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Núcleo de Educação a Distância

O assunto estudado nessa disciplina foi planejado por


um professor conteudista, responsável pela produção
de conteúdo didático, desenvolvido e implementado
por uma equipe composta por profissionais de diversas
áreas e, no caso da disciplina em questão, recebeu o
apoio de outros núcleos e setores da Universidade de
Fortaleza. Lista-se abaixo os parceiros e colaboradores
que contribuíram de maneira relevante para a
construção de todo o material, facilitando o processo
de ensino-aprendizagem.

Coordenação do Núcleo de Educação a Distância: Andrea Chagas

Alves de Almeida. Produção de conteúdo didático: Danilo Lopes

Ferreira Lima. Projeto Instrucional: Francisco Felipe Ferreira de

Souza. Pedagoga: Ariane Nogueira Cruz. Produção de Áudio e Vídeo:

José Moreira de Sousa. Arte: Thiago Bruno Costa de Oliveira.

Diagramação: Régis da Silva Pereira. Identidade Visual: Régis da Silva

Pereira, Thiago Bruno Costa de Oliveira. Programação Multimídia:

Jorge Augusto Fortes Moura. Revisão: Janaína de Mesquita Bezerra

O trabalho Atenção ao Idoso- Unidade III: ALIMENTAÇÃO, SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO


E ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA PESSOA IDOSA. de Danilo Lopes Ferreira Lima, Núcleo de
Educação a Distância da UNIFOR está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-
Não Comercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
UNIDADE 3: ALIMENTAÇÃO, SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA PESSOA IDOSA.

1. Nutrição da Pessoa Idosa 04

2. Saúde Bucal do Idoso 06

2.1 Saúde bucal 06

2.2 Cárie dentária e perda dentária 07


2.3 Doenças periodontais 08
2.4 Utilização de próteses dentárias e próteses bucomaxilofaciais 08
2.5 Alterações em mucosas e glândulas e fraturas ósseas 09

3. Aspectos Psicossociais do Envelhecimento 10

3.1 Aposentadoria 10
3.2 As redes de suporte social 11
3.3 Família e relações interpessoais 12
3.4 Violência contra o idoso 13
3.5 Depressão, ansiedade e suicídio no idoso 13

4. A Pessoa Idosa, as Novas Tecnologias e as Tecnologias Assistivas 15

4.1 O idoso e o computador 15


4.2 Tecnologias assistivas 17

Referências Bibliográficas 21
UNIDADE 3: ALIMENTAÇÃO, SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA PESSOA IDOSA.

Objetivo
Olá, seja bem-vindo(a) à Unidade III de Atenção ao Idoso. Aqui estudaremos
sobre a nutrição da pessoa idosa, saúde bucal do idoso, aspectos psicossociais
do envelhecimento e tecnologias assistivas.

Bom aprendizado!

1. Nutrição da Pessoa Idosa

O processo de envelhecimento está associado a diversas mudanças na composição corporal


decorrentes de alterações na fisiologia, no metabolismo e na demanda nutricional. Isso faz
com que a nutrição seja, seguramente, o aspecto mais importante para a promoção de um
envelhecimento saudável. Desta forma, a alimentação durante o processo de envelhecimento
deve ser adequada às necessidades do idoso.

O envelhecimento normal está associado a alterações gastrintestinais, as quais


afetam a absorção de diversas vitaminas e micronutrientes, mudanças hormonais com
repercussão sobre o metabolismo, alterações sensoriais que afetam o paladar, diminuição
da função musculoesquelética, caracterizada principalmente pela sarcopenia e alterações
neuromusculares como a disfagia orofaríngea. Todas essas mudanças podem resultar tanto
em perda de peso involuntária associada ao envelhecimento como na ocorrência de distúrbios
nutricionais (FUZARO JUNIOR et al. 2016).

Os distúrbios nutricionais são frequentes entre os idosos principalmente em função


da existência de múltiplos fatores de risco nutricional nessa população. Os distúrbios
nutricionais entre os idosos estão associados à diminuição da qualidade de vida e aumento
da mortalidade. Já a desnutrição atinge entre 20 e 80% dos idosos, notadamente aqueles
que estão em Instituições de Longa Permanência (ILP), e é considerado o mais relevante
distúrbio nutricional observado em pessoas acima de 60 anos. A desnutrição está associada
ao declínio da autonomia, ao risco de quedas e de internações recorrentes (CAMARGOS et al.
2015). Os fatores de risco para ocorrência de distúrbios nutricionais incluem:

• uso de medicamentos;

• disfagia;

• disgeusia;

• alterações na dentição;

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• doenças agudas;

• doenças crônicas, incluindo depressão e demência;

• diarreia;

• alterações de mobilidade;

• institucionalização, dentre outros.

Nos idosos, a desnutrição pode ser causada pelo acesso limitado a alimentos; dificuldades
socioeconômicas; falta de informação e conhecimento sobre nutrição; escolhas erradas
de alimentos (alimentos ricos em gordura, por exemplo); determinadas patologias; efeitos
secundários de fármacos; alterações na capacidade mastigatória devido à perda de dentes e
mudança na composição e fluxo salivar; isolamento social; deficiências cognitivas ou físicas que
inibem a capacidade de comprar comida e prepará-la; situações de emergência e falta de atividade
física. Todo profissional de saúde deve ter o entendimento das particularidades das necessidades
nutricionais dos idosos. Através de uma adequada intervenção nutricional é possível a promoção
de um envelhecimento saudável, melhorando a qualidade de vida e reduzindo a mortalidade da
população idosa (CAMPOS; MONTEIRO; ORNELAS, 2000; OMS, 2005).

O consumo excessivo de calorias, inerente a qualquer faixa etária, aumenta o risco de


obesidade e doenças crônicas, principalmente no decorrer do processo de envelhecimento. A
reposição de vitaminas e minerais, notadamente de cálcio e vitamina D, deve ser considerada
visto que esses em quantidade insuficiente estão associados à perda na densidade óssea
durante a velhice, tendo como consequência o aumento de fraturas que causam dor, têm
custo elevado e debilitam, em especial, as mulheres idosas (OMS, 2005).

