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1. A ciência penal
3. TEORIA DO DELITO
3.1 OS CONCEITOS GERAIS DA TEORIA GERAL DO DELITO E SUAS
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS
3.2 AS CARACTERÍSTICAS DO FATO TÍPICO
3.3 A ILICITUDE E SUAS CAUSAS EXCLUDENTES
3.4 OS ELEMENTOS DA CULPABILIDADE E AS MODALIDADES DE
ERRO
EMENTA DA DISCIPLINA
• Avaliação 1 (AV1),
• Avaliação 2 (AV2),
• Avalição Digital (AVD) e
• Avaliação 3 (AV3)
REFERÊNCIAS E
BIBLIOGRAFIA
Sites:
O que aconteceu?
Nem tudo é crime, apesar de um resultado fatal...
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-56226292
Simbora começar nosso
assunto...
1. A CIÊNCIA PENAL
1.1 O conceito, as funções e as fontes do direito penal
1.2 O conceito de bem jurídico e o sentido do
constitucionalismo para o saber jurídico-penal
1.3 Os princípios em espécie no direito penal desde uma
perspectiva garantista
DIREITO PENAL
MATERIAL
O crime
Conduta
Nexo Fato Fato
Antijurídico
Causal Típico
Cuidado com
situações de
Resultad Culpabilidade
Ausência
de conduta
o
Tipicidad
e
INFRAÇÃO
PENAL
@prof.nataliabarroca
DIREITO PENAL
PROCESSUAL
O procedimento/processo
Recebimento ou Alegações
rejeição da D ou QC Finais
Fase pré processual
FATO
CRIME
1º Delito
2º Delinquente
Cesare Bonesana,
Marquês de Cesare Lombroso –
Beccaria (1738- 1876 – “o homem
1794) – “dos delinquente”
delitos e das Vítima Controle Social
penas”
- VINGANÇA DIVINA
- VINGANÇA PRIVADA
- VINGANÇA LIMITADA (LEI DE TALIÃO)
- VINGANÇA PÚBLICA
Recomendação de leitura: FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: história da violência nas prisões.
Petrópolis: Editora Vozes, 1987.
Disponível gratuitamente em :
https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/centrocultural/foucault_vigiar_punir.pdf
CAPÍTULO I
O CORPO DOS CONDENADOS
[Damiens fora condenado, a 2 de março de 1757], a pedir
perdão publicamente diante da poria principal da Igreja de
Paris [aonde devia ser] levado e acompanhado numa
carroça, nu, de camisola, carregando uma tocha de cera
acesa de duas libras; [em seguida], na dita carroça, na
praça de Greve, e sobre um patíbulo que aí será erguido,
atenazado nos mamilos, braços, coxas e barrigas das
pernas, sua mão direita segurando a faca com que cometeu
o dito parricídio, queimada com fogo de enxofre, e às partes
em que será atenazado se aplicarão chumbo derretido, óleo
fervente, piche em fogo, cera e enxofre derretidos
conjuntamente, e a seguir seu corpo será puxado e
desmembrado por quatro cavalos e seus membros e corpo
consumidos ao fogo, reduzidos a cinzas, e suas cinzas
lançadas ao vento.
VINGANÇA
PRIVADA
CONTEMPORÂNEA
Fonte: https://180graus.com/
VINGANÇA
PRIVADA
CONTEMPORÂNEA
Fonte: https://www.acritica.com/
BANALIZAÇÃO DA
VIOLÊNCIA
Acidente da Cantora da
banda Cavaleiros do
Forró
BANALIZAÇÃO DA
VIOLÊNCIA
Acidente da Cantora da
banda Cavaleiros do
Forró
PROTEÇÃO EM FACE DA NÃO REALIZAÇÃO DA AUTOTUTELA
Código Penal
Exercício arbitrário das próprias
razões
Art. 345 - Fazer justiça pelas
próprias mãos, para satisfazer Fonte: correiodoestado.com.br
Código Penal
Teoria do Sistema
Panóptico, idealizada
por Jeremy Bentham,
em 1785;
desenvolvida por
Michel Foucault, na
década de 1970.
O Presídio Modelo,
prisão construída entre
1926 e 1931 na Isla de
la Juventud, em Cuba,
abrigou o líder Fidel
Castro poucos anos
antes da Revolução
Cubana. É a única
prisão com sistema de
vigilância panóptico
que foi construída na
América Latina.
Fonte e imagem:
bbc.com
Começo da criminalidade em
massa e surgimento de novos
modelos de penitenciárias
atual Casa da Cultura Recife
ENCARCERAMENTO EM MASSA, BANALIZAÇÃO DA
VIOLÊNCIA/CRIMINALIDADE E O SISTEMA CONTEMPORÂNEO
Para
cumprimento de
medida de
segurança
ESPÉCIES DE PENAS NO ORDENAMENTO JURÍDICO
Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-carcerario-no-brasil/
Realidade do sistema prisional brasileiro
Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-carcerario-no-brasil/
Realidade do sistema prisional brasileiro
Fonte: A Gazeta
Estrutura da cela pela LEP (Lei de Execuções
Penais nº 7.210/1984)
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório,
aparelho sanitário e lavatório.
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação
e condicionamento térmico adequado à existência humana;
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
(...)
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro
urbano, à distância que não restrinja a visitação
HISTÓRIA DO DIREITO PENAL POSITIVO BRASILEIRO:
Relacionados à
pena
Relacionados à
missão do DP
Relacionados à
pena
Relacionados à
missão do DP
Relacionados
ao fato - Princípio da responsabilidade
pessoal
Princípios
- Princípio da responsabilidade
Relacionados subjetiva (existência de
ao agente voluntariedade; dolo/culpa)
- Princípio da culpabilidade
- Princípio da isonomia
Relacionados à - Princípio da presunção de
pena inocência
Relacionados à
missão do DP
PRINCÍPIOS BASILARES
ESTRUTURANTES
Dignidade da pessoa Legalidade Culpabilidade
humana (art. 5º, XXXIX,
(Princípio/Norma/Fu
(art. 5º, LVII,
CRFB/88 e art. 1º,
ndamento CP)
CRFB/88)
Constitucional, art.
1º, III, CRFB/88)
Princípios Gerais do Direito Penal
Heterogênea
Ex. Conceito de drogas na Lei 11.343/2006 (Poder Legislativo) = Portaria 344/1998 MS (Poder
Executivo)
Princípio da INTERVENÇÃO
MÍNIMA
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
ATENÇÃO
Fragmentariedade às avessas: situação inicialmente típica, mas que deixa
de interessar ao Direito Penal, sem prejuízo de continuar aos demais ramos
do Direito
✓ Princípio da Insignificância
Princípio da Insignificância (requisitos/vetores STF):
• mínima ofensividade da conduta,
• nenhuma periculosidade social da ação,
• reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e
• inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Quanto ao réu reincidente: doutrina e jurisprudência não Unânimes; STJ vem entendendo
pela aplicação quando o princípio for “socialmente recomendável” no caso concreto
✓ CUIDADO: abolitio criminis X Princípio da Insignificância
Criminalidade de bagatela
Entrada em vigor de nova lei que retira determinada conduta do ordenamento jurídico:
CAUSA EXTINTITVA DE PUNIBILIDADE
CUIDADO:
Princípio da Continuidade Fático-Normativa: conduta permanece no ordenamento
jurídico, com nova denominação
Ex.: Lei 12.015/2009 que alterou dispositivos relacionados aos Crimes contra a Dignidade
Sexual
✓ Alguns casos de não cabimento do Princípio da Insignificância
Triplo aspecto:
1) Fundamenta da pena = caracteriza juízo de reprovação
2) Elemento de mensuração da pena = circunstância judicial
analisada na dosimetria penal
3) Característica contrária à responsabilidade objetiva = necessário
que o fato causado enseje dolo (intenção de cometer o crime) ou
culpa (violação de um dever de cuidado).
ATENÇÃO!
