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Anticoncepcional Hormonal

Revisão de ciclo menstrual e introdução sobre


métodos hormonais (Petrone e Lorena)
Em 1962, começou a ser comercializada a primeira pílula anticoncepcional no Brasil.
Ela continha altas doses de estrogênio e progestágeno combinados (mestranol 150mcg e
noretinodrel 9,85mg). Desde então, visando-se a redução dos efeitos colaterais, as doses
hormonais foram diminuindo progressivamente, sem prejuízo de eficácia.
Atualmente, as doses utilizadas para os métodos anticoncepcionais hormonais é
composta por 15 a 50mcg de etinilestradiol com 0,06 a 0,150mg de progestágeno.
Assim, desde então, observou-se um grande desenvolvimento desse método de
anticoncepção, bem como o desenvolvimento de novos métodos, sendo o DIU com
levonorgestrel e o implante subdérmico os métodos mais eficazes.
No entanto, antes de nos aprofundarmos mais nos tipos de métodos e as situações
em que podem ser utilizados, cabe aqui uma revisão sobre o ciclo menstrual a fim de
entendermos como eles funcionam.
O ciclo menstrual é consequência da interação entre três entidades anatômicas:
hipotálamo, hipófise, ovário e útero.
● Hipotálamo: produção de hormônios como o hormônio liberador de gonadotrofinas
(GnRH), : Em relação à produção do GnRH, O hipotálamo é influenciado tanto por
sinais extrínsecos e intrínsecos ao SNC, quanto pelo controle do ovário. A influência
exercida do ovário é denominada de feedback, podendo ser positiva ou negativa.
Além disso, o próprio GnRH controla sua produção, agindo diretamente no
hipotálamo, então quando está disponível em grande quantidade ele atua reduzindo
sua produção, já quando está presente em níveis baixos, age estimulando sua
liberação. Seus neurônios produzem o hormônio liberador de gonadotrofinas
(GnRH), Na mulher, ele é liberado de uma forma pulsátil, dependendo da sua
amplitude determinante na liberação correta e fisiológica do FSH e LH (produzidos
na adenohipófise). Na menina, o centro hipotalâmico encontra-se bloqueado até o
período da puberdade.
● Hipófise: A adeno-hipófise é responsável pela secreção dos hormônios
folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH). Recebe estímudo do GnRH. Os
hormônios esteroides, como o estradiol e a progesterona, ou fatores ovarianos
não-esteroides, como a inibida, são os moduladores da secreção de LH e FSH! O
padrão pulsátil de liberação das gonadotrofinas está diretamente relacionado a
secreção pulsátil de GnRH, mas a modulação da amplitude e da frequência são
consequências do feedback dos esteroides ovarianos no hipotálamo e na
hipófise.
● Ovários: sintetiza e secreta hormônios esteroides sexuais – estrogênios,
androgênios e progesterona – com padrão de controle preciso que, em parte, é
determinado pelas gonadotrofinas hipofisárias, FSH e LH. Os produtos secretórios
mais importantes da biossíntese de esteroides pelos ovários são a progesterona e o
estradiol.
Do ponto de vista da ovulação, podemos dividir o ciclo menstrual em fase folicular e
fase lútea.
1. Na fase folicular, o folículo pré-antral é estimulado pelo FSH a se desenvolver em
folículo antral, até que os níveis de FSH chegam a um ponto em que é gerado um
feedback negativo a partir do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Esse feedback leva à
queda dos níveis de FSH, ao mesmo tempo que ocorre a seleção do folículo
dominante (por volta dos dias 5-7), enquanto os demais sofrem atresia.
2. Ocorrendo a ovulação, dá-se início à fase lútea que tem uma duração mais fixa, de
14 dias. Nela, o corpo lúteo está produzindo mais estrogênio e progesterona, ao
mesmo tempo que os níveis de FSH e LH estão baixos, o que impede que ocorra
um novo recrutamento folicular e causa a luteólise, nos dias 12-16, até que seja
formado o corpo albicans e ocorra a queda dos níveis de estrogênio, progesterona e
inibina A, havendo a menstruação e aumento do FSH no início de um novo ciclo.

Já do ponto de vista do útero, podemos dividir o ciclo menstrual em fases proliferativa e