Importante
Um fator de suma importância para a prevenção e tratamento de distúrbios
nutricionais na pessoa idosa é a avaliação nutricional periódica, composta
de uma avaliação da composição corporal através da antropometria, de
um inquérito dos hábitos alimentares e o bioquímico. Para a realização da
antropometria deve ser realizada a mensuração de peso, altura, medidas de
dobras cutâneas, que dependendo do protocolo pode variar de 3 a 7 dobras,
perimetria e diâmetros ósseos. Cada protocolo pode utilizar um ou mais tipos
de medidas (TRAMONTINO et al. 2009).

O inquérito dos hábitos alimentares é baseado em um autorrelato do paciente e objetiva


avaliar a qualidade e a quantidade dos alimentos consumidos diariamente. Tudo o que é
consumido deve ser anotado em um diário de dieta, incluindo a ingestão de água.

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No caso de pessoas idosas, existe a não total confiabilidade deste inquérito dadas as funções
cognitivas afetadas. Já o método bioquímico apresenta resultados mais confiáveis, visto que
os resultados são obtidos através da análise de uma amostra sanguínea, sendo investigados
a albumina, o colesterol total e frações, a transferrina, o hematócrito, a hemoglobina e a
contagem de linfócitos. Uma vez determinados os riscos nutricionais em idosos, antes que
as alterações clínicas sejam manifestadas e com a finalidade de promover uma vigilância
nutricional, pode ocorrer a redução de hospitalizações com consequente melhora na
qualidade de vida desses pacientes (TRAMONTINO et al. 2009).

Em sua webaula, você acompanhará uma situação relativa à Nutrição da pessoa idosa,
por isso, fique atento(a)!

2. Saúde Bucal do Idoso

O sistema estomatognático compreende uma ampla unidade morfofuncional com


importantes funções orgânicas como a mastigação, a respiração, a fonação e a deglutição. O
sistema mastigatório pertence ao sistema estomatognático e é composto por estruturas
como ossos, dentes, periodonto, músculos, ligamentos e pela única articulação biarticular do
corpo humano, a articulação temporomandibular (ATM).

Para que um indivíduo, idoso ou não, consiga ingerir bons nutrientes faz-se necessário
que a trituração dos alimentos ocorra de maneira satisfatória, diminuindo a quantidade de
problemas digestivos que aparecem em decorrência da formação de um inadequado bolo
alimentar (MONTENEGRO et al. 2007).

Importante
Para tanto a necessidade da maior quantidade de dentes durante toda
a vida é de extrema importância para a qualidade de vida de todo ser
humano, independente da fase da vida a qual esteja. Assim como outros
sistemas orgânicos, o sistema estomatognático é afetado pelo processo do
envelhecimento e os cuidados com a saúde bucal são importantíssimos
quando levamos em consideração a pessoa idosa.

2.1. Saúde bucal

Entende-se saúde bucal como um conjunto de condições biológicas e psicológicas que


permite ao indivíduo mastigar, deglutir e falar, sem deixar de levar em consideração os
aspectos estéticos que podem exercer consideráveis influências na sua autoestima, no seu
comportamento e em suas relações sociais. Uma vez havendo impossibilidade do exercício
pleno de alguma dessas funções, forma-se um quadro de incapacidade bucal transitória ou
permanente (CAMPOSTRINI; FERREIRA; ROCHA, 2007).

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A perda dentária é um dos principais problemas relacionados à saúde bucal da pessoa idosa e
ocorre devido as duas principais doenças que afetam a cavidade bucal, a doença cárie e a doença
periodontal. A reabilitação de idosos parcialmente ou totalmente desdentados é um desafio e
a não reabilitação oral, além de afetar todo o sistema orgânico ainda pode causar transtornos
decorrentes de disfunções na ATM, as chamadas disfunções temporomandibulares (DTMs).

2.2. Cárie dentária e perda dentária

Como a cavidade bucal é repleta dos mais variados tipos de bactérias, a estrutura dentária
pode sofrer ação de tais microorganismos sendo afetada pela doença crônica mais prevalente
no mundo, a cárie dentária. É aceito e estabelecido em todo o mundo que a cárie dentária
é uma doença infecciosa, transmissível, dependente da dieta e com caráter multifatorial. O
sinal da doença é a destruição localizada de tecidos duro como o esmalte e a dentina (LIMA,
2007; FEJERSKOV; KIDD, 2011).

A cárie dentária tem relação direta com a má higiene oral visto que, diariamente, os
microorganismos se organizam na superfície dentária através de uma massa não calcificada
denominada de placa bacteriana ou biofilme dentário. Em pessoas idosas a cárie ocorre pelo
mesmo processo ao qual ela atinge indivíduos mais jovens, contudo o tempo de exposição
aos efeitos ambientais e uma maior dificuldade em realizar a higienização bucal promovem
um maior risco de desenvolver a doença. Observa-se também na pessoa idosa uma maior
prevalência de lesões na estrutura do esmalte como a abrasão, atrição, erosão e abfração (ROSA
et al. 2008). Alguns estudos relacionados com idosos revelam a importância da saliva para a
integridade dos dentes e dos tecidos bucais e que a diminuição do fluxo salivar (hipossalivação)
é um fator de relevância na susceptibilidade à cárie dentária (ALVES; SEVERI, 2016).

A cárie dentária pode ser removida pelo dentista e a estrutura perdida ser restaurada através
de diversos tipos de materiais. Contudo, a quantidade de dentes perdidos por causa da doença
ainda é grande, embora muitos programas de prevenção tenham sido implementados no
país nas últimas décadas.

