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NUTRIÇÃO NO

ESPORTE
PROF.A: MONIKE MELO
CURSO NUTRIÇÃO
FASP
ATIVIDADE FÍSICA, SISTEMA IMUNE E
NUTRIÇÃO
• O Sistema imune é influenciado agudamente, e em uma
menor extensão cronicamente pelo exercício.

• Dados epidemiológicos e experimentais sugerem que o


exercício moderado aumenta a imunocompetência,
enquanto durante o treinamento intenso e após um
evento competitivo ocorre um aumento da incidência de
infecções do trato respiratório superior em atletas.
ATIVIDADE FÍSICA, SISTEMA IMUNE E
NUTRIÇÃO
•O exercício intenso e a nutrição influenciam
separadamente sobre a função imune estas influencias
parecem ser maiores quando o estresse do exercício e
uma alimentação inadequada agem sinergicamente.

•A influencia de suplementos nutricionais como


carboidratos, glutamina, zinco, vitamina C, entre outros,
sobre uma resposta imune aguda decorrente do exercício
prolongado tem sido avaliada em atletas de endurance.
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NUTRIÇÃO
• A ingestão de carboidratos apresenta os melhores
resultados em relação às alterações da resposta imune
induzidas pelo exercício. Porem, o efeito da
suplementação de carboidratos sobre a frequencia de
infecções no período de recuperação pós exercício
necessita ainda ser demonstrado.
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• A imunologia do exercício é, atualmente, uma ativa área
de pesquisa, que tem verificado os efeitos do exercício
agudo e crônico sobre as alterações em diversas
variáveis do sistema imune.

• O estudo do efeito do exercício sobre o sistema imune é


de grande importância, devido ao crescente números de
relatos relacionando doenças infeciosas e redução de
desempenho de atletas, principalmente quando estes
estão engajados em treinamento intenso e prolongado.
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• O primeiro estudo publicado relacionando sistema imune
e exercício ocorreu em 1902, demonstrando uma
significativa leucocitose em um grupo de corredores
imediatamente após a maratona de Boston.
• A partir desse estudo, tem sido conjeturado que o
exercício tem um importante papel na diminuição da
ocorrência e gravidade de infecções e doenças
relacionadas ao câncer humano, embora os mecanismos
pelos quais o exercício agudo ou o treinamento físico
alteram a defesa do indivíduo ainda não tenham sido
completamente compreendidos.
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• O particular efeito depende do tipo, da intensidade e da
duração do exercício.
• Em geral, o exercício moderado agudo tem demonstrado
ocasionar uma estimulação do sistema imune, enquanto
o exercício intenso e prolongado tende a ser
imunossupressivo.
• A nutrição representa um determinante crítico da resposta
imune, e dados epidemiológicos e clínicos sugerem que
deficiências nutricionais alteram a imunocompetência e
aumentam o risco a infecção.
ATIVIDADE FÍSICA, SISTEMA IMUNE E
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• De modo geral, a literatura sugere que o exercício agudo-
por exemplo, maratona e ultramaratona – resulta em uma
redução da imunocompetência de atletas e o
concomitante aumento do risco de ITRS, fato este que
ressalta a importância cada vez maior de alguns fatores,
como o estado nutricional, a higiene e a exposição a
infecções.
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• O aumento da popularidade do exercício físico praticado
de modo regular é, parcialmente, devido ao
conhecimento público dos efeitos benéficos do exercício
sobre o bem-estar físico e emocional.
• Sendo assim, tem sido demonstrado que o exercício
pode diminuir a pressão sanguínea, melhorar o perfil
lipídico, aumentar a disposição, entre outros benefícios
orgânicos.
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• A mais comum doença observada em atletas é uma
branda infecção viral no trato respiratório superior, uma
recente revisão de estudos examinando a incidência de
infecções do trato respiratório superior (ITRS) concluiu
que somente atletas engajados em eventos de longa
duração, ou submetidos a um volume de treinamento
excessivo, aliado com um período de recuperação
inadequado, apresentam um maior risco para ITRS.
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• Estudos recentes sugerem que exercícios de intensidade
moderada podem diminuir a frequencia de infecções,
enquanto o exercício intenso e prolongado pode conduzir
a uma situação oposta, que tem sido descrita pela curva
em J.
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• EXERCÍCIO AGUDO E SISTEMA IMUNE

