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Transplante de Coração

Conceito.

O transplante de coração é um procedimento


cirúrgico complexo realizado em pacientes
que apresentam alguma doença ou
disfunção nesse órgão que torna necessária
à sua retirada e substituição por um outro
coração saudável.
Primeiro Transplante de Coração do Mundo

O coração de uma pessoa morta palpitou pela primeira vez no peito de outro humano às
5h25 de 3 de dezembro de 1967, na África do Sul. A operação foi realizada no hospital
Grote-Schuur, na Cidade do Cabo pelo chefe de equipe e professor sul-africano
Christiaan Barnard, então com 44 anos de idade.

Dr. Christiaan Barnard


Indicação.

O transplante de coração é indicado quando


o paciente apresenta problemas cardíacos
graves ou irreversíveis que impedem o
funcionamento adequado do coração e que
colocam em risco a sua saúde e até mesmo
a sua vida.
Fila de transplante de coração

Os pacientes que necessitam de um transplante de coração devem se


inscrever no Sistema Nacional de Transplantes (SNT), um sistema
coordenado pelo Ministério da Saúde e que é responsável pela
regulamentação, pelo controle e pelo monitoramento dos transplantes
realizados no país.
Como funciona a fila do transplante.

Até a última atualização 386 pessoas aguardavam um "novo coração" na fila


do Sistema Único de Saúde (SUS). A espera não leva em conta se o paciente
fará a cirurgia em um hospital público ou na rede particular.
Os critérios são:

 Ordem cronológica de cadastro;


 Gravidade do quadro - quem necessita de internação
constante (com uso de medicamentos intravenosos e de
máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem
prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em
casa;
 Tipo sanguíneo - um paciente só pode receber um órgão de
um doador que tenha o mesmo tipo sanguíneo que ele;
 Porte físico - alguém alto e mais pesado não pode receber o
coração de um doador muito mais baixo e magro que ele;
 Distância geográfica - o órgão precisa ser retirado do
doador e transplantado no receptor em um intervalo de até 4
horas. Ou seja: não é possível fazer a ponte entre duas
pessoas que estejam muito distantes uma da outra.
Quem pode ser um doador de coração

Pode ser um doador de coração uma pessoa falecida que teve morte
encefálica confirmada. A morte encefálica consiste na cessação das
atividades de todas as partes do encéfalo, incluindo o tronco cerebral,
região que controla a respiração, os batimentos cardíacos e a
temperatura do corpo.

No Brasil, para que ocorra a doação do coração, é necessário que a


família da pessoa falecida autorize a doação do órgão. Assim, aqueles
que desejam tornar-se doadores de órgãos devem, primeiramente,
conversar com seus familiares como forma de esclarecer sua intenção
para que, após sua morte, a família autorize a retirada e doação dos
órgãos.
FISIOLOGIA DO CORAÇÃO.

A função primordial do coração é garantir o


bombeamento de cinco litros de sangue por minuto
para todas as partes do nosso corpo. Esse órgão
apresenta o tamanho médio de um punho fechado e
pesando entre 250 e 350 gramas está localizado
atrás do esterno e entre os pulmões, no mediastino
médio. Ele garante o bombeamento graças a
contrações rítmicas do músculo cardíaco.
Anatomia
do
Coração
Camadas do Coração.
Câmaras do Coração.

▪ Átrios: Direito e Esquerdo.

▪ Ventrículos: Direito e
Esquerdo.
Válvulas do Coração.

Entre os átrios e os ventrículos, encontramos


as válvulas atrioventriculares, que são duas:

 Tricúspide. Válvula Válvula


Pulmonar Aórtica

 Mitral.
Válvula Válvula
Tricúspide Mitral

No coração, também estão presentes as


válvulas semilunares pulmonar e aórtica,
localizadas entre os ventrículos e a artérias.
Exames realizado no pré-operatório :

 Hemograma completo com contagem de  RX tórax PA e Perfil


plaquetas  Ecocardiograma,
 TP e TTPA  Holter 24h,
 Tipagem sanguínea ABO+Rh  Tomografia Coronária,
 Sorologias p/ CHAGAS, HIV, HTLV  Ressonância Magnética,
(selecionado conforme o caso)
 Cintilografia Miocárdica,
 Sorologias para hepatite B e C
 Cateterismo Cardíaco
 Função renal (uréia e creatinina séricas)
 Ultrassom Doppler Carótidas e Vertebrais
 Eletrólitos séricos (Na, K, Ca)
 Avaliação odontológica (no caso de cirurgias de
 Glicemia válvulas)
 ECG
Processo Cirúrgico.
Temperatura para Armazenar o Coração..

O médico constata a necessidade do paciente ser submetido a um transplante de coração.