Segundo o Projeto SB Brasil 2003 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004), quando foram avaliados 5.349
idosos entre 65 e 74 anos e levando-se em consideração um total de 32 dentes na arcada, foi
observado um Índice CPO-D (dentes cariados, perdidos e obturados na dentição permanente)
de 27,8, ou seja, a média da quantidade de dentes íntegros na dentição do idoso brasileiro é de
4 dentes. Para indicar uma situação ainda mais desfavorável foi concluído que o componente
perdido foi o responsável por 92,9% do índice, o cariado 4,2% e o restaurado 2,6%.

Já no Projeto SB Brasil 2010 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011), na faixa etária de 65 a 74 anos, o


Índice CPO-D foi de 27,53, com os menores índices encontrados na Região Nordeste e Sul e
com o componente perdido sendo responsável por 91,9% do índice no grupo, números bem
semelhantes aos dados do Projeto SB Brasil 2003.

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2.3. Doenças periodontais

O periodonto é constituído pelas estruturas que envolvem o dente e são responsáveis


por sua proteção e sustentação. Essas estruturas são a gengiva, o osso alveolar, o ligamento
periodontal e o cemento radicular. Assim como na cárie, o periodonto pode ter sua estrutura
comprometida pela placa bacteriana ou biofilme dentário. Quando somente o periodonto
de proteção, composto pela gengiva, é afetado pelos microorganismos, ocorre a doença
conhecida como gengivite. Contudo, a gengivite pode ter outras causas como: leucemia,
diabetes, utilização de medicamentos (fenitoína, nifedipina, ciclosporina), má nutrição
(avitaminose C), determinados vírus (Herpes simples) e fungos (Candida albicans), além de
alterações hormonais (menopausa) e da pele (pênfigo, penfigoide e líquen plano) (ARMITAGE,
1999). O sangramento é o principal sinal da presença de gengivite e várias doenças sistêmicas
presentes no idoso têm reflexo nos tecidos periodontais.

Uma vez que a doença progride para as estruturas de sustentação como o osso alveolar,
que suporta a raiz dos dentes, este é reabsorvido. Isto ocasiona a formação da chamada
bolsa periodontal que tem como sinais mais evidentes a mobilidade dentária e a presença
de sangramento, denominando-se tal doença de periodontite (NEWMAN et al. 2016). A
periodontite juntamente com a cárie dentária são as principais causas de perda dentária.

A idade avançada tem como conseqüência um aumento na prevalência e severidade


para a periodontite crônica, podendo ser exacerbada nos pacientes idosos mesmo
depois de um período de relativa estabilidade da doença. Contudo, a relação entre idade e
doença periodontal é mais uma associação do que uma relação de causa/efeito já que com
o envelhecimento o periodonto também tem sua fisiologia modificada (SILVA et al. 2008).
Ainda com o envelhecimento, a presença de uma retração gengival considerada fisiológica
tende a aparecer. Já as condições ósseas sofrem uma alteração com a diminuição do material
mineralizado e da formação óssea e com um aumento da fragilidade e da reabsorção, além de
sofrerem consequências de patologias que têm ação direta sobre a densidade óssea do corpo
como a osteoporose (LOPES et al. 2008; ROSA et al. 2008).

2.4. Utilização de próteses dentárias e próteses bucomaxilofaciais

A confecção de próteses serve para substituir alguma parte do nosso corpo que foi perdida.
No caso da perda dos dentes são confeccionadas as próteses dentárias, conhecidas como
dentaduras, que podem ser totais, quando ocorreu a perda de todos os dentes, ou parciais,
quando somente alguns elementos foram perdidos.

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Saiba Mais
Dados do SB Brasil 2010 mostraram que mais de 3 milhões de idosos
necessitam de prótese total nas duas arcadas dentárias e outros 4 milhões
precisavam usar prótese parcial em uma das arcadas. A porcentagem de
usuários de prótese total na faixa etária entre 65 e 74 anos foi de 63,1%
para o Brasil, variando de 65,3% na região Sul a 56,1% na região Nordeste.
Somente 7,3% dos indivíduos entrevistados não necessitavam de algum tipo
de prótese dentária, com diferença marcante entre as regiões Sul (12,7%) e
Norte (2,8%) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).

A perda de um dente pode acarretar uma diminuição de 30% da capacidade mastigatória,


enquanto o uso de próteses totais pode diminuir esta capacidade em 75%. Contudo, mesmo
com a capacidade mastigatória diminuída, as próteses recuperam parte desta e resgatam a
auto-estima do idoso, retirando aquela imagem estereotipada de fragilidade demonstrada
pela ausência dentária, que apresenta um indivíduo de nariz grande e bochecha murcha
(CAMPOSTRINI; FERREIRA; ROCHA, 2007; ROSA et al. 2008).

Além das próteses dentárias, as próteses bucomaxilofaciais são importantes na reabilitação


estética, funcional, social e psicológica de pacientes, em sua maioria idosos, que tiveram
perdas de estruturas faciais devido, principalmente, a tumores. Estas podem ser intra-orais
(para grandes perdas dos maxilares), extra-orais (auricular, nasal ou ocular), faciais extensas
(envolvendo mais de 1/3 da face), conjugadas (intra-oral + extra-oral) e radíferas (para auxílio
da radioterapia) (SAMPAIO, 2009).

2.5. Alterações em mucosas e glândulas e fraturas ósseas

Diminuição do número de botões gustativos nas papilas linguais afetando o paladar do idoso;
diminuição (hipossalivação) ou até ausência (assialia) na produção de saliva por degeneração das
glândulas salivares ou por uso de medicamentos acarretando problemas de deglutição e digestão
dos alimentos, doença cárie, sensação de boca seca (xerostomia), halitose (mau hálito); e fraturas
de ossos da face, principalmente por quedas, atingindo mandíbula, maxila e osso zigomático, na
ordem de ocorrência, são outros tipos de lesões bucais que afetam a pessoa idosa e que têm que
ser percebidas e tratadas pelo cirurgião-dentista (YAMAMOTO et al. 2011; LIMA et al. 2017).