Atenção:
2016: STF HC 126929 SP
2018: Projeto que regulamenta a prisão após a condenação em segunda
instância (PLS 166/2018) – em tramitação
2019: STF decidiu sobre a constitucionalidade da prisão de condenados
em segunda instância.
ATENÇÃO!
Coculpabilidade: “O princípio da coculpabilidade é um princípio constitucional
implícito que reconhece a corresponsabilidade do Estado no cometimento de
determinados delitos, praticados por cidadãos que possuem menor âmbito de
autodeterminação diante das circunstâncias do caso concreto, principalmente no
que se refere às condições sociais e econômicas do agente, o que enseja menor
reprovação social, gerando consequências práticas não só na aplicação e
execução da pena, mas também no processo penal” (MOURA, Grégore. Do
princípio da co-culpabilidade. Niterói: Impetus, 2006, p. 41).
Coculpabilidade às avessas:
• traduz no abrandamento à sanção de atos infracionais praticados por
pessoa com alto poder econômico e social, como é o caso dos crimes
de cifra dourada (crimes do colarinho branco, crimes contra a ordem
econômica e tributária etc.)
Ex. Extinção da punibilidade pelo pagamento da dívida nos crimes contra a
ordem tributária
ATENÇÃO!
Coculpabilidade às avessas:
• também demonstra que as tipificações penais já são previamente etiquetadas
às pessoas com estigmas sociais
Ex. contravenção penal de vadiagem (art. 59)
Art. 59. Entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o
trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou
prover à própria subsistência mediante ocupação ilícita: Pena – prisão simples, de
quinze dias a três meses.
Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que assegure ao condenado
meios bastantes de subsistência, extingue a pena.
Além de não prestar assistência, o Estado ainda
criminaliza condutas de pessoas marginalizadas pela
sociedade
ATENÇÃO!
Princípio da NÃO CULPABILIDADE ANTECIPADA
= Princípio da presunção de inocência (art. 5º, “LVII - ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória”, CRFB/88)
Atenção:
2016: STF HC 126929 SP
2018: Projeto que regulamenta a prisão após a condenação em segunda
instância (PLS 166/2018) – em tramitação
2019: STF decidiu sobre a constitucionalidade da prisão de condenados
em segunda instância.
Princípio da exteriorização ou materialização do fato
(nullum crimen sine actio)
EXAURIMENTO
INFRAÇÃO PENAL
*CRIMES MATERIAIS
Princípio da ofensividade ou da lesividade (nullum
crimen sine iniuria)
Conforme este princípio, para que o fato praticado seja abarcado pela proteção
ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado
1 Fase legislativa;
2 Fase judicial;
3 Fase de execução.
CRFB/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as
seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d)
prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos;
EXEMPLO:
Código Penal Animus laedendi
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano. Física, mental e fisiológica (órgãos
x e funções)
1 Fase legislativa;
2 Fase judicial;
3 Fase de execução.
necessidade,
adequação e
proporcionalidade (em sentido estrito)
Princípio da vedação do bis in idem.
Vedação da dupla incriminação do réu pelo menos fato
Aspecto processual:
CRFB/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada;
Princípio da vedação do bis in idem.
Vedação da dupla incriminação do réu pelo menos fato
Código Penal
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando
idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
2. TEORIA DA NORMA JURÍDICA -
PENAL
2.1 As características gerais das normas penais, suas
espécies, fontes e técnicas de interpretação e integração
2.2 A aplicabilidade no tempo da lei penal e os
princípios regentes
2.3 A aplicação da lei penal no espaço
FONTES DO DIREITO PENAL:
Constituição da República
Jurisprudência
Doutrina
Tratados
Convenções internacionais sobre DH
Costumes
Princípios gerais do Direito
Atos administrativos
Fundamentos constitucionais de validação da criminalização
Exemplos:
CRFB/88. CRFB/88.
Art.5º “direito à vida” Art.5º “direito ao
propriedade”
CRFB/88.
CP. Crimes Art.6º, 7º, 8º, 9º
contra a vida CP. Crimes
contra o
CP. Crimes contra a patrimônio
organização do
trabalho
Mandados constitucionais expressos de criminalização:
CRFB/88: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...) XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará
crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo
evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático;
Mandados constitucionais expressos de criminalização:
SISTEMA DICOTÔMICO
Tentativa Punível (art. 14, II, CP) Pode até existir, mas não se pune
(art. 4º, LCP)
Tempo de “O tempo de cumprimento das A duração da pena de prisão
cumprimento penas privativas de liberdade simples não pode ser superior a
das penas não pode ser superior a 40 5 anos, em caso algum(art. 10,
(quarenta) anos” (art. 75, caput, LCP)
CP alterado pela lei 13.964, de
24 de dezembro de 2019 –
PACOTE ANTICRIME)
CRIMES CONTRAVENÇÕES PENAIS
Prazo mínimo De um a três anos (art. Mínimo de seis meses (art. 16, LCP)
das medidas de 97, §1º, CP)
segurança
Ação Penal Podem ser ação penal Ação penal de natureza pública
de natureza pública incondicionada (art. 17, LCP)
(condicionada ou Atenção: art. 21, LCP, vias de fato,
incondicionada) ou de entendimento jurisprudencial no sentido
iniciativa privada (art. de que é ação penal de natureza pública
100, CP) CONDICIONADA (analogia às regras da
lesão corporal leve – art. 129, caput, CP e
art. 88, da Lei 9099/95)
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
DAS INFRAÇÕES PENAIS
CONCEITO DE CRIMES E CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Arquivo disponível em: https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-
classificacao-doutrinaria.pdf
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS CRIMES (CLÉBER MASSON)
- Crimes comuns ou gerais: podem ser praticados por qualquer pessoa.
- Bicomuns: podem ser praticados por qualquer pessoa contra qualquer pessoa.
- Crimes próprios ou especiais: o tipo penal exige uma situação fática ou jurídica diferenciada por parte do
sujeito ativo. ADMITEM COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO. Ex.: o peculato só pode ser praticado por funcionário
público.
- Próprios puros: a ausência da condição leva à atipicidade do fato. Ex.: na prevaricação, se excluir
“funcionário público”, não subsiste nenhum crime.
- Próprios impuros: a exclusão da especial posição do sujeito ativo acarreta a desclassificação para outro
delito. Ex.: no peculato doloso, se excluir “funcionário público”, haverá furto ou apropriação indébita.
- Próprios com estrutura inversa: são os crimes funcionais. É necessário indagar sobre o fato antes de
concluir que a qualificação subjetiva de funcionário público subsista realmente.
- Bipróprios: é exigida uma condição ao sujeito ativo e passivo. Ex.: infanticídio.
- Crimes de mão própria, de atuação pessoal ou de conduta infungível: são aqueles que somente podem ser
praticados pela pessoa expressamente indicada no tipo penal. Tais crimes NÃO ADMITEM COAUTORIA, MAS
ADMITEM PARTICIPAÇÃO. Ex.: falso testemunho (se o advogado incitar a testemunha a mentir, ele será
partícipe do crime). O STF, na contramão, entende que é possível, em tese, atribuir a advogado a coautoria
pelo crime de falso testemunho.
- Crimes simples: amoldam-se em um único tipo penal. Ex.: furto.
- Crimes complexos: podem ser em sentido amplo ou estrito.
- Em sentido estrito: resultam da união de 2 ou mais tipos penais. Ex.: o crime de roubo é a fusão entre
furto e ameaça (se praticado com emprego de grave ameaça), ou de furto e lesão corporal (se praticado
mediante violência contra a pessoa). Os delitos que compõem a estrutura unitária do crime complexo são
“famulativos”.
- Em sentido amplo: um crime + um comportamento por si só penalmente irrelevante. Ex.: a denunciação
caluniosa é a união da calúnia com a conduta lícita de notificar à autoridade pública a prática de uma
infração penal e sua autoria.
- Crimes materiais ou causais: a consumação depende da ocorrência do resultado naturalístico. Ex.: só há
homicídio quando o falecimento da vítima ocorre (resultado naturalístico).