secretora.
Na proliferativa, o estrogênio prepara o endométrio em relação ao ciclo menstrual anterior
e participa da sua proliferação.
Na secretora, a progesterona cumpre um papel fundamental, que será evidenciado a partir
dos métodos que vamos explicar, uma vez que inibe os receptores de estrogênio, diferencia
as glândulas e atua na secreção de muco e aumento da resistência das artérias
espiraladas.
Tendo isso em mente, podemos continuar nos aprofundando nos diferentes tipos de
métodos hormonais, seus usos e mecanismos de ação.
Tipos de métodos hormonais, exemplos e índice
de pearl (Yasmin)
Os contraceptivos hormonais podem ser:
● combinados: pílulas, injetável mensal, anel vaginal e adesivo cutâneo;
● de progestagênios isolados: pílulas, injetável trimestral, SIU e implante.
As pílulas combinadas podem ser monofásicas quando todas as pílulas da cartela
possuem as mesmas doses de hormônios; nas bifásicas, as pílulas possuem duas doses de
hormônios; nas trifásicas: três tipos; e nas quadrifásicas, quatro diferentes tipos de doses.
Tem sido ensaiada a substituição dos hormônios artificiais por produtos contendo hormônios
mais naturais.
A contracepção de emergência é uma alternativa que deve ser usada em caso de
coito não protegido, como violência sexual, vômitos ou diarreia na usuária de pílulas, atraso
no início ou esquecimento de usar o método, por mais de 3 dias ou 15 dias no caso do
depoprovera, rotura ou deslizamento do condom, falha no coito interrompido, descolamento
do adesivo, deslocamento do DIU, sexo no período fértil. Deve ser considerada como boa
conduta, e deve-se oferecer informações, prescrição ou provisão sobre ela como método de
reserva para pacientes que iniciam contracepção com outro método. A contracepção de
emergência é feita pela ingestão de alta dose de levonorgestrel (1.500 μg) em dose única
ou em 2 doses de 750 μg a serem tomadas a cada 12 horas.
● Mecanismos de ação de maneira geral
(Marcos, Ryan e Virna)

Anticoncepção hormonal oral

Combinadas
As pílulas combinadas agem bloqueando a ovulação. Os progestagênios, em
associação aos estrogênios, impedem o pico do hormônio luteinizante (LH), que é
responsável pela ovulação . Este efeito é chamado de bloqueio gonadotrófico, e é o
principal mecanismo de ação das pílulas. Existem ainda efeitos acessórios que também
atuam dificultando a concepção, como a mudança do muco cervical, que torna mais difícil a
ascensão dos espermatozóides, a diminuição dos movimentos das trompas e a
transformação inadequada do endométrio. Todos estes efeitos ocorrem com o uso de
qualquer contraceptivo combinado, determinando sua eficácia.
Minipílulas ou progestogênio
● Espessamento do muco cervical impedindo, portanto, a progressão do
espermatozoide.
● Redução da motilidade tubária.
● Inibição da proliferação endometrial, determinando hipotrofia ou atrofia.
● Algumas preparações podem promover a inibição da ovulação, dependendo da dose
e tipo do progestagênio. A resposta ovariana com o uso das PSPs varia muito entre
as mulheres, ocorrendo ovulação entre 14% e 84% dos ciclos. A pílula contendo
desogestrel 75 mcg/dia suprime a ovulação em quase todos os ciclos (97%)

Anel vaginal
O principal mecanismo pelo qual o anel vaginal exerce sua função é a inibição da ovulação.
O etonogestrel age suprimindo a maturação folicular e a ovulação. Inibe o eixo
hipotálamo-hipófise-ovariano pela retroalimentação negativa provocada pela presença do
hormônio exógeno. Um mecanismo secundário, mas de importância na ação
anticoncepcional, é a alteração do muco cervical, que se torna mais espesso e desfavorável
à penetração dos espermatozóides. Outras modificações foram observadas, como a
diminuição da espessura endometrial pelo uso do anel vaginal, mas parece que este efeito
tem pouca relevância quanto ao efeito anticoncepcional.

Adesivo transdérmico
O mecanismo de ação é igual ao de todos os anticoncepcionais hormonais combinados:
inibição das gonadotrofinas e, consequentemente, da ovulação. O progestagênio inibe
predominantemente a secreção de LH, bloqueando o pico necessário para a ovulação. Já o
estrogênio age predominantemente sobre o FSH, impedindo o desenvolvimento folicular e a
emergência do folículo dominante. Mesmo havendo algum recrutamento folicular, a ação
sobre o LH garantirá a eficácia contraceptiva. O estrogênio apresenta duas outras funções:
estabilizar o endométrio, evitando a descamação irregular (spotting), e potencializar a ação
do progestagênio, através do aumento dos receptores intracelulares para este hormônio.
Assim, apenas uma mínima dose de estrogênio é necessária para manter a eficácia dos
anticoncepcionais combinados. Como o efeito progestacional é predominante nos
anticoncepcionais combinados, o endométrio, o muco cervical e a função tubária refletem
este estímulo: o endométrio é atrófico, não receptivo à nidação, o muco cervical é espesso
e hostil à ascensão dos espermatozóides e o transporte tubário do óvulo é prejudicado.
Todas estas ações aumentam a eficácia contraceptiva

