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Brazilian Journal of health Review

Efeitos do treinamento resistido na qualidade de vida de idosos: uma


revisão integrativa

Effects of resistant training on the quality of life of elderly: an integrative


review
DOI:10.34119/bjhrv3n2-166

Recebimento dos originais: 05/03/2019


Aceitação para publicação: 17/04/2020

Eduardo Correa
Graduando em Educação Física Bacharelado pela Universidade do Oeste de Santa Catarina.
Endereço: Av. Nereu Ramos, 3777D - Seminário, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.
E-mail: duducorrea94@hotmail.com

Marcos Antônio Cezar


Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
Instituição: Universidade do Oeste de Santa Catarina.
Endereço: Av. Nereu Ramos, 3777D - Seminário, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.
E-mail: marcos.cezar@unoesc.edu.br

Tahyza Boss Ferreira


Especialista em Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício pelas Faculdades de
Ciências Sociais Aplicadas, CELER/FACISA.
Instituição: Escola Municipal Professora Nerasi Menin Calza.
Endereço: Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, sn, PRT 280, Trevo da Codapar, Palmas,
Paraná, Brasil.
E-mail: tahyza_boss@hotmail.com

Márcio Flávio Ruaro


Doutor em Educação Física pela Universidade São Judas Tadeu.
Instituição: Instituto Federal do Paraná – IFPR.
Endereço: Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, sn, PRT 280, Trevo da Codapar, Palmas,
Paraná, Brasil.
E-mail: marcio.ruaro@ifpr.edu.br

Gesiliane Aparecida Lima Kreve


Mestre em Educação Física e Saúde pelo Centro Universitário Diocesano Católico do
Sudoeste do Paraná.
Instituição: Instituto Federal de Educação do Paraná.
Endereço: Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, sn, PRT 280, Trevo da Codapar, Palmas,
Paraná, Brasil.
E-mail: gesiliane.kreve@ifpr.edu.br

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Emanuele Naiara Quadros
Mestranda em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina.
Endereço: Campus João David Ferreira Lima, sn, Bairro Trindade, Florianópolis, Santa
Catarina, Brasil.
E-mail: nueleq@hotmail.com

Cezar Grontowski Ribeiro


Doutorando em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina
Instituição: Instituto Federal do Paraná
Endereço: Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, sn, PRT 280, Trevo da Codapar, Palmas,
Paraná, Brasil.
E-mail: cezar.ribeiro@ifpr.edu.br

RESUMO
O objetivo foi efetuar uma revisão integrativa sobre os efeitos do treinamento resistido na
qualidade de vida de idosos. Consiste de uma revisão integrativa de literatura, com abordagem
qualitativa. Este método de pesquisa utiliza os resultados de outros estudos, organizando as
informações em busca da identificação de conclusões gerais da literatura. Como instrumentos
para busca de artigos, foram utilizadas as bases de dados Periódicos Capes e Scielo, sendo
realizada com base nos descritores em ciências da saúde e com os termos: “idosos”, “força”,
“treinamento resistido”, “qualidade de vida” e “saúde” em Língua Portuguesa. A associação
dos 5 descritores gerou 189 resultados em artigos, sendo filtrados através dos critérios de
inclusão e exclusão, onde 34 artigos foram selecionados e após tais procedimentos foi realizada
a leitura, onde 12 artigos atenderam os objetivos propostos e selecionados para a realização da
revisão integrativa. Os resultados demonstraram que programas de treinamento resistido
impactam positivamente na qualidade de vida dos idosos, aumentando níveis de força muscular,
maior autonomia para realizar atividades do dia a dia com independência e prevenção de
patologias decorrentes da idade avançada.

Palavras-chave: Treinamento resistido. Idoso. Qualidade de vida. Força. Saúde.

