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Analgésicos Acção Central

Analgésicos antipiréticos e anti-inflamatórios

Ana Maria Durão


Dor

Experiência emocional ou sensorial


desagradável, associada a lesão tecidular,
real ou potencial

IASP 1989
Dor

• Dor física - nocicepção (noci = lesão)


(resposta neural a um estimulo traumático)
• Dor psicológica

• Dor social
Dor
• Dor Aguda
desencadeada por nocicepção

• Dor crónica
não é desencadeada apenas por nocicepção,
resultando também por factores de ordem social
e psicológico
DOR - LIMIAR
Limiar de percepção

Ponto a partir do qual um indivíduo refere um dado


estimulo como doloroso

Limiar da tolerância

Ponto a partir do qual um indivíduo já não suporta a dor


Dor
• Factores que afectam a dor :
Raça

Sexo

Idade
Analgésicos

• Analgésicos de acção central

• Analgésicos anti- piréticos e anti inflamátorios


Analgésicos de acção central

• Opiáceos
1.Origem natural
2.Derivados semi sintéticos
3.Compostos sintéticos

• Não opiáceos ( Tramadol , clonixina)


Analgésicos de acção central
Opiáceos
1.Origem natural
– Morfina
– Codeína
2.Derivados semi sintéticos
Morfina – Diacetil morfina (Heroína)
Dihidromorfina
Codeína – Oxicodona
Dihidrocodeína
Hidrocodona
Analgésicos de acção central
Opiáceos
3.Derivados sintéticos
Dextropropoxifeno
Fentanil
Metadona
Meperidina (petidina)
Pentazocina
Tilidina
Analgésicos de acção central
Opiáceos
• Morfina
- suco seco da cápsula da “papaver somniferum”
- actua por estimulação dos receptores opiáceos :
agonista exógeno preferencialmente dos receptores
elevada afinidade para receptores
não se liga aos receptores
Analgésicos de acção central
Opiáceos
•Morfina

Os receptores opiáceos estimulados pela


morfina podem ser inibitórios ou
excitatórios
Analgésicos de acção central
Opiáceos
• Morfina
SNC
acção analgésica
actua ao nível do tâlamo elevando o limiar de
percepção dos estimulos dolorosos, e ao nível do
cortex diminuindo a integração
Analgésicos de acção central
Opiáceos
• Morfina
SNC
Acção psicomotora (acção sedativa ou excitante)
Acção psicodisléptica (exalta a imaginação,
estimula a actividade onérica, chegando a
provocar alucinações)
Analgésicos de acção central
Opiáceos
• Morfina
Aparelho respiratório

- Acção depressora central (bradipneia /apneia)


- Acção sobre centro da tosse
Analgésicos de acção central
Opiáceos
• Morfina
Aparelho gastrointestinal
Paralisia da fibra musculatura. lisa do intestino e
esfincteres urinários por contractura sustentada
Globo Ocular
Miose - intoxicação crónica
Midriase – na intoxicação aguda no estado asfixio
terminal
Analgésicos de acção central
Opiáceos - Morfina
Toxicomania

• A permanente estimulação dos receptores opiáceos pela morfina


desencadeia depressão na síntese e secreção dos neuromoduladores
fisiólogicos

• Na ausência de morfina a recuperação seria lenta e a falta de


estimulação dos receptores corresponderia ao síndroma de
abstinência
Analgésicos de acção central
Opiáceos - Morfina
• Farmacocinética
Abs. Irregular por via oral
Distrib. Todo o organismo
Metabolismo Figado
Eliminação Rim e todas as formas de secreção
(leite, saliva, urina)
Analgésicos de acção central
Opiáceos - Codeína

• Origem natural (eter metilico da morfina)


• Menos potente mas com melhor abs oral
• Geral/ usado em associação com outros
analgésicos anti piréticos
• São aproveitados as propriedades anti tússicas
Analgésicos de acção central
Opiáceos
• Antagonistas

