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Odontogeriatria
Professor
Doutor
João
Vaz
Bruno Costa
MIMD
1
Aula
1
• Odontogeriatria
–
Objectivos,
métodos
e
meios
• Áreas
de
interesse
e
problemas
actuais
• Paciente
geriátrico
• Alterações
mentais
• Alterações
no
idoso
na
generalidade
• Alterações
específicas
da
cavidade
oral
Aula
2
• Alterações
nutricionais
no
doente
geriátrico
o Proteínas
o Hidratos
de
Carbono
o Gorduras
o Minerais
o Vitaminas
• Alterações
sistémicas
no
doente
geriátrico
• Doença
Periodontal
• Prevenção
e
Cálculo
• Factores
patológicos
na
etiologia
da
doença
periodontal
• Papel
do
diagnóstico
na
prevenção
• A
importância
da
terapêutica
periodontal
na
prevenção
da
perda
das
peças
dentárias
Aula
3
• Lesões
superficiais
da
cavidade
oral
• Lesões
brancas
• Ulcerações
da
mucosa
oral
• Lesões
vesiculares
• Lesões
pigmentadas
• Lesões
herpéticas
secundarias
• Tumores
dos
tecidos
moles
• Tumores
firmes
não
hemorrágicos
• Tumores
hemorrágicos
Aula
4
• Tumores
dos
tecidos
moles
(continuação)
• Tumores
papilares
• Lesões
transparentes
• Granuloma
• Quistos
radiculares,
residuais
e
palatino
mediano
• Lesões
radiopacas
dos
maxilares
• Tumefacções
das
glândulas
salivares
2
Aula
5
• Prótese
removível
o Prótese
total
o Prótese
parcial
removível
o Prótese
acrílica
o Prótese
de
cromo-‐cobalto
Aula
6
• Prótese
fixa
o Coroas
cerâmicas
totais
o Coroas
metalo-‐cerâmicas
o Tomada
de
impressões
o Registo
de
oclusão
dentária
• Sobredentaduras
o Vantagens
o Inconvenientes
o Indicações
o Planificação
o Cuidados
posteriores
o Possibilidades
e
elementos
de
construção
o Elementos
de
apoio
o Elementos
de
retenção
• Metodologia
especial
do
tratamento
o Estrutura
específica
do
tratamento
o Estrutura
de
reforço
colada
Aula
7
• Odontogeriatria
–
Passado,
Presente
e
Futuro
Aula
8
• Implantologia
o Condicionamentos
o Objectivos
o Metodologia
o Acompanhamento
3
4
Ramo
do
conhecimento
que
se
refere
às
alterações
e
mudanças
próprias
do
desenvolvimento
do
tempo,
com
referencias
particulares
post-‐
maturidade.
Factores
de
ordem
demográfica,
social
e
médica
fazem
prever
que
a
odontogeriatria
venha
a
ganhar
importância
crescente
num
futuro
próximo.
A
inversão
da
pirâmide
demográfica
nos
países
industrializados
(depende
simultaneamente
do
aumento
da
esperança
de
vida
e
da
diminuição
da
natalidade)
traduz-‐se
num
aumento
absoluto
e
relativo
do
número
de
indivíduos
idosos,
dos
quais
certamente
uma
percentagem
elevada
necessita
de
cuidados
médicos
e
assistências
absolutas
e
assíduas.
As
implicações
desta
situação
nos
planos
sociais
e
económicos
são
relevantes,
tendo-‐se
tornado
matéria
de
preocupação
para
as
autoridades
governamentais
e
para
a
própria
opinião
pública.
Senescência
–
Processo
natural
de
envelhecimento
ao
nível
celular
ou
o
conjunto
de
fenómenos
associados
a
este
processo.
5
A
senescência
constitui
um
factor
de
risco
directo
e
indirecto
para
um
largo
número
de
situações
médicas
e
odontológicas.
Desta
forma,
do
próprio
fenómeno
demográfico
decorre
um
aumento
previsível
de
patologia
somática
tipicamente
associada
ao
período
da
senescência.
É
neste
contexto
que
se
colocam
importantes
desafios
à
odontogeriatria
enquanto
área
médico-‐cirúrgica
especializada.
Áreas
de
interesse
e
Problemas
Actuais
Consultando
a
literatura
dos
últimos
anos,
ressalta
de
forma
consistente
um
conjunto
de
temas
e
problemas
que
se
colocam
já
à
investigação
em
odontogeriatria
ou,
que
se
prevê
que
venham
a
ganhar
importância
num
futuro
próximo.
Algumas
dessas
questões
relacionam-‐se
com
aspectos
epidemiológicos.
Dispõem-‐se
de
dados
e
previsões
estatísticas
muito
completas
sobre
a
constituição
demográfica
das
sociedades
industrializadas,
bem
como
de
projecções
à
distância.
Do
ponto
de
vista
médico,
há
necessidade
de
complementar
essa
informação
com
estudos
epidemiológicos
extensos
e
rigorosos.
Esses
estudos
deverão
recorrer
a
abordagens
diversificadas,
cruzando
a
informação
proveniente
de
estudos
retrospectivos,
estudos
directos
na
comunidade
e
em
segmentos
particulares
da
população
e
projecções
estatísticas.
A
informação
resultante
deverá
facultar
dados
precisos
sobre
a
taxa
de
ocorrência
(prevalência,
incidência)
dos
diferentes
tipos
de
perturbações
sociais
e
culturais
para
o
adecer-‐oral
no
período
de
senescência.
Outro
problema
diz
respeito
à
distinção
entre
envelhecimento
normal
e
patológico,
que
constitui
um
tópico
clássico
em
geriatria,
mas
não
foi
ainda
satisfatoriamente
resolvido.
Esta
situação
persiste
apesar
de
consideráveis
progressos
no
âmbito
da
investigação
anatomo-‐patológica,
bioquímica,
fisiologia
e
clínica
que
se
registaram
ao
longo
das
últimas
duas
décadas.
Sucede
que
os
critérios
biológicos
susceptíveis
de
definir
uma
fronteira
entre
envelhecimento
normal
e
patológico,
não
deram
lugar
a
definições
válidas
e
fiáveis
e,
por
outro
lado,
não
facultaram
critérios
ou
testes
simples
aplicáveis
na
clínica.
Acresce
ainda
que
os
aspectos
teóricos
ligados
a
esta
questão
(conceptualização
de
um
contínuo
ou
de
uma
ruptura
entre
o
normal
e
o
patológico)
continuam
a
suscitar
controvérsia.
Desta
forma,
novos
esforços
de
investigação
são
necessários
para
uma
melhor
definição
do
envelhecimento
patológico
em
termos
biológicos.
Por
outro
lado,
o
processo
biológico
da
senilidade
é
seguramente
multideterminado
implicando
factores
genéticos,
somáticos,
psicológicos,
sociais
e
culturais.
Neste
sentido,
a
senilidade
surge
como
um
fenómeno
bio-‐
psico-‐social
de
determinação
múltipla
e
complexa,
cujo
estudo
exige
abordagens
multifactoriais
e
modelos
explicativos
adequados.
6
Outra
questão
relevante
refere-‐se
à
relação
entre
factores
somáticos
e
o
adoecer
mental
dos
idosos.
Uma
percentagem
importante
da
população
idosa
exibe
factores
de
organicidade
cerebral,
de
origem
e
naturezas
diversas
(dependente
da
própria
senescência,
de
doenças
degenerativas
senis,
de
doenças
físicas
associadas
e
ainda
dos
efeitos
de
terapêuticas
medicamentosas).
É
imperativa
a
compreensãoo
dos
mecanismos
fisiopatológicos
implicados
na
mediação
entre
os
factores
orgânicos
e
o
estado
psicopatológico.
Este
problema
tem
merecido
uma
especial
atenção
de
dois
pontos
de
vista
particulares:
• Explicação
do
risco
psiquiátrico
associado
a
múltiplas
doenças
médicas
e
neurológicas
do
idoso
• Relações
entre
a
depressão
e
idade
O
critério
da
idade
cronológica
vulgarmente
usado
tem
limitações
que
decorrem
do
seu
carácter
arbitrário.
Com
efeito,
qualquer
limite
que
seja
usado
não
tem
bases
fisiológicas
sólidas
e
não
pondera
diferenças
étnicas,
sociais
e
culturais.
Trata-‐se
de
introduzir
um
limiar
num
processo
que
é
necessariamente
contínuo
(ciclo
da
vida
humana)
A
este
propósito,
merece
ser
comentada
a
tendência
para
propor
idades
limite
cada
vez
mais
precoces
(nalgumas
investigações
já
é
usado
o
limiar
de
55
anos),
o
que
parece
traduzir
a
influência
de
critérios
sociológicos
economicistas
(por
exemplos
veiculados
pela
noção
de
“vida
activa”),
em
detrimento
de
critérios
fisiológicos
e
médicos.
Em
função
dos
dados
actualmente
existentes,
não
é
concebível
a
identificação
de
características
biológicas,
que
tenham
o
valor
de
“marcadores
de
senescência”.
Pode,
no
entanto,
esperar-‐se
que
o
desenvolvimento
da
investigação
geriátrica
venha
a
facultar
critérios
empíricos
com
um
valor
superior
ao
das
actuais
definições
cronológicas.
7
Em
virtude
da
carga
psicológica
que
representa
a
ida
ao
consultório
dentário,
a
relação
que
se
estabelece
entre
o
profissional
de
saúde
e
o
doente
é
muito
importante.
Esta
importância
aumenta
ainda
mais
nos
pacientes
geriátricos.
É
importante
que
o
médico
compreenda
a
personalidade
do
paciente
geriátrico
e
consiga
estabelecer
uma
óptima
relação
médico/
doente.
A
primeira
consulta
é
de
grande
importância
na
relação
médico/
doente.
Assim,
o
profissional
tem
de
fazer
um
esforço
para
apreender
o
máximo
possível
sobre
a
caracterização
física
e
psicológica
do
doente.
O
paciente
deverá
sentar-‐se
na
frente
do
médico
para
que
haja
um
contacto
frente
a
frente
entre
os
dois.
O
paciente
deverá
compreender
e
acreditar
que
o
médico
tem
um
interesse
pessoal
no
seu
bem-‐estar.
A
auto-‐imagem
e
auto-‐
estima
própria
são
importantes
para
a
relação
médico/
paciente
e
para
o
sucesso
do
futuro
tratamento.
A
independência
social
e
o
emprego
estão
directamente
relacionadas.
A
auto-‐
imagem
elevada
corresponde
a
uma
maior
flexibilidade
e
adaptação.
Os
idosos
têm
tendência
a
considerar-‐se
um
fardo
para
a
sociedade,
em
virtude
da
sua
inactividade
profissional,
pois
a
maioria
encontra-‐se
reformada
e
sem
qualquer
outra
actividade.
Na
primeira
consulta
é
conveniente
deixar
o
paciente
falar
livremente
acerca
dos
seus
problemas.
Devemos
conseguir
que
o
paciente
esteja
relaxado.
A
partir
do
momento
em
que
o
paciente
comece
a
fazer
reflexões
devemos
terminar
a
anamnese.
8
Podemos
classificar
os
pacientes,
atendendo
ao
seu
perfil
psicológico
em
vários
grupos.
Classificação
Psicológica
dos
Pacientes
Geriátricos
Paciente
Fisiológico
• Equilibrado,
racional,
sensível,
calmo,
tranquilo,
organizado,
motivado
e
possui
alto
grau
de
confiança
na
habilidade
profissional
• Estes
pacientes
apresentam
bom
prognóstico
para
qualquer
tipo
de
tratamento
dentário.
Paciente
Exigente
ou
Crítico
• Paciente
metódico,
preciso,
difícil
de
satisfazer,
por
vezes
pode
apresentar
saúde
precária,
excessivamente
preocupado
com
a
estética
e
a
função
das
próteses.
• É
um
doente
que
não
aceita
conselhos.
Estes
pacientes
podem
exigir
garantias
e
inferir
no
tratamento.
• São
pacientes
que
têm
de
ser
conduzidos
com
tacto
e
se
aderirem
ao
tratamento
podemos
esperar
um
bom
prognóstico.
Paciente
Histérico
• Pacientes
com
saúde
precária,
receosos
do
tratamento
dentário,
apresentam
má
saúde
oral
associada
a
má
higiene
oral.
Apresentam
várias
queixas
ao
profissional
de
saúde
e
tentam
deixar
a
ideia
de
que
ninguém
os
compreende.
• Têm
tendência
a
desafiar
o
profissional,
dizendo
que
não
vai
conseguir
trata-‐lo
e,
quando
se
trata
de
próteses,
diz
que
não
vai
conseguir
usá-‐las.
• É
um
bom
paciente
que
tem
de
ser
tratado
com
calma,
tranquilidade
e
bom
marketing,
não
lhes
devendo
ser
feitas
quaisquer
promessas
de
sucesso.
Paciente
Indiferente
• Não
se
preocupa
com
a
aparência,
não
é
persistente
e
não
está
inclinado
para
o
uso
de
próteses,
pois
não
irá
fazer
qualquer
esforço
para
se
adaptar
a
elas.
• É
um
paciente
com
má
alimentação
e
muitas
vezes
abusa
do
consumo
de
bebidas
alcoólicas.
• Apresenta
um
prognóstico
pouco
favorável,
devendo
fazer-‐se
uma
instrução
e
educação
cuidadosa
e
persistente.
9
No
idoso
devemos
tomar
em
consideração
que
nem
todos
os
sistemas,
órgãos
ou
tecidos
regridem
da
mesma
maneira.
Podem
ser
encontradas
alterações:
• Mentais
• Sistémicas
• Nutricionais
• Estados
Patológicos
• Alerações
Orais
e
Peri-‐orais
Alterações
Mentais
A
capacidade
mental
do
idoso
resulta
duma
interacção
complexa
de
experiência
passadas,
envelhecimento
fisiológico,
mudanças
sociais
e
económicas.
O
idoso
sofre
inúmeras
alterações
físicas
e
familiares
que
produzem
novos
estados
de
adaptação.
Com
o
envelhecimento,
o
idoso
perde
a
capacidade
de
armazenar
informações.
O
raciocínio
lógico
e
a
percepção
espacial
encontram-‐se
diminuídas.
A
resolução
de
problemas
torna-‐se
cada
vez
mais
difícil
e
a
informação
irrelevante
torna-‐se
cada
vez
mais
complexa.
O
idoso
geralmente
recorda
acontecimentos
que
ocorreram
há
bastante
tempo
e
os
acontecimentos
recentes
são
facilmente
esquecidos.
Os
conhecimentos
e
a
habilidade
previamente
adquiridos
estão
retidos
e
virtualmente
intactos.
No
idoso
podemos
concluir
que
os
comportamentos
e
hábitos
são
menos
constantes
quer
do
ponto
de
vista
fisiológico,
quer
do
ponto
de
vista
psicológico.
A
dificuldade
de
adaptação
e
aquisição
de
novos
conhecimentos
é
induzida
por
uma
tendência
à
recusa
e
à
repulsa
de
programas
recentes.
Há
uma
diminuição
da
atenção
e
concentração,
aumentando
a
tendência
para
reviver
o
passado.
Qualquer
pequena
alteração
leva
ao
aparecimento
de
tensões
elevadas.
Em
virtude
deste
estado,
devemos
ter
especial
atenção
às
alterações
da
capacidade
física
que
são
potenciais
geradoras
de
tensões
mentais
nestes
pacientes.
A
perda
de
dentes,
cabelo
e
força
física
pode
ser
causa
de
uma
auto-‐imagem
pobre.
O
facto
destes
doentes
estarem,
por
vezes,
dependentes
das
pessoas
que
os
rodeiam,
não
contribui
para
que
tenham
uma
boa
imagem
de
si
próprios.
O
status
económico
do
paciente
geriátrico
pode
ser
outro
foco
causador
de
tensões
emocionais.
Para
estes
pacientes,
com
a
vinda
da
reforma,
numerosos
problemas
económicos
podem
surgir
associados.
A
reforma
funciona
por
vezes
como
o
facto
mais
marcante
na
entrada
na
velhice.
O
idoso
deixa
de
sentir
que
tem
um
papel
activo
e
sente-‐se
deslocado.
10
As
relações
familiares
sofrem
alterações
com
a
velhice.
A
relação
pai-‐filho
sofre
alterações.
A
figura
do
pai
que
até
essa
altura
era
dominante,
torna-‐se
mais
fraca,
surgindo
a
denominada
relação
pai-‐filho
invertida.
A
perda
de
autoridade
da
família
que
surge
por
motivos
físicos,
médicos
ou
económicos
vai
afectar
os
idosos.
Por
vezes,
as
pessoas
têm
a
idade
que
vão
ser
capazes
de
ajudar
os
seus
filhos
ou
que
os
seus
desejos
não
vão
ser
ouvidos,
desejados
ou
respeitados.
Todos
estes
problemas
vão
condicionar
o
estudo
do
idoso,
apesar
de
ser
importante
descobrirmos
e
investigarmos
qual
a
relação
do
idoso
perante
todos
os
problemas
inerentes
e
associados
à
velhice.
Se
perante
nós
tivermos
um
paciente
que
se
adaptou
bem
ao
envelhecimento,
então
certamente
também
se
adaptará
bem
às
alterações
dentárias
que
vai
sofrer
com
a
idade.
Se,
pelo
contrário,
não
tiver
ocorrido
boa
adaptação
à
velhice,
então
vamos
ter
problemas
na
adaptação
aos
problemas
dentários.
Se
um
paciente
que
não
se
adaptou
precisar
de
usar
próteses,
é
importante
arranjar
mecanismos
de
adaptação
de
modo
a
que
ele
comece
com
uma
prótese
parcial
reduzida
e
só
depois
venha
a
utilizar
uma
prótese
total.