- Crimes formais, de consumação antecipada ou de resultado cortado: é desnecessária a ocorrência do
resultado naturalístico para a consumação (basta a mera prática da conduta). Ex.: injúria (basta que as
palavras proferidas tenham potencialidade para violar a honra subjetiva, não depende de como a pessoa
se sente); extorsão (súmula 96 do STJ: o crime de extorsão consuma-se independente da obtenção da
vantagem indevida).
- Crimes de mera conduta ou de simples atividade: o tipo penal se limita a descrever uma conduta, ou
seja, não contém resultado naturalístico. Ex.: ato obsceno.
https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-classificacao-doutrinaria.pdf
MATERIAIS FORMAIS MERA CONDUTA
A consumação depende da ocorrência A consumação independe da Não há resultado naturalístico (o tipo
do resultado naturalístico. ocorrência do resultado naturalístico. só descreve uma conduta).
https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-classificacao-doutrinaria.pdf
- Crimes unissubjetivos, unilaterais, monossubjetivos ou de concurso eventual: são praticados por uma
pessoa, mas admitem o concurso. Ex.: homicídio.
- Crimes plurissubjetivos, plurilaterais ou de concurso necessário: o tipo penal reclama a pluralidade de
agentes.
- Plurissubjetivos de condutas paralelas: várias condutas se auxiliam mutuamente. Ex.: quadrilha ou
bando.
- Plurissubjetivos de condutas convergentes: as condutas convergem para o mesmo fim. Ex.: bigamia.
- Plurissubjetivos de condutas contrapostas: as condutas voltam-se umas contra as outras. Ex.: rixa.
- Crimes plurissubjetivos ≠ crimes de participação necessária: estes podem ser praticados por uma
única pessoa, não obstante o tipo penal reclame a participação necessária de outra pessoa, que atua
como sujeito passivo e, por esse motivo, não é punido. Ex.: rufianismo.
- Crimes eventualmente coletivos: a diversidade de agentes atua como causa de majoração da pena. Ex.:
furto qualificado, roubo circunstanciado.
- Crimes de subjetividade passiva única: uma única vítima. Ex.: lesão corporal.
- Crimes de dupla subjetividade passiva: 2 ou mais vítimas. Ex.: aborto sem o consentimento da gestante
(são vítimas a gestante e o feto).
https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-classificacao-doutrinaria.pdf
- Crimes de dano: a consumação só se produz com a efetiva lesão do bem jurídico. Ex.: homicídio, lesões
corporais e dano.
- Crimes de perigo: a consumação se produz com a mera exposição do bem jurídico a uma situação de
perigo. Basta a probabilidade do dano.
- Perigo abstrato: consumam-se com a prática da conduta, automaticamente. Não se exige a comprovação
da produção da situação de perigo (PRESUNÇÃO ABSOLUTA – iuris et de iure). Ex.: tráfico de drogas.
- Perigo concreto: deve ser comprovada a situação de perigo. Ex.: crime de perigo para a vida ou saúde de
outrem.
- Perigo individual: atingem uma pessoa ou um número determinado de pessoas. Ex.: perigo de contágio
venéreo.
- Perigo comum ou coletivo: atingem um número determinado de pessoas. Ex.: explosão criminosa.
- Perigo atual: ex.: abandono de incapaz.
- Perigo futuro ou mediato: a situação de perigo decorrente da conduta se projeta para o futuro, como no
porte ilegal de arma de fogo permitido ou restrito.
- Crimes unissubsistentes: CONDUTA = UM ÚNICO ATO DE EXECUÇÃO, capaz de por si só produzir a
consumação. Ex.: crimes de honra praticados com o emprego da palavra. NÃO ADMITEM A TENTATIVA, pois
a conduta não pode ser fracionada.
- Crimes plurissubsistentes: CONDUTA = DOIS OU MAIS ATOS, os quais devem somar-se para produzir a
consumação. É POSSÍVEL A TENTATIVA.
https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-classificacao-doutrinaria.pdf
- Crimes de forma livre: admitem qualquer meio de execução. Ex.: ameaça.
- Crimes de forma vinculada: apenas podem ser executados pelos meios indicados no tipo penal. Ex.: crime de
perigo de contágio venéreo (só por relações sexuais).
- Crimes mono-ofensivos: ofendem um único bem jurídico.
- Crimes pluri-ofensivos: atingem 2 ou mais bens jurídicos. Ex.: latrocínio (vida e patrimônio).
- Crimes principais: possuem existência autônoma.
- Crimes acessórios: dependem da prática de um crime anterior. Ex.: receptação, lavagem de dinheiro.
- Crimes transeuntes: não deixam vestígios materiais. Ex.: crimes praticados verbalmente.
- Crimes não transeuntes: deixam vestígios materiais. Ex.: homicídio. Cuidado pra não confundir: NÃO
transeunte DEIXA vestígio; transeunte NÃO DEIXA vestígio.
- Crimes independentes: sem nenhuma ligação com outros delitos.
- Crimes conexos: interligados entre si. A conexão material ou penal divide-se em:
- Teleológica: o crime é praticado para assegurar a execução de outro delito. Ex.: matar o segurança para
sequestrar o empresário.
- Consequencial ou causal: o crime é cometido para assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem de
outro delito. Ex.: matar uma testemunha para manter impune o delito, e assassinar o comparsa para ficar com
todo produto do crime. Essas duas espécies de conexão são qualificadoras do homicídio e funcionam como
agravantes genéricas nos demais crimes.
- Ocasional: o crime é praticado como consequência da ocasião, da oportunidade proporcionada por
outro delito. Ex.: um ladrão, após praticar o roubo, decide estuprar a vítima que estava no interior da loja
assaltada. O agente responde por ambos os crimes, em concurso material. Criação doutrinária.
https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-classificacao-doutrinaria.pdf
- Crime progressivo: para ser cometido, o agente deve violar obrigatoriamente outra lei penal, a qual
tipifica crime menos grave (crime de ação de passagem). O crime mais grave absorve o menos grave
(princípio da consunção).
- Progressão criminosa: ocorre mutação no dolo do agente, que inicialmente realiza um crime menos
grave e, após, quando já alcançada a consumação, decide praticar outro delito de maior gravidade. Ex.: o
dolo inicial era de causar lesão corporal, mas o sujeito decide matar a vítima (resultado mais grave). No
caso, responderá pelo homicídio (princípio da consunção).
Também ocorre progressão criminosa quando o agente quer praticar um roubo e depois resolve estuprar
a vítima. Nesse caso, há concurso material de crimes (roubo + estupro).
É realizado mediante um único ato ou atos que compõem É aquela realizada mediante dois atos, ou seja, quando o
único contexto. Há um tipo penal, abstratamente agente inicia um comportamento que configura um crime
considerado, que contém implicitamente outro, o qual menos grave, porém, ainda dentro do mesmo iter criminis,
deve necessariamente ser realizado para se alcançar o resolve praticar uma infração mais grave, que pressupõe a
resultado. primeira. O DOLO DO AGENTE MUDA (ele queria o
Ex.: no homicídio o agente necessariamente comete lesão resultado menos grave, mas, no meio do caminho, muda
corporal. O DOLO DO AGENTE NÃO MUDA (desde o início de ideia e passa a querer o resultado mais grave). O dolo é
da execução ele quer o resultado mais grave). chamado de DOLO CUMULATIVO.
https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-classificacao-doutrinaria.pdf
- Crime gratuito: praticados sem motivo conhecido.
- Crime exaurido: o agente, depois de já alcançada a consumação, insiste na agressão ao bem jurídico. Não
caracteriza novo crime, constituindo-se em desdobramento de uma conduta perfeita e acabada.
- Crime de circulação: praticado com o emprego de veículo automotor. Incidência do CTB.
- Crime de atentado ou de empreendimento: A LEI PUNE O CRIME CONSUMADO E A FORMA TENTADA DE
FORMA IDÊNTICA (TENTATIVA SEM PENA DIMINUÍDA). Ex.: evasão mediante violência contra a pessoa.
