Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HEMATOLOGIA
Passo-a-passo para diagnóstico e conduta
1a edição
2023
Faaaaala, Doc! 💡
Ansioso para começar a usar o seu mais novo Manual de
Hematologia da MEDSimple? Antes, só deixa a gente te
mostrar o que ele tem de melhor!
1
🔹 Primeiro suspeite
🔹 Depois faça uma investigação direcionada 🔎
🔹 Classifique 🗃:
🔹 E, então, siga as condutas adequadas, não só de
tratamento, mas também de orientação e cuidados
com o paciente !
2
🔹 Aquela pergunta que você esqueceu de fazer para o
paciente
🔹 Um detalhe que você não viu no exame físico
🔹 Ou você não tinha o raciocínio diagnóstico na
cabeça
🔹 O paciente já foi embora e você nem lembrou de
dar aquela orientação para ele.
3
SUMÁRIO
Hemograma 7
Anemia 14
Hipoproliferativas 19
Microcíticas 20
Anemia Ferropriva 20
Anemia Sideroblástica 26
Normocítica 29
Anemia de Doença Crônica 29
Aplásica 32
Megaloblástica 34
Hiperproliferativas 39
Microesferocitose hereditária 42
Deficiência de G6PD 47
Doença Falciforme 51
Crise álgica 64
Síndrome torácica aguda 66
Febre no Paciente com Doença Falciforme 69
Crise de Sequestro Esplênico 71
Acidente Vascular Cerebral 73
Talassemia 75
Alfa-talassemia 77
Beta-talassemia 79
Anemia Hemolítica Autoimune 83
Hemoglobinúria Paroxística Noturna 86
Diagnóstico diferencial de Hemólise 89
Série Branca 90
4
Leucemias Agudas 90
Leucemia Mieloide Aguda 93
Leucemia Linfocítica Aguda 98
Leucemias Crônicas 101
Leucemia Mielóide Crônica 101
Leucemia Linfocítica Crônica 106
Linfomas 108
Linfoma de Hodgkin 110
Linfoma Não-Hodgkin 115
Macroglobulinemia de Waldenström 119
Linfoma de Burkitt 120
Linfoma MALT 121
Plaquetas e Coagulação 123
Distúrbios da Hemostasia Primária 123
Púrpura Trombocitopênica Imunológica/Idiopática
127
Púrpura Trombocitopênica-Trombótica 130
Síndrome Hemolítico-Urêmica 132
Distúrbios da Hemostasia Secundária 134
Hemofilias 138
Doença de Von Willebrand 141
Coagulação Intravascular Disseminada 144
Síndromes Mieloproliferativas 149
Policitemia Vera 149
Trombocitemia Essencial 151
Mielofibrose 153
Mieloma Múltiplo 155
Emergências Oncológicas 163
Síndrome de Lise Tumoral 163
Síndrome de Hiperviscosidade 166
5
Síndrome de Veia cava Superior 169
Neutropenia febril pós-quimioterapia 172
Transplante de Células Tronco 177
Hemoterapia 179
Concentrado de Hemácias 184
Concentrado de Plaquetas 185
Plasma 186
Crioprecipitado 187
Reações Transfusionais 188
Imediatas 188
Reação Hemolítica Aguda 189
Reação Febril Não Hemolítica 191
Contaminação Bacteriana 192
Alergia/Anafilaxia 193
Lesão Pulmonar Aguda Relacionada à Transfusão
194
Sobrecarga Circulatória Associada à Transfusão
196
Tardias 197
Reação Hemolítica Tardia 197
Doença Enxerto Versus Hospedeiro Transfusional
198
Referências 199
6
Hemograma
Hematopoiese
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hematopoiese#/media/Ficheiro:Hematopoiesis_(human)_diagram_pt.svg
7
Órgãos da hematopoese - evolução
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/2892377/
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/9541431/
8
Série vermelha
➜ Eritropoese regulada pela eritropoetina (hormônio
produzido pelos rins) conforme oferta de O2
Eritropoese e eritropoetina
Fonte: https://www.eritropoetina.com.br/
9
concentração de 2,3-DPG, H+ e CO2 na
molécula de Hb
🔹 13,5-17,5 g/dL (♂)
🔹 12-16 g/dL (♀)
■ Hematócrito (Ht)
🔹 41-54% (♂)
🔹 35-47% (♀)
*Normalmente é cerca de 3x a hemoglobina
■ VCM (Ht/RBC)x10 fentolitros ou μm3
🔹 80 - 100 fL
🔹 Normocitose, microcitose, macrocitose
■ RDW (Red cell Distribution Width)
🔹 11,5 -14,5%
🔹 Anisocitose (se aumentado)
■ HCM ((Hb)/ RBC)x 10 pg)
🔹 27-31 pg
🔹 Normocromia, hipocromia, policromasia
■ CHCM (Hb/Ht) x 100 g/dl ou %)
🔹 32-36 g/dL
🔹 Normocromia, hipocromia, policromasia
■ Reticulócitos
➜ Leva 1-2 dias para amadurecer
🔹 50-150 mil
🔹 0,5-2%
➜ Se >2% ➡ corrigir
■ % corrigida = [Ht do paciente]/[Ht
padrão para sexo e idade] x
[reticulócitos]
➜ Homens = 45%
➜ Mulheres = 40%
*Se Ht <30%, dividir por 2 no final
10
*Os valores de referência variam conforme o laboratório
Hemácia e hemoglobina
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/respiracao4.php
Curva de dissociação de O2
Fonte: https://www.bibliomed.com.br/bibliomed/books/livro8/cap/fig05-1.htm
11
🔹 Segmentados
■ 1500-8.000
🔹 Eosinófilos
■ até 550
🔹 Basófilos
■ 0-200
🔹 Linfócitos
■ 1.000-4.800
🔹 Linfócitos atípicos
■ 0-550
🔹 Monócitos
■ até 1.000
Fonte:
https://pt.dreamstime.com/percentagem-de-diferentes-tipos-gl%C3%B3bulos-brancos-f%C3%B3rmula-leuc%
C3%B3citos-neutr%C3%B3filos-mon%C3%B3citos-linf%C3%B3citos-eosin%C3%B3filos-bas%C3%B3filos-image16
1255265
Plaquetas
🔹 Plaquetas
■ 150.000-450.000
12
Hemograma de pessoa saudável
Fonte: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/1/voc-sabe-interpretar-um-exame-de-sangue
13
Anemia
➜ Diminuição nos níveis de hemoglobina total
circulante
➜ Causas:
🔹 Diminuição do volume plasmático
🔹 Hemólise
🔹 Deficiência de nutrientes
■ Ferro
■ Ácido fólico
■ Cobalamina
🔹 Hereditárias
■ Doença falciforme
■ Talassemias
🔹 Alteração da produção
■ Medula
■ Eritropoese
➜ Leva a aumento compensatório da 2,3-DPG
Etapas da eritropoese
Fonte: https://cadernodefarmacia.blogspot.com/2012/11/eritropoiese.html
14
Curva de dissociação de O2
Fonte: https://www.bibliomed.com.br/bibliomed/books/livro8/cap/fig05-1.htm
Fonte:
https://www.grepmed.com/images/4197/conjunctival-comparison-pallor-comparison-physic
alexam
Fonte:
https://www.grepmed.com/images/15116/conjunctival-anemia-clinical-physicalexam-pallor
16
🔹 Hemograma
🔹 ↓Hb e ↓Ht (anemia)
■ Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
■ Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
✔Classificação 🗃:
Gravidade
🔹 Leve ➡ até 10 g/dL
🔹 Moderada ➡ <10 g/dL
🔹 Severa ➡ <7 g/dL
17
🔹 Hiperproliferativas
■ >150.000 / >2% (valor corrigido)
18
Hipoproliferativas
19
Microcíticas
Anemia Ferropriva
Metabolismo do ferro
Fonte: http://ddcnovasprespectivas.blogspot.com/2013/04/metabolismodo-ferro-sincroniaperfeita.html
20
✔O que deve levar a suspeitar dessa condição?
