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J Int Soc Sports Nutr. 2021; 18: 9.

PMCID: PMC7807509
Publicado online 2021 Jan 13. DOI: 10.1186/s12970-020-00405-1 PMID: 33441158

O efeito da suplementação de ácidos graxos poli-insaturados ô mega-3 sobre o dano


muscular induzido pelo exercício
Yvoni Kyriakidou,1 Carly Madeira,1,2 Chrystalla Ferrier,1 Alberto Dolci,#1 e Bradley Elliott #1

Abstrair

Fundo

O dano muscular induzido pelo exercício (EIMD) resulta em inflamaçã o muscular transitó ria,
perda de força, dor muscular e pode causar subsequente evitaçã o do exercício. A
suplementaçã o de ô mega-3 (n-3) pode minimizar a EIMD atravé s de suas propriedades anti-
inflamató rias, no entanto, sua eficá cia ainda nã o está clara.

Métodos

Homens saudáveis (n = 14, 25,07 ± 4,05 anos) foram randomizados para suplementaçã o de 3
g/dia n-3 (N-3, n = 7) ou placebo (PLA, n = 7). Apó s 4 semanas de suplementaçã o, um proto‐
colo de corrida em declive (60 min, 65% V̇ O2max, − gradiente de 10%) foi realizado. A creatina
quinase (CK), a interleucina (IL)-6 e o fator de necrose tumoral (TNF)-α, a dor muscular perce‐
bida, a contraçã o isomé trica voluntá ria má xima (MVIC) e a potê ncia de pico foram quantifi‐
cadas pré , pó s e 24, 48 e 72 h pó s-EIMD.

Resultados

A dor muscular foi significativamente menor no grupo N-3 vs PLA à s 24 h pó s-EIMD (p =


0,034). A IL-6 foi aumentada no PLA (p = 0,009), mas nã o no N-3 (p = 0,434) apó s o EIMD, no
entanto, nã o foram observadas diferenças significativas entre os grupos. A potê ncia de pico foi
significativamente suprimida no PLA em relaçã o ao pré -EIMD, mas nã o no grupo N-3 à s 24 h
pó s-EIMD. No entanto, nã o foi observada diferença significativa na potê ncia de pico de saída
entre os grupos. MVIC, CK e TNF-α foram alterados pelo EIMD, mas nã o diferiram entre os
grupos.

Conclusão

A suplementaçã o de N-3 por 4 semanas pode atenuar com sucesso aspectos menores da
EIMD. Embora nã o melhorem o desempenho, esses achados podem ter relevâ ncia para evitar
o exercício associado à dor.
Informaçõ es Complementares

A versã o online conté m material suplementar disponível em 10.1186/s12970-020-00405-1.

Descritores: Ô mega-3, Suplementaçã o, Ajuda ergogê nica, Exercício excê ntrico, Dano muscular,
EIMD, DOMS, Recuperaçã o, Inflamaçã o, Desempenho

Fundo

A recuperaçã o do desempenho atlé tico vigoroso preocupa muitos grupos de pessoas, de atle‐
tas de alto desempenho a indivíduos recreativamente ativos. O exercício excê ntrico, especial‐
mente protocolos excê ntricos novos ou de alta força, pode produzir danos substanciais à s fi‐
bras musculares [1, 2]. Esse exercício de intensidade vigorosa pode levar a danos musculares
induzidos pelo exercício (EIMD) [3]. Os sintomas da EIMD incluem dor, inchaço, força muscular
e perda de potê ncia, amplitude de movimento reduzida (ADM), dor muscular de início tardio
(DOMS) e recuperaçã o prejudicada [4, 5]; resultando em comprometimento do desempenho
no exercício [6]. Funcionalmente, a força muscular é reduzida em ~ 20 a 50% imediatamente e
pó s-exercício pode levar entre 2 a 7 dias para se recuperar totalmente [7]. Sistemicamente, a
EIMD é acompanhada por uma resposta inflamató ria envolvendo muitos mediadores, como
interleucina − antagonista do receptor 1 (IL-1ra), interleucina (IL)-6, IL-10 e proteínas de fase
aguda [8], e uma liberaçã o de creatina quinase específica do mú sculo [1, 9]. Estraté gias para
reduzir o dano muscular e a inflamaçã o apó s o EIMD podem, portanto, ser ú teis para
indivíduos interessados em aumentar sua taxa de recuperaçã o e manter o desempenho.

Os á cidos graxos poli-insaturados ô mega-3 (n-3 PUFA) tê m uma ligaçã o dupla que é mais
pró xima do terminal metílico (−CH3) da cadeia acila [10]. N-3 PUFA sã o incorporados em
fosfolipídios, alterando as membranas celulares, que normalmente contê m uma alta proporçã o
de á cido araquidô nico (AA). Isso resulta no aumento do acú mulo de á cido eicosapentaenoico
(EPA) e á cido docosahexaenó ico (DHA) e no declínio paralelo de AA; e potencialmente emb‐
otando espé cies reativas de oxigê nio (ROS) e produçã o de citocinas inflamató rias [10].
Mediadores anti-inflamató rios derivados do n-3 PUFA e seus principais á cidos graxos bioat‐
ivos, como EPA e DHA, tê m sido reconhecidos juntamente com seu mecanismo de açã o [10].
Tem sido sugerido que o n-3 PUFA pode ser uma estraté gia viável para atenuar a inflamaçã o
muscular e melhorar a recuperaçã o funcional apó s o exercício de alta intensidade [11]. Uma
das conexõ es entre o n-3 PUFA e a inflamaçã o muscular é via down-regulation de citocinas
pró -inflamató rias, como TNF-α e IL-6, reduzindo a produçã o de AA e ROS, consequentemente,
resultando em uma diminuiçã o na resposta inflamató ria [12].

