Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE
PRIMEIROS SOCORROS AVANÇADO
SÃO PAULO
2020
19.687.051/000161
Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Rua Adamastor, 46, Tatuapé – CEP: 03316-090 – São Paulo/ SP.
www.portalbombeiro.com.br
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
SUMÁRIO
1
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
DEFINIÇÃO:
Define-se por Atendimento Pré-Hospitalar (APH) como o atendimento emergencial
prestado em ambiente fora do hospital. De acordo com a legislação brasileira existem dois
tipos de Atendimento Pré Hospitalar, o Fixo e o Móvel.
O atendimento fixo é dividido em Unidades de Urgência e Emergência e Atenção
Primária à Saúde da Família e Unidades não Hospitalares de Atendimento às Urgências e
Emergências. A primeira modalidade de atendimento fixo acolhe ocorrências de baixa
gravidade e devem ser desempenhadas por todos om municípios brasileiros independente
de serem qualificadas ou não para a atenção básica ou atenção básica ampliada. Já a
segunda modalidade corresponde a unidades que funcionam 24 horas por dia e devem
estar habilitadas para receber ocorrências de baixa até alta complexidade, cada município
deve obrigatoriamente dispor de pelo menos uma unidade neste grau de atendimento
oferecendo suporte de emergência 24 horas.
O atendimento móvel também possui duas modalidades de atendimento. O
Atendimento Pré-Hospitalar Móvel Primário e o Atendimento Pré-Hospitalar Móvel
Secundário. A primeira modalidade é voltada para o atendimento de socorro solicitado por
um cidadão comum. E a segunda modalidade volta-se para as solicitações a partir de um
serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido os primeiros atendimentos
necessários para a estabilização do quadro de urgência prestado, mas necessita de um
serviço que ofereça suporte em casos com maior complexidade para a continuidade do
tratamento.
CCB-008/600/14; Lei Estadual nº 15.180/13; NBR 14.608/ 07: todas são voltadas
diretamente aos Bombeiros Profissionais Civis, citam em seu conteúdo normas,
regulamentações e pré-requisitos de aprendizagem necessária para a atuação do Bombeiro
em casos de urgência e emergência pré-hospitalar.
2
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Constituição Federal: Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Art. 5º: “Todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Da Saúde - Art. 196. A
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”.
CÓDIGO PENAL: Art. 135: “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único -
pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
triplicada, se resulta a morte.”
3
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
4
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
AVALIAÇÃO DO LOCAL:
O socorrista deverá avaliar o local da ocorrência, observando principalmente os
seguintes aspectos:
A situação;
Potencial de risco;
As medidas a serem adotadas;
Adoção de medidas de proteção individual (EPI).
AVALIAÇÃO INICIAL
Avaliação da cena;
Eliminação de riscos;
Mecanismos de lesão;
Contagem de vítimas;
Avaliação geral da vítima – presença de respiração e pulso;
Solicitação de ajuda;
Solicitação dos serviços de urgência e emergência;
Avaliação primária da vítima;
Avaliação secundária da vítima;
Monitoramento e reavaliação.
Seguindo esses passos o bombeiro socorrista já terá suporte para iniciar seu
trabalho de atendimento pré-hospitalar.
7
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
aplicando cânulaorofaríngea. Ministre oxigênio com fluxo de 10mg/l por minuto através
de máscara com reservatório para vítima com saturação de oxigênio desconhecida ou
se for menor que 94% e acione SUPORTEAVANÇADO;
Inspecione visualmente a cavidade oral e em caso de objeto estranho e visível, retire-o
sem realizar busca cega. No caso de pacientes com prótese dentária, apenas retirar
as mesmas se estiverem soltas ou quebradas no interior daboca.
Fazer aspiração caso haja secreções (vômito, sangue, fluídos corpóreos ou líquidos)
nas viasaéreas;
CONSIDERAÇÕES:
IDENTIFICAÇÃO E CHECAGEM DE PULSO: É a
identificação da presença de pulso e verificação da
quantidade dos batimentos cardíacos, por intermédio
da onda produzida nas artérias (dilatação e
contração das paredes) com a passagem de sangue.
Para a verificação do pulso, nas avaliações de
atendimento rápido, recomenda-se sempre a
verificação das artérias palpáveis mais calibrosas e
próximas ao coração, neste caso para uma
verificação rápida e com maior segurança cheque o
pulso carotídeo. O número considerado normal de
pulsações em um adulto varia de 60 a 80 batimentos
por minuto. O socorrista não deve levar mais do que
10 segundos para a identificação de pulso na vítima.
8
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
HORA DE PRATICAR!
