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Universidade CEUMA

Aulas de Teoria Geral do Processo – 2022.2


Profa. Ma. Marjorie Evelyn Maranhão Silva
(Graduada em Direito pelo CEUMA, Mestra em Direito pela UFPA e doutoranda em História pela UEMA)

TEORIA GERAL DO PROCESSO – NOÇÕES INICIAIS

O QUE É O PROCESSO?
FORMAS DE RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS:
AUTOTUTELA – exceção. Como regra, é crime previsto no art. 345, CP
COMPOSIÇÃO – conciliação e mediação
ARBITRAGEM – árbitro é um terceiro escolhido pelas partes para julgar. Lei nº
9.307/1996.
JURISDIÇÃO – Poder-dever do Estado-juiz julgar
LIDE – litígio
DIREITOS DISPONÍVEIS X DIREITOS INDISPONÍVEIS
JURISDIÇÃO
PODER JUDICIÁRIO
COMPETÊNCIA
AÇÃO X DEFESA
PROCESSO
FUNÇÃO JURISDICIONAL X TUTELA JURISDICIONAL – Estado-juiz tem obrigação de exer-
cer a atividade (função) jurisdicional, mas não de conceder a tutela jurisdicional, que dependerá das
perspectivas da justiça social corresponderem aos interesses do sujeito.
JUSTIÇA SOCIAL – diretriz principal do processo.
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Profa. Ma. Marjorie Evelyn Maranhão Silva
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DIREITO PROCESSUAL E NORMA PROCESSUAL

DIREITO SUBSTANCIAL OU MATERIAL X DIREITO PROCESSUAL – O primeiro estabelece


direitos e obrigações no mundo social (âmbito extraprocessual). O segundo estabelece direitos e obri-
gações dentro do processo (âmbito endoprocessual).

PROCESSO
X
SUJEITOS PROCESSUAIS
X
ATOS PROCESSUAIS
X
PROCEDIMENTOS
X
DIREITO PROCESSUAL

AUTONOMIA
NATUREZA JURÍDICA – Direito público
DIVISÕES:
PROCESSUAL PENAL – para crimes e contravenções penais
PROCESSUAL CIVIL – para questões de natureza não–penal
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE MATERIAL PROCESSUAL – art. 22, I e parágrafo
único, e 24, XI, CF – competência privativa da União
QUANTO À OBRIGATORIEDADE:
COGENTES, DE ORDEM PÚBLICA OU DE IMPERATIVIDADE ABSOLUTA – regra
DISPOSITIVAS, FACULTATIVAS, DE ORDEM PRIVADA OU DE IMPERATIVIDA-
DE RELATIVA – exceção
NORMA PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO:
NO ESPAÇO – princípio da territorialidade – 13, CPC e 1º, CPP
NO TEMPO – princípios da imediatidade, da generalidade e da irretroatividade. No Bra-
sil, aplica-se o sistema do isolamento dos atos processuais (cada ato processual tem um
começo e um fim) – 6º, LINDB, 14, CPC e 2º CPP
Proteção do:
Ato jurídico perfeito
Direito adquirido
Coisa julgada

PERGUNTAS PARA DEFINIR SE A LEI PROCESSUAL NOVA SERÁ APLICA-


DA AOS ATOS PENDENTES (QUE ESTÃO SENDO PRATICADOS) DOS PRO-
CESSOS EM CURSO:
1 – Quem é(são) o(s) beneficiário(s) do ato processual?
2 – Lei processual nova beneficia o(s) beneficiário(s)?
Respostas possíveis:
 NÃO: não se aplica a lei processual nova.
 SIM: aplica-se a lei processual nova.
OBS.: Lei processual nova não retroage, nem mesmo para beneficiar o réu (não se
aplica aos atos pretéritos). Lei processual nova é aplicável aos atos que ainda serão
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praticados no processo (atos futuros, portanto), independentemente de beneficiar ou


prejudicar qualquer das partes.
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PRINCÍPIOS DE DIREITO PROCESSUAL

EM QUE CONSISTEM OS PRINCÍPIOS?