Assim
tem
tempo
para
se
adaptar
à
prótese
e
à
ideia
da
perda
de
dentes.
Quando
o
paciente
geriátrico
mostra
ressentimento
pela
velhice
e
está
desligado
da
sociedade,
poderá
estar
inclinado
a
menosprezar
os
conselhos
do
profissional
e
as
suas
instruções.
Pode
estar
satisfeito
com
a
falta
de
dentes
e
não
se
preocupa
com
a
sua
substituição.
O
estado
geral
da
sua
boca
pode
não
lhe
causar
preocupações.
Nestes
pacientes,
todos
os
cuidados
que
possamos
desenvolver
estão
condenados
ao
fracasso.
Na
maioria
dos
pacientes
geriátricos
podemos
observar
um
estado
intermédio
entre
a
verdadeira
adaptação
à
velhice
e
um
ressentimento
da
mesma.
Nesta
situação,
o
desempenho
do
clínico
é
importante.
Se
conseguirmos
demonstrar
um
interesse
autêntico,
tranquilidade
e
entendimento
combinado
com
uma
habilidade
técnica
conseguimos
obter
um
paciente
satisfeito
e,
por
conseguinte,
uma
condição
oral
relativamente
boa.
O
médico
deve
operar
com
paciência,
tranquilidade
e
compaixão.
11
Alterações
Sistémicas
O
SNC
é
o
órgão
mais
vulnerável
à
velhice,
em
virtude
das
suas
células
não
se
reproduzirem.
As
células
nervosas
estão
dependentes
de
um
bom
suprimento
de
oxigénio
e,
em
virtude
de
tal,
encontram-‐se
na
dependência
do
sistema
circulatório.
Está
estudado
que
cerca
de
20%
dos
neurónios
estão
perdidos
aos
70
anos
de
idade.
A
velocidade
de
transmissão
de
impulsos
nervosos
está
diminuída
em
cerca
de
15
a
20%.
Por
tudo
isto,
muitas
alterações
sistémicas
estão
relacionadas
com
alterações
do
SNC.
Podemos
observar
uma
diminuição
na
sensibilidade
perceptiva
e
um
aumento
do
limiar
da
dor.
O
controlo
muscular
delicado
diminui,
o
acto
de
aprender
é
mais
difícil,
particularmente
os
novos
padrões
entram
em
conflito
com
hábitos
ou
experiências
anteriores.
A
análise
circunstancial
é
mais
lenta
e
as
respostas
rápidas
são
raras
ou
mesmo
impossíveis.
Há
uma
diminuição
dos
sentidos
visuais,
audição
e
do
paladar.
A
perda
de
visão
vai
dificultar
a
actividade
de
um
indivíduo
e
torna
o
processo
de
aprendizagem
lento,
não
sendo
por
vezes
possível
distinguir
rapidamente
os
objectos,
podendo
ocorrer
certos
acidentes.
Podemos
encontrar
degeneração
do
nervo
óptico.
A
profundidade
do
globo
ocular
diminui,
levando
ao
aparecimento
de
hipermetropia.
Diminui
a
flexibilidade
nas
lentes
oculares,
aumentando
assim
o
tempo
necessário
para
o
olho
focar.
É
necessário
mais
quantidade
de
lu
para
o
idoso
ver
certos
objectos.
A
perda
de
audição
leva
a
um
isolamento
do
indivíduo
tornando-‐o
mais
reservado.
Cerca
de
65
a
70%
dos
pacientes,
por
volta
dos
80
anos
exibe
algum
grau
de
perda
de
audição.
Esta
perda
é
mais
observável
na
faixa
de
som
alto.
Muitos
pacientes
são
afectados
pelo
Síndrome
de
Menière
(inflamação
do
ouvido
interno,
zumbido,
actividade
auditiva
diminuída
e
vertigem).
A
perda
do
paladar
associada
à
perda
dos
dentes
é
muitas
vezes
acrescida
de
uma
perda
de
apetite,
podendo
contribuir
para
a
decadência
mental,
como
também
para
algum
descontrolo
físico.
As
alterações
que
ocorrem
no
SNC
levam-‐nos,
para
além
de
ter
em
atenção
todas
as
alterações
sistémicas
inerentes,
a
que
as
explicações
de
diagnósticos,
planos
de
tratamento
e
instruções
para
o
paciente,
devam
ser
dadas
claramente
e
muito
lentamente
de
modo
a
que
o
paciente
compreenda
e
devemos
reforçar
as
instruções
orais
com
instruções
escritas.
O
tecido
muscular
sofre
alterações
com
a
idade,
sendo
de
assinalar
que
a
maior
alteração
é
a
substituição
das
fibras
contrácteis
por
fibras
de
colagénio.
Assim,
temos
como
resultado
a
perda
de
força,
resistência,
flexibilidade
e
de
tónus
muscular.
As
alterações
no
controlo
nervoso
resultam
em
rigidez,
incertezas
e
tremores
musculares.
As
perda
de
força
muscular
pode
ser
devida
a:
1-‐ Redução
do
número
de
células
musculares
por
substituição
por
tecido
fibroso
2-‐ Diminuição
do
número
de
unidades
motoras
dentro
do
músculo
12
3-‐ Degeneração
aleatória
das
placas
terminais
motoras
4-‐ Incapacidade
crescente
dos
músculos
gerarem
energia
a
partir
dos
açúcares
5-‐ Queda
e
redução
da
secreção
andrógena
Em
relação
ao
aparelho
circulatório
pdoemos
observar
algumas
alterações,
particularmente
associadas
à
aterosclerose.
Foi
sugerido
que
muitos
dos
sintomas
de
senilidade
são
secundários
ao
mecanismo
primário
da
aterosclerose.
A
deposição
de
gorduras
nas
paredes
e
lúmen
dos
vasos
e
a
degeneração
gordurosa
das
fibras
musculares
do
coração,
levam
a
uma
diminuição
generalizada
no
suprimento
de
sangue
oxigenado.
A
perda
de
reflexos
baroreceptores
no
pescoço
pode
levar
à
hipotensão
postural.
Assim,
todas
as
mudanças
de
posição
reclinada
para
posição
erecta
devem
ser
feitas
lentamente
e
suavemente.
Existem
várias
alterações
respiratórias
que
são
menores
que
as
circulatórias,
embora
quando
instaladas
vão
complicar
e
tornam
mais
complexas
as
alterações
circulatórias.
Ao
idoso,
diminui
a
capacidade
respiratória
e
também
a
eficácia
na
troca
entre
o
oxigénio
e
o
dióxido
de
carbono,
ao
nível
dos
alvéolos
pulmonares.
O
sistema
digestivo
não
sofre
grandes
alterações
com
a
idade,
sendo
contudo
de
assinalar
a
diminuição
da
secreção
de
ácidos
e
enzimas.
A
parede
intestinal,
menos
permeável
aos
nutrientes
tem
como
influência
a
diminuição
na
dissolução
dos
alimentos
e
ainda
o
nível
da
sua
absorção
molecular.
As
pessoas
idosas
tornam-‐se
indiscriminadamente
laxantes
contribuindo
para
uma
melhor
“regularidade”
intestinal,
tendo
contudo
como
efeito
negativo
a
interferência
na
absorção
de
vitaminas
A
e
D,
também
de
um
modo
geral
o
“empurrar”
dos
alimentos,
diminuindo
a
sua
digestão
e
absorção.
No
paciente
idoso
há
alterações
na
qualidade
da
voz
e
nos
padrões
da
fala.
Este
facto
é
consequência
de
mudanças
musculares
na
parede
do
tórax
e
na
laringe,
diminuindo
a
eficácia,
força
e
controlo
para
expelir
o
ar.
A
compreensão
do
vocabulário
melhora
com
a
idade
mas
o
tempo
necessário
para
a
análise
de
dados
que
entram
e
formulação
de
respostas
também
aumenta.
13
Alterações
Nutricionais
O
idoso
é
mais
vulnerável
à
má
nutrição
do
que
o
jovem
por
várias
razões.
De
entre
os
factores
fisiológicos
que
podem
causar
problemas,
temos
as
alterações
nos
sistemas
olfactivos
e
gustativos
que
dão
origem
a
que
os
idosos
não
gostem
das
comidas.
Outra
condição
é
a
artrite
reumatoide
que
inibe
a
mobilização
do
idoso
e
assim
evita
ir
comprar
alimentos
e
cozinhá-‐los.
A
juntar
a
falta
de
peças
dentárias,
os
idosos
recorrem
muitas
vezes
a
alimentos
de
fácil
confecção,
menos
ricos
em
gorduras
e
hidratos
de
carbono,
que
excedem
as
necessidades
calóricas
diárias,
originando
obesidade
que,
por
sua
vez,
causará
mais
cáries
dentárias,
depósitos
de
gordura
nos
tecidos
e
maior
risco
para
doenças
cardíacas,
diabetes,
artrites
e
hipertensão.
A
necessidade
diária
metabólica
no
idoso
é
de
cerca
de
¾
do
necessário
na
idade
adulta.
A
actividade
física
decresce
em
cerca
d
50%
em
relação
ao
adulto.
É
essencial
que
um
balanceado
consumo
de
energia
seja
mantido
para
evitar
o
excesso
de
peso
que
pode
levar
à
obesidade.
Assim,
deverá
ser
feita
uma
dieta
equilibrada
com
proteínas,
sais
minerais
e
vegetais,
para
evitar
desnutrições
excessivas.
Estudos
feitos
nos
idosos
em
zonas
como
Geória
do
Sul,
na
Ex-‐URSS
demonstram
que
têm
uma
actividade
física
muito
activa
e
um
estilo
de
vida
com
pouco
stress,
portanto
uma
incidência
fraca
de
obesidade.
As
dietas
são
fracas
em
carne,
não
ingerem
peie
e
consomem
produtos
lácteos,
fruta
fresca
e
vegetais.
Proteínas
A
necessidade
diária
é
de
0,8g
por
dia/Kg
de
peso
corporal.
A
insuficiência
de
proteínas
conduz
à
anorexia,
confusão
mental
e
deterioração
geral,
com
perda
de
apetite
e
aumento
de
doenças
infecciosas.
É
essencial
que
o
doente
ingira
durante
uma
semana
normal
2
ou
3
refeições
de
carne,
peixe,
ovos
e
leite,
que
são
alimentos
de
elevada
quantidade
de
proteína.
Hidratos
de
Carbono
Os
hidratos
de
carbono,
juntamente
com
as
gorduras,
dão
ao
homem
a
fonte
de
energia
para
os
seus
tecidos.
No
idosos,
a
actividade
física
é
menor,
a
necessidade
de
hidratos
de
carbono
também
é
mais
reduzida,
o
que
implica
uma
redução
na
sua
ingestão.
A
tolerância
à
glucose
decresce
com
a
idade
e
o
aumento
do
consumo
de
alimentos
com
baixo
teor
de
hidratos
de
carbono
deve
ser
implementado
na
dieta
alimentar
diária.
Gorduras
São
substâncias
encontradas
na
carne,
manteiga,
margarinas
e
óleos
e
dão
uma
energia
de
9Kcal/gr.
Formam
cerca
de
40%
da
ingestão
de
calorias
na
alimentação.
14
A
digestão
de
gorduras
dá-‐se
no
intestino
grosso
onde
são
estimuladas
para
segregar
colecistoquinina,
uma
hormona
que
causa
a
contracção
da
vesícula
biliar
e
consequente
entrada
de
bílis
no
duodeno.
Minerais
É
muito
importante
a
ingestão
de
minerais,
em
particular
no
idoso
que
está
mais
sujeito
à
osteoporose,
onde
exige
uma
ingestão
de
alimentos
ricos
em
cálcio.
Este
é
essencial
à
actividade
neuromuscular
e
função
celular
e
é
encontrado
em
alimentos
como
o
leite
e
o
queijo.
A
dose
recomendada
é
de
800mg/dia
mas,
em
casos
de
osteoporose,
a
dose
sobe
para
1200mg/dia.
Outros
factores
como
a
ingestão
crónica
do
álcool,
pode
conduzir
a
gastrite
e
pode
originar
a
obrigatoriedade
em
ingerir
alumínio
em
altas
doses.
O
ferro
é
outro
mineral
essencial
que
se
encontra
nos
vegetais
verdes
e
na
carne
e
a
sua
falta
ou
insuficiente
ingestão
pode
originar
anemia
hipocrónica.
O
potássio
em
falta
pode
originar
depressões.
Vitaminas
Algumas
evidências
existem
que
mostram
que
os
idosos
recebem
pouco
ácido
ascórbido
e
os
estudos
demonstram
que
um
aumento
de
consumo
leva
a
um
aumento
de
retenção.
A
presença
de
vitamina
C
na
urina
é
um
indicador
de
quantidade
suficiente
de
vitamina
C
na
dieta.
A
deficiência
mais
comum
no
idoso
é
a
de
ácido
fólico
e,
cominado
com
deficiência
de
vitamina
B12
causa
anemias
megaloblásticas.
Estas
encontram-‐se
na
carne
(fígado
em
particular)
e
nos
vegetais.
A
vitamina
D
é
importante
na
absorção
de
cálcio
no
intestino
e,
nos
idosos
é
frequentemente
baixa.
A
vitamina
D
pode
ser
sintetizada
no
epitélio
e
origina
a
acção
de
ultra-‐violetas
na
pele.
É
encontrada
nos
óleos
de
fígado
de
peixe.
15
Estados
Patológicos
/
Doenças
do
Idoso
Aterosclerose
A
sua
etiologia
continua
sem
ser
conhecida,
embora
seja
a
causa
que
mais
afecta
o
sistema
cardiovascular.
As
imagens
microscópicas
de
vasos
sanguíneos
mostram
áreas
de
edema
do
endotélio
e
subendotélio
e
presença
de
ácido
mucopolissacárido.
Doenças
Cardíacas
Umas
das
causas
mais
comuns
da
doença
valvular
é
a
febre
reumática
que
atinge
jovens
e
idosos.
A
doença
coronária,
hipertensão
e
a
doença
cárdio-‐pulmonar
são
as
mais
comuns
na
idade
idosa.
Os
sintomas
que
o
paciente
sente
são
dispneia
(em
particular
com
exercício
ou
a
subir
escadas).
No
caso
da
hipertensão,
o
paciente
pode
apresentar
sintomas
de
dispenia
paroxística
nocturna,
que
significa
falência
ventricular.
Os
doentes
que
sofrem
destes
sintomas
sentir-‐se-‐ão
desconfortáveis
quando
colocados
numa
posição
deitada
durante
o
tratamento
dentário.
A
dor
pode
aparecer
numa
isquemia
do
coração.
Quando
acontece,
é
localizada
atrás
do
esterno,
com
irradiação
para
o
peito
e
membros
superiores.
Usualmente
desaparece
com
repouso
mas,
se
o
enfarte
de
miocárdio
está
instalado,
a
dor
não
desaparece
com
repouso.
Palpitações,
alterações
do
ritmo
cardíaco,
edema
e
cianose
são
sinais
“major”
de
falência
congestiva
cardíaca.
16
Doenças
Valvulares
A
presença
de
doença
aórtica
ou
mitral
são
frequentes
no
idoso.
Insuficiência
ou
estenose
são
consequência
e
as
complicações
são
as
fibrilações,
falência
cardíaca
congestiva
e
o
risco
contínuo
de
infecções
(endocardites).
Doença
Coronária
É
a
mais
importante
doença
do
coração
no
idoso.
Calcula-‐se
que
atinja
cerca
de
20%
no
sexo
masculino
e
12%
no
sexo
feminino.
Hipertensão
e
Diabetes
Melitus
são
causas
predisponentes
com
agravamento
em
pessoas
sedentárias.
A
obesidade
é
um
factor
clínico
de
risco,
assim
como
o
tabagismo.
As
alterações
das
artérias
coronárias
conduzem
a
um
estreitamento
dos
vasos
sanguíneos,
originando
isquemia
dos
músculos
cardíacos.
Se
há
lugar
para
formação
de
trombos,
aparece
a
oclusão
dos
vasos
sanguíneos
e
origina-‐se
então
a
angina
pectoris
que
leva
ao
enfarte
do
miocárdio,
fibrilação
e
falência
cardíaca.
Angina
Pectoris
O
paciente
refere
uma
dor
fina
retro-‐esternal
que
tende
a
irradiar
para
o
peito,
ombros
e
membros
superiores,
em
especial
para
o
lado
esquerdo,
que
dura
alguns
minutos.
A
falta
de
ar
está
frequentemente
associada.
Tudo
isto
normaliza
com
o
repouso.
17
Enfarte
do
Miocárdio
Resulta
quando
um
vaso
é
bloqueado
por
um
trombo
de
ateroma
e
os
tecidos
alimentos
pela
artéria
trombosada
morrem
e
ficam
fibrosados.
O
doente
refere
uma
dor
rápida
e
severa
no
peito
atrás
do
esterno
que
é
parecida
com
a
angina
pectoris.
Irradia
para
o
peito
e
membros
superiores
e
não
se
alivia
com
o
repouso.
Pode
durar
várias
horas.
O
doente
pode
perder
a
consciência,
a
pele
fica
fria
e
os
lábios
pálidos.
Os
dedos
ficam
cianosados,
o
pulso
fraco,
a
tensão
arterial
baixa
e
o
vómito
é
comum.
Cerca
de
25%
dos
enfartes
têm
como
consequência
a
morte
mas
para
os
sobreviventes
o
tratamento
habitual
é
repouso
e
drogas,
tais
como
os
beta-‐
bloqueantes,
seguidos
de
mobilização
precoce.
