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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU – UNINASSAU

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA - BACHARELADO


DISCIPLINA DE CLINÍCA MÉDICA DE CÃES E GATOS
PROFª: MsC. Tatiane Avelar

Nathali G. Ristau
Matrícula:
16022032

ESTUDO DIRIGIDO

Descreva, de forma sucinta, a etiologia, diagnóstico, tratamento e prevenção das


doenças de felinos abaixo:

1. CALICIVIROSE

Etiologia
A calicivirose é causada pelo vírus da família Caliciviridae, especificamente o
Calicivirus felino (FCV). Existem várias cepas do FCV, algumas mais virulentas do que
outras.

Diagnóstico
O diagnóstico da calicivirose em gatos geralmente é feito com base nos sintomas
clínicos e exames laboratoriais. Os sintomas incluem febre, secreção nasal e ocular,
úlceras na boca, apatia e falta de apetite. Testes de PCR ou isolamento viral podem
confirmar a presença do FCV.

Tratamento
Não há um tratamento específico para a calicivirose, então o foco é no tratamento dos
sintomas. Isso pode incluir administração de fluidos para prevenir a desidratação,
antibióticos para tratar infecções secundárias e analgésicos para aliviar a dor.
Alimentação com alimentos macios e apetitosos também é recomendada para estimular
a ingestão de alimentos.

Prevenção
A prevenção da calicivirose envolve principalmente a vacinação. Existem vacinas
disponíveis que protegem contra as cepas mais comuns do FCV. Além disso, medidas
de higiene são importantes para evitar a disseminação do vírus em populações de gatos,
incluindo a limpeza regular do ambiente e a quarentena de gatos doentes. O isolamento
de gatos infectados também é aconselhado para evitar a propagação da doença em gatis
e abrigos. É importante lembrar que a calicivirose em gatos pode variar em gravidade, e
os casos mais graves podem ser fatais, especialmente em gatos jovens ou
imunocomprometidos. Portanto, a vacinação e a atenção veterinária adequada
desempenham um papel crucial na prevenção e no manejo dessa doença.

2. HERPESVÍRUS
Etiologia
A herpesvirose felina é causada pelo FHV-1, que pertence à família Herpesviridae.
O vírus é altamente contagioso e é transmitido por contato direto com gatos infectados,
secreções oculares ou nasais, saliva e objetos contaminados. Após a infecção, o vírus
permanece latente nos gânglios nervosos dos gatos, podendo ser reativado em
momentos de estresse ou imunossupressão.

Diagnóstico
O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos característicos, como espirros, corrimento
nasal, conjuntivite, úlceras na córnea e febre. Testes de PCR e culturas virais podem ser
usados para confirmar a presença do FHV-1. Exames oftalmológicos podem ser
necessários para avaliar lesões oculares.

Tratamento
Não há cura para a herpesvirose felina, mas o tratamento visa aliviar os sintomas e
prevenir complicações. Medicamentos antivirais, como o famciclovir, podem ser
prescritos para reduzir a replicação viral. Antibióticos podem ser usados para tratar
infecções secundárias. Cuidados oculares, como a aplicação de colírios, são
frequentemente necessários para tratar lesões oculares.

Prevenção
A prevenção da herpesvirose felina é desafiadora, pois a infecção é geralmente
adquirida durante os primeiros meses de vida. A vacinação é uma medida importante. A
vacinação inicial e reforços regulares são recomendados, especialmente para gatos em
risco, como gatos jovens, idosos ou imunossuprimidos. Minimizar o estresse e manter
um ambiente limpo e saudável pode ajudar a prevenir surtos da doença. É importante
observar que a herpesvirose felina é uma condição crônica em gatos, e os surtos de
sintomas podem ocorrer ao longo da vida do animal. A gestão apropriada e o
acompanhamento veterinário são essenciais para proporcionar o melhor cuidado aos
gatos afetados.

3. FIV

Etiologia
A FIV é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV), que é da mesma família
do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) que afeta os seres humanos. A principal
via de transmissão é por meio da mordida profunda durante brigas entre gatos, embora a
transmissão sexual e a transmissão de mãe para filhote também sejam possíveis.
O vírus compromete o sistema imunológico do gato, tornando-o mais suscetível a
infecções secundárias.

Diagnóstico
O diagnóstico da FIV é realizado por meio de testes sorológicos específicos que
detectam anticorpos contra o vírus no sangue do gato. Testes positivos geralmente
requerem testes de confirmação subsequentes, pois os anticorpos podem estar presentes
em gatos que foram vacinados contra a FIV ou que tiveram exposição anterior ao vírus.

Tratamento
Não existe cura para a FIV, e o tratamento visa principalmente ao manejo dos sintomas
e à prevenção de infecções secundárias. Isso inclui cuidados de suporte, como
tratamento de infecções oportunistas, controle da dor e administração de medicamentos
imunomoduladores. Gatos com FIV devem ser mantidos em ambientes internos para
evitar a propagação do vírus e reduzir o risco de lesões em brigas.