PRINCÍPIOS INFORMATIVOS:
LÓGICO – o processo deve seguir uma determinada ordem estrutural, havendo certos
atos que necessariamente devem preceder a outros. Atos processuais devem ser compatí-
veis entre si.
JURÍDICO – o processo deve obedecer às regras previamente estabelecidas no ordena-
mento jurídico.
POLÍTICO – o objetivo do processo é a pacificação social com o mínimo de sacrifício
pessoal. Assim, o Estado só pode interferir nas vidas dos sujeitos naquilo que for essenci-
al.
ECONÔMICO – melhores resultados possíveis com o mínimo de dispêndio de recursos e
esforços (menos tempo e menos dinheiro).
ALGUNS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS OU GERAIS: – rol não–taxativo
ACESSO À JUSTIÇA – 5º, XXXV, CF
OBS.: VERDADE
INÉRCIA, AÇÃO OU DEMANDA – 5º, XXXV, CF
INAFASTABILIDADE OU INDECLINABILIDADE DA JURISDIÇÃO PELO JUDI-
CIÁRIO – 5º, XXXV, CF
IMPULSO PROCESSUAL OU OFICIAL
DEVIDO PROCESSO LEGAL – 5º, LIV, CF
ISONOMIA – 5º, caput, CF
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA – 5º, LV e LVI, CF
INDEPENDÊNCIA – 2º, CF
“EXCLUSIVIDADE” DA JURISDIÇÃO PELO PODER JUDICIÁRIO
IMPARCIALIDADE
Equidistância

proibição de tribunais de exceção – 5º, XXXVII, CF


JUIZ NATURAL – 5º, LIII, CF
PUBLICIDADE – 5º, LX e 93, IX da CF
FUNDAMENTAÇÃO OU DECISÃO MOTIVADA – 93, IX, CF
LIVRE CONVICÇÃO OU PERSUASÃO RACIONAL
CELERIDADE E RAZOABILIDADE – 5º, LXXVIII, CF
INDISPONIBILIDADE/DISPONIBILIDADE DO DIREITO DE AÇÃO
No processo penal – regra da indisponibilidade do direito de ação (MP é o titular
do direito de ação, por regra)
No processo civil – regra da disponibilidade do direito de ação (como regra, quem
teve o direito violado é o possível titular do direito de ação)
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS E APROVEITAMENTO DOS ATOS PRO-
CESSUAIS
OBS.: ATOS PROCESSUAIS – SUJEITOS PROCESSUAIS – PROCEDIMENTOS
(cada ato tem seus próprios procedimentos e cada procedimento tem uma finalidade)
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DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO – 2 graus/instâncias de julgamento sobre matéria de


fato*
OBS.: grau de jurisdição = instância
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JURISDIÇÃO

ETIMOLOGIA – latim “juris” + “dictio” (direito + dizer)