Doenças
Cardio-‐Pulmonares
As
interferências
nas
trocas
de
sangue
que
se
fazem
nos
pulmões
originam
bronquites
crónicas,
enfisema
e
hipertrofia
ventricular
direita.
As
falências
cardíacas
podem
aparecer
no
idoso
onde
a
bronquite
crónica
é
comum,
em
particular
nos
homens
fumadores
desde
idades
jovens.
Nestes
é
comum
observar
faltas
de
ar
e
cianose.
O
embolismo
pulmonar
também
é
comum
no
idoso
e
é
encontrado
em
cerca
de
30%
de
todas
as
autópsias.
É
ainda
mais
frequente
nos
indivíduos
que
tiverem
previamente
falência
cardíaca
e
que
tenham
doença
venosa
crónica
dos
membros
inferiores.
O
tratamento
para
estes
casos
é
usualmente
a
terapia
anticoagulante.
18
Doenças
do
Sistema
Músculo-‐Esquelético
Com
o
avanço
da
idade,
muitos
doentes
começam
a
sofrer
de
dores
nos
músculos
e
articulações.
A
doença
mais
comum
e
que
pode
influenciar
um
tratamento
dentário
é
a
osteoporose
que,
pode
originar
uma
considerável
perda
de
osso
alveolar
e
facial
do
esqueleto.
A
dor
e
o
desconforto
nas
articulações
é
causado
pelas
doenças
degenerativas,
tais
como
a
osteoartrite.
Cuidados
suplementares
devem
ser
tomados
nos
doentes
que
sofrem
de
espondilose
cervical,
pois
num
tratamento
dentário,
a
demora
e
a
força
da
flexão
do
pescoço
podem
originar
imobilizações
ou
afectar
os
nervos
cervicais.
Hipertensão
• Hipertensão
Essencial
Aparece
de
causa
desconhecida.
É
muito
comum
na
meia
idade
e
mais
comum
no
homem
do
que
na
mulher.
Factores
hereditários
têm
um
papel
preponderante
e
a
obesidade
é
muito
comum.
Quando
as
alterações
ocorrem
nos
vasos
sanguíneos
surge
hipertrofia
da
parede
do
vaso,
dando-‐se
a
perda
da
elasticidade
e
a
restrição
no
diâmetro
do
lúmen.
Essas
alterações
no
coração,
cérebro
e
rins
causam
isquemia
que
leva
a
um
aumento
da
pressão
sanguínea.
Quando
a
isquemia
atinge
o
cérebro
origina
alterações
mentais
que
afectam
a
personalidade
do
paciente.
Este
queixar-‐se-‐á
de
diminuição
da
capacidade
ventilatória
e
pode
ter
cefaleias
e
epistaxis.
A
perda
de
visão
por
alterações
na
retina
pode
igualmente
aparecer.
• Hipertensão
Postural
É
comum
no
idoso
devido
à
deficiente
função
do
sistema
nervoso
autónomo.
Outros
factores
tais
como
a
infecção,
podem
exacerbar
os
problemas
da
hipertensão
postural,
reduzindo
o
volume
de
sangue
ou
a
excessiva
excreção
de
sódio.
Levantando
rapidamente
um
doente
da
cadeira
ou
da
cama
fará
com
que
este
se
sinta
tonto,
confuso
e
com
sensação
de
queda.
A
face
torna-‐se
cinzenta
e
o
pulso
fraco.
Quando
colocado
na
posição
horizontal,
o
doente
recupera
e
sente-‐se
melhor.
Assim,
quando
o
doente
sai
da
cadeira
ou
cama,
deve
fazê-‐lo
por
fases.
19
Cancro
A
incidência
de
todos
os
tipos
de
cancro
aumenta
com
a
idade
e
é
necessário
que
todos
os
idosos
sejam
examinados
cuidadosamente
à
procura
de
alterações
malignas.
Idosos
que
usem
próteses
dentárias
de
longa
duração,
não
controladas,
idosos
que
vivem
em
instituições
ou
internados
em
casas
de
repouso
devem
ser
pesquisados
e
rastreados
até
à
mais
pequena
lesão
da
cavidade
oral.
O
sinal
mais
precoce
de
malignidade
é
a
disqueratose.
Se
um
doente
o
referir
deverá
ser
imediatamente
levado
e
orientado
num
centro
especializad.
O
local
mais
comum
são
os
lábios,
a
língua
e
o
pavimento,
mas
devemos
ter
cuidado
e
observar
também
a
orofaringe.
Alteraçoes
Orais
e
Peri-‐Orais
no
Idoso
Cáries
e
Doença
Periodontal
São
estas
as
duas
principais
doenças
que
surgem
na
cavidade
oral
que
não
estão
directamente
ligadas
com
condições
sistémicas.
O
idoso
que
começa
a
ser
mais
descuidado
com
a
sua
higiene
oral
pode
desenvolver
cáries
em
áreas
cervicais
expostas.
Igualmente
em
pacientes
com
fluxo
salivar
diminuído,
como
por
exemplo
naqueles
em
terapêutica
radioterápica,
o
colo
cervical
é
reduzido
em
toda
a
sua
circunferência
e
pode
originar
fracturas
com
aparecimento
de
cárie.
Nestas
circunstâncias,
a
placa
bacteriana
e
tartárica
são
certamente
as
causas
de
alterações
gengivais
e
é
comum
os
idosos
apresentarem
poucos
dentes,
em
especial,
em
acamados
e
em
instituições.
20
Hiperplasia
Traumática
Em
resultado
da
reabsorção
óssea
alveolar,
os
bordos
das
próteses
dentárias
ficam
envolvidas
em
tecidos
fibrosos.
Isto
é
particularmente
comum
em
pacientes
que
usam
a
mesma
prótese
durante
anos
sem
controlo
algum.
Ulcerações
originam
tecido
hiperplásico
e,
se
for
pequeno,
a
remoção
do
agente
causador
é
o
suficiente
para
a
regressão
da
lesão.
Muitas
vezes,
o
tecido
hiperplásico
tem
de
ser
removido
cirurgicamente
mas
deve-‐se
ter
cuidado
para
não
destruir
os
sulcos
vestibulares,
afim
de
que
se
possa
mais
tarde
confeccionar
uma
prótese
ajustada
e
com
melhor
aderência
possível.
Queilite
Angular
Está
geralmente
associada
às
próteses
dentárias
e
à
perda
de
suporte
dos
tecidos
faciais,
à
perda
de
dimensão
vertical
da
face
por
próteses
velhas,
desgastadas
ou
mal
confeccionadas.
Isto
origina
que
os
cantos
da
boca
infectados
por
Candida
estejam
constantemente
lesados
ou
infectados.
Este
patologia
surge
igualmente
em
idosos
sujeitos
a
antibioterapia
prolongada
em
que
se
dá
oportunisticamente
desenvolvimento
da
Candida.
Está
também
associada
a
anemia
por
deficiência
de
ferro.
Estomatite
de
Contacto
ou
Traumática
É
muito
comum
e
é
provocado
pelo
contacto
da
prótese
dentária
no
palato
duro,
onde
as
lesões
desenham
a
forma
da
prótese.
Esta
área
coberta
pela
prótese
é
de
uma
cor
avermelhada
brilhante
e
é
provocada
pela
retenção
na
prótese
de
Candida
ou
Prolifera
com
traumas
pequenos.
Esta
lesão
pode
originar
o
desenvolvimento
de
tecido
hiperplásico.
Um
aparecimento
semelhante
pode
surgir
em
pacientes
alérgicos
ao
monómero
residual
da
prótese.
Uma
higiene
oral
deficiente
e
uma
limpeza
inadequada
das
próteses
durante
vários
dias
são
a
principal
razão
desta
patologia.
Queratinização
No
idoso,
a
mucosa
oral
quando
sujeita
a
fricção,
desenvolve
um
grau
de
queratinização
particularmente
no
plano
oclusal
e
isto
pode
ser
exagerado
em
pacientes
que
sofrem
de
deficiências
de
ferro
e
de
anemia.
21
Liquen
Plano
Atrófico
Na
mucosa
atrófica,
onde
próteses
dentárias
causam
traumatismos
constantes,
o
líquen
plano
pode
surgir.
A
mucosa
mostra
estrias
brancas
rodeadas
de
inflamação
e
pode
progredir
para
longas
áreas
de
erosão.
Alterações
da
Língua
A
mais
comum
é
a
língua
geográfica.
Lesão
benigna
e
que
corresponde
a
uma
glossite
superficial
migrante.
Deve-‐se
prevenir
o
doente
de
que
a
lesão
não
lhe
vai
causar
nenhuma
outra
lesão
patológica
nem
cancro.
A
escovagem
diária
é
a
terapêutica
indicada.
Nevralgia
do
Trigémio
Uma
alteração
de
meia
idade
e
dos
idosos.
Em
certas
casos
o
diagnóstico
é
fácil
mesmo
na
ausência
de
sinais
clínicos.
Clinicamente
caracteriza-‐se
por
uma
dor
lancinante
em
um
ou
mais
ramos
de
distribuição
do
nervo
trigémio,
usualmente
unilateral
e
incapacitante
até
para
se
mover.
A
droga
de
eleição
para
o
alívio
dos
sintomas
é
o
tegretol.
Dor
Facial
Atípica
Muitos
doentes
idosos
referem
este
síndrome
numa
parte
da
mandíbula
ou
maxila
mas,
sem
sinais
evidentes
de
causa.
É
normalmente
constante
mas
não
evita
que
o
paciente
consiga
dormir.
Requer
tratamentos
cirúrgicos
coadjuvados
com
um
tratamento
psiquiátrico,
mas
nem
sempre
tem
sucesso.
É
sempre
difícil
tratar
e
deverá
enviar-‐se
o
paciente
para
um
especialista
em
neurologia.
Síndrome
da
Disfunção
Temporomandibular
(ATM)
A
incidência
é
grande
tanto
em
idosos
como
em
jovens
que
se
queixam
com
sintomatologia
dolorosa.
Nos
idosos
é
menos
incidente.
É
raro
encontrar
idosos
com
dores
nos
músculos
ou
na
própria
articulação.
Quando
acontece
é
normalmente
causado
por
próteses
mal
adaptadas.
22
A
perda
parcial
ou
total
dos
dentes
implica
perturbações
estéticas
e
funcionais
cuja
gravidade
está
na
razão
directa
da
extensão
da
perda.
Como
causas
de
perdas
de
dentes
temos:
• Traumatismos
• Idade
(hoje
em
dia
cerca
de
8%
da
população
atinge
a
idade
de
65
anos)
• Cárie
• Doença
Periodontal
(principal
causa
de
perda
dentária)
No
entanto,
a
prostodontia
tem
limitações
que
se
relacionam
não
só
com
os
materiais
e
técnicas
utilizadas,
mas
também
com
a
psicologia
do
doente,
com
a
fisiopatologia
do
osso
alveolar
e
com
as
disfunções
do
aparelho
mastigatório.
A
nossa
actuação
deverá
centrar-‐se
na
prevenção.
Prostodontia
Removível
A
prótese
pode
ser
fixa
ou
removível,
podendo
esta
última
ser
total
ou
parcial.
Como
objectivo,
uma
prótese
deve
conferir
várias
funções:
estética,
fonética,
mastigação
e
articular.
Prótese
Parcial
Pode
ser
acrílica
(deve
sempre
ser
encarada
como
provisória)
ou
esquelética.
Esta
apresenta
vários
componentes
individuais:
elementos
de
encaixe
(pré-‐
fabricados),
conector
maior
(com
elementos
de
estabilização),
base
de
suporte
e
conector
menor.
A
unidade
gancho
é
o
elemento
activo
da
prótese
e
tem
como
elementos
constituintes
o
conector
menor,
o
braço
retentivo,
o
braço
recíproco
e
o
apoio
oclusal.
Classificações
dos
Desdentados
As
classificações
mais
utilizadas
são
as
de
Kennedy
e
as
de
Kennedy-‐Applegate,
embora
nenhuma
delas
possa
enquadrar
todas
as
possibilidades
de
combinações
de
perda
de
um
ou
mais
dentes,
numa
ou
nas
duas
arcadas.
Classificação
de
Kennedy
(1925)
23
• Classe
I
o Zonas
desdentadas
bilaterais,
situadas
posteriormente
aos
dentes
naturais
existentes
(selas
distais
livres)
• Classe
II
o Zona
desdentada
unilateral,
situada
posteriormente
aos
dentes
naturais
• Classe
III
o Zona
desdentada
unilateral
com
dentes
naturais
colocados
anterior
e
posteriormente
a
ela
(sela
intercalada)
• Classe
IV
o Zona
desdentada
única
mas
projectando-‐se
sobre
a
linha
média
e
situada
anteriormente
aos
dentes
existentes
(sela
anterior).
Classificação
de
Kennedy-‐Applegate
• Classe
I
o Selas
distais
bilaterais
• Classe
II
o Sela
distal
unilateral
• Classe
III
o Sela
intercalada
dos
dois
lados
da
arcada
e
sem
perda
dos
caninos
• Classe
IV
o Sela
anterior
• Classe
V
o Selas
intercaladas
bilaterais,
no
qual
falta
pelo
menos
um
canino
• Classe
VI
o Sela
intercalada
unilateral
Como
modificações
ou
classes
complementares
desta
classificação
temos:
• Classe
I,
modificação
1
o Selas
distais
bilaterais,
com
falta
de
dentes
intercalada
a
nível
da
arcada
residual
• Classe
II
modificação
1
o Sela
distal
unilateral,
combinada
com
falta
de
dentes
intercalados
Existe
também
a
classificação
clínica
segundo
a
localização
da
área
ocupada
pelas
selas.
Esta
classificação
é
denominada
por
classificação
de
Kennedy
simplificada.
Classificação
de
Kennedy
Simplificada
Classe
I
–
Selas
bilaterais
livres
Classe
II
–
Sela
unilateral
livre
Classe
III
–
Selas
intercaladas
laterais
Classe
IV
–
Sela
intercalada
anterior
Classe
V
–
Sela
combinada
24
Segundo
o
grau
de
suporte
dentário,
as
próteses
podem
ser
classificadas
em:
• Prótese
dento-‐suportada
(bom
prognóstico)
• Prótese
dento-‐muco-‐suportada
• Prótese
muco-‐suportada
(mau
prognóstico,
origina
graves
lesões
periodontais)
As
classificações
permitem
distinguir
diferentes
tipos
de
próteses
ao
nível
da
extensão
e
conexão.
Para
uma
correcta
execução
da
PPR
esta
deve
seguir
quatro
princípios:
• Retenção
(ganchos,
encaixes)
• Estabilidade
(dentes
de
apoio)
• Reciprocidade
(neutralizador
das
forças
exercidas)
• Fixação
(não
sofrer
deslocações
durante
a
mastigação)
Do
uso
de
um
corpo
estranho
na
cavidade
oral
resulta:
• Depósito
de
placa
bacteriana
(dentes
+
tecidos
moles)
que
causa
cárie
e
gengivite
e,
quando
não
removida
pode
causar
periodontite
• Reabsorção
óssea
–
Lesão
gengival
–
Perda
de
suporte
dentário
–
Perda
de
dentes
• Trauma
mecânico
É
de
extrema
importância
a
instrução
e
motivação
higiénica
do
paciente
que
deverá
ser
esclarecido
antes
da
confecção
da
prótese,
pois
uma
nova
etapa
irá
começar
aquando
da
colocação
da
terceira
dentição.
Para
se
conseguir
os
objectivos
pretendidos
pelo
uso
da
prótese,
é
necessário
um
diagnóstico
preciso,
com
um
exame
clínico
minuncioso,
exame
radiológico,
exame
dos
modelos
de
estudo
em
gesso
e
uma
correcta
preparação
do
periodonto
e
peças
dentárias
(endodontias,
restaurações....)
Prótese
Total
Ainda
mais
que
na
prótese
removível,
é
importante
recolher,
analisar
e
conservar
por
escrito
as
observações
realizadas
durante
a
anamnese,
situação
específica
oral
e
maxilo-‐facial.
Exame
extra-‐oral
• Caracterização
do
paciente
• Particularidades
(ex.
Assimetrias)
• Alterações
funcionais
dos
maxilares
(diminuição
dos
movimentos,
disfunções
da
ATM)
Exame
intra-‐oral
• Pesquisar
lesões
na
mucosa
(gengiva
queratinizada,
mucosa
do
palato
duro),
língua,
lábios,
tónus
da
musculatura
lábio-‐bucal.
• Morfologia
das
cristas
alveolares
e
as
relações
intermaxilares
• Saliva
(quantidade
e
qualidade)
25
É
importante
fazer
um
estudo
radiológico
e
o
exame
de
próteses
anteriores.
Quando
se
procede
a
extracções,
determina-‐se
uma
reconstrução
óssea,
o
que
leva
a
uma
diminuição
da
crista
alveolar
residual.
Esta
diminui
e
é
mais
pronunciada
no
maxilar
inferior
(a
base
do
maxilar
superior
é
bastante
maior).
Existe
uma
relação
estreita
entre
o
tempo
decorrido
desde
a
extracção
e
a
existência
ou
não
de
uma
alveoloplastia.
A
colocação
imediata
de
uma
prótese
ajuda
a
conservar
a
altura
da
crista,
mas
não
a
largura.
Depois
da
extracção
até
à
reabsorção
óssea
e
à
formação
de
novo
osso,
existe
um
intervalo
de
cerca
de
4
meses
no
maxilar
superior
e
6
meses
na
mandíbula.
No
entanto,
a
reabsorção
é
contínua
para
toda
a
vida.
