,:
Flexão de mais de 100 graus Músculos isquiotibiais: alongados
-- - ~ --~--- --
-
Disfunção do tornozelo Músculos flexores plantares: encurtados
Os quadris desviam-se mais de 12,5 cm pos-
Retorno após inclinação anterior teriormente
Normal
. O movimento começa pela extensão do
quadril
A extensão dos quadds continua enquanto 1

a coluna lombar começa a se colocar em


extensão

Disfunção da coluna lombar O movimento começa pela coluna vertebral Músculos extensores da co1una predominam sobre os Extensão
Ex1ensão dos quadris após o pdmeiro terço extensores do quadril
da amplitude Flexores do quadril: encurtados

Dor de confirmação: o retorno apenas com a extensão do


Teste
quadril diminui a dor

Oscilação do quadril Músculos extensores do quadril: fracos


Acentuada dorsiflexão e oscilação anterior
dos quadris durante a extensão da
Flexão lateral coluna lombar
Normal
Curvatura simétrica de toda a coluna
lombar

Disfunção da coluna lombar Rotação da coluna para o lado proeminente


Dor . t Rotação da coluna lombar
Umitação da amplitude para os monmen os
em direção ao lado proeminente
Movimentação em um só local em vez de
ao longo de toda curvatura da coluna
Deslizamento lateral da coluna
-
Disfunção da coluna lombar Músculos paravertebrais do lado oposto ao da limitação da
Umitação da amplitude do movimento voltado Rotação da coluna lombar
para o lado não proeminente amplitude: rigídos
O bloqueio do mO'~imento na junção lombo-
péMca corrige a disfunção

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT =banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCJR = trajetória do centro instantâneo de rotaçâo; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior (cont.)

Teste Segmento SDM


Defeito Critérios Disfunções
Teste de movimentos em posição ortostática (cont.)
Rotação da coluna vertebral
Coluna torácica C\ormal - Rotação simétrica de cerca de 30 graus
para cada lado. principalmente entre
TS eTll

Disfunção Músculos abdominais e extensores da coluna: alongados Rotaçã o da coluna torácica


Dor
Aumento da rotação para um dos lados

Coluna lombar Normal Rotação inferior a 6 graus para


cada lado

Disfunção Músculos abdominais e extensores da coluna: alongados Rotação da coluna lombar


Rotação superior a 10 graus para um dos
lados Dor
Teste de confirmação: a colocação da mão na face lateral do
tronco, no nível da cintura, durante a flexão lateral para o
mesmo lado é capaz de diminuir a dor

Testes em decúbito dorsal


Flexão bilateral do joelho contra o tórax (os dois joelhos são empurrados Normal Flexão de 120 graus nos quadris, sem
em direção ao peito) flexão da coluna lombar (esta deve
manter-se retificada)

Músculos paravertebrais da região lombar: alongados Flexão da coluna lombar


Disfunção da coluna lombar Flexão da coluna lombar quando os
quadris se fletem em menos de 120 graus Quadris rígidos
O sacro se eleva sobre a mesa

Flexão da coluna torácica


Disfunção da coluna torácica Flexão da coluna torácica
A coluna lombar deixa de se retificar
quando a flexão dos quadris é inferior a
120 graus

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
-· ----------..
Disfunções de ~lo~imentos: Exame do Quadrante Inferior (cont.)
-- -------

Teste Stgm,uto SOM


Defeito Critérios Disfunçó""
Tes.e em decúbito dcrsal (cont.l

t11 p • b,J,·il .,.,l,1qua~1il ,-., ... l ~ "..:n,ld.a "1"1ª" ~ ' '


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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C.\PITL'LO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior (cont.)

Teste
Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM
Teste em decúbito dorsal (cont.)
-
-

Exame do comprimento dos ffexores do quadril ..


- - --- ... -·
Disfunção lombopéhica Controle dos músculos abdominais: deficiente Extensão da coluna
Peh'e antewrte
Flexibilidade excessiva da coluna lombar

r-
,Rotação ou inclinação lateral da pelve Controle dos músculos abdominais: deficiente Rotação da coluna lombar
Flexibilidade excessiva da coluna
Musculatura do quadril
--- --

Disfunção Músculo TFL: encurtado


Extensão do quadril: maior com o quadril
cm abdução e/ou rotação interna

Extensão do quadril: maior quando o joeU10 M. reto femoral: encurtado


está em extensão passiva enquanto o fêmur
está em abdução

Extensão do quadril: limitada com o quadri M. iJiopsoas: encurtado


em abdução e O joelho em extensão

Articulação do quadril Disfunção


Deslizamento anterior da cabeça M. iliopsoas: alongado Deslizamento anterior da cabeça
do fêmur Cápsula articular anterior: estiramento do fêmur
Articulação do joelho Disfunção
Dor na região anterior do joelho estando o TFL-BIT: encurtado e rígido Deslizamento lateral da patela
quadril em extensão/adução

Rotação externa da tíbia TFL-BIT: encurtado e rígido Rotação tibiofemoral

Deslizamento lateral da tíbia BIT: encurtado e rígido Deslizamento tibiofemoral


Decúbito dorsal lateral
"----
Normal
Paciente capaz de deitar com quadris e
joelhos em extensão
Coluna lombar Disfunção
Extensão da coluna lombar Músculos abdominais: desempenho insuficiente
Músculos flexores do quadril: encurtados e rígidos
Dor .
Teste de confirmação: a flexão de quadris e Joelhos reduz
a dor

Flexão da coluna lombar Músculos extensores da coluna: alongados


Músculos abdominais: encurtados
Dor . · Ih
Teste para confirmação: a extensão de quadris e Joe os
leva à diminuição da dor

- ~

EIAS = espinha ilíaca ântero-supcrior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
..,,....- C APÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Teste
Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM
Testes em decúbito dorsal (cont.)
.......
Desempenho dos músculos abdominais inferiores, do músculo oblíquo .--- -·

e:\.1erno e do m. reto abdominal Normal Desempenho máximo·· abaixamento das TMM = grau 5/5
d uas pernas, enquanto a coluna lom~ar
é mantida retificada e com retroversao
Nível 3: quadril em flexão de
pélvica
90 graus, extensão de quadril e
joelho opostos; sem apoio

Nível 2: quadril em flexão de


90 graus, extensão de quadril e
joelho opostos; com apoio

Quadril em flexão de mais de


90 graus, extensão de quadril e
joelho opostos; com apoio

Um quadril mantido em flexão


passiva; o paciente levanta o
membro oposto da mesa

Um pé fixado sobre a mesa;


deslizamento do quadril/joelho
oposto

Normal
Desempenho mínimo: um quadril é manti- TMM = grau 3/5
do em flexão de 90 graus; coluna retificada,
enquanto o paciente estende o membro .
inferior oposto e o abaixa sobre a superfície
de sustentação, mantendo a coluna lombar
retificada e a pelve em retroversão

Coluna lombar Disfunção Dor à flexão do quadril


Cisalhamento anterior na coluna lombar

M. oblíquo externo Disfunção Flexão de um dos quadris em 90 graus~ o outro TMM - grau 2/5
1
membro inferior em extensão, enquanto o
calcâneo toca levemente a superfície de sus-
tentação, mantendo o paciente com ~ coluna
lombar retificada e a pelve retrovertida

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata- banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Exame das Disjunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C.-1.PITIJ LO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Teste
Segmento Defeito Disfunções SDM
Critérios
Teste em decúbito dorsal (cont.)
Desempenho dos músculos abdominais inferiores. dom. oblíquo externo e -
de m. reto abdominal M. oblíquo externo Disfunção TMM = grau 1/5
U~1 dos quadris em flexão de 90 graus;
outro membro inferior é levantado da su-
opcrfície de sustentação; a coluna e' manfd
l a

reta
P~em para a posição sentada com o tronco fletido: desempenho dos múscu-
los oblíquo interno e reto abdominal Posição: decúbito dorsal com as mãos sobre Normal Flexão da coluna cervical e da porção TMM = grau 5/5
a cabeça, quadris e joelhos em extensão e um pequeno suporte sob os joelhos superior da coluna torácica
Retroversão pélvica com inversão da cur-
vatura lombar; flexão da coluna torácica
Flexão da coluna torácica e lombar até o
TMM: grau 5/5
limite da flexibilidade da coluna: a essa
altura, os ftexores do quadril contraem e o
quadril flete-se até 80 graus

TMM: grau 4/5

TMM: grau 3/5 '

Coluna vertebral Disfunção Paciente incapaz de realizar flexão seg-


Coluna rígida
mentar da coluna durante o exercício de
flexão do tronco ~ 1
~

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C\PiTüLO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Teste
Segmento Defeito Disfunções SDM
Critérios
Testes em decúbito dorsal (cont.)
Passagem para a posição sentada com o tronco fletido: desempenho dos . - ~

músculos oblíquo interno e reto abdominal Musculatura do quadril Disfunção Músculo iliopsoas: encurtado
No búcio: posteriormente
A curvatura da coluna lombar não se
inverte
M. oblíquo interno Disfunção 4/5
, O paciente é capaz de fletir a coluna Fraqueza muscular: TMM
vertebral dentro da mesma amplitude e
de mantê-la em flexão. ao passar para a
posição sentada com os braços cruzados
sobre o peito
M. oblíquo interno Disfunção 3/5
Paciente capaz de fletir a coluna verteb__ral Fraqueza muscular: TMM
dentro da mesma amplitude e de mante-la
em flexão, ao passar à posição sentada com
os braços estendidos anteriormente

M. oblíquo interno Disfunção Paciente capaz de fletir a coluna vertebral Fraqueza muscular: TMM - 3-/5
dentro da mesma amplitude, com os an-
tebraços em extensão anterior, perd~ndo,
porém, a flexão do tronco ao contrmr os
flexores do quadril

Elevação da perna em extensão (EPE)


Normal Durante a elevação tanto ativa como passi-
Monitoração do trocanter maior va do membro inferior em extensão (EPE),
o trocanter maior mantém constante a sua
posição (TCIR)
Flexão do quadril até 80 graus

O quadril permanece em posição


neutra; trocanter maior na
posição correta

Quadril em rotação interna; o


trocanter maior desliza anterior-
mente

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor 4a fáscia lata- banda iliotibial.
ame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
EX 'J' c .\PlTl'L O Sns
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

SDM
_. _ , . Disfunções
Teste Segmento Defeito cr1ter1os

Teste em decúbito dorsal (cont.) Deslizamento anterior da cabeça


osterior da articu-
- - Rigidez das estruturas d a part e P do fêmur
EPE (elernção da perna estendida) Quadril Disfunção .,, ati·va • O trocanter maior
ouran t e a EPL· lação do quadril
move-se anteriormente e superiormen~e Músculos isquiotibiais: encurtados
(rotação interna e deslizamento postcnor
insuficiente) .
assiva o trocanter maior
Duran t e a EPE P '
mantém-se em posição relativamente cons-
examinador precisa controlar
tant e, mas• O ·
o eixo de rotação, colocando seu polegar
sobre a dobra inguinal
A EPE ativa prornca. às vezes, dor na
parte anterior do quadril. ao passo que a
EPE passiva é indolor
Rotação interna do fêmur
Músculo iliopsoas alongado .
Rotação interna do fêmur Músculos rotadores externos do quadnl: alongados
e rígidos
Flexão da coluna lombar
Músculos isquiotibiais: encurtados e rígidos
Flexão do quadril inferior a 80 graus
Flexão da coluna lombar
Compressão neural 1
Dor ao longo do membro inferior Teste de confirmação: mesma dor; paciente comp e-
Coluna lombar Disfunção neural
com flexão do quadril menor que tamente relaxado
45 graus Efeito dos ftexores do quadril sobre a co1una,
quando a dor diminui no paciente completamente
relaxado
1

Paciente capaz de manter o quadri~ em


:\1. iliopsoas 1 Desempenho dos músculos Normal
posição constante de flexão, abduçao e .:-
rotação externa, com o joelho em ~xtensao
A pehe deve ser fixada pelo ~xanunador, •
ao aplicar resistência no sentido da exten
são/adução do quadril

Músculo iliopsoas: alongado . t


Quadril em flexão, abdução e ro~ação O músculo TFL costuma a ser forte ou domman e
Musculatura do quadril Disfunção
externa, com o ,joelho cm extensao
A pelve é estabilizada pelo examinador me-
• •1' oposta
diante pressão sobre a cnsta t taca . -.
O paciente não consegue manter a pos1~ao
. • . é capaz de faze-lo
contra a res1stencta, mas
depois da mudança de 10 a 15 graus

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT = banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
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Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C.\PÍn'LO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Teste
Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM
Testes em decúbito dorsal (cont.)
M. iliopsoas ..... -

- Quadril em ffexão/abdução/rota~ão Músculo iliopsoas: alongado e fraco


externa, com o joelho em extensao
Pelve fixada pelo examinador com pressão
sobre a crista ilíaca contralateral;
paciente incapaz de manter a posição com
aplicação de resitência mínima, em
nenhum ponto dentro da amplitude de
movimento

Desempenho do m. iliopsoas
Normal Capacidade para se manter em ~osição c~ns
tante, estando o quadril em flexao/abduçao/
rotação interna e O joelho em extensão
Peh'e fixada pela mão do examinador, com
aplicação de pressão máxima na direção
da extensão/adução do quadril

Musculatura do quadril Disfunção Músculo TFL: alongado e fraco


Quadril em flexão/abdução/rotação
interna, estando o joelho em extensão
Estabilização da pelve pela mão do
examinador com pressão sobre a crista
ilíaca contralateral: paciente incapaz de
manter a posição contra a resistência
(na maioria dos casos, o quadril entra em
rotação interna)

Abdução/rotação externa do quadril, com o quadril em flexão


Normal O membro inferior se mmimcnta em toda a
amplitude (flexão, abdução e rotação externa
Abdução/rotação externa do
no quadril), assim como no sentido oposto
quadril direito; monitoração da
rnexão, adução e rotação interna), sem rota-
crista ilíaca ântero-superior
ção simultânea da pelve

Abdução/rotação externa do
quadril esquerdo; sem rotação
da pelve

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
>
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C.\PÍTLLO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes
Segmento Defeito Disfunções SOM
c ritérios
Testes em decúbito dorsal (cont.)
Rotação externa/abdução do quadril com o quadril cm flexão
Lombopélvico Disfunção Deficiência do controle sobre os músculos abdominais Rotação da coluna lombar
- Rotação da pelve de mais de meia polegada
(l 25 cm) durante os primeiros 50 % do (músculos oblíquo interno e oblíquo externo contra•
m~vimcnto do membro inferior lateral)

Articulação do quadril Disfunção


~ ,imitação da amplitude para os movimen- Dor na virilha
Flexão unilateral de quadril e joelho (um só joelho fletido contra o peito); tos do quadril
movimento passirn e ativo Normal
Flexão de 120 graus com rotação neutra
Flexão passiva do quadril d quadril sem flexão da coluna lombar
o ' ' t
A flexão adicional do quadril leva a re ro-
versão pélvica e à retificação da coluna
lombar, enquanto o membro inferior con-
tralateral permanece em contato com a
rup erfície de sustentação (correspondendo
.
a 10 graus de extensão do quadril)

Pressão sobre a dobra inguinal


durante a flexão passiva do
quadril

Flexão ativa do quadril até 90


graus; em seguida, o paciente
usa as mãos para puxar o joelho
até o peito

Abaixamento da perna com


extensão incorreta da coluna
lombar

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfimções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
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Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes
Segmento Defeito Disfunções SDM
Critérios
Testes em decúbito dorsal (cont.)
~

Flexão unilateral de quadril e joelho (um só joelho contra o peito); passiva Quadril ipsolateral Deslizamento anterior da cabeça
e ativa Disfunção -Flexão do quadril inferior a 115 graus Músculos glúteo máximo e piriforme: encurtados
Musculatura paravertebral da região lombar: alongada do fêmur
Dor na virilha .
Trocanter maior: move-se anteriormente e super10r-
mente
A resistência à flexão do quadril aumenta quando se -
impede o deslocamento do trocanter exercendo pressao
sobre a dobra inguinal .
Rigidez das estruturas da porção posterior da articula-
ção do quadril
Lombo pélvico Disfunção Flexão da coluna lombar
Retroversão pélvica e flexão da coluna 1,0~1-
bar (elevação do sacro acima da superflCle
de sustentação)

Quadril contralateral Disfunção Flexão do quadril oposto (extensão do qua- Músculos iliopsoas: encurtados
dril inferior a 10 graus)
Testes em decúbito dorsal
Posição
Norn1al Sem desconforto

Coluna lombar Disfunção Flexão lateral da coluna vertebral ,. Rotação da coluna lombar
Dor
Teste de confirmação: a dor diminui quando se apoia a
cintura, a fim de eliminar a flexão lateral
Abdução/flexão externa do quadril
Normal Paciente capaz de abdução/rotação externa
no quadril sem movimentação da pelve
Para executar o movimento de
abdução/rotação externa do qua-
dril, o paciente descansa o pé da
perna de cima sobre a perna de
baixo e coloca o joelho da perna
de cima em rotação superior

...
~
=
= -

EIAS ""'espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibiaL
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior" Superior
C..\PÍTLLO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes Segmento Defeito Disfunções SDM


Critérios
Testes em decúbito lateral (cont.)
Abdução/rotação externa do quadril Lombopélvico Rotação da coluna lombar
Disfunção ~ot~~ão da pelve durante a abdução/rotação Músculos abdominais: controle deficiente
e •terna do quadril
Abdução do quadril (estando a articulação do quadril oposto em posição Normal Capaz de suportar resistência máxima no TMM =5/5 graus
neutra) (força dos músculos glúteo médio, glúteo mínimo e TFL)
limite extremo da amplitude

Posição para o teste dos abduto-


res do quadril; pressão aplicada
acima do tornozelo

Quadril Disfu11ção Incapaz de suportar a resistência máxima Músculos abdutores do quadril: fracos
em qualquer ponto da amplitude de movi-
mento

Incapaz de suportar a resistência máxima no Músculos abdutores do quadril: alongados


extremo da amplitude, mas isso é
possível depois de l Oa 15 graus de adução

LombopéJvico Disfunção Inclinação lateral da pelve durante a abdu- Músculos abdominais laterais: dominantes Rotação da coluna lombar
ção ativa do quadril

Abdução do quadril cm rotação externa e extensão (força do músculo
Normal Capaz de suportar resistência máxima quan TMM =5/5 graus
glúteo médio, parte posterior)
do aplicada no extremo da amplitude
Posição para o teste do músculo
glúteo médio posterior
Exame do comprimento da
banda iliotibial

~- .

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimn1tos dos Quadrantes Inferior e Superior
C.wfn·1.o SE1s

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes
Segmento Defeito Disfunções SDM
Critérios
Testes em decúbito lateral (cont.)
- -- -

l\.bdução do quadril cm extensão e rotação e. ·terna ~- -·


- ·- ~ -- - -
Quadril Disfunção Jn~apaz de suportar resistência máxima em Fraqueza do glúteo médio posterior
--------
qualquer ponto da amplitude

Incapaz de suportar resistência no extremo Glúteo médio posterior: alongado


da amplitude, mas consegue tolerar após
--- adução do quadril de 10 a 15 graus

A aplicação da resistência máxima leva à TFL: dominante


~

flexão do quadril
Aclução do quadril (do membro inferior de cima) 1

Posição inicial: abdução, rotação externa e ligeira extensão do quadriJ com Normal Adução de 10 graus no quadril
o joelho em extensão

Quadril Disfunção Adução do quadril inferior a 5 graus Músculos abdutores do quadril: encurtados
'

------ Flexão e/ou rotação interna do quadril TFL e/ou músculos glúteo mínimo e médio anteriores:
encurtados
Rotação interna e/ou adução do
quadril

Adução excessiva do quadril com posição Músculos abdutores do quadril: alongados Deslizamento lateral da cabeça
distal anterior do trocanter maior do fêmur

..----- Lombopélvico Disfunção Inclinação lateral da pelw Controle do músculo abdominal lateral: deficiente Rotação da coluna lombar
Adução do quadril (membro inferior de baixo)
Posição: quadril em adução, rotação neutra e flexão/extensão neutra; joelho Normal Capacidade de suportar o máximo de resis- TMM: 5/5 grau

--
em extensão tência aplicada ao terço inferior da coxa

Quadril Disfunção Incapaz de suportar resistência máxima Músculo adutor: fraco

-
Testes em decúbito ventral
Posição
- Normal Sem dor
--
Lombopélvico Disfunção Dor Extensão da coluna lombar: aumentada
Compressão ou força de cisalhamento anterior do
músculo psoas: aumentada
Teste de confirmação: travesseiro sob o abdome faz a
dor diminuir

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP - articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
>
Exame das D zs· 1,F,,u nço-es de Movimentos
· dos Quadrantes Inferior e Superior
C.~PfT t.:LO SEI~

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes
Segmento Defeito Disfunções SDM
c ritério s
Testes em decúbito ventral (cont.)
Flexão do joelho - -
-
~ormal Fh•xão do joelho até 120 graus. sem _
retrovcrsão, rotação pélvica ou extensao da
coluna lombar

Desempenho muscular TMM: 5/5 grau


Paciente capaz de manter o joelho em .
flexão de 80 graus com aplicação da res1s-
tência máxima
Músculo Disfunção Músculos isquiotibiais: fracos
Incapaz de manter a flexão do joelho con-
tra a resistência

Flexão do joelho inferior a 110 graus Músculo quadríceps: encurtado

Lombopélvico Disfunção Anteversão pélvica


, Músculo reto femoral: rígido . .
Controle sobre os músculos abdominais: deficiente
Extensão da coluna lombar

Músculo TFL: rígido . . Rotação da coluna lombar


Rotação da pelve
Controle sobre os músculos abdominais: deficiente

Tibiofemoral Disfunção 1 Músculo TFL: rígido Rotação tibiofemoral


Rotação externa da tíbia
Rotação interna do quadril
Normal 35 graus de rotação interna sem rotação
da pelve
A amplitude para os movimentos de ro-
tação do <1uadril varia consideravelmente
e não significa obrigatoriamente que os
músculos estejam encurtados

= -

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de A1ovimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C.\PITU.O SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes
Segmento Defeitos
Testes em decúbito ventral (cont.) Critérios Disfunções SDM

Rotação interna do CJUadril


Quadril ·- -- --
Disfunção
a-- ; .,nos de 30 ;aus de rotação do Rotadores externos: músculos obturado~, quadrado ~o
quadril fêmur, gêmeos, piriforme, porção postenor do m. gluteo
médio: encurtados
'

lenos de 1O graus Variação anatômica: retroversão do fêmur
J
lais de 50 graus Variação anatômica: anteversão do fêmur
Lombopélvico
Disfunção
, Rotaçao
- da pelve durante os primeiros 50 % Excesso de flexibilidade da coluna lombar Rotação da coluna lombar
da amplitude
Tibiofemoral
Disfunção
.
Frouxidão da articulação do joelho Rotação tibiofemoral
1 íbia desliza lateralmente no fêmur
Rotação C'\1erna do quadril
- , __ --
Normal
35 graus de rotação externa sem movimen-
tação da pelve com limitação do arco do
mo, imento
Amplitude do mm·imento de rotação do
quadril altamente variável; nem sempre
implica o encurtamento da musculatura

Quadril
Disfunção
Menos de 30 graus de rotação e~<tema . . TFL-BIT, glúteo médio anterior, glúteo
Rotadores mternos.
mínimo: encurtados
J

Menos de 1O graus de rotação externa Variação estrutural: possível anteversão do fêmur

Mais de 50 graus de rotação externa ' Variação estrutural: possível retroversão do fêmur
O trocanter maior move-se anterolateral- TFL-BIT: encurtado Deslizamento anterior do
mente, descrevendo um grande arco de
mo,imento fêmur
Lombopélvico
Disfunção Rotação da coluna lombar
Rotação da pelve durante os primeiros 50% Flexibilidade excessiva da coluna lombar
do movimento
Tibiofemoral
Disfunção
l
A tíbia desliza sobre o fêmur
l Frouxidão da articulação do joelho Rotação tihiof'emoral

~ ~ ~
ElAS espinha ilíaca ãntero-superior; SDM suscetibilidade direcional ao movimento; BIT~ banda iliotibial; TMM teste muscular manual;
~ ~ ~
AIP articulação interfalangiana proximal; TCIR trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C., P1n:1,o S1:.1s

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes
Segmento Defeito
Testes em decúbito ventral (cont.) Critérios Disfunções SDM

.Extensão do quadril com o joelho em extensão


Normal - - d e 10 graus no quadril com discre-
Extensao _
ta ex te nsão da coluna lombar e contraçao
, .
simultânea dos músculos glúteo max1mo e
isquiotibiais

Músculo
Disfunção
. Extensão do quadril de S graus Músculo iliopsoas: encurtado
Lombopélvico
Disfunção Controle dos músculos abdominais: deficiente
, Extensão da coluna lombar/anteversão Extensão da coluna lombar
Quadril pélvica Músculo iliopsoas: encurtado
Disfunção
, Contração da musculatura glútea, confor- Recrutamento dos isquiotibiais: dominante
me demonstra a mudança nos contor?os
dos músculos, a qual somente se ma:ufesta
depois de estar o quadril em extensao

1
Deslocamento anterior do trocanter maior Recrutamento dos isquiotibiais: dominante, encurtado e Deslizamento anterior da cabeça
do fêmur
rígido , 1 f uJar
TFL: alongamento da porção anterior da capsu a ar ic
Extensão do quadril com o joelho fletido
Normal
1O graus de extensão do quadril e ligeira
extensão da coluna lombar

~ ~ ~ ~
E!AS espinha ilíaca ântero-superior; SOM suscetibi Iidade direcional ao movimento; BIT banda il iotibial; TMM teste muscular man uai;
~ ~ ~
AIP articulação interfalangiana proximal; TC!R trajetória do centro instantâneo de rotação; E!PS espinha ilíaca póstero-superior; EPE
~ ~ ~
elevação da perna em extensão; TFL músculo tensor da fáscia lata; TFL-BJT tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C A l'ÍTCl.0 SEIS
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

SOM
Disfunções
Testes Segmento Defeito ê ritérios
- - -
Testes em decúbito ventral (cont.)
- ·- TMM: grau 5/5
- de manter a extensão do quadril,
Alinhamento Desempenho da musculatura Capaz . ~ . , .
inclusive contra a res1stencia max1ma

Músculo reto femoral e TFL-BIT: encurtados


Kxtcnsão do quadril hüerior a 5 graus
Músculo Disfunção
Incapaz de suportar a resistência máxima à Músculo glúteo máximo: fraco
TMM: grau 3 a 4/5
extensão do quadril
Deslizamento anterior da cabeça
O trocanter maior desloca-se anteriormente Distensão da cápsula articular anterior
do fêmur
Quadril Disfunção Músculos isquiotibiais: dominância
durante a extensão do quadril ---i

Extensão da coluna lombar


Músculos flexores do quadril: rígidos
Anteversão pélvica durante a flexão do
Lombopélvico Disfunção Controle dos músculos abdominais: deficiente
quadril/extensão da coluna lombar

Testes em posição de quatro apoios


Alinhamento Cabeça e pescoço Normal C,abeça em Pffiição neutra, coluna cc~ical <.-o~n
di'i('.'reta lordose. m. elerndor da escapula nao
proeminente

Músculos extensores do pescoço: encurtados


Extensão da coluna cervical, saliência do m.
Disfunção Músculo elevador da escápula: encurtado
elevador da escápula

Ligeira curvatura posterior


Coluna torácica Normal
Rotação
Músculos paravertebrais da coluna torácica: alongados
Aumento da curvatura posterior
Disfunção Músculos retos abdominais: encurtados
Rotação
Desequilíbrio entre os músculos abdominais
Assimetria; cscoliose

Plana sobre o tórax, na posição entre Tl e


Escápula Normal
T7' à distância de aproximadamente 7 ,5 em
relação à coluna

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disjunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes

Testes em posição de quatro apoios (cont.)


Segmento Defeito - Critérios Disfunções SDM
-
-- ·-
--- -
Alinhamento --

Disfunção
- - -
.Esi>ápula alada Músculo serrátil anterior: fraco e alongado
,--
1
Em abdução, a mais de 8 cm de distância Músculo serrátil anterior: encurtado
da coluna Músculos rombóide e trapézio: podem estar encurtados

E . dução a menos d e 6,r:, cm de distân-


· 1 Músculo serrátil anterior: alongado
,mda
eia a coluna
' vertebral Músculos rombóides: encurtados
Coluna lombar Normal

Disfunção
Retificada ou nivelada; ausência de dor
!
Fletida, cifose Músculos extensores da coluna lombar: alongados Flexão da coluna lombar
Músculos abdominais: encurtados
Músculo psoas: desequilibrado
Dor d" · ·
Teste confirmatório: a retificação da coluna lombar inunm
J ador

Teste confirmatório: a retificação da coluna Extensão ou rotação


lombar agrava a dor

Estendida, em lordose Músculos extensores da coluna lombar: encurtados Extensão da coluna lombar
Músculos abdominais: alongados e fracos
Dor
Teste confirmatório: a retificação da coluna lombar reduz
a dor
!
Assimetria, a região paravertebral é mais Desequilíbrio entre os músculos abdominais e os extensores Rotação
de 1,25 cm mais proeminente do que a da coluna
região oposta correspondente

Articulação do quadril Normal


Ângulo de 90 graus entre pelve e fêmur
Rotação neutra
Abdução/adução

Disfunção
Menos de 90 graus Parte posterior da cápsula articular, músculos glúteo máximo
e piriforme: encurtados e rígidos

Rotação externa do quadril Músculos glúteo máximo e piriforme: encurtados e rígidos

Tornozelo
Normal Flexão plantar; o dorso do pé quase entra
em contato com a superfície de sustentação
1

~ "
1

EJAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diag nóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPfTll.O S1:.1~

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes

Testes em posição de quatro apoios (cont.)


Segmento Defeito - Critérios Disfunções SDM
-
Alinhamento -
Disfunção
--
- .- ---

Dorsiftexão Músculos flexores dorsais e extensores dos dedos: encurtados


-

l\ Imi mento de balanço para trás em direção aos calcanhares


Normal
~ exão dos quadris; coluna lombar penna-
nece retificada
Sem dor
Coluna lombar
Disfunção Extensores da coluna lombar: alongados Flexão lombar
Flexão da coluna durante os primeiros 50 %
do movimento Músculos retos abdonúnais: encurtados , .
Músculos extensores do quadril: encurtados e ng1dos
Dor à flexão da coluna lombar -
Teste confirmatório: a prevenção da flexao da colu~a lombar
e o aumento da flexão do quadril levam à diminuiçao da dor

1 Dor, estando a coluna lombar refiticada ou em lo~dose Extensão da coluna lombar


Teste confirmatório: a dor dinúnui quando o paciente se
empurra com as mãos para trás, evitando usar os flexores
do quadril

Rotação da coluna lombar Musculatura paravertebral: desequilíbrio Rotação


Quadril
Disfunção
Diminuição da flexão do quadril Músculos glúteo máximo e piriforme: enc~rtados e rígidos
Teste confirmatório: a abdução e/ou rotaçao externa do
uadril aumenta a flexão do quadril
:.iúsculo glúteo máximo e piriforme: assimétricos e tensos

Rotação da pelve Músculos piriforme e glúteo máximo: encurtados e rígi~os


Teste confirmatório: abdução/rotação externa do _quadril
com menor grau de flexão do mesmo, no lado mais alto
da pelve
Mo,imento de balanço para frente
Normal
Distribuição uniforme da extensão em toda a
----- coluna lombar
Sem dor
Coluna lombar
Disfunção
Acentuada extensão nos segmentos Músculos flexores do quadril: encurtados Extensão
j
l
inferiores Flexibilidade excessiva para a extensão da coluna
Dor
J -

EIAS - espinha ilíaca ântero-superior; SDM - suscetibilidade direcional ao movimento; BIT - banda iliotibial; TMM - teste muscular manual;
~ ~
AIP - articulação interfalangiana proximal; TCIR trajetória do centro instantâneo de rotação; ElPS espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C..\PÍTt:LO S E1S
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Testes Segmento Defeito -


C ritérios
Disfunções
SDM

Testes posição de quatro apoios (cont.)


- -
Flexão do ombro Normal A!> colunas torácica e lombar não se
movimentam

Rotação
Músculos abdominais: controle precário
Coluna torácica Disfunção Rotação da coluna torácica: mais de 1,25 cm
durante a flexão do ombro
Rotação
Músculos abdominais: controle precário
Coluna lombar Disfunção Rotação da coluna lombar: mais de 1,25 cm
durante a flexão do ombro

Testes em posição sentada


Alinhamento Normal Coluna retificada; quadril em flexão de 90
graus sem dor
Extensão da coluna lombar
Músculos extensores da coluna lombar: alongados
Coluna lombar Disfunção Coluna lombar em ftexão
Dor
Extensão
Músculos extensores da coluna lombar: e~curtados
Coluna lombar em extensão Atividade excessiva dos flexores do quadril
Dor

Extensão do joelho e dorsiflexão no tornozelo, estando o paciente sentado Normal A coluna lombar permanece retificada; o
joelho se estende até 10 graus da extensão
completa, quando o quadril se encontra em
flexão de 90 graus; dorsiflexão do tornozelo
até 10 graus

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C \Pí1cLo Sr-:1s
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

SDM
Disfunções
Teste Segmento Defeito critérios

Testes em posição sentada (cont.)


Extensão do joelho e dorsiflexão no tornozelo no paciente sentado Lombar Disfunção
- -l
• co una
-
lombar flete-se durante a extensao ' Músculos paravertebrais da região lombar: alongados
Músculos isquiotibiais: mais rígidos que a coluna lombar
Flexão

do joelho
~::ie confirmatório: a coluna lombar continua retificada; a
dor diminui

Rotação
Músculos paravertebrais da região lombar: alongamento
Rotação da coluna lombar durante a exten-
unilateral b
são do joelho Músculos isquiotibiais: mais rígidos que a coluna lom ar
Dor • d
Teste confirmatório: a dor diminui quando se impe e a
rotação

Disfunção
Músculos isquiotibiais: encurtados
Extensão do joelho inferior a 75 graus.
Quadril estando o quadril em flexão de 90 graus

Encurtamento dos músculos isquiobitibiais mediais


Rotação interna do quadril Solicitação inapropriada do músculo TFL ~---,

Disfunção

Tornozelo
Dorsiflexão inferior a 10 graus, estando o
joelho em extensão
' Músculo gastrocnêmio: encurtado
Músculo sóleo: encurtado

Músculo sóleo: encurtado


Dorsiftexão inferior a 10 graus, estando o
joelho fletido
Predomínio do músculo extensor alongado dos dedos
Extensão do dedo durante a dorsiflexão

Pronação do pé
Predomínio do músculo fibular
Eversão do tornozelo durante a dorsiflexão

ElAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT = banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C APÍTL' LO S EIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Teste
Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM
Testes em posição sentada (cont.)

Normal
- - --
Q~; dril em flexão de até 120 graus
0 m. iliopsoas suporta resistência
máxima

Músculo
Disfunção
Incapaz de suportar resistência estando o Músculo iliopsoas: alongado
quadril em flexão de 120 graus, mas é
capaz de suportar com flexão do quadril
entre 105 e 110 graus

Não suporta resistência à flexão do quadril, Músculo iliopsoas: fraco


seja em que amplitude for
Rotação do quadril
Normal
A rotação interna e externa do quadril é
simétrica, de aproximadamente 30 grau~
Os rotadores internos e externos do quadril
suportam resistência máxima

Quadril
Disfunção
Durante a rotação interna ou externa Músculos rotadores do quadril: alongados
de grau máximo. o paciente não suporta
resistência máxima no limite extremo da
amplitude

A resistência máxima não é suportada Músculos rotadores do quadril: fracos


em qualquer ponto da amplitude para os
movimentos

A amplitude é muito maior para a rotação Variação anatômica: anteversão do colo do fêmur
interna que para a rotação externa

A amplitude é muito maior para a rotação Variação estrutural: retroversão do colo do fêmur medial e
externa que para a rotação interna lateral
Perna
Variação estrutural da tíbia A linha que liga os maléolos interno e externo forma um
ângulo de mais de 25 graus com o plano horizontal
.••· -··

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AJP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EJPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C.wfn:LO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Teste
Teste em posição ortostática: teste de costas para a
Segmento Defeito - êritérios Disfunções SDM

parede
Coluna retificada, braços fletidos lateralmente
-
Normal ~ m os braços fletidos ao lado do corpo e
pés a 7,S cm de distância da parede, 0
os . te consegue estender a coluna
pacten . lom-
bar contra a parede, sem sentir dor

Lombopélvico Músculos abdominais: fracos Extensão


Disfunção Paciente incapaz de retificar a coluna
Músculoiliopsoas:encurtado Extensão
lombar Extensão
Músculos extensores da coluna: encurtados
Dor à flexão da coluna lombar Flexão

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BrT = banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C APITULO SEIS

Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Marcha

SOM
Componente Disfunção Critérios
-
Óisfunções

Rotação da pelve Normal Rotação de 4 graus de pelve, em cada lado de um eixo central (de 8
graus ao todo) durante a fase de oscilação com os lados direito ou
Rotação da coluna lombar
esquerdo

Disfunção lombopélvica Aumento do grau de rotação da pelve no final da fase de apoio,


-M fl
úsculos exo
~ .
res do quadril da perna de sustentaçao. en
cortados e rígidos
.
Extensão da coluna lombar
quando o quadril entra em extensão
-- d ·1 da perna de sustentação: encurtados e rígidos
Flexores do qua r1
Aumento da antenersão pélvica no final da fase de apoio, ao entrar
o quadril em extensão
-
Desvio lateral da pehe Normal Desvio lateral do tronco para o lado da perna de sustentação de 2,5
cm
~

túsculos abdutores do quadril da perna de sustentação: encurtados


Disfunção lombopélvica Desvio lateral da pelve de menos de 2~ cm
~

Queda da pelve (rotação do Normal Adoção de 5 graus do quadril da perna de apoio


quadril)
1úsculo abdutor do quadril: fraco
Disfunção lombopélvica Mais de 5 graus de adução do quadril da perna de sustentação

Abdutor do quadril: fraqueza acentuada


Flexão lateral do tronco para o lado da perna de sustentação

Rotação interna do quadril da per- Normal Rotação interna do quadril, de 5 a 7 graus, desde o choque de
na de sustentação, desde o choque calcanhar com o solo até o apoio médio
de calcanhar até o apoio médio
~1úsculos rotadores externos do quadril: alongados e fracos
~1úsculos rotadores internos e abdutores do quadril: dominantes
Disfunção do quadril Rotação interna do quadril maior que 5 a 7 graus
Músculos rotadores externos do quadril: encurtados
Rotação interna do quadril menor que 5 a 7 graus

Rotação externa do quadril da Normal 5 a 7 graus de rotação externa do quadril, desde o apoio medial do
perna de sustentação, desde o apoio pé até sua retirada, acompanhada por supinação
médio até o contato terminal
Músculo rotador externo: desempenho ineficiente
Disfunção lombopélvica Rotação externa do quadril, inferior a 5-7 graus

Ângulo do joelho, desde o contato Normal Ao realizar o choque de calcanhar com o solo, o joelho apresenta
do calcanhar com o solo até o apoio 15 graus de flexão, depois estende-se até a posição neutra, até a
médio retirada
Músculos gastrocnêmios e sóleo: encurta~os
Disfunção do joelho Extensão aumentada do joelho no momento de choque de calca- Músculo quadríceps: desempenho reduzido
nhar com o solo, ou logo em seguida

Mo,imentação do tornozelo, desde o Normal Os Hexores plantares do tornozelo aumentam em atividade para
apoio médio até o contato terminal levantar o calcanhar e contribuir para a flexão do joelho, desde o
apoio médio até o contato terminal
Força de retirada reduzida. O paciente parece caminhar de ''pé Músculos gastrocnêmios e sóleo: redução do desempenho
Disfunção do tornozelo
chato''

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
- G-1.PfTULO Sas

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior

Posição Teste Disfunção/variação


estrutural SDM SDM SDM TN
EXT ROT FLEX
ACC
- - - - - - - - - - - - - - - - ~D~is~fu;;::n:ç~ã~o~/;v;a;rhia:ç~ã~o; ----;S~D~M;-~S~D~M;-~SDM TN
Posição Teste estrutural ACC EXT ROT FLEX
Ortostática Alinhamento
- 1
Flexão lateral corrigida O Aumento da dor D
Torácico O Cifose Exame dos movin~e~tos
D Retificada D D D cm posição ortostahca O Dor inalterada
(cont.J D Redução da dor
D Assimetria: proeminência D E ~

Lombar D Lordose Rotação


Torácica O Dor D E
D Retificada D Assimétrica ><E
O Assimetria D D D
l)
D
Lombar ÜDor D E
D Dor
O Assimétrica D ~<E
O Diminuição da dor com a coluna
retificada Inclinação posterior D Dor
Pelve O Inclinação anterior Extensão verdadeira da D D
coluna lombar D Dor
O Inclinação posterior D
O Inclinação lateral D<> E
D D Posição em pé com O Flexão lateral do tronco D E
O Rotação para D E apoio unipodálico O Adução do quadril D E
Quadril O Flexiio D Rotação da pelw l) E D
O Extensão D Rotação do quadril D E
O Rotação interna D
D D D
E
O Rotação externa D
Posição de semi-aga- O Rotação interna do quadril D E
E
Joelho D.\rqueado
chamento, flexão de D Rotação externa do quadril D E
T) E quadriVjoelho D Pronação do tornozelo
• varo D F O Supinação do tornozelo
D
D
E
E
D Torção D E
Pé O Pronado Decúbito dorsal (beira Os dois joelhos contra D Dor
D E da mesa) o peito O Flexão da coluna lombar. sacro fora D
Dsupinado D E
Exame dos movimentos da mesa
Flexão anterior DDor
cm posição ortostática
D Flexão da coluna lombar > 25 graus D D D Comprimento dos
O Extensão da cW lombar flexores do quadril
O Mais rápida na coluna que nos quadris Pelve O Ante,·ersão péh·ica D F D D D
D Flexão do quadril < 70 graus O Inclinação lateral D E
Flexão anterior
O Aumento da dor O Rotação D E
corrigida
D Dor inalterada D D D Encurtamento muscular ÜTFL D E D D
O Redução da dor D ~L reto femoral D E
Retorno após flexão D Dor O M. iliopsoas D E
anterior
O Predomínio na coluna D D D Articulação do quadril D ;\L iliopsoas alon~ado D F D
O Inclinação do quadril O Proeminência da cabeça do
Retorno corrigido D .\umemo da dor fêmur (deslizamento anterior) D E
O Dor inalterada D D D Articulação do joelho O Redução externa da ubia D
D
E
O Redução da dor 1

Sobre a mesa
, .
Flexão lateral D Dor Posição (Em comparação com a posição ortostahca)
O Limitada a
D E D Flexão de quadris/ joe- O .\umcnto da dor D E D D
D E
O Assimetria D >< E
lhos D Dor inalterada D E
O .\ngulo de flcxáo agudo D
O Redução da dor D E
E
D Deslizamento lateral para
an1erior D E

Abd = abdução; ACC = acessório; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; ext = extensão; flex = flexão; lat. = lateral ou
externa; MI= membro inferior; TN = tensão neural; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; GMP = glúteo médio pos-
terior; rot = rotação.
o Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPITLLO SEIS
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Disfunção/variação SDM SDM SDM TN ACC


Posição Teste Disfunção /variação
SDM SOM SOM TN ACC
posição Te ste estrutural EXT ROT FLEX
estrutural EXT ROT FLEX - ~-----~ ~==~---i-r=ol_ _ __
1 0 Dor
Sobre a mesa (cont.) Extensão de quadris/ ÜDor D E somente ambos
õecúbito lateral Posição
Apoio sob o lado
O Aumento da dor o D
D
E
E
joelhos D Início da dor < 50% da ext. D E
D D O Dor inalterada
D Início da dor> 75% da e:xt. D E O Redução da dor D E
Apoio sob a coluna D Aumento da dor D D - O Dor D E o
lombar D Dor inalterada
Quadril em rotação exter-
• Rotação lombopélvica D E
1 D Redução da dor
-
na/abdução
Onor D E o
Flexão unilateral de
D < 11 O graus de flexão Abdução do quadril (mem-
O Inclinação lateral da pc!Ye D E i D
quadril/joelho
do qualdril D E D bro inf. de cima)
E
Passiva
D Flexão lombar simultânea D E D Desempenho muscular O Alongado D
E
1

Ativa O Dor na virilha D E D (membro inf. de cima) O Fraco/alongado D


D
0 Des\'io da TCIR D E D 3,4,5
E
D Dor aos movimentos do 3,4,}
o
!

membro inf. D E D
1
O Com rotação lombopélvica D E D Adução do quadril (MI
O Inclinação lateral da peh'e
O Rotação interna
D
D
E
E
1
o
de cima) D E
O Rotação lombopélvica D E 1 O ~fobilidade excessi\'a
Passagem da flexão O Limitação da mobilidade do O Mobilidade restrita. D E
do quadril para
abd/rot.
quadril D E D D D (teste de Oher < 10 graus) 1
1
D Dor na virilha D E D
O Dor na região lateral do Desempenho muscular (MI O Fraco; 2, 3, 4, 5
quadril D E 1 de baixo)
D E
Decúbito dorsal Desempenho da mus- O Dor à flexão do quadril D E 1

Abdução/rotação ext./ex-
O Alongado E
O Fraco/alongado D
culatura abdominal O Segurando o joelho contra tensão do quadril (GMP)
inferior o peito D E D D O Flexão/rotação interna do
D E
O Flexão cio quadril> 110 graus D E quadril
D
Ül/5 D E 3,4,5
• 2;5 3,4, 5
E

• 3/5, 4/5, 5/5 O Aumento da dor o o


Desempenho da mus- D Tronco fletido < 1/5 Decúbito ventral Posição
O Dor inalterada
culatura abdominal O Do tronco fletido para a posição O Redução da dor
sentada de braços estendidos 3/5
superior
O Do tronco fletido para a posição O Aumento da dor D D
Apoio sob o abdome
sentada de braços cruzados 4/5 O Dor inalterada
O Do tronco fletido para a posição O Redução da dor
sentada, de mãos sobre a cabeça
O <80 graus com a coluna retificada D
5/5
E
1

Flexão do joelho O Dor D E o D


Flexão do quadril/jo-
O Dor na coxa < 45 graus D E
D D D Passiva O Inclinação anterior da
elho em extensão D 1
pelve D E
E
O Rotação lombopéh ica D
Elevação da perna D Sem dor: completamente passh:o D E D
estendida 0 Desvio ela TCIR D E D
O Dor D E o o
A partir da EPE: ex- Ativa O Inclinação anterior
tensão do quadril con-
D Dor D E
D E
da pch-e
tra a resistência O Rotação lombopél\'ica D E

Desempenho do O Alonga<lo
D Fraco/alongado, 3/5. 4/5
D
D
E
E O Aumento da dor D E o o
músculo ilio2soas Pelve estável D E
O Dor inalterada
O Redução da dor D E
Desempenho do m. O Fraco/along-ado,2/5. 3/5, 4/5 D E 1

TFL

Abd = abdução; ACC = acessório; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; ext = extensão; flex = flexão; lat. = lateral ou
externa; MI = membro inferior; TN = tensão neural; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; GMP = glúteo médio pos-
terior; rot = rotação.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C.>.PITl' I o SFI'i

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Posição Teste Disfunção /variação SOM Disfunção/variação SDM SDM SDM TN ACC
SOM SOM TN ACC Teste EXT ROT FLEX
estrutural EXT ROT FLEX estrutural
Decúbito ventral
(cont.)
Flexão passiva do
fêmur O Rotação e..xterna
-
Posição Coluna lombar 0 Fletida D D
Desempenho mus-
D E
o de quatro apoios D Retificada
cular O Fraqueza 3/5, 4/5 D (cont) O Lurdótica
3/5, 4/5 E O Assimétrica, proeminente D E
Flexão do joelho con-
tra resistência • Alongado D E Pelve O Assimétrica, saliente D E D D
D Dor D D
Rotação interna do D Dor D E D O Aumento da dor D D
quadril O Rotação lombopéh ica Alinhamento
D E
correto
O Dor inalterada
D Aumento da dor O Redução da dor
Pelve estabilizada D Dor inalterada
D E D 1

D E Movimento de balanço p/ trás O Dor


O Redução da dor D E
Coluna lombar O Flexão D D D
O ,\mplitude dos movi- O Rotação
mentas D E D Extensão 1

D AnteYersão cio colo do fêmur D E Pelve O Rotação D E D


D Retroversão do colo do fêmur D E O Inclinação lateral D E
Rotação externa do
quadril D Dor D E D D D D
D Rotação lombopéh-ica Alinhamento corrigido da D Aumento da dor
D E D coluna lombar O Dor inalterada
O Aumento da dor D E D O Redução da dor
O Dor inalterada D E
O Redução da dor D E
Empurrando com os braços
O Aume11to da dor D D
D Amplitude dos muvimen- O Dor inalterada
tos
O Redução da dor
D E
O Anteversão do colo do fêmur D E
Quadril em rotação externa/ O < Rotação/inclinação da pelve D
D Retrmersão do colo do fêmur D abdução O < Rotação da coluna lombar
E
Extensão de quadril D Dor D Movimento de balanço D
e joelho
D > Extensão da coluna
D F D O Dor
lombar D E D Flexão do ombro •O Rotação
Dor
D
O Rotação lombopélvica D E D lombar com moYimento
O Atirnção do glúteo máximo cio ombro D E
após extensão do quadril D E D Posição sentada Alinhamento D D D
Flexão O Dor
D Desvio anterior da TCIR D E D Dor
D Retificado
Estendido O Dor
Extensão do quadril D Dor D E D
com joelho em flexão
D > Extensão da coluna lombar Extensão do joelho D Dor D E D D D
D <5 graus de extensão do D O Flexão da coluna
quadril D E lombar D E
D Des,io anterior da TCIR D F O Rotação/flexão da coluna
D Fraco/alongado D lombar D E
Desempenho do
músculo glúteo
• 3, 3+, 4-. 4, 4+/5 D O < 80 graus de extensão
0 3, 3+, 4-, 4, 4+/5 E do joelho D E
máximo
O Rotação interna do
Posição de quatro quadril D E
Alinhamento O Cifose
apoios Flexão dorsal
Coluna torácica DEscoliose 1 O < 1() graus de ílexão
dorsal D E 1

Abd = abdução; ACC = acessório; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; ext = extensão; :flex = flexão; lat. = lateral ou
externa; MI = membro inferior; TN = tensão neural; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; GMP = glúteo médio pos-
terior; rot = rotação.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C A PÍTUL O S EIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Inferior


(cont.)

