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ica
Ciência e Prática do Fitness Funcional •
Graduado em Educação Física (2010); Mestre (2013), com
al
período sanduíche na Western Kentucky University (Bowling
n t
Green - KY) (2011); Doutor (2017) em Educação Física pela
Fu rá
Universidade Católica de Brasília (UCB), com visita técnica
n
ao laboratório de Fisiologia do Exercício da Universidade de
cio
Nevada, em Las Vegas (2013), e Pós-doutor em Educação
P
Física (2018) e Ciências Médicas (2019) pela Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Professor Colaborador do Departamento de Ciências Médi-
ne e
cas da Faculdade de Medicina da UFMT (desde 2019).
Fit cia
Pesquisador na área do treinamento de Força e treinamento
ss
desportivo, conta com mais de 120 artigos científicos e 3 li-
vros publicados, atuando principalmente na linha de pesqui-
do iên
sa que investiga as alterações agudas e crônicas no Fitness
Funcional. Além disso, possui vasta experiência como trei-
nador no Fitness Funcional, com seus atletas participando
e conquistando diversos campeonatos na América do Sul.
C
Nuno Manuel Frade de Sousa
Graduado em Ciências do Desporto e Educação Física (2005)
pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física
FICHA TÉCNICA
Autores
Ramires Tibana
Nuno Sousa
Edição
Livro na Mão@voceautor
Revisão ortográfica
Cláudia Fonseca
Impressão
Rona Editora
Tibana, Ramires
Ciência e prática do fitness funcional /
Ramires Tibana, Nuno Sousa. -- 1. ed. --
Brasília, DF : Livro na Mão, 2024.
ISBN 978-65-81531-10-2
24-188831 CDD-613.71
Índices para catálogo sistemático:
1a edição - Brasília
COLABORADORES
Andressa Silva
Bruno Fornari
Caroline Romeiro
5
Fábio Dominski
6
Luís Fernando Deresz
7
PREFÁCIO
9
A desmitificação das lesões no Fitness Funcional é uma
batalha diária para o crescimento e a expansão da moda-
lidade, tema abordado no Capítulo 1 da obra. Na seção in-
trodutória, não teria como ser diferente. Mas é necessário
ir além e superar essa temática. Para tal fim, são aborda-
das as características fundamentais do programa de trei-
namento, a evolução da terminologia, culminando na que
é considerada mais adequada atualmente e que nomeia o
presente livro – sugerida inicialmente pelo próprio autor
–, a estrutura das sessões práticas de treinamento, além
dos aspectos psicológicos, especialmente a motivação,
variável primordial para qualquer comportamento. As
respostas e adaptações fisiológicas decorrentes dos pro-
gramas de fitness funcional, assim como seus benefícios
e possíveis riscos como a rabdomiólise são explorados
também no início da obra.
10
Este não é o caminho absoluto, mas compõe a base, as-
sim como descreve o princípio da conscientização.
Fábio Dominski
11
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
INTRODUÇÃO AO FITNESS FUNCIONAL
Ramires Alsamir Tibana
Gabriel Veloso Cunha
Fábio Dominski
CAPÍTULO 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
SISTEMAS ENERGÉTICOS NO FITNESS FUNCIONAL
Nuno Manuel Frade de Sousa
Ramires Alsamir Tibana
CAPÍTULO 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
PRINCÍPIOS E PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO
NO FITNESS FUNCIONAL
Ramires Alsamir Tibana
Nuno Manuel Frade de Sousa
CAPÍTULO 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
PERIODIZAÇÃO NUTRICIONAL E
BIOMARCADORES DE SAÚDE E DESEMPENHO –
APLICAÇÕES PARA ATLETAS DE FITNESS FUNCIONAL
Caroline Romeiro
Ramires A. Tibana
Nuno Manuel Frade de Sousa
CAPÍTULO 5. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
RECUPERAÇÃO PÓS-TREINO
Frederico Ribeiro Neto
Rodrigo Rodrigues Gomes da Costa
CAPÍTULO 6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
TAPERING: OBJETIVO, ESTRATÉGIAS E APLICAÇÃO
Nuno Manuel Frade de Sousa
Ramires A. Tibana
CAPÍTULO 7. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
CARGA DE TREINAMENTO: PRÁTICAS COMUNS
DE MONITORAMENTO E UM GUIA PARA O FITNESS FUNCIONAL
Nuno Manuel Frade de Sousa
Ramires Alsamir Tibana
