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O objetivo desta revisã o é resumir os novos achados sobre os

mú ltiplos benefícios do exercício na doença cardiovascular (DCV).


Atentem-se para a prevalência e os fatores de risco das DCV e para
os mecanismos e recomendaçõ es de atividade física. A atividade
física pode melhorar a sensibilidade à insulina, aliviar a
dislipidemia plasmá tica, normalizar a pressã o arterial elevada,
diminuir a viscosidade do sangue, promover a produçã o de ó xido
nítrico endotelial e melhorar a sensibilidade à leptina para
proteger o coraçã o e os vasos. Além disso, o papel protetor do
exercício sobre o organismo envolve nã o apenas modelos animais
em laborató rio, mas também estudos clínicos, o que é
demonstrado pelas recomendaçõ es da OMS. A intensidade geral
de exercício para humanos recomendada pela American Heart
Association para prevenir DCV é o exercício moderado de 30
minutos, 5 vezes por semana. No entanto, mesmo a atividade mais
fá cil é melhor do que nada. Além disso, devido à diferente aptidã o
física dos indivíduos, um treinamento físico padrã o nã o pode
fornecer o tratamento exato para todos. Assim, a personalizaçã o
do exercício será uma tendência irresistível e trará efeitos mais
benéficos com atividades físicas menos ineficientes. Este artigo
revisa os benefícios do exercício contribuindo para o organismo,
especialmente nas DCV, através dos recentes estudos de
mecanismo.

A inatividade física tem sido identificada como o quarto fator de


risco de morte no mundo, levando a aproximadamente 3,2
milhõ es de mortes anuais. Vá rios estudos mostram uma relaçã o
dose-resposta ó bvia entre o aumento da atividade física e a
diminuiçã o da taxa de ocorrência de DCV, incluindo reduçã o da
pressã o arterial, peso corporal, LDL-ox e tolerâ ncia elevada à
glicose. Uma revisã o sistemá tica estima que a falta de exercício
leva a 6% da ocorrência de doença coronariana no mundo. A
deficiência de atividade física leva à obesidade, aumentando as
moléculas inflamató rias endó genas e os fatores de coagulaçã o.
Além disso, há efeitos protetores coordenados para diminuir o
risco global de DCV incidente pelo exercício [22,23]. Por isso, ter
uma alimentaçã o saudável, evitar fumar e manter atividade física
regular sã o os três conselhos recomendados pela OMS para evitar
as DCV.

Muitas evidências considerá veis apoiam os efeitos terapêuticos e


protetores do exercício sobre o organismo, incluindo melhora da
sensibilidade à insulina de camundongos diabéticos, atenuaçã o da
atividade simpá tica, pressã o arterial e frequência cardíaca em
ratos espontaneamente hipertensos [24]. A resposta biogênica
mitocondrial, os componentes da cadeia de transporte de elétrons,
o mtDNA e as vias metabó licas lipídicas relacionadas estã o todos
aumentados apó s o treinamento físico [25].

A intensidade geral recomendada de exercício para humanos da


American Heart Association para prevenir DCV é de 30 minutos, 5
vezes por semana para atingir pelo menos 150 minutos por
semana de exercício moderado, ou 25 minutos, 3 vezes por
semana para atingir pelo menos 75 minutos por semana de
atividade vigorosa. Os indivíduos podem escolher uma forma de
atividade física ou combinar atividades moderadas e vigorosas.
Eles também serã o beneficiados mesmo que dividam todo o
tempo em vá rias partes de 10 a 15 minutos por dia. Para aqueles
que querem diminuir o risco de ataque cardíaco e derrame,
recomenda-se 40 minutos de atividade aeró bica de intensidade
moderada a vigorosa, 3 ou 4 vezes por semana [116]. O exercício
de intensidade moderada é mais amplamente realizado entre as
pessoas que estã o interessadas em se exercitar e desfrutar do
tempo de descanso. Vá rios estudos mostram que a duraçã o da
atividade física, mas nã o a intensidade, é o principal fator que leva
a benefícios para os seres humanos [117].