ABSTRACT
The objective was to carry out an integrative review on the effects of resistance training on the
quality of life of the elderly. It consists of an integrative literature review, with a qualitative
approach. This research method uses the results of other studies, organizing the information in
search of identifying general conclusions in the literature. Capes and Scielo databases were used
as search tools for articles, being carried out based on the descriptors in health sciences and
with the terms: "elderly", "strength", "resistance training", "quality of life" ”And“ health ”in
Portuguese. The association of the 5 descriptors generated 189 results in articles, being filtered
through the inclusion and exclusion criteria, where 34 articles were selected and after such
procedures the reading was carried out, where 12 articles met the proposed and selected
objectives for carrying out the integrative review. The results showed that resistance training
programs positively impact the quality of life of the elderly, increasing levels of muscle
strength, greater autonomy to carry out daily activities independently and preventing
pathologies resulting from advanced age.

Keywords: Resistance training. Old man. Quality of life. Strength. Health.

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1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento está relacionado a várias alterações fisiológicas, incluindo fatores
ambientais e genéticos, sendo normal com o passar dos anos a pessoa idosa ter uma redução de
força e potência muscular, baixa capacidade aeróbica e reservas hormonais (FECHINE;
TROMPIERI, 2012).
As modificações fisiológicas reduzem as capacidades de uma pessoa idosa conseguir
realizar suas atividades diárias. Atualmente, mais de 90% dos casos de quedas dos idosos,
acabam resultando em fraturas, as quais são responsáveis por cerca de 70% dos casos de mortes
de pessoas com idade acima de 75 anos (QUEIROZ; KANEGUSUKU; FORJAZ, 2009).
A prática de exercícios ou atividades físicas em idosos contribui para a saúde, além de
trazer autoestima e confiança para realizar suas tarefas com facilidade e independência. Estudos
científicos mostram que através do treinamento de força é possível melhorar aspectos
funcionais, fisiológicos e psicológicos, podendo ser treinado de forma segura, auxiliando na
manutenção de massa muscular, melhorando a força e resistência (ALBINO et al., 2012).
O treinamento de força, também conhecido como treinamento resistido, é uma
modalidade em ascensão, por meio da qual é possível adquirir importantes benefícios para a
saúde, melhorando o desempenho, força muscular, coordenação motora e diversas capacidades
físicas. Nos últimos 50 anos o treinamento resistido passou por uma grande evolução, deixando
de ser acessível somente a alguns grupos da sociedade e se popularizando no mundo (FLECK;
SIMÃO, 2008).
Um programa de treinamento resistido em idosos tem efeitos benéficos importantes não
somente na massa e na força muscular, mas também no controle de vários fatores importantes
de doenças crônicas não transmissíveis (MATSUDO, 2006).
A compreensão dos impactos do treinamento resistido na qualidade de vida dos idosos
é de suma importância para que se qualifique a prescrição e controle de atividades para esta
população. O presente estudo busca fazer um levantamento de dos estudos relacionados ao
treinamento de força em idosos e os seus efeitos para esta população.
Neste contexto, o objetivo é efetuar uma revisão integrativa sobre os efeitos do
treinamento resistido na qualidade de vida de idosos.

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2 METODOLOGIA
Este estudo consiste de uma revisão integrativa de literatura, com abordagem qualitativa
sobre o treinamento resistido para idosos. Este método de pesquisa utiliza os resultados de
outros estudos, organizando as informações em busca da identificação de conclusões gerais da
literatura (SOARES et al., 2014).
A coleta de artigos foi realizada em dois momentos. No primeiro foi efetuada uma busca
nas bases de dados eletrônicas Periódicos Capes e Scielo (Scientific Electronic Library Online).
As estratégias de buscas foram realizadas com base nos descritores do DeCS (Descritores em
Ciências da Saúde) com os termos: “idosos” and “força” and “treinamento resistido” and
“qualidade de vida” and “saúde” na Língua Portuguesa. Para este momento, foram criados
critérios de inclusão e exclusão (Quadro 1).