CAPÍTULO 8. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
APLICAÇÕES PRÁTICAS NO CONTROLE
DA CARGA DE TREINAMENTO
Nuno Manuel Frade de Sousa
Ramires A. Tibana
CAPÍTULO 9. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273
OVERTRAINING NO FITNESS FUNCIONAL:
UMA ABORDAGEM PRÁTICA
Nuno Manuel Frade de Sousa
Ramires A. Tibana
CAPÍTULO 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
ASPECTOS RELACIONADOS À QUALIDADE
DO SONO EM ATLETAS
Vinícius Vieira Benvindo
Ramires Alsamir Tibana
Andressa Silva
Luís Fernando Deresz
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
Uma nova tendência surgiu nos últimos anos e revolucionou a área fit-
ness, impulsionada fortemente por uma marca, para melhorar diversos
componentes da aptidão física de diferentes populações, com níveis de
condicionamento distintos. Até então, nenhum programa de treinamento
tinha incluído em uma mesma sessão de exercícios tantos componentes
diferentes, incluindo capacidade aeróbia, força e resistência muscular,
velocidade, coordenação, equilíbrio, agilidade e flexibilidade (Glassman,
2002).
20
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo
AMRAP: As many reps as possible; EMOM: Every Minute on the minute; RDL: Romanian Deadlift; KB: Kettlebells; GHD:
Prevalência Incidência
A incidência fornece
A prevalência fornece uma População População uma estimativa da taxa
estimativa da proporção de
na qual pessoas sem
indivíduos em uma população
uma determinada
que apresentam uma
condição (p. ex. lesões)
determinada condição
Resultado de desenvolvem tal condição
(p. ex. lesões) em um momento Novos casos (número de novos casos)
específico. É geralmente interesse durante um intervalo de
expressa como uma fração ou
tempo específico.
porcentagem da população
É geralmente expressa
total (p. ex. 10% dos atletas de Proporção Intervalo de como o número de novos
Fitness Funcional de uma
determinada competição de casos tempo casos por unidade de
tempo (por exemplo, lesões
sofreram uma lesão).
a cada 1000h de treino)..
Moran et al. (2017) relatam como uma queixa física sustentada durante
o treinamento de Crossfit e que resultou em um participante incapaz de
completar suas atividades. Weisenthal et al. (2014) a descreveram como
dor, sentimento ou injúria musculoesquelética resultante de um treino de
CrossFit, que levou a pelo menos uma das seguintes situações: remoção
total do CrossFit ou outra atividade física por mais de uma semana, modifi-
cação da duração normal de treinamento, intensidade ou modo por tempo
maior que 2 semanas ou uma queixa física grave o suficiente para exigir
uma visita a um profissional de saúde. Por fim, Hak et al. (2013) propuse-
ram que lesão é qualquer coisa que impeça o indivíduo de treinar, trabalhar
ou competir em qualquer forma e por qualquer período. O Capítulo 7 abor-
da de forma mais detalhada a categorização dos contextos e conceitos de
lesões ou doenças no esporte.
Referências Definições
Weisenthal et al. ; Sum- Qualquer dor, sentimento ou injúria musculoesquelética resultante de um trei-
mitt et al.; Mehrab et al.; no de CrossFit que desencadeei a pelo menos uma das seguintes situações: 1)
Feito et al.; Lima et al.; remoção total do CrossFit ou outra atividade física por mais de uma semana;
Cheng et al.; Tawfik et 2) modificação da duração normal de treinamento, intensidade ou modo por
al.; Santos da Costa et al.; tempo maior que 2 semanas ou 3) uma queixa física grave o suficiente para
Sprey et al. exigir uma visita a um profissional de saúde
A lesão foi definida como uma lesão que atendeu a um dos seguintes critérios nos
últimos 12 meses de participação no CrossFit®: 1) exigiu que o indivíduo procu-
rasse um profissional de saúde para diagnosticar/tratar a lesão; 2) modificação
Escalante et al.
das atividades normais de treinamento por mais de duas semanas; 3) afastamen-
to total do CrossFit® e outras atividades físicas por mais de uma semana; ou 4)
qualquer lesão que exigisse afastamento ou perda de tempo no trabalho.