Fatores de risco
🔹 Baixo nível socioeconômico
🔹 Faixa etária
🔹 Lactentes a partir de 6 meses
■ Até o 5° mês ainda tem estoques de
ferro (RN a termo)
🔹 Adolescentes, gestantes
🔹 Dieta pobre em ferro
🔹 Não consumo de carne e vísceras
🔹 Causas de deficiência de absorção
➜ Absorção ocorre no duodeno/jejuno proximal
e necessita de pH ácido
🔹 Cirurgia bariátrica
🔹 Gastrite atrófica
🔹 Enteropatia por glúten
🔹 Perdas por sangramento crônico
🔹 Gastrointestinal
🔹 Uterino
Clínica
🔹 Presentes na deficiência de ferro (mesmo sem
anemia)
🔹 Astenia
🔹 Dor em MMII
🔹 Unhas quebradiças e rugosas (coiloníquia)
■ ↓hemoglobina ➡ ↓oxigênio nos
tecidos
🔹 Queilite angular, glossite
🔹 Perversão do apetite (pica)
21
■ Gelo
■ Terra
■ Reboco
■ Tijolo
🔹 Síndrome de Plummer-vison
■ Membrana entre a faringe e esófago
(veja mais no Manual MEDSimple de
Cirurgia do Aparelho Digestivo)
🔹 Apenas quando anemia:
🔹 Palidez
🔹 Fadiga
🔹 Apatia
🔹 Irritabilidade
➜ Prejuízo no fornecimento de oxigênio
aos tecidos
🔹 Alterações cardiovasculares
🔹 Sopro cardíaco
🔹 Taquicardia
🔹 ↓Tolerância a exercícios
22
🔹 ↑RDW (anisocitose)
■ >14,5%
🔹 ↓reticulócitos (hipoproliferativa)
■ <2% (lembrar de corrigir o valor (ver
nas sessões sobre anemias hipo ou
hiperproliferativas)
🔹 Leucopenia
■ <4.000
🔹 Trombocitose
➜ Eritropoetina é semelhante à
trombopoetina
■ >450.000
🔹 Hemácias em alvo/lápis
🔹 ↓Ferritina (depleção dos estoques de ferro)
🔹 <23 ng/mL (♂)
🔹 <11 ng/mL (♀)
🔹 ↓Ferro sérico (deficiência de ferro)
🔹 <65 ng/mL (♂)
🔹 <50 ng/mL (♀)
🔹 ↓Saturação de transferrina
🔹 <15-20%
🔹 ↑CTFL/TIBC (capacidade total de ligação do ferro)
🔹 >240-250 mcg/dL (♂)
🔹 >310 mcg/dL (♀)
Investigação etiológica:
🔹 Coagulograma
🔹 Investigar sangramento
🔹 Endoscopia digestiva alta
(EDA)/colonoscopia
🔹 Exame ginecológico
Outros:
23
🔹 Mielograma com pesquisa de ferro medular
(padrão-ouro)
🔹 Coloração azul de prússia)
✔Conduta :
1. Ajustar dieta
🔹 Alimentos ricos em ferro
■ Ferroso (heme) (Fe2+)
➜ Mais biodisponível (absorvido
diretamente no duodeno -
digestão pelo pepsinogênio)
🔹 Carnes
🔹 Vísceras
■ Férrico (não heme) (Fe3+)
➜ Menor biodisponibilidade
(precisa ser convertido em
ferroso)
🔹 Leguminosas
🔹 Vegetais de folhas verdes
🔹 Associados a facilitadores de absorção:
■ Ácido ascórbico (vitamina C)
🔹 Frutas cítricas
■ Abacaxi
■ Acerola
■ Ameixa, amora
■ Caju
■ Jabuticaba
■ Kiwi,
■ Laranja, limão
■ Morango
■ Tangerina
24
■ Uva
🔹 Evitar inibidores de absorção junto com a
ingestão:
■ Fitatos
🔹 Cereais
🔹 Leguminosas
■ Cálcio e fosfato
🔹 Leite
🔹 Soja
🔹 Ovo
2. Reposição de ferro oral
➜ Mínimo 6 meses
🔹 2-3 mg/kg/dia de ferro elementar
➜ Em jejum e com facilitadores da
absorção (ver acima)
■ Sais de ferro
■ Sais férricos
■ Aminoquelatos
Efeitos colaterais ❌
🔹 Náusea
🔹 Diarreia
🔹 Fezes escurecidas
🔹 Gosto amargo na boca
🔹 Escurecimento dos dentes (escovar os dentes
após)
*Se não tolera ou necessidade de repor mais
rapidamente, usar via IV
25
Anemia Sideroblástica
Fonte: http://www.hemoglobinopatias.com.br/hemoglobina/grupo-heme.htm
26
✔Como proceder para esclarecer o diagnóstico 🔎:
🔹 Anemia refratária
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ VCM normal (hipocrômica)
🔹 <80 fL
■ HCM e CHCM normais (microcítica)
🔹 HCM = <27 pg
🔹 CHCM = <32 g/dL
🔹 ↑Ferritina
■ >336 ng/mL (♂)
■ >306 ng/mL (♀)
🔹 ↑Ferro sérico (deficiência de ferro)
■ >50 mcg/dL (♂)
■ >140 mcg/dL (♀)
Confirmação
🔹 ≥15% sideroblastos em anel na medula óssea
■ Eritroblastos com grânulos de ferro
acumulados nas mitocôndrias
27
Sideroblastos em anel
Fonte:
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/image/sideroblastos-em-anel-na-anemia-sidero
bl%C3%A1stica
✔Conduta :
28
Normocítica
Fonte: https://www.umc.br/artigoscientificos/art-cient-0075.pdf
29
✔O que deve levar a suspeitar dessa condição?
🔹 Sintomas de anemia (ver no capítulo geral de
Anemia)
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ VCM normal (normocítica)
🔹 80-100 fL
■ HCM e CHCM normais (normocrômica)
🔹 HCM = 27-31 pg
🔹 CHCM = 32-36 g/dL
*⚠ Com o avanço da doença a anemia se torna
microcítica
🔹 Ferritina normal (ou aumentada - marcador
inflamatório)
■ 23-336 ng/mL (♂)
■ 11-306 ng/mL (♀)
🔹 ↓Ferro sérico (deficiência de ferro)
■ <65 ng/mL (♂)
■ <50 ng/mL (♀)
🔹 ↑VHS e PCR
🔹 ↓Saturação da transferrina
🔹 ↓CTFL/TIBC (capacidade total de ligação do ferro
com a transferrina)
➜ Estoques já adequados
30
■ 69-240 mcg/dL (♂)
■ 70-310 mcg/dL (♀)
✔Conduta :
31
Aplásica
🔹 Pancitopenia
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ VCM normal (normocítica)
32
🔹 80-100 fL
HCM e CHCM normais (normocrômica)
■
🔹 HCM = 27-31 pg
🔹 CHCM = 32-36 g/dL
■ ↓reticulócitos (hipoproliferativa)
🔹 Medula óssea hipoplásica
✔Conduta :
1. Ab
🔹
33
Megaloblástica
34
■Gastrectomia, deficiência de fator
intrínseco (gastrite atrófica)
➜ Fator intrínseco (produzido pelas
células parietais da cárdia e fundo
gástrico) é essencial para a
absorção da vitamina B12
■ Anemia perniciosa (autoimune)
■ Síndromes disabsortivas
■ Tênia do peixe (diphilobotrium latus)
■ Medicamentos
🔹 Metformina
🔹 IBPs
🔹 Deficiência de vitamina B9
➜ Presente em vegetais verdes, fígado e
frutas
■ Absorvido no duodeno
■ Transformado pela B12 em
tetra-iodo-folato (THF)
🔹 Síntese de DNA
🔹 Transformação de
homocisteína em
metionina
Causas:
■ Baixa ingesta
■ Gestação, lactação
■ Prematuridade
■ Neoplasias
■ Anemia hemolítica
➜ Demanda por produção de
hemácias leva a consumo de
ácido fólico
■ Doenças inflamatórias
35
🔹 Doença de Crohn
■ Medicamentos
🔹 Anticonvulsivantes
🔹 Metotrexato
🔹 Álcool
Se deficiência de B12:
🔹 Neuropatia simétrica
➜ Degeneração cordonal posterior
Se deficiência de B9:
🔹 Defeitos do tubo neural (fazer profilaxia nas
gestantes)
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ VCM aumentado (macrocítica)
🔹 >100 fL
■ HCM e CHCM aumentados (hipercrômica)
36
🔹 HCM = >31 pg
🔹 CHCM = >36 g/dL
🔹 ↓reticulócitos (hipoproliferativa)
■ <2% (lembrar de corrigir o valor (ver
nas sessões sobre anemias hipo ou
hiperproliferativas)
🔹 Leucopenia
🔹 Trombocitopenia
🔹 ↓B12 e ↓B9
🔹 ↑Homocisteína, ↑Ácido metilmalônico
🔹 ↑Bilirrubina indireta
🔹 ↑DHL (aumento de >50x)
➜ Destruição intramedular de megaloblastos
(contendo altos níveis de DHL)
🔹 Medula
🔹 Hipercelular (muitas células imaturas - sem
maturação do núcleo)
🔹 Neutrófilos hipersegmentados
Se deficiência de B12:
🔹 Endoscopia digestiva alta
🔹 Anticorpos (anti-fator intrínseco e anti-células
parietais)
🔹 Gastrina sérica
✔Conduta :
38
Hiperproliferativas
39
➜ Produto da degradação da
hemoglobina
■ ↑Reticulócitos
➜ Precursor de hemácias (produção de
hemácias pela medula óssea para
reposição)
🔹 >150.000
🔹 Ou reticulócitos corrigidos >2%
■ Ver fórmula no início do
capítulo
■ ↓Haptoglobina
➜ Se liga irreversivelmente à
hemoglobina após a hemólise
■ ↑DHL
✔Classificação 🗃:
🔹 Intravascular
➜ Ocorre nos vasos
■ Hemoglobinemia
■ Hemoglobinúria
■ Hemossiderinúria
🔹 Extravascular
➜ Ocorre no sistema reticuloendotelial (baço e
fígado)
■ Esplenomegalia
■ Colelitíase
40
Catabolismo da hemoglobina após hemólise
Fonte: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2463431
Fonte: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2463431
41
Microesferocitose hereditária
Complicações
🔹 Crises hemolíticas (mais comum)
■ Icterícia
■ Sintomas de anemia (ver no capítulo geral de
anemia)
🔹 Colelitíase
➜ Devido ao excesso de bilirrubina pela
hemólise
🔹 Crises aplásticas
42
➜ Causadas por infecção das células
eritropoeticas por Parvovírus B19
🔹 Crises megaloblásticas
➜ Falta de ácido fólico para suprir demanda
aumentada da MO
🔹 Gota
🔹 Úlceras nas pernas
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ VCM aumentado (macrocítica)
🔹 >100 fL
■ ↑CHCM (hipercrômica)
➜ Microesferócitos são menores e
possuem hemoglobina mais
concentrada
🔹 >36 g/dL
■ Esfregaço do sangue periférico
🔹 Microesferócitos
43
Microesferócitos no esfregaço do sangue periférico
Fonte: http://hemoclass.com.br/mostrar-blog/esferocitos-e-o-hemograma/115
44
🔹 Diagnóstico diferencial
■ Coombs direto negativo (não é autoimune)
Fonte:
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/5anemia-esferocitose-hered
itaria.pdf
✔Conduta :
Se sintomas
1. Esplenectomia
Pré-operatório:
🔹 Vacina antipneumocócica polivalente
🔹 Vacinas antimeningocócica e
anti-Haemophilus Influenzae B
Pós-operatório
45
🔹 Antibióticos profiláticos pós-esplenectomia
🔹 Heparina profilática
2. Transfusão (se necessário)
3. Colecistectomia (se colelitíase)
46
Deficiência de G6PD
(Glicose-6-fosfato-desidrogenase)
✔Rastreamento 🧭:
Fonte: https://shiken.ai/biology/sex-linked-traits
47
Ação da G6PD
Fonte:
https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/2018/relatorio_glicose6-fosfato-triagemneonatal_cp30_
2018.pdf
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ Esfregaço do sangue periférico
🔹 Bite cells
🔹 Corpúsculos de Heinz
Bite cells e Corpúsculos de Heinz
Fonte:
https://www.learnhaem.com/courses/frcpath-morph/lessons/rbc-overview/topic/bite-cells-blister-cells/ e:
https://biolider.com.br/exame-de-heinz-corpusculos-de-em-sao-paulo
49
🔹 Precursor de hemácias (produção de
hemácias pela medula óssea para
reposição)
🔹 >150.000
🔹 Ou reticulócitos corrigidos >2%
🔹 Ver fórmula no início da sessão
■ ↓Haptoglobina
🔹 Se liga irreversivelmente à
hemoglobina após a hemólise
✔Conduta :
50
Doença Falciforme
51
Herança genética da doença falciforme e mutação
Fonte: http://hematologados.comunidades.net/anemia-falciforme-fique-por-dentro
52
Alterações nas propriedades fisico-químicas da molécula de HbS
Fonte:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/39506/mod_resource/content/4/Doenca%20Falciforme_S
EM.pdf
✔Rastreamento 🧭:
53
✔O que deve levar a suspeitar dessa condição?
