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CURSO FLEBOTOMIA

TIPAGEM SANGUÍNEA

ESTUDE
DE C@SA
COM QUALIDADE DE ENSINO
Tipagem Sanguínea

• A Tipagem Sanguínea é o processo de coleta e análise do sangue do


paciente para identificar a qual grupo sanguíneo ele pertence.

• Além de facilitar na hora do atendimento, também é importantíssimo


saber o tipo sanguíneo para doações de sangue, transfusões, gestação e
outros atendimentos médicos. O procedimento de descoberta é rápido e
indolor.
• Com a amostra de sangue do paciente, o laboratório faz testes de
compatibilidade em lâminas de sangue com reagentes.

• Assim, podemos descobrir se o paciente é tipo A, AB, B ou O.


Anticorpos anti-A e anti-B são utilizados e determinam a presença
ou ausência de antígenos A e B em nosso sangue.
Aglutinogênio
Molécula presente na superfície das hemácias que
determina o tipo sanguíneo.

Hemácia

Aglutinogênio Aglutinogênio Aglutinogênio Ausência de


A B A e B Aglutinogênio
Sangue A Sangue B Sangue AB Sangue O
Atenção!
O aglutinogênio pode atuar como
antígeno (corpo estranho) em certas
situações.
Aglutininas
São anticorpos presentes no plasma sanguíneo
que podem interagir com aglutinogênios,
causando a lise (morte) das hemácias.

Aglutinogênio Aglutinina
A Anti-A

Aglutinogênio Aglutinina
B Anti-B
Diagrama de transfusões
conforme o sistema ABO
Gene H
• Forma a substancia H

• O Gene H é necessário para a formação dos antígenos A e B

• Presente em todos os grupo inclusive o O

• É o substrato no qual os genes A e B reagem para formar os aglutinogenios


AeB

• Para detecta-lo, anti-H


Sistema RH
• Antigeno D
• Positivo: Presença
• Negativo: Ausencia

• Descoberto após uso do sangue de macaco rhesus

• Ac anti-rhesus animal e anti-D são identicos

• Após ABO, Rh é o mais importante

• Para determinar se o Rh de uma pessoa é positivo ou negativo, deve-se juntar uma solução
com anticorpos Rh a uma gota de sangue da pessoa em questão. Se houver aglutinação das
hemácias, a pessoa tem Rh+, se não houver, a pessoa tem sangue Rh-.
O fator Rh
Regra de transfusão
segundo o fator Rh
A eritroblastose fetal
Doença hemolítica do recém-nascido (DHRN), é causada pela incompatibilidade
Tratamento
Após o nascimento da criança, realiza-se a troca gradativa de seu sangue por sangue Rh-,
pois as hemácias desse tipo de sangue não são destruídas pelos anticorpos da mãe
presentes em seu corpo. Com o passar do tempo, os anticorpos são eliminados e novas
hemácias Rh+ são produzidas, substituindo gradativamente as Rh-.

Havendo essa possibilidade, entre a 28ª


Prevenção semana e a 30ª semana de gestação, ou até
A prevenção da eritroblastose fetal inicia-se 72 horas após o parto, a mãe deve receber
com a realização de exames de tipagem injeção de anticorpos anti-Rh. Esses
sanguínea dos pais, antes mesmo do início da anticorpos destroem as hemácias Rh+ deixadas
pelo feto no organismo materno. Com o
gestação, para que se possa verificar a
passar do tempo, esses anticorpos também
possibilidade de a mãe de Rh- gerar são eliminados, deixando o organismo
uma criança de Rh+. materno pronto para uma nova gestação.
Teste de Coombs direto
O teste de Coombs direto detecta anticorpos ligados aos eritrócitos,
produzidos pelo próprio organismo ou recebidos por uma transfusão de
sangue.

