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FÁRMACOS QUE AGEM NO

SNC
Farmacologia II
2023-1
Profª M.e Liana Pedrolo Canterle
FARMACOLOGIA DO SNC

- Ansiolíticos;
- Anticonvulsivantes;
- Aumentadores cognitivos;
- Estabilizantes do humor e Antidepressivos;
- Analgésicos opioides;
- Tratamento das doenças neurodegenerativas – TDE;
- Anestésicos gerais e locais – TDE.
FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS
(HIPNÓTICOS SEDATIVOS)

• Alprazolam • Hidroxizina
• Buspirona • Lorazepam
• Clonazepam • Midazolam
• Diazepam • Oxazepam
• Flurazepam • Zolpidem
FARMACOLOGIA BÁSICA
DOS SEDATIVO/HIPNÓTICOS
• ANSIOLÍTICO = reduzir a ansiedade e exercer um efeito
calmante sem causar sedação exagerada.

• HIPNÓTICO = deve produzir sonolência e estimular o inicio e


a manutenção de um estado de sono, envolvem uma depressão
mais pronunciada do SNC do que a sedação (aumento de dose

A depressão da função do SNC é graduada e dependente da dose,


FARMACOLOGIA BÁSICA DOS
SEDATIVO / HIPNÓTICOS
• Aumento da dose acima do necessário para
produzir hipnose: estado de anestesia geral.

• Em doses ainda mais altas: podem deprimir


os centros respiratório e vasomotor no
bulbo, levando ao coma e à morte.
BENZODIAZEPÍNICOS

• Ansiolíticos e sedativo-hipnóticos mais comumente


utilizado.

• Desde a introdução do primeiro membro desse grupo, o


clordiazepóxido, muitos congêneres já foram
comercializados.

• Propriedades ansiolíticas, sedativo-hipnóticas e


anticonvulsivantes.
BENZODIAZEPÍNICOS

• Mecanismo de ação:

Potencializam a neurotransmissão GABAérgica em


praticamente todas as áreas do tema nervoso
central.
BENZODIAZEPÍNICOS

USOS CLÍNICOS:

• Ansiedade
• Insônia
• Epilepsia e Convulsões
• Sedação, Amnésia e Anestesia
BENZODIAZEPÍNICOS
Ações Farmacológicas:

• Efeito calmante ou ansiolítico = depressão do SNC.

• Em doses terapêuticas muito baixas, essa depressão


manifesta-se na forma de alívio da ansiedade,
frequentemente acompanhado de sensação de preguiça
ou sonolência. Com o aumento da dose, o grau de
depressão é intensificado, ocorrendo relaxamento
muscular, hipnose e depressão mais intensa do SNC.
Diazepam

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Clonazepam

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Midazolam

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Lorazepam

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Alprazolam

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Antagonistas dos benzodiazepínicos:
FLUMAZENIL
• O flumazenil possui alta afinidade pelo sítio de ligação do
receptor de GABA, que atuam como antagonistas competitivos.

• O flumazenil bloqueia muitas das ações dos benzodiazepínicos,


do zolpidem, zaleplona, porém não antagoniza os efeitos de
outros sedativos-hipnóticos, do etanol, dos opioides ou dos
anestésicos gerais sobre o SNC.

• Acelera a recuperação após o uso desses fármacos em


procedimentos anestésicos e diagnósticos. o antagonismo da
depressão respiratória induzida pelos BZD é menos previsível.
Abstinência de Álcool

• Os benzodiazepínicos = diminuem a intensidade


dos sintomas de abstinência quando se suspende o
uso de álcool ou de fármacos sedativo-hipnóticos.

• Os benzodiazepínicos também são utilizados para


ajudar a aliviar a ansiedade e outros sintomas
comportamentais que podem ocorrer durante a
reabilitação.
Abstinência de
sedativos-hipnóticos
• Estados de ansiedade aumentada, insônia e excitabilidade
do SNC, que pode progredir para convulsões.

• Os sedativos-hipnóticos – incluindo os BZD, são em sua


maioria, capazes de produzir dependência fisiológica
quando usados em longo prazo. Entretanto, a gravidade
dos sintomas de abstinência difere entre os fármacos e
também depende da magnitude da dose administrada
imediatamente antes da interrupção do uso.
TOLERÂNCIA AOS
SEDATIVOS-HIPNÓTICOS
• É comum a diminuição da responsividade a
determinado fármaco após exposição repetida

• Pode haver a necessidade de aumentar a dose


necessária para manter uma melhora sintomática ou
para promover o sono.

• No caso dos BZD, o desenvolvimento de tolerância


em animais tem sido associado a uma infrarregulação
dos receptores de BZD no cérebro.
Efeitos adversos e toxicidade:

• Relacionados à sua capacidade de produzir depressão do


SNC.

• Sonolência, sedação excessiva, comprometimento da


coordenação motora, confusão e perda da memória.

• Esses efeitos são mais desagradáveis na primeira ou


segunda semana de tratamento = depois tolerância.
OUTROS AGONISTAS DOS RECEPTORES
BENZODIAZEPÍNICOS

• O zolpidem e o zaleplon não são estruturalmente


relacionados aos benzodiazepínicos, porém ambos os
fármacos compartilham propriedades farmacológicas com
os benzodiazepínicos.

Ligam-se aos receptores de benzodiazepínicos e facilitam a


inibição mediada pelo GABA.
OUTROS AGONISTAS DOS RECEPTORES
BENZODIAZEPÍNICOS

• Em doses sedativas habituais, o zolpidem


preserva o sono profundo (estágios 3 e 4) e
exerce efeitos apenas mínimos e inconstantes
sobre o sono REM.
OUTROS AGONISTAS DOS RECEPTORES
BENZODIAZEPÍNICOS

• Meia-vida de eliminação: 2,5 horas, o que habitualmente é


suficiente para produzir um sono normal de 8 horas, sem
causar efeito de “ressaca” durante o dia.