Anticoncepção hormonal injetável

Progestogênio isolado.
O mecanismo de ação do AMP-D (acetato de medroxiprogesterona de depósito) é diferente
dos outros métodos contendo apenas progestagênio, pois além de alterar a espessura
endometrial e espessar o muco cervical, bloqueia o pico do hormônio luteinizante (LH)
evitando a ovulação. Após a sua descontinuação, a ovulação retorna em 14 semanas, mas
pode demorar até 18 meses. Em comparação aos métodos hormonais combinados, o
AMP-D apresenta menor impacto nos níveis do hormônio folículo-estimulante (FSH). Por
este motivo, em um terço das usuárias de AMP-D, os níveis de estradiol permanecem
inalterados, com valores semelhantes aos da fase folicular, de aproximadamente de 40 a 50
pg/mL. Por este motivo, sintomas vasomotores como ondas de calor e atrofia vaginal são
incomuns em usuárias deste método.
O AMP-D não é um sistema de “liberação sustentada” como os implantes de progestogênio;
sua ação se baseia em picos maiores do progestagênio para inibir a ovulação e espessar o
muco cervical.
O início da ação contraceptiva do AMP-D ocorre dentro de 24 horas após a injeção e é
mantida por até 14 semanas, determinando uma margem de proteção se houver uma
demora na aplicação da injeção, tipicamente aplicada a cada 12 semanas. Se houver um
atraso na aplicação maior que 14 semanas, deve-se questionar à mulher se houve relações
desprotegidas, para avaliar a necessidade do uso de contracepção de emergência.
Sugere-se também obter informações sobre o período em que foi aplicada a primeira
injeção, pois há associação entre a aplicação do AMP-D em fases precoces da gestação e
aumento da mortalidade neonatal.6 A primeira injeção deve ser aplicada nos primeiros cinco
dias do ciclo menstrual. O AMP-D 150 mg pode ser aplicado intramuscular nos músculos
deltóide ou glúteo; a área não deve ser massageada após a aplicação.5 Os efeitos do
AMP-D demoram de seis a oito meses para desaparecer após a última injeção, e o
clearance é mais lento em mulheres com sobrepeso. Aproximadamente metade das
mulheres que descontinuam o uso do AMP-D apresentam retorno dos ciclos menstruais
normais após seis meses da última injeção, mas em até 25% pode demorar até um ano
para o restabelecimento do padrão normal. Esta demora deve ser levada em consideração
e discutida com a mulher na escolha do método

Combinado
O mecanismo de ação contraceptiva é o mesmo dos demais contraceptivos hormonais. O
progestagênio age em nível central (hipotálamo e hipófise) inibindo a produção e liberação
do LH, impedindo assim a ovulação. Atua também na diminuição da motilidade tubária, no
aumento da espessura do muco cervical dificultando a ascensão dos
espermatozoides e na indução da atrofia endometrial, tornando o endométrio hostil a
implantação. FSH, impedindo o crescimento folicular. Além disso, ajuda a estabilizar o
endométrio, proporcionando ciclos menstruais previsíveis

DIU hormonal
● muco cervical espesso e hostil à penetração do espermatozoide, inibindo a sua
motilidade no colo, no endométrio e nas tubas uterinas, prevenindo a fertilização.
● alta concentração de levonorgestrel no endométrio, impedindo a resposta ao
estradiol circulante.
O DIU hormonal atua por meio da liberação constante e dosada de um hormônio chamado
levonorgestrel (um tipo de progesterona) dentro do útero. Assim, a progesterona provoca uma
certa alteração no muco cervical, na motilidade (movimento autônomo) das tubas uterinas e no
endométrio (tecido que reveste o útero).

Com isso, o DIU impede a entrada dos espermatozoides no útero, provoca atrofia do endométrio
e dificulta a implantação do embrião. Ele não impede a ovulação de ocorrer.

forte efeito antiproliferativo no endométrio.


DIU hormonal trabalha com a liberação contínua do hormônio progesterona dentro da
cavidade uterina.
Hormônio sexual feminino, a progesterona liberada pelo dispositivo torna o muco do colo
uterino mais espesso, o que dificulta a chegada do espermatozoide até o óvulo e,
principalmente, torna o endométrio, camada interna do útero, mais fino. Essa diferença na
espessura do endométrio contribui para a diminuição do fluxo menstrual e também impede
a nidação.

Implante contraceptivo
O implanon funciona de duas maneiras
● Impedindo a liberação do óvulo do ovário; e
● Alterando a secreção do colo do útero e dificultando a entrada dos espermatozoides
no útero.

No Brasil, o único implante aprovado é o IMPLANON®, que é um dispositivo plástico, com


cerca de 4cm de comprimento por 2mm de espessura, contendo 68 mg de etonogestrel
(3-ketodesogestrel) (ENG), o metabólito ativo do desogestrel, envolvido em uma membrana
de acetato de etileno vinil (EVA).

● O efeito contraceptivo é conseguido principalmente por meio da inibição consistente


da ovulação. Ao lado da inibição da ovulação, o ENG também provoca alterações no
muco cervical, que dificultam a passagem dos espermatozoides, além de alterações
do endométrio, tornando-o menos adequado para a nidação.
● inibição da atividade mitótica do endométrio.
● mantém a produção estrogênica, o que possibilita uma boa lubrificação vaginal.