A
velocidade
de
reabsorção
varia
nas
diferentes
secções
da
crista
alveolar
(valores
mais
elevados
de
reabsorção
nos
dentes
anteriores
para
ambos
os
maxilares,
a
tuberosidade
maxilar
e
a
região
do
trígono
retromolar
apenas
sofrem
alterações
morfológicas.
Causas
de
reabsorção
da
crista
alveolar:
• Factores
locais
e
sistémicos,
bioquímicos
e
físicos
Pode-‐se
originar
uma
atrofia
hipofuncional
ou
afuncional
da
crista.
As
principais
consequências
desta
reabsorção
para
o
tratamento
protético
são:
• Diminuição
constante
da
diminuição
vertical
com
redução
de
altura
facial
• Aumento
igual
da
distância
inter-‐oclusal
na
posição
de
repouso
Estas
consequências
levam
a
• Diminuição
da
dimensão
vertical
–
rotação
do
maxilar
inferior
–
alteração
da
oclusão
(movimentos
para
a
frente
e
para
trás)
–
alteração
da
relação
horizontal
• Contactos
prematuros
na
zona
molar
devido
ao
padrão
de
reabsorção
• Alteração
da
forma
do
maxilar,
devendo
ser
controlado
periodicamente
o
ajuste
da
prótese
A
crista
alveolar
ideal
é
composta
por
osso
resistente
de
boa
qualidade,
coberto
uniformemente
por
mucosa
sã
e
elástica,
sem
saliências
ou
cantos
agudos.
A
zona
vestibular
e
lingual
apresenta
canais
bem
formados.
Não
existem
cicatrizes,
freios,
rugas
ou
hipertofias
que
possam
afectar
a
colocação
da
prótese.
Estas
condições
ideais
são
raríssimas,
sobretudo
no
maxilar
inferior.
Não
esquecer
que
com
o
avanço
da
medicina
preventiva
e
com
a
mudança
de
atitudes,
cada
vez
mais
os
idosos
aparecem
com
próteses
parciais
que
eventualmente
terão
de
ser
substituídas
por
um
total
e,
com
grandes
diferenças
de
reabsorção
na
crista.
Na
relação
inter-‐maxilar
ideal,
ambas
as
cristas
alveolares
são
confluentes
e
paralelas.
No
entanto,
devido
à
reabsorção
das
cristas,
ambos
os
maxilares
separam
progressivamente
na
zona
anterior.
O
maxilar
superior
torna-‐se
cada
vez
mais
pequeno.
26
Assim,
pode
considerar-‐se
como
condições
normais
nos
desdentados
quando
as
cristas
são
relativamente
paralelas
e
com
linhas
de
união
entre
as
linhas
médias
das
cristas
com
um
ângulo
superior
a
80
graus,
em
relação
ao
plano
de
oclusão.
Se
o
ângulo
é
menor
do
que
80,
surgem
problemas
de
espaço
lingual
ou
de
estabilidade
mastigatória
da
prótese.
Impressões
No
maxilar
desdentado,
o
objectivo
é
a
reprodução
exacta
da
superfície
do
tecido
sobre
o
qual
assentará
a
prótese
dentária.
1ª
Impressão
• Alginato,
com
moldeira
standart
de
metal
para
maxilares
desdentados
• Se
houver
condições
difíceis
(mais
acentuadas
no
maxilar
inferior)
faz-‐se
impressão
em
material
termoplástico,
em
moldeira
pequena
e
com
pouco
perfil
• A
moldeira
standart
é
pré-‐fabricada,
perfurada
e
deve
corresponder
o
melhor
possível
ao
tamanho
e
forma
do
maxilar.
Se
necessário,
pode
completar-‐se
ou
corrigir
com
cera
(retromolar
e
sublingual
longitudinalmente).
Deve
repetir-‐se
quantas
vezes
for
necessário.
• A
impressão
do
maxilar
inferior
deve
mostrar
trígonos
retromolares,
espaço
sublingual
e
espaço
vestibular
• A
impressão
do
maxilar
superior
deve
mostrar
a
totalidade
do
vestíbulo,
tuberosidades
maxilares,
palato
duro
até
à
tangente
das
tuberosidades
e
as
regiões
do
palato
mole.
• É
importante
ver
os
freios
lingual
e
bucais.
• Imediatamente
após
a
tomada
de
impressão,
deve-‐se
vazar
com
gesso
branco
comum
tendo
cuidado
de
não
deixar
bolhas
de
ar.
2ª
Impressão
• Executada
com
material
termoplástico
ou
moldeiras
metálicas
pré-‐
fabricadas
ou
moldeiras
ajustáveis.
• Nos
casos
de
maxilares
inferiores
muito
atrofiados
ou
com
pregas
móveis
da
mucosa
sobre
a
crista
alveolar,
podemos
utilizar
a
própria
prótese
do
paciente.
Nos
casos
de
cirurgia
prévia,
acidente,
ressecção
parcial,
usam-‐
se
2
tempos:
o 1
tempo
–
alginato
com
confecção
de
moldeira
individual
o 2
tempo
–
segunda
impressão
• Após
estes
passos
procede-‐se
à
confecção
do
modelo
com
gesso
normal
Moldeira
Individual
Executada
em
resina
autopolimerizável
e
que
vai
corresponder
à
impressão
definitiva.
Serve
para
formar
o
bordo
funcional
e
determinar
exactamente
a
forma
do
tecido
maxilar
que
há-‐de
suportar
a
prótese
e
elaborar
o
modelo
definitivo
(maestro
ou
de
trabalho)
que
serve
de
base
para
os
passos
seguintes.
27
Cera
de
Articulação
Previamente
aquecida.
É
usada
cera
rosa
ou
também
a
base
de
cera
rosa
coberta
por
cera
amarela.
Devem
ter
forma
estável
e
a
determinação
da
relação
intermaxilar
(toma
de
mordida).
Deve-‐nos
dar
a
ideia
da
relação
vertical,
que
se
determina
partindo
da
posição
de
repouso
e
pedindo
ao
paciente
para
deglutir
e
da
relação
horizontal.
A
dimensãoo
vertical
é
melhor
avaliada
pelo
doente
que
poderá
referir
se
está
demasiado
alta,
baixa
ou
correcta.
Montagem
dos
Dentes
A
montagem
dos
dentes
deve
conferir
os
seguintes
requisitos
• Prótese
total
deve
restituir
o
aspecto
fonético
e
fisionómico
pessoal
• A
prótese
total
deve
preservar
de
forma
óptima
as
estruturas
histológicas
residuais
do
sistemas
estomatognático
• A
prótese
total
deverá
assegurar
a
mastigação
e
possibilitar
a
fonação
clara
• Sempre
que
possível
deve-‐se
pedir
fotografias
antigas
ao
paciente,
em
que
se
veja
a
linha
do
sorriso,
de
modo
a
poder
copiar-‐se
o
mais
fielmente
possível
o
aspecto
normal
dos
dentes
anteriores
e
evitar
o
“denture
look”.
Prova
Definitiva
• Inserção
da
prótese
e
sua
correcção
(se
necessário)
• Verificação
de
o Estabilidade
da
prótese
superior
e
inferior
o Oclusão
o Estabilidade
mastigatória
o Fonética
Regras
ao
paciente
• Paciência
para
permitir
a
adaptação
(em
especial
da
prótese
inferior).
Em
próteses
totais
e
a
curto
prazo,
o
doente
vai
queixar-‐se
mais
e
sobretudo
da
prótese
superior,
mas
a
médio
e
longo
prazo
as
queixas
incidirão
quase
sempre
na
prótese
inferior.
• Nos
primeiros
dias
deverá
ingerir
alimentos
moles
e
pouco
adesivo.
Deverá
mastigar
devagar
e
pedaços
de
alimentos
pequenos.
• Para
limpeza
das
próteses
usar
uma
escova
de
prótese
e
sabão
não
alcalino
e
passar
as
próteses
por
várias
águas
após
cada
refeição.
Para
limpeza
da
língua
e
palato
usar
uma
escova
mole.
• Se
existirem
pontos
de
pressão
estes
deverão
ser
corrigidos
o
que
implica
uma
ida
ao
consultório
• Visitas
regulares
ao
profissional
para
verificar
as
alterações
das
cristas
alveolares
(rebasamento
se
necessário)
ou
modificações
da
prótese
(fracturas)
ou
ainda,
para
verificação
de
complicações
(ulcerações,
estomatites
traumáticas
protéticas...)
28
Cirurgia
pré-‐protética
Deverá
ser
executada
quando:
• As
condições
anatómicas
dos
maxilares
não
são
as
ideais
sob
o
ponto
de
vista
protético
• A
intervenção
deve
significar
para
o
paciente
uma
melhoria
notável
da
função
da
prótese
e
comodidade
• A
melhoria
das
condições
anatómicas
consegue-‐se
intervindo
tanto
nos
tecidos
moles
como
no
osso.
o A
intervenção
dos
tecidos
moles
exige
osso
suficiente
(correcção
dos
freios
lingual,
labial,
vestibuloplastia,
exérese
de
hiperplasia
fibroepitelial,
epúlides...)
o A
intervenção
no
osso
é
efectuada
através
do
seu
aumento
com
hidroxiapatite.
Prótese
Imediata
É
uma
prótese
que
é
colocada
imediatamente
após
as
extracções
dentárias.
Deve
ser
sempre
provisória
devido
às
alterações
das
cristas
alveolares.
É
usada
naqueles
casos
em
que
o
doente
não
pode
permanecer
sem
dentes
por
motivos
sociais
ou
profissionais.
Serve,
para
além
da
função
estética,
como
protecção
contra
coágulos
e
de
penso
para
ferida.
É
contra-‐indicada
quando
se
efectuam
extracções
com
periodontopatias
inflamatórias
graves,
pois
impede
a
limpeza
da
ferida
e
a
cicatrização.
Em
odontogeriatria,
a
perda
de
dentes,
a
prótese
e
as
consequentes
dificuldades
na
alimentação
são
acontecimentos
perturbadores.
Existem
alterações
fisiológicas,
psicológicas
e
eventualmente
patológicas
no
idoso
de
que
resulta
o
difícil
estabelecimento
duma
relação
médico-‐doente.
Hoje
em
dia,
os
avanços
da
Medicina
Dentária
Preventiva
têm
como
consequência
a
diminuição
drástica
da
perda
de
dentes.
A
própria
atitude
da
população
em
relação
à
conservação
dos
dentes
tem
mudado
favoravelmente.
Por
outro
lado,
a
população
mundial
tem
envelhecido,
o
que
implica
um
aumento
de
pacientes
que
necessitam
de
tratamento
protético
e
as
consequências
directas
da
perda
de
dentes
(reabsorção
da
crista
alveolar,
limitações
estéticas
e
fonéticas)
está
associada
a
alterações
do
sistema
mastigatório,
em
particular
e
do
organismo
humano
em
geral
(devido
ao
próprio
processo
de
envelhecimento).
As
alterações
mastigatórias
caracterizam-‐se
por
numerosas
alterações
fisiológicas,
umas
com
função
compensatória
(adaptação
normal)
e
outras
irreversíveis:
• No
tecido
ósseo
existe
diminuição
da
capacidade
óssea
de
carga
• No
tecido
muscular
existe
diminuição
do
tónus
(cansaço
muscular)
• As
mucosas
da
cavidade
oral
reagem
de
forma
mais
sensível
às
irritações
térmicas
e
químicas
29
• O
tecido
submucoso
torna-‐se
mais
delgado
e
diminui
a
sua
elasticidade
(aumento
do
tecido
fibroso
intersticial)
• As
glândulas
salivares
vêm
diminuída
a
sua
secreção
(para
além
do
uso
de
medicamentos
como
os
anti-‐hipertensores
e
anti-‐depressivos
que
são
xerostomizantes
e
provocam
ardor
e
sabor
metálico)
• A
língua
continua
a
cumprir
as
suas
tarefas
funcionais
de
fonação
e
deglutição,
ajudando
ainda
o
paciente
desdentado
a
segurar
a
prótese.
No
entanto,
na
superfície
da
língua
podem-‐se
observar
alterações
(fissuras,
pregas,
atrofias
pupilares
progressivas...)
• A
nível
do
SNC,
embora
se
continuem
a
conseguir
as
tarefas
funcionais
de
forma
satisfatória,
as
funções
estão
alteradas,
principalmente
a
percepção
a
estímulos
ópticos
e
auditivos
e
o
sentido
do
tacto
espacial
(prótese
na
boca,
por
exemplo).
Isto
obriga
a
uma
comunicação
especial
com
o
paciente
o Falar
tranquilamente
evitando
sons
sibilantes
(umbral
auditivo
próximo
do
umbral
doloroso)
o Movimentos
lentos
o Como
a
capacidade
de
reacção
é
mais
lenta
deve-‐se
esperar
pacientemente
a
sua
resposta
o Como
a
capacidade
de
aprendizagem
está
diminuída,
a
adaptação
à
prótese
total
pode
estar
dificultada
ou
mesmo
impossibilitada
o Avisar
o
doente
para
um
período
de
adaptação
mais
prolongado
(para
doentes
idosos
é
+/-‐
6
meses)
Muitas
vezes,
o
tratamento
está
condicionado
por
problemas
psíquicods
e
sociais
e
então
há
3
grupos
de
pacientes
portadores
de
próteses:
1-‐ Portadores
de
uma
atitude
conservadora,
negando
limitações
da
idade
e
sintomas
secundários.
Resiste
à
prótese
2-‐ Indiferentes.
Adoptam
uma
atitude
de
resignação.
Não
tentam
superar
os
problemas.
Quase
inexistente
ou
interesse
pela
higiene
oral
e
pela
higiene
protética.
3-‐ Tentam
dominar
a
idade.
É
o
grupo
com
atitude
positiva.
Quando
estes
mecanismos
falham
(fúria,
desconfiança,
irritabilidade,
depressão,
medo
ou
confusão)
devemos
tentar
estabelecer
uma
relação
de
mútua
confiança.
Se
existirem
ainda
algumas
peças
dentárias,
a
capacidade
de
adaptação
for
baixa
devemos
tentar
o
possível
para
as
manter.
30
O
tratamento
com
prótese
deverá
ter
os
seguintes
resultados:
• Promete
êxito
o Se
o
paciente
já
usou
prótese
total
ou
parcial
e
tem
um
estado
oral
razoável
• Êxito
dificultado
o Se
o
paciente
usou
prótese
defeituosa,
se
espera
dificuldades
ou
devido
ao
estado
geral
e
oral
• Não
é
prometedor
o Se
o
paciente
andou
várias
anos
sem
dentes
e
sem
próteses
• Contra-‐indicado
o Se
nunca
uso
próteses
e
não
o
deseja
e
se
o
seu
estado
geral
e
oral
é
mau.
Sobredentaduras
Têm
apoio
periodontogengival
e
aspecto
externo
de
prótese
total.
Consegue-‐se,
com
elas,
um
apoio
e
retenção
das
raízes
e
aumentam
consideravelmente
a
eficácia
mastigatória
e
a
capacidade
de
diferenciação
das
forças.
O
seu
êxito
ou
fracasso
depende
da
saúde
do
periodonto
sobre
o
qual
assentam.
Vantagens
• Maior
estabilidade
funcional,
por
se
conservar
o
perfil
da
crista
alveolar
na
zona
dos
pilares
(com
ou
sem
elementos
de
construção)
• Melhor
estabilidade
da
prótese,
em
especial
da
inferior
• Maior
eficácia
mastigatória,
por
melhor
estabilidade
e
retenção
• Menor
carga
da
mucosa
• Maior
facilidade
de
adaptação
e
inserção
• Menor
extensão
da
base
no
maxilar
superior.
Se
for
preferível
usar
elementos
de
retenção,
a
prótese
só
precisa
de
cobrir
parcialmente
o
palato,
o
que
é
de
grande
importância
psicológica.
Inconvenientes
• Maior
custo,
implica
tratamento
periodontal,
endodôntico
e
elementos
de
construção
• Maior
esforço
(médico
e
doente)
para
manter
a
funcionalidade
Indicações
• Parâmetros
clínicos
–
estado
e
prognóstico
periodontal,
higiene
oral,
estado
das
cristas
alveolares,
função
neuro-‐muscular
• Atitude
do
paciente
–
face
aos
seus
dentes
e
prótese,
capacidade
de
colaboração
e
possibilidades
financeiras
31
Assim,
perante
uma
dentição
reduzida,
a
construção
de
uma
sobredentadura
está
indicada
quando:
• Se
possa,
pelo
menos,
conservar
1
dente
• Exista
uma
higiene
oral
suficiente
ou
que
possa
ser
aprendida
• Prognóstico
de
prótese
total
desfavorável
(ex
atrofia
extrema
das
cristas
alveolares,
xerostomia,
razões
psicológicas...)
• Qualquer
outro
tratamento
lesaria
ainda
mais
os
dentes
residuais
• Resultado
final
do
tratamento
(custo-‐vantagem)
não
seria
melhor
com
qualquer
outro
tipo
de
reabilitação
Planificação
Baseada
em
exame
clínico
e
radiológico
• Fase
1
o Determinação
dos
dentes
a
conservar
e
os
não
conserváveis
• Fase
2
o Determinação
da
vantagem
ou
necessidade
de
manter
os
dentes
conserváveis.
Elaborar
propostas
de
tratamento,
que
devem
ser
discutidas
com
o
paciente
• Fase
3
o Determinação
da
planificação
definitiva
com
relação
ao
número
de
pilares
e
ao
tipo
de
construção.
A
decisão
definitiva
acerca
dos
detalhes
construtivos
torna-‐se
depois
da
última
prova
da
prótese
em
cera.
Em
certos
casos
não
se
chega
à
planificação
definitiva
porque
a
evolução
durante
o
tratamento
prévio
não
aconselha
a
um
tratamento
com
sobredentadura.
