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GUSTAVO MELO DAMASCENO

IMPACTOS DO EDENTULISMO NA QUALIDADE DE VIDA

ITABUNA- BA
2022
gustavo melo damasceno

IMPACTOS DO EDENTULISMO NA QUALIDADE DE VIDA

Projeto apresentado ao Curso de Odontologia da


Instituição Anhanguera- Itabuna.

Orientador: (Nome do Tutor)

Itabuna-BA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
1.1 O PROBLEMA.........................................................................................................5
2 OBJETIVOS...............................................................................................................5
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO........................................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS.................................................5
3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................6
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................7
5 METODOLOGIA......................................................................................................10
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO...........................................................11
REFERÊNCIAS...........................................................................................................12
1. INTRODUÇÃO

Entende-se por qualidade de vida, algo que proporciona a


presença de saúde, educação, alimentação saudável e inclusão social
ao indivíduo. Correlacionado a saúde, vai além da ausência de
patologias, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) "Saúde é
o completo estado de bem-estar físico, mental e social". Definido como
sensação geral de bem-estar do indivíduo relacionado aos demais.

Uma dentição adequada tem implicações relevantes no bem-


estar e diretamente na qualidade de vida das pessoas. Sendo assim, a
perda dentária, influência diretamente em todos os aspectos que
trazem conforto ao paciente. Causando então, grandes impactos.

O edentulismo tem etiologia multifatorial, mas se pode destacar


como fatores o processo continuo da cárie e/ou de doenças
periodontais. É uma condição debilitante de fenômeno complexo, que
afeta fatores físicos, biológicos, culturais, econômicos e sociais.
Associado a uma diversidade de efeitos adversos a saúde, pois além
de comprometer a saúde oral, tem sido apontado como fator de risco
para várias condições sistêmicas.

Dado o exposto, este estudo visa, através de uma revisão de


literatura, descrever sobre os impactos que o edentulismo pode trazer
ao indivíduo. Levando em consideração que, embora o Brasil tenha
algumas medidas públicas que visem trazer melhorias a saúde bucal
da população, diminuindo os indicadores, ainda há números relevantes
de desdentados.
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2. O PROBLEMA

Como o edentulismo influencia na qualidade de vida dos pacientes?

3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Compreender os impactos do edentulismo na qualidade de vida, bem-estar


funcional, físico e psíquico, além de buscar entender as expectativas dos
desdentados quando reabilitados.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS


 Apresentar os principais motivos do edentulismo no Brasil;
 Relatar as práticas de prevenção do edentulismo;
 Identificar as expectativas dos pacientes em relação ao uso de prótese.
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4. JUSTIFICATIVA

Qualidade de vida é um termo que pode proporcionar a presença de


saúde física, psíquica, acesso a uma boa educação, alimentação saudável e
também inclusão social e pode ser afetada pela satisfação ou insatisfação com a
saúde bucal, relacionadas ao desconforto funcional e/ou estético. A reabilitação oral
aos pacientes edentulos estão diretamente ligados a qualidade de vida destes, uma
vez que essa condição bucal provoca danos funcionais e estéticos.

É imprescindível a compreensão quanto as condições mastigatórias e


os impactos gerais causados pela ausência de dentes aos pacientes, pois é
fundamental para o atendimento e assistência prestado do profissional para com o
paciente, possibilitando uma visão multidisciplinar do caso, além de um atendimento
específico e qualificado, visando a devolutiva da qualidade de vida daquele paciente.

Essa pesquisa trata-se de estudos literários no intuito a de aprofundar sobre a


temática proposta, entender as condições funcionais e sociais dos usuários de
prótese, desde as perfeitamente adaptadas às inadequadas, quanto aos pacientes
que não fazem uso da mesma. Visando à amplificação dos conhecimentos, levando
em consideração a evolução teórica e prática.
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5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A saúde é um dos temas de maior correlação com a qualidade de vida, e


diferentemente do que se pode interpretar, não condiz apenas ao sentido de
apresentar ausência de patologias, tendo um significado muito mais amplo. Segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS) “saúde é o completo estado de bem-estar
físico, mental e social e não meramente a ausência de doença” (KLOTZ et al., 2017).
Por sua vez, Ribeiro (1994) define QV (qualidade de vida) como a satisfação
individual global com a vida e a sensação geral, pessoal de bem-estar.