- Crime vago: o sujeito passivo é uma entidade destituída de personalidade jurídica, como a família ou a
sociedade. Ex.: tráfico de drogas (o sujeito passivo é a coletividade). - Crime habitual consuma-se com a
prática reiterada e uniforme de vários atos que revelam um criminoso estilo de vida do agente. Cada ato,
isoladamente, é atípico. Ex.: exercício ilegal da medicina e curandeirismo.
- Quase-crime: é o crime impossível. ART. 17 CP
- Crime subsidiário: é o que somente se verifica se o fato não constitui crime mais grave. Ex.: o crime de
dano configura-se somente na hipótese em que o agente não pretende conduta criminosa posterior (e mais
grave). Se o agente pratica um dano ao patrimônio para lhe facilitar a subtração de outros bens, o crime de
dano será absorvido (configurando o rompimento ou a destruição de obstáculo qualificadora do furto). É o
“soldado de reserva”.
- Crime de tendência: é aquele em que a tendência afetiva do autor delimita a ação típica, ou seja, a
tipicidade pode ou não ocorrer em razão da atitude pessoal e interna do agente. Ex.: o toque do
ginecologista pode ser agir profissional ou algum crime de natureza sexual, dependendo da tendência
(libidinosa ou não).
https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-classificacao-doutrinaria.pdf
- Crime mutilado de dois atos ou tipos imperfeitos de dois atos: o sujeito pratica um delito, com a finalidade
de obter um benefício posterior. Ex.: falsidade para cometer outro crime.
- Crime falho: é a tentativa perfeita ou acabada, ou seja, aquele em que o agente esgota os meios executórios
que tinha à sua disposição e, mesmo assim, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.
- Crime putativo, imaginário ou erroneamente suposto: o agente acredita realmente ter praticado um crime,
quando na verdade cometeu um indiferente penal. É um “não crime”.
- Crime remetido: sua definição típica se reporta a outro crime. Ex.: uso de documento falso.
- Crime-obstáculo ou delitos de impaciência: OS ATOS PREPARATÓRIOS SÃO PUNIDOS COMO CRIME
AUTÔNOMO. Ex.: associação criminosa. A “impaciência” é do legislador, que pune os atos preparatórios.
- Crime liliputiano: é a contravenção penal, também chamada de “crime anão” ou “crime vagabundo”.
- Crimes de colarinho azul: expressão do Min. Luiz Fux para se referir aos delitos envolvendo a corrupção no
âmbito do Poder Público. Se contrapõe aos “crimes de rua”.
- Crime de ação múltipla ou de conteúdo variado: VÁRIAS CONDUTAS, SEPARADAS POR “OU”. Tanto faz praticar
uma conduta ou mais de uma, há crime único. Ex: crime de participação em suicídio (o agente induz, instiga ou
auxilia outrem a cometer suicídio). O crime de dano também (destruir, inutilizar ou deteriorar).
Atenção: nos crimes de ação múltipla ou conteúdo variado, aplica-se o PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE:
mesmo que pratique mais de uma conduta integrante do tipo, só responderá uma única vez. Ex.: comete o crime
de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06) o sujeito que importa, exporta, remete, prepara, produz, fabrica,
vende [...] drogas. Se o sujeito exportar e vender drogas, praticando 2 verbos do núcleo, haverá um único crime
de tráfico de drogas, e não concurso de crimes.
https://focanoresumo.files.wordpress.com/2015/09/foca-no-resumo-conceito-de-crimes-e-classificacao-doutrinaria.pdf
LEI PENAL NO TEMPO
LEI PENAL NO TEMPO
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.(Redação
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Acontece quando a lei penal posterior é mais gravosa, ocasião em que a lei
penal mais benéfica é a da época da conduta, embora não mais vigente,
entretanto, continuará além do seu tempo de vigência.
Progressão criminosa
LEI PENAL NO ESPAÇO
ESPAÇO ONDE SE APLICA LEI PENAL
LUGAR DO CRIME
Bizú:
Lugar do crime
Ubiquidade (ou teoria mista)
Tempo do crime
Atividade (teoria)
12 MILHAS
(ou aprox. 20 km)
Fonte: IBGE
REGRA
Princípio da Territorialidade Temperada
Art. 5º do CP - Aplica-se a lei brasileira, sem
prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no
território nacional.
Regra:
TERRITORIALIDADE
Exceções:
- INTRATERRITORIALIDADE;
- EXTRATERRITORIALIDADE
Conceito de Território Brasileiro Propriamente Dito (ou
Físico) compreende:
MAR TERRITORIAL
LEI 8617/93
Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze
milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-
mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas
náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.
ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO
Princípio da soberania mediante a coluna atmosférica.
Embarcações e Aeronaves
Artigo 14
1. Os Chefes de Missão dividem-se em três classes:
a) Embaixadores ou Núncios acreditados perante Chefes de Estado, e
outros Chefes de Missões de categoria equivalente;
(...)
Artigo 22
1. Os locais da Missão são invioláveis. Os Agentes do Estado acreditado
não poderão neles penetrar sem o consentimento do Chefe da Missão.
(...)
É POSSÍVEL O DIPLOMATA RENUNCIAR SUA
IMUNIDADE?
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/09/15/pf-apreende-malas-com-dinheiro-e-relogios-
com-o-vice-presidente-da-guine-equatorial.ghtml
A confusão começou assim que a aeronave pousou, na manhã
de sexta-feira (14). Segundo informações de um auditor fiscal,
o avião passou por uma inspeção e logo na sequência os
funcionários do vice-presidente precisariam passar pelo
procedimento de raio-x, porque só o vice-presidente é que
tem a imunidade diplomática.
Só que hora na passar o raio-x na bagagem dos funcionários
começou uma estranha e inusitada negociação, que durou
quatro horas, para que eles pudessem finalmente abrir suas
malas, e aí a Polícia Federal pôde encontrar e identificar todo
o dinheiro que ele estava carregando, mais os relógios.
Segundo informações desse auditor, assim que isso
aconteceu, eles foram levados para uma sala da Polícia
Federal e tiveram que prestar depoimento. Um funcionário do
vice-presidente, disse, em depoimento, que não sabia o que
tinha dentro das malas e que a única informação que ele tinha
era que o vice-presidente veio fazer um tratamento médico no
Brasil.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/09/15/pf-apreende-malas-com-dinheiro-e-relogios-com-o-vice-
presidente-da-guine-equatorial.ghtml
O Itamaraty está em contato com a Receita Federal e com a
Polícia Federal, mas disse que não vai se manifestar.
Os 11 passageiros passaram quatro horas na sala da Polícia
Federal no aeroporto para prestar esclarecimentos. Só depois
todos foram liberados e estão num hotel em Campinas.
Na revista das bagagens, a polícia do aeroporto encontrou US$
1,5 milhão e R$ 55 mil em dinheiro, além de relógios avaliados
em US$ 15 milhões.
Teodoro Obiang Mangue é o filho mais velho do presidente da
Guiné Equatorial, Teodoro Mbasogo. Ele é vice-presidente
desde 2016. Antes, foi ministro da Agricultura e responsável
pela defesa do país. O pai dele é ditador da Guiné Equatorial há
35 anos.
Teodoro Mbasogo é o chefe de estado africano que está há
mais tempo no poder e o oitavo governante mais rico do
mundo, segundo a revista "Forbes". A Guiné Equatorial fica na
África Ocidental e é o terceiro maior produtor de petróleo da
África, mas a população é miserável.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/09/15/pf-apreende-malas-com-dinheiro-e-relogios-
com-o-vice-presidente-da-guine-equatorial.ghtml
O presidente da Guiné Equatorial já esteve outras vezes no Brasil.
Ele é conhecido pelos gastos elevados com festas.
Em 2010, o então presidente Lula visitou a Guiné Equatorial. Ele foi
criticado por apoiar uma ditadura. O governo justificou que era
uma viagem de negócios.