• EC = sintomas gastrintestinais e do SNC, incluindo


sonolência, tontura e diarréia.

• O zolpidem pode aumentar os efeitos depressores de outros


fármacos sedativos (antipsicóticos, antidepressivos
tricíclicos e anti-histamínicos).
AZAPIRONAS

• Buspirona (Buspar) é o primeiro exemplo de uma classe de


fármacos ansiolíticos capazes de aliviar alguns dos
sintomas da ansiedade em doses que não provocam
sedação.

• Mecanismo de Ação: interações no receptor de


serotonina, onde atua como agonista parcial.
AZAPIRONAS

• Ações Farmacológicas: são necessárias várias


semanas para que a buspirona produza seu efeito
ansiolítico total, enquanto o efeito ansiolítico dos
benzodiazepínicos toma-se máximo depois de alguns
dias de terapia.

• Usos Clínicos: eficaz na ansiedade geral e na


ansiedade com depressão.
FÁRMACOS SEDATIVOS E ANSIOLÍTICOS
COM OUTROS USOS IMPORTANTES

• Anti-histamínicos
• Agentes Bloqueadores dos Receptores β-Adrenérgicos

• Antipsicóticos (sedativos)

• Antidepressivos: tto de ansiedade crônica

• Álcool.
FARMACOLOGIA CLÍNICA DOS
SEDATIVOS-HIPNÓTICOS
AGENTES ANTIEPILÉPTICOS/
ANTICONVULSIVOS

Ácido valpróico Gabapentina


Carbamazepina Lamotrigina
Clobazam Lorazepam
Clonazepam Nitrazepam
Diazepam Oxcarbazepina
Felbamato Tiagabina
Fenitoína Topiramato
Fenobarbital Vigabatrina
EPILEPSIA

• Doença crônica, caracterizada por crises epilépticas ou


convulsões recorrentes e usualmente episódios de perda da
consciência e/ou amnésia.

• Pacientes podem apresentar mais de um tipo.

• Normalmente a causa do distúrbio convulsivo não é conhecida


(epilepsia idiopática - traumatismo no parto pode ser uma
causa).
Mecanismo fisiopatológico da epilepsia:

- Neurônios tornam-se hiperexcitáveis e começam


a deflagrar salvas de potenciais de ação que se
propagam de forma sincronizada e concomitante
com outras estruturas cerebrais = hiper excitação
neuronal.

- Essas salvas podem ser o resultado de


anormalidades na estabilidade da membrana
neuronal ou nas conexões entre os neurônios.
TRATAMENTO

-Compostos que antagonizam a atividade do


GABA provocam crises epilépticas no SNC.
-Compostos que facilitam a inibição do
GABA têm atividade anticonvulsivante.

Diversas drogas anticonvulsivantes atuam


facilitando a ação do GABA.
DROGAS CLINICAMENTE
ÚTEIS
Anticonvulsivantes são divididos em 4 classes:
(de acordo com o mecanismo de ação predominante)
AGENTES BLOQUEADORES DOS CANAIS
DE SÓDIO

• fenitoína
• carbamazepina
• oxcarbazepina
• topiramato
• ácido valpróico
• Zonisamida
• Lamotrigina
FENITOÍNA - Indicações

• Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia;

• Crises convulsivas, crises tônico-clônicas


generalizadas e crise parcial complexa (lobo
psicomotor e temporal);

• Estado de mal epiléptico.


Fenitoína – Mecanismo de ação
• O principal local de ação parece ser o córtex motor,
possivelmente, pela estimulação da saída de sódio dos
neurônios,

• Tende a estabilizar o limiar contra a hiperexcitabilidade


causada pela estimulação excessiva.

• A Fenitoína reduz a atividade máxima dos centros


tronco-cerebrais responsáveis pela fase tônica das crises
tônico-clônicas (crises de grande mal).
Fenitoína – Efeitos adversos

Geralmente resultam de superdosagem:

• Ataxia, vertigem e diplopia (disfunção cerebelovestibular).


Doses mais altas podem conduzir a níveis alterados de
consciência e a alterações cognitivas.
• Reações idiossincrásicas: erupções cutâneas, discrasias
sangüíneas e necrose hepática.
• O efeito + comum em crianças: hiperplasia gengival ou
crescimento excessivo das gengivas (que ocorre em até
50% dos pacientes).
• Hirsutismo também é um efeito colateral perturbador da
fenitoína, particularmente em mulheres jovens.
Fenitoína:

- INTERAÇÕES MEDICAMETOSAS: é altamente ligada


(cerca de 90%) às proteínas plasmáticas, principalmente à
albumina plasmática. Como várias outras substâncias também
podem ligar-se à albumina, a administração de fenitoína pode
deslocar (e ser deslocada por) agentes como tiroxina, ácido
valpróico, sulfafurazol e ácido salicílico.

Demais interações (vide bula):


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Etotoína e Mefenitoína

•São congêneres da fenitoína que são


comercializados como DAE.

•Não são amplamente usadas.


Carbamazepina:

•Grande eficácia, é bem tolerada pela maioria


dos pacientes.

•EC envolvem o SNC. Sonolência é o efeito


colateral mais comum, seguida por náusea,
cefaléia, tonteira, incoordenação, vertigem.
Carbamazepina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Oxcarbamazepina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Lamotrigina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Topiramato

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
• Zonisamida: é efetiva em convulsões
complexas parciais e tônico-clônicas
generalizadas e também parece ser benéfica
em certas convulsões mioclônicas. Tem
uma meia-vida longa (cerca de 60 horas), e
são necessárias cerca de 2 semanas para
alcançar concentrações em estado de
equilíbrio dinâmico.
Ácido Valpróico (Valproato de Sódio):

• Tem ampla atividade anticonvulsivante.