Anticoncepção de emergência
Esclarecer os mecanismos de ação que levam aos efeitos anticoncepcionais da
contracepção de emergência (CE) é fundamental para desconstruir o mito do “efeito
abortivo” divulgado por segmentos religiosos. O mecanismo de ação varia de acordo com o
momento do ciclo menstrual em que a contracepção de emergência é administrada:
● Se na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hormônio luteinizante), a CE
altera o crescimento folicular, impedindo ou retardando a ovulação por muitos dias.A
ovulação é impedida ou adiada em 85% dos casos; não havendo contato dos
gametas feminino e masculino.11
● Se administrado na segunda fase do ciclo menstrual, após ocorrida a ovulação, a CE
atua por meio destes mecanismos para impedir a fecundação: Alteração do
transporte dos espermatozoides e do óvulo pela Trompas de Falópio, modificando o
muco cervical tornando-o hostil à espermomigração e interferindo na capacitação
espermática.
Não há qualquer evidência científica de que a CE exerça efeitos após a fecundação dos
gametas. Não há nenhuma sustentação que a CE seja um método que resulte em aborto

Critérios de elegibilidade da OMS (Nicolas, Miguel


e Petrus)
Legenda:

B – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da
gestação nesses casos quando usados acidentalmente durante a gravidez.
C – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da
gestação nesses casos quando usados acidentalmente durante a gravidez, MAS ainda
não está definida a relação entre o uso do acetato de medroxiprogesterona na gravidez e os
efeitos sobre o feto.
* Anticoncepcionais com dose menor ou igual a 35 mcg de etinilestradiol.

Miguel Nicolas Petrus continuacao

CRITÉRIOS CLÍNICOS DE ELEGIBILIDADE

Os critérios de elegibilidade clínica para uso dos métodos anticoncepcionais pela


Organização Mundial da Saúde(2018). Onde as Ferramentas para Tomada de
Decisões para Clientes e Serviços de Planejamento Familiar, incorpora as
orientações e reflete a comprovação científica quanto às melhores evidências
utilizadas para orientar o médico ou médica no processo de escolha do método
anticoncepcional mais adequado. Estes critérios guiam o profissional para a escolha
de acordo com a idade, a constituição e as comorbidades da paciente, sempre
respeitando os desejos pessoais. Eles se dividem em quatro categorias:
Categoria 1 Use o método em qualquer circunstância
Categoria 2 De modo geral, use o método
Categoria 3 Em geral, não se recomenda o uso do método a menos que outros,
mais adequados, não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis
Categoria 4 O método não deve ser usado.
Desta forma interpreta-se como:
Categoria 1: O método pode ser usado sem restrição.
Categoria 2: O método pode ser usado com restrições. As condições listadas na
categoria
2 significam que o método em questão pode ser utilizado com algumas precauções.
São situações nas quais as vantagens de usar o método geralmente superam os
riscos. As condições da categoria 2 fazem com que o método não seja a primeira
escolha e, se usado, deve ter acompanhamento médico regular.
Categoria 3: Os riscos decorrentes do seu uso, em geral superam os benefícios do
uso do
método. Quando há uma condição da categoria 3 para um método, este deve ser o
método de última escolha, caso escolhido, é necessário um acompanhamento
rigoroso da
usuária.
Categoria 4: O método não deve ser usado, pois apresenta risco inaceitável.
Nas situações em que a usuária apresenta mais do que uma condição da categoria
3, o
método não deve ser usado. Também, nas situações em que não é possível um
acompanhamento rigoroso da paciente, recomenda-se que as condições listadas na
categoria 3 sejam consideradas como da categoria 4, ou seja, o método não deve
ser usado. Quando a paciente apresenta, para o método escolhido, mais de uma
condição da
categoria 2, em geral o método deve ser considerado de última escolha, de uso
excepcional e sob controle rigoroso.

Em resumo.

Contraindicação aos contraceptivos hormonais combinados consideradas na


categoria 4, estão os seguintes casos:
Gestação;
Paciente amamentando até seis semanas após o parto;
Tabagista que fuma mais de 15 cigarros ao dia, com 35 anos de idade ou mais;
Paciente hipertensa (PA sistólica maior ou igual a 160 mmHg e PA diastólica maior
ou igual a 100 mmHg) ou com presença de distúrbios vasculares;
Diabetes mellitus com comprometimento vascular, nefropatia, retinopatia, neuropatia
há mais de 20 anos;
Trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar prévio ou atual;
cirurgia de grande porte com imobilização de longa duração;
Mutações em fatores trombogênicos (Fator V de Leiden, mutação gene protrombina,
deficiência proteína C, S e antitrombina);
Doença isquêmica do coração, atual ou prévia;
Acidente vascular encefálico;
Doença valvular cardíaca complicada (hipertensão pulmonar, risco de fibrilação
atrial, história de endocardite bacteriana subaguda);
Cefaleia com sintoma neurológico focal em qualquer idade (enxaqueca com aura),
cefaleia sem sintoma neurológico em paciente acima de 35 anos (enxaqueca sem
aura);
Hepatite viral aguda, neoplasia hepática benigna ou maligna, cirrose grave
descompensada;
Câncer de mama atual.

