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Eletrocardiograma

Eletrocardiograma, ou ECG, é um exame que avalia a atividade elétrica do coração a


partir de eletrodos fixados na pele. Essa atividade é caracterizada pela variação na
quantidade de íons de sódio dentro e fora das células musculares cardíacas.

O resultado deste exame é registrado em gráficos que comparam a atividade cardíaca do


paciente com o padrão, indicando se a atividade cardíaca está dentro da normalidade ou
se há alterações nos músculos e nervos do coração.

Esse exame é capaz de detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por


minuto, por isso é usado para identificar arritmias, aumento de cavidades cardíacas,
patologias coronarianas, infarto do miocárdio, distúrbios na condução elétrica do órgão,
problemas nas válvulas do coração, pericardite, hipertrofia das câmaras cardíacas e
doenças que isolam o coração.

Posicionamento dos Elétrodos

Posicionamento das Pás

LA- Braço esquerdo (parte interna entre punho e cotovelo)

LL- Perna esquerda (parte interna entre joelho e tornozelo)

RA- Braço direito (parte interna entre punho e cotovelo)

RL- Perna direita (parte interna entre joelho e cotovelo)

DERIVAÇÕES UNIPOLARES

aVR: Potencial absoluto do braço direito.

aVL: Potencial absoluto do braço esquerdo.


aVF: Potencial absoluto da perna esquerda

CLASSIFICANDO AS DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS

Derivações Unipolares: AVR, AVL, AVF

Derivações Bipolares: Dl, DII, DIIl

DERIVAÇÕES PERIFERICAS ECG DE 12 DERIVAÇÕES:

DI,DII,DII,AVR,AVL,AVF (Plano frontal)

DERIVAÇÕES PRECORDIAIS: V1,V2,V3,V4,V5,V6 (Plano horizontal)

Atendimento Porta ECG

O tempo no atendimento ao paciente com IAM, é um fator decisivo para o sucesso do


tratamento. Segundo as diretrizes o tempo de chegada do paciente ao hospital com
sintomas sugestivos de Infarto Agudo do Miocárdio até a realização do
eletrocardiograma (ECG), deve ser no máximo de 10 minutos, denominado Tempo
Porta-ECG. E o tempo entre a chegada do paciente ao hospital até a realização do
tratamento por Intervenção Coronária Percutânea (ICP) deve ser, de no máximo, 90
minutos, o que chamamos de Tempo Porta-Balão. O eletrocardiograma é o exame que
comprova o quadro de infarto do paciente, ou seja, as alterações eletrocardiográficas
dão o diagnóstico do IAM sem supra, ou com supra de ST. Por este motivo, o ECG
deve ser realizado o mais ágil possível pela equipe hospitalar.

Quais são Ritmos Chocáveis (aqueles que podem ser revertidos)?

Fibrilação ventricular (FV)- É a contração incoordenação do miocárdio em


consequência da atividade caótica de diferentes grupos de fibras miocárdicas, resultando
na ineficiência total do coração em manter um rendimento de volume sanguíneo
adequado. No ECG, ocorre a ausência de complexos ventriculares individualizados que
são substituídos por ondas irregulares em ziguezague, com amplitude e duração
variáveis.

Taquicardia ventricular sem pulso (TV)- É a sucessão rápida de batimentos ectópicos


ventriculares que podem levar à acentuada deterioração hemodinâmica, chegando
mesmo a ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada uma
modalidade de parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da FV. O ECG
caracteriza-se pela repetição de complexos QRS alargados não precedidos de ondas P
esse estas estiverem presentes, não guardam relação com os complexos ventriculares.

Quais são os Ritmos Não Chocáveis (aqueles podem não podem que ser
revertidos)?

Atividade elétrica sem pulso (AESP) - É caracterizada pela ausência de pulso detectável
na presença de algum tipo de atividade elétrica, com exclusão de taquicardia ou FV. Ao
ECG, caracteriza-se pela presença de alguma atividade elétrica organizada que não
produz resposta de contração miocárdica eficiente e detectável.

Assistolia - É a cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica dos ventrículos. No


eletrocardiograma(ECG) caracteriza-se pela ausência de qualquer atividade elétrica
ventricular observada em, pelo menos, duas derivações.
Estrutura Pronto Socorro
Como funciona um Pronto Socorro?

