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26/04/2023, 17:31 Envelhecimento, autonomia e capacidade funcional

Envelhecimento, autonomia e capacidade funcional


Aline Monteiro

Descrição

A geriatria como forma preventiva ao envelhecimento, a autonomia e a capacidade funcional dos idosos.

Propósito

Os conceitos de geriatria e sua aplicação para melhoria da capacidade funcional dos idosos estão
intimamente relacionados com a saúde, o bem-estar e o direito à cidadania do idoso e trazem importantes
discussões a respeito da autonomia e da criação de políticas públicas para a terceira idade.

Objetivos

Módulo 1

A nova pirâmide etária


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Analisar o envelhecimento e a nova pirâmide etária, assim como seus aspectos relacionados à
expectativa de vida e aos direitos do idoso.

Módulo 2

Autonomia do idoso

Relacionar a autonomia e a capacidade funcional do idoso.

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meeting_room
Introdução
Neste conteúdo, vamos conhecer o processo de envelhecimento, a autonomia do idoso, seus direitos e
também a avaliação funcional, partindo do princípio de que o envelhecimento é um processo natural,
progressivo e irreversível, que traz alterações fisiológicas, comportamentais, morfológicas, bioquímicas,
além do aparecimento de algumas doenças.

Vale ressaltar que o desempenho funcional do indivíduo declina de forma progressiva após os 30 anos de
idade, visto que há alterações no processo fisiológico do próprio envelhecimento.

Ainda, é importante lembrar que a população vem vivenciando o processo de envelhecimento em todos os
países desenvolvidos e em desenvolvimento, ou seja, ao estudar esses países verificamos que estão
passando por uma transição demográfica importante com o aumento considerável da população idosa.
Quando falamos em população idosa, estamos nos referindo aos indivíduos com mais de 65 anos de idade
nos países desenvolvidos e com mais de 60 nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.

Neste conteúdo também será abordada a política de atenção prioritária ao idoso e sua expectativa de vida.

Vamos iniciar falando sobre o conceito de envelhecimento. Bom estudo!

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1 - A nova pirâmide etária


Ao final deste módulo, você será capaz de analisar o envelhecimento e a nova pirâmide
etária, assim como seus aspectos relacionados à expectativa de vida e aos direitos do idoso.

Envelhecimento
O envelhecimento é inevitável e ocorre em todas as pessoas por meio de um processo natural e dinâmico
que se dá de forma contínua e progressiva.

Podemos afirmar que o envelhecimento humano é uma característica marcada pela presença de algumas
alterações. As mais comuns são as comportamentais, psicológicas, morfológicas, fisiológicas e
bioquímicas, que podem levar a uma diminuição na adaptação do idoso ao ambiente em que está inserido.

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Quer ver um exemplo de como a adaptação pode interferir na vida do idoso?

Exemplo
Essa adaptação está relacionada a um simples processo de conseguir, por exemplo, alimentar-se sozinho,
pois quando o idoso não consegue fazer isso fica mais vulnerável à perda de peso, podendo evoluir para
um quadro de desnutrição, além de contribuir para o aparecimento de doenças.

A redução do consumo de alimentos pode gerar sérias complicações como o surgimento de deficiências
nutricionais que, por sua vez, desencadeiam o comprometimento do estado nutricional, tornando o idoso
mais fragilizado.

Nesse cenário, o papel do nutricionista é de grande importância não apenas no manejo da doença ou na
terapia nutricional clínica, mas também no foco no estilo de vida saudável e na atuação na prevenção de
doenças.

Sabe-se que as necessidades de nutrientes mudam com o envelhecimento. Veja alguns exemplos.

Energia expand_more

A taxa metabólica basal diminui com a idade em virtude das alterações na composição corporal.

Proteínas expand_more

O consumo de proteínas deve ser de no mínimo de 0,8g/kg peso corporal para uma boa
manutenção da massa magra.

Vitaminas expand_more

Vitaminas do complexo B ganham ainda mais importância como a vitamina B12, por exemplo, que
deve ser consumida diariamente na dosagem de 2,4mg, pois o idoso apresenta maior risco de
redução da absorção dessa vitamina por causa das alterações fisiológicas que ocorrem, como a
hipocloridria.

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Importante ressaltar que existem outros exemplos relacionados às necessidades de nutrientes no


envelhecimento.

Quando se estuda o processo de envelhecer, observa-se a existência de várias explicações para o que
chamamos de teorias do envelhecimento, sendo que a mais utilizada é a teoria do telômero.

Saiba mais

Essa teoria é baseada, especificamente, no funcionamento dos telômeros: quanto maior o comprimento
dos telômeros, menos acelerado será o processo de envelhecimento, e quanto menor o comprimento dos
telômeros, mais rápido será esse processo.

O envelhecimento também traz desafios relacionados ao planejamento das políticas públicas e ao próprio
envelhecimento populacional, visto que, segundo a Organização Mundial da Saúde, haverá no século XXI
um aumento considerável das demandas sociais e econômicas em todo o mundo.

Definição de gerontologia e geriatria


Quando se estuda o envelhecimento, duas palavras são muito abordadas: a gerontologia e a geriatria. Você
sabe o significado de cada uma delas? Vamos ver a seguir.

Gerontologia

É o estudo do envelhecimento natural e abrange os aspectos biológicos, sociológicos e psicológicos.


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Geriatria

É a área que estuda doenças crônicas que estão intimamente relacionadas com o processo de
envelhecimento, abrangendo o diagnóstico e o tratamento.

Veremos agora com mais detalhes cada um desses conceitos.

Gerontologia
Gerontologia, no campo científico e profissional, relaciona-se às questões do envelhecimento com o
objetivo de explicar todo o processo de envelhecer, nos mais diversos aspectos, oferecendo um olhar multi
e interdisciplinar.

Curiosidade
A Gerontologia visa prevenir e garantir a melhor qualidade de vida para o paciente idoso e, por isso,
diversos profissionais, além do médico, podem se especializar em Gerontologia: profissionais da área de
terapia ocupacional, nutrição, direito, psicologia e serviço social.