Quadro 1. Critérios de inclusão e exclusão dos artigos na revisão integrativa

Critérios de inclusão
- Publicados no formato de artigo científico (artigos originais, relatos de experiências, ensaios
teóricos, reflexões);
- Disponíveis nas bases PERIÓDICOS CAPES e SCIELO na forma completa.
- Escritos no idioma português;
- Publicados entre os anos 2006 e 2016.- Abordem no seu conteúdo os descritores força,
idosos, treinamento resistido, saúde, qualidade de vida.
Critérios de exclusão
- Estudos duplicados.
- Artigos que mesmo contendo no título o descritor e os termos selecionados para este
estudo não respondem à questão da pesquisa.
- Artigos em forma de revisões bibliográficas não sistematizadas, cartas, resenhas, editoriais.
- Publicações do tipo: livros; capítulos de livros; publicações governamentais; boletins
informativos; teses; dissertações; monografias e trabalhos de conclusão de curso.
- Estudos não revisados por pares.

No segundo momento, foi realizada uma análise individual dos estudos selecionados de
forma criteriosa, analisando quais atendiam aos critérios de seleção. Após essa filtragem, os
estudos restantes passaram por leitura em sua íntegra.

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Os estudos analisados foram colocados em uma matriz, sendo que os resultados
advindos desta estão dispostos nos resultados e discussão.

Figura 1. Procedimentos para construção da revisão integrativa

189 artigos – fase inicial


155 exclusões por não
atenderem os critérios de
inclusão e exclusão

34 artigos
16 exclusões por não atenderem
aos objetivos propostos
verificados através dos resumos

18 artigos elegíveis 6 exclusões por não atenderem


aos objetivos propostos
verificados na leitura integral
dos artigos

12 Artigos incluídos na
Revisão Integrativa

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A associação dos cinco descritores gerou 189 resultados em artigos, sendo filtrados por
meio dos critérios de inclusão e exclusão, onde 34 artigos foram selecionados. Após tais
procedimentos foi realizada a leitura do resumo dos artigos, onde 18 artigos atenderam os
objetivos e seis foram excluídos, restando 12 artigos para a realização da leitura na íntegra.
Inicialmente analisou-se o perfil das produções sobre a temática. Em relação à
temporalidade, foram identificados trabalhos publicados entre os anos de 2006 a 2016, sendo
que nos anos de 2007, 2009, 2011 e 2015, não houveram estudos publicados que atendessem
aos critérios de revisão (Quadro 2).

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O periódico Revista Brasileira de Medicina do Esporte apresentou quatro artigos
(33,4%), os Arquivos Brasileiros de Cardiologia dois estudos (16,7%), a Revista Brasileira de
Cineantropometria & Desempenho Humano também teve duas contribuições (16,7%), e as
demais revistas um artigo cada, sendo Acta Sectarium – Health Sciences (8,3%), Fisioterapia
em Movimento (8,3%), Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia (8,3%) e Revista Kairós
de Gerontologia (8,3%).
Os artigos selecionados mostraram relação com três elementos principais: 1 – melhoria
dos níveis musculares e benefícios à saúde; 2 - prevenção de patologias decorrentes da idade
avançada; 3 - autonomia da população idosa. Quatro estudos analisaram os efeitos de um
programa de treinamento resistido em idosos com hipertensão e com riscos para doenças
coronarianas e cardiovasculares (KRINSKI, K. et al 2006; TERRA, D.et al. 2008; LOCKS, R.
et al. 2012; CUNHA, E. et al. 2012). Os demais artigos também verificaram os efeitos do
treinamento resistido nessa população trazendo resultados importantes para melhora na saúde e
autonomia de idosos.
Os estudos sistematizados foram realizados por meio de programas de treinamento de
força com diferentes métodos, como alternado por segmento, separados por membro superior e
inferior, diferentes tipos de intensidades e combinados com exercícios aeróbicos. Foram
realizados testes para comparação de antes e depois do programa de treinamento como testes
de 1RM, Teste de Tinetti, Escala de Equilíbrio de Borg, Teste TimedUpandGo, teste de marcha
e teste de flexibilidade.