Já nas alterações elencadas na categoria 3:


Mulheres amamentando entre seis semanas e seis meses após o parto, devido ao
risco de alteração na produção láctea;
Tabagista que fuma menos de 15 cigarros por dia com idade superior a 35 anos;
História prévia de hipertensão, mesmo que na gravidez, em que a pressão não está
em seguimento clínico regular, hipertensão leve (PA sistólica entre 140 e 159 mmHg
e PA diastólica entre 90 e 99 mmHg);
Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular (fumo, diabetes e
hipertensão);
hiperlipidemias;
Cirrose hepática moderada e compensada, doença do trato biliar presente ou em
tratamento medicamentoso, história de colestase relacionada a contraceptivo
hormonal oral, outras doenças do trato biliar presentes ou em tratamento
medicamentoso;
Sangramento uterino anormal de causa desconhecida;
uso de medicações indutoras de enzimas hepáticas (rifampicina,
anticonvulsivantes), devido à interação entre elas;
Câncer de mama sem evidência de recorrência nos últimos cinco anos.

Partindo dessa premissa, observe que o ponto mais importante para realizar as
indicações de anticoncepcionais é a história clínica detalhada da paciente. Com
isso, é possível avaliar a presença de eventos trombóticos, sangramentos alterados,
entre outros.

Já os de progestagênio isolado, ótima opção para a maioria das mulheres, as


contraindicações anticoncepcionais desse método, estão os seguintes casos:

Até seis semanas do pós-parto em caso de amamentação: categoria 3 devido ao


receio de exposição do RN a hormônios exógenos;
Evento trombótico atual: categoria 3 (atenção: trombose atual é categoria 3, mas
história prévia de trombose entra como categoria 2);
Câncer de mama atual: categoria 4;
Câncer de mama pregresso há mais de cinco anos e sem recidiva: categoria 3;
A gestação confirmada é a única contraindicação absoluta para a
contracepção de emergência, enquadrada na categoria 4 pelos critérios de
elegibilidade da Organização Mundial de Saúde. No entanto, não há registro de
efeito teratogênico para o feto em caso de uso inadvertido.
Contraindicações (Tasso e João Otávio)

Anticoncepção hormonal combinada

Anticoncepcionais orais combinados


● Contraindicação absoluta
○ Trombofilia conhecida
○ Amamentação em menos de 6 meses após parto
○ Uso de mais de 15 cigarros por dia
○ Tabagista com mais de 35 anos
○ Níveis de pressão sistólica de 140-159 mmHg ou diastólica de 90-99 mmHg
○ Sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg.
○ História pessoal de tromboembolismo venoso ou pulmonar
○ Cirurgia maior com imobilização prolongada
○ Histórico pessoal de AVC, infarto do miocárdio, doença valvular complicada
○ Enxaqueca com aura, em qualquer idade
○ Câncer de mama
○ Hepatite viral ativa
○ Tumor hepático benigno ou maligno

Anel vaginal anticoncepcional


Não é indicado na presença de estenose vaginal, atrofia severa de vagina, prolapso
uterino, cistocele ou retocele importantes. Estas condições durante o uso do anel
favorecem processos irritativos, infecciosos e trazem maior chance de expulsão do anel.
● Condições onde não se pode usar, a menos que não tenha outros métodos mais
adequados disponíveis.
○ Após parto nas pacientes que não estão amamentando até os primeiros 21
dias.
○ Tabagista que fuma menos de 15 cigarros por dia e tem mais de 35 anos.
○ História prévia de hipertensão mesmo que na gravidez, onde a pressão não
está em seguimento clínico regular, hipertensão leve (PA sistólica entre
140-159 mmHg, e PA diastólica entre 90-99 mmHg).
○ Fatores de risco para doenças cardiovasculares (diabetes, hipertensão e
fumo).
○ Sangramento vaginal de causa desconhecida.
○ Hiperlipidemias.
○ Cirrose hepática moderada e compensada, doença do trato biliar presente ou
em tratamento medicamentoso, história de colestase relacionada a
contraceptivo hormonal oral, outras doenças do trato biliar presentes ou em
tratamento medicamentoso.
○ Utilização de drogas indutoras de enzimas hepáticas (rifampicina e
anticonvulsivantes).
○ Câncer de mama sem evidência de recorrência nos últimos 5 anos.
● Contraindicação absoluta
○ Gestação
○ Amamentação até 6 meses do parto
○ Tabagista que fuma mais de 15 cigarros ao dia e com idade maior ou
igual a 35 anos.
○ Diabetes com comprometimento vascular, nefropatia, retinopatia, neuropatia
ou diabetes com mais de 20 anos de duração.
○ Trombose venosa profunda e embolia pulmonar pregressa ou atual.
○ Acidente vascular cerebral.
○ Câncer de mama atual.
○ Hepatite viral aguda, neoplasias hepática benigna ou maligna, cirrose e
grave descompensada.
○ Cefaleia com sintomas neurológicos.
○ Cirurgia de grande porte com imobilização adequada.
○ Mutação em fatores trombogênicos.