Atuar em um pronto-socorro requer habilidades técnicas, gerenciais e comportamentais


diferenciadas, devido à complexidade das atividades clínicas e a necessidade de tomar
decisões de forma rápida e precisa para minimizar os danos e preservar a vida do
paciente.

Para tanto, é fundamental conhecer a estrutura, os processos, as legislações e atribuições


da equipe emergencista, além dos principais problemas clínicos que chegam ao pronto-
socorro de um hospital de pequeno, médio e grande porte.

Primeiramente é preciso diferenciar pronto-socorro de pronto atendimento. O primeiro


se refere ao atendimento de pacientes com doenças ameaçadoras à vida, funcionando 24
horas ininterruptas.

O pronto-socorro está necessariamente acoplado às demais estruturas do hospital, pois


dependendo da condição clínica do paciente pode ser necessária internação em centro de
terapia intensiva, além de outros serviços hospitalares.

O pronto atendimento são unidades que podem ou não estar vinculadas aos hospitais e
se destinam ao atendimento de casos agudos, porém com menor gravidade. Em geral,
possuem horário de atendimento pré-determinado, apesar de algumas unidades públicas
funcionarem 24 horas.

É importante destacar que alguns municípios contam apenas com unidades de pronto
atendimento, as chamadas UPAs e por isso captam todo os tipos de atendimento, porém
quando a situação do paciente se agrava é crucial providenciar a transferência para um
pronto-socorro visando o melhor atendimento.

Por isso, em geral o pronto-socorro conta com uma infraestrutura melhor e equipes
maiores, enquanto as UPAs conseguem resolver situações menos complexas, mas que
também estão relacionadas à possibilidade de óbito em muitas situações.

Por fim, diferente do pronto atendimento, em que a complexidade dos casos tende a ser
menor e existe uma triagem prévia da equipe de enfermagem para avaliar as situações
que podem agravar com o tempo de espera.

Qual é a estrutura física de um pronto-socorro?

A estrutura de um pronto-socorro é a mesma de um hospital, contando com macas,


equipamentos de suporte ventilatório, monitorização de sinais vitais, exames
radiográficos, entre outros.

Existem prontos-socorros de referência para algumas condições específicas e, nesse


caso, alguns materiais e equipamentos são diferenciados, tais como nos atendimentos a
pacientes com queimaduras ou com traumatismos cranianos.
A estrutura do pronto-socorro dependerá também do número de pacientes atendidos,
conforme levantamento hospitalar. O número de leitos e o de profissionais será
contabilizado a partir desse quantitativo também.

Para atender o público alvo do pronto-socorro é preciso contar com uma farmácia
hospitalar que tenha medicamentos de suporte à vida, antídotos, materiais médicos
específicos, próteses e materiais especiais (OPME) em número e qualidade suficientes.

Afinal, como funciona um pronto-socorro?

Para compreender como funciona um pronto-socorro, a melhor forma é pensar na


jornada feita pelo paciente ali, desde a sua chegada até a saída.

O pronto-socorro deve possuir uma rotina bem estabelecida para diminuir os erros e
comprometer o atendimento. Então, a partir do momento em que o paciente chega, tudo
deve ser bem organizado.

Normalmente, o paciente chega ao pronto-socorro em ambulâncias do serviço público


ou privado e os socorristas fazem um breve relato da situação encontrada e os
procedimentos já realizados.

Quando o paciente chega de ambulância é importante fazer o cadastro com as


informações disponíveis, porém em situações graves a entrada no sistema informatizado
do hospital é feita apenas por um código. No decorrer da internação, faz-se uma busca
mais completa.

Conforme o relato dos socorristas, os médicos emergencistas iniciam as intervenções


considerando aquelas com maior gravidade clínica ou que contribuirão
significativamente no risco de morrer.

No entanto, também existem situações em que o paciente chega espontaneamente ao


pronto-socorro acompanhado da família e amigos como nos casos de suspeita de infarto
agudo, fraturas ósseas expostas, convulsões, hemorragias, etc.

