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SÍNDROME DO COLO CURTO

 Entre as estratégias para PREVENÇÃO


 PROGESTERONA **
 Redução significativa de TPPT
 Redução morbimortalidade neonatal
SÍNDROME DO COLO CURTO  Gestações únicas
INTRODUÇÃO:
 Comprimento do colo < 25 mm
 Toda paciente gestante, tem que fazer um USG transvaginal  PESSÁRIO
para analisar o colo do útero.  Controverso, não se sabe se melhora ou não.
 Infecções e Colo curto são as duas condições possíveis de  Bastante empregado colo curto
modificações para prevenir o trabalho de parto prematuro.
 Tem que rastrear as pacientes gestantes por volta de 24
semanas com o USGT para ver o comprimento do colo
uterino.
 PREMATURIDADE  CERCLAGEM CERVICAL
 Antes das 37 semanas  História prévia de trabalho de parto prematuro antes de 28
 Principal causa de morbimortalidade perinatal no mundo, semanas que evolui rapidamente com pouca dor.
 Brasil: 11,5% (2011-2012).  Ou foi diagnosticada com dilatação precoce do colo do
útero, e evolução para bolsa rota e parto antes de 28
 FATORES DE RISCO Essencial para sua prevenção: semanas.
 História pessoal de parto antes das 37s,
 Também recomendada para pacientes que tem
 Gemelaridade,
incompetência istmo cervical
 Cirurgias uterinas ou cervicais prévias,
 Insuficiência istmocervical (IIC).
 10% dos casos.
 PADRÃO- OURO:
 Ultrassonografia transvaginal para medição do colo uterino
 Padrão-ouro para detecção de risco
 Quando não há fator de risco identificável
 Exame morfológico de segundo trimestre
 Ferramenta importante para predizer
 Sensibilidade maior que 90% e valor preditivo negativo maior
que 95%,
 Comprimento cervical menor ou igual a 25 mm, a chance
dessa paciente entrar em TPP é muito alta.
O diagnóstico de um colo curto ao ultrassom em paciente sem
outros fatores de risco permite intervenções para a prevenção
do trabalho de parto prematuro abaixo de 34 semanas.
 Diversas causas para o encurtamento do colo durante a
gestação.
 Causas isoladas ou estar associadas.
 Cada causa o tratamento proposto pode ser diferente
 Obstetra identificar a correta etiologia estabelecer
terapêutica adequada.
 FATORES DE RISCO
 Idade materna (< 20 anos/> 35 anos).
 Baixo peso (IMC < 19,8 kg/m2).
 Afrodescendentes
 Cirurgias e traumas cervicais.
 Malformações uterinas.
 Parto prematuro em gestação anterior.
 Defeitos do colágeno.
 Gestações múltiplas.
 ETIOPATOGENIA
 Etiologia variada
 Diversos estudos procuram compreendê-la com os objetivos
de reduzir a prematuridade.
 Causas hormonais, mecânicas, imunológicas e infecciosas
isolada ou síncrona.
 Congênitas ou adquiridas, definitivas ou temporárias.
 PROGESTERONA
 Fundamental na manutenção da gestação Paciente com Sludge é fator de risco para colo curto e TPP.

 Acredita-se que o declínio de seus níveis  Malformações müllerianas, anomalias congênitas do trato
reprodutivo feminino  decorrentes da falha do
 Encurtamento do colo e desencadeamento do parto
desenvolvimento dos ductos de Müller, cursam com pior
prematuro
prognóstico obstétrico. Condições como útero bicorno,
 CIRURGIAS OU TRAUMAS CERVICAIS
didelfo ou arqueado podem estar associadas com a IIC e
 Avaliação precoce do colo
esvaecimento e dilatação cervical precoces.
 Conização ou cirurgia de alta frequência (CAF)- fator de risco
->Outro fator de risco
para colo curto.
 Dilatação cervical para histeroscopia ou curetagem uterina
 Lacerações do colo em parto vaginal e fórceps
 Infecções e/ou aumento de fatores inflamatórios
intramnióticos (Ureaplasma urealyticum e Fusobacterium
spp)
 Isolou tais bactérias em 9% das pacientes com  PREVENÇÃO
comprimento cervical < 25 mm.  Conhecer a etiopatogenia  Traçar estratégias de
prevenção para a prematuridade.