Evidê ncias crescentes sugerem que a suplementaçã o de n-3 prejudica as citocinas pró -
inflamató rias e a produçã o de EROs e, portanto, pode mostrar uma relaçã o direta entre a
recuperaçã o intensa do exercício e os marcadores de inflamaçã o [12, 13]. Embora estudos em
animais tenham mostrado resultados mistos ao avaliar a eficá cia da suplementaçã o de n-3 so‐
bre danos musculares, metabolismo do exercício e desempenho do exercício; Estudos em hu‐
manos demonstraram que os parâ metros fisioló gicos que estã o ligados à melhoria do desem‐
penho físico e da utilizaçã o de oxigê nio, como o fluxo sanguíneo durante o exercício, podem
ser aumentados pela PUFA n-3 dieté tica [11, 14]. [15], Jouris et al. [16] e Jakeman et al. [17]
mostraram uma reduçã o da dor apó s EIMD com suplementaçã o de n-3. Uma meta-aná lise re‐
cente [18] també m concluiu que a suplementaçã o de n-3 poderia aliviar o DOMS apó s o
exercício excê ntrico. Alé m disso, Atashak et al. [19] relataram reduçã o substancial na CK e na
proteína C-reativa apó s o exercício de resistê ncia da parte inferior do corpo apó s 1 semana de
540 mg de EPA e 360 mg de DHA. Alé m disso, outros estudos [20, 21] demonstraram que a
suplementaçã o de n-3 tem um efeito positivo nos protocolos de exercícios excê ntricos, re‐
duzindo as concentraçõ es de IL-6 e TNF-α. No entanto, resultados mistos foram relatados até o
momento, com outros [22, 23] nã o observando nenhum efeito da suplementaçã o de n-3 sobre
marcadores inflamató rios e de danos musculares induzidos pelo exercício e marcadores fun‐
cionais, como contraçã o voluntá ria má xima (CVM) e DOMS.

Ainda nã o está claro se a suplementaçã o de n-3 tem algum efeito bené fico em atenuar os
efeitos do EIMD, seja aumentando a taxa de recuperaçã o do desempenho funcional, reduzindo
as citocinas pró -inflamató rias circulantes ou ambos. Devido a essa falta de clareza na liter‐
atura, o objetivo do presente estudo foi adicionar evidê ncias, avaliando o efeito da
suplementaçã o de n-3 sobre o EIMD apó s uma luta descendente. Foi levantada a hipó tese de
que 3 g de suplementaçã o de n-3 por 4 semanas atenuariam a inflamaçã o muscular apó s o
EIMD, o que subsequentemente diminuiria o tempo de recuperaçã o e, assim, melhoraria o de‐
sempenho do exercício.

Métodos

Participantes

A aprovaçã o é tica foi obtida pelo Comitê de É tica em Pesquisa da Faculdade de Artes e Ciê ncias
Liberais da Universidade de Westminster (ETH1617-0182). Todo o trabalho aqui contido está
em conformidade com os padrõ es estabelecidos pela Declaraçã o de Helsínquia de 1975. O
termo de consentimento livre e esclarecido foi obtido de todos os participantes antes de sua
participaçã o.

Um total de 23 homens saudáveis e fisicamente ativos (auto-relatados: 4-5 vezes por semana
exercício estruturado) com idades entre 18-35 anos de idade foram recrutados para participar
deste estudo experimental. Apó s as desistê ncias (n = 9; incapacidade de comparecer a todas as
visitas, lesã o ou doença fora dos ensaios ou incapacidade de completar o protocolo de down‐
hill), 14 participantes (25,07 ± 4,05 anos de idade) completaram o protocolo e estã o incluídos
na aná lise abaixo.

Os participantes foram obrigados a abster-se de qualquer exercício estruturado por 48 h, e de


á lcool e cafeína 24 h antes da visita basal e do protocolo EIMD. Eles també m foram convidados
a abster-se de exercícios extenuantes excê ntricos durante as 5 semanas do estudo, bem como
nas 72 horas seguintes apó s a luta de exercícios que danificam os mú sculos. Os crité rios de
exclusã o incluíram idade (fora da faixa etá ria de 18 a 35 anos), tabagismo, sexo, tomar qual‐
quer medicaçã o (por exemplo, anti-inflamató rios nã o esteroides) e consumir suplementos de
ó leo de peixe < 6 meses antes do início do estudo e a presença de qualquer doença
imunoló gica, cardiovascular ou metabó lica conhecida. Para confirmar ainda mais que os par‐
ticipantes estavam livres de infecçõ es do trato respirató rio superior, eles preencheram um
questioná rio específico da doença (WURSS-21) [24]. Alé m disso, os participantes estavam
livres de qualquer dor ou lesã o, conforme determinado pela triagem de participaçã o pré -
exercício do Questioná rio de Prontidã o para Atividade Física (PAR-Q). Os participantes també m
foram excluídos se realizassem regularmente corrida em declive ou exercício excê ntrico (por
exemplo, exercício de resistê ncia, agachamentos) como parte de seu treinamento normal < 6
meses antes de iniciar o estudo.

Delineamento experimental

Todos os participantes foram obrigados a comparecer ao laborató rio de desempenho humano


pela manhã em 5 ocasiõ es. Durante a visita 1, em jejum noturno, os participantes realizaram
medidas basais que incluíram medidas antropomé tricas, uma amostra de urina e uma amostra
de sangue venoso. A dor muscular percebida, a contraçã o isomé trica voluntá ria má xima
(CIVM) na perna e a potê ncia de pico anaeró bia via teste de Wingate foram determinadas
como marcadores indiretos de dano muscular, descritos a seguir.

Apó s as mediçõ es basais, os participantes realizaram um V̇ O em esteira2teste má ximo (HP


Cosmos Mercury 4.0, Nussdorf-Traunstein, Alemanha) com gases expirados analisados por um
sistema de respiraçã o por respiraçã o on-line (Cortex Metalyser 3B, Biophysik, Leipzig,
Alemanha). O Metalyser foi calibrado de acordo com as diretrizes do fabricante antes de cada
teste. Apó s a conclusã o do V̇ O2teste má ximo, uma velocidade de corrida de 6 minutos (Vteste) a
65% V̇ O2a verificaçã o má xima foi realizada em uma descida a -10% de gradiente, como relata‐
mos anteriormente [25]. Apó s o teste de linha de base, os participantes foram randomizados
para o grupo N-3 (3 g/dia de n-3 PUFA) ou PLA (placebo) por uma randomizaçã o de bloco
gerada por computador com antecedê ncia (http://www.randomization.com).

