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Resgate em Espaço

Confinado
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1. Equipamentos para Trabalhos em Espaço Confinado

Como já vimos anteriormente, a realização de uma atividade em espaço confinado, seja para trabalho
seja para resgate, acaba se tornando uma tarefa difícil devido as características especiais daquele espaço.
Logo, tão especiais quanto aos locais confinados, os equipamentos a serem utilizados nessas atividades
deverão possuir características específicas exigidas como também já vimos no capítulo anterior. A seguir,
apresentaremos os equipamentos mais utilizados.

1.1. Detector de Gás


A NBR 16.557 obriga que o detector de gases seja intrinsecamente seguro. Pode ser fixo ou portátil e
pode detectar a presença de mais de um gás / vapor (multigás). Tratando-se de equipamentos portáteis, estes
podem oferecer dois tipos de leitura:
▪ Indireta – Requer a coleta de uma amostra do contaminante e seu envio para um laboratório de
análise. Devido essa dificuldade não é o método de leitura mais indicado para trabalhos em espaços
confinados. Contudo, pode ser indicado para monitorar a exposição dos trabalhadores após o término
dos serviços em espaços confinados.
▪ Direta – Oferece uma leitura em tempo real da concentração do contaminante. O próprio instrumento
coleta e analisa a substância. Este é o tipo mais utilizado em espaços confinados. Todavia existe a
limitação que nem todos os contaminantes podem ser detectados pelo instrumento.
Podemos dizer que sua importância é vital para se classificar ou “desclassificar” uma área de risco. É o
instrumento pelo qual:
▪ Determina as características atmosféricas do espaço confinado através de uma leitura direta;
▪ Determina qual EPI a ser utilizado;
▪ Determina o equipamento a ser utilizado para áreas classificadas;
▪ Determina a possibilidade de uso de equipamentos não certificados;
▪ Determina através de seu alarme a presença de algum gás ou vapor em concentrações IPVS.

Se um trabalho em espaço confinado estiver sendo desenvolvido com a utilização de equipamentos que
não sejam à prova de explosão ou intrinsecamente seguros, ao soar o alarme do detector os equipamentos
devem ser imediatamente desligados e o local abandonado. Após a investigação do motivo do alarme,
persistindo a condição IPVS, um novo procedimento de entrada em espaço confinado deve ser elaborado, ou
seja, cancela-se a primeira permissão de entrada e outra nova é elaborada para a entrada. Todavia, o melhor
procedimento é sempre adotar equipamentos intrinsecamente seguros ou à prova de explosão.
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1.1.1. Certifição
A certificação do equipamento é obrigatória pela Portaria 176 de 17/12/2000 do INMETRO. Deve ser
certificado, testado quanto à sua performance por órgão responsável e acompanhado de um Certificado de
Conformidade.

1.1.2. Teste de Resposta


O equipamento deve ter os seus sensores testados com um gás padrão que assegure a sua resposta
devido à presença daquele gás. É única maneira segura de garantir que os seus sensores estão funcionando
perfeitamente.

1.1.3. Calibração
Através da calibração o equipamento é certificado quanto a precisão dos valores medidos pelo leitor, e
se os mesmos estão em conformidade com o informado pelo fabricante. Também deve ser emitido um
certificado periódico para cada calibração. Normalmente os detectores multigás são preparados para a leitura
quanto a presença do Oxigênio, do Gás Sulfídrico, do Monóxido de Carbono e de gases combustíveis. Os
limites das concentrações para alarme estão definidos pela ACGIH e pela NR – 15.

GÁS LIMITE
GASES COMBUSTÍVEIS
10% do LIE

OXIGÊNIO
Entre 19,5% e 23% por
Vol.
LT – 39 ppm
MONÓXIDO DE
CARBONO TLV – 25 ppm
IPVS – 1200 ppm
LT – 8 ppm
GÁS SULFÍDRICO
TLV – 10 ppm
IPVS – 100 ppm
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1.2. Equipamento de Proteção Respiratória