 ACHADO ULTRASSONOGRÁFICO DE SLUDGE  QUAIS SÃO AS MEDIDAS QUE PODERIAM INSTITUIR PARA

 SLUDGE-> “sujeira” que deposita em cima do útero DIMINUIR O TRABALHO DE PARTO PREMATURO ANTES SE

 Presença de precipitados hiperecogênicos no líquido QUER DA PACIENTE ENGRAVIDAR: Colher preventivo

amniótico, próximo ao orifício interno do colo (infecção frequente para essa paciente não ter lesão de colo para que

intra-amniótica) não tenha que cauterizar colo, não ter que dilatar colo para

 História pregressa de parto prematuro ou comprimento inserção de DIU. -> Prevenções Primárias

cervical abaixo de 25 mm  Prevenção primária:

 Considerar uso de antibióticos quando associado à colo  Medidas de educação em saúde

curto.  Redução de transmissão do HPV

Paciente com sludge tem maior possibilidade de afinar colo  Rastreamento de citologia oncótica

**Se tiver fazendo USG em uma paciente com 18 semanas, e vê  Conduta expectante nos abortamentos

sludje, pode-se antecipar o uso de Progesterona e Cerclagem.  FIV


 Prevenção secundária:
 Rastreamento do comprimento cervical pela USTV
 Anamnese ginecológica e obstétrica: progesterona,
pessário, cercalgem.

 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Distinção colo curto por INCOMPETÊNCIA ISTMO CERVICAL ou


COLO CURTO por outra doença é fundamental no
planejamento terapêutico, visto que o tratamento das duas
afecções é diferente
 A incompetência istmo cervical é uma dilatação indolor do
colo.
 A correta distinção entre colo curto por IIC ou colo curto por
outra doença é fundamental no planejamento terapêutico,
visto que o tratamento das duas afecções é diferente. A IIC
é classicamente definida pela história de dilatação cervical
indolor, desencadeando abortamentos tardios e/ou partos
prematuros extremos (até 28 semanas) recorrentes, na
ausência de outras causas identificáveis. Sua patogenia está
ligada a enfraquecimento do colo, que não suporta a
- Essa enfermidade não deve ser confundida com o achado de
evolução da gestação.
colo curto (≤ 25 mm) na ultrassonografia de segundo trimestre,
 IIC não tem causa, é um colo frouxo.
que representa fator de risco para trabalho de parto prematuro.
 INCOMPETÊNCIA ISTMO CERVICAL
 Dilatação cervical indolor Neste caso, o uso da progesterona é indicado. Essa

 Desencadeando abortamentos tardios (>12 semanas) e/ou diferenciação pode ser especialmente desafiadora em

partos prematuros extremos (até 28 semanas) recorrentes. primigestas, já que não há uma história obstétrica pregressa
para guiar o diagnóstico.
 Ausência de outras causas identificáveis.
 O exame de Vela de Hegar não é um exame de rastreio, e sim
 Diagnóstico retrospectivo.
PATOGENIA: para confirmar o diagnóstico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 Enfraquecimento do colo que não suporta a evolução da  História pessoal de abortamento após 14 semanas OU parto

gestação prematuro antes de 37 semanas sem causa definida OU

 Cerclagem cervical precoce, tratamento de escolha! outros fatores de risco:


- A medida por via transvaginal do colo deverá ser realizada
DIAGNÓSTICO
a cada duas semanas, entre 14 e 24 semanas de gestação.
 Assintomáticas:
- Exame morfológico de segundo trimestre, preferencialmente
entre 20 e 24 semanas de gestação
 O achado de afunilamento do colo é preditor de pior
prognóstico nas pacientes com comprimento cervical
abaixo de 25 mm.
 Nas pacientes com comprimento cervical habitual, acima de
25 mm, tal achado não deve ser valorizado por não
*Histerossalpingografia-> ingeta contraste no útero e o
apresentar maior risco de parto prematuro.
contraste volta, serve para confirmar o diagnóstico.
 Idealmente medida cervical ≤ 25 mm,principalmente ≤ 15
mm
 Uso de tocolíticos deverá ser reservado apenas para
pacientes em vigência de trabalho de parto prematuro:
 Uso profilático não traz benefícios
 Desencorajar -> Efeitos colaterais.
 Antibioticoterapia é reservada para as pacientes com
infecção comprovada ou presumível:
 Colo curto + Sludge:
 Progesterona +
 Pessário +
 Antibiótico.
TRATAMENTO
 Repouso relativo:
 O tratamento da SÍNDROME DO COLO CURTO para a
 Sem benefícios
prevenção do trabalho de parto prematuro deverá ser
 Desencorajar
avaliado de acordo:
 Aumento risco de tromboembolismo
 Histórico obstétrico da paciente
 Aumenta o estresse.
 Momento do diagnóstico
 Comprimento cervical
 Suplementos vitamínicos:
 Presença ou não de infecção.
 Vitamina D
 Deverá, portanto, ser individualizado de acordo com cada
paciente.  Ômega 3
 PROGESTERONA 200 MG VIA VAGINAL:  Sem benefícios na prevenção de prematuridade
 Para quem?  Cessar tabagismo, dieta balanceada benefícios.
 História de abortamento tardio após 16 semanas
 Parto prematuro espontâneo até 36 semanas e 6 dias
 Sem fator de risco prévio com diagnóstico de colo curto
(≤ 25 mm) na ultrassonografia de segundo trimestre
(discutível pessário?)
 Quando?
 A partir de 16 semanas até o termo ou parto.
 CERCLAGEM CERVICAL PROFILÁTICA:
 Para quem?
 História clássica de Incompetência Istmo Cervical:
o Pelo menos 2 abortamentos > 14 semanas.
 Partos prematuros até 28 semanas
 Quando?
 14-16 semanas
 Idealmente após US morfológica de primeiro trimestre
 CERCLAGEM CERVICAL PROFILÁTICA + POGESTERONA 200
MG VIA VAGINAL:
 Para quem?
 Perdas gestacional após 16 semanas
 Parto prematuro espontâneo até 34 semanas
AVALIAR COLO DE 2-2 SEMANAS (14 e 24 semanas)
 Quando?
 14-16 semanas
TRABALHO DE PARTO **Os partos pré-maturos induzidos vêm aumentando muito com
o tempo, cite a principal causa do parto pré-maturo induzido?