Duas semanas antes de iniciar o teste, os participantes preencheram um questioná rio de saú de
(WURSS-21) em cada um dos 14 dias anteriores ao estudo para garantir que estavam livres de
sintomas de resfriado comum antes do teste. Na visita 2, os participantes relataram ao
laborató rio à s 07:00 da manhã ter jejuado durante a noite e realizado o protocolo EIMD (cor‐
rida em declive; 60 min a 65% V̇ O2max com um gradiente de − 10%). Todas as medidas acima
foram repetidas antes e imediatamente apó s o ensaio EIMD. Um dia antes da visita, os partici‐
pantes foram convidados a consumir á gua com base em sua massa corporal (5 mL / kg) [25]
antes de se reportarem ao laborató rio para garantir a hidrataçã o adequada antes do exercício.
Avaliaçõ es de acompanhamento idê nticas, exceto amostra de urina, foram repetidas nas visitas
de 3 a 5 (24, 48 e 72 h pó s-EIMD), durante as quais os participantes estavam em estado sem
jejum. Uma visã o geral do desenho do estudo é apresentada na Fig. ​1.
Fig. 1

Esquema dos procedimentos experimentais: USG, gravidade específica da urina; BIA, análise de
bioimpedância elétrica; EVA, escala visual analó gica para dor muscular de início tardio; MVIC, contração
isométrica voluntária máxima; V̇ O 2consumo máximo de oxigênio; N-3, grupo de suplementação de ô mega-3;
PLA, grupo placebo; EIMD, dano muscular induzido pelo exercício. A 2ª visita combina as medidas pré e pó s,
imediatamente antes e apó s o estímulo EIMD, respectivamente. Um outro teste de Wingate foi adicionado na
2ª visita e todas as visitas de acompanhamento

Estado de hidratação

A amostra de urina foi coletada no início e pré -EIMD para avaliar o estado de hidrataçã o dos
participantes. A hidrataçã o foi verificada verificando-se se a gravidade específica da urina
(USG) (refratô metro Atago MASTER-SUR/Na, Atago Co., Ltd. Tokyo, Japã o) na chegada estava
entre 1.001 e 1.029 [26]. A cor da urina també m foi verificada usando a cartela de cores de
urina validada (escala 1–8) [26].

Medidas antropométricas

A estatura (até a aproximaçã o de 0,1 cm) foi medida usando um estadiô metro "Harpenden"
montado na parede (Holtain Ltd., Crymych, País de Gales, Reino Unido) equipado com um con‐
tador Veeder-Root de alta velocidade (Veeder-Root, Elizabethtown, NC, EUA) com os partici‐
pantes em pé descalço, calcanhares e ná degas em contato com o estadiô metro. O peso corpo‐
ral (até a aproximaçã o de 0,1 kg), o IMC e a % de gordura corporal (até a aproximaçã o de
0,1%) foram medidos por meio de BIA (Tanita SC-330ST, Tó quio, Japã o) com o participante em
jejum e com a bexiga vazia.

Suplementação

A suplementaçã o de ô mega-3 consistiu em 3 cá psulas revestidas de gelatina por dia (1 con‐


sumida de manhã , 1 no almoço e 1 à noite), cada uma contendo 1040 mg de n-3 PUFA (715 mg
de EPA e 286 mg de DHA) por cá psula (Maximum Strength Pure Fish Oil, Nature's Best, UK)
para um total de 3900 mg de ó leo de peixe diariamente, contendo 3 g de n-3 PUFA (2145 mg
de EPA e 858 mg de DHA) por dia durante um período de 4 semanas. Embora os efeitos colat‐
erais comumente relatados da suplementaçã o de n-3, como sabor desagradável, azia, descon‐
forto gastrointestinal e dor de cabeça sejam geralmente leves [27], a quantidade de n-3
fornecida está de acordo com as recomendaçõ es nutricionais como parte de uma dieta normal
e nã o causa nenhum dano ou efeitos colaterais. A suplementaçã o diá ria de até cerca de 5 g/dia
de n-3 PUFA num consumo a longo prazo é considerada segura pela Autoridade Europeia para
a Segurança dos Alimentos (EFSA) [28]. Maior duraçã o ou altas doses podem afetar a funçã o
imunoló gica devido à supressã o da resposta inflamató ria [29]. Altas doses també m podem au‐
mentar o tempo de sangramento, reduzindo a agregaçã o plaquetá ria [29]. O grupo placebo re‐
cebeu 3 × cá psulas de 600 mg por dia de colá geno (Troo Healthcare, Colchester, Reino Unido),
consumidas em um padrã o correspondente. Os participantes receberam apenas 1 semana de
cá psulas de cada vez. Inicialmente, lembretes escritos foram enviados diariamente para garan‐
tir que as prá ticas de suplementaçã o fossem mantidas consistentes ao longo do dia. A adesã o
dos participantes també m foi verificada por meio de lembretes semanais escritos e orais, con‐
tando as cá psulas restantes no final de cada semana e emitindo as cá psulas das semanas fu‐
turas. Alé m disso, os participantes foram convidados a adivinhar que grupo eles estavam na
conclusã o do teste, com 2 de 7 no placebo e 5 de 7 no grupo N-3 adivinhando corretamente o
grupo de suplementaçã o.

Dieta e controle de atividade

Os participantes foram solicitados a manter sua dieta habitual e atividade física durante todo o
estudo. Um diá rio alimentar de 48 horas (incluindo 1 dia da semana e um dia de fim de sem‐
ana) foi fornecido para registrar todos os alimentos e bebidas consumidos antes do início do
período de suplementaçã o. Apó s 4 semanas de suplementaçã o, os participantes completaram
um segundo diá rio alimentar de 48 horas nos 2 dias anteriores ao estudo EIMD. Lembretes
escritos e orais també m foram fornecidos regularmente para garantir que as prá ticas de dieta
e exercício fossem mantidas consistentes durante todo o estudo.

Os diá rios alimentares foram analisados utilizando Nutritics® para quantificar o consumo
energé tico total, macronutrientes (carboidratos, proteínas, á cidos graxos), n-3 e n-6 PUFA
antes e apó s o período de suplementaçã o. Alé m disso, no início do período de suplementaçã o,
todos os participantes receberam uma lista de alimentos com alimentos baixos (< 250 mg por
porçã o), moderados (~ 250 mg por porçã o) e ricos (> 500 mg por porçã o) em á cidos graxos
ô mega-3 para evitar o aumento de sua ingestã o de ô mega-3 atravé s da dieta. Os pontos de
corte foram utilizados pelo USDA SR-21 (2008) [30].

Protocolo EIMD

Apó s um aquecimento de 3 minutos, os participantes correram por 60 minutos no V predeter‐


minado individualizado teste em − gradiente de 10%. A frequê ncia cardíaca (FC) e a classificaçã o
do esforço percebido (PSE), escala de Borg 6–20 [31] foram registradas ao longo do estudo a
cada 10 minutos. Uma amostra expirada de gases de 60 anos foi coletada aos 20 e 40 minutos
de teste e analisada por um sistema on-line de respiraçã o por respiraçã o para V̇ O2 para garan‐
tir que os participantes estivessem correndo a 65% V̇ O2.max. A á gua era fornecida ad libitum a
cada 15 minutos durante a corrida. Imediatamente apó s a crise de lesã o muscular, os partici‐
pantes sentaram-se e uma amostra de sangue foi coletada (pó s-EIMD). Os participantes entã o
classificaram sua dor muscular percebida, e o MVIC e o teste de Wingate foram realizados para
avaliar a força e a potê ncia pó s-EIMD dos participantes, respectivamente.

