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Química Forense
Uma arma de fogo é considerada uma máquina térmica, sendo constituída pelo aparelho arremessador
ou arma propriamente dita, pela carga de projeção (pólvora) e pelo projétil.
Com a combustão da pólvora, que ocorre pela “chama iniciadora” proveniente da espoleta, o projétil
é lançado para fora do cano. A força com que é projetado depende da qualidade da combustão. A
combustão da pólvora gera um volume de gases, que gera uma pressão que impele o projétil pelo
cano da arma.
A expansão dos gases ocorre na região anterior do cano da arma, orientada para a frente e na região
posterior da arma, em decorrência da presença de orifícios na culatra (em revólveres) ou do extrator
(no caso de pistolas). É o fluxo de gases emitido pela região posterior da arma que atinge a mão do
atirador, sendo chamado de vestígios ou resíduos de arma de fogo.
Os resíduos de tiro (GSR), do inglês Gun shot residue, são produzidos em todo crime em
que tenha ocorrido um disparo de arma de fogo. Representam um conjunto complexo de
compostos orgânicos e inorgânicos, ou seja, elementos metálicos oriundos do cano (Fe), do
estojo (Cu, Zn, Ni), do projétil (Pb, Sb), do iniciador (Pb, Ba, Sb) e da pólvora (orgânicos).
Porém, não pode ser detectado a olho nu e, portanto, necessita de técnicas de laboratório
para sua revelação. Esses resíduos de tiro, quando presente nas mãos, apresentam um tempo
de vida curto. Dessa forma, a coleta precisa ser feita o mais rápido possível para não
comprometer o andamento das investigações
A coleta dos resíduos dos disparos é realizada nas seguintes regiões da mão do atirador: a
palma, o dorso e a região palmar (Pinça-Palmar) e dorsal (Pinça-Dorsal) dos dedos polegar e
indicador.
É uma técnica que produz imagens com alta ampliação (até 300.000x) e resolução. As
imagens fornecidas são virtuais, pois o que é exibido no monitor do aparelho é a
transcodificação de ondas energéticas emitidas. A técnica de microscopia eletrônica de
varredura (MEV) baseia-se na interação da amostra a ser analisada com os feixes de
elétrons, que é responsável por produzir a imagem desejada.
O EDX (energy disperse x-ray detector, EDX ou EDS) é um acessório que mede a energia
associada a cada elétron. Dessa forma, o uso em conjunto do MEV e do EDX permite uma
identificação mais precisa de que mineral está sendo analisado, já que cada elétron de
determinado átomo apresenta energia específica. As imagens geradas pelo MEV-EDX
apresentam excelente nitidez. Dessa forma, a utilização de um microscópio eletrônico de
varredura equipado com capacidade de análise EDX fornece resultados que combinam
detalhes da morfologia e da composição elementar de partículas individuais de GSR.
Revelações de Impressões Digitais
A Papiloscopia é a ciência responsável pela identificação por meio das papilas dérmicas. As
papilas dérmicas são reentrâncias que representam o local de contato entre a derme e a
epiderme. As papilas são irrigadas e apresentam receptores sensoriais.
• Após isso, várias descobertas tiveram importância no campo das impressões digitais e vários
sistemas de identificação por meio destas foram propostos. Porém, em 1891, Juan Vucetich
apresentou o novo sistema de identificação, que ficou conhecido como Iconofalangometria.
a) Monodatilar
b) Decadátilar
I) Ausência de delta;
II) As linhas atravessam o campo da impressão de um lado para o outro, assumindo forma
abaulada.
Presilha interna (I – polegar; 2 – demais dedos)
Características do Verticilo:
• Impressões latentes (IPL): são as impressões formadas por óleo ou secreções de suor depositadas pelo
dedo de uma pessoa quando esta toca determinada superfície ou objeto. São invisíveis a olho nu e
necessitam de técnicas que as faça visíveis.
• Impressões visíveis: são formadas quando o dedo do criminoso está contaminado com algum tipo de
fluido. Daí é deixada uma marca visível.
• Impressões plásticas ou moldadas: são formadas quando a impressão do dedo é deixada em uma
substância macia. Raras de serem encontradas nas cenas de crime.
Nas técnicas de revelação de impressões digitais são utilizados reveladores. Os reveladores reagem com
os produtos liberados no suor.
A técnica do pó
Na revelação de impressões digitais utilizando
a técnica do pó são utilizados diversos tipos
de pó. A escolha depende da superfície
avaliada, das condições climáticas e da
experiência do perito. O pó pode ser aplicado
com o auxílio de um pincel com cerdas
macias, spray de aerossol e aparato
eletrostático
Vapor de Iodo
O iodo tem a capacidade de sublimar, para isso necessita
absorver calor. O vapor gerado por essa mudança
apresenta a coloração marrom amarelada. O princípio da
técnica de revelação utilizando o vapor de iodo está
relacionado a essa mudança de estado. Coloca-se o
material a ser examinado em um saco plástico selado
junto a cristais de iodo. Agita-se o saco, movimento
suficiente para gerar calor no microambiente. Ocorre,
dessa forma, a sublimação e o vapor reagem com a
impressão digital latente por meio de uma absorção
física.
III) O sangue /mancha de sangue foi removida pelo criminoso, portanto, considerada
também invisível.
O tipo de mancha de sangue deixada como vestígio vai depender do tipo de ferimento em
questão
Testes colorimétricos presuntivos
1. Reagente de Kastle-Meyer
A amostra de sangue coletada deve ser macerada com 1
ml de água destilada ou hidróxido de amônio
concentrado. Duas gotas do macerado são colocadas em
um tubo de ensaio junto com duas gotas do reagente e
duas de peróxido de hidrogênio a 5 %.
Reagente de Kastle-Meyer:
• 0,1 g de fenolftaleína;
• 2,0 g de hidróxido de sódio (sob a
forma de pellet);
• 2,0 g de pó de zinco metálico;
• 10 ml de água destilada.
A amostra coletada deve ser macerada em 1 ml de água destilada ou ácido acético glacial.
Colocam-se duas gotas do macerado em um tubo de ensaio juntamente com duas gotas
do reagente e duas de peróxido de hidrogênio. Caso a amostra contenha sangue, o
oxigênio liberado irá oxidar a benzidina fazendo com que haja o aparecimento da
coloração azul.
Hoje, há kits especiais no mercado facilitando a vida dos peritos na revelação de manchas
de sangue.
Reações confirmatórias
Cristais de Teichmann
Os cristais de Teichmann são a forma química particular da heme, cujo átomo de ferro está
oxidado. São cristais rômbicos ou prismáticos, isolados ou agrupados de cor castanho-
escuros. Podem formar-se no sangue quando adicionado um reagente de Bertrand, assim
confirmam que a amostra é sangue.