• As mudanças repentinas e temporárias no sistema


imune causadas por uma sessão de exercício são
denominadas respostas agudas do exercício, e
desaparecem rapidamente ( geralmente dentro de 6
horas) após o término do exercício.
• Um número crescente de trabalhos publicados no
campo da imunologia do exercício fornece evidencias
de que o sistema imune é profundamente afetado pelo
exercício agudo.
Efeitos agudos do exercício sobre a
contagem de leucócitos no Sangue
• O exercício induz alterações na contagem de leucócitos
circulantes que diretamente refletem as mudanças
induzidas pelo exercício nas concentrações sanguíneas
de epinefrina e cortisol.
• O exercício de intensidade moderada (40 a 60% VO2 )
provoca aproximadamente 50% de aumento na contagem
de leucócitos no sangue. Estudos demonstram que
intensidades de exercícios mais elevados (60% a 100%
VO2 máx) estão associadas com uma alterações bifásica
sobre a contagem de leucócitos, ou seja, imediatamente
após o exercício, a contagem total de leucócitos aumenta
50% a 100%, representada eventualmente por linfócitos e
neutrófilos, associada a um pequeno aumento do número
de monócitos.
Efeitos agudos do exercício sobre a
contagem de leucócitos no Sangue
• Dentro de 30 minutos do período de recuperação,
entretanto, o número de linfócitos diminui para 30% a
50% abaixo dos valores pré-exercício, permanecendo
baixo de 3 a 6 horas pós exercício.
Exercício crônico e contagem de
leucócitos no sangue
• Enquanto exercício agudo causa profundas alterações no
número e na distribuição relativa de subclasses de
leucócitos na circulação sanguínea, estas mudanças são
geralmente transitórias e os valores de repouso são
normalmente restaurados dentro de 24 horas após o
exercício
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• A deficiência nutricional é comumente associada com
prejuízo da imunocompetência, particularmente sobre a
imunidade medicada por células, a função fagocitária, a
produção de citocinas e anticorpos, a afinidade de
anticorpos e o sistema complemento.
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O estado nutricional pode modular a interação entre
exercício e sistema imune por diferentes modos. Algumas
teorias são:
• Uma direta competição entre as necessidades
metabólicas das células do sistema imune e a demanda
do músculos exercitados (por exemplo, quando as
reservas de glicogênio muscular são depletadas);
• Uma diminuição dos potenciais efeitos adversos sobre o
sistema imune, a partir de espécies reativas de oxigênio
geradas pelo metabolismo oxidativo ou lesão tecidual.
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• Muitos esportes apresentam categorias restritas em
relação ao peso corporal, o que leva alguns atletas a
adotarem dietas com valores calóricos muitos baixos, que
são frequentemente desbalanceadas e colocam o atleta
em risco de deficiência de alguns nutrientes.
• Deficiências ou excesso de vários compostos da dieta
acarretam um substancial impacto sobre a
imunocompetência de atletas, podendo exacerbar a
imunossupressão associada ao treinamento intenso.
CARBOIDRATOS
• Existem poucas razões para se questionar a importância
de uma adequada disponibilidade de carboidratos para a
manutenção do treinamento intenso e a obtenção do
melhor desempenho atlético. Além disso, a glicose é um
importante combustível para as células do sistema imune
incluindo linfócitos, neutrófilos e macrófagos.
• Várias intervenções nutricionais tem sido testadas
visando a alterar as alterações inflamatórias após o
exercício intenso, e os resultados mais efetivos são
observados com a suplementação de carboidratos.
CARBOIDRATOS
• Atletas ingerindo bebidas com carboidratos antes,
durante e após um exercício prolongado e intenso devem
apresentar menores estresses fisiológicos.
PROTEÍNAS
• Atletas submetidos a um programa de restrição alimentar
visando à redução da gordura corporal, vegetarianos e
atletas que consomem uma dieta desbalanceada
poderiam apresentar uma ingestão inadequada de
proteínas, que prejudicaria a resposta imune desses
atletas, particularmente em relação à funcionalidade das
células T- o que resultaria no aumento da incidência de
infecções oportunistas.
LIPÍDIOS
• Lipídios são potentes mediadores do sistema imune
exercem seus efeitos por meio de citocinas, hormônios
etc, os efeitos imunossupressivos do exercício intenso
podem ser modulados pelos lipídios da dieta.
VITAMINA C
• Durante o exercício, o aumento da utilização de O2 leva
ao aumento da produção de espécies reativas de
oxigênio. Antioxidantes podem neutralizar estas espécies
reativas, que são produzidas também por neutrófilos e
macrófagos durante o processo de fagocitose.
• Estudos indicam que a vitamina C pode reduzir a
incidência de infecções após um exercício intenso e
prolongado.
ZINCO
• O zinco é essencial para o desenvolvimento do sistema
imune.
• Como o zinco é perdido a partir do corpo pelo suor e pela
urina, e estas perdas são aumentadas pelo exercício, é
possível que o treinamento intenso possa provocar uma
deficiência de zinco em atletas.
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NUTRIÇÃO
• Apesar de ser impossível conter todos os fatores que
contribuem para a imunossupressão induzida pelo
exercício, é possível minimizar os efeitos de muitos
fatores, como a adoção de uma dieta balanceada por
atletas.
• O risco de suplementação de vitaminas e minerais em
doses elevadas deve ser salientado; muitos
micronutrientes ingeridos em quantidades acima do
recomendável diminuem a resposta imune.

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