Plasma venoso
Um total de 12 mL de sangue venoso foi coletado em cada ponto de tempo em dois tubos va‐
cutainer de 6 mL (K2 EDTA e lítio-heparina; BD, Oxford, Reino Unido). O hemató crito com
mé todo capilar usando um leitor de micro-hemató crito (Hawksley & Sons Ltd., Lancing, Reino
Unido) e a concentraçã o de hemoglobina usando um fotô metro (Haemocue, Sheffield, Reino
Unido) foram analisados imediatamente no sangue total heparinizado em triplicata.
Posteriormente, a concentraçã o de marcadores plasmá ticos foi ajustada para alteraçõ es de
volume plasmá tico com o mé todo de Dill e Costill [32]. O sangue total restante foi fiado
(Hettich Universal 320 R, Alemanha) a 5000 rpm por 10 min a 4 °C, com plasma alíquota e
congelado a -80 °C.

A atividade circulante da CK foi medida usando um analisador de química clínica (Werfen ILab
Aries, Itá lia). A atividade da CK foi determinada por espectrofotometria ciné tica a 340 nm com
limite mínimo de detecçã o de 3 U/L, linearidade nã o diluída de até 900 U/L. O coeficiente de
variaçã o (CV) esteve dentro da corrida < 1,2%, total < 2,5%. Todas as amostras e padrõ es
foram analisados em duplicata.

As alíquotas plasmá ticas foram analisadas quanto à concentraçã o plasmá tica de IL-6 e TNF-α
por kits DuoSet de ensaio imunoenzimá tico (ELISA) e pacotes auxiliares de reagentes (IL-6
DY206, TNF-α, DY210, consumíveis DY008, R&D Systems, EUA) em duplicata, de acordo com as
instruçõ es do fabricante. As placas foram lidas a 450 nm e cobertas a 590 nm.

Perceived muscle soreness

Muscle soreness was self-rated by participants on a 10-point-validated visual analogue scale


(VAS) indicating on a line from 0 (no pain) to 10 (extreme pain) [33], during a wall squat with
thighs parallel to the floor at 900 degrees.

Maximal voluntary isometric contraction

MVIC was assessed on a dynamometer (Globus Kineo 7000, Italy). The chair was adjusted so
that the leg pad was placed on the lower part of the tibialis anterior and the pivot was located
on the lateral epicondyle of the right leg. Maximal force was measured at an angle of 60o leg
extension. Peak force was determined by the average of four maximal isometric contractions
lasting 3–5 s. The contraction time was recorded by an experimenter.

Potência de pico

Os participantes realizaram um teste Wingate de 10 s em um cicloergô metro (Monark


Ergomedic 894E, Sué cia), fixado com um sensor ó ptico (OptoSensor 2000™, Sport Medicine
Industries, EUA) com os dados obtidos pelo Monark Anaerobic Test Software. Os participantes
pedalaram sentados durante o protocolo de sprint, com uma resistê ncia igual a 7,5% do seu
peso corporal. Os participantes foram encorajados verbalmente durante todo o teste.

Análise estatística
A distribuiçã o normal de todos os dados foi realizada pelo Teste de Shapiro-Wilk. Apó s o teste
de igualdade de variâ ncia de Levene, as características basais, os dados dieté ticos e de
hidrataçã o foram comparados entre os grupos usando um teste t de amostras independentes
bicaudais. O exame do efeito da suplementaçã o de n-3 sobre a atividade plasmá tica de CK, IL-6,
TNF-α e DOMS foi realizado por testes nã o paramé tricos, uma vez que essas variáveis nã o
seguiram distribuiçã o normal. O teste U de Mann-Whitney foi realizado para examinar as
diferenças entre o grupo N-3 e o PLA em cada ponto de tempo. Um teste de Freidman foi us‐
ado para determinar o efeito principal do tempo dentro do grupo e post hoc com os testes de
Wilcoxon Signed Rank (usando um valor alfa ajustado de Bonferroni) foi executado onde um
tempo significativo foi identificado. Os dados de CIVM e potê ncia de pico atenderam a todos os
pressupostos necessá rios para a normalidade e foram analisados usando uma aná lise de
variâ ncia (ANOVA) mista bidirecional mista entre os participantes. A aná lise post hoc de
comparaçõ es pareadas de ajuste de Bonferroni foi usada quando necessá rio para examinar as
diferenças entre os sujeitos. Os valores foram expressos como mé dia ± DP para os dados dos
testes paramé tricos e como mediana e intervalo interquartil para os dados dos testes nã o
paramé tricos. A significâ ncia estatística foi aceita como p < 0,05. O tamanho do efeito foi calcu‐
lado utilizando-se mé todos propostos por Cohen [34], com tamanhos de efeito considerados
pequenos (0,2), mé dios (0,5) ou grandes (0,8). As aná lises estatísticas foram realizadas uti‐
lizando-se o software SPSS 25 (IBM SPSS, NY, EUA). Todas as figuras foram geradas no
GraphPad Prism (Versã o 8, GraphPad).

Cá lculo de poder O tamanho da amostra foi estimado a partir de um cá lculo amostral


(G*Power 3.1) com um nível alfa de 0,05, um poder (1-β) de 0,80 e um tamanho de efeito
mé dio de 0,5 e sugere que n = 12 no total seria suficiente.

Resultados

Características descritivas

As características físicas dos participantes completaram o EIMD sã o apresentadas na Tabela 1.


