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HARDTOPICS prematuridade

O QUE CAI?
Fatores de risco, uso de progesterona, tocólise

VISÃO GERAL
definição. Recém-nascido vivo com menos de 37 semanas completas de gestação.
fatores de risco. Infecção amniótica, rotura prematura de membranas, sangramentos vaginais de 1ª e 2ª
metades, incompetência cervical, gemelaridade, polidrâmnio, malformações fetais, prematuridade anterior,
amputação de colo uterino, malformações uterinas, miomas, baixo nível socioeconômico, desnutrição,
gravidez indesejada, estresse, pré-natal inadequado, tabagismo, uso de drogas ilícitas, doenças clínicas
maternas, infecções.
ultrassonografia transvaginal. Empregada às gestantes de risco para o parto prematuro, que estejam
entre 20 e 25 semanas.
comprimento do colo. Não há consenso sobre o nível de corte ideal de comprimento do colo abaixo do
qual o risco de parto prematuro é maior. A maioria dos autores considera que, quando o comprimento do
colo (medida entre o orifício externo e o interno do colo) for inferior a 25mm, a gestante será de risco para
o parto prematuro espontâneo (ministério da saúde)

atenção. Ministério da Saúde: quando o comprimento cervical é de 15mm ou menos (exame realizado entre 20 e
25 semanas) usar 200mg de progesterona vaginal diariamente até, pelo menos, 34 semanas.

fibronectina. Glicoproteína produzida pelo trofoblasto para assegurar a aderência do blastocisto à


decídua, estando presente no conteúdo cervicovaginal durante as primeiras 20 semanas de gestação e
desaparece da vagina até a 36ª semana.
uso. Tem elevado valor preditivo negativo, o que a torna muito útil para afastar o risco
de parto prematuro na 2a a 3a semanas seguintes à realização do teste; deve ser
utilizado em gestantes sintomáticas. Em outras situações, os valores de sensibilidade,
especificidade, valores preditivos positivo e negativo são menores.
malformações uterinas, partos prematuros de repetição. Usar progesterona por via vaginal a partir
de 16 semanas. Não há benefício na utilização rotineira em gestações gemelares sem outros riscos para
prematuridade.
incompetência istmocervical. Está indicada circlagem eletiva do colo uterino entre a 12ª e a 16ª
semanas de gestação.

CONDUTAS NO PARTO PREMATURO


No verdadeiro trabalho de parto prematuro há contrações uterinas regulares a cada 5 minutos, dilatação
cervical de, pelo menos, 1cm e esvaecimento cervical de, no mínimo, 80%.
condições para uso de tocolíticos. Período de latência do trabalho de parto, esvaecimento de até 80%,
idade gestacional até 33 6/7 semanas, presença e contrações uterinas rítmicas

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HARDTOPICS prematuridade

O QUE CAI? para tocólise. Óbito fetal, sofrimento fetal, malformações fetais incompatíveis com
contraindicações
a vida, restrição do crescimento fetal, infecção amniótica, descolamento prematuro de placenta, placenta
prévia sangrante, síndrome hipertensiva grave, diabetes insulinodependente instável, hipertireoidismo,
anemia falciforme.
objetivos da tocólise. Tempo para realização de corticoterapia e/ou o transporte materno para serviço
terciário com segurança.
tocolíticos de escolha. Primeira escolha de acordo com ministério da saúde: bloqueadores dos canais
de cálcio. O nifedipino é a droga mais utilizada. As contraindicações são hipotensão materna (pressão
arterial <90x50mmhg) e bloqueio atrioventricular.
outros tocolíticos. Inibidores de prostaglandinas, sulfato de magnésio, antagonista de ocitocina,
agentes betamiméticos (terbutalina, o salbutamol, a isoxsuprina, o fenoterol e a ritodrina). Não há
indicação para o uso dos beta-agonistas por via oral após a infusão intravenosa.
corticoterapia. Redução gravidade da síndrome da angústia respiratória, menor incidência de
hemorragia intracraniana e de enterocolite necrozante.
fármacos. Betametasona ou a dexametasona são os preferidos e devem ser usados até 33 6/7
semanas de gestação; ministério da saúde permite a realização de até 3 ciclos de corticoterapia desde
que a droga utilizada seja a betametasona; uso de corticoterapia após 33 6/7 semanas ainda não foi
definido e os principais protocolos assistenciais brasileiros e internacionais não preconizam a
utilização nesses casos
sulfato de magnésio na neuroproteção de prematuros. dose e o protocolo de utilização não estão bem
determinados e não faz parte do protocolo do Ministério da Saúde do Brasil.

ASSISTÊNCIA AO PARTO PREMATURO


decisão da via de parto. Considerar idade gestacional (viabilidade), peso estimado do feto, apresentação
fetal, condições do colo uterino, integridade das membranas amnióticas, possibilidade de monitorização
fetal, experiência da equipe e condições do berçário.
amniotomia. Deve ser tardia pelo efeito protetor da bolsa das águas sobre a cabeça fetal. O
desprendimento do polo cefálico e do bisacromial deve ser lento, para evitar os traumas sobre o sistema
nervoso central e o plexo braquial.
episiotomia e fórcipe. Não há evidências que melhorem o prognóstico neonatal. A episiotomia, quando
necessária, deve ser ampla o suficiente para permitir o nascimento sem resistência perineal
campleamento do cordão umbilical. Realizar após 45 a 60 segundos.
pesquisa do Streptococcus agalactiae. Na região perineal entre a 35ª e 37ª semanas de gestação.
profilaxia antibiótica. Deve ser realizada em todas as gestantes com cultura desconhecida e com fatores
de risco ou aquelas com cultura perineal positiva.
fatores de risco. Trabalho de parto prematuro, rotura prematura de membranas por mais de 18
horas, história de recém-nascido anterior com infecção pelo streptococcus do grupo B, bacteriúria por
S agalactiae durante a gestação, febre durante o trabalho de parto.
profilaxia intraparto (uma das opções). Penicilina cristalina, ampicilina clindamicina, vancomicina.

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