Levando-se em consideração a etiologia bacteriana tanto da cárie como da doença


periodontal e a necessidade da limpeza constante das estruturas bucais, e sabendo das
limitações decorrentes do envelhecimento que dificulta uma boa higiene bucal, faz-se necessário
um cuidado especial, principalmente com os idosos dependentes. Vale salientar que em toda
pesquisa sobre as condições bucais de idosos não somente no Brasil, mas em diversos países
desenvolvidos, os idosos institucionalizados demonstram piores índices de saúde bucal.

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Em sua Web Aula traremos mais uma história dos irmãos, dessa vez relativa a saúde
bucal do idoso, fique de olho!

3. Aspectos Psicossociais do Envelhecimento

As constantes transformações que ocorrem na sociedade contemporânea, transformando-a


em uma sociedade cada vez mais consumista e regida pelos valores materiais, privilegiam os
indivíduos ativos. Com a capacidade funcional e produtiva diminuída e sem autonomia,
o idoso torna-se um cidadão excluído e tendendo ao isolamento social (MARTINS, 2006).

Importante
A independência está intimamente ligada à capacidade funcional, já a
autonomia está relacionada ao autogoverno, à privacidade e à livre
escolha. Tanto a autonomia quanto a independência têm ligação íntima com
a qualidade de vida na velhice. Mesmo dependente, o idoso pode manter
sua autonomia, o que é de suma importância para as suas relações sociais
(LEMOS; MEDEIROS, 2011).

A perda da autonomia física e social associada a outros tipos de perdas como a financeira e
de familiares e amigos acarretam muito sofrimento ao idoso, o que pode levar a problemas
psicológicos sérios e, muitas vezes, irreversíveis. Contudo, apesar dos fatores negativos
apresentados anteriormente, temos observado uma adequação de uma significativa parte de
idosos a uma nova ordem social, onde o idoso busca um envelhecimento ativo e participativo,
encontrando nos chamados ¨Grupos da Terceira Idade¨ a socialização e a realização de
atividades das mais variadas. A aposentadoria e suas relações familiares e interpessoais são
fatores importantes na vida do idoso.

3.1. Aposentadoria

Devemos ter em mente que percepção do envelhecimento é individual e cada um


envelhece de maneira própria e pessoal. O processo é heterogêneo e cada um encara as
dificuldades de uma forma própria, contudo muitos são influenciados pela cultura presente
em cada país. O preconceito existente na cultura brasileira, que enxerga o idoso como um
ser incapaz, improdutivo e dependente, faz com que muitos se sintam efetivamente assim.

Para um grande número de idosos, a aposentadoria traz consigo um momento inicial


de prazer, de um merecido descanso, para, posteriormente, experimentar a sensação de
inutilidade. Angústia, marginalização, isolamento e ainda uma queda financeira torna muitos
aposentados em pessoas deprimidas, principalmente entre aqueles que convivem em lares
sem harmonia (MENDES et al. 2005). Contudo, o idoso pode ressignificar esse momento.

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Para Costa (2010): “uma pessoa pode construir outras fontes de satisfação além do trabalho,
tornando mais fácil o enfrentamento da aposentadoria e possibilitando uma reestruturação
da sua própria identidade e de seus papéis sociais”.

Uma vez não tendo condições para tal ressignificação, muitos idosos voltam ao mercado de
trabalho. Segundo Camarano (2001:21), ¨a participação do idoso brasileiro no mercado
de trabalho é alta, considerando os padrões internacionais. Isso está relacionado a uma
particularidade muito específica do mercado de trabalho brasileiro, que é a inserção do
aposentado¨.

Muitas famílias, principalmente as mais próximas à linha da pobreza, dependem diretamente


dos salários de seus idosos aposentados. A figura do idoso provedor de netos e de filhos adultos
desempregados ou que retornam para a casa após casamentos desfeitos é uma realidade
brasileira que deve ser considerada. Segundo os dados do Censo de 2000, 62,4% dos idosos
eram responsáveis pelos domicílios brasileiros, sendo esta a última estimativa publicada (IBGE,
2000). Estudo mais recente realizado entre idosos da região metropolitana de Brasília baseado
no censo de 2010 chegou a um percentual semelhante, de 62%, sendo que 73,3% de homens e
52% de mulheres idosas eram responsáveis pelo domicílio (ALVES, 2013).

Importante
A importância da manutenção da renda é importante, visto que à medida que
a renda aumenta a incapacidade funcional diminui, provavelmente, devido
à possibilidade de aquisição de melhores serviços de acompanhamento,
equipamentos de apoio e uma inserção social mais ativa. No Brasil, entre os
idosos que continuam a trabalhar, muitas vezes pela necessidade de melhoria
da renda familiar, 70,8% estão na informalidade (IBGE, 2013).

3.2. As redes de suporte social

Os primeiros trabalhos sobre a necessidade de apoio social foram escritos nos anos 1950 por
Durkheim. A partir dos anos 1970, estudos associando o apoio social como preditor de saúde,
mortalidade, incidência de doenças isquêmicas do coração e até como gerador de benefício
na sobrevivência de pessoas com câncer de mama e com acidente vascular cerebral foram
descritos (ROSA, 2004). Ainda existe uma discussão conceitual do que seja apoio ou suporte
social. O que tem tido um maior consenso é que o suporte social produz efeitos protetores para
o indivíduo, principalmente se eles são ativos participantes de suas redes de suporte social.

As redes de suporte social podem ser definidas como o conjunto de pessoas com as
quais mantemos laços de dar e receber. São verdadeiras teias de relações sociais que
circundam o indivíduo, onde devem ser consideradas não somente as pessoas com as quais

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nos relacionamos (família, amigos, comunidade), como a frequência e disponibilidade de
contato, e ainda as formas pelas quais participamos dessa interação social (grupos religiosos,
associações, clubes etc.) (LEMOS; MEDEIROS, 2011; CHOR, 2011).