Houve homogeneidade em todas as características dos participantes entre os grupos.
Tabela 1

Características físicas dos participantes completaram EIMD, amostra independente de comparação de teste t
entre o grupo N-3 e Placebo

Total
N-3
PLA(
Valor de p
(n = 14) (n = 7) n = 7)

Idade (anos) 25,07 (± 4,05) 25,57 (± 4,18) 24,57 (± 4,24) 0.66


Peso (kg) 73,04 (± 9,82) 69,34 (± 10,93) 76,74 (± 7,59) 0.17
Altura (cm) 179,59 (± 10,24) 174,60 (± 11,64) 184,59 (± 5,77) 0.06
IMC (kg/m 2) 22,60 (± 1,80) 22,63 (± 1,41) 22,59 (± 2,24) 0.97
Gordura corporal (%) 10,75 (± 4,07) 10,40 (± 4,29) 11,10 (± 4,15) 0.76
V̇O2máximo (ml/kg/min) 62,43 (± 11,77) 65,11 (± 11,08) 59,74 (± 12,66) 0.41

Os valores são expressos como média ± DP. N-3, grupo ô mega-3; Grupo placebo PLA, índice de massa corporal
do IMC, V̇ O2consumo máximo máximo de oxigênio

As características descritivas nos dados dieté ticos no início do estudo (antes da


suplementaçã o) dos participantes de ambos os grupos sã o apresentadas na Tabela 2. Um teste
t de amostras independentes foi realizado para comparar energia, macronutrientes e relaçã o
n-6/n-3 entre os grupos, e o teste U de Mann-Whitney foi realizado para comparar a ingestã o
de n-3 [N-3, Md = 7,57 (53,00); PLA, Md = 7,43 (52,00), U = 24,00, Z = − 0,064] e ingestã o n-6
[N-3, Md = 8,21 (57,50); PLA, Md = 6,79 (47,50), U = 19,50, Z = − 0,640] entre os grupos. Nã o
houve diferença significativa no consumo alimentar (p > 0,05) no início do estudo entre o
grupo N-3 e o PLA (Tabela ​2).

Tabela 2

Dados dietéticos no início do estudo entre os grupos N-3 e PLA

Total
N-3
PLA(
Valor de p
(n = 14) (n = 7) n = 7)

Energia (Kcals) 2580,64 (± 789,39) 2664,71 (± 414,35) 2496,57 (± 1077,93) 0.707


CHO (g) 296,64 (± 83,62) 319,71 (± 59,15) 273,57 (± 102,02) 0.321
Proteína (g) 109,11 (± 30,21) 108,64 (± 23,20) 109,57 (± 37,94) 0.957
Gordura (g) 94,99 (± 46,12) 89,48 (± 28,06) 100,49 (± 61,23) 0.673
n-3 (g)um 1,56 (± 1,43) 1,41 (± 1,20) 1,70 (± 1,72) 0.949
n-6 (g)um 9,47 (± 7,42) 9,85 (± 6,59) 9,09 (± 8,69) 0.522
relação n-6/n-3 8,20 (± 4,91) 9,18 (± 4,81) 7,21 (± 5,18) 0.476

Os valores são expressos como média ± SD. Grupo ô mega-3 N-3, placebo PLA, carboidratos CHO, ácidos
graxos ô mega-3 n-3, ácidos graxos ômega-6 n-6. umindicar o teste U de Mann-Whitney
As características descritivas dos dados dieté ticos apó s o período de suplementaçã o dos par‐
ticipantes de ambos os grupos estã o apresentadas na Tabela 3. Um teste t de amostras inde‐
pendentes foi realizado para comparar energia, macronutrientes, ingestã o de n-3 e n-6 entre
os grupos. Houve uma diferença significativa na ingestã o de n-3 com o grupo N-3 mostrando
uma maior ingestã o de n-3 apó s a suplementaçã o. No entanto, nã o houve diferença significa‐
tiva em nenhum outro consumo alimentar (p > 0,05) entre os grupos (Tabela ​3).

Tabela 3

Dados dietéticos pó s-suplementação (+ 3 g de suplementação n-3) dos participantes completaram EIMD,


comparação de teste t de amostra independente entre o grupo N-3 e Placebo

Total
N-3
PLA(
Valor de p
(n = 14) (n = 7) n = 7)

Energia (Kcals) 2574,57 (± 928,64) 2653,43 (± 794,99) 2495,71 (± 1105,43) 0.765


CHO (g) 305,64 (± 134,93) 293,50 (± 68,18) 317,78 (± 185,62) 0.751
Proteína (g) 109,79 (± 32,36) 104,06 (± 26,08) 115,52 (± 38,89) 0.529
Gordura (g) 92,84 (± 37,37) 104,33 (± 38,87) 81,35 (± 34,74) 0.266
n-3 (g) 2,82 (± 1,92) 3,87 (± 1,90) 1,78 (± 1,34) 0.036*
n-6 (g) 8,47 (± 5,41) 8,65 (± 5,83) 8,29 (± 5,42) 0.906
relação n-6/n-3 4,65 (± 3,80) 3,19 (± 3,18) 6,12 (± 4,03) 0.157

*
Nível significativo, p < 05,3; Os valores são expressos como média ± SD. Grupo N-3 ô mega-3, placebo PLA,
carboidratos CHO, ácidos graxos ô mega-3 n-6, ácidos graxos ômega-6 n-<>

Alé m disso, um teste t de amostras independentes foi realizado para comparar o estado de
hidrataçã o dos participantes antes do EIMD entre o grupo N-3 e o PLA. Nã o houve diferença
significativa no estado de hidrataçã o [N-3, n = 7, (M = 1,015, DP = 0,007) e PLA, n = 7, (M =
1,012, DP = 0,007); t (12) = 0,72, p > 0,05, bicaudal] entre os grupos.

Marcadores sanguíneos

A ANOVA de Friedman sugeriu um efeito do tempo na atividade da CK para os grupos PLA e N-


3 (ambos p < 0,001), com testes post hoc sugerindo que ambos os grupos estavam aumenta‐
dos em 24, 48 e 72 h em relaçã o à linha de base (p < 0,05, r = 0,63 indicando um tamanho de
efeito mé dio para todos os trê s pontos de tempo; Fig. 2.
Fig. 2

Marcadores plasmáticos de danos musculares e inflamação em função do tempo. a CK (% de alteração em


relação à linha de base), b IL-6 (% de alteração em relação à linha de base) e c TNF-α (% de alteração em
relação à linha de base). Dados mostrados como medianas, barras de erro indicam intervalo interquartil.
Linha horizontal tracejada indica 100% (linha de base). * indica diferença significativa em relação à linha de
base. Pontos de dados de correspondência de tempo deslocados horizontalmente para aumentar a clareza
A). No entanto, nã o houve diferença significativa entre PLA e N-3 em nenhum momento.