PREMATURO 
R: Síndromes hipertensivas
O parto pré-termo:
 INTRODUÇÃO  Espontâneo
 Problema perinatal
 Realizado por indicação médica (terapêutico ou eletivo).
 75% de toda a morbidade e mortalidade neonatais
 Conhecimento das causas da prematuridade espontânea
 O tratamento da prematuridade muito oneroso
constitui elemento básico à sua prevenção.
 Custos emocionais dos cuidados intensivos neonatais são
 Mecanismo pelo qual a parturição é iniciada, seja na gravidez
desconcertantes.
a termo, seja na prê-termo, não é totalmente conhecido.
 A despeito dos avanços na perinatologia-> problemas
 Desencadeamento do trabalho de parto prematuro é
médicos de mais difícil resolução > a incidência de partos
multifatorial (infecções, fatores intrínsecos e extrínsecos,
prematuros não tem declinado nas últimas décadas.
fatores humorais, anticorpos).
 Definição (OMS, 1961):
 Ativação extemporânea do processo normal do parto a
 Prê-termo como o nascido com menos de 37 semanas
termo, mas também pode advir de eventos que desfazem
completas, ou 259 dias, não importando o seu peso.
um sensível equilíbrio e levam, por fim, ao
 Prematuridade extrema: é no neném que nasce com menos
desencadeamento das contrações uterinas por meio de
de 28 semanas
processos patológicos.
 Prematuridade Tardia: neném que nasce com mais de 34 até
 Ações complexas de fatores autócrinos, endócrinos,
37 semanas.
parácrinos e bioquímicos nos tecidos.
 Até 20 semanas é considerado aborto
 FATORES DE RISCO
 De 20 semanas até 37 semanas é considerado prematuro.  Idade materna menor que 15 anos ou maior que 40 anos
->Conforme vai chegando perto das 37 semanas o risco do  Hipertensa/ Diabética
prematuro é menor as complicações, menos são as notificações.  Infecção
 A incidência de partos prematuros no mundo é estimada em  Trombofilia
torno de 5% a 18% › 15 milhões por ano de conceptos pré-  Estado Socioeconômico e cultural adverso
termo, • Ausência de controle pré-natal
 No Brasil, recentes publicações indicam incidência oscilando  História materna de um ou mais abortos espontâneos no
de 6,4% a 15,2%. segundo trimestre
 Observa-se, portanto, que o período considerado pré-termo  Pequeno intervalo interpartal
é relativamente longo.  Grande multiparidade
 Com o aumentar da idade gestacional, a prevalência dos  Parto premataro prévio.
partos aumenta e diminui a incidência de complicações  Morte fetal anterior
neonatais.  Atividade física aumentada
 Torna-se importante salientar o conceito do chamado pré-  Tabagismo/ Etilismo/ Uso de drogas ilícitas
termo tardio.  Estresse materno
 FATORES ETIOLÓGICOS  Gestação múltipla
 O parto pré-maturo pode ser considerado espontâneo ou
 Síndromes hipertensivas da gravidez,
induzido.
 Doença hemolítica perinatal
Parto pré-maturo espontâneo é a paciente que entrou em
Tudo que tira uma gestação do normal, indica um fator de risco
trabalho de parto antes das 37 semanas de forma espontânea.
para o Trabalho de Parto prematuro.
Uma das principais causas do parto Pré-maturo induzido são as
**Pacientes que já fizeram procedimentos no colo, cauterização,
síndromes hipertensivas.(PROVA)
biópsia, aumenta o risco de trabalho de parto prematuro.
O Parto pré-maturo induzido é aquele parto que
->Pacientes que já tiveram que fazer curetagem, dilatação do
propositalmente você irá provocá-lo que ele aconteça antes do
colo também é fator de risco para o TPP.
tempo no intuito de proteger a saúde materna e fetal.
 FATORES DE RISCO QUE TEM MAIOR PESO:  A fibronectina fetal é a maior matriz proteica extracelular
1. Infecções das membranas fetais.
2. Antecedentes obstétricos  Sua presença na secreção cervicovaginal como fator
Antecedentes obstétricos e o valor da prematuridade prévia preditivo para o parto prematuro pode ser utilizada para
adquirem muita relevância selecionar gestantes que necessitem de medidas
As infecções clinicas ou subclínicas dos sistemas genital e terapêuticas.
urinário. Se depois de 24 semanas, você pesquisa e tem fibronectina
 Se tiver um parto prematuro, o próximo tem chance de 25% fetal na secreção vaginal, ela tem um risco muito aumentado de
a mais de nascer prematuro. Se tiver 2 partos prematuros, o ter trabalho de parto pré-maturo nos próximos 14 dias.
próximo tem 50% de chance a mais de nascer prematuro. Paciente com alto risco e diagnóstico de TPP, a Fibronectina
->Antecedentes obstétricos é muito importante quando vai nos auxilia a fechar diagnóstico de risco.
rastrear o trabalho de parto pré-maturo. *Se as Fibronectinas vierem positivas deve-se fazer Corticoide,
 O processo inflamatório e infeccioso materno possibilita a utilizar medicamentos para cortar contração, fazer manobras
ativação de uma cascata de eventos e culmina com a para diminuir outros fatores de risco que possam agregar e
produção de ácido aracdônico, liberação de transferir essa paciente para um centro melhor.
prostaglandinas e aparecimento de contrações uterinas.  Esse teste encontra valor prático:
 Mesmos processos infecciosos fora do aparelho genital  Durante o pré-natal de gestantes de alto risco para parto
podem ser responsabilizados pelo evento do parto prematuro.
prematuro.  Naquelas que se mostram sintomáticas, auxiliando na
As infecções aumentam as chances de trabalho de parto indicação do uso de substâncias colíticas e corticosteroides
pré-maturo. para aceleração monar fetal.
Afirma que as DOENÇAS PERIODONTAIS são as principais
causas não ginecológica de trabalho de parto pré-maturo.  CORTICOTERAPIA ANTENATAL:
--Pacientes gestantes devem fazer acompanhamento com o  Observaram que a realização de corticoide na mãe antes do