Posição Teste Disfunção/variação SDM SDM Disfunção /variação SDM SDM SDM TN ACC
SDM TN ACC posição Teste
estrutural EXT ROT FLEX estrutural EXT ROT FLEX
Sentada
(cont.)
Flexão do quadril- O Alongamento D E
- 1
Flexão do ombro O Aumento da dor D
iliopsoas (<lesem- O Fraqueza/ distensão
penho)
D E O Dor inalterada
3,4,5 D O Redução da dor 1
3,4, 5 E 1
1
1
~

Rotação interna do :Marcha Extensão da coluna O Aumenta durante a posição


quadril
O Amplitude dos movimentos l) E lombar ortoslática D E D
O Aumento da dor
O Anteversão elo colo do fêmur D E
O Retroversão do colo do fêmur D E Rotação da pelve O Aumenta durante a posição
ortostática sobre D E
Desempenho
muscular
O Fraqueza/alongamento O Aumento da dor D
3, 3+. 4-, 4, 4+/5 D O Aumenta na posição orto'itática
3, 3+, 4-, 4, 4+/5 E sobre D E
Flexão lateral do tronco O Aumento da dor D
Rotação externa do O Amplitude cios mo\·imentos D E
quadril O Aumenta na posição ortostática
Adução (queda) do
O Anteversão do colo do fêmur D E quadril sobre D E
O Retroversão do colo do fêmur D E O Aumento da dor D
O Fraco/alongado Rotação interna do qua- O Aumenta na posição ortostática
3, 3+, 4-, 4, 4+/5 D dril durante a fase de sobre D E
3, 3+, 4-, 4, 4+/5 E apoio
Em pé: costas para a Retifidção da O Hiperextensão D E
O Aumento da dor D Ângulo do joelho no
parede coluna O Dor inalterada D apoio médio
O Redução da dor
Elevação do calcâneo O Flexão
O Diminuição D E

Abd = abdução; ACC = acessório; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; ext = extensão; flex = flexão; lat. = lateral ou
externa; MI= membro inferior; TN = tensão neural; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; GMP = glúteo médio pos-
terior; rot = rotação.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos CAPÍTL,LO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


Testes, critérios para os testes e anomalias associadas

Teste Segmento Defeito -Critérios Disfunções


SDM

Testes em posição ortostática


- -Cabeça ereta em posição neutra
1Alinhamento Cabeça e pescoço Normal
com lordose cervical
'

Disfunção
-Dor no pescoço, entre pescoço e acrô-
mio
Teste confirmatório: a elevação
passiYa da cintura escapular reduz a
1
dor
Músculos flexores intrínsecos do pescoço: alongados
Cabeça anteriorizada com aumento
Em extensão Músculos extensores: encurtados
da lordose cervical i

Cabeça anteriorizada, coluna Degeneração dos discos


Anteriorizada
cervical retificada
Músculos extensores do pescoço: alongados
Redução da curvatura cervical
1

Retificada
1

Coluna torácica Normal Curvatura posterior


Músculo reto abdominal: encurtado 1
Aumento da curvatura posterior
Cifótica Músculos paravertebrais da região torácica: alongados
i

Músculos paravertebrais da região torácica: encurtados


Ausência da curvatura posterior 1
Retificada
1

Ombros mais de 5 cm posteriores aos I Músculos oblíquos externos: alongados


Inclinada posteriormente Músculo reto abdominal: encurtado
músculos do trocanter maior i
Músculos oblíquos internos: encurtados
1

Ação assimétrica da musculatura abdominal e


Rotação com abaulamento das
Escoliose da coluna 1

costelas 1

Ângulo infra-esternal Normal 90 graus 1

1 Músculo oblíquo externo: encurtado


Agudo 75 graus 1

Músculos oblíquos externos: encurtados e/ou alongados !

Mais de 100 graus


Largo
1
Curvatura anterior: 20 a 30 graus
Coluna lombar Normal
l
1
Músculos oblíquos externos: alongados Extensão
Curvatura anterior acima de 1

Lordose 30 graus Músculo iliopsoas: encurtado


Teste confirmatório: reti- Músculos paravertebrais da região lombar: encurtados
ficação da coluna lombar Dor
reduz a dor

EIAS = e~pinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento· BI = ·· · · -


AIP = articulação interfalangiana proximal· TCIR = t . t, . d
,
. ~ ' T bau<la ibotibial, TMM = teste muscular manual;
raJe ona o centro mstantaneo de rotação· EIPS- "nh ·1· '
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tenso r da f;'asc1a
. . TF
1ata,
', . - espi a 1 iaca postem-superior; EPE
L-BIT = tensor da fascia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes
Segmento Defeito
Critérios Disfunções SDM
Testes em posição ortostática (cont.)
Alinhamento
Retificada - ,isência da curvatura anterior Músculos paravertebrais: alongados
(pode ser normal no homem) Músculo iliopsoas: alongado
1
Escápula Normal
~

Horizontal, situada entre T2 e T6,


plana sobre O tórax; borda vertebral
paralela à coluna, da qual dista apro-
ximadamente 7,5 cm
Rotação de 30 graus no plano
1
1 frontal
~

Em rotação inferior Ângulo superior mais distante da Trapézio superior: alongado ,.


coluna que o ângulo inferior Músculos elevador da escápula e rombo1de: encurtados e
rígidos , . .
Fibras inferiores do m. serratil anterior: alongadas
1 Músculos deltóide e supra-espinhoso: encurtados
1
!

Deprimida Mais baixa que T2; articulação i


Trapézio superior: alongado
1 acromioclavicular mais baixa que a
1
1
articulação esternoclavicular
1
Abduzida 1
Borda ·vertebral dista mais de Músculo serrátil anterior: encurtado
7,5 cm da coluna Músculos rombóide e trapézio: alongados
Rotação superior a 30 graus no plano Músculos escapuloumerais: encurtados e rígidos
frontal
1

Aduzida 1
Borda vertebral distando menos de Músculo serrátil anterior: alongado
7,5 cm da coluna Músculos rombóide e trapézio: encurtados
r

Alada/inclinada 1

Borda vertebral ou ângulo inferior Retificação torácica


destacando-se da caixa torácica Músculo serrátil anterior: fraco
Músculo peitoral menor: encurtado , .
Músculos escapuloumerais encurtados e ng1dos
1 Abaulamento das costelas

Elevada .Mais alto que T2; acrômio alto Músculos trapézio superior: encurtado
1 1 Músculos elevador da cápsula e rombóides: encurtados
l
Úmero
Normal 1 A face superior estende-se ligeira-
mente para fora do acrômio; menos
da terça parte da cabeça do úmero
situa-se anterior ao do acrômio;
rotação neutra; paralelo ao tórax;
extremidades proximal e distal no
1 mesmo plano vertical
i
1

Anterior Mais da terça parte da cabeça do Cápsula articular anterior: estiramento


r
1
úmero anterior ao acrômio Músculo subescapular: alongado

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibiaL
Exa me das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes Segmento Defeito -


Critérios Disfunções SDM

Testes em posição ortostática (cont.)


1

Músculos deltóides: encurtados Deslizamento superior


Alinhamento Úmero Superior Elevada em direção ao acrômio
Manguito dos rotadores: ineficiente i

Músculos rotadores externos: controle ineficaz Rotação interna 1

Rotação interna Fossa cubital voltada mediaimente


Olécrano voltado lateralmente: sem Músculos rotadores internos: encurtados e rígidos
rotação interna em caso de
abdução da escápula 1

Rotação externa t'ião é freqüente, exceto estando Músculos rotadores externos: encurtados
a escápula aduzida e o úmero em
posição aparentemente neutra
Músculo deltóide: encurtado Deslizamento superior
Abdução Extremidade distal do úmero
afastada do corpo; úmero não se Músculo supra-espinhoso: encurtado
estende além do acrômio Rotação inferior da escápula

Flexão/elevação do ombro Normal 180 graus sem abdução escapular


maior que meia polegada (1,25 cm)
além da borda posterolateral do
tórax; o ângulo inferior da escápula
alcança a
linha axilar média durante a
abdução com rotação superior a 60
graus~ sem elevação ou depressão
excessiva da cintura escapular ou
movimentação da coluna vertebral i

Músculo grande dorsal: encurtado Deslizamento posterior


Ombro Disfunção Mobilidade inferior a 180 graus
Músculo peitoral menor: encurtado
Dor à extensão do tronco
i
Músculos ftexores do ombro: fracos
1
1

1
1
Escápula Disfunção Ângulo inferior não alcança a linha Músculo serrátil anterior: alongado e fraco
axilar média Músculo rombóide: encurtado e rígido
Abdução/rotação superior
insuficientes

Rotação para cima: menos de 60 Músculo serrátil anterior: alongado e fraco


graus Músculo trapézio: alongado e fraco
Músculo rombóide: encurtado e rígido

1 ão deprime no final do movimento Músculo trapézio inferior: alongado e fraco


Músculo peitoral menor: encurtado
Úmero: deslizamento
Ele,·ação excessiva Músculo trapézio superior: dominante
superior excessivo i

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento; BIT = banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BJT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes
Segmento Defeito Disfunções SDM
Critérios
Testes em posição ortostática (cont.)
Flexão/elevação do ombro !

Escápula
Disfunção Excesso de abdução Músculo serrátil anterior: encurtado e dominante
Músculo trapézio: alongado e fraco
Músculo rombóide: alongado
1

Úmero
1
Escápula alada M. serrátil anterior: alongado e fraco
1
Músculos escapuloumerais: encurtados e fracos

1
Disfunção 1 Deslizamento anterior excessivo: Músculo subescapular: alongado e fraco
mais de um terço da cabeça do Cápsula articular anterior: estiramento
1 úmero Músculo peitoral maior: dominante

Deslizamento anterior: excessivo Músculo deltóide: dominante


Manguito rotador: diminuição do desempenho
1

! Rotação interna: excessiva (escápula Músculos rotadores externos: ação insuficiente


1 sem abdução) Músculos rotadores internos: encurtados e rígidos
Extensão do ombro (retorno após elevação) 1

Normal Adoção e rotação inferior da


cápsula; escápula rente ao tórax
Relação entre os movimentos de úme-
roe escápula: 2:1
Durante a extensão, a cabeça do
úmero permanece dentro da fossa
glenóide
Escápula Escápula alada o alongamento dos músculos escapuloumerais não, se pro-
Disfunção
1
cessa tão rapidamente como o alongamento dos musculos
toracoescapulares ,
É acompanhado muitas vezes por encurtamento dos mus-
culos escapuloumerais
1 Músculo peitoral menor: dominante
1

Depressão excessiva da escápula Trapézio superior: desempenho reduzido


Trapézio superior: dominante
1
-
Rotação inferior excessiva Músculo serrátil anterior e trapézio inferior: desempenho
reduzido , .
1 Músculos escapuloumerais: encurtados e ng1dos

1 Adução excessiva Músculo serrátil anterior: desempenho reduzido


1

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disjunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos CAPÍTLLO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

SDM
Testes Segmento Defeito Critérios Disfunções

Testes em posição ortostática (cont.)


1
1
Músculo subescapular: alongado e fraco Deslizamento anterior
Extensão do ombro Úmero Disfunção De'ilocamento anterior da cabeça Porção anterior da cápsula artic?,lar: estir.amento
do úmero (acompanhado freqüen- Terço posterior do músculo deltmde: dommante
temente de abdução insuficiente da
escápula)

Abdução/elevação do ombro Normal Depois dos primeiros 30 graus de _


abdução, a escápula entra em abduçao
e rotação superior, movimentando-
se à razão de 1:2 para o úmero; este
apresenta rotação externa, enquanto
permanece dentro da fossa glenóide
Depois de completar 180 graus de mo-
vimento, o ângulo inferior da escápula
alcança a linha axilar média do tórax
Rotação superior da escápula de
60 graus
1

l
1

O ângulo inferior não alcança a linh~ M. serrátil anterior: alongado e fraco


Escápula Disfunção Músculos rombóides: encurtados e rígidos
axilar média; abdução/rotação supe-
rior: insuficiente

Rotação superior não chega a 60 Músculo serrátil anterior: alongado e fraco


Músculo trapézio: alongado e fraco
graus
Músculo rombóide: encurtado e rígido 1

Não deprime no final do movimento Trapézio inferior: alongado e fraco


Músculo peitoral menor: encurtado 1

Trapézio superior excessivo: dominante


Elevação excessiva
úmero: deslizamento superior excessivo

Músculo serrátil anterior: encurtado e dominante


Abdução excessiva
Músculo trapézio: alongado e fraco
Músculos rombóides: alongado 1
1

M. serrátil anterior: alongado e fraco Deslizamento superior


Escápula alada
Músculos escapuloumerais: encurtados e fracos

Deslizamento superior excessivo Músculo deltóide: dominante


Úmero Disfunção Manguito rotator: desempenho reduzido 1
(geralmente durante a abdução)
1
1

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata- banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C APITULO S EIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes Segmento Defeito Critérios Disfunções SOM


Testes em posição ortostática (cont.)
Abdução/elevação do ombro Úmero Disfunção Deslizamento excessivo da cabeça do Músculo subescapular: alongado e fraco Deslizamento anterior
úmero anteriormente (mais de um Cápsula articular anterior: estiramento
terço). geralmente estando a escápula M. peitoral maior: dominante
abduzida
O úmero não se encontra no plano
da escápula, mas no plano lateral do
tronco
Rotação interna
Diminuição da rotação externa Músculos rotadores externos: desempenho insuficiente
Músculos rotadores internos: encurtados e rígidos
Adoção do ombro: retorno após abdução Normal Escápula em adoção e rotação infe-
rior, permanecendo rente ao tórax
Relação de 2: l entre os movimentos
de úmero e escápula; a cabeça do
úmero permanece dentro da fossa
glenóide, enquanto o úmero se
estende em direção à posição
neutra
1
Escápula 1
Disfunção Escápula alada Os músculos escapuloumerais não se alongam tão
rapidamente quanto os músculos toracoescapulares
É acompanhada muitas vezes de encurtamento dos
músculos escapuloumerais
Músculo peitoral menor: dominante
1

Depressão excessiva da escápula Trapézio superior: desempenho reduzido


Músculo trapézio inferior: dominante

Rotação inferior excessiva Músculos serrá til anterior e trapézio inferior: ação dimi-
nuída
Músculos escapuloumerais: encurtados e rígidos

Adoção excessiva Músculo serrátil anterior: desempenho reduzido

Disfunção umeral Deslizamento superior da cabeça do Músculo deltóide: dominante Deslizamento superior da
úmero Manguito rotador: desempenho diminuído cabeça do úmero

Testes em decúbito dorsal


Comprimento do m. peitoral menor Normal A borda posterior do acrômio não
dista mais de 2,5 cm da mesa, estando
os braços ao lado do corpo, com os
cotovelos em flexão

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPITULO SFIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Disfunções SOM
Testes Segmento Defeito Critérios

Testes em decúbito dorsal (cont.) 1

Comprimento do m. peitoral menor o alongamento aplicado em sentido


látero-superior é capaz de colocar a
margem posterior do acrômio contra
0 tampo da mesa, sem rotação ou
elevação da caixa torácica, desde que
a coluna torácica seja de curvatura
1

1
normal

Disfunção muscular A borda posterior do acrômio fica a Músculo peitoral menor: encurtado 1

mais de 2,5 cm de distância da mesa;


não é possível trazê-la passivamente
até a mesa, estando o cotovelo fletido
ou o ombro em discreta flexão (na
ausência de cifose ou escoliose)

A borda posterior do acrômio dista mais Cabeça curta do músculo bíceps braquial: encurtada
de 2,5 cm da mesa e não pode ser trazida
passivamente até a mesma, estando o
braço ao lado do tronco e o cotovelo em
extensão

Flexão máxima do ombro (comprimento do m. grande dorsal) Normal Os ombros fletem-se até 180 graus
(braços em contato com a mesa),
estando a coluna lombar retificada e a
escápula não se projetando mais que
1,25 cm além da borda posterolateral
do tórax
1 1

Disfunção do ombro
1
Deslizamento anterior ou superior Dor
da cabeça do úmero, rotação interna
e rotação insuficiente superior da
cápsula i
1
1
Disfunção muscular Flexão do ombro inferior a 180 graus, 1 Músculo grande dorsal: encurtado
estando a coluna reta l

Músculo grande dorsal: encurtado e rígido


A coluna lombar entra em extensão 1
Músculos abdominais: menos rígidos
durante a flexão do ombro
Flexibilidade da coluna lombar para a extensão

O ângulo inferior da escápula proje- Músculo redondo maior: encurtado


Teste confirmatório: a rotação interna do úmero aumenta
ta-se mais de 1,25 cm além da borda
a amplitude para o movimento de flexão
posterolateral da caixa torácica A amplitude para o movimento de flexão não se altera
Todos os músculos escapuloumerais: encurtados
'i

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Teste
Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM
Testes em decúbito dorsal (cont.)
e

Ombro em 135 graus de abdução (comprimento da porção ester- e

nal do músculo peitoral maior) Normal Braço descansa sobre a mesa, sem
que a cabeça do úmero se desloque
anteriormente
Disfunção do ombro Deslizamento anterior ou superior da Dor na articulação glenoumeral Deslizamento anterior
cabeça do úmero para superior
Braço não entra em contato com a
Disfunção muscular j mP'-ll
Porção esternal do m. peitoral maior: encurtada
Disfunção da articulação Deslocamento anterior da cabeça do Frouxidão da parte anterior da cápsula articular Deslizamento anterior
glenoumera] úmero
Ombro em 90 graus de abdução (comprimento da porção clavi-
cular do músculo peitoral maior) Normal O braço entra cm contato com a
mesa, sem que a cabeça do úmero se
1 desloque anteriormente
1

Disfunção do ombro !

Deslizamento anterior ou superior da Dor na articulação glenoumeral


1 cabeça do úmero
1
J
Disfunção muscular
!

1
Braço sem contato com a mesa Porção clavicular do m. peitoral maior: encurtada
Disfunção da articulação Deslocamento anterior da cabeça do Parte anterior da cápsula articular: frouxa Deslizamento anterior
glenoumeral 1
úmero
Rotação externa do ombro (comprimento do músculo
rotador interno)
Normal Rotação externa e 90 graus de ab-
Ombro em 90 graus de abdução
Cotovelo fletido a 90 graus dução do úmero com desloca-mento
mínimo da cscápula
1

Disfunção do ombro !
Deslizamento anterior ou superior da Dor Deslizamento anterior
cabeça do úmero Músculos rotadores externos: rígidos ou superior
1
Frouxidão da porção anterior da cápsula articular
1
Disfunção muscular Rotação externa inferior a Músculo redondo maior, subescapular, peitoral maior
1
90 graus (porção clavicular): encurtados 1
Rotação interna do ombro (comprimento do músculo
rotador externo) Normal !

90 graus de abdução; a rotação inter-


Ombro em abdução de 90 graus na do ombro deve chegar a 70 graus
Cotovelo fletido a 90 graus (os dedos devem tocar a mesa, estan-
do o punho em flexão), sem inclinação
da escápula ou deslizamento anterior
da cabeça do úmero

Disfunção do ombro Inclinação anterior da escápula Rotadores externos mais tensos que o músculo trapézio Deslizamento anterior
inferior
Disfunção do ombro Deslizamento anterior da cabeça do Porção anterior da cápsula articular: frouxa
úmero
Disfunção muscular Menos de 70 graus de rotação interna Músculos infra-espinhoso e redondo menor: encurtados e
rígidos após 6 a 8 repetições; aumento da mobilidade arti-
1
cular; a rigidez é freqüentemente encontrada 1

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial· TMM = teste muscular manual·
AIP = ar~iculação interfalangia~a proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espi~a ilíaca póstero-superior; EPi
= elevaçao da perna em extensao; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos _ ----------------------~__:_____:;__~---------------c:::-;;;:;:~-;;;;----,345 CAPITl,I O SFIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

SDM
- Critérios Disfunções
Teste Segmento Defeito
Testes em decúbito ventral
-Abdução de 90 graus, estando o 1
1

Rotação interna do ombro Normal


úmero no plano da escápula: o
paciente consegue realizar a rotação
interna do úmero até 70 graus._sem
movimentar a escápula ou deslizar a
cabeça do úmero anteriorment~ _
Paciente capaz de manter a pos1çao
de rotação interna contra a resistên-
eia máxima

l
1

1
Deslizamento anterior 1

Disfunção do ombro Deslizamento anterior da cabeça do Dor d lt"d


Músculos redondo menor, infra-espinhoso e e 01 e
úmero
posterior: rígidos e encur~ados .
Frouxidão da cápsula articular antenor

Inclinação anterior da escápula Trapézio inferior: alongado e fraco 1

l
Elevação da escápula Trapézio superior: dominante
1

Menos de 70 graus de rotação Músculo redondo menor, infra-espinhoso e deltóide


Disfunção muscular posterior: encurtados i

interna
1

Incapaz de manter a rotação interna Músculo subescapular: fraco e alongado


contra a resistência máxima 1

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTl/LO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Teste Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM


Testes em decúbito ventral (cont.)
Rotação externa do ombro 1

1'/ormal
90 graus de abdução, estando o úme-
ro no plano da escápula
Sem abdução da escápula
Paciente capaz de 90 graus de rota-
ção externa do úmero, sem depressão
da escápula
Capaz de manter a posição em
rotação externa contra a resistência
máxima

Disfunção do ombro Deslizamento anterior ou superior Dor Deslizamento anterior ou


da cabeça do úmero Porção anterior da cápsula articular: frouxa superior
Terço posterior do músculo deltóide: dominante (obser-
ve a extensão do braço)

Abdução da escápula (manifestan- Músculo trapézio e rombóides: alongados e fracos


do-se somente com a escápula na
posição correta e não na posição de
abdução para a realização do teste)

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Ili
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CAPITULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes

Testes em decúbito ventral (cont.)


Segmento Defeito - Critérios Disfunções SDM

Rotação externa do ombro - 1


Depressão da escápula Músculos grande dorsal ou trapézio inferior:
1
dominantes
Problema com o tempo de ativação dos rotadores externos
1
da articulação glenoumeral
1 Disfunção muscular Músculos redondo maior e subescapular: encurtados
'
1
Rotação externa inferior a 90 graus

Incapaz de suportar resist_ênci~ Músculos infra-espinhoso, redondo menor e deltóide


máxima quando em rotaçao ma- posterior: fracos
1 xima
Desempenho do trapézio inferior
Normal
Capaz de manter a escá~ula em _
rotação para cima/aduçao/depressao
e O úmero em rotação externa (de
polegar voltado para cima), estando
o ombro em abdução de 135 graus e
1
aplicando resistência excessiva
1

Disfunção muscular
1

Dificuldade para colocar o braço Músculos peitoral menor: encurtado


passivamente na posição para o
teste
1

Incapaz de manter a posição de teste Trapézio inferior: alongado


1
contra a resistência máxima, mas
consegue fazê-lo depois de mudar a
1
1 posição em 10 a 15 graus
1

Incapaz de suportar resistência ~á- Trapézio inferior: fraco


xima em qualquer ponto da amphtu-
1
de para os movimentos

A aplicação de resistência máxi- Trapézio superior: dominante


ma resulta em elevação da cintura
1
1
escapular
1

Rotação da escápula para baixo ou Músculos rombóides: dominantes


1
rotação interna do úmero
Desempenho do trapézio médio
Normal
Paciente capaz de manter a escápu-
1 la em rotação superior/adução e
depressão e o úmero em rotação ex-
terna (de polegar para cima), estando
o ombro em abdução de 90 graus e
com aplicação de resistência máxima
1

1 1

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
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Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM


Testes em decúbito ventral (cont.)
Desempenho do trapézio médio
Disfunção muscular Incapaz de manter a posição do teste Trapézio médio: alongado
1 contra a resistência máxima, mas
consegue fazê-lo depois de mudar a
posição em 10 a 15 graus

Incapaz de suportar resistência má- Trapézio médio: fraco


xima em qualquer ponto da amplitu-
1
de de movimento

Elevação da cintura escapular em Trapézio superior: dominante


resposta à aplicação de resistência
máxima

Rotação inferior da escápula ou Músculos rombóides: dominantes


rotação interna do úmero
Músculos rombóides
Existe indicação para testar o mús-
culo rombóide, em caso de abdução
acentuada da escápula, de aproxima-
damente 1Ocm
Testes em posição de quatro apoios
1
Alinhamento
Cabeça e pescoço Normal Cabeça em posição neutra, discreta
curvatura cervical anterior
M. elevador da escápula: não
é proeminente
!

Disfunção Extensão da coluna cervical, proe- Músculos extensores do pescoço: encurtados


minência do músculo elevador da Músculo elevador da escápula: encurtado
escápula
Coluna torácica Normal Discreta curvatura posterior
Disfunção Aumento da curvatura posterior Músculos paravertebrais da região torácica: alongados Rotação
Músculo reto abdominal: encurtado

Assimetria~ escoliose Desequilíbrio dos músculos abdominais Rotação


1

Escápula Normal Plana sobre o tórax


Posição entre T2 e T7; dista apro-
ximadamente 7,5 cm da coluna
vertebral

Alada Músculo serrátil anterior: fraco e alongado

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT = banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPITULO S EIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes

Testes em posição de quatro apoios (cont.)


Segmento Defeito - critérios Disfunções SDM

Alinhamento
- Músculo serrátil anterior: encurtado
~duzida: mais de 8 cm de distância
da coluna Músculos rombóides e trapézio: podem estar encurtados
1
1
1

~bduzida: menos de 6,25 cm de Músculos serrátil anterior: alongado


distância da coluna Músculos rombóides: podem estar encurtados
1
-
i

Articulação glenoumeral Normal Flexão de 90 graus no ombro, sem


rotação ou abdução
Cotovelos em extensão
-
Disfunção Rotação interna na articulação Músculos rotadores internos: encurtados Rotação interna
glenoumeral

1 Abdução glenoumeral Músculo deltóide: encurtado e rígido


1

Coluna lombar Normal Retificada ou nivelada: sem dor


Articulação do quadriJ Normal Angulo de 90 graus entre fêmur e
pelve
1
Rotação neutra: abdução/adoção
Tornozelo Normal
1

Flexão plantar: dorso do pé quase na


superfície de sustentação
Movimento de balanço para trás em direção aos calcâneos
Normal Cabeça e pescoço continuam
no mesmo nível
As escápulas mantêm posição
relativamente constante sobre
o tórax enquanto executam
rotação superior e ligeira abdução
enquanto o ombro se flete
A coluna torácica e lombar man-
tém-se em alinhamento constante
1
durante a flexão dos quadris
Coluna cervical Disfunção Boa definição do músculo elevador da Músculos elevadores das escápulas: extensores dominan- Extensão da coluna
escápula; proeminência notável tes do pescoço cervical

Extensão da coluna cervical e da Músculos elevadores das escápulas: encurtados e domi- Extensão da coluna
cabeça nantes cervical

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SOM= suscetibilidade direciona] ao movimento; BIT= banda iliotibiaJ; TMM = teste muscular manual;
AJP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
.,. :~ - :.-~- Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
C APÍTl LO S EIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes Segmento Defeitos - Critérios Disfunções SOM


Testes em posição de quatro apoios ( cont.)
'.\1ovimento para trás em direção aos calcâneos - Rotação de cabeça e coluna
1

Músculo elevador da escápula ipsolateral: encurtado Rotação cervical


cervical Trapézio superior contralateral: dominante
1

1 1

Escápula Disfunção Elevação da cintura escapular


1
Músculos elevador da escápula, rombóide e trapézio
(movimento de "encolher os superior: encurtados e rígidos
ombros'') Trapézio inferior: alongado e fraco

Abdução excessiva da escápula Músculo serrátil anterior: encurtado e dominante


Músculo trapézio: alongado e fraco

Rotação superior da escápula insu- Músculos rombóides: encurtados e rígidos


ficiente
1

Depressão da cintura escapular Músculo grande dorsal: encurtado e rígido


Ar t. glenoumeral Disfunção Rotação interna do úmero Músculos grande dorsal e rotadores internos: Rotação interna
encurtados
Coluna torácica Disfunção Flexão/depressão do tórax Flexão/rotação
1
Músculo reto abdominal: encurtado
Rotação unilateral da caixa
torácica Músculos oblíquos abdominais desequilibrados
Aumento unilateral da proe-
minência
i

Movimento de balanço para frente


Normal Escápula continua rente ao tórax
enquanto aumenta o peso sobre o
membro superior
1

Disfunção Escápula alada Músculo serrátil anterior: alongado e fraco


Flexão do ombro
Normal As colunas torácica e lombar perma-
necern imóveis
'
Coluna torácica Disfunção Rotação da coluna torácica superior Rotação
Músculos abdominais: controle insuficiente
a 1,25 cm durante a flexão do ombro
1

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual.
EPi
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior;
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes Segmento Defeito Critérios Disfunções SDM

Posição ortostática: de frente para a parede


Abdução do ombro em 135 graus Normal Início: ombros em rotação externa, 1

Posição inicial: lado ulnar da cotovelos cm flexão, lado ulnar da


mão contra a parede mão contra a parede
Deslizamento dos braços parede
acima, até 135 graus de abdução
Escápula em abdução e rotação
superior
Adoção da escápula, a fim de afastar
os braços da parede

Deslizamento dos braços


parede acima

Afastamento dos braços da


parede, aduzindo a escápula

Deslizamento dos braços


para cima, até 145 graus de
abdução; em seguida, tire os
braços da parede, aduzindo
a escápula

Disfunção Incapaz para a abdução de 135 graus M úsculos trapézio e serrátil anterior: alongados e fracos
com rotação superior adequada da
escápula

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍTL LO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Testes Segmento Defeito - - - - - - - - - - ~D:::-is~fu


Segmentos ~n-ço~~e~s= - - - - - - - - - - - - - - :SDM
Posição ortostática: de frente para a parede
Abdução do ombro até 135 graus
-Incapaz de aduzir a escápula ao Músculo trapézio: alongado e fraco
1

completar a abdução do ombro


Flexão do ombro até 170 graus -
Normal
Comece com os braços ao lado, os
cotovelos em flexão e o lado ulnar da
mão contra a parede; deve-se fletir
os ombros enquanto coloca
0 cotovelo em extensão
Flexão do ombro até 170 graus,
com abdução e rotação superior da
escápula

Disfunção ~fenos de 170 graus de flexão no Músculos peitoral menor e grande dorsal: encurtados
ombro

Os ombros continuam deprimidos Músculos peitoral menor e grande dorsal: encurtados


Terço superior do músculo trapézio: alongado e fraco

Incapaz de aduzir a escápula ao Músculo trapézio: alongado e fraco


completar a flexão Músculo peitoral menor: encurtado
Flexão do ombro até 170 graus com encolhimento dos ombros
Normal Comece com os braços ao lado do
corpo, os cotovelos em flexão e a
face ulnar da mão contra a parede;
deve-se fletir e encolher os ombros
enquanto coloca o cotovelo em
extensão
Flexão do ombro até 170 graus, com
abdução e rotação superior da es-
cápula com a extremidade do ombro
próximo à orelha

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunçào dos Movimentos CAPÍTULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Disfunções SDM
Testes Segmento Defeito segmentos

Posição ortostática: de frente para a parede


Incapaz de encolher os ombros Trapézio superior: alongado e fraco
Flexão de 170 graus no ombro, enquanto encolhe os Disfunção Músculos rombóide, grande dorsal e peitoral menor:
ombros durante O movimento de flexão
encurtados e rígidos
-
Posição ortostática: de costas para a parede
1

Retificando a coluna, com os braços ao lado do corpo Normal Capaz de retificar a coluna lombar
sem flexão da coluna torácica
(depressão do tórax)
Quadris e joelhos em flexão

Depressão da caixa torácica durante Músculo reto abdominal: encurtado e dominante


Disfunção muscular 1
a tentativa de retificar a coluna
:

lombar
1

Retificando a coluna com os ombros em flexão de 180 graus Normal Capaz de retificar a coluna lombar_
en,~anto mantém o ombro em flexao l i

max1ma
1
Músculos grande dorsal, peitoral maior e peitoral
Disfunção muscular Incapaz de retificar a coluna 1

lombar, a não ser elevando o tórax e menor: encurtados e rígidos


colocando a coluna lombar em 1

extensão 1

(Inman VT, Ralston HJ, Todd F: Human walking, Baltimore, 1981, Waverly Press.
Kendall FP, McCreary EK, Provance PK: Muscles: testing andfunction, 4ª ed., Baltimore, 1993, Williams & Wilkins.)

EIAS = espinha ilíaca ântero-superior; SDM = suscetibilidade direcional ao movimento; BIT= banda iliotibial; TMM = teste muscular manual;
AIP = articulação interfalangiana proximal; TCIR = trajetória do centro instantâneo de rotação; EIPS = espinha ilíaca póstero-superior; EPE
= elevação da perna em extensão; TFL = músculo tensor da fáscia lata; TFL-BIT = tensor da fáscia lata - banda iliotibial.
Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPí1uo SE.Is
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Síndromes Síndromes
Disfunção /varia- umerais
Posição Teste Disfunção/variação Síndromes Síndromes posição Testes escapulares
çao est rutur ai DS HM RI
estrutural escapulares umerais DR DP AB EA DA
DR DP AB EA DA DS HM RI

o o o o
1

Ortostática Alinhamento Ortostática Flexão do ombro O Deslizamento


Cabeça e pescoço O Em extensão anterior D E
(cont.) -úmero
D Inclinação anterior D Deslizamento
D E
O Retificada superior
E
D Dor O Rotação interna D
i
O< 170 graus D E

o o o o
1
Elevação passiva D Redução ela dor
O Dor inalterada
- Extensão do ombro O > Depressão D E

_ retorno após flexão


O Aumento da dor
Escápula D > Rotação inferior D E
O> Adução D E
Coluna torácica O Cifose
O Retificada
O Escoliose - costelas D E Úmero
O Deslizamento
anterior D E
1
o
D Ângulo inferior < região
Ângulo infra-esternal O< 73 graus
O> 100 graus
Abdução do ombro medial do tórax D E o o o o
Escápula
O < 60 graus superior
Coluna lombar O Retificada (rotaçáo) D E
D Lordótica O EleYaçáo insufi-
ciente D E
Escápula
1

D Elev. excessi\·a D E
ÜAbclução
O Em rotação inferior D E
D D D D excessiva D E
D Deprimida D E
O Escápula alada D E
• Abduzida D E
• Aduzida D E Úmero O Deslizamento
superior D E
D Alada/inclinada
D EleYada
D
D
E
E
D Deslizamento
anterior D E o D o o
D < Rotação externa
Úmero O Anterior D E D D D D D E
O Superior D E O< 120 graus D E
O Rotação interna
O Rotação externa
D
D
E
E Adução do ombro - re-
O Escápula alada D E o o o o 1

• Abduzido D E tomo após abdução


O > Depressão D E
Flexão/elevação do O< 180 graus D E Escápula O > Rotação para
ombro D D D D D D D D baixo D E
Escápula D Angulo inferior < re- O> Aclução D E
gião média do tórax D F D D D D D D D D O Deslizamento D
D < 60 graus de Úmero D E 1 1
superior
o o
1
rotação superior D E
O Encurtado D E I D D
D Elcrnção deficiente
O Ele\·ação excessiva
D
D
E
E Decúbito dorsal
Comprimento do m.
peitoral menor
• Rígido D E

D Abdução exage- O Encurtado D E


rada D E
M. bíceps - cabeça
curta
0 Rígido D Ei :

•Alada D E
Flexão do ombro D Encurtado D F.
Comprimento do m. 0 Rígido D E
i

grande dorsal
~

AB = abdução; DA = deslizamento anterior; DP = depressão; HM = hipomobilidade; RI = rotação interna; DS = deslizamento su-


perior; EA = escápula alada/inclinada.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos • Exame das Disfunções de Movimentos dos Quadrantes Inferior e Superior
CAPÍI ULO SEIS

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

- - =-
Posição Testes Síndromes
a=:-__
Síndromes Síndromes
Disfunção /variação Síndromes Disfunção /varia-
escapulares Posição Teste escapulares umerais
estrutural umerais ção estrutural
DR DP AB EA DA DS DR DP AB EA DA DS HM RI
HM R{
Decúbito dorsal Coluna lombar
(cont.)
Comprimento do m.
redondo maior
O Extensão
O Encurtado
0 Rígido
D
D
D
E 1

:1
r

------ Decúbito ventral


(cont.)
Ombro
Rotação externa

Escápula
O < 90 graus de
rotação

Dinclinaçào
D E D

Cabeça do úmero D Deslizamento D E


anterior D E
D D D o anterior
D Abaixamento D E
O Deslit:amento • Abdução D E
superior D E
O Rotação interna D Úmero O Deslizamento
E D E
O< 120 graus anterior
Comprimento do m.
D E
• Dominância do
peitoral maior
O Encurtado D E m. dcltóide D E
Esternal
0 Rígido D E D D D D
Desempenho da mus- O Fraco/alongado
Clavicular O Encurtado D E culatura D 3 3+ 4- 4+/S
0 Rígido n E E3 3+4-44+/5
D Alongado 1) E 1

Cabeça do úmero O Deslizamento O Fraco/alongado


Trapézio inferior
anterior D E D 3 3+ 4- 4 4+/5
O Deslizamento D D D D E 3 3+ 4- 4 4+/5
superior D E O Substituição do
O Rotação interna D E trapézio superior D E
O< 120 graus D E
Ombro, rotação Trapézio médio O Fraco/alongado
O< 90 graus D E D 3 3+ 4- 4 4+/5
externa 0 Rígido D E E 3 3+ 4- 4 4+/ 5
Cabeça do úmero O Deslizamento O Substituição do
anterior D E m. rombóicle D EI
O Deslizamento D
D D O Extensão D D D
Ombro, rotação
superior D E D D Posição de quatro Alinhamento
O Proeminência elo ele-
O < 70 graus de rotação apoios Coluna cervical
E
interna 1)
va<lor da escápula D
E
Escápula
O Inclinação Coluna torácica O Cifose
anterior D E D O facoliose D E
Cabeça do úmero O Deslizamento • Alada D E
anterior 1) E
Escápula
• Abduzida D E
O Deslizamento O Aduzida D E
superior D Ei D D D D Úmero O Em rotação
Decúbito Ombro, rotação U < 70 graus de interna D E
ventral interna rotação D EI D ÜAbduzido D E
Escápula O Inclinação anterior O Extensão da cabeça/
D E D Movimento de balan-
O Elevação D E ço para trás pescoço
O Elevação
Cabeça do úmero
O Deslizamenlo !
O Depressão
anterior D Escápula
E
D 0 Abdução
Desempenho mus- D Fraco/alongado D E D< Rotação
cular D 3 3+ 4- 4 4+/5 superior D E
F 3 3+ 4- 4 4+/5 Coluna torácica
1 O Flexão
O Rotação
-
1

1
1 1

AB = abdução; DA = deslizamento anterior; DP = depressão; HM = hipomobilidade; R1 = rotação interna; DS = deslizamento su-


perior; EA = escápula alada/inclinada.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Disfunções de Movimentos: Exame do Quadrante Superior


(cont.)