• O mais sério efeito adverso associado ao


ácido valpróico é a insuficiência hepática
fatal. Hepatotoxicidade fatal tende mais a
ocorrer em crianças com menos de 2 anos
de idade.
Ácido Valpróico

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
2 ) DROGAS QUE
BASICAMENTE
AUMENTAM A AÇÃO DO
GABA
Benzodiazepínicos:

Ação principal dos benzodiazepínicos como


anticonvulsivantes: intensificar a inibição através da
sua interação com o receptor GABA no local de
ligação do benzodiazepínico.

Parece haver uma ação adicional dos


benzodiazepínicos: bloqueio dos canais de sódio
dependentes da voltagem. Esse efeito não ocorre
com as doses usuais, mas provavelmente é um fator
no seu uso no tratamento do estado de mal
epiléptico.
Os benzodiazepínicos têm muitas indicações clínicas:

• Como DAE: tratamento de crises de ausência e no


tratamento de emergência do estado de mal epiléptico.

• Sonolência ocorre com facilidade e infelizmente é em


geral um problema nas doses terapêuticas. Pode
ocorrer desenvolvimento rápido de tolerância.
• Embora todos os benzodiazepínicos sejam
semelhantes, alguns são mais prescritos para as
doenças convulsivas.

clonazepam foi o primeiro benzodiazepínico


usado especifica/ p/ o tto de distúrbios
convulsivos = composto de ação muito longa
com potente atividade anticonvulsivante.
Sedação e tolerância tendem a limitar sua
utilidade. Salivação excessiva e baba podem
ser problemáticas em crianças e lactentes.
• O lorazepam é o benzodiazepínico preferido para o
tratamento de emergência do estado de mal
epiléptico, convulsões subentrantes e convulsões
prolongadas e para a profilaxia de convulsões febris.
A via intravenosa é preferível para o tratamento de
emergência.

• O clorazepato é usado como adjunto no tratamento de


convulsões complexas parciais. É útil especialmente
em pacientes com alta freqüência de convulsões e
distúrbios psíquicos. O lorazepam, o nitrazepam e o
clobazam também pode ser utilizado com DAE.
• Tiagabina: Acredita-se que a capacidade de aumentar
as concentrações de GABA esteja envolvida na
efetividade da tiagabina no tratamento de distúrbios
convulsivos.

• Vigabatrina: A vigabatrina (Sabril) é um inibidor


irreversível relativaménte específico da
GABA-transaminase (GABA-T), a principal enzima
responsável pelo metabolismo do GABA no SNC dos
mamíferos. A vigabatrina é bem absorvida por via oral
e é distribuída a todos os sistemas do corpo.
Vigabatrina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
• Fenobarbital e primidona: facilitam a
inibição pelo GABA. prolongando assim a
abertura dos canais de cloreto, o
fenobarbital intensifica a atividade inibitória
do GABA. Em concentrações um pouco
mais altas, o fenobarbital consegue bloquear
os canais de sódio.
3) AGENTES QUE BLOQUEIAM OS
CANAIS DE CÁLCIO

• Etossuximida: único uso clínico é no


tratamento da epilepsia de ausência.
4) AGENTES CUJO MECANISMO DE
AÇÃO NÃO É CONHECIDO

• Felbamato: é indicado somente para


pacientes cuja epilepsia é tão grave que o
risco de anemia aplásica é considerado
aceitável.
Gabapentina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Levetiracetam

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
DROGAS
ANTICONVULSIVANTES E
GRAVIDEZ
• Há boas evidências de um risco aumentado de
más-formações congênitas nos recém-nascidos de
mulheres que tomaram medicação anticonvulsivante
durante a gravidez, embora a maioria dessas mulheres dê à
luz crianças normais.

• Como a maioria das pacientes está tomando múltiplas


medicações e más-formações congênitas podem ocorrer
mesmo sem medicação, é difícil demonstrar uma relação
de causa e efeito da maioria dos agentes.
• A suspensão da medicação de uma gestante epiléptica
não é isenta de seus riscos, para a paciente e
possivelmente para o feto.

• Não está claro se convulsões maternas conseguem


afetar diretamente o feto.

• Se for possível, o médico deve prescrever SOMENTE


UMA DROGA NA MENOR DOSE EFETIVA, a fim de
reduzir ao mínimo os riscos teratogênicos.
TRATAMENTO DE CONVULSÕES FEBRIS
• Convulsões: 3 meses a 5 anos de idade.

• Epilepsia desenvolve-se + tarde em aproximadamente 2 a 3%


das crianças que apresentam uma ou mais dessas convulsões
febris.

• Tratamento profilático com drogas anticonvulsivantes somente


para os pacientes em mais alto risco de desenvolvimento de
epilepsia e para aqueles que apresentaram múltiplas convulsões
febris recorrentes: fenobarbital é a droga usual, embora
diazepam também seja efetivo. Fenitoína e carbamazepina não
são efetivas, e o ácido valpróico pode ser hepatotóxico em
pacientes muito jovens.
TRATAMENTO DO ESTADO DE MAL
EPILÉPTICO

• Estado convulsivo contínuo que pode ser fatal a não


ser que as convulsões sejam terminadas.

• Principal causa de morte em pacientes epilépticos e


deve ser considerado uma emergência clínica.

• + importante: corrigir a causa das convulsões,


manter as funções vitais e começar tratamento
medicamentoso tão logo seja possível.
Virtualmente, qualquer depressor do
SNC, inclusive anestésicos gerais, pode ser
usado para terminar o estado convulsivo.

