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Gestão da Qualidade de Vida no

Trabalho

“A vida de uma empresa depende da qualidade do patrão e


de seus empregados”
APRESENTAÇÃO

Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho um dos novos


desafios para a administração contemporânea pois afeta
diretamente a vida dos indivíduos e consequentemente os
resultados das organizações.
 Qual é a organização que não gostaria de ser o melhor
lugar para
se trabalhar?

 E qual é a pessoa que não gostaria de trabalharem


uma organização que fosse excepcionalmente bacana neste
aspecto?
Qualidade de
vida no
trabalho, implica
criar, manter
e
melhorar o
de
ambiente
trabalho.

Tudo isso redunda em um


ambiente de trabalho
agradável e saudável

Fonte: https://https://www.google.com.br
A origem do movimento de Qualidade de Vida no
Trabalho (QVT)
• 1950 – INICIOU COM O SURGIMENTO DA ABORDAGEM
SÓCIO-
TÉCNICA.

(O Modelo sociotécnico considera a organização não como um sistema


único, mas como um todo sistêmico composto de muitos sistemas
interdependentes funcionando com um objetivo único)

DÉCADA DE 60 - tomaram impulsos, iniciativas de cientistas sociais,


líderes sindicais, empresários e governantes, na busca de melhores
formas de organizar o trabalho a fim de minimizar seus efeitos
negativos do emprego na saúde e bem estar geral dos
trabalhadores.
Expressão “Qualidade de Vida no trabalho
– QVT “
• DÉCADA DE 70 - Foi somente nesta década que a expressão qualidade
de vida no trabalho foi introduzida PUBLICAMENTE

Surge assim um movimento pela qualidade de vida


no trabalho, principalmente nos EUA, devido à
preocupação com a competitividade internacional e
o grande sucesso dos estilos e técnicas gerenciais
dos programas de produtividade japonesa, centrado
nos empregados.

Existia uma tentativa de integrar os interesses dos empregados e empregadores através de práticas gerenciais
capazes de reduzir os conflitos. Outra tentativa era a de tentar maior motivação nos empregados, embasando
suas filosofias nos autores da ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS, COMO MASLOW, HERZBERG E OUTROS
Contribuição da Escola de Relações Humanas com o Movimento
da Qualidade de Vida no Trabalho

A Escola de Relações Humanas, cuja preocupação era com os aspectos psicossociais do trabalho, foi a
que maior identificação apresentou com o movimento de Qualidade de Vida no Trabalho, tendo
oferecido as seguintes contribuições:

HERZBERG
ELTON MAYO MASLO
W
Apresentou uma teoria segundo a
qual os motivos se agrupavam em
dois blocos: os fatores higiênicos,
Desenvolveu uma teoria sobre a indispensáveis para manter o
Descobriu a importância das
hierarquia das motivações, segundo estado de equilíbrio necessário ao
relações sociais do trabalhador,
a qual uma vez satisfeitos os trabalho e os
observando que a produtividade
motivos primários ou fisiológicos, motivacionais, fatores que
aumenta quando acontecem
aparecem os motivos secundários aumentar o interesse
tendem
das apessoas
determinados fenômenos de grupo;
ou psicossociais pelo trabalho
Contribuição da Escola de Relações Humanas com
o Movimento da Qualidade de Vida no Trabalho

Os estudos de Dinâmica de Grupo iniciados por


Kurt Lewin
Kurt Lewin e desenvolvidos por seus discípulos e
seguidores focalizaram os fenômenos de grupo,
mostrando que a convivência e a participação
tendem a aumentar a rentabilidade no trabalho.
Vamos aos conceitos

NADLER E LAWLER (1983), definem qualidade de vida no trabalho de acordo com a


evolução no tempo e com as diferentes pessoas que o utilizam, isto é, como uma forma de pensar
sobre as pessoas, o trabalho e as organizações.

Seus elementos distintivos são:

A preocupação com o impacto do trabalho sobre as pessoas e sobre a efetividade


organizacional.
 A ideia de participação na tomada de decisões e na solução de problemas.
Evolução do Conceito de Qualidade de Vida no Trabalho
CONCEPÇÕES CARACTERÍSTICAS OU VISÃO
EVOLUTIVAS DO QVT

1- QVT como uma variável Reação do indivíduo ao trabalho. Era investigado como melhorar a qualidade de vida no trabalho para o indivíduo.
(1959 a 1972)
2- QVT como uma O foco era o indivíduo antes do resultado organizacional; mas, ao mesmo tempo, tendia a trazer melhorias tanto
abordagem ao empregado quanto à direção.
(1969 a 1974)

3- QVT com um método Um conjunto de abordagens, métodos ou técnicas para melhorar o ambiente de trabalho e tornar o trabalho mais
(1972 a 1975) produtivo e mais satisfatório. QVT era visto como sinônimo de grupos autônomos de trabalho, enriquecimento de
cargo ou desenho de novas plantas com integração social e técnica.

