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Confinado
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Como já vimos anteriormente, a realização de uma atividade em espaço confinado, seja para trabalho
seja para resgate, acaba se tornando uma tarefa difícil devido as características especiais daquele espaço.
Logo, tão especiais quanto aos locais confinados, os equipamentos a serem utilizados nessas atividades
deverão possuir características específicas exigidas como também já vimos no capítulo anterior. A seguir,
apresentaremos os equipamentos mais utilizados.
Se um trabalho em espaço confinado estiver sendo desenvolvido com a utilização de equipamentos que
não sejam à prova de explosão ou intrinsecamente seguros, ao soar o alarme do detector os equipamentos
devem ser imediatamente desligados e o local abandonado. Após a investigação do motivo do alarme,
persistindo a condição IPVS, um novo procedimento de entrada em espaço confinado deve ser elaborado, ou
seja, cancela-se a primeira permissão de entrada e outra nova é elaborada para a entrada. Todavia, o melhor
procedimento é sempre adotar equipamentos intrinsecamente seguros ou à prova de explosão.
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1.1.1. Certifição
A certificação do equipamento é obrigatória pela Portaria 176 de 17/12/2000 do INMETRO. Deve ser
certificado, testado quanto à sua performance por órgão responsável e acompanhado de um Certificado de
Conformidade.
1.1.3. Calibração
Através da calibração o equipamento é certificado quanto a precisão dos valores medidos pelo leitor, e
se os mesmos estão em conformidade com o informado pelo fabricante. Também deve ser emitido um
certificado periódico para cada calibração. Normalmente os detectores multigás são preparados para a leitura
quanto a presença do Oxigênio, do Gás Sulfídrico, do Monóxido de Carbono e de gases combustíveis. Os
limites das concentrações para alarme estão definidos pela ACGIH e pela NR – 15.
GÁS LIMITE
GASES COMBUSTÍVEIS
10% do LIE
OXIGÊNIO
Entre 19,5% e 23% por
Vol.
LT – 39 ppm
MONÓXIDO DE
CARBONO TLV – 25 ppm
IPVS – 1200 ppm
LT – 8 ppm
GÁS SULFÍDRICO
TLV – 10 ppm
IPVS – 100 ppm
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Dutos de trabalho
São utilizados para direcionar o fluxo de ar do equipamento para o espaço confinado ou do espaço
confinado para a atmosfera. Devem ser flexíveis e sanfonados para se ajustar ao tamanho do local e facilitar o
manuseio.
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Normalmente são acompanhados de assessórios como cotovelos, usados para facilitar o acesso, e
redutores, usados para facilitar a passagem pela boca de visita. O seu tamanho deve ser dimensionado levando
em consideração seu diâmetro e comprimento. Para espaços confinados, os dutos devem ser do tipo indicado
para áreas classificadas, afim de que sejam evitadas descargas estáticas produzidas pelo atrito do duto com a
parede do espaço confinado.
Contudo outros cintos poderão ser utilizados desde que tenham uma argola posicionada no dorso à altura
do ombro, uma argola na frente posicionada na altura do peito e outra posicionada na altura do ventre.
Lembramos, também, que a seleção do cinto deve estar de acordo com a sua eficiência em relação aos riscos
avaliados para aquele trabalho.
O Cinto deve ser de um tipo certificado (CA) pela autoridade competente. Devem ser inspecionados
antes e depois de cada uso, e higienizados após o trabalho.
1.6. Movimentadores
Aqui apresentamos alguns dos equipamentos que são utilizados para tornar a entrada num espaço
confinado uma tarefa mais segura, no que tange a movimentação dos trabalhadores autorizados ou dos
resgatistas no interior daquela área. Qualquer pessoa que estiver para ser escalada para trabalhos que
envolvam uma entrada em espaço confinado, principalmente se for uma operação vertical, deve possuir as
habilidades mínimas adequadas e adquiridas em treinamento para o manuseio dos equipamentos. O
Treinamento consistirá de experiências simuladas usando o equipamento de forma segura e correta. Nunca
tente utilizar um equipamento de segurança para o qual você ainda não foi treinado!