Fatores de risco
🔹 Afrodescendentes
➜ Fator protetor do indivíduo contra a malária
Clínica
🔹 Crises vaso-oclusivas dolorosas
➜ Agregação de drepanócitos ocluindo os
vasos
➜ Especialmente de 6 meses a 3 anos de idade
■ Dor óssea intensa
🔹 Síndrome mão-pé
■ Dactilite
■ Edema
🔹 Síndrome torácica aguda
🔹 Infecções
Causas:
■ Asplenia funcional
➜ Baço do paciente com doença
falciforme sofre esplenectomia
funcional devido a vaso-oclusões
(normalmente até 5 anos de idade)
■ Deficiência da opssonização de bactérias
encapsuladas
■ Infarto tecidual (favorece focos de infecção)
■ Defeito do sistema complemento
■ Deficiência de zinco
*⚠ Atenção a pacientes com doença falciforme e
febre (risco de sepse)
🔹 Priapismo
➜ Veno-oclusão levando a estase e congestão
dos corpos cavernosos
54
*se não tratada rapidamente pode levar a disfunção
erétil!
🔹 Atraso do crescimento/desenvolvimento
🔹 Manifestações neurológicas
■ AVC isquêmico (80%)
■ AVC hemorrágico (relação com aneurismas)
🔹 Complicações renais
➜ Oclusão da vasa recta
■ Dificuldade de concentração urinária
■ Hematúria
■ Infarto papilar
■ Acidose tubular renal
■ Depuração anormal de potássio
🔹 Crise aplásica
➜ Causadas por infecção das células
eritropoeticas por Parvovírus B19 ➡ pausa da
maturação de eritroblastos
■ Queda abrupta de Hb e de reticulócitos (na
de sequestro esplênico os reticulócitos estão
altos)
■ Tratamento = transfusão
🔹 Úlceras de extremidades
🔹 Osteomielite
■ Salmonella spp.
55
Quadro clínico e principais causas de óbito na doença falciforme por
faixa etária
Fonte:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/39506/mod_resource/content/4/Doenca%20Falciforme_S
EM.pdf
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ VCM normal (normocítica)
🔹 80-100 fL
■ HCM e CHCM normais (normocrômica)
🔹 HCM = 27-31 pg
🔹 CHCM = 32-36 g/dL
■ Leucocitose
■ Trombocitose
■ Esfregaço do sangue periférico
🔹 Drepanócitos (hemácias em foice)
56
🔹 Corpúsculos de Howell-Jolly
🔹 Células em alvo
🔹 Dacriócitos
Fonte: https://www.scielo.br/j/rbhh/a/6xykMK3SWJNQMy8MfG6ZkRk/?lang=pt#
Drepanócitos
Fonte:https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7041-drepanocitos
57
🔹 Sinais de hemólise e hiperproliferação
■ ↑Bilirrubina indireta
➜ Produto da degradação da
hemoglobina
■ ↑Reticulócitos
➜ Precursor de hemácias (produção de
hemácias pela medula óssea para
reposição)
🔹 >150.000
🔹 Ou reticulócitos corrigidos >2%
🔹 Ver fórmula no início da sessão
■ ↓Haptoglobina
🔹 Se liga irreversivelmente à
hemoglobina após a hemólise
■ ↑DHL
🔹 Eletroforese de hemoglobina
■ Confirmação do diagnóstico
🔹 Presença de HbS (85-95%)
*Ver na parte de classificação as porcentagem
de cada hemoglobina
■ Classificação da doença (ver abaixo)
58
Eletroforese de hemoglobinas nas principais doenças falciformes
Fonte: https://www.medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/2270/2_confirmacao_diagnostica.htm
✔Classificação 🗃:
59
Doença SS (HbS em homozigose) (anemia
■
falciforme)
■ S/β0 talassemia (HbS + perda completa da
globina β)
■ HbS associada a persistência hereditária da
Hb fetal (PHHF)
🔹 Padrão FSA ➡ S/β+ talassemia (HbS + perda parcial
da globina β)
Fonte:
https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2022/05/revista-ambiente-academico-v07-n02-artigo07.pdf
60
✔Conduta :
61
🔹 Avalia a velocidade do fluxo sanguíneo no
polígono de Willis >200 cm/segundo
🔹 Se detectado risco ➡ inclusão em
regime de hipertransfusão
6. Orientar sinais de alarme de eventos agudos
➜ Necessidade de atendimento imediato
🔹 Temperatura >38°C
🔹 Dor que não alivia com medidas habituais
🔹 Sintomas respiratórios agudos
🔹 Dor/distensão abdominal
🔹 Vômitos ou diarreia importantes
🔹 Esplenomegalia
🔹 Aumento de volume articular
🔹 Sinal/sintoma neurológico
🔹 Aumento significativo de palidez, fadiga ou
letargia
🔹 Priapismo >3-4h
7. Manejar crises agudas imediatamente (Ver capítulo
específicos)
8. Transfusão sanguínea, se:
🔹 Complicações anêmicas graves
🔹 Acidente vascular cerebral
🔹 Pré-operatório de cirurgias com anestesia
geral
🔹 Síndrome torácica aguda
🔹 Priapismo
Não é necessário em:
🔹 Anemia crônica
🔹 Crises dolorosas não complicadas
🔹 Infecções leves ou moderadas
🔹 Necrose avascular
🔹 Gravidez não complicada
62
🔹 Pequenas cirurgias com anestesia local
9. Considerar transplante de medula óssea
63
Crise álgica
Fonte: https://alleanzahealth.com/the-scourge-of-sickle-cell-disease/
Investigação
🔹 Hemograma
🔹 Dor torácica ➡ RX de tórax, gasometria, hemocultura
🔹 Artrite séptica/osteomielite ➡ punção aspirativa
🔹 Dor nas costas ➡ parcial de urina + urocultura com
antibiograma
✔Conduta :
1. Internar, se:
🔹 Não melhora após 8h do início da terapia
🔹 Fatores de risco
2. Suporte
64
🔹 Hidratação
⚠ evitar hiper-hidratação (água corporal
aumentada - risco de edema pulmonar)
🔹 Repouso
🔹 Aquecer o paciente
🔹 Antiemético
3. Analgesia
🔹 Principais medicações:
■ Dipirona, acetoaminofeno
■ Diclofenaco
■ AAS
■ Codeína, tramadol, morfina
🔹 Outros:
■ Antidepressivos
■ Anticonvulsivantes
■ Antihistamínicos
4. Transfusão sanguínea, se:
🔹 Queda de Hb de >2 g/dL
🔹 Hb <5 g/dL
🔹 Sinais/sintomas decorrentes de anemia
65
Síndrome torácica aguda
66
Quadro clínico e principais causas de óbito na doença falciforme por
faixa etária
Fonte:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/39506/mod_resource/content/4/Doenca%20Falciforme_S
🔹 ↓Saturação de O2
🔹 Radiografia de tórax
■ Novo infiltrado pulmonar
✔Conduta :
1. Internar
2. Monitorização
3. Oxigênio
🔹 Manter saturação >92%
4. Tratar causa vase
67
🔹 Se bactérias encapsuladas ➡ cefalosporina
🔹 Atípicas ➡ macrolídeos
5. Analgesia
⚠ Cuidar com sedação e depressão respiratória
6. Hidratação (não hiper-hidratar)
7. Antibiótico
🔹 Cobrir germes atípicos e típicos
🔹 Ceftriaxona OU amoxicilina e clavulanato
🔹 + macrolídeo
8. Broncodilatador (se asma)
9. Transfusão, se:
🔹 Piora clínica
🔹 Queda de Hb >2g/dL
*Considerar exsanguineotransfusão (mas Hb deve
estar >10 g/dL / Ht ≥25%)
10. Fisioterapia respiratória
➜ Prevenir atelectasias
11. Se sem melhora, considerar:
🔹 Óxido nítrico inalatório
🔹 Ventilação mecânica
68
Febre no Paciente com Doença Falciforme
Fonte:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/39506/mod_resource/content/4/Doenca%20Falciforme_S
🔹 Hemograma
🔹 Hemocultura
🔹 RX de tórax
🔹 Parcial de urina, urocultura
🔹 Sorologia para Mycoplasma
🔹 Coprocultura
🔹 Punção lombar
🔹 Mapeamento ósseo, RX de esqueleto, cultura
(investigar osteomielite)
✔Conduta :
69
1. Internação, se:
🔹 <5 anos (48-72h até resultado das culturas)
🔹 Febre alta (>38,9°C), sinais de toxemia
🔹 Leucócitos >30.000 ou <5.000/mm3
🔹 Baixa saturação de O2
🔹 Instabilidade hemodinamica
🔹 Infecção bacteriana invasiva prévia
