Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/26340300
CITATIONS READS
7 580
7 authors, including:
Antonio Nobrega
Universidade Federal Fluminense
357 PUBLICATIONS 5,154 CITATIONS
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Inflammatory, oxidative and hemostatic mechanisms of endothelial function regulation in response to retrograde blood flow in hypertension. View project
All content following this page was uploaded by Rubens Antunes Cruz Filho on 27 March 2015.
RESUMO
Kelb B. Santos
Mario Vaisman O objetivo deste artigo é revisar os aspectos da disfunção muscular
Rubens A. Cruz Filho esquelética e composição corporal no hipertireoidismo. O hipertireoidis-
mo está associado a uma fraqueza muscular generalizada que é parte
Ney D.M. Barreto da manifestação clínica inicial de cerca de 80% dos pacientes, com-
Bruno A. Salvador prometendo a realização de tarefas cotidianas e a qualidade de vida.
Andréia M.O. Souza Um fator que contribui para a redução da força é a atrofia muscular,
que tende a afetar mais comumente os grupos musculares proximais.
Antonio C. L. da Nóbrega Além disso, o hipertireoidismo é acompanhado de perda ponderal asso-
ciada à depleção de massa muscular e tecido adiposo. Estudos
demonstram que o tratamento medicamentoso é capaz de recuperar
a força e mais lentamente a resistência, definida como a capacidade
de sustentar cargas submáximas por períodos prolongados, e que o
treinamento contra resistência associado ao tratamento medicamen-
toso, é capaz de promover um maior ganho de força e de resistência
muscular nestes pacientes. Embora não tenha sido estabelecido um
padrão de composição corporal na recuperação do peso após o trata-
mento da doença, sabe-se que pacientes submetidos ao treinamento
de força apresentam recuperação de peso acompanhado principal-
mente de ganho de massa muscular. (Arq Bras Endocrinol Metab
2002;46/6:626-631)
ABSTRACT
Laboratório de Ciências do Exercício, Skeletal Muscle Dysfunction and Body Composition in Hyperthyroidism.
Departamento de Fisiologia The purpose of this article is to review aspects of skeletal muscle dys-
e Farmacologia, Instituto Biomédico, function and body composition in hyperthyroidism. Hyperthyroidism is
Universidade Federal Fluminense (UFF),
Serviço de Endocrinologia, Departamento associated with general muscle weakness, which is part of the initial clin-
de Clínica Médica, Hospital Universitário ical manifestation of about 80% of patients, compromising their daily
Clementino Fraga Filho, Universidade activities and quality of life. A factor that contributes for strength reduc-
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (MV) tion is muscle atrophy, which usually tends to affect proximal muscle
e Disciplina de Endocrinologia, groups. In addition, hyperthyroidism is accompanied by weight loss due
Departamento de Medicina Clínica, to consumption of muscle mass and adipose tissue. Studies have demon-
Hospital Universitário Antônio Pedro, UFF
(RACF, NDMB), Niterói, RJ. strated that medical treatment is able to promote recovery of strength
and slowly, endurance, defined as the capacity to sustain sub-maximal
loads for prolonged periods, and that resistance training associated with
medical treatment leads to a major gain of muscular strength and resis-
tance in those patients. Although a standard body composition during
weight recovery after treatment is not established, patients submitted to
strength training show weight recovery associated mainly with muscle
mass gain. (Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46/6:626-631)
Recebido em 27/06/02
Revisado em 16/09/02
Aceito em 30/09/02
O HIPERTIREOIDISMO POR DOENÇA DE GRAVES é a doença autoimune
mais prevalente nos Estados Unidos (1) e acarreta alterações somáti-
cas e metabólicas generalizadas. O estudo das alterações na função muscu-
lar esquelética e composição corporal em hipertireoi- lo distal nunca está envolvido isoladamente), especial-
deos tem evidente implicação prática, visto que a do- mente os extensores. Estes músculos possuem maior
ença é acompanhada de mudanças quantitativas, como proporção de fibras vermelhas (tipo I), as quais apre-
perda ponderal e de massa muscular, e qualitativas, sentam quantidade superior de mitocôndrias quando
onde se observa a alteração da função intrínseca da comparadas às fibras brancas (tipo II). Sendo as
musculatura. mitocôndrias responsáveis pelo mecanismo de fosfori-
O objetivo deste artigo é revisar os aspectos da lação oxidativa e produção de adenosina trifosfato
disfunção muscular esquelética e composição corporal (ATP), postulou-se que o efeito da tiroxina na fosfori-
no hipertireoidismo. lação oxidativa era a diminuição na produção de ATP
e dispersão de energia sob a forma de calor; realmente,
a sudorese intensa é uma característica comum em
DISFUNÇÃO MUSCULAR ESQUELÉTICA pacientes com HT. Como a contração muscular é
dependente de ATP, se sua quantidade está diminuída
O hipertireoidismo (HT) está associado a uma fraque- sob efeito da tiroxina na fosforilação oxidativa, espera-
za muscular generalizada a qual é parte do quadro se que esta contração seja menos efetiva. Estes achados
clínico inicial de aproximadamente 80% dos pacientes foram confirmados, demonstrando uma relação entre
(1,2). Além disto, esta disfunção muscular pode ser perda de força muscular e diminuição de ATP em mús-
grave em pacientes recém-diagnosticados com doença culo tireotóxico, além de redução de fosfocreatina,
de Graves, comprometendo sua capacidade de realizar provavelmente por inibição direta da fosfoquinase pelo
atividades cotidianas (2). excesso de tiroxina (2).