A atuação de cada um deles tem como meta a prevenção dos problemas comuns que afetam direta ou
indiretamente o idoso por meio de várias medidas de intervenção que detectam tais problemas
precocemente.

Além disso, esses especialistas atuam em favor de condições adequadas para um melhor envelhecimento,
auxiliando na criação de condições ambientais que ofereçam mais qualidade de vida ao idoso e propondo,
quando necessário, intervenções e cuidados para promover a dignidade do indivíduo até o último dia de sua
vida.

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Entre as áreas dos profissionais que se especializam em Gerontologia, constam também a área de ensino,
pesquisa, educação comunitária, promoção de saúde, controle e tratamento de doenças, reabilitação, apoio
psicológico, educação, segurança e defesa de direitos.

Geriatria
Geriatra é o profissional médico que fez a especialização para cuidar de pessoas idosas. É considerada
uma especialidade médica que se integra à área de Gerontologia, cujo principal objetivo é atender às
necessidades de promoção da saúde e prevenção e tratamento de doenças, incluindo a reabilitação
funcional e os cuidados paliativos.

A geriatria envolve desde a promoção de um envelhecer de forma saudável até o tratamento e a


reabilitação do idoso.

Saiba mais
O médico que se especializa nessa área aprende a lidar com diversos tipos de doenças do idoso, por
exemplo, demência, diabetes, osteoporose, bem como tontura, tendência a quedas, incontinência urinária
etc., oferecendo inclusive cuidados paliativos para pacientes com doença incurável.

O Geriatra procura trabalhar sempre com uma equipe multidisciplinar, proporcionando à população idosa
longevidade com qualidade de vida melhor.

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Demografia - estrutura da pirâmide etária


Atualmente, sabe-se que a população mundial vem passando por um processo de envelhecimento, sendo
que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, essa taxa vem crescendo de forma bem acelerada.
Isso revela uma importante mudança no perfil demográfico e na estrutura etária populacional brasileira,
atrelada à elevação da expectativa de vida da população.

Até o ano de 1970, o Brasil tinha um perfil bem diferente do atual: a sociedade estava mudando e passando
de uma composição familiar rural e bastante numerosa, com alto risco de morte na infância, para uma
sociedade mais urbana e com menor número de filhos.

A partir de 1970, a população passou a ser predominantemente jovem, bem diferente dos dias atuais.

Comentário
A transição demográfica se iniciou com a redução de taxas de mortalidade e progressão das taxas de
natalidade, resultando, assim, em um impacto significativo na estrutura etária da população.

Entre 2008 e 2009, a população com mais de 60 anos apresentou crescimento em torno de 3,3%,
representando cerca de 697 mil pessoas.

Segundo o censo brasileiro (IBGE, 2011) do ano de 2010, a população brasileira idosa deve passar de 14,9
milhões (em torno de 7,4% do total) para 58,4 milhões (em torno de 26,7% do total) em 2060.

O cenário atual é de aumento da taxa de crescimento da população adulta, com destaque para a população
idosa, e redução das taxas de coeficientes de fecundidade e mortalidade, cuja explicação está no controle
das taxas de natalidade, com o uso de pílulas anticoncepcionais, bem como na melhoria das condições de
vida em virtude da alimentação, da moradia e de avanços da medicina, com novas técnicas de diagnóstico,
tratamentos precoces, vacinas e medicamentos.

Os fatores citados contribuem para o aumento da expectativa de vida e para a alteração na estrutura etária
da população, representada com uma base da pirâmide mais estreita que vai se alargando para cima, em

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comparação com os anos anteriores.

Gráfico: População brasileira idosa e muito idosa por sexo, Brasil, 1940, 1960, 1980 e 2000.

Quando comparados os sexos masculino e feminino, observa-se que as mulheres apresentam expectativa
de vida maior do que os homens, resultando em um número maior de mulheres idosas. Uma das
explicações está na taxa mais elevada de mortes na população jovem do sexo masculino.

O artigo de Brito (2008) menciona uma projeção da população brasileira para o ano
de 2050 de 253 milhões de habitantes, ou seja, a quinta maior população do
planeta, ficando abaixo somente de Índia, China, Estados Unidos e Indonésia.

Conforme a população vai envelhecendo, traz consigo um aumento de problemas de saúde. Esse é um dos
grandes desafios que os sistemas de saúde e previdência social devem lidar.

Comentário

Vale lembrar que envelhecer não significa adoecer necessariamente. O país deve buscar cada vez mais a
compreensão do envelhecimento populacional para manter a população idosa independente e integrada
nos âmbitos social e econômico.

Dados do IBGE demonstram que havia no país, no ano de 2010, cerca de 20,5 milhões de idosos, sendo 39
para cada grupo de 100 jovens. Com o crescimento do número de idosos em relação à população jovem, a
relação estimada é de 153 idosos para cada 100 pessoas com menos de 15 anos.

Mais um estudo, de Miranda et al. (2016), demonstra o aumento do número de idosos brasileiros:
evidenciou-se um crescimento em torno de 40,3% entre os anos de 2002 e 2012, conforme mostra a tabela
a seguir.

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ANO Idosos

População Benefícios ativos Valor atualizado (R$)*

2002 14.887.348 10.112.887 5,52

2003 15.050.492 10.526.480 6,27

2004 15.212.532 11.184.357 6,68

2005 15.581.260 11.652.478 7,29

2006 15.769.169 12.165.960 8,18

2007 18.204.829 12.674.963 8,74

2008 18.761.039 13.288.644 9,31

2009 19.428.086 13.890.631 10,25

2010 20.590.599 14.495.960 11,73

2011 20.742.226 15.045.858 12,33

2012 20.889.849 15.707.685 13,57

* Valor atualizado em bilhões

Tabela: Evolução da população, número e valor atualizado dos benefícios ativos de idosos brasileiros entre 2002 e 2012.
Adaptado de: Miranda et al., 2016.

Nesse mesmo período, o estudo revelou também um acréscimo significativo no número de benefícios
ativos, cujo percentual aumentou em 55,3%, apresentando crescimento significativo em valores, que
representa quase 146% nos gastos públicos.