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Quadro 2. Sumarização dos artigos que constituem a amostra da revisão integrativa

Amostra (N)/ Idade


Autores/ Ano Periódico Variáveis Intervenção Resultados
média (anos)
Exercícios aeróbios e
resistidos, perfil Seis meses treinamento, 3x/ semana. 20
Krinski, K. et al. Acta Sectarium - Redução da média de peso;
antropométrico, min aeróbico 60 a 70% FCM, 40 min
2006 Health Sciences N= 53 / 64 anos Redução de IMC, GC, PAM e FC.
respostas resistido 3x10 a 60% 1RM.
cardiovasculares.
Revista Brasileira N= 61 Equilíbrio, coordenação, GE:6meses treinamento, 3x na semana,
SILVA, A. et al. Melhor equilíbrio, coordenação e
de Medicina do GE= 39 / 60-75 anos agilidade, exercícios 2x8 80% 1RM.
2008 agilidade para o GE em relação GC.
Esporte GC= 22 / 60-75 anos físicos. GC: não submetido.
Treinamento resistido, Redução: PAS, PAM e DP em
N= 46 Treinamento resistido de 12 semanas,
Terra, D.et al. Arquivos Brasileiros PA, FC e o DP de repouso em idosas hipertensas.
GE= 20 3x/semana.
2008 de Cardiologia repouso, em idosas Sem redução: PAD e FC repouso do
GC= 26 / 65 anos 3x8,10, 12 rep. 60%, 70% e 80% de 1RM.
hipertensas. GE e GC.
24 semanas de treinamento 3x/semana.
Efeitos do TR sobre
Revista Brasileira N= 50 4 semanas 60% de 1-RM (12 repetições). Atestou positivamente índices da
Guido, M. et al. índices da capacidade
de Medicina do GE=25 4 semanas 70% de 1-RM (10 repetições). aptidão aeróbia do GE. No GC não
2010 aeróbia de mulheres
Esporte GC=25/68 anos 8 semanas 80% de 1-RM (oito teve alterações significativas.
idosas.
repetições).
TA e TR na aptidão Treinamento 12 semanas, 2x/semana Redução PAS e PAD em repouso, e
Locks, R. et al. Fisioterapia em N= 11 cardiorrespiratória. aeróbico e resistido. Avaliação cada 4 PAD após 15 min. do esforço
2012 Movimento 70/anos Respostas semanas, teste de seis minutos de submáx. Mescla de TR e TA reduz
cardiovasculares caminhada e aferição de PA e FC. pressão arterial de curto prazo.
Força muscular aumentou
Revista Brasileira Programa de treinamento 24 semanas.
TF em idosas avaliadas significativamente em ambos os
Lima, R. et al. Cineantropometria 3x/semana, 3x8/12 rep. Avaliação com
N= 61/ 66,8 anos isoinercialmente (1RM). métodos de avaliação. Tanto o
2012 & Desempenho dinamômetro da força extensora de
Avaliação isocinética. método da 1RM e o isocinético
Humano joelho. Teste de 1RM, 5x o movimento.
apresentaram correlação entre si.
Programa de Proporcionou mudanças
Queiroz, C; 8 semanas treinamento 2x na semana. 5
Arquivos Brasileiros N= 17 treinamento. Força importantes nos níveis de força
munaro, H., exercícios, 3 p/ membros sup. e 2 p/
de Cardiologia /68,7anos muscular. Auto muscular máxima e autopercepção
2012 membros inf. 2x10 rep.
percepção de saúde de saúde positiva.