Qualquer queixa física sustentada durante o treinamento de CrossFit e que re-
Moran et al.
sultou em um participante incapaz de completar suas atividades na modalidade.
Qualquer dano físico que pode resultar em perda ou modificação das ativida-
Montalvo et al.
des diárias ou do programa de treinamento físico de um indivíduo
O início do dano a uma articulação, com nova lesão definida como o início do
Chachula et al.
dano a uma articulação decorrida durante os treinos de CrossFit.
Qualquer queixa física causada por uma transferência de energia que excedeu
a capacidade do corpo de manter sua integridade estrutural e/ou funcional
WILLIAMS et al. que foi sustentada por um atleta durante a competição de Fitness Funcional
e resultou em um atleta recebendo atendimento médico da equipe de apoio
médico oficial do evento.
A lesão foi definida como qualquer lesão ou dor musculoesquelética (nas arti-
Szeles et al. culações, ossos, ligamentos, tendões ou músculos) que impediram um atleta
de se exercitar por pelo menos 1 dia.
Movimento
suprafisiológico
Lesões no
Membro
Superior
Carga
Impacto
excêntrica
Rugby - Jogo 91
Futebol 8.1
Crossfit 3.2
Padel 3
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Lesões/1000h de treino/competição
Incidência de
Autores Prevalência de
Método Duração Lesões (n) lesões (Le-
Participantes lesões (%)
sões/1.000 h)
132 participantes
Hak et al. Retrospectivo Qualquer
(98 homens) 186 73,5% 3,1
(2013) On-line período
32,3 anos
Retrospectivo
Summitt et On-line
187 participantes 6 meses 44 23,5% 1,94
al. (2016) Apenas lesões nos
ombros
449 participantes
Mehrab et Retrospectivo
(266 homens) 12 meses 252 56,1% -
al. (2017) On-line
31,9 ± 8.3 anos
Retrospectivo
Hopkins et
426 pacientes repositório de dados 6 anos 523 - -
al. (2017)
clínicos hospitalar
3049 participantes
Feito et al. Retrospectivo
(1566 homens) 12 meses 931 30,5% 0,27
(2018) On-line
36,8 ± 9,8 anos
122 participantes
Elkin et al. Retrospectivo
(56% mulheres) 24 meses - 60,6% -
(2019) On-line / Papel
(37,45 anos)
Duas compe-
Willians et Estudo de coorte tições (Stren-
1085 competidores 26 2,4% 36
al. (2020) prospectivo gth in Depth
2018-2019)
Por sua vez, para Dominski et al. (2021), a razão pela qual a fisioterapia é a
forma de intervenção terapêutica escolhida para tratar as lesões pode es-
tar associada ao tipo mais comum de lesão, que é musculoesquelética, e
à sua gravidade, que geralmente varia de moderada a leve. Além disso, a
maioria das lesões são diagnosticadas sem exames de imagem ou aten-
dimento médico, pois são autorreferidas. Essas lesões podem responder
bem a tratamentos conservadores, como terapia manual e cinesioterapia.
Figura 12. Fatores que podem ajudar na compreensão do porquê da ocorrência de lesões
e quais medidas podem ser desenvolvidas pelos profissionais para reduzir o risco.
1) 2)
Trapézio Inferior
60
50 *
sEMG (%MVC)
40
30
20
10
0
Grupo com dor Grupo sem dor
Burpees Snatch
120 100 90 30 35 40
(reps) (reps)
GINÁSTICA
Muscle up
30 30 35
(reps)
Toes to bar
70 80 75
(reps)
HSPU
40 40 45
(reps)
Pull-ups
60 65 60
(reps)
A rabdomiólise é uma síndrome que tem sido cada vez mais reconhe-
cida como uma importante etiologia de morbimortalidade associada ao
esporte, com uma clara relação com exercícios extenuantes (Luetmer et
al., 2019) É caracterizada pelos sintomas clínicos e achados laboratoriais
decorrentes do extravasamento de conteúdos intracelulares dos miócitos
para a corrente sanguínea, em especial eletrólitos, mioglobina e proteínas
sarcoplasmáticas (Bosch; Poch; Grau, 2009; Panizo et al., 2015; Pearcey
et al., 2013). Geralmente, manifesta-se com fraqueza, mialgia, edema
na topografia da musculatura acometida e mioglobinúria (Scalco et al.,
2015).