O teste U de Mann-Whitney foi utilizado para comparar a concentraçã o plasmá tica de IL-6 en‐
tre o grupo N-3 e o PLA. Nã o houve diferença significativa entre os grupos em nenhum mo‐
mento. No entanto, a ANOVA de Friedman revelou que a IL-6 plasmá tica nã o se alterou ao
longo do tempo no grupo N-3 (p = 0,434), mas se alterou no grupo PLA (p = 0,009). Testes
post hoc sugeriram que a IL-6 estava elevada no grupo PLA imediatamente apó s EIMD em
relaçã o à linha de base (p < 0,05, r = 0,61 indicando um tamanho de efeito mé dio), mas nen‐
hum outro ponto de tempo (Fig. ​2)

B). O teste U de Mann-Whitney foi realizado para comparar a concentraçã o plasmá tica de TNF-
α entre os grupos. Os α plasmá ticos de TNF nã o diferiram com o tempo no grupo PLA (p =
0,274) ou N-3 (p = 0,345; Fig. ​2c).

Mediçõ es funcionais

O teste U de Mann-Whitney foi executado para comparar a dor muscular percebida entre o
grupo N-3 e o PLA em cada ponto de tempo. Houve diferença estatisticamente significante no
DOMS entre os grupos à s 24 h pó s-EIMD, com o PLA mostrando maior dor muscular em
comparaçã o com o grupo N-3 (p = 0,034) com um tamanho de efeito mé dio (r = 0,56). O teste
de Friedman sugeriu que o DOMS diferiu significativamente tanto no grupo N-3 quanto no PLA
(p < 0,001). Comparaçõ es pareadas sugeriram que o grupo N-3 apresentou DOMS elevado
imediatamente apó s (r = 0,57) e à s 24 h pó s-EIMD (r = 0,59) em relaçã o ao pré (todos p <
0,05), enquanto o grupo PLA manteve o DOMS por mais tempo, sendo elevado imediatamente
apó s (r = 0,64), e em ambos 24 e 48 h pó s-EIMD (r = 0,6) em relaçã o ao pré (todos p < 0,05;
Fig. 3a).
Fig. 3

Medidas funcionais musculares anteriores (pré) e seguintes (pó s – 72 h) EIMD. a DOMS, os dados indicam
mediana, intervalo interquartil de barras de erro. Os dados b MVIC (Kg) e c de potência de pico (W) indicam
médias, barras de erro desvio padrão. * indica diferença significativa do ponto de tempo Pré, # indica
diferença entre os grupos no ponto de tempo indicado. Pontos de dados de correspondência de tempo deslo‐
cados horizontalmente para aumentar a clareza
Nenhuma interaçã o grupo x tempo foi observada para CIVM (ANOVA de medidas repetidas, p
= 0,813) ou um efeito principal do grupo (p = 0,338). Um efeito principal significativo para o
tempo foi observado para a força da perna MVIC (p = 0,011, ηp2 = 0,813). Este resultado sug‐
ere um grande tamanho de efeito com CIVM suprimida em relaçã o ao pré nos grupos N-3 e
PLA (N-3 = 29,6 (±8,8) kg vs 20,8 (±10,6) kg, PLA = 36,5 (±10,2) kg vs 27,1 (±7,4) kg; ambos p
< 0,05) imediatamente apó s o EIMD, mas nenhum outro ponto de tempo (Fig. ​3b).

Nenhuma interaçã o grupo x tempo foi observada para potê ncia de pico (ANOVA de medidas
repetidas, p = 0,514) ou um efeito principal do grupo (p = 0,310). Um efeito principal significa‐
tivo para o tempo foi observado para a potê ncia de pico (p = 0,014, ηp2 = 0,841). Este resul‐
tado sugere um grande tamanho de efeito com teste post hoc sugerindo nenhuma mudança na
potê ncia de pico apó s EIMD no grupo N-3, mas uma supressã o na potê ncia de pico no grupo
PLA em 24 h em relaçã o ao pré [pré -EIMD = 825,6 (±90,7), 24 h = 763,0 (±103,1) W, p < 0,05]
(Fig. 3c).

Discussã o

Os resultados aqui apresentados sugerem que a suplementaçã o de 4 semanas com 3 g/dia de


n-3 PUFA compensa a resposta à dor induzida pelo EIMD apó s uma ú nica sessã o de exercício
de alta intensidade. Embora uma diminuiçã o da potê ncia de pico de saída no grupo PLA em 24
h apó s o EIMD e uma resposta de tempo embotada no marcador pró -inflamató rio IL-6 tenham
sido testemunhadas no grupo N-3 imediatamente apó s o EIMD, nã o foram encontradas
diferenças entre os grupos. Embora os achados sugiram diminuiçã o da CIVM e aumento da CK
plasmá tica apó s a DMIE, nã o foi observada diferença entre os grupos, sugerindo ganho posi‐
tivo mínimo no desempenho do exercício com suplementaçã o de n-3.

Marcadores sanguíneos

Nossos dados mostram um aumento significativo da atividade da CK apó s EIMD antes de re‐
tornar à linha de base em ambos os grupos, espelhando os relatados anteriormente [9, 35].
Por outro lado, Bloomer et al. [20] nã o relataram aumento significativo da atividade da CK
apó s o exercício excê ntrico. Este achado está de acordo com os achados de Atashak et al. [19],
outro estudo [36] com um protocolo de exercício semelhante, apó s uma corrida de 40 minu‐
tos em declive, e Tsuchiya et al. [23] apó s um protocolo excê ntrico com uma dose semelhante,
mas maior período de suplementaçã o (8 semanas).

Os dados aqui apresentados mostraram um grande grau de variabilidade na CK circulante (de


65 a 4939 U/L), o que está de acordo com pesquisas anteriores [37]. Assim, a CK sozinha
pode nã o ser um reflexo preciso do grau de dano muscular apó s o exercício excê ntrico [38]
devido à grande variabilidade interindividual em resposta com uma variaçã o de 236 a 25.244
UI/L [1]. Portanto, os resultados da eficá cia da suplementaçã o de n-3 em biomarcadores de
dano muscular indireto, como a CK, apó s o desempenho má ximo do exercício podem ser in‐
consistentes devido à variabilidade isolada, e tais marcadores nã o devem ser considerados
isoladamente.
A concentraçã o plasmá tica de IL-6 atingiu o pico imediatamente apó s o EIMD para o grupo
PLA. Esse pico de IL-6 plasmá tica apó s o exercício está bem documentado na literatura [39–
41]. No entanto, nã o houve diferença significativa na concentraçã o plasmá tica de IL-6 entre os
grupos N-3 e PLA. Esse achado está de acordo com os achados de Tarbinian et al. [41], que
nã o encontraram diferença significativa entre os grupos na concentraçã o plasmá tica de IL-6
imediatamente apó s o exercício.