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TF muscular.
N= 22 11 semanas treinamento 2x semana.
Revista Brasileira Treinamento de
Albino, I. et al. Força muscular = 7 Grupo de FM exercícios 3x10 rep. a 70% Tanto grupo FM e F, resultou em
de Geriatria e flexibilidade articular.
2012 Flexibilidade = 15 força máxima. Grupo F.exercícios aumento de equilíbrio corporal.
Gerontologia Equilíbrio corporal de
/67,5anos específicos de flexibilidade articular.
idosos.
N= 16
Duas intensidades de 8 semanas de treinamento 3x semana. TR moderado ocorreu reduções
Revista Brasileira (G1) TR moderado =
Cunha, E. et al. TR.PA de idosas G1 exercícios 2x8 rep. com carga de 8 significativas na PAD e PAM de
de Medicina do 9
2012 hipertensas RM. G2 exercícios 2x16 rep. metade da repouso. TR leve ocasionou
Esporte (G2) TR leve = 7
carga de 8 RM. redução significativa na PAM.
/60 anos
Treinamento com Aumento comprimento do
GC deu continuidade as atividades
Revista Brasileira N= 25 método Isostretching fascículo, espessura muscular,
Cepeda, C. et físicas anteriores.
Cineantropometria GE= 14 sobre adaptações na arquitetura
al. GE com programa de treinamento
& Desempenho GC=11 / o equilíbrio/agilidade, muscular e melhorias na
2013 método Isostretching 3x semana
Humano 60 anos marcha e arquitetura capacidade funcional e no
durante 12 semanas.
muscular. equilíbrio por meio do TI.
Eficiente nos parâmetros avaliados,
resistência de força, como força
Testes de carga máxima no supino reto,
dinâmica máxima, se beneficiando
Modificações agachamento peso corporal em 1 min e
Aguiar, P. et al. Revista Kairós de N= 8 / aumento de massa muscular
morfofuncionais através teste de composição corporal e
2014 Gerontologia 70,5 anos esquelética, massa óssea, redução
de TR. antropometria. Período de treinamento
da gordura corporal.
de 2 meses, 3x na semana, 3x8 a 12 rep.
Independência para as atividades
do cotidiano.
Melhoria na força de preensão
Treinamento combinado
Treinamento realizado em 8 semanas. manual, aumento da massa
N= 35 de força e resistência
TA: realizou caminhada duas vezes na muscular do músculo vasto lateral,
Revista Brasileira TA= 10 aeróbica sobre a força
Guedes, J. et al. semana. TF: realizou sessões de e na potência e resistência
de Medicina do TF= 10 de preensão manual, a
2016 exercícios resistidos duas vezes na aeróbica. Melhora TF, TA e TC ao se
Esporte TC= 15 / massa muscular e a
semana. TC: uma vez por semana comparar pré e pós-teste para os
65,7 anos resistência e
realizou TF e uma vez por semana TA. valores de VO2pico
potência aeróbica.
(p=0,001; p=0,042; p=0,022).