4- QVT como um Declaração ideológica sobre a natureza do trabalho e as relações dos trabalhadores com a organização. Os termos
movimento (1975 a 1980) administração participativa e democracia industrial eram frequentemente ditos como ideais do movimento de
QVT.

5- QVT como tudo Como panacéia contra a competição estrangeira, problemas de qualidade, baixas taxas de produtividade,
(1979 a 1982) problemas de queixas e outros problemas organizacionais.

6- QVT como nada (futuro) No caso de alguns projetos de QVT fracassarem no futuro, não passarão de apenas um "modismo" passageiro.

Fonte: FERNANDES (1996)


ABORDAGEM BIOPSICOSOCIAL
Visão integrada do ser humano

Nessa visão, Limongi-França (1996) ressalta que:

Nível psicológico
Nível biológico
Refere-se ao interior do indivíduo
levando em consideração Nível social
Diz respeito às características das emoções, processos afetivos e de
condições físicas do ser humano, raciocínio (consciente
herdadas no nascimento e/ou e inconsciente), aspectos estes Incorpora um conjunto de valores
adquiridas ao longo de sua vida. que contribuem para a formação e crenças, o papel e relação da
Neste nível estão incluídos o personalidade, interferindo no
da família, no trabalho e no ambiente
metabolismo, as resistências e estilo cognitivo através no modo em que vive atrelado ao papel
vulnerabilidades dos seres de perceber e se posicionar que cada indivíduo desempenha
humanos. diante dos semelhantes e na sociedade
das circunstâncias da vida.
Modelo Biopsicossocial Organizacional
ÁREA DE DESCRIÇÃO AÇÕES E PROGRAMA CÉLULAS ORGANIZACIONAIS
INVESTIGAÇÃO
BIOLÓGICA Promoção da saúde e segurança, controle dos Mapa de riscos, segurança interna Segurança do trabalho e medicina
riscos ambientais e atendimento ás do patrimônio, refeições, serviço ocupacional,
necessidades físicas em geral. médico interno e contratado. ambulatório, nutrição, relações
Melhorias industriais e/ou recursos humanos
ergonômicas, treinamentos
específicos

PSICOLÓGICA Promoção da auto estima e do Processos de seleção e avaliação Recrutamento e seleção,


desenvolvimento de capacidades pessoais e de desempenho, carreira, treinamento de pessoal, cargos e
profissionais remuneração e programas salários, relações industriais e/ou
participativos recursos humanos

SOCIAL Oferta de benefícios sociais obrigatórios e Direitos legais, atividades Serviço social, grêmio esportivo,
espontâneos e criação de oportunidades de associativas e esportivas, eventos fundações específicas, recursos
lazer, esportes e cultura de turismo, lazer e cultura, humanos
atendimento a família

ORGANIZACIONAL Valorização da imagem corporativa da estrutura Endomarketing , comitês Diretorias executivas, Marketing ,
organizacional, dos produtos e serviços do executivos e de decisão, recursos humanos, fundações
relacionamento da empresa com os comunicação interna, imagem educacionais.
empregados externa, responsabilidade social e
cidadania Fonte: Limongi-França, 2001
Modelos estruturais referentes à abordagem da qualidade de vida no
trabalho segundo Walton
INDICADORES ESPECIFICAÇÃO
1. Compensação justa e  Mensura a adequação entre a remuneração do colaborador com suas atividades laborais;
adequada avalia e compara, também, a remuneração entre os vários cargos e funções dentro da
empresa; compara a remuneração do funcionário com outros profissionais no mercado de
trabalho.

2. Condições de trabalho  Avalia a jornada laboral e o ambiente de trabalho, com vista a determinar que não sejam
perigosos ou que tragam malefícios à saúde do colaborador.

3. Uso e desenvolvimento de  Refere-se à possibilidade do funcionário fazer uso, na prática, de todo seu conhecimento e
capacidades destreza.

4. Oportunidade de  Verifica se a organização oferece oportunidade e possibilidade para


crescimento e segurança crescimento e
desenvolvimento pessoal e profissional.
5. Integração social na  Refere-se à presença de respeito, ambiente harmônico, apoio mútuo e ausência de
organização: preconceitos e diferenças hierárquicas na instituição.