Uma condição de saúde oral adequada é um dos determinantes da qualidade


de vida, pois as funções realizadas pelas estruturas orais trazem benefícios para a
saúde geral do paciente. Diferentemente de quando os componentes são lesados e
há consequentemente a perda da função. Várias são as injúrias que podem afetar a
saúde oral, dentre estas se destacam: cárie dentária, doença periodontal, defeitos
congênitos orais (fenda palatina), perda dental e outras alterações bucais e faciais
(CANO-GUTIERRES et al, 2015; CARDOSO et al, 2015). Assim como as condições
citadas anteriormente, o edentulismo ou perda dental é um dos causadores de
impacto negativo na saúde oral, geral e qualidade de vida (CORRÊA, H. W. et al.,
2016).

O edentulismo é conhecido como um processo crônico de perdas dentárias


que, acumulado durante a vida, ocasiona maiores consequências nos indivíduos
idosos, tais como ineficiências das funções mastigatórias, fonéticas e estéticas.
(DANTAS, L. R. DE O. 2019). Ressalta-se ainda que a rotina diária desses usuários
também se modifica, podendo ocorrer alterações na articulação temporo-mandibular.
(SANTOS et al., 2019).

Segundo Marchi e colaboradores (2012), vários estudos apontam uma forte


correlação entre o edentulismo e fatores socioeconômicos, em que, por exemplo, o
acesso dificultado aos cuidados em saúde e a informação, tornou os indivíduos
propensos a perder elementos dentais.
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O edentulismo é a causa mais frequente do comprometimento da mastigação,


deglutição, do processo digestivo e no apetite. Sua ocorrência, gera mudanças nos
hábitos alimentares, acarretando na escolha de alimentos mais fáceis de processar
e mastigar. Desta forma, os alimentos escolhidos nem sempre contêm os nutrientes
de que necessita para uma dieta equilibrada (ANDRADE et al., 2006).

Moriguchi em 1992 cita que um indivíduo com todos os dentes tem uma
capacidade de mastigação de 100%. Com a perda de um dente essa capacidade
passa a ser de 70%. Com uma prótese unitária a capacidade é de 90% e com
prótese total é de 25%.

Do ponto de vista cultural, o edentulismo no Brasil ainda é aceito por muitos


como fenômeno natural do envelhecimento. No entanto, sabe-se, hoje, que esse fato
é o reflexo da falta de prevenção, de informação e, consequentemente, de cuidados
com a higiene bucal, que deveriam ser destinados principalmente à população
adulta, possibilitando a manutenção dos dentes naturais até idades mais avançadas,
de forma funcional e saudável (SIMÕES ACA; CARVALHO DM, 2011). A cárie é
vista como a causa principal das perdas dentais em jovens e idosos, contudo, um
outro pensamento é que a principal razão para o edentulismo entre idosos
seja a doença periodontal (CALDAS JÚNIOR et al., 2005).

Além disso, a crença de que a perda dentária seja uma consequência natural
do envelhecimento, tem contribuído para o negligenciamento dos cuidados bucais e
para a gradual substituição dos dentes naturais por próteses dentárias (CARDOSO,
et al., 2016). Situação que poderia ser evitada se houvesse mais orientação,
atuação preventiva e cuidados adequados em saúde bucal (OLIVEIRA, 2013).

Várias mudanças na fisiologia oral podem ser observadas como resultado das
ausências dentárias, uma delas é a reabsorção óssea maxilar e mandibular, a qual
determina alterações nas dimensões ocluso-faciais e nos tecidos moles envolvidos
resultando numa aparência facial prejudicada. Além da reabsorção óssea, observa-
se em pacientes desdentados a redução da eficiência dos músculos orais,
implicando em mastigação e nutrição insatisfatória e possível susceptibilidade a
doenças (EMANI E et al., 2013).
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Vários estudos apontam uma forte correlação entre o edentulismo e fatores


socioeconômicos, em que, por exemplo, o acesso dificultado aos cuidados em
saúde e a informação, tornou os indivíduos propensos a perder elementos dentais
(MARCHI et al., 2012). Evidencia-se também, que a pobreza, baixa escolaridade,
localidades com menores coberturas de fluoretação de águas e serviços
odontológicos e higiene oral inadequada são fatores que contribuem para o aumento
da prevalência e extensão da cárie dentária e, consequentemente, das perdas dela
resultantes (PERES et al., 2013).