Naloxona
Analgésicos de acção central
Não opiáceos
• Clonixina
Forte actividade analgésica
Bem tolerado
Uso sistemático – toxicodependência
• Tramadol
Forte actividade análgésica
Boa absorção oral
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
1.Salicilados
2.Diflunisal
3. Derivados do ác. Antranilico
4.Derivados pirazolónicos
5.Derivados do P-aminofenol
Fenacetina
Paracetamol
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• Diminuem a síntese da postraglandina a nível
local com consequente redução da estimulação
noxica (actuam antes da geração do estimulo
noxico)

• Mecanismo de acção periférico capaz de


combater as dores mais leves, ao mesmo tempo
que podem também diminuir a febre e processos
inflamatórios
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• O efeito anti- inflamatério exige doses mais
elevadas que o necessário para obter efeito
analgésico ou anti pirético

• Inibidores da ciclooxigenase
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• Salicilados
- acção analgésica
Trata/ das dores tipo somático e geral/ pouco intensas

- acção anti pirética


este efeito resulta da redução do ponto regulador do
centro termoregulador e só se observa qd há febre

- anti inflamatório
Para doses >
Atenuação dos sintomas com alteração da causa
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• Salicilados
Sangue
- Inibe a agregação plaquetária
- Diminuição dos niveis de protombina
Rim
- Interfere com a eliminação do ác. Úrico
- -uso prolongado - nefropatia
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• Salicilados
Sist. digestivo
- Indução de alterações celulares – lesões da mucosa
(devido á acidez do AINES)
- Hemorragias ocultas ou acidentes agudos ( anemias
ferropénicas)
Rim
- Interfere com a eliminação do ác. Úrico
- -uso prolongado - nefropatia
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• Salicilados
SNC
- Doses elevadas – convulsões
- Doses tóxicas – delírio, surdez, coma, náuseas, vómitos

Sist. Cardiovascular
- Doses elevadas – vasodilatação periférica
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• Salicilados
Farmacocinética
- Boa absorção oral
- 50-90% ligado ás proteínas plasmáticas
- Metabolismo hepático
- Eliminação renal
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• Salicilados
Efeitos adversos
- acção ulcerativa a nível gástrico
- reacções de hipersensibilidade
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• Diflunisal
- salicilato que não é convertido” in vivo”
- sem efeitos anti-piréticos pois penetra mal no SNC
- Usado como analg de longa duração
- Derivados do ác. Antranílico
- Sem vantagensem relação ao AAS
- Provocam com frequência pertubações digestivas
(25%)
- Diarreias e reacções de hipersensibilidade
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios

Derivados pirazolónicos

- muito tóxicos

- Apenas a dipirona (efeito shematopoiéticos)


Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
Derivados do p-aminofenol
- acção analgésica e antipirética
- Quase sem acção anti inflamtória
- Não interfere com a agregação plaquetária
- Não modifica o equilibrio ác.base
- Bem absorvido por via oral
- Metabolismo hepático
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
Derivados do p-aminofenol
• Efeitos adversos
- Lesões crónicas com uso prolongado mesmo em
associação
- Podem ser farmacodependência
- Paracetamol em doses elevadas ( 10-15 g) é
hepatotóxico (devido aos derivados hidroxilados)
Analgésicos anti-piréticos
anti inflamatórios
• RESUMO
Analgésicos de acção central
- opiáceos (Morfina)
- não opiáceos (Tramadol, clonixina)
Analgésicos anti- piréticos e anti inflamátorios
1.Salicilados
2.Diflunisal
3. Derivados do ác. Antranilico
4.Derivados pirazolónicos
5.Derivados do P-aminofenol
Fenacetina
Paracetamol
Antibióticos