As redes de suporte social se constituem à medida que ocorrem necessidades do indivíduo


e nascem da articulação e afinidade dos integrantes. Os idosos encontram na família seu
principal suporte social e esta deve ser a principal ¨teia¨ de sua rede de suporte social. A
ampliação da rede vai depender, além de sua disposição em querer ampliá-la, de suas
condições físicas e psíquicas, outros dois importantes componentes do envelhecimento.

Instrumentos que visam mensurar a estrutura da rede social da pessoa idosa têm sido descritos
e adaptados. Instrumentos como o Mapa Mínimo de Relações do Idoso (DOMINGUES;
DERNTL, 2005) permite avaliar a frequência (semanal, mensal e ou anual) em que um idoso
está socialmente conectado com os amigos, família, comunidade e com os serviços de saúde
e/ou sociais, verificando seu nível de isolamento ou de integração social.

3.3. Família e relações interpessoais

Atenção
A família é uma das instituições mais importantes de qualquer sociedade e
é o primeiro e mais importante agente socializador. Não importa em qual fase
da vida o indivíduo esteja, é na família que ele fortalece as suas relações que,
diretamente, influenciam seu bem-estar. As relações familiares com o idoso
dependem muito da forma como este desenvolveu seus relacionamentos
durante as outras fases da vida, da harmonia familiar, da compreensão e
dos valores que a família tem sobre o processo do envelhecimento, do papel
que o idoso desempenha no núcleo familiar e do seu grau de dependência
(MENDES et al. 2005).

Para que a família esteja preparada para o processo de envelhecimento, determinadas funções
devem ser compreendidas e dentre elas podemos citar:

• Adaptação (busca de soluções para determinados problemas utilizando recursos de


dentro e de fora do núcleo familiar);
• Participação (compartilhar as responsabilidades e tomadas de decisão, dividindo-se a
responsabilidade);
• Crescimento (apoio mútuo para a maturidade física e emocional da família); Afeto
(relações de cuidado e amor entre os membros);
• Decisão (compromisso e atitude) (MARTINS, 2006). Desta forma, pode-se criar um

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ambiente familiar harmônico. Contudo, como grande parte das pessoas e famílias não
conseguem esse equilíbrio, o idoso, principalmente de classe sociais mais baixas, termina
por tornar-se um peso no núcleo familiar. Essa situação pode gerar o abandono e a violência.

A política assistencial no programa de atenção aos idosos prevê a criação de centros de


cuidados de longa duração destinados aos idosos incapacitados física e emocionalmente
de realizar as atividades da vida diária. Família acolhedora, casa-lar, república, centro-dia,
atendimento domiciliar e os centros de convivência são exemplos de políticas assistenciais
(CAMARANO, 2010). Contudo, embora seja prioridade da Política Nacional do Idoso o
atendimento familiar, as instituições de longa permanência (ILP) conhecidas popularmente
como asilos, ainda são a melhor alternativa para o idoso que, por vários motivos, não podem
viver com sua família (LEMOS; MEDEIROS, 2011). A proposta atual é que se criem mais ILPs e
estas se tornem instituições humanizadas.

3.4. Violência contra o idoso

A violência pode ocorrer de forma física, psicológica ou através da negligência e a grande


maioria dos agressores está no seio da família. Os dados brasileiros sobre violência doméstica
contra o idoso são escassos, porém como vimos, o Estatuto do Idoso prevê a informação das
suspeitas de maus tratos pelos profissionais de saúde e a comunicação destes aos órgãos
competentes (CARVALHO, 2010).

Independente de ter ou não uma família harmoniosa, o convívio em sociedade e a realização


de trabalhos ocupacionais auxilia a pessoa idosa. A troca de experiências, de idéias, de afeto
e de conhecimentos com pessoas que vão além de seu convívio familiar servem de estímulo
ao idoso. Daí a necessidade da participação em grupos de convivência das mais variadas
atividades para que ele se mantenha engajado socialmente, evitando danos psicológicos
como a angústia e a depressão (MENDES et al. 2005).

3.5. Depressão, ansiedade e suicídio no idoso

Como já discutimos anteriormente, uma das principais alterações neuropsicológicas que


atinge o idoso é o déficit progressivo de memória que leva a um prejuízo cognitivo e que está
diretamente ligado às demências. Contudo, transtornos de ordem psicológica, que podem
ou não estar ligados a estados demenciais, podem afetar o idoso. Destes, os transtornos
depressivos são os mais prevalentes e muitas vezes são sub-diagnosticados e sub-tratados
(GARCIA et al. 2006).

A depressão pode acometer o idoso de duas formas, em fases precoces da vida,


recorrentes na terceira idade, e aquelas iniciadas entre 60 e 65 anos, também chamadas
de depressões de início tardio que estão, geralmente, associadas a agentes estressores
(STOPPE JÚNIOR, 2007). Os transtornos depressivos que atingem o idoso em início tardio
caracterizam-se, principalmente, pelo humor deprimido e perda do interesse ou prazer,

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pela menor história familiar e pela maior prevalência de demência, devendo-se ter muito
cuidado no diagnóstico entre essas duas patologias visto que podem estar associadas.
Recente meta-análise realizada com estudos entre idosos brasileiros demonstrou altas taxas
de prevalência de sintomas depressivos neste grupo, variando entre 20 e 56% em indivíduos
em acompanhamento ambulatorial, 23 a 42% entre aqueles hospitalizados e chegando até
65% em idosos institucionalizados (COHEN; PASKULIN; PRIEB, 2015). Devemos levar em conta
que a literatura varia muito com relação aos estudos de prevalência de sintomas depressivos
em idosos dadas as diferenças culturais.

Atenção
A depressão configura como maior causa de suicídio entre idosos e
está, geralmente, associada às perdas acumuladas. Em idosos mais jovens
o alcoolismo é um importante fator de risco para o suicídio e a viuvez,
principalmente nos primeiros anos, é um fator considerado de suicídio entre
homens. Histórico de tentativas prévias e história familiar, juntamente com
o medo da dependência e de vir a tornar-se um peso para a família são
importantes fatores de risco. A religiosidade e a sensação de bem-estar são
fatores protetores (FRANK; RODRIGUES, 2011).