Teste de Coombs indireto


O teste de Coombs indireto detecta os anticorpos que
estão no soro. Estes anticorpos podem atacar os
eritrócitos, mas não estão ligados a eles.
CURSO FLEBOTOMIA

TÉCNICAS DE COLETA DE SANGUE

PROFESSOR DRº WELLINGTON MARQUES

ESTUDE
DE C@SA
COM QUALIDADE DE ENSINO
Relembrando a anatomia venosa
 A  Jugular externa
 B  Jugular interna
 C  Subclávia
 D  Axilar
 E  Cefálica
 F  Braquial
 G  Basílica
 H  Cubital média
 I  Cefálica acessória
 J  Antebraquial
O local de preferência para as venopunções é a fossa
antecubital, na área anterior do braço em frente e abaixo
do cotovelo, onde está localizado um grande número de
veias
O padrão H veias que o compõem (cefálica, cubital mediana e
basílica)

No padrão M, a (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e


basílica)

As veias cubitais medianas e cefálicas são as mais


utilizadas.
Principais sítios de punção
venosa braquial:

1.Veia cubital média,


2. Veia basílica;
3. Veia cefálica;
4. Veia cefálica
acessória
Não realizar Punções
•Tornozelos ou extremidades inferiores

•Complicações médicas, por exemplo: flebites, tromboses


ou necrose tissular.

•Nos membros onde estiverem instaladas terapias


intravenosas;

•Áreas cicatriciais de queimadura

•Um médico deve ser consultado antes da coleta de sangue


ao lado da região onde ocorreu a mastectomia
Não realizar Punções

•Áreas com hematomas podem gerar resultados errados de


exames

•Fístulas arteriovenosas, enxertos vasculares ou cânulas


vasculares não devem ser manipulados por pessoal não
autorizado pela equipe médica, para a coleta de sangue;

•Evite puncionar veias trombosadas. Essas veias são pouco


elásticas, assemelham- se a um cordão e têm paredes
endurecidas;
Técnicas para evidenciação da veia

•Movimentação: pedir para o paciente abaixar o braço


e fazer movimentos de abrir e fechar a mão.

•Massagens: massagear suavemente o braço do


paciente (do punho para o cotovelo);

•Palpação: realizada com o dedo indicador do


flebotomista. Não utilizar o dedo polegar devido à
baixa sensibilidade da percepção da pulsação
Técnicas para evidenciação da veia

– Transiluminação: procedimento pelo qual o flebotomista utiliza uma ou duas


fontes primárias de luz (a primeira, de alta intensidade; a segunda usa
LED). As veias serão vistas como linhas escuras
Uso de torniquete

-A finalidade de aplicar o garrote é dilatar a veia colocar o membro


pendendo por alguns segundos, friccionar a pele na direção do garrote,
pedir ao paciente para abrir e fechar a mão.

- Ao aplicar o garrote verifique o pulso distal

- O garrote deve ser aplicado com cuidado evitando-se as áreas onde já


foram realizadas punções recentes
Procedimentos

•O torniquete não deverá ser usado em alguns testes como lactato ou


cálcio,para evitar alteração no resultado.

Aplicar o torniquete de 7,5 a 10,0 cm acima do local da punção, para evitar a


contaminação do local.

Não usar o torniquete continuamente por mais de 1 minuto.


Procedimentos
Ao garrotear, pedir ao paciente que feche a mão para evidenciar a veia.

Não apertar intensamente o torniquete, pois o fluxo arterial não deve ser
interrompido. O pulso deve permanecer palpável

Trocar o torniquete sempre que houver suspeita de contaminação


Procedimento

•Recomenda-se usar uma gaze umedecida com solução de álcool isopropílico


ou etílica 70%, comercialmente preparado
Limpar o local com um movimento circular do centro para fora;

•Permitir a secagem da área por 30 segundos para prevenir hemólise da


amostra e reduzir a sensação de ardência na venopunção;
Procedimento

Não assoprar, não abanar e não colocar nada no local;

Não tocar novamente na região após a antissepsia;

Se a venopunção for difícil de ser obtida e a veia precisar ser palpada


novamente para efetuar a coleta, o local escolhido deve ser limpo
novamente.
Procedimento

Nota: Quando houver solicitação de dosagem de álcool no sangue, um


antisséptico sem álcool deve ser usado no local da punção.
Considerações sobre coleta de sangue a vácuo
• A facilidade no manuseio

• Capacidade proporcional ao volume de sangue informado


em sua etiqueta externa

•A quantidade de anticoagulante/ativador de coágulo é


proporcional ao volume de sangue a ser coletado

Garantia da
Segurança
qualidade
Procedimentos de coleta de sangue a vácuo

•Verificar se a cabine da coleta está limpa e guarnecida


para iniciar as coletas;

•Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para


confirmação do pedido médico e etiquetas;

Informar ao paciente como será o procedimento


Procedimentos de coleta de sangue a vácuo

•Conferir e ordenar todo o material a ser usado no paciente

•Informar ao paciente como será realizado o procedimento;


Procedimentos de coleta de sangue a vácuo

•Higienizar as mãos;

•Calçar as luvas;

•Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo na


altura do ombro;

•Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia,


pedir para que o paciente abra e feche a mão; em seguida,
afrouxar o instrumento e esperar minutos para utilizá-lo
novamente.