Conforme o número de idosos cresce, surge uma nova realidade demográfica, que exige do sistema de
saúde uma capacidade de resposta às demandas atuais e futuras. Além disso, os idosos podem adquirir
doenças, incapacidades e até sequelas fazendo com que o sistema de saúde tome ações.

A tabela seguir aponta os resultados relacionados às taxas de morbidade e mortalidade do perfil


epidemiológico da sociedade brasileira. Nela, constam as causas responsáveis pela morbidade no âmbito
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hospitalar da rede pública entre os idosos no Brasil.

Capítulo CID-10 1998 2001 2004

Doença do
aparelho 4.704,5 4.429,7 4.437,6
circulatório

Neoplasias
767,7 754,4 1.111,0
(tumores)

D. do aparelho
3.639,1 2.908,8 2.919,8
respiratório

D. endócrinas
Nutricionais e 773,8 805,2 743,9
metabólicas

Causas externas 632,1 653,7 728,4

*Taxas padronizadas por 100.000 idosos. Calculada com base nas internações realizadas no Sistema Único de Saúde. CID-10 = 10ª Revisão da
Classificação Internacional de doenças.
Tabela: Taxas* de mortalidade dos idosos brasileiros segundo capítulos da CID-10 entre 1998 e 2013.
Adaptado de: Miranda et al., 2016.

Observamos que houve redução do número de internações hospitalares quando relacionadas aos
aparelhos circulatório, respiratório e doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.

Por que será que isso acontece?

Resposta
A explicação para esses resultados pode estar na ampliação dos serviços de atenção básica no Brasil e na
melhora de sua qualidade.

Mas quando se avalia o número de pacientes com câncer/neoplasia e outras causas externas, observa-se
um aumento importante, o que reforça um quadro heterogêneo no nosso país. Atualmente, a prioridade do
Brasil está nas doenças crônicas não transmissíveis, e o país vem realizando importantes políticas com
ações preventivas.

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Os números mencionados na tabela demonstram quantos desafios o Brasil ainda tem pela frente com o
envelhecimento populacional, visto que o país já apresenta número considerável de idosos e, nos próximos
anos, esse número ainda crescerá, demandando ainda mais do serviço público especializado.

Resumindo
É de grande importância que haja intervenções integradas para assegurar todo o cuidado relacionado às
doenças crônicas, levando em consideração o fortalecimento e a promoção do envelhecimento saudável
da população.

video_library
O envelhecimento e a importância da atuação do
profissional de nutrição
Com a palavra, a especialista Aline Monteiro, que abordará o envelhecimento e destacará a importância da
atuação do profissional de nutrição.

Saúde, direitos e cidadania do idoso


A proteção do idoso é um direito social, portanto, é obrigação da sociedade e do Estado garantir a
efetivação desse direito de forma digna, lembrando que ao Estado cabe a elaboração e implementação de
políticas públicas. O artigo 8º da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, estabelece os direitos do idoso.

Atenção!

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O Estatuto do Idoso visa regular e garantir os direitos assegurados a todas as pessoas com idade igual ou
superior a 60 anos. Nele constam questões familiares, violência contra o idoso e aspectos relacionados à
saúde.

O artigo 2º do Estatuto do Idoso diz:

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,


sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe,
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

(LEI Nº 10.741/2003)

Veja também o que dispõe o artigo 3º dessa lei:

É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com


absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura,
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária.
§ 1º A garantia de prioridade compreende: (Redação dada pela Lei nº 13.466, de 2017):
I - atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados
prestadores de serviços à população;
II - preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
III - destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
IV - viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as
demais gerações;
V - priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento
asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria
sobrevivência;
VI - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na
prestação de serviços aos idosos;
VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
VIII - garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais e

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IX - prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765, de


2008).
§ 2º Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos maiores de 80 anos, atendendo-se
suas necessidades sempre preferencialmente em relação aos demais idosos. (Incluído pela Lei nº
13.466, de 2017).

(LEI Nº 10.741/2003)

Os direitos fundamentais do idoso nos âmbitos mental, físico, financeiro, social e de saúde são
assegurados pela legislação, mas é de grande valia que os idosos saibam quais são os seus direitos.

Um estudo publicado em 2010, realizado com 63 idosos em São Paulo, teve como objetivo identificar o
conhecimento dos idosos sobre seus próprios direitos e verificar se esses direitos eram ainda respeitados.
Como resultado, temos:

31 idosos (49,2%) responderam que conheciam seus direitos.

11 idosos (17,5%) relataram que conheciam alguns direitos.

19 idosos (30,2%) afirmaram não conhecer seus direitos.

1 idoso (1,6%) não respondeu.

1 idoso (1,6%) não se lembrava.

Os direitos mais conhecidos pelos idosos nessa entrevista estão representados na tabela a seguir.

Área Direitos citados n %

Gratuidade 21 50

Assentos
Direitos relativos ao 12 28,6
preferenciais
transporte

Passagem
4 9,5
interestadual

Prioridade no Prioridade no
16 38,1
atendimento atendimento

Direito à saúde
Direito à saúde 9 21,4

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Área Direitos citados n %

Vacina da gripe 2 4,8

Respeito 6 14,3

Aposentadoria 5 11,9

Proteção contra maus


4 9,5
tratos

Meia entrada 3 7,1

Direitos fundamentais Lazer 2 4,8

Educação 1 2,4

Alimentação 1 2,4

Liberdade 1 2,4

Participação nos
movimentos dos 1 2,4
idosos

Não responderam 1 2,4

Alguns idosos citaram mais de um direito.


Tabela: Direitos citados pelos 42 idosos (do estudo que abrangeu 63 idosos) que disseram conhecer os seus direitos.
Adaptado de: Miranda et al., 2010.

A Cartilha do Idoso, documento que pode ser acessado pela internet, é como uma ferramenta de apoio
judicial para o idoso, pois é possível tirar muitas dúvidas sobre os direitos desse público. Os principais
objetivos da Cartilha são:

Garantir a efetiva aplicação e cumprimento do Estatuto do Idoso.

Prover a comunidade do Distrito Federal de informações sobre os direitos dos idosos, com vistas a
assegurar o seu cumprimento por toda a sociedade.