A taxa de suicídio entre idosos brasileiros é maior entre os homens e com faixa etária
acima de 70 anos, observando-se uma média de 8,9 mortes por 100 mil habitantes entre 2011
e 2017, quando a média nacional anterior a esse período era de 5,5 por 100 mil habitantes
(BRASIL, 2017).

Outro tipo de transtorno que acomete o idoso é o transtorno de ansiedade. Este caracteriza-
se pela presença de fobias, agorafobia, distúrbio do pânico, transtorno obsessivo-
compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático. Ainda destaca-se a presença do
transtorno de ansiedade generalizada, caracterizado por preocupação exagerada, irreal e
generalizada (FRANK; RODRIGUES, 2011).

Com uma prevalência ainda menor vêm as psicoses tardias. A esquizofrenia tardia acomete
entre 0,1% e 1,7% da população idosa e atinge, predominantemente, o sexo feminino na
proporção de 3:1 (VEGA, 2010).

Na atualidade, a possibilidade de utilização das novas tecnologias e da interatividade pode


tornar-se um aliado nas relações sociais e na melhora da psique da pessoa idosa como
veremos a seguir (FRANK; RODRIGUES, 2011).

Atenção ao Idoso - Unidade 3 - Alimentação, Sistema Estomatognático 14


e Aspectos Psicossociais da Pessoa Idosa
Com o envelhecimento de nossa população e as necessidades de interação social dos idosos,
além da ocupação de seu tempo, vários grupos com variados fins têm sido formados. A
Universidade sem Fronteiras e a Universidade Aberta da Terceira Idade (UNATI) são exemplos
de locais destinados ao estudo do envelhecimento, servindo de ambientes onde os idosos
podem ter aprendizado e socialização. Manter o idoso atualizado com as transformações que
ocorrem no mundo é de suma importância, bem como fazer com que este utilize os recursos
que a vida moderna oferece.

4. A Pessoa Idosa, as Novas Tecnologias e as Tecnologias Assistivas

Com os recursos tecnológicos cada vez mais avançados, acessíveis e sendo utilizados
por todos os indivíduos, independente de faixa etária, ajudando, facilitando e trazendo
oportunidades a quem os utiliza, faz-se necessário que o idoso esteja incluído nesse processo
de aproveitamento de tais aparatos. Quando empregadas de forma conveniente e adequada,
as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC´s), ajudam nas relações interpessoais
reduzindo o isolamento, melhorando a capacidade mental e mantendo o idoso informado
e atualizado. Contudo, para a aplicação de tais tecnologias com a pessoa idosa tem-se que
levar em consideração suas limitações físicas, psicológicas e sociais (KACHAR, 2001).

Para os idosos mais frágeis, debilitados pelas alterações decorrentes do próprio processo
de envelhecimento ou por doenças crônico-degenerativas, têm sido criados dispositivos
cujo objetivo é reduzir o impacto provocado pela limitação funcional, conectando estes às
demandas físicas requeridas pelo idoso para auxiliar nas suas AVDs. À elaboração e construção
de tais dispositivos dá-se o nome de Tecnologia Assistiva (TA) (ANDRADE; PEREIRA, 2009).
Algumas outras terminologias, além de Tecnologia Assistiva, são utilizadas para definir
os recursos tecnológicos especializados ou equipamentos de ajuda como: Tecnologia de
Assistência (CIF/OMS), Tecnologia de Apoio (Comissão Européia/EUSTAT) e Ajudas Técnicas
(Ministério da Saúde) (ROCHA; CASTIGLIONI, 2005).

4.1. O idoso e o computador

Atenção
Para que a pessoa idosa esteja integrada ao mundo digital é preciso uma
investigação dos aspectos de acessibilidade e usabilidade visando
melhores resultados em termos de facilidade no uso de computadores. Para
tanto, temos que tirar proveito das habilidades e capacidades já incorporadas
e que são utilizadas no cotidiano.

Atenção ao Idoso - Unidade 3 - Alimentação, Sistema Estomatognático 15


e Aspectos Psicossociais da Pessoa Idosa
O primeiro desafio que tem que ser vencido é o da acessibilidade. Muitos idosos se
tornam reticentes ao uso da máquina por se acharem incapazes de manuseá-la e necessitam
do convencimento de que é possível. Para tanto, a demonstração do mundo virtual e da
quantidade de benefícios que este proporciona pode ser um caminho para ¨quebrar o
gelo¨. Além do acesso a uma máquina, principal entrave por questões financeiras, aquele
relacionado à Internet e à Web como acesso a chats, e-mail, a equipamentos e programas
adequados e à forma alternativa de conteúdo e apresentação da informação devem ser
considerados quando o usuário é uma pessoa idosa (FERREIRA et al. 2008).

Uma vez derrubado o preconceito existente entre o idoso e computador, nos deparamos com
o segundo desafio: a usabilidade. A facilidade que um usuário tem em interagir com uma
interface, a rapidez e a aplicabilidade de um produto promovem sua usabilidade (FERREIRA
et al. 2008). Para que esta seja garantida, devemos recorrer à Tecnologia Assistiva visando
à criação de ferramentas adaptativas para aqueles com dificuldades funcionais, onde a
ergonomia também deve ser considerada.

Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (IBGE, 2015), a proporção de


domicílios brasileiros com a utilização da Internet feita pela própria pessoa por meio de
computador de mesa ou portátil foi de 40,5%. Em 2015, 31,4 milhões de domicílios possuíam
microcomputador sendo que, desse total, 27,5 milhões de unidades domiciliares tinham
computador com acesso à Internet. Os dados sobre a prevalência de idosos que utiliza a
Web no Brasil são controversos. Países europeus como Dinamarca, Suécia e Noruega são os
que concentram o maior percentual de idosos usuários da Internet. Na Escandinávia mais da
metade da população idosa está conectada à Web.

