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OPIOIDES

Isadora Monteiro - (22) 999995503


João Victor Caldas - (22) 997997309
QUESTÃO 01

DESCREVER OS TIPOS DE
RECEPTORES OPIÓIDES E AS
FUNÇÕES A ELES
CORRELACIONADAS.
AFINIDADE
Os opioides produzem analgesia por meio de
suas ações em receptores SNC, que também
respondem a certos peptídeos endógenos
com propriedades farmacológicas
semelhantes às dos opioides.

Os efeitos mais importantes dos opioides são


mediados por três famílias de receptores,
designadas comumente µ, κ e δ. Cada família
de receptores apresenta uma especificidade
diferente para os fármacos com os quais ela
se liga.
MECANISMO CELULAR

• Todos são membros da família


de receptores acoplados à
proteína Gi;
• Os opioides promovem a
abertura dos canais de
potássio e o fechamento de
canais de cálcio controlados
por voltagem

• O efeito global, portanto, é inibitório no nível celular, porém os


opioides aumentam a atividade em algumas vias neuronais por
supressão da atividade de interneurônios inibitórios
RECEPTORES

• A analgesia dos opioides é mediada primariamente pelos receptores μ


• As propriedades euforizantes, depressoras respiratórias e de
dependência física da morfina resultam principalmente de suas ações
nos receptores μ
• Apesar de a morfina atuar efetivamente em sítios dos receptores κ e δ,
não se sabe ao certo até que ponto isso contribui para a ação
analgésica do fármaco.
QUESTÃO 02

DESCREVER OS PRINCIPAIS EFEITOS


FARMACOLÓGICOS DA MORFINA
SOBRE O SISTEMA NERVOSO
CENTRAL.
ANALGESIA
• A morfina possui alta afinidade pelo receptor µ,
que possui ação espinhal e supraespinhal

• Ação espinhal
⚬ No neurônio pré-sináptico, inibem o influxo
de cálcio, diminuindo a exocitose de NT
⚬ No neurônio pós sináptico, estimulam o
efluxo de potássio, hiperpolarizando

• Ação supraespinhal
⚬ Inibem as projeções GABAérgicas da PAG ao
bulbo, aumentando a liberação
bulboespinhal de serotonina e noradrenalina
no corno dorsal da medula, fechando o
portão medular da dor
OUTROS EFEITOS
• Euforia
⚬ Desinibição dos neurônios dopaminérgicos da VTA
pela inibição dos interneurônios GABAérgicos
• Depressão respiratória
⚬ Devido à dessensibilização dos quimiorreceptores
do tronco cerebral à elevação de CO2, não havendo
a resposta ventilatória que a hipóxia normalmente
desencadearia
• Sedação
⚬ Indivíduo é facilmente despertado, exceto em
casos de associação com depressores centrais
• Miose
⚬ Pupila puntiforme resultante do estímulo dos
receptores µ e κ
• Supressão do reflexo da tosse
⚬ Ao agir no centro bulbar da tosse
EFEITOS ALÉM DO SNC
• Sistema gastrointestinal
⚬ A constipação é um efeito muito comum e que tem
pouco desenvolvimento de tolerância
⚬ Diminuição da motilidade e aumento do tônus do
músculo liso intestinal
• Sistema cardiovascular
⚬ Pode causar hipotensão e bradicardia
• Histamina
⚬ Aumenta liberação de histamina, gerando
vasodilatação periférica, diminuindo a pré-carga
• Ações hormonais
⚬ Aumenta liberação do hormônio de crescimento,
secreção de prolactina e hormônio antidiurético
QUESTÃO 03

DISCUTIR O QUADRO CLÍNICO DA


INTOXICAÇÃO AGUDA PELA
MORFINA. QUAL É A SUA CONDUTA
DIANTE DO MESMO?
INTOXICAÇÃO AGUDA
• A intoxicação por opioide aguda pode ser causada por uma
superdosagem clínica ou acidental ou por tentativas de suicídio
• Tríade: coma, pupilas puntiformes e depressão respiratoria
• Débito urinário e temperatura corporal diminuem e a pele torna-se fria

Pupilas puntiformes
• Estimulação do núcleo do nervo
oculomotor mediada pelos receptors
• São características importantes para
diagnóstico, porque a maioria das outras
causas de coma e depressão respiratória
produz dilatação pupilar
• A tolerância não se desenvolve para
constrição pupilar induzida pelos opioides
DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA

• Causa mais comum de morte nos casos de superdose de opioides


• O paciente pode estar apneico, cianótico e com queda na
saturação

Mecanismo
• A hipercapnia normalmente é detectada por neurônios
quimiossensíveis no tronco encefálico resulta em aumento
compensatório na ventilação
• O efeito depressor está associado à diminuição da sensibilidade
do centro respiratório à concentração de CO2 e, não gerando o
aumento da ventilação que normalmente seria desencadeado
TRATAMENTO
• A primeira medida é estabelecer uma via respiratória aberta e ventilar o paciente
• Considerar infusão contínua de naloxona — meia-vida de 30 a 81 minutos (menor
que a dos agonistas)
• A depressão respiratória e o coma característicos da superdose de morfina são
revertidos dentro de 30 segundos após a injeção IV
• Deve-se ter o cuidado de evitar a precipitação de uma síndrome de abstinência
nos pacientes dependents
• A naltrexona tem ações similares às da naloxona, com duração de ação mais
longa, sendo proposta como fármaco de manutenção para adictos em programas
de tratamento
QUESTÃO 04

