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ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA
• ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA
Para organizar uma rede que atenda aos
principais problemas de saúde dos usuários na
área de urgência e emergência de forma
resolutiva, é necessário considerar o perfil
epidemiológico e demográfico brasileiro, no qual
se evidencia, segundo dados da Secretaria de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
(SVS/MS).
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• Uma alta morbimortalidade relacionada às
violências e aos acidentes de trânsito entre
jovens até os 40 anos e, acima desta faixa,
uma alta morbimortalidade relacionada às
doenças do aparelho circulatório, como o
infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente
vascular cerebral (AVC).
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• “Apesar da política de atenção básica ter sido
estruturada para atender as necessidades de
saúde da população, de um modo contínuo,
regionalizado e realizando ações preventivas,
curativas e promotoras de saúde, ainda assim a
desarticulação da rede impede que ela atue
efetivamente em cima dos problemas de saúde
da população. Isso gera um certo descredito por
parte dos usuários em relação a resolutividade
na atenção primária e consequentemente,
acarreta na superlotação dos serviços de
urgência e emergência (JESUS, 2016).’’
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• Devido ao crescente número de casos
oriundos de acidentes de trânsito e da
violência urbana, gerando aumento dos gastos
com internações hospitalares, com o uso de
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) além da
alta taxa de permanência hospitalar destes
pacientes.
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• Fatores como esses tornam visível a
necessidade de reestruturação do sistema de
saúde diante disso algumas medidas são
essenciais para que os Serviços de Emergência
Médica seja de fato, eficaz, como a melhora
da infraestrutura e adequação para o
atendimento da emergência unidades básicas
de saúde e os hospitais secundários, para não
congestionar as instituições de nível terciário.
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• AVALIAÇÃO DA DOR NO SERVIÇO DE
EMERGÊNCIA
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• A dor é uma queixa frequente na população
mundial, estima-se que a queixa álgica seja
responsável por aproximadamente 78% dos
atendimentos em unidades de emergência.
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• O tratamento da dor na sala de emergência
pode ser desafiador por diferentes motivos,
em algumas instituições, a equipe médica
possui historicamente receio quanto ao
tratamento da dor, alguns acreditam que este
tratamento pode acobertar sintomas e
prejudicar o diagnóstico da doença de base.
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Obs; Outros temem a indução de vício nos
pacientes. Entretanto a dor é um problema
urgente que requer atenção imediata.
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• A definição de dor contempla a complexidade
da sua mensuração: dor é uma experiência
individual e subjetiva modulada por fatores
fisiológicos, psicológicos e ambientais.
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• Assim, a mensuração da dor sempre será
baseada no auto relato do paciente. Outro
aspecto importante ressaltado por esta
definição refere-se ao fato de que fatores
psicológicos e sociais podem, de fato,
exacerbar a percepção da dor.
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• ESCALA DE COMA DE GLASGOW
A Escala de Coma de Glasgow (ECG) define o
nível de consciência mediante a observação do
comportamento, baseando-se em um valor
numérico é o sistema de pontuação mais
utilizado internacionalmente para avaliação de
pacientes comatosos em cuidados intensivos.
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• A ECG proporciona uma abordagem
padronizada e universal para monitorar e
avaliar os achados da avaliação neurológica, é
um instrumento clínico com grande valor
preditivo e sensibilidade para avaliar pacientes
com alterações do nível de consciência em
serviços de emergência.
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• O TCE é classificado em leve, moderado e
grave, de acordo com a pontuação do nível de
consciência, mensurado pela ECG, O TCE leve
é definido como um déficit neurológico
transitório resultante das forças de aceleração
e desaceleração, o paciente apresenta história
de náusea, vômito, cefaleia ou tontura,
acompanhados de alteração ou perda da
consciência, amnésia pós-traumática com
duração inferior a 15 minutos.
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• Os pacientes com TCE moderado, que
representa aproximadamente 75% dos TCE,
obedecem a ordens simples, porém estão
confusos ou sonolentos, podendo apresentar
déficit neurológico focal como hemiparesia,
cerca de 10% a 20% dos pacientes com TCE
moderado evoluem para coma.
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• A evolução após o TCE está intimamente
relacionada com a identificação precoce e
precisa dos pacientes de alto risco, no entanto
a avaliação do nível de consciência realizada
por diferentes examinadores pode estabelecer
um julgamento pessoal, difícil de ser
controlado.