CONCEITO
PODERES INERENTES À JURISDIÇÃO:
DECISÃO
DOCUMENTAÇÃO
COERÇÃO
PEDIDOS – JUIZ NÃO PODE JULGAR:
“INFRA” OU “CITRA PETITA”
“ULTRA PETITA”
“EXTRA PETITA”
ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO X ÓRGÃOS JURISDICIONAIS
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS:
ATIVIDADE PÚBLICA
SUBSTITUTIVA
SECUNDÁRIA
DEFINITIVIDADE:
COISA JULGADA:
FORMAL – não é possível recorrer – é possível ingressar em juízo com no-
va ação
MATERIAL – não é possível recorrer – não é possível ingressar em juízo
com nova ação*
PRINCÍPIOS:
INVESTIDURA
INDELEGABILIDADE
UNICIDADE OU UNIDADE – una, indivisível e abstrata
INEVITABILIDADE
CONGRUÊNCIA, RELAÇÃO, CORRELAÇÃO OU ADSTRIÇÃO
ESPÉCIES:
QUANTO À MATÉRIA OU NATUREZA DA PRETENSÃO:
penal – crimes e contravenções penais
civil – não penal
QUANTO À JUSTIÇA COMPETENTE:
comum ou ordinária:
estadual (tem competência residual – resíduos; civil e penal)
federal (civil e penal)
especial ou extraordinária:
trabalhista (só civil)
eleitoral (civil e penal)
militar (só penal)
QUANTO À HIERARQUIA OU GRADAÇÃO:
inferior – originária; de 1º grau (inicial)
superior – recursal; de 2º, “3º” e “4º” graus (isso não exclui a possibilidade de ór-
gãos de jurisdição superior exercerem função de órgãos de 1º grau)
QUANTO À ORIGEM OU PROVENIÊNCIA:
legal – lei já diz quem deve exercê–la; é a regra (juízes e tribunais e Legislativo)
convencional – permite-se a escolha, pelas partes litigantes, de quem exercerá a ju-
risdição (árbitros)
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QUANTO AO OBJETO:
contenciosa ou propriamente dita – é a jurisdição–regra; quando há lide
voluntária ou graciosa – exceção; não há lide
LIMITAÇÕES: – Limita-se o exercício jurisdicional às causas que acontecem/se relacionam ao terri-
tório nacional, em razão da necessidade de coexistência entre os Estados e por questões de:
CONVENIÊNCIA – irrelevantes os conflitos que não afetam o bem estar em um Estado;
VIABILIDADE – não há como obrigar a cumprir uma sentença brasileira no exterior de
forma automárica, tampouco é possível obrigar o Brasil a cumprir uma decisão do exteri-
or, sem que esta antes passe pelo Exequatur do STJ.
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ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

DIVISÃO DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO:


PRINCIPAIS – exercem atividade–fim (jurisdição); órgãos jurisdicionais: juízes (mono-
cráticos) e tribunais (colegiais ou colegiados)
SECUNDÁRIOS – exercem funções integrativas e documentativas (outros servidores/ór-
gãos)
PRINCÍPIOS:
DESCONCENTRAÇÃO – repartir funções entre vários órgãos do próprio Poder Judiciá-
rio
TERRITORIALIDADE OU ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO – cada órgão exerce juris-
dição em uma circunscrição territorial específica
ADEQUAÇÃO, ESPECIALIDADE OU ESPECIFICIDADE – para cada causa há um ór-
gão mais adequado para resolvê–la.
MAGISTRATURA:
FORMAS DE INGRESSO (princípio da investidura):
concurso público – art. 93, I, CF
escolha pelo Executivo com aprovação do Legislativo – ex.: 101, parágrafo único,
CF
quinto constitucional – art. 94, CF

GARANTIAS: – art. 95, incisos, CF


Vitaliciedade
inamovibilidade
irredutibilidade de subsídio
VEDAÇÕES – art. 95, parágrafo único, CF
PROGRESSÃO FUNCIONAL – critérios: antiguidade e merecimento, alternativamente
OBS.: entrância – divisão administrativa que vai permitir a progressão na carreira da
magistratura