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Realizar pesquisas sociais, estatísticas, seminários e campanhas educativas para prevenir a violência e
os maus-tratos contra os idosos.

Promover a articulação com as diversas instituições governamentais e não governamentais, visando a


ações de parceria para o atendimento das demandas apresentadas pela população idosa.

Assessorar as autoridades competentes nos encaminhamentos oriundos dos juízes do TJDFT, do MPDFT
e do CEAJUR, em que figurem como parte idosos que sejam vítimas de violência e/ou em situação de
risco.

Para conhecer um pouco mais sobre os direitos dos idosos, consulte a Cartilha Direitos Humanos das
Pessoas Idosas, que tem como base as leis nº 13.466/2017 e nº 13.535/2017.

Alguns direitos do idoso são: direito à profissionalização, ao trabalho, à previdência e assistência social, à
habitação e ao transporte, entre outros. Todos podem ser encontrados na íntegra na Cartilha Direitos
Humanos das Pessoas Idosas.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O que significa a palavra gerontologia?

A É a palavra que define o estudo do envelhecimento precoce.

B É a atuação do profissional nutricionista no tratamento de doenças neurológicas.

É o estudo do envelhecimento natural nos aspectos psicológicos, sociológicos e


C
biológicos.

D É a relação com o estudo de doenças metabólicas.

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E É a relação com o estudo de doenças crônicas.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Gerontologia significa o estudo do envelhecimento, um dos temas mais importantes da atualidade em


virtude do aumento da expectativa de vida humana. É o estudo do envelhecimento natural, sendo de
extrema importância o acompanhamento do processo de envelhecimento de uma pessoa para
proporcionar mais qualidade de vida em termos de saúde física, psicológica e biológica.

Questão 2

Quando estudamos a população brasileira, observamos que ela vem passando por diversas
transformações. Assinale a resposta correta:

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, as taxas de envelhecimento estão


A estagnadas favorecendo assim um aumento significativo das demandas sociais e
econômicas em todo o mundo no século XXI.

Quando se avalia os países em desenvolvimento, observa-se uma demanda


B significativa no setor público de saúde, visto que está ocorrendo redução do número de
idosos nesses países, diferentemente dos países já desenvolvidos.

Atualmente, a taxa de natalidade vem tendo aumento significativo nos países em


C
desenvolvimento e podemos definir esta fase como baby boomers.

Os países em desenvolvimento como o Brasil vêm passando por transformações que


D demandam mais do setor de saúde pública devido ao aumento significativo da
população idosa.

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O Brasil está passando por diversas transformações como o aumento do número de


E
idosos e de recém-nascidos.

Parabéns! A alternativa D está correta.

O envelhecimento populacional que o Brasil está enfrentando acarreta alguns impactos, por exemplo,
problemas na saúde que desafiam os sistemas de saúde e de previdência social. Atualmente, os
países em desenvolvimento, como o Brasil, estão passando por transformações que demandam mais
do setor de saúde público em virtude do aumento significativo da população idosa.

2 - Autonomia do idoso
Ao final deste módulo, você será capaz de Ao final deste módulo, você será capaz de
relacionar a autonomia e a capacidade funcional do idoso.

Avaliação funcional
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Sabe-se que após a terceira década de vida ocorre uma redução da capacidade funcional dos indivíduos
em virtude do aparecimento do próprio processo de envelhecimento. Muitas vezes, limitações funcionais
apresentam maior repercussão na vida diária de um idoso do que as próprias doenças crônicas.

Diagnosticar e tratar as morbidades peculiares produz benefícios em qualquer faixa etária, principalmente
em idosos. Isso inclui detectar o mais precocemente possível deficiências visuais e auditivas, disfunção de
membros superiores e inferiores com aumento do risco de quedas, sintomas depressivos, incontinência
urinária, déficits cognitivos e prejuízos nas atividades instrumentais e básicas da vida diária.

Saiba mais
A capacidade funcional representa um indicador muito importante, intimamente relacionada com o grau de
independência do indivíduo idoso. A avaliação dessa capacidade se dá por meio da competência em
realizar atividades básicas da vida diária, conhecidas pela sigla AVD, e atividades instrumentais de vida
diária, representadas por AIVD. Os instrumentos utilizados para essas avaliações são o índice de Katz e a
escala de Lawton e Body.

O Ministério da Saúde (MS) elaborou um importante instrumento para a avaliação do indivíduo idoso na
Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa: o Vulnerable Elders Survey (VES-13), ou seja, pesquisa de idosos
vulneráveis. Trata-se de um instrumento simples e eficaz na identificação do indivíduo idoso que apresenta
risco aumentado de declínio funcional ou morte em um período de dois anos.

A aplicação do VES-13 é de grande vantagem por ser considerado curto e de fácil


utilização, contemplando 13 itens como: idade, saúde autorreferida, capacidade
física e também a capacidade funcional e seu score, que pode variar entre 0 e 13
pontos. Uma pontuação igual ou maior que 3 é definida como ponto de corte para
classificar o indivíduo como vulnerável (TAVARES et al., 2012).

A condição de vulnerabilidade da pessoa idosa e o sedentarismo contribuem para um risco maior de


desenvolvimento de incapacidades em atividades instrumentais de vida diária, uma vez que a inatividade
física agrava a condição de vulnerabilidade tornando o idoso menos apto em relação à condição
cardiorrespiratória, muscular, de saúde óssea e funcional.

A Organização Mundial de Saúde aponta a importância da prática diária de atividade física, que inclui
também atividades recreativas ou de lazer e de transporte, como bicicleta e caminhada. É relevante
também o envolvimento ocupacional (se o indivíduo ainda trabalha ou não), inclusive em tarefas
domésticas, e a realização de esportes e exercícios planejados, no contexto das atividades cotidianas,
comunitárias e familiares (TAVARES et al., 2012).

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Vale destacar que, quanto mais ativo for o idoso, com maior frequência de atividades físicas, menor o risco
para o desenvolvimento de incapacidade em atividades instrumentais de vida diária e atividades básicas da
vida diária.

Saiba mais
Estudos populacionais mencionam que idosos com baixo nível socioeconômico e presença de fatores de
risco, como doenças crônicas, inatividade física, alto consumo de álcool e tabaco, além da obesidade,
tiveram maior perda de capacidade funcional.