Posição Testes Disfunção/varia- Síndromes Síndromes


ção estrutural escapulares umerais CAPÍTULO SETE
DR DP AB EA DA DS HM -
RI
Posição de Movimento de balan- -
quatro apoios
(cont.)
ço para trás
Escápula
• Alada D D D D
Ü>Aduçào
Flexão do ombro -
Coluna torácica
O Rotação i 1
Posição de frente Abdução do ombro
O < 135 graus de D
para a parede em 135 graus
abdução D
D D D
E e sobre os movimentos articulares específicos; esse
O <. 60 graus de rotação
da escápula controle é o fundamento necessário que serve de base
D

Flexão do ombro em
O Sem acréscimo na
última fase D :1 1
Exercícios em Ortostatismo
Exercícios em Decúbito Dorsal
Exercícios em Decúbito Lateral (Membro Inferior)
aos exercícios de fortalecimento e de resistência.
2. A saúde dos tecidos e a saúde perfeita musculoesque-
lética, mediante aumento da capacidade contrátil dos
O< 170 graus de Exercícios em Decúbito Lateral (Membro Superior)
170 graus
ílexào
D D D D 1
músculos.
D E Exercícios em Decúbito Ventral (Membro Inferior) 3. A saúde do aparelho cardiovascular e a resistência da
O Depressão da Exercícios em Decúbito Ventral (Membro Superior)
esdpula musculatura.
D E Exercícios na Posição Quadrúpede
O < 60 graus de Exercícios na Posição Sentada
rotação superior D E Os exercícios de controle são o meio que permite pre-
Úmero Exercícios em Ortostatismo
O'> Elevação D E venir e corrigir os problema de dor muscular; o indivíduo
O Deslizamenlo Exercícios Durante a Marcha
D D D precisa praticá-los para manter um programa de fortale-
superior D E cimento e de resistência que não resulte no aparecimento
O <. Rotação externa D E de problemas. O fortalecimento da musculatura não é
Introdução
Flexão de 170 graus no
O < 170 graus de flexão suficiente para os exercícios de controle. Se assim fosse,
ombro com encolhi-
D E
D D D D O valor dos exercícios é conhecido por todos, de modo que não ocorreriam lesões nos atletas e nas pessoas que treinam
mento do ombro indivíduos de muitas profissões, desde a área de saúde à com pesos, mas são justamente eles os mais sujeitos aos
O Escápula deprimida D E
O < 60 graus <le da educação, estão promovendo e ensinando a prática de traumas. Os exercícios de controle devem ser escolhidos
rotação superior D E exercícios. Em alguns casos, a única qualificação desses para determinado indivíduo de acordo com os resultados
Úmero O Incapaz de encolher indivíduos baseia-se na sua fama ou na sua capacidade como do seu exame físico. Eles precisam ser ensinados com o
os ombros D E promotores de vendas. Infelizmente, já que os exercícios maior cuidado, incluindo a monitoração do desempenho do
O Deslizamento estão sendo promovidos e ensinados por essa vasta gama de paciente e a verificação dos resultados, para saber se estes
rnperior D E
O < Rotação externa D pessoas, além da elevada publicidade, poucas pessoas se dão correspondem ao previsto. Existem no mercado numerosos
E
1
r
D D D conta de assuntos complicados tais como: 1) a maneira pela manuais de exercícios, mas não trazem a discussão detalha-
1
qual diversos exercícios afetam os diferentes segmentos do da da finalidade dos exercícios que descrevem, da maneira
corpo; 2) a escolha de exercícios que se completem uns aos corno devem ser aplicados e das considerações especiais
outros; 3) a escolha dos exercícios específicos que atendem diante das condições de cada paciente. Não é preciso que
às necessidades do indivíduo e 4) a maneira de instruir os os programas de exercícios sejam complicados, mas eles
indivíduos sobre a execução correta dos seus exercícios. A devem estar de acordo com as necessidades do paciente e
idéia que prevalece considera que os exercícios são genéri- precisam ser executados de forma correta. Os exercícios
cos, ou de "um tamanho que serve para todos". É verdade simples são freqüentemente os mais eficazes, mas eles só
que todas as pessoas precisam praticar exercícios, porém podem tornar-se eficazes quando todos os exercícios visam
nem todos os exercícios podem ser recomendados a todas as o mesmo problema e quando o paciente é instruído quando à
pessoas, e também nem todas elas executarão determinado sua execução. A adesão do paciente ao programa de exercí-
exercício da mesma forma. cios depende da sua compreensão perfeita das vantagens que
Os exercícios visam geralmente três aspectos principais o exercício traz à solução do seu problema, da melhora que
de saúde: ele verifica em seu estado, da facilidade com que aprende a
AB = abdução; DA= deslizamento anterior; DP = depressão· HM = hi om O b. · . _ ~ • . 1. A saúde dos movimentos da musculatura esquelética, execução correta do exercício e da possibilidade de absorver
perior; EA = escápula alada/inclinada. ' p ihdade, RI - rotaçao mterna; DS = deslizamento su-
através do melhor controle possível sobre a postura o programa dentro de um prazo razoável.
Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos C.~PITL LO SETE

O paciente deve aprender a flexão lateral, principal-


As informações abaixo descrevem as numerosas finali- são do quadril, mas, antecipadamente à seqüência de Flexão Anterior (Flexão da Coluna e mente no meio da coluna torácica. A observação mostra
dades de exercícios que podem parecer simples. Muitos desses movimentos, ele dá início à extensão da coluna lombar Quadril) que as disfunções relativas a esse movimento são u~ dos
exercícios simples são componentes dos movimentos básicos e cria um momento de força para trazer o tronco sobre fatores capazes de explicar a dor que aparece no paciente
que usamos nas atividades do dia-a-dia. Eles só poderão ser os quadris. Objetivos sentado. Via de regra, a pessoa apóia-se lateralmente na
eficazes se o programa de tratamento destacar devidamente • O paciente dá início ao movimento de retorno pela • Aumentar a flexibilidade da coluna vertebral, sobre- cadeira ou muda de posição, inclinando-se de um lado
a execução correta das atividades diárias mais freqüentes extensão dos quadris, mas inclina precocemente a pelve tudo nas pessoas com flexibilidade limitada d_a c?luna para outro, de modo a criar a disfunção de movir:n~nto de
do paciente. No paciente que mantém bom controle sobre o anteriormente e executa dorsiflexão dos tornozelos torácica e lombar. Esse exercício está contra-mdicado translação que acabamos de descrever. Esse e~ercic10 pode
tronco e a pelve, a correção dos padrões de movimentos e a fim de diminuir a demanda imposta aos músculo~ na presença de osteoporose ou de ci!ose torácica. _ ser realizado de costas contra a parede, evitando, dessa
das posturas da vida cotidiana, desde que não comprometam extensores dos quadris. Essa forma de compensação Aumentar a amplitude para os movimentos de fl~xao forma toda rotação ou extensão. O paciente deve levantar
esse controle, constitui a chave para a prevenção e a correção é freqüente nos paciente de postura em inclinação no quadril e para alongar os extenso:es do qu~~nl_. os bra~os e colocá-los sobre a cabeça, a~ s~ inclinar para
dos problemas dolorosos musculoesqueléticos. posterior e cuja musculatura glútea é fraca. Incentivar o uso da musculatura glutea a mmimizar
0 lado, sempre que o exercício tiver o obJetlvo de ~longar
0 uso dos músculos isquiotibiais dur~n~e a fase ~e os músculos abdominais e grande dorsal. Esse movimento
Considerações Especiais extensão dos quadris ao vo1tar da posiçao de flexao
Exercícios em Ortostatismo anterior. .
não deve provocar dor.
OSTEOPOROSE. O paciente que sofre de osteoporose Incentivar o uso dos extensores dos quadns duran~e
Flexão Anterior (Flexão do Quadril com a precisa manter o tronco ereto e ter o cuidado de manter a toda a amplitude do movimento de exten~ão do quadnl, Posição Ortostática com Apoio Unipodálico
Coluna Lombar Estendida) coluna torácica reta e rígida, fletindo-se ao nível dos quadris. sobretudo durante a fase final desse movimento. !rat~- (Flexão Unilateral de Quadril e Joelho)
A flexão simultânea dos joelhos pode estar indicada, desde se de uma alteração freqüente nos pacientes CUJO ali-
Objetivos que facilite a flexão dos quadris. O paciente com osteoporose nhamento postural é em inclinação pélvica anterior. Objetivos
• Diminuir a flexibilidade excessiva da coluna lombar e precisa evitar as forças de flexão sobre a coluna torácica ou • Melhorar o desempenho dos abdutores e dos rotadores
aumentar a extensibilidade dos músculos extensores sobre a junção toracolombar, em vista do perigo de ocorre- externos do quadril. .
rem fraturas por compressão de vértebras. A flexão anterior
Técnica Correta
do quadril. Melhorar o controle isométrico dos músculos abdomi-
precisa limitar-se à flexão dos quadris, enquanto a coluna O paciente estende as mãos até t?car o piso. ..
• Treinar o paciente a se movimentar com maior facilida- nais sobre a rotação pélvica e da coluna vertebral.
torácica é mantida em extensão. O paciente estende as mãos antenormente, permitmdo
de através da articulação do quadril do que através da Diminuir a rotação compensatória da pelve e coluna
No HOMEM. É importante distinguirmos a limitação da a flexão lenta de pescoço, tronco e quadris, até alcançar
coluna lombar. lombar. .
flexão do quadril decorrente do encurtamento dos músculos o extremo de uma amplitude confortável.
• Incentivar a contração dos músculos glúteos máximos • Diminuir a rotação compensatória entre fêmur e tíbia
isquiotibiais, da falta de controle motor sobre a flexão do • O paciente volta da posição de flexão anterior.
durante o retorno da flexão para a posição ereta. • Reduzir a pronação do pé.
quadril. Em muitos homens, a causa responsável é a falta O paciente contrai os músculos glú!eos e ~oloc~ os
• Melhorar o desempenho dos músculos extensores dos
de controle motor e não o encurtamento dos músculos is- quadris em extensão atrav~s. da amplt:Ude disp~n~vel,
quadris. Técnica Correta
quiotibiais, limitando a amplitude do movimento de flexão até estar na posição ortostatica. Ele nao ~eve miciar o
no quadril durante a flexão anterior. Se a metade superior do movimento pela extensão da coluna, deixando que o • Paciente em posição ortostática, com os_ pés relati~a-
Técnica Correta momento do tronco complete o movimento. mente juntos, visto que o centro de gravidade precisa
tronco for pesada, por causa do comprimento do tronco ou
NíVEL 1: FLEXÃO ANTERIOR COM APOIO SOBRE A MÃO dos ombros largos e musculosos, os músculos isquiotibiais coincidir com o pé de sustentação.
• O paciente realiza a flexão do quadril com a coluna podem apresentar atividade além da necessária. Para veri- Flexão Lateral da Coluna: Posição de O paciente flexiona quadril e joelho de um lado, en-
lombar estendida, limitando a flexão aos demais seg- ficar se existe um problema de controle, peça ao paciente quanto se apoia sobre a perna op?sta. ,
Flexão Lateral O fisioterapeuta observa se o paciente e capaz de exe-
mentos da coluna. que coloque as mãos na superficie da mesa ou de um bal-
• O paciente apoia as mãos sobre a mesa ou balcão e cão, apoiando a metade superior do tronco com os braços Objetivos cutar o movimento e de manter o alinhamento correto
se inclina para frente, flexionando as articulações dos e inclinando-se em seguida para frente, conforme descrito • Aumentar a extensibilidade dos músculos paraverte- entre tronco, pelve e perna de sustentação.
quadris e mantendo a coluna reta (estendida ou em para o exercício do nível 1. Na maioria dos casos, quando o • O paciente repete o exercício no lado oposto.
brais e abdominais.
menor curvatura anterior que o normal). peso do tronco é apoiado sobre as mãos, o paciente consegue • Evitar os movimentos repetidos de um número limitado
• O paciente flexiona os joelhos, se isso for preciso para fletir os quadris pelo menos até 80 graus, enquanto os joelhos de segmentos vertebrais, tipicamente dos segmentos Considerações Especiais sobre Movimentos
aliviar a tensão sobre os músculos isquiotibiais. permanecem em extensão. Isso confirma a opinião segundo L4-L5 ou LS-S 1. Compensatórios
• O paciente deixa seus quadris se inclinarem ligeira- a qual o fator de limitação seria o controle de tronco e pelve
mente para trás; isso costuma ser benéfico quando os ROTAÇÃO DA PELVE. Nos pacientes que se q~eixam
pela musculatura de extensão do quadril, e não o compri- Técnica Correta de dores lombares observa-se, às vezes, um movimento
tendões de Aquiles estão encurtados. mento dos isquiotibiais. Quando o fator responsável pela Com a mão apoiada sua mão inferiormente ao gradil costal,
• O paciente desloca o peso da metade superior de seu limitação é o controle motor, os exercícios de alongamento compensátorio da coluna, quando os últimos segm~ntos da
mas acima da crista ilíaca, o paciente flexiona-se lentamente
corpo sobre as mãos. dos músculos isquiotibiais não serão capazes de melhorar coluna lombar tornam-se o local de rotação excessiva. Por
para um lado, principalmente ~ediante a ~exão dos om~ros,
• O paciente flexiona os cotovelos durante a flexão dos o desempenho da flexão anterior. exemplo: a pelve apresenta rotação para a direita e_a c_ol~na
em vez de se movimentar na cmtura. O fisioterapeuta venfica
quadris. O ensino da flexão simultânea de joelhos e quadris, se esse método é capaz de aliviar os sintomas e se o pa<l:ão lombar para a esquerda durante a flexão do quadnl _direito.
NíVEL 2: FLEXÃO ANTERIOR SEM APOIO DAS MÃOS. 0 durante a flexão anterior, constitui o método mais eficaz de desempenho melhora quando o movim~~to é transfendo Esse movimento precisa ser evitado. Durante os movimentos
paciente realiza o mesmo exercício do Grau I, mas sem o para aumentar a amplitude dos movimentos de flexão no para a região toracolombar, em lugar da regiao lombos_sacral. dos membros, a pelve e o tronco precisam manter sempre a
apoio das mãos. quadril e para previnir a estratégia errada voltada para os O fisioterapeuta observa também a qualidade do movimento mesma posição no plano frontal. . .
RETORNO À POSIÇÃO ORTOSTÁTICA APÓS AFLEXÃO ANTERIOR. isquiotibiais. A maioria dos homens precisa aprender a fle- nos diversos segmentos da coluna. No paciente que re!ere dores A fim de corrigir esse erro, o paciente contrai os
Esse movimento consiste essencialmente na extensão do xão simultânea de quadril e joelho durante a flexão anterior. na coluna o movimento é muitas vezes de translaçao em um músculos abdominais, prevenindo, dessa forma, a rota-
quadril, pois a coluna permanece reta e o alinhamento do Isso não quer dizer que o levantamento de grandes pesos ou dois se~entos e não de flexão lateral envolvendo todos os ção do tronco. Ele pode contrair os músculos_ gl~teos_ e
tronco não se modifica. Ao voltar para a posição ortostática, deva ser realizado dessa forma, mas esse método deve ser segmentos da coluna lombar. O apoio ~ela mão serve como abdominais, se o movimento da pelve for de mclmaç~o
o paciente inicia o movimento pela extensão do quadril. Os usado em todas as atividades que exigem a flexão anterior, bloqueio mecânico que limita o movimento no segm~n~o
seguintes erros são mais freqüentemente observados: tais como: trabalhar na pia, pegar um objeto do assento da anterior no lado que corresponde à flexão do quadnl.
mais flexível, obrigando outros segmentos menos flexiveis Ele não.deve contrair a musculatura glútea se a pelve se
• O paciente começa o movimento de retomo pela exten- cadeira ou inspecionar o conteúdo do refrigerador.
ase mover.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
C APÍTULO SETE

inclina posteriormente no lado do quadril em flexão, pois a linha do peso incide sobre a face interna do pé, em vez de Exercícios em Decúbito Dorsal Técnica correta
isso poderá levar à rotação externa. O problema deve-se passar pelo segundo metatarso, ela passa durante a marcha • O paciente começa com quadril e joelhos em flexão
geralmente à rigidez dos músculos extensores do quadril, ao longo da face interna do grande hálux, forçando-o para Alongamento dos Flexores do Quadril
(posição em gancho).
no lado do quadril em flexão. a posição de valgismo. Esse exercício é importante para a (Extensão de Quadril e Joelho com • Ele desliza um dos membros inferiores em extensão,
ADUÇÃO DO QUADRIL. Durante a posição ortostática com correção dessas disfunções. Estando em pé, apoiado sobre Máxima Flexão de Quadril e Joelho ao mesmo tempo que contrai a musculatura abdominal
apoio unipodálico, o quadril da perna de sustentação apre- uma só perna, o paciente precisa manter o pé em posição Contralaterais) para manter a pelve levemente em inclinação posterior
senta adução, devida à fraqueza dos abdutores do quadril. neutra, a fim de aumentar o peso que incide sobre a mar-
e a coluna em posição estendida para neutra, de acordo
A inclinação da pelve que acompanha a adução do quadril gem externa do pé, além de contrair a musculatura glútea, Objetivos com a alteração postural que o paciente apresenta.
pode resultar em flexão lateral da coluna lombar; esse é com o objetivo de colocar o fêmur em rotação externa até
• Alongamento dos :flexores do quadril, especialmente • O paciente abaixa a outra perna, colocando o pé na
outro sinal de que a coluna lombar é o local de movimento a posição neutra.
do músculo iliopsoas. superficie de sustentação e procurando reduzir a par-
compensatório.
• Melhorar o controle da musculatura abdominal sobre ticipação do músculo iliopsoas.
Outra compensação para a fraqueza dos abdutores do
quadril é a flexão lateral do tronco para o lado da perna
Limitação da Amplitude Flexão de Quadril pelve e coluna lombar. • Ele coloca a perna em extensão, deslizando o pé ao
de sustentação. Esse tipo de compensação é considerado e Joelho com o Tronco Reto longo da superficie de sustentação.
como sinal de fraqueza mais acentuada que a compensação (Semi-agachamento) Técnica Correta • A contração dos músculos abdominais não deve
representada por inclinação lateral da pelve (adução do • O paciente começa com os quadris e joelhos em flexão resultar em depressão do esterno ou em distensão
Trata-se de um exercício pouco prescrito, em vista do es- do abdome, que precisa continuar côncavo, a fim de
quadril). O paciente corrige esse movimento defeituoso (posição em gancho).
tresse que impõe à articulação patelofemoral. As repetições assegurar a maior participação possível dos múscu-
contraindo os músculos glúteos e impedindo, dessa ma- • Aproxima um dos joelhos do peito, segurando-o com
devem ser limitadas ao mínimo. los oblíquos externos; o fisioterapeuta e o paciente
neira, a inclinação lateral pélvica (a adução do quadril), as mãos, enquanto desliza a outra perna ao longo da
assim como a flexão lateral do tronco que a acompanha. precisam estar em condições de palpar o aumento de
mesa, colocando-a em extensão completa.
No homem, cujos ombros são mais largos, a flexão lateral Objetivos tensão desses músculos na face externa do abdome,
• Enquanto estende o membro inferior, o paciente con-
do tronco é freqüentemente muito discreta, mas ela precisa • Melhorar o desempenho dos músculos rotadores ex- abaixo da caixa torácica e mediaimente à da espinha
trai os músculos abdominais, "retraindo o umbigo em
ser observada com atenção, visto que a repetição habitual ternos do quadril ilíaca anterior.
direção à coluna", a fim de mantê-la estendida.
dessa inclinação lateral é capaz de levar à fraqueza dos • Incentivar a distribuição correta do peso sobre quadril, • Para voltar à posição inicial, o paciente desliza os
O movimento no sentido da extensão do quadril termina
abdutores do quadril. joelho e pé. membros inferiores e os coloca em flexão, um após o
ROTAÇÃO rNTERNA EXCESSIVA DO QUADRJL. o paciente deve
quando o paciente não consegue mais manter a coluna
lombar estendida ou quando o fêmur começa a girar outro.
contrair a musculatura glútea a fim de melhorar o controle
sobre os rotadores externos do quadril sempre que houver Técnica Correta ou a se abduzir para completar a extensão do quadril.
excesso de rotação do fêmur, no lado da perna de sustenta- • O paciente coloca-se em pé, com os pés afastados de • O paciente repete o exercício alternando os membros Alongamento do Glúteo Máximo (Flexão
ção. Essa rotação interna excessiva no quadril necessita de maneira confortável, e flexiona os dois joelhos em inferiores. do Quadril e Joelho para Extensão)
correção porque promove um movimento compensatório posição ortostática.
na articulação do joelho ( entre fêmur e tíbia) ou no nível • O fisioterapeuta observa cada um dos joelhos em re- Considerações Especiais Objetivos
do tornozelo ou do pé (pronação do pé). No paciente que lação ao pé e instrui o paciente na correção das falhas • No paciente com acentuada cifose torácica convém co- Aumento da amplitude para os movimentos de flexão
apresenta imobilidade da articulação subtalar do metatarso, de alinhamento. locar um travesseiro sob a cabeça e o terço superior da do quadril e diminuição da flexibilidade da coluna
a rotação compensatória ocorre às vezes entre tíbia e tálus, • Ao :flexionar os joelhos, o paciente os desvia para fora, coluna torácica para acomodar a curvatura da mesma. lombar.
e não na articulação subtalar. contraindo os rotadores externos do quadril, de modo Sem essa medida, o paciente não conseguirá estender • Aumento da extensibilidade do músculo glúteo má-
Joelho varo. A combinação da rotação interna excessi- tal que os joelhos estejam alinhados com os segundos
va no quadril com a hiperextensão do joelho pode ocasionar a coluna lombar. ximo.
dedos. • Havendo encurtamento do m. TFL, o paciente poderá
alinhamento em varismo. Ao praticar os exercícios para Diminuição do estresse que a flexão e extensão impõem
tratamento dessa situação o paciente deve fletir ligeiramente ser obrigado a deslizar o membro inferior em extensão, à coluna vertebral e movimentação dos membros infe-
o joelho, contraindo em seguida o músculo glúteo, a fim de Considerações Especiais com o quadril em abdução, colocando-o aos poucos riores sem provocar sintomas dolorosos na coluna ou
evitar a rotação interna de quadril. ROTAÇÃO INTERNA DO QUADR1L, PRONAÇÀO DO PÉ E IIÁLUX em posição de adução, à medida que a repetição do na virilha.
Joelho valgo. O excesso de rotação interna do quadril VALGO. Conforme acabamos de ver, a rotação interna ex- exercício provocar o alongamento do músculo.
não acompanhada de hiperextensão do joelho contribui, às cessiva do quadril contribui, muitas vezes, para a pronação
Controle da Pelve durante os Movimentos Técnica Correta
vezes, para o joelho valgo. Antes de corrigir o valgismo, do pé e para a instalação do hálux valgo. Esse exercício
precisamos examinar o paciente para verificar se ele apre- precisa ser aplicado com o maior cuidado, em vista do dos Membros Inferiores (Extensão do • O paciente começa com um membro inferior em ex-
senta anteversão do quadril ou torção da tíbia e, portanto, estresse que provoca na articulação paletofemoral. Esse Quadril e Joelho para Flexão) tensão e o outro quadril e joelho em flexão.
certificar-se de que o valgismo não se deve a uma condição estresse deve-se ao direcionamento anterior do fêmur sobre • Ele puxa o joelho fletido em direção ao tórax, usando
estrutural que não pode ser corrigida. Durante o apoio uni- a tíbia e contra a patela. A alternativa consiste em executar Objetivos para tanto as mãos ou uma toalha para apoiar a coxa.
podálico, o paciente deve deslocar seu peso para o lado e a passagem da posição sentada para a posição ortostática, • O paciente pára assim que a coluna lombar começa a
• Aumentar o controle da pelve pelos músculos da parede
contrair os músculos glúteos, colocando o remurem rotação evitando a rotação interna do quadril. Para tanto, o paciente entrar em flexão ou assim que se manifestarem quais-
abdominal.
externa, até que se encontre na posição neutra. precisa realizar a rotação externa do quadril contraindo a quer sintomas.
• Usar os músculos abdominais para evitar a inclinação
Pronação do pé e hálux valgo. O excesso de rotação musculatura glútea e os rotadores do quadril. Essa atividade • Ele volta à posição de 90 graus de flexão no quadril
anterior pélvica ou sua rotação.
interna no quadril e a :flexibilidade excessiva da articulação é preferível à posição agachada, visto que ela começa com ou, se preciso, coloca o pé sobre a superficie de susten-
• Aprender a isolar a contração dos músculos abdominais
subtalar resultam em pronação do pé. A rotação interna faz o fêmur perpendicular à tíbia; à medida que o joelho entra tação.
da ação dos :flexores do quadril.
a linha de gravidade incidir internamente, ao longo do arco em extensão, o fêmur desliza sobre a tíbia, criando uma
longitudinal, de modo a provocar a pronação do pé. Quando menor força de cisalhamento.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
C A PÍTULO SETE

Considerações Especiais com que o paciente deslize o pé ao longo da mesa, em progressão dos Exercícios para a 4. Nível 1-A: Coloque o quadril em flexão de mais de 90
• Alguns pacientes já apresentam sintomas à menor vez de levantá-lo e mantê-lo acima da superfície de Musculatura Abdominal Inferior graus e levante o pé oposto.
contração dos flexores do quadril. O exercício passivo sustentação. Podemos aumentar o grau de dificuldade 5. Nível 1-B: Flexão do quadril em mais de 90 graus;
ajuda o paciente a aprender o movimento do membro desse exercício assim que o paciente for capaz de Esses exercícios são freqüentemente indicados para pacien- levante o outro pé.
inferior sem provocar sintomas. executá-lo sem apresentar sintomas ou sem recorrer tes que se queixam de dor lombar, visto que se destinam à 6. Nível 2: Flexão de 90 graus de um dos quadris; levante
• O paciente não consegue, às vezes, realizar a extensão aos movimentos da pelve ou da coluna. A progressão melhora do desempenho dos músculos oblíquos externos. o outro pé e deslize-o para colocar quadril e joelho em
completa do membro inferior diante da tração que os sugerida é a seguinte: Esses músculos são importantes para o controle da incli- extensão.
nação posterior da pelve, assim como da rotação da pelve, 7. Nível 3: Flexão de 90 graus de um dos quadris; levante
flexores do quadril exercem sobre a pelve ou sobre a 1. Flexão unilateral de quadril e joelho a partir da
em combinação com a ação do músculo oblíquo interno o pé e coloque a perna em extensão, sem entrar em
coluna vertebral. extensão, conforme vimos acima. O paciente
contralateral. Esses músculos ajudam a impedir os movi- contato com a superfície de sustentação.
continua o exercício, estendendo o quadril e 0
mentos acessórios ou compensatórios de pelve e coluna que 8. Nível 4: Deslize os dois pés sobre a superfície de sus-
Alongamento do Glúteo Máximo (Flexão joelho ao mesmo tempo, enquanto segura o pé
tentação, colocando-os em extensão, e volte à posição
do Quadril e Joelho para Extensão) acima da superfície de sustentação e recoloca 0 podem acompanhar os movimentos dos membros inferiores.
de flexão.
membro inferior na posição de saída. A maneira como o exercício é executado ajuda também a
9. Nível 5: Levante os dois pés da superficie de sustenta-
Objetivos 2. Primeiro estende o joelho, enquanto o quadril melhorar o desempenho do músculo transverso do abdome,
ção, coloque os quadris em flexão de 90 graus, estenda
é fletido, estendendo em seguida o quadril para encarregado de estabilizar a coluna lombar. É importante
• Aumentar a amplitude do quadril para a flexão e reduzir os joelhos e abaixe os dois membros inferiores sobre a
a flexibilidade da coluna lombar. voltar à posição inicial. lembrar que esse exercício depende também da participação
base de sustentação.
3. Flexão de um dos quadris, enquanto os múscu- dos flexores do quadril. A contração do músculo iliopsoas Assim que conseguir repetir corretamente 1O vezes o
• Reduzir os estresses que tanto a flexão como a extensão
los abdominais se contraem para estabilizar o em particular cria forças de cisalhamento anteriores e com- exercício de nível mais fácil, o paciente avança para o nível
impõem à coluna vertebral e fazer com que o paciente
tronco; a fixação do tronco é mantida, enquanto pressivas que atuam sobre a coluna lombar, razão pela qual seguinte e pára de executar o exercício anterior. Cada um
consiga movimentar os membros inferiores sem pro-
vocar dores na coluna ou na virilha. o paciente flete e estende o quadril e joelho con- o exercício precisa ser ensinado e executado com cuidado. dos exercícios deve começar em decúbito dorsal, estando o
tralaterais. A observação clínica revela que a fraqueza da musculatura paciente deitado sobre a mesa ou num colchonete no chão,
• Ensinar o paciente a estabilizar a coluna lombar com
abdominal inferior é mais freqüente nas mulheres que nos com os quadris e joelhos flexionados e os pés apoiados
auxílio da musculatura abdominal, enquanto controla
a rotação de pelve e coluna. Flexão de Quadril e Joelho, Deslizamento homens. A proporcionalidade da pélvis mais larga e mem- sobre o piso. O paciente precisa ser capaz de movimentar
do Calcanhar com Extensão de Joelho bros inferiores da mulher são os fatores que contribuem a perna sem movimentar (arquear) a coluna. Esta precisa
• Evitar a ação das forças de cisalhamento anteriores
para essa situação. A gravidez também favorece o enfra- ser mantida plana (sem curvatura) sobre o piso durante os
sobre a coluna lombar. (Deslizamento do Calcanhar)
quecimento dos músculos abdominais na falta de exercícios movimentos das extremidades. Se não for capaz de manter
Objetivos durante o puerpério. Esse exercício é contra-indicando no o dorso retificado, o paciente deverá mantê-lo em posição
Técnica Correta
paciente com dor lombar aguda; recomendamos, nesse caso, constante, imóvel, durante o exercício.
• O exercício começa com os dois quadris e joelhos em • O paciente aprende a usar os músculos abdominais
exercícios mais fáceis para a musculatura abdominal infe- O paciente precisa respirar normalmente enquanto
extensão. para inibir os movimentos de tronco e coluna, enquanto
rior, tais como os deslizamentos do calcâneo. A realização pratica o exercício, expirando durante a movimentação da
• O paciente flexiona quadril e joelho, trazendo o joelho movimenta os membros inferiores.
do exercício não deve provocar sintomas. segunda perna. Ele deve colocar as pontas dos dedos nos
até a parede torácica, ao mesmo tempo que contrai os • Para favorecer o controle dos músculos abdominais
dois lados do abdome, logo acima da pelve e abaixo da
músculos abdominais para manter a coluna lombar na sobre a inclinação e rotação da pelve ou para fortalecer
a musculatura abdominal.
Objetivos caixa torácica, a fim de monitorar a contração dos músculos
posição neutra. O pé deve estar ligeiramente acima da oblíquos externos. O abdome deve ser mantido plano, sem
superfície de sustentação. • Melhorar o desempenho da musculatura abdominal
inferior, dos músculos oblíquo externo, reto abdominal se distender.
• Com auxílio das mãos, o paciente acompanha o deslo- Técnica Correta NívEL 0.3 (E-1)
camento das duas cristas ilíacas anteriores superiores. e transverso do abdome.
• Deitado de costas, com os quadris e joelhos em • Deitado na posição acima descrita, o paciente contrai os
O movimento deve ser interrompido assim que sur- O paciente aprende a contrair os músculos abdominais
extensão, o paciente desliza lentamente um de seus músculos abdominais, retificando a parede abdominal
girem dores lombares, extensão da coluna lombar ou para impedir os movimentos da coluna durante a mo-
calcâneos ao longo da mesa para flexionar quadril e e diminuindo a curvatura lombar. É preciso, para tanto,
rotação da pelve além de 1,25 cm. vimentação dos membros inferiores.
joelho, contraindo simultaneamente a musculatura que ele "retraia o umbigo em direção à coluna".
• O paciente volta à posição de saída, invertendo o mo- abdominal, a fim de evitar a movimentação do tronco • O paciente flexiona um dos quadris enquanto mantém
vimento. e da coluna. Técnica Correta o joelho em flexão. Estando o quadril em flexão supe-
• Caso não apresentar sintomas ao completar o movi- Trata-se de uma série de nove exercícios progressivamente rior a 90 graus, o peso da coxa contribui para inclinar
Considerações Especiais mento de flexão, o paciente deslizará o calcâneo ao mais difíceis. O paciente começa pela posição de flexão de a pelve posteriormente e para manter a coluna lombar
• Em caso de rotação da pelve (deslocamento da espinha longo da mesa com a perna na posição de extensão. quadris e joelho (posição em gancho). Ele contrai a muscu- estendida.
~líaca anterior superior em mais de 1,25 cm), o paciente • O paciente repete o exercício, alternando os membros. latura da parede abdominal, retraindo o umbigo de encontro O paciente volta com o membro inferior para a posi-
interrompe o movimento de rotação, estabilizando a à coluna vertebral, e executa em seguida os movimentos ção inicial e repete o exercício com o outro membro
pelve mediante a contração dos músculos abdominais. Considerações Especiais descritos para os diversos níveis. O paciente precisa manter inferior.
Esse exercício tem por finalidade usar os músculos ab- os músculos abdominais contraídos para evitar a distensão • Precisamos alertar o paciente para não empurrar o pé
• O paciente com hipercifose torácica precisa de um
que não estiver se movimentando contra a superfície
dominais para controlar a rotação mediante a contração travesseiro para apoiar a cabeça e o terço superior da do abdome e para manter a coluna retificada.
de sustentação, a fim de não substituir a ação da mus-
do músculo oblíquo externo de um lado e do músculo coluna torácica. 1. Nível 0.3 (E-1 ): Levante um dos pés, deixando o outro
culatura abdominal pela extensão do quadril. A coluna
oblíquo interno contralateral. • Quando o paciente sente dor ao descansar deitado, com pé no chão.
2. Nível 0.4 (E-2): Segure um joelho contra o peito e precisa continuar plana e a prática do exercício não deve
• Alguns pacientes apresentam sintomas durante a flexão ambos os membros inferiores em extensão, ele precisa provocar sintomas. Alguns pacientes mal conseguem le-
de quadril e joelho, que diminuem graças à estabiliza- manter a coluna completamente estendida, enquanto levante o outro pé
3. Nível 0.5: Segure levemente um dos joelhos contra o vantar o pé e vêem-se obrigados a voltar imediatamente
ção da pelve; nesse caso, pode haver necessidade de se procura realizar os movimentos de flexão e extensão
peito e levante o pé oposto. à posição inicial.
diminuir a carga sobre os flexores do quadril, fazendo com um dos membros.
Exercícios Corretivos: Objetivos e Considnações EspN·iais
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPÍTCLO SETF

• Em seguida, volta com a perna para a posição de saída, para o nível 3, com os membros inferiores em ex-
NíVEL 0.4 (E-2) trata de relaxar os músculos abdominais, depois de tensão.
• Estando deitado na posição acima indicada, o paciente levantar a primeira perna, voltando a contraí-los antes deslizando o calcâneo ao longo da mesa. Ele continua a
manter o abdome retificado e a coluna em posição fixa, • Ele contrai inicialmente os músculos abdominais, a
contrai os músculos abdominais, retificando o abdome de levantar a outra perna. fim de estender a coluna lombar e mantê-la imóvel,
e diminuindo a curvatura lombar, "retraindo para tanto • Levantando o pé da superficie da mesa, o paciente enquanto repete o movimento de extensão com a outra
:flexionando simultaneamente os quadris e joelhos; ele
o umbigo em direção à coluna vertebral". coloca um dos quadris em flexão de mais de 90 graus. perna, para depois recolocá-la na posição inicial.
levanta os dois pés da mesa para colocar os quadris em
• O paciente flexiona um dos quadris, fazendo uso das Graças à flexão do quadril em mais de 90 graus, o peso o paciente repete o exercício, alternando os membros
flexão de 90 graus.
mãos para segurar o joelho de encontro ao peito. Man- da coxa contribui para inclinar a pelve posteriormente inferiores, até ser capaz de executá-lo corretamente 1O
• O paciente reforça a contração dos músculos abdomi-
tendo a contratação dos músculos abdominais, ele flete e para manter a coluna lombar estendida. No caso vezes, quando então prosseguirá para o nível 2.
nais, estende os joelhos e abaixa os membros inferiores
o quadril contralateral, levantando o pé da superficie ideal, o membro em flexão mantém essa posição com NívEL 2 sobre a mesa. Ao executar esse exercício, precisa ser
de sustentação. Mantém essa posição enquanto conta um mínimo de contração dos músculos flexores do • Começando em decúbito dorsal com quadril e joelho
capaz de manter a coluna lombar estendida.
até três e, em seguida, retoma o pé à posição inicial quadril. em flexão, conforme descrito para o nível 1, o paciente
para descansar. Executa depois esse mesmo exercício A essa altura, o paciente contrai os músculos da sua contrai os músculos abdominais e mantém a coluna
com o outro membro inferior. parede abdominal e flete o outro quadril, levantando 0 numa posição fixa. Ele flete o quadril até 90 graus, Considerações Especiais
• O paciente repete o exercício cinco a seis vezes, desde pé do tampo da mesa. levantando o pé acima da mesa.
• O programa realça a importância de ser a coluna lombar
que consiga manter a coluna reta e não apresente sin- • Se a coluna do paciente começar a curvar-se quando Mantendo a contração da musculatura abdominal e
mantida estendida durante a prática desse exercício, nos
tomas. ele levanta a segunda perna, o melhor será abaixá-la a coluna em posição constante, o paciente levanta a
casos de curvatura lombar acentuada ou de flexibilidade
• Se conseguir segurar o joelho contra o peito usando novamente, relaxar e tentar de novo. Ao abaixar as outra perna, colocando-a na mesma posição. Com um
exagerada da coluna lombar para a extensão (SDM para
apenas uma das mãos, ele deverá usar a outra mão para pernas, uma após a outra para a posição inicial, o pa- dos quadris em flexão de 90 graus, o paciente estende
extensão). Esses exercícios não são recomendados para
palpar os músculos abdominais. ciente mantém a contração dos músculos abdominais quadril e joelho, enquanto mantém o pé acima da mesa,
o paciente que apresenta sintomas quando em decúbito
• Alguns pacientes são capazes de executar esse nível de e a posição da coluna. até que quadril e joelhos descansem sobre a mesa em
dorsal e quadris e joelhos em extensão. A seqüência
forma correta e não o de nível 0.3. Neste caso, convém • Ele repete o exercício, dando início à mesma seqüência posição de extensão. de exercícios para esses pacientes deve começar pelo
começar pela série abaixo. com a perna oposta. O paciente volta para a posição de flexão em quadril e
NíVEL 0.5 NíVEL 1-A deslizamento dos calcâneos.
joelho. Mantendo os músculos abdominais contraídos
• No paciente que apresenta coluna reta, mas que não
• Quando deitado na posição descrita, o paciente con- • Começando pela posição acima descrita, o paciente e a coluna em posição fixa, ele estende e abaixa a perna
dispõe de controle perfeito da musculatura abdominal,
trai a musculatura da parede abdominal, retificando o contrai os músculos abdominais e mantém a coluna oposta, para depois recolocá-la em flexão de 90 graus.
a coluna lombar deve ser mantida imóvel, mas não há
abdome e diminuindo a curvatura lombar. Para tanto, sempre na mesma posição, enquanto flexiona um dos Repete o exercício, alternando as pernas.
necessidade de estendê-]a. Esse exercício é indicado
será preciso que ele "retraia o umbigo em direção à quadris até 90 graus (posição vertical da coxa, com o A maioria dos pacientes dispõe de força e controle
principalmente para pacientes com postura em inclina-
coluna vertebral". pé afastado do tampo da mesa). adequados da musculatura abdominal quando capaz
ção posterior, a qual é acompanhada de alongamento
• Flexionando um dos quadris, o paciente usa uma de • Contraindo os músculos abdominais, o paciente levan- de completar esse nível com sucesso. Não precisam
dos músculos oblíquos externos e do músculo iliop-
suas mãos para segurar o joelho contra o peito, embora ta a outra perna para a mesma posição. Ele abaixa as prosseguir para um nível mais alto para corrigir os
com menor firmeza que no nível anterior, de modo a pernas, uma de cada vez, até assumir a posição inicial, soas.
problemas dolorosos. O aumento ainda maior do grau
• O paciente apresenta, às vezes, controle precário
exigir maior atividade por parte da musculatura abdo- sempre mantendo os músculos abdominais contraí- de dificuldade desses exercícios serve principalmente
sobre a rotação da pelve durante a movimentação
minal. Ele flete o outro quadril, enquanto mantém os dos. para melhorar o condicionamento. Havendo indicação,
unilateral do membro inferior, muito embora disponha
músculos abdominais contraídos (ele levanta o pé da • No paciente que executar o exercício de forma lenta, o paciente repetirá esse exercício até ser capaz de
de 100% de força nos músculos da região abdominal
superficie de sustentação). Segura enquanto conta até poderá haver indicação para o relaxamento prévio dos executá-lo corretamente 1Ovezes, quando então poderá
três, voltando depois com a perna para a posição inicial músculos abdominais, antes de ele abaixar as pernas superior.
prosseguir para o nível 3.
• O paciente dotado de músculos retos abdominais
para descansar. e contrair os músculos novamente para abaixá-las. NívEL 3 fortes apresenta freqüentemente fraqueza dos múscu-
A seguir, pratica esse mesmo exercício com o outro • O paciente repete o exercício, recomeçando a mesma O paciente inicia o exercício em decúbito dorsal, com
los oblíquos externos. Atribui-se isso ao fato de ser
membro inferior. seqüência com a perna oposta. Repete o exercício os dois membros inferiores em extensão.
o músculo reto do abdome o principal responsável
• O exercício deve ser repetido de cinco a seis vezes, alternando as pernas, até ser capaz de praticá-lo 1O • Ele contrai os músculos abdominais, a fim de reduzir
pela inc]inação pélvica posterior, adquirindo um
desde que a coluna continue reta e não se manifestem vezes de forma correta, quando então pode prosseguir a curvatura lombar; ele mantém essa posição da co-
desempenho melhor que os músculos oblíquos. O
sintomas. Ele deve proceder da mesma forma com o para o nível 1-B. luna lombar enquanto desliza os calcâneos ao longo
músculo reto abdominal não é capaz de controlar
membro inferior oposto. NíVEL 1-B da mesa; depois flexiona ambos os quadris e joelhos,
a rotação, uma vez que se dispõe paralelamente ao
• Progredindo, o paciente mantém o quadril menos firme- • Começando pela posição indicada para o nível 1, o trazendo-os de encontro à caixa torácica.
eixo de rotação. Daí a importância de o paciente
mente e em grau menor de flexão, conforme demonstra paciente contrai os músculos abdominais e flexiona • Estando com os quadris e joelhos em flexão, o paciente
aperfeiçoar o desempenho dos músculos oblíquos
o efeito sobre a coluna e sobre a sintomatologia. o quadril até 90 graus, destacando o pé da superficie para, aumenta a contração da musculatura abdominal
externos, visto que eles colaboram com os músculos
NíVEL 1-A da mesa. e desliza as duas pernas, retornando-as à posição de
extensão. É extremamente importante que ele mantenha oblíquos internos no controle da rofação da pelve.
• Estando deitado na posição indicada, o paciente • Mantendo a contração da musculatura abdominal e a
• As mulheres devem ser aconselhadas a não apertar a
contrai os músculos abdominais, retificando a parede coluna em posição constante, o paciente levanta a outra a posição da coluna lombar.
• O paciente repete o exercício até que seja capaz de cabeça de encontro à superficie de sustentação. Esse
abdominal e reduzindo a curvatura lombar, "retraindo perna, colocando-a na mesma posição. Com uma das
fazê-lo 1Ovezes de forma correta, antes de passar para tipo de estabilização inadequada chega a ser observada
para tanto o umbigo de encontro à coluna". Ele precisa pernas fletida em 90 graus, o paciente coloca o calcâneo
em mulheres cuja musculatura abdominal é extre-
manter a contração dos músculos abdominais enquanto do outro pé sobre a mesa e desliza o quadril lentamente o nível 4.
mamente fraca ou cuja metade superior do corpo é
movimenta o membro inferior. ao longo dela, até que quadril e joelho se encontrem NívEL 4
• O paciente começa esse exercício na posição descrita pequena em comparação com a metade inferior.
Se for lento na execução desse exercício, o paciente em extensão.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
CAPITULO SET E