Para uma entrada em espaço confinado, os equipamentos incluem:
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▪ Tripés;
▪ Braço Davit;
▪ Guinchos mecânicos & Dispositivos trava-quedas;
▪ Sistemas de corda;
1.6.1. Tripés
Tripés são livremente posicionados e possuem pernas tipicamente encaixadas que podem ser ajustadas
para oferecer uma variação de alturas. São muito efetivos em decidas e subidas, mas fica instável se a força
lateral for muito acentuada. Isso acontece quando os cabos são puxados para o lado, ou quando o responsável
pela movimentação puxa o trabalhador para fora do espaço e tenta puxá-lo para um lado da abertura. Por isso
devemos redobrar nossa atenção para que o equipamento não tombe.
A seguir, alguns cuidados que devemos adotar ao selecionar o tripé para trabalho:
▪ Só utilize tripés fabricados para cargas de pessoas, e não deverá ser usado para outras tarefas.
▪ Sempre siga as instruções do fabricante para inspeção, levantamento e uso do tripé. Você será
responsável para seguir estas instruções durante as operações.
▪ Nunca coloque mais de uma pessoa por vez no tripé, a menos que você esteja seguro de que o
equipamento é classificado para carga de duas pessoas. A maioria dos tripés é fabricada para uma
pessoa apenas.
▪ Sempre que for descer ou subir uma pessoa, utilize um outro sistema de segurança adicional (trava-
quedas) além do sistema principal.
▪ Desenvolve durante os treinamentos e simulados técnicas de manuseio do equipamento e de
posicionamento dos indivíduos que estão sendo movimentados.
Sistemas de Braço Davit são muito populares para espaços que freqüentemente são entrados e, ainda
podem ser feitos sob medida para locais de aplicações específicas. Uma vantagem fundamental do Braço Davit
em relação ao tripé é uma tendência reduzida a tombar.
Os cuidados que devem ser tomados ao selecionar um Braço Davit para trabalho, são os mesmos
indicados anteriormente para os Tripés.
Guinchos mecânicos são relativamente fáceis de montar e requerem pouco treinamento. Muitos
dispositivos de trava-quedas funcionam com manivelas incorporadas tornando-se resgatadores, e/ou podem ser
usados separadamente para proteger os trabalhadores de riscos de queda no caso de qualquer rompimento no
cabo de trabalho ou defeito no equipamento principal.
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Mesmo diante da infinidade de cenários passíveis de acidentes, as empresas deverão implementar dentro
do programa de entrada em espaços confinados um protocolo para atendimento de resgate e emergências
médicas com equipe especializada e preparada para as ocorrências de remoção e pronto atendimento dos
trabalhadores vítimas de acidentes em espaços confinados. Toda vez em que for realizado algum trabalho em
espaço confinado que apresente potencial risco para vida ou a saúde do trabalhador, a equipe de resgate deverá
estar, antecipadamente, ciente da execução dos serviços naqueles espaços, a posta com todos os seus
equipamentos necessário preparados, caso se desenvolva uma situação de emergência. A seguir, listaremos
alguns passos que poderão servir como base para a organização de um de resgate.
PROTOCOLO
1º - Trabalhar em Equipe
Seria impensável um resgate com apenas um resgatista. Já sabemos que em qualquer atividade em
espaço confinado, não se trabalha sozinho. O resgate dependendo da sua complexidade poderá exigir um
número maior de componentes, cada qual com suas tarefas individualizadas.
▪ Acionar a equipe;
▪ Organizar a equipe;
▪ Delegar tarefas;
▪ Planejamento;
▪ Número de vítimas;
▪ Condições e localização da vítimas;
▪ Consultar a FIPQ, se necessário.
4º - Equipar-se adequadamente
O resgatista deverá conhecer e saber usar o seu EPI corretamente e possuir habilidades para lidar com
possíveis incômodos provocados pelo próprio equipamento. A escolha errada ou o mau uso do EPI poderá
contribuir para o fracasso da operação.
Seleção dos equipamentos
Seleção do EPI necessário
Entrada
▪ Equipe de reserva também preparada;
▪ Comunicação constante;
▪ Iluminação;
▪ Localizar a vítima rapidamente;
▪ Estabilizar a vítima, primeiro atendimento;
▪ Providenciar suprimento de ar respirável se necessário;
▪ Imobilizar a vítima se possível;
▪ Empacotar e transportar a vítima;
▪ Remover a vítima;
▪ Remover os resgatistas;
▪ Providenciar atendimento médico especializado para vítimas e, se necessário, para os resgatistas;
▪ Desmontagem dos sistemas;
▪ Recolhimento de todos os equipamentos;
▪ Higienização dos equipamentos e descontaminação, se necessária;
▪ Avaliação do estado físico e mental dos resgatistas;
▪ Avaliação do relatório final da operação.