Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Curso: ESMI- 28
Tema:
O quadro Clinico de Cardiopatias Durante a Gestacao na Mulher Gravida
Discentes 3° Grupo:
Lurdes Mafanhane
Tabita
Noemia
Regina
2 Objectivos..................................................................................................................1
2.1 Geral....................................................................................................................1
2.2 Específicos..........................................................................................................1
3 Metodologia de pesquisa............................................................................................1
4 Enquadramento teórico..............................................................................................2
4.1 Definição.............................................................................................................2
4.1.1 EPIDEMIOLOGIA......................................................................................2
6 Fisiopatologia.............................................................................................................3
10 PUERPÉRIO..............................................................................................................9
11 Conclusão.................................................................................................................10
12 Referências Bibliográficas.......................................................................................11
1
1 Introdução
O ciclo gravídico puerperal provoca alterações no sistema cardiovascular que visam
adaptar o organismo materno ao desenvolvimento do concepto e ao fenômeno da
parturição. Essas modificações podem influenciar o manejo de pacientes cardiopatas
durante a gestação.
O fruto deste é o resultado de uma investigação bibliográfica na qual pretendemos fazer
luz sobre o tema em causa, esclarecendo conceitos fundamentais, abrir horizontes e
apresentar directrizes básicas que podem pela generalidade compreender as diversas
perspectivas sobre a estrutura do quadro Clinico de Cardiopatias durante a gestação.
2 Objectivos
2.1 Geral
2.2 Específicos
Explicar a Fisiopatologia e Cardiopatias durante a gestação;
Indentificar o Tratamento e Diagnosticos de Cardiopatias a Gestacao;
Caracterizar a Abordagem da gestante cardiopata, conduta obstertica;
Descrever o perpurio e Rotina pré-natal na cardiopatia materna segundo a
classificação OMS.
3 Metodologia de pesquisa
A metodologia de investigação usada na elaboração do presente trabalho foi a consulta
bibliográfica, no qual foram consultados manuais e sites em torno do tema abordado,
assim como ilustra as referências bibliográficas, os nomes dos autores citados.
4 Enquadramento teórico
2
4.1 Definição
4.1.1 EPIDEMIOLOGIA
A cardiopatia afeta 0,3% a 4% das gestações e é responsável por até 11% dos óbitos
maternos. Entretanto, a maioria dos casos evolui favoravelmente na gravidez e no
puerpério. A etiologia da doença cardíaca difere entre as populações: no Brasil,
predominam as doenças adquiridas, em especial, as valvopatias reumáticas e, em países
desenvolvidos, as congênitas.
5 Cardiopatias durante a gestação
Os distúrbios cardíacos perfazem cerca de 10% dos óbitos maternos. Nos EUA, em
virtude da significativa diminuição da incidência da doença cardíaca reumática, a
maioria dos problemas cardíacos durante a gestação resulta de anomalias congênitas.
Entretanto, no sudeste da Ásia, África, Índia, Oriente Médio e regiões da Austrália e
Nova Zelândia, a cardiopatia reumática ainda é comum.
Apesar das melhorias dramáticas nas taxas de sobrevivência e qualidade de vida para
pacientes com cardiopatias congênitas graves e outras doenças cardíacas, a gestação
continua sendo desaconselhável para mulheres com certas doenças de alto risco como 1:
6 Fisiopatologia
As modificações fisiológicas impostas pela gestação influenciam o quadro clínico
materno. É importante lembrar que, mesmo em mulheres normais, a gravidez é
3
Avaliação clínica
Geralmente, ecocardiografia
Algumas mulheres com insuficiência cardíaca e função cardíaca deficiente podem exigir
digoxina, 0,25 mg por via oral, 1 vez por dia mais repouso no leito ou atividade
limitada, a partir da 20ª semana de gestação. Glicosídios cardíacos (p. ex., digoxina,
digitoxina) cruzam a placenta, mas os neonatos (e crianças) são relativamente
resistentes à sua toxicidade. Inibidores da ECA e BRAs são contraindicados porque
podem causar dano renal fetal. Os antagonistas da aldosterona (espironolactona,
eplerenona) devem ser evitados porque podem causar a feminização de um feto do sexo
masculino. Outros tratamentos para insuficiência cardíaca (p. ex., diuréticos não
tiazídicos, nitratos, agentes inotrópicos) podem ser continuados durante a gestação,
dependendo da gravidade da doença e do risco fetal, conforme determinado por
cardiologista e perinatalogista.