O tratamento farmacológico de escolha no


presente consiste na infusão intravenosa de
diazepam ou lorazepam.
ESTABILIZADORES DO HUMOR:

- ANTIPSICÓTICOS

- LÍTIO

- CARBALAZEPINA E ÁCIDO VALPRÓICO

- ANTIDEPRESSIVOS
DROGAS ANTIPSICÓTICAS

• Clorpromazina • Blonanseína
• Clozapina • Olanzapina
• Dibenzodiazepina • Quetiapina
• Haloperidol • Ziprasidona
• Tioridazina • Aripiprazol
• Tiotixeno • Sertindol
• Pimozida • Iloperidona
• Melperona • Asenapina
• Risperidona • Lurasidona.
ANTIPSICÓTICOS
• Reduzem os sintomas psicóticos na esquizofrenia,
transtorno bipolar, depressão psicótica, psicoses senis,
várias psicoses orgânicas e psicoses induzidas por
substâncias.

• São capazes de melhorar o humor e de reduzir a


ansiedade e os distúrbios do sono.
ANTIPSICÓTICOS
• Um neuroléptico é um subtipo de agente antipsicótico que
provoca elevada incidência de efeitos colaterais
extrapiramidais (EEP - transtornos do movimento, discinesia tardia -
movimentos musculares irregulares e involuntários, geralmente na face) em
doses clinicamente efetivas ou catalepsia em animais de
laboratório.

• Os fármacos antipsicóticos “atípicos” constituem, na


atualidade, o tipo mais usado de antipsicótico.
Natureza da psicose e da esquizofrenia

• O termo “psicose” denota uma variedade de


transtornos mentais:

- presença de delírios (crenças falsas),

- vários tipos de alucinações (auditivas ou visuais, porém


algumas vezes táteis ou olfatórias),

- desorganização do pensamento (transmissão de


sensações).
Natureza da psicose e da esquizofrenia

• A esquizofrenia é um tipo particular de psicose,


caracterizada principalmente por sensório claro, porém
com transtorno pronunciado do pensamento.

• A psicose não é exclusiva da esquizofrenia e não está


sempre presente em todos os pacientes com esquizofrenia.
TRATAMENTO DA PMD
(psicose maníaco-depressiva)

• Antipsicóticos + Benzodiazepínicos: ↓ mania (mais


rápidos e seguros) - primeira escolha

• Lítio controla a fase de mania da doença bipolar


(profilático)
DROGAS ANTIPSICÓTICAS

USOS CLÍNICOS:

• O tratamento da esquizofrenia é a principal indicação para


o uso dessas drogas. Os principais objetivos para o tratamento
de um distúrbio esquizofrênico crônico são a minimização de
sintomas e a prevenção de exacerbações.

• Todos os antipsicóticos, exceto a clozapina, têm potencial


semelhante de produzir discinesia tardia (movimentos
involuntários repetitivos, como fazer caretas e piscar os
olhos)., o mais sério efeito adverso.
DROGAS ANTIPSICÓTICAS

EFEITOS ADVERSOS:
• Sedação

• Sinais de Parkinsonismo

• Efeitos Autônomos e Endócrinos

• Desvios no padrão de frequências eletroencefalográficas (EEG)


• Hipotensão ortostática e altas frequências de pulso em repouso
podem resultar do uso das fenotiazinas de baixa potência.
FARMACOLOGIA BÁSICA DOSAGENTES
ANTIPSICÓTICOS

• Tipos químicos:

Diversas estruturas químicas foram associadas


a propriedades antipsicóticas. Os fármacos
podem ser classificados em vários grupos,
como mostram as Figuras abaixo:
Figura: Fórmulas estruturais de alguns dos agentes antipsicóticos mais antigos: fenotiazinas,
tioxantenos e butirofenonas. Apenas membros representativos de cada tipo são mostrados.
Fórmulas estruturais de alguns fármacos antipsicóticos mais recentes.
DERIVADOS DA FENOTIAZINA

• Clorpromazina
• Tioridazina

Menos potentes, mais sedação e ganho de


peso.
Clorpromazina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
DERIVADOS DA
BUTIROFENONA
• Haloperidol é o mais usado, é o fármaco
antipsicótico típico mais usado.

• As difenilbutilpiperidinas são compostos


estreitamente relacionados.

• As butirofenonas e congêneres tendem a ser mais


potentes e a ter menos efeitos autônomos, porém
apresentam maiores efeitos extrapiramidais do que as
fenotiazinas.
Haloperidol

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS

• Foi constatado que o bloqueio dos receptores


5-HT2A representa um fator-chave no mecanismo de
ação da principal classe de agentes antipsicóticos
atípicos, dos quais a clozapina é o protótipo.

• Esses fármacos são agonistas inversos do receptor


5-HT2A, isto é, bloqueiam a atividade constitutiva
desses receptores.
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
• ziprasidona,
• melperona,
• aripiprazol,
• risperidona,
• sertindol,
• zotepina,
• paliperidona,
• blonanseína,
• iloperidona,
• olanzapina,
• asenapina,
• quetiapina,
• lurasidona.
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS

• Apresentam farmacologia complexa, porém compartilham


uma maior capacidade de alterar a atividade dos receptores
5-HT2A do que de interferir na ação dos receptores D2,
resultando em menores efeitos adversos extrapiramidais.
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS

• A sulpirida e a sulpirida constituem outra


classe de agentes atípicos.