Iniciantes no
esporte
Rabdomiólise
Mioglobina
CK
0 24 48 72 96 120
Horas
Deve-se atentar ainda que, devido à alta procura destes protocolos por
indivíduos obesos ou sobrepesados, o diagnóstico médico prévio de hi-
potireoidismo deve ser levado em consideração na prescrição do trei-
namento por parte dos profissionais de Educação Física. Reconhecida-
mente, o hipotireoidismo é causador de uma miopatia que pode reduzir
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS
550
512
500
Creatina Quinase (U/L)
450
400
372
350
314
300
250
241
200
Pré 24h 48h 72h
Figura 20. Análise do valor absoluto (A) e do percentual (B) da frequência cardíaca
máxima durante dois protocolos de treinamento da CrossFit®: Fran e Fight Gone Bad
200
190
180
Frequência cardíaca (bpm)
170
160
150
140
Fight gone bad
130
120 Fran
110
100
0 5 6 11 12 17
Frequência cardíaca (%FC máxima)
100
90
80
70
40
0 5 6 11 12 17
Tempo (minutos)
Nesse aspecto, nosso grupo de pesquisa demonstrou que dois dias con-
secutivos de CrossFit® induziram um aumento da citocina inflamatória
IL-6, uma redução da citocina anti-inflamatória interleucina-10 (IL-10) e
da razão IL-10/IL-6 (~50%) ao longo de 48 horas após a última sessão
de treinamento, demonstrando que dias consecutivos de treinamento do
Figura 22. Resposta do lactato (A), da percepção de esforço (B) e da creatina quinase
(C) durante e após dois protocolos: all-out e na percepção de esforço 6. *Diferença
significativa em relação aos protocolos (all-out vs PSE-6); #Diferença significativa
em relação aos protocolos (all-out e PSE-6 vs controle). R1-R4 = Rounds do proto-
colo Tibana test.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
MUITO UM POUCO MUITO MUITO,
FRACO FRACO MODERADO FORTE FORTE FORTE MUITO
FORTE
7 homens e 2 mulheres
Kliszczewicz et (27,2 ± 9,6 anos) com Cindy: 20 minutos de AMRAP de 5 pull-ups, 10 push-ups
- - 170,8 ± 13,5 91 ± 4.2% - - -
al. (2014) no mínimo 3 meses de e 15 air squats.
experiência.
273,8 ±
181,9
14,3 ± 2,5 173,4 ± 9,5 93,1 ± 2,2
23 participantes (12 ho- Cindy – O máximo de rounds possíveis em 20 minutos de Experien-
Gomes et al. Experientes Experientes Experientes
mens) (31,0 ± 1,0 anos) 5 pull-ups, 10 push-ups, and 15 agachamentos com o peso - tes - -
(2020) 12,4 ± 5,1 170,1 ± 7,3 93,0 ± 0,8
com e sem experiência. corporal. 279,9 ±
53
Novatos Novatos Novatos 183,0
Novatos
20 participantes com 9,7 ± 0,7 169,2 ± 12,2 89,5 ± 5,6
54
experiência, 10 homens Mulheres Mulheres Mulheres
ADAMI et al. Nancy: 5 séries de 400m de corrida e 15 overhead squats
(29 ± 5,3 anos) and - -
(2021) (42,5/30 kg) 10,4 ± 0,7 - 171,1 ± 8,2 89,8 ± 5,4
10 mulheres (30 ± 3,2
-
anos). Homens Homens Homens
Sousa Neto et 8 homens (28,4 ± 150 arremessos de bola (9 kg) em um alvo com uma altura 338,4 ± 223,5 ± 220,4 ±
17,5 ± 3,0 9,0 ± 0,8 - -
al. (2022) 6,4 anos) de 3 metros. 115,6 89,3 87,2
20 praticantes experien-
Rios et al. tes (~5 anos), sendo 16 Fran: Realizar no menor tempo possível 21-15-9 repetições
15,6 ± 3,1 - 174 ± 8 - - - -
(2023) homens: 29 ± 6 anos e 4 de thrusters (43 kg) e Pull-ups.
mulheres: 26 ± 5 anos.