Exercícios Abdominais (Progressão tronco. Nessa posição, o braço de alavanca está curto pela • O paciente deve fletir as colunas torácica e lombar até afecções da coluna cervical, em vista da solicitação
Abdominal Superior) flexão de quadris e joelhos, levando-os à diminuição da o limite de flexibilidade, parando imediatamente antes imposta à coluna cervical.
estabilização passiva das inserções distais dos flexores dos de iniciar a fase de flexão dos quadris. • Esse exercício é contra-indicado nos casos em que
Objetivo quadris. Ao final da fase de adoção da posição sentada, a NíVEL 1-B convém evitar a compressão das vértebras lombares,
Fortalecimento dos músculos da região abdominal superior flexão dos quadris é de aproximadamente 100 a 120 graus, • O paciente flexiona os ombros até 45 graus, com os como, por exemplo, na presença de dor lombar.
(músculos oblíquos internos e reto abdominal). conforme o grau de flexão que o paciente assumir para a cotovelos em extensão, como se quisesse alcançar os • Os pacientes com espondilolistese não devem executar
posição inicial. Se o paciente executa o exercício de sentar-se pés com os dedos. a fase de flexão dos quadris.
Comentário estando com os quadris e joelhos em extensão, a flexão dos • O paciente levanta a cabeça, aproximando o queixo • Os pacientes que apresentam flexão excessiva da coluna
quadris precisa ser de apenas 80 graus, no momento final do pescoço e fletindo lentamente o tronco (a coluna lombar necessitam de vigilância; eles devem executar
É raro que esse exercício seja prescrito aos pacientes que do ato de se sentar.
sofrem de dores lombares. Sua principal indicação é o vertebral). O movimento correto da cabeça consiste o exercício com os quadris e joelhos em extensão.
A maneira mais segura de executar esse exercício, • Esse exercício também não deve ser praticado pelo
condicionamento físico. Os grupos musculares que predo- em reverter a lordose cervical, trazendo o queixo em
embora não seja a mais eficaz, consiste em limitá-lo à
minantemente participam deste exercício são só músculos direção ao pescoço. paciente com limitação muito acentuada da flexão da
flexão do tronco e manter os quadris e joelhos em flexão.
oblíquos internos e reto abdominal para a flexão do tronco, • É preciso que ele evite a flexão excessiva do terço coluna, em vista da fase de flexão excessiva do quadril
Evita-se, assim, a solicitação extrema dos músculos oblíquos
além dos flexores dos quadris na passagem para a posição inferior da coluna cervical, assim como o movimento (a duração da fase de flexão dos quadris ultrapassa
internos, já que essa solicitação ocorre durante a contração
sentada e dos músculos oblíquos externos na inclinação dos flexores dos quadris, provocando a inclinação pélvica de translação das vértebras, que pode ocorrer quando o aquela da fase de flexão do tronco).
pélvica posterior. Esse exercício oferece maiores dificul- anterior durante a flexão do tronco. É a essa altura que a paciente procura aproximar o queixo da caixa torácica.
dades aos pacientes do sexo masculino porque seu centro musculatura abdominal superior está sujeita a maior de- O paciente não deve levantar o rosto, como alguém que
de gravidade localiza-se em ponto mais alto que na mulher. manda, no sentido de manter a coluna em flexão e a pelve olha para cima, pois esse movimento seria de extensão Abdução/Rotação Externa do Quadril
Trata-se de um exercício altamente popular: muitas pessoas em inclinação posterior. da coluna cervical. para Posição de Flexão
o praticam como parte do seu programa de condicionamento • O paciente precisa fletir a coluna torácica e lombar até
físico sem serem devidamente examinadas e orientadas a
Técnica Correta o limite da sua flexibilidade, mantendo essa posição Objetivos
respeito da técnica correta.
enquanto completa o movimento de flexão dos quadris
O :fisioterapeuta precisa estar perfeitamente ciente de Esse exercício pode ser executado em quatro níveis pro- • Ensinar o paciente a movimentar o fêmur, sem deslocar
(de colocar-se em posição sentada).
todas as considerações relativas à execução correta desse gressivos: a coluna ou a pelve.
exercício, a fim de poder corrigir os erros mais freqüentes. 1. Nível 1-A: flexão apenas do tronco; flexão da coluna NíVEL 2
• Melhorar o controle exercido pelos músculos abdo-
Uma consideração importante refere-se ao grau de flexibili- vertebral; fácil. • O paciente cruza os braços sobre o peito, flete a coluna
minais, a fim de evitar a rotação de pelve e da coluna
dade da coluna vertebral do paciente. O paciente que dispõe 2. Nível 1-B: flexão do tronco com passagem para a cervical, aproximando o queixo do pescoço e flete
lombar, que acompanha o movimento dos quadris.
de flexibilidade excessiva da coluna consegue fleti-la dentro posição sentada; flexão de coluna e quadris; de braços lentamente o tronco, enquanto passa para a posição
• Alongar os músculos adutores dos quadris.
de uma grande amplitude antes do início da fase de flexão estendidos; dificuldade média. sentada. A flexão do tronco deve ser mantida durante
• Melhorar desempenho dos músculos abdominais, espe-
do quadril. Se a flexibilidade de sua coluna vertebral for 3. Nível 2: flexão do tronco e passagem para a posição o movimento.
cialmente o controle isométrico da rotação da pelve.
reduzida, ele só conseguirá realizar a flexão dentro de uma sentada; flexão de coluna e quadris; braços cruzados • O exercício precisa ser repetido 1O vezes de forma
amplitude restrita antes de começar a flexão dos quadris. sobre o peito; difícil. correta, antes de o paciente avançar para o nível 3.
O programa de treinamento é solicitado de forma progres- 4. Nível 3: flexão do tronco e transição para a posição NívEL 3 Técnica correta
siva para os pacientes; por isso, o fisioterapeuta precisa sentada; flexão de coluna e quadris; mãos colocadas • O paciente coloca as duas mãos sobre a cabeça e flete a NfVEL 1
certificar-se de que o paciente executa a flexão no mesmo sobre a cabeça; alto grau de dificuldade. coluna cervical, aproximando o queixo do pescoço; ele • O paciente começa com quadril e joelho estendidos e
ponto da amplitude, antes de prosseguir com os exercícios O seguinte método merece preferência, sob a observa- flete lentamente o tronco, até o limite da flexibilidade o quadril e joelho opostos em flexão. Coloca as mãos
mais avançados. ção atenta do :fisioterapeuta:
da coluna. Esta posição deve ser mantida enquanto o sobre a pelve (na região da espinha ilíaca ântero-supe-
Existem dois fatores que podem tornar esse exercício • O paciente assume o decúbito dorsal, com os quadris e
paciente passa à posição sentada. A flexão do tronco rior), a fim de acompanhar os eventuais movimentos. O
perigoso. Um deles é a força de cisalhamento anterior joelhos em extensão. É permitido colocar um pequeno
que atua sobre a coluna lombar e que é produzida pela travesseiro sob os joelhos. É preciso que a coluna se será mantida durante o movimento todo. paciente é instruído a contrair os músculos abdominais,
contração dos flexores do quadril, principalmente do mús- retifique e que ela assim se mantenha durante a flexão • Convém estar atento, verificando se o paciente está "retraindo o umbigo em direção à coluna".
culo iliopsoas. Por isso, os músculos abdominais precisam do tronco, a fim de limitar a força de cisalhamento empurrando sua cabeça para baixo e comprimindo a • O paciente deixa o membro inferior mover-se lenta-
possuir força suficiente para manter a flexão da coluna, no anterior sobre a coluna lombar. coluna cervical durante a flexão do tronco. mente para rotação/abdução externa do quadril, inter-
momento em que os flexores dos quadris se contraem. O • O paciente deve fletir o tronco até o limite de flexibi- • Durante a flexão do tronco, o paciente não deve trazer rompendo o movimento assim que surgirem sintomas
paciente precisa optar por um exercício de nível mais fácil, lidade de sua coluna vertebral. os cotovelos para diante (adução horizontal), de modo ou até sentir que a pelve entra em rotação. Se a pelve
a fim de proteger sua coluna, sempre que seu tronco entrar • O paciente começa pelo nível que o :fisioterapeuta a reduzir o esforço necessário. permanecer imóvel, o paciente deixa o quadril entrar
em extensão no momento em que se inicia a fase de flexão tiver determinado e passa para o nível 1-A depois de em abdução/rotação externa, na medida do possível,
dos quadris. O outro fator é a flexão excessiva da coluna conseguir executar o exercício de forma correta pelo relaxando os músculos adutores. O paciente coloca o
lombar no final da fase em que o paciente assume a posi- menos 1O vezes. Considerações especiais quadril em adução interna, voltando para a posição
ção sentada. Quando o paciente realiza o exercício com os NíVEL 1-A
• Esse exercício é contra-indicado para o paciente que inicial.
quadris e joelhos em flexão, o eixo de rotação passa das • O paciente flete os ombros até 45 graus, com os coto-
apresenta cifose torácica, porque provoca o máximo • O paciente repete o exercício, procurando aumentar a
articulações dos quadris para a coluna lombar. O paciente velos em extensão, como se quisesse alcançar os pés
também é obrigado a contrair os extensores do quadril com de flexão da coluna torácica. Ele também é contra- amplitude do movimento do quadril e contraindo os
com os dedos.
mais força quando os quadris e joelhos estão fletidos do que • Ele levanta a cabeça, trazendo o queixo em direção indicado na osteoporose, visto que a flexão do tronco músculos abdominais, a fim de impedir a rotação da pel-
quando eles se encontram em extensão. A contração dos ao pescoço e fletindo o tronco (a coluna vertebral) aumenta o risco de fratura de vértebras. ve. Ele pode repetir o exercício com o mesmo membro
músculos extensores do quadril tem o objetivo de evitar lentamente. O movimento correto da cabeça consiste • Outra contra-indicação para esse exercício são as inferior, antes de executá-lo com o membro oposto.
que os pés se destaquem da superfície de sustentação du- em inverter a curvatura cervical, trazendo o queixo em
rante a contração dos flexores do quadril para a flexão do direção ao pescoço.
Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
c.~rfruLO SETE

Considerações Especiais objetivo de estender a coluna lombar; ele flete quadril e • Ao segurar um dos joelhos contra o peito, o paciente Considerações Especiais
joelho, aproximando o joelho do peito; estende depois abaixa o membro oposto em extensão no quadril, de A. Esse exercício não é recomendado com freqüência, dada
No paciente que apresenta mínima abdução sem movimen-
o joelho enquanto flexiona o quadril. Ele pode segurar a maneira que a coxa entra em contato com a mesa. O a dificuldade de se encontrar uma superficie adequada
tos da pelve ou que se queixa de dor, pode haver indicação
coxa com as mãos, a fim de manter o quadril em flexão quadril deve estar em posição neutra e a tíbia em rota- para sua execução. Os outros exercícios destinados a pro-
para a colocação de almofadas ao longo da região lateral da
de 90 graus. ção neutra. mover o alongamento dos flexores do quadril costumam
perna: o relaxamento da perna contra apoio é capaz de evitar
2. Mantendo o joelho e a coluna lombar em extensão, • Em caso de encurtamento do músculo TFL, a abdução ser suficientes, de modo que esse se torna desnecessário;
a movimentação da pelve e o aparecimento de dor.
o paciente abaixa a perna e reassume a posição de do quadril resulta em aumento da amplitude para o mo- mas ele pode ser essencial no paciente que desenvolve
NívEL 2: Sugerimos a seguinte seqüência progressiva, um programa de exercícios ativos, envolvendo o uso
sempre que o paciente for capaz de se movimentar dentro saída. vimento de extensão do quadril. Se for acompanhada
de inclinação da pelve, a abdução do quadril tende a dos flexores do quadril em posição de encurtamento. Na
dos limites da amplitude normal sem apresentar dor ou maioria dos casos de dor muscular, o problema principal
rotação da pelve: Considerações Especiais diminuir essa inclinação ou adiar seu aparecimento. Na
é a falta de controle adequado dos segmentos que setor-
1. abdução/rotação externa do quadril, seguida por extensão • Esse exercício não deve ser executado se provocar presença de encurtamento do músculo reto femoral, a
nam locais de movimentos compensatórios. Conforme
do joelho. O paciente contrai a musculatura abdominal dor. extensão do quadril não é completa quando o mesmo é
já foi dito acima, o requisito para a correção consiste em
e deixa o membro inferior fletido entrar em abdução e • O paciente deve colocar o fêmur em rotação externa abduzido; a extensão passiva do joelho tende a aumen-
aumentar a rigidez ou o controle por parte dos músculos
rotação externa. Ao chegar ao limite da amplitude, o antes de flexionar o quadril se seu músculo iliopsoas tar a amplitude para a extensão do quadril. Devemos que possibilitam o movimento compensatório. Existem
paciente estende o joelho e procura inibir as forças de apresentar fraqueza acentuada. concluir pelo encurtamento do músculo iliopsoas se outros exercícios indicados no alongamento dos flexores
rotação da pelve, as quais aumentam com o braço de • O fêmur deve ser colocado em abdução e rotação inter- mesmo assim a extensão do quadril se revelar incom- do quadril e que melhoram o controle e a estabilização
alavanca maior formado pela perna em extensão. Ele na antes de o paciente flexionar o quadril se o músculo pleta. A rotação externa do quadril é, por vezes, capaz a cargo da musculatura abdominal:
flexiona então o joelho e volta à posição inicial. TFL for fraco. de aumentar a extensão do mesmo, confirmando a im- 1. Em decúbito dorsal:
2. abdução/rotação externa do quadril, seguida pela ex- • O paciente cujos músculos abdominais forem fracos pressão de que o músculo iliopsoas está encurtando. a. Joelho contra o peito com deslizamento da perna.
tensão do joelho e pelo movimento de flexão do quadril (<2/5) deve flexionar quadril e joelho de um lado e Seguem, abaixo, algumas modificações que se tornam b. Extensão bilateral de quadris e joelhos, mantendo
com adução. colocar o pé sobre a mesa. Em seguida, enquanto necessárias quando existe encurtamento de certos músculos a pelve inclinada posteriormente.
O paciente contrai os músculos abdominais e deixa levanta a outra perna estendida, forçar o pé sobre a ou quando a coluna lombar é mais flexível que os músculos 2. Em decúbito lateral: adução/extensão do quadril com
o membro inferior flexionado entrar em abdução/rotação superficie de sustentação, com o objetivo de reduzir a a serem testados: rotação externa.
externa. Chegando ao limite da amplitude, coloca o joelho demanda imposta aos músculos abdominais e a força 3. Em decúbito ventral:
em extensão, depois o quadril em flexão/adução, volta com de cisalhamento anterior que incide sobre a coluna J. Encurtamento e rigidez do músculo TFL. O paciente
a. Flexão do joelho.
a perna para a linha média e flexiona o joelho para voltar à durante a contração dos flexores do quadril. deixa o quadril entrar em abdução ao abaixar a coxa b. Extensão do quadril com extensão e flexão do
posição inicial. O exercício deve ser repetido entre 5 e 1O para permitir a extensão no quadril. No limite da am- joelho.
vezes com cada um dos membros inferiores. plitude para a extensão do quadril ou estando a coxa c. Rotação externa e interna do quadril.
Alongamento dos Flexores do Quadril em contato com a mesa, o paciente aduz o quadril, B. Os grupos musculares mais freqüentemente encurtados
(Biarticulares) tendo o cuidado de não substituir a adução pela ro- são: o músculo TFL-BIT, glúteo médio posterior e o glú-
Elevação da Perna Estendida (Quadril
Fletido com Joelho Estendido) tação interna. O paciente deve parar assim que sentir teo mínimo, isto é, os músculos encarregados da flexão,
Objetivos
dores na região do joelho. Ele deve evitar também a da abdução e da rotação interna. O encurtamento do
Objetivos • Alongamento dos músculos flexores do quadril, TFL, rotação da pelve ou a inclinação anterior. O paciente músculo iliopsoas é relativamente raro, em comparação
reto femoral e iliopsoas. precisa colocar a tíbia em rotação interna (virando o com os casos de encurtamento do m. TFL e dos outros
• Fortalecer os flexores do quadril e os músculos abdo-
• Correção da inclinação pélvica compensatória anterior pé para dentro) e manter essa posição durante a adução abdutores sinergistas. Esses :flexores do quadril são tam-
minais.
ou da rotação de coluna lombar e pelve que resultam do quadril se o joelho for o segmento mais flexível e bém abdutores dessa articulação; daí a importância da
• Alongar os músculos isquiotibiais.
do encurtamento ou da rigidez dos músculos flexores se a tíbia apresentar rotação externa compensatória abdução e da reavaliação da amplitude para a extensão
Técnica Correta do quadril. durante o movimento de adução. O alongamento deve do quadril, para que passamos decidir quais os flexores
• Correção do movimento compensatório de rotação da do quadril que sofreram encurtamento.
A. Joelho em extensão e quadril em flexão; retorno à posição ser mantido durante 20 a 30 segundos. Em seguida,
tíbia devido ao encurtamento dom. TFL. C. Alguns pacientes com encurtamento do músculo iliopsoas
inicial o paciente recoloca a coxa na posição de abdução e
repete o movimento. colocam o quadril em rotação externa, reduzindo assim as
1. Paciente em decúbito dorsal sobre a mesa ou uma esteira,
com os dois membros inferiores em extensão e rotação
Técnica Correta 2. Encurtamento e rigidez do músculo reto femoral. forças de alongamento que incidem sobre o iliopsoas. O
Estando o quadril no limite extremo da extensão e o outro músculo encarregado da rotação externa do quadril
neutra. • Para começar, o paciente se deita próximo à extremi-
é o músculo sartório; mas, como ele também flexiona o
2. O paciente contrai os músculos abdominais para estender dade de uma mesa firme, segurando os dois joelhos de joelho estendido, o paciente :flexiona o joelho e colo-
joelho, existe resistência à extensão passiva do joelho
a coluna lombar e flexionar um dos quadris com o joelho encontro ao peito e mantendo a coluna lombar estendida. ca o quadril em extensão. O alongamento precisa ser
sempre que o músculo estiver curto. O encurtamento do
em extensão, elevando a perna acima da mesa. Sua posição sobre a mesa deve ser tal que metade da mantido pelo prazo de 20 a 30 segundos. Para voltar à
músculo sartório não é de observação freqüente.
3. O paciente abaixa a perna sobre a mesa, enquanto man- coxa ultrapasse a extremidade da mesa e a outra metade posição inicial, o paciente estende o joelho, repetindo
tém a contração da musculatura abdominal. Ele não deve mantenha o contato com a mesma. depois o movimento.
exercer pressão para baixo (extensão do quadril) sobre a • O paciente usa primeiro as mãos e segura um dos joelhos 3. Encurtamento e rigidez do músculo iliopsoas. O pa- Alongamento dos Músculos Grande
superficie da mesa com o membro oposto, diminuindo contra o peito, a fim de manter a coluna lombar reta e ciente coloca o quadril na maior extensão possível. Dorsal e Escapuloumeral (Flexão/Eleva-
dessa maneira a solicitação dos músculos abdominais. estendida; em seguida, abaixa o outro membro inferior Enquanto evita a inclinação anterior e a rotação da ção do Ombro com Cotovelo Estendido)
4. Ele precisa monitorar os movimentos das cristas ilíacas em extensão do quadril. Ao completar esse movimento, pelve e da coluna lombar, o paciente deixa que o peso
para se certificar de que não existe rotação da pelve. o paciente, com a coluna lombar estendida e a coxa em do membro inferior leve ao alongamento do flexor do Objetivos
B. Abaixamento da perna estendida (flexão de quadril e joelho contato com a mesa, deve estar com o quadril em 1O quadril. É preciso evitar a rotação do quadril. Depois • Alongamento do músculo grande dorsal.
e extensão do joelho durante o retomo para a extensão do graus de extensão. O alongamento dos flexores do de alongar o músculo iliopsoas durante uns 20 a 30 Alongamento dos músculos redondos maior e menor.
quadril em rotação neutra) quadril deve ser superficial, a ponto de possibilitar os segundos, o paciente volta à posição inicial e repete o • Aumento da amplitude para os movimentos de flexão
1. O paciente contrai os músculos abdominais, com o 10 graus. movimento. do ombro.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
C..\PITULO SETE

Técnica correta Técnica Correta Considerações Especiais ROTAÇÃO EXTERNA


O paciente começa em decúbito dorsal, com os quadris e A posição inicial do paciente será de flexão de quadris e O paciente não deve sentir dor na região do acrômio. Objetivos
joelhos em flexão, a coluna lombar estendida e os braços joelho, com a coluna reta e os braços ao lado do corpo.
ao lado do corpo. • Alongar os músculos rotadores internos do ombro.
A . Alongamento do músculo peitoral maior Rotação do Ombro • Treinar o úmero a se movimentar independentemente
A . Músculo grande dorsal 1. O paciente mantém o cotovelo em extensão e coloca
1. O paciente flexiona os dois ombros, enquanto mantém da escápula.
os ombros em abdução, levantando os braços acima ROTAÇÃO INTERNA
os cotovelos em extensão. Os braços devem permanecer • Melhorar o desempenho dos músculos encarregados
da cabeça, de modo a chegar a uma posição final de
próximos às orelhas e o ombro deve ser mantido em Objetivos da rotação interna.
120 graus de abdução, enquanto os braços descansam
rotação externa (i.e., os olécranos devem estar voltados sobre a mesa. • Alongamento dos rotadores externos do ombro.
para cima, caso o decúbito lateral lhe provoque dores • Eliminação da inclinação compensatória anterior da Técnica Correta
2. O paciente deve manter essa posição durante 5 a 10
lombares). A coluna deve manter-se apoiada contra a escápula durante a rotação do ombro. • O posicionamento do paciente é o mesmo que acaba-
segundos, abaixando em seguida os braços para os la-
parede. • Eliminação do deslizamento compensatório anterior da mos de descrever para a rotação interna.
dos, ao mesmo tempo que procura manter as escápulas
2. No extremo da amplitude, o paciente segura a posição cabeça do úmero durante a rotação interna do ombro. • O paciente coloca o úmero em rotação externa, enquan-
aduzidas ao tórax.
durante 5 a 1O segundos; em seguida, volta a colocar • Melhor desempenho dos músculos rotadores externos to mantém a escápula numa posição fixa e impede que
B. Fortalecimento da musculatura abdominal pelo movi- do ombro.
os braços ao ]ado do corpo. mento do membro superior. a cabeça do úmero se desloque anteriormente contra a
B. Músculos redondo maior e menor 1. A posição inicial é com o ombro em abdução de 120 mão.
1. O paciente procede como em A, mas, depois de fle- Técnica Correta • O braço volta à posição inicial e o movimento é repe-
graus. O paciente faz uso de um peso na mão capaz
xionar o ombro até 90 graus, usa a mão oposta para • O paciente inicia o exercício com os quadris e joelhos tido lentamente, até a amplitude para o movimento de
de proporcionar uma resistência adequada e coloca o
segurar o ângulo inferior da escápula contra a parede em flexão para estabilizar o tórax, ou então, com os rotação chegar ao máximo, sem ser acompanhada de
ombro em abdução horizontal, movimentando-o em
torácica. Essa manobra impede a excursão exagerada membros inferiores em extensão. O ombro está em dor ou de movimentos compensatórios. O exercício
direção ao quadril oposto. Ele pode encerrar esse mo-
da escápula anteriormente ou externamente, enquanto abdução de 90 graus e em rotação neutra, com o coto- deve ser repetido entre 6 a 1Ovezes, sendo, em seguida,
vimento assim que o braço estiver em posição vertical.
o paciente continua com a flexão do ombro. O ângulo velo em 90 graus de flexão. executado com o outro braço.
O paciente contrai os músculos abdominais, mantendo • Se for preciso, poderá colocar uma toalha dobrada
inferior da escápula não deve abduzir-se além da linha • Depois de obter um desempenho perfeito, o paciente
essa contração enquanto levanta e abaixa os pesos. sob o braço, com o objetivo de levantá-lo e de alinhar
axilar da caixa torácica, ou seja, não mais de 1,25 cm pode acrescentar pesos para aumentar a força dos ro-
2. O exercício é depois repetido com o membro oposto. o úmero no plano da escápula. O paciente usa a mão
para o lado. tadores internos.
3. O paciente também pode praticar esse exercício com oposta para segurar o ombro sobre a mesa, impedindo
2. Em seguida à flexão extrema do ombro, o paciente
pesos nas duas mãos. que a cabeça do úmero se desloque anteriormente
procura manter essa posição durante 5 a 1O segundos, Considerações Especiais
deixando que o peso do braço provoque o alongamento ou que a escápula se incline anteriormente durante a
Considerações Especiais execução do exercício. • O excesso de amplitude para a rotação externa é mais
dos músculos redondos.
• O paciente coloca o úmero em rotação interna, deixan- freqüente que a amplitude excessiva para os movimentos
3. O paciente repete o exercício, alternando os membros • O paciente que apresenta cifose pode ser obrigado a
do o antebraço cair em direção à mesa sem levantar a de rotação interna. Quando a amplitude é excessiva, a
após 1Orepetições. colocar um travesseiro sob o tórax; pode ser que ele
cintura escapular. O movimento deve ser interrompido cabeça do úmero também costuma apresentar desliza-
C. Disfunção da articulação glenoumeral. não consiga trazer o braço de volta até a mesa.
se provocar dor ou se a cintura escapular ou a cabeça mento anterior excessivo.
O paciente procede conforme a descrição acima, mas • Na maioria dos casos, a porção esternal do músculo
do úmero se levantarem da mesa. • A diminuição da mobilidade para a rotação externa
flexiona primeiro o cotovelo para, em seguida, começar a peitoral maior é o segmento mais encurtado e a porção • O paciente volta com o braço à posição inicial e repete não é comum quando a abdução ou flexão do ombro
flexão do ombro, deixando que o cotovelo entre em exten- clavicular é geralmente mais longa. o movimento lentamente, umas 6 a 1Ovezes ao todo, até não passa de 90 graus.
são depois da flexão de 90 graus no ombro. Às vezes há
atingir o maior grau possível de amplitude sem que se • O grau de abdução precisa ser reduzido se o paciente
necessidade de o paciente colocar uma almofada acima
do ombro, ao lado da cabeça, deslizando a mão ao longo
Abdução e Rotação Lateral com os manifestem dores ou movimentos compensatórios. referir dores com a abdução de 90 graus. Um outro
Cotovelos Fletidos • O exercício é repetido em seguida com o braço oposto. método capaz de reduzir a dor na articulação glenou-
dessa almofada durante a fase de flexão do ombro entre 90
meral consiste em apoiar o braço sobre uma toalha e em
e 180 graus.
Objetivos Considerações Especiais posicionar o ombro em certo grau de flexão horizontal,
Considerações Especiais • Melhora o desempenho dos rotadores externos e dos • É permitido usar um pequeno peso para ajudar no alon- via de regra, no plano escapular (30 graus no plano
músculos abdutores. gamento, caso a amplitude do movimento seja sensi- frontal).
• O paciente que apresenta cifose é obrigado, às vezes,
a colocar uma almofada embaixo da coluna torácica e • Alongar os músculos rotadores internos, principalmen- velmente reduzida, opondo-se ao alongamento. O peso
da cabeça. te os músculos grande dorsal e peitoral maior. precisa ser suficiente para exercer um efeito rotatório Abdução Horizontal
• O decúbito dorsal interfere, às vezes, com a rotação • Contribuir para o alongamento do músculo peitoral sobre o ombro, mas ao mesmo tempo suficientemente
menor. leve, de modo a não obrigar o paciente a segurá-lo Objetivo
da escápula no paciente cujo tórax é largo e que apre-
ativamente, a fim de impedir a rotação interna. Alongamento dos músculos escapuloumerais.
senta restrição da mobilidade da escápula. O paciente
• A restrição da amplitude para a rotação interna ou o
pode, nesse caso, ser obrigado a abduzir ativamente a Técnica Correta aumento da flexibilidade relativa do movimento da Técnica Correta
escápula e a rodá-la superiormente, sobretudo se sentir
• O paciente dá início ao exercício na posição de flexão de escápula ou glenoumeral é relativamente comum;
dores em pontada na região do acrômio. • O paciente dá início a esse exercício adotando a posi-
quadris e joelhos e com os braços ao lado do corpo. acredita-se que o encurtamento ou a rigidez dos múscu-
ção em flexão de quadris e joelhos, conforme recomen-
• Ele flexiona os cotovelos e coloca os ombros em rotação los rotadores internos pode ser precursor ou contribuir
Abdução do Ombro dada para a fixação do tórax, ou então, colocando os
externa e em abdução, deslizando os braços por cima para problemas dolorosos.
• Depois de o paciente conseguir realizar o movimento membros inferiores em extensão. A partir da posição
Objetivos da cabeça. Os braços precisam ser mantidos em contato de saída de 90 graus de abdução, o paciente realiza a
de forma correta, podemos acrescentar pesos para
• Alongamento do músculo peitoral maior. com a mesa para que o alongamento dos músculos desenvolver a força dos músculos rotadores externos. adução horizontal passiva do ombro.
• Fortalecimento dos músculos abdominais. rotadores internos se torne eficaz.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
CAPtn;LO SETE

• Estando o ombro em flexão de 90 graus, o paciente 1. O paciente vira-se para o lado a ser alongado. Considerações Especiais alavanca, a fim de acomodar a força dos abdutores do
realiza a adução passiva do úmero (puxando anterior- 2. Ele pratica pressão sobre o processo corácoide, fixando quadril.
• O erro mais freqüente é a rotação simultânea da pelve
mente ao peito), usando a mão oposta para aplicar a escápula contra o chão. Enquanto mantém a pressão • Se o paciente experienciar dor durante a abdução do
com a rotação do quadril.
pressão sobre o olécrano. sobre o processo coracóide, o paciente vira o tronco quadril, este pode ser mais fletido a fim de proporcionar
• O paciente pode começar com a pelve em rotação an-
• O paciente segura o úmero nessa posição durante 5 a para o lado oposto ao do ombro. alívio.
terior, a fim de favorecer o uso dos rotadores externos
1Osegundos, solta e puxa novamente. É preciso que a C. Alongamento assistido (em decúbito ventral) da face posterior do quadril, em oposição ao músculo
escápula seja mantida em contato com a mesa durante 1. O paciente está deitado em decúbito ventral, com os sartório, de maneira tal que os músculos posteriores NÍVEL 2: ABDUÇÃO DO QUADRIL COM
o processo de alongamento. O paciente deve sentir a braços ao lado do corpo. O assistente está em pé ao seu são obrigados a agir contra a gravidade. ROTAÇÃO EXTERNA
tração na musculatura posterior da cintura escapular, lado e coloca seus dedos na dobra axilar anterior ao • No paciente que se queixa de dores lombares quando
mas deve parar se a articulação se tornar dolorosa. ombro; sua outra mão atravessa a fossa axilar e também em decúbito lateral, a colocação de uma toalha dobra- Objetivos
• O exercício deve ser repetido entre 6 a 1O vezes, para coloca seus dedos na prega axilar. Em seguida, levanta da no nível da cintura, imediatamente acima da crista • Melhorar o desempenho do músculo glúteo médio e dos
ser depois executado com o braço oposto. o ombro e se inclina simultaneamente para trás, a fim ilíaca, revela-se freqüentemente capaz de reduzir a dor, músculos encarregados da rotação externa do quadril.
de alongar o músculo. visto que elimina a curvatura da coluna vertebral que • Aprender a movimentar o quadril sem deslocamento
Considerações Especiais 2. O fisioterapeuta não deve exercer tração sobre obra- acompanha a posição de decúbito lateral. da pelve.
• Observa-se, muitas vezes, um movimento compensató- ço. O alongamento na articulação do ombro deve ser • Melhorar o desempenho dos músculos laterais da
rio da escápula quando os músculos escapuloumerais percebido pelo paciente na parede torácica e não na Abdução do Quadril com ou sem Rotação parede abdominal.
apresentam encurtamento. Dessa forma, a escápula articulação do ombro.
Externa
precisa ser estabilizada durante o movimento. Técnica Correta
• Em caso de dor na porção anterior da articulação, o Considerações Especiais NÍVEL 1 : ABDUÇÃO DO QUADRIL SEM • O paciente dá início ao exercício em decúbito dorsal,
paciente pode exercer pressão atrás do olécrano du- • A extremidade acromial da espinha da escápula deve ROTAÇÃO EXTERNA com o tronco e a pelve em leve rotação anterior e per-
rante a adução passiva do úmero. O relaxamento dos entrar em contato com a mesa, graças ao alongamento pendicularmente à mesa, com a pelve em inclinação
músculos flexores do ombro também contribui para aplicado pelo fisioterapeuta. Objetivos neutra. O membro inferior de baixo deve estar com o
aliviar os sintomas. Melhorar o desempenho dos músculos glúteos médios.
• A escápula pode não alcançar a mesa durante o alon- quadril e o joelho em flexão. O quadril e o joelho do
gamento no paciente que apresenta cifose da coluna Melhorar o desempenho dos músculos abdominais membro de cima devem estar em flexão de 45 graus
Alongamento do Músculo Peitoral Menor torácica. externos. A rotação externa do quadril é destituída de e apoiados por um travesseiro colocado entre os joe-
importância quando o objetivo principal do exercício
Objetivos lhos.
consiste em melhorar o desempenho dos músculos
Exercícios em Decúbito Lateral • O paciente coloca a coxa de cima em abdução e rotação
• Alongamento do músculo peitoral menor na face an- abdominais externos, mas, no paciente que apresenta
anteversão do quadril, esse exercício é mais apropriado externa, levantando-a acima do travesseiro e mantendo-
terior da caixa torácica. (Membros Inferiores) ª em abdução durante um prazo de 3 a 1O segundos,
• Redução da inclinação anterior da escápula. que o outro com rotação externa.
• Aumento da mobilidade da escápula. Fazer com que o paciente aprenda a movimentar o qua- antes de recolocá-la lentamente sobre o travesseiro.
Rotação Externa do Quadril
dril, independentemente dos movimentos da pelve.
Técnica Correta Objetivos Considerações Especiais
O paciente começa o exercício com os quadris e joelhos
Técnica Correta • O paciente pode colocar sua mão sobre a pelve, a fim
• Melhora do desempenho dos músculos encarregados
em flexão, de modo a estar com a coluna reta e os braços • O paciente começa com o tronco e a pelve girados de certificar-se de que a mesma não se desloca durante
da rotação externa do quadril (músculo glúteo médio e
ao lado do corpo. levemente para frente, perpendicularmente à mesa, o movimento.
glúteo máximo, piriforme, obturadores externo e inter-
com a pelve em inclinação neutra. Quadril e joelho da • Ele deve evitar a abdução da coxa de baixo (empurran-
no, gêmeos superior e inferior e quadrado femoral).
A . Alongamento com ajuda (em decúbito dorsal) perna de baixo devem estar em flexão. Quadril e joelho do-a contra a mesa), o que indicaria que a estabilização
• Ensinar o paciente a distinguir os movimentos do da pelve está a cargo dos músculos abdutores do lado
1. O paciente começa o exercício em decúbito dorsal da perna de cima devem estar em flexão de 45 graus,
quadril dos movimentos da pelve. oposto, e não da musculatura lateral da parede abdo-
sobre uma superfície firme e com os braços ao lado apoiados por um travesseiro entre os joelhos.
do corpo. O assistente fica ao lado da mesa e coloca a • O paciente coloca lentamente o membro inferior inteiro minal.
Técnica Correta em abdução, levantando-o acima do travesseiro, sem
região tênar das mãos sobre os processos coracóides
das duas escápulas do paciente (via de regra, o alonga- • O paciente começa o exercício deitando-se com tronco colocar o fêmur em rotação, nem exercendo pressão NÍVEL 3: ABDUÇÃO DO QUADRIL
mento bilateral reduz ao mínimo a rotação do tórax e pelve perpendicularmente à mesa e com a pelve em para baixo sobre o mesmo, com o membro inferior
que pode ocorrer quando o alongamento é unilateral). inclinação neutra. Quadril e joelho do membro inferior de baixo. O paciente mantém o quadril em abdução Objetivos
Fica freqüentemente mais fácil se o assistente cruzar de baixo devem estar em flexão. O membro de cima durante 3 a 5 segundos, voltando depois a deitá-lo
lentamente sobre o travesseiro. • Aumentar a força da parte posterior do músculo glúteo
as mãos (p.ex., sua mão direita exerce pressão sobre o precisa estar no mesmo alinhamento, sobre uma almo-
fada colocada entre os joelhos. médio e dos músculos rotadores externos do quadril
ombro direito do paciente).
(esse exercício pode ser considerado como a progressão
2. A pressão deve ser aplicada na direção das fibras • O paciente coloca lentamente o quadril da perna de Considerações Especiais
musculares, voltada, embora não diretamente, para a cima em rotação externa, tomando o cuidado de evitar do exercício de nível 2. A extensão do joelho aumenta
• O paciente precisa, às vezes, de uma toalha dobrada
cabeça do úmero e empurrando o ombro para baixo, a rotação da pelve. Ele mantém essa posição durante 3 o comprimento do braço de alavanca, assim como a
sob o tronco, no nível da cintura e logo acima da crista
sobre a mesa, afastando-o do corpo. A pressão deve ser a 5 segundos, voltando em seguida à posição inicial. dificuldade do exercício).
ilíaca, se sentir dor quando deitado de lado.
mantida durante 5 a 1Osegundos; a seguir, o assistente • O exercício será repetido entre 5 e 1O vezes. O movi- • Alongar a banda iliotibial, mediante adução (abaixa-
O paciente não deve inclinar a pelve lateralmente, seja
solta e repete a operação. O paciente deve sentir o mento não deve ocorrer na articulação do quadril; pelve durante a fase de abdução, seja durante o retorno à mento) da perna em direção à mesa.
alongamento na parede torácica, mas não deve sentir e tronco precisam permanecer imóveis. Depois de 5 a posição inicial.
dor na região submetida à pressão direta. 1O repetições, o paciente se vira para o lado oposto e • O grau de flexão de quadril e joelho pode ser adaptado Técnica Correta
B. Auto-alongamento (em decúbito dorsal) repete o exercício com a perna contralateral. para aumentar ou diminuir o comprimento do braço de • O paciente assume uma posição em leve rotação do
Exnrícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
c~ríTLLO SETE