Em 2015, foi o ditador da Guiné Equatorial que se envolveu numa
polêmica, depois que o país virou enredo do carnaval da Beija-Flor.
Teodoro Mbasogo negou que tenha dado US$ 10 milhões para
patrocinar o desfile e informou apenas que apoiou a iniciativa de
empresas brasileiras que mantêm operações no país.
(...) A Polícia Federal ouviu o secretário da embaixada da Guiné
Equatorial no Brasil, Leminio Mikue, que estava no aeroporto de
Viracopos, em São Paulo, para recepcionar o vice-presidente. Ele
disse que Teodoro Mangue veio ao Brasil fazer um tratamento
médico e que daqui seguiria para Singapura, em missão oficial.
O secretário disse que os relógios são de uso pessoal do vice-
presidente e que o dinheiro em espécie seria para a missão oficial
em Singapura. Ele não soube, no entanto, explicar que missão seria
essa.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/09/15/pf-apreende-malas-com-dinheiro-e-relogios-
com-o-vice-presidente-da-guine-equatorial.ghtml
IMUNIDADES DO ÂMBITO PARLAMENTAR
Em caráter absoluto (freedom of speech):
CRFB/88. Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
(...) § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de
sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que
sejam incompatíveis com a execução da medida. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 35, de 2001)
HÁ UM LIMITE DESTA IMUNIDADE?
Entendimento do STF:
Caso concreto em que, por qualquer ângulo que se interprete, as declarações estão
abrangidas pela imunidade. Declarações proferidas pelo Deputado Federal querelado no
Plenário da Câmara dos Deputados. Palavras proferidas por ocasião da prática de ato
tipicamente parlamentar – voto acerca da autorização para processo contra a Presidente da
República. Conteúdo ligado à atividade parlamentar. 3. Absolvição por atipicidade da
conduta”.
AFASTAMENTO DA IMUNIDADE
Entendimento do STF:
• Relativa ao foro;
• Relativa à prisão;
• Relativa ao processo;
• Relativa à condição de testemunha.
IMUNIDADES DO ÂMBITO PARLAMENTAR
Em caráter relativo:
(...)
Presidente
O presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, retificou seu voto dado em 2017.
Na ocasião, ele deferia as liminares em menor extensão, sob a fundamentação de
que o parágrafo 2º do artigo 53 da CF faz referência expressa aos membros do
Congresso Nacional (senadores e deputados federais) na questão relativa à
prisão. Já em outros dispositivos relativos à imunidade parlamentar, o texto cita
deputados e senadores, o que incluiria os parlamentares estaduais.
“Meu voto restou isolado. Se dez ministros não entenderam nesse sentido, curvo-
me àquilo que está na Constituição Federal, que é a imunidade da prisão a não
ser em flagrante de crime inafiançável, o que pode ser estendido aos deputados
estaduais. Não vou fazer prevalecer minha posição pessoal estando na cadeira de
presidente”, salientou. Nesse sentido, retificou seu voto para negar as liminares.
Fonte: http://stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=410496
IMUNIDADES QUANTO AOS VEREADORES
CÓDIGO PENAL
PARTE ESPECIAL
TÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo: escusas absolutórias (crime existe, mas não é punível)
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; (ou união estável, art. 226,
§3º CRFB/88)
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural.
Atenção: Violência Patrimonial – Lei Maria da Penha 11.340/2006
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título
é cometido em prejuízo: escusas relativas, não é causa extintiva de punibilidade, mas
sim, condição objetiva de procedibilidade
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
inaplicabilidade das escusas
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja
emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
Ementa Oficial
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO. NÃO CABIMENTO. ECA. ATO INFRACIONAL
EQUIPARADO À APROPRIAÇÃO INDÉBITA. INÉPCIA DA REPRESENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE
INDICAÇÃO DA DATA DOS FATOS. NÃO OCORRÊNCIA. IRREGULARIDADE. ESCUSA
ABSOLUTÓRIA (ART. 181, II, DO CP). APLICABILIDADE. ILEGALIDADE MANIFESTA.
1. Não é cabível a utilização do habeas corpus como substitutivo do recurso adequado.
Precedentes.
2. A omissão da indicação da data dos fatos na representação constitui mera
irregularidade, que não enseja a declaração de inépcia quando a narrativa permite o
exercício da ampla defesa e do contraditório. Na espécie, pelo que se pode depreender das
peças que foram acostadas aos autos, consta na certidão de antecedentes infracionais do
paciente a data da infração, a saber, 18/4/2011.
3. O art. 181, II, do Código Penal prevê escusa absolutória, em razão da qual é isento de
pena aquele que comete crime contra o patrimônio, entre outras hipóteses, em prejuízo
de ascendente, salvo as exceções delineadas no art. 183 do mesmo diploma legal.
4. Por razões de política criminal, com base na existência de laços familiares ou afetivos entre
os envolvidos, o legislador optou por afastar a punibilidade de determinadas pessoas. Nesse
contexto, se cumpre aos ascendentes o dever de lidar com descendentes maiores que lhes
causem danos ao patrimônio, sem que haja interesse estatal na aplicação de pena, também
não se observa, com maior razão, interesse na aplicação de medida socioeducativa ao
adolescente pela prática do mesmo fato.
5. Estando o paciente isento da aplicação de medida socioeducativa, o processo deixa de ter
finalidade, razão pela qual seu prosseguimento configura constrangimento ilegal, que merece
ser sanado por meio do trancamento do feito.
6. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício, para determinar o trancamento
do feito.
(HC 251.681/PR, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em
03/10/2013, DJe 24/10/2013)
Súmula 245 do STF: “A imunidade parlamentar não se
estende ao corréu sem essa prerrogativa”.
EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL
1º de junho 2019: Neymar é acusado de estupro pela
CASO NEYMAR X NAJILA modelo Najila Trindade. Ela registrou boletim de
ocorrência na sexta-feira (31 de maio), revelado
pelo ESPN.com.br um dia depois, na 6ª Delegacia de
Polícia de Defesa da Mulher, em São Paulo.
Segundo o documento, ela alegou ter conhecido o jogador
de Paris Saint-Germain e seleção brasileira nas redes
sociais. E no dia 12 de maio, um assessor identificado
como Gallo entrou em contato fornecendo passagens e
hospedagem para ela viajar para Paris, na França. Ela
afirmou ter embarcado no dia 14 e chegado no dia 15.
Najila relatou ter se hospedado no Hotel Sofitel Paris Arc
Du Triomphe e recebido o atleta, então com 27 anos, por
volta de 20h locais do dia 15. Segundo ela, o jogador
chegou “aparentemente embriagado”. Ela diz que eles
começaram a conversar, trocaram carícias, porém, em
determinado momento, Neymar se tornou agressivo e,
mediante violência, praticou relação sexual.
Neymar sempre negou ter havido estupro. Ele confirma
que houve relação sexual, mas que a mesma foi
consensual. E publicou, em seu perfil no Instagram,
https://www.espn.com.br/ imagens das conversas que teve com a modelo e fotos de -
inclusive com nudez.
8 de agosto de 2019 - O Ministério Público de
CASO NEYMAR X NAJILA São Paulo pede o arquivamento do caso.
“O arquivamento é por falta de provas que não
existem ou não foram apresentadas. Muitas vezes
falamos com a vítima ou o advogado que estava com
ela para solicitar. Não nos foi apresentado o vídeo.
Ouvi alegações de que não existia, que trocou o
celular, que estava na nuvem”, disse a promotora
Estefânia Paulin.
10 de setembro de 2019 - Najila Trindade é
indiciada pela Polícia Civil por extorsão e
denunciação caluniosa.O ex-marido dela, Estivens
Alves, foi denunciado por fraude processual e
divulgação de conteúdo erótico.