Em todos os locais onde seja reconhecida a deficiência de Oxigênio, o risco de inalação de substâncias
tóxicas prejudiciais à saúde, bem como um estado fisiológico impróprio do ar respirável (pressão, temperatura,
outros), deve ser providenciado o fornecimento de proteção respiratória adequada para aqueles que lá
adentrarão, seja para trabalho ou para resgate, para evitar qualquer possibilidade de interferência na função
respiratória, lesão ou morte. Devemos prestar uma atenção especial para os trabalhadores quanto a sua
proteção respiratória, pois, freqüentemente, ela é mal empregada. O ideal seria o implemento de um programa
de proteção respiratória que contenha as seguintes exigências mínimas:
▪ Devem ser elaborados procedimentos escritos para o uso da proteção respiratória;
▪ Os aparatos de respiração devem ser selecionados mediante a realização de testes para se determinar:
a) Quais agentes contaminantes estão presentes;
b) Qual é o percentual de concentração dos agentes contaminantes;
c) Qual é o percentual de concentração do oxigênio.
▪ Os trabalhadores devem possuir treinamento, com certificação, para o uso correto dos aparatos de
respiração. O treinamento deverá conter:
a) Seleção dos equipamentos adequados;
b) Montagem correta dos equipamentos;
c) Uso dos equipamentos (teste de funcionamento);
d) Limpeza higienização dos equipamentos;
e) Manutenção dos equipamentos;
f) Acondicionamento correto dos equipamentos;
g) Reconhecimento de mau funcionamento.
▪ Cada trabalhador deverá ter o seu próprio equipamento já disponibilizado no local onde for exigido;
▪ A limpeza e higienização periódica dos equipamentos deverão ser registradas após cada utilização;
▪ A guarda adequada dos equipamentos deve ser registrada quanto as suas condições;
▪ A área de trabalho deve ser testada novamente para assegurar que as concentrações dos
contaminantes existentes não se alteraram e excederam os limites para o uso correto do aparato de
respiração.
▪ Inspeção e manutenção periódica dos equipamentos devem ser registradas;
▪ A vigência do programa é obrigatória;
▪ Avaliação médica periódica dos trabalhadores que utilizam esses equipamentos;
▪ Registros da liberação de uso dos equipamentos devem ser arquivados.
Existem de três tipos de equipamentos para operações em espaço confinado:
▪ Máscaras purificadoras ou filtro de ar (máscara semi-facial, capuz, etc.);
▪ Equipamento de respiração por ar de linha (sistema de cascata, compressor, etc.);
▪ Equipamento autônomo de respiração (circuito aberto)

1.2.1. Máscara Purificadora de Ar


Somente utilizadas quando:
▪ A atmosfera contém oxigênio suficiente;
▪ A concentração do contaminante é conhecida;
▪ Os níveis de concentração estão dentro das limitações dos filtros das máscaras.
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1.2.2. Equipamento de Respiração por Ar de Linha


Possui as seguintes características:
▪ Independe da concentração do contaminante;
▪ Indicado também para ausência de oxigênio;
▪ Grande autonomia;
▪ Dotado de cilindro reserva para escape;
▪ Pressão positiva;
▪ Suprido por um sistema de cascata ou compressor com filtro de ar;
▪ Pouco peso;
▪ Limitações pelos tamanhos das mangueiras de ar;
▪ Reduz a mobilidade do usuário.

1.2.3. Equipamento de Respiração Autônomo


Possui as seguintes características:
▪ Independe da concentração do contaminante;
▪ Indicado também para ausência de oxigênio;
▪ Proporciona maior mobilidade ao usuário;
▪ Suprimento independente de compressores (falta de energia);
▪ Pressão positiva;
▪ Alarme sonoro;
▪ Tempo limitado (cerca de 30 minutos);
▪ Peso incômodo.
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1.3. Equipamento de Ventilação


O equipamento normalmente utilizado para remover o ar contaminado ou suprir de ar fresco o espaços
confinados é o ventilador ou insuflador /exaustor, ou seja, possui a dupla função dependendo de qual
extremidade está conectado o duto de ventilação. As diferenças entre os modelos do equipamento são medidas
pelas informações técnicas de cada um como potência, vazão, velocidade de troca do ar, etc. Para áreas
classificadas o modelo indicado deve ter motor à prova de explosão.