odontologista. nem nascer tem alguns efeitos benéficos de tal forma que
isso melhora os desfecho do bebé prematuro.
 FATORES ETIOLÓGICOS
 Desencadeamento do trabalho de parto prematuro é  Os corticóides atuam nos pulmões fetais, principalmente
multifatorial. nos pneumócitos do tipo 2, acelerando a maturidade
 Ativação extemporânea do processo normal do parto a pulmonar com produção de surfactante, favorecendo as
termo, mas também pode advir de eventos que desfazem trocas gasosas alveolares-› redução nas taxas da síndrome
um sensível equilíbrio e levam, por fim, ao do desconforto respiratório em recém-nascidos
desencadeamento das contrações uterinas por meio de prematuros.
processos patológicos. O Corticoide melhora o desenvolvimento desses pulmões
 Ações complexas de fatores autócrinos, arácrinos,  Estabilidade circulatória e menor frequência de
endócrinos e bioquímicos nos tecidos hemorragias cerebrais e de enterocolite necrosante.
 TESTE DE FIBRONECTINA FETAL: PREDITOR PARA TTP -Parece diminuir a necessidade de intervenções pulmonares
 Fibronectina é uma proteína das membranas fetais,
nas primeiras 48 horas de vida e diminui as infecções
produzida entre o córium e a decídua. Essa proteína em
neonatal.
geral, vai estar presente na secreção vaginal quando
 Redução da mortalidade perinatal e neonatal, da
gestante até 20 semanas.
necessidade de ventilação mecânica e infecções sistêmicas
 Quando se tem qualquer agressão a membrana placentária,
nas primeiras 18 horas de vida.
essa fibronectina fetal passa a ser produzida novamente.
 Atualmente é valorizado o chamado ciclo único de
Se tiver infecção ou alguma complicação que altera a
corticoterapia.
integridade da membrana placentária e da bolsa, volta-se a
 Repetições semanais foram associadas a reações maternas
produzir fibtonectina fetal.
e conceptuais negativas com o tempo superior a duas a
 A Fibronectina pode ser considerado como marcador
três semanas.
inflamatório/infeccioso do trabalho de parto prematuro.
->Não adianta fazer corticoide em menos de 24 semanas, pois ->Se a mãe é cardiopata, não se pode utilizar tocolíticos.
ainda não tem pneumócitos do tipo II. *Qualquer situação que acometa a vida materna ou fetal não se
O alvo do corticoide é entre 24 a 34 semanas. usa tocolíticos.
 Uso do corticoide após 34 semanas:  O OBJETIVO DA TOCÓLISE:
 Reduz as complicações respiratórias neonatais de curto  Inibir as contrações uterinas
prazo.  Ganhar tempo suficiente (pelo menos 18 horas, até sete
 Aumento do risco de hipoglicemia neonatal, portanto não dias) para transferir a gestante para um centro de
sendo recomendada de forma rotineira até que novas referência.
pesquisas mostrem efetivamente a segurança dessa  Permitir o uso oportuno de corticosteroides para indução de
utilização. maturidade pulmonar fetal, a fim de diminuir os agravos
 Recomenda-se seu uso entre 24 e 34 semanas de gestação. neonatais da prematuridade.
 Betametasona (12 mg intramuscular por dia, em dois dias  Betamiméticos:
consecutivos) ou com dexametasona (6 mg intramuscular a  Retardar o nascimento por aproximadamente 48h.
cada 12 horas, por dois dias).  Não houve diminuição de partos no intervalo de sete dias,
 Seu efeito benéfico já pode ser notado após as primeiras número de mortes neonatais e à frequência de síndrome do
horas do início da medicação, mas o jeito ideal ocorre após desconforto respiratório.
24 horas de completado esquema terapêutico.  Efeitos colaterais: dor torácica, dispneia, taquicardia,
 Sua ação possui duração de até sete dias. palpitação, tremores, cefaleia, hipocalcemia, hiperglicemia,
 Tem estudos que ao realizar corticoide em pacientes com náuseas/ vômitos, obstrução nasal e taquicardia fetal.
mais de 34 semanas, aumenta o risco de hipoglicemia fetal.  O betamimético mais utilizado é a terbutalina
 A terbutalina tem sido abandonada pela maioria dos
 AGENTES TOCOLÍTICOS: TTP serviços devido aos frequentes e por vezes graves efeitos
 Medicamentos utilizados para parar TPP são os Tocolíticos.
colaterais, gerando interrupção do tratamento e