9
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
10
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
ESCALA DE CINCINNATI
11
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
CONSIDERAÇÕES:
PRESSÃO ARTERIAL (PA): A pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias,
dependendo da força da contração do coração, da quantidade de sangue e da resistência
das paredes dos vasos é chamada Pressão Arterial. O ponto mais alto da pressão nas
artérias é chamado de pressão sistólica e o ponto mais baixo, ou a pressão que está sempre
presente sobre as paredes arteriais, é chamado de pressão diastólica. O instrumento
utilizado para aferir a pressão arterial é o esfigmomanômetro. O estetoscópio é o
instrumento que amplifica os sons arteriais e os transmite até os ouvidos do operador. A
série de sons que o operador ouve, ao verificar a pressão sanguínea, é chamada de sons de
Korotkoff. O primeiro som claro, quando o sangue flui, através da artéria comprimida é a
pressão sistólica. A pressão diastólica ocorre no ponto em que o som muda ou desaparece.
Procedimentos para aferir a pressão arterial:
1) Localizar o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida;
2) Selecionar o tamanho da braçadeira para adultos ou crianças. A largura do manguito
deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%;
3) Localizar a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a;
4) Envolver a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço, centralizando o
manguito sobre a artéria braquial;
5) Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na
fossa antecubital. Deve ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a
pele em todos os pontos. As olivas devem estar voltadas para frente;
6) Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito rapidamente até 30 mmHg acima da
pressão sistólica registrada;
7) Desinflar o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo;
8) Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg, observando no manômetro o
ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível (sons de Korotkoff);
9) Identificar a Pressão Diastólica (mínima) em mmHg, observando no manômetro o
ponto correspondente ao último batimento regular audível.
10) Desinflar totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento
dos batimentos;
11) Esperar de 1 a 2 minutos para permitir a liberação do sangue. Repetir a medida no
mesmo braço se necessário e anotar os valores observados;
12
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
através de oximetria de pulso, utiliza um sensor de luz que contém duas fontes de luz
(vermelha e infravermelha) que são absorvidas pela hemoglobina e transmitidas através dos
tecidos a um fotodetector. A quantidade de luz transmitida através do tecido é então
convertida para um valor digital que representa a percentagem de hemoglobina saturada
com oxigênio.
Procedimentos para aferir a saturação de oxigênio:
1) Plugue o oxímetro em uma tomada elétrica caso não seja do tipo portátil. Caso seja
do tipo portátil verifique se está carregado suficientemente antes de usá-lo.
2) Lave as mãos. Isso irá reduzir a transmissão de microrganismos e secreções do
corpo. Caso não seja possível faça a higienização do local com gaze umedecida.
3) Coloque o aparelho no seu dedo ou no lóbulo da orelha e ligue o oxímetro. É
necessária força de pulso arterial para obter uma medição precisa de SpO2.
4) Verifique o resultado e faça a anotação dos valores indicados.
1 2 3 4
de forma parcial. Neste caso, o socorrista não deve interferir diretamente, mas sim estimular
a vítima a expelir o corpo estranho por meio da tosse. Somente se deve interferir caso a
vítima vier a demonstrar sinais de obstrução total, percebida com o aumento na dificuldade
de respirar, tosse tornar-se silenciosa ou perda da consciência.
IMPORTANTE: Se a vitima for um bebê tente não chacoalhá-lo (isso também vale para
crianças maiores), bater em suas costas ou virá-lo de cabeça para baixo. Se o objeto estiver
visível e sua remoção for simples, retire-o com a mão. Caso contrário, não tente retirar.
Na obstrução total das vias aéreas, o auxílio do socorrista é de grande importância,
pois a vítima por si só provavelmente não será capaz de expelir o corpo estranho somente
com seu reflexo de tosse. Nessa situação, o corpo estranho posiciona-se de tal forma que
bloqueia completamente a passagem de ar, tornando a vítima incapaz de falar, tossir e,
principalmente, respirar. O socorrista pode se utilizar de algumas manobras na tentativa de
auxiliar a vitima enquanto o socorro especializado não chega, são elas:
O socorrista deve posicionar uma de suas pernas entre as pernas da vítima e a outra
afastada posteriormente, de modo a amparar a vítima caso perca a consciência. Em caso de
perda da consciência, ampare a vítima até o chão, posicionando-a em decúbito dorsal
(barriga para cima), em seguida aplicando as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar.
Não é mais recomendado que se aplique a compressão abdominal, devido ao maior risco de
broncoaspiração.
14
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
15
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Continue com os procedimentos até que o objeto motivo da obstrução seja expelido
pela criança. Caso a criança continue engasgada e pare completamente de respirar inicie
imediatamente a massagem cardíaca.