Aqueles que relatavam satisfação com a vida apresentaram reflexo nas atividades instrumentais de vida
diária, pois quanto mais satisfeitos estavam, menor era a prevalência de incapacidade funcional. Outro
fator que implica o declínio funcional nas atividades instrumentais de vida diária da pessoa idosa é a
ocorrência de hospitalização.

Podemos observar a importância de se conhecer a condição de vulnerabilidade dos indivíduos idosos, visto
que há um impacto na saúde e consequentemente no declínio funcional, que poderá contribuir para o
isolamento social do idoso e para maior dependência em relação a cuidados, a limitações físicas, ao
financeiro, entre outras situações.

Resumindo
Como já foi dito, o envelhecimento é uma alteração que ocorre em todos os indivíduos, trata-se de um
processo biológico natural que envolve alguns declínios nas funções fisiológicas, orgânicas e metabólicas
e que, muitas vezes, as limitações funcionais apresentam maior repercussão na vida cotidiana de um idoso
do que as próprias doenças crônicas.

video_library
Definição de capacidade funcional
Veja neste vídeo a apresentação e explicação da especialista Aline Monteiro sobre capacidade funcional.

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Qualidade de vida
Qualidade de vida pode ser definida como uma sensação de felicidade e satisfação pela vida e o meio onde
se vive. A qualidade de vida está envolvida diretamente com a saúde e a sensação de saúde mental e física,
juntamente com a habilidade de interagir com o ambiente e outros fatores físicos e sociais.

Como podemos avaliar essa qualidade de vida?

Resposta

A qualidade de vida pode ser avaliada pela saúde, por meio de escalas e medidas. Existem fatores que
podem ter impactos importantes na qualidade de vida, como a alimentação e nutrição, pois contribuem
para a qualidade de vida psicológica, fisiológica e social.

Outros fatores importantes associados à qualidade de vida são a funcionalidade e o estado funcional. Tais
quesitos se referem às habilidades e limitações físicas que a pessoa idosa apresenta, considerando sua
capacidade em realizar seus cuidados pessoais e atividade física, o que está diretamente relacionado com
a independência. Avalia-se, por exemplo, se o indivíduo é capaz de andar sozinho ou não.

A função física de um indivíduo precisa ser monitorada. Como fazer isso?

Para monitorá-la, usa-se a avaliação das limitações em dois momentos:

Nas atividades da vida diária (AVD) como tomar banho, usar o banheiro, alimentar-se e vestir-se.

Nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD), que contemplam administrar as finanças, realizar
compras, utilizar aparelho telefônico, participar de eventos com a comunidade, realizar limpeza na casa,
cozinhar, administrar medicamentos, entre outras.

Importante destacar que muitas doenças podem estar relacionadas com a má alimentação e maus hábitos
de vida que, por sua vez, afetarão o estado funcional dos indivíduos idosos como o consumo inadequado

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de nutrientes, por exemplo. O baixo consumo de alguns nutrientes em pacientes idosos colaborará para
uma perda de massa muscular e, consequentemente, da força, que poderá causar impacto negativo nas
atividades da vida diária.

Capacidade funcional e morbidades


Conforme já mencionado, no Brasil, o número de idosos vem aumentando consideravelmente e, como
consequência, há aumento na incidência de doenças crônico-degenerativas, que podem trazer sequelas e
limitar o desempenho funcional dos idosos, tornando-os dependentes. A estimativa de aparecimento de
pelo menos uma doença crônica na fase idosa, acima de 65 anos, é de 80%, e as AVD podem ser afetadas
com a presença de dessas doenças.

Cerca de 26,8% dos indivíduos idosos apresentam dependência para a execução


das atividades de vida diária, sendo que a mais comum é simplesmente a de tomar
banho e colocar a roupa sozinho.

Nesse sentido, a capacidade funcional é um indicador de grande importância para o grau de independência,
que considera as condições do indivíduo em realizar as atividades sozinho.

Para a garantia da capacidade funcional e, portanto, da independência da pessoa idosa, é fundamental a


instituição de medidas de prevenção e ações terapêuticas.

Atenção!
As medidas preventivas são de grande valia, já que contribuem para a redução de mecanismos que
interferem no declínio da habilidade do indivíduo em exercer múltiplas atividades mentais e físicas no seu
dia a dia.

O impacto gerado pelo aparecimento de doenças no idoso interfere não somente nele mesmo, como em
toda a família e no sistema de saúde. Por esse motivo, é essencial garantir a longevidade com autonomia,
independência e maior qualidade de vida, de modo que os impactos possam ser minimizados.

Quando se fala em qualidade de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde (TAVARES et al., 2012),
isso envolve o indivíduo no contexto cultural e no sistema de valores nos quais ele vive, considerando seus
próprios objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Há relação entre a incapacidade funcional e
menores scores de qualidade de vida, apontando que o idoso que sofre com um maior número de doenças
apresenta pior qualidade de vida.
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Um estudo realizado em Uberaba-MG com 2.142 idosos por Tavares e Dias, publicado em 2012, teve como
objetivo descrever o perfil sociodemográfico, a capacidade funcional e as morbidades de idosos, bem
como verificar a associação da qualidade de vida com o número de incapacidade funcional e de
morbidades.

Foi verificado que os idosos do sexo feminino viviam cerca de 7 anos a mais do que os
do sexo masculino.

Há ainda outro dado que vale destacar: 26,7% dos idosos apresentavam incapacidade funcional para a
realização das atividades básicas da vida diária. Dentre as atividades que não conseguiam realizar,
destacamos algumas atividades básicas:

25,1% não conseguiam cortar as unhas.

6,7% não conseguiam subir e descer as escadas.

4,8% dos idosos andavam perto de casa.

Importante mencionar que 98,3% dos idosos apresentavam alguma morbidade.

Dentre as morbidades relatadas pelos idosos da pesquisa, a maioria falou apresentou problemas
relacionados à visão, cujo percentual foi de 78,1%, e de coluna, com percentual de 63,3%. A hipertensão
arterial sistêmica (HAS) atingiu percentual de 60,9%, enquanto que o de varizes foi 53,1%.

