Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São causas que rompem o nexo de causalidade, ou seja, não haverá dever
de indenizar, não haverá responsabilidade civil.
São elas:
a) Estado de necessidade
O estado de necessidade está previsto no art. 188, inciso II, do CC.
Conceito
O estado de necessidade é a conduta de deterioração ou destruição de bem
jurídico alheio, ou a lesão à pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Doutrina: a agressão deve ter por objeto bem jurídico de valor igual ou
inferior àquele que se pretende proteger.
CC, art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa
de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a
importância que tiver ressarcido ao lesado.
Ataque de um animal?
Resposta: se o animal não estiver sob o comando de algum humano para
fazer o ataque, é estado de necessidade.
CP, Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter
sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
CP, Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação
civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente,
reconhecida a inexistência material do fato.
b) Legítima defesa
CC, art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa
de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a
importância que tiver ressarcido ao lesado.
CP, Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter
sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
CC, art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles
responsabilizado.
Pontos importantes:
- O Código Civil não fez distinção entre os dois institutos, não importa defini-
los, o importante e que um ou outro excluem o nexo causal
- Há grande divergência doutrinária acerca da conceituação de um ou outro
(tema Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho sustentam inexistir
importância pragmática na diferenciação).
- professor Eli adota entendimento do Pablo Stoze.
- Alguns doutrinadores tentam explicar:
força maior seria inevitável, ainda que previsível, relacionando-se a eventos
da natureza.
caso fortuito seria imprevisível ao homem médio, decorrendo de condutas
humanas.
- Tal diferenciação não tem importância.