• Produzem também um aumento pronunciado


nos níveis séricos de prolactina e não são tão
desprovidos do risco de discinesia tardia
quanto outros fármacos, como a clozapina e a
quetiapina.
Aripiprazol

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Quetiapina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Risperidona

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Olanzapina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Clozapina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
FARMACOLOGIA CLÍNICA DOS AGENTES
ANTIPSICÓTICOS

• INDICAÇÕES:

Psiquiátricas:

a esquizofrenia é a principal indicação para o uso de agentes


antipsicóticos. Entretanto, nessa última década, o uso de
an- tipsicóticos no tratamento dos transtornos do humor,
como o transtorno bipolar, a depressão psicótica e a
depressão resistente ao tratamento excedeu o seu uso no
tratamento da esquizofrenia.
FARMACOLOGIA CLÍNICA DOS AGENTES
ANTIPSICÓTICOS

• A fase maníaca no transtorno afetivo bipolar:

- tratamento com agentes antipsicóticos ou

- lítio ou o ácido valproico suplementado com


benzodiazepínico de alta potência (lorazepam ou
clonazepam) são suficientes nos casos mais leves.
FARMACOLOGIA CLÍNICA DOS AGENTES
ANTIPSICÓTICOS

• Monoterapia da depressão bipolar aguda e no seu uso


adjuvante com antidepressivos no tratamento da
depressão unipolar (fluoxetina).

• Os antipsicóticos parecem ser mais efetivos do que os


antidepressivos no tratamento da depressão bipolar
e, além disso, não aumentam o risco de induzir mania ou
de aumentar a frequência de ciclagem bipolar.

FARMACOLOGIA CLÍNICA DOS AGENTES
ANTIPSICÓTICOS

Outras indicações para o uso de antipsicóticos:

- Síndrome de Tourette

- Transtorno do comportamento em pacientes com doença


de Alzheimer.
FARMACOLOGIA CLÍNICA DOS AGENTES
ANTIPSICÓTICOS

Indicações não psiquiátricas:

Os fármacos antipsicóticos típicos mais antigos, apresentam,


em sua maioria, acentuado efeito antiemético (bloqueio dos
receptores de dopamina, tanto central (na zona de gatilho
quimiorreceptora do bulbo) como perifericamente (nos
receptores do estômago).
USO DURANTE A GRAVIDEZ
• Fármacos antipsicóticos parecem relativa/ seguros na gravidez,
porém um pequeno aumento no risco teratogênico pode passar
despercebido.

• Questões acerca do uso desses fármacos durante a gravidez e a


decisão quanto ao aborto quando o feto já foi exposto devem
ser solucionadas individualmente.

• Se for possível manter uma mulher grávida sem uso de


fármacos antipsicóticos durante a gravidez = DESEJÁVEL!
(efeitos dos medicamentos sobre os neurotransmissores
envolvidos no neurodesenvolvimento).
Benefícios e limitações do tratamento farmacológico

• Os fármacos antipsicóticos = grande impacto no tratamento


psiquiátrico fizeram com que a maioria dos pacientes
hospitalizados há um longo tempo pudesse ter uma vida
em comunidade.

• Para muitos pacientes, essa mudança promoveu uma vida


com mais qualidade em condições mais humanas e, em
vários casos, tornou possível a sua vida sem o uso frequente
de restrições físicas. Para outros, a tragédia de uma existência
sem objetivo está sendo hoje vivida nas ruas de nossas
comunidades, e não em instituições para transtornos mentais.
Fármacos estabilizadores do humor que também atuam
como agentes anticonvulsivantes passaram a ser mais
amplamente usados do que o lítio: carbamazepina e ácido
valproico (p/ o tto da mania aguda e para a prevenção de
sua recidiva).

A lamotrigina foi aprovada para uso na prevenção da


recidiva.
A gabapentina, a oxcarbazepina e o topiramato podem
ser usados no tratamento do transtorno bipolar.

O aripiprazol, a clorpromazina, a olanzapina, a


quetiapina, a risperidona e a ziprasidona para o
tratamento da fase maníaca do transtorno bipolar.

A olanzapina e a fluoxetina em associação e a quetiapina


foram aprovadas para o tratamento da depressão bipolar.
LÍTIO
• O lítio foi o primeiro agente comprovadamente útil no
tratamento da fase maníaca do transtorno bipolar que
não era também um fármaco antipsicótico.

• O lítio não tem nenhuma aplicação conhecida na


esquizofrenia. Continua sendo usado para a fase aguda
do transtorno, bem como para a prevenção de
episódios maníacos e depressivos recorrentes.
Natureza do transtorno afetivo bipolar
• O transtorno afetivo bipolar (TAB) acomete 1 a 3% da
população adulta. Pode surgir na infância, porém a maioria dos
casos é diagnosticada pela 1ª vez na 3ª e 4ª décadas de vida.

• Sintomas do TAB na fase maníaca: humor expansivo e irritável,


hiperatividade, impulsividade, desinibição, necessidade
diminuída de sono, pensamentos acelerados, sintomas psicóticos
em alguns pacientes e comprometimento cognitivo.

• Sintomas do TAB na fase depressiva (~depressão maior): humor


depressivo, distúrbio do sono, ansiedade e, algumas vezes,
sintomas psicóticos. Os pacientes com transtorno bipolar correm
alto risco de suicídio.
LÍTIO
Mecanismo de ação:

• O lítio inibe diretamente duas vias de transdução de sinais:

- suprime a sinalização do inositol pela depleção do inositol


intracelular

- inibe a glicogênio sintase cinase-3 (GSK-3), uma


proteína-cinase multifuncional. A GSK-3 é um componente de
diversas vias de sinalização intracelulares (sinalização da
insulina/fator de crescimento semelhante à insulina).
LÍTIO
Mecanismo de ação:

• Efeitos sobre os eletrólitos e o transporte de íons:

O lítio está estreitamente relacionado com o sódio nas suas


propriedades. Ele pode substituir o sódio na geração de
potenciais de ação e na troca de Na+ através da
membrana. Ele inibe a troca de Li+-Na+, ou seja, a troca
é gradualmente retardada após a introdução de lítio no
corpo. Em concentrações terapêuticas (cerca de 1 mEq/L),
o lítio não afeta significativamente a troca de Na+-Ca2+ ou
a bomba de Na+/K+-ATPase.
LÍTIO
Mecanismo de ação:

• Efeitos sobre segundos mensageiros:


Ação sobre os fosfatos de inositol - IP3 e do diacilglicerol (DAG):
são segundos mensageiros importantes para a transmissão tanto
α-adrenérgica como muscarínica.

