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Quando é necessário transfusão
A transfusão de sangue só pode ser feita quando o tipo de sangue entre o doador e o
paciente é compatível, sendo indicada em situações em que há grande perda e sangue
ou líquidos ou quando há alteração no processo de produção das células sanguíneas ou
componentes do sangue, como fatores de coagulação, por exemplo. Assim, a
transfusão sanguínea pode ser indicada em caso de:
Anemia profunda;
Hemorragia grave;
Queimaduras de 3º grau;
Hemofilia;
Após transplante de medula ou de outros órgãos;
Durante procedimentos cirúrgicos, quando existe hemorragia grave.
No entanto, antes de ser realizada a transfusão, é preciso garantir que o sangue da
pessoa que vai receber o sangue e o sangue a ser transfundido são compatíveis, pois
dessa forma é possível prevenir o desenvolvimento de reações.
Como é feita a transfusão de sangue
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Compatibilidade para Transfusão de Concentrado de Hemácias:
Compatibilidade doador / receptor
Grupo ABO / Rh(D) do receptor Compatibilidade doador / receptor
O + (O positivo) O+/O-
O - (O negativo ) O-
A + (A positivo) A+ / O+ / A- / O-
A – ( A negativo) A- / O-
B + (B positivo) B+ / O+ / B- / O-
B - (B negativo) B- / O-
AB + (AB positivo) AB+ /A+ / B+ / O+/AB- /A- / B- /0-
AB - (AB negativo) AB- / A- / B- / O-
Compatibilidade para Transfusão de Plasma:
Grupo ABO / Rh(D) do receptor Grupo ABO a ser transfundido
A A, AB
B B / AB
AB AB
O O, A, B, AB
Para se poder ser submetido a uma transfusão sanguínea é preciso tirar uma amostra de
sangue para verificar o tipo de sangue, o volume sanguíneo e a quantidade de células
sanguíneas circulantes, pois assim é possível verificar se a pessoa tem condições de
iniciar a transfusão, avaliar a quantidade de sangue que será necessário e se será uma
transfusão de sangue total ou de apenas alguns componentes.
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O procedimento para receber o sangue pode demorar, até 3 horas, dependendo da
quantidade de sangue necessária e também do componente que será transfundido. Por
exemplo, a transfusão de eritrócitos pode demorar mais porque deve ser feita muito
lentamente, e normalmente o volume necessário é grande, enquanto o plasma apesar de
ser mais espesso, em geral, é necessário em menores quantidades e pode demorar
menos.
Fazer uma transfusão de sangue não dói e quando a transfusão é feita fora de uma
cirurgia, geralmente, o paciente pode comer, ler, conversar ou ouvir música enquanto
recebe o sangue, por exemplo.
O que fazer quando não é permitida a transfusão?
Cuidados de Enfermagem
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Objetivo:
A assistência de enfermagem durante o processo de transfusão sanguínea demanda
uma série de conhecimentos, habilidades técnicas e a capacidade de intervir de maneira
efetiva diante das complicações, visando garantir a segurança transfusional e a
integridade do paciente. Visto que a revisão e atualização do conhecimento em
hemoterapia e do processo de transfusão sanguínea é essencial para uma prática
assistencial segura, o objetivo deste estudo foi descrever os principais cuidados de
enfermagem exercidos pelos enfermeiros na assistência ao paciente adulto em todas as
etapas do processo transfusional.
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Garantir acesso venoso adequado, exclusivo, e equipo com filtro sanguíneo.
Prescrever os cuidados de enfermagem relacionados ao procedimento.
Intraprocedimento
Confirmar, novamente, a identificação do receptor, confrontando com a identificação
na pulseira e o rótulo do insumo a ser infundido.
Verificar duas vezes o rótulo da bolsa de sangue ou hemoderivado para se assegurar de
que o grupo e o tipo Rh estão de acordo com o registro de compatibilidade.
