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Exemplos: Paciente com história de TVP – não pode usar método com estrogênio
Paciente com história prévia de câncer de mama – não pode usar método nem método de
estrógeno, nem de progesterona
Câncer de mama em familiares de primeiro grau – OMS 3
Índice de Pearl:
Aponta a confiabilidade de determinado método
Número de falhas
Índice de Pearl=
100 mulheres usaram determinado método /1 ano
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS:
São eles:
Abstinência Sexual Periódica – Tabelinha (Pearl 24):
Supondo que a mulher apresente um ciclo de 28 dias, esperamos que a ovulação aconteça na metade do
ciclo, ou seja, no 14° dia.
Se o ciclo da mulher for de 30 dias, qual será o dia fértil? 30-14 = 16° dia do ciclo Dia fértil é sempre 14
dias antes do término do ciclo
Se tem um ciclo de 32 dias, qual será o dia o dia fértil? 32-14 = 18° dia do ciclo (ou seja, 14 dias antes do
32° dia)
Fase secretora tem sempre 14 dias, é um período fixo!!
Tabelinha: Considerando novamente um ciclo com duração de 28 dias, a ovulação ocorrerá no 14° dia.
Dessa forma, o método tabelinha consiste em não tem relação sexual de 3 a 4 dias antes da ovulação, e 3 a
4 dias após a ovulação.
MÉTODOS DE BARREIRA
Condon (Preservativo):
É o único método capaz de evitar doenças sexualmente transmissíveis
Uso Ideal (Pearl 2)
Uso Habitual (Pearl 18)
Para evitar gestação não é considerado um bom método
Espermicida + Diafragma:
Único cujo uso é regulamentado no Brasil: Nonoxinol 9 (Pearl 16)
Uso prolongado de espermicida lesa a mucosa vaginal e aumenta a chance de transmitir IST´s
Diafragma deve ser retirado 6 horas após a relação sexual
Não precisa de coleta de Papanicolau e nem de ultrassom transvaginal prévios para inserção de DIU. Após
a inserção do DIU o que é necessário é ultrassom de controle
Não pode usar DIU com coletor menstrual
DIP e DIU:
Colocar DIU aumenta a chance da mulher ter DIP? Depende – se a paciente foi bem examinada
anteriormente à inserção e a secreção vaginal foi avaliada adequadamente, a chance de ter DIP em
seguida é mínina
Só terá DIP após DIU aquelas pacientes que se encontravam com infecção ativa na inserção
Germes de Vaginose em Papanicolau, mesmo que assintomáticas, devem ser tratadas tanto em
pacientes gestantes quanto naquelas que desejam por DIU
Ao longo do tempo a chance desta ter DIP com DIU é a mesma da população geral, portanto DIU
não aumenta a chance de ter DIP
Teve DIP – Não é necessário retirar o DIU a priori, somente pensa-se em retirada se começa a ficar
refratário ao tratamento clínico, sem boa resposta
SEMPRE! Associar DIU com infecção por Actinomyces israelii – trata-se do causador de uma
vulvovaginite chamada Atinomicose (infecção bacteriana tratada com Amoxacilina – secreção
vaginal muito semelhante à vaginose bacteriana, com leucorreia acinzentada, fluida, fétida)
Como foi criado o conceito de DIU? Foi criado na Ásia, através da observação no Egito Antigo de que inserir
pedra dentro da vagina das camelas estas não engravidavam mais
MÉTODOS HORMONAIS:
Serão abordados métodos exclusivos de progesterona e métodos combinados (estrógeno +
progesterona)
QUEM TRAZ A CONTRACEPÇÃO É A PROGESTERONA – Esta inibe o pico de LH e assim, não ocorre
ovulação
Não existe anticoncepcional exclusivo de estrogênio - FUNÇÕES DO ESTROGÊNIO NA PÍLULA:
Deixar o ciclo regular + benefícios cosméticos
Se vamos inibir o pico de LH, todos os métodos contraceptivos hormonais são anovulatórios –
Temos uma exceção: DIU’s
Kyleena tem anel de prata, que teoricamente facilita a visualização no ultrassom (posição)
Mirena tem o dobro da dose hormonal do Kyleena
Tem Ação Hormonal Tópica (ou seja, intrauterina), sem ação sanguínea importante, portanto,
não inibe o pico de LH, assim não são métodos anovulatórios
Como funciona: A Progesterona presentes nos DIU’s causa atrofia do endométrio e espessa o muco
cervical (dessa forma não sobe espermatozóides)
Como estes são métodos hormonais, mas não promovem anovulação, não haverá diminuição da
libido
Validade do DIU Mirena no Brasil, de acordo com a bula da Anvisa, é de 5 anos. O mesmo DIU
Mirena nos EUA tem validação de 8 anos