As demais acusações foram descartadas, e Najila e
Estivens respondem apenas por fraude processual.
https://www.espn.com.br/
Extraterritorialidade
Expoentes:
René Ariel Dotti FATO TÍPICO e
Damásio de Jesus ILÍCITO
Julio Fabbrini Mirabete a culpabilidade seria pressuposto de
Fernando Capez aplicação da pena
Damásio de Jesus
VISÃO GERAL DO CONCEITO ANALÍTICO DE INFRAÇÃO PENAL
*CRIMES MATERIAIS
Exclusão de ilicitude Supra
Legal: Consentimento do
Conduta Ofendido
Fato Fato
Típico Exclusão de ilicitude Legal:
Nexo Antijurídico - Legítima Defesa
Causal 1º 2º - Estado de Necessidade
Resultado - Estrito Cumprimento do
Culpabilidade Dever Legal
Tipicidade 3º - Exercício Regular de Direito
Imputabilidade Penal
Exigibilidade de conduta diversa
INFRAÇÃO
Potencial conhecimento da ilicitude do ato
PENAL praticado
FATO TÍPICO
FATO TÍPICO – em regra, decorre de um
fato humano (mas há o entendimento
majoritário que também pode ser da
pessoa jurídica, nos crimes ambientais, Conduta
posicionamento também adotado pelo Fato Típico Fato
STF) e amolda-se a um tipo descrito na Nexo Antijurídico
legislação. Causal
Obs.: A presença integral dos quatro
requisitos (conduta, nexo causal,
Resultado
Culpabilidade
resultado naturalístico e tipicidade) só
acontecerá nos crimes materiais (ou Tipicidade
crimes causais ou crimes de resultados)
consumados. Há ausência dos requisitos
nexo causal e resultado nos crimes
formais (ou crimes de consumação INFRAÇÃO
antecipada ou de resultado cortado), de
mera conduta (ou de simples atividade)
PENAL
e materiais na forma tentada. *crimes materiais
Fato Típico - CONDUTA
Vamos falar sobre o elemento CONDUTA:
Quando a gente fala em conduta,
devemos observar que ela deve ser
decorrente de uma AÇÃO ou
OMISSÃO,
humana,
consciente e
voluntária.
Animal não pratica crime, mas pode
ser extensão da conduta humana;
Pessoa Jurídica só pode ser
responsabilizada penalmente por
crimes ambientais (Lei 9605/1998)
Vamos falar sobre o elemento CONDUTA:
Quando a gente fala em conduta,
devemos observar que ela deve ser
decorrente de uma AÇÃO ou
OMISSÃO,
humana,
consciente e
voluntária.
Animal não pratica crime, mas pode
ser extensão da conduta humana;
Pessoa Jurídica só pode ser
responsabilizada penalmente por
crimes ambientais (Lei 9605/1998)
Vamos falar sobre o elemento CONDUTA:
Quando a gente fala em conduta,
devemos observar que ela deve ser
decorrente de uma AÇÃO ou OMISSÃO, Conduta
humana, consciente e voluntária. Não Fato Fato
me refiro ao RESULTADO consciente e Nexo
voluntário, porque assim estaríamos Causal Típico Antijurídico
falando em AÇÃO ou OMISSÃO dolosa.
Falando em RESULTADO, vamos dar
Resultado
uma leve pausa aqui em CONDUTA, Culpabilidade
para falar sobre o ITER CRIMINIS, ou
seja, o caminho do crime, o caminho que Tipicidade
se percorre desde o princípio, do
surgimento da vontade em praticar
determinada conduta criminosa, até
chegar ao resultado desejado (neste
caso, estamos falando em crime INFRAÇÃO
MATERIAL).
PENAL
FATO TÍPICO
CUIDADO!
Situações que causam
Conduta AUSÊNCIA DE CONDUTA:
Fato Fato - Atos reflexos
Nexo Típico Antijurídico - Coação FÍSICA irresistível
Causal
- Sonambulismo ou Hipnose
Resultado
Culpabilidade - Caso Fortuito ou Força
Tipicidade Maior
CONDUTA:
Tipicidade
INFRAÇÃO PENAL
FATO TÍPICO
CUIDADO!
Situações que causam
Conduta AUSÊNCIA DE CONDUTA:
Fato
Nexo Típico - Coação FÍSICA irresistível
Causal
Resultado
Tipicidade
INFRAÇÃO PENAL
FATO TÍPICO
CUIDADO!
Situações que causam
Conduta AUSÊNCIA DE CONDUTA:
Fato
Nexo Típico
Causal
- Sonambulismo ou Hipnose
Resultado
Tipicidade
INFRAÇÃO PENAL
FATO TÍPICO
CUIDADO!
Situações que causam
Conduta AUSÊNCIA DE CONDUTA:
Fato
Nexo Típico
Causal - Caso Fortuito ou Força
Resultado Maior
Tipicidade
INFRAÇÃO PENAL
Nevoeiro e fumaça de queimada causaram o engavetamento no Paraná, diz PRF
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2020/08/03/interna-brasil,877962/nevoeiro-e-
fumaca-de-queimada-causaram-engavetamento-no-parana-diz-prf.shtml
Motoristas relatam que fumaça impedia visibilidade
em engavetamento com 36 veículos na Carvalho Pinto
em Jacareí
"Era uma fumaça muito densa, não dava para
enxergar direito, eu fui diminuindo a velocidade,
mas quando vi já estava em cima, não tinha o
que fazer, foi muito rápido. Eu desviei da faixa da
esquerda, fui para a direita, mas já tinha carro
engavetado", conta o analista de TI, Diogo Silva
do Santos.
"Não tinha cinco metros de visibilidade. Fui um
dos primeiros a passar, tanto que foi só uma
pancadinha no capô. Quem veio atrás, a gente
tentava socorrer, a carreta veio e empilhou uns
15 carros, aí foi o caos, um pesadelo", disse o
Fonte: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba- representante comercial Fernando Souza, que
regiao/noticia/motoristas-relatam-que-fumaca-impedia- vinha de São Paulo para Taubaté.
visibilidade-no-local-do-engavetamento-com-36-veiculos.ghtml
FATO TÍPICO
CUIDADO!
Situações que causam
Conduta AUSÊNCIA DE CONDUTA:
Fato Fato - Atos reflexos
Nexo Típico Antijurídico - Coação FÍSICA irresistível
Causal
- Sonambulismo ou Hipnose
Resultado
Culpabilidade - Caso Fortuito ou Força
Tipicidade Maior
CONDUTA:
- OMISSÃO:
omissão própria (omissivo puro):
P.ex.: art. 135, CP: Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo;
ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
omissão imprópria:
Art. 13, §2º, CP: A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado. O dever de agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
CONDUTA
- DOLOSA
DOLO DIRETO – TEORIA DA VONTADE: o agente deseja o resultado e pratica conduta capaz
de atingir este fim
Culposos
Contravenções Penais
Habituais
Omissivos PRÓPRIOS
Unissubsistentes
Preterdolosos
Modalidades de culpa:
- PRETERDOLOSA
Os casos excepcionais trazidos pelo contexto de utilização de crimes meios e crimes fins
causa um conflito aparente de normas, em que a pluralidade de condutas de um agente
podem estar vinculadas entre si, sem agravar o resultado pretendido ou consumado – é
o que se chama de antefatos e pós- fatos impuníveis, utilizando-se do princípio da
consunção para a solução do conflito aparente de normas. O princípio da consunção é
uma da ferramentas que soluciona o conflito aparente de normas, definindo que, a
conduta de maior gravidade ou mais ampla é absorvida por aquela de menor gravidade,
sendo estas meios necessários à execução de outro crime.