16
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Sinais e Sintomas:
Dor torácica de forte intensidade, prolongada (30 minutos a várias horas), que
localiza atrás do esterno e irradia-se para o membro superior, ombro, pescoço,
mandíbula, etc. Geralmente o repouso não alivia a dor;
Falta de ar;
Náusea, vômitos, sudorese fria;
Vítima ansiosa, inquieta, com sensação de morte iminente;
Alteração do ritmo cardíaco – bradicardia, taquicardia, assistolia, fibrilação
ventricular;
Na evolução, a vítima perde a consciência e desenvolve choque cardiogênico.
Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar:
Assegurar vias aéreas;
Tranquilizar a vítima – abordagem calma e segura (objetiva diminuir o trabalho do
coração);
Mantê-la confortável, em repouso absoluto. Não permitir seu deslocamento;
Administrar oxigênio;
Examinar sinais vitais com freqüência;
Monitorização cardíaca;
Saturação de oxigênio (oxímetro de pulso);
Conservar o calor corporal;
Se o médico não estiver presente, reporte ao médico coordenador a história com os
dados vitais da vítima e aguarde instruções;
17
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
DISPINEIA:
O termo dispneia significa respiração difícil. Não é uma doença primária, mas surge como
consequência de condições ambientais, trauma e doenças clínicas, como, por exemplo,
obstrução das vias aéreas por corpo estranho, doenças pulmonares (bronquite crônica e
enfisema), condições cardíacas, reações alérgicas, pneumotórax, asma brônquica, etc. Em
qualquer das situações em que algo impeça o fluxo de ar pelas vias aéreas, o paciente
aumenta a frequência e a profundidade da respiração. A dificuldade em suprir de oxigênio a
circulação pulmonar desencadeia hipóxia. Logo, o paciente pode estar cianótico, forçando
os músculos de pescoço, tórax e abdome (em criança observa-se batimento da asa do
nariz). Conforme haja agravamento do quadro, o paciente desenvolve parada respiratória ou
apneia, inconsciência e parada cardíaca.
Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar:
Quando não se trata de trauma, pode ser difícil para o socorrista identificar a causa exata do
problema. Informe-se junto ao paciente, à família e observe o ambiente ao redor.
Medicamentos utilizados são bons indícios para definir a causa. Repassar de imediato as
informações ao médico.
Mantenha a abertura das vias aéreas;
Administre oxigênio com autorização médica, obedecendo à concentração indicada
(oxigênio em alta concentração é prejudicial em doenças pulmonares crônicas);
Transporte o paciente em posição confortável (preferencialmente cabeceira elevada
45º) ao hospital.
18
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
COMA: As alterações do nível de consciência variam de uma confusão mental até coma
profundo. Na prática, é útil classificar em subcategorias pacientes com alteração do nível de
consciência de acordo com o estágio em que ele se encontre, sendo importante registrar as
respostas do paciente aos vários estímulos realizados. As subcategorias de alteração do
nível de consciência são:
Confusão – incapacidade de manter uma linha de pensamento ou ação coerente
com desorientação no tempo e no espaço.
Sonolência – dificuldade de se manter em alerta.
Estupor – dificuldade de despertar, resposta incompleta aos estímulos dolorosos e
verbais. Com respostas motoras adequadas.
Coma superficial – respostas motoras desorganizadas aos estímulos dolorosos, não
apresenta resposta de despertar.
Coma profundo – completa falta de resposta a qualquer estímulo.
Primárias do cérebro:
Trauma;
Doença cerebrovascular – AVC;
Infecções (meningites, encefalites, etc.);
Neoplasias;
Convulsões.
Sistêmicas ou secundárias:
Metabólicas (hipoglicemia, cetoacidose diabética, distúrbio do cálcio, etc.);
Encefalopatias hipóxicas (insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar
obstrutiva, etc.);
Intoxicações (drogas, álcool, monóxido de carbono, etc.);
Causas físicas (insolação, hipotermia);
Estados carenciais.
No atendimento a uma vítima inconsciente o socorrista deve proceder de forma
ordenadae sistemática monitorando os sinais vitais no sentido de impedir a progressão
dalesão neurológica.
Colher uma história rápida – doenças prévias, medicações, alcoolismo, usode
drogas, trauma, etc.
Realizar exame físico com atenção especial aos seguintes aspectos:
19
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
20
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
21
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Girar-lhe a cabeça para o lado. Visando a que a saliva não dificulte sua respiração –
desde que não haja qualquer suspeita de trauma raquimedular;
Não introduzir nada pela boca, não prender sua língua com colher ou outro objeto
(não existe perigo algum de o paciente engolir a própria língua);
Não tentar fazê-lo voltar a si, lhe lançando água ou obrigando-o a tomá-la;
Não o agarre na tentativa de mantê-lo quieto. Não se oponha aos seus movimentos
apenas o proteja de traumatismos.
Ficar ao seu lado até que a respiração volte ao normal ele se levante;
Se a pessoa for diabética, estiver grávida, se machucar ou estiver doente durante o
ataque, transporte ao hospital.