🔹 Complicações associadas
2. Antibiótico
🔹 Parenteral
🔹 Oral
3. Reavaliação pós-alta
🔹 Em 1 semana (se <5 anos)
70
Crise de Sequestro Esplênico
Fonte:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/39506/mod_resource/content/4/Doenca%20Falciforme_S
🔹 Queda aguda/subaguda de Hb
🔹 ↑Reticulocitose
✔Conduta :
1. Transfusão de hemácias
2. Esplenectomia
*recorrência de 50%
72
Acidente Vascular Cerebral
➜ Mortalidade de 10%
➜ Podem causar sequelas neurológicas e/ou
cognitivas (60%)
✔Rastreamento 🧭:
Fonte:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/39506/mod_resource/content/4/Doenca%20Falciforme_S
73
✔Conduta :
1. Exsanguíneo-transfusão parcial
2. Programa de transfusão crônica
🔹 Redução de recorrência em 90%
74
Talassemia
Estrutura da hemoglobina
Fonte:
https://www.indagacao.com.br/2020/05/upe-2020-hemoglobina-do-adulto-humano-e-composta-por-quatro-subunidades-sendo-
duas-do-tipo-alfa-codificada-pelo-gene-hba.html
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
75
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ ↓VCM (microcítica)
🔹 <80 fL
■ ↓HCM e ↓CHCM (hipocrômica)
🔹 HCM <27 pg
🔹 CHCM <32 g/dL
■ RDW normal
🔹 11,5 -14,5%
76
Alfa-talassemia
Alfa-talassemia
Fonte: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1564/Dotto_Fatima_Rosane_Colpo.pdf?sequence=1
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
77
■ ↓VCM (microcítica)
🔹 <80 fL
■ ↓HCM e ↓CHCM (hipocrômica)
🔹 HCM <27 pg
🔹 CHCM <32 g/dL
■ RDW normal
🔹 11,5 -14,5%
■ Esfregaço do sangue periférico
🔹 Leptócitos (hemácias em alvo)
🔹 Sinais de hemólise e hiperproliferação
■ ↑Bilirrubina indireta
🔹 Produto da degradação da
hemoglobina
■ ↑Reticulócitos (ou normal)
🔹 Precursor de hemácias (produção de
hemácias pela medula óssea para
reposição)
🔹 >150.000
🔹 Ou reticulócitos corrigidos >2%
🔹 Ver fórmula no início do
capítulo
■ ↓Haptoglobina
🔹 Se liga irreversivelmente à
hemoglobina após a hemólise
🔹 Eletroforese de hemoglobina
■ HbA1 ausente
■ HbH (Hb Barts)
🔹 4 cadeias beta (β) (ocorre quando 3
genes afetados)
78
Beta-talassemia
Beta-talassemia
Fonte: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1564/Dotto_Fatima_Rosane_Colpo.pdf?sequence=1
79
🔹 Início do quadro com 3-6 meses
🔹 Hepatoesplenomegalia
🔹 Hemograma
■ ↓Hb e ↓Ht (Anemia)
🔹 Hemoglobina ➡ <12 g/dL (♀) / <13
g/dL (♂)
🔹 Hematócrito ➡ <41% (♂) / <35% (♀)
■ ↓VCM (microcítica)
🔹 <80 fL
■ ↓HCM e ↓CHCM (hipocrômica)
🔹 HCM <27 pg
🔹 CHCM <32 g/dL
■ RDW normal
🔹 11,5 -14,5%
■ Esfregaço do sangue periférico
🔹 Leptócitos (hemácias em alvo)
🔹 Sinais de hemólise e hiperproliferação
■ ↑Bilirrubina indireta
🔹 Produto da degradação da
hemoglobina
■ ↑Reticulócitos (ou normal)
🔹 Precursor de hemácias (produção de
hemácias pela medula óssea para
reposição)
🔹 >150.000
🔹 Ou reticulócitos corrigidos >2%
🔹 Ver fórmula no início do
capítulo
■ ↓Haptoglobina
80
🔹 Se liga irreversivelmente à
hemoglobina após a hemólise
■ ↑DHL
🔹 Hiperplasia medular
■ Pode ser vista na radiografia/tomografia de
crânio ➡ rarefação do osso por aumento da
medula
■ Tendência a osteopenia/osteoporose
Fonte:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4498474/mod_resource/content/1/Talassemias.pdf?forcedownload
=1
🔹 Eletroforese de hemoglobina
■ ↑HbA2 (α2ζ2)
■ ↑HbF (α2γ2)
Eletroforese de hemoglobinas β-talassemia
81
Fonte: https://www.fciencias.com/2016/05/31/talassemias/
✔Conduta :
82
Anemia Hemolítica Autoimune
(AHAI)
83
■ ↓Haptoglobina
■ ↑DHL
🔹 Microesferócitos
🔹 Teste de Coombs direto (+) (teste da antiglobulina
humana)
➜ Identifica a presença de anticorpos contra
hemácias (por meio de antiglobulina humana)
➜ Positivo em 95% dos casos
Fonte: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/11/teste-de-coombs-direto.html
✔Classificação 🗃:
🔹 Por anticorpos quentes (IgG)
➜ Aglutinação em temperaturas mais altas
■ Normalmente secundária a outras doenças
(ex.: LES)
🔹 Por anticorpos frios (IgM) (crioglobulina)
■ Aglutinação em temperaturas mais baixas
■ Hemólise na circulação periférica
84
✔Conduta :
1. Imunossupressão (corticoide)
85
Hemoglobinúria Paroxística Noturna
(HPN)
➜ Doença rara
➜ Mutação clonal das células tronco da medula óssea
🔹 Mutação PIG-A com redução de GPI (causaria
proteção da membrana contra o
complemento)
🔹 Deficiência de CD55 e CD59 (proteínas da
membrana da hemácia que protegiam contra
a ação do complemento
🔹 Leva a agregação plaquetária e coagulação
aumentada
Fonte: https://www.jci.org/articles/view/131647/figure/1
86
✔O que deve levar a suspeitar dessa condição?
🔹 Hematúria pela manhã/madrugada
■ Hemólise no período noturno
🔹 Trombose
■ Intra-abdominal ➡ síndrome de Budd-Chiari
■ Cerebral (AVC)
🔹 Pancitopenia
🔹 Sinais de hemólise e hiperproliferação
■ ↑Bilirrubina indireta
🔹 Produto da degradação da
hemoglobina
■ ↑Reticulócitos (ou normal)
🔹 Precursor de hemácias (produção de
hemácias pela medula óssea para
reposição)
🔹 >150.000
🔹 Ou reticulócitos corrigidos >2%
🔹 Ver fórmula no início do
capítulo
■ ↓Haptoglobina
■ ↑DHL
🔹 Citometria de fluxo
■ Perda de expresão de CD55 e CD59
🔹 Diagnóstico diferencial
■ Coombs direto negativo
✔Conduta :
87
1. Reposição de ferro e ácido fólico
2. Anticoagulação (se necessário)
3. Corticoide
4. Eculizumabe (anti-CD5)
5. Considerar transplante de medula óssea (avaliar
riscos e benefícios)
88
Diagnóstico diferencial de Hemólise
89
Série Branca
Leucemias Agudas
90
■ Neurofibromatose
🔹 Agentes químicos/drogas
■ Benzeno e derivados
■ Agentes alquilantes, fenilbutazona
■ Pesticidas ou agrotóxicos
■ Uso materno de Cannabis
🔹 Vírus
■ Epstein-Barr
■ HTLV-1
🔹 Hemograma
■ Leucocitose /leucopenia
🔹 ≥20% de blastos em sangue (confirma
diagnóstico de leucemia aguda)
🔹 ⚠ Ausência de blastos na
corrente sanguínea não exclui
o diagnóstico (pode ser uma
fase inicial restrita à MO ➡
leucemia aleucêmica)
🔹 Neutropenia/agranulocitose
🔹 Desvio escalonado
🔹 E hiatos leucêmicos (ausência de
células intermediárias entre blastos e
neutrófilos maduros)
■ Anemia normocítica e normocrômica
■ Trombocitopenia
🔹 Normalmente <100.000
🔹 Mielograma (aspirado de medula óssea)
➜ Punção com aspirado de medula óssea da
parte posterior da crista ilíaca ou do esterno
91
■ Hipercelularidade - células neoplásicas
■ ≥20% de blastos (OMS) (confirma diagnóstico)
🔹 Se mieloblastos = LMA
🔹 Se linfoblastos = LLA
*FAB considera >30%
🔹 Biópsia óssea
➜ Normalmente da crista ilíaca
🔹 Imunofenotipagem
■ Antígenos na superfícia de células
sanguíneas
🔹 Citogenética
■ Alterações cromossômicas relacionadas
92
Leucemia Mieloide Aguda
Linhagem do Mieloblasto
Fonte: https://cadernodefarmacia.blogspot.com/2012/11/mielopoiese.html e
https://cadernodefarmacia.blogspot.com/2012/11/mielopoiese.html
93
✔O que deve levar a suspeitar dessa condição?