GRADAÇÃO DE JULGAMENTOS: MATÉRIA DE FATO X MATÉRIA DE DIREITO – princípio


do duplo grau de jurisdição garante 2 julgamentos sobre matéria de fato

STF: – 101 e 12, §3º, IV, CF


ÓRGÃO MÁXIMO
INGRESSO
COMPOSIÇÃO – 11
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MATÉRIA CONSTITUCIONAL
ACIMA DE TODAS AS JUSTIÇAS
STJ: – 104, CF
INGRESSO
COMPOSIÇÃO – mínimo 33 (1/3 de TJs – justiça estadual; 1/3 de TRFs – justiça federal
e 1/3 de art. 94 – OAB/MP)
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL (lei federal)
JURISDIÇÃO COMUM – justiças comuns (estadual e federal)
JUSTIÇA FEDERAL:
TRFs – mínimo 7 – 1/5 para art. 94 + 4/5 para juízes federais
juízes federais
JUSTIÇA DO TRABALHO:
TST – 27 – 1/5 para art. 94 + 4/5 para TRTs
TRTs – mínimo 7 – 1/5 para art. 94 + 4/5 para juízes do trabalho
juízes do trabalho
JUSTIÇA ELEITORAL:
TSE – mínimo 7 – 3 STF + 2 STJ + 2 advogados
TREs – 7 – 2 TJs + 2 juízes estaduais + 1 TRF/juiz federal + 2 advogados
juízes eleitorais e juntas eleitorais
JUSTIÇA MILITAR (DA UNIÃO):
STM – 15 – 4 Exército + 3 Marinha + 3 Aeronáutica + 5 civis (1 juiz militar + 1 MPM +
3 advogados)
Conselhos de Justiça Militar
JUSTIÇA ESTADUAL:
TJs – 1/5 para art. 94 + 4/5 para juízes estaduais
juízes estaduais

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA: – Não integram nenhum dos Poderes da União


MINISTÉRIO PÚBLICO – sociedade
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ADVOCACIA PÚBLICA – Poder Executivo (União, Estados e municípios)


ADVOCACIA (PRIVADA)
DEFENSORIA PÚBLICA – hipossuficientes financeiramente
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COMPETÊNCIA

CONCEITO – para limitar o exercício da jurisdição


COMPETÊNCIA X SABER TÉCNICO-JURÍDICO X IMPARCIALIDADE
JUÍZO X JUIZ
CRITÉRIOS DETERMINATIVOS:
MATÉRIA – Direito dividido em grandes áreas e em frações das grandes áreas.
TERRITÓRIO OU FORO – cada órgão jurisdicional exerce a jurisdição em um território
determinado.
VALOR – Juizados Especiais Cíveis (estaduais e federais)
PESSOA – foro por prerrogativa de função (algumas justificativas teóricas: mais imparci-
alidade, menos graus de recursos possíveis, maior publicidade)
HIERARQUIA OU FUNÇÃO – refere-se ao órgão jurisdicional
“PERPETUATIO JURISDICTIONIS” – 43, CPC
ELEMENTOS DA AÇÃO: – 319, II a IV, CPC
PARTES – qualificação completa de autor e réu
PEDIDO OU OBJETO
CAUSA DE PEDIR – fato e fundamentos jurídicos
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA:
ABSOLUTA:
matéria, pessoa e hierarquia/função
interesse público – estabelecida na lei
deve ser declarada de ofício ou pode ser alegada pelos interessados (declarada a
requerimento)
alegável em qualquer tempo ou grau de jurisdição
cabe ação rescisória (para rescindir os efeitos da coisa julgada material) – prazo de
2 anos a contar do trânsito em julgado da sentença de mérito – 966, II, CPC
RELATIVA:
território/foro e valor
interesse das partes
necessidade de alegação do réu em preliminar de contestação (não pode ser decla-
rada de ofício, nem alegada pelo autor) – Súmula 33, STJ
se não alegada na contestação, preclui o direito de alegação e acontece a prorroga-
ção voluntária da competência (juízo competente se torna incompetente e vice–
versa)
não cabe ação rescisória
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA: – prorrogação legal da competência – 2 ou mais ações se-
melhantes serão reunidas para julgamento delas em conjunto, evitando decisões conflitantes e para
garantir economia e celeridade processual
CONEXÃO: – 55, CPC
mesmos pedidos
ou
mesmas causas de pedir
CONTINÊNCIA: – 56 e 57, CPC
mesmas partes
mesmas causas de pedir
situação 1 referente ao pedido: pedido da ação 1 > pedido da ação 2
situação 2 referente ao pedido: pedido da ação 1 < pedido da ação 2
OBS.1: ação continente (pedido maior) e ação contida (pedido menor)
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OBS.2: Critérios da temporalidade e do tamanho do pedido