22
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
24
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
25
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Posicionamento das Mãos: O posicionamento correto das mãos sobre o tórax da vítima é
essencial para se evitar a ocorrência de lesões internas decorrentes das compressões
torácicas e para a perfeita efetividade da manobra. Suas mãos devem ficar sobre a
extremidade inferior do esterno. Devem ser posicionadas 2 dedos acima do processo
xifoide, que fica, aproximadamente, na linha intermamilar. Trace uma linha imaginária entre
os mamilos, o ponto médio localiza-se no exato local que sua mão deverá posicionar-se
para as compressões torácicas. Nesse ponto, o esterno é flexível e é possível comprimi-lo
sem fraturá-lo. Coloque o “calcanhar da mão” (loja tênar e hipotênar) no esterno com a outra
mão por cima, com os dedos de ambas as mãos apontando na direção oposta à sua.
Entrelace os dedos ou estenda-os, mantendo-os afastados do tórax da vítima. Somente a
loja tênar e hipotênar da mão devem estar encostados no esterno, assim a força de seu
corpo será aplicada sobre uma área menor gerando maior a pressão.
26
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
27
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
4) Se necessário, ligue o cabo conector das pás ao DEA (geralmente ao lado de uma
luz piscando);
5) Permita que o DEA analise o ritmo cardíaco da vítima;
6) Se o DEA indicar a necessidade de choque, aperte o botão de choque quando o
aparelho o solicitar;
7) Caso o choque seja recomendado pelo DEA (às vezes não o é) certifique-se de que
todos mantenham uma distância segura e não toquem no paciente;
8) Se o paciente continuar sem respirar, reinicie a RCP;
HORA DE PRATICAR!
29
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
HEMORRAGIAS
TIPOLOGIA: Arterial - Ocorre quando há perda de sangue de uma artéria. O sangue tem
coloração viva, vermelho claro, derramado em jato, conforme o batimento cardíaco,
geralmente rápido e de difícil controle. Venosa - Ocorre quando há perda de sangue por
uma veia. Sangramento de coloração vermelho escuro, em fluxo contínuo, sob baixa
pressão. Pode ser considerada grave se a veia comprometida for de grosso calibre. Capilar
Ocorre quando há sangramento por um leito capilar. Flui de diminutos vasos da ferida.
Possui coloração avermelhada, menos viva que a arterial, e facilmente controlada.
SINAIS E SINTOMAS:
A hemorragia externa, por ser visualizada, é facilmente reconhecida. A hemorragia interna
pode desencadear choque hipovolêmico, sem que o socorrista identifique o local da perda
de sangue. As evidências mais comuns de sangramento interno são áreas extensas de
contusão na superfície corpórea. Vítimas com fratura de fêmur perdem facilmente até um
litro de sangue, que se confina nos tecidos moles da coxa, ao redor da fratura. Outros sinais
que sugerem hemorragia severa são:
1) Pulso fraco e rápido;
2) Pele fria e úmida (pegajosa);
30
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
31
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
CHOQUE
32
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
TIPOS DE CHOQUE:
Choque hipovolêmico: Tipo mais comum de choque que o socorrista vai encontrar no
atendimento pré-hospitalar. Sua característica básica é a diminuição acentuada do volume
de sangue. Pode ser causado pelos seguintes fatores:
1) Perda direta de sangue: hemorragia interna e externa;
2) Perda de plasma: em caso de queimaduras, contusões e lesões traumáticas;
3) Perda de líquido pelo trato gastrointestinal: provoca desidratação (vômito ou
diarreia).
A redução no volume de sangue circulante causa diminuição no débito cardíaco e reduz
toda a circulação (perfusão tecidual comprometida). O reconhecimento precoce e o cuidado
efetivo no atendimento do choque hipovolêmico podem salvar a vida do paciente. O
tratamento definitivo do choque hipovolêmico é a reposição de líquidos (soluções salinas ou
sangue).
Sinais e sintomas do choque hipovolêmico:
1) Ansiedade e inquietação;
2) Náusea e vômito;
3) Sede, secura na boca, língua e lábios;
4) Fraqueza, tontura e frio;
5) Queda acentuada de pressão arterial (PA menor que 90mm/Hg);
6) Respiração rápida e profunda - no agravamento do quadro, a respiração torna-se
superficial e irregular;
7) Pulso rápido e fraco em casos graves; quando há grande perda de sangue, pulso
fraco ou ausente;
8) Enchimento capilar acima de 2 segundos;
9) Inconsciência parcial ou total;
10) Pele fria e úmida (pegajosa);
11) Palidez ou cianose (pele e mucosas acinzentadas);
12) Olhos vitrificados, sem brilho, e pupilas dilatadas (sugerindo apreensão e medo).