Fatores de risco
🔹 Idade entre 20-60 anos (pico aos 65 anos)
🔹 Fatores de risco para leucemias agudas (ver no
capítulo de leucemias agudas)
Clínica
➜ Evolução aguda (de dias a semanas)
🔹 Tríade sintomática:
■ Astenia (anemia)
🔹 Palidez, fadiga
■ Febre neoplásica (neutropenia)
🔹 Infecções
■ Sangramento (plaquetopenia)
🔹 Pode ter CIVD
🔹 Consequências da infiltração de órgãos por blastos
■ Hepatomegalia
■ Esplenomegalia
■ Adenomegalia
■ Cloroma (sarcoma granulocítico)
➜ Infiltração da órbita
■ Infiltração gengival
■ Pele
■ Ossos (dor óssea)
■ SNC
■ Testículos
■ Ovários
*Especialmente linhagens M4 e M5
94
Infiltração gengival e cloroma
Fonte: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/207582/000986997.pdf?sequence=1&isAllowed=y e
https://link.springer.com/article/10.1007/s12288-018-1033-y/figures/1
95
Blastos com bastonetes de Auer
Fonte: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/274?locale=zh_CN&
✔Classificação 🗃:
Imunofenotipagem e citogenética
➜ Imunofenotipagem = Citometria de fluxo com
anticorpos monoclonais
🔹 M0 ➡ Mínima diferenciação
■ CD13+, CD33+
🔹 M1 ➡ Blastos indiferenciados
■ CD13+, CD33+, CD11b+, MPO+
🔹 M2 ➡ Blastos diferenciados
■ DR+, CD34+, CD33+, CD19+
🔹 M3 ➡ Promielócitos
■ Alta mortalidade (porém bom prognóstico
após fase inicial)
■ t(15;17)(q22;q21) ➡ Gene PML (RARα)
🔹 M4 ➡ Mielomonocítica
🔹 M5 ➡ Monocítica
🔹 M6 ➡ Eritroleucemia
96
🔹 M7 ➡ Megacarioblástica
✔Conduta :
Se suspeita de M3 (promielocítica)
4. Ácido transretinoico (ATRA)
🔹 Induz células à maturação
*Introduzir já na suspeita se hemorragia no
pronto-socorro com blastos
97
Leucemia Linfocítica Aguda
98
■ Esplenomegalia
■ Adenomegalia
■ Cloroma (sarcoma granulocítico)
➜ Infiltração da órbita
■ Infiltração gengival
■ Pele
■ Ossos (dor óssea)
■ SNC, síndrome meníngea
■ Testículos
■ Ovários
✔Classificação 🗃:
🔹 L1 ➡ Pequenos blastos
🔹 L2 ➡ Blastos heterogêneos
🔹 L3 ➡ Blastos vacuolizados (Burkitt)
✔Conduta :
99
➜ Pegar SNC (“santuário de blastos”)
■ Se não eliminados podem
causar recidiva ou agravamento
em SNC
Fases:
🔹 Indução
🔹 Consolidação
🔹 Manutenção
*⚠ Se excesso de blastos em sangue periférico
pode ocorrer destruição maciça ➡ síndrome de lise
tumoral (prevenir)
3. Considerar radioterapia (especialmente se houver
massas)
4. Procurar Doença Residual Mínima (DRM)
🔹 Pedir mielograma com imunofenotipagem
(após tratamento)
🔹 Se (-) ➡ sem bastos encontrados
🔹 Se (+) ➡ alguns blastos residuais não
eliminados pela quimio
100
Leucemias Crônicas
Fonte:
https://www.researchgate.net/figure/The-Philadelphia-chromosome-and-the-BCR-ABL-fusion-The-BCR-AB
L-fusion-is-the-molecular_fig6_45578914
Linhagem do Mieloblasto
101
Fonte: https://cadernodefarmacia.blogspot.com/2012/11/mielopoiese.html e
https://cadernodefarmacia.blogspot.com/2012/11/mielopoiese.html
🔹 Hemograma
■ Anemia normocítica e normocrômica
■ Leucocitose (>50.000/mm3)
🔹 com desvio à esquerda (todos os
estágios de células mieloides -
incluindo maduras)
🔹 Basofilia
■ Plaquetose (às vezes, plaquetopenia)
102
🔹 Com disfunção (tendência a
sangramentos)
🔹 Hiperuricemia
🔹 ↑DHL
🔹 Detecção do gene BCR-ABL
Material analisado
■ Sangue periférico
■ Mielograma
Métodos:
■ FISH
■ PCR
✔Classificação 🗃:
🔹 Fase crônica (mais comum)
■ Sintomas inespecíficos
🔹 Perda de peso
🔹 Sudorese noturna
🔹 Fraqueza
🔹 Anorexia
🔹 Esplenomegalia volumosa
🔹 Desconforto abdominal
🔹 Plenitude precoce
🔹 Fase acelerada
■ Perda de diferenciação das células (mais
blastos)
Critérios:
■ Leucocitose progressiva, esplenomegalia
progressiva ou trombocitose (>1.000.000/μL)
não responsivo a tratamento
■ Trombocitopenia (<100.000/μL) não
relacionada a efeito colateral do tratamento
103
■ Presença de 10-19% de blastos no sangue
periférico ou medula óssea
■ Basofilia >20%
■ Outras anormalidade genéticas (além do
cromossomo Ph)
🔹 Fase blástica (avançada)
Critérios
■ Pelo menos 20% de blastos em sangue
periférico ou medula óssea
■ Agrupamentos de blastos em medula óssea
■ Tumor extramedular
✔Conduta :
1. Inibidores de tirosinoquinase
🔹 Imatinibe (1a linha)
🔹 Se fase acelerada/blástica ➡ altas doses (ou
TMO)
2. Avaliar resposta
➜ Se falha de resposta ➡ trocar medicamento
■ ⚠ Perda de resposta hematológica
em qualquer momento é falha de
tratamento
🔹 Hematológica
■ Hemograma sem alterações
🔹 Leucócitos <10.000/mm3
🔹 Ausência de mieloblastos,
promielócitos e mielócitos
🔹 Basofilia <6%
🔹 Baço normal
🔹 Plaquetas <450.000
■ Assintomático
104
🔹 Citogenética
Completa ➡ ausência de
■
cromossomos Ph
■ Maior ➡ 0-35% de Ph
■ Menor ➡ 36-95% de Ph
🔹 Molecular
■ Completa ➡ ausência de BCR-ABL
■ Maior ➡ redução de 3 logs (<0,1% de
BCR-ABL)
Fonte: https://www.scielo.br/j/rbhh/a/ykR3dPLCBThTHbGq9btyn5p/?lang=pt#ModalTabletab04
105
Leucemia Linfocítica Crônica
🔹 Hemograma
■ Linfocitose
■ Marcadores de alto risco
🔹 Anemia normocítica e normocrômica
OU anemia hemolítica autoimune
🔹 Plaquetopenia
🔹 ↑DHL
🔹 ↑β2-microglobulina
106
🔹 Imunofenotipagem do sangue periférico
(confirmação do diagnóstico)
✔Classificação 🗃:
🔹 Estadiamento de Rai
Risco baixo:
■ 0 ➡ Linfocitose (sangue ou MO)
Risco intermediário:
■ I ➡ Linfadenopatia
■ II ➡ Esplenomegalia e/ou hepatomegalia
Risco alto:
■ III ➡ Anemia (Hb <11 g/dL)
■ IV ➡ Trombocitopenia (<100.000/μL)
🔹 Estadiamento de Binet
Risco baixo:
■ A ➡ acometimento de <3 áreas linfoides
■ B ➡ acometimento de ≥3 áreas linfoides
■ C ➡ Hb <10 g/dL OU plaquetas <100.000/μL
✔Conduta :
Se sintomático
1. Quimioterapia/radioterapia (manejo dos sintomas)
107
Linfomas
🔹 Linfonodomegalia de característica
maligna
■ Consistência endurecida
■ Aderido a planos profundos,
pouca mobilidade
■ Aumento assimétrico
■ Mais de uma cadeia acometida
■ Grandes (>2 cm)
■ Evolução progressiva
■ Localização (não habitual) - Ex.:
🔹 Peritroclear
🔹 Supraclavicular
🔹 Cervical baixo
🔹 Poplíteo
🔹 Outros
■ Indolor, sem eritema (sem sinais flogísticos)
🔹 Sintomas B
■ Febre
■ Sudorese noturna profusa
■ Perda ponderal
🔹 Outros (ver nos capítulos específicos)
108
Diferenças entre linfonodo inflamatório e neoplásico
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/58594087/protocolo-linfonodos-adenomegalia
109
Linfoma de Hodgkin
🔹 Hemograma
■ Anemia normocítica e normocrômica
■ Leucocitose
🔹 Neutrofilia
🔹 Eosinofilia
🔹 Linfocitose
■ Pode ter alteração de plaquetas
🔹 ↑DHL
➜ Marcador prognóstico
■ Destruição de células tumorais
🔹 ↑Gamaglobulina, ↑Fibrinogênio
🔹 ↑Ácido úrico
🔹 ↑PCR, ↑VHS
■ Marcadores de progressão da doença
🔹 Radiografia de tórax
■ Adenopatia mediastinal indolor (80%), massa
mediastinal
🔹 Biópsia excisional do linfonodo
■ Células inflamatórias (99%)
■ Células de Reed-Sternberg/em “olhos de
coruja” 🦉 (patognomônico) (<1%)
■ Positividade para CD15 e CD30
111
Célula de Reed-Sternberg
Fonte: https://anatpat.unicamp.br/lamhemo11.html e
https://twitter.com/RepasoENARMmx/status/1274447728492326913
✔Classificação 🗃:
Tipo (OMS)
🔹 Clássico
■ Esclerose nodular (mais comum)
■ Celularidade mista
■ Depleção de linfócitos
■ Clássico rico em linfócitos
🔹 Nodular com predomínio de linfócitos
Fonte: https://cancerbioucd.wordpress.com/pathology/staging/
✔Conduta :
114
Linfoma Não-Hodgkin
115
🔹 Misto células pequenas
segmentadas e grandes
🔹 Hemograma
116
🔹 ↑DHL
➜ Marcador prognóstico
■ Destruição de células tumorais
🔹 ↑Gamaglobulina (β-2-microglobulina)
🔹 ↑Ácido úrico
🔹 ↑PCR, ↑VHS
■ Marcado
🔹 Radiografia de tórax
■ Massa mediastinal
✔Classificação 🗃:
Estadiamento de Ann Arbor (TC/RNM/PET-CT)
➜ Menos preditora que para o linfoma Hodgkin
🔹 Localização
■ Estadio I ➡ apenas 1 região acometida
■ Estadio II ➡ ≥2 regiões (todas no mesmo
lado do diafragma - acima ou abaixo)
■ Estadio III ➡ ≥2 regiões (algumas acima e
outras abaixo do diafragma)
■ Estadio IV ➡ Órgão extra-linfático
acometido
🔹 +Qualificações
■ Presença de sintomas B
🔹 A ➡ sem
🔹 B ➡ com sintomas B
■ X ➡ massas nodal
■ E ➡ Comprometimento extra-linfático
localizado
■ S ➡ baço acometido
117
Classificação de Ann Arbor
Fonte: https://cancerbioucd.wordpress.com/pathology/staging/
✔Conduta :
1. Quimioterapia
➜ Maior chance de cura nos de alto grau (age
em linfomas de multiplicação mais rápida)
🔹 Rituximabe (Anti-CD20)
118
Macroglobulinemia de Waldenström
(Linfoma linfoplasmocítico)
🔹 Eletroforese de proteínas
■ Aumento de IgM
🔹 Diagnóstico diferencial
■ Mieloma múltiplo
🔹 Incomum ter hepatoesplenomegalia
🔹 Lesões líticas
🔹 Doença renal
119
Linfoma de Burkitt
120
Linfoma MALT
121
■ Teste respiratório
➜ Uréia marcada com
isótopo estável do
carbono-13 (13C-UBT
ureia)
■ Sorologia (pode ser cicatriz
sorológica)
■ Antígeno fecal
✔Conduta :
122
Plaquetas e Coagulação
Fonte: KUMAR, Vinay; ASTER, Jon C.; ABBAS, Abul K.. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das
doenças. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1421 p.