Adesivo transdérmico
Contraindicações semelhantes aos demais anticoncepcionais hormonais combinados:
● Contraindicação absoluta
○ História de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.
○ Mutações trombogênicas conhecidas (mutação do fator V Leiden; mutação
do gene da protrombina; deficiência de proteína S, proteína C ou
antitrombina).
○ Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada prevista ou
recente.
○ História de Acidente Vascular Encefálico
○ Doença valvular cardíaca complicada (aumento do risco de fenômenos
tromboembólicos).
○ Doença cardíaca isquêmica atual ou passada.
○ Fatores de risco cardiovascular
○ Doença hepática ativa ou tumor hepático
○ Carcinoma de mama ativo ou recente
○ Enxaqueca com aura
● Relativas
○ Doença biliar ativa ou colestase secundária ao uso de contraceptivos
hormonais combinados
○ Uso de medicações que aumentam o metabolismo das enzimas hepáticas.

Injetáveis mensais combinados


● Contraindicação absoluta
○ Ser portadora ou ter histórico de trombose venosa profunda ou embolia
pulmonar.
○ Doença vascular
○ Doença vascular cardíaca com complicação
○ Imobilização prolongada por cirurgia de grande porte
○ Presença de mutações trombogênicas
○ Doença isquêmica cardíaca presente ou passada
○ Acidente Vascular Cerebral
○ Lúpus eritematoso sistêmico com anticorpos antifosfolípides positivos ou
desconhecido
○ Câncer de mama presente
○ Cefaleia com aura
○ Tabagista após 35 anos
○ Amamentação exclusiva com menos de 6 semanas de parto

Anticoncepção com progestagênio

Pílulas de Progestagênio (PSP)


Praticamente, todas as mulheres podem usar as pílulas de progestagênio, independente da
idade (adolescente ou >40 anos), se estiver amamentando, após abortar ou gravidez
ectópica, tabagista, antecedente de anemia (atual ou pregressa), portadora de varizes,
mulheres infectadas com HIV.
● Contraindicação absoluta
○ Câncer de mama atual
● Contraindicação relativa
○ Amamentação há menos de seis semanas após o parto - exposição a
hormônios esteróides ao recém-nascido-.
○ Episódio atual de tromboembolismo - boa alternativa a mulheres com
contraindicação ao estrogênio, mas com uso minimizado por sangramentos
irregulares -.
○ Câncer de mama pregresso a mais de 5 anos.
○ Tumor hepático benigno (adenoma) ou maligno (hepatoma), hepatite viral
ativa ou cirrose descompensada - progestagênios são metabolizados pelo
fígado.
○ Utilização de barbitúricos, carbamazepina, oxcarbazepina, fenitoína,
primidona, topiramato ou rifampicina - redução de eficácia dos PSP.
○ Surgimento de doença cardíaca isquêmica, acidente cerebrovascular e
enxaqueca com aura.
Contraceptivos injetáveis contendo apenas progestagênios
● Contraindicação absoluta
○ Câncer de mama atual
● Contraindicação relativa
○ Menos de 6 semanas pós-parto
○ Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular arterial - >35 anos,
hipertensão, diabetes, tabagismo.
○ Níveis elevados de pressão arterial sistólica > 160 mmHg ou diastólica
○ Trombose venosa profunda, embolia pulmonar
○ Doença cardíaca isquêmica atual ou pregressa
○ Acidente vascular cerebral
○ Diabetes
○ Câncer de mama pregresso a mais de 5 anos.
○ Sangramento vaginal inexplicável
○ Hepatite viral ativa
○ Cirrose descompensada
○ Tumores no fígado, benigno ou maligno

Implante contraceptivo subdérmico


É uma excelente opção anticoncepcional para mulheres que têm contraindicações para
métodos hormonais combinados e é uma excelente alternativa para aquela mulher que
deseja proteção contra gravidez em longo prazo e que seja rapidamente reversível.

