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Nas pacientes com diagnóstico firmado de câncer de colo do útero, é necessária a realização de exames
complementares que ajudam a avaliar se a doença está restrita ou não ao colo do útero: cistoscopia,
retossigmoidoscopia, urografia excretora e, em alguns casos, a ecografia transretal.
Os tipos de câncer de colo do útero podem ser: tipo epidermóide, o mais comum, e também pode ser do
tipo adenocarcinoma, o qual é bem menos freqüente. O primeiro pode ser diagnosticado na sua forma pré-
invasora: NIC (neoplasia intraepitelial cervical), geralmente assintomático, mas facilmente detectável ao
exame ginecológico periódico.
O que é Papanicolau?
Papanicolau é um teste que examina as células coletadas do colo do útero. O objetivo do exame é detectar
células cancerosas ou anormais. O Exame pode também identificar condições não cancerosas como
infecção ou inflamação. O nome do teste refere-se ao nome do seu criador, o médico greco-americano
George Papanicolaou
Toda mulher deve fazer o exame preventivo de câncer de colo do útero (Papanicolau) a partir da primeira
relação sexual ou após os 18 anos. Este exame deve ser feito anualmente ou, com menor freqüência, a
critério do médico.
Mulheres mais velhas normalmente deixam de fazer esse exame porque deixam de se consultar, ou
mesmo por orientação do médico. A partir dos 65 anos, as mulheres que tiveram exames normais nos
últimos 10 anos devem conversar com seu médico sobre a possibilidade de parar de realizar o exame
regularmente.
Mulheres que realizaram histerectomia (cirurgia para retirada do útero) com a retirada do colo além do
útero, não necessitam fazer o exame, a menos que a cirurgia tenha sido feita para o tratamento de câncer
ou de lesão pré-maligna.
Este teste é feito por um médico ou um técnico treinado para isso, num consultório ou ambulatório.
Durante um exame vaginal, antes do exame de toque, um aparelho chamado espéculo vaginal é
introduzido na vagina para que o colo do útero seja facilmente visualizado. Com uma espátula e/ou uma
escova especial, o médico coleta algumas células do colo do útero e da vagina e as coloca numa lâmina de
vidro. Essa lâmina com as células é examinada em um microscópio para que sejam identificadas
anormalidades que sugiram que um câncer possa se desenvolver (lesões precursoras) ou que já esteja
presente.
Por dois dias antes do exame a mulher deve evitar piscina e banheiras, duchas vaginais, tampões,
desodorantes ou medicamentos vaginais, espermicidas e cremes vaginais (a menos que seu médico
recomende explicitamente). Estes produtos e situações podem retirar ou esconder células anormais.
A mulher deve também evitar relações sexuais por dois dias antes do exame.
Negativo para câncer (células malignas): se é o primeiro resultado negativo, a mulher deverá fazer novo
exame preventivo em um ano. Se tiver um resultado negativo no ano anterior, o exame deverá ser
repetido em 3 anos.
ASCUS e ASGUS (alteração atípica com significado incerto): o médico deve indicar a conduta a seguir
conforme cada caso. Pode ser a repetição do exame em 12 meses ou tratamento de infecção ou fazer uma
colposcopia (exame em que se visualiza o colo do útero com lente de aumento de 10 vezes ou mais).
Amostra insatisfatória: a quantidade de material não foi suficiente para fazer o exame. O exame deve ser
repetido logo que for possível.
Independente desses resultados, você pode ter alguma outra infecção que será tratada. Siga o tratamento
corretamente. Muitas vezes, é necessário que o seu parceiro também receba tratamento.
Sim, prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva
essa doença através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece
nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem
transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à
saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao
aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm estes fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já
reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética
(história familiar), por exemplo.
O câncer de colo do útero, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis. Alguns
desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse
determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.
Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores aos quais, se a pessoa estiver exposta, a sua chance de
desenvolver esse tipo de câncer diminui.
Entre esses fatores de proteção também há os que se pode modificar, expondo-se mais a eles.
A prevenção do câncer de colo do útero passa por cuidados e informações sobre o uso de preservativos, a
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a orientação sexual, desestimulando a promiscuidade.
Em nível secundário de prevenção, está o exame ginecológico periódico.
Os fatores de risco e proteção mais conhecidos para o câncer de colo do útero e que podem ser
modificados são:
As mulheres mais velhas, que normalmente deixam de fazer esse exame, muitas vezes por orientação do
seu próprio médico, ou porque deixam de se consultar com um ginecologista, têm risco de desenvolver
esse tumor, já que não o diagnosticam na sua fase inicial.
O Vírus Papiloma Humano (HPV) é um vírus extremamente comum, do qual existem mais de 80 sub-
tipos. Alguns deles são transmitidos sexualmente (por contato sexual com parceiro portador desse vírus).
Desses, alguns estão associados ao câncer de colo do útero. Mais freqüentemente, os sub-tipos 16 e 18
estão associados a esse tipo de tumor.
Não existe tratamento para esse tipo de vírus e ele desaparece sozinho, sem tratamento, na grande maioria
das vezes. Porém, a maioria dos cânceres de colo do útero têm a presença desse vírus.
Ou seja, as mulheres portadoras desse vírus devem fazer exames mais freqüentes com o seu ginecologista
ou profissional de saúde capacitado para detectar alterações sugestivas de lesões malignas ou pré-
malignas tão cedo quanto possível, o que aumenta muito a chance de se fazer um procedimento que a
deixem complemente curadas.