5
Maternos Fatais
1. Classe funcional III/ IV da NYHA 1. Anticoagulação
2. Cianose materna 2. Cianose
3. Disfunção miocárdica (fração de 3. Tabagismo
ejeção < 40%) 4. Classe funcional III ou IV
4. Obstrução de via de saída de 5. Prótese valvar metálica
coração esquerdo (AV mitral < 2,0 6. Gestação múltipla
cm2; AV aórtica < 1,5 cm2; 7. Obstrução de via de saída do
gradiente transvalvar aórtico > 30 ventrículo esquerdo
mmHg)
5. História de arritmia grave (com
repercussão clínica)
6. Eventos cardíacos prévios à
gestação (AVC, ICC)
não reparada;
Cardiopatia congênita complexa;
Síndrome de Marfan com dilatação aórtica >
40-45 mm;
Doença aórtica/valva bicúspide com anel
valvar > 45-50 mm.
IV Risco de mortalidade Cardiomiopatia periparto prévia com disfunção
materna ou morbidade ventricular residual;
importante extremamente Estenose mitral severa (área valvar < 1,5 cm3),
alto. estenose aórtica severa;
sintomática e/ou disfunção de prótese com
repercussão hemodinâmica;
Hipertensão arterial pulmonar de qualquer
etiologia;
Disfunção de ventrículo sistêmico importante
(fração de ejeção < 30% e/ou classe funcional
III ou IV NYHA);
Síndrome de Marfan com dilatação aórtica >
45 mm;
Doença aórtica/valva bicúspide com anel
valvar > 50 mm;
Coarctação congênita severa não corrigida.
10 PUERPÉRIO
As alterações hemodinâmicas, aliadas às alterações da coagulação do puerpério precoce
(tendência à hipercoa- gulabilidade), tornam essa fase a mais perigosa e passível de
descompensação cardíaca. O puerpério imediato deve ser seguido em unidade de terapia
intensiva, com especial atenção para sinais de sobrecarga de volume, ausculta pulmonar,
frequência cardíaca, diurese, pressão arterial e perdas sanguíneas. A paciente deve
receber alta mais tardiamente, com ajuste medicamentoso adequado e retorno precoce.
Constituem-se contraindicações a lactação, o uso de amiodarona e a imunossupressores.
Nesses casos, recomendam-se métodos mecânicos de supressão da lactação, visto que
os fármacos habitualmente utilizadas com essa finalidade podem aumentar o risco
trombótico ou de vasoespasmo.
11 Conclusão
O risco de descompensação clínica e morte em mulheres portadoras de doenças
cardíacas é aumentado no período gravídico-puerperal (Recomendação IA). Os períodos
de maior probabilidade de descompensação clínica são terceiro trimestre, parto e
puerpério precoce (Recomendação IA). Preditores de risco materno: CF III ou IV da
NYHA, cianose, disfunção miocárdica grave, obstrução de via de saída do coração
esquerdo, história de arritmia grave ou eventos cardíacos. Além desses fatores, são
preditores de risco perinatal a presença de cianose, o tabagismo e
10
12 Referências Bibliográficas
1. Clark SL. Cardiac disease in pregnancy. Crit Care Clin. 1991;7(4):777-97.
2. Foley M. Cardic disease. In: Dildy III G, Saade G, Phelan J, Hankins GD, Clark
SL, editors. Critical care obstetrics. Massachussets: Blackwell; 2004.
3. Lewey J, Haythe J. Cardiomyopathy in pregnancy. Semin Perinatol.
2014;38(5):309-17.
4. Deneux-Tharaux C, Berg C, Bouvier-Colle MH, Gissler M, Harper M, Nannini
A, et al. Underreporting of pregnancy-related mortality in the United States and
Europe. Obstet Gynecol. 2005;106(4):684-92.
11