Comparando com outro estudo (FARINASSO et al., 2006), observa-se que, dentre os problemas de saúde
que mais interferem no cotidiano dos idosos, temos:

Problemas relacionados à coluna apresentam percentual de 54,9%, ou seja, mais da metade dos
indivíduos participantes do estudo.

Os casos de constipação intestinal têm percentual de 38,7%, um dos problemas mais comuns nos idosos.

Varizes apresentaram percentual de 38%.

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Os casos de hipertensão arterial sistêmica acometem 16,3% dos entrevistados.

Todas essas morbidades apresentaram maior prevalência de interferência na vida diária dos idosos.

Visto esses percentuais, percebemos a importância que os profissionais de saúde têm na promoção de
medidas voltadas para o cuidado do idoso, no enfrentamento de inúmeros desafios gerados pelas
morbidades.

Quando a qualidade de vida foi avaliada, observou-se maior score para o domínio das relações sociais
enquanto que o domínio físico apresentou o menor score. Verificou-se que o idoso com incapacidade
funcional apresenta maior necessidade de suporte social para a realização de suas atividades diárias.

Na tabela a seguir, encontra-se a distribuição dos scores de qualidade de vida de acordo com o número de
incapacidade funcional da população estudada (TAVARES et al., 2012). Nesse estudo, a distribuição dos
scores foi baseada num instrumento chamado WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD. Os scores variam de 0 a
100; quanto mais alto o valor, melhor é a qualidade de vida do idoso.

WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD
Consiste numa avaliação para os idosos por meio de um questionário.

Número de incapacidade funcionais

Scores de
SEM Ͱ3 3Ͱ5
qualidade de vida

WHOQOL-BREF

Físico 63,69 50,9 40,51

Psicológico 68,38 62,71 59,65

Relações Sociais 69,68 66,93 66,26

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Número de incapacidade funcionais

Scores de
SEM Ͱ3 3Ͱ5
qualidade de vida

Meio Ambiente 63,57 59,43 60,82

WHOQOL-OLD

Funcionamento
82,85 72,52 75,91
dos Sentidos

Autonomia 62,36 56,07 53,81

Atividades
passadas, 66,67 62,97 63,57
presentes e futuras

Participação Social 67,07 59,2 54,11

Morte e Morrer 76,3 73,87 72,1

Intimidade 69,04 66,78 68,75

*ANOVA-F
Tabela: Distribuição dos scores de qualidade de vida WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD, segundo número de incapacidade funcional. Uberaba-
MG, 2010.
Adaptado de: Tavares e Dias, 2012.

Os dados apresentados mostram resultados interessantes, veja a seguir.

Domínio físico expand_more

Conforme aumentou o número de incapacidades funcionais dos idosos, diminuiu também o score
de qualidade de vida.

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Domínio psicológico expand_more

O maior número de incapacidade funcional associa-se ao menor score de qualidade de vida também
no que diz respeito ao psicológico. Verificou-se que, quanto maior o número de incapacidades
funcionais, mais a autoestima do idoso será afetada no que se refere à imagem corporal. Ocorre
também uma desmotivação do idoso quanto ao cuidado de sua saúde, visto que há limitações
existentes pela incapacidade funcional, gerando sentimentos negativos.

Relações sociais expand_more

Outro dado importante revelado na pesquisa demonstrou que os idosos que apresentavam maior
número de incapacidades funcionais apresentaram menores scores de qualidade de vida no que se
refere ao domínio das relações sociais quando comparados àqueles que não tinham incapacidades.

Autonomia expand_more

Na parte de autonomia, foi verificado que o maior número de incapacidades funcionais também
estava associado ao menor score de qualidade de vida. Quanto maior a dependência do idoso em
relação a outras pessoas para realizar as atividades diárias, menor é a capacidade de tomar
decisões da sua vida. Esse aspecto deverá ser bem analisado, visto que a dependência apresentada
pelo idoso não está relacionada à perda da autonomia. Trata-se de um cenário em que a equipe de
profissionais de saúde deve estar junto aos familiares e ao próprio idoso para trabalharem em
conjunto essa questão.

Nesse mesmo trabalho, foi verificada também a distribuição dos scores de qualidade de vida, WHOQOL-
BREF WHOQOL-OLD, agora segundo o número de morbidades da população analisada.

Foi detectado menor score no componente físico entre idosos com mais de uma doença crônica quando
comparados àqueles que não apresentavam nenhuma doença. Também verificou-se que o maior número
de morbidade poderia estar relacionado à dor, ao desconforto, à dependência no uso dos medicamentos e
à necessidade de fazer um tratamento da doença nos serviços de saúde.

Comentário

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Como a população idosa vem aumentando de forma significativa, faz-se necessário uma reestruturação e
uma reorganização de serviços ligados à saúde, para que possam lidar com a demanda desse público.

Todo suporte ao idoso é de grande importância para que ele se sinta amparado diante das adversidades
relacionadas às doenças.

Quanto à análise do ponto relacionado à autonomia, ainda nos scores de qualidade de vida, os idosos que
apresentaram maior número de morbidades tinham também um menor score de qualidade de vida. Isso
significa que a manutenção da autonomia está sendo dificultada pelo maior número de doenças.

Outro ponto analisado: o maior número de morbidades entre os idosos estava associado ao menor score
de qualidade de vida no âmbito da participação social, o que mostra justamente que as morbidades podem
afetar a qualidade de vida à medida que o idoso encontra restrições nas suas atividades diárias juntamente
com a comunidade.

Diante de todos esses resultados, demonstra-se a necessidade de atenção e de


direcionamento para manutenção da funcionalidade e morbidades da população
idosa.

Resumindo o estudo, o maior número de morbidades dos idosos esteve associado ao menor score de
qualidade de vida no aspecto psicológico da pesquisa: quanto maior o número de morbidades nos idosos,
mais sentimentos negativos surgirão. Portanto, é de grande valia a promoção de ações educativas que
possam gerar, de forma efetiva, oportunidades de aprendizado, auxiliando-os a desenvolverem habilidades
e confiança em si próprios para que possam se adaptar ao quadro da doença.