Anticoncepção intrauterina

Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel


● Contraindicação absoluta
○ Gravidez
○ Distorção severa da cavidade uterina
○ Infecção aguda ou recente (<3 meses) ou recorrente
○ Cervicite não tratada
○ Alergia ao levonorgestrel
○ Doença hepática aguda ou tumor de fígado
● Contraindicação relativa
○ Fatores de risco para IST
○ Histórico de problemas com anticoncepção intrauterina
○ Sangramento uterino normal diagnosticado
○ Imunodepressão
○ História anterior de reflexo vasovagal
○ História anterior de intolerância a progestagênios (depressão importante)
○ Mulheres que não aceitam desenvolver oligomenorreia ou amenorreia
Como usar anticoncepcionais, erros comuns
(Leonardo e Renan)
Anticoncepcionais Orais e Minipílula
Como utilizar?
● AOC: : iniciar preferencialmente entre o 1º e o 5º dia do ciclo menstrual.
● Manter o intervalo de sete dias entre as cartelas, no caso do AOC monofásico
● Minipílula: ingerir 1 comprimido ao dia sem intervalo entre as cartelas.

O que orientar?
● A eficácia do método depende da usuária;
● Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis (IST);
● AOC: tomar uma dose diariamente, se possível sempre no mesmo horário.
○ Iniciar nova cartela no dia certo.
○ Iniciar o AOC no meio do ciclo menstrual não é contraindicado, mas pode
provocar alterações menstruais naquele ciclo;
● Minipílula: tomar uma dose diariamente, se possível sempre no mesmo horário,
sem interrupções.
○ É um método com boa eficácia associado à amamentação.

Medicamentos que podem interferir no AC Combinado


● Anticonvulsivantes
● Rifampicina e Griseofulvina
● Ideal é outros métodos

E se esquecer de tomar o AOC?


● Tomar uma pílula assim que se notar o esquecimento dela.
● Esqueceu uma ou duas pílulas ou atrasou o início da nova cartela em um ou
dois dias? Tomar uma pílula de imediato e tomar a pílula seguinte no horário
regular. Nesses casos, o risco de gravidez é muito baixo.
● Esqueceu de tomar três ou mais pílulas? Tomar uma pílula de imediato e utilizar
outro método contraceptivo de apoio por sete dias.
○ Caso a usuária tenha feito sexo nos últimos cinco dias, avaliar necessidade
de uso do anticoncepcional de emergência.
○ Se o esquecimento tiver ocorrido na 3ª semana da cartela, iniciar nova
cartela após sete dias.
● Vômitos ou diarreia? Se vomitar nas primeiras duas horas após tomar o AOC,
pode tomar outra pílula assim que possível.
○ Continuar tomando as pílulas normalmente.
○ Se permanecer por mais de 3 dias = instruções do tópico anterior

Se Após Gestação:
● Amamentando de forma exclusiva ou não, +6 Semanas Pós Parto: iniciar a
minipílula a qualquer momento se há certeza razoável de que não está grávida.
Método de apoio por sete dias. Em geral, os AOCs não são usados em mulheres
nos primeiros seis meses do pós-parto que estejam amamentando.
● Após aborto (espontâneo ou não): Imediamente. Se iniciar nos sete dias depois
de aborto, não necessita de método de apoio. Se mais que sete dias, iniciar desde
que haja certeza razoável de que a mulher não está grávida
● Não amamentando:
● 1) para início de AOC: pode iniciar o uso de AOC em qualquer momento
após o 21º dia do pós-parto, desde que com certeza razoável de que não
está grávida;
● 2) Para início de minipílula: se menos de quatro semanas do parto,
começar a qualquer momento (sem necessidade de método de apoio) – não
é um método muito eficaz para mulheres que não estão amamentando

Anticoncepcionais Injetável

Como Utilizar
● Pode iniciar a qualquer momento, desde que não grávida. Utilizar método de
apoio por sete dias
● O AI trimestral pode ser adiantado ou atrasado em até duas semanas;
● Independentemente do atraso, ela deve retornar para a próxima injeção.
● Se o atraso foi maior do que duas semanas, ela deve abster-se de fazer
sexo ou utilizar método de apoio até que receba uma injeção.
● Poderá tomar pílulas de AHE se o atraso foi maior do que duas semanas
e ela tenha feito sexo desprotegido nos últimos cinco dias.
● Se o atraso for de mais de duas semanas, poderá receber a injeção
seguinte se: houver certeza que não está grávida (ela não fez sexo nas
duas semanas após o período em que ela deveria ter recebido sua última
injeção ou utilizou método de apoio ou tomou AHE depois de ter feito
sexo desprotegido nas duas semanas após o período em que ela deveria
ter tomado sua última injeção); ou se ela estiver em amamentação de
forma exclusiva ou quase e deu à luz há menos de seis meses.
● Ela precisará de método de apoio nos primeiros sete dias após a injeção.
● Se a usuária estiver mais que duas semanas atrasada e não atender aos
critérios citados, medidas adicionais (como o teste rápido para gravidez)
poderão ser tomadas para que se tenha certeza razoável de que ela não
está grávida.
● o AI mensal pode ser adiantado ou atrasado em até 7 dias
● Se atrasar mais de sete dias, poderá receber a injeção seguinte se:
houver certeza que não está grávida (ela não fez sexo nas duas
semanas após o período em que deveria ter recebido sua última injeção
ou utilizou método de apoio ou tomou AHE depois de ter feito sexo
desprotegido nas duas semanas após o período em que ela deveria ter
tomado sua última injeção).
● Ela precisará de método de apoio nos primeiros sete dias após a
injeção.
● Se a usuária estiver mais que sete dias atrasada e não atender aos
critérios acima, medidas adicionais (como o teste rápido para gravidez)
poderão ser tomadas para que se tenha certeza razoável de que ela
não está grávida