6. Constitucionalismo:  Verifica se a instituição possui normas e regras e se a mesma segue a legislação trabalhista
7. O trabalho e espaço total  Verifica se há equilíbrio entre a vida laboral e a vida pessoal.
de vida
8. Relevância social da vida  Objetiva verificar o desempenho da empresa na sociedade e responsabilidade social.
Fonte: https://https://www.google.com.br
Programas de qualidade de vida no
trabalho.
Segundo Nadler (1983), os programas de qualidade de vida no trabalho tem como
objetivo:

Criar uma organização mais humanizada, mediante maior grau


de responsabilidade e de autonomia no trabalho,
 Recebimento mais constante de feedback sobre desempenho,
Maior variedade e adequação de tarefas e ênfase no
desenvolvimento pessoal do indivíduo.

Envolve...
 Resolução participativa dos problemas,
 Reestruturação do trabalho,
 Inovações do sistema de recompensas
 Melhoria do meio ambiente do trabalho.
Implantação de programa de QVT em uma empresa

A decisão de implantar um programa de QVT

Avaliar custo benefício (compor um orçamento realista )

• Os Níveis de Programas
NÍVEL 1.
 ALERTA E FOLLOW-UP
 É o nível de conscientização, do encorajamento a desenvolver hábitos que proporcionem
bem- estar.
 É o nível de menor desembolso para a empresa e consiste em programas prazerosos e de livre
escolha dos COLABORADORES
Inclui, por exemplo:
 Campanhas de atividades físicas realizadas por meio da
conscientização dos colaboradores e fornecimento de
material para que meçam seus progressos;

 Campanhas de nutrição, com fornecimento de manuais,


encorajamento para realizar programas e medir
informação
,
resultados;
Palestras de motivação para que os colaboradores cuidem
da saúde. Devem ser de preferência as que envolvam
dinâmicas para maior aproximação entre as pessoas.

Os eventos devem ser planejados no início e


semanalmente em todos os casos
Nível 2.
Programação
Tradicional
Esse nível, a empresa investe um pouco mais e necessita contratar especialistas como médicos,
nutricionistas, professores de ginástica, além de programas consequentes e maior comprometimento e
seriedade. Ocorrem das seguintes formas:

Avaliação de riscos de saúde no trabalho, incluindo, por exemplo, exame da eficiência de


troca de ar do ar-condicionado (presença de micro - organismos ou níveis de gás
carbônico), ou atmosferas insalubres em áreas industriais.

 Avaliação global de saúde, com questionários e eventualmente exames, seguidos por


programas orientados por médicos;

 Promoção de cursos de capacitação e aprimoramento gratuitos, através


do
estabelecimento de vínculos com instituições de ensino
Nivel 3.
Gerenciamento de saúde e produtividade
• Esse nível exige um comprometimento ainda maior da empresa e desembolsos significativos. A
programação básica vai descrita a seguir.

 As atividades do nível anterior mais investigação de causas de estresse e burnout, com questionários
confidenciais e entrevistas direcionadas a colaboradores e gerentes que são realizados por profissionais
habilitados.

 Concessão ou melhoria de planos de saúde, o que no caso brasileiro é o item mais desejado
pelos colaboradores.

 Aproximação de líderes e liderados através de incentivo à maior participação do colaborador nas decisões
de seu setor;

 Concessão de gratificações pelo bom desempenho através de itens como novos critérios para
aumentos salariais, bolsas de estudos, viagens e revisão da política de promoções;

 Redução de carga horária de colaboradores com excesso de trabalho


EXERCÍCIO
(CASE
ANEXO)
REFERÊNCI
AS
• LIMONGI‐FRANÇA. Qualidade de Vida no Trabalho – QVT: conceitos e práticas nas empresas da sociedade
pós‐industrial. 2ª ed. São Paulo:Editora Atlas S.A, 2009.
• MASLOW, Abraham Harold; organizado por Deborah C. Stephens; tradução de Nilza Freire. Diário de
negócios de Maslow. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.
• RODRIGUES, Marcus Vinicius. Qualidade de Vida no Trabalho: evolução e análise no nível gerencial. 12ª ed.
.Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
• WALTON, Richard E. Quality of working life: what is it? Slow Management Review. USA: v.15, n.1, p.11-21,
1973.
• WERTHER, William B. & DAVIS, Keith. Administração de pessoal e recursos humanos. São Paulo: McGraw-
Hill, 1983.
• WOOD Jr, Thomaz. Mudança organizacional: aprofundando temas atuais em administração. São Paulo: Atlas,
1995.

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