O lítio inibe a inositol monofosfatase (IMPase) e outras enzimas


importantes na reciclagem normal dos fosfoinositídeos da
membrana, incluindo a conversão do IP2 (difosfato de inositol)
em IP1 (monofosfato de inositol) e a conversão do IP1 em
inositol. Esse bloqueio leva a uma depleção do inositol livre e,
por fim, do 4,5-bifosfato de fosfatidilinositol (PIP2), o precursor
de membrana do IP3 e do DAG.
LÍTIO
Mecanismo de ação:

• Efeitos sobre segundos mensageiros:

Com o passar do tempo, os efeitos dos transmissores sobre a


célula diminuem proporcionalmente à quantidade de
atividade nas vias dependentes de PIP2. Postula-se que a
atividade dessas vias esteja aumentada durante um
episódio de mania. O esperado é que o tratamento com
lítio pudesse diminuir a atividade desses circuitos.
LÍTIO
Mecanismo de ação:

• Inibe adenilciclase sensível a NE

Estudos sobre os efeitos noradrenérgicos em tecido cerebral


isolado indicam que o lítio pode inibir a adenililciclase
sensível à noradrenalina: efeito pode estar relacionado
com seus efeitos antidepressivos e antimaníacos.
LÍTIO

RESUMINDO…Mecanismo de ação:

• Substitui o Na+ na geração do PA

• Diminui os níveis dos 2º mensageiros DAG e


IP3

• Inibe adenilciclase sensível a NE


FARMACOLOGIA CLÍNICA DO LÍTIO

• Transtorno Afetivo Bipolar

• Depressão Recorrente
• Depressão Maior Aguda
• Transtorno Esquizoafetivo
(esquizofrenia + depressão/excitação)
LÍTIO
• Monitorização do tratamento : obter efeito
terapêutico s/ complicações

• 10 a 12 horas após a última dose , 5 dias


após início do tratamento
• Ajuste da dose nova =
dose atual x nível desejado / nível atual
LÍTIO : EFEITOS ADVERSOS
• Neuropsiquiátricos : tremor , confusão mental , ataxia

• Tireóide : diminui função tireoideana

• Edema : retenção de sódio

• Cardíacos : inibe nódulo sinoatrial

• Gravidez : risco teratogênico baixo

• Sangue : leucocitose
ÁCIDO VALPRÓICO
• Eficácia equivalente ao lítio durante as primeiras semanas
do tratamento, tem sido efetivo em alguns pacientes que
não responderam ao lítio.

• Perfil de efeitos colaterais é tal que é possível aumentar


rapidamente a dose no decorrer de alguns dias, sendo as
náuseas o único fator limitante em alguns pacientes.

• A dose inicial é de 750 mg/dia, aumentando rapidamente


para a faixa de 1.500 a 2.000 mg, com uma dose máxima
recomendada de 60 mg/kg/dia.
ÁCIDO VALPRÓICO

• Associações de ácido valproico com outras medicações


psicotrópicas provavelmente usadas no tratamento de ambas
as fases do transtorno bipolar em geral são bem toleradas.

• O ácido valproico constitui um tratamento de 1ª linha para a


mania, embora não se tenha certeza de que sua eficacia seja
equivalente à do lítio como tratamento de manutenção em
todos os subgrupos de pacientes.

• Muitos médicos defendem a associação de ácido valproico e


lítio em pacientes que não respondem por completo a um ou
outro agente isoladamente.
CARBAMAZEPINA

• Alternativa razoável para o lítio quando ele não tem


eficácia ideal = PORÉM: indução enzimática limita seu
uso – interações medicamentosas com outros tratamentos
padrões para o transtorno bipolar.

• O modo de ação da carbamazepina não está bem


esclarecido = pode ser usada para o tto da mania aguda e
terapia profilática.

• Os EC algumas vezes são menores do que aqueles


associados ao lítio.
CARBAMAZEPINA
• Pode ser usada isoladamente ou associada com lítio ou com
valproato.

• O uso da carbamazepina como estabilizador do humor


assemelha-se a seu uso como anticonvulsivante: dose começa
habitualmente com 200 mg duas vezes ao dia. A dose de
manutenção assemelha-se àquela usada para o tratamento da
epilepsia, isto é, 800 a 1.200 mg/dia.

• As discrasias sanguíneas tornaram-se proeminentes quando o


fármaco é usado como anticonvulsivante, mas não têm
representado um grande problema quando usado como
estabilizador do humor.
ANTIDEPRESSIVOS

FÁRMACOS UTILIZADOS PARA O


TRATAMENTO DAS DIFERENTES FORMAS DE
DEPRESSÃO
TIPOS DE DEPRESSÃO

• MAIOR OU PRINCIPAL (unipolar)

• MENOR OU SECUNDÁRIA (distimia)

• TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC)

• BIPOLAR (PMD – maníaco-depressiva)

• AGORAFOBIA
DEPRESSÃO MAIOR
• predominância dos sentimentos: desesperança, desvalia,
culpa, desamparo.
• associados a:
– alterações de apetite e peso
– alterações do sono
– fadiga ou perda da energia
– retardo ou agitação psicomotora
– diminuição do desempenho sexual
– dificuldade de raciocínio e concentração
– pensamentos recorrentes sobre a morte
– idéias delirantes e alucinações
DEPRESSÃO MAIOR
(MELANCÓLICA - ENDÓGENA)

- prevalência na vida - 15%

- 40- 60% hospitalizações por distúrbios afetivos

- 50% da causa de suicídios


DEPRESSÃO MENOR

• Associadas a :

- doenças orgânicas (hipotireoidismo, Parkinson...)