123
Hemostasia primária
Fonte: KUMAR, Vinay; ASTER, Jon C.; ABBAS, Abul K.. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das
doenças. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1421 p.
Fonte: https://medcao.files.wordpress.com/2018/12/TROMBOCITOPENIAS.pdf, ,
https://healthjade.com/ecchymosis/,
http://www.medical-labs.net/difference-between-petechiae-purpura-and-ecchymoses-3256/ ,
125
✔Como proceder para esclarecer o diagnóstico 🔎:
🔹 Hemograma
■ Plaquetopenia (<150.000)
■ Outros
🔹 Tempo de sangramento (prolongado)
■ Baixa sensibilidade
🔹 Curva de agregação plaquetária
🔹 Descartar pseudoplaquetopenia
➜ Sangue é colhido no EDTA (tampa roxa)
(impede de coagular no tubo) ➡ plaquetas
agregadas são contadas como menos
plaquetas
*Na dúvida ideal é colher no tubo de citrato
(anticoagulante, mas agregação menor)
126
Púrpura Trombocitopênica
Imunológica/Idiopática
(PTI)
🔹 Diagnóstico de exclusão
■ Plaquetopenia (sem outros achados)
*Pode ter leve anemia devido a sangramentos
✔Conduta :
129
Púrpura Trombocitopênica-Trombótica
(PTT)
130
🔹 Produto da degradação da
hemoglobina
■ ↑Reticulócitos
🔹 Precursor de hemácias (produção de
hemácias pela medula óssea para
reposição)
🔹 >150.000
🔹 Ou reticulócitos corrigidos >2%
🔹 Ver fórmula no início da sessão
■ ↓Haptoglobina
🔹 Se liga irreversivelmente à
hemoglobina após a hemólise
■ ↑DHL
🔹 Esfregaço do sangue periférico
■ Esquizócitos (hemácias danificadas)
Fonte; https://ibapcursos.com.br/20449666-2/
🔹 ↓ADAMTS13
✔Conduta :
1. Plasmaférese
131
Síndrome Hemolítico-Urêmica
(SHU)
🔹 Hemograma
■ Anemia
■ Plaquetopenia
🔹 Sinais de hemólise e hiperproliferação
■ ↑Bilirrubina indireta
🔹 Produto da degradação da
hemoglobina
■ ↑Reticulócitos
132
🔹 Precursor de hemácias (produção de
hemácias pela medula óssea para
reposição)
🔹 >150.000
🔹 Ou reticulócitos corrigidos >2%
🔹 Ver fórmula no início da sessão
■ ↓Haptoglobina
🔹 Se liga irreversivelmente à
hemoglobina após a hemólise
■ ↑DHL
🔹 Esfregaço do sangue periférico
■ Esquizócitos (hemácias danificadas)
🔹 Diagnóstico diferencial
■ PTT, mas na PTT temos:
🔹 Adultos
🔹 Febre
🔹 Alterações neurológicas
🔹 ADAMTS13 diminuído
✔Conduta :
1. Suporte
2. Considerar hemodiálise (se necessário)
133
Distúrbios da Hemostasia Secundária
Hemostasia secundária
Fonte: KUMAR, Vinay; ASTER, Jon C.; ABBAS, Abul K.. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das
doenças. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1421 p.
134
Cascata da coagulação
Fonte: KUMAR, Vinay; ASTER, Jon C.; ABBAS, Abul K.. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das
doenças. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1421 p.
135
Cascata da coagulação - Formação dos complexos ativadores
Fonte: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5033094.pdf
136
🔹 Monitorização de terapia com
anticoagulantes orais
🔹 Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA)
➜ Intrínseca + Comum
➜ Monitorização da heparina em bomba
🔹 Tempo de trombina (TT)
■ Via comum (deficiência de fibrinogênio)
🔹 Pode-se dosar fibrinogênio
diretamente também
🔹 Dosagem de fatores específicos
🔹 Teste da mistura
➜ Mistura de sangue do paciente com sangue
de pessoa sem alterações (50% de cada
pessoa - TP50 / TTPa50 / TT50)
■ Se corrigido ➡ deficiência de fator (ex.:
hemofilias)
■ Se não corrigido ➡ presença de inibidor (ex.:
SAF)
137
Hemofilias
Fonte: KUMAR, Vinay; ASTER, Jon C.; ABBAS, Abul K.. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das
doenças. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1421 p.
138
Herança ligada ao sexo (ligada ao X)
Fonte: https://shiken.ai/biology/sex-linked-traits
139
🔹 TTPA alargado (tempo de tromboplastina parcial
ativada)
➜ Intrínseca + Comum
➜ Monitorização da heparina em bomba
🔹 TAP normal (tempo de protrombina)
➜ Extrínseca + Comum
🔹 Dosagem do fator diminuída
■ A ➡ ↓fator VIII
■ B ➡ ↓fator IX
✔Conduta :
140
Doença de Von Willebrand
Fonte: KUMAR, Vinay; ASTER, Jon C.; ABBAS, Abul K.. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das
doenças. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1421 p.
141
🔹 Equimoses (>2 cm)
🔹 Mucosa
🔹 Epistaxe
🔹 Gengivorragia
🔹 Metrorragia
🔹 Defeitos da hemostasia secundária (mais no tipo III)
■ Sangramentos profundos
🔹 Hemartrose
🔹 De grandes articulações
🔹 Sangramento intracraniano
✔Classificação 🗃:
✔Conduta :
142
2. Desmopressina (se tipo I )
➜ Aumenta a liberação do fator VIII (fator
endotelial)
3. Reposição de FVIII e FvW (casos graves)
4. Estrogênio (se menorragia)
143
Coagulação Intravascular Disseminada
(CIVD)
144
Fibrinólise
Fonte: http://arquivobioqui.blogspot.com/2015/11/coagulacao-e-fibrinolise.html
Fonte: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5033094.pdf
145
✔O que deve levar a suspeitar dessa condição?
🔹 Complicações hemorrágicas (mais comum)
■ Hipotensão, instabilidade hemodinâmica
■ Taquicardia
■ Púrpura fulminante
Locais comuns
■ Sítios de punção
■ Trato gastrointestinal
■ Trato genitourinário
■ Pulmão
🔹 Complicações trombóticas
■ Gangrena dos dedos ou membros
🔹 Periférica e simétrica
■ Alterações pulmonares
■ Alterações renais
■ Alterações neurológicas
Púrpura fulminante
Fonte: https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/download/1385/941/
146
Gangrena simétrica periférica
Fonte:
https://relatosdocbc.org.br/detalhes/313/gangrena-simetrica-periferica--gsp---relato-de-caso-e-revisao-narr
ativa-da-literatura
✔Conduta :
Se sangramento:
3. Transfusão
🔹 Concentrado de hemácias (sangramento)
🔹 Plasma fresco congelado ou crioprecipitado
🔹 Plaquetas (apenas se sangramento grave e
plaquetopenia)
Se trombose
4. Anticoagulante
🔹 Antiplaquetários
🔹 Heparina
*⚠ Não dar antifibrinolíticos (pode gerar mais
trombos)
148
Síndromes Mieloproliferativas
Policitemia Vera
🔹 Critérios maiores:
■ ↑Hb
🔹 >16,5 g/dL (♂) e >16 g/dL (♀)
149
■ ↑Ht
🔹 >25% do LSN
■ Medula óssea
🔹 Hipercelularidade das 3 linhagens
■ Mutação JAK
🔹 V617F (95%) ou no éxon 12 (5%)
*No hemograma pode haver também leucocitose e
plaquetose
🔹 Critério menor
■ ↓Eritropoetina sérica (feedback negativo)
Diagnóstico:
🔹 3 maiores
🔹 OU 2 maiores + 1 menor
✔Conduta :
1. Sangrias
🔹 Manter hemograma o mais próximo do
normal possível
2. Outros
🔹 Hidroxiureia
🔹 Anagrelide
🔹 AAS em doses baixas (evitar fenômenos
trombóticos)
150
Trombocitemia Essencial
🔹 Critérios maiores
■ Plaquetas >450.000/mm3
■ Proliferação megacariocítica com
morfologia madura (e ausência ou pouca
proliferação mieloide/granulocítica)
■ Mutação JAK2, CALR ou MPL positiva
■ Sem critérios para outras síndromes