Dutos de trabalho
São utilizados para direcionar o fluxo de ar do equipamento para o espaço confinado ou do espaço
confinado para a atmosfera. Devem ser flexíveis e sanfonados para se ajustar ao tamanho do local e facilitar o
manuseio.
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Normalmente são acompanhados de assessórios como cotovelos, usados para facilitar o acesso, e
redutores, usados para facilitar a passagem pela boca de visita. O seu tamanho deve ser dimensionado levando
em consideração seu diâmetro e comprimento. Para espaços confinados, os dutos devem ser do tipo indicado
para áreas classificadas, afim de que sejam evitadas descargas estáticas produzidas pelo atrito do duto com a
parede do espaço confinado.

1.4. Equipamentos de Comunicações


A Comunicação em espaços confinados é uma ferramenta de vital importância. Comunicações rápidas,
claras e seguras são essenciais para a proteção dos trabalhadores autorizados. Pode ser visual através de
sinais, caso o trabalhador permaneça constantemente sob o alcance visual do vigia, ou através de
equipamentos, rádios sem fio ou com fio rígido, lembrando ainda que todos devem ser intrinsecamente seguros.

1.5. Cintos de Segurança


Entradas em espaços confinados requerem que, na maioria dos casos, o trabalhador use um cinto de
segurança completo conectado a um cabo ou corda seguramente ancorada fora do espaço confinado. Os
propósitos de usar este equipamento incluem:
▪ Realizar uma descida ou subida segura e com menor esforço possível;
▪ Realizar algum trabalho posicionado em certa altura;
▪ Facilitar a recuperação do resgatista através de uma não-entrada;
▪ Permitir aos resgatistas um método de localizar as vítimas no espaço confinado; e
▪ Fazer um salvamento de uma vítima inconsciente de forma segura, o mais rápido e mais fácil possível.
O cinto completo deve ser equipado com fitas, fivelas argolas e malhas rápidas, e construído com material
resistente ao tipo de risco ao qual ele foi projetado (fogo, eletricidade, etc.). Cintos para entrada em Espaços
Confinados são equipados com argolas hemisféricas nos ombros que devem ser usadas para levantar o
conjunto através de uma barra separadora. Possuem uma única argola hemisférica fundida as correias dos
ombros e posicionada entre as palhetas dos ombros.
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Contudo outros cintos poderão ser utilizados desde que tenham uma argola posicionada no dorso à altura
do ombro, uma argola na frente posicionada na altura do peito e outra posicionada na altura do ventre.
Lembramos, também, que a seleção do cinto deve estar de acordo com a sua eficiência em relação aos riscos
avaliados para aquele trabalho.

O Cinto deve ser de um tipo certificado (CA) pela autoridade competente. Devem ser inspecionados
antes e depois de cada uso, e higienizados após o trabalho.

1.6. Movimentadores
Aqui apresentamos alguns dos equipamentos que são utilizados para tornar a entrada num espaço
confinado uma tarefa mais segura, no que tange a movimentação dos trabalhadores autorizados ou dos
resgatistas no interior daquela área. Qualquer pessoa que estiver para ser escalada para trabalhos que
envolvam uma entrada em espaço confinado, principalmente se for uma operação vertical, deve possuir as
habilidades mínimas adequadas e adquiridas em treinamento para o manuseio dos equipamentos. O
Treinamento consistirá de experiências simuladas usando o equipamento de forma segura e correta. Nunca
tente utilizar um equipamento de segurança para o qual você ainda não foi treinado!
Para uma entrada em espaço confinado, os equipamentos incluem:
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▪ Tripés;
▪ Braço Davit;
▪ Guinchos mecânicos & Dispositivos trava-quedas;
▪ Sistemas de corda;

1.6.1. Tripés
Tripés são livremente posicionados e possuem pernas tipicamente encaixadas que podem ser ajustadas
para oferecer uma variação de alturas. São muito efetivos em decidas e subidas, mas fica instável se a força
lateral for muito acentuada. Isso acontece quando os cabos são puxados para o lado, ou quando o responsável
pela movimentação puxa o trabalhador para fora do espaço e tenta puxá-lo para um lado da abertura. Por isso
devemos redobrar nossa atenção para que o equipamento não tombe.