Voltamos
então
à
fase
2.
A
determinação
da
necessidade
de
manter
um
dente
conservável
é
o
factor
de
diagnóstico
e
de
planificação
mais
importante.
Como
ajuda
para
a
decisão
podem-‐se
suar
4
parâmetros
que
devem
relacionar-‐se
com
o
estudo
clínico
real
de
cada
dente
e
o
seu
prognóstico:
• Importância
estratégica
do
dente.
Mede-‐se
pela
influência
na
negativa
que
a
sua
perda
teria
sobre
a
construção
protética
anterior.
Num
caso
extremo,
esta
importância
deve-‐se
medir
em
função
do
prognóstico
de
uma
prótese
total
com
a
solução
alternativa
• Carga
previsível
do
dente
• Higiene
oral
• Esforço
necessário
para
conservar
o
dente
Assim
e
resumidamente:
• Se
decisão
negativa
–
não
há
sobredentadura
• Se
decisão
positiva
–
planificação
provisória,
tratamento
prévio,
planificação
definitiva
32
Cuidados
Posteriores
Começam
imediatamente
após
a
inserção.
Incluem
medidas
protéticas
(correcção
da
base
e
oclusão,
ajustes
nos
elementos
de
retenção),
prevenção
e
tratamento
de
cáries
e
periodontite
(higiene
oral),
visitas
periódicas...
O
tratamento
prévio
compreende
medidas
endodônticas,
periodontais
e
cirúrgicas
da
mucosa
e
outras
que
criem
condições
histológicas
necessárias
apra
o
posterior
tratamento
protético
com
sobredentadura.
As
medidas
posteriores
servem
para
conservação
post-‐inserção
a
longo
prazo,
para
a
manutenção
do
estado
alcançado
por
intermédio
do
tratamento.
Compreende
o
controlo
periódico
dos
pilares
das
próteses
e
dos
elementos
de
retenção.
Terapeuticamente
inclui
o
tratamento
das
lesões
periodontais
e
cariosas,
modificações
oclusais
e
alterações
funcionais.
Também
inclui
qualquer
medida
cujo
objectivo
seja
a
manutenção
da
funcionalidade
da
prótese
e
dos
elementos
de
retenção.
Possibilidades
e
Elementos
de
Construção
Segundo
a
forma
em
que
os
dentes
residuais
ou
as
raízes
existentes
estejam
tratados,
assim
teráo
uma
mera
função
de
apoio
sobre
a
prótese
ou
servirão
tanto
para
o
apoio
dentário
como
para
o
encaixe
da
sobredentadura.
A
análise
custo-‐benefício
influi
decisivamente
no
tipo
e
envergadura
da
construção,
assim
como
na
preparação
necessária
dos
pilares.
Elementos
de
Apoio
• Mais
barato
e
simples
é
a
raiz
obturada
com
amálgama
ou
compósito
depois
do
tratamento
endodôntico.
• A
raiz
do
dente
pode
ser
coberta
com
uma
coroa
de
ouro
como
protecção
contra
as
cáries.
Ajudam
à
conservação
do
perfil
da
crista
alveolar,
ampliam
a
área
periodontal
de
apoio,
criando
assim
estatísticas
mais
favoráveis
à
construção.
• Por
não
experimentarem
forças
relevantes,
podem-‐se
aproveitar
raízes
com
periodonto
reduzido.
Elementos
de
Retenção
• Compõem-‐se
de
duas
partes
separáveis,
o
macho
(Patrix)
e
a
fêmea
(Matrix)
que
se
encaixa
e
rodeia
o
macho.
• Na
maioria
dos
encaixes
(chamados
ocultos),
o
Patrix
como
encaixe
primário
fica
unido
ao
pilar,
enquanto
que
o
matrix
como
encaixe
secundário
une-‐se
à
prótese
por
polimerização.
Os
mais
baratos
são
os
de
fabricação
industrial,
embora
existam
os
de
fabricação
individual,
elaborados
por
técnicos.
• Têm
como
função
o Apoio
da
prótese
sobre
os
dentes
e
raízes
residuais
o Fixação
da
prótese
frente
a
forças
de
tracção
e
de
levantamento
o Transmissão
axial
das
forças
mastigatórias
entre
o
periodonto
residual
e
a
prótese
(transmissão
de
pressão)
33
o Estabilização
e
bloqueio
do
periodonto
residual
Um
elemento
de
retenção
pode
ser
rígido,
móvel
ou
elástico.
• Elemento
de
retenção
rígido
o Quando
rodeia
o
pilar
e
não
permite
nenhum
movimento
entre
o
encaixe
e
a
prótese
depois
de
inserida.
o Estão
indicados
nas
sobredentaduras
de
apoio
exclusivamente
periodontal
ou
nas
sobredentaduras
e
apoio
parcialmente
periodontal,
se
for
possível
nos
dentes
residuais
um
apoio
suficientemente
estabilizado
• Elemento
de
retenção
móvel
o Quando
permitem
movimentos
rotatórios
da
prótese
sobre
o
encaixe
em
uma
ou
mais
direcções.
o Está
indicado
quando
uma
distribuição
topográfica
dos
dentes
residuais
no
maxilar
possa
provocar
movimentos
basculantes
prejudiciais
(elasticidade
elevada
ou
pouca
extensão
do
assento
da
prótese)
e
nos
casos
em
que
só
é
possível
um
encaixe
muito
curto
das
coroas
no
conduto
radicular
o Basicamente
devem
eleger-‐se
attachements
grandes
e
estáveis
pois
permitem
uma
retenção
mais
segura
da
prótese
e
desgastam-‐
se
menos
que
os
modelos
pequenos.
Em
caso
de
dúvida
deve-‐se
preferir
os
de
conexão
rígida.
• Elemento
de
retenção
elástico
o Permitem
movimentos
verticais.
o Devem
evitar-‐se
sempre
que
possível
(necessitam
de
mais
espaço,
montagem
mais
complicada
e
aceleração
da
reabsorção
da
crista)
o Estão
indicados
quando
existem
dentes
isolados
de
posição
desfavorável,
o
que
dá
uma
grande
capacidade
de
compressão
sobre
a
mucosa.
o Necessitam
de
maior
controlo.
Quando
se
deve
usar
encaixes
individuais
ou
barra
de
união?
-‐ Depende
principalmente
da
quantidade
e
distribuição
de
raízes
existentes
e
do
seu
estado
periodontal.
-‐ Em
muitos
casos,
as
mesmas
expectativas
de
êxito
podem
ser
encontradas
em
ambos
os
casos
e
a
eleição
de
uma
ou
de
outra
forma
depende
da
experiência
anterior
do
profissional
e
das
suas
preferências
individuais.
No
entanto,
devem
usar-‐se:
o Encaixes
individuais
(dentes
isolados,
arcadas
ou
maxilares
atrofiados,
diastemas
extensos
quando
não
se
podem
cobrir
com
barras,
distribuição
anormal
de
pilares
da
arcada)
o Barra
(pilares
periodontais
de
Bels,
coroas
com
encaixe
curto
no
conduto)
34
Metodologia
Especial
do
Tratamento
• Preparação
dos
Pilares
o Para
coroa
telescópica,
coroa
radicular
e
em
pilares
com
raiz
tratada,
apoio
sem
coroa,
coroa
radicular
e
pilares
para
elementos
de
retenção
de
montagem
directa
• Encurtamento
dos
dentes
o Com
elemento
de
apoio
(a
1mm
do
nível
gengival
e,
se
suportar
forças
laterais
a
3mm)
o Para
coroa
radicular
(2mm
de
altura)
• Forma
o Forma
de
esfera
ou
cúpula
com
bordos
arredondados,
se
elemento
de
apoio.
o Preparação
radicular
do
dente
para
coroa
radicular
Tratamento
Provisório
com
Sobredentadura
Imediata
Deve
ser
realizado
depois
da
preparação
dos
pilares
ou
a
partir
da
preparação
endodôntico
dos
dentes
Por
vezes
necessitará
de
tratamento
prévio
periodontal
pois
a
prótese
apoia-‐se
sobre
os
futuros
pilares
encurtados.
Indicações
• Dentadura
incompleta
com
prótese
fixa
• Dentadura
incompleta
sem
prótese
fixa
• Dentadura
própria
quase
completa
e
sem
prótese
removível
• Prótese
removível,
optando
por
esta
e
procedendo
às
correcções
periódicas
e
necessárias
(rebasamento)
O
tratamento
provisório
implica
planificação
meticulosa
e
uma
adequada
preparação
do
paciente
para
esta
situação
provisória.
Só
podem
ser
usadas
por
um
breve
período
de
tempo
para
não
danificar
o
periodonto
nem
a
dentina
remanescente,
nem
ocasionar
defeitos
funcionais
de
oclusão.
Tomada
de
Impressões
Os
dentes
em
que
não
se
previu
colocar
coroa
ou
elemento
de
retenção,
não
precisam
de
nenhuma
impressão
especial.
Em
dentes
para
coroa,
a
impressão
deverá
ser
separada
(individual
ou
completa
de
vários
pilares
com
elastómeros
que
incluem
as
zonas
desdentadas,
dentes
e
coroas).
Para
a
construção
de
uma
sobredentadura
dura
necessita-‐se
de
uma
impressão
global.
Coroas
Radiculares
Os
pilares
preparados
são
dotados
de
coroas
(geralmente
coroa
com
espigão)
para
proteger
a
raiz
contra
a
cárie
poder
usar
elementos
de
construção.
Podem-‐
se
usar,
em
vez
de
coroas,
elementos
de
montagem
directa
que
necessitam
de
um
35
esforço
menor.
As
construções
com
barra
só
são
possíveis
com
coroas
radiculares.
Para
a
configuração
das
coroas
há
que
considerar
os
seguintes
aspectos:
• Critérios
periodontais
o Bordos
da
coroa
delgados,
lisos
e
acabar
exactamente
ao
nível
do
limite
da
preparação
o Na
zona
cervical
o
contorno
da
coroa
deve
reproduzir
a
forma
original
do
dente.
Bordos
agudos
na
face
oclusal
• Critérios
estetics,
funcionais
e
tecnológicos
As
coroas
que
não
sejam
dotadas
de
elementos
de
construção
recebem
de
forma
esférica
ou
de
cúpula.
Os
elementos
de
retenção
soldam-‐se
à
coroa
na
última
fase
de
construção
da
prótese.
Estruturas
de
Reforço
Coladas
A
forma
diferenciada
da
configuração
da
base
das
sobredentaduras
exige
reforçar
estas
com
estruturas
metálicas
sobretudo
se
são
usados
elementos
de
construção
(Debilitam
a
secção
do
corpo).
Reforça-‐se
a
base
sem
aumentar
o
corte
transversal
(caso
de
peça
metálica,
que
pode
ser
pré-‐fabricada
ou
não
de
estruturas
de
reforço
coladas
individualmente)
36
A
doença
periodontal
é
uma
das
mais
antigas
doenças
conhecidas
pelo
homem.
Está
largamente
distribuída
através
do
mundo.
Nenhuma
raça
está
imune
e
nenhuma
região
está
livre
de
ampla
e
grande
incidência
da
doença
periodontal
destrutiva
crónica.
A
ptogénese
essencial
da
doença
não
está
bem
compreendida,
mas
muitas
investigações
em
curso
estão
em
vias
de
alargar
significativamente
as
nossas
áreas
de
conhecimento.
A
terapêutica
deve
ainda
ser
efectuada
primariamente
numa
base
local.
Dentro
destas
limitações,
fizeram-‐se
progressos
tanto
na
prevenção
como
no
tratamento.
O
futuro
do
problema
é
a
prevenção.
Em
qualquer
doença
destrutiva
crónica
em
que
os
tecidos
envolvidos
reagem
à
placa
e
a
outros
factores
irritantes,
a
chave
da
prevenção
é
a
remoção
da
placa
efectuada
diariamente
e
durante
toda
a
vida.
A
dependência
em
relação
ao
esforço
dos
pacientes
é
admitida
como
um
factor
variável
e,
no
qual
não
se
pode
ter
segurança.
As
medidas
de
saúde
pública
tais
como
as
vacinas
ou
outro
agente
imunizante
seriam
muito
mais
efectivas
mas,
tal
agente
não
existe.
Portanto,
temos
de
nos
contentar
com
medidas
menos
eficientes
e
exigir
mais
esforço
pessoal
da
parte
do
paciente
no
uso
de
escovas
de
dentes
apropriadas
a
cada
caso,
fio
dentário
e
outros
instrumentos
de
limpeza.
O
reconhecimento
precoce
é,
como
em
todas
as
doenças
que
podem
ser
prevenidas,
fundamental
para
uma
prática
óptima.
Aqui,
a
responsabilidade
é
claramente
dos
profissionais
de
saúde.
37
A
doença
periodontal
destrutiva
crónica
embora
apareça
frequentemente
em
indivíduos
de
meia
idade
e
idosos,
crê-‐se
actualmente
ter
origem
numa
idade
precoce.
Têm
sido
detectadas
lesões
precoces
em
pacientes
jovens
e
mesmo
em
crianças.
O
periodontologista
e
o
ortodontista
deverão
alargar
o
âmbito
do
diagnóstico
e
terapêutica
e
não
limitá-‐lo
à
má
posição
dos
dentes.
Têm
a
responsabilidade
de
descobrir
a
doença
periodontal,
preveni-‐la
e
trata-‐la
se
for
caso
disso.
Os
objectivos
da
terapia
da
doença
periodontal
podem
ser
unidos
num
único
fim:
Preservação
da
dentição,
em
estado
relativamente
saudável
durante
a
vida
do
paciente.
Factores
etiológicos
primários
à
Placa
Bacteriana
e
Cálculo
Uma
adequada
higiene
oral
tem
sido
desde
há
muitos
séculos
recomendada
como
uma
medida
preventiva
contra
as
doenças
dentárias.
Contudo,
o
significado
dos
depósitos
dentários
para
o
desenvolvimento
da
doença
periodontal
careceu
de
base
científica
até
que
foram
efectuados
estudos
bem
delineados.
Estudos
epidemiológicos
mostraram
que
os
depósitos
dentários,
quer
mineralizados,
quer
não,
são
o
factor
mais
importante
no
desenvolvimento
da
doença
periodontal.
A
confirmar
esta
afirmação
foram
apresentados
estudos
clínicos
nos
quais
a
gengivite
foi
experimentalmente
iniciada
através
da
abolição
de
medidas
de
higiene
oral.
Quando
foi
reiniciada
a
prática
de
higiene
oral,
a
inflamação
desapareceu
no
período
de
uma
semana,
restabelecendo-‐se
a
saúde
gengival.
Estudos
em
animais
feitos
por
vários
autores,
indicam
que
a
doença
periodontal
destrutiva
pode
desenvolver-‐se
a
partir
de
gengivites
de
longa
duração.
Apoiando
as
conclusões
recolhidas
em
estudos
epidemiológicos,
um
destaque
adicional
para
o
papel
dos
depósitos
dentários
no
desenvolvimento
da
doença
periodontal
no
homem,
derivou
de
estudos
em
que
a
progressão
da
doença
periodontal
foi
marcadamente
retardada
pela
introdução
de
medidas
correctas
de
higiene.
38
Factores
patogénicos
na
etiologia
da
doença
periodontal
Muitos
factores
etiológicos
secundários
são
resultado
de
procedimentos
terapêuticos
deficientemente
executados,
que
uma
terapêutica
mais
cuidadosa
poderia
evitar.
Entre
estes
• Retracção
excessiva
da
gengiva
antes
de
tirar
impressões
com
silicone
ou
alginato
com
a
consequente
introdução
e
retenção
de
material
de
impressão
no
tecido
gengival
causando
abcessos
periodontais
• Restaurações
com
excessos
• Coroas
debordantes
• Margens
supragengivais
vs
margens
subgengivais
• Pontos
de
contacto
interproximais
mal
restaurados
• Má
concepção
dos
elementos
intermediários
das
pontes
fixas
• Terapêutica
ortodôntica
o Reabsorção
de
cimento,
formação
de
fendas
gengivais,
necessidade
de
ajustes
oclusais,
encerramento
de
diastemas
usando
elásticos
• Falta
de
substituição
de
dentes
perdidos
com
desvios
e,
consequentemente,
impactação
alimentar
• Próteses
mal
planeadas
Papel
do
diagnóstico
na
prevenção
da
doença
periodontal
A
periodontite
não
é
um
processo
lento
e
contínuo,
mas
é
caracterizada
por
surtos
de
actividade
que
ocorrem
casualmente
na
dentição
em
cada
altura.
Menos
de
10%
das
bolsas
periodontais
profundas
experimentam
uma
adicional
perda
de
ligamento.
É
essencial
definir
as
determinantes
da
interrelação
hospedeiro-‐bactéria
que
iniciam
a
perda
do
ligamento
periodontal
ou
que
levam
à
detenção
de
uma
lesão
periodontal
já
em
desenvolvimento.
É
agora
claro
que
as
bactérias
periodontais
podem
invadir
os
tecidos
periodontais
sub-‐epiteliais,
dado
que
a
invasão
bacteriana
do
periodonto
pode
agravar
a
doença
pré-‐existente.
As
estratégias
microbianas
para
vencer
os
sistemas
de
células
fagocitárias
e
defesas
imunitárias
de
modo
a
permitir
a
invasão
bacteriana
podem
ser
um
aspecto
crítico
da
patogénese
da
perioodntite.
Os
dados
obtidos
sugerem
que
um
pequeno
número
de
microrganismos
assume
um
significado
particular
em
várias
formas
de
periodontite
severa.
O
Actinobacillus
foi
durante
algum
tempo
considerado
como
o
agente
patogénico
da
periodontite
avançada.