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• Apesar de suas limitações, a escala é
considerada padrão-ouro para avaliação de
pacientes com TCE, a avaliação do nível de
consciência deve ser um exame simples,
objetivo, preciso e confiável, que possibilite o
emprego de conceitos semelhantes para
facilitar a comunicação entre a equipe, assim,
alguns estudos propuseram o uso de
componentes simplificados da ECG como
alternativa ao uso total da escala.
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• ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
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• A história clínica é crucial na avaliação de uma
suspeita de AVE, sendo necessário o horário
do início dos sintomas, ou quando foi visto a
última vez em seu estado de saúde usual em
pacientes que não consigam estabelecer um
horário definido, a história deve ser obtida
não somente com o paciente, mas também
com familiares ou pessoas que presenciaram o
evento quando possível.
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• Os sintomas iniciais ocorrem subitamente,
geralmente incluem dormência, fraqueza ou
paralisia dos membros contralaterais e da
face; afasia; confusão; distúrbios visuais em
um ou ambos os olhos (p. ex., cegueira
monocular transitória); tontura ou perda de
equilíbrio e de coordenação e cefaleia.
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• Acidente vascular isquêmico
AVC isquêmico consiste em déficits neurológicos
súbitos que resultam de isquemia cerebral focal
com infarto cerebral permanente, as causas comuns
são (em ordem decrescente): oclusão não
trombótica de pequenas artérias corticais
profundas (infarto lacunar); embolia de origem
cardíaca; trombose arterial causando diminuição do
fluxo sanguíneo cerebral e embolia arterial, o
diagnóstico é clínico.
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• A isquemia resulta da formação de trombos
ou êmbolos, mesmo infartos classificados
como lacunares com base em critérios clínicos
(morfologia, tamanho e localização) em geral
envolvem pequenos trombos ou êmbolos,
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• Febre é fator de piora no prognóstico no AVE
isquêmico, devendo-se corrigir a hipertermia
com medicações apropriadas (Tax < 37,5 °C),
deve-se efetuar o controle glicêmico com
objetivo de manter a glicemia em 80 – 140
mg/dl.
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• Uso de Trombolíticos
Trombolíticos funcionam bem até três horas
após o AVC (derrame) isquêmico. Alguns países
liberaram o medicamento alteplase para ser
usado nas primeiras 3 ou até 4,5 horas do início
de um derrame (ou acidente vascular cerebral,
AVC).
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• Acidente vascular hemorrágico
O acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) se
caracteriza pelo sangramento em uma parte do
cérebro, em consequência do rompimento de um
vaso sanguíneo, pode ocorrer para dentro do
cérebro ou tronco cerebral (acidente vascular
cerebral hemorrágico intraparenquimatoso) ou para
dentro das meninges (hemorragia subaracnóidea)
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• Apresenta-se comumente como hemiparesia
súbita com rebaixamento do nível de consciência
devido à hipertensão intracraniana, podendo
estar associado ou não à cefaleia, o diagnóstico é
feito por meio da realização de exames de
neuroimagem, como tomografia de crânio ou
ressonância magnética, logo diante da suspeita
clínica, ou seja, imediatamente na chegada ao
hospital, no serviço de emergência, estes exames
demonstram a localização e o tamanho da
hemorragia.
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• O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico,
dependendo do volume da lesão, da
localização e da condição clínica do paciente,
mesmo os pacientes tratados cirurgicamente
recebem todo o suporte clínico e de
reabilitação, o tratamento cirúrgico visa a
retirar o sangue de dentro do cérebro.
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• Em algumas situações, o tratamento cirúrgico
é decidido por esta medida e não realizado
logo na entrada do paciente no hospital,
principalmente porque alguns têm um novo
sangramento poucas horas depois do primeiro
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• PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) representa um
grande desafio para os que a presenciam, entende-
se por PCR a cessação de atividades do coração, da
circulação e da respiração, reconhecida pela
ausência de pulso ou sinais de circulação, estando
o paciente inconsciente, é o evento final de uma
série de quadros clínicos que podem resultar em
lesões cerebrais irreversíveis, caso não sejam
tomadas as medidas necessárias como as manobras
de reanimação.
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• A PCR pode decorrer de um evento elétrico
cardíaco, podendo ser caracterizado como
uma taquicardia ventricular sem pulso,
bradicardia, fibrilação ventricular, atividade
elétrica sem pulso ou assistolia, a PCR
contempla além da cessação súbita da
atividade ventricular eficiente, a parada da
respiração

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