- ao uso de diferentes tipos de medicamentos:


anti-hipertensivos, propranolol, corticosteroides

- drogas de abuso
DEPRESSÃO MENOR (DISTIMIA)

• Sintomas mais brandos e duração mais longa (2 anos).

• Pacientes mantém atividades parcialmente.

• Mais comum em mulheres (2x), de baixo poder aquisitivo


e solteiras.

• Primeiros sintomas já na adolescência.


DEPRESSÃO MENOR (DISTIMIA)

PRINCIPAIS SINTOMAS:

•baixo desempenho na escola/trabalho.


•anti-social e timidez.
•irritabilidade e hostilidade
•conflitos com a família / amigos
•baixa auto-estima, dificuldade decisória
•alterações do sono, pouca concentração
TRATAMENTOS DA DISTIMIA

• Terapia cognitiva

• Terapia comportamental

• Medicamentos Antidepressivos
TOC
Obsessão caracteriza-se por:

• persistentes pensamentos, impulsos ou imagens que


causam ansiedade.

• não são simplesmente medos sobre problemas reais.

• as pessoas tentam neutralizá-los ,através de outras ações


TOC
Compulsão caracteriza-se por:

• comportamentos repetitivos (lavar) ou atos mentais (repetir


palavras)que as pessoas executam em resposta a obsessão e
para aliviar mal estar.

• não conectados de uma maneira crítica com a realidade , e


excessivos .
DESORDEM BIPOLAR

CLASSIFICAÇÃO (SEGUNDO A PREDOMINÂNCIA):

•MISTA
•MANÍACA
•DEPRESSIVA
DESORDEM BIPOLAR

EPISÓDIOS MANÍACOS:

• Alta auto-estima, grandiosidade, inflação,

• Diminui necessidade de sono,

• Fuga de idéias,

• Aumento de atividade e agitação.


DESORDEM BIPOLAR
EPISÓDIOS DEPRESSIVOS:

• Persistente apatia e falta de interesse,

• Insônia ou hipersonia,

• Sentimentos de culpa e desvalia,

• Falta de concentração e memória,

• Pensamentos de morte e suicídio


AGORAFOBIA

• CONCEITO : Medo de ir a lugares públicos. Nas formas


leves os indivíduos evitam algumas situações, porém nas
graves (pânico) os indivíduos tornam-se reclusos.

• TRATAMENTO : Antidepressivos e terapia


simultaneamente
DEPRESSÃO ANSIOSA

• Ansiedade comumente associada a depressão e


especialmente a distimias (depressão crônica moderada).

• Em pacientes idosos recomenda-se a associação do AD


com oxazepam ou lorazepam em doses fracionadas
HIPÓTESE MONOAMINÉRGICA DA DEPRESSÃO

• deficiência funcional - NE e 5-HT

– Evidências:
• Reserpina - ↓ NE e 5-HT - depressão

• Anti-depressivos - tricíclicos e inibidores da


MAO , ↑ NE e 5-HT
ANTIDEPRESSIVOS
Classificação

• antidepressivos tricíclicos
• inibidores da monoaminoxidase
• inibidores seletivos da recaptação de 5-HT
• inibidores da recaptação de NE
• antidepressivos com outros mecanismos
EFEITO AGUDO X CRÔNICO

• eficácia clínica tem uma latência de 2 a 3 semanas

• os efeitos bioquímicos ocorrem agudamente

• aumento das concentrações de NE e/ou 5-HT

• tratamento prolongado: diminuição dos receptores


beta-adrenérgicos no SNC
Antidepressivo Antidepressivo
Sem tratamento tratamento agudo tratamento crônico

NT
βAR βAR
• Antidepressivos Tricíclicos

– amitriptilina
– nortriptilina
– amoxapina
– imipramina
– clomipramina
– maprotilina

(aminas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª)


ATCs

• Primeiros do mercado – não são 1ª linha = ↑ EA


(boca seca, constipação, taquicardia)

• Mecanismo: inibem a recaptação de


noradrenalina, a longo prazo aumentam a
sensibilidade à serotonina.
ATCs - Usos Clínicos
• Depressão endógena

• Ataques de pânico

• Estados fóbicos e obsessivos

• Dor neuropática

• Incontinência urinária infantil (AMI)



• Ejaculação precoce
DEPRESSÃO NOS IDOSOS

• atinge o dobro de idosos que sofrem de algum tipo de


demência

• diagnóstico da depressão confunde-se com a expectativa de


comportamento dos idosos.

• a incidência em mulheres negras é superior a de mulheres


brancas.
ATCs – Efeitos Adversos

• sedação (bloqueio H1)


• hipotensão postural (bloqueio β)
• boca seca, visão embaraçada e constipação (bloqueio
muscarínico)
• ganho de peso
• mania e convulsão
• retenção urinária
• superdosagem/suicídio: delírio + convulsão, coma, depressão
respiratória, arritmias cardíacas
Efeitos Adversos nos Idosos

Comuns:

• tontura
• hipotensão postural
• constipação intestinal
• dificuldade de micção e ejaculação
• edema
• tremores
ATCs - Interações Medicamentosas
• aspirina e fenilbutazona - ↑ efeito ATCs (competição
albumina plasmática)

• neurolépticos e alguns esteróides - inibem a


metabolização hepática ATCs

• ATCs potencializa efeitos do álcool - interação pode


induzir depressão respiratória fatal

• anti-hipertensivos + ATCs - excessivo ↑ ou ↓ PA


• Inibidores da MAO

– Fenelzina - Nardil®
– Tranilcipromina - Parnate®
– Seleginina - Deprilan®
– Moclobemida - Aurorix®
Isocarboxazida
– - Marpian
• Inibidores da MAO

– Mecanismo de ação:
MAO-A = degrada noradrenalina/serotonina
no SNC
MAO-B = degrada dopamina no SNC

Inibem as enzimas que degradam


substâncias que dão sensação de prazer
e tranqüilidade.
IMAO – Usos Clínicos

• depressão: quando outros tratamentos são


ineficientes
• depressão com características histéricas
• fobias
• pânico
IMAO - Efeitos Colaterais
• hipotensão postural
• ganho de peso
• efeitos anticolinérgicos , especialmente ATCs
• toxicidade hepática
• estimulação central - pode produzir tremores, excitação e
insônia
• Crise hipertensiva (tiramina na dieta)

Superdosagem: convulsões e mania


Interações Medicamentosas

• IMAO + tiramina - crises hipertensivas e hemorragia


intracraniana.