Bacteróides
gengivalis
e
Bacteróides
intermedius
são
também
microrganismos
importantes.
No
caso
da
periodontite
do
adulto,
bacteróides
gengivalis
e
actinobacilus
são
raramente
detectados
nos
focos
periodontais
em
remissão.
Bacteróides
gengivalis,
intermedius
e
actinobacillus
estão
frequentemente
presentes
nas
lesões
de
periodontite
onde
há
perda
de
ligamento.
Estes
organismos
podem
ser
importantes
agentes
patogénicos
na
periodontite
rebelde
do
adulto.
A
pesquisa
recente
sublinha
a
especificidade
bacteriana
na
doença
destrutiva.
39
Importância
da
Terapêutica
Periodontal
na
Prevenção
da
Perda
dos
Dentes
Provavelmente
o
melhor
resultado
sobre
a
história
natural
da
doença
periodontal
e
as
consequências
finais
da
doença
não
tratada
com
perda
de
dentes,
foi
estudado
por
Marshall-‐Days.
1200
indivíduos
foram
estudados
e
a
“mortalidade”
dentária
aumentou
com
a
idade
como
se
segue:
• Com
40
a
45
anos
de
idade
–
32%
tinham
doença
periodontal
destrutiva
• Com
45
a
51
anos
de
idade
–
50%
tinham
doença
periodontal
destrutiva
• Com
60
anos
de
idade
–
60%
dos
dentes
tinham
sido
perdidos
por
causa
de
doença
periodontal
destrutiva
• Com
40
–
45
anos
de
idade
–
5%
dos
indivíduos
eram
desdentados
• Com
60
anos
de
idade
–
25%
dos
indivíduos
eram
desdentados
Após
a
terapia
periodontal
segue-‐se
um
programa
de
manutenção
que
deverá
ser
orientado
durante
toda
a
vida
do
paciente.
Actualmente,
não
temos
meios
práticos
para
prevenir
a
doença
periodontal
de
um
modo
maciço.
Em
indivíduos
motivados
para
uma
cuidadosa
remoção
diária
da
placa,
a
prevenção
é
possível.
O
cuidado
na
execução
dos
procedimentos
de
terapêutica
dentária
prevenirá
significativamente
a
irritação
dos
tecidos
periodontais
e
subsequente
doença.
Quando
a
doença
existe,
a
terapêutica
periodontal
pode
tanto
retardar
como
evitar
a
perda
dos
dentes.
40
Lesões
Brancas
Gengivite
Descamativa
• Localização
o Gengiva
livre
e
inserida
• Grupo
etário
o Acima
dos
40
anos
de
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Múltiplas
áreas
brancas
que
são
removidas
pela
pressão
digital
onde
surge
uma
mucosa
vermelha
inflamada
• Tratamento
o Apenas
sintomático
o Podem
ser
usados
corticosteróides,
vitaminas
ou
até
cirurgia
• Prognóstico
o Regular
Leucoplasia
• Localização
o Lesão
localizada
em
qualquer
área
da
mucosa
oral
mas
mais
frequente
no
lábio,
língua
e
pavimento
• Grupo
etário
o Acima
dos
40
anos
de
idade
• Sexo
o Mais
acentuadamente
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Lesão
branca,
plana
ou
elevada,
áspera
ou
lisa,
por
vezes
ulcerada,
de
tamanho
variável
e
não
pode
ser
removida
por
raspagem
• Tratamento
o Cirúrgico
com
excisão
ampla
e
margem
de
segurança
de
1mm
• Prognóstico
o As
lesões
ulcerosas
tornam-‐se
carcinomas
de
células
escamosas.
Se
a
excisão
for
total
o
prognóstico
é
bom.
O
prognóstico
é
mais
favorável
no
lábio
e
mucosa
jugal
do
que
na
base
da
língua
ou
no
pavimento.
41
Carcinoma
in
situ
• Localização
o Localiza-‐se
em
qualquer
área
da
mucosa
oral
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Mais
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Igual
à
leucoplasia,
excepto
nestes
casos
o
exame
microscópico
diz
células
disqueratósicas
em
quase
todas
as
camadas
embora
a
membrana
basal
esteja
intacta.
o O
carcinoma
in
situ
difere
da
leucoplasia
apenas
em
grau
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
total
ampla
• Prognóstico
o Igual
ao
da
leucoplasia.
Prognóstico
somente
regular
nas
lesões
do
pavimento
e
base
da
língua.
Carcinoma
de
Células
Escamosas
• Localização
o Localiza-‐se
no
lábio,
língua,
soalho
da
boca
e
bochechas
• Grupo
etário
o Idade
adulto
• Sexo
o Mais
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Pode
ser
plano,
elevado
ou
fissurado
o Pode
estar
associado
com
o
aumento
do
nódulo
linfático
cervical
• Aspectos
microscópicos
o Numerosas
células
disqueratóticas,
muitas
das
quais
invadem
tecidos
adjacentes.
A
membrana
basal
é
invadida.
• Tratamento
o Terapêutica
cirúrgica
com
ampla
excisão
e
margem
de
segurança
lateral
e
profunda
• Prognóstico
o Mau
nas
lesões
do
pavimento
da
boca
e
base
da
língua
Liquen
Plano
• Localização
o Localizado
na
mucosa
jugal
e
pode
aparecer
na
língua
ou
lábio
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
42
• Aspecto
clínico
o Lesões
brancas
ou
branco-‐acinzentadas
que
não
podem
ser
removidas
por
raspagem
simples.
Podem
estar
associadas
com
pápulas
crostosas
na
pele
• Aspectos
microscópicos
o Observam-‐se
cones
epiteliais
em
“dente
de
serra”,
o
epitélio
conjuntivo
mostra
infiltração
linfocitária
bem
demarcada
e
a
membrana
basal
mostra
edema.
• Tratamento
o Não
há.
o Remoção
do
tabagismo
e
alcoolismo
(regressão
das
lesões
em
meses)
• Prognóstico
o Bom
Língua
Pilosa
Branca
• Localização
o Localiza-‐se
exclusivamente
no
dorso
da
língua.
• Grupo
etário
o Na
idade
adulta
e
mais
tarde
• Sexo
o Predominância
pelo
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Alongamento
das
papilas
filiformes
em
forma
de
pelos
brancos
e
longos.
o Assintomática
ou
acompanhada
por
dor
e
aumento
da
língua
• Aspectos
microscópicos
o Observam-‐se
acentuado
alongamento
das
papilas
filiformes,
discreto
infiltrado
inflamatório
do
tecido
epitelial.
• Tratamento
o Nenhum
o Escovagem
da
língua
várias
vezes
ao
dia
• Prognóstico
o Bom
Candidíase
• Localização
o Em
qualquer
área
em
qualquer
área
da
mucosa
oral
• Grupo
etário
o Em
ambos
os
extremos
da
vida
e
em
pessoas
debilitadas
ou
com
tratamento
antibiótico
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Manchas
múltiplas,
brancas,
semelhantes
a
coalho
do
leite
o Pode
ser
raspada
mas
deixa
superfícies
sangrantes
43
o Cura
espontaneamente
• Aspecto
microscópico
o Podem
ser
observados
numerosos
fungos
(C.
Albicans)
• Tratamento
o Administração
tópica
e
sistémica
de
nistatina
• Prognóstico
o Bom
Língua
Geográfica
• Localização
o Dorso
da
língua
• Grupo
etário
o Em
idades
adultas
• Sexo
o Predomina
no
feminino
• Aspecto
clínico
o Manchas
irregulares
e
vermelhas
de
descamação,
que
se
curam
de
um
lado
e
se
propagam
do
outro
• Aspecto
microscópico
o As
áreas
de
descamação
mostram
perda
das
papilas
e
células
inflamatórias
na
lâmina
própria
• Tratamento
o Não
há,
excepto
a
higienização
• Prognóstico
o Bom
Lesões
Vesiculares
Úlcera
Aftosa
• Localização
o Localiza-‐se
em
qualquer
área
da
mucosa
oral,
excepto
na
porção
anterior
do
palato
duro
e
gengiva
• Grupo
etário
o Mais
frequente
no
adulto
e
idoso
• Sexo
o Predomina
no
sexo
feminino
• Aspecto
clínico
o Vesícula
isolada
que
se
rompe,
deixando
úlcera.
Lesão
recorrente,
mais
comum
na
“muda
de
folha”
o O
stress
físico
e
emocional
são
factores
contributivos
• Tratamento
o Bochechos
com
tetraciclinas
3
a
4
vezes
ao
dia
• Prognóstico
o Bom
44
Herpes
Zoster
(Zona)
• Localização
o Localiza-‐se
no
lábio,
mucosa
jugal,
língua
e
palato
mole
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Predomina
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Úlceras
que
acompanham
a
área
do
nervo
sensitivo,
as
vesículas
rompem-‐se
deixando
úlceras
• Tratamento
o Sintomático
• Prognóstico
o Bom
Pênfigo
Vulgar
• Localização
o Em
qualquer
área
da
mucosa
oral
e
pele
• Grupo
etário
o Idade
adulta
e
idosos
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o As
lesões
orais
consistem
em
múltiplas
bolhas
que
podem
acompanhar
as
lesões
da
pele.
o As
bolhas
rompem
rapidamente
deixando
úlceras
dolorosas.
• Aspecto
microscópico
o Observa-‐se
degeneração
de
células
epiteliais,
edema
subvesicular
e
inflamação
• Tratamento
o Sintomático
• Prognóstico
o Desfavorável
(fatal
em
50%
dos
casos)
Pênfigo
Benigno
(Penfigóide)
• Localização
o Localiza-‐se
em
qualquer
área
da
mucosa
oral
e
conjuntiva
ocular
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesões
bolhosas
que
se
tornam
úlceras
em
pacientes
com
bom
estado
geral
45
• Tratamento
o Sintomático
• Prognóstico
o Bom,
mas
as
lesões
oculares
podem
causar
cegueira
Ulcerações
da
Mucosa
Oral
Úlcera
Traumática
• Localização
o Em
qualquer
área
da
mucosa
oral,
relacionada
com
prótese
na
mucosa
vestibular,
cristas
e
palato
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Geralmente
é
uma
lesão
solitária
de
curta
duração
de
causa
aparente
• Tratamento
o Remoção
da
causa
e
sintomático
• Prognóstico
o Bom
Gengivite
Descamativa
• Localização
o Gengiva
• Grupo
etário
o Idade
pos-‐menopausa
• Sexo
o Predominantemente
feminino
• Aspecto
clínico
o Geralmente
múltiplas
áreas
de
mucosa
cinza,
necrótica
que
se
desprende
deixando
úlceras
superficiais
• Tratamento
o As
lesões
são
refractárias
ao
tratamento
embora
a
doença
não
ponha
em
risco
a
vida
• Prognóstico
o Bom
46
Granuloma
Eosinófilo
• Localização
o Gengiva
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Predominantemente
masculino
• Aspecto
clínico
o Ulceração,
necrose,
dor,
mobilidade
dentária,
hálito
fétido
• Tratamento
o Cirúrgico
• Prognóstico
o Variável,
pois
se
as
lesões
regridem,
outras
progridem
Liquen
Plano
Erosivo
• Localização
o Mucosa
jugal
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesões
solitárias
ou
múltiplas
o Apresentam-‐se
como
úlceras
superficiais
ao
redor
da
qual
se
vêm
linhas
ou
placas
esbranquiçadas
do
tipo
usual
do
líquen
plano
• Aspecto
microscópico
o Observa-‐se
ulceração
e
densa
infiltração
linfocitária
das
camadas
superiores
da
mucosa
o Epitélio
com
cristas
em
“dente
de
serra”
• Tratamento
o Nenhum
o Apenas
sintomático
e
cura
espontânea
• Prognóstico
o Bom
Lesões
Herpéticas
Secundárias
• Localização
o Lábios,
palato
duro
e
gengiva
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
47
o As
lesões
começam
com
prurido,
seguido
por
áreas
avermelhadas
e
formação
de
vesículas
que
se
rompem
deixando
úlceras:
limitadas
a
uma
área.
o Dolorosas,
associadas
a
trauma,
menstruação
e
distúrbios
psicossomáticos
• Tratamento
o Sintomático
o As
lesões
curam-‐se
em
cerca
de
2
semanas
mas
podem
reaparecer
• Prognóstico
o Bom
Candidíase
Úlcera
Aftosa
Herpes
Zoster
Pênfigo
Vulgar
Pênfigo
Benigno
Carcinoma
de
Células
Escamosas
Linfomas
e
Leucemias
• Localização
o Gengival
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Os
linfomas
primários
podem
começar
na
boca
o Tecidos
orais
invariavelmente
infiltrados
nas
leucemias.
o Crescimento
gengival
generalizado
com
ulcerações
múltiplas.
o Hálito
fétido
e
mobilidade
dentária
• Tratamento
o Nos
linfossarcomas
–
excisão
ampla
embora
sejam
frequentes
as
recorrências
e
as
metástases
o Nas
leucemias,
o
tratamento
é
apenas
sintomático
• Prognóstico
o Desfavorável
48
Placas
Mucosas
(Sífilis)
• Localização
o Qualquer
zona
da
mucosa
oral
• Idade
o Adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Numerosas
úlceras,
pequenas,
rasas,
com
superfície
cinza,
usualmente
associadas
com
erupção
cutânea.
o Instalam-‐se
com
febre,
mau
estar
e
dores
de
garganta
• Aspectos
microscópicos
o Numerosas
espiroquetas
• Tratamento
o Somente
local
e
sintomático
• Prognóstico
o Bom
49
Lesões
Pigmentadas
na
Cavidade
Oral
Lingua
Pilosa
Negra
• Localização
o Dorso
da
língua
• Grupo
etário
o Adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
Clínico
o Aparência
pilosa
entre
o
castanho
e
o
negro
no
dorso
da
língua
• Aspecto
microscópico
o Hipertrofia
das
papilas
filiformes
e
inflamação
da
mucosa
subjacente
• Tratamento
o Escovagem
frequente
da
língua
• Prognóstico
o Bom
Tatuagem
por
Amálgama
• Localização
o Qualquer
área
da
mucosa
oral
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Pigmentação
pouco
extensa,
negra
ou
azulada,
geralmente
na
vizinhança
de
uma
restauração
a
amálgama
• Tratamento
o Excisão,
se
necessário
• Prognóstico
o Bom
Doença
de
Addison
• Localização
o Mais
na
mucosa
jugal
e
gengiva
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Manchas
pigmentadas,
castanho-‐acinzentadas
ou
negras
associadas
com
pigmentação
cutânea
e
outras
manifestações
sistémicas
da
doença.
50
• Aspecto
microscópico
o Pigmento
melânico
na
camada
basal
do
epitélio
• Tratamento
o Nenhum
para
as
orais
• Prognóstico
o Reservado
Melanoma
• Localização
o Mucosas
da
maxila,
mandíbula,
mucosa
jugal
e
pavimento
da
boca
(ordem
decrescente
de
frequência)
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Masculino
é
duas
vezes
mais
frequente
que
feminino
• Aspecto
clínico
o Área
de
pigmentação
que
aumenta
de
tamanho
em
semanas
ou
anos.
o Pode
ser
elevado
ou
não.
Indolor
o Nos
estágios
avançados
existe
ulceração,
destruição
do
osso
e
mobilidade
dentária
o Evidência
de
metástases
nos
nódulos
ou
ossos
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
ampla
com
intervenção
cervical
radical,
se
indicada
• Prognóstico
o Grave
Pigmentação
no
Estado
Pós-‐Menopausa
• Localização
o Mucosa
gengival
aderente
• Grupo
etário
o Adulto
• Sexo
o Feminino
• Aspecto
clínico
o Pigmentação
castanha
ou
negra
na
gengiva
aderente
• Aspecto
microscópico
o Pigmento
de
melanina
na
camada
basal
do
epitélio
• Tratamento
o Não
existe
• Prognóstico
o Bom
51
Varicosidades
• Localização
o Superfície
ventral
da
língua
• Grupo
etário
o Idades
avançadas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Áreas
azuladas
que
podem
empalidecer
sob
pressão
o Veias
dilatadas
• Tratamento
o Não
existe,
excepto
quando
são
grandes,
em
que
se
faz
excisão
• Prognóstico
o Bom
52
Tumores
Firmes
Não
Hemorrágicos
Fibromatose
• Localização
o Gengiva
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Crescimentos
múltiplos
e
generalizados
da
gengiva
o Lesões
firmes
de
superfície
lisa
o Cobrem
parte
dos
dentes
e
podem
causar
migração
dentária.
o São
de
longa
duração
e
podem
ser
hereditários
• Aspecto
microscópico
o Crescimento
que
consiste
inteiramente
de
colagénio,
recoberto
por
epitélio
escamoso
estratificado
• Tratamento
o Gengivectomia
o Raspagem
o Recorrência
comum
• Prognóstico
o Bom
Tórus
(Exostose)
• Localização
o Linha
média
do
palato
e
região
lingual
dos
pré-‐molares
inferiores
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Predomina
no
sexo
feminino
• Aspectos
clínicos
o Crescimento
nodular
duro,
na
linha
mediana
do
palato
(Tórus
Palatino),
na
superfície
lingual
da
mandíbula,
na
região
pré-‐molar
(Tórus
Mandibular).
o São
de
longa
duração
e
crescimento
lento
• Aspecto
microscópico
o Lesão
exofítica
com
periferia
de
osso
cortical
e
centro
de
osso
trabecular
com
medula
fibrosa.
o Toda
a
lesão
é
recoberta
por
mucosa
normal
53
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
Fibroma
• Localização
o Em
qualquer
área
da
mucosa
oral,
em
especial
na
mucosa
jugal,
língua
e
lábio
• Grupo
etário
o Idade
adulta
e
idoso
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Crescimento
elevado,
de
longa
duração,
solitário,
firme,
de
superfície
lisa,
usualmente
associado
com
algum
trauma
local
suave
e
persistente.