N: Amostra / GE: Grupo experimental / GC: Grupo controle / TR: Treinamento resistido / PA: Pressao arterial /PAM: Pressao arterialmedia/ GC: Gordura corporal/FC:
Frequência cárdica /PAS: Pressao arterial sistemica/ DP: Duplo produto/PAD: Pressao arterial diastólica/ TF: Treinamento de força / TI: Treinamento Isométrico / TA:
Treinamento aeróbico / TC: Treinamento combinado
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3.1 MELHORIA DOS NÍVEIS MUSCULARES E BENEFÍCIOS À SAÚDE
Foram encontrados programas de treinamento com durações de onze a vinte e quatro
semanas, com características de treinamento resistido e combinações de exercícios aeróbicos,
tendo semelhança nos estudos em relação à frequência semanal de três vezes na semana em dias
alterados (KRINSKI, et al., 2006; SILVA et al., 2008; TERRA et al., 2008; GUIDO et al., 2010;
LIMA et al., 2012; CUNHA et al., 2012; CEPEDA et al., 2013; AGUIAR et al., 2014). A
melhora nas capacidades de equilíbrio, coordenação, agilidade e flexibilidade de idosos foram,
verificadas em dois estudos, com divisão de grupos experimentais, de controle e de
flexibilidade, mostrando resultados que indicam manutenção de força muscular e flexibilidade
articular, favorecendo uma maior longevidade, redução das taxas gerais de mortalidade e de
medicamentos prescritos, prevenção do declínio cognitivo, manutenção de status funcional,
redução da frequência de quedas e a incidência de fraturas, influenciando no equilíbrio corporal
além dos benefícios psicológicos como a melhora da autoestima (SILVA, et al., 2008;
ALBINO, et al., 2012).
Dois estudos mostraram que o treinamento resistido influencia na capacidade aeróbica,
força muscular e autopercepção de saúde em idosos. Foram aplicadas intensidades progressivas
diferentes a cada quatro semanas e testes de 1-RM para ajuste de cargas. Os resultados
indicaram que o período de 24 semanas é capaz de alterar positivamente índices da aptidão
aeróbia de mulheres idosas, avaliados por meio de teste de esforço cardiopulmonar. Os
resultados desse estudo proporcionaram mudanças importantes nos níveis de força muscular
máxima em mulheres acima de 60 anos (GUIDO et al., 2010; QUEIROZ; MUNARO, 2012).
Os ganhos de força em idosos foram comparados por meio de métodos de 1RM e
isocinética, aplicados no treinamento resistido de 24 semanas, mostrando que a força muscular
aumentou em ambos dos métodos. Embora o treino de força promovesse aumento de força nos
músculos extensores do joelho, variou significativamente na técnica de 1RM (LIMA et al.,
2012). No método isostretching, aplicado no treino de 12 semanas, verificou-se aumento do
comprimento do fascículo, espessura do músculo e melhoras nas capacidades funcionais de
idosas (CEPEDA et al., 2013).
Conforme o estudo de (AGUIAR et al., 2014), um programa planejado com exercicios
de força, mostra-se eficiente tanto na resistência de força como na força dinâmica máxima,
trazendo beneficios para idosos, aumentando massa muscular e massa óssea, redução do
percentual de gordura, e independência para realização das atividades diárias. Com o

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planejamento desse método de treino, serve como estratégia para prevenção da sarcopenia e
melhora na saúde, autonomia e qualidade de vida de idosos.
Estudo avaliou 35 idosas divididas em três grupos para avaliar os efeitos do treinamento
na força de preensão manual, massa muscular e resistência e potência aeróbica. Os grupos foram
divididos em treino aeróbico, treino de força e de treinamento combinado. Foram oito semanas
de treinamento com duas sessões semanais, havendo resultados eficientes tanto na força de
preensão manual como no aumento de massa muscular no músculo vasto lateral e na potência
de resistência aeróbica. O treino combinado trouxe resultados tão eficazes quanto o treino
aeróbico e de força realizados de forma isolada. Sendo possível verificar que o treinamento
combinado com sua intensidade, frequência e duração, permitiram melhoras nas variáveis
analisadas (GUEDES et al., 2016).
A combinação de exercicios aeróbicos e resistidos foi eficaz em proporcionar melhoria
no aumento de massa muscular e na potência de resistência aeróbica. Foram separados três
grupos, que realizaram treino aeróbico, treino resistido e treino combinado, duas vezes na
semana. Os resultados mostraram melhora estatisticamente significativa ao se comparar os
valores de pré e pós-teste para os valores de VO2 pico (p=0,001; p=0,042; p=0,022) (GUEDES,
et al., 2016).
A autopercepção de saúde em idosas com faixa etária de 61 a 82 anos foi analisada por
meio de programas de treinamento com pesos, consistindo em três exercícios para membros
superiores e dois para membros inferiores, com duas séries de dez repetições duas vezes na
semana. O treino de força contribuiu no aumento de 17,7% da força muscular em idosas que
relataram saúde positiva (QUEIROZ; MUNARO, 2012).