A internet minimiza os aspectos psicossociais que estão associados ao envelhecimento,


como depressão, solidão, isolamento social e alienação e traz mudanças significativas, como
valorização pessoal, comunicação, informação e lazer. Contudo, ela é mais importante para
aqueles que possuem rede de contatos sociais restrita, podendo até prejudicar aqueles que
possuem uma rede ampla. O idoso está cada vez mais engajado nas redes sociais como
Facebook e Twitter, além da participação em cursos por Educação a Distância (EaD), o
que possibilita a manutenção da cognição (VERONA et al. 2006; MIRANDA; FARIAS, 2009). Na
atualidade, o Whatsapp é uma ferramenta de comunicação que tem tido enorme aceitação
entre pessoas de todas as faixas etárias indistintamente.

Para inclusão digital do idoso fatores como a diminuição da velocidade de trabalho e dos recursos
cognitivos para que sejam processadas as informações, além das dificuldades sensoriais como
visão e audição, devem ser considerados, contudo tal inclusão é necessária (DOLL; MACHADO,
2011). Para Franco e Souza (2014), a desmotivação de muitos idosos em se inserirem no mundo
informatizado ocorre por acharem um obstáculo, pela não percepção da importância da
inclusão digital e por considerarem que as tecnologias eletrônicas foram feitas para os jovens e
não para eles. Esses conceitos devem ser rompidos e a ajuda da família é fundamental.
Atenção ao Idoso - Unidade 3 - Alimentação, Sistema Estomatognático 16
e Aspectos Psicossociais da Pessoa Idosa
4.2. Tecnologias assistivas

Segundo Radabaugh (1993, p.1), ¨para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as
coisas mais fáceis; para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”.
O termo Tecnologia Assistiva (Assistive Technology) foi criado em 1988, nos Estados
Unidos, como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana, sendo
utilizada a terminologia de Ajudas Técnicas em espanhol e Tecnologias de Apoio em Portugal.
Em 2006, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República,
instituiu o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) e, a partir de pesquisas das terminologias
relacionadas com a Tecnologia Assistiva citadas anteriormente, definiu-a, em 2007, como
uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade,
relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão
social.” (CORDE, 2007, p.3; BRESCH, 2017).

Segundo Schirmer et at. (2007), as Tecnologias Assistivas podem ser categorizadas em:
auxílios para a vida diária e vida prática; comunicação aumentativa e alternativa; recursos de
acessibilidade ao computador; sistemas de controle de ambiente; projetos arquitetônicas para
acessibilidade; adequação postural (posicionamento para função); auxílios de mobilidade;
recursos para cegos ou para pessoas com visão subnormal; recursos para surdos ou pessoas
com déficit auditivo e adaptações de veículos. As órteses e próteses também podem ser
incluídas (SILVA, 2011; BRESCH, 2013).

Auxílios para a vida diária e vida prática

A Tecnologia Assistiva que leva em consideração o auxílio para a vida diária consiste na
confecção de materiais e produtos que venham a auxiliar nas AVDs em tarefas como vestir-se,
tomar banho, executar necessidades pessoais, comer, cozinhar, dentre outras. Os objetivos
são proporcionar funcionalidade, conforto e segurança ao idoso e adaptações como
engrossar talheres e escovas de dentes visando a melhora da preensão, elevar o assento do
vaso sanitário e utilizar tapetes emborrachados. São artifícios que melhoram a realização das
AVDs (SILVA, 2011).

Comunicação aumentativa e alternativa

Comunicação aumentativa e alternativa refere-se a todos os recursos, técnicas e estratégias


que possam complementar, suplementar e/ou substituir, temporária ou permanentemente,
a comunicação e interação de indivíduos que sejam impedidos ou tenham dificuldade na
produção oral da fala (BRANCALIONI, 2011).

É importante que a família esteja envolvida na escolha. Vocalizadores, pranchas de


comunicação e softwares são utilizados para este fim, sendo o Sistema Bliss de Comunicação,

Atenção ao Idoso - Unidade 3 - Alimentação, Sistema Estomatognático 17


e Aspectos Psicossociais da Pessoa Idosa
desenvolvido de 1942 a 1965 por Charles K. Bliss, e o Sistema Pictográfico de Comunicação (PCS),
desenvolvido por Roxana Mayer, em 1981, os dois principais sistemas de comunicação alternativa.
O sistema PCS encontra-se disponível no software Boardmaker (DELIBERATO, 2007; SILVA, 2011).

Recursos de acessibilidade ao computador

Softwares e hardwares especiais de acessibilidades têm sido desenvolvidos para todo tipo
de indivíduo com incapacidade funcional, sejam idosos ou não. Além dos programas com a
finalidade de viabilizar a interação com a máquina como o Dos-Vox e o Virtual Vision (software
para deficientes visuais e físicos), adaptações de hardware como acionadores, ponteiras e
teclados adaptados como a máscara de teclado ou colmeia têm sido largamente utilizados,
bem como variados tipos de órteses e próteses (GALVÃO FILHO; DAMASCENO, 2002).

Sistemas de controle de ambiente

Os sistemas de controle de ambiente são equipamentos que permitem uma interação do


indivíduo, incapaz ou limitado fisicamente com o meio através de dispositivos eletrônicos
de controle de iluminação, de aparelhos de segurança e eletrodomésticos, fazendo com
que ele possa abrir e fechar uma porta, acender e apagar a luz, receber e fazer chamadas
telefônicas, dentre tantas outras ações (SILVA, 2011).

Projetos arquitetônicos para acessibilidade

A Norma Brasileira 9050/2015 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

Atenção
“visa proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura
do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos à
maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura
ou limitação de mobilidade ou percepção. A Norma estabelece critérios e
parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção,
instalação e adaptação do meio urbano e rural e de edificações às condições
de acessibilidade” (ABNT/NBR 9050: 2015, p.1).