- Os tocolíticos vão resolver nosso problema por apenas 48 horas,
aumentado os riscos de ocorrência do parto prematuro.
isso tempo para fazer o corticoide e de fazer transferência.
 Estudo recente: Nifodipina e Atosibana bloquearam quase
 Os principais agentes tocolíticos citados na literatura são:
70% dos casos de trabalho de parto prematuro.
 Betamiméticos (beta-2-adrenérgicos, terbutalina,
 Betamiméticos: Esquema Terbutalina:
salbutamol e ritodrina), Bloqueadores de canais de cálcio
 Dose de ataque: adicionar cinco ampolas em 500 mL de soro
(nifedipino) Inibidores da síntese de prostaglandinas
glicosado a 5%; Iniciar com 10 a 20 gotas por minutos,
(Inibidores da cicloxigenase, como a indometacina), Sulfato
intravenoso, se necessário, aumentar 10 a 20 gotas por
de magnésio, os antagonistas de receptores de ocitocina
minuto a cada 20 a 30 minutos até obter a inibição e manter
(atosibana).
essa infusão por cerca de 12 horas (dose máxima de 80 gotas
 Tem muito efeitos colaterais
por minutos, que só poderá ser atingida desde que a
 Para o uso correto da tocólise, há necessidade de realizar
gestante e o feto estejam suficientemente monitorados).
adequadamente o diagnóstico de verdadeiro trabalho de
 Dose de manutenção: após 12 horas, na ausência de
parto prematuro, com presença de contrações uterinas
contrações, diminuir para 10 a 20 gotas por minutos, a cada
regulares e alterações cervicais progressivas.
20 a 30 minutos, mantendo dose mínima necessária por
 Todos os tocolíticos possuem efeitos advergos
cerca de mais de 12 horas.
 Antes do seu uso, deve-se ter conhecimento preciso da
 Bloqueadores de canais de cálcio
idade gestacional -› até 34 semanas (› 36 semanas)
 Reduzem o número de partos prematuros antes de 34
 As condições clínicas da parturiente, a vitalidade fetal,
semanas, com ganho significativo de até sete dias de
resposta clínica da paciente e ao aparecimento de possíveis
gestação, associados, também, a menos efeitos colaterais
efeitos colaterais e eventos adversos.
 Ir gestantes portadoras de hipertensão arterial de qualquer
 Não utilizar: Quadros clínico duvidoso descolamento
causa ou com doenças cardiovasculares.
prematuro de placenta e corioamnionite.
->Para utilizar Tocólise, deve ter certeza do diagnóstico.
 Bloqueadores de canais de cálcio, Esquema Nifedipina
 Dose de ataque: uma cápsula de 10 mg via oral a cada 20
minutos, até ser observada a eficácia, utilizando-se no
máximo três cápsulas em 1 hra
 Dose de manutenção: um comprimido de 20 mg a cada 8
horas, durante 48 horas.
->O problema é na paciente hipertensa e na cardiopata, pode
fazer uma vasoconstrição periférica.
 Antagonistas de receptores de ocitocina:
 Não conseguiu demonstrar qualquer superioridade do
fármaco em relação aos betamiméticos, placebo o
niledipino.
 A atosibana, destacadamente, se relacionou com menor
possibilidade de efeitos colaterais.
 Antagonista de receptores de ocitocina: Esquema
Atosibana
 Possui duas apresentações (0,09 mL e 5 mL.).
 Fase 1: Infusão em 1 min, via intravenosa, de um frasco de
0,9mL.
 Fase 2: dois frascos de 5 mL são adicionados em 90 ml de
soro (glicosado, fisiológico ou ringer lactato), realizando-se
infusão de 24 ml, por hora, durante 3 horas; portanto, são
infundidos nesse período, 72 mL. O restante (28 mL) é
injetado 8 ml, por hora por mais 3,5 horas;
 Fase 3: nova solução é preparada (10 mL de ntosibana 90 mL
de soro), mantendo-se a infusão de 8 mL por hora por até 45
hora
 Essas três fases da atosibana podem ser repetidas, em casos
muito bem selecionados, porém três vezes.
 TERAPIA DE MANUTENÇÃO DA TOCÓLISE: TRABALHO DE
PARTO PREMATURO
 Não encontra suporte cientifico em estudos bem
conduzidos.
 Não parece prudente o uso de tocolíticos por mais de 48
horas, buscando atingir melhores resultados neonatais e
menores índices de pré-termo tardios.
 A progesterona, principalmente por via vaginal (natural
micronizada), tem sido considerada por alguns como a mais
promissora terapêutica de manutenção pós-tocólise.

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