Este documento discute como o sistema cardiovascular se adapta à prática de exercícios físicos como o futebol. Explica que a prática regular de exercícios promove adaptações como aumento da frequência cardíaca, volume sistólico e débito cardíaco, além de vasodilatação muscular, levando a reduções na pressão arterial após o exercício. O objetivo é demonstrar como o esporte contribui para a saúde cardiovascular.
Descrição original:
Título original
Respostas e adaptações cardiovasculares através da prática de exercício físico
Este documento discute como o sistema cardiovascular se adapta à prática de exercícios físicos como o futebol. Explica que a prática regular de exercícios promove adaptações como aumento da frequência cardíaca, volume sistólico e débito cardíaco, além de vasodilatação muscular, levando a reduções na pressão arterial após o exercício. O objetivo é demonstrar como o esporte contribui para a saúde cardiovascular.
Este documento discute como o sistema cardiovascular se adapta à prática de exercícios físicos como o futebol. Explica que a prática regular de exercícios promove adaptações como aumento da frequência cardíaca, volume sistólico e débito cardíaco, além de vasodilatação muscular, levando a reduções na pressão arterial após o exercício. O objetivo é demonstrar como o esporte contribui para a saúde cardiovascular.
Autor Prof. Orientador Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Curso (TURMA) – Trabalho de Graduação dd/mm/aa
RESUMO
O resumo só pode ser elaborado depois de concluído o trabalho e constitui-se de uma
breve explanação de todo o trabalho. Normalmente, o resumo não excede 900 caracteres (15 linhas ou 150 palavras). O resumo deve ser uma apresentação concisa dos pontos relevantes do texto.
O sistema cardiovascular é uma conexão direta entre uma bomba, um circuito
que gera alta pressão com canais de trocas de nutrientes e um sistema de coleta e retorno que exerce baixa pressão sobre o organismo. Tal sistema é composta pelo coração, vasos sanguíneos e o sangue que é bombeado por todo corpo em um circuito fechado. Esta circulação sanguínea se divide em circulação pulmonar e sistêmica, sendo a última responsável pelo resto do corpo. Diante disso vemos o quão complexo é o sistema cardiovascular e seu circuito, ainda mais quando se trata de exercícios físicos, pois as adaptações causadas por exercícios, como por exemplo, a prática de algum do futebol, influencia no aumento da atividade nervosa simpática e na redução da parassimpática, que ocorrem principalmente por causa da ativação do comando central e de macanorreceptores musculares e articulares. Estas alterações neurais resultam no aumento da frequência cardíaca, do volume sistólico e, consequentemente do débito cardíaco. Deste modo, apenas na prática de um exercício tão comum e muito corriqueiro no dia a dia de várias pessoas, faz com que ocorra a vasodilatação na musculatura ativa provocada, principalmente pela liberação de óxido nítrico, o que promove queda da resistência vascular periférica, dessa forma, durante um jogo de futebol observa-se aumento da pressão arterial sistólica e manutenção ou queda da pressão arterial diastólica. Todas essas adaptações permitem dizer que apenas uma partida de futebol promove o aumento no fluxo sanguíneo. Partindo disso, este trabalho tem como objetivo demonstrar como a prática de esporte contribui para a saúde cardiovascular. Para tanto, trataremos de apresentar o que constitui o sistema cardiovascular e como este reagi a prática de esporte, mesmo que esporádica, como o jogo de futebol. Assim, partimos da seguinte problemática: Como o sistema cardiovascular responde e se adapta por meio da prática de esportes? Para respondermo esta problemática, exporemos como a prática do exercício do futebol, em especial, promove o aumento da pressão intramuscular e comprime os vasos arteriais dentro do músculo ativo, além do que estimula os quimiorreceptores musculares e resulta no aumento da atividade nervosa simpática, levando ao aumento da frequência cardíaca e da contratilidade do coração. A metodologia deste artigo é cunho documental-interpretativa com abordagem qualitativa. Assim, foram realizados estudos de revisão bibliográfica para compreender respostas do exercício físico, como o esporte, nas variáveis cardiovasculares, que continham análises referentes as respostas agudas e crônicas do exercício físico. A partir da pesquisa inicial, foi feita a leitura dos títulos. Ademais, também foram utilizados livros e artigos de revisão que abordassem temas como: respostas cardiovasculares por meio de exercício físico. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste tópico discutiremos sobre as características cardiovasculares, pressão
arterial, respostas do sistema cardiovascular a prática de exercício físico, bem como na sua relação com a pressão arterial.