Os projetos arquitetônicos para acessibilidade devem proporcionar condições de mobilidade


com autonomia e segurança. Para tanto, as barreiras físicas existentes em calçadas, banheiros
e nos edifícios devem ser eliminadas e a construção de rampas, elevadores e banheiros
adaptados, que facilitem o acesso de pessoas com dificuldade de mobilidade, às quais estão
incluídas os idosos, devem ser construídos obedecendo a NBR 9050. Contudo, infelizmente, a
fiscalização é ineficaz e construções, tanto em prédios públicos como privados, são finalizadas
de forma desrespeitosa à lei.

Atenção ao Idoso - Unidade 3 - Alimentação, Sistema Estomatognático 18


e Aspectos Psicossociais da Pessoa Idosa
Adequação postural (posicionamento para função)

Quando levamos em consideração a Tecnologia assistiva para a adequação postural, a


postura sentada é a que possui mais recursos, visto que os problemas de mobilidade são os
que mais afetam a pessoa idosa levando-os à utilização de cadeiras de rodas. Adaptações nos
assentos e encostos são as principais inovações e a individualidade dos dispositivos é o que
mais caracteriza a Tecnologia Assistiva para este fim (WATSON; WOODS, 2005).

Auxílios de mobilidade

A mobilidade está diretamente ligada à independência e à autonomia, e a diminuição


ou impossibilidade de se locomover acarreta uma baixa auto-estima e problemas psicológicos
na pessoa idosa. Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, triciclos, andadores, scooters e vários
outros dispositivos que auxiliam na mobilidade são indispensáveis para a melhoria da qualidade
de vida daqueles com deficiência física (SILVA, 2011). Intervenções nos equipamentos podem
ser realizadas através de transformações específicas nos acessórios e almofadas originais que
podem ser projetados de forma personalizada, envolvendo o trabalho multiprofissional entre
técnicos especializados e o terapeuta ocupacional (CAMPOS, 2013).

Recursos para cegos ou para pessoas com visão subnormal

Segundo Bresch (2013), os equipamentos que visam uma maior independência para pessoas
cegas ou com baixa visão incluem lentes, lupas, os softwares leitores de tela, leitores de
texto, ampliadores de tela, além de hardwares como as impressoras braile, lupas e
agendas eletrônicas.

Para Bonatti (2006), 80% dos casos de baixa visão são de pessoas com mais de 60 anos,
tornando-se o terceiro problema crônico do idoso em ordem de importância e a magnificação
ou ampliação da imagem para indivíduos com baixa visão podem ocorrer com o auxílio de
recursos que podem ser divididos em 3 grupos: para perto (lupas manuais, lupas de apoio,
óculos com adições especiais e telemicroscópios); para longe (sistemas telescópicos, que
podem ser monoculares ou binoculares) e os sistemas de videomagnificação ou CCTV (closed
circuit television), utilizados para a ampliação da imagem projetada através da tela da televisão.

Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo

Às alterações auditivas que acompanham o processo de envelhecimento dá-se o nome de


presbiacusia e caracteriza-se por uma perda auditiva neurossensorial simétrica e bilateral
(KATZ, 1989). A dificuldade em se comunicar pode gerar distúrbios psicossociais e a forma dos
familiares e cuidadores em manter a comunicação com o idoso deve ser reformulada. Alguns
equipamentos podem ser utilizados como aparelhos para surdez e sistemas com alerta táctil-
visual, além de telefones com teclado-teletipo (TTY).

Atenção ao Idoso - Unidade 3 - Alimentação, Sistema Estomatognático 19


e Aspectos Psicossociais da Pessoa Idosa
Adaptações de veículos

Para que um idoso com mobilidade reduzida ou cadeirante possa ser transportado com
segurança ou dirigir, se ainda estiver em condições, devem ser feitas adaptações veiculares.
Elevadores, tanto em transporte particular como público, aceleradores manuais, volantes
adaptados, freios com alavanca e comandos elétricos por controle remoto são algumas das
tecnologias que possibilitam a utilização de veículos (SILVA, 2011).

Órteses e Próteses

Para melhorar a capacidade funcional de um indivíduo, podem ser confeccionadas as


chamadas próteses e órteses. Próteses são ¨objetos que substituem um segmento de membro
amputado ou, total ou parcialmente, uma articulação ¨. Enquanto as órteses são ¨dispositivos
que favorecem o posicionamento mais adequado do aparelho locomotor¨ (BRASIL, 2013,
p.29,30). As órteses ficam acopladas ao corpo e têm variadas funções como auxiliares na
mobilidade (cadeira de rodas, andadores, bengalas, muletas ou órteses dinâmicas para
paralisia periférica da mão), nas funções manuais e nas correções posturais (coletes). Já as
próteses de membros superiores e inferiores têm tido um avanço tanto funcional como
estético (TROMBLY; RADOMSKI, 2005; SILVA, 2011; BRESCH, 2013). O item órteses e próteses
poderia estar contido em outras categorias.

A utilização dos recursos tecnológicos deve ser uma constante durante o processo de
envelhecimento para que as barreiras enfrentadas pelo corpo tenham mais possibilidades de
serem ultrapassadas e a qualidade de vida, auto-estima, independência e autonomia não se
percam com o tempo.

Chegamos ao fim do nosso conteúdo Teórico de Atenção ao Idoso! Rico e esclarecedor todo
o conteúdo estudado, não é mesmo?

Aqui, na Unidade 3, você teve a oportunidade de estudar sobre Nutrição da pessoa idosa,
Saúde bucal do idoso, Aspectos psicossociais do envelhecimento e também estudou a
relação entre a Pessoa idosa e as Novas tecnologias assistivas!

Também Acompanhou a história de Helena, Beatriz e Eduardo que ajudaram a ilustrar um


pouco de como funciona a vida de um idoso e quais cuidados você deve ter atenção para
com uma pessoa idosa.

Realize todas as atividades propostas e bons estudos!

Atenção ao Idoso - Unidade 3 - Alimentação, Sistema Estomatognático 20


e Aspectos Psicossociais da Pessoa Idosa
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