Ana Maria Durão


Antibióticos
• Macrolidos
• Tetraciclinas
• Quinolonas
• Nitroimidazois
• Sulfonamidas
• Aminoglicosideos
• Vancomicina
Antibióticos
Macrólidos
Eritromicina
1. Espectro
Streptococcus pyogenes
pneumoniae
Haemophilus influenzae
Staphilococcus aureos
Mycoplasma pneumoniae
Clamidia
Legionella
Antibióticos
Macrólidos
Eritromicina
2. Mecanismo de acção
Unem –se á porção 50 S ribossomal e
inibem a síntese proteica.
São mais activos em meio alcalino
Têm efeito pós antibiótico
Antibióticos
Macrólidos
Eritromicina
3. Farmacocinética
Absorção : Estereato, Etilsuccinato, Estolato,
Base
Eliminação biliar
4. Toxicidade
Intolerância G.I.
Colestase intra hepática
Antibióticos
Macrólidos
Eritromicina
5. Interacções
Carbamazepina
Teofiloina
Varfarina
Triazolam
Digoxina
Ciclosporina
Antibióticos
Tetraciclinas
1. Indicação
Exacerbação de bronquite crónica
Ricketsia, Mycoplasma, Clamidia
2. Mecanismo de acção
Actuam a nível da sub unidade ribossomal 30 s
São bacterióstáticos
Mais activas a PH ácido
Antibióticos
Tetraciclinas
3. Toxicidade

4. Contra – indicações
Grávidas
Insuficientes renais
Crianças até 12 anos
Antibióticos
Tetraciclinas
5.Interacções
Anti – ácidos
Anticoagulantes
Anti epilépticos
Sais de Ferro
Contraceptivos
Antibióticos
Quinolonas
• 1ª Geração 2ª Geração
Àc.Nalidixico Norfloxacina
Ciprofloxacina
Ofloxacina
Antibióticos
Quinolonas
1. Mecanismo de acção
Bloqueiam a acção da Dna – girase bacteriano
2.Espectro de acção
Gram
Gram –
Anaeróbios
Aeróbios
Antibióticos
Quinolonas
3. Efeitos Adversos
Alterações GI : náuseas, vómitos
Alterações SNC : cefaleias, insónia, nervosismo
Alterações bioquimicas : leucopénia, anemia
4. Farmacocinética
Não sofre metabolização hepática
Eliminação renal
Antibióticos
Quinolonas

4. Interacções
Sucralfato e antiácidos
Antibióticos
Nitroimidazóis
Metronidazol, Ornidazol

1. Espectro
Bactérias Anaeróbios

(ex.Clostridium, bacteróides fragilis)

Protozoários anaeróbios

(ex. Trichomonas vaginalis, Entamoeba histolyticum, Giardia Lambria)


Antibióticos
Nitroimidazóis
Metronidazol, Ornidazol

2. Mecanismo de acção
Sofrem metabolização hepática e os metabolitos actuam
intra celularmente ao nivel do DNA

3.Farmacocinética
Metabolização hepática
Eliminação renal
Antibióticos
Nitroimidazóis
Metronidazol, Ornidazol
3.Interacções
Inibe o metabolismo da fenitoína e ACO
Benzodiazepinas aumentam metab. Hepática
4. Efeitos Adversos
Efeitos GI : Náuseas e vómitos (5%)
Leucopénia
Pancreatite
Antibióticos
Sulfonamidas
• Cotrimoxazol
1. Mecanismo de acção
Análogos estruturais do ác. para aminobenzóico (PABA)
que é utilizado nas bactérias para a síntese do ác. fólico .
Competem com o PABA na união á enzima resposavel
pela síntese.
Antibióticos
Sulfonamidas

2. Indicações
Gram positivas ex. S.piyogenes
Gram – ex. Neisseria, H. Influenza
não cobre as enterobactérias
E.Coli
Antibióticos
Sulfonamidas
3. Efeitos adversos
Intolerância digestiva
Toxicidade hepática
Reacções de hipersensibilidade
Necrose tubular (raro)
Antibióticos
Sulfonamidas
4.Interacções
Liga-se ás proteínas plasmáticas .
• Com a utilização de ACO, fenitoína, antidiabéticos orais
sofrem aumento da fracção livre com aumento da actividade
• Salicilatos, indometacina deslocam a sulfonamida da
albumina

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