•Fazer a antissepsia;
Procedimentos de coleta de sangue a vácuo

• Retirar a agulha do invólucro e enroscá-la no


adaptador.
Deixar a parte restante do invólucro no seu lugar
• Garrotear o braço do paciente
Punção

• Para a punção venosa, devem ser utilizadas as agulhas 20 G ou 21 G.


• Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30o, com o bisel da agulha
voltado para cima.
• A agulha deve ser introduzida ao longo do curso da veia, até que toda
a abertura da mesma se encontre no interior da veia.
Extração

• O corpo de extração (agulha e adaptador) deve ser fixado com


o dedo indicador da mão esquerda, entre a base da agulha e o
braço do paciente.
• Desta forma, se o paciente se mover, o dedo indicador e o tubo
de extração também se movem. O tubo de extração é
introduzido no adaptador.
• O dedo indicador e o dedo médio devem situar-se na base do
adaptador.
Sempre puncionar a veia do paciente com o bisel voltado para
cima.

Respeitar a proporção sangue/aditivo no tubo.

Introduzir a agulha mais ou menos 1 cm no braço.

Respeitar a angulação de 30° (ângulo oblíquo), em relação ao


braço do paciente O ângulo oblíquo de 30° da agulha e
Deve-se tomar cuidado quando o sangue não for obtido logo
na primeira punção, para evitar complicações.

O bisel está encostado na parede superior da veia.

Veia transfixada pela agulha de coleta


Neste caso, deve-se retroceder um pouco a agulha,
observando a retomada do fluxo.
É eminente a formação de hematoma nesse caso.
Formação de Hematoma
A formação de hematoma é a complicação mais comum da venopunção. O
hematoma origina-se do extravasamento do sangue para o tecido, durante
ou após a punção, sendo visualizado na forma de uma protuberância.

• Veia frágil ou muito pequena, em relação ao calibre da agulha.


• A agulha ultrapassa a parede posterior da veia puncionada.
• A agulha perfura parcialmente a veia, não penetrando por completo.
• Diversas tentativas de punção sem sucesso.
• A agulha é removida sem antes remover o torniquete.
• Pressão inadequada aplicada no local da punção.
Punção Capilar / Pele / Periférico

Os vasos mais finos, que se encontram nas extremidades do corpo e são responsáveis
por transportar oxigênio e nutrientes até os lugares de acesso mais difícil

Na pediatria, principalmente com recém-nascidos


Teste do Pezinho deve ser realizado entre o 3º e 5º dia de vida.

• Superfície palmar da falange distal (extremidade) dos dedos


médio ou anular em crianças maiores de um ano ou em adultos;
Superfície plantar lateral ou medial do calcanhar (área de menor
risco - figura 1) em crianças menores de um ano.
Aquecimento do local de punção

O aquecimento do local de punção aumenta o fluxo de sangue


no local em até sete vezes,

Aquecer uma toalha úmida a uma temperatura não maior que


42 °C e aplicar sobre a área a ser puncionada durante 3 a 5
minutos.

O Teste do Pezinho é um exame laboratorial simples que tem


o objetivo de detectar precocemente doenças metabólicas,
genéticas e ou infecciosas que poderão causar lesões
irreversíveis no bebê, como por exemplo retardo mental
• Segurar firmemente o calcanhar com o dedo indicador no arco do pé e o polegar
abaixo do local a ser puncionado.

A pressão do polegar é liberada e reaplicada à medida que as gotas de sangue se


formam e são transferidas para os recipientes apropriados
Para punção na falange distal colocar o polegar acima ou abaixo, bem distante do
local a ser puncionado

Limpar a primeira gota de sangue com gaze seca e coletar o sangue em recipiente
apropriado, fazendo a mistura correta com os aditivos indicados (anticoagulantes e/ou
estabilizadores);
QUAL ERRO? Não usar o torniquete continuamente por mais de 1
minuto

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