Uma fraqueza muscular progressiva associada à Através de biópsia muscular, Celsing et al. (3)
atrofia muscular generalizada é uma característica demonstraram que na fase pré-tratamento de indivídu-
comum dos pacientes com HT (2). Graves (1835) e os com HT, houve uma diminuição significativa na
Basedow (1840) foram os primeiros a reconhecer esta proporção de fibras tipo I (30% vs 41%), maior densi-
fraqueza muscular como sintoma da doença, e desde dade capilar (23%), menor conteúdo de glicogênio
então, diversas síndromes neuromusculares foram (33%), e maior atividade hexoquinase (32%) compara-
descritas em indivíduos tireotóxicos (2). da com valores pós tratamento. Os autores concluem
Ramsay em 1966 (2), encontrou que metade que o HT induz a transformação de fibras tipo I em
dos 54 pacientes com diagnóstico de HT avaliados (40 tipo II em músculo esquelético humano, e que a maior
do sexo feminino), apresentava história de fraqueza atividade hexoquinase provavelmente reflete uma
muscular, sendo o sintoma mais comum a dificuldade maior utilização de glicose pelo músculo esquelético,
para subir escadas, ou levantar os braços acima da como forma de compensar parcialmente o menor teor
cabeça. Os homens, especialmente trabalhadores ma- de glicogênio. As anormalidades microscópicas encon-
nuais, notaram declínio na habilidade de levantar ou tradas por Ramsay (2), incluíram degeneração de fibras
empurrar objetos pesados e freqüentemente necessi- isoladas, com infiltração de macrófagos e linfócitos,
tavam de ajuda para desempenhar tarefas que anterior- além de gordura entre as fibras, proliferação de tecido
mente podiam realizar sozinhos. conectivo e linforragia perivascular focal. Um aparente
A contração da fibra muscular esquelética é cau- aumento no número de núcleos dos sarcolemas foi
sada por um potencial de ação que se propaga ao verificado na maioria dos pacientes, mas a quantidade
longo da membrana dessa fibra, provocando a libera- de núcleos por unidade de fibra muscular estava nor-
ção de grandes quantidades de íons cálcio no sar- mal, sendo as alterações atribuídas a uma redução no
coplasma que banha as miofibrilas. Esses íons cálcio diâmetro das fibras.
