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Contraceção hormonal
Toda a contraceção hormonal trabalha para prevenir a gravidez, impedindo a
ovulação e causando o espessamento do muco cervical. O muco cervical é uma
secreção líquida produzida pelo colo do útero e que pode ser expelido através da
vagina, aparecendo na roupa íntima como um tipo de corrimento transparente,
branco ou levemente amarelado, sem odor, sendo uma secreção natural do corpo.
A contracepção hormonal funciona à base de formas sintéticas de hormonas
femininas: o estrogênio e a progesterona. Alguns métodos utilizam as duas
hormonas (chamando-se, então, contracepção combinada) e outros utilizam apenas
progesterona.
É importante saber os tipos de contraceptivos hormonais para se decidir qual
o método mais adequado.
Pílula combinada
Contém duas hormonas: o estrogênio e o progestogênio. A pílula combinada
é uma forma muito eficaz de controle de nascimento. As pílulas combinadas
comercializadas em Portugal têm doses de estrogénio muito mais baixas do que as
primeiras que foram criadas, tendo entre 15 e 30 microgramas de estrogénio. Estas
são consideradas pílulas de muito baixa dosagem ou baixa dosagem. Quando
tomada corretamente, a eficácia da pílula combinada em prevenir gravidez é de 98 a
99 por cento.
Minipílulas
Também conhecida como pílula só de progestogênio que contém apenas
uma hormona, parecido com a progesterona natural, que a mulher produz no seu
corpo. Esta é aconselhável a mulheres para as quais as pílulas contendo
estrogénios são fortemente contra-indicadas e ainda em mulheres que estejam a
amamentar, uma vez que o estrogênio reduz a produção de leite.A sua eficácia, no
entanto, é de apenas 97 a 98 por cento, podendo ainda originar ciclos menstruais
irregulares.
Como tomar:
Pílula combinada: Os comprimidos devem ser tomados uma vez por dia à mesma
hora durante 21 ou 24 dias, sendo interrompidos por quatro a sete dias (permitindo
que a menstruação ocorra) e então reiniciados. Comprimidos inativos (placebo)
costumam ser tomados durante os dias em que os comprimidos combinados não
são tomados (interrupção) para estabelecer o hábito de tomar um comprimido uma
vez por dia. O comprimido inativo pode conter ferro e ácido fólico. O ferro é incluído
para ajudar a evitar ou tratar a deficiência de ferro, pois há perda de ferro no sangue
menstrual todos os meses. O ácido fólico é incluído caso uma mulher que tenha
deficiência de ácido fólico não detectada fique grávida.
Mini pilula: Deve-se tomar uma pílula cada dia. Quando terminar a cartela, não
precisa fazer intervalo, deve se continuar imediatamente a próxima cartela. Para
funcionar de forma eficaz, deve ser tomada à mesma hora a cada 24 horas,
tolerando-se um intervalo de atraso de menos de 3 horas. Se a mulher se esquece
de tomar uma ou mais pílulas, aumenta o risco de gravidez. Uma mulher pode
iniciar o uso da pílula só de progestogênio em qualquer momento que desejar
sempre que exista uma certeza razoável de que não está grávida.
Nota: Na toma de qualquer tipo de pilula, caso a mulher vomite pouco tempo
depois, esta deve voltar a tomar a pílula para que faça o devido efeito.
Anel Vaginal:
O anel distribui estrogênio e progesterona através de um pedaço circular de
plástico que é inserido na vagina. Este deve ser colocado na vagina durante 3
semanas consecutivas, seguindo-se um intervalo de 7 dias, de modo a proporcionar
uma hemorragia semelhante à menstruação, sendo então um método de
contracepção hormonal combinada mensal. O mecanismo de ação e a sua eficácia
são, no mínimo, equivalentes às das minipílulas, ou seja 97 a 98 por cento.
Contraceção progestativa
A contraceção progestativa consiste na administração de um progestativo de
forma contínua onde o efeito principal, para além do bloqueio da ovulação, é a
criação de um ambiente desfavorável à entrada de espermatozóides no útero.
Existem dois métodos:
Contraceção intrauterina
Existem dois tipo de contracetivos intrauterinos, sendo estes:
- sistema intrauterino (SIU) ou DIU com progestativo
- dispositivo intrauterino (DIU) de cobre
Os dispositivos intrauterinos são pequenos dispositivos em forma de T que
são inseridos por um profissional de saúde no interior do útero. Estes são de
elevada eficácia, de longa duração e com elevada segurança. Atuam no útero e
impedem a penetração dos espermatozóides e a nidação.
A diferença entre ambos é que o DIU é feito de cobre, um metal, e não possui
nenhum tipo de hormona, já o SIU (DIU hormonal) liberta uma hormona,
levonorgestrel, dentro do útero, que altera o muco cervical.
DIU de cobre
- recomendado para um uso de 10 anos
- o DIU de cobre possui um fio de cobre fino enrolado em sua estrutura plástica
e liberta iões de cobre, razão pela qual se desencadeia uma resposta
inflamatória no corpo, que impede a entrada dos espermatozóides no útero,
impedindo a capacidade de realizar fecundação, e altera o endométrio,
impedindo a fixação do ovo.
SIU
- A hormona que contém é um progestativo semelhante à progesterona
produzida pelo ovário, designada de levonorgestrel que se liberta diariamente
no útero. Esta é uma hormona que provoca o espessamento do muco
cervical, o que impede a passagem dos espermatozóides no útero e altera o
endométrio, impedindo a fixação do ovo.