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TRATAMENTO:
✓ Opióide de longa duração (buprenorfina ou metadona) com diminuição
gradativa da dose
✓ Naloxona ou Naltrexona (antagonistas opióides)
✓ Clonidina (ação hipotensora por diminuição do tônus simpático da
musculatura lisa dos vasos sanguíneos e diminuição da frequência cardíaca)
HEROÍNA
Farmacocinética
• Absorção
Bem absorvida por via inalatória, nasal ou venosa. Por via oral apresenta baixa biodisponibilidade
(metabolismo de primeira ordem).
• Volume de distribuição - 2 a 5 L/Kg. • Ligação Proteica - 40%. • Meia-vida - 60 a 90 minutos.
• Pico plasmático
- Uso Intravenoso ou Inalatório <1 minuto.
- Uso Intranasal 3 a 5 minutos;
- Uso Intramuscular 3 a 5 minutos;
- Uso subcutânea 5 a 10 minutos.
• Metabolismo
- Hepático e pelas esterases plasmáticas. Em 10 minutos a heroína é hidrolisada a 6-monoacetil-morfina
(6-MAM) que será metabolizado a morfina. A morfina circulante se transforma em morfina-3-
glicuronídeo (inativo) e morfina-6-glicuronídeo (ativo).
• Eliminação
- 90% renal, na forma de 6-MAM e seus glicuronídeos, morfina e pequena quantidade de
heroína; 10% pela bile ocorrendo circulação êntero-hepática.
ANFETAMINAS e ANÁLOGOS
Exemplos
• Anfetaminas:
Metilfenidato (Ritalina®)
Anorexígenos (anfepromona, fenproporex, etc.)
www.cassiescorner.bizland.com/drugs
ANFETAMINAS e ANÁLOGOS
Aminas simpatomiméticas
Mecanismo de ação:
✓ Bloqueio da recaptação das catecolaminas
Quadro Clínico:
Síndrome adrenérgica prolongada
✓ Ilusões, paranóia
✓ Taquicardia, hipertensão
✓ Hipertermia, diaforese
✓ Hiperreflexia, midríase, convulsões, coma
✓ Pode ocorrer rabdomiólise
Anfetaminas – efeitos mais comuns
SISTEMA EFEITOS
SNC Aumento na atividade mental, alucinações,
convulsões
Respiratório Broncodilatação
Pupilar Midríase
• Descontaminação
Realizar lavagem gástrica e posterior administração de carvão ativado apenas em casos de ingestão
recente.
• Sintomáticos
- Os benzodiazepínicos são a primeira escolha para o controle da agitação, evitar o uso de haloperidol. A
sedação adequada pode evitar o desenvolvimento de rabdomiólise, hipertermia, hipertensão e
convulsões. Nos casos graves, podem ser necessárias paralisia neuromuscular, intubação orotraqueal e
medidas de resfriamento corporal.
- Utilizar 10 mg de diazepam IV até o controle das manifestações; podem ser utilizadas doses cumulativas
de até 100 mg. Na impossibilidade de obtenção de acesso venoso, pode-se utilizar midazolam IM.
- Para o controle das convulsões, sugere-se a utilização de benzodiazepínicos e, em casos refratários,
fenobarbital;
- Em hipertensão arterial grave não responsiva à sedação com benzodiazepínicos, utilizar nitroprussiato.
Evitar antagonistas beta-adrenérgicos, especialmente quando há coingestão com cocaína.
Drogas da noite
“CLUB DRUGS”: Freqüentadores de festas “raves”.
• Distribuição
- volume de distribuição: 6 L/kg.
- Ligação proteica: baixa.
• Metabolismo
- O MDMA e os seus análogos sofrem N-desalquilação, hidroxilação, desmetilação
predominantemente hepática.
- N-desmetilação de MDMA resultado na formação de anfetamina e MDA.
• Eliminação
- Renal de 65%, variando com o pH urinário.
- Meia-vida: 5 a 10 horas.
- A quase a totalidade do produto é eliminada em menos de 40 horas, por via renal.
- Um de seus metabólitos, o 3,4-metileno dioxianfetamina, permanece ativo até sua
total eliminação.
Ecstasy
Mecanismo de ação
• Inicialmente - aumenta a disponibilidade das monoaminas fisiológicas - serotonina,
noradrenalina e talvez dopamina.