ativam forças atrativas, que fazem com que os filamen- Anteriormente já havia sido confirmada a im-
tos de actina deslizem ao longo do filamento de miosi- pressão clínica de que o tempo de contração muscular
na, em direção ao seu centro. Dessa forma, a contração está diminuído no HT, e que a velocidade de con-
muscular acontece por ação de um mecanismo de dução do impulso nervoso através do arco reflexo é
deslizamento dos filamentos, sendo este processo idêntica à encontrada no eutireoidismo, sugerindo que
dependente de energia, proveniente do ATP. No estu- as anormalidades neuromusculares em hipertireoideos
do de Ramsay (2), do total de pacientes, 93% apresen- são causadas por alterações no mecanismo contrátil do
tava miopatia (por redução no número de fibras mus- músculo, e não por anormalidades na transmissão do
culares funcionantes), com maior acometimento dos nervo motor (4). No trabalho de Gold et al. (5), foram
músculos proximais (foi demonstrado que um múscu- estudadas as propriedades contráteis do músculo soleo
isolado de 20 ratos com HT, 31 eutireoideos e 18 ganho de massa muscular quanto a melhora da função
mixematosos. Foram observadas alterações nas pro- intrínseca da musculatura esquelética contribuíram
priedades contráteis intrínsecas de músculo esqueléti- para a recuperação do desempenho muscular. A força
co isolado, com a velocidade máxima de contração va- estática máxima era semelhante entre o grupo cont-
riando de acordo com o nível de função tireoideana. role (composto por indivíduos saudáveis) e os
Desta forma, demonstrou-se que modificações no pacientes no estado de eutireoidismo (após 6 meses
padrão de atividade da glândula influenciam o estado de tratamento). Contudo, a resistência muscular não
ativo do músculo esquelético, através da alteração na atingiu valores controles. Com esse resultado, pode
velocidade máxima de encurtamento e de desenvolvi- ser sugerido que atingir o estado de eutireoidismo
mento de tensão. Este achado é consistente com a não deve ser considerado um marco para assumir que
observação de que a atividade tireoideana influencia a todos os aspectos da função muscular – força e
velocidade do processo de geração de força em sítios resistência – tenham normalizado.
de contração no músculo esquelético, afetando desta O treinamento contra resistência, também
forma a conversão de energia química em mecânica. chamado treinamento de força, é um método efetivo
Uma diminuição na força muscular em pacientes de promover desenvolvimento músculo-esquelético,
com HT, bem como sua recuperação após o tratamen- freqüentemente utilizado para manutenção da saúde,
to medicamentoso, é um fato bem descrito na literatu- condicionamento físico, prevenção e reabilitação de
ra (2,6-8). Celsing et al. (9) demonstraram um au- doenças ortopédicas. As adaptações fisiológicas mais
mento de 20-40% na força muscular após aproximada- observadas com este tipo de treinamento incluem
mente 12 meses de tratamento, fosse este farmacológi- ganho de massa muscular, e na camada de tecido
co ou não, em pacientes com HT. Além disso, estes conectivo e aumentos associados de força muscular e
pacientes, quando comparados a um grupo de mu- resistência. Com o objetivo de investigar o efeito de
lheres sedentárias e sadias, apresentavam inicialmente uma medida que acelerasse a recuperação muscular
65% de força muscular e 85% após o tratamento. esquelética dos pacientes em tratamento de HT, foi
Através de tomografia computadorizada e dina- demonstrado que o treinamento contra resistência,
mometria, Norrelund et al. (7) demonstraram uma re- promoveu um maior ganho de força e resistência, em
dução da força (30-40%), e da massa muscular (20- relação aos resultados de pacientes submetidos ape-
25%), em pacientes tireotóxicos. Os valores máximos de nas ao tratamento, sendo este farmacológico ou com
recuperação foram obtidos com 9 meses de tratamento iodo radioativo (figura 1). Desta forma, o treinamen-
(área muscular: 20%; massa muscular: 24%; força: 48% to contra resistência associado ao tratamento, é capaz
no braço e 51% na perna). Considerando que o ganho de recuperar mais rapidamente aspectos da função
na força excedeu o aumento na área muscular, a recu- muscular esquelética, proporcionando assim melhora
peração da função muscular deve-se em parte a melho- da qualidade de vida em tempo mais curto, e poden-
ra na eficiência, o que está em acordo com estudos ante- do ser utilizado como um tratamento coadjuvante no
riores (6,8). Zurcher et al. (8), utilizando os mesmos HT (10,11).
métodos do estudo anterior, encontraram um aumento
na área muscular da coxa (27%) e trabalho total pro-
duzido (113%) em hipertireoideos após o tratamento. COMPOSIÇÃO CORPORAL
Os autores também relatam que o aumento na área
muscular foi inversamente proporcional às alterações nas A perda de peso é um achado comum nos pacientes
concentrações de T4. Ramsay (2), demonstrou que o com HT (2,9), assim como sua recuperação após o
tempo necessário para o paciente recuperar a força mus- tratamento (9). Desta forma, uma perda ponderal, que
cular foi o mesmo para atingir o estado de eutireoidis- ocorre apesar da ingestão aumentada de alimentos, é
mo (2 meses de tratamento), indicando que a fraqueza um sinal que chama a imediata atenção para a possibi-
é diretamente relacionada ao excesso de hormônios lidade de tireotoxicose (12). O apetite deste paciente
tireoideanos. No entanto, foi necessário um período em geral não aumenta o suficiente para compensar o
maior para que a atrofia muscular desaparecesse (média enorme dispêndio calórico imposto pela doença; no
de 2,8 meses), sugerindo que a fraqueza muscular não é entanto, a faixa de alteração de peso é variável e
secundária a atrofia, e sim resultante de uma disfunção depende da idade (12). A maior ingesta energética
metabólica das fibras. tende a normalizar durante o tratamento, e associada a
Nóbrega et al. (6) pesquisando pacientes com uma diminuição no gasto calórico, é suficiente para
HT virgens de tratamento, demonstrou que tanto o promover o anabolismo (13).