- Antefato e o pós fato impuníveis:
Conceito de antefato impunível: acontece quando o sujeito ativo da conduta, pratica um
fato criminoso, mas sua intenção é a realização de uma segunda conduta, que representa
a vontade lesiva do sujeito; a primeira ação só possui razão de existir para viabilizar a
conduta lesiva posterior a ela; exemplo: para a execução de homicídio há uma conduta
antecedente caracterizadora do delito de lesão corporal (o no caso da corrente que adota
a falsificação de documento para a realização do estelionato (Súmula 17, STJ “quando o
falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido”);
- Antefato e o pós fato impuníveis:
Conceito de pós fato impunível: ocorre quando o agente pratica uma conduta e, mesmo
após atingir a consumação, realiza nova conduta penal contra o mesmo bem jurídico
lesado; a conduta posterior, entretanto, é incapaz de agravar o resultado lesivo atingido
pela conduta anterior; exemplo: indivíduo que furta determinado objeto e depois vende
ou o destrói.
Fato Típico – iter criminis
Iter Criminis:
- COGITAÇÃO
- ATOS PREPARATÓRIOS
- ATOS EXECUTÓRIOS
Institutos possíveis:
Tentativa
Desistência Voluntária
Arrependimento Eficaz
- CONSUMAÇÃO
Arrependimento Posterior
Terceira etapa: ATOS EXECUTÓRIOS
ESPÉCIES:
Tentativa branca ou incruenta: o agente não consegue atingir o bem jurídico ou objeto
contra a qual deveria recair sua conduta.
Tentativa vermelha ou cruenta: o agente consegue atingir o bem jurídico ou objeto contra
a qual deveria recair sua conduta.
Tentativa perfeita: o agente executa por completo seus atos, mas delito não é consumado.
Tentativa imperfeita: a conduta do agente é interrompida durante a execução do delito.
Tentativa inidônea: impossibilidade de consumação do crime em virtude de ineficácia
absoluta do meio ou de absoluta impropriedade do objeto. Art. 17 CP
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente,
a pena será reduzida de um a dois terços.
Conduta
Fato Fato
Nexo Causal Típico Antijurídico
Resultado
Culpabilidade Recomendo a leitura deste texto para entender um
Tipicidade pouco mais sobre TIPICIDADE:
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/161
63/tipicidade-conceito-e-classificacao
INFRAÇÃO
PENAL
FATO TÍPICO
Conduta
Resultado
Culpabilidade
Tipicidade
TIPICIDADE:
INFRAÇÃO
PENAL
TIPICIDADE PENAL:
Tipicidade formal (conformidade exata entre o fato praticado e os elementos que constam em um tipo penal)
e tipicidade material (agravo social e real da conduta, incidência do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA)
Conduta
Nexo Causal Fato Fato Antijurídico
Típico
Resultado
Culpabilidade
Tipicidade
INFRAÇÃO
PENAL
Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual
o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a
imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
Causas
RELATIVAMENTE Conduta
independentes Fato Fato
Nexo Causal Típico Antijurídico
Causas
ABSOLUTAMENTE Resultado
Culpabilidade
independentes
Tipicidade
INFRAÇÃO
PENAL
- Causas RELATIVAMENTE independentes
a) Preexistentes
b) Concomitantes
c) supervenientes
a) Preexistentes
b) Concomitantes
c) supervenientes
- Causas RELATIVAMENTE independentes
a) Preexistentes
b) Concomitantes
c) supervenientes
- Causas ABSOLUTAMENTE independentes
a) Preexistentes
b) Concomitantes
c) supervenientes
Fato Típico – TEORIA DO ERRO
TEORIA DO ERRO DE TIPO
- ESSENCIAL:
a) EVITÁVEL (INESCUSÁVEL ou VENCÍVEL): exclui o dolo, mas admite a
responsabilidade a título culposo, se houver previsão em lei desta modalidade.
b) INEVITÁVEL (ESCUSÁVEL ou INVENCÍVEL): exclui o dolo e a culpa.
- ACIDENTAL: dolosa
a) Erro sobre a pessoa (error in persona) (art. 20, §3º, CP);
b) Erro sobre o objeto ou coisa (error in objecto);
c) Erro sobre o nexo causal (aberratio causae);
d) Erro na execução (aberratio ictus) (art. 73, CP);
e) Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis) (art. 74, CP).
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o
próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de
14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
(...)
TEORIA DO ERRO DE TIPO
- ESSENCIAL:
a) EVITÁVEL (INESCUSÁVEL ou VENCÍVEL): exclui o dolo, mas
admite a responsabilidade a título culposo, se houver
previsão em lei desta modalidade.
b) INEVITÁVEL (ESCUSÁVEL ou INVENCÍVEL): exclui o dolo e a
culpa.
Um homem e a filha foram mortos ao serem
TEORIA DO ERRO DE TIPO ESSENCIAL
"confundidos" com um cervo por um
caçador em floresta no condado de Colleton
(Carolina do Sul, EUA) na tarde da última
quarta-feira (1/1).
Atingidos por disparos de fuzil, Kim Drawdy, de
30 anos, e Lauren, de 9, morreram na hora,
conforme reportagem do "Post and
Courier". Os dois costumavam caçar cervos na
mesma área, contou o vizinho Johnny Powell.
"Nunca vou superar a dor de perder o Kim",
disse Benny Drawdy, meio-irmão do
americano, à ABCNews4.
Agentes do Departamento de Recursos
Naturais estão investigando o caso. Tudo
indica mortes acidentais. Em 2019, a Carolina
do Sul registrou 11 acidentes do mesmo
tipo durante caçadas, com duas mortes.
RESOLVENDO QUESTÃO SOBRE O TEMA...
Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial de Justiça - Avaliador
Na confraternização de final de ano de um tribunal de justiça, Ulisses, servidor do órgão, e o
desembargador ganharam um relógio da mesma marca — em embalagens idênticas —, mas de
valores diferentes, sendo consideravelmente mais caro o do desembargador. Ao ir embora, Ulisses
levou consigo, por engano, o presente do desembargador, o qual, ao notar o sumiço do relógio e
acreditando ter sido vítima de crime, acionou a polícia civil. Testemunhas afirmaram ter visto
Ulisses com a referida caixa. No dia seguinte, o servidor tomou conhecimento dos fatos e dirigiu-
se espontaneamente à autoridade policial, afirmando que o relógio estava na casa de sua
namorada, onde fora apreendido. Nessa situação hipotética, a conduta de Ulisses na festa
caracterizou
A) erro de tipo.
B) excludente de ilicitude.
C) arrependimento posterior.
D) erro de proibição.
E) crime impossível.
RESOLVENDO QUESTÃO SOBRE O TEMA...
Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial de Justiça - Avaliador
Na confraternização de final de ano de um tribunal de justiça, Ulisses, servidor do órgão, e o
desembargador ganharam um relógio da mesma marca — em embalagens idênticas —, mas de
valores diferentes, sendo consideravelmente mais caro o do desembargador. Ao ir embora, Ulisses
levou consigo, por engano, o presente do desembargador, o qual, ao notar o sumiço do relógio e
acreditando ter sido vítima de crime, acionou a polícia civil. Testemunhas afirmaram ter visto
Ulisses com a referida caixa. No dia seguinte, o servidor tomou conhecimento dos fatos e dirigiu-
se espontaneamente à autoridade policial, afirmando que o relógio estava na casa de sua
namorada, onde fora apreendido. Nessa situação hipotética, a conduta de Ulisses na festa
caracterizou
A) erro de tipo.
B) excludente de ilicitude.
C) arrependimento posterior.
D) erro de proibição.
E) crime impossível.
RESOLVENDO QUESTÃO SOBRE O TEMA...
Ano: 2016 Banca: MPE-PR Órgão: MPE-PR Prova: MPE-PR - 2016 - MPE-PR - Promotor
Substituto
Mévio, lenhador, está trabalhando já há mais de 12 horas cortando árvores com seu
afiado machado. Quando passa para a árvore seguinte, sofrendo uma ilusão de ótica pelo
seu cansaço, confunde as pernas de seu amigo Lupércio com o tronco de uma árvore,
desferindo contra ele vigoroso golpe de machado, lesionando-o.
Neste caso, pode-se dizer que Mévio agiu:
A) Em estado de erro de proibição psiquicamente condicionado;
B) Em estado de erro de tipo psiquicamente condicionado;
C) Em estado de erro de proibição indireto;
D) Em estado de erro de tipo permissivo;
E) Com dolo eventual.