Cuidados de emergência no choque hipovolêmico:
1) Interromper sangramento quando acessível (usar o método da pressão direta,
elevação do membro);
2) Assegurar via aérea permeável e manutenção da respiração;
3) Administrar oxigênio em alta concentração (12 litros por minuto sob máscara facial
perfeitamente ajustada);
4) Imobilizar e alinhar fraturas - diminui a dor e o sangramento;
5) Confortar o paciente - quanto mais calmo e colaborativo, melhores chances de
sobrevida;
6) Colocar a vítima em posição de choque: a melhor é em decúbito dorsal, com as
pernas elevadas mais ou menos 25 cm. O objetivo é concentrar o volume sanguíneo
na cabeça, no tórax e na parte alta do abdômen. Caso essa posição não seja
possível, isto é, se causar dor ou desconforto ao paciente, mantenha-o no plano. Se
estiver vomitando e não houver qualquer contraindicação, transporte-o em decúbito
lateral;
7) Não oferecer nenhum líquido ou alimento;
8) Monitorar o paciente durante o transporte; conferir os sinais vitais a cada 5 minutos e
comunicar qualquer alteração;
33
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
9) Manter o paciente aquecido; certificar-se de que esteja coberto sob e sobre o corpo,
remover a roupa úmida, considerando a temperatura do meio ambiente para não
provocar sudorese.
Choque cardiogênico: Decorre de uma incapacidade do coração bombear o sangue de
forma efetiva. Este enfraquecimento do músculo cardíaco pode ser consequência de infarto
agudo do miocárdio, situação frequente onde a vítima normalmente apresenta dor torácica
antes de entrar em choque. Os sinais e sintomas são semelhantes aos do choque
hipovolêmico e o pulso pode estar irregular. Já com relação aos cuidados de emergência, a
vítima não necessita de reposição de líquidos ou elevação de membros inferiores;
frequentemente respira melhor sentada. Administrar oxigênio e, se necessário, manobras de
reanimação.
Choque neurogênico: Causado por falha no sistema nervoso na tentativa de controlar o
diâmetro dos vasos, em consequência de lesão na medula espinhal, interrompendo a
comunicação entre o cérebro e os vasos sanguíneos. O resultado é a perda da resistência
periférica e a dilatação da rede vascular. Se o leito vascular estiver dilatado, não existirá
sangue suficiente para preencher a circulação, havendo perfusão inadequada de órgãos.
Com exceção do pulso, os sinais e sintomas do choque neurogênico são os mesmos do
choque hipovolêmico. O paciente apresenta bradicardia (pulso lento).
Choque psicogênico: Apresenta mecanismo semelhante ao choque neurogênico, surge
em condições de dor intensa, desencadeado por estímulo do nervo vago e tem como
característica principal braquicardia inicial seguida de taquicardia na fase de recuperação. O
paciente se recupera espontaneamente se colocado em decúbito dorsal.
Choque anafilático: Resulta de uma reação de sensibilidade a algo a que o paciente é
extremamente alérgico, como picada de inseto (abelhas, vespas), medicação, alimentos,
inalantes ambientais, etc. A reação anafilática ocorre em questão de segundos ou minutos
após o contato com a substância a que o paciente é alérgico.
Sinais e sintomas do choque anafilático:
1) Pele avermelhada, com coceira ou queimação;
2) Edema de face e língua;
3) Respiração ruidosa e difícil devido ao edema de cordas vocais;
4) Queda da pressão arterial, pulso fraco, tontura, palidez e cianose; - coma.
Cuidados de emergência no choque anafilático:
O paciente em choque anafilático necessita de medicação de urgência para combater a
reação, administrada por médico. Ao socorrista cabe:
1) Dar suporte básico de vida à vítima (manter vias aéreas e oxigenação);
2) Providenciar o transporte imediato e rápido ao hospital que deverá ser comunicado
antecipadamente.
Choque séptico: Ocasionado por infecção severa, comumente ocorre em vítimas
hospitalizadas, sendo excepcionalmente atendida pelo socorrista no APH.
34
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
HORA DE PRATICAR!
QUEIMADURAS
35
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
36
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
37
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
PRÁTICA DE INTEGRAÇÃO –
COLOCAÇÃO DE CID (Colete Imobilizador Dorsal)
HORA DE PRATICAR!
TRAUMA FÍSICO: Consiste na agressão aos tecidos que formam o corpo humano,
proveniente da ação de uma força deformatória que atua sobre eles. O trauma depende da
intensidade e duração da força que o provoca. Quanto à graduação do trauma podemos
considerar as forças que os provocam. Os traumas ortopédicos, por exemplo, podem atuar
sobre a pele, articulações, músculos e ossos e sobre todos esses tecidos de uma só vez,
dependendo da duração e da intensidade de atuação sobre os mesmos. Quanto à
classificação podemos considerar:
Trauma sobre a pele:
Ferimento: é a abertura da pele e/ou de demais tecidos. Pode ser perfurante, cortante,
perfuro-cortante ou abrasivo.