As intervenções devem ser realizadas pelos profissionais envolvidos no tratamento dos idosos, pois podem
contribuir para minimizar o impacto das incapacidades e morbidades na qualidade de vida do idoso. Os
serviços de saúde também têm o seu papel de responsabilidade nesse aspecto.

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Base legal para a política de atenção prioritária ao


idoso
O rápido cenário de envelhecimento da população brasileira tem despertado uma pressão sobre a
previdência e a aposentadoria. A alteração que vem ocorrendo na pirâmide demográfica do nosso país gera
considerável pressão sobre os sistemas de proteção social, principalmente em razão da
desproporcionalidade entre o número de pessoas que contribui e o número daqueles que se aposentam.

A Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu, em 1982, em Viena, na Áustria, a primeira Assembleia
Mundial sobre Envelhecimento. Esse fórum foi um marco mundial, voltado especialmente para o público
idoso, com a participação de 124 países, inclusive o Brasil. Nesse encontro foi criado um Plano de Ação
para o Envelhecimento, publicado em 1983, em Nova York.

Saiba mais
O Plano de Ação para o Envelhecimento tinha o objetivo de sensibilizar os governos e sociedade para a
necessidade de direcionar as políticas do setor público especialmente para os idosos, bem como incentivar
mais estudos relacionados a esse assunto, dado o aumento crescente dessa população.

A criação desse Plano de Ação para o Envelhecimento foi considerada fundamental para amparar
estratégias e recomendações em diversos aspectos, tais como: culturais, sociais e econômicos.

Cada país teve seus princípios estipulados, destacando alguns pontos, como a determinação da família
como parte fundamental no cuidado e proteção do idoso, além da criação de políticas sociais para preparar
a população para as fases mais tardias da vida, assegurando assistência integral no que diz respeito às
ordens física, religiosa/espiritual, econômica, cultural, psicológica e de saúde.

Uma vez que a população Brasileira está envelhecendo de forma progressiva, temos urgência no
cumprimento das leis que protegem e auxiliam a população idosa, como a Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de

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1994, que estabelece a Política Nacional do Idoso, posteriormente regulamentada pelo Decreto nº 1.948, de
3 de julho de 1996.

Saiba mais
O objetivo dessa lei é assegurar direitos sociais que garantam a promoção da autonomia, da integração e
da participação efetiva do idoso na sociedade, de modo a exercer sua cidadania. Como previsto na lei,
considera-se como idosos aqueles com 60 anos ou mais.

A Lei nº 8.842/1994 determinou a articulação e integração de vários setores para a elaboração de um Plano
de Ação Nacional do Idoso, conhecido como PNI. Esse plano foi formado por nove órgãos: Ministério da
Previdência e Assistência Social; Ministério da Educação e Desporto; Ministério da Justiça; Ministério da
Cultura; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Saúde; Ministério do Esporte e Turismo; Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão; e Secretaria de Desenvolvimento Urbano.

Foram traçadas as seguintes diretrizes:

Viabilizar formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso,


proporcionando-lhe integração às demais gerações.

Promover a participação e a integração do idoso, por intermédio de suas organizações


representativas na formulação, implementação e avaliação das políticas, planos, programas
e projetos a serem desenvolvidos.

Priorizar o atendimento ao idoso por intermédio de suas próprias famílias, em detrimento do


atendimento asilar, à exceção dos idosos que não tenham condições de garantir sua
sobrevivência.

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Descentralizar as ações político-administrativas.

Capacitar e reciclar os recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia.

Implementar o sistema de informações com vistas à divulgação da política, dos serviços


oferecidos, dos planos e dos programas em cada nível de governo.

Estabelecer mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo


sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento.

Priorizar o atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados e prestadores de serviço.

Apoiar estudos e pesquisas sobre as questões do envelhecimento.

O modelo de saúde considera todos os níveis de cuidado, que vai desde a prevenção até o tratamento das
doenças crônicas que podem atingir os indivíduos idosos. Sendo assim, do ponto de vista da política de
saúde, é fundamental uma reformulação no sistema, para que o idoso possa ter seus direitos assegurados.

Cabe lembrar que a estrutura familiar é de grande importância para dar o suporte aos idosos, assim como é
essencial a participação do Estado para providenciar políticas específicas para todo o funcionamento de

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apoio e monitoramento das atividades relacionadas ao idoso. Com isso, estabeleceu-se para as próximas
décadas um grande desafio para a sociedade e para o Estado.

Comentário
O Estatuto do Idoso é considerado um dos principais instrumentos de direito do idoso e sua aprovação é
tida como um marco importante na legislação brasileira para o amparo e respeito aos idosos.

Esse documento discute os direitos fundamentais do idoso relacionados aos seguintes aspectos: à vida, à
liberdade, ao respeito e à dignidade, assim como à alimentação, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte
e lazer, à profissionalização do trabalho, à previdência social, à assistência social, à habitação e ao
transporte. Contempla, ainda, as medidas de proteção, a política de atendimento ao idoso, o acesso à
justiça e os crimes contra o idoso.

Essa mudança demográfica que vem ocorrendo no Brasil traz para todos nós, e, principalmente, para os
gestores e políticos brasileiros, a necessidade de se discutir as políticas públicas de atenção ao idoso em
diferentes aspectos e exige que os profissionais da saúde estejam preparados para receber esse número
crescente de idosos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O envelhecimento é uma alteração que ocorre em todos os indivíduos, sendo um processo biológico
natural, que envolve alguns declínios nas funções fisiológicas, orgânicas e metabólicas. Muitas vezes,
as limitações funcionais apresentam maior repercussão na vida cotidiana de um idoso do que as
próprias doenças crônicas. Marque a resposta correta:

Considerada um indicador, a capacidade funcional está relacionada com o grau de


A
dependência do indivíduo idoso.

A capacidade funcional anual é o termo utilizado como protocolo para avaliar a


B
dependência do idoso mensalmente.

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C Estima-se que o aparecimento de pelo menos uma doença crônica na fase idosa acima
de 65 anos é em torno de 10%.

As atividades de vida diária (AVD) dos idosos não sofrem interferência com a presença
D
das doenças crônicas.