A necessidade de prótese total diminui à medida que os níveis educacionais


aumentam, justificando que as pessoas mais instruídas buscam por tratamento com
maior antecedência do que aqueles menos instruídos. Assim como o nível
educacional, a renda familiar também influencia na qualidade de vida dos indivíduos
(HAMDAN EA, FAHMY MM, 2013).

O uso de próteses dentárias visa restabelecer a função mastigatória; fonética;


deglutição; estética e harmonia facial (VOLPATO et al., 2012). Todos estes fatores
têm por finalidade melhorar a qualidade de vida do usuário no seu dia-a-dia
(PESSETTI, 2015). Porém, a retenção e estabilidade insatisfatórias das próteses
totais removíveis parecem afetar a qualidade de vida dos usuários deste tipo de
prótese (HEYDECKE et al., 2003).

Considera-se que há necessidade de desenvolvimento de estratégias de


promoção em educação em saúde oral entre as populações de risco, sobretudo na
atenção primária de saúde, como forma de reduzir o edentulismo e promover
melhorias na qualidade de vida das pessoas (IZAQUE et al., 2021).
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6. METODOLOGIA

O presente estudo foi desenvolvido no formato de uma revisão integral


de literatura do tipo qualitativa e descritiva, que busca avaliar os impactos
causados pelo edentulismo. A partir da elaboração da questão norteadora,
realizou-se uma pesquisa bibliográfica e seleção dos trabalhos que
respondessem a essa pergunta, dando preferência a trabalhos publicados nos
últimos 10 anos (2012-2022), monografias, mas não descartando a
possibilidade de trabalhos anteriores.
Foram utilizados como instrumento de pesquisa, Livros (literatura),
artigos científicos, dissertações e teses publicados nos seguintes bancos de
dados: Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (Scielo), e
PubMed. As palavras chaves utilizadas foram: Edentulismo; Qualidade de vida;
Paciente desdentado; Reabilitação oral.
7. CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Quadro 2 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do


Trabalho de Conclusão de Curso.

2022/2 2023/1
ATIVIDADES
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN

Escolha do tema. Definição do


x X
problema de pesquisa

Definição dos objetivos, justificativa. X X X

Pesquisa bibliográfica e elaboração


X X
da fundamentação teórica.

Definição da metodologia. X X

Entrega da primeira versão do


X
projeto.

Entrega da versão final do projeto. X

Revisão das referências para


X
elaboração do TCC. X
Elaboração da Introdução
X
Revisão e reestruturação da
Introdução e elaboração do X X
Desenvolvimento
Revisão e reestruturação do
X X
Desenvolvimento

Elaboração das considerações finais, X

Reestruturação e revisão de todo o


texto. Verificação das referências X X
utilizadas.
Elaboração de todos os elementos
X
pré e pós-textuais.

Entrega do TCC X

Defesa do TCC X

Fonte: O Autor(2022).
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8. REFERÊNCIAS

Agostinho ACM, Campos ML, Silveira JLCG. Edentulismo, uso de prótese e


autopercepção de saúde bucal entre idosos. Rev. odontol. UNESP, 2015.

Caldas júnior et al. Impacto do edentulismo em idosos. rev. ciênc. méd., campinas,
14(3):229-238, maio/jun., 2005.

Carvalho, LF. et al. O impacto do edentulismo na qualidade de vida de pacientes


edentulos. RvAcBO, 2019; 8(1):40-48.

Izaque et al., O impacto do edentulismo na qualidade de vida: autoestima e saúde


geral do indivíduo. Revista Pró-UniverSUS. 2021 Jul./Dez; 12 (2): 48-54.

Martins, Angela Maria do Couto. Impacto do edentulismo e seu tratamento na


qualidade de vida relacionada a saúde bucal. Niterói, 2018.

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