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Acredita-se que o declínio de seus níveis Malformações müllerianas, anomalias congênitas do trato
reprodutivo feminino decorrentes da falha do
Encurtamento do colo e desencadeamento do parto
desenvolvimento dos ductos de Müller, cursam com pior
prematuro
prognóstico obstétrico. Condições como útero bicorno,
CIRURGIAS OU TRAUMAS CERVICAIS
didelfo ou arqueado podem estar associadas com a IIC e
Avaliação precoce do colo
esvaecimento e dilatação cervical precoces.
Conização ou cirurgia de alta frequência (CAF)- fator de risco
->Outro fator de risco
para colo curto.
Dilatação cervical para histeroscopia ou curetagem uterina
Lacerações do colo em parto vaginal e fórceps
Infecções e/ou aumento de fatores inflamatórios
intramnióticos (Ureaplasma urealyticum e Fusobacterium
spp)
Isolou tais bactérias em 9% das pacientes com PREVENÇÃO
comprimento cervical < 25 mm. Conhecer a etiopatogenia Traçar estratégias de
prevenção para a prematuridade.
ACHADO ULTRASSONOGRÁFICO DE SLUDGE QUAIS SÃO AS MEDIDAS QUE PODERIAM INSTITUIR PARA
SLUDGE-> “sujeira” que deposita em cima do útero DIMINUIR O TRABALHO DE PARTO PREMATURO ANTES SE
amniótico, próximo ao orifício interno do colo (infecção frequente para essa paciente não ter lesão de colo para que
intra-amniótica) não tenha que cauterizar colo, não ter que dilatar colo para
História pregressa de parto prematuro ou comprimento inserção de DIU. -> Prevenções Primárias
Paciente com sludge tem maior possibilidade de afinar colo Rastreamento de citologia oncótica
**Se tiver fazendo USG em uma paciente com 18 semanas, e vê Conduta expectante nos abortamentos
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Desencadeando abortamentos tardios (>12 semanas) e/ou diferenciação pode ser especialmente desafiadora em
partos prematuros extremos (até 28 semanas) recorrentes. primigestas, já que não há uma história obstétrica pregressa
para guiar o diagnóstico.
Ausência de outras causas identificáveis.
O exame de Vela de Hegar não é um exame de rastreio, e sim
Diagnóstico retrospectivo.
PATOGENIA: para confirmar o diagnóstico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Enfraquecimento do colo que não suporta a evolução da História pessoal de abortamento após 14 semanas OU parto
PREMATURO
R: Síndromes hipertensivas
O parto pré-termo:
INTRODUÇÃO Espontâneo
Problema perinatal
Realizado por indicação médica (terapêutico ou eletivo).
75% de toda a morbidade e mortalidade neonatais
Conhecimento das causas da prematuridade espontânea
O tratamento da prematuridade muito oneroso
constitui elemento básico à sua prevenção.
Custos emocionais dos cuidados intensivos neonatais são
Mecanismo pelo qual a parturição é iniciada, seja na gravidez
desconcertantes.
a termo, seja na prê-termo, não é totalmente conhecido.
A despeito dos avanços na perinatologia-> problemas
Desencadeamento do trabalho de parto prematuro é
médicos de mais difícil resolução > a incidência de partos
multifatorial (infecções, fatores intrínsecos e extrínsecos,
prematuros não tem declinado nas últimas décadas.
fatores humorais, anticorpos).
Definição (OMS, 1961):
Ativação extemporânea do processo normal do parto a
Prê-termo como o nascido com menos de 37 semanas
termo, mas também pode advir de eventos que desfazem
completas, ou 259 dias, não importando o seu peso.
um sensível equilíbrio e levam, por fim, ao
Prematuridade extrema: é no neném que nasce com menos
desencadeamento das contrações uterinas por meio de
de 28 semanas
processos patológicos.
Prematuridade Tardia: neném que nasce com mais de 34 até
Ações complexas de fatores autócrinos, endócrinos,
37 semanas.
parácrinos e bioquímicos nos tecidos.