Soluções possíveis:
 Na situação 1, preserva-se a 1ª ação e extingue-se a 2ª sem resolução
do mérito.
 Na situação 2, reúnem-se as ações.
OBS.: PREVENÇÃO – 58 e 59, CPC – registro ou distribuição da petição inicial torna pre-
vento o juízo. Nestes casos, serve para determinar o juízo no qual as ações serão reunidas.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA: – 66, CPC
2 ou mais juízos se dizem competentes (conflito positivo)
2 ou mais juízos se dizem incompetentes e um atribui ao outro a competência (conflito ne-
gativo)
dúvida acerca da reunião ou separação de ações
REGRA DE SOLUÇÃO DO CONFLITO: O órgão que o resolve é o tribunal hierárquica e
imediatamente superior aos 2 ou mais órgãos em conflito.
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AÇÃO

CONCEITO
CARACTERÍSTICAS:
DIREITO PÚBLICO – exercido contra a inércia do Estado-juiz
CONSTITUCIONAL – 5º, XXXV, CF – estabelecido na CF
SUBJETIVO – “facultas agendi”
INSTRUMENTAL – serve para que alguém possa requerer algo do Judiciário
ABSTRATO – independe de uma decisão positiva quanto à salvaguarda do direito. O Ju-
diciário vai ter que julgar o mérito da demanda, mas não necessariamente conceder a tute-
la jurisdicional.
NATUREZA JURÍDICA: TEORIA ECLÉTICA (direito à sentença de mérito)
ELEMENTOS DA AÇÃO: – art. 319, II a IV, 321 e 485, I, CPC – Ausência não corrigida pelo autor
gera a extinção do processo sem resolução do mérito.
PARTES – quem quer e contra quem se quer
PEDIDO OU OBJETO – o que se quer
CAUSA DE PEDIR – o porquê de se querer
LITISPENDÊNCIA X COISA JULGADA (MATERIAL) X PEREMPÇÃO – 2 ou mais ações iguais
(mesmas partes, mesmos pedidos e mesmas causas de pedir) – 485, V, CPC
CONDIÇÕES DA AÇÃO: – 485, VI, CPC – Ausência não corrigida pelo autor gera a extinção do
processo sem resolução do mérito.
INTERESSE PROCESSUAL – necessidade, utilidade e adequação
LEGITIMIDADE: – 18, CPC
Ordinária – direito próprio em nome próprio OU direito alheio em nome alheio
Extraordinária – direito alheio em nome próprio
CLASSIFICAÇÕES DAS AÇÕES CÍVEIS:
DE CONHECIMENTO (OU DE COGNIÇÃO): – busca-se uma sentença de mérito (satis-
fação teórica)
Declaratórias – autor quer do Judiciário uma declaração da existência, inexistência
ou modo de ser de uma relação jurídica, ou da veracidade ou falsidade de um do-
cumento.
Constitutivas – autor quer do Judiciário a constituição (criação) de uma situação
jurídica nova.
Condenatórias – autor quer do Judiciário a condenação do réu a alguma coisa.
DE EXECUÇÃO – autor busca satisfação prática do direito já satisfeito teoricamente
CLASSIFICAÇÕES DAS AÇÕES PENAIS:
PÚBLICA: – Ministério Público/denúncia
incondicionada – regra
condicionada à representação do ofendido ou à requisição do Ministro da Justiça
DE INICIATIVA PRIVADA: – Ofendido ou seu representante/queixa
exclusivamente privada
subsidiária da pública
DEFESA DO RÉU:
PROCESSUAL – de não-mérito
SUBSTANCIAL OU MATERIAL: – de mérito
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PROCESSO

CONCEITO
NASCIMENTO – protocolo da petição inicial
RELAÇÃO PROCESSUAL – PRINCÍPIO DA DUALIDADE DE PARTES – citação
CITAÇÃO X INTIMAÇÃO