De maneira semelhante à IL-6 plasmá tica, nã o houve diferenças na concentraçã o plasmá tica de
TNF-α pó s-EIMD entre os grupos N-3 e PLA. Há evidê ncias conflitantes sobre o comporta‐
mento da resposta α TNF apó s o exercício de danos musculares. [42] mostraram que a α
plasmá tica de TNF foi elevada apó s exercício prolongado, outros nã o observaram qualquer
alteraçã o [43] e outros registraram uma diminuiçã o no TNF-α [44]. No estudo de Lenn et al.
[45], a α TNF-nã o foi significativamente aumentada, o que é um resultado semelhante com o
presente estudo, onde nã o foi demonstrado aumento significativo na concentraçã o plasmá tica
de TNF-α. Isso pode ser devido a um mecanismo de feedback, que a IL-6 inibe o TNF-α [43].
Assim, pode ser que o TNF-α plasmá tico nã o seja um marcador ideal para quantificar a
inflamaçã o induzida por EIMD.

Mediçõ es funcionais

Relatamos uma mudança significativa no escore de dor da EAV apó s o EIMD em ambos os gru‐
pos, mais uma evidê ncia de que o protocolo de exercício usado causou danos musculares sig‐
nificativos. Mais especificamente, a percepçã o da dor dos participantes atingiu o pico imediata‐
mente apó s o EIMD e permaneceu elevada em 24-48 h pó s-EIMD, o que é consistente com out‐
ros achados [1, 46]. Nosso estudo demonstrou uma diferença significativa na percepçã o de
dor muscular entre os grupos em 24 h pó s-EIMD, sugerindo que N-3 pode ter experimentado
menos dor em comparaçã o com o grupo PLA neste momento. Estudos anteriores [17, 18, 47]
també m encontraram diferenças significativas no DOMS entre os grupos apó s o EIMD, com o
grupo do ó leo de peixe tendo reduzido a dor muscular. Pelo contrá rio, Jakeman et al. [17] uma
dose aguda de n-3 PUFA imediatamente apó s um exercício de lesã o muscular, demonstrou dor
muscular semelhante entre os grupos. A ausê ncia de efeito sobre o DOMS pode ser devida à
dose aguda de suplementaçã o apó s o exercício e é insuficiente para alterar o conteú do de
fosfolipídios musculares [48, 49] em relaçã o à s 4 semanas de suplementaçã o aqui utilizadas.

O desempenho subsequente do exercício é significativamente afetado pela EIMD e seus sin‐


tomas [2]. A perda de força muscular é considerada a medida indireta mais vá lida do dano
muscular [50]. Como esperado, e ao observar um grande tamanho de efeito, a força das per‐
nas diminuiu significativamente imediatamente apó s o EIMD em ambos os grupos em
comparaçã o com os valores pré -EIMD. No entanto, nã o houve diferenças significativas na CIVM
entre os grupos nem foi observado qualquer efeito de interaçã o, sugerindo que os níveis de
dano muscular permaneceram inalterados pelo consumo de n-3. Esses achados coincidem
tanto com os de Gravina et al. [51], que relataram nenhum impacto de 4 semanas de
suplementaçã o de n-3 na força das pernas, apesar de uma dose mais alta (equivalente a 0,1
g/kg/dia de suplemento em cá psulas, 1000 mg n-3 de PUFA por cá psula, com uma ingestã o
mé dia de 7 ± 2 cá psulas por dia) quanto de Gray et al. [20] que nã o mostraram efeito de
grupo, com uma duraçã o mais longa (6 semanas) de suplementaçã o de n-3. Alé m disso, um es‐
tudo muito recente de Ramos-Campo et al. [52], examinando danos musculares apó s exercício
excê ntrico, nã o encontrou diferença significativa no dé ficit de força entre o grupo de
suplementaçã o e placebo apó s uma suplementaçã o n-10 de 3 semanas. Portanto, as
implicaçõ es dos achados dos estudos anteriores e dos nossos sã o que a suplementaçã o de n-3
nã o tem efeitos positivos significativos na recuperaçã o da força muscular.

Como medida secundá ria da funçã o muscular, examinamos a potê ncia de pico de ciclismo, sem
diferença significativa entre os grupos. No entanto, o grupo PLA demonstrou uma supressã o
significativa na potê ncia de pico em 24 h apó s EIMD em relaçã o ao pré , enquanto nã o houve
alteraçã o no grupo N-3 em relaçã o ao pré -EIMD. A diminuiçã o da potê ncia de pico de ciclagem
24 horas apó s o EIMD está em linha com pesquisas anteriores [53]. O potencial de
preservaçã o da potê ncia de pico voluntá ria será de interesse para os atletas, onde o desem‐
penho má ximo poderoso repetido é necessá rio, o que é reforçado pelas diferenças na dor
percebida neste momento.

Alé m disso, examinamos o estado de hidrataçã o dos participantes antes do EIMD para garantir
que eles começassem a se exercitar eu-hidratados, para evitar que a hidrataçã o fosse um fator
co-fundador para o desempenho do exercício. També m avaliamos a ingestã o de n-3 usando
um diá rio alimentar de 48 horas no período pré e pó s-suplementaçã o. Nenhuma diferença na
ingestã o de n-3 foi observada entre os grupos antes da suplementaçã o. Como seria de se es‐
perar, houve um aumento na ingestã o de n-3 no grupo N-3 em relaçã o ao grupo PLA apó s a
suplementaçã o.