O coração é preservado por armazenamento estéril, hipotérmico, a uma temperatura de 4 graus e
com uma solução cardioprotetora e levado até o hospital onde será realizado o transplante.
Processo Cirúrgico.
Bomba

Oxigenação

Reservatório
Processo Cirúrgico.
Pós-operatório do transplante de coração

Após o transplante de coração, o paciente deverá


passar por um período de reabilitação cardíaca.
Além das consultas médicas regulares e do uso
indispensável de medicações imunossupressoras,
ao longo de aproximadamente seis meses.
Reabilitação cardíaca

Essa etapa envolve:

 Exercícios monitorados,

 Educação sobre cuidados pós-transplante,

 Orientações sobre estilo de vida saudável

 Apoio emocional.

 Tudo isso é essencial para a recuperação do paciente


e da qualidade de vida. Por isso, uma equipe
multidisciplinar é muito importante nesse momento.

 Atividades físicas supervisionadas.


Os exames realizados no pós-operatório são:

•Coagulograma,
•Hemograma,
•Rx de tórax
•Bioquímica,
•ECG.

Exames realizado no pós-operatório são importantes para


acompanhamento da evolução do paciente.
Valor do Transplante de Coração.

O custo de um transplante de coração pago pelo


SUS é de R$ 37.052,69, incluindo os serviços
hospitalares e profissionais. No entanto, esse
montante não engloba os procedimentos de
captação do órgão, exames pré-operatórios e
medicamentos.
Complicações do transplante de coração

Assim como todo procedimento cirúrgico, o transplante de coração também


apresenta riscos e, por se tratar de um procedimento complexo, exige uma
equipe médica altamente especializada, instalações adequadas para a
realização do procedimento e uma avaliação rigorosa do paciente que
receberá o transplante assim como do coração que será transplantado.
Chances de rejeição

O sistema imunológico pode reconhecer o novo órgão como um corpo


estranho e reagir. Isso pode ocorrer com qualquer órgão ou tecido logo após o
transplante ou muito tempo depois. Para que isso não aconteça, os pacientes
transplantados precisam tomar medicamentos imunossupressores pelo resto
da vida, além de fazer acompanhamento médico periódico. As primeiras 72
horas após qualquer transplante são cruciais para monitorar se o corpo do
paciente não irá rejeitar o novo órgão recebido.
Chances de rejeição

Medicamentos para inibir o sistema imunológico (imunossupressores), incluindo corticosteroides, são


iniciados no dia do transplante de coração são medicamentos que ajudam a prevenir a rejeição do órgão
transplantado. Alguns dos imunossupressores comuns incluem:

▪ Tacrolimus (ou FK506)

▪ Ciclosporina

▪ Micofenolato de mofetila

▪ Prednisona

▪ Everolimus

▪ Azatioprina

Esses medicamentos são prescritos em combinação e em doses específicas para suprimir o sistema
imunológico do receptor, a fim de evitar que ele ataque e rejeite o coração transplantado. A escolha dos
imunossupressores e sua dosagem exata podem variar de acordo com as necessidades individuais do
paciente e a resposta ao tratamento.
Expectativa de vida de um transplantado

Após o transplante de coração, o


paciente transplantado apresenta
melhora na sua sobrevida de 80,7% no
primeiro ano e 59,7% no quinto ano após
a operação. A sobrevida média do
paciente adulto após o transplante gira
em torno de 11 anos.
Cuidados de Enfermagem

Devido à especificidade e grau de complexidade, a


modalidade terapêutica transplante cardíaco exige que a
equipe de enfermagem preste uma assistência específica,
com qualidade e domínio técnico-científico, para embasar a
sua atuação. Com este objetivo, faz-se necessário que o
enfermeiro sistematize as suas ações e planeje os cuidados
prestados aos pacientes submetidos ao transplante cardíaco,
reavaliando periodicamente, implementando e intervindo
com segurança nos períodos pré, intra e pós-eperatório.
Os cuidados de enfermagem incluem: monitorização dos
sinais vitais, balanço hídrico rigoroso, acompanhamento e
coleta de exames laboratoriais, monitorização de sinais de
sangramentos, troca de curativos, vigilância do padrão
respiratório e cuidados relativos à imunossupressão, dentre
outros.
Doar é a forma mais
bela de amar!!
Tenha coragem de se doar em um
mundo onde só se pensa em
receber.

Comunique sua vontade de doar


seu Coração...
Você pode salvar uma Vida!!!

Obrigada
pela
Atenção
Alunas:
AMANDA
ANA LAURA
DYENIFER
LETÍCIA
PAULA SILVA

ED 3
U.T.I. – PROFª SÔNIA
Referências:

https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/08/28/quase-um-terco-dos-transplantes
-de-coracao-no-brasil-foram-realizados-com-menos-de-30-dias-de-fila.ghtml

https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2023/08/23/infografico-os-12-passos-do-t
ransplante-de-coracao-que-faustao-tera-de-enfrentar.ghtml

https://www.scielo.br/j/ean/a/q6M5YdwwyqvS8ytMnZY6rjm/#:~:text=Os%20cuida
dos%20de%20enfermagem%20incluem,relativos%20%C3%A0%20imunossupress%
C3%A3o%2C%20dentre%20outros

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/08/22/transplante-corac
ao-curiosidades.htm

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