PROCESSO – ATOS PROCESSUAIS – SUJEITOS PROCESSUAIS – PROCEDIMENTOS – DI-


REITO PROCESSUAL
LATIM “PRO” (EM FRENTE, ADIANTE) + “CEDERE” (CAMINHAR, SEGUIR) = “PROCEDE-
RE”
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS:
COMPLEXIDADE
INTERDEPENDÊNCIA ENTRE ATOS
PROGRESSIVIDADE
DIMENSÃO TEMPORAL
ALGUMAS QUESTÕES PROCEDIMENTAIS:
ATO PROCESSUAL É ATO JURÍDICO – PERFEITO OU IMPERFEITO? – o ideal é
que seja perfeito
PRINCÍPIOS – art. 188, CPC – liberdade das formas, devido processo legal (ou legalida-
de) e aproveitamento dos atos processuais
VÍCIOS DOS ATOS PROCESSUAIS – nulidade dos atos viciados, se assim for necessá-
rio – a nulidade tem que ser declarada pelo Judiciário (se não for declarada, o ato será
considerado válido ainda que, supostamente, estivesse sujeito à nulidade)
ALGUNS REQUISITOS LEGAIS:
língua portuguesa – art. 192, CPC
proibição de espaços em branco, entrelinhas, emendas, rasuras etc. – art. 211, CPC
publicidade (regra) – excepcionam-se os processos que correm em segredo de jus-
tiça, desde que se pautem no interesse público/social ou ainda na defesa da intimi-
dade
LUGAR DA PRÁTICA – art. 217, CPC – de regra, na sede do juízo (sede do órgão juris-
dicional)
TEMPO DE PRÁTICA – art. 212, caput, CPC – de regra, em dias úteis, das 6h00 às
20h00
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS: – art. 485, IV, CPC – Ausência não corrigida pelo autor gera a
extinção do processo sem resolução do mérito.
DE EXISTÊNCIA OU CONSTITUIÇÃO:
órgão jurisdicional
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sujeitos com capacidade de ser parte (sujeitos de direitos)


demanda – petição inicial
capacidade postulatória
DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR:
competência do juízo e imparcialidade do juiz*
sujeitos com capacidade de estar em juízo ou processual
IMPEDIMENTO X SUSPEIÇÃO – arts. 144 e 145, CPC e arts. 252 e 254, CPP – refere-se à parcia-
lidade do juiz.
ATOS DOS ÓRGÃOS JURISDICIONAIS DE 1º GRAU: – art. 203, caput e §§ 1º a 3º, CPC
SENTENÇAS – têm natureza decisória – 485 e 487, CPC
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS – têm natureza decisória – não levam ao 485 e 487,
CPC
DESPACHOS – não decisão
OBS.: ATOS DOS TRIBUNAIS – decisão monocrática, acórdão e despacho
PRECLUSÃO: – é a perda do direito de praticar um ato processual
TEMPORAL – perda do direito de praticar o ato pela perda do prazo
LÓGICA – perda do direito de praticar um ato em razão da incompatibilidade com outro
ato processual já praticado
CONSUMATIVA – perda do direito de praticar o ato em razão da necessidade de consu-
mar dois atos processuais no mesmo momento, quando há a consumação de somente um
desses atos
PRAZOS PROCESSUAIS: – arts. 219 e 224, caput, §§ 1º e 3º, CPC e art. 798, caput, §§ 1º e 3º, CPP
– Exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. Contagem de dias úteis no processo
civil. Contagem em dias corridos no processo penal.
EXTINÇÃO DA AÇÃO DE CONHECIMENTO: – via sentença
SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO – 485, CPC
COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO – 487, CPC
FIM DA LIDE?
RECURSO
TRÂNSITO EM JULGADO – COISA JULGADA: – inexistência da possibilidade de recurso
FORMAL – não cabe recurso – cabe nova ação
MATERIAL – não cabe recurso – não cabe nova ação*

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