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 Fundamentação teórica

O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os
órgãos. Ele é composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. O plasma é a parte
líquida do sangue, de coloração amarelo palha, composto por água (90%), proteínas e sais.

Os seus componentes são :

Plasma.

Glóbulos vermelhos.

Glóbulos brancos.

Plaqueta.

À transferência de um componente sanguíneo ou de sangue de uma pessoa (doador) para


outra (receptor) damos o nome de transfusão sanguínea. Geralmente os médicos prescrevem a
transfusão sanguínea para aumentar o volume de sangue do organismo, aumentar o número
de hemácias que transportam oxigênio, corrigir distúrbios de coagulação ou melhorar a
imunidade.

O objetivo é ajudar a restaurar uma perda significativa ou níveis muito baixos dele no corpo.
Embora seja possível fazer uma transfusão de sangue total, como quando ocorre uma
hemorragia grave, é mais comum serem feitas transfusões apenas dos componentes do
sangue.

A transfusão é um processo de transferência de tecido conjuntivo sanguíneo de um doador a


um recetor, envolvendo preferencialmente pessoas do mesmo grupo genotípico (O, A, B ou
AB).

Dessa forma, é importante que o aglutinogênio característico do doador, seja compatível com
a aglutinina presente no plasma do recetor. Caso contrário ocorrerá aglutinação das hemácias
recebidas, causando sérios problemas ao recetor.

Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4 horas. Quando este período
for ultrapassado a transfusão deve ser interrompida e a unidade descartada.

Não deve ser adicionado nenhum fluido ou droga ao produto hemoterápico a ser
transfundido.
Os riscos da transfusão são: infeção por HIV , hepatite C, desenvolvimento de anticorpos e
reações imunes, contaminação por bactérias, dificuldade respiratória ou redução temporária
da imunidade natural.

São indicadas as transformações quando :

1⁰ Um paciente não consegue produzir sangue suficiente por si mesmo/mesma.

2⁰ A vida de um paciente corre risco por sangramento maciço causado pelas doenças, cirurgias
ou lesões entre outros.

Condições clínicas do paciente, e não somente resultados laboratoriais, são fatores


importantes na determinação das necessidades transfusionais. Sabemos também que apesar
de todos os cuidados, o procedimento transfusional ainda apresenta riscos (doença infecciosa,
imunossupressão, aloimunização), devendo ser realizado somente quando existe indicação
precisa e nenhuma outra opção terapêutica.

 Tipos de transfusão de sangue

Existem dois tipos de transfusão de sangue: transfusão alogênica, que usa sangue doado por
outras pessoas, e transfusão autóloga, que usa o sangue da própria pessoa.

Transfusão alogênica: Em princípio, são transfundidos apenas os componentes necessários do


sangue usando produtos de sangue, fornecidos pela Cruz Vermelha japonesa, como produtos
de glóbulos vermelhos, produtos de plaquetas ou plasma fresco congelado. Em princípio, a
transfusão alogênica começa com um volume mínimo dos componentes necessários.

Transfusão autóloga: O sangue do próprio paciente é coletado antes da cirurgia; não ocorrerão
reações adversas quando o paciente receber a transfusão.

A transfusão autóloga, porém, geralmente é limitada a pacientes que aguardam a cirurgia,


cujas condições clínicas gerais são boas e que não apresentam complicações, como infeção.
Portanto, nem todos os pacientes podem receber este tipo de transfusão. Se a perda de sangue
for maciça, o sangue alogénico poderá ser usado em combinação com o sangue do próprio
paciente.
Há ainda um outro tipo de transfusão sanguínea chamada de hemaférese. Nesse
procedimento, o sangue do paciente é removido e são retiradas substâncias ou componentes
nocivos ao sangue.

Após essa remoção, o sangue é devolvido ao paciente. Existem dois tipos de hemaférese: a
citaférese e a plasmaférese. A citaférese retira o excesso de determinadas células sanguíneas.
Esse método é utilizado no tratamento de doenças como policitemia (excesso de eritrócitos),
leucemia (excesso de leucócitos) e trombocitose (excesso de plaquetas). A plasmaférese
remove substâncias nocivas do plasma.

Por ser um procedimento difícil e muito caro, a plasmaférese é reservada apenas a pacientes
com doenças graves, cujo organismo não respondeu aos tratamentos convencionais.

Alguns problemas podem ocorrer em virtude da transfusão sanguínea, por isso os


profissionais de saúde devem tomar precauções. Em uma transfusão sanguínea, as reações
adversas começam em torno de 15 minutos após o início da transfusão e, havendo reações, o
profissional responsável deverá suspender imediatamente o procedimento.

As reações mais comuns são febre, reações alérgicas (hipersensibilidade), dores de cabeça,
edemas, prurido, erupção cutânea e tontura.

 Hemocomponentes para cada componente do sangue

-Concentrado de Hemácias : são usados quando um paciente apresenta anemia, que é uma
deficiência de glóbulos vermelhos do sangue.

- Concentrado de Plaquetas : são usados quando há deficiência de plaquetas, que


desempenham um importante papel na interrupção do sangramento.

-Concentrado de Plasma : são usados quando há deficiência dos fatores de coagulação ou


redução do volume de plasma circulante.

- Bolsa de sangue total, que contêm todos os componentes do sangue, são usados quando um
paciente apresenta sangramento maciço ou está em choque.

Os sintomas após a transfusão de sangue são normalmente leves e incluem urticária, edema,
tontura ocasional e cefaleia durante ou imediatamente após a transfusão. A febre simultânea é
comum. Com menos frequência, podem ocorrer dispneia, respiração ofegante e incontinência,
indicando espasmo generalizado da musculatura lisa essas reações são normalmente leves e
incluem urticária, edema, tontura ocasional e cefaleia durante ou imediatamente após a
transfusão.

As transfusões devem ser realizadas por médico ou profissional de saúde habilitado,


qualificado e conhecedor dessas normas, e só podem ser realizadas sob a supervisão médica,
isto é, em local em que haja, pelo menos, um médico presente que possa intervir em casos de
reações ou complicações.

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