Contusão: é o trauma nos tecidos em que não há solução de continuidade da pele.
Trauma sobre as articulações:
Entorse: é uma lesão nas estruturas ligamentares em torno de uma articulação provocada
por uma torção ou tração, ocasionando distensão dos tecidos sem causar ruptura no
mesmo.
Lesão ligamentar: é uma lesão nas estruturas ligamentares, em torno de uma articulação,
provocadas por uma tração ou torção, ocasionando uma ruptura ligamentar.
38
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Luxação: é uma lesão articular cujas superfícies que as compõem perderam o contato
anatômico. Encontra-se em três tipos: luxações traumáticas; luxações congênitas; luxações
espontâneas.
Trauma sobre os músculos:
Espasmo muscular: ocorre uma contratura permanente do músculo após o trauma.
Distensão muscular: ocorre um estiramento da fibra muscular sem rompê-la.
Ruptura muscular: ocorre a ruptura da fibra muscular.
Trauma sobre os ossos:
Fraturas: é a interrupção da continuidade óssea, sendo definida de acordo com o tipo e a
extensão. Pode ser: incompleta; fechada; aberta ou exposta.
FRATURAS: Como vimos, classifica-se por fratura a quebra da continuidade óssea, ou seja,
a ruptura completa ou incompleta da continuidade de um osso.
39
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
40
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
C – Circulação:
Se a vítima estiver inconsciente:
Palpar pulso carotídeo nas vítimas com idade acima de 1 ano pelo
tempo mínimo de 5 segundos e tempo máximo de 10 segundos;
Nos casos de vítimas com idade abaixo de 1 ano, utilizar a artéria
braquial;
Na ausência de pulso central, realizar manobras de ressuscitação.
Não sendo possível constatar o pulso central em até 10 segundos,
considerar como pulso ausente e iniciar RCP;
Se a vítima estiver consciente:
Checar presença e a frequência de pulso radial;
Checar Pressão Arterial (P.A. Sistólica > ou = 80mHg);
Checar perfusão periférica;
Realizar TUC (Temperatura, Umidade, Coloração cutânea);
A ausência de pulso radial, taquicardia, agitação e confusão mental,
taquipnéia, palidez cutânea e sudorese são sinais sugestivos de
choque. Acione o Suporte Avançado;
Verifique a presença de hemorragias que impliquem em necessidade
de controle imediato e providencie as técnicas correspondentes de
hemostasia;
D - Disfunção Neurológica:
Avaliação do diâmetro das pupilas;
Avaliar o nível de consciência (Glasgow)
42
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
E - Exposição e ambiente:
Exponha com todo o cuidado possível, regiões do corpo da vítima em busca de
lesões, avaliando rapidamente a região cervical, aplicando o colar cervical, procurando por
lesões graves e prevenindo a hipotermia;
Informar antecipadamente à vítima e/ou responsável sobre o
procedimento que será efetuado;
Executar a exposição do corpo da vítima somente quando
indispensável para identificar sinais de lesões ou de emergências
clínicas;
Evitar tempo demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia;
Cobrir com manta aluminizada ou cobertor ou lençóis limpos;
Garantir privacidade da vítima, evitando expor desnecessariamente as
partes íntimas de seu corpo;
Respeitar as objeções da vítima, por motivos pessoais, incluindo
religiosos, desde que isso não implique em prejuízo para o
atendimento com consequente risco de morte;
Evitar danos desnecessários ao remover vestes e/ou calçados:
Quando necessário cortar vestes da vítima, utilizar tesoura de ponta
romba, evitando meios de fortuna que possam contaminar ou agravar
ferimentos.
44
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
45
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
EVISCERAÇÕES TRAUMATICAS:
1) Priorizar a segurança;
2) Realizar o ABCDE observando a cinemática do trauma;
3) Nunca tentar recolocar as vísceras no interior do abdome;
4) Cobrir as vísceras expostas com bandagem, gazes ou ataduras embebidas em soro
fisiológico (se for possível/disponível com compressas esterilizadas);
5) Flexionar as pernas da vítima;
6) Prevenir e/ou tratar estado de choque;
7) Solicite apoio do Suporte Avançado. Transportar o mais rápido possível.