tronco e da pelve anteriormente, com a pelve em Considerações Especiais Considerações Especiais Abdução e Rotação Superior
inclinação neutra. Ele deve fletir quadril e joelho do O joelho precisa ser colocado em extensão completa durante • O paciente precisa pensar no movimento de rodar a escápula Objetivo
membro de baixo, enquanto quadril e joelho do ou- esse exercício, caso o paciente apresente instabilidade da superiormente excessiva durante esse movimento.
tro membro inferior (o de acima) precisam estar em • Ele deve evitar a elevação excessiva da escápula durante Melhorar os movimentos da escápula durante os movimen-
articulação do joelho.
extensão, descansando sobre a perna de baixo. o movimento de flexão do ombro. tos da articulação do ombro.
• O paciente coloca o quadril em rotação externa e vira Adução do Quadril para Fortalecimento
~ m~mbro inteiro para fora, de modo a voltar o joelho ADUÇÃO DA ESCÁPULA (EXERCÍCIO PARA Técnica Correta
ligeiramente para cima. Em seguida, abduz o quadril e Objetivos O MÚSCULO TRAPÉZIO) • O paciente coloca-se em decúbito lateral, com os
o estende levemente. A pelve e o tronco precisam per- • Aumentar a força dos adutores do quadril. quadris e joelhos em flexão e o tronco perpendicular
manecer imóveis; o paciente não deve colocar a perna • Alongar a banda iliotibial.
Objetivo à superficie de sustentação. Colocamos travesseiros
de baixo em abdução, empurrando-a para baixo. Melhorar o desempenho das porções média e inferior do diante de seu tórax, de modo que seu braço e antebraço
• O paci~nte mantém a perna elevada 3 a 5 segundos; músculo trapézio. possam descansar sobre eles, com o cotovelo na altura
Técnica Correta
a seguir, abaixa a perna lentamente sobre a mesa do ombro.
• O paciente assume uma posição na qual o tronco e a • O paciente coloca o ombro em flexão de aproxima-
mantendo a rotação externa. A adução do quadril nã~ Técnica Correta
pelve se dispõem perpendiculares sobre a superficie de damente 100 graus, enquanto flexiona o cotovelo em
deve ultrapassar 15 graus e a perna não deve entrar em • Estando em decúbito lateral, o paciente flexiona os
sustentação. Quadril e joelho do membro inferior de cerca de 45 graus. O paciente presta atenção para a
contato com a mesa. quadris e joelhos e dispõe o tronco perpendicularmente
baixo devem estar em extensão, ao passo que o quadril abdução e rotação superior da escápula durante a flexão
à superficie de sustentação. Colocamos travesseiros à
da perna de cima se encontra em rotação externa e do ombro, deslizando o braço ao longo dos travessei-
Considerações Especiais frente de seu tórax, permitindo que braço e antebraço
flexão. O joelho deve estar em flexão, de modo que 0 ros. A ênfase deve ser para o movimento da escápula,
do paciente descansem sobre os travesseiros. O ombro
• O :fisioterapeuta precisa certificar-se de que o paciente pé descanse sobre a superficie de sustentação. precisa estar em flexão de cerca de 120 graus e o coto- enquanto a flexão da articulação glenoumeral merece
não apresenta anteversão do quadril, de modo que não • O paciente coloca o membro de baixo no maior grau velo em flexão de aproximadamente 20 graus. menos atenção.
se pode esperar por rotação externa excessiva. possível de adução, sem movimentar a pelve. Ele • O paciente coloca a escápula em adução e rotação
• O paciente deve começar apoiando a perna de cima mantém a posição de adução durante 3 a 5 segundos, superior, começando o movimento pela rotação supe- Considerações Especiais
sobre um travesseiro colocado entre os joelhos, se os voltando em seguida com a perna para a posição inicial, rior; a adução da escápula constitui a segunda fase do
abdutores do seu quadril forem excessivamente longos; a fim de repetir o exercício. O fisioterapeuta precisa certificar-se de que a abdução é
movimento.
ele somente deverá abaixar a perna até o travesseiro acompanhada pela rotação superior da escápula. A :finali-
evitando, dessa forma, que os abdutores do quadrii Considerações Especiais dade desse exercício consiste em melhorar o desempenho
Considerações Especiais
assumam a posição em alongamento. Uma outra posição para realizar esse exercício consiste em do músculo serrátil anterior.
O movimento que mais freqüentemente substitui a adução
• O comprimento excessivo dos abdutores do quadril é manter o membro inferior de cima com o quadril e o joelho da escápula é a depressão da mesma mediante contração do
mais freqüente na mulher, fato devido à largura de sua em extensão. Nessa posição, os abdutores da perna de cima músculo grande dorsal. Exercícios em Decúbito Ventral
pelve e ao hábito de dormir em decúbito lateral, com o também se contraem durante a adução da perna de baixo.
quad~l de cima em flexão e adução. Essa postura para
(Membros Inferiores)
ROTAÇÃO DO OMBRO
dormir deve ser corrigida com um travesseiro entre as Flexão do Joelho
pernas e uma toalha dobrada embaixo da cintura. Exercícios em Decúbito Lateral Exercício contra a resistência para os músculos rotadores
externos do ombro, no paciente que não consegue abduzir o
(Membros Superiores) ombro em grau suficiente (90 graus) para executar confor- Objetivos
MÚSCULO TFL-BIT: ALONGAMENTO tavelmente os exercícios de rotação em decúbito ventral. • Alongamento dos músculos reto femoral e TFL.
Flexão do Ombro, Rotação Externa e • Prevenção dos movimentos compensatórios de pelve
Objetivo Adução Escapular Técnica Correta e coluna, durante o alongamento dos músculos TFL e
Alongamento das estruturas laterais do quadril. • O paciente coloca-se em decúbito lateral, com quadris reto femoral.
FLEXÃO DO OMBRO e joelhos em flexão e o tronco perpendicular à super- • Melhorar o desempenho dos músculos abdominais no
Técnica Correta ficie de sustentação. Colocamos um travesseiro diante controle isométrico da pelve.
Objetivo
do tórax, de modo que o antebraço do paciente possa
• O paciente assume uma posição na qual tronco e pelve Aumentar a força dos flexores do ombro em posição menos descansar sobre ele. Técnica Correta
se encontram perpendicularmente à mesa; a pelve deve sujeita à ação da gravidade • O braço do paciente descansa ao lado do tórax e o
esta~ em rotação neutra. O paciente :flexiona o quadril • O paciente assume o decúbito ventral e coloca os
cotovelo é fletido em 90 graus, com o antebraço em
e o Joelho da perna de baixo. O quadril do membro pronação, de modo que a palma de sua mão esteja quadris em extensão e em abdução/adução e rotação
Técnica Correta
inferior de cima deve estar em extensão, com o joelho voltada para o travesseiro. O paciente coloca o ombro neutras. Os joelhos devem estar em extensão. Os
em flexão de cerca de 20 graus. Esse exercício torna-se
• ? paciente assume o decúbito lateral, com quadris e em rotação externa, levantando a mão do travesseiro. membros superiores podem assumir qualquer posição
Joelhos em flexão e o tronco perpendicular à superficie
mais eficaz, em alguns casos, com o joelho em flexão • Depois de alcançar o extremo da amplitude para o confortável.
de sustentação. Os travesseiros colocados à frente de
de 90 graus, em lugar de 20 graus. movimento ativo, o paciente mantém essa posição • O paciente contrai os músculos abdominais e flete um
seu peito permitem que o paciente descanse braço e
• O paciente coloca o quadril da perna de cima em ex- antebraço sobre os travesseiros, com o cotovelo na durante 5 a 1O segundos, retomando, depois, com o dos joelhos o máximo que puder, enquanto mantém a
tensão, rotação externa e discreta abdução. Mantendo altura do ombro. braço sobre o travesseiro. pelve e a coxa imóveis. O paciente pode verificar o grau
o quadril em extensão e rotação externa, ele deixa que • O paciente descansa seu membro superior sobre os de deslocamento da pelve colocando as mãos sobre as
a perna de cima entre em adução, aproximando-se da travesseiros, com o cotovelo em flexão. Ele :flexiona Considerações Especiais nádegas ou as pontas dos dedos sob as espinhas ilíacas
mesa. A perna fica suspensa sem apoio durante pelo o ombro, deslizando o braço por cima da cabeça e O paciente não deve movimentar a escápula, mas deve mexer ântero-superiores.
menos 1O a 15 segundos. Convém evitar a inclinação estendendo o cotovelo durante a flexão do ombro. o braço como se o movimentasse em torno do eixo longitu- • Ele precisa interromper a flexão do joelho a essa al-
lateral da pelve, assim como a flexão do quadril. • Ele segura essa posição durante 5 a 1Osegundos, antes dinal do úmero. A tendência natural é de aduzir a escápula, tura, caso não consiga evitar o deslocamento da pelve
O paciente volta com a perna para a posição inicial. de voltar à posição de saída. em vez de colocar o úmero em rotação externa. durante a contração dos músculos abdominais. Uma
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
C.~PITIJLO SETE

alternativa consiste em colocar um travesseiro sob o • Esse exercício pode ser contra-indicado diante da Considerações Especiais • Recomenda-se amarrar uma correia em torno da perna,
abdome, mas não sob as articulações dos quadris. instabilidade do joelho e de acentuada mobilidade da • Se o paciente estiver com o quadril em extensão quando que ele possa segurar com a mão, para manter o joelho
• O paciente volta com a perna para a posição inicial de tíbia, visto poder provocar o deslizamento lateral da deitado, o terapeuta deve colocar um travesseiro sob o em flexão passiva, sempre que a flexão do mesmo exigir
extensão do joelho, repetindo esse mesmo exercício com tíbia sobre o fêmur. a contração dos músculos isquiotibiais.
abdome para que o quadril fique mais flexionado. O
a perna oposta. Ele o repete alternando as pernas. • Quando o trocanter maior descreve um grande arco du- paciente não deve estender o quadril mais de 1Ograus. Abdução do Quadril
rante a rotação externa do quadril, o terapeuta controla • O paciente não deve substituir a extensão lombar pela
Considerações Especiais essa disfunção colocando uma de suas mãos sobre a extensão do quadril. Objetivos
• No paciente que apresenta encurtamento ou rigidez coxa, abaixo dos glúteos, para restringir o deslocamen- A contração do músculo glúteo máximo deve ocorrer • Melhorar o desempenho do m. glúteo médio e dos
do músculo TFL, podemos impedir a movimentação to do trocanter maior. Esse tipo anormal de movimento antes ou simultaneamente à contração dos :flexores do demais abdutores do quadril.
da pelve colocando o membro em 15 a 20 graus de do femur é atribuído à flexão do quadril que resulta do joelho. • Treinar o paciente a movimentar o fêmur no nível do
abdução no quadril, antes de dar início ao movimento encurtamento do TFL-BIT. • Se o trocanter maior se move anteriormente enquanto quadril, sem movimentar simultaneamente a pelve ou
de flexão do joelho. • O fisioterapeuta deve recomendar a rotação em apenas o quadril está em extensão, o paciente deve rodar late- a coluna.
• O paciente pode colocar a tíbia em rotação interna du- um sentido no paciente que apresenta anteversão ou ralmente o quadril pela contração dos músculos glúteos
rante a flexão, ou flexionar os dois joelhos simultanea-
Técnica Correta
retroversão do quadril. antes de iniciar o movimento de extensão.
mente, caso a tíbia apresente rotação externa durante • Paciente em decúbito ventral, com os quadris e joelhos
a flexão do joelho; ele precisa manter os joelhos e tor- em extensão e os quadris em abdução/adução e rotação
Extensão do Quadril com Joelho Estendido Extensão do Quadril com Flexão de Joelho
nozelos juntos, a fim de diminuir a rotação da tíbia. neutras.
Objetivos • O paciente abduz a coxa no quadril, deslizando na
Objetivos medida do possível para o lado, sem inclinar a pelve
Rotação do Quadril • Melhorar o desempenho do glúteo máximo.
• Fortalecer os músculos glúteo máximo e isquiotibiais. • Alongar os flexores de quadril. nem movimentar a coluna. Ele deve manter esta posição
Objetivos • Treinar o paciente a começar o movimento pelo mús- durante 5 a 1O segundos, recolocando depois a perna
culo glúteo máximo e a aumentar a participação desse Técnica Correta lentamente na linha média.
• Alongamento dos músculos rotadores do quadril.
músculo enquanto reduz o uso dos músculos isquioti- • O paciente permanece na mesma posição inicial des- • O paciente pode examinar se a pelve se desloca, colo-
• Treinamento do paciente para rotação da coxa na arti-
biais durante a extensão do quadril. crita no exercício anterior. cando suas mãos sobre os glúteos ou as pontas de seus
culação do quadril, sem permitir que a pelve se deslo- dedos sobre a espinha ilíaca ântero-superior. Ele repete
que. • Melhorar o controle da região proximal do remur, fa- • O paciente flexiona um joelho em cerca de 125 graus.
zendo o trocanter maior manter uma posição constante Idealmente ele deve ser capaz de relaxar os flexores o exercício com a outra perna, alternando os membros
e não deslizar excessivamente anteriormente durante o do joelho, e o peso da perna deve manter o joelho fle- inferiores ao prosseguir com o exercício.
Técnica Correta
movimento de extensão. xionado. Então, o paciente roda e estende levemente o
• Paciente em decúbito ventral, com os quadris e joelhos quadril externamente em 1Ograus. Ele mantém a perna
Considerações Especiais
• Alongar o músculo iliopsoas.
em extensão e os quadris em rotação neutra e abdução/ estendida por 5 a 1Osegundos e, em seguida, a abaixa • Trata-se de um exercício que evita a ação da gravidade,
adução neutras. Podemos colocar um pequeno traves- devagar até a cama. O exercício é repetido mais uma razão pela qual está indicado nos casos de acentuada
seiro sob a cintura do paciente (mas não sob os qua- Técnica Correta vez com a mesma perna antes de iniciar o outro lado. fraqueza dom. glúteo médio posterior. Encontrando-
dris) caso o decúbito ventral agrave os sintomas ou se • Deve-se instruir o paciente a evitar o movimento se em decúbito ventral, o paciente faz maior uso dos
• Paciente em decúbito ventral, com os quadris e joelhos
observarmos extensão excessiva da coluna lombar. pélvico ou a flexão do quadril com o membro con- extensores e abdutores de quadril do que dos abdutores
em extensão. Os quadris devem estar em rotação neutra
• O paciente contrai os músculos abdominais e flexiona tralateral. O paciente deve controlar o movimento e flexores.
e em abdução/adução também neutra. Podemos lançar
um dos joelhos. Enquanto mantém sua pelve imóvel, ele pélvico colocando as pontas dos dedos das mãos na • Este exercício também está indicado quando se pre-
mão de um pequeno travesseiro abaixo da cintura (mas tende melhorar o uso dos extensores do quadril, sem
coloca o quadril em rotação primeiro externa e depois espinha ilíaca ântero-superior. Se ocorrer inclinação
não sob os quadris), caso o decúbito ventral agrave que o paciente apresente a tendência de estender a
interna. Se houver restrição da mobilidade, o paciente ou rotação pélvica, ele deve contrair os músculos ab-
a sintomatologia do paciente ou se a coluna lombar dominais "retraindo o umbigo em direção à coluna" coluna lombar a qual costuma acompanhar a extensão
mantém a posição durante 5 a 1Osegundos, voltando em apresentar extensão excessiva. antes de iniciar a extensão do quadril. do quadril.
seguida com a perna para a linha média. Executa depois • O paciente coloca o quadril em extensão e em dis-
o mesmo exercício com a perna oposta. creta rotação externa, enquanto mantém o joelho em Considerações Especiais Rotação Externa Isométrica do Quadril,
• Ele monitora a pelve e evita movimentá-la, enquanto extensão. Ele precisa lembrar-se de contrair o mús-
realiza o movimento de rotação do quadril. Para tanto, • A tendência de estender a coluna lombar quando se com os Quadris Abduzidos e os Joelhos
culo glúteo máximo para dar início ao movimento. A realiza a extensão de quadril é aumentada porque nesta
coloca as duas mãos sobre os glúteos ou as pontas dos pelve precisa permanecer em contato com a mesma. em Flexão
posição o músculo reto femoral está em alongamento
dedos das mãos sob a EIAS (espinha ilíaca ântero- A amplitude para a extensão do quadril é de apenas máximo. Assim, o paciente deve ser cuidadosamente Objetivos
superior). Ao sentir que a pelve se desloca durante a 10 graus. monitorado.
rotação da coxa, o paciente tentará controlar a pelve • O paciente controla a posição de pelve colocando as • Os pacientes que apresentam inclinação anterior da • Melhorar o desempenho dos músculos encarregados
mediante contração da musculatura abdominal. duas mãos sobre os glúteos ou os dedos das duas mãos pelve, quando em posição em pé, encontram, muitas da rotação externa do quadril.
sob as EIAS. Ao sentir que existe rotação ou inclinação vezes, dificuldades no uso de seus músculos glúteos • Contribuir para o encurtamento dos rotadores externos
Considerações Especiais da pelve, o paciente contrai os músculos abdominais máximos no extremo da amplitude, substituindo-o de quadril que estão alongados.
• O paciente deve recorrer à rotação interna da tíbia (ro- antes de estender o quadril, a fim de evitar o desloca- por extensão da coluna lombar, durante a fase final do
movimento. Tais pacientes necessitam desse exercício, Técnica Correta
tação interna do pé) sempre que esta entrar em rotação mento da pelve.
• O paciente mantém a perna em extensão durante 3 a visto que também não colocam o quadril em extensão • Paciente em decúbito ventral, com os joelhos em flexão
externa durante a movimentação do quadril (rotação
suficiente, durante o retorno após a flexão anterior. e os quadris em abdução e rotação externa, de modo
externa do quadril). A rotação da tíbia deve-se à rigidez 5 segundos, recolocando-a depois lentamente sobre a
• Podemos colocar um travesseiro sob o abdome do que as bordas internas de seus pés se toquem.
do músculo TFL-BIT e à flexibilidade aumentada da mesa; a seguir, executa o exercício com a outra perna.
paciente, se necessário, pois este nível pode ser muito • O paciente executa a rotação externa isométrica do
articulação do joelho. O exercício é repetido, alternando as duas pernas.
difícil para ele. quadril, juntando os pés durante 5 a 1O segundos e
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
C APITlI LO S ETE

relaxando-os em seguida. Repete este exercício quantas Flexão do Ombro . o paciente levanta os braços, ad~zindo as. escápulas. Considerações Especiais
vezes for desejado, para depois recolocar os membros Ele imagina, para tanto, um movimento diagonal_ d~s • O paciente não deve levantar (encolher) o ombro ao
inferiores sobre a mesa, em posição de extensão. Objetivos
escápulas. Não deve encolher os ombros. A po~içao levantar o braço (substituição pela ação do m . trapézio
• Aumentar a mobilidade da escápula. deve ser mantida durante uns 5 a 1Osegundos; o paciente superior).
Considerações Especiais • Melhorar o desempenho do músculo serrátil anterior. relaxa em seguida. • A mão precisa ficar em nível mais alto que o braço.
• A região do acrômio não deve ser dolorosa.
A rotação externa pode ser substituída pela flexão do Considerações Especiais
Técnica Correta • O paciente não deve deprimir a cintura escapular, subs-
quadril em rotação interna; portanto, o terapeuta precisa
• Dois travesseiros são colocados longitudinalmente As disfunções de movimentos mais freqüentes consistem em tituindo a atividade do m. trapézio inferior pela do m.
observar a mudança nos contornos dos músculos glúteos,
sobre a mesa. O paciente deita-se em decúbito ventral flexão do úmero sem adução das escápulas e na depressão da grande dorsal.
durante o exercício de contração isométrica. Ao executar
sobre os travesseiros, com seus membros inferiores em cintura escapular mediante ação do músculo grande dorsal,
o exercício, o paciente precisa ser ensinado a contrair os
extensão. Os braços são posicionados sobre a mesa ao e não no trapézio inferior.
músculos glúteos. Rotação do Ombro
lado do tronco, com os ombros em extensão e os coto-
velos em flexão, de modo que os antebraços descansem NívEL 2: ADUÇÃO DA ESCÁPULA DA Objetivos
Contração Isométrica do Glúteo Máximo sobre a mesa. As vezes é necessário colocar toalhas ABDUÇÃO DO OMBRO COM O COTOVELO
FLEXIONADO • Melhorar o desempenho dos músculos rotadores do
Objetivo enroladas sob os ombros, a fim de corrigir a posição
ombro.
da escápula.
Objetivo • Treinar o paciente a movimentar o úmero sem deslocar
Melhorar o desempenho do músculo glúteo máximo. • O paciente flexiona um dos ombros e estende o coto-
Melhorar o desempenho dos trapézios médios e inferi- a escápula dentro de determinados limites de ampli-
velo, deslizando o braço acima da cabeça. Enquanto
ores. tude.
Técnica Correta avança com o braço, ele procura estar atento para a
abdução e rotação superior da escápula, em vez de Técnica Correta
Em decúbito ventral, o paciente contrai a musculatura levantar o peso do braço. Ele imagina uma corda ROTAÇÃO EXTERNA
glútea. Ele precisa lembrar-se de virar as pernas para fora • O paciente coloca-se em decúbito ventr~l, com os
que ligue o cotovelo ao ângulo inferior da escápula,
braços acima da cabeça e os cotovelos flex10nados.
durante a contração dos músculos glúteos e manter a con- puxando-a em abdução enquanto avança com o braço. Técnica Correta
• Ele coloca as escápulas em adução, aproximando-as da
tração durante 5 a 1O segundos. O paciente não deve empenhar-se em obter o máximo coluna vertebral. O paciente também deve ser instruído • O paciente começa em decúbito ventral, deitado sobre
de flexão no ombro, concentrando-se, em vez disso, a puxar as escápulas para baixo e em direção à_ col~a a cama ou a mesa, com o ombro em abdução de 90
Considerações Especiais nos movimentos da escápula. sempre que o exercício visar a ação do terço mfenor graus, o cotovelo em flexão de 90 graus e com o ante-
• O paciente volta com o braço para a posição inicial do músculo trapézio. O paciente deve levantar o braço
Esse exercício exige cuidado no paciente que apresenta braço suspenso sobre a beira da mesa. Convém colocar
antes de repetir o exercício com o braço oposto. e a mão enquanto contrai esse músculo. A mão deve toalhas dobradas sob o terço proximal do úmero, a fim
coluna lombar estendida, a fim de não contribuir para a
ficar um pouco acima do nível do cotovelo, a fim de de posicionar a escápula e o úmero e~ alinha~ent~
flexão da coluna lombar. Considerações Especiais favorecer a rotação externa. correto. A escápula não deve ser abduzida nem mcli-
• Trata-se de um exercício com redução da ação exercida nada anteriormente; o úmero deve situar-se no mesmo
Exercícios em Decúbito Ventral pela gravidade e, portanto, da posição mais fácil para Considerações Especiais plano da escápula.
a execução dos movimentos da escápula. O peso do • O paciente não deve encolher os ombros enquanto O paciente coloca lentamente o úmero em rotação ex-
(Membros Superiores) tórax não incide sobre a escápula, razão pela qual esta levanta o braço. terna na articulação glenoumeral, de modo a deslocar o
se movimenta com mais facilidade que se o exercício • A escápula não deve rodar inferiormente; isso seria antebraço em direção à cabeça. A escápula precisa per-
Ativação dos Extensores da Coluna fosse praticado em decúbito dorsal. sinal de contração do m. rombóide. manecer imóvel enquanto o paciente executa a rotação
(Flexão do Ombro para Promover a • Nessa posição o fisioterapeuta pode observar o movi- do úmero. Para ajudar o paciente a movimentar o úmero
Atividade dos Músculos Extensores da mento da escápula para se certificar de que o mesmo separadamente, aconselhamos que ele se concentre na
NÍVEL 3: ADUÇÃO DA ESCÁPULA DA
Coluna) está sendo realizado corretamente. O fisioterapeuta ABDUÇÃO DO OMBRO COM O COTOVELO rotação do braço "em torno de um eixo fixo", em vez de
também pode ajudar o movimento da escápula se os ESTENDIDO permitir que escápula e úmero se movimentem com_o ~e
Objetivo músculos rombóides impuserem resistência. constituíssem uma unidade. O paciente segura a pos1çao
Objetivo durante 5 a 1Osegundos, para depois recolocar o braço
Melhorar o desempenho dos músculos extensores da
coluna.
Progressão dos Exercícios do Músculo Melhorar o desempenho dos trapézios médios e inferio- lentamente na posição inicial.
Trapézio res.
Técnica Correta Nível 1: MÃOS SOBRE A CABEÇA ROTAÇÃO INTERNA
Técnica Correta
O paciente coloca-se em decúbito ventral sobre a mesa,
deixando o braço suspenso sobre a beira da mesa. Ele flete Objetivo • Paciente em decúbito ventral com os ombros em 120 Técnica Correta
graus de abdução e os cotovelos em extensão, os an-
o ombro entre 90 e 170 graus. Melhorar o desempenho das porções média e inferior do • O paciente assume a mesma posição que acabamos de
tebraços em posição neutra e os polegares apontando
músculo trapézio. descrever no exercício anterior.
para cima.
Considerações Especiais • Ele coloca o úmero em rotação interna, de modo a apro-
O paciente coloca as escápulas em adução, levando-as
Técnica Correta ximar o antebraço do quadril. Para tanto, é instruído a
• O paciente precisa evitar o movimento de extensão da para trás e para baixo em direção à coluna, enquanto
• O exercício começa em decúbito ventral, estando o levanta os braços 2,5 a 5 cm acima da mesa. Segura deixar o úmero "girar em torno de um eixo fixo" , sem
coluna. movimentar a escápula. O paciente segura o membro
paciente com os ombros e cotovelos flexionados e as assim os braços durante 5 a 1Osegundos, relaxando em
• Ele também deverá evitar a rotação da coluna. na maior amplitude possível durante 5 a 10 segun?<:._s,
mãos colocadas sobre a cabeça. A colocação de toalhas seguida e abaixando-os sobre a mesa.
• A amplitude de flexão do ombro não deve ser acompa- Esse exercício também pode ser efetuado com um braço voltando depois lentamente com o braço para a posiçao
enroladas sob os dois ombros serve para corrigir a
nhada por dores na extremidade superior do ombro. eventual inclinação anterior das escápulas. de cada vez ou simultaneamente com os dois braços. neutra.
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
C APín1Lo SE1E

Considerações Especiais • Contribuir para a correção da cifose torácica. A au- quadril, o paciente vê-se, às vezes, obrigado a abduzir • Melhorar o desempenho dos flexores dos quadris.
sência das forças de compressão permite que a coluna o quadril afetado e a colocá-lo em rotação externa, de • Melhorar o desempenho do músculo serrátil anterior.
É comum a escápula entrar em abdução e deslocar-se em
direção ao úmero durante o movimento de rotação externa, torácica diminua a excessiva curvatura em flexão. maneira a manter a pelve nivelada durante o movimento
visto que a rotação externa não é devidamente compensada • Encurtar os extensores da coluna torácica e melhorar de balanço para trás. A rigidez deve diminuir à medida Técnica Correta
pelos músculos adutores da escápula. O deslocamento da seu desempenho. que o movimento for repetido; a articulação do quadril • Trata-se de um exercício raramente usado.
escápula tende a diminuir quando o paciente reduz o "es- • Alongar os extensores curtos da coluna lombar. pode, então, ser corretamente posicionada. • O paciente começa pela posição quadrúpede, confor-
• Melhorar a percepção do paciente de alinhamento • A flexão dos quadris pode não ser suficiente para man- me descrita acima. Ele se balança para trás dentro do
forço" durante a rotação externa.
correto do tronco. ter a pelve nivelada, mesmo estando em alinhamento possível; em seguida, flexiona os ombros na medida
• Melhorar o desempenho do músculo serrátil anterior. anatômico neutro no paciente que apresenta anteversão do possível, estendendo os braços ao máximo à frente
ROTAÇÃO EXTERNA NO FINAL DA
• Treinar o paciente a fletir e estender os quadris sem uni ou bilateral dos quadris. O paciente precisa, nesse do corpo.
AMPLITUDE caso, colocar o quadril ou os quadris com anteversão
movimentação simultânea da coluna. • Quando se movimenta para frente, o paciente o faz no
Sempre que esse exercício se destinar a melhorar o desempe- • Melhorar o deslizamento posterior do fêmur dentro do em rotação interna, com o objetivo de corrigir o mo- grau sugerido pelo fisioterapeuta e mantém os cotove-
nho do músculo subescapular, sua parte mais importante será acetábulo. vimento. los estendidos e se movimenta pra frente. O movimento
o movimento no final da amplitude para a rotação interna. • Melhorar o deslizamento posterior do fêmur. • A rotação da coluna, que às vezes se observa quando de balanço para frente exige a contração simultânea dos
• Aumentar a amplitude para os movimentos de flexão o paciente começa a fletir os quadris, pode também músculos da parede abdominal.
Técnica Correta do ombro. ser decorrente da rigidez assimétrica dessas articula-
• Alongar o músculo levantador da escápula. ções, manifestando-se por rotação ou por inclinação
• O paciente poderá deitar-se sobre travesseiros dis- Considerações Especiais
lateral pélvica. O fisioterapeuta precisa, então, ajustar
postos longitudinalmente, de modo a poder colocar a posição do quadril do paciente. A rotação da coluna • Para poder se movimentar ao máximo para frente, o
o antebraço e a mão sobre a mesa durante a rotação Técnica Correta paciente precisa dispor de força e controle suficientes
resulta do comprimento assimétrico dos músculos
interna máxima do ombro com o cotovelo em flexão. • O paciente coloca-se em posição confortável sobre paravertebrais. A rotação aumenta, muitas vezes, nos músculos abdominais. A extensão da coluna precisa
Em seguida, o paciente estende ligeiramente o cotovelo, mãos e joelhos. A cabeça deve estar no mesmo nível dos quando o paciente se balança para trás. O fisioterapeuta distribuir-se de maneira uniforme, evitando a exten-
mantendo o máximo de rotação interna. A contração ombros; estes precisam estar centrados sobre as mãos, precisa aplicar pressão em sentido contrário sobre a são em apenas um dos segmentos. Se a musculatura
isométrica dos rotadores internos apresenta menos a coluna deve estar reta, as articulações dos quadris coluna durante o movimento de balanço do paciente. abdominal do paciente estiver enfraquecida, ele fre-
dificuldade que a atividade concêntrica. em flexão de 90 graus e centradas sobre os joelhos; A repetição do movimento de balanço para trás contra qüentemente apresentará extensão excessiva da coluna
• O paciente pode deixar o ombro entrar em rotação os tornozelos devem encontrar-se em flexão plantar. essa pressão é capaz de corrigir a assimetria. O fisio- lombar, sobretudo à altura da junção lombossacral.
externa de alguns graus seguida pela rotação interna Os joelhos precisam estar confortavelmente afastados terapeuta precisa certificar-se de que essa pressão não • O movimento de balanço não deve ultrapassar o ponto
e pelo retomo à posição inicial. O paciente repete o entre si e posicionados no mesmo plano. no qual as escápulas se tornam aladas. A presença de
causa sintomas.
exercício quantas vezes for preciso, aumentando pro- • O fisioterapeuta corrige as alterações posturais. O O paciente que possui abdome volumoso ou coxas escápulas aladas indica que a carga imposta pelo peso
gressivamente a amplitude para a rotação tanto externa paciente treina assumir a posição correta e indolor. pesadas nem sempre é capaz de se balançar completa- do tronco ultrapassa a capacidade do músculo serrátil
como interna. • O paciente precisa empurrar-se para trás, de encontro mente para trás sem apresentar flexão compensatória anterior para manter as escápulas rentes à caixa torá-
aos calcanhares, usando as mãos em vez de fletir os dos quadris e da coluna lombar. cica. O encurtamento dos músculos escapuloumerais
e a estabilização insuficiente pelos músculos trapézio
Exercícios na Posição Quadrúpede quadris para se balançar para trás sempre que apresen- • Esse exercício é contra-indicado se o paciente com
e rombóide são outros fatores capazes de contribuir
tar uma síndrome de extensão ou dor à contração dos dores lombares for muito obeso e apresentar um abdo-
Balanço em posição quadrúpede flexores do quadril; dessa maneira, conseguirá evitar me muito volumoso, pendente, que contribuirá, nessa para a escápula alada.
a contração do músculo iliopsoas. • Ao movimentar-se para frente, o paciente usa geral-
posição, para a ação de forças tangenciais anteriores.
Objetivos mente os músculos flexores dos quadris para controlar
• Depois de assumir a posição correta, o paciente se move • Essa posição precisa ser aplicada com cautela nos
a taxa e o grau de extensão no quadril, fato esse que
• Reduzir as forças de compressão sobre a coluna ver- para trás dentro da amplitude correta. O movimento pacientes cardíacos; ela pode causar estresse devido
tebral no paciente que sofre de dor lombar. precisa limitar-se exclusivamente às articulações de pode contribuir para a dor.
ao aumento do débito cardíaco.
• Contribuir para a correção dos alinhamentos defeituo- quadris e ombros; não deve ocorrer na coluna. Esta A presença de disfunções da articulação do joelho tende
sos decorrentes da rotação da coluna. (A ausência de precisa permanecer reta e imóvel. Os ombros precisam a limitar a amplitude da flexão de quadris e joelhos. Movimentação dos Braços em Posição
forças compressivas, graças ao apoio simétrico sobre flexionar-se quando o paciente flexiona os quadris além • As afecções da articulação do quadril acompanhadas Quadrúpede
quatro pontos, conforme proporcionado pela posição de 100 graus. Ao sentir dores, o paciente precisa parar de limitação da flexão contribuem para a rotação com-
quadrúpede, permite a auto-adaptação da coluna a um e voltar à posição inicial. pensatória de pelve e coluna lombar. O fisioterapeuta FLEXÃO DO OMBRO
alinhamento mais normal do ponto de vista anatômi- • O paciente não deve colocar a cabeça e o pescoço em precisa, nesse caso, limitar a amplitude da excursão,
co. Enquanto o paciente se movimenta para trás, a extensão durante o movimento de balanço para trás. Ele a fim de evitar a flexibilidade excessiva da coluna Objetivos
discreta tração na coluna e o alongamento associado precisa puxar o queixo em direção ao pescoço e manter a lombar. • Aumentar a demanda sobre a musculatura abdominal
dos músculos eretores da espinha ajudam a corrigir o contração dos flexores do pescoço durante o movimento no sentido de impedir a rotação do tronco enquanto o
posicionamento.) de balanço para trás sempre que a cabeça e a coluna paciente movimenta o braço.
• Aliviar a dor lombar.
MOVIMENTO DE BALANÇO PARA A FRENTE
cervical apresentarem tendência à extensão durante Melhorar o desempenho dos músculos extensores da
• Contribuir para o alongamento dos extensores uni- esse movimento. A extensão deve-se ao encurtamento Esse exercício raramente encontra aplicação, em vista do coluna.
articulares do quadril (músculos glúteo máximo, pi- do músculo levantador da escápula. Esse músculo sofre estresse indesejável que acompanha a extensão da coluna • Melhorar o equilíbrio.
riforme etc.) e corrigir as eventuais diferenças quanto à alongamento bilateral durante a rotação superior das lombar até o limite da amplitude.
rigidez relativa desses músculos, em comparação com escápulas, de modo a provocar a extensão de cabeça e Técnica Correta
os músculos extensores da coluna e seu efeito sobre a coluna cervical.
rotação compensatória de pelve e coluna vertebral.
Objetivos • O paciente assume a posição quadrúpede conforme
• Aumentar a flexibilidade da coluna lombar para a descrita acima. Ele contrai os músculos da parede ab-
• Contribuir para a redução da flexibilidade compensa-
Considerações Especiais extensão. dominal, retraindo o umbigo de encontro à coluna, com
tória da coluna vertebral que resulta da rigidez ou do
• Melhorar o desempenho dos músculos abdominais. o objetivo de impedir a rotação do tronco, enquanto
encurtamento dos extensores do quadril. • Em caso de rigidez assimétrica dos extensores do
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
CAPITULO S ETE

flexiona o úmero com o cotovelo em extensão. Caso EXTENSÃO DE QUADRIL E JOELHO. o paciente pode colo- • Melhora do desempenho dos músculos extensores do posição durante 5 a 1O segundos, virando a cabeça depois
a coluna comece imediatamente a entrar em rotação, car o joelho em extensão,juntamente com o quadril, aumen- pescoço. para o lado oposto.
depois de o paciente dar início à flexão do ombro, ele tando, dessa maneira, o grau de dificuldade do exercício. • Treinamento do paciente na extensão correta da coluna
será obrigado a restringir o movimento do braço apenas Ele mantém a posição final durante 5 a 1O segundos, antes cervical, evitando as forças de translação posterior. Considerações Especiais
levantando a mão sobre a superficie de sustentação, de voltar à posição inicial e passar para a outra perna. • Ajudar o paciente a aprender a inverter a curvatura da Essa posição não deve provocar nenhuma dor no pescoço.
enquanto flexiona o cotovelo e contrai os músculos coluna cervical para a flexão, em vez de movimentar O paciente precisa interromper o movimento ao menor sinal
da parede abdominal. Essa modificação permite que o Considerações Especiais excessivamente os segmentos cervicais mais baixos. de dor. Os músculos levantadores das escápulas não devem
paciente controle a disfunção de movimento. • Ensiná-lo a movimentar os segmentos corretos da parecer proeminentes.
Tal como nos outros exercícios, o objetivo desse exercício
• O paciente levanta o braço o quanto puder, se possível coluna cervical.
consiste em habilitar o paciente a manter inalterada a posição
até 170 graus de flexão do ombro, sem provocar dor ou
de pelve e coluna durante os movimentos dos membros. o Exercícios em Posição Sentada
a rotação do tronco. Ele mantém essa posição durante fisioterapeuta precisa determinar o nível correto de difi- Técnica Correta
5 a 1O segundos, voltando em seguida com o braço à culdade para o paciente alcançar esse objetivo. O paciente O paciente assume a posição quadrúpede, conforme descrito
posição inicial. mais acima. Com a coluna cervical em alinhamento normal,
Extensão do Joelho e Dorsiflexão do
precisa evitar a extensão da coluna lombar, assim como até
• O paciente repete o exercício alternando os braços. o final da amplitude. o paciente é solicitado a trazer o queixo de encontro ao Tornozelo
pescoço, de modo a desfazer a curvatura cervical. Ele deve
Considerações Especiais manter essa posição durante 5 a 1O segundos; em seguida, Objetivos
EXTENSÃO DE QUADRIL E JOELHO COM
• O objetivo principal consiste em evitar a rotação coloca a coluna cervical em extensão, "imaginando estar • Alongamento dos isquiotibiais e dos músculos da
FLEXÃO DO OMBRO
assimétrica ou excessiva do tronco. Já vimos que o girando a cabeça em torno de um eixo que esteja atraves- panturrilha.
paciente pode ajustar o braço de alavanca que está le- Objetivos sando o centro de sua cabeça". O fisioterapeuta procura • Correção das diferenças no comprimento dos músculos
vantando, fletindo o cotovelo em lugar do ombro, a fim • Melhorar o desempenho dos músculos abdominais e ensinar o paciente a realizar o movimento de rotação no isquiotibiais interno e externo.
de reduzir o trabalho imposto aos músculos abdominais dos extensores da coluna. plano sagital. O eixo do movimento deve situar-se no meio • Treinar o paciente no controle da flexão e rotação
e aos extensores da coluna. As instruções devem basear- • Melhorar o equilíbrio. das vértebras cervicais. compensatória da coluna lombar que ocorrem durante
se na capacidade do paciente em controlar a rotação. o alongamento dos músculos isquiotibiais.
• A atividade dos músculos extensores da coluna deve Técnica Correta Considerações Especiais • Treinar o paciente no uso do músculo tibial anterior,
ser bilateral, podendo ser ligeiramente maior no lado • Podemos observar, em alguns casos, uma assimetria evitando o uso do músculo extensor longo dos dedos;
oposto, conforme mostra a mudança nos contornos da • O paciente é instruído a contrair primeiro os músculos este último pode passar a dominar a dorsiflexão do
apreciável entre as massas musculares à esquerda e
musculatura. abdominais, "puxando o umbigo em direção à coluna"; tornozelo.
em seguida, flexiona um dos ombros enquanto mantém
à direita da coluna cervical. Essa assimetria pode ser
• Fletindo os quadris acima de 90 graus, o paciente decorrente da natação, quando o paciente vira a cabeça • Alongar os músculos fibulares.
diminui a solicitação dos músculos abdominais e dos o cotovelo em extensão. O paciente estende depois o • Ensinar ao paciente como evitar a solicitação imprópria
quadril e o joelho contralaterais, enquanto mantém sempre para o mesmo lado.
extensores da coluna. Trata-se de outro método de se • O músculo levantador da escápula pode apresentar do músculo TFL.
adaptar às exigências do exercício, embora o paciente inalterada a posição de pelve e coluna vertebral. • Ensiná-lo a evitar o uso excessivo dos flexores do
proeminência nessa posição. O fato é atribuído à
possa não se dar conta de que está modificando o • Nos ruveis mais avançados, o paciente contrai os músculos quadril para se manter na posição sentada ou durante
dominância do músculo levantador da escápula como
exercício e reduzindo suas exigências. abdominais e depois flexiona o ombro e coloca simul- a extensão do joelho.
extensor do pescoço, assim como à participação insu-
taneamente o quadril e o joelho em extensão. • Ensinar o paciente a evitar a rotação interna do quadril
ficiente dos extensores intrínsecos do pescoço.
• Esse exercício é realizado em seguida com o outro durante a extensão do joelho.
Extensão do Quadril • Alguns pacientes realizam a extensão movimentando
braço e a outra perna. • Ensinar ao paciente como evitar a solicitação simultânea
excessivamente os segmentos cervicais mais baixos,
Objetivos inapropriada dos músculos quadríceps e isquiotibiais.
enquanto os segmentos superiores participam de ma-
• Melhorar o desempenho dos músculos abdominais e
Considerações Especiais neira insuficiente.
• Correção da disfunção do deslizamento lateral da
patela.
dos extensores da coluna vertebral no controle sobre • Antes de tentar executar esse exercício, o paciente
• Melhorar o desempenho do músculo quadríceps e dos
a rotação de tronco e pelve. precisa ser capaz de movimentar um só membro sem Rotação da Coluna Cervical
provocar a movimentação da coluna vertebral. dorsiflexores do tornozelo.
• Melhorar o desempenho dos músculos extensores dos
• Encurtar os músculos extensores da coluna lombar e
quadris, tanto da perna de sustentação como do membro • O paciente precisa ser cuidadosamente instruído no Objetivos
inferior sobre o qual não incide o peso do corpo. sentido de não permitir que a pelve ou a coluna entre melhorar seu desempenho.
• Melhorar o desempenho dos músculos rotadores da • Ensinar ao paciente como evitar a rotação externa da
• Melhorar o equilíbrio. em rotação durante os movimentos dos membros. A
coluna cervical. tíbia durante a extensão do joelho.
maioria dos pacientes não consegue colocar o quadril
• Ensinar ao paciente a rotação correta de cabeça e pes-
Técnica Correta em extensão completa sem que a pelve entre em ro-
coço em torno de um eixo fixo, em vez de combinar o Técnica Correta
tação.
EXTENSÃO DO QUADRIL COM O JoELHO EM FLEXÃO. Ü movimento de extensão/rotação ou a flexão lateral e a
• Muitos pacientes executam esse exercício de forma O paciente assume a posição sentada, de preferência
paciente assume a posição quadrúpede, conforme descrita rotação.
errada, visto que ele é freqüentemente usado nos exer- usando uma cadeira de espaldar reto. Ele flete o quadril
acima, mantendo os quadris em ligeira adução, de maneira
cícios em grupo. O paciente precisa receber instruções em 90 graus, com a pelve em posição vertical e a coluna
a diminuir a tendência para a rotação da pelve durante a Técnica Correta
exatas a respeito da técnica correta. lombar em linha reta.
posição ortostática com apoio unipodálico. O paciente
contrai os músculos abdominais, retraindo o umbigo em O paciente coloca-se na posição quadrúpede, conforme vi- • Ele estende lentamente um dos joelhos ao máximo, sem
direção à coluna. Ele mantém o joelho em flexão e coloca Flexão e Extensão da Coluna Cervical mos acima. Começando com a coluna cervical em posição provocar dor nem inclinação ou rotação da pelve, ou
o quadril em extensão, enquanto mantém a pelve e a coluna neutra, ele vira a cabeça dentro da maior amplitude possível flexão ou rotação da coluna vertebral. Quando sentado
em posição inalterada. Ele não deve colocar a coluna verte- Objetivos para um dos lados sem provocar dor. Ele deve ser instruído a com a coluna apoiada, ele será instruído a estender a
bral em extensão: o movimento deve permanecer limitado "imaginar estar girando em torno de um eixo que atravesse metade superior da coluna contra o encosto da cadeira
• Alongamento dos músculos extensores do pescoço,
à articulação do quadril. sua cabeça e pescoço em sentido longitudinal". É preciso (extensão isométrica) enquanto coloca o joelho em
com inclusão do músculo levantador da escápula.
que evite qualquer movimento de torção. Manterá essa extensão. O quadril precisa ser mantido em rotação
Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
C.1.rfn LO SnE