mieloproliferativas
🔹 Critério menor
■ Presença de outro marcador clonal ou
ausência de plaquetose reacional
Diagnóstico:
🔹 3 maiores + 1 menor
🔹 OU 4 maiores
151
✔Conduta :
152
Mielofibrose
🔹 Hemograma
■ Anemia normocítica e normocrômica
🔹 Dacriócitos (hemácias em lágrima)
■ Leucócitos variam
■ Trombocitopenia
153
Dacriócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7040-dacriocitos
✔Conduta :
1. Terapia transfusional
🔹 Reduzir efeitos da anemia e esplenomegalia
2. Ácido fólico
3. Outros
🔹 Hidroxiureia
🔹 Transplante de medula óssea
154
Mieloma Múltiplo
(MM)
Fonte: http://portal.peq.coppe.ufrj.br/images/Luiz_Yamauchi_Junior_MSc__2020.pdf
156
✔Como proceder para esclarecer o diagnóstico 🔎:
Critérios diagnósticos:
1. Plasmócitos
■ Plasmócitos na MO ≥10%
(mielograma/biópsia de medula)
■ OU plasmocitoma confirmado por biópsia
2. Evidência de danos em órgão-alvo (que possam ser
atribuídos a doença proliferativa de plasmócitos):
■ C álcio sérico ➡ >10 mg/dL (hipercalcemia)
➜ Cálcio dos ossos liberado na
circulação
*Também contribui para lesão renal
■ R im - insuficiência renal ➡ clearance de
creatinina <40 mL/min ou creatinina sérica >2
mg/dL
➜ Excesso de cadeias leves (proteínas
de Bence-Jones)
🔹 Acúmulo de cilindros nos
túbulos distais e coletores
🔹 ↑Creatinina ↑Ureia
■ A nemia - Hb <10 g/dL ou queda ↓2 g/dL
da Hb basal
➜ Causas além da infiltração:
🔹 Citocinas inibem eritropoese
🔹 Disfunção renal (↓eritropoetina)
🔹 Normocítica e normocrômica
■ “B one - Doença óssea ➡ lesão osteolítica
detectada em RX/TC/PET
➜ Causas das lesões:
🔹 Expansão tumoral na medula
óssea
157
🔹 ↑atividade osteoclástica +
↓maturação de osteoblastos
■ Lesões osteolíticas (em
sal-e-pimenta 🌶)
*Podem ser achadas também fraturas
patológicas (mas não entram no critério)
Fonte: https://dicasradiologia.blogspot.com/2019/03/doencas-e-patologias-lesao-sal-e-pimenta.html
Outros achados:
🔹 Hemograma
➜ Infiltração medular por plasmócitos
neoplásicos
158
■ Anemia (ver acima nos critérios)
■ Leucopenia
■ Trombocitopenia
■ Esfregaço de sangue periférico
🔹 Hemácias em Rouleax (em
empilhamento de moedas)
🔹 Ocorre devido a
hiperviscosidade (perda da
reologia dos eritrócitos)
🔹 Não é patognomônico, mas
corrobora o diagnóstico
🔹 ↑VHS e ↑PCR
🔹 Hipogamaglobulinemia (exceto a imunoglobulina
clonal)
🔹 Biópsia de massas (investigar plasmocitoma)
🔹 Eletroforese de proteínas
🔹 Aumento de gamaglobulina (pico
monoclonal)
🔹 Se não encontrada, pode ser oligossecretor
➡ métodos mais sensíveis:
■ Imunoeletroforese de proteínas
■ Imunofixação
159
Eletroforese de proteínas normal x mieloma múltiplo
Fonte:
https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Eletroforese-serica-em-gel-de-agarose-A-Perfil-normal-B-mie
loma-multiplo_fig1_250035668
🔹 Marcadores prognósticos
🔹 ↓Albumina
🔹 ↑β-2-microglobulina
Diagnóstico diferencial
🔹 Gamopatia Monoclonal de Significado
Indeterminado (GMSI)
➜ Não precisa de tratamento - apenas
acompanhamento (risco para mieloma
múltiplo)
■ Pico monoclonal presente, mas <3,0 g/dL
■ Sem marcadores do CRAB ou outros achados
de mieloma
■ Células plasmáticas monoclonais da MO <10%
160
■Sem características de outras doenças
proliferativas ou amiloidose
🔹 Mieloma Múltiplo Assintomático
➜ Não possui tratamento (apenas acompanhar)
■ Não fecha critério nem para GMSI nem para
MM
✔Classificação 🗃:
Estadiamento
ISS:
🔹 I ➡ β2-microglobulina sérica <3,5 mg/dL +
albumina sérica ≥3,5 g/dL
🔹 II ➡ Não se enquadra nem no I nem no III
🔹 III ➡ β2-microglobulina sérica ≥5,5 mg/dL
R-ISS
🔹 I ➡ ISS-I + citogenética de risco (FISH) e DHL normal
🔹 II ➡ Não se enquadra nem no I nem no III
🔹 III ➡ ISS-III + citogenética de alto risco (FISH) e
↑DHL
✔Conduta :
1. Quimioterapia combinada
🔹 Imunomodulador (ex.: talidomida)
🔹 Glicocorticoide em altas doses
161
🔹 Ciclofosfamida ou Bortezomib (inibidor de
proteassoma)
2. Transplante de medula óssea (TMO) autólogo
(consolidação)
🔹 Se não candidato = esquemas alternativos de
quimioterapia
3. Tratar complicações
🔹 Distúrbios hidroeletrolíticos (hipercalcemia)
🔹 Hemodiálise (se necessário)
🔹 Acompanhamento de dor óssea com
ortopedista
4. Acompanhamento
🔹 Objetivo ➡ 2 anos sem necessidade de
tratamento
🔹 Se reiniciar com piora, iniciar novamente
quimioterapia + TMO autólogo
162
Emergências Oncológicas
✔Prevenção 🛡:
163
■ Tumores de alta proliferação (leucemia e
linfoma)
■ Massas volumosas, disseminadas
■ Tumores sensíveis a quimioterapia
■ Níveis pré tratamento já elevados de ácido
úrico, creatinina e LDH
■ Baixa taxa de filtração glomerular
■ Hepatoesplenomegalia
Clínica
➜ 12-72h após início da quimioterapia (mas pode
acontecer antes em casos graves)
🔹 Secundária a distúrbios hidroeletrolíticos
■ Insuficiência renal aguda
■ Convulsões
■ Arritmias, morte súbita
✔Conduta :
165
Síndrome de Hiperviscosidade
➜ Causas:
🔹 Hiperleucocitose >100.000 (5-20% das
crianças com leucemia)
■ Leucostase é a consequência (sinais,
sintomas e complicações) ➡
viscosidade aumentada e alteração da
interação de adesão endotélio e
blastos
🔹 Policitemia vera
🔹 Aumento de produção de proteínas
monoclonais
➜ Elevada morbidade
🔹 Hemorragia
🔹 Trombose
🔹 Leucostase pulmonar
🔹 Distúrbios metabólicos
➜ Mortalidade elevada (20-40%)
166
■ Coma
🔹 Pulmonares
■ Dispneia
■ Cianose
■ Hipóxia
■ Infiltrado intersticial ou alveolar difuso
🔹 Menos comuns
■ Priapismo
■ Isquemia de membro
■ Infarto intestinal
🔹 Hemograma
■ Hiperleucocitose assintomática ou
sintomática
🔹 Coagulograma
🔹 LDH
🔹 Eletrólitos
🔹 Ácido úrico
🔹 Função renal
🔹 Albumina
🔹 parcial de urina
🔹 RX de tórax
167
■ Massa mediastinal
■ Infiltrado intersticial difuso
🔹 Outros
■ SE TC/RNM = não contrastada se função
renal comprometida
✔Conduta :
1. Hidratação
🔹 2-3 L/m2/dia (evitar hipervolemia se função
renal ruim e pode exacerbar sintomas
pulmonares)
2. Hipouricemiantes
3. Correção de DHE
4. Concentrado de plaquetas profilático (se indicado)
➜ Prevenir hemorragia cerebral
🔹 Risco é maior de hemorragia
intracraniana depois de reduzir
leucócitos (dano da reperfusão)
🔹 Se <20.000 plaquetas
5. Quimioterapia precoce (baixar leucocitose)
🔹 Se assintomática secundária a LMA e não dá
para começar logo quimio dá para usar
hidroxiureia antes até contagem <50.0000
6. Leucaférese (se leucostase)
🔹 Só para hiperleucocitose é controverso
168
Síndrome de Veia cava Superior
169
🔹 Febre
170
✔Conduta :
171
Neutropenia febril pós-quimioterapia
172
*⚠ Pode ter infecção grave mesmo sem febre e
neutropenia
**⚠ Sinais inflamatórios podem estar reduzidos = atenção a
dor ou eritema local discretos!