2.1 Pressão arterial e sistema cardiovascular
De acordo com Guyton e Hall (2002), o controle da pressão arterial, da
frequência cardíaca e do duplo produto possui um papel fundamental para o sistema cardiovascular, visto que suas adequadas manutenções são fundamentais para permitir a realização das trocas de nutrientes e excretas apropriadas ao funcionamento do organismo. Seguindo a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010) a pressão arterial e seus limites são arbitrários. Durante décadas o rim foi considerado o principal regulador da pressão arterial há longo prazo e o sistema nervoso autônomo era responsável somente pela regulação em curto prazo (SALGADO et al., 2011). Assim, a liberação da renina pelos rins ocorre quando a pressão diminui para níveis muitos baixos, desencadeando várias reações que sintetizam os peptídeos Angiotensina I e Angiotensina II. Uma vez liberados estes peptídeos tem a função de aumentar a PA por meio da sua potente ação vasoconstritora (GUYTON e HALL, 2006). Diante disso, alguns fatores podem influenciar o aumento da PA, como: aumento do volume sanguíneo, elevação da FC, aumento do volume de ejeção, aumento da viscosidade sanguínea e aumento da resistência periférica (POWERS; HOWLEY, 2020). Deste modo, a hipertensão é classificada em dois tipos: primária ou hipertensão essencial e a hipertensão secundária. A causa da hipertensão primária é desconhecida e a hipertensão secundária decorre de alguma patologia conhecida, portanto é secundária a outra doença (POWERS E HOWLEY, 2000). Partindo, então, dessas considerações sobre a PA, entendemos que muito se discute ainda sobre determinadas respostas e constituições sobre a causa de seus desregulamento e o quão é necessário procurarmos formas de regulá-la, coisa que nosso corpo, por ser inteligente, busca por si próprio, contudo, devemos ajudá-lo a nos ajudar. Desta forma, podemos ver que a prática de exercício, em paralelo as ativações neurais, a oclusão do fluxo sanguíneo muscular auxilia neste processo que estamos discorrendo, podendo até diminuir um pouco, assim, o débito cardíaco. Por esse motivo, de acordo com Oliveira et al (p. 216, 2010): “a hipertrofia fisiológica que ocorre normalmente é uma combinação de diferentes graus de ambas, hipertrofia concêntrica e excêntrica, levando a hipertrofia cardíaca mista, como a observada em triatletas”. Assim, é necessário entendermos como funciona o sistema cardiovascular para examinarmos sua adaptação e resposta ao exercício físico. O coração, como se sabe, é composto por três tipos de músculos: músculo ventricular, atrial e fibras excitatórias e condutoras. As contrações dos músculos atrial e ventricular formam o ciclo cardíaco a partir da sístole (contração) e diástole (relaxamento) (GUYTON e HALL, 2006; POWERS e HOWLEY, 2000). Cada ciclo começa por meio da produção espontânea do potencial de ação no nodo sinusal, que está situado na parede lateral superior do átrio direito, o próprio sangue é o líquido que circula dentro do sistema vascular, tendo componentes celulares (hematócrito: 45%) e não celulares (plasma: 55%) (ROBERGS e ROBERTS, 2002). Em consonância com Berne e Levy (2000), compreende-se que o fluxo sanguíneo segue uma trajetória unidirecional, isto se deve aos folhetos localizados no coração onde esta distribuição é controlada. Esses folhetos ou válvulas impedem o movimento retrógrado do sangue, são elas: atrioventriculares direita e esquerda, válvula semilunar pulmonar e válvula semilunar aórtica (POWERS e HOWLEY, 2000). Por essa razão, Powers e Howley (2000) afirmam que as funções mais importantes do sistema cardiovascular é: ofertar quantidades significativas de oxigênio para todo o organismo, regular a temperatura corporal, transportar nutrientes para todo o corpo e retirar os metabólitos do organismo através da hemodinâmica. A prática de exercício físico ajuda a manter as funções descritas acima em pleno funcionamento e em estado regulado, fazendo com que o indivíduo possa ter uma vida mais saudável, pois, por exemplo, quando uma pessoa se encontra em repouso, o coração bombeia de 4 a 6 litros de sangue por minuto, já durante o exercício de alta intensidade, o coração bombeia o sangue quatro a sete vezes mais do que em repouso (GUYTON E HALL, 2006). 2.2 A prática de exercício como fator regulamentário do sistema cardiovascular