• Tratamento
o Excisão
local
• Prognóstico
o Bom
Fibroma
Periférico
• Localização
o Gengiva
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
firme
ou
endurecida,
solitária
o Pode
ter
superfície
lisa
ou
grosseiramente
lobulada
• Aspecto
microscópico
o Tumor
recoberto
por
epitélio
escamoso
estratificado
• Tratamento
o Excisão
local
é
a
cura
o Lesão
pode
recidivar
• Prognóstico
o Bom
54
Mixoma
• Localização
o Qualquer
área
da
mucosa
oral
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o O
verdadeiro
mixoma
da
cavidade
oral
é
raro.
o Os
“mixomas”
são
fibromas
com
degeneração
mixomatosa,
lesões
pedunculadas
de
longa
duração.
• Aspecto
microscópico
o As
lesões
mostram
tecido
conjuntivo
denso
com
áreas
de
degeneração
mixomatosa
• Tratamento
o Exérese
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
Neurofibroma
• Localização
o Língua,
lábio,
palato
e
mucosa
jugal
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
profunda
e
livremente
móvel,
solitária,
excepto
na
neurofibromatose
múltipla,
na
qual
são
comuns
lesões
múltiplas
da
pele
e
língua
o São
de
longa
duração
e
superfície
lisa
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
55
Lipoma
• Localização
o Mucosa
jugal
e
pavimento
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Tumor
raro
de
coloração
amarela
ou
normal,
pedunculado
ou
profundo
e
de
longa
duração
• Aspecto
microscópico
o Tumor
é
geralmente
circunscrito
e
constituído
por
células
adiposas
normais
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
Mioblastoma
de
Células
Granulosas
• Localização
o Língua
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
elevada,
séssil
ou
profunda
e
de
longa
duração
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
56
Sialadenite
• Localização
o Pavimento
da
boca
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Predominantemente
masculino
• Aspecto
clínico
o História
de
dor
e
tumefacção
na
área
da
glândula
submaxilar,
associada
invariavelmente
com
a
ingestão
de
alimentos.
o Por
vezes
visualiza-‐se
um
cálculo
que
corresponde
a
um
aumento
firme
e
duro
na
área
das
glândulas
submaxilar
e
sublingual.
• Tratamento
o Excisão
com
marsupialização
do
canal
excretor
• Prognóstico
o Bom
Tumor
das
Glândulas
Salivares
• Localização
o Palato,
lábio,
mucosa
jugal
e
língua
(por
esta
ordem
de
frequência)
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Há
vários
tipos
de
tumor
o São
lesões
elevadas
ou
profundas
e
de
longa
duração
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
ampla
• Prognóstico
o Depende
do
tipo
de
tumor
57
Tumores
Hemorrágicos
Abcesso
Periodontal
ou
Gengival
• Localização
o Habitualmente
na
gengiva
ou
mucosa
alveolar
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Crescimento
solitário,
mole,
vermelho
e
circunscrito
à
gengiva
ou
mucosa
alveolar.
o Se
for
drenado
apresenta
conteúdo
purulento
e
está
associado
a
doença
periodontal
• Aspecto
microscópico
o Observa-‐se
tumefacção
recoberta
por
epitélio
escamoso
estratificado
e
é
constituído
por
um
aglomerado
purulento
• Tratamento
o Drenagem
cirúrgica
e
correcção
do
distúrbio
periodontal
que
é
a
causa
primária
• Prognóstico
o Bom
Granuloma
Eosinófilo
• Localização
o Habitualmente
na
mucosa
gengival
do
maxilar
ou
da
mandíbula
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Predominantemente
masculino
(5
:
1)
• Aspecto
clínico
o Lesão
mole,
normalmente
associada
com
lesão
óssea
subjacente
o Tumefacção,
ulceração,
necrose
e
dor
na
gengiva
envolvida
o Causa
mobilidade
dentária
e
hálito
fétido
• Aspecto
microscópico
o Existe
infiltração
característica
da
área
envolvida
por
densos
agregados
de
leucócitos
eosinófilos
• Tratamento
o Remoção
cirúrgica
ou
por
pequenas
doses
de
radiação
• Prognóstico
o Variável,
pois
há
lesões
que
regridem
ou
não
recidivam
após
a
excisão
e
há
outras
que
progridem
ou
recidivam
58
Epúlide
Fissurada
ou
Hiperplasia
Traumática
• Localização
o Região
vestibular
do
maxilar
e
mandíbula
• Grupo
etário
o Idade
adulta
e
idoso
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Tecido
vermelho
e
exuberante
no
sulco
muco-‐gengival
ou
lábio-‐
gengival,
associado
a
próteses
mal
ajustadas.
o Pode
estar
ulcerado
e
possui
uma
goteira
onde
a
prótese
assenta
• Aspecto
microscópico
o Observa-‐se
tecido
conjuntivo
com
infiltração
densa
plasmocitária
e
linfocitária.
o A
superfície
é
recoberta
por
epitélio
escamoso
estratificado
que
pode
estar
ulcerado.
• Tratamento
o Remoção
e
correcção
das
próteses
mal
adaptadas
o Excisão
cirúrgica
se
o
tecido
for
volumoso.
o Nas
lesões
“minor”,
a
simples
remoção
da
prótese
faz
regredir
as
lesões
• Prognóstico
o Bom
Granuloma
de
Células
Gigantes
• Localização
o Na
gengiva
e
nas
papilas
interdentárias.
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Cerca
de
2
vezes
mais
frequente
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Lesão
pedunculada
ou
de
base
larga,
lisa
ou
não,
hemorrágica,
sangra
facilmente,
duração
de
semanas
a
meses
e
ocorre
muitas
vezes
após
extracções
dentárias.
• Aspecto
microscópico
o Tumor
composto
por
muitos
vasos
sanguíneos
pequenos,
abundantes
fibroblastos
e
muitas
células
gigantes
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
59
Granuloma
Piogénico
• Localização
o Preferencialmente
na
gengiva
e
língua
mas
pode
aparecer
em
qualquer
área
da
mucosa
oral
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Tumor
hemorrágico,
pedunculado
ou
séssil,
de
superfície
lisa
ou
lobulada,
que
sangra
facilmente
e
muitas
vezes
apresenta
uma
crosta
de
sangue.
o Pode
ter
um
aspecto
de
amora
e
tem
uma
duração
de
semanas
ou
meses
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
o Se
a
excisão
for
incompleta
recidiva
frequentemente
• Prognóstico
o Bom
Carcinoma
de
Células
Escamosas
• Localização
o Qualquer
área
da
mucosa
oral
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Tumor
de
tecido
mole,
crescimento
rápido
e
que
sangra
facilmente
o Dentro
dos
tumores
malignos
da
cavidade
oral,
este
tipo
de
carcinoma
é
o
mais
comum.
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
ampla
da
lesão
primária
juntamente
com
os
crescimentos
metastáticos
• Prognóstico
o Reservado
(grave)
60
Linfomas
e
Leucemias
• Localização
o Gengiva
habitualmente
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Os
linfomas
podem
ser
primitivos
e
na
cavidade
oral
apresentam-‐
se
como
úlceras
ou
tumores
hemorrágicos
de
longa
duração.
o As
leucemias
invariavelmente
produzem
aumentos
generalizados
da
gengiva
podendo
posteriormente
ulcerar
e
sangrar
com
facilidade.
• Tratamento
o No
caso
de
linfomas,
excisão
cirúrgica,
embora
com
recidivas
e
disseminação
frequentes
o Nas
leucemias
é
apenas
sintomático
• Prognóstico
o Reservado
(grave)
Tumores
Comprimíveis
dos
Tecidos
Moles
Mucocelo
• Localização
o Habitualmente
no
lábio
e
língua
mas
também
pode
aparecer
em
qualquer
outra
área
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
solitária,
vesiculosa,
compressível,
translúcida,
por
vezes
azul
com
uma
semana
ou
mais
de
duração.
o Rompe
espontaneamente
eliminando
secreção
mucoide
e
recidiva
com
frequência
• Aspecto
microscópico
o Quisto
contendo
muco
e
forrado
por
tecido
de
granulação
• Tratamento
o Excisão
focal
• Prognóstico
o Bom
61
Quisto
Mucoso
• Localização
o Pavimento
da
boca
sendo
menos
frequente
na
mucosa
jugal,
lábio
e
língua
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
rara,
semelhante
ao
mucocelo
• Aspecto
microscópico
o Quisto
contendo
muco
e
forrado
por
epitélio
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
Rânula
• Localização
o Pavimento
da
boca
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Aumento
compressível
do
pavimento
da
boca
que
pode
elevar
a
língua
e
interferir
com
a
dicção
e
está
associado
à
glândula
submandibular.
• Aspecto
microscópico
o Grande
quisto
contendo
muco
com
revestimento
de
tecido
de
granulação
• Tratamento
o Excisão
ou
marsupialização
• Prognóstico
o Bom
62
Quisto
Gengival
• Localização
o Gengiva
vestibular,
na
área
do
canino
e
pré-‐molar
inferior
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
rara,
pequena,
assintomática
e
compressível
o Na
radiográfica
pode-‐se
ver
uma
pequena
radiotransparência.
• Aspecto
microscópico
o Observa-‐se
quisto
forrado
de
epitélio
escamoso.
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
Quisto
Nasopalatino
• Localização
o Lábio
superior
e
base
da
narina
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Crescimento
compressível
de
tecido
mole
no
lábio
superior
e
pode
causar
reabsorção
óssea
periodontal
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
63
Quisto
Epidermóide
• Localização
o Pavimento
ou
em
qualquer
outra
área
da
cavidade
oral
• Grupo
etário
o Idade
adulta
e
idosos
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Aumento
compressível
do
pavimento,
elevando
a
língua
interferindo
com
dicção,
de
crescimento
lento
e
longa
duração.
• Aspecto
microscópico
o Quisto
contém
queratina
e
é
forrado
por
epitélio
estratificado
queratinizado.
o A
parede
do
quisto
pode
conter
glândulas
sebáceas
e
folículos
pilosos.
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
Linfangioma
• Localização
o Língua
e
mucosa
jugal
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Múltiplas
excrescências
vesiculosas,
compressíveis,
translúcidas,
de
longa
duração
e
assintomáticas.
o As
lesões
da
língua
podem
provocar
macroglossias
e
interferir
com
a
dicção
e
deglutição.
• Aspecto
microscópico
o Numeros
espaços
grandes
de
paredes
delgadas
que
contêm
linfa
clara
e
homogénea
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
64
Tumores
Papilares
Leucoplasia
Verrucosa
• Localização
o Localiza-‐se
em
qualquer
área
da
mucosa
oral.
• Grupo
etário
o Idade
adulta
e
idoso
• Sexo
o Predomina
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Lesão
branca,
áspera,
elevada
e
solitária
• Aspecto
microscópico
o Apresenta
um
epitélio
pregueado
com
hiperqueratose
e
disqueratose
sem
invasão
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
ampla
• Prognóstico
o Bom
nas
lesões
do
lábio
Papiloma
• Localização
o Qualquer
área
da
mucosa
oral
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
pedunculada,
branca,
em
forma
de
couve-‐flor
e
de
longa
duração
• Aspecto
microscópico
o Lesão
papilar
com
revestimento
de
epitélio
escamoso
estratificado
que
pode
ser
queratinizado
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
pela
base
• Prognóstico
o Bom
65
Hiperplasia
Pseudo-‐Epiteliomatosa
• Localização
o Lábio
• Grupo
etário
o Idade
adulta
e
idoso
• Sexo
o Mais
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Lesão
verrucosa,
áspera
que
cresce
rapidamente
até
cerca
de
1cm
de
tamanho
e
de
duração
de
poucas
semanas.
o Imita
muito
bem
o
carcinoma
de
células
escamosas
• Aspecto
microscópico
o Epitélio
pregueado
e
queratinizado
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
• Prognóstico
o Bom
havendo
por
vezes
regressão
espontânea
Hiperplasia
Papilar
Inflamatória
• Localização
o Palato
• Grupo
etário
o Idade
adulta
e
idoso
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
associada
a
próteses
mal
adaptadas
no
palato
o São
múltiplas
papilas
na
mucosa
devido
a
impactação
dos
alimentos
entre
as
papilas.
o É
frequente
a
inflamação
e
a
área
apresenta-‐se
vermelha
• Aspecto
microscópico
o Cada
papila
consiste
em
tecido
conjuntivo
infiltrado
por
plasmócitos
e
linfócitos
revestidos
por
epitélio
escamoso
estratificado,
hiperplásico
• Tratamento
o Remoção
e
correcção
da
prótese
mal
adaptada
• Prognóstico
o Bom
66
Carcinoma
Verrucoso
• Localização
o Crista
alveolar
e
palato
• Grupo
etário
o Idade
avançada
• Sexo
o Masculino
• Aspecto
clínico
o Crescimento
exofítico,
branco
em
couve-‐flor.
o Os
doentes
são
usualmente
mascadores
de
tabaco.
• Aspecto
microscópico
o Lesão
é
constituída
por
epitélio
pregueado
e
queratinizado.
o O
tecido
conjuntivo
subjacente
está
invadido
por
células
tumorais.
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
ampla
• Prognóstico
o Reservado
67
Lesões
Radiotransparentes
dos
Maxilares
• Lesões
no
Ápex
do
Dente
o Granuloma
Apical
o Quisto
Radicular
o Quisto
Residual
o Abcesso
Periapical
o Cicatriz
Apical
• Lesões
na
Linha
Média
da
Maxila
o Quisto
Palatino
Mediano
o Quisto
Mediano
Alveolar
o Quisto
Globulo-‐Maxilar
o Quisto
do
Canal
Incisivo
• Lesões
no
Lugar
de
Dente
Ausente
o Quisto
Primordial
• Lesões
ao
Redor
da
Coroa
de
um
Dente
Incluso
o Quisto
Dentígero
o Ameloblastoma
• Radiotransparência
em
Forma
de
“Bolha
de
Sabão”
o Quisto
Multilocular
• Lesões
Radiotransparentes
Múltiplas,
mas
Separadas
o Mieloma
Múltiplo
o Granuloma
Eosinófilo
o Hiperparatiroidismo
o Tumores
Metastáticos
• Lesões
que
Destroem
a
Lâmina
Cortical
o Tumores
Metastáticos
o Tumores
Malignos
Primários
• Radiotransparências
Diversas
o Quisto
Periodontal
Lateral
o Osteomielite
o Osteoporose
Fisiológica
Lesões
Radiopacas
dos
Maxilares
• Cimentoma
• Odontoma
Composto
• Fibroma
Ossificante
• Osteoma
e
Tórus
• Condrossarcoma
• Tumores
Metastáticos
• Doença
de
Paget
(Osteíte
Deformante)
68
• Osteíte
Condensate
• Fragmentos
de
Raízes
e
Corpos
Estranhos
• Metástases
de
Carcinomas
da
Próstata
e
Mama
Lesões
Radiotransparentes
Granuloma
Apical
• Localização
o Localiza-‐se
em
ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Surge
em
qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Radiotransparência
circunscrita,
assintomática
no
ápex
de
um
dente
desvitalizado
• Aspecto
microscópico
o Observa-‐se
tecido
conjuntivo
com
plasmócitos,
linfócitos
e
neutrófilos
• Tratamento
o Endodontia
ou
exodontia
do
dente
• Prognóstico
o Bom
Quisto
Radicular
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Em
qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Os
mesmos
do
granuloma
• Aspecto
microscópico
o Cavidade
quística
forrada
com
epitélio
escamoso
estratificado.
A
parede
é
formada
de
tecido
conjuntivo
contendo
plasmócitos,
linfócitos
e
células
espumosas.
• Tratamento
o Endodontia
com
ou
sem
apicectomia
ou
exodontia
do
dente
• Prognóstico
o Bom
69
Quisto
Residual
• Localização
o Zona
desdentada,
apical
onde
se
efectuou
uma
exodontia
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Área
radiotransparente,
normalmente
solitária
e
bem
circunscrita,
assintomática,
localizada
num
espaço
desdentada.
o Há
sempre
uma
história
de
exodontia
na
área.
o O
quisto
residual
representa
um
quisto
radicular
não
curetado
no
maxilar
após
exodontia
do
dente
afectado
• Tratamento
o Enucleação
• Prognóstico
o Bom
Abcesso
Periapical
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Radiotransparência
solitária,
densa
ou
razoavelmente
bem
circunscrita,
tumefacção
avermelhada.
o A
dor
e
a
febre
pode
ser
sintomas
associados.
o Um
ou
mais
dentes
na
área
estão
não
vivos
e
o
dente
proximal
é
muito
sensível
à
percussão.
• Tratamento
o Drenagem
cirúrgica
e
posterior
exodontia
do
dente
responsável
• Prognóstico
o Bom
70
Cicatriz
Apical
• Localização
o Área
apical
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Observa-‐se
num
dente
com
obturação
de
um
canal
e
com
apicectomia
previamente
realizada,
assintomático
• Aspecto
microscópico
o Existe
tecido
cicatricial
denso.
• Tratamento
o Não
há
tratamento
neste
caso
• Prognóstico
o Bom
Quisto
Palatino
Mediano
• Localização
o Apenas
na
linha
média
do
palato
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Área
de
radiotransparência
solitária
na
linha
média
do
palato,
posterior
à
papila
incisiva,
assintomática
ou
pode
causar
tumefacção
do
palato.
• Aspecto
microscópico
o Quisto
é
revestido
por
epitélio
escamoso
estratificado
ou
respiratório.