🔹 Neutropenia (neutrófilos+bastoes)
<500/mm3
■
OU previsão de queda para <500/mm3 nas
■
próximas 24h
➜ Nadir da quimioterapia costuma ser
por volta do 14° dia (perto desse dia se
considera que pode cair)
🔹 Anamnese
■ Tipo de neoplasia
■ Fase do tratamento
■ Data da quimioterapia
■ Medicações de uso atual
■ CAteter ou outro dispositivo
■ Comorbidades
■ Uso de ATB ou antifúngico recente
■ Causas concomitantes não infecciosas de
febre
■ Infecções prévias
■ Dor abdominal/diarreia (suspeita tiflite)
■ Vacinação
■ Exposição recente a infecções
Exames complementares
🔹 Gerais
■ Hemograma
173
■ Função renal
■ Eletrólitos
■ Lactato
■ PCR
■ Procalcitonina
■ Parcial de urina + urocultura com TSA
🔹 Se queixa urinária ou <5 anos
🔹 Hemoculturas
■ Se cateter central fazer também dos lúmens
do cateter
■ ⚠ Suspeitar de infecção do cateter se:
🔹 Contagem de colônia é 3x do sangue
periférica
🔹 Cultura do cateter positiva 2 horas
antes do sangue periférico
*Repetir hemocultura se persistir com febre
após antibiótico, mudar quadro clínico ou
reinício de febre após baixa
🔹 Culturas/biópsia de secreções ou feridas
🔹 RX de tórax, tomografia
Se suspeita de tiflite
🔹 Hemocultura para anaeróbios
🔹 USG
✔Classificação 🗃:
Fonte: https://www.hcrp.usp.br/revistaqualidade/uploads/Artigos/170/170.pdf
✔Conduta :
1. Internação, se:
🔹 Previsão de neutropenia prolongada
🔹 Comorbidades
■ DPOC
■ IRC
■ Cirrose
■ Outros
🔹 Instabilidade clínica
🔹 Mucosite intensa (dificuldade de ingestão)
🔹 Infecção de cateter venoso
175
2. Exame físico e sinais vitais seriados
3. Antibioticoterapia empírica precoce (não aguardar
resultado dos labs)
➜ Cobrir gram(-) e pseudomonas
Baixo risco:
➜ Primeira dose no serviço ➡ após,
ambulatorial
🔹 Ciprofloxacino + amoxicilina/clavulanato ou
levofloxacino 750 mg
Alto risco
🔹 Beta lactâmico antipseudomonas
🔹 Cefalosporina de 4a
🔹 Ou carbapenêmico
🔹 Piperacilina-tazobactam
*Modificar se piora clínica, instabilidade ou infecção
documentada
**Se documentada = tratar pela etiologia
Considerar cobertura para gram (+)
➜ Vancomicina
Indicações:
🔹 Hemodinamicamente instável
🔹 Mucosite grave
🔹 Infecção de cateter comprovada
🔹 Infecção localizada
🔹 Suspeita de resistência
🔹 Centro com alta taxa de germes resistentes
*Se febre >ou= a 96h sem foco identificado =
antifungico profilático
*não indicar supositório ou clister
4. Contactar (se possível) médico oncohematologista
do paciente
176
Transplante de Células Tronco
✔Indicações ✅
🔹 Tratamento curativo de :
■ Doenças malignas hematológicas
■ Anemia falciforme
■ Talassemia
■ LLC
*Avaliar riscos e benefícios
✔ Técnica 😷:
Coleta do receptor
1. Coleta de células-tronco material do doador
🔹 Sangue periférico
🔹 Medula óssea
➜ Após tomar medicação para aumentar
proliferação de células-tronco
■ Como se fosse coletar vários
mielogramas
🔹 OU cordão umbilical (quantidade pequenas
de células-tronco)
Condicionamento do paciente:
177
2. Quimioterapia em altas doses +/- radioterapia
➜ Elimina das células malignas do paciente e
todas do sistema hematopoético
Procedimento e cuidados:
3. Verificar compatibilidade
🔹 HLA compatível (complexo principal de
histocompatibilidade)
4. Transfusão das células tronco
🔹 1-3 semanas para primeiros sinais de pega
5. Suporte transfusional
🔹 Medula pode permanecer deficiente por 1-2
anos
6. Profilaxia de doença do enxerto versus hospedeiro
🔹 Ciclosporina
🔹 Tacrolimus
🔹 Metotrexato
7. Profilaxia de infecções (imunossupressão)
🔹 Isolamento em unidades com filtro HEPAR
🔹 Antissépticos bucais e cutâneos
🔹 Aciclovir, antifúngicos, antibióticos profiláticos
✔ Complicações ⚠:
178
Hemoterapia
✔Classificação do sangue 🗃:
Sistema ABO
➜ Conforme os antígenos presentes nas hemácias do
indivíduo
🔹 Tipo AB ➡ antígeno A + antígeno B
■ Não possuem anticorpos contra esses
antígenos
🔹 Tipo A ➡ antígeno A
■ Possuem anticorpos anti-B (antígeno
estranho ao organismo)
🔹 Tipo B ➡ antígeno B
■ Anticorpos anti-A (antígeno estranho ao
organismo)
🔹 Tipo O ➡ Nenhum dos dois
■ Anticorpos anti-A e anti-B (antígenos
estranhos ao organismo)
179
Sistema ABO
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_ABO#/media/Ficheiro:Sistema_ABO.jpg
Sistema Rh
➜ Conforme presença ou não do antígeno D (mais
importante dentre os antígenos Rh (existem outros)
🔹 Rh (-)
■ Se exposto ao antígeno D desenvolve
anticorpos anti-Rh (aloimunização)
*Se contato após sensibilização = reação
🔹 Rh (+)
180
Possibilidades para doação de sangue
Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-abo/
✔Procedimentos realizados 😷:
🔹 Doação
■ Simples
■ Por aférese (filtração do hemocomponente
desejado - ex.: plaquetas)
181
🔹 Centrifugação + Refrigeração
Hemocomponentes e hemoderivados
Fonte: https://colsan.org.br/site/area-tecnica/producao/introducao/
182
Outros procedimentos possíveis procedimentos (se
necessário)
🔹 Desleucocitação
🔹 Irradiação (inativa linfócitos)
🔹 Lavagem
■ Soro fisiológico ➡ retirada de grande
quantidade de plasma (retira proteínas que
poderiam causar reações
alérgicas/anafiláticas)
183
Concentrado de Hemácias
➜ 1 bolsa = 220-280 mL
🔹 Elevação de Hb ➡ ↑1-1,5 g/dL
■ Ht ➡ ↑3-4%
✔Indicações ✅
🔹 Hb <10 g/dL
■ <7 g/dL ➡ transfundir!
■ 7-10 g/dL ➡ decidir (conforme condição do
paciente e clínica)
Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-abo/
184
Concentrado de Plaquetas
✔Indicações ✅
🔹 Plaquetopenia
■ Falência medular
■ Perdas agudas (ex.: trauma)
✔Prescrição :
185
Plasma
✔Indicações ✅
🔹 Sangramento por:
■ Deficiência de múltiplos fatores de
coagulação (risco de sangramento também,
nesse caso)
■ Anticoagulantes orais da vitamina K (se
severo) ou necessidade urgente de reversão
da anticoagulação
🔹 Transfusão maciça (depende do protocolo)
🔹 Tratamento de PTT e SHU por plasmaférese
186
Crioprecipitado
✔Indicações ✅
187
Reações Transfusionais
➜ Reações à transfusão
🔹 Imediatas ➡ até 24h do início da transfusão
🔹 Tardias ➡ após 24h
Imediatas
✔Conduta :
7. Medidas iniciais
🔹 Interromper transfusão imediatamente
🔹 Revisar processos
🔹 Registros, formulários de identificação
receptor/doador
🔹 Hemocomponente adequado
🔹 Enviar amostra para análise em serviço de
hemoterapia
🔹 Sangue do receptor + bolsa que
estava sendo transfundida
188
Reação Hemolítica Aguda
✔Conduta :
1. Medidas iniciais
🔹 Interromper transfusão imediatamente
🔹 Revisar processos
🔹 Registros, formulários de identificação
receptor/doador
🔹 Hemocomponente adequado
189
🔹 Enviar amostra para análise em serviço de
hemoterapia
🔹 Sangue do receptor + bolsa que
estava sendo transfundida
2. Hidratação intensiva
3. Medidas de suporte
190
Reação Febril Não Hemolítica
✔Conduta :
1. Medidas iniciais
🔹 Interromper transfusão imediatamente
🔹 Revisar processos
🔹 Registros, formulários de identificação
receptor/doador
🔹 Hemocomponente adequado
🔹 Enviar amostra para análise em serviço de
hemoterapia
🔹 Sangue do receptor + bolsa que
estava sendo transfundida
2. Antitérmicos
191
Contaminação Bacteriana
✔Conduta :
1. Medidas iniciais
🔹 Interromper transfusão imediatamente
🔹 Revisar processos
🔹 Registros, formulários de identificação
receptor/doador
🔹 Hemocomponente adequado
🔹 Enviar amostra para análise em serviço de
hemoterapia
🔹 Sangue do receptor + bolsa que
estava sendo transfundida
2. Antibioticoterapia de amplo espectro
3. Suporte (conforme necessário)
192
Alergia/Anafilaxia
✔Conduta :
1. Medidas iniciais
🔹 Interromper transfusão imediatamente
🔹 Revisar processos
🔹 Registros, formulários de identificação
receptor/doador
🔹 Hemocomponente adequado
🔹 Enviar amostra para análise em serviço de
hemoterapia
🔹 Sangue do receptor + bolsa que
estava sendo transfundida
2. Anti-histamínicos
3. Corticoide
4. Se choque anafilático ➡ adrenalina IM
5. Se branda, pode ser recomeçada a transfusão
193
Lesão Pulmonar Aguda Relacionada à
Transfusão
(TRALI)
✔Conduta :
1. Medidas iniciais
🔹 Interromper transfusão imediatamente
🔹 Revisar processos
🔹 Registros, formulários de identificação
receptor/doador
🔹 Hemocomponente adequado
🔹 Enviar amostra para análise em serviço de
hemoterapia
194
🔹 Sangue do receptor + bolsa que
estava sendo transfundida
2. Suporte (conforme necessário)
🔹 Resolução espontânea em 48-96h
195
Sobrecarga Circulatória Associada à Transfusão
(TACO)
➜ Excesso de volume
✔Conduta :
1. Medidas iniciais
🔹 Interromper transfusão imediatamente
🔹 Revisar processos
🔹 Registros, formulários de identificação
receptor/doador
🔹 Hemocomponente adequado
🔹 Enviar amostra para análise em serviço de
hemoterapia
🔹 Sangue do receptor + bolsa que estava
sendo transfundida
2. Suporte
3. Elevação do decúbito
4. Diurético
196
Tardias
🔹 Anemia hemolítica
🔹 Reticulocitose
🔹 Coombs direto (+)
✔Conduta :
1. Suporte
197
Doença Enxerto Versus Hospedeiro
Transfusional
🔹 Rash cutâneo
🔹 Diarreia
■ Aquosa e profusa (normalmente)
🔹 Náuseas, vômitos
🔹 ↑Bilirrubina direta
🔹 ↑AST/ALT
🔹 Pode levar a aplasia medular
✔Conduta :
1. Imunossupressão
🔹 Corticóide
🔹 Ciclosporina
198
Referências
Conteúdo:
1. UptoDate
2. BMJ Best Practice
3. Hoffbrand AV, Moss PAH. Fundamentos em Hematologia de
Hoffbrand. 7. Ed. Porto Alegre: Artmed; 2018.
4. Zago MA, Falcão R, Covas DT, Pasquini R. Tratado de
Hematologia. São Paulo: Atheneu; 2013.
5. Ministério da Saúde. Doença Falciforme.[Internet]. Available from:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/39506/mod_r
esource/content/4/Doenca%20Falciforme_SEM.pdf
6. Ministério da Saúde (BR). Guia para uso de hemocomponentes.
Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
199
rrr