47
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
48
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
ATENÇÃO: Todos os tirantes devem estar bem fixos e deve-se evitar que fiquem com
as pontas soltas, pois podem enroscar e dificultar a movimentação da vítima. Uma vez
colocado o colete não deve ser retirado, somente aliviar os tirantes quando a vítima
estiver na prancha. Antes de realizar o giro da vítima, verificar se os tirantes do colete
imobilizador estão ajustados. Em algumas situações não é possível fazer o giro de
forma a deixar as costas da vítima para fora; nesses casos, o giro pode ser feito ao
contrário, tomando-se o cuidado de inverter a prancha longa. O colete imobilizador
não é feito para carregar a vítima sentada e sim para apoiar e imobilizar a sua coluna,
por isso, após imobilizá-la fazer o giro e deita-la sobre a prancha longa.
49
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
MOBILIDADE REDUZIDA
50
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
HORA DE PRATICAR!
1) Priorizar a segurança;
2) Realizar o ABCDE observando a cinemática do trauma;
3) Sempre imobilize uma articulação proximal e distal;
4) Cheque pulso pedioso ou tibial posterior do lado afetado;
5) Cheque a motricidade e sensibilidade;
6) Use talas, bandagens e ataduras.
7) Prevenir e/ou tratar estado de choque;
8) Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte;
9) Avaliar a necessidade de transportar ao Suporte Avançado.
Imobilização de Pelve:
1) Imobilizar com auxílio da tala rígida e bandagem triangular;
2) Imobilizar envolvendo a articulação do joelho e impedindo a flexão do quadril;
3) O espaço entre os membros inferiores poderá ser completado com talas moldáveis
para estabilizar o conjunto da imobilização;
4) Poderá ser utilizado o colete imobilizador dorsal na posição invertida como
alternativa de imobilização da pelve;
5) Transportar a vítima em prancha longa.
Imobilização de luxação de articulaçãocoxofemoral:
1) Fazer imobilização de forma a sustentar o membro na posição encontrada, utilizar
tala moldável e cobertores enrolados.
2) Utilizar a prancha longa.
Imobilização de fêmur:
Utilizar a tala rígida ou moldável e imobilizar de forma a impedir movimentação do quadril e
do joelho.
Imobilização de joelho:
Utilizar tala rígida ou moldável e imobilizar envolvendo o fêmur, a tíbia e a fíbula.
Imobilização de tíbia e fíbula:
Utilizar tala rígida ou moldável e imobilizar envolvendo a articulação do joelho e tornozelo.
51
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Imobilização de pés:
Utilizar tala moldável.
ATENÇÃO: Todos os tirantes devem estar bem fixos e deve-se evitar que fiquem com
as pontas soltas, pois podem enroscar e dificultar a movimentação da vítima. Uma vez
colocado o colete não deve ser retirado, somente aliviar os tirantes quando a vítima
estiver na prancha. Antes de realizar o giro da vítima, verificar se os tirantes do colete
imobilizador estão ajustados. Em algumas situações não é possível fazer o giro de
forma a deixar as costas da vítima para fora; nesses casos, o giro pode ser feito ao
contrário, tomando-se o cuidado de inverter a prancha longa. O colete imobilizador
não é feito para carregar a vítima sentada e sim para apoiar e imobilizar a sua coluna,
por isso, após imobilizá-la fazer o giro e deita-la sobre a prancha longa.
52
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
ATENÇÃO:
1) Movimente o acidentado o menos possível.
2) Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte.
3) O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais
cômodo para a vítima.
4) Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem
cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte.
53
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Socorristas 2 e 3:
1) Posicionam na lateral da vítima ajoelhados.
2) O socorrista 2 segura nas cinturas pélvica e escapular.
3) O socorrista 3 segura na cintura pélvica e nos membros inferiores.
4) Os braços que seguram a cintura pélvica devem estar cruzados;
Socorrista 1 :
1) Dá o comando “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no
3, 1...2...3”. Este movimento tem que ser sincronizado e deve ser exaustivamente
treinado pela equipe de resgate;
2) Quando a vítima se encontrar na posição lateral, o socorrista 2 solta a mão da
cintura pélvica da vítima e apalpa o dorso da vítima para uma avaliação mais
criteriosa. Após a avaliação o mesmo puxa a prancha para o mais próximo possível
da vítima e a inclina 45º;
Socorrista 1 : Dá o comando: “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que
for o caso) no 3, 1...2...3”;
Se for necessário centralize a vítima na prancha, faça o movimento sincronizado
para não prejudicar a vítima;
Lembrando que o socorrista 1 é quem dá a ordem para qualquer movimento, pois ele
é quem está estabilizando a cabeça e a coluna cervical, e assim a vítima é centralizada;
Colocar o encosto lateral de cabeça;
Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte
Avançado.
54
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
55
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO
56
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
57
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
HORA DE PRATICAR!
58
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Status neurológico:
Avaliar se a vítima é capaz de cumprir ordens verbais simples.
NÃO - Não cumpre ordens simples, considerar vítima de primeira prioridade (cor vermelha).
SIM - Cumpre ordens simples, considerar como vítima de segunda prioridade (cor amarela).