Após a identificação do paciente é preciso analisar quais procedimentos serão


necessários e a rotina para executá-los. Por exemplo, se o paciente precisar ser
entubado, como comunicar a equipe de farmácia o número do tubo endotraqueal e o
restante de materiais necessários.

Todos os procedimentos devem ser “orquestrados” para otimizar o atendimento e evitar


complicações ao paciente. Após a estabilização do paciente, ele pode seguir três
caminhos: internação, cirurgia ou alta. A equipe emergencista trabalha sempre para
estabilizar o paciente para, então, encaminhá-lo a outras áreas.

Portanto, assim que a condição estiver normalizada, pode-se optar pela transferência ao
centro de terapia intensiva, ambulatórios para observações ou para serviços específicos,
como cardiologia, grandes queimados, etc.

Qual é a equipe clínica de um pronto-socorro?


Os profissionais de saúde que fazem parte da equipe emergencista são basicamente
médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, podendo ser incluídos outros a
depender do tipo de demanda.

Todos os profissionais de saúde precisam ter treinamento em situações de urgência e


emergência, além de saber trabalhar sob pressão constante e de forma harmoniosa com
os demais membros.

Os emergencistas normalmente trabalham em regime de plantão, a não ser os


profissionais da equipe administrativa, contas a pagar, convênios, entre outras que dão
suporte ao procedimento do pronto-socorro.

Principais medicações utilizadas por via intramuscular no PS


‍Midazolam:

Finalidade: Sedativo e hipnótico.

Via de Administração: Oral, intramuscular, intravenosa.

Miligramagem Comum: Varia, dependendo da indicação específica, geralmente entre


0,5 mg e 2 mg.

Ketamina:

Finalidade: Anestésico dissociativo, analgésico.

Via de Administração: Intramuscular, intravenosa.

Miligramagem Comum: Pode variar, geralmente entre 1 mg/kg e 2 mg/kg.

Fentanil:

Finalidade: Analgésico opioide potente.

Via de Administração: Intramuscular, intravenosa.

Miligramagem Comum: Varia, frequentemente usado em microgramas, com doses


típicas de 25 mcg a 100 mcg.

Succinilcolina:
Finalidade: Relaxante muscular, facilita intubação.

Via de Administração: Intramuscular, intravenosa.

Miligramagem Comum: Varia, geralmente entre 0,6 mg/kg e 1 mg/kg.

Dipirona Sódica:

Finalidade: Analgésico e antipirético.

Via de Administração: Oral, intramuscular, intravenosa.

Miligramagem Comum: Varia, geralmente entre 500 mg e 1000 mg por dose.

Morfina:

Finalidade: Analgésico opioide.

Via de Administração: Oral, intramuscular, intravenosa.

Miligramagem Comum: Varia, geralmente entre 2 mg e 10 mg por dose.

Diazepam:

Finalidade: Ansiolítico e anticonvulsivante.

Via de Administração: Oral, intramuscular, intravenosa.

Miligramagem Comum: Varia, geralmente entre 2 mg e 10 mg por dose.

Fenitoína:

Finalidade: Anticonvulsivante.

Via de Administração: Oral, intravenosa.

Miligramagem Comum: Varia, geralmente entre 100 mg e 300 mg por dia.

Haloperidol:
Finalidade: Antipsicótico.

Via de Administração: Oral, intramuscular.

Miligramagem Comum: Varia, geralmente entre 2 mg e 5 mg por dose.

Hidrocortisona:

Finalidade: Corticosteroide, anti-inflamatório.

Via de Administração: Oral, intramuscular, intravenosa.

Miligramagem Comum: Varia, geralmente entre 100 mg e 500 mg por dose.

Bibliografia:

https://enfermagemilustrada.com/ritmos-chocaveis-nao-chocaveis-pcr/#google_vignette

https://www.gov.br/pt-br/servicos-

https://graduacao.afya.com.br/medicina/entenda-como-funciona-um-pronto-
socorro#:~:text=A%20estrutura%20de%20um%20pronto,%2C%20exames%20radiogr
%C3%A1ficos%2C%20entre%20outros.

https://youtu.be/DZk-gI6zE_Y?si=53sIbiusefCG0BBF

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