Anticoncepção de barreira e DIU
 Índice de Pearl (IP): número de falhas do método
contraceptivo a cada 100 mulheres/ano
 Método eficaz: IP < 1
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
ABSTINÊNCIA SEXUAL PERIÓDICA
Tabelinha (método de Ogino-Knaus)
 A mulher anota 6-12 ciclos menstruais regulares
 Ciclo mais longo – 11 dias. Ex.: 30 – 11 = 19
 Ciclo mais curto – 18 dias. Ex.: 26 – 18 = 8
 Evitar relações durante o 8-19 dia daquele ciclo (o ciclo
começa no primeiro dia da menstruação)
 IP = 24
Coito interrompido
 Ejaculação extravaginal durante a relação sexual
 O líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozoides
vivos, o que aumenta o IP
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVOS MASCULINO E FEMININO
 Previne gestação e ISTs (clamídia, gonorreia, herpes
genital, sífilis, tricomoníase, hepatite B e HIV)
 Como contraceptivos, sempre devem ser indicados em
associação a outros métodos
 Espermicina nonoxinol-9 aumenta a eficácia do
preservativo feminino
DIAFRAGMA
 Dispositivo introduzido na vagina antes da relação
sexual para “fechar” o canal cervical
 Pode associar ao espermicida
 Inserir 2h antes da relação
 Retirar 6h após
 Contraindicado: infecção genital, DIP, virgens,
alterações anatômica, HIV+, ITU de repetição
ANEL VAGINAL
 Contraindicado se infecções vaginais ou DIP
LARCS
 Tanto o DIU de cobre quanto o SIU (sistema
intrauterinos liberadores de levonorgestrel) possuem
alta eficácia e ampla indicação clínica
 Desvantagens: risco de expulsão (maior nos primeiros
30 dias), deslocamento do dispositivo, perfuração
uterina se imperícia, infecção e gestação tópica ou
ectópica
 Efeitos colaterais: sangramento excessivo, dismenorreia,
infecção pélvica por Actinomyces israelli
 Pacientes com DIU não apresentam maior risco de
desenvolverem DIP, mas se a mulher já era uma
portadora assintomática dos patógenos, o DIU pode
ajudar a carregar os patógenos para dentro do útero
 Contraindicações
o Gravidez
o Sangramento excessivo e/ou dismenorreia
o Alterações anatômicas uterinas (útero bicorno
ou didelfo, septado, miomas intramurais e
submucosos)
o Cervicite purulenta, DIP no último mês ou mais
de 2 episódios no último ano
o CA de colo, endométrio ou ovário
o TB pélvica
o SUA de causa desconhecida
o Discrasias sanguíneas (von Willebrand,
deficiência de FVIII), trombocitopenia
o AIDS com CD4 < 200
o Doença de Wilson (excesso de cobre)
DIU de cobre
 Duração de 10 anos, disponível no SUS. IP = 0,6
 Inserir quando a mulher está menstruada
 Mecanismo de ação: reação do tipo corpo estranho, que
aumenta a concentração de marcadores inflamatórios
intraútero, tornando o ambiente hostil à sobrevivência
do espermatozoide
 Nos primeiros meses após a colocação, pode ocorrer
aumento de cólicas e de fluxo
 Paciente engravidou com DIU: retirar imediatamente
apenas se gestação < 12 semanas e se os fios do DIU
forem visíveis
GIN
 Puérperas: inserir até 48h após parto vaginal,
cesáreo ou após aborto não infectado ou depois de 4
semanas
 Funciona como contracepção de emergência se inserido
até 5 dias após o coito desprotegido
 Maior risco de gestação ectópica que ACHO
SIU com levonorgestrel
 Duração de 5 anos. IP = 0,2
 Mecanismo de ação: liberação de progestogênio no
útero produz atrofia endometrial e alteração do muco
cervical. Essa alteração do muco é eficaz contra
espermatozoides e bactérias (pode ser utilizado em
pacientes com risco de DIP)
 20% das pacientes fazem amenorreia no 1º ano de uso e
50%, no 2º-5º ano de uso
 A fertilidade retorna quase imediatamente após sua
retirada
 Cerca de 30% das usuárias apresentarão cistos
ovarianos funcionais no US, mas costumam ser
assintomáticos e desaparecem (conduta expectante)
 Indicado para: mulheres com sangramento
excessivo, discrasias sanguíneas e dismenorreia
 Contraindicações específicas (hormônio):
o CA de mama atual ou tratado
o Cirrose grave
o LES com anticorpo antifosfolípide +