Primeiro passo:
Dimensionar e assumir a situação de emergência, solicitar recurso adicional e iniciar
a triagem, método START, das vítimas. Determinar a um socorrista de sua equipe que dirija
todas as vítimas que possam caminhar para uma área de concentração previamente
delimitada (poderá ser utilizado um megafone para isso). Estas vítimas receberão uma
identificação verde de forma individual.
Segundo passo:
Determinar para que outro socorrista de sua equipe inicie a avaliação das vítimas
que permaneceram na cena de emergência e que não apresentam condições de caminhar.
Deverá ser avaliada a respiração. A respiração está normal, rápida ou ausente?
Se está ausente: abra imediatamente as VA para determinar se as respirações
iniciam espontaneamente. Se a vítima continua sem respirar, recebe a fita de cor
preta (não perca tempo tentando reanimar a vítima). Se voltar a respirar e necessitar
de ajuda para manter as VA abertas receberá a fita de cor vermelha (nesses casos,
tente conseguir voluntários para manter abertas as VA da vítima).
Se está presente: avalie a sua frequência respiratória, se superior a 30 vpm,
receberá uma fita de cor vermelha. Caso a respiração esteja normal (até 30 vpm), vá
ao passo seguinte.
Terceiro passo:
O socorrista deverá verificar a perfusão através da prova do enchimento capilar ou
através da palpação do pulso radial.
Se o enchimento capilar: for superior a 2 segundos ou se o pulso radial está ausente,
a vítima deverá receber a fita de cor vermelha.
Se o enchimento capilar: for de até 2 segundos ou se o pulso radial está presente, vá
ao passo seguinte. Qualquer hemorragia grave que ameace a vida deverá ser
contida neste momento. Caso não haja suspeita de traumatismo raquimedular,
posicione a vítima com as pernas elevadas para prevenir o choque (novamente tente
conseguir voluntários para fazer pressão direta sobre o local do sangramento).
Em caso de iluminação reduzida o socorrista deverá avaliar o pulso radial.
Quarto passo:
O socorrista deverá verificar o status neurológico da vítima. Se a vítima não
consegue executar ordens simples emanadas pelo socorrista, deverá receber a identificação
de cor vermelha. Se a vítima executa corretamente as ordens simples recebidas, receberá a
fita de cor amarela.
59
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIAS
60
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
61
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
Depois de agir:
Converse com alguém com quem você se sinta à vontade sobre suas dúvidas,
medos, frustrações, pesadelos, etc.
Mantenha um estilo de vida saudável e a higiene pessoal.
Certifique-se de que está suficientemente confortável e que tem uma adequada
privacidade.
Faça as coisas que você gosta (com moderação).
62
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
CONTROLE DA SITUAÇÃO:
1. Avalie com rapidez quaisquer condições perigosas: pense na segurança do local.
2. Avalie a situação da vítima: pense em uma vítima ou vítimas em massa.
3. Decida em termos de como se comportar de forma segura e estar de posse dos
equipamentos de proteção necessários.
4. Aja visando à segurança: proteja-se e proteja as vítimas.
63
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
CONTROLE DE VÍTIMAS:
Sempre:
Comporte-se de forma segura e esteja equipado com os equipamentos de proteção
necessários;
Estabeleça prioridades para as medidas a serem tomadas.
1. Conduza a avaliação inicial (sequência ABCDE*): pense nas condições que podem
ameaçar a vida.
2. Aja visando a reanimação de emergência (assistência imediata): realize as medidas
imediatas de salvamento.
3. Conduza a avaliação secundária (da cabeça aos pés): pense nos ferimentos,
traumas em ossos ou articulações, queimaduras e danos causados pelos elementos
da natureza (temperaturas extremas, sol, chuva, vento, etc.).
4. Estabilize a vítima (assistência complementar): curativos, imobilizações, etc.
5. Avalie a situação e tome as providências necessárias para a remoção da vítima:
determinar sua condição e prepará-la para remoção.
Ao mesmo tempo:
Cuidado com as infecções que você pode contrair ou transmitir para a vítima;
Forneça apoio psicológico;
Proteja a vítima contra os elementos da natureza;
Reidrate a vítima se necessário;
Monitore a condição da vítima e a eficácia das medidas tomadas.
64
Apostila do Curso de Formação de Bombeiro Profissional Civil - Centro de Treinamento Portal Bombeiro
AUTOCONTROLE:
1. Avalie seu desempenho: pense em suas conquistas e sentimentos.
2. Avalie sua condição: considere se precisa do apoio de alguma pessoa.
3. Decida: recupere-se para, por exemplo, “recarregar suas baterias”.
4. Aja: reúna-se com sua equipe e líder e tire as conclusões das lições aprendidas.
5. Aja: relaxe e prepare-se para a próxima missão.
65