ADAPTAÇÕES CRÔNICAS
Dessa forma, esses dados indicam que, além da alta adesão ao programa
(superior a 95%) e a ausência de lesões, o treinamento crônico do Fit-
ness Funcional resulta em resultados positivos na força, desempenho de
condicionamento metabólico e composição corporal. Além disso, pode
ser eficaz no controle do diabetes do tipo 2, abordando uma deficiência
central dessa condição. Esses resultados são consistentes com melho-
rias observadas em programas de exercícios aeróbicos tradicionais para
adultos com sobrepeso/obesidade e diabetes do tipo 2.
Fitness
Endurance LPO
Funcional
(n=10) (n=10)
(n=10)
Idade 29 ± 5,8 29 ± 5,4 28 ± 3,6
Estatura (m) 1,76 ± 0,061 1,79 ± 0,043 1,75 ± 0,072
Massa corporal (kg) 71,2 ± 9,16 83,5 ± 6,95* 83,1 ± 15,35
Massa corporal gorda (%) 11,2 ± 3,42 12,6 ± 2,43 12,8 ± 4,56
Massa corporal magra (kg) 62,4 ± 5,94 72,8 ± 5,75* 71,9 ± 11,08*
VO2 pico/kg (ml•kg−1•min−1) 58,0 ± 7,53 56,0 ± 3,22 48,9 ± 5,47*†
Salto contra movimento (potência máxima)
3,2 ± 0,72 4,5 ± 0,42* 6,0 ± 1,32*†
(W•kg−1)
Força máxima de preensão manual (N•kg−1) 6,8 ± 0,73 7,3 ± 0,68 7,7 ± 1,21*
Força isométrica voluntária máxima – Pico de
9,0 ± 2,43 11,7 ± 1,43* 13,1 ± 2,27*
torque/Extensão (N•kg−1)
Força isométrica voluntária máxima – Pico de
6,7 ± 0,95 7,4 ± 1,18 7,9 ± 1,70
torque/Flexão (N•kg−1)
O lactato, por sua vez, pode influenciar o BDNF de várias maneiras. A in-
teração ocorre através de mecanismos como a inibição da adenilato cicla-
se, resultando na redução do cAMP, e a indução de vias específicas, como
PGC1α/FNDC5/BDNF, promovendo a expressão do BDNF. Essa relação
sugere que a intensidade do exercício desempenha um papel importante
na regulação do BDNF, contribuindo para benefícios neurobiológicos as-
sociados à prática física (Müller et al., 2020).
Figura 26. (A) Curva da relação força e velocidade. A força pode ser expressa em
um intervalo de velocidades e cargas, existindo uma relação inversa entre força e
velocidade. Força e velocidade existem em um contínuo, com a força e a velocida-
de máxima localizadas em extremidades polares. Em uma aplicação prática, quanto
mais pesada a carga, menor a velocidade de execução, e quanto mais leve a carga,
maior a velocidade; (B) Efeitos do treinamento de força com altas cargas na mudança
da relação força-velocidade no ponto final da curva; (C) Efeitos do treinamento ba-
lístico na mudança da relação força-velocidade no ponto inicial da curva; (D) Efeitos
do treinamento de força com altas cargas e do treinamento balístico na mudança da
relação força-velocidade ao longo de toda curva.
(A) (B)
Velocidade
Velocidade
Força Força
(C) (D)
Velocidade
Velocidade
Força Força
2.5
2.0
Força relativa no
Ponto de maiores
1.5
benefícios para
a performance
1.0
Ponto de adicionais
0.5 benefícios
0.0
Capacidade de desempenho
Fonte: Adaptado de Suchomel et al. (2016)
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