Limitaçõ es, recomendaçõ es e direçõ es futuras

Algumas potenciais limitaçõ es do presente estudo devem ser reconhecidas. O baixo poder
estatístico devido ao tamanho modesto da amostra desempenhou um papel na limitaçã o da
significâ ncia das comparaçõ es estatísticas realizadas. Os rigorosos crité rios de inclusã o, bem
como o desempenho das tarefas de corrida descendente, dificultaram o recrutamento dos par‐
ticipantes. Biomarcadores sanguíneos adicionais, como mioglobina e proteína C-reativa,
també m podem fornecer mais informaçõ es em estudos futuros sobre danos musculares. Uma
imagem mais clara sobre a mudança na funçã o muscular poderia envolver o exame da
suplementaçã o de n-3 e do dano muscular, considerando mú ltiplas medidas funcionais, como
torque MVC em mú ltiplos â ngulos articulares, ADM, inchaço dos membros e / ou altura do
salto. Medidas da funçã o muscular devem ser usadas em combinaçã o com marcadores
plasmá ticos indiretos para fornecer evidê ncias mais confiáveis na avaliaçã o da magnitude do
dano muscular. Idealmente, medir diretamente o dano muscular de bió psias musculares seria
ideal, embora altamente invasivo. Alé m disso, estudos futuros podem considerar a coleta de
amostras de sangue em pontos de tempo agudos adicionais, como 1, 3, 6 ou 12 h apó s o
exercício de danos musculares. Ao fazê -lo, podemos ter observado uma diferença de resposta
inflamató ria aguda entre os grupos, como foi observado em outros lugares [17]. As dietas dos
participantes nã o foram explicitamente controladas durante o período de carregamento de 4
semanas, no entanto, um diá rio alimentar de 48 horas foi registrado imediatamente antes do
período de suplementaçã o e repetido 48 horas antes do té rmino da suplementaçã o (imediata‐
mente antes do EIMD); cujos resultados sugeriram que os participantes nã o alteraram sua
ingestã o caló rica habitual de macronutrientes ou total. Estudos futuros podem considerar um
mé todo para controlar a ingestã o de alimentos dos participantes, como fornecer refeiçõ es pré -
embaladas ou registrar diá rios alimentares completos durante todo o período de
suplementaçã o e fase de recuperaçã o. No entanto, isso incorreria em custos significativos e
exigiria que os participantes tivessem um maior compromisso com esses mé todos. Na tentativa
de isolar o efeito da suplementaçã o de n-3, o colá geno foi escolhido como placebo neste es‐
tudo para evitar a manipulaçã o da relaçã o n-6/n-3. Nã o há evidê ncias na literatura de que o
colá geno tenha efeito pró ou anti-inflamató rio e, portanto, nã o se oporia à açã o da
suplementaçã o de n-3. Considerando que, outros relató rios utilizaram o ó leo de milho como
um controle placebo que é alto em n-6 e, portanto, pode nã o representar um verdadeiro
placebo [11, 54].

Conclusã o

No geral, esses achados reforçam a hipó tese de que 4 semanas de suplementaçã o de 3 g/dia
n-3 podem atenuar aspectos menores da EIMD, como observado no DOMS e na potê ncia de
pico. Tipicamente, nã o foram observadas diferenças significativas entre os grupos, no entanto,
observou-se uma resposta inflamató ria embotada imediatamente apó s o exercício excê ntrico e
uma diminuiçã o da atividade CK em 24 h apó s o exercício de lesã o muscular no grupo N-3.
També m nã o houve diferenças significativas na força das pernas entre os grupos, indicando
que a suplementaçã o de n-3 terá impacto limitado na funçã o muscular e no desempenho sub‐
sequente. Embora nã o melhorem o desempenho, esses achados podem ter relevâ ncia para
evitar o exercício associado à dor.

Informaçõ es Complementares

Arquivo adicional 1.
(1,5 milhõ es, pdf)

Arquivo adicional 2.
(34K, pdf)

Arquivo adicional 3.
(7,4 mil, pdf)

Confirmaçõ es

Os autores agradecem a todos os voluntá rios que participaram deste estudo. Agradecemos
també m a Kate Edwards, Isabela Ramos, John Sampson e Marlene Ferreira pela assistê ncia na
coleta de dados, Isabella Cooper pelas discussõ es teó ricas e Helen Lloyd pelo suporte té cnico.

Abreviaturas
ANOVA Aná lise de variâ ncia

AA Á cido araquidó nico

BIA Aná lise de impedâ ncia bioelé trica

IMC Índice de massa corporal

CK Creatina quinase

CV Coeficiente de variaçã o

DHA Á cido docosahexaenó ico

DOMS Dor muscular de início tardio

EIMD Dano muscular induzido pelo exercício

ELISA Ensaio de imunoadsorçã o enzimá tica

EPA Á cido eicosapentaenoico

Hb Hemoglobina

Fc: Hemató crito

RH Frequê ncia cardíaca

IL-1ra Receptor de interleucina-1

IL-6 Interleucina-6

IL-10 Interleucina-10

MVIC Contraçã o isomé trica voluntá ria má xima

n-3 PUFA Á cidos graxos poli-insaturados ô mega-3

N-3 Grupo intervencionista ô mega-3

PAR-Q Questioná rio de prontidã o para atividade física


PLA Grupo placebo

Pó s-EIMD Apó s o dano muscular induzido pelo exercício

Pré -EIMD Antes do dano muscular induzido pelo exercício

.ROM Amplitude de movimento

ROS Espé cies reativas de oxigê nio

PSE Avaliaçã o do esforço percebido

.RPM Revoluçõ es por minuto

SD Desvio padrã o

TNF–α Fator de necrose tumoral–alfa

USG Gravidade específica da urina

VAS Escala visual analó gica

V̇ O2 Consumo absoluto de oxigê nio

V̇ O2.max Consumo má ximo de oxigê nio

Vtest Velocidade de descida

WURSS Pesquisa de sintomas respirató rios superiores de Wisconsin

Contribuiçõ es dos autores

Este trabalho foi concluído no Grupo de Pesquisa em Fisiologia Translacional da Universidade


de Westminster. YK para aná lise e investigaçã o formal, YK e CF para curadoria de dados, YK e
BE para visualizaçã o, YK e AD para metodologia, YK e BE para administraçã o de projetos, BE e
AD para aquisiçã o de financiamento, YK para redaçã o – manuscrito de rascunho original, YK,
CW, CF, AD e BE para redaçã o – revisã o e ediçã o. Todos os autores leram e aprovaram o
manuscrito final. BE é o autor correspondente para este artigo.

Financiamento
O BE é apoiado pelo Quintin Hogg Charitable Trust e pela AD por financiamento interno da
Universidade de Westminster.

Disponibilidade de dados e materiais

Os conjuntos de dados gerados e analisados durante o presente estudo estã o disponíveis


como material suplementar do autor correspondente, mediante solicitaçã o razoável.

Aprovaçã o ética e consentimento para participar

Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi


realizado de acordo com as diretrizes da Declaraçã o de Helsinque e foi aprovado pelo Comitê
de É tica em Pesquisa da Faculdade de Artes Liberais e Ciê ncias da Universidade de
Westminster (ETH1617-0182).

Consentimento para publicaçã o

Nã o aplicável.

Interesses concorrentes

O dinamô metro isociné tico Kineo utilizado foi fornecido à Universidade de Westminster sem
custo para testes e desenvolvimento pela Globus Italia.

Rodapé

Nota do editor

A Springer Nature permanece neutra em relação às reivindicações jurisdicionais em mapas publicados e afiliações
institucionais.

Alberto Dolci e Bradley Elliott são coautores seniores.

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