Quadro clínico:
• O quadro clínico é semelhante à outras síndromes adrenérgicas (provocadas por cocaína
e outras anfetaminas), com taquicardia, hipertermia, agitação, delírios, hipertensão
arterial, sudorese profusa, irritabilidade, midríase fotorreagente. Nos casos mais graves,
podem ocorrer convulsões, colite isquêmica, IAM, AVC, síndrome serotoninérgica e
rabdomiólise.
• Existem algumas peculiaridades nos sintomas provocados pelo uso de ecstasy, tais como
aumento da energia do indivíduo, da sociabilidade e da disposição sexual;
• É descrita também a ocorrência de secreção inapropriada de hormônio antidiurético nos
casos de intoxicação, com hemodiluição e hiponatremia, levando a convulsões e edema
cerebral.
Tratamento
• Medidas de suporte
- Desobstruir vias aéreas e administrar oxigênio suplementar quando necessário.
- Monitorizar sinais vitais.
- Manter acesso venoso calibroso.
- Medidas de resfriamento corporal.
• Descontaminação
- Realizar lavagem gástrica e posterior administração de carvão ativado apenas em casos de ingestão
precoce de grande quantidade.
• Sintomáticos
- Os benzodiazepínicos para o controle da agitação. A sedação para evitar o desenvolvimento de
rabdomiólise, hipertermia, hipertensão e convulsões. Nos casos graves, podem ser necessárias paralisia
neuromuscular, intubação orotraqueal e medidas de resfriamento corporal.
- Utilizar 10 mg de diazepam IV até o controle das manifestações; podem ser utilizadas doses cumulativas
e até 100 mg. Na impossibilidade de obtenção de acesso venoso, pode-se utilizar midazolam IM.
- Se temperatura muito elevada (> 41ºC), estão indicados sedação, paralisia e intubação orotraqueal.
- Sedação: benzodiazepínicos.
- Acidificação da urina para acelerar a eliminação.
GHB
• Foi sintetizado na França, durante a busca de um análogo do GABA,
capaz de atravessar a barreira hematoencefálica.
• Ganhou popularidade na década de 80 por provocar alterações no
estado mental, realçar o efeito do etanol e por uma possível estimulação da produção de
hormônio de crescimento.
• Estrutura similar ao neurotransmissor GABA.
• Date-rape drug (Relatos de uso em assaltos e estupros).
Mecanismo de ação:
• Descontaminação
- Lavagem gástrica e carvão ativado não têm indicação
- Deve-se considerar o esvaziamento gástrico em caso de suspeita de coingestão
de outras drogas.
• Sintomáticos
- Tratar convulsões utilizando diazepam e hipotensão com hidratação e uso de
drogas vasoativas.
DOB - (Cápsula do vento)
(4-bromo-2,5-Dimetoxi-4-bromoamfetamina)
DOB - (Cápsula do vento)
• Distribuição
- Volume de distribuição: 3 a 5 L/Kg.
- Ligação Proteica: 20%.
• Metabolismo - Hepático.
• Eliminação
- Renal.
- Meia-vida: 7 a 14 horas.
DOB - (Cápsula do vento)
QUADRO CLÍNICO
• Sintomáticos
- Os benzodiazepínicos são os medicamentos de primeira linha para o controle da agitação. A sedação
adequada pode evitar o desenvolvimento de rabdomiólise, hipertermia, hipertensão e convulsões. Nos
casos graves, podem ser necessárias paralisia neuromuscular, intubação orotraqueal e medidas de
resfriamento corporal.
- Utilizar 10 mg de diazepam IV até o controle das manifestações; podem ser utilizadas doses
cumulativas de até 100 mg.
- Para o controle das convulsões, sugere-se a utilização de benzodiazepínicos e, em casos refratários,
fenobarbital.
- Os antipsicóticos não estão indicados para o tratamento da agitação pois podem baixar o limiar de
convulsão, alterar a regulação da temperatura, causar distonia aguda e precipitar arritmias cardíacas.
- Em hipertensão arterial grave não responsiva à sedação com benzodiazepínicos, utilizar nitroprussiato.
LSD
LSD-25 (dietilamida do ácido
lisérgico): Ácido, doce, ponto, etc.
Quadro clínico:
•Os efeitos psicológicos dependem da expectativa do usuário e do ambiente físico que o cerca.
• Há alterações na percepção, principalmente de caráter visual e auditivo, e sinestesias (ex.: "ouvir cores"
ou "ver sons"). O pensamento pode ficar acelerado ou desorganizado, com ideias soltas e perda do foco.
