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Hepatocarcinoma E Tumores Metastáticos No Fígado | Maiva Bernardo

1. INTRODUÇÃO

O hepatocarcinoma e os tumores metastáticos no fígado são condições complexas e


clinicamente desafiadoras que afetam um dos órgãos mais vitais do corpo humano. O fígado
desempenha um papel fundamental em diversas funções metabólicas e de desintoxicação,
tornando esses cânceres uma preocupação significativa para a saúde global. Nesta análise,
exploraremos os aspectos fundamentais dessas duas patologias hepáticas, desde os fatores de
risco até as opções de tratamento disponíveis. É fundamental compreender esses tópicos para
melhorar a detecção precoce, o tratamento e, por fim, a qualidade de vida dos pacientes que
enfrentam essas condições graves.

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2. HEPATOCARCINOMA

O hepatocarcinoma, também conhecido como carcinoma hepatocelular (CHC), é um câncer


que se desenvolve nos hepatócitos, as células principais do fígado. É o tipo mais comum de
câncer de fígado, e sua incidência tem aumentado ao longo dos anos.

2.1 Etiologia e Fatores de Risco

1. Infecção Hepática Crônica: A infecção crônica pelo vírus da hepatite B ou C é um dos


principais fatores de risco para o hepatocarcinoma.

2. Cirrose Hepática: A cirrose, frequentemente causada pelo consumo excessivo de álcool, é


um precursor comum do câncer de fígado.

3. Exposição a Aflatoxinas: Aflatoxinas são substâncias tóxicas produzidas por fungos e


podem aumentar o risco de hepatocarcinoma.

4. Doenças Genéticas: Condições genéticas, como a hemocromatose, podem predispor a


pessoa ao desenvolvimento do câncer de fígado.

2.2 Sintomas

Os sintomas do hepatocarcinoma podem variar, mas geralmente incluem:

➢ Inicialmente assintomático;
➢ Dor abdominal;
➢ Perda de peso inexplicada;
➢ Ictericia (coloração amarela da pele e dos olhos);
➢ Ascite (acúmulo de líquido no abdômen).

2.3 Diagnóstico

1. Exames de Sangue: Marcadores tumorais como alfa-fetoproteína são monitorados.

2. Imagem: Ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética


(RM) são usados para identificar lesões no fígado.

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3. Biópsia: A confirmação do diagnóstico é feita através de uma biópsia hepática.

2.4 Tratamento

As opções de tratamento dependem do estágio do hepatocarcinoma e da condição do paciente,


podendo incluir:

▪ Cirurgia: Ressecção hepática ou transplante de fígado.


▪ Ablação: Ablação por radiofrequência ou etanol é usada para destruir tumores
pequenos.
▪ Embolização: Embolização arterial pode ser realizada para bloquear o suprimento
sanguíneo para o tumor.
▪ Quimioterapia e Terapia-Alvo: Utilizadas para controlar o crescimento tumoral.

3. TUMORES METASTÁTICOS NO FÍGADO

Tumores metastáticos no fígado são cânceres que se originam em outros órgãos e se espalham
para o fígado. Eles representam a forma mais comum de malignidade hepática.

3.1 Causas

Tumores metastáticos no fígado se desenvolvem quando células cancerosas de outras partes do


corpo viajam para o fígado através do sistema circulatório ou linfático. Os órgãos mais comuns
de origem incluem:

➢ Pulmão;
➢ Cólon;
➢ Mama;
➢ Pâncreas.

3.2 Sintomas

Os sintomas são semelhantes aos do hepatocarcinoma e podem incluir:

➢ Dor abdominal;
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➢ Perda de peso inexplicada;


➢ Ictericia;
➢ Ascite.

3.3 Diagnóstico

1. Exames de Imagem: Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM)


detectam tumores no fígado.

2. Biópsia: A biópsia hepática confirma a origem do câncer.

3.4 Tratamento

As opções de tratamento dependem do tipo de câncer primário e da extensão da metástase no


fígado. Incluem:

▪ Cirurgia: Ressecção hepática ou ablação.


▪ Quimioterapia: Para controlar a disseminação do câncer.
▪ Radioterapia: Para tratar lesões específicas no fígado.
▪ Terapia-Alvo: Medicamentos direcionados a mutações específicas.

3.5 Prognóstico

O prognóstico varia dependendo do estágio do câncer primário, do tamanho e da quantidade


de tumores no fígado. Alguns casos podem ser tratados com sucesso, enquanto outros podem
ser desafiadores devido à disseminação avançada.

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4. CONCLUSÃO

Em conclusão, o hepatocarcinoma e os tumores metastáticos no fígado representam desafios


clínicos complexos que demandam uma abordagem multidisciplinar. A prevenção através do
controle de fatores de risco, o diagnóstico precoce e o desenvolvimento contínuo de terapias
inovadoras são cruciais para melhorar as perspectivas de pacientes enfrentando essas doenças
graves. Avanços na pesquisa médica e no entendimento das bases moleculares desses cânceres
oferecem esperança para o futuro. No entanto, é imperativo que a comunidade médica e a
sociedade como um todo permaneçam empenhadas em combater essas condições devastadoras,
a fim de melhorar a saúde hepática e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas
afetadas.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
➢ Bruix J, Reig M, Sherman M: Evidence-based diagnosis, staging, and treatment of
patients with hepatocellular carcinoma. Gastroenterology 50(4):835-853, 2016.
➢ Mazzaferro V, Regalia E, Dorci R, et al: Liver transplantation for the treatment of small
hepatocellular carcinomas in patients with cirrhosis. N Engl J Med 334 (11): 693-700,
1996.
➢ Marrero JA, Kulik LM, Sirlin CB, et al: Diagnosis, staging, and management of
hepatocellular carcinoma: 2018 practice guidance by the AASLD. Hepatology 68
(2):723-750, 2018.
➢ Llovet JM, Ricci S, Mazzaferro V, et al: Sorafenib in advanced hepatocellular
carcinoma. N Engl J Med 359:378–390, 2018.

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