Verificar se o número e o tipo – indicados no rótulo do sangue, ou do hemoderivado, e
no prontuário do paciente – estão corretos, confirmando-se, mais uma vez e em voz
alta, o nome completo do paciente.
Verificar o conteúdo da bolsa quanto a bolhas de ar e qualquer alteração no aspecto e
na cor do sangue ou do hemoderivado (as bolhas de ar podem indicar crescimento
bacteriano; a coloração anormal ou a turvação podem ser sinais de hemólise).
Assegurar que a transfusão seja iniciada nos 30 minutos após a remoção da bolsa do
refrigerador do banco de sangue.
A transfusão deve ser monitorada durante todo seu transcurso, e o tempo máximo de
infusão não deve ultrapassar 4 (quatro) horas.
Durante os 10 (dez) primeiros minutos da transfusão, o profissional que a instalou deve
permanecer à beira do leito do paciente, acompanhando o procedimento.
Nos primeiros 15 (quinze) minutos, deve-se infundir o insumo lentamente, sem
ultrapassar a 5 ml/min.
Observar, rigorosamente, o paciente quanto aos efeitos adversos da transfusão e, na
negativa, aumentar a velocidade do fluxo.
Garantir o monitoramento dos sinais vitais em intervalos regulares, comparando-os.
Deve-se interromper a transfusão imediatamente e comunicar ao médico caso haja
qualquer sinal de reação adversa, tais como: inquietação, urticária, náuseas, vômitos,
dor nas costas ou no tronco, falta de ar, hematúria, febre ou calafrios.
Nos casos de intercorrência com interrupção da infusão, encaminhar a bolsa para
análise.
Recomenda-se a prescrição da troca do equipo de sangue a cada duas unidades
transfundidas, a fim de minimizar riscos de contaminação bacteriana.
Pós-procedimento:
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Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e compará-los com as medições de
referência.
Descartar adequadamente o material utilizado e assegurar que todos os procedimentos
técnicos, administrativos, de limpeza, desinfecção e gerenciamento de resíduos sejam
executados em conformidade com os preceitos legais e os critérios técnicos
cientificamente comprovados, os quais devem estar descritos em procedimentos
operacionais padrão (POP) e documentados nos registros dos respectivos setores de
atividades.
Todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de hemoterapia devem ser registradas e
documentadas de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e dos produtos,
desde a obtenção até o destino final, incluindo-se a identificação do profissional que
realizou o procedimento. Deve-se constar obrigatoriamente:
data;
horário de início e término;
sinais vitais no início e no término;
origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos;
identificação do profissional que a realizou; e
registro de reações adversas, quando for o caso.
Monitorar o paciente quanto à resposta e à eficácia do procedimento.
Seguem as competências dos colegas técnicos de enfermagem:
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É obrigatório, também, que fiquem registrados, no prontuário do paciente, a data da
transfusão, os números e a origem dos componentes sanguíneos transfundidos.
As transfusões serão realizadas por médico ou profissional de saúde habilitado,
qualificado e conhecedor das normas constantes na Portaria em foco e serão realizadas
apenas sob supervisão médica, isto é, em local em que haja, pelo menos, um médico
presente e que possa intervir em casos de reações transfusionais.
O paciente deve ter os seus sinais vitais (temperatura, pressão arterial e pulso)
verificados e registrados, pelo menos, imediatamente antes do início e após o término
da transfusão.
Os primeiros 10 minutos de transfusão serão acompanhados por médico ou
profissional de saúde qualificado para tal atividade. Esse permanecerá ao lado do
paciente durante o referido intervalo de tempo.
Se o paciente apresentar alguma reação adversa, o médico será comunicado
imediatamente.
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Conclusão:
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Bibliografia
http://www.htct.com.br/en-cuidados-de-enfermagem-na-transfusao-articulo-
S2531137920311421#:~:text=Ao%20finalizar%20o%20procedimento
%20de,transfusionais%20e%20manejo%20de%20material.
https://www.tuasaude.com/em-que-situacoes-e-indicada-a-transfusao-de-sangue/
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