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A tradução foi efetuada pelo grupo Doll Books Traduções (DB) e Valkyrias
Traduções (VT) de modo a proporcionar ao leitor o acesso à obra, incentivando
à posterior aquisição. O objetivo do grupo é selecionar livros sem previsão de
publicação no Brasil, traduzindo-os e disponibilizando-os ao leitor, sem
qualquer forma de obter lucro, seja ele direto ou indireto.
— Ele é perfeito.
Sorri — Sim.
Tuck fez uma careta. — Não foi isso que eu quis dizer, e
você sabe disso.
— Certo. — Eu me concentrei na minha panqueca meio
comida. O comentário dele cortou mais do que eu queria
admitir. Eu estava tentando mostrar a todos que estava bem
e que tinha tudo sob controle. Durante o dia, fiz um bom
trabalho. Mas os círculos que cercavam meus olhos diziam a
verdade sobre as noites.
— E eu, o quê?
— Tucker...
Walker riu. — Você tem sorte que ela não te acertou nas
bolas.
Jensen.
— Entre.
— Isso é tudo?
— Ei, Little J.
Eu sorri — Pirralha.
— Gigante.
— Sim.
— Ok, Tuck.
— Bom homem.
— Como?
— Vou tentar.
— Não me teste.
— Vou fazer.
— Saia.
— Obrigada.
— Ainda não.
Eu me irritei. — Desculpe?
— Como o que?
Teria pedido a Tuck que fosse comigo, mas sabia que ele
estava trabalhando e ele provavelmente teria tentado me
convencer do contrário. Sem mencionar, eu ainda estava um
pouco chateada com ele. Ele e meu irmão. Sua superproteção
e desejo de tomar todas as decisões por mim eram
sufocantes.
— Sim, um dia.
13
TUCK
MEUS OLHOS ACOMPANHARAM o movimento dos quadris de
Jensen enquanto balançavam na pista de dança. Ela usava
jeans que poderiam muito bem ter sido uma segunda pele, e
uma blusa que caía nas costas o suficiente para eu saber que
não havia sutiã por baixo. Meus molares traseiros moeram
juntos.
— Ei, Tucker.
Eu me virei para ver Lucy Bigsby. Meu olhar viajou ao
longo dela. Ela certamente cresceu nos últimos anos. Ouvi
dizer que ela estava indo para a faculdade em algum lugar,
mas ela devia estar em casa para uma pausa de fim de ano.
— Ei, Lucy.
— Sim.
Eu tinha certeza que sim, mas esse fato não tinha nada
a ver com quinhentos travesseiros e uma pilha de cobertores
com um pé de altura. — Descanse um pouco.
— Pirralha.
— Gigante.
— Combinado.
Tuck me olhou.
— Selvagem.
— Ei, J.
Senti o calor de Tuck nas minhas costas, mas nem isso
foi um conforto. Porque diante de mim estava o homem que
rasgou meu coração em pedacinhos e depois cuspiu nele. E
havia apenas uma razão para ele estar aqui. Noah.
— Não.
Eu ri. — Isso não tinha nada a ver com pensar que ele
era um psicopata. Só não gostei que ele sempre tivesse olhos
para você.
— Walker está?
— Entre.
— A sério? Ah Merda!
Eu resmunguei.
— O que é isso?
— Obrigada, Senhor.
— Apenas me dê um minuto.
Eu fiz uma careta para ele. — Bem, isso não foi muito
legal.
— Agora.
— Você tem? Que voltar, quero dizer. Sua mãe não pode
vir à sua casa? Ela tem que saber que essa não é uma boa
situação para você estar.
Assenti.
Dei de ombros.
Liguei meus dedos com os dela. — Você acha que ele vai
causar problemas para nós?
— Não…
— Eu sei.
— Bem, me dê já.
Eu ri. — Brasa. Ela manteve o fogo dentro de si
queimando tudo o que passou, então parecia apropriado.
— Tuck.
— Jensen?
— Desculpe?
Respirei fundo. — Ele trai você, mãe. Ele faz isso desde
que eu era criança.
Ela encontrou meu olhar, nada além de derrota por
conta própria. — Eu sei.
— O expulsei.
— Vou ligar para ele assim que desligar com você. Será
um lance de quem chega primeiro.
— Tuck.
Cain resmungou.
— Não, mas eu ia ligar para ele agora que ele sabe que
estou investigando a situação de Jensen.
— Encontrei.
— Fica pior.
— Claro.
Tuck resmungou.
— Cain.
— Por quê?
— Prometa.
Meu pai riu. — Oh, garoto, isso vai ser muito divertido
de assistir.
— Diga.
Olhei para a hora no meu telefone. — Você poderia
pegar Noah no karatê às três?
Nada disso.
— Você é um idiota.
Soltei uma risada, mas estava fria. — Não é isso que ele
diz.
— E se eu a machucar?
Taylor suspirou. — A verdade é que você vai. Você já fez.
Mas é sobre como você conserta essas mágoas. Como você
aprende com elas e tenta novamente.
Sentir o gosto da vida que poderia ter sido com ele, quão
doce seria essa existência, apenas para tê-la arrancada de
mim. Não havia como voltar disso. A dor de um sonho que
você mal podia tocar com as pontas dos dedos, arrancada
violentamente de suas mãos.
— Siga-me.
— Entendi.
Bill ficou rígido. — David não tem nada a ver com isso.
Avancei para frente. — Claro que ele tem. Você está
matando cavalos em terra que ele está encarregado de
manter.
— Estou bem...
— Por quê?
— Não. — eu ofeguei.
— Oi, pai.
— Sempre.
Ele virou a chave. — Gosto disso.
— Você só vai ter que esperar e ver. — Ele deu ré, mas
em vez de seguir para a estrada que levava à saída da
fazenda, ele tomou a pista que levava aos meus cavalos.
Eu ri. Era uma coisa do Tuck para dizer. — Por que isso
é bom?
FIM