Até 20 semanas é considerado aborto
FATORES DE RISCO
De 20 semanas até 37 semanas é considerado prematuro. Idade materna menor que 15 anos ou maior que 40 anos
->Conforme vai chegando perto das 37 semanas o risco do Hipertensa/ Diabética
prematuro é menor as complicações, menos são as notificações. Infecção
A incidência de partos prematuros no mundo é estimada em Trombofilia
torno de 5% a 18% › 15 milhões por ano de conceptos pré- Estado Socioeconômico e cultural adverso
termo, • Ausência de controle pré-natal
No Brasil, recentes publicações indicam incidência oscilando História materna de um ou mais abortos espontâneos no
de 6,4% a 15,2%. segundo trimestre
Observa-se, portanto, que o período considerado pré-termo Pequeno intervalo interpartal
é relativamente longo. Grande multiparidade
Com o aumentar da idade gestacional, a prevalência dos Parto premataro prévio.
partos aumenta e diminui a incidência de complicações Morte fetal anterior
neonatais. Atividade física aumentada
Torna-se importante salientar o conceito do chamado pré- Tabagismo/ Etilismo/ Uso de drogas ilícitas
termo tardio. Estresse materno
FATORES ETIOLÓGICOS Gestação múltipla
O parto pré-maturo pode ser considerado espontâneo ou
Síndromes hipertensivas da gravidez,
induzido.
Doença hemolítica perinatal
Parto pré-maturo espontâneo é a paciente que entrou em
Tudo que tira uma gestação do normal, indica um fator de risco
trabalho de parto antes das 37 semanas de forma espontânea.
para o Trabalho de Parto prematuro.
Uma das principais causas do parto Pré-maturo induzido são as
**Pacientes que já fizeram procedimentos no colo, cauterização,
síndromes hipertensivas.(PROVA)
biópsia, aumenta o risco de trabalho de parto prematuro.
O Parto pré-maturo induzido é aquele parto que
->Pacientes que já tiveram que fazer curetagem, dilatação do
propositalmente você irá provocá-lo que ele aconteça antes do
colo também é fator de risco para o TPP.
tempo no intuito de proteger a saúde materna e fetal.
FATORES DE RISCO QUE TEM MAIOR PESO: A fibronectina fetal é a maior matriz proteica extracelular
1. Infecções das membranas fetais.
2. Antecedentes obstétricos Sua presença na secreção cervicovaginal como fator
Antecedentes obstétricos e o valor da prematuridade prévia preditivo para o parto prematuro pode ser utilizada para
adquirem muita relevância selecionar gestantes que necessitem de medidas
As infecções clinicas ou subclínicas dos sistemas genital e terapêuticas.
urinário. Se depois de 24 semanas, você pesquisa e tem fibronectina
Se tiver um parto prematuro, o próximo tem chance de 25% fetal na secreção vaginal, ela tem um risco muito aumentado de
a mais de nascer prematuro. Se tiver 2 partos prematuros, o ter trabalho de parto pré-maturo nos próximos 14 dias.
próximo tem 50% de chance a mais de nascer prematuro. Paciente com alto risco e diagnóstico de TPP, a Fibronectina
->Antecedentes obstétricos é muito importante quando vai nos auxilia a fechar diagnóstico de risco.
rastrear o trabalho de parto pré-maturo. *Se as Fibronectinas vierem positivas deve-se fazer Corticoide,
O processo inflamatório e infeccioso materno possibilita a utilizar medicamentos para cortar contração, fazer manobras
ativação de uma cascata de eventos e culmina com a para diminuir outros fatores de risco que possam agregar e
produção de ácido aracdônico, liberação de transferir essa paciente para um centro melhor.
prostaglandinas e aparecimento de contrações uterinas. Esse teste encontra valor prático:
Mesmos processos infecciosos fora do aparelho genital Durante o pré-natal de gestantes de alto risco para parto
podem ser responsabilizados pelo evento do parto prematuro.
prematuro. Naquelas que se mostram sintomáticas, auxiliando na
As infecções aumentam as chances de trabalho de parto indicação do uso de substâncias colíticas e corticosteroides
pré-maturo. para aceleração monar fetal.
Afirma que as DOENÇAS PERIODONTAIS são as principais
causas não ginecológica de trabalho de parto pré-maturo. CORTICOTERAPIA ANTENATAL:
--Pacientes gestantes devem fazer acompanhamento com o Observaram que a realização de corticoide na mãe antes do
odontologista. nem nascer tem alguns efeitos benéficos de tal forma que
isso melhora os desfecho do bebé prematuro.
