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DIU

Oque é
DIU é a abreviação para dispositivo intra-uterino, é um método contraceptivo
com eficácia de 99% fazendo ele se tornar um dos métodos mais confiávei, O
DIU consiste na utilização de uma pequena haste maleável normalmente no
formato das letras T ou Y, medindo em torno de 3,5 cm de comprimento ,que e é
colocada na cavidade uterina da mulher que, através da liberação de hormônios
ou outras substâncias (como o Cobre e a Prata) , evita a fertilização dos ovócitos
pelos espermatozoides.

Tipos
Atualmente, existem dois tipos de DIU: por bloqueio (de cobre e de prata) e o
hormonal (Mirena e kyleena). Assim como sua composição, cada um possui um
funcionamento diferente, que se adapta ao perfil de cada mulher e podem ficar
por um tempo dentro do corpo da mulher (de 5 a 10 anos).
Bloqueio
Diu de Cobre
O DIU de cobre, como o nome sugere, consiste em uma haste maleável revestida
com o metal.
Durante sua ação, libera pequenas quantidades de cobre no útero, causando
algumas alterações no endométrio (tecido que recobre a parte interna do órgão),
no muco e na motilidade das trompas.
Desta forma, ocorre uma reação inflamatória que não faz mal ao organismo, mas
que torna a região hostil ao espermatozoide o que evita que uma gravidez
aconteça.
O uso do DIU de cobre tem alta eficácia, com chances bem pequenas de gravidez
(varia de 0,6% a 0,8%, segundo a Febrasgo), e seu efeito colateral mais frequente
é o aumento do fluxo menstrual. Além disso, ele pode permanecer no corpo da
mulher por até 10 anos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um risco conhecido,
embora incomum, é que ele pode contribuir para ocorrência de anemia caso a
mulher já tenha baixas reservas de ferro no sangue e o fluxo menstrual se
intensifique. No caso do DIU de cobre, ele chega a custar entre R$ 50 e R$ 150
Diu de Prata
Menos conhecido e mais moderno, o DIU de prata é outra opção de método
contraceptivo disponível no mercado. O dispositivo, que tem formato de "Y", que
traz uma pequena porcentagem de prata misturada ao cobre, e produz o mesmo
efeito no útero impossibilitando a fecundação do óvulo pelos espermatozoides.
A diferença é que a prata faz com que a ocorrência de cólicas e o fluxo menstrual
sejam menores em comparação com o DIU de cobre. Além disso, ela também
diminui o risco de oxidação da estrutura de cobre dentro do organismo,
aumentando a eficácia do método. Sua duração é de cinco anos.
Embora ele tenha surgido como alternativa para evitar o aumento do fluxo
menstrual e das cólicas, a maioria dos médicos relata que esse efeito não é
observado na prática clínica, nem em estudos. O DIU de prata, com preços que
vão desde R$ 60 a R$ 280.

Hormonal
Diu Mirena
O DIU hormonal, também conhecido como DIU de Mirena ou SIU, além de
produzir reações inflamatórias no útero, possui em sua estrutura uma haste com
o hormônio progesterona.
Essa substância é liberada aos poucos durante seu uso e uma pequena quantidade
pode ser absorvida pela corrente sanguínea. Porém, em termos gerais, o
dispositivo atua da mesma forma que o DIU de cobre, causando alterações no
útero que impedem a gravidez.
Além disso, de acordo com a bula do DIU de Mirena, dois terços das mulheres
que usam esse dispositivo apresentam um bloqueio da menstruação, mas
podendo ocorrer pequenos sangramentos esporádicos. Que é´considerado um
efeito colateral do dispositivo.
Em contrapartida, as chances de engravidar com este produto caem para 0,2% e
ele é também indicado como tratamento em casos de mioma uterino,
endometriose e adenomiose.
Pode ser usado por até 5 anos e o dispositivo intrauterino pode ser encontrado
em qualquer farmácia ou drogaria.( mas apenas prescrita pelo médico)
Já o DIU de Mirena (hormonal) é bem mais caro, custando cerca de R$ 600 a R$
750.
Kyleena
O DIU Kyleena® (cailina) fabricado pela Bayer é um novo DIU hormonal, em
formato de T, que libera um hormônio, chamado levonorgestrel, um tipo de
progesterona.
Mas qual é a diferença entre eles, se os dois liberam o mesmo hormônio, tem a
mesma eficácia e a mesma duração? A eficácia de ambos é muito elevada e
praticamente a mesma, com um índice de falha de 0,2% ao ano.
menor quantidade de hormônio, proporcionando menos efeitos colaterais; O DIU
Kyleena apresenta em seu interior 19,5 mg de hormônio armazenado, enquanto o
Mirena tem 52 mg de hormônio armazenado. O DIU Mirena tem uma taxa de
liberação de hormônio de 20 mcg por dia, enquanto o DIU Kyleena libera 17,5
mcg nos primeiros 24 dias após a sua inserção, caindo para 15,3 mcg após 60 dias.
dimensões menores, que permite o uso por mulheres com útero pequeno;
aplicador mais fino, oferecendo maior comodidade na inserção;
anel de prata, que permite melhor visibilidade na ultrassonografia.
DIU Kyleena é de R$ 800 a R$1.000 reais

Como é colocado o DIU?