• Ele precisa ser aplicado com cautela no paciente que te orientado a fazê-lo) durante a flexão dos mesmos;
neutra. O paciente não deve contrair os músculos extensores dos dedos; precisamos, por isso, treiná-lo a
refere dor lombar, em vista das forças de compressão deve, também, procurar manter o olécrano voltado para
isquiotibiais ou o TFL. Estando o joelho em extensão movimentar o tornozelo e não os dedos. O paciente com
que acompanham a contração do músculo iliopsoas. diante, a fim de favorecer a rotação externa. O paciente
máxima, o paciente coloca o tornozelo em isquiotibiais, pronação do pé tende a realizar a eversão do mesmo
Na posição sentada, as forças de translação anterior precisa evitar a extensão da coluna lombar. Ele pode
com o pé apontando para o joelho. Durante a dorsifle- durante a dorsiflexão do tornozelo. Ao inverter o pé em
contrair os músculos abdominais antes de dar início ao
xão do tornozelo, o paciente evitará guiar o movimento lugar de evertê-lo, o paciente sentirá o alongamento na decorrentes da contração do músculo iliopsoas devem
face externa da perna, porque os músculos fibulares se movimento, de modo a prevenir a extensão, mas pode
com os dedos ou colocar o pé em eversão. Ele segura ser menores que em decúbito dorsal.
essa posição durante 5 a 1Osegundos, voltando depois alongam. também contraí-los depois de ter chegado ao máximo
com a perna para a posição da saída. • O paciente com restrição da mobilidade para a dor- de flexão do ombro.
• Ele repete o exercício alternando as pernas. siflexão do tornozelo pode lançar mão de uma toalha Exercícios em Posição Ortostática • O paciente deve manter a posição final de 5 a 1O se-
passada sob o pé, puxando-a com as mãos para realizar gundos, invertendo depois a seqüência de movimentos
Considerações Especiais a dorsiflexão passiva do tornozelo. Flexão do Ombro ( de Costas para a para voltar à posição inicial. Ele precisa ter o cuidado
de evitar a inclinação anterior da escápula ou a flexão
• O paciente colocará o quadril em rotação interna du- Parede)
do tórax, mas precisa movimentar principalmente a
rante a extensão do joelho, caso o isquiotibial medial Flexão do Quadril
apresente rigidez maior que o isquiotibial lateral. Objetivos articulação glenoumeral.
Mas, se for instruído a manter a rotação neutra, ele Objetivos • Serve como orientação para o alinhamento normal de
será capaz de estender o joelho em toda a amplitude • Melhorar o desempenho do músculo iliopsoas. cabeça, ombros e coluna vertebral. Considerações Especiais
disponível para esse movimento. A extensão do joelho • Aumentar a amplitude para a flexão do quadril. Diminui a cifose torácica e a depressão da caixa torá-
permanecerá restrita, mesmo que o paciente mantenha • Melhorar o controle isométrico dos músculos abdomi- A posição em flexão do cotovelo diminui o compri-
cica.
a rotação neutra, se houver encurtamento dos isquioti- nais sobre a rotação do tronco, sobretudo se a força for • Melhora o desempenho dos músculos flexores do om- mento do braço de alavanca a ser deslocado, razão pela
biais mediais. assimétrica, como em caso de escoliose. bro, do peitoral maior, deltóide anterior, dos músculos qual esse exercício merece preferência no paciente que
• É provável que o paciente esteja simultaneamente escapuloumerais, do serrátil anterior e do músculo apresenta deslizamento superior excessivo ou insufi-
contraindo os músculos isquiotibiais se ele estender Técnica Correta ciente rotação superior da escápula.
trapézio.
o quadril durante a extensão do joelho, fato que se Melhora o controle dos músculos redondo menor, infra- • O paciente precisa interromper o movimento caso
• O paciente senta-se com os quadris em flexão de 90
manifesta pelo abaixamento da coxa no assento da venha a sentir dor na região do acrômio. As mulheres
graus, a coluna e a pelve retas e os braços descansan- espinhoso e deltóide posterior sobre a rotação externa
cadeira. A extensão passiva do joelho é capaz de de 50 anos ou mais são particularmente suscetíveis à
do ao lado das coxas. Ele flete, então, passivamente o na articulação glenoumeral.
confirmar ou invalidar essa hipótese. Se estiver con- dor por impacção quando realizam esse exercício, so-
quadril, levando a coxa com as mãos em direção ao • Contribui para o alongamento do músculo grande
traindo simultaneamente os músculos isquiotibiais, o bretudo quando apresentam seios volumosos, ombros
peito, enquanto a coluna e a pelve permanecem imó- dorsal.
paciente precisa fazer um esforço "leve" para estender deprimidos e marcas profundas nos ombros causadas
veis. O exercício é executado de forma passiva para • Melhora o desempenho dos músculos abdominais. pelas alças do sutiã. O paciente pode continuar a pra-
o joelho. É interessante pedirmos que imagine "usar reduzir a solicitação do TFL ao menor grau possível, • Melhora a técnica do retomo após a flexão da articula- ticar o exercício, mas deve interrompê-lo assim que
apenas algumas fibras do músculo quadríceps" para como também dos músculos sartório e reto femoral. ção glenoumeral, evitando a abdução ou a inclinação sentir dor. O exercício deve ser repetido de frente para
a extensão do joelho. Esse tipo de contração é encon- Chegando ao extremo da amplitude para a flexão do anterior da escápula ou a flexão torácica. a parede; essa posição favorece a depressão da cabeça
trado com freqüência em pacientes que realizaram quadril, o paciente contrai os flexores do quadril, a fim
de manter a posição de flexão, e solta a mão que apoia do úmero durante a flexão.
exercícios freqüentes de extensão do joelho contra a NÍVEL 1: COTOVELOS EM FLEXÃO
a coxa, procurando manter a coxa imóvel nessa posição • Se apresentar acentuada cifose torácica, o paciente
resistência. poderá não ser capaz de encostar a região occipital na
• O paciente precisa abduzir o quadril antes de iniciar o de uns 5 a 1O segundos.
• Se for capaz de realizar esse exercício sem dificuldade, o Técnica Correta parede ou de tocar a parede com os braços ao encerrar
exercício, caso a extensão do joelho seja acompanhada a flexão do ombro. Precisamos, então, informá-lo que,
paciente será instruído a empurrar a mão contra o joelho, • O paciente coloca-se em pé, com a coluna, os ombros e
por rotação da pelve ou da coluna lombar, com o obje-
opondo resistência à contração dos músculos flexores do os glúteos contra a parede. A cabeça deve estar alinhada em seu caso, o objetivo do exercício não é esse.
tivo de diminuir a rotação compensatória. Acredita-se • Se apresentar dor no ombro e depressão da caixa
quadril de 3 a 5 segundos. Ele precisa ter o cuidado de com os ombros. O paciente precisa evitar a extensão
que a rigidez ou o encurtamento do glúteo máximo/ manter o joelho próximo à linha mediana e a coxa em torácica ou cifose, o paciente procurará flexionar o
da coluna cervical para colocar a parte posterior da
banda iliotibial contribuam para essa disfunção. rotação neutra no quadril. Em alguns casos, o paciente ombro dentro da amplitude máxima isenta de dor,
cabeça contra a parede; deve levar o queixo de encontro
• O paciente que apresenta patela alta ou com des- pode colocar o quadril em ligeira rotação externa, com ainda que movimente simultaneamente o tronco.
ao pescoço e lembrar-se de erguer o tórax para levar a
lizamento lateral excessivo poderá tentar o alongamen- o objetivo de isolar ainda mais o músculo iliopsoas. Ao completar o movimento, ele contrai os músculos
cabeça e os ombros contra a parede. Deve manter os
to das estruturas curtas ajudando a patela a deslizar du- • O paciente abaixa lentamente a perna até a posição abdominais, com o objetivo de reduzir a extensão
pés separados e à distância aproximada de 7 ,5 cm em
rante o retomo do joelho da extensão para a flexão. inicial e repete o exercício, alternando as pernas. compensatória da coluna lombar. Convém dar ênfase
relação à parede. Os braços estarão suspensos ao lado
• O melhor método para verificar se existe rotação da à contração dos músculos oblíquos externos do abdo-
do corpo, com as fossas cubitais voltadas para frente
tíbia consiste em o fisioterapeuta colocar suas mãos Considerações Especiais me: o paciente procura retificar a parede abdominal,
e as palmas das mãos voltadas para os dois lados do
sobre a coxa do paciente, enquanto este realiza a reduzindo o ângulo infra-esternal e evitando a flexão
• Esse exercício destina-se principalmente ao paciente corpo.
extensão do joelho. No paciente que coloca o quadril cujas dores no quadril devem-se à fraqueza ou ao da coluna torácica e a depressão do tórax que a acom-
• O paciente flexiona os cotovelos enquanto mantém a
em rotação interna durante a extensão do joelho, dois alongamento do músculo iliopsoas. panha.
articulação do ombro em rotação neutra, e flexiona
fatores podem ser responsáveis: 1) o encurtamento ou • A execução desse exercício toma-se mais fácil quando Esse exercício serve também para o paciente treinar
os ombros. Depois de chegar a 90 graus de flexão como evitar o deslizamento superior excessivo da ca-
a rigidez do isquiotibial medial e 2) a solicitação ina- um dos pés está em contato com o chão, e não com o
do ombro, o paciente estende os cotovelos enquanto beça do úmero durante a flexão, uma vez que uma parte
propriada do músculo TFL. O paciente precisa, nesse paciente sentado sobre a mesa, com os dois pés sem
caso, reduzir o esforço ativo para a extensão do joelho, completa o movimento de flexão do ombro na maior limitada do músculo deltóide participa do movimento.
apoio.
amplitude possível sem perceber dor. Ele não deve Por outro lado, o músculo deltóide inteiro participa da
a fim de eliminar a contração desse músculo. • Esse exercício exige o apoio da musculatura do tronco;
• O paciente portador de dedos em martelo começa ele serve para corrigir a assimetria de força, como no encolher os ombros (a não ser quando especificamen-
geralmente a dorsiflexão do tornozelo contraindo os paciente que apresenta escoliose.
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Abdutio do Ombro (Costas para a Parede) de ..;<lot ~~i~urar a --'c~ãodoo.tmtknuo J.i a..~lllllde
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ObjetittOS
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~t::u;i1 fl t:if~ 1(11'.\cic:i i)ll ;\ ::.tÇ('ê~~'lo J. c~i":-i to- J !ib--X' 1:1 dç tftl\°Uo nc<:ntiud.J. ~or j:3.it(' éo mUs.:ulo 0 pw;,t>lll•! qtr n; ·Cr. deres Wrat1$(' a ft1o:d<> !lb~a do
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J-1exão do Ombro (sem Encostar a Coluna oqeuv,) jc atartar.: cabt,;r d:· t'un:ro e <li; d~JQ,,l. a
,_, ,k..::11)?C'liict do u.aj:i.Ó•1 SUjXrtOr
i,; mult: n:!11 m~•'t:.Jt's-..~;r, I; e I L r.u: ,tu-.. t(H\'-1JrTo
:i. p::-,: çlO nt1.1n•.ip~:i o mo,.imcn10 d: ~c,ito·'ub:.m;lo na Parede> pc,t:crL:m,enc
Ln, cao;od! "t:·t..clo in1ern1d: wn:co d1:D.n1:: a tlt'.'iia.
,1r,ombn. ro· •nd~,;,TII~'$ ui~ n:1ooo~tp.1e'li;1ma con,;i: ;i.cd·,•;:r• o i:a:itl'l'C JI) 1n I nâ.l co,\níla:cnl ~,._;. í'.ax tx- CORPO EN~1"AD0 LATI!RAL'IENTE
~ prol:t::rra; ·::.k!cior.a:&. oom :- ('.,c:,cna~crilo: 11liu1nas ten-a do ol~rnro putl drigir o ~i.:11r,do ir-:.ta dent:-~. CONTilA A PAJtF.DE
Técnica Correia ,i ,.-ç~e-,: C.-.,~1111~ll1,...deu:n ~,;~11:.:1t111 pt4~:r~il.·o.Jr:~1111:ldo ,1;..111:11:kivc:,..:1 w.a.1C""rn, u 11..ncro er, ro1:1ç:;..,..-ru:-rn.1
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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios Corretivos: Objetivos e Considerações Especiais
C APÍTI., LO S i,: n :

Considerações Especiais Exercícios durante a Marcha Limitação da Adução do Quadril dos flexores plantares contribui para aumentar a hiperex-
Podemos avaliar o grau de rotação externa que é imposto ao tensão do joelho.
ombro com base na distância entre o paciente e a parede. Controle da Rotação Interna do Quadril e Objetivos
Joelho • Evitar a adução excessiva do quadril durante a fase de Limitação da Rotação de Joelho
Abdução do Ombro (de Frente para a apoio na marcha.
LIMITANDO A ROTAÇÃO DA PELVE • Evitar a flexão lateral do tronco, decorrente da fraqueza Objetivo
Parede e Exercícios para o Trapézio)
do músculo glúteo médio.
• Melhorar a função do músculo glúteo médio. Ensinar o paciente a tomar conhecimento da posição do joe-
Objetivos Objetivos lho e a controlar essa posição no momento em que desloca
• Melhorar o desempenho do músculo trapézio superior. • Evitar a rotação excessiva de pelve e coluna lombar. Técnica Correta o peso do corpo sobre a perna de apoio.
• Melhorar o desempenho do músculo trapézio in- • Melhorar o controle dos músculos abdominais sobre a
O paciente começa em postura ortostática, olhando
ferior. rotação de pelve e coluna. Técnica Correta
para frente e mantendo os pés voltados ligeiramente
• Aumentar a amplitude da rotação superior da escá- • O paciente começa assumindo a postura ortostática,
para fora.
pula.
Técnica Correta olhando para a frente mantendo os pés voltados ligei-
• Ele contrai os músculos glúteos no momento em que
• Melhorar o controle sobre a rotação externa do úme- • O paciente começa em postura ortostática, olhando o calcanhar entra em contato com o solo, evitando a ramente para fora.
ro. para frente e os pés voltados ligeiramente para fora. flexão do tronco para este lado; a contração deve ser • O paciente dá um passo adiante, com o pé ligeiramente
• Ele é instruído a contrair a musculatura abdominal, desviado para fora. Ao abaixar o calcanhar, ele contrai
mantida durante toda a fase de apoio.
"retraindo o umbigo para dentro, de encontro à coluna a musculatura glútea, a fim de impedir a rotação interna
Técnica
vertebral". O paciente também pode colocar as mãos Considerações Especiais ou a hiperextensão do joelho. O paciente precisa apoiar
• M. trapézio. O paciente coloca-se junto à parede, de a região metatarsiana do pé com força sobre o chão no
nas cristas ilíacas, a fim de acompanhar os movimentos • A flexão do tronco do lado da perna de sustentação é
rosto voltado para a mesma. Os cotovelos devem estar momento em que desloca o peso do corpo para a frente
da pelve. Em seguida, caminha procurando evitar a considerada sinal de fraqueza do músculo glúteo médio,
em flexão e os braços ao lado do corpo, e não diante do do pé. O joelho precisa estar ligeiramente :fletido no
rotação da pelve. Para tanto, ele é obrigado, às vezes, ultrapassando a adução do quadril (queda do quadril).
mesmo. Essa posição exige a rotação externa do úmero momento do contato entre calcanhar e solo, além de
a diminuir o tamanho de seus passos, sobretudo se os O paciente pode, nesse caso, precisar de uma bengala.
e a adução da escápula. A face ulnar de antebraço e estar voltado diretamente para a frente no momento em
flexores dos quadris estiverem encurtados e os múscu- • Graças à largura de seus ombros, o paciente do sexo
mão deve estar voltada para a parede. que ocorrer o deslocamento do peso. Então o joelho se
los abdominais fracos. masculino apresenta apenas uma leve flexão lateral
• Trapézio superior. Para abduzir os ombros, o paciente estende enquanto o corpo se desloca para a frente sobre
de tronco, o que reduz a carga imposta aos músculos
desliza os antebraços e as mãos pela parede acima. Considerações Especiais o pé e enquanto a marcha prossegue, desde o choque de
abdutores do quadril. Essa situação merece atenção
Esse movimento descreve uma trajetória diagonal. calcanhar com o chão até o contato deste com a planta
O paciente não deve contrair a musculatura glútea bilateral- meticulosa por parte do fisioterapeuta.
Depois de aduzir os ombros em 90 graus, o paciente do pé.
mente para inclinar a pelve posteriormente; isso reduziria
os encolhe (trazendo os acrômios próximo às orelhas), sua capacidade de fletir o quadril. Prevenção da Hiperextensão do Joelho
enquanto continua realizando o movimento de abdução/ Considerações Especiais
elevação. O movimento de encolher os ombros exige LIMITAÇÃO DA ROTAÇÃO INTERNA DO Objetivos • Um certo grau de rotação interna de quadril e joelho
a contração do músculo trapézio superior. Assim que QUADRIL pode ser considerado normal. É importante identificar-
• Evitar a hiperextensão do joelho, a fim de reduzir o esti-
completar o movimento de abdução, o paciente tira as ramento da parede posterior da articulação do joelho. mos a rotação excessiva.
mãos da parede, abduzindo as escápulas. Essa posição Objetivo • Diminuir o estresse que incide sobre a articulação do • O fisioterapeuta precisa distinguir a rotação interna do
deve ser mantida de 5 a 1O segundos. • Evitar a rotação interna excessiva do quadril durante a quadril durante a hiperextensão do joelho. membro inferior inteiro, na qual femur e tíbia mantêm
• Músculo trapézio inferior. O paciente deve abduzir os fase de apoio da marcha Melhorar o desempenho do músculo quadriceps. uma relação praticamente constante, da rotação exces-
ombros, deslizando os antebraços e as mãos pela parede • Evitar a rotação interna excessiva no joelho durante a siva do fêmur em relação à tíbia.
acima, até alcançar uma posição diagonal acima da fase de apoio da marcha Técnica Correta • A anteversão do quadril contribui para a rotação in-
cabeça. Em seguida, tira as mãos da parede, aduzindo • Evitar a pronação excessiva no tornozelo, a qual acom- • O paciente começa assumindo a postura ortostática, terna excessiva do mesmo. A anteversão é um fator
e abaixando as escápulas. Deve manter essa posição de panha a rotação interna excessiva do quadril. anatômico que não deve ser confundido com a posição
olhando para frente mantendo os pés voltados ligeira-
5 a 1Osegundos, invertendo em seguida o movimento disfuncional.
mente para fora.
e voltando à posição inicial. Ele também pode voltar Técnica Correta • Ao colocar o calcanhar em contato com o solo, o pa-
a encostar as mãos na parede, mantendo o ombro em • Paciente começa o exercício em postura ortostática, ciente é advertido no sentido de evitar a hiperextensão Flexão Plantar do Tornozelo
posição de adução/elevação e repetindo em seguida o olhando para frente e mantendo os pés voltados ligei- do joelho. Ao trazer o corpo para a frente até o apoio
movimento de adução e depressão da escápula. ramente para fora. médio, o paciente apóia as cabeças dos metatarsos com
Objetivos
• Ao apoiar o calcanhar do membro afetado sobre o solo, força sobre o piso, de maneira a aumentar a ação dos • Corrigir a participação insuficiente dos músculos en-
o paciente contrai a musculatura glútea, a fim de evitar músculos flexores plantares. carregados da flexão plantar durante a fase que vai do
Considerações Especiais
o excesso de rotação interna do quadril. choque de calcanhar com o solo até a fase da marcha
• O fisioterapeuta precisa certificar-se de que o paciente Considerações Especiais de apoio plantar .
está aduzindo a escápula, e não apenas movimentando Considerações Especiais • Corrigir a falta de participação dos flexores plantares
Os músculos flexores plantares ajudam a controlar o avanço
a articulação glenoumeral ou deprimindo a cintura durante a fase da marcha de apoio plantar até a retirada
O paciente não deve colocar o joelho em hiperextensão da tíbia durante a fase de choque de calcanhar, até o meio da
escapular com auxílio do músculo grande dorsal. dos pés.
no momento em que o calcanhar entra em contato com o fase de apoio. A contração dos flexores plantares contribui
• Ele também pode pedir ao paciente que aduza as es- solo, deixando o joelho flexionar-se normalmente. O joe- muitas vezes para o controle sobre o joelho, ajudando a
cápulas sem o componente de depressão, desde que os lho deve entrar em extensão enquanto o corpo se desloca prevenir a hiperextensão do mesmo. É importante que ela Técnica Correta
ombros não estejam em postura elevada. sobre o pé. se realize no momento exato, visto que a contração precoce • O paciente começa assumindo a postura ortostática,
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

olhando para a frente mantendo os pés voJtados ligei- paciente aumenta a atividade dos flexores plantares
ramente para fora. desde a fase de choque do calcanhar com o solo até ~
• Ao encostar o calcanhar sobre o solo, o paciente precisa fase de apoio plantar.
lembrar-se de forçá-lo sobre o mesmo, com o objetivo • O paciente que parece estar arrastando os pés durante
de controlar o avanço do joelho. Durante a fase de a marcha pode beneficiar-se com o aumento da fase de
apoio plantar até a retirada dos pés, o paciente deve retirada dos pés.
contrair os flexores plantares, forçando as cabeças dos • O paciente com inflamação do tendão de Aquiles tam-
metatarsos contra o chão e levantando o calcâneo. bém precisa, muitas vezes, ser orientado a respeito da
retirada correta dos pés. Em caso de fraqueza da mus-
Considerações Especiais culatura da panturrilha e de músculos da panturrilha
fortes, o paciente precisa "levantar os calcâneos", e
• As dores no joelho melhoram muitas vezes quando o não "caminhar sobre as pontas dos pés".
CAPÍTULO ÜITO

Flexão Anterior: Flexão do Quadril com a Nível 3: Um dos quadris em 90 graus de flexão;
Coluna Lombar Estendida 403 levante o pé e coloque a perna em extensão,
Nível 1: Com as mãos apoiadas 403 sem tocar a superficie de sustentação 412
Nível 2: Sem apoio para as mãos 403 Seqüência de Exercícios Abdominais: Flexão
Flexão Anterior com Flexão de Quadril e Coluna 404 Bilateral de Quadril e Joelho 413
Flexão Lateral da Coluna: Posição de Flexão Lateral 404 Nível 4: Deslize os dois pés sobre a superficie de
Apoio Unipodálico: Flexão Unilateral de sustentação, colocando-os em extensão e voltando
Quadril e Joelho 405 depois à flexão 413
Extensão do Quadril e Joelho com Máxima Nível 5: Levante os dois pés acima da superficie
Flexão Contralateral de Quadril e Joelho 406 de sustentação; com os quadris em flexão de
Extensão de Quadril e Joelho a partir da Flexão 90 graus, estenda os joelhos e abaixe os dois
de Quadril e Joelho 407 membros inferiores até a superficie de
Flexão de Quadril e Joelho a partir da Extensão sustentação 413
Passiva e Ativa de Quadril e Joelho 408 Seqüência de Exercícios Abdominais Altos:
Flexão de Quadril e Joelho com Deslizamento Flexão de Tronco para a Posição Semi-
do Calcanhar a partir da Extensão de Quadril sentada 414
e Joelho 409 Nível IA: Flexão do tronco; flexão da coluna
Seqüência de Exercícios Abdominais: Flexão (mais fácil) 414
Unilateral do Quadril 409 Nível lB: Da flexão de tronco à posição semi-
Nível 3: Levante um dos pés, enquanto o outro sentada: flexão de coluna e quadril
permanece apoiado 409 (pequena dificuldade) 414
Seqüência de Exercícios Abdominais: Segurando o Nível 2B: Da flexão do tronco à posição semi-
Quadril e Joelho Contra o Peito Durante a Flexão assentada: flexão de coluna e quadril
de Quadril 410 (média dificuldade) 414
Nível 4: Segure o joelho contra o peito e levante Nível 3: Da flexão do tronco à posição semi-
o outro pé 410 assentada: flexão de coluna e quadril
Nível 5: Segure de leve um dos joelhos contra o (grande dificuldade) 414
peito e levante o outro pé 410 Adoção de Quadril - Rotação Externa a partir da
Seqüência de Exercícios Abdominais: Flexão de Posição de Flexão 415
Quadril e Joelhos com Alternância de Apoios 411 Nível 1 415
Nível IA: Flexão de quadril em mais de 90 graus e Abdução de Quadril - Rotação Externa a partir
elevação do outro pé 411 da Posição de Flexão: Joelho Estendido 416
Nível lB: Flexão de mais de 90 graus no quadril Nível 2 (dificil) 416
e elevação do outro pé 411 Elevação da Perna Estendida: Flexão de
Seqüência de Exercícios Abdominais: Extensão Quadril com o Joelho Estendido 417
de Quadril e Joelhos 411 Alongamento dos Flexores Biarticulares do
Nível 2; Um dos quadris em 90 graus de flexão; 412 Quadril 418
o outro pé levantado e deslizado para colocar Flexão do Ombro - Elevação com o Cotovelo
quadril e joelho em extensão 412 Estendido e Alongamento do Músculo
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
--------------------------------------------=--------0-----
C APÍTULO ÜITO

Grande Dorsal 419 dos Músculos Extensores da Coluna -


Flexão/Abdução do Ombro 420 Decúbito Ventral 434
Flexão de Ombro/ Elevação com o Cotovelo Flexão de Ombro - Decúbito Ventral 434
Flexionado 420 Seqüência de Exercícios para o Músculo
Abdução do Ombro - Redução da Ação da Trapézio - Decúbito Ventral 435
Gravidade 421 Nível 1 435 Objetivos: • Aumentar a flexibilidade da articu-
Nível 2 lação do quadril
Rotação do Ombro/ Adoção Horizontal em 435
Nível 3 • Diminuir a :flexibilidade da coluna
Decúbito Dorsal 422 435 lombar
Rotação interna: Alongamento dos rotadores Rotação do Ombro - Decúbito Ventral 436 • Aumentar a mobilidade dos quadris
externos 422 Rotação externa 436 sem flexão excessiva da coluna lom-
Rotação interna A
Rotação externa: Alongamento dos músculos 436 bar
rotadores internos Rotação interna até extremo da amplitude 436 • Melhorar o desempenho da muscula-
422
Movimento de Balanço - Posição Quadrúpede 437 tura glútea
Adução horizontal 422
Movimentos dos Membros - Posição Quadrúpede 438
Alongamento do Músculo Peitoral Menor 423 Flexão do ombro Posição inicial: Em pé, com os pés afastados con-
438
Alongamento assistido - decúbito dorsal 423 Extensão do quadril com o joelho em flexão fortavelmente
438
Alongamento ativo - decúbito dorsal 423 Quadril e joelho em extensão 438
Alongamento assistido - decúbito ventral 423 Extensão de quadril/joelho com flexão do ombro 438
Rotação Externa do Quadril - Decúbito Lateral 424 Flexão e Extensão de Cabeça e Coluna Cervical ivel 1: Com as mãos apoiadas (Figs. A-D)
Abdução do Quadril Com ou Sem Rotação - - Posição Quadrúpede 439
Decúbito Lateral 425 Rotação de pescoço 439 Método: D Execute a variação depois de checar o
Nível 1: Abdução do quadril com rotação externa 425 Flexão de Joelho e Dorsiffexão - Posição Sentada 440 quadro
Nível 2: Abdução do quadril com rotação externa 425 Flexão do Quadril - Posição Sentada 441
Nível 3: Abdução do quadril 426 Flexão de Ombro - Posição Ortostática de Para baixo
Alongamento do TFL-FIT 426 Costas para a Parede 442
Adução do Quadril para Fortalecimento - Flexão de ombro e cotovelo 442 Coloque as mãos sobre a mesa
Flexão do ombro com extensão do cotovelo Procure apoiar o peso da metade superior
Decúbito Lateral 426 442
do corpo sobre as mãos
Flexão de Ombro, Rotação Externa, e Adução Adução do Ombro - Posição Ortostática de Coloque os quadris em flexão, "imagi-
Escapular 427 Costas para a Parede 443 e D nando colocar os glúteos para trás"
Flexão do ombro 427 Flexão de Ombro - Posição Ortostática 444 Não flexione a coluna
Adução da escápula (exercício para o músculo De frente para a parede 444 Não forme um arco com a coluna (veja
trapézio) 427 Em pé no vão da porta 444 a postura errada na Fig. D)
Rotação do ombro 427 Posição ortostática, com o lado do corpo D Flexione as articulações dos joelhos
Flexão do Joelho - Decúbito Ventral 428 voltado para a parede 444 Deixe os cotovelos entrarem em flexão
Abdução do Ombro - Posição Ortostática de Frente Incline-se dentro do possível ou PARE
Rotação do Quadril - Decúbito Ventral 429 se começar a sentir dor
Extensão do Quadril com o Joelho Estendido - para a Parede - Exercícios para o Músculo Trapézio 445
Decúbito Ventral 430 Músculo trapézio superior 445
Músculo trapézio 445 Retorno
Extensão do Quadril com o Joelho Flexionado -
Decúbito Ventral 431 Músculo trapézio inferior 445 Contraia os músculos da região glútea
Abdução do Quadril - Decúbito Ventral 432 Controle da Rotação Interna de Quadril e Movimente-se nos quadris até voltar à
Rotação Externa Isométrica do Quadril com os Joelho Durante a Marcha 446 posição ereta
Quadris Abduzidos e os Joelhos Flexionados 433 Prevenindo a Hiperextensão de Joelho Durante Evite a inclinação da pelve para frente
Contração Isométrica do Músculo Glúteo Máximo 433 a Marcha 447
Flexão de Ombro para Promover a Atividade Flexão Plantar de Tornozelo 447 Repetições: _ _ __

E F 1vel 2: Sem apoio para as mãos (Figs. E-F)

Procure alcançar o chão com as mãos, ao


se fletir para a frente nas articulações
dos quadris
Continue de acordo com o nível 1 ( com
as mãos apoiadas)

Repetições: _ _ __

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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPÍT\JLO ÜITO

Objetivos: • Aumento da flexibilidade da coluna


torácica e lombar
• Melhora do desempenho da muscu- O~jetivos: • Melhorar o desempenho da mus-
latura glútea culatura glútea
• Melhorar o controle isométrico
Posição inicial: Em pé, com os pés afastados confor- pelos músculos abdominais
tavelmente um do outro • Evitar os movimentos compensató-
rios de quadril, pelve e coluna
• Impedir a rotação interna da coxa

Método: O Execute a variação depois de checar o


A B quadro Posição inicial: Em pé com os pés relativamente
juntos um do outro, a fim de evitar
O Deixe as partes superior e inferior da
o desvio lateral da perna de sus-
coluna se fletirem durante a flexão do
tentação
corpo para a frente
O Procure fletir-se apenas na região lombar
ao se inclinar para a frente
O Contraia a musculatura abdominal duran-
te a flexão anterior. Volte, contraindo os Método: • Execute a variação depois de checar o
músculos glúteos quadro
Movimente as articulações dos quadris, Desloque seu peso sobre a perna de
assim como durante o retorno à posição apoio
ereta Contraia a musculatura glútea do lado
Repetições: _ _ __ da perna de apoio
Levante a coxa oposta à frente do corpo,
A, Ideal B, Queda do quadril enquanto flexiona o joelho;
• Contraia os músculos abdominais
• Mantenha a pelve equilibrada
• Coloque as mãos sobre a pelve, acom-
panhando o movimento
O Não permita a queda do quadril oposto
O~ietivos: • Aumentar a flexibilidade da muscula- (veja a Fig. B)
tura paravertebral
• Aumentar a flexibilidade dos músculos
• Não gire o joelho para dentro (veja a
Fig. C)
abdominais
• Diminuir o excesso de flexibilidade de
• Não incline os ombros para o lado (veja
a Fig. D); mantenha o tronco imóvel
alguns segmentos da coluna
O Não deixe o tornozelo entrar em pronação
Posição inicial: Em pé, com os dois pés conforta- (voltar-se para dentro)
velmente separados levante os braços
acima da cabeça e as mãos entrela- Repetições: _ _ __
çadas

Método: O Execute a variação depois de checar o


quadro
A e Coloque-se em pé, com a coluna voltada
contra a parede, a fim de evitar a rota-
ção
Coloque as mãos acima da cabeça (Fig.
A)
Incline-se para o lado (Fig. B)
Imagine estar INCLINANDO os ombros,
em vez de se movimentar na cintura;
PARE se sentir dor C, Joelho voltado para dentro D, Ombro inclinado
Volte à postura ereta
•Respire profundamente e erga o tórax
O Coloque a mão na cintura e continue como
antes
Repetições: _ _ __

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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
C APÍTULO ÜIIO

Objetivos: • Melhorar o controle dos músculos ab-


A dominais sobre a inclinação da pelve
Objetivos: • Alongar os músculos flexores do
Alongar os :flexores do quadril
quadril
• Melhorar o controle dos músculos
abdominais sobre a pelve Posição inicial: Flexão de quadris e joelhos; pés
apoiados
Posição inicial: Flexão de quadris e joelhos; pés
apoiados

B
Método: • Execute a variação depois de checar o
quadro
Coloque os dedos sobre a musculatura
Método: • Execute a variação depois de checar o abdominal (no lado do abdome entre
quadro
pelve e costelas)
Coloque os dedos sobre os músculos Quadris e joelhos em flexão; pés apoia-
abdominais, i.e., nos lados do abdome, dos sobre a superficie.
entre a pelve e as costelas Contraia os músculos da parede ab-
Contraia os músculos abdominais, "re- dominal, "retraindo o umbigo em
traindo o umbigo em direção à coluna e direção à coluna"
vertebral" Deslize uma das pernas para baixo, sem
Puxe um dos joelhos em direção ao tó- movimentar a pelve
A rax Não sentindo dor, deslize a outra perna
Use a mão para segurar os músculos para baixo
abdominais, se for preciso Volte a deslizar as pernas para cima,
Reforce a contração dos músculos abdo- uma de cada vez; certifique-se de
minais, se for preciso que está contraindo os músculos
Deslize a outra perna sobre a superficie; abdominais
PARE se sentir dor na coluna D Coloque um travesseiro sob a cabeça e
D Deslize a perna para baixo, contraindo a região cervical
simultaneamente os músculos abdo-
minais Repetições: _ _ __
PARE se a pelve se inclinar; volte à po-
B sição inicial
O Coloque a mão sobre a pelve e impeça
que ela se incline para a frente
O Deslize a perna para fora (abdução);
durante as repetições, coloque-a em
adução, junto à outra perna
Volte, deslizando a perna novamente para
a posição inicial, contraindo simul-
taneamente a musculatura da parede
e abdominal

Repetições: ____ repita com a outra perna

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~
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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos .Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPfTULO ÜITO

Objetivos: • Melhorar a função dos músculos abdo-


nl minais no controle dos movimentos da
• Alongar os musculos extensores do pelve
quadril (glúteo máximo e piriforme) • Alongar os músculos flexores do qua-
• Melhorar o controle isométrico da pelve dril
através da musculatura abdominal
Posição inicial: Decúbito dorsal com as pernas em
• Movimentar as extremidades inferiores extensão
sem dor

A
Posição inicial: Passivo - Decúbito dorsal com uma
perna em extensão e quadril e joelho
Método: • Execute a variação depois de checar o
quadro
opostos flexionados. Ativo - Decúbito Coloque as mãos sobre os músculos abdo-
A dorsal com as pernas estendidas minais (lateral do abdome, entre a pelve
e as costelas)
Contraia os músculos abdominais,
"retraindo o umbigo em direção à co-
luna"
Deslize um dos pés ao longo da mesa, até
que quadril e joelho estejam em flexão
Método: • Execute a variação depois de checar o B
e o pé descanse sobre a mesa
quadro Relaxe
B Exercício passivo (Figs. A-B). Contraia os músculos abdominais
O Utilize _ _mão(s) ou __toalha(s) sob a Deslize o pé para baixo, recolocando-o na
coxa para aproximar o joelho no peito. posição de repouso
O Relaxe os músculos do quadril enquanto Repita o movimento com a outra perna
aproxima o joelho no peito D Coloque um travesseiro sob a cabeça e a
PARE se sentir dor na virilha ou coluna região cervical
O Coloque uma toalha (não dobrando-a mui-
to) sob a coluna lombar
O Abaixe a perna de modo que o pé chegue
na superfície e o quadril e o joelho ainda
estejam flexionados.
O Repita _vezes com a mesma perna
O Repita o exercício acima _ _ vezes com
• Melhorar o desempenho func10nal dos
a outra perna, conforme descrito acima músculos abdominais (oblíquo extemo.
O Coloque um travesseiro sob a cabeça e a reto abdominal, transverso)
região cervical
• Aprender a evitar que a coluna lombar
D se movimente durante os movimentos
Exercício ativo (Figs. C-E)
do membro inferior
O Contraia os músculos abdominais, "re-
traindo o umbigo em direção à coluna Posição inicial: Flexão de quadris e joelhos, enquanto
vertebral" os pés descansam sobre a superficie.
Coloque os dedos sobre os músculos
O Deslize o pé ao longo da mesa. Deve-se
abdominais, isto é, ao lado do abdome,
fletir quadril e joelho e colocar o pé sobre
a mesa entre pelve e costelas.
O Use a musculatura do quadril para levar o A
nte um dos pés, enquanto o outro
joelho até o peito
O Use as mãos para puxar o joelho até o peito, anece apoiado
com a coxa em posição vertical ou com
o quadril em flexão de 90 graus Método: •
Execute a variação depois de checar o
O Não faça força para baixo com a outra quadro
perna Contraia os músculos abdominais, "retrain-
do o umbigo em direção à coluna"
O Abaixe a perna e volte à posição inicial Levante um dos pés da mesa . .
O Recoloque a perna na posição inicial Mantenha os músculos abdomma1s con-
D Coloque um travesseiro sob a cabeça e a traídos e abaixe o pé de volta à mesa
região superior da coluna D Sentindo dor, faça com um dos pés s~bre
B a mesa, enquanto levanta o outro pe
Repetições: _ _ _ __ O Use um travesseiro sob a cabeça e a coluna
Alternância das pernas: _ _ _ __ cervical ,
Repita o movimento com o outro pe
1
Repetições: - - - -
1
1
1
1

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Oz
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
...J-.----------------------------------------------=--------------&!11---
CAPITULO Ü ITO

Objetivos: • Melhorar o desempenho isométrico Objetivos: • Melhorar o desempenho dos mús-


dos músculos abdominais (oblíquo culos abdominais ( oblíquo exter-
externo, transverso e reto abdomi- no, transverso e reto abdominal)
nais) • Movimentar o membro inferior
• Movimentar o membro inferior sem sem movimentar a pelve ou a
movimentação simultânea de pelve coluna
ou coluna
Posição inicial: Flexão de quadris e joelhos, com os
Posição inicial: Flexão de quadris e joelhos com B pés apoiados na superfície. Coloque
os pés apoiados os dedos sobre os músculos abdomi-
nais (ao lado do abdome, entre pelve
e costelas)
D Execute a variação depois de checar o quadro
egure o joelho contra o peito e levante o
exão do quadril em mais de 90 graus

~levação do outro pé (Figs. A-C)
Método: Contraia os músculos abdominais, "re-
traindo o umbigo de encontro à colu- Método : Contração dos músculos abdominais,
na" e "retraindo o umbigo em direção à
Levante um dos joelhos até o peito coluna"
Segure o joelho com uma mão de encontro Levante um dos pés da superfície e
A ao peito aproxime o joelho do peito, em flexão
Se conseguir segurar o joelho com uma de 90 graus
mão, coloque a outra mão sobre a Contraia novamente os músculos abdo-
musculatura abdominal, no lado do minais, se for preciso
abdome, entre pelve e costelas Levante o outro pé da superficie
Certifique-se da contração dos músculos Evite movimentar a coluna vertebral
abdominais Abaixe o pé que levantou por último,
Levante o outro pé da mesa enquanto mantém a contração dos mús-
Abaixe o pé sobre a mesa, enquanto culos abdominais
mantém a contração dos músculos Repita, começando pela outra perna
abdominais
Repita _ _ _ _vezes
Repita o movimento com a outra perna
Flexão de 90 graus no quadril e eleva-
Repetições: _ _ _ __ o do outro pé (Figs. D-E)

D Execute a variação depois de checar o quadro Método: Contraia os músculos abdominais, "re-
traindo o umbigo em direção à colu-
Segure um dos joelhos de leve contra o na"
eito e levante o outro pé Levante um dos pés do chão, parando as-
sim que o quadril estiver em 90 graus
D Comece, se não sentir dor, após 1O repe- de flexão, com a coxa apontando para
tições do nível precedente o teto
D Não segure o joelho tão firmemente contra Contraia novamente os músculos abdo-
o peito enquanto levanta o pé da mesa minais, se for preciso
D Deixe o joelho afastar-se do peito e Levante o outro pé da mesa
segure-o de leve com a mão, enquanto Não deixe a coluna se mover
levanta o pé da mesa Abaixe a perna que você levantou por úl-
timo, deixando que ela volte à posição
Repetições: _ _ __ inicial
Abaixe também a outra perna até a posição
inicial

Repetições: _ _ __

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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPÍTULO ÜITO

Melhorar a funçao isométrica do


músculos abdominais (oblíquos
externos, transverso e reto abdomi- Objetivo: • Melhorar o desempenho funcional
nal) dos músculos abdominais (oblíquos
• Movimentar o membro inferior sem externos, reto e transverso do abdo-
movimentar a coluna ou a pelve me)

Posição inicial: Flexão de quadris e joelhos, estando Posição inicial: Decúbito dorsal com os dois quadris
A os pés apoiados sobre a superficie. e joelhos em extensão
Coloque os dedos sobre os músculos A
abdominais, no lado do abdome, entre
pelve e costelas
lize os dois pés sobre a superfície de
tentação, colocando-os em extensão
dos quadris em 90 graus de flexão; oltando depois à flexão
outro pé é levantado e deslizado para
Método: Contraia os músculos abdominais,
locar quadril e joelho em extensão "retraindo o abdome em direção à
'a Figs. A-B) coluna vertebral".
Coloque os quadris e joelhos em flexão
Método: • Execute a variação depois de checar 0 B e deslize os calcâneos ao longo da
B quadro
mesa
Contraia os músculos abdominais, "re-
Levante os dois pés acima da mesa
traindo o umbigo em direção à coluna"
assim que os quadris estiverem em
Levante uma das pernas, até o quadril estar
flexão de 90 graus
em 90 graus de flexão, enquanto a coxa
aponta para o teto Volte à posição de saída, invertendo o
Reforce a contração dos músculos abdo- movimento
minais, se for preciso Repetições: _____
Evite a distensão do abdome
Não force a cabeça sobre a superficie de nte os dois pés acima da superfície
sustentação
Respire
sustentação; estando os quadris em
Levante o outro pé da mesa xão de 90 graus, estenda os joelhos e
Deslize o pé ao longo da mesa, tocando-a aixe os dois membros inferiores até a
de leve uperfície de sustentação
Estenda o membro inferior por com-
pleto Método: Contraia os músculos abdominais,
"retraindo o abdome em direção à
e O Relaxe
coluna"
Reforce a contração da musculatura ab-
dominal Coloque quadris e joelhos em flexão,
Volte com o pé à posição inicial, deslizan- levantando os dois pés sobre a mesa e
do-o sobre a mesa aproximando os joelhos do peito
Segure os quadris em flexão de 90 graus
O Repita com a mesma perna
e estenda os joelhos
O Abaixe a perna sobre a mesa, de modo a
Abaixe as pernas sobre a mesa para voltar
colocar os dois pés sobre a mesma
à posição inicial.
O Repita, começando pela perna oposta

D Um dos quadris em 90 graus de flexão; Repetições: _ _ __


nte o pé e coloque a perna em exten-
o, sem tocar a superfície de sustenta-
o (Figs. C-D)
Método: Execute os mesmos movimentos descritos
para o nível 2, com as seguintes exce-
ções:
Mantenha o pé acima da mesa, enquanto
estende o membro inferior
Recoloque a perna sobre a mesa
Recoloque-a na posição inicial, mantendo
o pé sem contato com a mesa
Não se esqueça de contrair os músculos
abdominais
Evite os movimentos da coluna
Repita com a perna oposta
Repetições:----
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Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos CAPfTULO Ono

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~ ,~~\. i- :1~ •
Semi-sentada (Figs. A-D)
Ob1etnos: • Melhorar o desempenho isométrico
Objetivo: • Melllorar o desempenho dos músculos dos músculos abdominais na preven-
da região superior do abdome (oblí-
ção da rotação da pelve
quos internos e reto do abdome)
• Movimentar o membro inferior,
mantendo a pelve imóvel
Posição inicial: Flexão de quadris e com um travesseiro • Alongar os músculos adutorcs do
sob os joelllos e os braços estendidos à quadril (da região interna da coxa)
frente do corpo (Fig. B)
Posição inicial: Coloque as mãos sobre a pelve.
Flexão do tronco: flexão da coluna (mais Flexione um dos joelhos, com o pé
fácil A no chão. Estenda o outro membro

A
Método: • Execute a variação depois de checar o inferior. Coloque um travesseiro ao
lado da perna que está em flexão.
quadro
Aproxime o queixo da base do pescoço
Coloque o tronco no maior grau possível
de flexão
Pare assim que os quadris começarem a se
fletir ou quando seus pés se levantarem
da mesa

Método: • Execute a variação depois de checar o


Da flexão do tronco para a posição quadro
semi-sentada: flexão de coluna e qua- Contraia os músculos abdominais,
B ______
d_r•·_s-'(.... equena dificuldade "retraindo o umbigo em direção à
coluna"
Método: • Execute a variação depois de checar o Movimente o joelho externamente
quadro B afastando-o do corpo (Figs. B-C)
Aproxime o queixo da base do pescoço Mantenha a pelve imóvel
Coloque o tronco na maior flexão pos- Volte com o joelho à posição inicial
sível D Desloque o joelho em direção à linha
Mantenha a flexão; continue até ficar na média e à perna oposta (Fig. D)
posição semi-sentada Volte à posição inicial
Repita o movimento_ _ _ vezes
B· Da flexão do tronco para a posição Repita com a perna oposta
semi- sentada: flexão de coluna e quadris D Coloque um travesseiro sob o joelho da
e perna que se encontra em extensão
(média dificuldade)
D Coloque um travesseiro ao lado da perna
Método: • Execute a variação depois de checar o em flexão, na altura do joelho
quadro
Cruze os braços sobre o peito (Fig. C) Repetições: _ _ __
Aproxime o queixo da base do pescoço;
coloque o tronco na maior flexão pos-
sível
Mantenha a flexão; continue até ficar na
posição semi-sentada
Da flexão do tronco à posição semi-
sentada: flexão de coluna e quadris
D
(grande dificuldade)
Método: • Execute a variação depois de checar o
quadro
Coloque as mãos sobre a cabeça (não
atrás da cabeça)
(Fig. D)
Aproxime o queixo da base do pescoço
Coloque o tronco na maior flexão possí-
vel D
Mantenha a flexão
e
Continue até ficar na posição semi-
sentada
Repetições: _ _ __
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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPITULO Oiro

Estendido (Figs. A-D)