COMO SE CARACTERIZA A
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA AOS
OPIÓIDES? COMO PODEMOS
CONTROLAR SUAS
MANIFESTAÇÕES?
CONTROLE
• As medicações de substituição são da mesma classe da substância abusada
• Metadona
⚬ Agonista µ e antagonista NMDA
⚬ Primeira opção no tratamento de adictos de opioides e heroína
⚬ Administrada por VO como substituto e depois é retirada lentamente
⚬ Sua meia vida longa permite uma dosagem única diária
⚬ A síndrome de abstinência com metadona é mais suave, mas mais longa
• Buprenorfina
⚬ Agonista antagonista (agonista parcial µ e antagonista κ)
⚬ Sintomas de retirada menos graves e mais curtos
⚬ Administrada por via sublingual, parenteral ou transdérmica
⚬ Longa duração de ação devido à sua forte ligação ao receptor µ
⚬ Pode não produzir efeitos agonistas suficientes de opioides para
compensar os pacientes com níveis mais altos de dependência física
QUESTÃO 05

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS


DIFERENCIAIS DA MEPERIDINA EM
RELAÇÃO À MORFINA?
ESTRUTURA MECANISMO
QUÍMICA DE AÇÃO
• Meperidina - opiáceo sintético da • A meperidina possui menor
classe das fenilpiperidinas (anel potência em relação à morfina
de piperidina + grupo fenil) • A duração de ação da meperidina
• Morfina - derivada do ópio da é ligeiramente menor que a da
classe dos fenantrenos (três anéis morfina
benzênicos) • A meperidina apresenta efeitos
antimuscarínicos, podendo gerar
taquicardia e xerostomia

Meperidina Morfina
METABOLIZAÇÃO USO CLÍNICO
• A meperidina causa excitação do • A morfina é frequentemente
SNC, que se caracteriza por preferida no tratamento da dor
tremores, abalos musculares e aguda ou crônica intensa
crises convulsivas • A meperidina pode ser usada em
• Esses efeitos se devem em casos de dor moderada a intensa,
grande parte ao acúmulo de um mas devido ao risco de
metabólito (normeperidina) em convulsões associado ao seu uso
pacientes que recebem altas prolongado ou em doses
doses ou que apresentam elevadas, é geralmente evitada
insuficiência renal concomitante em situações onde a dor é
esperada por um período
prolongado
QUESTÃO 06

QUAIS SÃO OS EMPREGOS


TERAPÊUTICOS:
a) da codeína;
b) do fentanil;
c) da metadona.
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
CODEÍNA
• Agonista fraco e natural
• Utilizado como antitussígeno, em doses que não causam analgesia
• Comumente combinado com paracetamol para combate da dor moderada
• Seu efeito analgésico é atribuível à sua conversão em morfina

METADONA
• Agonista forte e sintético
• Eficaz por VO
• Utilizado na retirada controlada de adictos de opioides e heroína
• Também possui ação como antagonista NMDA e inibidor da captação de NE
e SE, sendo eficaz no tratamento da dor neuropática e crônica
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
FENTANIL
• Agonista forte e sintético
• Por via IV chega a ser 100x mais potente que a morfina
• Apresenta início de ação rápida e curta duração
• Altamente lipofílico e possui estabilidade hemodinâmica
• Utilizado para dor grave e indução anestésica
• Usado frequentemente na analgesia pós-operatória e no trabalho de parto
• A preparação transmucosa oral é utilizada no tratamento de pacientes com
câncer
• A utilização no tratamento da dor crônica tem aumentado
• Contraindicado em pacientes virgens aos opioides
REFERÊNCIAS
• BALTIERI, D. A. et al.. Diretrizes para o tratamento de pacientes com
síndrome de dependência de opióides no Brasil. Brazilian Journal of
Psychiatry, v. 26, n. 4, p. 259–269, dez. 2004.

• BRUTON, L L.; HILAL-DANDAN, R. As Bases Farmacológicas da


Terapêutica de Goodman e Gilman - 13.ed. [s.l.] Artmed Editora, 2018.

• KATZUNG, B. G.; VANDERAH, T. W. Farmacologia Básica e Clínica.


[s.l.] Artmed Editora, 2022.

• RITTER, J. M. et al. Rang & Dale Farmacologia. [s.l.] Elsevier, 2023.

• WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia Ilustrada - 6ª


Edição. [s.l.] Artmed Editora, 2016.
OBRIGADO
Isadora Monteiro - (22) 999995503
João Victor Caldas - (22) 997997309

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