FATORES ETIOLÓGICOS
Desencadeamento do trabalho de parto prematuro é Os corticóides atuam nos pulmões fetais, principalmente
multifatorial. nos pneumócitos do tipo 2, acelerando a maturidade
Ativação extemporânea do processo normal do parto a pulmonar com produção de surfactante, favorecendo as
termo, mas também pode advir de eventos que desfazem trocas gasosas alveolares-› redução nas taxas da síndrome
um sensível equilíbrio e levam, por fim, ao do desconforto respiratório em recém-nascidos
desencadeamento das contrações uterinas por meio de prematuros.
processos patológicos. O Corticoide melhora o desenvolvimento desses pulmões
Ações complexas de fatores autócrinos, arácrinos, Estabilidade circulatória e menor frequência de
endócrinos e bioquímicos nos tecidos hemorragias cerebrais e de enterocolite necrosante.
TESTE DE FIBRONECTINA FETAL: PREDITOR PARA TTP -Parece diminuir a necessidade de intervenções pulmonares
Fibronectina é uma proteína das membranas fetais,
nas primeiras 48 horas de vida e diminui as infecções
produzida entre o córium e a decídua. Essa proteína em
neonatal.
geral, vai estar presente na secreção vaginal quando
Redução da mortalidade perinatal e neonatal, da
gestante até 20 semanas.
necessidade de ventilação mecânica e infecções sistêmicas
Quando se tem qualquer agressão a membrana placentária,
nas primeiras 18 horas de vida.
essa fibronectina fetal passa a ser produzida novamente.
Atualmente é valorizado o chamado ciclo único de
Se tiver infecção ou alguma complicação que altera a
corticoterapia.
integridade da membrana placentária e da bolsa, volta-se a
Repetições semanais foram associadas a reações maternas
produzir fibtonectina fetal.
e conceptuais negativas com o tempo superior a duas a
A Fibronectina pode ser considerado como marcador
três semanas.
inflamatório/infeccioso do trabalho de parto prematuro.
->Não adianta fazer corticoide em menos de 24 semanas, pois ->Se a mãe é cardiopata, não se pode utilizar tocolíticos.
ainda não tem pneumócitos do tipo II. *Qualquer situação que acometa a vida materna ou fetal não se
O alvo do corticoide é entre 24 a 34 semanas. usa tocolíticos.
Uso do corticoide após 34 semanas: O OBJETIVO DA TOCÓLISE:
Reduz as complicações respiratórias neonatais de curto Inibir as contrações uterinas
prazo. Ganhar tempo suficiente (pelo menos 18 horas, até sete
Aumento do risco de hipoglicemia neonatal, portanto não dias) para transferir a gestante para um centro de
sendo recomendada de forma rotineira até que novas referência.
pesquisas mostrem efetivamente a segurança dessa Permitir o uso oportuno de corticosteroides para indução de
utilização. maturidade pulmonar fetal, a fim de diminuir os agravos
Recomenda-se seu uso entre 24 e 34 semanas de gestação. neonatais da prematuridade.
Betametasona (12 mg intramuscular por dia, em dois dias Betamiméticos:
consecutivos) ou com dexametasona (6 mg intramuscular a Retardar o nascimento por aproximadamente 48h.
cada 12 horas, por dois dias). Não houve diminuição de partos no intervalo de sete dias,
Seu efeito benéfico já pode ser notado após as primeiras número de mortes neonatais e à frequência de síndrome do
horas do início da medicação, mas o jeito ideal ocorre após desconforto respiratório.
24 horas de completado esquema terapêutico. Efeitos colaterais: dor torácica, dispneia, taquicardia,
Sua ação possui duração de até sete dias. palpitação, tremores, cefaleia, hipocalcemia, hiperglicemia,
Tem estudos que ao realizar corticoide em pacientes com náuseas/ vômitos, obstrução nasal e taquicardia fetal.
mais de 34 semanas, aumenta o risco de hipoglicemia fetal. O betamimético mais utilizado é a terbutalina
A terbutalina tem sido abandonada pela maioria dos
AGENTES TOCOLÍTICOS: TTP serviços devido aos frequentes e por vezes graves efeitos
Medicamentos utilizados para parar TPP são os Tocolíticos.
colaterais, gerando interrupção do tratamento e
- Os tocolíticos vão resolver nosso problema por apenas 48 horas,
aumentado os riscos de ocorrência do parto prematuro.
isso tempo para fazer o corticoide e de fazer transferência.