• O humor torna-se lábil, podendo variar de situações de grande euforia a quadros de extremo mal estar,
marcados por tristeza e medo. Podem ocorrer "bad trips" (viagens ruins), quando a experiência com o uso
da droga é desagradável, apresentando ansiedade intensa, agressividade e comportamentos bizarros.
• Sinais simpatomiméticos podem acontecer, porém são leves, e incluem: taquicardia, sudorese,
piloereção, midríase, aumento de temperatura e hipertensão arterial.
Tratamento LSD
• Medidas de suporte
- Desobstruir vias aéreas e administrar oxigênio suplementar quando necessário.
- Monitorizar sinais vitais.
- Manter acesso venoso calibroso.
- Hidratação adequada.
- Medidas de resfriamento corporal quando indicadas.
• Descontaminação
- Como os alucinógenos são rapidamente absorvidos e a intoxicação, geralmente, é leve, as
medidas de descontaminação gastrintestinal não estão indicadas.
• Sintomáticos
- Colocar o paciente em um ambiente calmo e livre de ruídos.
- Os benzodiazepínicos são os medicamentos de primeira linha para o controle da agitação.
A sedação adequada pode evitar o desenvolvimento de rabdomiólise, hipertermia e
hipertensão.
- Utilizar 10 mg de diazepam IV até o controle das manifestações. Na impossibilidade de
obtenção de acesso venoso, pode-se utilizar midazolam IM.
- Antipsicóticos podem ser administrados se houver persistência dos sintomas psicóticos e
da agitação apesar do tratamento de suporte e da administração de benzodiazepínicos.
Diagnóstico de Anfetaminas
❑ Testes Colorimétricos
➢ Reativo de Marquis
Colocar uma pequena quantidade da amostra em uma placa e adicionar
gota a gota , não mais que três, do Reativo de Marquis (2 – 3 gotas de
formaldeído 40% em 3 mL de ácido sulfúrico concentrado).
➢ Reativo de Simon
Colocar uma pequena quantidade de amostra em uma placa e adicionar
uma gota da solução A (solução de carbonado de sódio 2%) e ir
adicionando gotas da solução B (acetaldeído 50% em etanol com solução
de nitroprussiato de sódio 1%)
Diagnóstico de Anfetaminas
❑ Cromatografia de Camada Delgada (CCD)
Eluentes
1. Metanol:Hidróxido de sódio (100:1,5)
2. Ciclohexano:tolueno:dietilamina (75:15:10)
3. Metiletilcetona:dimetilformamida:isopropanol (130:19:30)
4. Acetato de etila:metanol:hidróxido de amônio (85:10:5)
Reveladores
Cocaína
COCAÍNA E CRACK
ORIGEM : Erythroxylon coca
MECANISMO DE AÇÃO:
• Inibe o uptake dos neurohormônios adrenérgicos
• Ação anetésica local (bloqueiam os canais de sódio)
EFEITOS:
• Bem estar
• Euforia
• Agitação
• Excitação
• Pequenas quantidades = atividade motora
• Grandes quantidades = convulsões e tremores
• Vômitos
• Disforia
• Depressão respiratória
• Aumento da temperatura corporal (pelo aumento da atividade muscular,
aumento da produção de calor e diminuição da perda de calor)
Toxicocinética
2 - 6%
junto ao álcool
Marcador biológico
Toxicodinâmica
Cocaína
• Euforia, auto confiança, ilusão de onipotência, bem estar.
• Hiperemia nasal, rinite e lesões da mucosa.
• Hiperatividade, hipertermia e midríase, confusão mental, paranóia, ansiedade, alucinações, sensações
suicidas e homicidas.
• O óbito geralmente ocorre por alterações cardiovasculares e respiratórias.
• Dose letal = 0,8 – 1,2 g / 70 kg.
Crack
• Sensação de extremo prazer (flash) em 5 minutos.
• Fissura pela reutilização da droga (craving), disforia e ansiedade que podem durar 1 -2 horas.
• Lesões por quemiaduras nos lábios e rosto.
• Sinusite, dispinéia, tosse , rinorréia, podendo gerar granulomas pulmonares.
• Degeneração de musculatura esquelética gerando rabdomiólise.
• O óbito geralmente ocorre por alterações cardiovasculares e respiratórias.
• Dose letal = 1 g
Diagnóstico
❑ Teste de Mayer