Mirena x Kyleena
DIU MIRENA
- Mais espesso
- Como tem maior quantidade hormonal, é tratamento para patologias ginecológicas como: Endometriose|
Sangramento Uterino Anormal por Miomatose| Dor pélvica crônica por Adenomiose
- Padrão de Sangramento: 73% das pacientes fazem amenorréia após o 6°mês de inserção (maior tempo de
adaptação) – Campeão de amenorréia
- Mesmo dentre aquelas pacientes que não entram em amenorréia, 95% delas terá sangramento favorável
com diminuição do fluxo
- Portanto Mirena é anticoncepcional + tratamento para patologias ginecológicas
- Em 85% dos casos não irá inibir a ovulação – favorável a libido
- 30% das vezes podem formar cistos funcionais – Pois não é um método anovulatório (dessa forma, toda
vez que a mulher ovula, irá criar um cisto, e em alguns casos este pode crescer - Na maioria das pacientes
estes cistos regridem e demandam apenas acompanhamento por ultrassom)
DIU KYLEENA
- Não atua em tratamentos devido a reduzida dose de hormônio, tem função exclusivamente para a
contracepção
São 4:
Pílulas combinadas
Injeção mensal
Anel vaginal (Nuvaring)
Adesivo transdêrmico (Evra)
Grande maioria das pílulas terá Etilestradiol - Dosagens de Etinilestradiol: 15 mcg, 20 mcg, 30 mcg,
35 mcg (Selene, Diane 35, Diclin e) e 50 mcg (Neovilar)
O que difere as pílulas é o tipo de Progesterona, pois o tipo de Estrogênio é prevalentemente o
mesmo (Etilestradiol):
Ciproterona – progesterona mais antiandrogênica que existe, assim, pacientes com SOP, hirsutas
terão muitos benefícios dessa utilização. Está presente no medicamento Selene – é muito comum
que este gere diminuição da libido
Drospirenona - indicado para pacientes que tem edema e se sentem inchadas no período Peri-
menstrual, pois atua em receptores antimineralocorticoides (Tiram líquido de dentro das células e o
jogam para fora)
Levonogestrel – fracamente androgênica
Risco Tromboembólico:
Progesterona tem sim risco tromboembólico, mas Estrogênio tem muito mais risco
Pacientes com trombose prévia podem fazer uso de métodos exclusivos de progesterona (são
categoria 2 da OMS – benefícios superam os riscos)
Quanto mais antiandrogênica é a progesterona, mais tromboembólica – Pílulas mais
tromboembólicas: Diane 35, Selene e Diclin
Período mais tromboembólico da vida da mulher Puerpério aumenta em até 20 vezes o risco de
trombose
Estatísticas: das mulheres que não fazem uso de nenhum método contraceptivo 1 em 10.000 terá
trombose| das que usam método contraceptivo oral combinado, 3 em 10.000 terão trombose| das
que ficam gestantes, 8 em 10.000 tem risco de trombose
Risco maior de trombose no 1° ano de uso de método
Troca indiscriminada de pílulas aumenta risco de trombose
INFORMAÇÕES EXTRAS
ANTICONVULSIVANTES e ANTICONCEPCIONAIS
Pode ocorrer interação – CUIDADO!! Consultar tabela de interação
Carbamazepina + Ciclo 21 – Efeito contraceptivo não muda, mas ambos vão interagir com a mesma
enzima, dessa forma a pílula diminui o limiar convulsivo da paciente, suspendendo o efeito do
anticonvulsivante
Ácido Valproico – pode usar qualquer método
Lamotrigina – não pode usar nenhum método que contenha estrogênio e nada por via oral
Carbamazepina, Topiramato e Fenobarbital – nada com estrogênio e nada por via oral, exemplo:
mirena, adesivo, injeção trimestral
ANTIBIÓTICOS e ANTICONCEPCIONAIS
Apenas 2 antibióticos podem anular efeito de anticoncepcionais, ambos usados no tratamento da
Tuberculose, os demais não tem interação
Rifampicina
Rifabutina
PUERPÉRIO e ANTICONCEPCIONAIS
Pode usar métodos com estrogênio no puerpério? NÃO Risco de Trombose!! Associação causaria um
sinergismo por potencialização da trombose, tendo em vista que o puerpério é a fase mais trombogênica
da vida da mulher
No Brasil é autorizado somente após 6 meses do parto a utilização de método contraceptivo contendo
estrogênio - Devido ao aleitamento materno que é exclusivo até os 6 meses, e posterior a ele se inicia a
introdução alimentar Estrogênio diminui a produção de leite
Tempo para inserção de DIU – No ato logo após a dequitação da placenta (ou em até 48 horas após o
parto) ou 40 dias pós-parto (útero já voltou a ser intrapélvico) Fora desses períodos temos risco de
expulsão