A seguir, alguns cuidados que devemos adotar ao selecionar o tripé para trabalho:
▪ Só utilize tripés fabricados para cargas de pessoas, e não deverá ser usado para outras tarefas.
▪ Sempre siga as instruções do fabricante para inspeção, levantamento e uso do tripé. Você será
responsável para seguir estas instruções durante as operações.
▪ Nunca coloque mais de uma pessoa por vez no tripé, a menos que você esteja seguro de que o
equipamento é classificado para carga de duas pessoas. A maioria dos tripés é fabricada para uma
pessoa apenas.
▪ Sempre que for descer ou subir uma pessoa, utilize um outro sistema de segurança adicional (trava-
quedas) além do sistema principal.
▪ Desenvolve durante os treinamentos e simulados técnicas de manuseio do equipamento e de
posicionamento dos indivíduos que estão sendo movimentados.

1.6.2. Braço Davit (ou Monopé)


Outro equipamento de movimentação pré-montado, o popular monopé. Existem muitos modelos
disponíveis, alguns permanentemente montados, outros são desmontáveis, uns possuem posicionamento livre
outros são fixados e imóveis, o que demonstra a versatilidade desse sistema.
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Sistemas de Braço Davit são muito populares para espaços que freqüentemente são entrados e, ainda
podem ser feitos sob medida para locais de aplicações específicas. Uma vantagem fundamental do Braço Davit
em relação ao tripé é uma tendência reduzida a tombar.
Os cuidados que devem ser tomados ao selecionar um Braço Davit para trabalho, são os mesmos
indicados anteriormente para os Tripés.

1.6.3. Guincho e Trava Quedas


Tripés e monopés são geralmente equipados com manivelas que contêm um cabo de aço galvanizado de,
aproximadamente, ¼ polegada de diâmetro, embora diâmetros maiores e cabos de aço inoxidáveis também
sejam utilizados. Estas manivelas podem ser usadas para subir ou descer pessoas onde escadas ou outros
meios de acesso não estão disponíveis.

Guinchos mecânicos são relativamente fáceis de montar e requerem pouco treinamento. Muitos
dispositivos de trava-quedas funcionam com manivelas incorporadas tornando-se resgatadores, e/ou podem ser
usados separadamente para proteger os trabalhadores de riscos de queda no caso de qualquer rompimento no
cabo de trabalho ou defeito no equipamento principal.
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1.6.4. Sistemas Pré-Montados


Os fabricantes também oferecem sistemas de corda pré-montados. Isso provê uma redução de erros na
construção de sistemas. Exemplos incluem o PMI Shorthoist, DBI SALA RPD-1 e ROLLGLISS. Estes sistemas
oferecem facilidade de uso e esforço mínimo, mas não podem ser convertidos em sistemas diferentes. Como
qualquer sistema de movimentação, um segundo, dispositivo de segurança deve ser utilizado.
Alternativamente, poderá ser montados sistemas de cordas e polias para a movimentação de
trabalhadores. Contudo, tenhamos em mente que esses sistemas estarão mais bem aplicados para as
situações de emergência que requeiram um resgate mais complexo, inclusive com a entrada da equipe de
resgate.
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2. Resgates em Espaços Confinados

Mesmo diante da infinidade de cenários passíveis de acidentes, as empresas deverão implementar dentro
do programa de entrada em espaços confinados um protocolo para atendimento de resgate e emergências
médicas com equipe especializada e preparada para as ocorrências de remoção e pronto atendimento dos
trabalhadores vítimas de acidentes em espaços confinados. Toda vez em que for realizado algum trabalho em
espaço confinado que apresente potencial risco para vida ou a saúde do trabalhador, a equipe de resgate deverá
estar, antecipadamente, ciente da execução dos serviços naqueles espaços, a posta com todos os seus
equipamentos necessário preparados, caso se desenvolva uma situação de emergência. A seguir, listaremos
alguns passos que poderão servir como base para a organização de um de resgate.

PROTOCOLO

1º - Trabalhar em Equipe
Seria impensável um resgate com apenas um resgatista. Já sabemos que em qualquer atividade em
espaço confinado, não se trabalha sozinho. O resgate dependendo da sua complexidade poderá exigir um
número maior de componentes, cada qual com suas tarefas individualizadas.
▪ Acionar a equipe;
▪ Organizar a equipe;
▪ Delegar tarefas;
▪ Planejamento;

2º - Avaliação dos riscos


O resgatista deverá receber as informações iniciais sobre o acidente do responsável pela entrada e que
conheça os processos que envolvem o espaço confinado onde ocorreu o acidente e que seja capaz de transmitir
informações seguras, tanto com relação à configuração do local, quanto aos procedimentos de controle das
atividades inerentes a ele. O resgatista deverá monitorar a presença dos riscos referentes a deficiência de
oxigênio, exposição a atmosferas contaminadas, explosões, incêndios e para os demais riscos mecânicos,
elétricos e ergonômicos e psicológicos.
▪ Isolar a área, estabelecer um perímetro;
▪ Obter a permissão de entrada;
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▪ Número de vítimas;
▪ Condições e localização da vítimas;
▪ Consultar a FIPQ, se necessário.