3.2 PREVENÇÃO DE PATOLOGIAS DECORRENTES DA IDADE AVANÇADA


Dos artigos incluídos na revisão, quatro deles mostram a importância de um programa
de treinamento resistido na prevenção de patologias.
Estudo que analisou os efeitos de seis meses de um programa de exercícios aeróbicos e
resistidos em idosos hipertensos, resultando em significativas reduções da pressão arterial
média e frequência cardíaca de repouso (KRINSKI et al., 2006). Em estudo com 12 semanas
de treinamento resistido observou-se importantes reduções na PAS e PAM em idosas
hipertensas, onde o grupo experimental que participou do TR passou da categoria pré-
hipertenso para normal, reduzindo os riscos de eventos cardiovasculares (TERRA et al., 2008).

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Outra pesquisa de 12 semanas verificou a combinação de exercicios resistidos e aeróbios
na aptidão cardiorrespiratória e nas respostas cardiovasculares ao esforço submáximo em
idosos. Em quatro semanas de treinamento, observou-se redução da PAS e PAD em repouso,
mostrando-se uma estratégia eficiente para a redução dos riscos para doenças coronarianas e
cardiovasculares em curto e médio prazos. O resultado demonstra o efeito benéfico da
combinação de exercício aeróbio e resistido na redução pressão arterial em curto prazo (LOCKS
et al., 2012).
Estudo com duas intensidades de treinamento resistido em oito semanas, com duas séries
de oito repetições e carga de 8RM para o grupo de intensidade moderado e duas series de 16
repetições com metade da carga de 8RM para o grupo de intensidade leve. Os resultados
mostraram reduções significativas na PAD e PAM de repouso com o grupo de intensidade
moderada, e redução na PAM para o grupo de intensidade leve. Os programas de treinamento
resistidos iniciados na terceira idade se mostram benéficos, promovendo melhoria na condição
cardiovascular (CUNHA et al., 2012).
Os resultados dos estudos relatados sugerem que o exercicio resistido aplicado em
idosos com hipertensão e riscos coronarianos podem trazer benefícios a essa população nos
diferentes contextos e propostas.

3.3 AUTONOMIA DA POPULAÇÃO IDOSA


O equilíbrio, coordenação e agilidade foram avaliados com 61 idosos submetidos a
exercícios resistidos divididos em grupo experimental com carga progressiva e grupo controle
com exercícios sem carga. O método de treinamento para o grupo experimental foi alternado
por segmento com 80% de 1RM, durante seis meses. Os resultados mostraram melhoria
superior no desempenho para o grupo experimental em todas as avaliações realizadas (SILVA
et al., 2008).
A prática de exercícios físicos após os 65 anos de idade traz inúmeros benefícios, como
uma maior longevidade, redução de mortalidade e número de medicamentos, prevenção do
declínio cognitivo, manutenção funcional, redução de quedas e a incidência de fraturas, além
dos benefícios psicológicos como a melhora da autoestima.
Pesquisa que verificou o equilíbrio corporal de idosos submetidos a treinamento de força
e de flexibilidade, mostrou-se eficiente gerando benefícios em relação ao equilíbrio. O
programa de treinamento foi de 11 semanas, com 22 indivíduos do sexo feminino. Dois grupos
foram formados: grupo de treino de força, que realizou exercícios com três series de dez