RESOLVENDO QUESTÃO SOBRE O TEMA...
Ano: 2016 Banca: MPE-PR Órgão: MPE-PR Prova: MPE-PR - 2016 - MPE-PR - Promotor
Substituto
Mévio, lenhador, está trabalhando já há mais de 12 horas cortando árvores com seu
afiado machado. Quando passa para a árvore seguinte, sofrendo uma ilusão de ótica
pelo seu cansaço, confunde as pernas de seu amigo Lupércio com o tronco de uma
árvore, desferindo contra ele vigoroso golpe de machado, lesionando-o.
Neste caso, pode-se dizer que Mévio agiu:
A) Em estado de erro de proibição psiquicamente condicionado;
B) Em estado de erro de tipo psiquicamente condicionado;
C) Em estado de erro de proibição indireto;
D) Em estado de erro de tipo permissivo;
E) Com dolo eventual.
TEORIA DO ERRO DE TIPO
- ACIDENTAL:
Laudo da exumação
Opssss
d) Erro na execução (aberratio ictus) (art. 73, CP)
Fonte:
https://recordtv.r7.com/balanco-
geral/videos/mulher-tenta-tirar-selfie-
com-pit-bull-e-e-atacada-21102018
Opssss
A moça que tentava tirar uma foto como cachorro foi surpreendida pelo ataque. Para
ajudar, o pai da vítima, que estava na casa, tentou acertar a cabeça do animal com um
tijolo, mas acabou acertando a cabeça da filha. A jovem foi socorrida e levou 20 pontos
na cabeça e teve ferimentos nos braços. O pit bull também ficou ferido.
d) Erro na execução (aberratio ictus) (art. 73, CP) Após uma semana da morte de um
motorista de aplicativo, mais um
profissional foi vítima dos bandido,
porém desta vez o bandido se deu mal.
O motorista estava perto da comunidade
da Tamarutaca e foi abordado por três
assaltantes, após descer do carro com a
mão na cabeça um dos assaltantes
ordenou: ‘mata ele’.
O criminoso atirou, porém o projetil
passou entre os dedos do motorista e
acertou o comparsa no peito. O rapaz foi
levado pelos próprios companheiros para
o CHM, porém não resistiu.
Opssss...
d) Erro na execução (aberratio ictus) (art. 73, CP)
ATENÇÃO!
Ano: 2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de
Justiça Substituto
José e João trabalhavam juntos. José, o rei da brincadeira. João, o rei da confusão. Certo
dia, discutiram acirradamente. Diversos colegas viram a discussão e ouviram as
ameaças de morte feitas por João a José. Ninguém soube o motivo da discussão. José
não se importou com o fato e levou na brincadeira. Alguns dias depois, em um evento
comemorativo na empresa, João bradou “eu te mato José” e efetuou disparo de arma
de fogo contra José. Contudo o projétil não atingiu José e sim Juliana, matando a
criança que chegara à festa naquele momento, correndo pelo salão.
A) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3°, do Código Penal, João deve
responder por homicídio doloso sem a agravante de crime cometido contra criança.
B) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3°, do Código Penal, João deve
responder por homicídio doloso, com a agravante de crime cometido contra criança.
C) aberratio criminis, artigo 74 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo sem a agravante de crime cometido contra criança, em
concurso formal de crimes.
D) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por homicídio doloso
sem a agravante de crime cometido contra criança.
E) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo, com a agravante de crime cometido contra criança, em
concurso material de crimes.
RESOLVENDO QUESTÃO SOBRE O TEMA...
A) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3°, do Código Penal, João deve
responder por homicídio doloso sem a agravante de crime cometido contra criança.
B) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3°, do Código Penal, João deve
responder por homicídio doloso, com a agravante de crime cometido contra criança.
C) aberratio criminis, artigo 74 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo sem a agravante de crime cometido contra criança, em
concurso formal de crimes.
D) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por homicídio doloso
sem a agravante de crime cometido contra criança.
E) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo, com a agravante de crime cometido contra criança, em
concurso material de crimes.
Conduta
Nexo Fato Fato
Antijurídico
Causal Típico
Cuidado com
situações de
Resultad Culpabilidade
Ausência
de conduta
o
Tipicidad
e
INFRAÇÃO
PENAL
@prof.nataliabarroca
FATO ANTIJURÍDICO
Exclusão de ilicitude antijuridicidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
EXCLUDENTES GENÉRICAS OU GERAIS – PARTE GERAL 1º - 120
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide
ADPF 779)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
O papel do “SNIPER”:
LEGÍTIMA DEFESA
OBJETIVIDADE JURÍDICA:
Protege-se a incolumidade física e mental das pessoas sob guarda, poder ou
autoridade do agente, submetida a castigo pessoas ou caráter preventivo.
Conselheiros tutelares receberam
a denúncia, foram até o local e
encontraram a criança trancada
em um quarto, como forma de
castigo. Em seguida, a equipe da
Polícia Civil foi acionada e
prendeu a mãe.
O menino apresentava
hematomas e lesões nas costas,
rosto, orelha e mãos, além de
várias cicatrizes aparentemente
de queimaduras.
A mulher vai responder pelo crime
hediondo de tortura-castigo, que
consiste em submeter alguém, sob
sua guarda, poder ou autoridade,
com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental, como
forma de aplicar castigo pessoal.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - ECA
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos
responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer
pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº
13.010, de 2014)
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança
ou ao adolescente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (Incluído pela
Lei nº 13.010, de 2014)
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Incluído pela
Lei nº 13.010, de 2014)
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
2014)
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
2014)
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº
13.010, de 2014)
V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar,
sem prejuízo de outras providências legais.
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
CULPABILIDADE
ou agente culpável
Circunstâncias atenuantes
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70
(setenta) anos, na data da sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Inimputáveis:
- menores de 18 anos
- Doença/desenvolvimento mental +
incompleto + incapacitante
- Embriaguez involuntária completa
- Dependente álcool (embriaguez
patológica) ou drogas (lei 11343/2006)
- Índios não civilizados
Semi imputáveis:
Semi imputáveis:
- Perturbação mental debilitante
- Embriaguez involuntária incompleta
INIMPUTÁVEL SEMI IMPUTÁVEL
Doença mental incapacitante Perturbação mental
debilitante
Periculosidade presumida Periculosidade necessita de
comprovação
Exclui culpabilidade Não exclui culpabilidade
Isenta de pena e aplica Reduz a pena ou substitui esta
medida de segurança por medida de segurança
DETENTIVA RESTRITIVA
Art. 96, I - Internação em hospital Art. 96, II - sujeição a tratamento
de custódia e tratamento ambulatorial
psiquiátrico ou, à falta, em outro Crimes punidos com detenção,
estabelecimento adequado salvo se o grau de periculosidade
Crimes punidos com reclusão do agente indicar necessidade de
internação
EMBRIAGUEZ:
- VOLUNTÁRIA (incompleta ou completa)
= imputável
- CULPOSA = imputável
- INVOLUNTÁRIA/ACIDENTAL (por caso
fortuito ou força maior) = se completa,
isenta de pena; se incompleta, atenua a
pena
- PREORDENADA = agravante de pena
- PATOLÓGICA = isenta de pena, se
inteiramente incapaz; se incompleta,
atenua a pena
Art. 22 do CP, “se o fato é cometido sob coação
irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é
punível o autor da coação ou da ordem”
COAÇÃO
IRRESISTÍVEL
MORAL (vis compulsiva) VONTADE VICIADA (EXCLUI CULPABILIDADE)
Art. 21, caput, Código Penal: “o
desconhecimento da lei é
inescusável. O erro sobre a ilicitude
do fato, se inevitável, isenta de
pena; se evitável, poderá diminuí-la
de um sexto a um terço”
POTENCIAL CONHECIMENTO DA ILICITUDE DO ATO
PRATICADO E AS TEORIAS DO ERRO DE
PROIBIÇÃO