Objetivos: • Melhorar o desempenho isométrico Objetivos: • Melhorar o desempenho funcional dos
músculos abdominais
dos músculos abdominais no controle
• Melhorar o desempenho dos flexores
da rotação da pelve
do quadril
• Movimentar a perna, mantendo a
• Alongar os músculos isquiotibiais
pelve e a coluna imóveis
A
Posição inicial: Quadris e j oelhos em extensão.
Posição inicial: Coloque as mãos sobre a pelve.
Coloque os dedos sobre os músculos
Coloque uma das pernas em extensão.
abdominais, ao lado do abdome, entre
Realize a flexão de um dos quadris e
pelve e costelas
joelhos, com o pé sobre a superfície

(difícil)
Método: • Execute a variação depois de checar o
Método: • Execute a variação depois de checar o
B
quadro
quadro Contraia os músculos abdominais, "re-
Contraia os músculos abdominais, "re- traindo o umbigo em direção à colu-
traindo o umbigo em direção à colu- na"
na" Mantenha o joelho em extensão
Deixe o joelho afastar-se do corpo (Fig. Levante a perna verticalmente, mantendo
B) o joelho em extensão
Estenda o joelho, partindo dessa posição Não exerça pressão para baixo com o
(Fig. C) membro imóvel
• Coloque o joelho em flexão Abaixe a perna e volte à posição inicial,
• Volte à posição inicial enquanto mantém a contração dos
D Mantendo a perna nessa posição, repita músculos abdominais
_ _ vezes os movimentos de exten-
são e flexão do joelho Ou
• Volte à posição inicial e
• Repita conforme descrito acima • Coloque quadril e joelho em flexão,
• Estenda o joelho, mantenha-o em ex- aproximando o joelho do peito (Fig.
tensão e aproxime a perna do ombro C)
oposto, movimentando o quadril (Fig. • Estenda o joelho, enquanto mantém o
D) quadril em flexão de 90 graus, com a
Repita o movimento com a perna opos- coxa apontando para o teto (Fig. D)
ta D Segure a coxa com a mão enquanto
coloca o joelho em extensão
• Mantenha o joelho em extensão e abaixe
a perna para voltar à posição inicial
Repita o exercício com o membro infe-
rior oposto
D
Repetições : _ _ __

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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
C.\PITULO ÜrTO

as dorsal
• Prevenção da rotação ou da inclinação • Aumento da flexibilidade do músculo
compensatória pélvica anterior peitoral maior
• Prevenção da rotação compensatória • Aumento da mobilidade da articula-
da tíbia ção do ombro
• Diminuição da curvatura da parte
Posição inicial: Decúbito dorsal sobre uma mesa de superior da coluna
superficie dura, mantendo a coluna • Melhora do desempenho funcional dos
reta. Aproxime os dois joelhos do músculos abdominais
peito, mas segurando apenas um deles
A com as mãos.
B
Posição inicial: Flexão de quadris e joelhos com
os pés apoiados e os braços ao lado
do corpo

Método: • Execute a variação depois de checar o


A
quadro
Segure um dos joelhos contra o peito, a
Método: • Execute a variação depois de checar o
quadro
fim de manter a coluna reta e a pelve
imóvel O Contraia os músculos abdominais,
"retraindo o umbigo de encontro à
Contraia os músculos abdominais, "re-
coluna
traindo o umbigo em direção à coluna;
abaixe a outra perna, deixando que ela
O Levante um braço acima da cabeça,
se desloque para o lado dentro do possível. PARE se perceber
dor ou desconforto na extremidade
O Desvie o pé para dentro, em direção ao
superior do ombro
pé oposto, a fim de impedir a rotação
da perna B O Levante os dois braços acima da cabeça,
dentro do possível. PARE se perceber
Abaixe completamente a perna até a mesa;
e dor ou desconforto na extremidade
D sempre que possível, evite os movimen-
superior do ombro
tos da coluna
O Use ___ gramas em uma das mãos
Puxe a coxa em direção à perna oposta
O Use ___ gramas em ambas as mãos
Mantenha essa posição durante 20 a 30
segundos, antes de permitir que a perna O Deixe que o peso do seu corpo puxe o
braço de encontro à mesa, durante
se desloque novamente para o lado
_ _ _ segundos
Não permita a rotação interna da coxa e O Deslize uma das pernas para baixo,
PARE de puxar a coxa em direção à perna
enquanto mantém os braços acima da
oposta assim que sentir dor no joelho
cabeça e a coluna vertebral reta (Fig.
O Repita; tracione ___ vezes para den- B)
tro
O Deslize a outro perna para baixo, de
O Suspenda a perna durante 20 a 30 segun- modo que ambas estejam em extensão;
dos, se a coxa não entrar em contato mantenha os braços acima da cabeça
com a mesa; cuide de manter a coluna e a coluna reta (Fig. C )
reta Repetições: _ __
Repita esse movimento com a outra per-
na

E Repetições: _ _ __

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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPITULO Ü!TO

Objetivo: • Melhorar o desempenho dos músculos


A
abdominaís
• Melhorar o desempenho funcional dos
Posição inicial: Quadris e joelhos em flexão, pés músculos entre escápula e braço
apoiados e braços ao lado do corpo • Alongar o músculo peitoral maior
• Alongar os rotadores internos do
ombro
A
Método: • Execute a variação depois de checar o
Posição inicial: O paciente tanto pode manter os
quadro
Coloque quadris e joelhos em flexão e os quadris e joelhos em extensão como colocá-los em
pés sobre a superficie flexão, com os pés apoiados. Afaste os braços do
B • Segure __ gramas em uma das mãos corpo no nível do ombro, com o cotovelo em flexão
• Segure __ gramas em cada mão de 90 graus
Levante os braços acima da cabeça e para
o lado
Contraia os músculos abdominais, "re- B
traindo o umbigo em direção à coluna"
• Levante os braços, movimentando-os em
direção ao teto e ao quadril oposto
Mantenha os cotovelos em extensão Método: • Execute a variação depois de checar o
• Pare assim que o braço estiver em posição quadro
vertical, e volte a colocá-lo acima da Deslize os braços para cima da cabeça
cabeça • Coloque o travesseiro próximo à cabeça
e embaixo de seu braço; deslize-o ao
Repetições: _ __ longo do travesseiro
• Contraia os músculos abdominais
PARE, caso sinta dor na extremidade
e superior do ombro
• Evite encolher os ombros durante os
movimentos dos braços
A Objetivo: • Aumentar a mobilidade da articulação
• Encolha os ombros ao movimentar os
braços
do ombro
Posição inicial: Quadris e joelhos em flexão, pés apoia- Repetição: _ __
dos e braços ao lado do corpo

B
Método: • Execute a variação depois de checar o qua-
dro
Coloque o cotovelo em flexão e levante-o
na articulação do ombro, a fim de trazer
o braço acima da cabeça
Estenda o cotovelo enquanto o braço se
desloca para a posição acima da cabeça
e • Coloque um travesseiro ao lado da cabeça e
deslize o braço ao longo do travesseiro
• PARE assim que sentir dor na extremidade
superior do ombro
• Coloque a outra mão sobre o cotovelo, pu-
xando o braço para baixo enquanto este
se desloca acima da cabeça
D • Alongue os músculos da escápula
Levante até 90 graus o braço a ser alon-
gado
Impeça a escápula de se deslocar, segurando
sua borda externa com a outra mão
Continue levantando o braço acima da
cabeça, enquanto segura a escápula

E Repetição: _ __

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ift@ ~
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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPÍTULO Ü !TO

Objetivo: • Alongar o músculo peitoral menor

• Evitar os movimentos compensatónos Posição inicial: Você pode fletir quadris e joelhos,
da escápula durante os movimentos do com os pés sobre a superfície, ou
braço manter os membros inferiores em
• Evitar o movimento compensatório extensão. Os braços devem ficar ao
A no ombro durante os movimentos do lado do corpo.
braço
• Melhorar o desempenho dos músculos D Execute a variação depois de conferir o quadro
encarregados da rotação do ombro
mento assistido - decúbito dorsal
Posição inicial: Quadris e joelhos em extensão ou em Método: O assistente coloca a palma da mão na
flexão; braço no nível do ombro e co-
dobra axilar, e não sobre o seu úmero
tovelo em flexão de 90 graus. Coloque
a mão oposta sobre o ombro, a fim de (Figura)
evitar que ele se desloque durante os Ele exerce pressão em direção a superfície
movimentos do braço. Coloque uma da mesa e externamente ao tórax, em
toalha dobrada embaixo do braço e sentido diagonal inferior, afastando-se
do cotovelo, se o fisioterapeuta assim do seu corpo
recomendar. A pressão é aplicada durante _ __
segundos
Procure evitar que seu tórax se mova
interna: Alongamento dos músculos Você deve perceber o alongamento na
tadores externos (Fig. C) parede torácica e não na articulação do
ombro
Método: Leve a mão em direção ao quadril, impedindo o
B ombro ou a extremidade proximal do úmero D O assistente aplica uma mão em cada um
de deslocar-se anteriormente pela pressão de seus ombros, cruzando-as, de modo
com a mão oposta que, estando ele no seu lado direito, a
D Posicione o braço em __ graus e não em 90 mão esquerda do assistente esteja no
graus ombro esquerdo do paciente e sua mão
O Segure um peso de ___ gramas na mão; direita no ombro direito do paciente
deixe que o peso puxe a mão para baixo
sobre a mesa
PARE assim que perceber dor na articulação
do ombro
Não deixe seu cotovelo entrar em extensão mento ativo - decúbito dorsal
Volte à posição inicial
Repita _ _ vezes Método: Gire o tronco para o lado do ombro a ser
alongado, mantendo a escápula :firmemen-
o externa: Alongamento dos músculos te apoiada sobre o chão
rotadores internos (Fig. D) Use a palma da mão oposta para exercer
pressão sobre a dobra axilar
Método: Leve sua mão em direção à cabeça, impedindo
e que a extremidade proximal do úmero exerça Gire o tronco para o lado oposto ao do
pressão sobre a mão encarregada da restri- ombro
ção
D Posicione o braço em _ _ graus e não em 90 nto assistido - decúbito ventral
graus
D Segure com a mão um peso de __ gramas Método: Estando o paciente em decúbito ventral,
e deixe que ele puxe a mão em direção à com os braços ao lado do corpo , o
mesa
PARE se perceber dor na articulação do om- assistente se coloca ao seu lado e,
bro aproximando-se da extremidade supe-
Volte à posição inicial rior do ombro, põe seus dedos na dobra
Repita _ _ vezes anteriormente ao ombro do paciente
A outra mão do paciente atravessa a prega
horizontal
axilar para também inserir seus dedos na
dobra axilar
Método: Levante o braço, mantenha a escápula sobre a
D mesa e coloque o braço à frente do corpo Em seguida, o assistente levanta o ombro
Estando com o braço à frente do corpo e o coto- do paciente para cima, enquanto se
velo voltado para o teto, use a outra mão para inclina para trás, a fim de alongar o
puxar o braço ainda mais à frente do corpo músculo
D Use a mão para empurrar o braço para baixo, de NÃO EXERÇA TRAÇÃO sobre seu bra-
encontro à mesa enquanto se movimenta
D Mantenha a escápula rente à superfície da ço; o alongamento deve ser percebido
mesa na parede torácica, e não na articulação
Repita _ _ vezes do ombro
Repetições: _ _ __

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CAPITULO ÜITO

do mus-
A rotadores externos do quadril culos a utores do quadril
• Movimentar o quadril enquanto a • Alongar os abdutores do quadri l
pelve pemianecer imóvel (TFL-.BIT)
• Melhorar a contração isométrica dos • Melhorar o desempenho isométrico
músculos laterais da parede abdomi- dos músculos abdominais laterais
nal • Movimentar a articulação do quadril,
mantendo a pelve imóvel
A
Posição inicial: Decúbito lateral, com o quadril e o
joelho de baixo em flexão. Leve rotação Posição inicial: Quadril e joelho do membro in-
anterior pélvica. Coloque o quadril e o ferior de baixo em flexão, estando
joelho da perna de cima em flexão; apóie o paciente em decúbito lateral.
B
a perna de baixo sobre um travesseiro. Pelve em ligeira rotação anterior.
Coloque a mão sobre a pelve Mão sobre a pelve ou na região do
músculo glúteo médio

O Execute a variação depois de checar o quadro


B • Execute a variação depois de checar o quadro

Método: • Coloque um travesseiro entre os joelhos Abdução do quadril com rotação


ou tornozelos externa (Figs. A-B)
Coloque a perna de cima em rotação, de Método: Coloque a perna de cima em flexão
modo a voltar o joelho para cima aproximada de 45 graus em quadril e
e Movimente exclusivamente o quadril joelho
Evite a rotação da pelve Realize leve rotação no joelho, de ma-
neira que a patela esteja ligeiramente
Repetições: _ _ __ voltada para cima; levante a coxa na
articulação do quadril
e • Coloque um travesseiro entre os joelhos
• Coloque uma toalha dobrada sob a cin-
tura
D Coloque as mãos sobre a pelve impedindo
que ela se desloque
• Aplique os dedos sobre o músculo glúteo
médio; não levante a coxa
Não exerça pressão para baixo com a
perna de baixo
Abaixe a perna até a posição inicial

: Abdução do quadril com rotação


externa (Figs. C-E)

Método: Coloque quadril e joelho da perna de cima


em ligeira flexão
Coloque a perna de cima em discreta
rotação, fazendo o joelho apontar li-
geiramente para cima enquanto levanta
a coxa na articulação do quadril, para
cima e para baixo
D Coloque um travesseiro entre os joelhos
D Coloque uma toalha dobrada sob a cin-
tura
• Aplique a mão na pelve para verificar se
ela se move
• Coloque os dedos na região do músculo
glúteo médio
Evite a inclinação da pelve
Não exerça pressão para baixo com a
perna de baixo
Abaixe a perna para voltar à posição
inicial

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CAPÍTULO ÜITO

Método: Coloque quadril e joelho em extensão


O Coloque a mão sobre a pelve para verificar se
ela se move
O Coloque os dedos sobre o músculo glúteo mé-
dio, mantendo o quadril para trás; levante • Melhorar o desempenho dos múscu-
a perna em direção ao teto los do ombro que levantam o braço
F
Não levante a perna muito alto acima da cabeça
Evite a rotação interna do joelho • Melhorar o desempenho dos mús-
Evite a inclinação da pelve culos do ombro que se encarregam
Não exerça pressão para baixo com a perna da rotação do braço
de baixo • Aumentar a mobilidade da escápula
Abaixe a perna para voltar à posição inicial • Melhorar o desempenho do músculo
trapézio
Posição inicial: Paciente em decúbito lateral, de
Método: Coloque a mão sobre a pelve para verificar quadris e joelhos flexionados; braço
se ela se desloca no nível do ombro, com o cotovelo
Posicione a perna ligeiramente para frente em flexão e descansando sobre o
G Coloque o joelho em extensão, com ligeira travesseiro
rotação superior
Levante a perna em direção ao teto
Desloque a perna para trás, movimentando-
D Execute a variação depois de checar o quadro
se no quadril, de modo que a perna fique
ligeiramente atrás do corpo
Evite o deslocamento da pelve e o arquea-
mento da coluna ao trazer o quadril para Método: Deslize o braço acima da cabeça, na
trás medida do possível
Abaixe a perna sobre a mesa O Estenda o cotovelo ao deslocar o braço
Não deixe a pelve se mover acima da cabeça
Caso não abaixar a perna 15 graus abaixo Procure movimentar a escápula para cima
H e em direção à sua frente; deslize o
do nível da articulação do quadril, relaxe
braço para voltar à posição inicial
a musculatura do quadril, com exceção Não encolha o ombro
dos músculos necessários para manter a
perna voltada para cima; deixe a perna
suspensa durante 15 a 20 segundos O Execute a variação depois de conferir o quadro
Relaxe a perna e repita os movimentos
Repetições: _ __ escápula (exercício para o mús-
ezio) (Fig. C)
Método: Apóie o braço sobre o travesseiro ligei-
ramente acima da cabeça
o Puxe a escápula em direção à coluna
vertebral (Fig. B)
O Levante o braço do travesseiro, puxando
a escápula em direção à coluna

O Execute a variação depois de checar o quadro


Posição inicial: Deite-se sobre o lado da perna que pre- do ombro
tende exercitar. Coloque quadril e joelho
cm extensão. Mantenha a pelve e o tronco
Método: Apóie o braço ao lado do corpo
paralelamente à superficie de sustentação. Coloque o cotovelo em flexão de 90
Coloque a perna de cima em rotação no
quadril; o joelho está em flexão com o
e graus
Apóie o braço de encontro ao abdome
pé apoiado à frente da perna de baixo. Mantenha o braço imóvel e levante o
Coloque a mão do braço de cima sobre a antebraço e a mão em direção ao teto,
superficie e estabilize o tronco mediante rotação na articulação do
ombro
Volte com o antebraço e a mão à posição
Método: • Mantenha o joelho em extensão e a patela inicial
voltada diretamente para a frente
Levante a perna de baixo, aproximando-a da Repetição: _ __
perna de cima
O Estenda quadril e joelho da perna de cima;
mantenha-a paralela à perna de baixo; levan-
te esta última de encontro à perna de cima
Volte com a perna de baixo para a posição
inicial
Repetições: _ _ __

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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
-----2~------------------------------------------------------L - - l - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ; :C:;--A-Pf:--TU_L_O--:Ü::--1-TO------l<--.--._. ..,

Objetivos: • Diminuir os movimentos compensa- eduztr os movimentos compensá-


tórios de pelve e coluna torios da pelve durante a mov imen-
• Aumentar a flexibilidade e alongar os tação do quadril
A músculos quadríceps e TFL • Alongar e aumentar a flexibilidade
A dos músculos rotadores do quadril
• Melhorar o desempenho dos músculos
• Melhorar o desempenho dos mús-
abdominais culos abdominais
Posição inicial: Decúbito ventral com os membros
Posição inicial: Decúbito ventral com os mem-
inferiores em extensão e relativamente
bros inferiores em extensão e rela-
próximos um do outro
tivamente próximos um do outro.

B
Método: • Execute a variação depois de checar o
quadro Método: • Execute a variação depois de checar o
Contraia os músculos abdominais, "re- quadro
B
traindo o umbigo em direção à colu- D Coloque um travesseiro sob o abdome
na D Coloque as mãos nos glúteos ou nas espi-
Joelho em flexão nhas ilíacas da pelve para acompanhar
Evite que a pelve se movimente (veja a os movimentos desta última
postura errada na figura C) Contraia os músculos abdominais,
Evite puxar com força, para não provocar "retraindo o umbigo em direção à
uma cãimbra na região posterior da coluna"
coxa Coloque o joelho em flexão de 90 graus,
e Volte com a perna à posição inicial com a perna em posição vertical (Fig.
D Coloque um travesseiro sob o abdome A)
D Coloque as mãos sobre os glúteos ou Coloque o quadril em rotação, deixando o
nas espinhas ilíacas da pelve, a fim de pé se deslocar para dentro, em direção
verificar se esta se desloca à outra perna (Fig. D) e em seguida
Repita com a outra perna para fora, afastando-se da perna oposta
e (Fig. C)
Repetições: _ _ __ Mantenha sua pelve imóvel
Repita o movimento _ _ _ _ vezes
com uma das pernas
Volte à posição inicial
Repita o movimento com a perna opos-
ta

Repetições: _ _ __

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____ 3 r a . - - - - = - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 . __J-- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - & 1 . 3 1 - - -
CAPITULO Ono

Objetivos: • Melhorar o desempenho dos músculos Objetivos: • Melhorar o desempenho do músculo


glúteo máximo e isquiotibiais glúteo máximo
• Alongar os flexores do quadril • Alongar os músculos flexores do
• Melhorar o desempenho dos músculos quadril
extensores da coluna vertebral • M elhorar o desempenho dos exten-
• Melhorar o desempenho dos músculos sores da coluna vertebral
abdominais • Melhorar o desempenho dos múscu-
los abdominais
Posição inicial: Decúbito ventral; membros infe- Posição inicial: Decúbito ventral com os membros
riores em extensão e relativamente inferiores em extensão, relativamente
próximos um do outro próximos um do outro

Método: • Execute a variação, depois de conferir o Método: • Execute a variação depois de conferir
quadro o quadro
Contraia a musculatura abdominal, Coloque o joelho em flexão; sempre
"retraindo o abdome de encontro à que possível, deixe a perna descan-
coluna" sar sobre a coxa, a fim de relaxar os
A Para levantar a perna inteira sobre a músculos isquiotibiais
superficie de sustentação, lembre-se D Encoste a perna contra o assento da
de girar a perna ligeiramente para A cadeira ou o pé contra a parede
fora, enquanto contrai a musculatura Contraia a musculatura abdominal,
"retraindo o umbigo de encontro à
glútea
Evite que sua pelve se movimente coluna vertebral"
Não levante muito a perna, apenas 1O Contraia a musculatura glútea para
graus de movimento do quadril nessa levantar a coxa sobre a superficie de
direção sustentação
B Não levante muito a coxa, apenas uns 1O
Mantenha essa posição durante 3 a 1O
graus de movimento nessa direção
segundos
• Volte com a perna à posição inicial
Não deixe que sua pelve se movimen-
te
• Coloque um travesseiro sob o abdome
Mantenha essa posição durante 3 a 1O
Aplique os dedos sobre as espinhas ilíacas B
segundos
anteriores da pelve, a fim de verificar
Volte à posição de descanso
que esta se desloque
Coloque um travesseiro sob o abdome
Repita com a perna oposta
D Coloque os dedos sobre as espinhas
ilíacas anteriores para acompanhar
Repetições: ____
os movimentos da pelve
D Repita com a perna oposta

Repetições: ____

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CAPITULO ÜITO

e os Joelhos Flexionados
Objetivo: • Melhorar o desempenho dos rotado-
res externos dos quadris
Posição inicial: Decúbito ventral, com os joelhos
flexionados e separados. Deixe os
quadris entrarem em rotação, de
A modo que seus pés se encostem um
Posição inicial: Decúbito ventral com os membros no outro
inferiores em extensão e relativamen-
te próximos um do outro

Método: • Execute a variação depois de checar o


quadro
Método: • Execute a variação depois de checar o D Coloque um travesseiro sob o abdome
quadro A partir da posição inicial, contraia os
D Coloque um travesseiro sob o abdome músculos glúteos para juntar os pés
Segure essa posição durante 5 a 1O se-
D Coloque os dedos sobre os ossos ante-
riores da pelve e monitore seus movi- gundos
mentos; contraia a musculatura glútea Relaxe e repita o movimento
para deslizar a perna externamente
Repetições: _ _ __
Não deixe sua pelve mover
Volte com a perna à posição inicial
Repita com a perna oposta

Repetições: _ _ __

Objetivo: • Melhorar a fünção do músculo glúteo


A máximo

Posição inicial: Decúbito ventral, com as pernas em


extensão e relativamente próximas
uma da outra

Método: • Execute a variação depois de checar o


quadro
Contraia a musculatura glútea
Pense em girar as pernas para fora, en-
quanto contrai os músculos glúteos
Mantenha essa posição durante 5 a 1O
segundos
Relaxe

Repetições: _ _ __
B

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CAPITULO Ono

o para
M1 a Músculo Trapézio - Decúbito
Coluna - Decúbito Ventral (Figs. A-B) Ventral (Figs. A-G)
Objetivo: • Melhorar o desempenho dos músculos Objetivo: • Melhorar o desempenho do músculo
extensores da coluna trapézio

A Posição inicial: Decúbito ventral sobre uma mesa.


Próximo à beirada, de modo a ficar D Execute a variação depois de checar o quadro
com o braço suspenso na borda da
mesa
Posição inicial: Decúbito ventral com os braços acima
da cabeça, os cotovelos em flexão e as
mãos na região occipital
Método: Levante o braço até o nível da cabeça
Mantenha essa posição durante 5 a 1O
Método: • Coloque wn travesseiro sob o peito
Levante os cotovelos, juntando as escápu-
segundos las
B Volte à posição de repouso Mantenha essa posição durante 5 a 1O
Repita com o mesmo braço segundos
Repita com o braço oposto Deixe que os cotovelos voltem à posição
Repetições: _ _ __ inicial

Figs. C-F)

Posição inicial: Decúbito ventral, braços acima da


cabeça, cotovelos em flexão, mãos
•Aumentara amp1itllde para o movi- ao lado da cabeça, com os polegares
mento de flexão do ombro voltados para cima
• Melhorar o desempenho dos flexores
do ombro Método: • Coloque um travesseiro sob o peito
• Melhorar os movimentos da escápula Levante os braços, aproximando as es-
através do músculo serrátil anterior cápula uma da outra
Mantenha a mão em nível mais alto que
Posição inicial: Decúbito ventral, com um número o cotovelo
A suficiente de travesseiros por baixo do tórax e da Mantenha essa posição durante 5 a 1O
pelve, de modo a colocar os braços com os cotovelos segundos
fletidos confortavelmente ao lado do corpo. A face Volte com os braços à posição inicial
ulnar de antebraço e mão deve estar em contato
com a superfície de sustentação. A testa pode ficar
apoiada sobre uma toalha dobrada.
E

Posição inicial: Decúbito ventral; braços acima da


Método: •
Execute a variação depois de checar o cabeça e ligeiramente voltados para
B quadro os lados, cotovelos em extensão e po-
Deslize os braços acima da cabeça. PARE, legares voltados para cima
caso sinta dor na extremidade superior
do ombro. F

Lembre-se de movimentar a escápula
Método: • Coloque um travesseiro sob o peito
Levante os braços, aproximando as es-
deslocando sua base para a frente e
para cima; o movimento será como se cápulas e virando-as ligeiramente para
existisse uma corda ligando o cotovelo baixo
à base da escápula Mantenha a mão em nível mais alto que

Assim que seu cotovelo se encontrar dire- o cotovelo
Segure essa posição durante 5 a 1O se-
tamente abaixo do ombro, coloque um G
certo peso sobre o cotovelo, enquanto gundos
Volte com os braços à posição de re-
e continua o movimento de deslizamento;
pouso
PARE se sentir dor na articulação do
ombro
Não deixe que os cotovelos se afastem do Repetições: _ _ __
lado de seu corpo enquanto desliza os
braços acima da cabeça
Repetições: _ __

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~
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Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPITULO ÜITO

Objetivo· • Melhorar o desempenho dos músculos a m obr a coluna


encarregados da rotação do ombro • Alongar os músculo gluteos e aumen-
tar a flexibilidade dos mesmos
Posição inicial: Decúbito ventral na cama ou sobre • Melhorar o movimento de flexão do
uma mesa; braço no nível do ombro, quadril
apoiado sobre toalhas; cotovelo em • Diminuir a flexão da coluna lombar
A flexão e antebraço suspenso na beira posteriormente
da mesa (Fig. A) • Diminuir a curvatura da coluna torá-
cica
D Execute a variação depois de checar o quadro • Inverter a curvatura da coluna lombar
A anterior
o externa (Fig. B)
-------
Método: Vire a mão para cima, em direção à
• Diminuir a rotação da coluna verte-
bral
• Melhorar o desempenho do músculo
cabeça serrátil anterior
Imagine estar girando o antebraço em
torno de um eixo atravessando o bra-
ço Posição inicial: Posição quadrúpede com os pés vol-
Evite os movimentos da escápula tados para trás, os quadris centrados
Não levante o braço por cima das toa- acima dos joelhos; esses ligeiramente
lhas afastados entre si. Coloque os quadris
Ao alcançar o final da amplitude, man-
tenha a posição durante 5 a 1O se- em ângulo de 90 graus, endireite a
B gundos coluna, mantenha os ombros centrados
acima das mãos e a cabeça alinhada
D Segure um peso de._ _ _ gramas na
com o tronco
mão
B
lt.~:>t~tcáo interna (Fig. C)
Método: Vire a mão para baixo em direção ao
quadril
Método: • Execute a variação depois de checar o
quadro
Imagine estar girando seu antebraço Mantenha a coluna em linha reta
em torno de um eixo que atravesse o Execute o movimento de balanço
braço para trás em direção aos calcâneos,
Não levante o braço acima das toalhas movimentando-se nas articulações dos
Mantenha a posição no limite extremo
da amplitude pelo prazo de 5 a 1Ose- quadris: "imagine estar apontando os
e gundos
glúteos para o teto"
PARE assim que sentir dor
D Segure com a mão um peso de _ __ e D Movimente-se para trás em parte do
gramas trajeto em direção aos calcâneos
(Fig. B)
nterna até o limite da amplitude D Continue movimentando-se para trás,
dentro do possível, em direção aos
calcâneos (Fig. C)
Posição inicial: Decúbito ventral sobre a mesa, apoia-
do sobre dois travesseiros; braço no
D Não deixe sua coluna arquear-se para
cima (veja a postura errada na figura
nível do ombro, apoiado sobre toalhas.
D)
Cotovelo em flexão, com o antebraço D Empurre-se para trás com as mãos e não
em rotação na direção do quadril; mão contraia os músculos dos quadris
descansando sobre a mesa D Estenda os braços ao máximo, depois de
ter se movimentado para trás, na me-
Método: Mantenha o braço imóvel e estenda o co- dida do possível; mantenha a coluna
tovelo apenas o necessário para a mão em linha reta
D
não descansar mais sobre a mesa D Forme com a coluna um arco de conve-
Mantenha essa posição durante 5 a 1O xidade voltada para cima (Fig. D)
segundos D Deixe a coluna se curvar para dentro
Recoloque a mão sobre a mesa, caso D Aumente a distância entre os joelhos
tenha dificuldade para mantê-la nessa D Gire os joelhos para fora e os pés para
posição dentro
Se não puder controlar antebraço e mão, Volte à posição de repouso
deixe o antebraço girar em direção ao D Execute o movimento de balanço para
chão, colocando-o a seguir em rotação frente, contraindo os músculos abdo-
voltada para o quadril minais
Não levante o antebraço acima das toa-
lhas Repetições: _ __
Repetições: _ _ __

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CAPÍTULO Orro

• Mel orar o de empenho do exte so-


res e flexores do pescoço
• Alongar os musculos elevadores das
cscápulas
• Melhorar o controle sobre os movi-
Posição inicial: Apoiado sobre mãos e joelhos, com os mentos do pescoço
pés apontando para baixo, centralize os
quadris acima dos joelhos; mantenha os
joelhos ligeiramente afastados um do Posição inicial: Apoiado sobre mãos e joelhos, com
outro. Posicione os quadris em ângulo os pés apontando para trás, centra-
de 90 graus, a coluna em linha reta, os 1ize os quadris acima dos joelhos e
ombros centralizados acima das mãos A mantenha os joelhos ligeiramente
e a cabeça alinhada com o corpo afastados um do outro. Posicione
os quadris em ângulo de 90 graus,
A D Execute a variação depois de checar o quadro mantenha a coluna reta, os ombros
centralizados acima das mãos e a
o ombro (Fig. A) cabeça alinhada com o tronco
Método: Contraia os músculos abdominais, "retraindo
o umbigo de encontro à coluna"
• Levante levemente a mão acima da superficie
D Execute a variação depois de checar o quadro
de sustentação, fletindo o cotovelo
• Levante um dos braços acima da cabeça,
mantendo essa posição durante 5 a l O
segundos Método: Abaixe o queixo, aproximando-o da base
Não movimente o tronco ao levantar o bra- do pescoço (Fig. B)
ço
Não deixe o pescoço cair para a frente na
Volte com a mão para a superficie de susten-
tação área onde ele é preso ao tronco (Fig.
Repita o movimento com a outra mão C)
B e Levante a cabeça, apenas levemente aci-
o do quadril com o joelho em flexão ma da posição inicial (veja a postura
errada na figura D)
Método: Contraia os músculos abdominais, "retraindo Não levante a cabeça completamente
o umbigo em direção à coluna"
Mantenha o joelho em flexão e levante a perna para cima
para trás, na articulação do quadril Execute a variante, depois de conferir o
Mantenha a pelve e a coluna imóveis quadro
Mantenha essa posição durante 3 a 10 segun-
dos D Execute a variação depois de checar o quadro
Volte à posição inicial
Repita com a outra perna ode pescoço

ejoelho em extensão (Fig. B) Método: Adote a posição inicial, com a cabeça e


o pescoço em linha reta com o tronco,
Método: Contraia os músculos abdominais, "retraindo virando, depois, a cabeça para um dos
o umbigo em direção à coluna vertebral" lados
Levante a perna para trás, colocando quadril
Não torça o pescoço; imagine estar gi-
e joelho em extensão
Evite a movimentação de pelve e coluna rando a cabeça em tomo de um eixo
Mantenha a posição durante 3 a 1O segundos que atravesse diretamente o centro de
Volte à posição inicial sua cabeça
Repita com a perna oposta D Volte à posição inicial
Repita a rotação no sentido contrário
de quadril/joelho com flexão do Repetições: ____
.e
Método: Contraia a musculatura abdominal, "retraindo
o umbigo em direção à coluna"
Levante simultaneamente um dos braços e a
perna oposta
Levante a perna para trás, acima da cabeça
Mantenha essa posição durante 3 a l O segun-
dos
Volte à posição inicial
Repita com o outro braço e a perna oposta
Repetições: _ _ __

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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CA PITuLO ÜITO

• Melhorar o de empenho dos mus-


culos que erguem a perna de encontro
ao tórax
• Diminuir a ten ta para a flexão • Melhorar o controle exercido pela
posterior da coluna musculatura do tronco
A • Controlar a rotação indesejável do • Alongar os músculos da região pos-
quadril durante os movimentos do A terior do quadril
joelho
• Alongar os músculos que se inserem Posição inicial: Sente-se numa cadeira de preferên-
na patcla cia de encosto alto. Os quadris devem
• Al ongar os músculos da panturrilha formar um ângulo com o tronco e os
• Melhorar a ação dos músculos que ombros devem estar alinhados com
levantam o tornozelo os quadris. Os dois pés podem ficar
apoiados no chão
Posição inicial: Sente-se numa cadeira, de prefe-
rência com encosto reto. Os quadris
devem estar em ângulo reto com o
tronco e os ombros alinhados com
os quadris. Pode apoiar os dois pés Método: • Execute a variação depois de checar o
no chão. Observe se a coluna se mo- quadro
vimenta, caso a cadeira não possua Use as duas mãos para elevar a coxa à
B encosto (Fig. A) maior altura possível sem provocar dor
(Fig. B)
B Não use os músculos do quadril ao le-
vantar a coxa
Depois de levantar a coxa o máximo pos-
sível, solte as mãos e use os músculos
da coxa em lugar delas
Método: • Execute a variação depois de checar o
Segure a coxa nessa posição durante 5 a
quadro
1O segundos (Fig. D)
O Coloque a coluna torácica de encontro ao Deixe a coxa voltar à posição de saída
encosto da cadeira e evite movimentá-
la O Segure a coxa em posição levantada
Estenda seu joelho ao máximo (Fig. B) e empurre-a com a mão ( contração
Movimente o tornozelo, deslocando os isométrica), pelo prazo de 5 a 10 se-
dedos em direção ao joelho (Fig. C) gundos
Não deixe que sua coluna descreva uma O Repita o movimento com a perna opos-
curvatura de convexidade posterior (veja ta
e a postura errada da figura D)
Não deixe seus dedos guiarem o movimento Repetições: _ _ __
ao apontar com o pé
O Não guie o movimento pelo lado do hálux,
e
ao apontar com o pé
O Segure uma toalha com as mãos, coloque-a
em tomo da planta do pé e puxe o pé com
as mãos, de encontro ao joelho
Não levante a coxa acima da superficie de
sustentação
Não permita que a coxa entre em rotação
interna
O Use o menos possível os músculos da região
anterior da coxa
Mantenha a posição durante 5 a 1Osegun-
dos
Volte à posição inicial
D D Ao abaixar a perna, coloque o polegar e
seus dedos lateralmente sobre a patela,
guiando-a para baixo e levemente para
dentro, enquanto volta com o joelho à D
posição inicial
Repetições: _ _ __

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1
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
CAPITULO Ü!TO

Adução do Ombro - Posição


Ortostática de Costas para a Parede
(Figs. A-C)
trapez10 Objetivos: • Mdhorar o desempenho do músculo
• Alongar o musculo grande dorsal trapézio
• Aumentar a amplitude dos movimen- • Aumentar a mobilidade do ombro
tos do ombro • Alongar o músculo peitoral maior
• Melhorar o controle dos rotadores
externos do ombro
• Melhorar o alinhamento da coluna Posiçüo inicial: Coloque-se em pé, com as costas
torácica para a parede, os calcâneos à distân-
cia aproximada de 7,5 cm em relação
Posição inicial: Coloque-se em pé, com as costas à parede e os braços suspensos ao
contra a parede e os calcanhares à
lado do corpo
distância aproximada de 7,5 cm da A B
parede; braços suspensos ao lado do
A B corpo.

de ombro e cotovelo Método: • Execute a variação depois de checar o


quadro
Método: •Coloque os cotovelos em flexão Levante os braços até a altura do om-
Traga os braços para a frente, com os bro
cotovelos voltados anteriormente Coloque os cotovelos em flexão de 90
Levante os braços acima da cabeça, es- graus
tendendo os cotovelos à medida que o Coloque seus braços, antebraços e mãos
braço se desloca para cima em contato com a parede
Procure levar as mãos e os braços de volta • Leve os braços de volta à parede, mas
contra a parede sem forçar o contato dos mesmos com
Mantenha os braços junto à cabeça a parede
Não deixe a coluna encurvar-se ou Deslize os braços pela parede acima, em
afastar-se da parede direção à cabeça
D Contraia os músculos abdominais, a fim Estenda os cotovelos enquanto seus bra-
de retificar a coluna lombar de encon- ços se dirigirem para cima da cabeça
tro à parede Coloque os braços na proximidade da
Mantenha essa posição durante 5 a 1O cabeça
segundos PARE assim que sentir dor na extremi-
D Você NÃO deve sentir dor alguma na dade superior do ombro
extremidade superior do ombro; PARE • Contraia os músculos abdominais para
o movimento antes de perceber dor estender a coluna de encontro à pare-
Respire profundamente e repita _ __ de
vezes Mantenha a posição durante 5 a 1O se-
Volte à posição inicial gundos
Volte com os braços até o nível do om-
do ombro com extensão do cotovelo bro
e Repetições: _ _ _ __
e D Método: • Execute a variação depois de checar o
quadro
Execute a variação depois de checar o
quadro
Mantenha os cotovelos em extensão
Levante os braços acima da cabeça
Mantenha as palmas das mãos viradas
para cima e depois para trás, enquanto
aproxima os braços da parede
Mantenha os braços junto à cabeça
Não afaste a coluna da parede
Mantenha a posição durante 5 a 1O se-
gundos
Volte à posição inicial
Repetições: _ _ __

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1
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
C/\PÍTULO ÜJTO

• Aumentar a amplitud~ para o:; movi- Exerc1c10s para o Musculo


mentos de flexão do ombro
• \1elhorar o desempenho do músculo (Figs. A-B)
trapézio
• Melhorar o desempenho dos rotadores
Objetivos: • Melhorar o desempenho do músculo
externos do ombro trapézio
• Aumentar a mobilidade da articulação
Posição inicial: Coloque-se em pé, com a face o mais do ombro
próximo possível da parede, os cotove- Posição inicial: Coloque-se em pé próximo à parede de
los fletidos e a face ulnar de antebraço frente a ela, os cotovelos em flexão e a
e mão voltada para a parede
A face ulnar da mão voltada para a pare-
de. Os braços devem estar em abdução
A B O Execute a variação depois de checar o quadro para os lados, com os cotovelos mais
nte para a parede próximos do corpo que as mãos

Método: Deslize a(s) mão(s) pela parede acima até l.':JlY.ltis<:tuo trapézio superior
estar( em) acima da cabeça
PARE assim que sentir dor na extremidade supe- Método: Deslize as mãos pela parede acima, até
rior do ombro colocá-las acima da cabeça, mas um pouco
O Com os braços acima da cabeça, tire-os da pare- para o lado e não diretamente para cima,
de, trazendo as escápulas em direção à coluna próximo à cabeça
vertebral Encolha os ombros assim que o braço se
O Não encolha o ombro enquanto desliza o braço encontrar no mesmo nível do ombro, en-
acima da cabeça quanto continua a deslizar as mãos pela
O Puxe as escápulas em direção à coluna e para parede acima
baixo Estando com os braços na extensão completa
O Mantenha o cotovelo voltado para a parede, possível:
enquanto movimenta o braço acima da cabeça; • Tire os braços da parede, puxando as
não deixe que ele entre em rotação externa escápulas em direção à coluna na verte-
O Coloque a mão oposta sob o cotovelo do braço bral
a ser exercitado, ou use-a para pegar o punho, • Mantenha essa posição durante 5 a 1O
ajudando a levantar o braço afetado acima da segundos
cabeça • Volte com as mãos para a parede e deslize-
O Faça uso da outra mão para impedir a rotação as de volta à posição inicial
externa do cotovelo
Volte à posição inicial B JVllllS(~UIO trapézio
pé no vão da porta Método: Deslize suas mãos, subindo a parede, até
colocá-las acima da cabeça em posição le-
Método: Coloque-se no vão da porta, o cotovelo em flexão e vemente lateral, e não diretamente voltadas
a palma da mão voltada para seu corpo e aplique para cima e próximas à cabeça
a face ulnar de sua mão contra a parede Não encolha os ombros, enquanto desliza as
Deslize a mão pela parede acima, o mais alto mãos para cima da cabeça
e possível Assim que estiver com os braços na maior
PARE assim que sentir dor na extremidade superior do extensão possível:
ombro • Tire as mãos da parede, puxando as escápu-
O Com o braço acima da cabeça, incline o corpo las em direção à coluna
contra a parede, de modo a deslocar o braço • Mantenha essa posição durante 5 a 1O
ainda mais para cima segundos
O Com o braço acima da cabeça, tire-o da parede, • Recoloque as mãos e deslize-as de volta à
puxando as escápulas em direção à coluna posição inicial
vertebral
Mantenha-se nessa posição durante 5 a 1O se- l\'lilscullo trapézio inferior
gundos
Volte a colocar as mãos na parede e deslize-as Método: Deslize as mãos pela parede acima, até a
para baixo posição acima da cabeça e ligeiramente

-~----
Volte à posição inicial
................
º ortostática, com o lado do corpo voltado
para os lados, em vez de posicioná-las di-
retamente para cima, próximas à cabeça
Evite encolher os ombros enquanto deslizar
parede as mãos parede acima
Método: Posição ortostática, com o braço a ser exercitado Estando com as mãos acima da cabeça,
junto à parede. Cotovelo em flexão, dorso da tire-as da parede, puxando as escápulas
mão voltado para a parede em direção à coluna e para baixo
Deslize o braço para cima da cabeça Mantenha essa posição durante 5 a l O se-
Mantenha essa posição durante 5 a l O segundos gundos .
Afaste-se um pouco da parede, caso sinta dor Recoloque as mãos na parede e deslize-as
Volte à posição inicial para baixo, voltando à posição inicial
Repetições: _ _ __ Repetições: _ _ __
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Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Exercícios para Corrigir as Síndromes de Disfunção dos Movimentos
- - - - - - ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - l -_ _ _ !,-- - - + - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4 7 ' 1 1 - - - -
C APÍTULO ÜITO

• Impedir que o joelho forme um arco


posterior durante a marcha
• Melhorar
externos do quadril Posição inicial: Coloque-se em pé e prepare-se para
• Reduzir a rotação interna excessiva dar um passo com a perna afetada
no quadril
• Diminuir o estresse que a rotação
interna excessiva exerce sobre a arti-
culação do joelho
B Método: Durante a marcha, ao posicionar seu corpo
• Diminuir o estresse que a rotação
acima do joelho, desloque-se em dire-
interna provoca no arco do pé
ção ao dedo do pé e levante o calcâneo,
• Diminuir o estresse que o excesso de
contraindo os músculos da panturrilha
rotação interna impõe ao hálux
(Fig. A)
Não deixe que seu joelho entre em flexão
B Posição inicial: Posição ortostática, preparado a dar posterior (provavelmente, você terá a
A
um passo com a perna afetada sensação de ele estar fletido) (veja na
figura B a posição errada)
Relaxe os músculos da panturrilha e do
joelho no momento em que os dedos
se desprendem do solo
Técnica: • Execute a variante depois de checar o Repita a cada passo
quadro Repetições: _____
Durante a marcha, no momento do choque
de calcanhar, contraia a musculatura
glútea para evitar a rotação do joelho,
obrigando-o a ficar voltado diretamente
para a frente, enquanto se sustenta sobre
a perna
Contraia vigorosamente a musculatura
glútea no momento de trazer o peso do
corpo por cima da perna
Não permita que o joelho entre em rotação Posiçào inicial: Coloque-se cm pé, com os pés con-
interna (veja a postura errada na Fig. fortavelmente separados. Coloque-se
B) com a ponta do pé sobre a beira de
Certifique-se de que seu joelho está ali- um degrau. Permaneça com a ponta
nhado com o segundo dedo, e não com do pé sobre a beira do degrau, mas
a face interna do hálux, enquanto você com um suporte sob os calcâneos,
continua a trazer seu corpo para a frente de modo que estes se encontrem em
sobre o pé nível mais baixo que a ponta do pé
O Não permita o aplainamento do pé no
momento de trazer o corpo por cima
do pé
O Procure contrair a musculatura do pé, a Método: • Execute a variante depois de checar o
fim de evitar o seu aplainamento quadro
Relaxe os músculos glúteos depois de Levante os calcâneos para apoiar-se sobe
seu corpo estar acima do pé, e este se a região metatarsiana do pé
desprende do solo Levante-se o mais que puder
Repita esse movimento a cada passo Mantenha essa posição durante 5 a 1O
segundos
Repetições: _ _ __ Volte à posição inicial
O Levante um pé do chão, fletindo o joe-
lho
A B e O Nesta posição com apoio sobre uma só
perna, levante o calcâneo através da
contração dos músculos da pantur-
rilha, de modo a se apoiar sobre as
cabeças dos ossos metatarsianos
O Mantenha-se durante 5 a 1O segundos
nessa posição
Volte à posição inicial

Repetições: ____ com cada perna

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~ ~
A Alongamento
Abordagem baseada no sistema, 6 passivo, efeitos, 26. Veja também os exercícios especí-
Acetábulo, 15 ficos
Acidente vascular cerebral, 11 prolongado, efeitos do, 23
Ações musculares Amplitude dos movimentos, 58
dos músculos da face posterior da perna sobre o joelho Anatomia patológica, implicações para o :fisioterapeuta,
e tornozelo, 140 76
dos músculos posteriores sobre a articulação do qua- Anel do disco, 62
dril, 137-138 Ângulo de
sobre a pelve, 136 inclinação, 127, 129/
Acrômio, úmero adiante do, 200/ torção, 125
Actina, 17 Anteversão, 125, 127/
Aderências, 6 Aparelho de movimento, focalização, 2-3
Adução do ombro, 25/ Articulação
Adutor acromioclavicular, dor, 218
curto, 138 do joelho
longo, 138 deformidades em valgismo e varismo, 130/
Alinhamento, 3, 146t hiperextensão, 129
da coluna, variações, 80/ no alinhamento normal do quadril, 129-134
da escápula, 219t plano frontal, 129-134
normal, 195-198 plano sagital, 129
exame das variações anatômicas e das anomalias ad- teste da, 321
quiridas, 82-84 escapulotorácica, 13/
exames da metade superior do corpo, 328-332 esternoclavicular, dor na, 218
lombopélvico, 52, 54[ glenoumeral, 13/
na hipermobilidade da cabeça do fêmur para os movi- rigidez da porção posterior da cápsula,
mentos acessórios, 166t 216/
na hipomobilidade da cabeça do fêmur com desliza- hipomobilidade, 260-261
mento para cima, 169 lombossacral, 61
na( s) síndrome( s) de metatarsofalangianas (MF), 142
abdução da escápula, 226 movimentos acessórios, 44-45
da escápula alada, 228 vara, 44[
deslizamento da cabeça do úmero para cima, 234- Artrocinemática, 6, 44, 45
235 Assimetria
deslizamento lateral da cabeça do fêmur com tração da amplitude para a rotação interna, 127
sobre o eixo curto, 171 t da coluna lombar, 62
extensão do quadril, 161 t da coluna, exame, 82
hipomobilidade do úmero, 241 da crista ilíaca, 124[
normal Atrofia, 16, 17/, 18-19
do úmero, 198-199
dos ombros, 194-195 B
teste(s) Balanço, exame do movimento, 81
durante os movimentos em posição ortostática, 320- em posição genupeitoral, 390-391
321 para diante, teste da metade superior, 354
em posição genupeitoral, 304-308, 304{ para trás em direção aos calcâneos, testes para a meta-
sentada, 3 1O de superior, 352-354
para a metade superior, 350-352 teste do balanço
para o, 264-268 para diante, 308

Os números de páginas seguidos porfindicam figuras; quando seguidos por t, referem-se a tabelas.

