Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Detector a cintilação
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
História
Willian Crookes construiu o primeiro contador de cintilação em 1903. Ele utilizou uma tela sulfeto de zinco
e um microscópio para fazer a observação visual dos flashes de luz quando a radiação ionizante, no caso
partículas alfa, atingisse o material cintilador.[3] Quando visto por um microscópio em uma sala escura, as
cintilações poderiam ser distinguidas a olho nu, embora alguma prática fosse necessária. Era tedioso de
usar,e, por isso, não se tornou muito popular, apesar de ter sido empregado por Geiger e Mardsen em seu
famoso experimento de espalhamento de partículas alfa, orientados por Rutherford. Porém, com a invenção
dos detectores de ionização de gás, o contador de cintilação caiu em desuso rapidamente.[1]
Esta era a situação até 1939, mas durante os anos 1939-1945, durante a guerra, necessidades surgiram na
área de instrumentação e essas necessidades estavam muitas vezes relacionadas a problemas no desempenho
dos instrumentos até então utilizados. Por exemplo, a fragilidade e a sensibilidade à presença de campos
magnéticos se tornou uma objeção ao uso da câmara de ionização o que limitava seu uso a certos tipos de
investigação. Além disso, experiência e conhecimento considerável eram necessários por parte dos
operadores dos equipamentos. Nesta situação, a primeira forma simples do contador a cintilação moderno
foi introduzido por Curran e Baker em 1944. Basicamente, o contador foi montado a partir do antigo
contador a cintilação e a ele foi adicionado um tubo fotomultiplicador capaz de gerar pulsos de corrente, um
por cintilação, e isso poderia ser registrado por uma eletrônica apropriada.[4]
Partes e funcionamento
Um detector a cintilação é constituído geralmente por um material cintilador que está opticamente acoplado
diretamente ou via uma guia de onda à uma fotomultiplicadora. Quando a radiação passa pelo cintilador, ela
excita os átomos e as moléculas fazendo com que o material cintilador emita luz. Essa luz é transmitida à
fotomultiplicadora onde esse sinal é convertido em uma fraca corrente de fotoelétrons que será
https://pt.wikipedia.org/wiki/Detector_a_cintilação 1/4
29/09/2023, 15:04 Detector a cintilação – Wikipédia, a enciclopédia livre
posteriormente amplificada por um sistema multiplicador de elétrons. A corrente resultante é então analisada
por um sistema eletrônico e dessa forma é possível obter uma variedade de informações a respeito da
radiação incidente.[1]
Cintiladores
Como resultado da interação da radiação incidente com o cristal, pode ocorrer a excitação de elétrons até a
banda de condução, deixando lacunas na banda de valência, normalmente preenchida. No cristal puro, as
alturas típicas das bandas proibidas são tais que os fótons resultantes do retorno do elétron para a banda de
valência têm energia muito acima da região visível do espectro. Entretanto, a adição de pequenas
quantidades controladas de impurezas ao cristal cira sítios na rede cristalina, cujos estados de energia
situam-se na banda proibida. O elétron pode desexcitar-se através desses estados até a banda de valência.
Como a diferença de energia é menor que a da banda proibida, essa transição pode resultar num fóton de
comprimento de onda no visível ou no ultravioleta próximo, servindo para o processo de detecção.[5][6]
Fotomultiplicadora
https://pt.wikipedia.org/wiki/Detector_a_cintilação 2/4
29/09/2023, 15:04 Detector a cintilação – Wikipédia, a enciclopédia livre
requisitos anteriores. Os elementos básicos de uma fotomultiplicadora é um fotocátodo, que serve para
converter uma fração dos fótons incidentes em elétrons, e uma série de dínodos, que amplificam o pulso
inicial de fotoelétrons por emissão secundária[7]
Informações obtidas
Ao se utilizar um detector a cintilação é possível obter diversas informações sobre a radiação incidente. As
principais, que tornam esse tipo de detector utilizado até os dias de hoje são:
Sensibilidade à energia
Acima de um certo mínimo de energia, a maioria dos cintiladores se comporta de maneira quase linear em
relação à energia depositada, ou seja, a saída de luz do cintilador é diretamente proporcional à energia
excitante. A fotomultiplicadora também é um dispositivo linear, logo, a amplitude do sinal elétrico final
também será proporcional a esta energia. Isso faz com que o cintilador possa ser usado como um
espectrômetro, embora não seja o instrumento ideal para esta finalidade.
Detectores a cintilação são instrumentos rápidos no que diz ao seu tempo de resposta e de recuperação. Essa
resposta rápida permite informações de tempo, ou seja, informações sobre a diferença de tempo entre dois
eventos podem ser obtidos com uma boa precisão. Além disso, o rápido tempo de recuperação do dispositivo
permite que o contador aceite altas taxas de contagens.
Alguns tipos de cintiladores são capazes de distinguir os diferentes tipos de partículas detectadas fazendo
uma análise do formato do pulso de luz emitido durante a cintilação. Isso ocorre por causa dos diferentes
tipos de mecanismos de fluorescência pelas partículas de diferentes potenciais de ionização. [1]
Ver também
Espectrógrafo
Cintilografia
Referências
1. W.R Leo, "Techniques for Nuclear and Particles Physics Experiements", Springer-Verlag, 1987
2. J.B. Birks, "Scintillation Counters", McGraw-Hill Book Co, 1953
3. Stephen A. Dyer, "Wiley Survey of Instrumentation and Measurement", 2001
4. S.C. Curran, "Luminescence and the scintillation counter", London, Butterworths Scientific
Pulications, 1953
5. UFRGS, "Detectores de Cintilação", Roteiro de laboratório
6. Glenn F. Knoll, ''Radiation Detection and Measurement'', Third edition
7. Arthur H. Snell, "Nuclear Instruments and their uses", John Wiley and sons
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Detector_a_cintilação&oldid=65557871"
https://pt.wikipedia.org/wiki/Detector_a_cintilação 3/4
29/09/2023, 15:04 Detector a cintilação – Wikipédia, a enciclopédia livre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Detector_a_cintilação 4/4