hormônio, o balanço nitrogenado mostrou um declí- com iodo radioativo), apresentaram um ganho de peso
nio inicial, sendo posteriormente neutralizado, e em após 4 meses acompanhado de ganho de massa mus-
alguns indivíduos, foi encontrado um balanço nitroge- cular, o mesmo não sendo observado no grupo con-
nado positivo após 9 semanas, sugerindo que o orga- trole onde apenas o tratamento foi adotado (figura 2).
nismo pode compensar, parcialmente, com o decorrer
do tempo os efeitos catabólicos do aumento modera-
do nos níveis de T3. Embora o balanço nitrogenado
tenda a normalizar ao final de 9 semanas de HT mode-
rado, as alterações na composição corporal e gasto
energético persistiram.
Em geral, as alterações da composição corporal
são restabelecidas pela volta da função tireoidiana ao
normal, como mostra o estudo de Ling e Kawakami
(19) em pacientes tratados com iodo radioativo que
constatou, através de radioabsorciometria de feixe
duplo (DEXA - dual energy X-ray absorptiometry), um
aumento tanto de massa adiposa quanto muscular após
o tratamento. Já De la Rosa (15), utilizando o mesmo
Figura 2. Resultados comparativos de avaliação da com-
método de avaliação, demonstrou que o ganho de posição corporal entre grupos controle (tratamento) e
peso após 1 ano da terapia com iodo radioativo foi pre- treinamento (tratamento associado a treinamento de força)
dominantemente às custas de massa muscular. Nóbre- - média das alterações entre a 1º e 2ª avaliação - (11).
* p<0,05 vs grupo controle.
ga et al. (6) pesquisando pacientes com HT virgens de
tratamento, demonstrou através de avaliação antro-
pométrica que, embora o tecido adiposo subcutâneo CONCLUSÃO
possa ter contribuído na recuperação do peso corporal
após o tratamento farmacológico, o aumento de massa A miopatia esquelética e a perda ponderal são achados
muscular, indicado pelo aumento do somatório das clínicos evidentes nos pacientes diagnosticados com
circunferências corrigidas, foi o principal fator para hipertireoidismo. O tratamento, farmacológico ou
este ganho de peso. não, é capaz de reverter tais características, sendo que
Resultados obtidos de pacientes hipertireoi- a associação com o treinamento físico contra resistên-
deos, antes do tratamento e após 3 e 12 meses de euti- cia pode acelerar a melhoria clínica e funcional destes
reoidismo, demonstraram ganho ponderal, com recu- pacientes. Assim sendo, a incorporação desta modali-
dade de exercício ao arsenal terapêutico tradicional do
peração do peso anterior à doença somente após 1 ano
hipertireoidismo pode contribuir para um sucesso mais
de eutireoidismo clínico (13). Durante os primeiros 3
rápido e eficiente do tratamento.
meses de eutireoidismo, houve prioridade na recupe-
ração da musculatura esquelética e tecido adiposo
intra-peritoneal, enquanto o tecido adiposo subcutâ-
REFERÊNCIAS
neo aumentou somente após 12 meses. De fato, a
massa magra é mais sensível às primeiras mudanças no
perfil de hormônios tireoideanos quando comparada à 1. Weetman AP. Graves’ Disease. N Engl J Med 2000;343:
1236-48.
gordura corporal. Diferente dos estudos com animais,
a atividade da lipase lipoprotéica no tecido adiposo de 2. Ramsay ID. Muscle dysfunction in hyperthyroidism.
Lancet 1966;29:931-4.
humanos não aumenta durante a recuperação do HT.