• ATC + IMAO - episódios hipertensivos.


• Inibidores seletivos da recaptação de 5-HT (ISRS)

– fluoxetina - Prozac®
– citalopram - Cipramil®
– sertralina - Zoloft®
– venlafaxina - Efexor®
– -paroxetina- Aropax
• Inibidores seletivos da recaptação de 5-HT (ISRS)

Mecanismo de ação:
Alta seletividade pela recaptação de serotonina na
terminação nervosa e dessensibilização dos
receptores que inibem a liberação de serotonina.
Inibidores seletivos da recaptação de
5-HT (ISRS)

• Usos clínicos
– Depressão
– Transtorno obsessivo compulsivo
– Bulimia nervosa
– Percepção alterada do corpo
Inibidores seletivos da recaptação de
5-HT (ISRS)

• Efeitos adversos
– náusea
– cefaléia
– agitação e inquietação
– distúrbios do sono (sedativo ao deitar)
– disfunção sexual
• inibição da ejaculação
• inibição do orgasmo (mulheres)
Inibidores seletivos da recaptação de 5-HT
(ISRS)

Desvantagens dos ISRS :

• custo elevado
• náusea, anorexia e distúrbios do sono
• + iMAO - síndrome 5-HT: tremor, hipertermia e colapso
cardiovascular - maioria dos casos: morte
• ↑ agressão, violência, suicídio (fluoxetina)
Inibidores seletivos da recaptação de
5-HT (ISRS)

Vantagens ISRS x ATCs ou iMAO:

• ausência de efeitos anticolinérgicos e cardiovasculares


• baixa toxicidade
• não apresentam reações com alimentos como iMAOs
Inibidores seletivos da recaptação de
5-HT (ISRS)

• FLUOXETINA
É dada pela manhã por causa do seu potencial de ser ativadora e
causar insônia. Os alimentos não afetam sua biodisponibilidade
sistêmica e podem na realidade diminuir a náusea relatada por
alguns pacientes. A fluoxetina apresenta substancial ligação às
proteínas séricas e pode interagir com outras drogas altamente
ligadas às proteínas. Ela é desmetilada no fígado para formar um
metabólito ativo, a norfluoxetina.
Fluoxetina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Duloxetina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Inibidores seletivos da recaptação de
5-HT (ISRS)
Sertralina:
• Tem meia-vida de eliminação de 25 horas e pode ser
administrada uma vez por dia, usualmente pela manhã a fim de
evitar insônia. A sertralina sofre substancial metabolismo
hepático, e as doses devem ser reduzidas nos pacientes com
doença hepática. A sertralina pode produzir mais efeitos
colaterais gastrintestinais, como náusea e diarréia, do que a
fluoxetina, e é geralmente considerada menos ativadora do que a
fluoxetina.
Sertralina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Inibidores seletivos da recaptação de
5-HT (ISRS)

• Paroxetina: tem meia-vida de eliminação de 21 horas e é


também altamente ligada às proteínas plasmáticas, de modo que
exige atenção especial quando administrada com drogas como a
varfarina. O ganho de peso é mais rápido com paroxetina que
com os outros ISRS, e ela tende a ser mais sedativa,
presumivelmente em virtude dos seus potenciais efeitos
anticolinérgicos.
Paroxetina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Inibidores seletivos da recaptação de
5-HT (ISRS)

• Citalopram: meia-vida de eliminação de 35 horas e é 80% ligado


às proteínas plasmáticas. De todos os ISRS, é ele que tem o
menor efeito sobre o sistema do citocromo P450 e o perfil mais
favorável no que se refere a interações medicamentosas.
Citalopram

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Escitalopram

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
ANTIDEPRESSIVOS COM OUTROS
MECANISMOS

• Grupo quimicamente heterogêneo com mecanismo de


ação variável:

– bupropiona - inibe a recaptação de DA

– nafazodona - antagonista 5-HT2A (pequena ação


sobre a recaptação de 5-HT e NE)

– mirtazapina - antagonista alfa2, 5-HT2A e 5-HT3


Bupropiona

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Venlafaxina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
Desvanlafaxina

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
_______________________
• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
________________________

• Mecanismo de ação:

• Efeitos adversos:

• Usos clínicos:

• Posologia:
ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO,
METABOLISMO E EXCREÇÃO

• Bem absorvidos por via oral.


• Ligados a proteinas plasmáticas.
• Metabolisados por enzimas microssomais
hepáticos ( sistema P450).
• Meia-vida de eliminação geralmente longa.
• Processos lentificados nos idosos
ANALGÉSICOS OPIÓIDES

• Aula invertida
• Orientações no Classroom
AUMENTADORES
COGNITIVOS

• Orientações no Classroom
• Capítulo de Livro/Artigo
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
NEURODEGENERATIVAS
- TDE -

- Mal de Parkinson
- Mal de Alzheimer
- Doença de Huntingan
ANESTÉSICOS GERAIS E LOCAIS

(TDE)

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