• Tratamento
o Enucleação
• Prognóstico
o Bom
71
Quisto
Mediano
Alveolar
• Localização
o Anteriormente
à
papila
incisiva
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Área
radiotransparente
solitária
e
circunscrita
na
zona
anterior
da
linha
média
do
palato,
assintomática
ou
pode
causar
tumefacção.
o Os
dentes
vizinhos
têm
vitalidade.
• Tratamento
o Enucleação
• Prognóstico
o Bom
Quisto
Globulomaxilar
• Localização
o Entre
o
incisivo
lateral
e
o
canino
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Radiotransparência
solitária,
piriforme,
entre
o
incisivo
lateral
e
o
canino.
o O
colo
da
pêra
orienta-‐se
em
direcção
às
coroas
dos
dentes.
o O
quisto
causa
divergência
entre
as
raízes
dos
dentes
o Pode
causar
tumefacção
quer
no
palato,
quer
no
vestíbulo.
o Os
dentes
têm
vitalidade
• Tratamento
o Enucleação
• Prognóstico
o Bom
72
Quisto
do
Canal
Incisivo
• Localização
o Atrás
dos
dentes
anteriores
da
maxila
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Área
solitária
de
radiotransparência,
circunscrita
por
vezes
em
forma
de
coração,
atrás
dos
incisivos
superiores
• Aspectos
microscópicos
o Formado
por
tecido
conjuntivo
com
conteúdo
de
nervos
e
glândulas
mucosas
• Tratamento
o Enucleação
• Prognóstico
o Bom
Quisto
Primordial
• Localização
o Mandíbula,
em
especial
na
região
do
1º
pré-‐molar
e
3º
molar
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Área
radiotransparente,
solitária,
bem
circunscrita,
assintomática
o O
quisto
surge
no
lugar
de
um
dente
normal
ou
supranumerário
• Tratamento
o Enucleação
• Prognóstico
o Bom
73
Quisto
Dentígero
• Localização
o Habitualmente
nas
áreas
dos
3º
molares
inferiores
e
canino
superior
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Área
radiotransparente
solitária,
bem
definida,
associada
à
coroa
de
um
dente
normal
ou
supranumerário
não
erupcionado.
o Existe
aumento
do
maxilar
e
migração
dos
dentes
• Aspecto
microscópico
o Parede
é
de
tecido
conjuntivo
e
pode
mostrar
focos
de
proliferação
ameloblástica
• Tratamento
o Enucleação
e
curetagem
o Deve
ser
sistemática
e
completa
pois
podem
surgir
ameloblastomas
nestes
dentes
• Prognóstico
o Bom
o Razoável
Ameloblastoma
• Localização
o Mandíbula,
em
especial
na
porção
posterior
do
corpo
ou
ramo
ascendente
• Grupo
etário
o Idades
adultas,
acima
dos
30
anos
de
idade
• Sexo
o Masculino
• Aspecto
clínico
o Área
radiotransparente
solitária
ou
multiquística,
em
“bolhas
de
sabão”,
de
longa
duração,
crescimento
lento.
o Assintomática
ou
pode
causar
acentuado
aumento
e
deformidade,
existe
migração
dentária.
o Raramente
há
destruição
das
corticais
ósseas.
o Os
dentes
vizinhos
têm
vitalidade
• Aspecto
microscópico
o Observam-‐se
ilhotas
e
cordões
de
epitélio
com
células
cilíndricas
na
periferia
e
células
centrais
que
lembram
o
retículo
estrelado.
• Tratamento
o Depende,
pode
ir
de
marsupialização
à
excisão
local
conservadora
ou
ressecção
radical
de
uma
parte
da
mandíbula
com
enxerto
ósseo
da
costela
ou
osso
ilíaco
74
• Prognóstico
o Varia
de
bom
a
razoável,
pois
a
recorrência
é
frequente,
embora
não
metastize.
Quisto
Multilocular
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Adultos
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Extremamente
raro
e
consiste
numa
radiotransparência
multiquística
em
“bolhas
de
sabão”.
o Existe
abaulamento
do
maxilar
e
cortical
óssea
está
intacta.
• Aspecto
microscópico
o Quistos
múltiplos
formados
por
epitélio
estratificado,
muitas
vezes
queratinizado
• Tratamento
o Curetagem
• Prognóstico
o Bom,
mas
pode
recidivar
Mieloma
Múltiplo
• Localização
o Mandíbula,
em
especial
na
área
do
molar
e
pré-‐molar,
no
ângulo
e
ramo
ascendente
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Predomina
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Em
cerca
de
1/3
dos
doentes,
os
maxilares
estão
envolvidos
e
a
lesão
maxilar
pode
ser
a
primeira
manifestação.
São
múltiplas
áreas
de
completa
radiotransparência.
o Pode
haver
dor,
pressão,
parestesia,
tumefacção
e
mobilidade
dentária.
• Aspecto
microscópico
o A
lesão
corresponde
a
uma
densa
massa
de
plasmócitos
• Tratamento
o Cirurgia
com
radiação
• Prognóstico
o Reservado
(grave)
75
Granuloma
Eosinófilo
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Áreas
nítidas
de
radiotransparência
que
circundam
os
dentes.
o Estes
parecem
“soltos
no
ar”
associados
com
ulceração
e
necrose
de
tecidos
moles
ou
mucosa
oral.
o Causam
dor,
mal-‐estar
e
outros
sintomas
sistémicos.
o Os
dentes
da
área
têm
vitalidade.
• Aspecto
microscópico
o Observam-‐se
histiócitos
e
eosinófilos
e
destruição
óssea.
• Tratamento
o Excisão
cirúrgica
com
ou
sem
doses
baixas
de
radiação
• Prognóstico
o Variável,
pois
depende
do
grau
de
comprometimento
sistémico
e
do
esqueleto
ósseo
Hiperparatiroidismo
(Lesão
de
Célula
Gigante)
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Mais
no
feminino
• Aspecto
clínico
o Raro,
podendo
as
lesões
orais
ser
as
primeiras
manifestações
da
doença,
que
consistem
em
áreas
difusas
ou
nítidas
de
radiotransparência.
o Os
dente
apresentam
vitalidade.
• Tratamento
o Remoção
da
glândula
paratiróide
hiperplásica
ou
neoplásica
• Prognóstico
o Varia
de
favorável
a
bom
76
Tumores
Metastáticos
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Idade
idosas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Área
radiotransparente,
normalmente
solitária
mas
pode
ser
múltipla
associada
a
dor
ou
parestesia.
o Há
história
de
outro
tumor
em
outra
área
ou
então
a
radiotransparência
do
maxilar
pode
ser
um
sintoma
primário.
• Aspecto
microscópico
o As
lesões
dependem
do
tipo
de
tumor
• Tratamento
o Depende
do
tipo
de
tumor,
idade
do
paciente
e
outros
factores.
o Habitualmente
é
a
exérese
cirúrgica.
• Prognóstico
o Reservado
(grave)
Tumores
Malignos
Primários
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Radiotransparência
rara,
de
crescimento
rápido,
pode
causar
mobilidade
dentária
e
reabsorção
radicular.
o Área
única
de
radiotransparência
com
destruição
da
cortical
óssea.
• Tratamento
o Excisão
local
radical.
• Prognóstico
o Favorável
77
Quisto
Periodontal
Lateral
• Localização
o Membrana
periodontal
vestibular,
lingual,
mesial
ou
distal
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
quística
solitária,
bem
circunscrita
na
membrana
periodontal,
podendo
o
dente
estar
ou
não
com
vitalidade
• Tratamento
o Enucleação
o Quando
associado
a
um
dente
desvitalizado
deve-‐se
efectuar
endodontia
ou
exodontia
• Prognóstico
o Bom
Osteomielite
• Localização
o Qualquer
área
dos
maxilares
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Radiotransparência
difusa,
com
dor,
tumefacção,
pús,
fístulas,
dentes
móveis,
dolorosos,
desvitalizados
na
área
ou
com
história
de
trauma.
o Sequestros
de
osso
necrosado,
leucocitose,
febre.
• Aspecto
microscópico
o Observa-‐se
necrose
óssea,
reabsorção
óssea
e
infiltração
dos
espaços
medulares
por
neutrófilos,
plasmócitos
e
linfócitos
• Tratamento
o Drenagem
cirúrgica,
antibioterapia,
remoção
de
sequestros
e,
nos
casos
extensos,
deve-‐se
colocar
enxertos
ósseos.
• Prognóstico
o Bom
78
Osteoporose
Fisiológica
• Localização
o Áreas
dos
pré-‐molares
e
molares
da
mandíbula
• Grupo
etário
o Idades
avançadas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Áreas
radiotransparentes,
mal
definidas
e
assintomáticas
• Aspecto
microscópico
o Redução
do
número
de
trabéculas
ósseas
• Tratamento
o Não
há
• Prognóstico
o Bom
Lesões
Radiopacas
Cimentoma
(Estágio
Tardio)
• Localização
o Mandíbula,
dentes
anteriores
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Predomina
no
sexo
feminino
• Aspecto
clínico
o Múltiplas
áreas
pequenas,
periapicais,
assintomáticas
em
dentes
com
vitalidade
• Aspecto
microscópico
o Densa
massa
de
cimento
• Tratamento
o Não
há
• Prognóstico
o Bom
Odontoma
Composto
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Radiopacidade
que
se
mantém
estática
por
anos
e
na
qual
se
podem
distinguir
estruturas
semelhantes
a
dentes
79
• Tratamento
o Excisão
• Prognóstico
o Bom
Fibroma
Ossificante
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Idade
adulta
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Radiopacidade
isolada,
longa
duração,
indolor,
podendo
ser
expansiva
• Aspecto
microscópico
o Constituída
por
tecido
fibroso
com
osso
• Tratamento
o Excisão
• Prognóstico
o Bom
Osteoma
e
Tórus
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Área
radiopaca
circunscrita,
de
crescimento
lento
• Aspecto
microscópico
o Osso
lamelado
normal
maduro
• Tratamento
o Excisão
• Prognóstico
o Bom
80
Condrossarcoma
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Raro
o Radiopacidade
usualmente
estende-‐se
para
além
dos
limites
dos
maxilares,
podendo
originar
parestesias,
dor,
mobilidade
dentária
• Tratamento
o Excisão
radical
ampla
• Prognóstico
o Reservado
Tumores
Metastáticos
• Localização
o Ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Idades
idosas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Raro
o Consiste
em
áreas
irregulares
de
radiopacidade,
solitárias
ou
múltiplas
o Consequentes
de
metástases
de
carcinomas
prostáticos
ou
da
mama
o Originam
mobilidade
dentária,
parestesias
e
dor
• Tratamento
o Tratamento
da
lesão
primária
e
excisão
das
metástases
• Prognóstico
o Reservado
(mau)
Doença
de
Paget
(Osteíte
Deformante)
• Localização
o Mais
frequente
na
maxila
do
que
na
mandíbula
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Predomina
o
masculino
• Aspecto
clínico
o Áreas
isoladas
ou
múltiplas
com
aspecto
de
flocos
de
algodão.
o Nos
estágios
iniciais,
a
lesão
pode
ter
aspecto
de
vidro
baço
81
o Hipercimentose
nos
dentes
da
região,
dentes
desvitalizados,
separação
dos
dentes,
lesões
em
outros
ossos
e
aumento
do
crânio.
• Aspectos
microscópicos
o Observa-‐se
osso
trabecular
denso
com
numerosas
áreas
de
aposição
e
reabsorção
• Tratamento
o Não
há
• Prognóstico
o Reservado
(desfavorável)
Osteíte
Condensante
• Localização
o Mandíbula
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Geralmente
solitária,
mas
podem
ser
áreas
múltiplas
de
radiopacidade,
associadas
com
a
região
periapical
de
dentes
cariados
e/ou
fracturados
ou
maxilares
desdentados,
assintomáticos
ou
com
esporádicos
sintomas
de
dor
e
com
drenagem
espontânea.
• Tratamento
o Consiste
na
remoção
das
causas.
o Algumas
lesões
podem
ser
deixadas
sem
tratamento
e
outras
exigem
excisão
• Prognóstico
o Bom
82
Fragmentos
de
Raízes
e
Corpos
Estranhos
• Localização
o Localizam-‐se
em
ambos
os
maxilares.
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Assintomático
o São
radiopacidades
semelhantes
a
raízes
dentárias.
o Os
corpos
estranhos
como
por
exemplo
a
amálgama
apresentam-‐
se
radiopacos
também.
• Tratamento
o Nenhum
a
não
ser
quando
associados
com
inflamação
ou
radiotransparência.
• Prognóstico
o Bom
Metástases
de
Carcinoma
da
Próstata
e
da
Mama
• Localização
o Localizam-‐se
em
ambos
os
maxilares
• Grupo
etário
o Idades
idosas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Raros,
solitários
ou
múltiplos,
consequentes
de
carcinomas
prostáticos
e
da
mama
(em
menor
número)
o Originam
mobilidade
dentária,
parestesias
e
dor
• Tratamento
o Excisão
das
metástases
e
controlo
da
lesão
primária
• Prognóstico
o Reservado
(grave)
83
Mucocelo
(Quisto
Mucoso
de
Retenção)
• Localização
o Habitualmente
no
lábio
e
língua
o Pode
aparecer
em
qualquer
área
da
mucosa
oral
• Grupo
etário
o Qualquer
idade
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Lesão
solitária,
vesicular,
transparente,
compressível,
por
vezes
azulada
com
evolução
de
mais
de
uma
semana.
o Quando
se
rompe
elimina
secreção
mucoide.
o Dá
recidivas
• Aspecto
microscópico
o O
quisto
contém
muco
e
é
revestido
por
tecido
de
granulação
• Tratamento
o Excisão
local
• Prognóstico
o Bom
Rânula
• Localização
o Pavimento
da
boca
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Aumento
grande
e
compressível
do
pavimento,
podendo
elevar
a
língua,
interferindo
com
a
dicção.
o Quisto
associado
com
a
glândula
submandibular
ou
sublingual.
• Aspecto
microscópico
o Grande
quisto
contendo
muco
e
com
tecido
de
granulação
no
revestimento
• Tratamento
o Excisão
ou
marsupialização
• Prognóstico
o Bom
84
Sarcoidose
• Localização
o Glândula
Parótida
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Aspecto
clínico
o Aumento
uni
ou
bilateral
da
glândula
parótida,
assintomático
ou
por
vezes
associado
com
sintomas
respiratórios
e
febre
• Aspecto
microscópico
o Observam-‐se
focos
circunscritos
de
células
epitélioides
e
células
gigantes
da
glândula
o Não
há
necrose
• Tratamento
o Não
existe
• Prognóstico
o Favorável
Infiltração
Gordurosa
• Localização
o Glândula
Parótida
• Grupo
etário
o Idades
adultas
ou
idosas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Raro,
consiste
num
aumento
difuso
uni
ou
bilateral
da
glândula,
de
longa
duração
em
idades
avançadas,
associado
com
alcoolismo
e
desnutrição.
• Tratamento
o Não
há
• Prognóstico
o Bom
Síndrome
de
Sjogren
• Localização
o Glândula
parótida
• Grupo
etário
o Idades
avançadas
• Sexo
o Mais
no
sexo
feminino
• Aspecto
clínico
o Aumento
uni
ou
bilateral,
nodular
ou
difuso
da
glândula.
o Flutua
em
tamanho,
duração
de
semanas
até
meses,
assintomático
e,
por
vezes,
há
regressão
espontânea
o Produz
secura
da
conjuntiva,
nariz,
garganta
e
boca
85
• Aspecto
microscópico
o Observam-‐se
áreas
circunscritas
de
tecido
linfóide
ou
difusa
infiltração
da
glândula
por
linfócitos
• Tratamento
o Não
existe
o Apenas
sintomático
• Prognóstico
o Favorável
Sialadenite
• Localização
o Glândula
submandibular
ou
sublingual
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Mais
no
sexo
masculino
• Aspecto
clínico
o Aumento
difuso
da
glândula
envolvida,
que
pode
aumentar
com
a
ingestão
de
alimentos.
o Dor
associada
à
mastigação.
o As
radiografias
podem
revelar
um
cálculo
salivar
no
ducto
• Aspecto
microscópico
o Infiltrado
inflamatório
agudo
e
crónico
da
glândula
o Atrofia
dos
ácinos
e
fibrose.
• Tratamento
o Remoção
do
cálculo
• Prognóstico
o Bom
Tumores
Benignos
• Localização
o (Ordem
decrescente
de
frequência
na
glândula)
parótida,
palatinos,
submandibular
e
glândulas
minor
• Grupo
etário
o Idades
adultas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Tumefacção
nodular
solitária,
de
longa
duração.
o Pele
e
mucosas
adjacentes
normais,
ausência
de
sintomas
neurológicos
o Tumores
usualmente
móveis
• Tratamento
o Excisão
• Prognóstico
o Favorável
86
Tumores
Malignos
• Localização
o (Ordem
decrescente
de
frequência)
Parótida,
palatinos,
submandibular
e
minores
da
cavidade
oral
• Grupo
etário
o Idades
avançadas
• Sexo
o Ambos
os
sexos
• Aspecto
clínico
o Tumefacção
nodular
ou
difusa,
solitária,
unilateral,
de
duração
curta
(semanas),
crescimento
rápido,
fixação
aos
tecidos
vizinhos.
o É
comum
a
ulceração
da
pele
ou
mucosa,
dor
e
paralisia
facial.
o Podem
existir
nódulos
cervicais
palpáveis
o Nos
tumores
palatinos
existem
radiotransparências
e
mobilidade
dentária.
• Tratamento
o Excisão
radical
e
ampla
• Prognóstico
o Grave
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