~i,
"\~
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Índice

para trás em direção aos calcâneos, 308 exame, 53/ lista de checagem, 362-366 E
Bíceps femoral, 139/ movimentos, 57-74 testes em decúbito ventral, 344-350 Efeitos estáticos da força de gravidade, 42-44
Biomecânica, 42 compressão, 63-64 de movimentos, 15 EIAS. Veja: Espinha ilíaca ântero-superior
BIT. Veja: Banda iliotibial extensão da coluna lombar, 60-61 da metade inferior, 264-327 EIPS. Veja: Espinha ilíaca superior posterior
Braços e alinhamento da escápula flexão, 58-60,63,64:f dos movimentos em posição ortostática, 268-274 Eixo de rotação instantânea (ERI), 58/, 59/
retomo após flexão, 60 em decúbito dorsal, 274-292 Elementos biomecânicos, anomalias dos, 41-46
e rotação, 61-63 em decúbito lateral, 292-296 aplicações do modelo cinesiopatológico à disfunção
Capsulite adesiva, 234 trajetória do centro instantâneo de rotação (PCIR), em posição genupeitoral, 304-31 O da articulação patelofemoral, 46
Carpo, flexão durante a extensão dos dedos, 40,4 lf 57-58 em posição ortostática, 264-268, 316-317 cinemática e anomalias funcionais das articulações, 45-46
Centro de rotação instantânea (CIR), 12 translação, 63 em posição sentada, 310-315 dinâmica: relação entre o movimento e as forças que o
Charlie Chaplin, marcha de, 125 osteoartrite, 74, 76 exame das metades superior e inferior do corpo produzem, 44-45
Ciática, 42, 158,199,219,226,228 síndromes de disfunção dos movimentos, 51-119. Veja para, 263-366 estática: efeitos da gravidade, 42-44
Ciclismo, conseqüência do, 13 também as diversas síndromes marcha, testes para a, 318-3 19 Elementos de suporte, deficiência dos, 47-48
Ciclistas e hipermobilidade para os movimentos acessó- teste, 322 na síndrome de extensão da coluna lombar, 89-90 Eletromiografia: músculos abdominais e bíceps femorais,
rios do fêmur, 167 Compressão, 108 testes em decúbito ventral, 296-304 36, 38/
Cifose torácica, 82,199,205,219,226, 196/ da coluna lombar, 63-64 de músculos e movimentos, 143-144 Elevação da perna em extensão, 37
Cinemática, 42, 44-45, 46 do tendão dom. supra-espinhoso, 215/ dos elementos biomecânicos. Veja: Biomecânica, de- Elevação da perna estendida, exame, 78
Cinesiopatologia, 1O Contração ficiências dos elementos a partir da flexão de quadril e joelho,
Cinética, 44 excêntrica, tipos de, 40-41 Deficiências, 1O com quadril e joelho opostos em flexão máxima, 406
Cintura escapular isométrica, 70 de músculos e movimentos, 143-144 em posição sentada, 393-395
ação dos músculos, 206-216 Coxa vara, 127 do alinhamento do ombro, 195, 195/ extensão de quadril e joelho
escapuloumerais, 212-216 Craig, teste de, 126, 128/ Depressão da escápula, 213/ extensão do joelho e flexão dorsal do tornozelo, 440
toracoescapulares, 206-211 Curvatura lombar, 52, 54:f. Veja também: Coluna lombar, Desequilíbrio no controle da articulação, 143t flexão do quadril, 441
toracoumerais, 211-212 síndromes de disfunção dos movimentos Desfiladeiro torácico ou encarcerção de nervos, 218. Veja flexão de quadril e joelho
alinhamento normal e defeituoso de também: Síndrome do desfiladeiro torácico a partir da extensão passiva e ativa de quadril e joe-
coluna torácica, 199 D Deslizamento na articulação do quadril, 135 lho, 408
escápula, 195-198 Decúbito dorsal Diagnóstico com deslizamento do calcâneo a partir da extensão
ombros, 194-195 exercícios corretivos em, 371-382 diferencial em fisioterapia, 76 de quadril e joelho, 409
úmero, 198-199 teste do desempenho dos músculos abdominais bai- e tratamento, elemento-chave para, 15 flexão do ombro para desencadear a atividade dos mús-
movimentos, 199-206 xos, oblíquo externo e reto abdominal, 280-282, Dinâmica, 42 culos extensores da coluna, 434
músculos da, 208/ 280/ relação entre o movimento e as forças que o produzem, rotação do ombro, 43
padrões de movimentos, 201-206 testes em, 274-292, 321-322, 363-364 44-45 flexão do ombro
síndromes de disfunção dos movimentos abdução/rotação externa do quadril com flexão, Diplegia espástica, 144 elevação com o cotovelo em extensão e alongamen-
ações musculares sobre a cintura escapular, 206-216 288-290, 288/ to do músculo grande dorsal, 419
Discos intervertebrais
alinhamento normal da cintura escapular, 194-199 dos dois joelhos contra o peito, 274, 274:f elevação com o cotovelo em flexão, 420
anéis, 62
da escápula, 216-230 exame do comprimento dos flexores do quadril, flexão lateral com flexão da coluna para o lado, 404
degeneração, 61
do úmero, 231-244 276-278, 276/ flexão para diante
doença degenerativa, 74, 75-76
e movimentos da cintura escapular, 199-206 flexão unilateral de quadril e joelho (um só joelho flexão plantar do tornozelo, 44 7
hérnia, 74, 76, 77/
Classificação, necessidade de, 7-8 contra o peito), 290-292, 290/ abdução do quadril, 432
Disfunção da
Clavícula, 21 O passagem da flexão do tronco para a posição senta- decúbito ventral
articulação sacroilíaca, 107-108
Coluna da, 282-284, 282/ extensão de quadril e joelho em flexão, 431
coluna, etiologia, 51
doenças degenerativas, 74. Veja também: Síndrome de teste da elevação da perna em extensão, 284-286, extensão de quadril e joelho, 430
Distensão
rotação-extensão da coluna lombar, com ou sem 284:f rotação do quadril, 429
aumento do comprimento_ do músculo devido a, 20-
irradiação dos sintomas teste dom. iliopsoas, 286-288 flexão/abdução do ombro, 420
23, 21/ isométricos
lombar. Veja: Síndromes de disfunção dos movimentos testes em, 77-78 dos músculos toracoescapulares à direita, 22/
da coluna lombar torácica reta (retificada), 199 Decúbito lateral, testes em, 292-296, 323 com extensão de quadril e joelho, 412
e diminuição da força muscular, 19 com flexão bilateral de quadril e joelho, 413
torácica, alinhamento, 199 abdução/rotação externa do quadril, 292-296, 292/ Doença, fase aguda, 1
vertebral adução do quadril, 296 com flexão de quadril e joelho e o pé oposto sem
Dor localizada, termos geralmente usados para descrevê- apoio, 411
forma da, 52/ posição, 292
la, 5 contração do músculo glúteo máximo, 433
síndromes de disfunção dos movimentos, 45 Decúbito ventral, teste para exame em, 80-81
Dor osteomuscular. Veja também: Síndrome de dor rotação externa do quadril, quadris em abdução e
torácica, 199 Dedos em martelo, 141
osteomuscular joelhos em flexão, 433
Coluna lombar Deficiências
Dorso. Veja: Coluna lombar segurando quadril e joelho contra o peito, durante
ações musculares da, 65-74 da metade superior, 328-366
Músculos superficiais do, 65/, 66/ Veja também: Mús- a flexão do quadril, 410
em posição ortostática, 52-54, 52/, 53/, 54/, 55f em decúbito dorsal, 338-344
culos específicos seqüência abdominal baixa
em posição sentada, 54-57 em pé, de costas para a parede, 3 60
DSM. Veja: Suscetibilidade à direção do movimento marcha
musculatura do dorso, 65-69 em pé, defronte à parede, 356-360
Dupla de forças na escápula, 207f controle da rotação interna de quadril e joelho, 446
músculos abdominais, 69-73 em posição genupeitoral, 350-354
alinhamento normal da coluna lombar, 52-57 em posição ortostática, 328-338
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Índice

evitando a hiperextensão do joelho, 447 Estenose do canal vertebral, 74-75 rotação do ombro, 389-390 Flexões do tronco, 71, 72, 73/
nas síndromes de disfunção dos movimentos, 401-44 7 Estresse, resposta do tecido ao, 46f rotação externa isométrica do quadril com os qua- Força(s)
nos exercícios corretivos, 378 necessidade, 3 dris em abdução e os joelhos em flexão, 387-388 aumento devido à hipertrofia, 19
para melhorar a função dos músculos abdominais, 69- Exame das disfunções de movimentos das metades inferior e seqüência de exercícios para o músculo trapézio, deficiências, 16-19
71, 72-73 superior no corpo, 263-366. Veja também: Disfunções 388-389 estáticas que influenciam a postura, 42-44, 42/ Veja
posição genupeitoral de movimentos, exame das metades superior e inferior. em pé de costas para a parede também: Gravidade, sua ação sobre o uso dos múscu-
balanço, 437 Exame de imagem por ressonância magnética (RNM), abdução do ombro, 443 los
flexão e extensão de cabeça e coluna cervical, 439 107 flexão do ombro, 442 muscular, 16
movimento dos membros, 438 do ombro, 214-215 em pé defronte à parede reduzida, 17-19
posição sentada Exame manual dos músculos (EMM), 155 abdução do ombro: exercícios para o m. trapézio, Fossa glenóide, movimentos, 206
rotação do ombro/adução horizontal em decúbito dorsal, Exame, roteiro de, 4 445 Fraqueza
422 Exercícios corretivos, 4-5, 367-400 flexão do ombro, 444 alongamento exagerado, 19
rotação externa do quadril abdução do ombro com redução da ação da gravidade, em posição genupeitoral, 390-393 apresentação de caso, 20
flexão do ombro com rotação externa e adução da 421 em posição ortostática, 368-370, 395-398 conseqüência, 1
escápula, 427 abdução do ombro com rotação externa, 380-381 seqüência abdominal baixa muscular, etiologia, 17
posição de apoio sobre uma só perna com flexão abdução do quadril com rotação externa, a partir da com flexão unilateral do quadril, 409 Função articular, cinemática e deficiência, 45-46
unilateral de quadril e joelho, 405 posição de flexão Exercícios, seu papel na atrofia muscular, 18
seqüência de exercícios abdominais baixos, 373-375 de joelho em extensão, 416 Extensão G
seqüência de exercícios para o músculo trapézio, 435 flexão de joelho, 415 do quadril, 124 GPM. Veja: Músculo glúteo médio posterior
teste, 284-286, 284{ alongamento do músculo peitoral menor, 382,423 normal da coluna lombar e anomalias, 60-61 Gravidade, efeitos sobre o uso dos músculos, 42-44
EMG. Veja: Eletromiografia alongamento dos flexores biarticulares do quadril, 419 teste da extensão da coluna lombar, 321
EMM. Veja: Exame manual dos músculos alongamento dos :flexores do quadril, 371, 378-379 Extensor longo dos dedos, 141, 142f
H
Encarceração, 6 alongamento dos músculos grande dorsal e escapulou- Hálux valgo e pé em pronação, 370
EPE. Veja: Teste de elevação da perna em extensão merais, 379-380 F Hemiparesia, 11
Equilíbrio do sistema de movimento (MSB), conceito de, 3 com flexão do quadril e coluna lombar retificada, 403 Facetas, síndromes das, 74 Hemiplegia, 144
ERI. Veja: Eixo de rotação instantânea com flexão de coluna e quadris, 40 Fasciíte da banda iliotibial, 154 Hérnia de disco intervertebral, 74, 76, 77f
Escalada degraus, teste de exame durante a, 84 decúbito lateral Fase de recuperação, 1 Hiperextensão
Escápula abdução do quadril com ou sem rotação externa, Feixe iliotibial (FIT), 131 da articulação do joelho, 129
abdução excessiva, 202/, 225f 425 Fêmur, 15 decorrente da ginástica, 61
adução, 196/, 209-21 O adução do quadril para melhorar a força, 426 Fibras musculares, fatores que afetam as, 16 Hipermobilidade da cabeça do fêmur para os movimentos
alada e inclinada, 252-253 elevação da perna em extensão Fisioterapia, evolução da, 1 acessórios, 166-168
alinhamento normal e defeituoso, 195-198 flexão do quadril com extensão do joelho, 417 crescimento futuro da profissão, 3 apresentação de caso, 167-168
bursite, 225 seqüência abdominal alta com passagem da flexão Flexão Hipermobilidade da coluna lombossacral, 74
depressão, 248-249 do tronco para a posição sentada, 414 bilateral de quadris e joelhos (posição parcial de cóco- Hipertrofia, 16, 17/, 19, 29
elevação, 208f em decúbito dorsal, 371-382 ras), 268-270
em abdução e rotação do úmero, 215f alongamento do músculo glúteo máximo, 372 da coluna lombar, normal e deficiente, 58-60 I
em rotação para baixo, 2 l 9t controle da pelve durante os movimentos dos mem- do ombro, 202/, 209f210f Iliopsoas, 26, 68-69, 68/, 135, 136
rotação insuficiente, 220f bros inferiores, 371-372 excessiva, 212f teste, 286-288
síndromes de disfunção dos movimentos, 216-244 controle da rotação da pelve com o membro inferior do quadril, 124 Impactação, 6
abdução, 250-251 em abdução/rotação externa, 377-378 glenoumeral, 220/ síndrome de, 234, 235f
adução,23 elevação da perna em extensão, 3 78 e extensão da coluna cervical nos exercícios corretivos, dos ombros, 213,216
alada, 198f flexão de quadril e joelho, deslizamento do cal- 392-393 Inclinação
em asa 41/, 203, 204{ canhar a partir da extensão de quadril e joelho, 372 lateral, exame, 76 ângulo de, 127, 129/
inclinação, 197f passagem da flexão do tronco para a posição sentada na articulação do quadril, 125 da escápula, 252-253
relação entre alinhamento e movimento, 216-217 (seqüência abdominal baixa), 376-377 norn1al e deficiente, 63, 64{ da pelve, 134
síndrome da escápula alada, 228-230, 229f rotação do ombro, 381-382 unilateral de quadril e joelho (um só joelho contra o exame, 122, 123f
síndrome de abdução da escápula, 225-228 em decúbito lateral, 382-385 peito), teste de, 290-292, 290/ lateral. Veja: Flexão lateral
síndrome de depressão da escápula, 223-225 em decúbito ventral, 385-393 Flexão do tronco para a posição sentada nos exercícios deficiente, 78/
síndrome de rotação da escápula para baixo, 217- marcha, 398-399 corretivos, 376-377 nos exercícios corretivos, 369
222 em decúbito lateral, 382-385 Flexão (inclinação) para diante teste, 272, 320-321
síndrome escapular, critérios diagnósticos, 217 flexão do joelho, 428 alinhamento na, 6lf Veja também: coluna lombar, mo- Infra-espinhoso, músculo, 215
tendinopatia, 225 em decúbito ventral, 385-390 vimento de flexão Instabilidade da coluna, 74, 75
terminologia dos movimentos, 199, 201 abdução do quadril, 387 enrolada, no exercício corretivo, 369 Intertransversais, 67
Escapular axial, 209 ativação dos músculos extensores da coluna, 388-389 exame, 76 Intervertebrais, 67
Escapuloumeral, 212-216 contração isométrica do músculo glúteo máximo, no exercício corretivo, 368
Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS), 52,122 388 Flexibilidade J
Espinha ilíaca posterior superior (EIPS), 52, 122 extensão do quadril, 387 e rigidez, deficiências decorrentes da, 90 Joelho(s) Veja também: Articulação do joelho
Espondilolistese, 64, 74, 75 flexão do joelho, 385-387 compensatória relativa, 30-31 arqueado, 42, 134
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos Índice

valgo, 125, 132/, 370 ósseo: variações anatômicas do alinhamento das esquelético, estrutura, 17 inferiores, 373-375
varo, 44, 129, 130/, 131/, 370 articulações durante, 34-46 esternoclidomastóide, 5 8 sinergético
em X. Veja: Joelho valgo da coluna lombar, 57-74 exame manual, 1, 2 sóleo, 140, 142
flexão normal, 46/ de repetição, 13 fraqueza, etiologia, 17 subescapular, 215
flexão, exame da, 80 efeitos cumulativos, 12 externo oblíquo, 69-71, 70/, 135 hipertrofia, 198
teste 298, 298/ deficiências múltiplas dos componentes do movimen- flexor supra-espinhoso, 214
hiperextensão, 43, 122, 43/, 123/ to, 47 curto dos dedos, 143/ tensor da grande fáscia (TFL), 15, 28, 63
músculos anteriores afetando quadril e, 138 disfunções da coluna lombossacral, 76-82 gastrocnêmio, 140 terceiro peroneal, 142
músculos posteriores afetando quadril e, 139-141 e relação com as forças que o produzem, 44-45 longo dos dedos, 142 tibial anterior, 140, 141, 142/
prevenção da hiperextensão pelo exercício corretivo, modelo(s) Veja os diversos modelos flexores do quadril, exame do comprimento, 77-78 tibial posterior, 142
399 cinesiológico, 9-1 O alongamento nos exercícios corretivos, 3 71, 3 78-3 79 toracoumerais, 211-212
rotação interna e controle do quadril no exercício cor- cinesiopatológico, 4, 1O-16 avaliação, 28 distensão, 22/
retivo, 398-399 músculos sinergéticos, 143 em decúbito dorsal, 321 transversal do abdome, 35, 73, 135
tornozelo, músculos posteriores da perna que afetam, Músculo(s) teste, 276-278, 276/ trapézio, 207
140 abdominais testes do quadrante superior, 348-350
tipo de estratégia, 144
extensão do ação dos, 69-73 seqüência de exercícios para 388-389
gêmeos superior e inferior, 138
exame, 82 baixos ( oblíquos externo e reto do abdome), de- trapézio, dominância do terço superior, 35-36
glúteo médio, 138
flexão dorsal do tornozelo nos exercícios sempenho, 280-282, 282/ grande adutor, 138
corretivos, 393-394 encurtamento, 61 grande dorsal, 31, 65, 211 N
alongamento devido à adaptação anatômica - acrésci- e alongamento dos músculos escapuloumerais, NUSTEP, conferência, 2
L mo de sarcômeros, 23-26 379-380
Lesão(ões) alterações dissociadas do comprimento, 28 exame do comprimento, 212/ o
decorrentes do uso repetitivo, 5 atrofia, sua importância clínica, 18-19 Obesidade e tórax amplo, 219
intermediário, 138
em alça de balde, 225 bíceps femorais, 26, 139/ Oblíquo interno, músculo, 71-72, 135
vasto externo, 138
Lordose lombar, 82, 90 alongamento, 124 Ombro
vasto interno oblíquo (VMO), 46, 138
avaliação, 28 abdução do
máximo, 15, 16, 137
M distensão, 164 nos exercícios corretivos, 396, 398
alongamento no exercício corretivo, 371-372
Manguito dos rotadores, 205/, 212 dominância sobre os músculos abdominais, 36-37, com rotação externa, 380-381
contração isométrica no exercício corretivo, 388
ruptura do, 218, 234 37/ testes do quadrante superior, 336-338
médio, porção posterior, 125, 134
tendinopatia ou impactação, 218 bíceps femorais, interação com os músculos abdomi- alinhamento normal e defeituoso, 194-195
mínimo, 138
Marcha nais, 36 em abdução para diante, 197/
multífido, 35, 67
antálgica, 130 bíceps femoral, dominância sobre o músculos abdo- exame de ressonância magnética, 214-215
obturadores interno e externo, 138
exame da, 82 minais, 36-37, 37/ extensão, exames do quadrante superior, 334-335
pectíneo, 13 8
exercícios corretivos durante, 398-399 desequilíbrio em relação ao comprimento, 28t flexão, 209-21 Of
cintura pelviana, movimentos, 134
mudanças nas estratégias musculares durante, 35 exemplos, 37-39 até 180 graus, exame, 78
peitoral maior, 211, 212/
normal, 26 mudança da dominância nos padrões de solicita- exame, 81
peitoral menor, 21 O
testes para o exame durante, 82, 84 ção, 35-39 exames do quadrante superior, 340-342, 354
alongamento, 382
testes, 318-319 terço superior do trapézio, dominância do 35-36 nos exercícios corretivos, 395-398
comprimento, teste para, 338-340
Martelo, dedos em, 141 comprimento, 19-34 rotação externa e adução da escápula nos exercí-
encurtamento, 210, 211/
Membros, movimentos na posição genupeitoral, 391-392 anomalias, adaptação anatômica do comprimento, 23/ cios corretivos, 384-385
pontos de inserção, 21 O/
Metade inferior, roteiro de exame, 320-328 aumento do comprimento devido à distensão, 20-23 teste da, 310, 310/
peroneal curto, 142
MF. Veja: Articulações metatarsofalangianas devido à adaptação anatômica, 23-26 rebaixado, 223/
peroneal longo, 142 rígido (congelado), 241
Microtrauma, 3, 5 desempenho fraco, 15
piriforme, 15, 16, 138 rotação externa, testes do quadrante superior, 346-348,
Mielomeningocele, 144 dissociação das mudanças de comprimento em
quadrado lombar, 67-68, 136
Miosina, 17 músculos sinergéticos, 28 346/
quadríceps femoral, 138 rotação interna, 258-259
Mobilidade articular, e partes moles, rigidez de, 28-33, 33/
redondo maior, 216 Optotrak, 18/
avaliação, 2 encurtamento devido à adaptação anatômica; per-
redondo menor, 215 Origem do sintoma e restrição do uso, 6
cinesiológico do movimento, 9-1 O, 1O/ da de sarcômeros, 26-28
relação entre comprimento e tensão, 24/ Osteoartrite da coluna lombar, 74, 76
cinesiopatológico aplicado à disfunção da articulação :flexibilidade relativa compensatória, 30-31
elevador da escápula, 207
patelofemoral fraqueza decorrente do alongamento exagerado, 19 Osteocinemática, 45
reto abdominal, 69, 73, 135, 136/ Osteoporose, 368
cinesiopatológico do movimento, 4, 14/, 12-16, 12/ mecanismos de alongamento, 19
reto femoral, 31, 137, 138, 139/
Movimento contractilidade, fatores que afetam, 16
rombóide, 208
como causa responsável pelas síndromes dolorosas, 3-4 da profundidade da panturrilha, 141
teste de dominância do, 205, 206!, 350 p
componentes; deficiências múltiplas, 4 7, 48/ deltóide, 212 Padrões
sartório, 13 7
conceitos e princípios, 9-50 contração ineficaz do, 214[ de recrutamento, modificação, 35
semimembranoso, 139
deficiências dos elementos básicos do aparelho encurtamento devido à adaptação anatômica - perda de movimentos da cintura escapular, 201-206
semitendinoso, 139
muscular, 16-33 de sarcômeros, 26-28 PCIR. Veja: Trajetória do centro instantâneo de rotação
serrátil anterior, 23, 208
deficiências dos elementos básicos do sistema eretor da coluna, 65-67, 136 Pé
seqüência progressiva para os músculos abdominais
Índice
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disjunção dos Movimentos

em pronação e hálux valgo, 370 310-313, 310/ tratamento, 162 teste da rotação em posição sentada, 314
músculos laterais da perna que afetam o, 142 passagem para a posição ortostática, testes para unilateral, 124 rotação, 135
músculos que se inserem no, 143-144 articulação do abdução/rotação externa a partir da flexão, exame,
exame durante, 84
rígido, 43/ ângulo da, 122 78
teste de flexão do quadril, 314, 314[
Pelve apresentação de caso, 165-166 com flexão do quadril, 288-290, 288f
testes de exame durante, 82, 84
abdução, 135 exame, 124-128 teste da, 292-296, 292/
testes em, 310-315, 325-326
alinhamento defeituoso, 55/ movimentos acessórios, 135 adução,370
alinhamento, 31 O
controle durante os movimentos dos exercícios corre- músculos anteriores da, 13 6-13 7 exame, 78-79
extensão do joelho e flexão dorsal do tornozelo, síndrome de, 154-161, 180-181, 182-183
tivos com o membro inferior, 371 rotação externa
310-313, 310/ apresentação de casos, 156-161
e músculos de quadris e coxa, 137/ exame, 78
flexão do quadril, 314, 314[ provas para confirmação, 155
femininas, variantes, 123 nos exercícios corretivos, 382-383
inclinação exagerada, 39-40, 40/ rotação do quadril, 314 com e sem rotação externa, 383-384
rotação interna exagerada, 3 70
músculos da parede anterior do tronco que afetam, Postura teste, 298-300, 298/ com inclinação simultânea da pelve para o lado, exa-
135-136 hábitos de, correção da, 91 síndrome de rotação externa, 164-166, 190 me, 78
músculos posteriores que afetam, 136 inclinada para trás, 37, 137, 139/ teste da rotação externa, 300, 300/ nos exercícios corretivos, 3 81
no alinhamento normal do quadril, 122-124 modificações, 42/, 43/ teste, 321 síndromes de disfunção dos movimentos, 121-191
testes, 321 prolongada, 13 controle do, e rotação interna do joelho, no exercício ações musculares, 135-144
Perna, músculos dianteiros que afetam o tornozelo, 140- Prova corretivo, 398-399 alinhamento normal do quadril, 121-134
142 da flexão para diante, 270-272, 320 disfunções de movimentos, 155 deficiências específicas, 144-17 5
traseiros que afetam joelho e tornozelo, 140 joelhos-peito, 274, 274/, 321 hipomobilidade da cabeça do femur com desliza- freqüência, 122t
Pernas arqueadas. Veja: Joelho varo mento para cima, 168-171 movimentos do quadril, 134-135
Pescoço, dor no, 218 provas de adução, 296 síndrome de adução do quadril, 154-161
Poliomielite, 1
Q síndrome de deslizamento lateral da cabeça do femur síndrome de deslizamento da cabeça do femur para
Quadril
Posição com tração sobre o eixo curto, 171-174 diante, 144-151
ações musculares, 135-144 síndrome de extensão de quadril e joelho, 161-164
em pé com apoio sobre uma só perna, teste em, 77, com rotação externa, 151-154
deficiências musculares e de movimentos, 143-144 e joelho, músculo que afetam, 138
270,321
nos exercícios corretivos, 369-370 dos músculos anteriores da perna sobre o tornozelo, flexão
140-142
R
exame dos efeitos da, 81, 82 ativa, exame, 78 Região lombossacral, síndromes de disfunção dos
em decúbito ventral, 296 dos músculos anteriores do tronco sobre a pelve, 135- diminuição da amplitude de flexão em posição de movimentos, 74-107
lateral, 292 136 pé,370 compressão, 108
teste, 264 dos músculos anteriores sobre a articulação do qua- em decúbito dorsal, 372 disfunção sacroilíaca, 107-108
genupeitoral, 365-366 dril, 136-137 em extensão e joelho em flexão rotação-flexão da coluna lombar, 98-103
exercícios corretivos, 390-393 dos músculos anteriores sobre quadril e joelho, 138 nos exercícios corretivos, 387 síndrome de extensão da coluna lombar, 88-93
testes para exame em, 81 dos músculos da face lateral da perna sobre o pé, 142 teste, 302-304, 302/ flexão da coluna lombar, 103-107
ortostática, alinhamento normal e defeituoso da colu- dos músculos da face posterior da perna sobre o pé, extensão com rotação interna, 186 rotação da coluna lombar, 93-98
na lombar durante, 52-54, 52/, 53/, 54/, 5 142 flexão, 134 rotação/extensão da coluna lombar, com ou sem-
apoio sobre uma perna só, 270 dos músculos medianos sobre o quadril, 138 com o joelho em extensão, exame, 78 irradiação da dor, 74-88
de costas contra a parede, testes, 360 músculos que se inserem no pé, 143-144 exame, 79/, 82/ Retomo consecutivo à flexão para diante, 272
defronte à parede, no exame do quadrante superior, extensão em decúbito ventral, 16/
alinhamento normal, 122-134 Retroversão (retrotorção), 125
356-360, 356/, 358/ hipermobilidade para os movimentos acessórios da ca-
articulação do quadril, 123-129 Rigidez, 28-33, 30/, 33f
exercícios corretivos em, 368-370 beça do fêmur, 166-168
da articulação do joelho em, 129-134 da coluna lombar, 61, 63
flexão bilateral de quadril e joelho (posição parcial anomalias musculares e dos padrões de solicitação,
anteversão, 34, 34[ importância clínica, 32
de cócoras), 268-270 155
extensão, 134 variações anatômicas decorrentes de, 33f
flexão lateral, 272 com rotação interna, 182-183
anomalias da força e do comprimento dos múscu- variantes, 30-31, 33/
flexão para diante, 270-272 deficiências decorrentes da flexibilidade e da rigi-
los, 162 RNM. Veja: Exame de ressonância magnética
retomo após flexão dianteira, 272 dez, 155
anomalias dos músculos e dos padrões de solici- Rolagem, testes de exame durante, 84
rotação da coluna, 274 joelho, teste de flexão em posição parcial de cócoras,
tação, 162 Rotação
testes de exames durante, 76-77, 82-83, 84 321
apresentação de caso, 162-164 da coluna lombar, 61-63
testes em, 263-268, 316-317, 320, 362-362 teste de extensão, 322
avaliação, 28, 29/ com extensão, diagnóstico e tratamento, 118-119
alinhamento, 264-268 teste de flexão, 321
com o joelho estendido, 184-185 com flexão, diagnóstico e tratamento, 116-117
de costas para a parede, 316, 316/ movimentos, 134-135
com o joelho estendido, teste, 302, 302/ lombar, normal e defeituoso, 61-63
músculos internos que afetam, 13 8
posição, 264 exame, 80-81 vertebral, teste de, 274
retroversão, 34-35, 34/, 129f
testes dos movimentos, 268-274, 320-321 síndrome de, 161-164 da escápula para baixo, 246-24 7
rotação do
sentada deficiências decorrentes da flexibilidade e da ri- da pelve, 134
exame, 80
alinhamento normal e errado da coluna lombar em, gidez, 162 exame, 123/, 124
rotação externa isométrica nos exercícios corretivos,
54-57 disfunções de movimentos, 161 deficiente, 79f
387-388 do joelho, limitação pelo exercício corretivo, 399
exercícios corretivos em, 393-395 provas para confirmação, 162
teste, 302
extensão do joelho e flexão dorsal do tornozelo, sintomas e manifestações dolorosas, 161
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos
Índice

do ombro nos exercícios corretivos, 381-382, 389- recrutamento, 172 padrões de movimentos defeituosos, 238 Solicitação
390 apresentação de caso, 172-174 sintomas, problemas dolorosos e diagnósticos asso- e flexibilidade relativa, 39-40
do quadril, 13 5 disfunções de movimentos, 171 ciados, 238-239 excessiva, 5
exame, 77, 83-84 provas para confirmação diagnóstica, 172 testes para confirmação, 238, 239/ Subluxação do úmero, 218-225
interna do ombro, testes do quadrante superior, 344, sintomas e manifestações dolorosas, 171 de rotação/extensão da coluna lombar, com ou sem Suscetibilidade à direção do movimento (DSM), 4, 44, 78,
344/ tratamento, 172
irradiação dos sintomas 121
testes do movimento em posição ortostática, 321 da cintura escapular, 193-244, Veja também: Cintura
alinhamento: variantes anatômicas e anomalias
tibiofemoral exagerada, 126/ disfunções de movimentos, 3,5-7, 145-146, 145/
adquiridas, 82-84 T
Rotadores externos, exame do comprimento, 216/ disfunções de movimentos, 89-90
apresentação de casos, 84-88 Tendão do m. supra-espinhoso, compressão, 215/
do quadril, 121-191. Veja também: Quadril,
deficiências de movimentos, 76-82
s síndromes de disfunção dos movimentos
sintomas e manifestações dolorosas, 74-76
Tendinite calcificada, 234
Tendinopatia, 194
Sarcômeros, 16 escapular, síndromes de disfunção dos movimentos
de rotação-flexão da coluna lombar, 98-103 do m. supra-espinhoso, 234
acréscimo, 23-26 de extensão da coluna lombar
alinhamento: variantes estruturais e deficiências na escápula, 225
perda de, 26-28 sintomas e manifestações dolorosas, 89, 144-145
testes confirmatórios, 14 7 adquiridas, 99 Tensor fascia lata-banda iliotibial (TFL-BIT), 128, 128/,
Seios volumosos
tratamento, 90-91, 147-148 anomalias de músculos e do tipo de solicitação, 136/
e alinhamento da escápula, 219
de extensão da coluna lombar, 88-93 99-100 alongamento do, 384
na síndrome de abdução da escápula, 226
alinhamento, 89 apresentação de casos, 100-103 Teste(s)
Seqüência de exercícios para a musculatura abdominal
baixa, 373-375 apresentação de casos, 91-93 deficiências decorrentes da rigidez ou da de flexão unilateral de quadril/joelho, 322-323
Síndrome diagnóstico e tratamento, 112-113 flexibilidade, 99 de passagem da flexão do tronco para a posição senta-
da escápula alada, 228-230, 229/ de flexão da coluna lombar, 105-111 disfunções de movimentos, 98-99 da, 282-284, 282f
de abdução das escápulas, 225-228 alinhamento, 105 provas para confirmação diagnóstica, l 00 em decúbito ventral, 296-304, 323-324, 364-365
apresentação de caso, 227-228 anomalias dos músculos e dos padrões de sintomas e manifestações dolorosas, 98 extensão de quadril e joelho, 302, 302/
deficiências musculares, 226 solicitação, l 05 tratamento, 100 extensão do quadril com o joelho em flexão, 302-
disfunções de movimentos, 225-226 apresentação de casos, 105-107 diagnóstico e tratamento, 110-111 304, 302/
sintomas, problemas dolorosos e diagnósticos deficiências decorrentes da flexibilidade e da excesso de flexibilidade, 104/ posição, 296
associados, 225 rigidez, 105 do desfiladeiro torácico, 21 O rotação externa do quadril, 300, 300/
testes para confirmação diagnóstica, 226 de hipermobilidade acessória da cabeça do fêmur, 188-189 do músculo piriforrne, 138, 154 rotação interna do quadril, 298-300, 298f
tratamento, 226-227 de rotação da coluna lombar, 93-98 dolorosas, movimentos como causa de, 3-4 em posição genupeitoral, 304-310, 324-325
de depressão da escápula, 223-225 alinhamento, 93 osteomuscular dolorosa (MPS), 26 alinhamento, 304-308, 304f
apresentação de caso, 224-225 anomalias musculares e da solicitação, 95 abordagens terapêuticas, 6-7 balanço para diante, 308
tratamento, 224 apresentação de casos, 95-98 diagnóstico e tratamento, 5-6 balanço para trás em direção aos calcâneos, 308
de deslizamento dianteiro da cabeça do fêmur, 144-151, deficiências decorrentes da rigidez ou da flexibilidade estruturas afetadas, 6 flexão do ombro, 31 O, 31 O/
176-177 94-95 identificação da causa versus tratamento Testes. Veja: Exames das disfunções de movimentos dos
anomalias decorrentes da rigidez e da flexibilidade diagnóstico e tratamento, 114-115 quadrantes inferiores e superiores; Testes específicos
sintomático, 7
relativa, 146 disfunções de movimentos, 93-94 TFL. Veja: Músculo tensor da fascia lata
prevalência, 5
anomalias dos músculos e dos padrões de síndrome de rotação externa, 164-166 TFL-BIT. Veja: Tensor da fascia lata iliotibial
sintomas e manifestações dolorosas, 103
solicitação, 147 sintomas e manifestações de dor, 9 Tíbia arqueada, 129f
testes confirmatórios, 105
apresentação de casos, 148-151 sintomas e manifestações dolorosas, 154-155 Tíbia vara. Veja: Joelho varo
tratamento, 105
testes de confirmação, 9 Titina, 29
com deslizamento para cima, 168-171, 186-18 7 Sinovite das articulações das facetas, 74
anomalias decorrentes da rigidez e da flexibilida- tratamento, 155-156 Tixotropismo, 29
Sistema(s)
de, 169 tratamento, 95 Tórax amplo na síndrome de abdução da escápula, 226
muscular, deficiências de elementos básicos, 16-33
anomalias dos músculos e dos padrões de solici- de rotação inferior da escápula, 217-222, 234 Torção
comprimento dos músculos, 19-33 ângulo de, 125
tação, 169 apresentação de caso, 222-223
força e deficiência de, 16- 19 da tíbia, 131, 132/, 133/, 134/
apresentação de caso, 170-171 deficiências decorrentes da flexibilidade relativa e
nervoso central, disfunção do, 2 testes de, 127
disfunções de movimentos, 170 da rigidez, 219
nervoso, deficiências dos elementos modulares, 35-41 Tornozelo, flexão dorsal e extensão do joelho nos exercí-
provas confirmatórias, 169 deficiências musculares, 219-221
alteração da dominância nos padrões de solicitação cios corretivos, 393-394
sintomas e manifestações dolorosas, 170 sintomas, problemas e diagnósticos associados,
de músculos sinergéticos, 35-39 flexão plantar nos exercícios corretivos, 399-400
tratamento, 169-170 217-218
contração excêntrica, padrões de, 40-41 músculos da face anterior da perna que atuam sobre,
com rotação externa, 151-154 testes para confirmação, 221
mudança dos padrões de solicitação, 35 140-142
apresentação de caso, 153-154 tratamento, 221-222
papel na ativação dos músculos, 2 nas diferenças em relação ao comprimento dos mem-
com síndrome de rotação externa, 180 de rotação interna do ombro
solicitação e flexibilidade relativa, 39-40 bros inferiores, 125
tratamento, 152-153 apresentação de caso, 240
deficiências de comprimento e força dos músculos, ósseo, deficiência dos elementos básicos, variações Tração do eixo longo, 135
com síndrome de rotação interna, 178-179
238 estruturais do alinhamento das articulações, 34-35, 34/ Trajetória do centro instantâneo de rotação (PCIR), 12, 12/
com tração sobre o eixo curto, 171-174
deficiências decorrentes da rigidez ou da flexibilidade ósseo e neuromuscular periférico, disfunção, 1-2 Translação, movimento de, 63
alterações decorrentes da rigidez e da flexibilidade
172 relativa, 238 ósseo, neuromuscular e nervoso periférico, disfunção Tratamento da distensão muscular mediante ataduras, 22,22/
anomalias musculares e dos padrões de deficiências musculares, 238 dos, 1-2 Trendelenburg, prova de 155
Sociedade Americana de Fisioterapeutas, 3 Tribologia, 12
Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos

Trocanter grande, 16 testes para confirmação diagnóstica, 235-236


tratamento, 236
V rotação externa, 201/
Umeral axial, 211 rotação neutra, 199/
Úmero, síndromes de disfunção dos movimentos, 231-244
abdução com rotação interna, 201/ síndrome de deslizamento para cima, 234-237
adiante do acrômio, 200/ síndrome de deslizamento para diante, 232-234
alinhamento normal e errado, 198-199 síndrome de hipomobilidade, 241-244
deslizamento para diante, 254-255 síndrome de rotação interna do ombro, 237-240
síndrome de, 232-234 subluxação, 218-225
deslizamento para cima, 256-257 Unidades de movimentos, destruição de, 1
síndrome de hipomobilidade, 241-244
apresentação de caso, 243-244 V
síndrome de, 234-237 Vértebras, Veja: Coluna lombar
testes para confirmação diagnóstica, 241
tratamento, 241-243 w
apresentação de caso, 236-237 Wolff, lei de, 43
deficiências musculares, 235

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