Estudo recente: Nifodipina e Atosibana bloquearam quase
Os principais agentes tocolíticos citados na literatura são:
70% dos casos de trabalho de parto prematuro.
Betamiméticos (beta-2-adrenérgicos, terbutalina,
Betamiméticos: Esquema Terbutalina:
salbutamol e ritodrina), Bloqueadores de canais de cálcio
Dose de ataque: adicionar cinco ampolas em 500 mL de soro
(nifedipino) Inibidores da síntese de prostaglandinas
glicosado a 5%; Iniciar com 10 a 20 gotas por minutos,
(Inibidores da cicloxigenase, como a indometacina), Sulfato
intravenoso, se necessário, aumentar 10 a 20 gotas por
de magnésio, os antagonistas de receptores de ocitocina
minuto a cada 20 a 30 minutos até obter a inibição e manter
(atosibana).
essa infusão por cerca de 12 horas (dose máxima de 80 gotas
Tem muito efeitos colaterais
por minutos, que só poderá ser atingida desde que a
Para o uso correto da tocólise, há necessidade de realizar
gestante e o feto estejam suficientemente monitorados).
adequadamente o diagnóstico de verdadeiro trabalho de
Dose de manutenção: após 12 horas, na ausência de
parto prematuro, com presença de contrações uterinas
contrações, diminuir para 10 a 20 gotas por minutos, a cada
regulares e alterações cervicais progressivas.
20 a 30 minutos, mantendo dose mínima necessária por
Todos os tocolíticos possuem efeitos advergos
cerca de mais de 12 horas.
Antes do seu uso, deve-se ter conhecimento preciso da
Bloqueadores de canais de cálcio
idade gestacional -› até 34 semanas (› 36 semanas)
Reduzem o número de partos prematuros antes de 34
As condições clínicas da parturiente, a vitalidade fetal,
semanas, com ganho significativo de até sete dias de
resposta clínica da paciente e ao aparecimento de possíveis
gestação, associados, também, a menos efeitos colaterais
efeitos colaterais e eventos adversos.
Ir gestantes portadoras de hipertensão arterial de qualquer
Não utilizar: Quadros clínico duvidoso descolamento
causa ou com doenças cardiovasculares.
prematuro de placenta e corioamnionite.
->Para utilizar Tocólise, deve ter certeza do diagnóstico.
Bloqueadores de canais de cálcio, Esquema Nifedipina
Dose de ataque: uma cápsula de 10 mg via oral a cada 20
minutos, até ser observada a eficácia, utilizando-se no
máximo três cápsulas em 1 hra
Dose de manutenção: um comprimido de 20 mg a cada 8
horas, durante 48 horas.
->O problema é na paciente hipertensa e na cardiopata, pode
fazer uma vasoconstrição periférica.
Antagonistas de receptores de ocitocina:
Não conseguiu demonstrar qualquer superioridade do
fármaco em relação aos betamiméticos, placebo o
niledipino.
A atosibana, destacadamente, se relacionou com menor
possibilidade de efeitos colaterais.
Antagonista de receptores de ocitocina: Esquema
Atosibana
Possui duas apresentações (0,09 mL e 5 mL.).
Fase 1: Infusão em 1 min, via intravenosa, de um frasco de
0,9mL.
Fase 2: dois frascos de 5 mL são adicionados em 90 ml de
soro (glicosado, fisiológico ou ringer lactato), realizando-se
infusão de 24 ml, por hora, durante 3 horas; portanto, são
infundidos nesse período, 72 mL. O restante (28 mL) é
injetado 8 ml, por hora por mais 3,5 horas;
Fase 3: nova solução é preparada (10 mL de ntosibana 90 mL
de soro), mantendo-se a infusão de 8 mL por hora por até 45
hora
Essas três fases da atosibana podem ser repetidas, em casos
muito bem selecionados, porém três vezes.
TERAPIA DE MANUTENÇÃO DA TOCÓLISE: TRABALHO DE
PARTO PREMATURO
Não encontra suporte cientifico em estudos bem
conduzidos.
Não parece prudente o uso de tocolíticos por mais de 48
horas, buscando atingir melhores resultados neonatais e
menores índices de pré-termo tardios.
A progesterona, principalmente por via vaginal (natural
micronizada), tem sido considerada por alguns como a mais
promissora terapêutica de manutenção pós-tocólise.