O Que Orientar?
Para maior eficácia, é importante aplicar no intervalo correto
● No caso do AI trimestral, o retorno a fertilidade é gradual, mas pode
apresentar alguma demora
● Não protege contra IST’s

Após Gestação:
● Amamentando de forma exclusiva ou quase ou parcialmente para AI
trimestral: se não houve retorno da menstruação, iniciar a qualquer momento
se há certeza razoável de que não está grávida. Método de apoio por 7 dias.
● Amamentando de forma exclusiva ou quase ou parcialmente para AI mensal:
atrase a primeira injeção até completar seis semanas depois do parto ou
quando o leite não for mais o alimento principal do bebê – o que ocorrer
primeiro
● Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente. Se mais que sete dias,
iniciar desde que haja certeza razoável de que não está grávida (método de
apoio por sete dias)
● Se não amamentando: Para ambos quando mais de quatro semanas do parto

Cinco questões, ao longo da apresentação


(Jocsam)
(INTO) Uma paciente com diagnóstico de epilepsia em uso de fenitoína 100mg de 8/8h,
com bom controle das crises, deseja saber sobre métodos contraceptivos. Considerando as
comorbidades da paciente e a medicação em uso, a melhor opção contraceptiva é:
a) DIU de cobre
b) Contraceptivo transdérmico
c) Anticoncepcional oral combinado
d) Anel vaginal anticoncepcional
e) Orientar abstinência sexual

GABARITO: A
(UFES) São situações clínicas com contraindicações absolutas (categoria 4) aos
anticoncepcionais hormonais combinados, de acordo com o critério médico de elegibilidade
da Organização Mundial da Saúde (OMS):

a) Trombose venosa profunda e embolismo pulmonar atual ou pregresso, independente


do uso de anticoagulante
b) Anemia macrocítica
c) Endometriose e adenomiose
d) Diabetes Mellitus não complicado com menos de 20 anos de doença
GABARITO: A

(USP RP) Homem trans, 32 anos, hipertenso, comparece para consulta de rotina em UBS.
Refere se relacionar sexualmente com homem cisgênero, e atualmente está em uso regular
de contraceptivo oral combinado (COC) contendo levonorgestrel (0,15mg) + etinilestradiol
(0,03mg) para controle de sangramento vaginal volumoso. Refere ter iniciado o uso de
testosterona em outro serviço há 2 meses. Exame físico: sem lesões ou achados anormais
ao exame da genitália. Qual a melhor conduta neste momento?

a) Trocar para anel ou adesivo contraceptivo e suspender a testosterona


b) Prescrever análogo de GnRH e suspender temporariamente a testosterona
c) Substituir o COC por progestágeno isolado e manter a testosterona
d) Suspender o COC e manter apenas a testosterona

GABARITO: C

(FAMERP) Mulher, 27 anos, procura ambulatório de planejamento familiar com desejo


de utilizar método contraceptivo. Atualmente encontra-se sem comorbidades, mas
apresenta história de trombose venosa profunda há vários anos. Qual método
contraceptivo abaixo pode ser utilizada por essa paciente?
a) Anel vaginal
b) Adesivo transdérmico
c) Contraceptivo hormonal oral
d) Progestogênios orais isolados

GABARITO: D
(IAMSPE) O índice de Pearl é utilizado para avaliar a eficácia dos vários métodos de
anticoncepção. Em relação a esse índice, assinale a alternativa correta.

a) Os métodos comportamentais, como o da tabela (ou Ogino-Knaus) e o da


temperatura corpórea basal, têm índice de Pearl muito baixo, portanto têm alto
risco de falha.
b) O método de lactação e amenorreia, se utilizado corretamente nos primeiros
nove meses pós-parto, tem alto índice de Pearl.
c) O referido índice mede o número de falhas de um método em 100 casais após 2
anos de uso.
d) O implante subdérmico de etonogestrel tem baixo índice de Pearl.
e) O dispositivo intrauterino de cobre tem índice de Pearl melhor que o dispositivo
de levonorgestrel.
GABARITO: D
índice de Pearl = número de gestações que ocorrem no primeiro ano de uso do
método em 100 mulheres.
Referências
Finotti, Marta Manual de anticoncepção / Marta Finotti. -- São Paulo: Federação Brasileira
das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2015.

GIRÃO, Manoel João Batista C. Ginecologia 2a ed.Editora Manole, 2019. E-book. ISBN
9788520460764.

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