3º - Avaliação do cenário – equilíbrio entre os recursos disponíveis, a rapidez do atendimento e a


segurança da operação
Não deveremos adentrar num espaço confinado até que esteja seguro e garantido de que toda a
assistência está presente, ainda que seja uma operação de resgate. Após a identificação dos riscos, será
procedida uma avaliação que elimine os riscos existentes ou que venha proteger a equipe de resgate caso a
existência dos riscos ainda persista. Neste passo escolhemos as medidas de controle adequadas e os EPI
necessários para o resgatista. A velocidade do resgate também deve ser um fator a se considerar, mas sempre
respeitando em primeiro lugar a segurança do próprio resgatista. Dados estatísticos da NIOSH revelam que
60% das mortes ocorridas em espaços confinados forão de resgatistas.
▪ Informações sobre a configuração do local
▪ Controlar os riscos lá existentes

4º - Equipar-se adequadamente
O resgatista deverá conhecer e saber usar o seu EPI corretamente e possuir habilidades para lidar com
possíveis incômodos provocados pelo próprio equipamento. A escolha errada ou o mau uso do EPI poderá
contribuir para o fracasso da operação.
Seleção dos equipamentos
Seleção do EPI necessário

5º - Garantir a segurança de todos os procedimentos de resgate durante a operação


O fundamental para toda operação de resgate é que ela esteja sendo desenvolvida sob as mais seguras
condições de controle dos riscos. Se o acidente foi ocasionado pela presença de um risco atmosférico qualquer
(presença de um gás tóxico), isso poderá ser um sinal que as medias de controle daquela entrada programada
falharam. Portanto, o comando da equipe de resgate deverá solicitar um novo check list quanto aos
procedimentos de fechamento de válvulas ou de bloqueio de tubulações, corte da energia elétrica, a utilização
de ventiladores / exaustores, medição de gases, proteção respiratória e etc., sempre mantendo algum tipo de
proteção que assegure que nenhuma dessas medidas seja violada.
▪ Últimas instruções;
▪ Equipe completa a posta dentro dos limites do local da emergência;
▪ Registros dos procedimentos de emergência adotados.

6º - Ter sempre uma solução alternativa


Caso o procedimento padrão de resgate esteja impossibilitado de ser aplicado, a equipe de resgate
deverá ter sempre um “Plano B”. Como levantado no item anterior o tempo de resposta ao resgate é uma
variável muito importante, logo a equipe não poderá perder nenhum dos escassos minutos preciosos ao se
deparar com dificuldades que retardem a sua operação.

7º - Entrada para resgaste


Deve ser precedida de uma tentativa de resgate utilizando somente os dispositivos de movimentação já
montados e que estejam ainda conectados à vítima.
Pré-entrada
▪ Primeiro levantamento;
▪ Estabelecer suprimento de ar;
▪ Iniciar contato com a vítima;
▪ Tentar determinar qual foi o mecanismo de lesão;
▪ Atendimento psicológico da vítima.
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Entrada
▪ Equipe de reserva também preparada;
▪ Comunicação constante;
▪ Iluminação;
▪ Localizar a vítima rapidamente;
▪ Estabilizar a vítima, primeiro atendimento;
▪ Providenciar suprimento de ar respirável se necessário;
▪ Imobilizar a vítima se possível;
▪ Empacotar e transportar a vítima;
▪ Remover a vítima;
▪ Remover os resgatistas;
▪ Providenciar atendimento médico especializado para vítimas e, se necessário, para os resgatistas;
▪ Desmontagem dos sistemas;
▪ Recolhimento de todos os equipamentos;
▪ Higienização dos equipamentos e descontaminação, se necessária;
▪ Avaliação do estado físico e mental dos resgatistas;
▪ Avaliação do relatório final da operação.

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