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repetições e 70% de carga máxima; grupo de flexibilidade, que realizou exercícios específicos
de flexibilidade articular, envolvendo as principais articulações. Os resultados trazem que além
da melhora no equilíbrio corporal dos idosos, o treinamento tem influência direta na redução
do risco de quedas, melhorando a qualidade de vida, força muscular e flexibilidade articular
dessa população (ALBINO et al., 2012).
Em outro estudo de 24 semanas, participaram de um programa de treinamento resistido
50 mulheres idosas para verificar seus efeitos sobre a capacidade aeróbia. O grupo experimental
realizou seções de treinamento mudando a intensidade a cada quatro semanas, começando com
60%, 70% e 80% de 1RM. Assim como no estudo de Silva et al. (2008), este também utilizou
o método alternado por segmento, com intervalo entre as séries de um minuto. Como resultado
foi possível alterar os índices de aptidão aeróbia de forma positiva, especificamente no tempo
do teste de consumo de oxigênio no momento da exaustão e linear aeróbico, constituindo
adaptações benéficas para as idosas (GUIDO et al., 2010).
Outra pesquisa comparou os ganhos de força em idosos avaliados por meio de testes de
1RM e com avaliação isocinética. O programa de treinamento teve duração de 24 semanas, três
vezes na semana, com os exercícios supino sentado, cadeira extensora, puxada, cadeira flexora,
abdução de ombros, abdução de quadril e leg press. Os resultados mostraram que em ambos os
métodos a força muscular aumentou significativamente, principalmente na técnica de 1RM
(LIMA et al., 2012).
Treinamento usando o método isostretching verificou seus efeitos sobre o equilíbrio,
agilidade, marcha e a arquitetura muscular envolvendo 25 idosas. A duração foi de 12 semanas,
sendo adotado o método de isometria com intensidade leve a moderada nos exercícios para o
grupo experimental. O treinamento promoveu o aumento e adaptações na espessura muscular e
melhorias nas capacidades funcionais e de equilíbrio (CEPEDA et al., 2013).
As modificações morfofuncionais foram avaliadas com 8 idosos (quatro homens e
quatro mulheres) submetidos ao treinamento resistido. Realizaram os testes de carga máxima
(1RM) no supino reto, teste de agachamento com peso corporal em um minuto realizando o
máximo de repetições possível e o teste de composição corporal e antropometria. Com duração
de dois meses, o programa consistiu em exercícios compostos de três séries de oito a doze
repetições com frequência de três vezes na semana. Nas primeiras duas semanas foi adotado o
método alternado por segmento e depois o método localizado por segmento. Com o programa
periodizado e estruturado, os resultados foram eficientes, tanto na resistência de força, como na

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força dinâmica máxima, tendo aumento da massa muscular e óssea, redução do percentual de
gordura e independência para atividades do dia a dia (AGUIAR et al., 2014).
Os resultados dos estudos acima demonstram que o treinamento resistido impacta
positivamente na autopercepção da saúde e na qualidade de vida dos idosos. Mesmo em
programas de curta duração, os exercícios resistidos tiveram influência direta no equilíbrio
corporal e redução no risco de quedas, resultando em maior autonomia dos idosos.
Com os programas realizados de forma estruturada e planejada, houve efeitos positivos
tanto em resistência de força e força dinâmica, aumentando a massa muscular e óssea dos
idosos, além da redução de gordura corporal. As capacidades funcionais e de equilíbrio também
tiveram resultados satisfatórios, interferindo positivamente na capacidade de realizar atividades
diárias, sendo uma estratégia de redução da sarcopenia, proporcionando melhoria na saúde,
autonomia e qualidade de vida de idosos.

4 CONCLUSÃO
Os resultados encontrados nos estudos sistematizados demonstram que a prática de
exercícios resistidos em idosos é de suma importância para manutenção da condição física,
saúde e autonomia dessa população, mostrando-se capaz de auxiliar na prevenção de inúmeras
doenças.
As análises das pesquisas incluídas neste estudo indicam que exercícios resistidos
associados com exercícios aeróbios de diferentes intensidades, pode ser estratégias eficientes
para manutenção da capacidade de realizar atividades cotidianas e manter a independência
funcional das pessoas idosas.
O aumento da força muscular aconteceu em todos os artigos analisados. A maior
capacidade funcional e equilíbrio inerentes ao aumento da força são importantes,
principalmente na redução do risco de quedas e fraturas.
A combinação de treinamento resistido e de flexibilidade favoreceu em maior
longevidade, redução das taxas de mortalidade e prevenção do declínio cognitivo em idosos,
além de benefícios psicológicos, melhorando a autoestima.
Diante dos estudos apresentados a prática de exercícios resistidos mostrou-se uma
estratégia eficiente trazendo diversos benefícios para a população idosa, melhorando a
qualidade de vida, possibilitando maior autonomia e auto estima para realização de atividades
do dia a dia, além de prevenir doenças e gerar maior longevidade nessa população.

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