Em vez disso, a acumulação de lipídio nesta fase parece 3. Celsing F, Blomstrand E, Melichna J, Terrados N, Clausen
N, Lins PE, et al. Effect of hyperthyroidism on fiber-type
estar relacionada a menor lipólise (20). O mecanismo composition, fiber area, glycogen content and enzyme
responsável pela recuperação preferencial de tecido activity in human skeletal muscle. Clin Physiol
1986;6:171-81.
adiposo visceral comparado ao subcutâneo após o tra-
tamento não está esclarecido. 4. Lambert EH, Underdahl LO, Beckett S, Medero LO. A
study of the ankle jerk in myxedema. J Clin Endocrinol
Utilizando antropometria, os estudos de Santos 1951;11:1186.
et al. (10,11) demonstraram que pacientes hiper-
5. Gold HK, Spann JF, Braunwald E. Effect of alterations in
tireoideos submetidos a treinamento contra resistên- the thyroid state on the intrinsic contractile properties of
cia, aliado ao tratamento (farmacológico ou terapia isolated rat skeletal muscle. J Clin Invest 1970;49:849-54.
6. Nóbrega ACL, Vaisman M, Araújo CGS. Skeletal muscle before and after medical treatment. Clin Endocrinol
function and body composition of patients with hyper- 1996;44:453-9.
thyroidism. Med Sci Sports Exerc 1997;29:175-80.
15. De la Rosa RE, Hennessey JV, Tucci JR. A longitudinal
7. Norrelund H, Hove KY, Brems-Dalgaard E, Jurik AG, study of changes in body mass index and total body
Nielsen LP, Nielsen S, et al. Muscle mass and function in composition after radioiodine treatment for thyrotoxico-
thyrotoxic patients before and during medical treat- sis. Thyroid 1997;7:401-5.
ment. Clin Endocrinol 1999;51:693-9.
16. Seppel T, Kosel A, Schlaghecke R. Bioelectrical imped-
8. Zürcher RM, Horber FF, Grünig BE, Frey FJ. Effect of thy- ance assessment of body composition in thyroid dis-
roid dysfunction on thigh muscle efficiency. J Clin ease. Eur J Endocrinol 1997;136:493-8.
Endocrinol Metab 1989;69:1082-6.
17. Morrison WL, Gibson JNA, Jung RT, Rennie MJ. Skeletal
9. Celsing F, Westing SH, Adamson U, Ekblom B. Muscle muscle and whole body protein turnover In thyroid dis-
strength in hyperthyroid patients before and after med- ease. Eur J Clin Invest 1988;18:62-8.
ical treatment. Clin Physiol 1990;10:545-50.
18. Lovejoy JC, Smith SR, Bray GA, Delany JP, Rood JC, Gou-
10. Santos KB, Barreto NDM, Vaisman M, Salvador BA, Souza vier D, et al. A paradigm of experimentally induced mild
AMO, Cruz Filho RA, et al. Resistance training improves hyperthyroidism: effects on nitrogen balance, body
skeletal muscle function in hyperthyroidism. Med Sci composition, and energy expenditure in healthy young
Sport Exerc (no prelo). men. J Clin Endocrinol Metab 1997;82:765-70.
11. Santos KB, Paula KC, Barreto NDM, Cruz Filho RA, 19. Ling QC, Kawakami K. Post-therapeutic changes in
Figueiredo WC, Nóbrega ACL. Função muscular body-composition of patients with Grave’s disease. Nip-
esquelética e composição corporal de pacientes com pon Igaku Hoshasen Gakkai Zasshi 1996;53:121-4.
hipertireoidismo submetidos ao treinamento contra
resistência. Rev Bras Med Esporte 2001;7:18-23 20. Hellströn L, Wahrenberg H, Reynisdottir S, Arner P. Cate-
cholamine-induced adipocyte lipolysis in human hyper-
12. Dillmann WH. The thyroid. In: Goldman L, Bennett JC, thyroidism. J Clin Endocrinol Metab 1997;82:159-66.
eds. Cecil textbook of medicine. 21th ed. Philadelphia:
WB Saunders, 2000;p.1231-9.
13. Lönn L, Stenlöf K, Ottosson M, Lindroos A, Nyström E,
Sjöström L. Body weight and body composition changes Endereço para correspondência:
after treatment of hyperthyroidism. J Clin Endocrinol
Metab 1998;83:4269-73. Kelb Bousquet Santos
Laboratório de Ciências do Exercício
14. Moller N, Nielsen S, Nyholm B, Porksen N, Alberti KGMM, R. Prof. Hernani Melo, 101 - São Domingos
Weeke J. Glucose turnover, fuel oxidation and forearm 24210-001 Niterói, RJ
substrate exchange in patients with thyrotoxicosis e.mail: lace_uff@yahoo.com.br
V i e w p u b l i c a t i o n s t a t s