O DIU é um contraceptivo que só pode ser colocado na mulher por um médico
ginecologista. Somente esse profissional é autorizado e habilitado para inserir o
dispositivo no interior do útero de forma segura e efetiva.
Além disso, antes da implantação do DIU, ele deve fazer alguns exames
ginecológicos para descartar a presença de alterações anatômicas e de infecções
ou problemas na região.
A colocação do DIU leva poucos minutos quando o procedimento é realizado por
um profissional experiente. O DIU pode ser introduzido no próprio consultório
do profissional de ginecologia. Se necessário é aplicada uma anestesia local,
sendo comum sentir um desconforto leve, como uma cólica, durante o processo.
Entretanto, na consulta prévia se identificado uma dor e for intensa ou houver
qualquer obstrução ao trajeto do DIU, o processo pode ser realizado em um
centro cirúrgico, contando com o apoio de um anestesiologista e sedação mas
geralmente a aplicaçao é seguida por alguns procedimentos simples e indolores.
Como resultado, a haste principal do DIU fica implantada dentro do útero,
enquanto uma fina cordinha ligada à extremidade inferior do dispositivo é
deixada dentro da vagina, para servir de suporte no momento da extração do
dispositivo.
O DIU pode ser inserido em qualquer momento do ciclo menstrual, contanto que
se tenha certeza de que a paciente não esteja grávida.
No entanto, é comum que ele seja colocado na época da menstruação, já que
nesse período o colo do útero fica um pouco mais dilatado, facilitando a inserção.
A sua eficácia é imediata, independentemente do período do ciclo menstrual
Adaptação E SINTOMAS ao uso do DIU
A adaptação do uso do DIU varia de mulher para mulher. Assim que o dispositivo
é colocado, é normal que a paciente sinta um leve desconforto, que pode durar
por mais ou menos um dia. Mas, de modo geral, qualquer incômodo costuma
passar em poucos dias. O efeito mais comum, que já é normalmente esperado
após a colocação do DIU, é o sangramento irregular de baixa intensidade,
podendo ser controlado com o uso de medicamentos anti-inflamatórios.

No DIU de cobre, é esperado também o aumento do fluxo menstrual, devido ao


processo inflamatório causado dentro do útero. O problema também pode ser
contornado com o uso de medicamentos.

O DIU Mirena, nos seis primeiros meses de uso, faz uma liberação local e
também sistêmica da progesterona. Isso não causa efeitos colaterais importantes,
mas pode ocasionar em piora da acne, inchaços nos pés e na barriga e uma queda
de cabelo transitória. Todos esses efeitos são contornados com o uso de
medicação paralela.
.
Contraindicações do DIU
O DIU não pode ser colocado em mulheres que apresentem:

Anormalidades anatômicas do útero


Infecção ginecológica ativa
Gravidez presente ou suspeita (mulheres grávidas não podem usar DIU, pois há
elevado risco de aborto)
Câncer uterino
Sangramento ginecológico de origem não esclarecida (antes da implantação do
DIU, qualquer sangramento anormal deve ser investigado)
O DIU de cobre, especificamente, também é contraindicado a mulheres com
alergia à cobre. Já o DIU de Mirena não deve ser utilizado por mulheres que
tiveram câncer de mama nos últimos 5 anos ou doenças hepáticas, devido aos
hormônios.
É mais utilizado o tipo mirena e o de cobre Veja abaixo um quadro
comparativo entre o DIU de cobre e o DIU de Mirena:

Comparativo Mirena Cobre

Possui 52 mg de Levonorgestrel,
Carga Hormonal Não possui hormônios
liberando cerca de 20 mcg por dia

Risco de
0,2% 0,7%
engravidar

Chance de suspensão da menstruação e Aumento do fluxo menstrual e


Efeitos colaterais
leve aumento de peso das cólicas

Método mais barato, pode ser


Ajuda mulheres que entrarão na
usado por mais tempo e não é
Vantagens menopausa, reduz o fluxo menstrual e
afetado pelo uso de
beneficia mulheres com endometriose
medicamentos

Mais optado por mulheres com Indicado para mulheres que


endometriose, menopausa ou com tiveram câncer de mama, não
Indicações
dismenorreia (ou seja, fluxo menstrual tem problemas com fluxo
forte e/ou doloroso) menstrual

Quem teve câncer de mama nos últimos


Contraindicações 5 ou ou possui doenças hepáticas devem Mulheres alérgicas à cobre
evitá-lo deve optar por outro tipo

Tempo de
5 anos 5 a 10 anos
validade

Mesmo sendo um dos metos com maior eficácia e muitos tipos o diu é ainda
usado por apenas 5% da população e isso ocorre por conta da desinformação que
da voz a alguns mitos
Raramente conduzem a uma Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
Não aumentam o risco de contrair DSTs, inclusive HIV
Não aumentam o risco de aborto espontâneo quando a mulher engravida depois
do DIU ser removido
Não tornam a mulher estéril
Não causam defeitos ou malformações de nascença
Não causam câncer
Não se deslocam até o coração ou o cérebro
Não causam desconforto ou dor para a mulher durante o sexo

Vantagens Desvantagens

É um método prático e Aparecimento de anemia devido às menstruações


de longa duração mais longas e abundantes que o DIU de cobre pode
provocar

Não há esquecimentos Risco de infeção do útero

Não interfere no Se ocorrer uma infecção por transmissão sexual, há


contato íntimo maior probabilidade dela evoluir para uma doença
mais grave, a doença inflamatória pélvica

A fertilidade retorna ao Tem risco de gravidez ectópica


normal depois de retirar

 Altamente eficaz;
 Fácil de usar;

Seguro para a maioria das mulheres, incluindo adolescentes e


mulheres que nunca engravidaram;

 Alternativa à esterilização cirúrgica definitiva;


 Longa ação;
 Poucos efeitos colaterais;

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