A capacidade funcional deve ser avaliada em idosos pela condição de realizar


E
atividades básicas da vida diária e atividades instrumentais de vida diária.

Parabéns! A alternativa E está correta.

A capacidade funcional é um indicador para avaliar o grau de independência do idoso. Deve ser
avaliada em idosos por meio de um questionário acerca da capacidade de realizar atividades básicas
da vida diária e atividades instrumentais de vida diária.

Questão 2

A Lei nº 8.842/1994, que estabelece a Política Nacional do Idoso, foi posteriormente regulamentada
pelo Decreto nº 1.948/1996, que tem por finalidade assegurar direitos sociais que garantam a
promoção da autonomia, integração e participação efetiva do idoso na sociedade, de modo a exercer
sua cidadania. Marque a resposta que não está de acordo com as diretrizes desse decreto:

Viabilizar formas alternativas de redução do convívio do idoso para protegê-lo de riscos


A
à saúde.

Promover a participação e a integração do idoso, por intermédio de suas organizações


B representativas, na formulação, implementação e avaliação de políticas, planos,
programas e projetos a serem desenvolvidos.

Implementar o sistema de informações com vistas à divulgação da política, dos


C
serviços oferecidos, dos planos e dos programas em cada nível de governo.

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D Estabelecer mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter


educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento.

E Priorizar o atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores de serviço.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A diretriz reforça o contrário da alternativa, ou seja, a proposta seria viabilizar e não inviabilizar as
formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, proporcionando-lhe integração às
demais gerações. É de suma importância que o idoso tenha convívio com outras pessoas.

Considerações finais
Vimos que o envelhecimento é uma característica humana e que a população idosa em nosso país vem
crescendo, fazendo com que tenhamos um grande desafio pela frente. O Brasil nunca esteve preparado
para lidar com esse processo acelerado de envelhecimento, o que pode causar muitos problemas em
diferentes áreas, tais como: social, psicológica, econômica e assistencial e, principalmente, na área de
saúde pública.

Nossos órgãos governamentais têm um papel importante na reformulação dos tratamentos de saúde para
receber esse número crescente de idosos. Será necessário também inovar e avaliar as experiências dos
países desenvolvidos, que já vivenciaram esse processo.

Há uma necessidade urgente de formação da equipe de saúde para atender à alta demanda de atenção que
essa população requer no sistema de saúde. Um dos nossos principais desafios é a luta para fazer valer os
direitos sociais e humanos do idoso e a construção da sua cidadania.

É válido que as políticas de intervenções integradas possam assegurar o cuidado às doenças crônicas,
desde que fortaleçam também a promoção de um envelhecimento saudável. Sendo assim, é de grande
importância conhecer as características dos indivíduos idosos e as condições de saúde relacionadas à
alimentação para que haja uma intervenção, quando necessária, de modo a promover a saúde com melhor
qualidade de vida. Essas intervenções poderão contribuir para reduzir o impacto das incapacidades e
morbidades na qualidade de vida de um idoso.

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Ainda, não podemos deixar de destacar o papel fundamental desempenhados por familiares no suporte
necessário ao idoso, uma vez que o idoso pode apresentar dependência para as atividades simples do
cotidiano.

headset
Podcast
Agora, a especialista Aline Monteiro encerra o tema falando sobre os impactos do envelhecimento na
saúde pública brasileira.

Referências
AMARAL, A. T. et al. 1000 Questões comentadas de provas e concursos em Nutrição. 2. ed. Salvador:
Sanar, 1998.

BRITO, F. Transição demográfica e desigualdades sociais no Brasil. Revista Brasileira de Estudos de


População, v. 25, n. 1, p. 5-26, 2008.

CARTILHA Direitos Humanos das Pessoas Idosas. Mar, 2018. Consultado na internet em: out. 2021.

FARINASSO, A. L. C. et al. Capacidade funcional e morbidades referidas de idosos em uma área de


abrangência do PSF. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 27, n. 1, p. 45-52, mar. 2006.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro,
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MIRANDA, G. M. D.; MENDES, A. C. G. M.; SILVA, A. L. A. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios


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TAVARES, D. M. S.; DIAS, F. A. Capacidade funcional, morbidades e qualidade de vida de idosos. Texto e
Contexto Enfermagem, v. 21, n. 1, p. 112-20, jan./mar. 2012.

Explore +
Para aumentar seus conhecimentos sobre o envelhecimento populacional no Brasil, leia o artigo
Envelhecimento populacional: uma realidade brasileira, elaborado por Luiz Roberto Ramos, Renato P.
Veras e Alexandre Kalache, publicado na Revista de Saúde Pública, v. 21, n. 3, em 1987. Disponível no
portal SciELO.

Outra sugestão para incrementar o estudo é conferir o artigo Envelhecimento populacional e os desafios
para a saúde pública: análise da produção científica, elaborado por Maria da Conceição Coelho Brito,
Cibelly Aliny Siqueira Lima Freitas, Karina Oliveira de Mesquita e Gleiciane Kélen Lima, publicado na
Revista Kairós Gerontologia, v. 16, n. 3, em 2013. Disponível no portal da revista. Vale a busca!

Para saber mais sobre capacidade funcional do idoso, leia o artigo Capacidade funcional para atividades
da vida diária de idosos da Estratégia de Saúde da Família da zona rural, elaborado por Andressa
Hoffmann Pinto, Celmira Lange, Carla Albereci Pastore, Patricia Mirapalheta Pereira de Llano, Denise
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03049/index.html# 38/39
26/04/2023, 17:31 Envelhecimento, autonomia e capacidade funcional

Przylynski Castro e Fernanda dos Santos, publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva, em 2016, v. 21, n.
11 Disponível no portal SciELO.

Para ampliar seus conhecimentos sobre A transição da estrutura etária da população brasileira na
primeira metade do século XXI, a sugestão fica por conta do artigo elaborado por José Alberto Magno de
Carvalho e Laura L. Rodríguez-Wong, publicado no Cadernos de Saúde Pública, v. 24, n. 3, em 2008. Você
pode encontrá-lo no portal SciELO.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03049/index.html# 39/39

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