Em frente ao que foi descrito no tópico anterior, partindo do entendimento da
relevância do exercício físico para a pressão arterial e, concomitantemente, para o sistema cardiovascular e o que débito cardíaco (DC), referente á quantidade de sangue bombeado pelo coração durante o período de 1 minuto, pode ser melhor trabalhado juntamente com a prática de exercício físico regular, compreendemos, então, que uma partida de futebol pode provocar adaptações crônicas que podem ser chamadas de respostas ao treinamento físico (HAMER, 2006). As investigações já realizadas acerca da hipotensão pós-exercício (HPE) não são recentes. Hill (1897) destaca que em 1987 ficou constatada a redução da PA durante 30 minutos, após uma corrida rápida e curta de 360 metros. Imagine está mesma condição em jogo de futebol que contém 90min em seu tempo regular, se corre muito mais. Assim, pode-se afirmar que após a realização de um simples “pelada”, como se costuma chamar um jogo de final de semana com amigos e parentes, a pressão arterial reduz e permanece abaixo dos níveis aferidos antes da partida (LATERZA, RONDON e NEGRÃO, 2007) o que faz com que a prática regular de exercício físico seja recomendada por profissionais da saúde para controle da PA e em alguns casos dispensando a utilização de medicamentos (LATERZA et al., 2008). Tal efeito hipotensor se mostra como uma adaptação dos mecanismos do sistema nervoso (retirada simpática e reatividade vagal), da sensibilidade aos barorreflexores e do aumento do óxido nítrico (HALLIWILL JR., 2001, e REZK et al., 2006). De acordo com Laterza, Rondon e Negrão (2007), a duração da HPE deve ser observado na condição de repouso antes de iniciar o exercício físico, no qual o nível pressórico pode estar diretamente relacionado à variação dessa hipotensão. Desta forma, são diversos os estudos que observam o efeito hipotensor agudo após a realização de um programa de treinamento resistido a partir de 30 minutos quando comparado ao repouso (MAIOR AS, ALVES Cl, FERRAZ FM, et al., 2007a; MAIOR AS, AZEVEDO M, BERTON D, et al., 2007b). Outro estudo mostra que essa resposta hipotensora pós-esforço acontece a partir de 10 minutos em indivíduos normotensos (POLITO et al., 2003). A prática regular de um exercício físico como futebol, que tem duração de até 90min ou mais é o suficiente para adaptar de maneira crônica o sistema cardiovascular de indivíduos com hipertensão arterial leve e moderada. 4 MATERIAL E MÉTODOS
Para o desdobramento deste artigo, utilizamos a abordagem qualitativa de tipo
interpretativa documental para investigarmos as respostas e adaptações cardiovasculares ao exercício físico, identificando assim de que modo a prática de exercício físico regular, como jogar bola, algo muito comum no dia a dia de jovens, adultos e idosos, pode regular a pressão arterial e trazer diversos benefícios à saúde. Para tal investigação, o instrumento empregado para coleta de dados foi a pesquisa bibliográfica juntamente com a análise textual do referido referencial teórico operado neste artigo. Para tal investigação, o instrumento empregado para coleta de dados foi a pesquisa bibliográfica juntamente com a análise textual do referido referencial teórico operado neste artigo. Para Marconi e Lakatos (2003, p. 183):
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia
já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão.
A finalidade da utilização deste procedimento é colocar o pesquisador em
contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. Assim, analisamos textos que demonstrassem a relevância do exercício físico controle e regulamentação da PA, bem como no auxílio do bom desempenho do sistema cardiovascular como um todo.