A atividade física é considerada uma forma eficiente de prevenir e


neutralizar as alteraçõ es musculares e orgâ nicas relacionadas à
idade [118]. Como sabemos, qualquer atividade é melhor do que
nenhuma e nunca é tarde para começar para os mais velhos [119].
O American College of Sports Medicine e a American Heart
Association recomendam uma descriçã o detalhada para idosos de
que 30 minutos, 5 vezes por semana, de intensidade moderada, ou
20 minutos, 3 vezes por semana, de atividade de intensidade
vigorosa é bom para doenças relacionadas ao envelhecimento. O
treinamento de força deve ser incluído para aumentar os grupos
musculares e prevenir quedas como 8-10 exercícios com 10-15
repetiçõ es, duas vezes por semana [120]. Para os idosos, a adesã o
à s aulas de giná stica para melhorar o equilíbrio e prevenir quedas
é fortemente sugerida [121]. O exercício é geralmente seguro para
pessoas idosas, a menos que para aqueles idosos que já sofreram
de problemas de saú de que fazem treinamento de resistência
[122].

Exemplos de exercícios aeró bicos incluem ciclismo, dança,


caminhadas, esteira, subir escadas, nadar, caminhar e quaisquer
atividades (o critério é que você possa falar sem respirar muito).
O exercício anaeró bio refere-se ao sprint e levantamento de
potência acompanhado de acú mulo de á cido lá ctico causando
fadiga muscular [123]. No entanto, a definiçã o de exercício
moderado e vigoroso varia entre os indivíduos, porque a
imprescindibilidade para medir o nível de intensidade baseia-se
em sua aptidã o física e saú de geral.

Muitas pessoas sã o roubadas pelo pensamento de tudo ou nada ao


fazer exercícios. No entanto, o programa de treinamento de baixa
intensidade pode beneficiá -lo, desde que você comece a mudar.
Mesmo a atividade mais fá cil é melhor do que nada e sempre que
você começa nã o é tarde demais [124].

Existem também alguns limites para o treinamento físico quando


aplicado ao tratamento de pacientes reais. Os estudos existentes
nã o fornecem uma orientaçã o exata sobre a intensidade, duraçã o
e frequência diversificadas de exercícios que podem ser
adequados para os diferentes tipos de doenças. No futuro, a
personalizaçã o do exercício será uma tendência irresistível. Para
aqueles jovens e em condiçõ es saudá veis, pode ser opcional
consultar um médico antes de iniciar um programa de exercícios.
No entanto, o exercício personalizado permite que você execute
mais especificamente com base em seu nível de condicionamento
físico atual, interesse, idade e sexo [125]. Para aqueles idosos que
estã o inativos por um longo período, é necessá rio consultar
médicos que irã o medir alguns índices, como resistência
cardiorrespirató ria, força muscular, resistência muscular e
flexibilidade, e fazer testes de exercício progressivos para
indivíduos [126]. Além disso, para alguém que tem uma doença de
base, o treinamento físico extremo parece desencadear a
progressã o da doença. Assim, o exercício sob medida traria
benefícios nã o apenas para humanos saudá veis, mas também para
os pacientes com doenças crô nicas [127]. Para declínios lentos da
força muscular relacionados à doença, o exercício personalizado
pode se concentrar no treinamento para melhorar a força
muscular e reduzir o risco de quedas. Para quem tem diabetes tipo
2, o controle do peso corporal e o aumento da circulaçã o
periférica sã o os dois primeiros objetivos a serem alcançados.
Para pessoas com artrite, o exercício personalizado ajuda a
reduzir a rigidez articular e aumenta a força muscular [125,
128]. A orientaçã o sistemá tica e geral do exercício por um
instrutor profissional é totalmente necessá ria. A personalizaçã o
do treinamento físico será uma grande demanda e substituirá o
modo aleató rio de exercício hoje.

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