Prevenção
A prevenção da FIV envolve a vacinação e práticas de cuidado responsável com gatos.
A vacina contra a FIV está disponível, mas seu uso deve ser considerado caso a caso,
uma vez que não protege contra todas as cepas do vírus e pode afetar os resultados dos
testes de diagnóstico. A prevenção de brigas entre gatos, mantendo-os dentro de casa ou
sob supervisão quando ao ar livre, também é fundamental para evitar a disseminação do
vírus.

4. FELV

Etiologia
A FeLV é causada pelo Vírus da Leucemia Felina, um retrovírus que enfraquece o
sistema imunológico do gato e pode levar a várias complicações de saúde. O vírus é
transmitido principalmente por meio do contato direto entre gatos, incluindo mordidas,
lambidas e compartilhamento de tigelas de comida ou caixas de areia. Gatos jovens e
imunossuprimidos são mais suscetíveis à infecção.

Diagnóstico
O diagnóstico da FeLV é realizado por meio de testes sanguíneos específicos que
detectam a presença do vírus ou suas proteínas. Os testes ELISA e PCR são comuns
para triagem e confirmação. Gatos que testam positivo para a FeLV podem ser
submetidos a testes adicionais para determinar seu status de infecção (transitório ou
permanente).

Tratamento
Não existe cura definitiva para a FeLV, e o tratamento visa controlar os sintomas e
complicações decorrentes da infecção. Isso inclui tratamento de infecções secundárias
com antibióticos, terapia de suporte para manter o gato nutrido e hidratado, e
medicamentos para estimular o sistema imunológico. Gatos FeLV positivos devem ser
mantidos em ambientes controlados, com cuidados médicos regulares.

Prevenção
A prevenção da FeLV envolve medidas importantes, como a vacinação e o
gerenciamento adequado de gatos. A vacinação contra a FeLV está disponível e é
recomendada, especialmente para gatos que têm acesso ao exterior e aqueles que vivem
em ambientes com múltiplos gatos. Reduzir o contato direto entre gatos infectados e não
infectados é fundamental para evitar a disseminação da doença. A
esterilização/castração de gatos reduz a transmissão do vírus, pois o comportamento
agressivo e territorial é um fator de risco. É importante enfatizar que a FeLV é uma
doença grave e crônica, e o tratamento bem-sucedido pode ser desafiador. Gatos FeLV
positivos requerem cuidados especiais e acompanhamento veterinário regular para
manter sua saúde e qualidade de vida. consultar um veterinário é essencial para tomar
decisões informadas sobre o manejo de gatos com FeLV.

5. MYCOPLASMA
Etiologia
A Mycoplasmose Felina é causada por várias espécies de micoplasmas, sendo a
Mycoplasma haemofelis uma das mais comuns. A transmissão ocorre principalmente
por meio da picada de pulgas ou carrapatos infectados, mas também pode ocorrer por
contato direto com sangue contaminado. Os micoplasmas afetam as células vermelhas
do sangue, levando à anemia e outros sintomas.

Diagnóstico
O diagnóstico da Mycoplasmose Felina é baseado na apresentação clínica dos gatos,
que pode incluir letargia, falta de apetite, icterícia (coloração amarelada da pele e
mucosas), e anemia. Exames laboratoriais, como hemograma e esfregaço sanguíneo,
podem revelar a presença de micoplasmas nas células vermelhas do sangue. Testes
específicos de PCR também podem ser usados para confirmar a infecção por
micoplasmas.

Tratamento
O tratamento da Mycoplasmose Felina envolve a administração de antibióticos,
como a doxiciclina, para combater a infecção. Em casos graves, pode ser necessária a
transfusão de sangue para tratar a anemia. Além disso, o tratamento de pulgas e
carrapatos no ambiente do gato é importante para prevenir reinfecções.

Prevenção
A prevenção da Mycoplasmose Felina envolve o controle de pulgas e carrapatos, que
são os principais vetores da doença. Manter o gato dentro de casa e em um ambiente
livre de parasitas é uma medida preventiva importante. A vacinação específica para
micoplasmas ainda não está amplamente disponível, portanto, a prevenção se concentra
principalmente na gestão do ambiente e no controle de vetores. A Mycoplasmose Felina
pode ser uma doença debilitante em gatos, especialmente se não for diagnosticada e
tratada precocemente. Portanto, é fundamental que os proprietários de gatos estejam
cientes dos sinais clínicos da doença e consultem um veterinário para o diagnóstico e
tratamento adequados. Além disso, medidas preventivas, como o controle de pulgas e
carrapatos, são essenciais para a saúde dos gatos.

REFERENCIAS

NELSON, Richard. Medicina Interna de Pequenos Animais. [Digite o Local da


Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 9788595156258. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156258/. Acesso em: 12
set.2023.

TAYLOR, Susan M. Clínica em Pequenos Animais. [Digite o Local da Editora]:


Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9788595158856. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158856/. Acesso em: 12
set.2023

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